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Técnico em

Radiologia
Módulo III
Exames Contrastados, Mamografia e
Densitometria Óssea
Características dos Contrastes
Artificiais Negativos

 O ar (ambiente), ou dióxido de
carbono (CO2), é usado como meio de
contraste radiológico
radiotransparente. O uso de técnicas
de duplo contraste auxilia no
diagnostico de determinadas doenças.

 O meio de contraste radiopaco é o


sulfato de bário de alta densidade,
para proporcionar bom revestimento
da mucosa gástrica.
Características dos Contrastes
Artificiais Negativos
 O departamento fornece um copo de sulfato de bário, pré-
medido, comercialmente produzido, no qual o técnico necessita
apenas acrescentar água e misturar bem.

 Para introduzir o ar ambiente, são feitos pequenos orifícios com


alfinete no canudo usado pelo paciente. À medida que ele bebe
a mistura de bário, o ar entra. O dióxido de carbono é criado
quando o paciente ingere cristais produtores de gás.
Características dos Contrastes
Artificiais Negativos
 O desenvolvimento de novas técnicas de imagem como TC, RM e
PET fez com que muitos destes procedimentos caíssem em
desuso, tal como a pneumoencefalografia.

 Os exames contrastados serão apresentados com base nos


sistemas que se encontram em sua maioria na região abdominal,
tais como :
a) Sistema digestório, que engloba exames como a seriografia
do esôfago, estômago e duodeno; o trânsito intestinal e o
enema opaco;
b) Sistema urinário, no qual serão enfatizados a urografia
excretora e a uretrocistografia feminina e masculina;
Características dos Contrastes
Artificiais Negativos
c) Sistema reprodutor, em que o exame radiológico da região
reprodutora feminina é denominado histerossalpingografia. O
exame é um procedimento realizado exclusivamente pelo
médico. No entanto, o técnico atua auxiliando-o no que se
refere à execução das radiografias.
Vamos lembrar um pouco de anatomia ?!
Anatomia Radiológica

O Sistema digestivo inclui todo


o canal alimentar e vários
órgãos acessórios. O canal
alimentar começa na cavidade
oral (boca), continua como
faringe, esôfago, estômago,
intestino delgado e intestino
grosso, que termina como ânus.
Os órgãos acessórios da
digestão incluem glândulas
salivares, pâncreas, fígado e
vesícula biliar.
Anatomia Radiológica
 O sistema digestivo realiza três funções primárias:

a) Ingestão de água, vitaminas e minerais, mais a ingestão e


digestão de alimento;

b) Absorção de partículas de alimento digeridas, juntamente com


água, vitaminas e elementos essenciais do canal alimentar para os
capilares sanguíneos ou linfáticos;

c) Eliminação de qualquer material não utilizado na forma de


escórias semissólidas.
Anatomia Radiológica do Trato
Gastrointestinal
Seriografia gastrointestinal alta (GI alta):
É o exame radiológico que estuda o esôfago distal, estômago e
duodeno. Outras designações da seriografia gastrointestinal alta
(Cinefluorografia) incluem GIA, GI ou, mais comumente, GI alta. O
sulfato de bário misturado à água é o contraste preferido para todo
o canal alimentar. A área de densidade negativa (branca) na
radiologia indica a área do estômago e do duodeno com sulfato de
bário.
Anatomia Radiológica dos Órgãos
Genitais Femininos
 O exame realizado nesta região é histerossalpingografia, um
procedimento radiográfico que mostra melhor a cavidade
uterina e a permeabilidade (grau de abertura) das tubas
uterinas.

 A cavidade uterina é delineada pela injeção de um contraste


através da cérvice. A forma e o contorno da cavidade uterina
são avaliados para detectar qualquer processo patológico
uterino.

 O contraste utilizado é não-iônico em base oleosa ou


hidrossolúvel. O mais comum é o contraste hidrossolúvel.
O Equipamento

 O equipamento utilizado para a execução desses exames


contrastados geralmente é o fluoroscópio.

 Trata-se de um exame dinâmico, em que o diagnóstico pode


ser definido por meio da observação do fluxo do contraste.

 Uma das principais características da fluoroscopia é permitir a


realização de estudos dinâmicos e, com isso, visibilizar o
movimento de estruturas e líquidos internos ao organismo, em
tempo real, com alta resolução temporal.
O Equipamento

 Os sistemas fluoroscópicos modernos usam intensificadores de


imagens acoplados a um circuito fechado de televisão.

 Outra inovação é a fluoroscopia pulsada com taxa de quadro


(frames) variável, que estabelece melhor eficiência na dose,
com maior qualidade de imagem.

 O sistema fluoroscópico baseia-se em tecnologia similar


àquelas utilizadas em sistema de televisão, que geram 30
quadros por segundos.
O Equipamento

 De modo geral, as imagens não são gravadas, mas, quando


necessário, gravadores de vídeo de alta qualidade são
utilizados.

 O sistema não permite a aquisição de uma sequência de


imagens digitais em tempo real, e sim as produz como filme.
Componentes do Sistema Fluoroscópico

 Os tubos de Raios-X

Esquema de um fluoroscópio
Componentes do Sistema Fluoroscópico

 Os tubos de Raios-X

Fluoroscópio Phillips
Procedimento para a Realização do Exame

Exames radiológicos do sistema digestório necessitam de meios


de contraste para se obter boa visibilidade das estruturas de
interesse. As únicas regiões do trato do gastrointestinal (TGI) que
podem ser vistas em radiografias comuns, sem o auxílio de meios
de contraste radiopaco, são:

a) Fundo do estômago com presença de bolha gástrica, sendo a


imagem vista a partir do posicionamento do usuário em
ortostase;
b) Porções do intestino grosso, devido à presença de ar nas alças
intestinais, bem como bolo fecal que ali se acumula.
Procedimento para a Realização do Exame

 Trato gastrointestinal alto: esôfago, estômago e duodeno:


• A seriografia é uma série de radiografias que tem como
objetivo avaliar a região do tratogastrointestinal alto
(esôfago, estômago e duodeno).

• Este exame é indicado para identificar as causas de disfagias,


sejam elas por deglutição de corpo estranho, hérnia de hiato,
carcinoma, entre outros.

• É semelhante ao exame de esofagografia com a


complementação das imagens das regiões anatômicas do
estômago e duodeno.
Procedimento para a Realização do Exame

 Endoscopia digestiva alta (Esofagogastroduodenoscopia)


• A endoscopia digestiva alta é realizada para avaliar sintomas
de dores abdominais persistentes, náusea, vômitos,
dificuldade de engolir ou azia.

• Permite ao médico examinar a região gastrintestinal superior


do paciente, que inclui o esôfago, estômago e duodeno.

• O exame de endoscopia é mais preciso que o exame de raio-X


para detectar inflamações, úlceras ou tumores no esôfago,
estômago ou duodeno.
Procedimento para a Realização do Exame

 Endoscopia digestiva alta (Esofagogastroduodenoscopia)


• A endoscopia digestiva alta pode detectar o câncer mais cedo
e pode distinguir entre condições cancerígenas e não-
cancerígenas, por meio de biópsias das áreas suspeitas.

• O médico utiliza um tubo fino e flexível chamado de


endoscópio, que possui uma luz e uma câmera de vídeo na
extremidade, permitindo a visualização de todo o trajeto
percorrido durante o exame, desde a boca até as porções
inicias do duodeno, como podemos ver na imagem a seguir:
Procedimento para a Realização do Exame

 Endoscopia digestiva alta (Esofagogastroduodenoscopia)

Posicionamento para esofagogastroduodenoscopia


Procedimento para a Realização do Exame

 Trânsito intestinal
• Seu objetivo visibilizar a região do intestino delgado, forma e
função, além de identificar patologias que interferem com o
trânsito intestinal do paciente.

• Este exame se inicia com a SEED (seriografia do esôfago,


estômago e duodeno), para documentar a trajetória do meio
de contraste.

• Recomenda-se a utilização da fluoroscopia quando for


necessária a compressão, que auxilia na dissociação de
estruturas de determinada região.
Procedimento para a Realização do Exame

 Trânsito intestinal
• Não é possível estimar o tempo da duração deste exame, pois
dependerá da motilidade do intestino de cada usuário. Em
condições normais, estima-se uma duração de 2 a 3 horas.

• Como este estudo também examina a função do intestino


delgado, o procedimento precisa ser cronometrado. Inicia a
contagem do tempo a partir do momento em que o paciente
ingeriu uma dose substancial (pelo menos 3/4 de xícara) de
contraste radiográfico.
Procedimento para a Realização do Exame

 Intestino grosso
• É o exame radiológico cujo foco principal é estudar a forma e
a função do intestino grosso (cólon), de modo a detectar
quaisquer alterações abdominais através do uso do sulfato de
bário como meio de contraste.

• O estudo de todo o intestino grosso inclui enema baritado


com contraste simples e o enema com duplo contraste. A
técnica de expansão do cólon, conhecida como duplo
contraste, consiste insuflando-se o ar no interior do intestino,
deixando a mucosa com resquícios do sulfato de bário,
denominada de “Técnica de Malmo”
Procedimento para a Realização do Exame

 Intestino grosso
• É necessário que nas imagens sejam identificadas as
seguintes estruturas: ceco, cólon ascendente evidenciando a
flexura hepática, cólon transverso evidenciando a flexura
esplênica, cólon descendente, cólon sigmoide e Reto.

• Semelhante ao exame anterior, com a radiografia em mãos,


deve-se solicitar ao médico radiologista autorização para
iniciar a rotina.
Procedimento para a Realização do Exame

 Intestino grosso
• Para a inserção da sonda, o paciente será colocado na
posição de Sims. O médico radiologista fará o exame de
toque para garantir que não há uma fissura e nem obstruções
na região do ânus/reto, que possam impedir a inserção da
sonda. A sonda utilizada neste procedimento é a de Foley.

• Deve-se introduzir, via retal, 2 a 5 cm a sonda de Foley, com o


uso de pomada anestésica. O balonete deve ser inflado e
tracionado, de modo que seja vedado o canal anal. A
fluoroscopia é utilizada para a certificação da localização
correta da sonda. Deve-se administrar o contraste, deixando-
o fluir lentamente na última porção do TGI.
Procedimento para a Realização do Exame

 Intestino grosso

Posição de Sims
Procedimento para a Realização do Exame

 Intestino grosso
• O sulfato de bário ou a combinação
deste e de ar durante o clister opaco é
administrado com o uso de um recipiente
para enema, do tipo sistema fechado.
Um cateter de enema é acoplado à
extremidade do equipo que será
introduzido no reto do paciente.

• Diversos tipos de bicos de enema estão


disponíveis. Os cateteres chamados de
retenção são usados nos pacientes que
têm esfíncter anal relaxado ou naqueles
que, não conseguem reter o enema
Sistema urinário

 Urografia excretora
• Os exames do aparelho urinário não podem ser realizados
com o uso de contraste baritado, em função de sua
toxicidade. O uso do mesmo pelo acesso endovenoso
conduziria o paciente a um choque, induzindo-o à morte.

• Atenção: uma das características do contraste Sulfato de


Bário é que ele é insolúvel, o que significa dizer que - se
houver extravasamento - pode ocasionar danos à saúde do
paciente. O paciente que fizer uso de fármacos como a
metformina devem suspender o uso, com supervisão e
orientação médica.
Sistema urinário
 Sistema reprodutor feminino
• A histerossalpingografia tem como objetivo avaliar o sistema
reprodutor feminino por meio de radiografias contrastadas.

• A Radiografia da região pélvica - incidência AP é realizada


para controle, em seguida é realizado o procedimento de
contraste, em que a paciente é colocada na Posição de
Litotomia para iniciar o exame.

• O médico injeta uma quantidade pequena de contraste, com


o objetivo de avaliar a camada da mucosa. Em seguida, aplica
uma quantidade significativa de contraste, com o objetivo de
preencher o útero e as trompas.
Atividade em sala

Em uma folha monte um quadro dos protocolos de raio-x contrastados com as


seguintes informações “protocolo, material e exame” , depois repasse sua folha
para o colega ao lado com seu nome para que ele possa explicar o que você fez.

Exemplo

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