A pesquisa mostra que o açaí, fruta típica do Nordeste brasileiro, pode ser usado como contraste natural e mais barato em exames de ressonância magnética do abdome, melhorando a qualidade das imagens. Os testes realizados na USP de Ribeirão Preto mostraram que a ingestão de 200ml de polpa de açaí por pacientes antes do exame melhorou a visualização dos órgãos como pâncreas e intestino. A hipótese para a propriedade contrastante do açaí é a presença de metais
A pesquisa mostra que o açaí, fruta típica do Nordeste brasileiro, pode ser usado como contraste natural e mais barato em exames de ressonância magnética do abdome, melhorando a qualidade das imagens. Os testes realizados na USP de Ribeirão Preto mostraram que a ingestão de 200ml de polpa de açaí por pacientes antes do exame melhorou a visualização dos órgãos como pâncreas e intestino. A hipótese para a propriedade contrastante do açaí é a presença de metais
A pesquisa mostra que o açaí, fruta típica do Nordeste brasileiro, pode ser usado como contraste natural e mais barato em exames de ressonância magnética do abdome, melhorando a qualidade das imagens. Os testes realizados na USP de Ribeirão Preto mostraram que a ingestão de 200ml de polpa de açaí por pacientes antes do exame melhorou a visualização dos órgãos como pâncreas e intestino. A hipótese para a propriedade contrastante do açaí é a presença de metais
De simples fruta a ingrediente de contraste em exames radiolgicos. O aa, tpico do
Nordeste brasileiro, passou a ser uma opo indita de contraste natural para exames de ressonncia de abdome graas a uma pesquisa da USP (Universidade de So Paulo) de Ribeiro Preto. Nos testes realizados no HC (Hospital das Clnicas) da Faculdade de Medicina de Ribeiro Preto, da USP, a ingesto de 200 ml (um copo) de polpa de aa pelos pacientes submetidos a exames de ressonncia melhorou sensivelmente a qualidade das imagens obtidas. Desde o incio do ano, 34 pacientes participaram do projeto, que tem a vantagem de ser natural e mais barato (uma dose comercial de contraste custa cerca de R$ 66, contra R$ 2 do aa). Segundo o professor do Departamento de Fsica e Matemtica da Faculdade de Filosofia, Cincias e Letras de Ribeiro Preto Drulio Barros de Arajo, que coordena a pesquisa, na anlise do intestino, por exemplo, as alas normalmente ficam sobrepostas, mas, com o uso do aa como contraste, as alas desaparecem do campo visual e restam somente os dutos na imagem. Os rgos que mais tm sido examinados so o pncreas e o intestino, mas o estmago e as vias biliares tambm j foram analisados aps a ingesto de aa. A pesquisa feita pelo Departamento de Fsica e Matemtica da Faculdade de Filosofia, Cincias e Letras, o Centro de Cincias da Imagem do HC e a Embrapa de So Carlos, com o pesquisador Luiz Alberto Colnago.
Metais
De acordo com Arajo, a hiptese para essa propriedade contrastante do aa est na
presena de metais em sua estrutura, como o mangans e o ferro. "No testamos outros vegetais, como o quiabo, por exemplo, que rico em ferro. Nos EUA, foram feitos testes com blueberry [fruta tpica do pas]", afirmou. Nos laboratrios da USP e da Embrapa, esto em curso estudos sobre a composio qumica do aa, para confirmar as concentraes de ferro e mangans, alm da presena de clcio. O trabalho de substituio do contraste teve incio no ano passado, quando a equipe de Arajo comeou a pesquisar os movimentos gastrointestinais e tirou da gaveta um projeto antigo de usar um produto natural. "O professor Oswaldo Baffa usava iogurte com componentes de ferro, que era ingerido pelos pacientes para detectar sinais magnticos no organismo, mas a idia era utilizar algo natural. Surgiu, ento, a idia do aa." De acordo com Baffa, em 1988 teve incio o desenvolvimento de mtodos para o estudo do movimento gastrointestinal na USP de Ribeiro, que queria saber, por exemplo, qual era o tempo que o alimento ficava no estmago. Esse projeto pode ser considerado um embrio do estudo atual. "Dvamos um alimento-teste com material magntico aos pacientes. Como o corpo humano transparente ao campo magntico, sabamos onde as partculas estavam", disse Baffa. O problema, segundo ele, que as partculas usadas eram inorgnicas, como magnetita ou ferrita. "Sabamos das histrias de o aa ser rico em ferro e decidimos testar. O resultado at agora muito bom", disse o pesquisador. A pesquisa, ainda no concluda, prev agora apurar a receptividade da idia pelas crianas e a comparao com os contrastes comercializados no mercado. Nem sempre necessrio o uso de contrastes, mas, para algumas situaes, o procedimento considerado fundamental, de acordo com o mdico do HC Jorge Elias Jnior, do Departamento de Clnica Mdica da faculdade de medicina. "O aa uma alternativa interessante principalmente por ser natural e ter custo baixo." Referncias