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Propriedades Magnéticas dos Materiais

Breve Introdução
ao Magnetismo
Propriedades Magnéticas dos Materiais

ROTEIRO
• Manifestações do Magnetismo
• Fontes de Campos Magnéticos
• Geomagnetismo/Biomagnetismo
• Origens Microscópicas do Magnetismo
• Comportamentos Magnéticos
• Caracterização Magnética
• Supercondutividade
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Os imãs são conhecidos da


humanidade há muitos
séculos: os chineses
China, séc. IV a.C.
conheciam as propriedades
“misteriosas” dos imãs há
mais de 2000 anos.
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Os gregos antigos faziam uso


de um material chamado
‘magnetita’: eles verificaram
que pedaços desse tipo de
pedra podiam atrair alguns
metais Magnésia, Grécia

E que sempre apontavam


num mesma direção…

Magnetita: mineral formado


por óxido de ferro II (FeO) e III
Fe2O3
Moeda
atraída por
uma rocha
magnética
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O que sabemos sobre o Magnetismo?

• O magnetismo está associado a existência da FORÇA


MAGNÉTICA ;
• A região de influência da FORÇA MAGNÉTICA é
representada pelo CAMPO MAGNÉTICO;
• Macroscopicamente, os CAMPOS MAGNÉTICOS
podem surgir a partir de correntes elétricas ou a partir
de imãs naturais;
• Microscopicamente, o magnetismo surge do momento
orbital dos elétrons e da existência do momento de spin.
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Imãs
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Campo magnético: região de influência da força


magnética
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Características básicas dos imãs


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Cortando um magneto ao meio…


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surgem 2 magnetos!
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Existem os monopolos elétricos:


cargas positivas e negativas existem
isoladamente

Mas não existem os monopolos


magnéticos… certo? Ou existem?
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Monopolos Magnéticos

Em 1931, o físico britânico Paul Dirac - que dividiu o Prêmio


Nobel de Física com Erwin Schrödinger em 1933 - defendeu a
existência desses chamados monopólos - pólos magnéticos
solteiros, independentes dos seus irmãos siameses.

Segundo ele, os monopólos existiriam na extremidade de tubos


que conduzem campos magnéticos. Esses tubos passaram a ser
conhecidos como cordas de Dirac.
Dirac Mas isso era apenas teoria,
sem que ninguém tivesse conseguido detectar os monopólos.

Agora, uma equipe de pesquisadores alemães e ingleses acaba


de observar experimentalmente pela primeira vez os monopólios
magnéticos em materiais reais.

Os pesquisadores detectaram os monopólios magnéticos em um


único cristal de titanato de disprósio, por meio de um experimento
de espalhamento de nêutrons.
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Titanato de Disprósio

• Geometria: estrutura piroclórica


• espalhamento de nêutrons reorganizou
os momentos magnéticos formando
“espaguetes de spin”
• Momento de dípolo dos nêutrons sente o
momento dos monopólos
• Experimento ainda controverso...
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Primeira tentativa de formalizar o entendimento do Magnetismo

(1600)
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Bússolas

Europa, 1190

1269, Petrus Peregrinus de


Marincourt (francês) descreve o
funcionamento de uma bússola
flutuante e de uma bússola de pivô.
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Primeiros Estudos Quantitativos


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Aplicações do magnetismo
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Fontes de campos
magnéticos
Fontes de campos Propriedades Magnéticas dos Materiais

magnéticos

• Cargas em
movimento (corrente
elétrica)

• Imãs permanentes
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Experiência de Oersted, 1819


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Experiência de Oersted
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Uma corrente
elétrica induz, em
um condutor, o
surgimento de
um campo
magnético:
 0i
B
2r
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Campo magnético numa


espira: a espira passa a
funcionar como um
pequeno imã.
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Campo Magnético numa bobina


(solenóide): um conjunto de espiras

N L
B  0 i B   0 ni
L
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E os imãs permanentes, de onde


surgem?
Vamos ver já, já…
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Um dipolo magnético
• As linhas de
campo vão do
pólo Norte para o
pólo Sul;
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Momento magnético m
na presença de um campo magnético
• Um dipolo magnético
num campo B sofre a
ação de um torque, 
• A magnitude do 
depende de B e do
momento de dipolo
magnéico, m.

  mBsin 
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Dipolo magnético na presença de um


campo magnético
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Dipolo magnético na presença de um


campo magnético
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A agulha da bússola
• Uma agulha de bússola
tem um momento
magnético;

• A agulha fica orientada


com o campo
magnético terrestre;

• Note que tanto o campo


magnético quanto o
momento magnético
são vetores;
Geomagnetismo
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William Gilbert
propôs em 1600 que a
Terra era um imã
gigantesco, com seus
pólos positivo e
negativo próximos aos
pólos do planeta
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Geomagnetismo
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Os pólos magnéticos
se movem após longos
intervalos de tempo
(centenas de milhares
de anos)

Geomagnetismo
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Qual a origem do
campo magnético
da Terra?

O núcleo corresponde,
aproximadamente, a 1/3 da massa da
Terra e contém principalmente
elementos metálicos (ferro e níquel).
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Núcleo líquido
em movimento:
cargas em
movimento
(corrente
elétrica)
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Por exemplo,
tempestades magnéticas
podem produzir
interrupções nos serviços
de telecomunicações
utilizados pelos seres
humanos no cotidiano.

A importância da
magnetosfera: sem ela,
ficamos sem um
importante escudo contra
a radiação solar
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Auroras Boreais(Norte)/Austrais(Sul)
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Biomagnetismo (1960)

Aquaspirillum magnetotacticum
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BIOMAGNETISMO

• Bactérias;
• Pombos e pássaros migratórios;
• Abelhas, Formigas;
• Golfinhos, baleias;
• Salmões;
BIOMAGNETISMO Propriedades Magnéticas dos Materiais

Seres humanos:
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Magnetismo dos Materiais


• Alguns materiais exibem propriedades
magnéticas espontâneas:

Ferro, Níquel, Cobalto, Gadolíneo,


algumas ligas (SmCo5, Nd2Fe14B, ...)

• Mas a maioria dos elementos e


materiais não exibem propriedades
magnéticas;
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Vamos tentar entender da


onde vêm esses diferentes
comportamentos magnéticos
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Mas antes, algumas


definições para
grandezas
magnéticas
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Campo magnético
externo, H

Unidade no SI: [A/m]


Unidade no cgs: [Oe]
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Indução magnética ou
densidade de fluxo, B

Unidade no SI: [T]


Unidade no cgs: [G]
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Magnetização, M
• Um material que
possui um momento
magnético líquido é
dito magnetizado;

• A magnetização é o
momento magnético
por unidade de
volume de um
material;
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A magnetização depende de...


• Densidade de momentos
magnéticos dentro do material;

• Magnitude dos momentos de


dipolo dentro do material;

• Arranjo dos momentos


magnéticos dentro do
material
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A indução magnética ou densidade de


fluxo magnético B, para um material
sujeito a um campo magnético externo H,
é:

B   0 H  M 
B

0 é a uma constante chamada de permeabilidade do vácuo

Observe que a magnetização do material M pode reforçar ou


enfraquecer a indução magnética B
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Se considerarmos o vácuo…

B   0 H  M 

B  0 H
Indução magnética é
igual a intensidade
magnética
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Resposta do material ao campo


magnético externo H
• Geralmente , M
varia quando H
varia.

• A magnitude da
resposta é chamada
de susceptibilidade
magnética do
material.  
M H
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A Susceptibilidade
Magnética, 
dM

dH

É uma medida de como a magnetização


M de um corpo varia sob a aplicação de
um campo magnético externo H
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Como a magnetização M responde


ao campo externo H?
• Há uma variedade de formas
• A resposta depende do tipo de material
• Depende também da temperatura
• E pode algumas vezes também depender da
“história” magnética do material (intensidade
e direção dos campos magnéticos
previamente aplicados)
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As unidades em magnetismo não


são unanimidade…
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Mas, microscopicamente,
de onde surge a
magnetização M desses
materiais?
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Origens Microscópicas
do Magnetismo
Toda carga elétrica em movimento produz um campo
magnético. Assim, cada elétron em um átomo pode ser
considerado como um pequeno imã com momentos
magnéticos orbital e de spin.

+
-
núcleo
elétron
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Momento Magnético de
Spin

μs
- -- -
N

-- I S
- -
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Momento Magnético
Orbital

μorb N
μorb
S
- I
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Para a maioria dos átomos, os


vetores momento de spin e
momento orbital se combinam
produzindo uma magnetização
nula ou quase nula.
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Para alguns átomos, os vetores se


combinam produzindo uma magnetização
não-nula, porém cada átomo aponta seu
vetor momento magnético numa direção,
de forma que o efeito conjunto é nulo.
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Em um material ferromagnético, os
momentos magnéticos atômicos se
organizam de forma a reforçar os
campos magnéticos uns dos outros
através da interação de troca.

Interação de troca
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Regras de Hund
1. Os elétrons ocupam os estados de modo a maximizar a
componente z do spin, S =  ms, sem violar o princípio de
Pauli.
2. Os elétrons ocupam orbitais que resultam no máximo valor de
L =  ml, consistente com a regra 1 e com o princípio de Pauli
3. O valor do número quântico da magnitude do momentum
angular total é J = |L -S| quando a camada tem menos da
metade do número de elétrons que ela comporta, e J= |L + S|
quando tem mais da metade do número de elétrons.
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Fe2+ configuração: (1s2 2s2 2p6 3s2 3p6) 3d6 Propriedades Magnéticas dos Materiais

Os seis elétrons 3d são distribuídos da seguinte maneira:


Regra 1: ms= ½ ½ ½ ½ ½ -½  S = 2
camadas cheias
Regra 2: ml = 2 1 0 -1 -2 2  L = 2
Regra 3: J = L + S = 4

1. Os elétrons ocupam os estados de modo a maximizar a componente z do spin, S =


 ms, sem violar o princípio de Pauli.
2. Os elétrons ocupam orbitais que resultam no máximo valor de L =  m l,
consistente com a regra 1 e com o princípio de Pauli
3. O valor do número quântico da magnitude do momentum angular total é J = |L -S|
quando a camada tem menos da metade do número de elétrons que ela comporta, e
J= |L + S| quando tem mais da metade do número de elétrons.
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Dependendo de como os
elétrons se distribuem nas
subcamadas vamos ter
diferentes comportamentos
magnéticos
Comportamentos Magnéticos
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B   0 H  M 
H=0 Com campo

nenhum

oposto
(1) diamagnético Campo com o material

m < 0 é menor que no vácuo

Não magnéticos

aleatório

alinhado
(2) paramagnético
m ~ 10-5 – 10-2
alinhado

alinhado
(3) ferromagnético
B ≈ 0 M
m ~ 106
Comportamentos Magnéticos
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B   0 H  M 

Ferromagnético
Densidade do fluxo, B

Paramagnético
 0M

Vácuo

Diamagnético

Campo magnético, H
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Materiais Diamagnéticos
• Sem magnetismo intrínseco;
• Quando submetidos a um
campo magnético externo,
apresentam uma fraca
magnetização contrária a
direção do campo externo;
• Tendem a repelir fracamente
as linhas de campo
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Materiais Paramagnéticos
• Substâncias paramagnéticas são
aquelas onde os átomos
individuais ou átomos ou íons
possuem um momento líquido não
nulo.
• Quando submetidas a um campo
magnético externo, elas ficam
fracamente magnetizadas na
mesma direção do campo
aplicado.
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Paramagnetismo

FIGURA Características de materiais paramagnéticos: a) Comportamento dos momentos


magnéticos na ausência de campo externo; b) Variação de M com H (a inclinação da curva
é a susceptibilidade); c) Variação do inverso da susceptibilidade com a temperatura.
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Materiais Ferromagnéticos
Materiais ferromagnéticos são
aqueles cujos átomos
individuais ou moléculas
possuem um momento
magnético não nulo, mesmo
na ausência de campo
magnético externo H
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Ferromagnetismo
• A energia térmica pode ser
utilizada para vencer as
interações de troca;

• A temperatura de Curie é
uma medida da intensidade
da interação de troca;

• As interações de troca são


muito mais fortes que as
interações dipolo-dipolo;
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Materiais Antiferromagnéticos
• Em alguns materiais, as
interações de troca
favorecem o alinhamento
antiparalelo dos
momentos magnéticos
atômicos;
• Os materiais possuem
ordem magnética, mas
apresentam uma
magnetização remanente
nula e susceptibilidade
próxima de zero;
• Muitos óxidos metálicos
são ferromagnéticos;
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Antiferromagnetismo
• A energia térmica
também pode ser
utilizada para vencer as
interações de troca;

• A ordem magnética é
destruída acima da
temperatura de Néel
(análoga a temperatura
de Curie)
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Materiais ferrimagnéticos
• Interações de troca
antiferromagnéticas;
• Diferentes momentos
magnéticos líquidos
em cada sub-rede;
• Há uma magnetização
efetiva;
• Exemplos: magnetita,
maghemite
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Susceptibilidade Magnética

dM

dH
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MAGNETISMO E
TEMPERATURA
Todo imã natural perde o poder magnético
ao atingir uma determinada temperatura,
chamada de Ponto de Curie.

Ferro: Temperatura de Curie: 770°C


Cobalto: Temperatura de Curie: 1075°C
Níquel: Temperatura de Curie: 365°C
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Magnetização e temperatura de Curie


Com o aumento da temperatura se torna mais difícil a orientação dos
momentos magnéticos.
Magnetização de saturação (106 A/m)

Fe

Temperatura de Curie
Fe3O4

Temperatura (°C)
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Domínios Magnéticos
• Os materiais
ferromagnéticos tendem
a apresentar “domínios
magnéticos”;

• Cada domínio fica


magnetizado numa
direção diferente;

• Essa divisão em regiões


magnetizadas minimiza a
energia devido aos
campos demagnetizantes
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Domínios Magnéticos
• Aplicando um campo
magnético externo,
alteramos a estrutura de
domínios;
• Domínios com
magnetização na direção do
campo H crescem;
• Enquanto os outros
domínios diminuem, através
da movimentação das
regiões de fronteira,
conhecidas como paredes
de domínio.
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Domínios magnéticos

H=0
Domínios com momentos
magnéticos alinhados
crescem às custas
daqueles fracamente
alinhados! H

H
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Paredes de domínios
magnéticos
Paredes de domínios são
regiões de fronteira

Fronteira
do domínio
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Paredes de domínios magnéticos

Largura da parede: “t”

A largura da parede é tipicamente da ordem de 100 nm


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Domínios Magnéticos

• Aplicando um
campo magnético
suficientemente
intenso, a
magnetização pode
ficar numa única
direção, havendo
então somente um
domínio
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Domínios magnéticos em
materiais ferromagnéticos
granulares

Domínios

Fronteiras
entre
domínios
Contorno
de grão
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Partículas Monodomínio

• Partículas menores
que “t” não
apresentam
domínios

Tamanhos de partícula < t


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Domínios magnéticos
• Removendo o campo magnético externo, a
estrutura de domínios inicial pode não voltar ao
estado original, dando origem a um novo estado
magnético;
• Tal situação dá origem a histeres magnética: a
magnetização não se comporta da mesma
maneira quando aplicamos um campo de
saturação e depois retornamos a um campo nulo.
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Domínios magnéticos
À medida que um campo H é aplicado, os domínios mudam de
forma e de tamanho.
B sat
Indução Magnética (B) H
H

H
0 Campo magnético (H)

H=0
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Curva de histerese
• A relação entre o campo magnético
externo H e a indução magnética B segue
uma curva de crescimento até um ponto
onde não há mais crescimento: esse é o
ponto de saturação da histerese (ponto a).
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Curva de histerese
• Quando passamos a diminuir o campo H,
a curva não volta pela mesma trajetória:
quando H é zero, a magnetização não é
mais nula (ponto b).
• Tal ponto é conhecido como
“magnetização de remanência”.
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Curva de histerese
• O campo H necessário para anular a
magnetização remanente e fazer M ir para
zero é conhecido como “coercividade” ou
“campo coercivo”;
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Curva de histerese
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Curva de histerese
Quando o campo H é reduzido à partir da saturação, a curva de M
versus H não retorna seguindo seu trajeto original. Isto é histerese!

M
3. Remanência, H = 0 mas a 2. A aplicação de H causa
magnetização continua magnetização

H
4. Coercividade, HC 1. Estado inicial desmagnetizado
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Curva de histerese: dois


formatos
M B
3

2
4

1 H H

Saturação
B = 0 (H + M)
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Curva de histerese
A área no interior da curva de histerese representa a
perda de energia, na forma de calor, por unidade de
volume do material durante um ciclo de magnetização
-desmagnetização.

A energia necessária para


desmagnetizar um imã
permanente é proporcional à
área do maior retângulo que
pode ser desenhado sob a
curva no segundo quadrante!
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Classificação das ligas


magnéticas
• A classificação é feita de acordo com a
forma da curva de histerese.
• O nome esta relacionado com as
propriedades mecânicas/metalúrgicas
da liga: • Ligas Magnéticas
Duras
• Ligas Magnéticas
Macias
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Classificação das ligas magnéticas


Materiais magneticamente moles e duros.

B Materiais moles
Núcleos de transformadores

Materiais duros
Imãs permanentes

Ciclo quadrado
Dispositivos de memória
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Classificação das ligas magnéticas


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Ligas magnéticas duras


- Se caracterizam pelo grande valor de
Hc e alto Br;
- São ligas endurecidas;
- São utilizadas na fabricação de imãs
permanentes;
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Ligas magnéticas macias


- Apresentam Hc de baixo valor e pequenas
perdas de histerese e baixo Br;
- São ligas organizadas. Geralmente
metais puros com boa qualidade
estrutural;
- São empregadas como ligas a serem
submetidas à magnetização alternada
(núcleos de transformadores).
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Definições de Campos Magnéticos


  
Indução: 
B  0 H  M  
Campos magnético Externo: H

Magnetização M Momento magnético médio do
material magnético

Susceptibilidade  tensor representando um material anisotrópico

 
M H
 
B  0 H   1   H

onde:   0 1    Permeabilidade do material


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