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Nome do candidato

RG Inscrição Prédio Sala Carteira

USO EXCLUSIVO DO FISCAL

ausente

Assinatura do candidato
Questão 01

A pneumonia é uma doença geralmente causada por bactérias, mas também pode ser causada por vírus, protozoários ou
fungos. Os micro-organismos provocam inflamações nas unidades pulmonares, que ficam com acúmulo de secreções, o
que dificulta a hematose. Os sintomas mais comuns da pneumonia são tosse, que pode produzir expectoração, dores
torácicas, febre alta e falta de ar. Em casos graves, a pessoa doente pode ter complicações e ir a óbito.

a) Cite o nome das unidades pulmonares em que ocorre a hematose. Qual tipo de medicamento é prescrito para
combater as bactérias causadoras de pneumonia?
b) Quadros de pneumonia grave podem levar ao desenvolvimento mais intenso de acidose respiratória. O que provoca a
acidose respiratória? Explique como o corpo humano pode corrigir o quadro de acidose respiratória.

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Questão 02

Os grupos sanguíneos em seres humanos são determinados por dois alelos que uma pessoa possui do gene para grupo
sanguíneo. Nesse gene há três alelos possíveis: IA, IB e i. O grupo sanguíneo de uma pessoa pode ser de um dos quatro
tipos: A, B, AB ou O. Essas letras se referem a dois carboidratos — A e B — que podem ser encontrados ou não na
superfície de hemácias. Grupos sanguíneos compatíveis são fundamentais para transfusões de sangue seguras.
(Lisa A. Urry et al. Biologia de Campbell, 2022. Adaptado.)

Suponha a família representada no heredograma, em que o irmão de Giulia é o único dos três irmãos pertencente ao
grupo sanguíneo O.

a) Qual a principal função das hemácias no corpo humano? Como se denomina o envoltório, formado por
carboidratos, presente na membrana plasmática das hemácias?
b) Por que o grupo sanguíneo AB pode receber, com certos cuidados, sangue dos demais grupos e, portanto, é
chamado de “receptor universal”? Qual a probabilidade de o primeiro descendente do casal Arthur e Giulia ser do grupo
sanguíneo O, independentemente do sexo biológico?

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Questão 03

Em um experimento, uma árvore foi mantida em interação com outras três plantas: uma orquídea, uma erva-de-
passarinho e um cipó-chumbo. Para verificar a interação ecológica entre essas plantas, a árvore recebeu gás carbônico
cujo átomo de carbono era marcado radioativamente. As outras três plantas também receberam gás carbônico, mas sem
o carbono marcado; e todos os vegetais do experimento foram expostos à luz solar e à mesma temperatura, ambas
ideais.

a) As três plantas mantidas em interação com a árvore produzem frutos e sementes. Cite a função dos frutos para as
plantas que os produzem. No interior da semente, qual estrutura é responsável por originar uma nova planta?
b) Em qual das três plantas seria encontrado o carbono radioativo? Por que essa planta necessita do composto que tem
o carbono radioativo?

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Questão 04

Seres vivos não evoluem isoladamente. A evolução de todos os seres vivos afeta e é afetada pelos organismos a seu
redor. Em alguns casos, esse processo é antagônico, em outros, ocorre para benefício mútuo. Em ambos é chamado de
“coevolução”. Quando predadores caçam a presa mais fraca, a mais forte sobrevive para se reproduzir. Dessa maneira,
as gazelas evoluíram para serem mais atentas aos ataques de guepardos cada vez mais velozes. Assim, os dois animais
coevoluíram. Outro exemplo está na relação entre plantas e insetos. As plantas desenvolveram flores coloridas e
perfumadas, com atrativos como o néctar, para atrair insetos polinizadores, e estes desenvolveram formas para
transportar os pólens.

(Nick Battey e Mark Fellowes (Editores). Biologia, 50 conceitos e estruturas


fundamentais explicados de forma clara e rápida, 2017. Adaptado.)

a) Os trechos sublinhados no texto expõem argumentos que ilustram qual pensamento evolucionista: lamarckismo,
darwinismo ou neodarwinismo? Justifique sua resposta com base no pensamento evolucionista escolhido.
b) Cite as características encontradas nos beija-flores e nas flores polinizadas por eles que ilustram um processo de
coevolução.

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Questão 05

.
O elemento artificial cúrio (Cm) foi sintetizado pela primeira vez em 1944 por Glenn T. Seaborg e colaboradores, na
Universidade de Berkeley, Califórnia, EUA. Tal síntese ocorreu em um acelerador de partículas (cíclotron) pelo
bombardeamento do nuclídeo 239 Pu com partículas alfa, produzindo o nuclídeo 242 Cm e um nêutron. O cúrio − 242 é
um emissor de partículas alfa.

a) Dê o número de prótons e o número de nêutrons dos nuclídeos do plutônio e do cúrio citados no texto.
b) Escreva as equações nucleares que representam a obtenção do cúrio − 242 e a emissão de partículas alfa por esse
isótopo.

94 96 Z
Dados: Pu ; Cm Símbolo (classificação periódica).
(244) (247) A

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Questão 06

Considere duas soluções aquosas: uma de soro fisiológico (cloreto de sódio a 0,9% m V) e outra de soro glicosado
(glicose a 5% m V).

a) Qual dessas soluções é melhor condutora elétrica? Justifique sua resposta.


b) Determine a quantidade, em mol, de moléculas de glicose, C6H12O6 , presentes em 100 mL de soro glicosado e a
quantidade total, em mol, de íons Na+ e C − presentes em 100 mL de soro fisiológico.

Dados: C = 12; H = 1; O = 16; Na = 23; C = 35,5.

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Questão 07

O cloreto de alumínio anidro, A C 3(s) , tem grande importância para a indústria química, pois é empregado como
catalisador em diversas reações orgânicas. Esse composto pode ser obtido pela reação química entre cloro gasoso,
C 2(g) , e alumínio metálico, A (s) .

a) Indique como variam os números de oxidação do cloro e do alumínio nessa reação e qual desses reagentes atua
como agente redutor.
b) Escreva a equação balanceada dessa reação química e calcule a massa de cloreto de alumínio anidro que é obtida
pela reação completa de 540 g de alumínio com cloro em excesso. Apresente os cálculos.

Dados: A = 27; C = 35,5.

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Questão 08

Considere os quatro compostos representados por suas fórmulas estruturais a seguir.

a) Dê o nome da função orgânica comum a todas as substâncias representadas e indique qual dessas substâncias é
classificada como aromática.
b) Indique a substância que apresenta carbono quiral e a que apresenta menor solubilidade em água.

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TABELA PERIÓDICA

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002. prova II
 Confira seus dados impressos neste caderno.
 Assine com caneta de tinta preta a Folha de Respostas apenas no local indicado.
 Esta prova contém 40 questões objetivas e uma proposta de redação.
 Para cada questão, o candidato deverá assinalar apenas uma alternativa na Folha de Respostas, utilizando caneta
de tinta preta.
 As provas terão duração total de 5h e o candidato somente poderá sair do prédio depois de transcorridas 3h45,
contadas a partir do início da prova.
 Os últimos três candidatos deverão se retirar juntos da sala.
 Ao final da prova, antes de sair da sala, entregue ao fiscal a Folha de Respostas, a Folha de Redação e os Cadernos
de Questões.

Nome do candidato

RG Inscrição Prédio Sala Carteira


Leia o soneto “No circo”, de Raimundo Correia, para respon- QUESTÃO  04
der às questões de 01 a 05.
Em ordem direta, os versos “Abria o circo a arena ilumina-
Abria o circo a arena iluminada da / Do povo às grossas vagas tumultuosas;” (1a estrofe)
Do povo às grossas vagas tumultuosas; assumem a seguinte redação:
Fervia tudo em pompa; a variada
(A) O circo abria a arena iluminada do povo às grossas v­agas
Cor das vestes, as rendas preciosas, tumultuosas.
O verde, o azul, as sedas, os lavores
(B) O circo do povo abria a arena iluminada às grossas v­agas
Dos luzentes metais da cor do dia; tumultuosas.
Mas nesta febre múltipla de cores,
Somente a cor vermelha não se via; (C) A arena iluminada abria o circo do povo às grossas vagas
tumultuosas.
Em aplausos a turba se desata,
Surge em pleno espetáculo o acrobata, (D) O circo abria a arena iluminada às grossas vagas tumul-
Pula, e na corda bamba se ajoelha; tuosas do povo.

Arqueia o corpo; a corda estala e ringe; (E) A arena iluminada abria o circo às grossas vagas tumul-
Ele cai, parte o crânio, e o solo tinge tuosas do povo.
A cor que não se via, a cor vermelha.
(Poesia completa e prosa, 1961.)
QUESTÃO  05
A chamada rima rica ocorre entre palavras de classes grama-
QUESTÃO  01
ticais diferentes, a exemplo do que se verifica em
O desfecho do soneto pode ser considerado
(A) tumultuosas/preciosas e desata/acrobata.
(A) trágico.
(B) lavores/cores e ajoelha/vermelha.
(B) inverossímil.
(C) cômico. (C) dia/via e ringe/tinge.

(D) satírico. (D) desata/acrobata e ajoelha/vermelha.


(E) enigmático. (E) iluminada/variada e dia/via.

QUESTÃO  02
QUESTÃO  06
Uma característica da estética parnasiana encontrada nesse
soneto é Esse movimento tenta a conciliação, a incorporação, a
fusão (o fusionismo é a sua tendência dominante) do ideal
(A) a exaltação da vida urbana. medieval, espiritual, supraterreno, com os novos valores que
(B) o apreço pela linguagem coloquial. o Renascimento pôs em voga: o humanismo, o gosto das
coisas terrenas, as satisfações mundanas e carnais. A estra-
(C) o engajamento social.
tégia pertenceu à Contrarreforma, no intuito de combater o
(D) o viés místico. moderno espírito absorvendo-o no que tivesse de mais acei-
tável. Daí nasceu esse novo estilo, que traduz em suas con-
(E) a contenção lírica.
tradições e distorções o caráter dilemático da época.
(Afrânio Coutinho. Introdução à literatura no Brasil, 1976. Adaptado.)

QUESTÃO  03 Tal comentário refere-se ao movimento


Estão empregados em sentido figurado os termos sublinha- (A) naturalista.
dos em:
(B) simbolista.
(A) “Abria o circo a arena iluminada” (1a estrofe) e “Cor das
vestes, as rendas preciosas,” (1a estrofe). (C) barroco.
a
(B) “Em aplausos a turba se desata,” (3 estrofe) e “Arqueia (D) árcade.
o corpo; a corda estala e ringe;” (4a estrofe).
(E) romântico.
(C) “Em aplausos a turba se desata,” (3a estrofe) e “Surge em
pleno espetáculo o acrobata,” (3a estrofe)
(D) “Cor das vestes, as rendas preciosas,” (1a estrofe) e “Mas
nesta febre múltipla de cores,” (2a estrofe).
(E) “Do povo às grossas vagas tumultuosas;” (1a estrofe) e
“Fervia tudo em pompa; a variada” (1a estrofe).

3
Leia o trecho inicial do conto “Só!”, de Machado de Assis, QUESTÃO  07
para responder às questões de 07 a 10.
De acordo com o texto,
Bonifácio, depois de fechar a porta, guardou a chave,
(A) Tobias considerava que suas ideias lhe faziam companhia.
atravessou o jardim e meteu-se em casa. Estava só, final-
mente só. A frente da casa dava para uma rua pouco frequen- (B) Tobias obrigou Bonifácio a se afastar da vida social.
tada e quase sem moradores. A um dos lados da chácara
(C) Bonifácio criticava o escravo por ser desrespeitoso com
corria outra rua. Creio que tudo isso era para os lados de
Tobias.
Andaraí.
Um grande escritor, Edgar Poe, relata, em um de seus (D) Bonifácio sempre julgou as reclusões de Tobias prazerosas.
admiráveis contos, a corrida noturna de um desconhecido (E) Bonifácio era um admirador dos contos do escritor
pelas ruas de Londres, à medida que se despovoam, com Edgar Poe.
o visível intento de nunca ficar só. “Esse homem, conclui
ele, é o tipo e o gênio do crime profundo; é o homem das
multidões.” Bonifácio não era capaz de crimes, nem ia ago-
QUESTÃO  08
ra atrás de lugares povoados, tanto que vinha recolher-se a
uma casa vazia. Posto que os seus quarenta e cinco anos O narrador manifesta incerteza a respeito dos eventos nar­
não fossem tais que tornassem inverossímil uma fantasia de rados no trecho:
mulher, não era amor que o trazia à reclusão. Vamos à verda-
(A) “Foi pouco depois dessa conversação que vagou uma
de: ele queria descansar da companhia dos outros. Quem lhe
casa de Bonifácio.” (7o parágrafo)
meteu isso na cabeça — sem o querer nem saber, — foi um
esquisitão desse tempo, dizem que filósofo, um tal Tobias que (B) “Creio que tudo isso era para os lados de Andaraí.”
morava para os lados do Jardim Botânico. Filósofo ou não, (1o parágrafo)
era homem de cara seca e comprida, nariz grande e óculos
(C) “Veio para o Rio de Janeiro, com o plano de passar a
de tartaruga. Paulista de nascimento, estudara em Coimbra,
S. Paulo; mas foi ficando e aqui morreu.” (2o parágrafo)
no tempo do rei, e vivera muitos anos na Europa, gastando
o que possuía, até que, não tendo mais que alguns restos, (D) “Vamos à verdade: ele queria descansar da companhia
arrepiou carreira. Veio para o Rio de Janeiro, com o plano de dos outros.” (2o parágrafo)
passar a S. Paulo; mas foi ficando e aqui morreu. Costumava
(E) “A um dos lados da chácara corria outra rua.” (1o parágrafo)
ele desaparecer da cidade durante um ou dois meses; metia-
-se em casa, com o único preto que possuía, e a quem dava
ordem de lhe não dizer nada. Esta circunstância fê-lo crer
m­aluco, e tal era a opinião entre os rapazes; não faltava, QUESTÃO  09
p­orém, quem lhe atribuísse grande instrução e rara inteligên­ “Costumava ele desaparecer da cidade durante um ou dois
cia, ambas inutilizadas por um ceticismo sem remédio. Boni- meses; metia-se em casa, com o único preto que possuía, e
fácio, um dos seus poucos familiares, perguntou-lhe um dia a quem dava ordem de lhe não dizer nada. Esta circunstân-
que prazer achava naquelas reclusões tão longas e absolu- cia fê-lo crer maluco, e tal era a opinião entre os rapazes;
tas; Tobias respondeu, que era o maior regalo do mundo. não faltava, porém, quem lhe atribuísse grande instrução e
— Mas, sozinho! tanto tempo assim, metido entre quatro rara inteligência, ambas inutilizadas por um ceticismo sem
paredes, sem ninguém! remédio.” (2o parágrafo)
— Sem ninguém, não.
Os termos sublinhados referem-se, respectivamente, a
— Ora, um escravo, que nem sequer lhe pode tomar a
bênção! (A) Tobias, preto, preto.
— Não, senhor. Trago um certo número de ideias; e, logo (B) Tobias, Tobias, preto.
que fico só, divirto-me em conversar com elas. Algumas vêm
já grávidas de outras, e dão à luz cinco, dez, vinte e todo esse (C) Tobias, Tobias, Tobias.
povo salta, brinca, desce, sobe, às vezes lutam umas com (D) preto, preto, Tobias.
outras, ferem-se e algumas morrem; e quando dou acordo de
mim, lá se vão muitas semanas. (E) preto, preto, preto.
Foi pouco depois dessa conversação que vagou uma
casa de Bonifácio. Ele, que andava aborrecido e cansado da
vida social, quis imitar o velho Tobias; disse em casa, na loja QUESTÃO  10
do Bernardo e a alguns amigos, que ia estar uns dias em Em “Bonifácio não era capaz de crimes, nem ia agora atrás
Iguaçu, e recolheu-se a Andaraí. de lugares povoados” (2o parágrafo), a conjunção sublinhada
(Contos: uma antologia, 1998.) estabelece entre as orações uma relação de
(A) oposição.
(B) adição.
(C) alternância.
(D) comparação.
(E) causa.

4
Leia o texto para responder às questões de 11 a 15. QUESTÃO  12
Scientists say they have discovered the secret behind In the excerpt from the second paragraph “with those of
why some people are skinny while others pile on the pounds 2,000 severely obese people”, the underlined word refers to
easily. Their work reveals newly discovered genetic regions
(A) obese people.
linked to being very slim. The international team say this
supports the idea that, for some people, being thin has more (B) scientists.
to do with inheriting a “lucky” set of genes than having a
(C) genes.
perfect diet or lifestyle.
In the past few decades, researchers have found hundreds (D) DNA samples.
of genetic changes that increase the chance of a person being
(E) thin people.
overweight — but there has been much less focus on the
genes of people who are thin. In this investigation, scientists
compared DNA samples from 1,600 healthy thin people in the
UK — with a body mass index of less than 18 — with those QUESTÃO  13
of 2,000 severely obese people and 10,400 people of normal According to the text, the sentence that best represents a
weight. They also looked closely at lifestyle questionnaires — probability is:
to rule out eating disorders, for example. Researchers found
people who were obese were more likely to have a set of (A) “They also looked closely at lifestyle questionnaires”
genes linked to being overweight. Meanwhile, people who (2nd paragraph)
were skinny not only had fewer genes linked to obesity but (B) “they have discovered the secret behind why some
also had changes in gene regions newly associated with people are skinny” (1st paragraph)
healthy thinness.
Lead researcher Professor Sadaf Farooqi, from the (C) “people who were obese were more likely to have a set of
University of Cambridge, called on people to be less genes” (2nd paragraph)
judgemental about others’ weight. “This research shows (D) “the next step is to pinpoint the exact genes involved”
for the first time that healthy thin people are generally thin (4th paragraph)
because they have a lower burden of genes that increase
a person’s chances of being overweight and not because (E) “Their work reveals newly discovered genetic regions”
they are morally superior, as some people like to suggest,” (1st paragraph)
she said. “It’s easy to rush to judgement and criticise people
for their weight but science shows that things are far more
complex. We have far less control over our weight than we QUESTÃO  14
might wish to think.”
O trecho do terceiro parágrafo “We have far less control over
Scientists say the next step is to pinpoint the exact genes
our weight than we might wish to think” pode ser entendido
involved in healthy thinness. Their longer-term goal is to
como:
see if this new knowledge can help shape new weight-loss
strategies. (A) Nós teremos mais controle sobre nosso peso se contro-
(Smitha Mundasad. www.bbc.com, 25.01.2019. Adaptado.) larmos nossos desejos.
(B) Nós temos muito menos controle sobre nosso peso do
que sobre nossos desejos.
QUESTÃO  11
(C) Nós temos muito mais controle sobre nosso peso do que
According to the text, one can say that poderíamos pensar.

(A) everyone can lose weight with enough willpower. (D) Nós teríamos mais controle sobre nosso peso se contro-
lássemos nossos desejos.
(B) thinness may be a heritable trait.
(E) Nós temos muito menos controle sobre nosso peso do
(C) all thin people are healthy. que poderíamos pensar.

(D) eating less and moving more is a good advice.

(E) losing weight is too hard, so it’s not worth it. QUESTÃO  15
No trecho do quarto parágrafo “Their longer-term goal is to
see if this new knowledge can help shape new weight-loss
strategies”, o termo sublinhado pode ser substituído, manten-
do-se o mesmo sentido, por
(A) whereas.
(B) though.
(C) although.
(D) whether.
(E) once.
5
QUESTÃO  16 QUESTÃO  18
Três espaços principais dividem a Paris medieval: o eco- Pode-se dizer que o Brasil avançou gradual e inexoravel-
nômico, o político e o universitário. O primeiro está na mar- mente para a independência a partir de 1808, mas deve-se
gem direita do rio Sena, em torno dos mercados construídos reconhecer também que ainda em 1820 não havia no Brasil
por Philippe Auguste, com o porto, a Place de Grève, onde um sentimento generalizado de separação total de Portugal.
se situa também o mercado da mão de obra. O que quer (Leslie Bethell. “A independência do Brasil”.
que aconteça, esse lugar é estimulado pelo comércio por via In: Leslie Bethell (org.). Da independência a 1870, 2004.)
fluvial — controlado pela corporação dos mercadores-bar-
queiros — que sobe o Sena desde Rouen. A Île de la Cité é o Um fato que acelerou o processo de independência descrito
lugar do poder político e eclesiástico, o rei e o bispo, depois no excerto foi
o parlamento, a partir do fim do século XIII. Por fim, na mar- (A) a emergência de revoltas separatistas, que se estende-
gem esquerda concentra-se a cidade escolar, universitária e ram às províncias do Norte, Nordeste e do Sul durante o
intelectual. período regencial.
(Jacques Le Goff. Por amor às cidades, 1998. Adaptado.)
(B) a adoção de medidas pelas Cortes portuguesas após a
Com base no excerto, pode-se afirmar que, no contexto da Revolução Liberal do Porto, que restringiram a autono-
Baixa Idade Média, as cidades mia administrativa e comercial brasileira.
(A) impediram o fortalecimento do poder monárquico devido (C) a luta pela abolição da escravidão durante a Conjuração
à autonomia progressiva de um poder municipal. Baiana, que adotou um regime republicano e democrá­
tico na província.
(B) transformaram o mundo feudal em um cenário preponde-
rantemente urbano. (D) a aliança política entre a elite colonial e o príncipe regente,
que se consolidou com a criação do Poder Moderador.
(C) garantiram de forma permanente o domínio do poder
aristocrático sobre a burguesia ascendente e o clero. (E) a defesa da autonomia provincial pela Revolução Per-
nambucana, que se espalhou por outras regiões do
(D) constituíram-se como novos espaços para o desenvolvi-
Nordeste, como a Paraíba, o Ceará e o Piauí.
mento do comércio e da vida cultural.

(E) minaram a relação de servidão por meio do estabeleci-


mento definitivo do trabalho assalariado.
QUESTÃO  19
A política econômico-financeira do Estado Novo repre-
sentou uma mudança de orientação relativamente aos anos
QUESTÃO  17
1930-1937. Nesse primeiro período, não houve uma linha
Descrever o aglomerado de “tradições inventadas” nos clara de incentivo ao setor industrial. O governo equilibrou-
países ocidentais entre 1870 e 1914 é relativamente fácil. Já -se entre os diferentes interesses, inclusive agrários, sendo
se deram exemplos suficientes de tais inovações, como os também bastante sensível às pressões externas.
jubileus reais, o Dia da Bastilha e as Filhas da Revolução (Boris Fausto. História do Brasil, 2007.)
Americana, o 1o de maio, a Internacional, os Jogos Olímpicos
e a instituição da veneração à bandeira nos Estados Unidos. Na conjuntura destacada no texto, um fator essencial para a
(Eric J. Hobsbawm. A invenção das tradições, 2018. Adaptado.) organi­zação da produção industrial brasileira foi

A descrição realizada pelo historiador sobre as “tradições (A) a adoção de uma política de juros elevados na economia
i­nventadas” pode ser relacionada para controlar os índices inflacionários.

(A) à ideologia do progresso permanente decorrente das (B) a política de substituição de importações associada ao
descobertas científicas e tecnológicas do período. estabelecimento de uma indústria de base no país.

(B) aos mártires e dias sagrados reverenciados pelas institui- (C) a atração de investimentos estrangeiros para as indús-
ções do Antigo Regime. trias automobilística e petroquímica.

(C) ao liberalismo político predominante nas ideias interna- (D) a implantação de mudanças estruturais no país por meio
cionalistas e no movimento operário. das reformas tributária e bancária chamadas de reformas
de base.
(D) ao darwinismo social e à ideia da existência de uma
hierarquia de raças, justificativas da prática imperialista (E) a redução do déficit do setor público por meio da com-
das nações europeias. pressão dos salários dos servidores federais.

(E) à legitimação do Estado burguês por meio da idealização


do passado e da criação de símbolos nacionais.

6
QUESTÃO  20 QUESTÃO  22
No contexto da abertura política no Brasil, as greves de 1978 Quando o domicílio deixa de ser um direito e vira um ativo
e 1979 financeiro, os números explicam uma nação em que pes­soas
(A) caracterizaram-se pela radicalização política, que se a­mpa­ e telhados habitam regiões diferentes. No último levanta­
rava em estratégias de luta da guerrilha urbana e rural. mento da Fundação João Pinheiro (2015), foram registra-
das 6,3 milhões de famílias dentro do déficit habitacional,
(B) encerraram-se com a aprovação de uma lei federal sobre e­nquanto 7,9 milhões de imóveis permaneciam vazios.
o direito de greve, que regulamentava as condições de (Kaluan Bernardo, Rodrigo Bertolotto e Tiago Dias.
exercício desse direito. “A casa caiu”. https://tab.uol.com.br, 03.12.2018.)

(C) tinham um amplo leque de reivindicações, que englobava O déficit habitacional brasileiro apresentado no excerto
o reconhecimento das comissões de fábricas e das liber- e­xplicita
dades democráticas.
(A) o desinteresse do mercado imobiliário em se modernizar,
(D) estabeleceram um novo sindicalismo, que se baseava no adotando soluções arcaicas para cidades globalizadas.
corporativismo e na dependência em relação ao Estado.
(B) a produção do espaço urbano sob a lógica do capital,
(E) foram lideradas por anarquistas e comunistas, que atua- tratando imóveis como mercadoria.
vam nos sindicatos dos estados de São Paulo e do Rio
de Janeiro. (C) a formação da rede urbana, cujo processo associa cri-
térios jurídicos e econômicos na construção de cidades.

(D) a ausência de leis que rejam o uso e a ocupação do solo,


QUESTÃO  21 cujo efeito é o distanciamento entre a oferta e a demanda
por imóveis.
O Golfo Pérsico, no sudoeste asiático, é uma região singular
que desperta a atenção internacional. O interesse das princi- (E) o potencial de crescimento do mercado imobiliário, consi-
pais potências mundiais nessa região é explicado pela pos- derando as famílias dispostas a investir em imóveis.
sibilidade de

(A) exercer influência geopolítica sobre grandes produtores


de petróleo.

(B) controlar patentes responsáveis por inovações de inte-


resse social.

(C) mediar fóruns reguladores sobre questões de cunho


a­mbiental.

(D) integrar zonas agrícolas modernas livres de impostos.

(E) participar de pesquisas científicas coletivas sobre bios-


segurança.

7
QUESTÃO  23 QUESTÃO  24
Examine os mapas, cujas áreas em vermelho e em azul são
equivalentes em números absolutos para uma determinada
informação.

(Evandro Alves. Cerrado em quadrinhos, 2014.)

Na formação vegetal abordada nos quadrinhos, a persona-


gem deveria identificar

(A) plantas xerófilas adaptadas ao clima semiárido.

(B) árvores baixas de tronco retorcido.

(C) vegetação rasteira ambientada às restingas.

(D) floresta latifoliada de grande porte.

(E) vegetação arbustiva com raízes aéreas.

QUESTÃO  25

Em janeiro de 2019, ruas asfaltadas do município de


Tietê, próximo a Piracicaba, no interior do estado de São
(www.labgis.uerj.br) Paulo, começaram a ser pintadas de azul pela prefeitura da
cidade. A medida foi tomada para reduzir as altas tempera­
Considerando os conhecimentos acerca do espaço brasilei- turas com que os habitantes vêm lidando no verão. Com isso,
ro, os mapas apresentam informações sobre pretende-se diminuir também o gasto de energia elétrica, ao
fazer cair o uso de ventiladores e ar-condicionado, disse o
(A) a população e sua distribuição desigual no território, con- secretário de Meio Ambiente de Tietê.
centrada em parcelas próximas ao litoral e rarefeita nas
(Juliana D. de Lima. “Por que uma cidade do interior de SP
regiões Norte e Centro-Oeste. pintou ruas de azul”. www.nexojornal.com.br, 23.01.2019. Adaptado.)

(B) o dinamismo econômico e suas regiões de influência,


r­evelando a centralidade de São Paulo na porção leste e A estratégia utilizada pela prefeitura buscou
de Manaus na porção oeste do território. (A) aumentar a evaporação de água e controlar a sensação
térmica.
(C) a produção industrial e sua preferência pela exportação
portuária, elevada no litoral para chegar ao mercado exter- (B) interromper a ascensão de ar quente e regular o gra­
no e dispersa no interior para atender ao território. diente térmico.

(D) o potencial energético e suas áreas de consumo, signi- (C) aumentar o albedo no asfalto e combater as ilhas de calor.
ficativo em regiões litorâneas e inexpressivo na parcela
(D) diminuir o albedo em superfície e limitar a inversão térmica.
ocidental do território.
(E) promover a ascensão de ar quente e aumentar a forma-
(E) a biodiversidade e sua necessidade de preservação,
ção de nuvens.
comprometida na faixa litorânea pela exploração colonial
e resguardada no interior por Unidades de Conservação.

8
QUESTÃO  26 QUESTÃO  28
A poda de árvores de grande porte exige cuidados para evitar Em um processo de secagem, sob pressão constante, os ali-
acidentes com a queda de galhos. mentos são resfriados a tempe­raturas muito abaixo do ponto
de congelamento da água. Em seguida, mantendo-se essa
Considere que, durante uma poda, um galho cai de uma altur­a
temperatura, eles são submetidos a pressões mínimas, fazen-
de 8 m, a partir do repouso e livre da resistência do ar, sob
do a água sublimar, o que provoca a desidratação.
a ação da aceleração da gravidade, que vale 10 m/s2. Des-
prezando-se as dimensões do galho, momentos antes de ele Analise o esboço do diagrama de fases da água.
atingir o chão, o módulo de sua velocidade será próximo de

(A) 60 km/h.

(B) 45 km/h.

(C) 65 km/h.

(D) 40 km/h.

(E) 50 km/h.

QUESTÃO  27
Considerando os vértices do retângulo ABCD, a sequência
Um carrinho, constituído por duas partes iguais unidas por
que corresponde ao processo de secagem descrito é
uma trava, movimenta-se horizontalmente, por inércia, com
velocidade de intensidade v, como mostra a figura. (A) B → A → D.

(B) A → B → C.

(C) D → A → B.

(D) C → B → A.

(E) A → D → C.

As massas de cada parte do carrinho são iguais, a mola é ideal,


a quantidade de movimento é conservada e não há atritos.
Em dado instante, a trava é desfeita e a mola empurra hori-
zontalmente as partes do carrinho.

Sabendo que, após este instante, a parte azul fica parada, a


velocidade da parte cinza, comparada com a que possuía o
conjunto antes de a trava ser desfeita, corresponde a

(A)

(B)

(C)

(D)

(E)

9
QUESTÃO  29 QUESTÃO  31
Um objeto real e de altura h é colocado diante de uma lente Uma sala de aula possui 20 mesas, sendo que cada uma
esférica convergente, sobre seu eixo óptico principal e a uma pode ser usada por até quatro alunos e que, duas juntas,
distância igual ao dobro da distância focal. podem ser usadas por até 6 alunos. Para uma atividade, a
professora uniu 70% das mesas de duas em duas, deixando
Como resultado desse posicionamento, é esperada a for­
as demais separadas. O número máximo de alunos que pode
mação de uma imagem
participar dessa atividade é
(A) imprópria.
(A) 90.
(B) virtual e de altura igual a h.
(B) 84.
(C) real e de altura menor que h.
(C) 108.
(D) virtual e de altura menor que h.
(D) 66.
(E) real e de altura igual a h.
(E) 72.

QUESTÃO  30
QUESTÃO  32
O resistor de um chuveiro consiste em um fio muito longo e
de diâmetro constante, enrolado como uma mola helicoidal, Dividindo-se um polinômio P(x) pelo binômio x + 5, se obterá
com conectores elétricos em pontos específicos. O aqueci- x2 – 3x + 4 como quociente e –7 como resto. Caso se divida
mento da água ocorre quando um trecho desse fio é subme- P(x) por x – 7, se obterá o resto
tido à passagem de corrente elétrica.
(A) 377.

(B) 222.

(C) – 44.

(D) – 155.
No resistor da figura, o conector T está sempre ligado,
e­nquanto os pontos Q, R e S são conectados, um de cada (E) 133.
vez, por intermédio de um seletor, a depender da temperatura
desejada da água.

Sem levar em consideração a possibilidade de água fria,


a seleção para se ter a água mais quente possível para o
b­anho é obtida quando o seletor se conecta ao terminal iden-
tificado por

(A) S, sendo quatro as possibilidades de aquecimento.

(B) Q, sendo quatro as possibilidades de aquecimento.

(C) Q, sendo três as possibilidades de aquecimento.

(D) R, sendo duas as possibilidades de aquecimento.

(E) S, sendo três as possibilidades de aquecimento.

10
QUESTÃO  33 QUESTÃO  34
Um departamento de uma empresa é composto por 17 fun- Considere um polígono convexo de 13 lados.
cionários, sendo que 5 deles sabem o idioma alemão. Para
um treinamento no exterior será formada uma equipe de
4 funcionários, que deve conter pelo menos 3 que saibam o
idioma alemão. O número de maneiras distintas de se formar
essa equipe é

(A) 165.

(B) 125.

(C) 150.

(D) 120.

(E) 135.

Sorteando-se aleatoriamente 4 vértices desse polígono, a


probabilidade de que sejam consecutivos é

(A)

(B)

(C)

(D)

(E)

11
QUESTÃO  35 QUESTÃO  37
Dadas as funções f(x) = x + 1 e g(x) = x2 – 2x, um esboço do
Considere a matriz e a matriz , gráfico da função g(f(x)) está melhor representado em

i­nversa da matriz A. O valor de x + y + z é (A)

(A) 1.

(B) 0.

(C) 3.

(D) 4.

(E) 2.

(B)
QUESTÃO  36
Um quadrado tem os lados paralelos aos eixos coordenados
e o ponto C(8, 3) como um de seus vértices. A reta de equa-
ção 3x – 5y + 11 = 0 intersecta os lados do quadrado nos
pontos E e F, conforme a figura.

(C)

Sabendo que o perímetro desse quadrado é igual a 20, a


distância entre os pontos E e F é

(A)

(B) (D)

(C)

(D)

(E)

(E)

12
QUESTÃO  38 QUESTÃO  40
O lado CE do triângulo BCE é paralelo ao lado AB do triân- Um tanque de formato cúbico está inicialmente vazio. Uma
gulo ABC. Esses triângulos se intersectam no ponto D, con­ torneira começa a encher esse tanque com água a uma
forme mostra a figura. v­azão de 0,03 m3 por minuto e, ao mesmo tempo, uma man-
gueira retira água desse tanque a uma vazão de 0,01 m3 por
minuto. Se após 25,6 minutos esse tanque ficou completa-
mente cheio, então a medida de uma aresta desse tanque é

(A) 100 cm.

(B) 120 cm.

(C) 80 cm.

(D) 20 cm.

(E) 40 cm.
Sabendo que os ângulos α dos triângulos DCE e BAC pos-
suem a mesma medida e que o perímetro do triângulo ABC é
igual a 25 cm, a medida do segmento CD é igual a

(A) 6 cm.

(B) 7 cm.

(C) 5,5 cm.

(D) 6,5 cm.

(E) 7,5 cm.

QUESTÃO  39
Um grupo de turistas foi dividido em 7 ônibus para um pas-
seio, com uma média de 34 turistas por ônibus. O ônibus
mais lotado estava com 44 turistas e o menos lotado, com
24 turistas. Se os números de turistas nos outros 5 ônibus for-
mam uma progressão aritmética de razão 1, então o segundo
ônibus mais lotado estava com

(A) 36 turistas.

(B) 32 turistas.

(C) 34 turistas.

(D) 33 turistas.

(E) 35 turistas.

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Redação

Texto 1

Poucos bens de consumo são tão desejados como o carro. Um carro próprio traz inúmeros benefícios para seu proprietá-
rio. Comodidade, conforto e praticidade são alguns deles. Sem contar o “status”, buscado por muitas pessoas que adquirem
um carro novo. Embora haja opções de transporte público, quase nunca oferecem a conveniência de ligar o carro na garagem
e sair. Esta situação se torna ainda mais evidente caso tenhamos pessoas que inspiram maiores cuidados dentro de casa,
como doentes, bebês ou idosos. Consideremos também que, salvo raras exceções, as condições de transporte coletivo no
Brasil são sofríveis: inconvenientes como horário de funcionamento, superlotação, sujeira, riscos de segurança e calor são
frequentes. Existem também as opções de transporte privado, como o táxi e Uber — que não opera em todas as cidades.
Embora mais convenientes que o transporte público, são mais caros e perdem em comodidade para o carro próprio: além do
tempo de chegada do veículo, tendemos a andar sempre com um desconhecido. Quando o carro é nosso, podemos escolher
as características do automóvel e, tendo a manutenção sob nossa responsabilidade, há maior controle sobre a segurança. Por
estes motivos, o carro próprio permite conforto, liberdade e segurança, sendo provavelmente a melhor opção para o dia a dia.
(William Ribeiro. “Comprar um carro: necessidade de vida ou de status?”.
http://minhavidanova.com.br, 16.03.2017. Adaptado.)

Texto 2

No Brasil, a preferência pelos carros particulares tem impacto não somente no trânsito das cidades, mas também sobre
a qualidade do ar e o aquecimento do planeta. Na capital paulista, uma análise inédita sobre a contribuição de cada modo de
transporte de passageiros nas emissões de poluentes revela que os carros são responsáveis por 72,6% das emissões de ga-
ses de efeito estufa do setor de transportes, apesar de levarem apenas cerca de 30% dos passageiros. Os dados fazem parte
do Inventário de Emissões Atmosféricas do Transporte Rodoviário de Passageiros no Município de São Paulo, elaborado pelo
Instituto de Energia e Meio Ambiente (IEMA). O levantamento mostra o impacto da escolha pelos carros em vários indicadores.
Um deles é o de distância percorrida. O total de carros e o total de ônibus transportam volume parecido de pessoas na cidade
(cerca de 30% contra 40%), segundo Pesquisa Origem e Destino. Mas, conforme os cálculos do IEMA, os carros ocupam 88%
do espaço das vias, ante somente 3% usados pelos ônibus. O peso dos carros na poluição da cidade também ganha desta-
que quando se analisam os gases com potencial de causar danos à saúde, como o material particulado (MP) e os chamados
hidrocarbonetos não metanos (NMHC), ambos relacionados com problemas respiratórios. “Os resultados apresentados pelo
IEMA dão subsídios muito importantes para a elaboração de projetos de políticas públicas. Mostram que há a necessidade de
ampliar o uso do transporte coletivo e diminuir o individual. Se mais pessoas passarem a usar o transporte público, a emissão
de CO2 por passageiro irá diminuir.
(Giovana Girardi. “Carros levam 30% dos passageiros, mas respondem por 73% das emissões em SP”.
http://sustentabilidade.estadao.com.br, 23.05.2017. Adaptado.)

Com base nos textos apresentados e em seus próprios conhecimentos, escreva um texto dissertativo-argumentativo, empre-
gando a norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema:

O uso do carro nas cidades:


entre os benefícios individuais e a consciência ambiental coletiva

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Os rascunhos não serão considerados na correção.

H O
U N
S C
R A

NÃO ASSINE ESTA FOLHA


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