vestibular medicina|2º semestre de 2019

001. prova I
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A
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Esta prova contém 8 questões discursivas.
 
A resolução e a resposta de cada questão devem ser apresentadas no espaço correspondente. Não serão
 
consideradas respostas sem as suas resoluções, nem as apresentadas fora do local indicado.
Encontra-se neste caderno a Tabela Periódica, que poderá ser útil para a resolução de questões.
As provas terão duração total de 5h e o candidato somente poderá sair do prédio depois de transcorridas 3h45,
 
contadas a partir do início da prova.
Os últimos três candidatos deverão se retirar juntos da sala.
 
Ao final da prova, antes de sair da sala, entregue ao fiscal a Folha de Respostas, a Folha de Redação e os
 
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Nome do candidato

RG Inscrição Prédio Sala Carteira

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ausente

Assinatura do candidato

26.05.2019
UCER1802 | 001-Prova-I 2
 QUESTÃO 01

Primo Ribeiro dormiu mal e o outro não dorme quase nunca. Mas ambos escutaram o mosquito a noite inteira. E o
anofelino é o passarinho que canta mais bonito, na terra bonita onde mora a maleita. É de tardinha, quando as mutucas
convidam as muriçocas de volta para casa, e quando o carapanã rajado mais o moçorongo cinzento se recolhem, que
ele aparece, o pernilongo pampa, de pés de prata e asas xadrez. Entra pelas janelas, vindo dos cacos, das frinchas, das
taiobeiras, das bananeiras, de todas as águas, de qualquer lugar.
(João Guimarães Rosa. Sagarana, 2001. Adaptado.)

a) O texto faz alusão a uma das formas de transmissão da maleita ou malária. Qual palavra citada no texto faz referência
ao gênero da espécie a que pertence o transmissor da malária? Qual o sexo do mosquito transmissor da malária?

b) Cite uma das fases do desenvolvimento dos mosquitos. O que é introduzido pelo mosquito na corrente sanguínea de
uma pessoa que faz com que ela adquira a malária?

H O
U N
S C
R A

RESolução e resposta

3 UCER1802 | 001-Prova-I
 QUESTÃO 02

A figura apresenta os principais tecidos que podem ser encontrados em uma folha de uma planta angiosperma.

(www.pathwayz.org. Adaptado.)

a) Ao se comparar uma planta de região árida com uma planta de região úmida, as cutículas não se apresentam com a
mesma espessura. Explique a razão dessa diferença.

b) Qual tecido presente na folha está relacionado diretamente à produção de matéria orgânica, utilizada no crescimento
vegetal? Justifique sua resposta.

H O
U N
C
R AS

RESolução e resposta

UCER1802 | 001-Prova-I 4
 QUESTÃO 03

Os rins são órgãos fundamentais para a homeostase do organismo humano, pois os néfrons mantêm os componentes
benéficos no sangue e eliminam, por meio da urina, aqueles que são tóxicos ou que estão em excesso no sangue.

a) Além dos rins, cite outros dois órgãos do sistema urinário.

b) De acordo com a anatomia das arteríolas presentes na cápsula néfrica, por que não há hemácias na urina de uma
pessoa saudável? Como age o hormônio antidiurético (ADH) ao longo dos túbulos dos néfrons?

H O
U N
S C
R A

RESolução e resposta

5 UCER1802 | 001-Prova-I
 QUESTÃO 04

As figuras representam a metáfase I e a anáfase I da meiose.

(Helena Curtis et al. Biologia, 2009.)

a) De acordo com as imagens, quais evidências permitem afirmar que se trata de uma metáfase e de uma anáfase,
respectivamente?

b) Em uma espécie em que a ploidia é 2n = 10, quantas moléculas de DNA serão encontradas nas células resultantes da
primeira divisão meiótica? Como se caracterizam morfologicamente os cromossomos ao término da segunda divisão
meiótica?

H O
U N
C
R AS

RESolução e resposta

UCER1802 | 001-Prova-I 6
 QUESTÃO 05

Carlos realizou o seguinte experimento: colocou vinagre (solução aquosa de CH3COOH) em uma garrafa PET, prendeu
no gargalo desta garrafa um balão de borracha contendo bicarbonato de sódio (NaHCO3) no seu interior e, em seguida,
entornou o sólido para o interior da garrafa. Carlos verificou que a temperatura da garrafa aumentou durante a reação.
As figuras mostram os momentos inicial e final do experimento.

Momento inicial Momento final

a) Além do aumento da temperatura, qual outra evidência indica que o experimento realizado é uma transformação química?
Classifique a reação química quanto ao calor de reação envolvido.

b) Escreva a equação da reação ocorrida no experimento. Escreva o nome do sal orgânico produzido nessa reação.

H O
U N
S C
R A

RESolução e resposta

7 UCER1802 | 001-Prova-I
 QUESTÃO 06

A ora-pro-nóbis é uma planta comestível, muito utilizada na culinária mineira, rica em proteína, vitamina C (ácido ascórbico)
e minerais como ferro, potássio, cálcio e fósforo.

ácido ascórbico

a) Escreva a fórmula química do composto resultante da ligação entre fósforo e o metal alcalino terroso citado no texto.
Identifique o tipo de ligação química que ocorre nesse composto.

b) Determine a concentração, em mol/L, de 500 mL de solução aquosa que contém 8,80 g de ácido ascórbico dissolvido.

H O
U N
C
R AS

RESolução e resposta

UCER1802 | 001-Prova-I 8
 QUESTÃO 07

A L-alanina é uma substância produzida no organismo, que também pode ser consumida como suplemento alimentar por
atletas, visando o aumento de massa muscular. A equação química, não balanceada, da combustão completa da L-alanina
pode ser representada por:
C3H7NO2 (s) + O2 (g) CO2 (g) + H2O (l) + N2 (g)

L-alanina

a) Escreva o nome da função orgânica presente na L-alanina cujo grupo funcional contém átomos de oxigênio. O uso da
letra L no nome da substância indica a presença de qual tipo de isomeria?

b) Escreva a equação química balanceada da combustão da L-alanina. Calcule a quantidade, em mol, de gás carbônico
produzida na combustão completa de 5 mol de L-alanina.

H O
U N
S C
R A

RESolução e resposta

9 UCER1802 | 001-Prova-I
 QUESTÃO 08

O lutécio-177 é um radionuclídeo que decai por emissão de partícula beta negativa , e é utilizado na terapia de t­umores
neuroendócrinos na forma de um radiofármaco injetável por administração intravenosa. Uma determinada ampola do
fármaco, com atividade inicial de 8 000 MBq de 177Lu, foi mantida fechada. A atividade na ampola ao longo do tempo é
mostrada no gráfico.

177
a) Escreva a equação nuclear do decaimento do Lu. Determine o número de nêutrons do nuclídeo resultante desse
decaimento.

b) Determine o tempo de meia-vida do 177Lu. Determine a atividade na ampola fechada após 35 dias do seu preparo.

H O
U N
S C
RA
RESolução e resposta

UCER1802 | 001-Prova-I 10
TABELA PERIÓDICA

11 UCER1802 | 001-Prova-I
 vestibular medicina|2º semestre de 2019

002. prova II
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 Esta prova contém 40 questões objetivas e uma proposta de redação.
 Para cada questão, o candidato deverá assinalar apenas uma alternativa na Folha de Respostas, utilizando caneta
de tinta preta.
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Nome do candidato

RG Inscrição Prédio Sala Carteira

26.05.2019
UCER1802 | 002-Prova-II 2
Leia o soneto “No circo”, de Raimundo Correia, para respon-
der às questões de 01 a 05.
Abria o circo a arena iluminada
Do povo às grossas vagas tumultuosas;
Fervia tudo em pompa; a variada
Cor das vestes, as rendas preciosas,
O verde, o azul, as sedas, os lavores
Dos luzentes metais da cor do dia;
Mas nesta febre múltipla de cores,
Somente a cor vermelha não se via;
Em aplausos a turba se desata,
Surge em pleno espetáculo o acrobata,
Pula, e na corda bamba se ajoelha;
QUESTÃO 04
Em ordem direta, os versos “Abria o circo a arena ilumina-
da / Do povo às grossas vagas tumultuosas;” (1a estrofe)
assumem a seguinte redação:
(A) A arena iluminada abria o circo às grossas vagas tumul-
tuosas do povo.
(B) O circo abria a arena iluminada às grossas vagas tumul-
tuosas do povo.
(C) O circo abria a arena iluminada do povo às grossas v­agas
tumultuosas.
(D) O circo do povo abria a arena iluminada às grossas v­agas
tumultuosas.

Arqueia o corpo; a corda estala e ringe; (E) A arena iluminada abria o circo do povo às grossas vagas
Ele cai, parte o crânio, e o solo tinge tumultuosas.
A cor que não se via, a cor vermelha.
(Poesia completa e prosa, 1961.)
QUESTÃO 05
A chamada rima rica ocorre entre palavras de classes grama-
QUESTÃO 01
ticais diferentes, a exemplo do que se verifica em
O desfecho do soneto pode ser considerado
(A) desata/acrobata e ajoelha/vermelha.
(A) trágico.
(B) dia/via e ringe/tinge.
(B) cômico.
(C) inverossímil. (C) lavores/cores e ajoelha/vermelha.

(D) enigmático. (D) iluminada/variada e dia/via.

(E) satírico. (E) tumultuosas/preciosas e desata/acrobata.

QUESTÃO 02
QUESTÃO 06
Uma característica da estética parnasiana encontrada nesse
soneto é Esse movimento tenta a conciliação, a incorporação, a
fusão (o fusionismo é a sua tendência dominante) do ideal
(A) a contenção lírica. medieval, espiritual, supraterreno, com os novos valores que
(B) o viés místico. o Renascimento pôs em voga: o humanismo, o gosto das
coisas terrenas, as satisfações mundanas e carnais. A estra-
(C) o apreço pela linguagem coloquial.
tégia pertenceu à Contrarreforma, no intuito de combater o
(D) a exaltação da vida urbana. moderno espírito absorvendo-o no que tivesse de mais acei-
tável. Daí nasceu esse novo estilo, que traduz em suas con-
(E) o engajamento social.
tradições e distorções o caráter dilemático da época.
(Afrânio Coutinho. Introdução à literatura no Brasil, 1976. Adaptado.)

QUESTÃO 03 Tal comentário refere-se ao movimento

Estão empregados em sentido figurado os termos sublinha- (A) árcade.
dos em:
(B) naturalista.
(A) “Em aplausos a turba se desata,” (3a estrofe) e “Surge em
pleno espetáculo o acrobata,” (3a estrofe) (C) barroco.
a
(B) “Cor das vestes, as rendas preciosas,” (1 estrofe) e “Mas (D) simbolista.
nesta febre múltipla de cores,” (2a estrofe).
(E) romântico.
(C) “Abria o circo a arena iluminada” (1a estrofe) e “Cor das
vestes, as rendas preciosas,” (1a estrofe).
(D) “Do povo às grossas vagas tumultuosas;” (1a estrofe) e
“Fervia tudo em pompa; a variada” (1a estrofe).
(E) “Em aplausos a turba se desata,” (3a estrofe) e “Arqueia
o corpo; a corda estala e ringe;” (4a estrofe).

3 UCER1802 | 002-Prova-II
Leia o trecho inicial do conto “Só!”, de Machado de Assis,
para responder às questões de 07 a 10.
Bonifácio, depois de fechar a porta, guardou a chave,
atravessou o jardim e meteu-se em casa. Estava só, final-
mente só. A frente da casa dava para uma rua pouco frequen-
tada e quase sem moradores. A um dos lados da chácara
corria outra rua. Creio que tudo isso era para os lados de
Andaraí.
Um grande escritor, Edgar Poe, relata, em um de seus
admiráveis contos, a corrida noturna de um desconhecido
pelas ruas de Londres, à medida que se despovoam, com
o visível intento de nunca ficar só. “Esse homem, conclui
ele, é o tipo e o gênio do crime profundo; é o homem das
multidões.” Bonifácio não era capaz de crimes, nem ia ago-
ra atrás de lugares povoados, tanto que vinha recolher-se a
uma casa vazia. Posto que os seus quarenta e cinco anos
não fossem tais que tornassem inverossímil uma fantasia de
mulher, não era amor que o trazia à reclusão. Vamos à verda-
de: ele queria descansar da companhia dos outros. Quem lhe
meteu isso na cabeça — sem o querer nem saber, — foi um
esquisitão desse tempo, dizem que filósofo, um tal Tobias que
morava para os lados do Jardim Botânico. Filósofo ou não,
era homem de cara seca e comprida, nariz grande e óculos
de tartaruga. Paulista de nascimento, estudara em Coimbra,
no tempo do rei, e vivera muitos anos na Europa, gastando
o que possuía, até que, não tendo mais que alguns restos,
arrepiou carreira. Veio para o Rio de Janeiro, com o plano de
passar a S. Paulo; mas foi ficando e aqui morreu. Costumava
ele desaparecer da cidade durante um ou dois meses; metia-
-se em casa, com o único preto que possuía, e a quem dava
ordem de lhe não dizer nada. Esta circunstância fê-lo crer
m­aluco, e tal era a opinião entre os rapazes; não faltava,
p­orém, quem lhe atribuísse grande instrução e rara inteligên­
cia, ambas inutilizadas por um ceticismo sem remédio. Boni-
fácio, um dos seus poucos familiares, perguntou-lhe um dia
que prazer achava naquelas reclusões tão longas e absolu-
tas; Tobias respondeu, que era o maior regalo do mundo.
— Mas, sozinho! tanto tempo assim, metido entre quatro
paredes, sem ninguém!
— Sem ninguém, não.
— Ora, um escravo, que nem sequer lhe pode tomar a
bênção!
— Não, senhor. Trago um certo número de ideias; e, logo
que fico só, divirto-me em conversar com elas. Algumas vêm
já grávidas de outras, e dão à luz cinco, dez, vinte e todo esse
povo salta, brinca, desce, sobe, às vezes lutam umas com
outras, ferem-se e algumas morrem; e quando dou acordo de
mim, lá se vão muitas semanas.
Foi pouco depois dessa conversação que vagou uma
casa de Bonifácio. Ele, que andava aborrecido e cansado da
vida social, quis imitar o velho Tobias; disse em casa, na loja
do Bernardo e a alguns amigos, que ia estar uns dias em
Iguaçu, e recolheu-se a Andaraí.
(Contos: uma antologia, 1998.)
UCER1802 | 002-Prova-II 4
QUESTÃO 07
De acordo com o texto,
(A) Bonifácio criticava o escravo por ser desrespeitoso com
Tobias.
(B) Tobias considerava que suas ideias lhe faziam companhia.
(C) Bonifácio era um admirador dos contos do escritor
Edgar Poe.
(D) Tobias obrigou Bonifácio a se afastar da vida social.
(E) Bonifácio sempre julgou as reclusões de Tobias prazerosas.
QUESTÃO 08
O narrador manifesta incerteza a respeito dos eventos nar­
rados no trecho:
(A) “Foi pouco depois dessa conversação que vagou uma
casa de Bonifácio.” (7o parágrafo)
(B) “Vamos à verdade: ele queria descansar da companhia
dos outros.” (2o parágrafo)
(C) “A um dos lados da chácara corria outra rua.” (1o parágrafo)
(D) “Veio para o Rio de Janeiro, com o plano de passar a
S. Paulo; mas foi ficando e aqui morreu.” (2o parágrafo)
(E) “Creio que tudo isso era para os lados de Andaraí.”
(1o parágrafo)
QUESTÃO 09
“Costumava ele desaparecer da cidade durante um ou dois
meses; metia-se em casa, com o único preto que possuía, e
a quem dava ordem de lhe não dizer nada. Esta circunstân-
cia fê-lo crer maluco, e tal era a opinião entre os rapazes;
não faltava, porém, quem lhe atribuísse grande instrução e
rara inteligência, ambas inutilizadas por um ceticismo sem
remédio.” (2o parágrafo)
Os termos sublinhados referem-se, respectivamente, a
(A) Tobias, Tobias, preto.
(B) preto, preto, preto.
(C) Tobias, preto, preto.
(D) Tobias, Tobias, Tobias.
(E) preto, preto, Tobias.
QUESTÃO 10
Em “Bonifácio não era capaz de crimes, nem ia agora atrás
de lugares povoados” (2o parágrafo), a conjunção sublinhada
estabelece entre as orações uma relação de
(A) adição.
(B) comparação.
(C) causa.
(D) oposição.
(E) alternância.
Leia o texto para responder às questões de 11 a 15. QUESTÃO 12
Scientists say they have discovered the secret behind In the excerpt from the second paragraph “with those of
why some people are skinny while others pile on the pounds 2,000 severely obese people”, the underlined word refers to
easily. Their work reveals newly discovered genetic regions
(A) genes.
linked to being very slim. The international team say this
supports the idea that, for some people, being thin has more (B) obese people.
to do with inheriting a “lucky” set of genes than having a
(C) scientists.
perfect diet or lifestyle.
In the past few decades, researchers have found hundreds (D) thin people.
of genetic changes that increase the chance of a person being
(E) DNA samples.
overweight — but there has been much less focus on the
genes of people who are thin. In this investigation, scientists
compared DNA samples from 1,600 healthy thin people in the
UK — with a body mass index of less than 18 — with those QUESTÃO 13
of 2,000 severely obese people and 10,400 people of normal According to the text, the sentence that best represents a
weight. They also looked closely at lifestyle questionnaires — probability is:
to rule out eating disorders, for example. Researchers found
people who were obese were more likely to have a set of (A) “the next step is to pinpoint the exact genes involved”
genes linked to being overweight. Meanwhile, people who (4th paragraph)
were skinny not only had fewer genes linked to obesity but (B) “Their work reveals newly discovered genetic regions”
also had changes in gene regions newly associated with (1st paragraph)
healthy thinness.
Lead researcher Professor Sadaf Farooqi, from the (C) “They also looked closely at lifestyle questionnaires”
University of Cambridge, called on people to be less (2nd paragraph)
judgemental about others’ weight. “This research shows (D) “people who were obese were more likely to have a set of
for the first time that healthy thin people are generally thin genes” (2nd paragraph)
because they have a lower burden of genes that increase
a person’s chances of being overweight and not because (E) “they have discovered the secret behind why some
they are morally superior, as some people like to suggest,” people are skinny” (1st paragraph)
she said. “It’s easy to rush to judgement and criticise people
for their weight but science shows that things are far more
complex. We have far less control over our weight than we QUESTÃO 14
might wish to think.”
O trecho do terceiro parágrafo “We have far less control over
Scientists say the next step is to pinpoint the exact genes
our weight than we might wish to think” pode ser entendido
involved in healthy thinness. Their longer-term goal is to
como:
see if this new knowledge can help shape new weight-loss
strategies. (A) Nós teríamos mais controle sobre nosso peso se contro-
(Smitha Mundasad. www.bbc.com, 25.01.2019. Adaptado.) lássemos nossos desejos.
(B) Nós temos muito mais controle sobre nosso peso do que
poderíamos pensar.
QUESTÃO 11
(C) Nós temos muito menos controle sobre nosso peso do
According to the text, one can say that que sobre nossos desejos.

(A) everyone can lose weight with enough willpower.
(B) eating less and moving more is a good advice.
(C) thinness may be a heritable trait.
(D) Nós teremos mais controle sobre nosso peso se contro-
larmos nossos desejos.
(E) Nós temos muito menos controle sobre nosso peso do
que poderíamos pensar.

(D) losing weight is too hard, so it’s not worth it.

(E) all thin people are healthy. QUESTÃO 15

No trecho do quarto parágrafo “Their longer-term goal is to
see if this new knowledge can help shape new weight-loss
strategies”, o termo sublinhado pode ser substituído, manten-
do-se o mesmo sentido, por
(A) once.
(B) whether.
(C) whereas.
(D) though.
(E) although.
5 UCER1802 | 002-Prova-II
 QUESTÃO 16
Três espaços principais dividem a Paris medieval: o eco-
nômico, o político e o universitário. O primeiro está na mar-
gem direita do rio Sena, em torno dos mercados construídos
por Philippe Auguste, com o porto, a Place de Grève, onde
se situa também o mercado da mão de obra. O que quer
que aconteça, esse lugar é estimulado pelo comércio por via
fluvial — controlado pela corporação dos mercadores-bar-
queiros — que sobe o Sena desde Rouen. A Île de la Cité é o
lugar do poder político e eclesiástico, o rei e o bispo, depois
o parlamento, a partir do fim do século XIII. Por fim, na mar-
gem esquerda concentra-se a cidade escolar, universitária e
intelectual.
(Jacques Le Goff. Por amor às cidades, 1998. Adaptado.)
Com base no excerto, pode-se afirmar que, no contexto da
Baixa Idade Média, as cidades
(A) constituíram-se como novos espaços para o desenvolvi-
mento do comércio e da vida cultural.
(B) impediram o fortalecimento do poder monárquico devido
à autonomia progressiva de um poder municipal.
(C) minaram a relação de servidão por meio do estabeleci-
mento definitivo do trabalho assalariado.
(D) transformaram o mundo feudal em um cenário preponde-
rantemente urbano.
(E) garantiram de forma permanente o domínio do poder
aristocrático sobre a burguesia ascendente e o clero.
QUESTÃO 17
Descrever o aglomerado de “tradições inventadas” nos
países ocidentais entre 1870 e 1914 é relativamente fácil. Já
se deram exemplos suficientes de tais inovações, como os
jubileus reais, o Dia da Bastilha e as Filhas da Revolução
Americana, o 1o de maio, a Internacional, os Jogos Olímpicos
e a instituição da veneração à bandeira nos Estados Unidos.
(Eric J. Hobsbawm. A invenção das tradições, 2018. Adaptado.)
A descrição realizada pelo historiador sobre as “tradições
i­nventadas” pode ser relacionada
(A) aos mártires e dias sagrados reverenciados pelas institui-
ções do Antigo Regime.
(B) ao liberalismo político predominante nas ideias interna-
cionalistas e no movimento operário.
(C) à ideologia do progresso permanente decorrente das
descobertas científicas e tecnológicas do período.
(D) à legitimação do Estado burguês por meio da idealização
do passado e da criação de símbolos nacionais.
(E) ao darwinismo social e à ideia da existência de uma
hierarquia de raças, justificativas da prática imperialista
das nações europeias.
UCER1802 | 002-Prova-II
QUESTÃO 18
Pode-se dizer que o Brasil avançou gradual e inexoravel-
mente para a independência a partir de 1808, mas deve-se
reconhecer também que ainda em 1820 não havia no Brasil
um sentimento generalizado de separação total de Portugal.
(Leslie Bethell. “A independência do Brasil”.
In: Leslie Bethell (org.). Da independência a 1870, 2004.)
Um fato que acelerou o processo de independência descrito
no excerto foi
(A) a defesa da autonomia provincial pela Revolução Per-
nambucana, que se espalhou por outras regiões do
Nordeste, como a Paraíba, o Ceará e o Piauí.
(B) a aliança política entre a elite colonial e o príncipe regente,
que se consolidou com a criação do Poder Moderador.
(C) a adoção de medidas pelas Cortes portuguesas após a
Revolução Liberal do Porto, que restringiram a autono-
mia administrativa e comercial brasileira.
(D) a luta pela abolição da escravidão durante a Conjuração
Baiana, que adotou um regime republicano e democrá­
tico na província.
(E) a emergência de revoltas separatistas, que se estende-
ram às províncias do Norte, Nordeste e do Sul durante o
período regencial.
QUESTÃO 19
A política econômico-financeira do Estado Novo repre-
sentou uma mudança de orientação relativamente aos anos
1930-1937. Nesse primeiro período, não houve uma linha
clara de incentivo ao setor industrial. O governo equilibrou-
-se entre os diferentes interesses, inclusive agrários, sendo
também bastante sensível às pressões externas.
(Boris Fausto. História do Brasil, 2007.)
Na conjuntura destacada no texto, um fator essencial para a
organi­zação da produção industrial brasileira foi
(A) a atração de investimentos estrangeiros para as indús-
trias automobilística e petroquímica.
(B) a redução do déficit do setor público por meio da com-
pressão dos salários dos servidores federais.
(C) a implantação de mudanças estruturais no país por meio
das reformas tributária e bancária chamadas de reformas
de base.
(D) a adoção de uma política de juros elevados na economia
para controlar os índices inflacionários.
(E) a política de substituição de importações associada ao
estabelecimento de uma indústria de base no país.
6
 QUESTÃO 20
No contexto da abertura política no Brasil, as greves de 1978
e 1979
(A) foram lideradas por anarquistas e comunistas, que atua-
vam nos sindicatos dos estados de São Paulo e do Rio
de Janeiro.
(B) estabeleceram um novo sindicalismo, que se baseava no
corporativismo e na dependência em relação ao Estado.
(C) encerraram-se com a aprovação de uma lei federal sobre
o direito de greve, que regulamentava as condições de
exercício desse direito.
(D) caracterizaram-se pela radicalização política, que se a­mpa­
rava em estratégias de luta da guerrilha urbana e rural.
(E) tinham um amplo leque de reivindicações, que englobava
o reconhecimento das comissões de fábricas e das liber-
dades democráticas.
QUESTÃO 21
O Golfo Pérsico, no sudoeste asiático, é uma região singular
que desperta a atenção internacional. O interesse das princi-
pais potências mundiais nessa região é explicado pela pos-
sibilidade de
(A) controlar patentes responsáveis por inovações de inte-
resse social.
(B) exercer influência geopolítica sobre grandes produtores
de petróleo.
(C) integrar zonas agrícolas modernas livres de impostos.
(D) participar de pesquisas científicas coletivas sobre bios-
segurança.
(E) mediar fóruns reguladores sobre questões de cunho
a­mbiental.
7 UCER1802 | 002-Prova-II
QUESTÃO 22
Quando o domicílio deixa de ser um direito e vira um ativo
financeiro, os números explicam uma nação em que pes­soas
e telhados habitam regiões diferentes. No último levanta­
mento da Fundação João Pinheiro (2015), foram registra-
das 6,3 milhões de famílias dentro do déficit habitacional,
e­nquanto 7,9 milhões de imóveis permaneciam vazios.
(Kaluan Bernardo, Rodrigo Bertolotto e Tiago Dias.
“A casa caiu”. https://tab.uol.com.br, 03.12.2018.)
O déficit habitacional brasileiro apresentado no excerto
e­xplicita
(A) a produção do espaço urbano sob a lógica do capital,
tratando imóveis como mercadoria.
(B) a formação da rede urbana, cujo processo associa cri-
térios jurídicos e econômicos na construção de cidades.
(C) o potencial de crescimento do mercado imobiliário, consi-
derando as famílias dispostas a investir em imóveis.
(D) o desinteresse do mercado imobiliário em se modernizar,
adotando soluções arcaicas para cidades globalizadas.
(E) a ausência de leis que rejam o uso e a ocupação do solo,
cujo efeito é o distanciamento entre a oferta e a demanda
por imóveis.
 QUESTÃO 23
Examine os mapas, cujas áreas em vermelho e em azul são
equivalentes em números absolutos para uma determinada
informação.
(www.labgis.uerj.br)
Considerando os conhecimentos acerca do espaço brasilei-
ro, os mapas apresentam informações sobre
(A) a biodiversidade e sua necessidade de preservação,
comprometida na faixa litorânea pela exploração colonial
e resguardada no interior por Unidades de Conservação.
(B) o potencial energético e suas áreas de consumo, signi-
ficativo em regiões litorâneas e inexpressivo na parcela
ocidental do território.
(C) a população e sua distribuição desigual no território, con-
centrada em parcelas próximas ao litoral e rarefeita nas
regiões Norte e Centro-Oeste.
(D) o dinamismo econômico e suas regiões de influência,
r­evelando a centralidade de São Paulo na porção leste e
de Manaus na porção oeste do território.
(E) a produção industrial e sua preferência pela exportação
portuária, elevada no litoral para chegar ao mercado exter-
no e dispersa no interior para atender ao território.
UCER1802 | 002-Prova-II
QUESTÃO 24
(Evandro Alves. Cerrado em quadrinhos, 2014.)
Na formação vegetal abordada nos quadrinhos, a persona-
gem deveria identificar
(A) floresta latifoliada de grande porte.
(B) vegetação rasteira ambientada às restingas.
(C) plantas xerófilas adaptadas ao clima semiárido.
(D) vegetação arbustiva com raízes aéreas.
(E) árvores baixas de tronco retorcido.
QUESTÃO 25
Em janeiro de 2019, ruas asfaltadas do município de
Tietê, próximo a Piracicaba, no interior do estado de São
Paulo, começaram a ser pintadas de azul pela prefeitura da
cidade. A medida foi tomada para reduzir as altas tempera­
turas com que os habitantes vêm lidando no verão. Com isso,
pretende-se diminuir também o gasto de energia elétrica, ao
fazer cair o uso de ventiladores e ar-condicionado, disse o
secretário de Meio Ambiente de Tietê.
(Juliana D. de Lima. “Por que uma cidade do interior de SP
pintou ruas de azul”. www.nexojornal.com.br, 23.01.2019. Adaptado.)
A estratégia utilizada pela prefeitura buscou
(A) promover a ascensão de ar quente e aumentar a forma-
ção de nuvens.
(B) aumentar o albedo no asfalto e combater as ilhas de calor.
(C) diminuir o albedo em superfície e limitar a inversão térmica.
(D) interromper a ascensão de ar quente e regular o gra­
diente térmico.
(E) aumentar a evaporação de água e controlar a sensação
térmica.
8
 QUESTÃO 26
A poda de árvores de grande porte exige cuidados para evitar
acidentes com a queda de galhos.
Considere que, durante uma poda, um galho cai de uma altur­a
de 8 m, a partir do repouso e livre da resistência do ar, sob
a ação da aceleração da gravidade, que vale 10 m/s2. Des-
prezando-se as dimensões do galho, momentos antes de ele
atingir o chão, o módulo de sua velocidade será próximo de
QUESTÃO 28
Em um processo de secagem, sob pressão constante, os ali-
mentos são resfriados a tempe­raturas muito abaixo do ponto
de congelamento da água. Em seguida, mantendo-se essa
temperatura, eles são submetidos a pressões mínimas, fazen-
do a água sublimar, o que provoca a desidratação.
Analise o esboço do diagrama de fases da água.

(A) 40 km/h.

(B) 50 km/h.

(C) 60 km/h.

(D) 45 km/h.

(E) 65 km/h.

QUESTÃO 27
Considerando os vértices do retângulo ABCD, a sequência
Um carrinho, constituído por duas partes iguais unidas por
que corresponde ao processo de secagem descrito é
uma trava, movimenta-se horizontalmente, por inércia, com
velocidade de intensidade v, como mostra a figura. (A) A → B → C.

(B) D → A → B.

(C) B → A → D.

(D) A → D → C.

(E) C → B → A.

As massas de cada parte do carrinho são iguais, a mola é ideal,

a quantidade de movimento é conservada e não há atritos.
Em dado instante, a trava é desfeita e a mola empurra hori-
zontalmente as partes do carrinho.

Sabendo que, após este instante, a parte azul fica parada, a

velocidade da parte cinza, comparada com a que possuía o
conjunto antes de a trava ser desfeita, corresponde a

(A)

(B)

(C)

(D)

(E)

9 UCER1802 | 002-Prova-II
 QUESTÃO 29 QUESTÃO 31
Um objeto real e de altura h é colocado diante de uma lente Uma sala de aula possui 20 mesas, sendo que cada uma
esférica convergente, sobre seu eixo óptico principal e a uma pode ser usada por até quatro alunos e que, duas juntas,
distância igual ao dobro da distância focal. podem ser usadas por até 6 alunos. Para uma atividade, a
professora uniu 70% das mesas de duas em duas, deixando
Como resultado desse posicionamento, é esperada a for­
as demais separadas. O número máximo de alunos que pode
mação de uma imagem
participar dessa atividade é
(A) imprópria.
(A) 72.
(B) real e de altura igual a h.
(B) 90.
(C) virtual e de altura menor que h.
(C) 84.
(D) real e de altura menor que h.
(D) 108.
(E) virtual e de altura igual a h.
(E) 66.

QUESTÃO 30
QUESTÃO 32
O resistor de um chuveiro consiste em um fio muito longo e
de diâmetro constante, enrolado como uma mola helicoidal, Dividindo-se um polinômio P(x) pelo binômio x + 5, se obterá
com conectores elétricos em pontos específicos. O aqueci- x2 – 3x + 4 como quociente e –7 como resto. Caso se divida
mento da água ocorre quando um trecho desse fio é subme- P(x) por x – 7, se obterá o resto
tido à passagem de corrente elétrica.
(A) – 44.

(B) – 155.

(C) 222.

(D) 377.
No resistor da figura, o conector T está sempre ligado,
e­nquanto os pontos Q, R e S são conectados, um de cada (E) 133.
vez, por intermédio de um seletor, a depender da temperatura
desejada da água.

Sem levar em consideração a possibilidade de água fria,

a seleção para se ter a água mais quente possível para o
b­anho é obtida quando o seletor se conecta ao terminal iden-
tificado por

(A) R, sendo duas as possibilidades de aquecimento.

(B) S, sendo três as possibilidades de aquecimento.

(C) Q, sendo quatro as possibilidades de aquecimento.

(D) Q, sendo três as possibilidades de aquecimento.

(E) S, sendo quatro as possibilidades de aquecimento.

UCER1802 | 002-Prova-II 10
 QUESTÃO 33 QUESTÃO 34
Um departamento de uma empresa é composto por 17 fun- Considere um polígono convexo de 13 lados.
cionários, sendo que 5 deles sabem o idioma alemão. Para
um treinamento no exterior será formada uma equipe de
4 funcionários, que deve conter pelo menos 3 que saibam o
idioma alemão. O número de maneiras distintas de se formar
essa equipe é

(A) 135.

(B) 150.

(C) 165.

(D) 125.

(E) 120.

Sorteando-se aleatoriamente 4 vértices desse polígono, a

probabilidade de que sejam consecutivos é

(A)

(B)

(C)

(D)

(E)

11 UCER1802 | 002-Prova-II
 QUESTÃO 35 QUESTÃO 37
Dadas as funções f(x) = x + 1 e g(x) = x2 – 2x, um esboço do
Considere a matriz e a matriz , gráfico da função g(f(x)) está melhor representado em

i­nversa da matriz A. O valor de x + y + z é (A)

(A) 1.

(B) 2.

(C) 3.

(D) 0.

(E) 4.

(B)
QUESTÃO 36
Um quadrado tem os lados paralelos aos eixos coordenados
e o ponto C(8, 3) como um de seus vértices. A reta de equa-
ção 3x – 5y + 11 = 0 intersecta os lados do quadrado nos
pontos E e F, conforme a figura.

(C)

Sabendo que o perímetro desse quadrado é igual a 20, a

distância entre os pontos E e F é

(A)

(B) (D)

(C)

(D)

(E)

(E)

UCER1802 | 002-Prova-II 12
 QUESTÃO 38
O lado CE do triângulo BCE é paralelo ao lado AB do triân-
gulo ABC. Esses triângulos se intersectam no ponto D, con­
forme mostra a figura.
QUESTÃO 40
Um tanque de formato cúbico está inicialmente vazio. Uma
torneira começa a encher esse tanque com água a uma
v­azão de 0,03 m3 por minuto e, ao mesmo tempo, uma man-
gueira retira água desse tanque a uma vazão de 0,01 m3 por
minuto. Se após 25,6 minutos esse tanque ficou completa-
mente cheio, então a medida de uma aresta desse tanque é

(A) 40 cm.

(B) 120 cm.

(C) 100 cm.

(D) 20 cm.

(E) 80 cm.
Sabendo que os ângulos α dos triângulos DCE e BAC pos-
suem a mesma medida e que o perímetro do triângulo ABC é
igual a 25 cm, a medida do segmento CD é igual a

(A) 7 cm.

(B) 5,5 cm.

(C) 6,5 cm.

(D) 6 cm.

(E) 7,5 cm.

QUESTÃO 39
Um grupo de turistas foi dividido em 7 ônibus para um pas-
seio, com uma média de 34 turistas por ônibus. O ônibus
mais lotado estava com 44 turistas e o menos lotado, com
24 turistas. Se os números de turistas nos outros 5 ônibus for-
mam uma progressão aritmética de razão 1, então o segundo
ônibus mais lotado estava com

(A) 34 turistas.

(B) 36 turistas.

(C) 35 turistas.

(D) 32 turistas.

(E) 33 turistas.

13 UCER1802 | 002-Prova-II
 Redação

Texto 1

Poucos bens de consumo são tão desejados como o carro. Um carro próprio traz inúmeros benefícios para seu proprietá-
rio. Comodidade, conforto e praticidade são alguns deles. Sem contar o “status”, buscado por muitas pessoas que adquirem
um carro novo. Embora haja opções de transporte público, quase nunca oferecem a conveniência de ligar o carro na garagem
e sair. Esta situação se torna ainda mais evidente caso tenhamos pessoas que inspiram maiores cuidados dentro de casa,
como doentes, bebês ou idosos. Consideremos também que, salvo raras exceções, as condições de transporte coletivo no
Brasil são sofríveis: inconvenientes como horário de funcionamento, superlotação, sujeira, riscos de segurança e calor são
frequentes. Existem também as opções de transporte privado, como o táxi e Uber — que não opera em todas as cidades.
Embora mais convenientes que o transporte público, são mais caros e perdem em comodidade para o carro próprio: além do
tempo de chegada do veículo, tendemos a andar sempre com um desconhecido. Quando o carro é nosso, podemos escolher
as características do automóvel e, tendo a manutenção sob nossa responsabilidade, há maior controle sobre a segurança. Por
estes motivos, o carro próprio permite conforto, liberdade e segurança, sendo provavelmente a melhor opção para o dia a dia.
(William Ribeiro. “Comprar um carro: necessidade de vida ou de status?”.
http://minhavidanova.com.br, 16.03.2017. Adaptado.)

Texto 2

No Brasil, a preferência pelos carros particulares tem impacto não somente no trânsito das cidades, mas também sobre
a qualidade do ar e o aquecimento do planeta. Na capital paulista, uma análise inédita sobre a contribuição de cada modo de
transporte de passageiros nas emissões de poluentes revela que os carros são responsáveis por 72,6% das emissões de ga-
ses de efeito estufa do setor de transportes, apesar de levarem apenas cerca de 30% dos passageiros. Os dados fazem parte
do Inventário de Emissões Atmosféricas do Transporte Rodoviário de Passageiros no Município de São Paulo, elaborado pelo
Instituto de Energia e Meio Ambiente (IEMA). O levantamento mostra o impacto da escolha pelos carros em vários indicadores.
Um deles é o de distância percorrida. O total de carros e o total de ônibus transportam volume parecido de pessoas na cidade
(cerca de 30% contra 40%), segundo Pesquisa Origem e Destino. Mas, conforme os cálculos do IEMA, os carros ocupam 88%
do espaço das vias, ante somente 3% usados pelos ônibus. O peso dos carros na poluição da cidade também ganha desta-
que quando se analisam os gases com potencial de causar danos à saúde, como o material particulado (MP) e os chamados
hidrocarbonetos não metanos (NMHC), ambos relacionados com problemas respiratórios. “Os resultados apresentados pelo
IEMA dão subsídios muito importantes para a elaboração de projetos de políticas públicas. Mostram que há a necessidade de
ampliar o uso do transporte coletivo e diminuir o individual. Se mais pessoas passarem a usar o transporte público, a emissão
de CO2 por passageiro irá diminuir.
(Giovana Girardi. “Carros levam 30% dos passageiros, mas respondem por 73% das emissões em SP”.
http://sustentabilidade.estadao.com.br, 23.05.2017. Adaptado.)

Com base nos textos apresentados e em seus próprios conhecimentos, escreva um texto dissertativo-argumentativo, empre-
gando a norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema:

O uso do carro nas cidades:

entre os benefícios individuais e a consciência ambiental coletiva

UCER1802 | 002-Prova-II 14
 Os rascunhos não serão considerados na correção.

H O
U N
S C
R A

NÃO ASSINE ESTA FOLHA

15 UCER1802 | 002-Prova-II
 VESTIBULAR MEDICINA|2o SEMESTRE DE 2019

26.05.2019

002. PROVA II
VERSÃO 1

1-A 2-A 3-D 4-B 5-A 6-C 7-B 8-E 9-D 10 - A

11 - C 12 - E 13 - D 14 - E 15 - B 16 - A 17 - D 18 - C 19 - E 20 - E
21 - B 22 - A 23 - C 24 - E 25 - B 26 - D 27 - A 28 - C 29 - B 30 - B
31 - E 32 - D 33 - D 34 - C 35 - C 36 - A 37 - B 38 - D 39 - B 40 - E

UCER1802