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Nota de aula 09

GÁS DE FERMI

Papel dos elétrons nos sólidos: Os elétrons são responsáveis pela ligação de cristais. Eles são a "cola" que
mantém os núcleos juntos (ver figura 1).

Figura 1
Tipos de ligação:
Van der Waals - polarização eletrônica
Transferência iônica - elétron
Covalente - ligações electrónicas
Metálica: compartilhamento

Os elétrons são responsáveis por propriedades importantes, por exemplo:


condutividade elétrica em metais,
magnetismo e
propriedades ópticas.

Natureza de elétrons em um metal: Os elétrons podem se tornar "livres dos núcleos" e se movem entre os
núcleos, por isso observar-se a condutividade elétrica.

Modelo gás de elétrons:


O modelo mais simples possível para um metal - elétrons são completamente "livre dos núcleos" - os
núcleos são substituídos por um fundo liso - "Elétrons em uma caixa" (figura 2 abaixo)

Figura 2
O modelo de gás de elétrons é anterior à mecânica quântica
• Elétrons foram descobertos em 1897
• Modelo Drude-Lorentz (1905) -
Elétrons - partículas clássicas livres para mover-se em uma caixa
• Modelo: todos os elétrons contribuem para a condutividade.
• Mas o mesmo modelo predisse que todos os elétrons contribuem para a capacidade de calor.
Quando usado para calcular a capacidade de calórica o valor é muito inferior ao previsto.

MECÂNICA QUÂNTICA:
• 1911: Modelo Bohr para H
• 1923: natureza ondulatória das partículas - Príncipe Louis de Broglie
• 1924-26: Desenvolvimento de Mecânica Quântica - equação de Schrodinger
• 1924: estatísticas de Bose-Einstein para Partículas idênticas (fônos, ...)
• 1925-26: Princípio de exclusão de Pauli, Estatísticas de Fermi-Dirac (elétrons, ...)
• 1925: Rotação do elétron (spin = 1/2) G. E. Uhlenbeck e S. Goudsmit
Gás de Fermi ou gás de elétrons livres é um conjunto de férmions não interativos, isto é, partículas que tem
spin semi-inteiro e obedece à estatística de Fermi-Dirac. Em decorrência do princípio de exclusão de Pauli,
dois férmions de spin 1/2 quaisquer não podem ter simultaneamente todos os números quânticos idênticos, aí
incluídos os valores das projeções 𝑚 𝑠 do spin.

1. Equação de Schrodinger

Equação básica da mecânica quântica


ℏ2 2
[− ∇ + 𝑉(𝑟)] 𝜓(𝑟) = 𝐸𝜓(r)
2𝑚
onde
𝑚= massa da particula
V( r ) = energia potencia no ponto r
𝑑2 𝑑2
2
𝑑2
∇ = 2+ 2+ 2
𝑑𝑥 𝑑𝑦 𝑑𝑧
E = eigenvalue = energia de um estado quântico
𝜓(r)= função de onda
|𝜓(r)|2 =densidade de probabilidade

Elétron livre

• Equação de Schrodinger em 1D com 𝑉 = 0


ℏ2 2
− ∇ 𝜓(𝑟) = 𝐸𝜓(r)
2𝑚
Solução proposta:
𝜓(r⃗) = 𝐴𝑒 𝑖𝑞⃗⃗𝑟⃗
2
𝑑
2
𝜓(𝑟) = −𝑞2 𝐴𝑒 𝑖𝑞⃗⃗𝑟⃗
𝑑𝑟
Substituindo na equação diferencial
ℏ2
− (−𝑞2 𝐴𝑒 𝑖𝑞⃗⃗𝑟⃗ ) = 𝐸 𝐴𝑒 𝑖𝑞⃗⃗𝑟⃗
2𝑚
ℏ2 𝑞2
𝐸=
2𝑚
A superfície de energia constante é uma esfera (figura 3). Os valores de 𝑞 são neste espaço com uma densidade
𝑉/(2𝜋)3 distribuídos. Se tivermos 𝑍𝑁 elétrons (Z elétrons por átomo),

4
𝜋𝑞𝐹 3
2× 3 = 𝑍𝑁
8𝜋 3
O termo 2 corresponde ao princípio de Pauli.
4
𝜋𝑞𝐹 3
2× 3 = 𝑍𝑁
8𝜋 3
1⁄
𝑞𝐹 = (3𝜋 2 𝑍𝑁) 3

Figura 3

Assim
ℏ2 𝑞𝐹 2
𝐸=
2𝑚
Níveis de energia em uma dimensão: Equação de Schrodinger – 1D

• supor que as partículas podem mover-se livremente em uma cadeia linear 0 < 𝑥 < 𝐿.
• Equação de Schrodinger em 1D com 𝑉 = 0
ℏ2 2
[− ∆ + 𝑉(𝑟)] 𝜓(𝑟) = 𝐸𝜓(r)
2𝑚
ℏ2 𝑑 2
− 𝜓(x) = 𝐸𝜓(x)
2𝑚 𝑑𝑥 2
• condições 𝜓(0) = 0 e 𝜓(𝐿) = 0 (figura 4).

Figura 4
Solução proposta:
2𝜋 1
𝜓(x) = 𝐴𝑠𝑒𝑛 ( 𝑥) , 𝑛𝜆 = 𝐿
𝜆𝑛 2 𝑛
𝑛𝜋
𝜓(x) = 𝐴𝑠𝑒𝑛 ( 𝑥)
𝐿
𝑑 2 𝜓 ( x) 𝑛𝜋 2 𝑛𝜋
= −𝐴 ( ) 𝑠𝑒𝑛 ( 𝑥)
𝑑𝑥 2 𝐿 𝐿
Usando a Equação de Schrodinger,
ℏ2 𝑛𝜋 2 𝑛𝜋 𝑛𝜋
+ 𝐴 ( ) 𝑠𝑒𝑛 ( 𝑥) = 𝐸𝐴𝑠𝑒𝑛 ( 𝑥)
2𝑚 𝐿 𝐿 𝐿
ℏ2 𝑛𝜋 2
𝐸= ( )
2𝑚 𝐿
Para determiner 𝐴
𝐿
∫ 𝑑𝑥 |𝜓(x)|2 = 1
0
𝐿 2 𝐿
𝑛𝜋 𝑛𝜋
∫ 𝑑𝑥 |𝐴𝑠𝑒𝑛 ( 𝑥)| = 𝐴2 ∫ 𝑠𝑒𝑛2 ( 𝑥) 𝑑𝑥 = 1
0 𝐿 0 𝐿
Onde
𝑛𝜋 𝑛𝜋 𝐿
𝑢= 𝑥 → 𝑑𝑢 = 𝑑𝑥 → 𝑑𝑥 = 𝑑𝑢
𝐿 𝐿 𝑛𝜋
𝐿
𝑛𝜋 𝐿 𝐿
𝐴2 ∫ 𝑠𝑒𝑛2 ( 𝑥) 𝑑𝑥 = 𝐴2 ∫ 𝑠𝑒𝑛2 𝑢 𝑑𝑢 = 1
0 𝐿 𝑛𝜋 0
como
1 1
∫ 𝑠𝑒𝑛2 𝑢 𝑑𝑢 = 𝑢 + 𝑠𝑒𝑛(2𝑢) + 𝐶
2 4
𝐿
𝐿 𝐿 1 𝑛𝜋 1 𝑛𝜋 𝐿
𝐴2 ∫ 𝑠𝑒𝑛2 𝑢 𝑑𝑢 = 𝐴2 ( 𝑥 + 𝑠𝑒𝑛 (2 𝑥)|
𝑛𝜋 0 𝑛𝜋 2 𝐿 4 𝐿 0
𝐿 1 1
= 𝐴2 [ 𝑛𝜋 + 𝑠𝑒𝑛(𝑛2𝜋)]
𝑛𝜋 2 4
2
𝐿
=𝐴 =1
2
2
→𝐴=√
𝐿
2 𝑛𝜋
𝜓(x) = √ 𝑠𝑒𝑛(𝑞𝑥 ), 𝑞 = , 𝑛 = 1,2, …
𝐿 𝐿
Mesma imagem que para vibrações de rede, exceto que aqui 𝜓(x) é uma onda contínua em vez de
representar deslocamentos de átomos.

2. Princípio de exclusão de Pauli

Não podem existir dois elétrons com os mesmos números quânticos.


Em um sólido, os números quânticos de um orbital de um elétron de condução são 𝑛 e 𝑚𝑠 , onde 𝑛 é qualquer
numero inteiro positivo e 𝑚𝑠 é é o número quântico magnético e pode assumir os valores de + 1⁄2 ou − 1⁄2
dependendo da orientação do spin. Assim um orbital caracterizado por um numero quântico 𝑛 pode acomodar
dois elétrons, um com spin para cima e outro com spin para baixo.

Exemplo: Acomodação de 6 elétrons

𝑛 𝑚𝑠 Número de
elétrons
1 ↑ 1
1 ↓ 1
2 ↑ 1
2 ↓ 1
3 ↑ 1
3 ↓ 1
4 ↑ 0
4 ↓ 0

Assim, um orbital pode ter a mesma energia. O número de orbitais com a mesma energia é chamado de
degenerescência do orbital.
Seja 𝑛𝐹 o ultimo nível ocupado, preenchendo os níveis com elétrons a partir do nível de menor energia (𝑛 =
1) e até que 𝑁 elétrons sejam acomodados. (ver exemplo acima). É conveniente supor que 𝑁 é um número
par. A condição 2𝑛𝐹 = 𝑁, determina 𝑛𝐹 , que é o valor de 𝑛 para o nível ocupado de maior energia.
A energia de Fermi 𝜖𝐹 em uma dimensão é definida como a energia do nível mais alto ocupado no estado
fundamental de um sistema de 𝑁 elétrons, assim,

ℏ2 𝑛𝐹 𝜋 2 2𝑛𝐹 =𝑁 ℏ2 𝑁𝜋 2
𝜖𝐹 = ( ) → ( )
2𝑚 𝐿 2𝑚 2𝐿

3. Efeito da temperatura sobre a distribuição de Fermi-Dirac

A temperatura de zero absoluto temos o estado fundamental. A distribuição de Fermi-Dirac fornece a


probabilidade de que um orbital de energia 𝜖 seja ocupado em um gás de elétrons ideal em equilíbrio térmico:
1
𝑓 (𝜖 ) = 𝜖−𝜇
exp [ 𝑘 𝑇 ] + 1
𝐵
Onde 𝜇 é um parâmetro que depende da temperatura e deve ser escolhido de tal forma que o número total de
partículas do sistema esteja correto, isto é, igual a 𝑁. No zero absoluto 𝜇 = 𝜖𝐹 .
Para todas as temperaturas 𝑓 (𝜖 ) = 1⁄2 para 𝜇 = 𝜖. Assim, o parâmetro 𝜇 é chamado de potencial químico,
definido como energia do nível mais alto ocupado no zero absoluto.

Quando (𝜖 − 𝜇 ) ≫ 𝑘𝐵 𝑇 o termo exponencial no denominador é muito maior que 1 e


𝜇−𝜖
𝑓(𝜖 ) ≅ exp [ ]
𝑘𝐵 𝑇
Este limite é chamado de distribuição de Boltzmann ou distribuição de Maxwell (figura 5).
𝑑𝑓(𝑥) 𝑥 𝑥⁄
=− 𝑒− 𝑎
𝑑𝑥 𝑎 𝑎
𝑥
𝑓 (𝑥 ) = exp (− 𝑎) 𝑓(𝜖)
1
= 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒 𝑑𝑒 𝑑𝑒𝑐𝑎𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜
𝑎 𝑥 = (𝜖 − 𝜇) 𝑥
𝑎 = meia vida ou 𝑘𝐵 𝑇 𝑎 = 𝑘𝐵 𝑇
Meia vida
=𝜇

𝐴 = 1,44𝑡1⁄2 𝑘𝐵 𝑇

Figura 5 𝐸𝐹 𝑛 𝜖
1
𝑓 (𝜖 ) =
exp[(𝜖 − 𝜇 )⁄𝑘𝐵 𝑇] + 1
Para 𝜖 < 𝜇
1
𝑓 (𝜖 ) = ≈1−x
x+1
1
𝑓 (𝜖 ) = ≈ 1 − exp[(𝜖 − 𝜇 )⁄𝑘𝐵 𝑇]
exp[(𝜖 − 𝜇 )⁄𝑘𝐵 𝑇] + 1

𝑘𝐵 𝑇 = 𝑎 que é a largura de meia altura (figura 5)


Para 𝜖 > 𝜇
1
𝑓 (𝜖 ) = ≈ exp[−(𝜖 − 𝜇 )⁄𝑘𝐵 𝑇]
exp[(𝜖 − 𝜇 )⁄𝑘𝐵 𝑇] + 1
Isto é exp[(𝜖 − 𝜇 )⁄𝑘𝐵 𝑇] ≫ 1
𝑓 (𝜖 ) ≈ exp(𝜇 ⁄𝑘𝐵 𝑇) exp(− 𝜖 ⁄𝑘𝐵 𝑇)
𝜇 é uma constante, portanto exp(𝜇 ⁄𝑘𝐵 𝑇) é também uma constante
𝑓 (𝜖 ) ≈ 𝐴 exp(− 𝜖 ⁄𝑘𝐵 𝑇 )
Esta é a distribuição de Boltzmann. 𝑘𝐵 𝑇 = 𝑎 que é a largura de meia altura.

Gás de Fermi em três dimensões: Equação de Schrodinger – 3 D

Supor que as partículas podem mover-se livremente em uma caixa de lados 𝐿 e usando a equação de
Schrodinger em 3D com 𝑉 = 0
ℏ 2
− ∆ 𝜓(r) = 𝐸𝜓(r)
2𝑚
Temos que:
ℏ2
𝐸 (𝑞) = ( ) (𝑞𝑥2 + 𝑞𝑦2 + 𝑞𝑧2 )
2𝑚
ℏ2 2
𝐸 (𝑞 ) = 𝑞 (figura 6)
2𝑚

Figura 6
Aproximação de continuo à medida que 𝐿 se torna grande.
Como
ℏ2 2
𝐸 (𝑞 ) = 𝑞
2𝑚
Podemos escrever:
𝜓 = 𝑒𝑥𝑝[𝑖𝑞⃗ ∙ 𝑟⃗]
2𝜋 4𝜋
𝑞𝑥 = 0, ± ,± , … . 𝑒 𝑖𝑔𝑢𝑎𝑙 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑞𝑦 𝑒 𝑞𝑧
𝐿 𝐿
Todo componente na forma 𝑛2𝜋 ⁄𝐿. Temos
Sendo que
𝜓(x + L, y, z) = 𝜓(x + L, y, z)

𝑒𝑥𝑝[𝑖𝑞𝑥 (𝑥 + 𝐿)] = 𝑒𝑥𝑝[𝑖𝑞𝑥 𝑥 ]


como
ℏ2
𝐸 (𝑞) = ( ) (𝑞𝑥2 + 𝑞𝑦2 + 𝑞𝑧2 )
2𝑚
No estado fundamental de um sistema de N elétrons livres, os orbitais ocupados podem ser representados
como pontos em uma esfera no espaço recíproco. A energia na superfície da esfera é a energia de Fermi; os
vetores de onda na superfície de Fermi tem um módulo 𝑞𝐹 , como mostrado na figura 7
ℏ2
𝜖𝐹 = ( ) 𝑞𝐹2
2𝑚

Figura 7
Existe um conjunto de valores do números quânticos 𝑞𝑥 , 𝑞𝑦 e 𝑞𝑧 para cada elemento de volume (2𝜋⁄𝐿)3 do
espaço reciproco. Assim numa esfera de volume 4⁄3 𝜋𝑞𝑧 3 o numero total de orbitais é:

4⁄3 𝜋𝑞𝐹 3 𝑉
𝑁=2 = 𝑞 3
(2𝜋⁄𝐿)3 3𝜋 2 𝐹
O fator 2 aparece pois temos dois valores permitidos para cada 𝑞 (número quântico de spin)
1⁄
3𝜋 2 𝑁 3
𝑞𝐹 = ( )
𝑉
assim
2⁄
ℏ2 3𝜋 2 𝑁 3
𝜖𝐹 = ( ) ( )
2𝑚 𝑉

Sendo
𝑉
𝑁= 𝑞 3
3𝜋 2 𝐹
e
ℏ2
𝜖𝐹 = ( ) 𝑞𝐹2
2𝑚
Assim
3⁄
𝑉 2𝑚𝜖 2
𝑁 = 2( 2 )
3𝜋 ℏ

A densidade de estados é
3⁄
𝑑𝑁 𝑉 2𝑚 2
𝐷 (𝜖 ) = = 2( 2) √𝜖
𝑑𝜖 3𝜋 ℏ
3
𝑉 2𝑚 ⁄2
𝐷(𝜖 ) = 2 ( 2 ) √𝜖 (3𝐷)
3𝜋 ℏ
3⁄
𝑉 2𝑚𝜖 2
Como 𝑁 = 3𝜋2 ( )a densidade pode ser escrita como
ℏ2
3𝑁
𝐷 (𝜖 ) =
2𝜖
A densidade de estados por unidade de volume é
3⁄
𝐷 (𝜖 ) 1 2𝑚 2
𝐷′(𝜖 ) = = 2( 2) √𝜖 (3𝐷)
𝑉 3𝜋 ℏ

Duas dimensões

Em duas dimensões, temos,

ℏ2 2 ℏ2
𝜖= 𝑞 → 𝑑𝜖 = 𝑞 𝑑𝑞
2𝑚 𝑚

Figura 8
Precisamos do número de estados por unidade de energia para encontrar a energia total e as propriedades
térmicas do gás de elétrons. 𝐷 (𝜖) 𝑑𝜖 é o número de estados na faixa de energia entre 𝜖 e 𝜖 + 𝑑𝜖. Estados
no intervalo (𝑞, 𝐸) para (𝑞 + Δ𝑞, 𝜖 + Δ𝜖), assim
Δ𝑁 = 𝑁 (𝑞) Δ𝑞 = 𝑁 (𝜖) Δ𝜖
Dado o perímetro 𝑙 = 2𝜋𝑞𝐹 e o elemento de área (2𝜋⁄𝐿)2
𝐿 2
𝑁2𝐷 (𝑞)𝑑𝑞 = 2 ( ) 𝑑𝑞𝑥 𝑑𝑞𝑦
2𝜋
𝐴
𝑁2𝐷 (𝑞)𝑑𝑞 = 2 𝑑𝑞 𝑑𝑞
(2𝜋)2 𝑥 𝑦
Portanto a densidade de estados por unidade de volume é dado por
𝐷2𝐷 (𝜖 )𝑑𝜖 = 𝑁2𝐷 (𝑞)2𝜋𝑞𝑑𝑞/𝐴
𝐴
𝐷2𝐷 (𝜖 )𝑑𝜖 = 2 2𝜋𝑞𝑑𝑞/𝐴
(2𝜋)2
1
𝐷2𝐷 (𝜖 )𝑑𝜖 = 𝑞𝑑𝑞
𝜋
Substituindo 𝑞 𝑑𝑞 = 𝑚⁄ℏ2 𝑑𝜖
𝑚
𝐷2𝐷 (𝜖 )𝑑𝜖 = 2 𝑑𝜖
ℏ 𝜋
O número de elétrons é por unidade de volume

1
𝑛 = ∫ 𝑑𝜖𝐷(𝜖) ∙
𝑒 (𝜖−𝜇)⁄𝜏 + 1
0
onde 𝐷(𝜖) é a densidade de estado dos orbitais e 𝜏 = 𝑘𝐵 𝑇. Para duas dimensões temos,

𝑚 1
𝑛 = 2 ∫ 𝑑𝜖 ∙ (𝜖−𝜇)⁄𝜏
ℏ 𝜋 𝑒 +1
0
Cuja solução é
𝑚 −𝜇⁄
𝑛= (𝜇 + 𝜏log (1 + 𝑒 𝜏 ))
ℏ2 𝜋

Gás de Fermi em duas dimensões: Densidade de Estados 2D

Existe um conjunto de valores do números quânticos 𝑞𝑥 e 𝑞𝑦 para cada elemento de área (2𝜋⁄𝐿)2 do espaço
reciproco. Assim numa circunferência de área 𝜋𝑞𝑧 2 o numero total de orbitais é:
𝜋𝑞𝐹 2 𝐴 2
𝑁=2 = 𝑞
(2𝜋⁄𝐿 )2 2𝜋 𝐹
O fator 2 aparece pois temos dois valores permitidos para cada 𝑞 (número quântico de spin)
1
2𝜋𝑁 ⁄2
𝑞𝐹 = ( )
𝐴
assim
ℏ2 2𝜋𝑁
𝜖𝐹 = ( ) ( )
2𝑚 𝐴
Sendo
𝐴 2
𝑁= 𝑞
2𝜋 𝐹
e
ℏ2 2𝑚𝜖
𝜖𝐹 = ( ) 𝑞𝐹2 → 𝑞𝐹2 = 2
2𝑚 ℏ
assim
𝐴𝑚𝜖
𝑁=
𝜋ℏ2
A densidade de estados
𝑑𝑁 𝐴𝑚
𝐷 (𝜖 ) = = 2𝐷
𝑑𝜖 𝜋ℏ2
A densidade de estados por unidade de área
𝐷 (𝜖 ) 𝑚
𝐷′(𝜖 ) = = 2 2𝐷
𝐴 𝜋ℏ
Gás de Fermi em 1 dimensão: Densidade de Estados 1D

Existe um conjunto de valores do números quânticos 𝑞 para cada elemento de comprimento 2𝜋⁄𝐿 do
espaço reciproco. Assim num comprimento 𝑞 o numero total de orbitais é:
𝑞𝐹 𝐿
𝑁=2 = 𝑞𝐹
2𝜋⁄𝐿 𝜋
O fator 2 aparece pois temos dois valores permitidos para cada 𝑞 (número quântico de spin), como
𝜋𝑁
𝑞𝐹 =
𝐿
assim
ℏ2 𝜋𝑁 2
𝜖𝐹 = ( ) ( )
2𝑚 𝐿
Sendo
𝐿
𝑁 = 𝑞𝐹
𝜋
e
ℏ2 2𝑚𝜖
𝜖𝐹 = ( ) 𝑞𝐹2 → 𝑞𝐹 = √ 2
2𝑚 ℏ
Assim
𝐿 2𝑚𝜖 𝐿
𝑁= √ 2 = √2𝑚𝜖
𝜋 ℏ 𝜋ℏ
A densidade de estados
𝑑𝑁 1 𝐿 2𝑚 𝑚𝐿
𝐷 (𝜖 ) = = =
𝑑𝜖 2 𝜋ℏ √2𝑚𝜖 𝜋ℏ√2𝑚𝜖
𝑚𝐿
𝐷 (𝜖 ) = 1𝐷
𝜋ℏ√2𝑚𝜖
A densidade de estados por unidade de comprimento
𝐷 (𝜖 ) 𝑚
𝐷′(𝜖 ) = = 1𝐷
𝐿 𝜋ℏ√2𝑚𝜖
Gás de Fermi em 0 dimensão: Densidade de Estados 0D

Quando se considera a densidade de estados para uma estrutura 0D (ou seja, ponto quântico), nenhum
movimento livre é possível. Como não há espaço q para ser preenchido com elétrons e todos os estados
disponíveis existem apenas em energias discretas, descrevemos a densidade de estado para 0D com a função
delta.
𝐷(𝜖) = 2𝛿(𝜖 − 𝜖𝑐 )

Figura 9

Gás de Fermi em 𝑻 = 𝟎𝑲
(pg 110 ibach)
A densidade de estados é dada por:
3⁄
𝑉 2𝑚 2
𝐷 (𝜖 ) = 2 ( 2 ) √𝜖
3𝜋 ℏ
𝝐 𝝐

𝑬𝑭 𝑬𝑭

𝒇(𝝐) 𝑫(𝝐)𝒇(𝝐)

𝑛 = ∫ 𝐷(𝜖)𝑓(𝜖)𝑑𝜖
0
𝐷(𝜖 ) = densidade de estados
𝑓(𝜖) = probabilidade de ocupação dependente da temperatura
Dado
ħ2 2
𝜖 𝐹 (𝑞 ) = 𝑞
2𝑚 𝐹
A probabilidade de ocupação para elétrons em 𝑇 = 0𝐾 é
1 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝜖 < 𝜖𝐹
𝑓 (𝜖 ) = {
0 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝜖 > 𝜖𝐹
A forma esférica da superfície de Fermi 𝜖𝐹 (𝑞) em 𝑇 = 0𝐾 leva imediatamente a uma simples relação entre a
densidade eletrônica 𝑛 e o raio de Fermi 𝑞𝐹 ou a energia de Fermi 𝜖𝐹 . Isto é, existe um conjunto de valores
dos números quânticos 𝑞𝑥 , 𝑞𝑦 e 𝑞𝑧 para cada elemento de volume (2𝜋⁄𝐿 )3 do espaço reciproco e numa
esfera de volume 4⁄3 𝜋𝑞𝑧 3 o número total de orbitais é:
4⁄3 𝜋𝑞𝐹 3 𝐿3 𝑞𝐹 3
𝑁=2 =
(2𝜋⁄𝐿)3 3𝜋 2
3
A densidade eletrônica é 𝑛 = 𝑁⁄𝑉 = 𝑁⁄𝐿
𝐿3 𝑞𝐹 3
𝑛𝐿3 =
3𝜋 2
𝑞𝐹 = 𝑛3𝜋 2
3

Substituindo na energia de Fermi


ħ2 2
𝜖𝐹0 (𝑞) = (𝑛3𝜋 2 ) ⁄3
2𝑚
Sendo
4
𝑟𝑎𝑖𝑜 𝑐𝑎𝑟𝑎𝑐𝑡𝑒𝑟í𝑠𝑡𝑖𝑐𝑜 𝑟𝑆 𝜋𝑟 3 = 𝑎0 −3 𝑛−1 (𝑎0 = 𝑟𝑎𝑖𝑜 𝑑𝑒 𝐵𝑜ℎ𝑟)
3 𝑆
𝐸𝐹0
𝑇𝐹 =
𝑘

4. Capacidade Calórica Eletrônica: Estatística de Fermi

Modelo do gás de elétrons. Assumir:


Elétrons não interagem com os outros elétrons
Elétrons não interagem com os átomos
A energia total é
3
𝑈 = 𝑁𝐴 𝑘𝐵 𝑇
2
A capacidade térmica é
𝑑𝑈 3 3
𝑐= = 𝑁𝐴 𝑘𝐵 = 𝑅~10𝐽/𝐾
𝑑𝑇 2 2
Para metais como prata em uma temperatura de 1𝐾 a capacidade térmica é
𝐽
𝑐 = 0,001
𝐾
Este valor experimental é cerca de 10.000 vezes menor que a calculada. A resposta está na distribuição de
Fermi.
Estatística de Fermi
A energia média das partículas é dada por:
3
𝑈= 𝑁𝑘 𝑇
2 𝐵
𝑛 é o número de elétrons excitados (figura 5)
3
𝑈=
𝑛𝑘 𝑇
2 𝐵
onde 𝑛 é proporcional a 𝑘𝐵 𝑇 (ver figura 5), isto é proporcional a temperatura. Mais especificamente é apenas
uma fração dos elétrons de ordem de 𝑇/𝑇𝐹 pode ser excitada termicamente, já que apenas os elétrons em uma
faixa de energia da ordem de 𝑘𝐵 𝑇 se localizam no alto da distribuição de energia e podem ser transferidos
para estados vazios de maior energia, assim,
𝑇
𝑈 ≈ 𝑁 𝑘𝐵 𝑇
𝑇𝐹
Portanto a capacidade térmica
𝜕𝑈 𝑇
𝑐𝑒𝑙 = ≈ 𝑁𝑘𝐵 (1)
𝜕𝑇 𝑇𝐹
(Armbrust, Janetzki pag. 93)
Mais precisamente, a energia interna de um gás de elétrons é dada por:

𝑈 = ∫ 𝑓 (𝜖, 𝑇)𝐷(𝜖 )𝜖 𝑑𝜖
0
𝑓 (𝜖, 𝑇) é a distribuição de Fermi e 𝐷(𝜖 ) é a densidade de estados.
∞ ∞

𝑈 = ∫ 𝑓 (𝜖, 𝑇)𝐷(𝜖 )(𝜖 − 𝜖𝐹 ) 𝑑𝜖 + 𝜖𝐹 ∫ 𝑓(𝜖, 𝑇)𝐷 (𝜖 ) 𝑑𝜖


0 0
e definindo

𝑛 = ∫ 𝑓 (𝜖, 𝑇)𝐷(𝜖 ) 𝑑𝜖
0
𝜕𝑈
Onde 𝑛 é o total de elétrons de condutividade. Como 𝑐𝑒𝑙 = 𝜕𝑇

𝜕
𝑐𝑒𝑙 = ∫ 𝑓 (𝜖, 𝑇)𝐷(𝜖 )(𝜖 − 𝜖𝐹 ) 𝑑𝜖
𝜕𝑇
0

𝜕 𝑓 (𝜖, 𝑇)
𝑐𝑒𝑙 = ∫ 𝐷(𝜖 )(𝜖 − 𝜖𝐹 ) 𝑑𝜖
𝜕𝑇
0
Uma boa aproximação é calcular a densidade de estados 𝐷 (𝜖 ) no ponto 𝜖𝐹 e passa-lo para fora da integral

𝜕 𝑓 (𝜖, 𝑇)
𝑐𝑒𝑙 = 𝐷(𝜖𝐹 ) ∫ (𝜖 − 𝜖𝐹 ) 𝑑𝜖
𝜕𝑇
0
A derivada da distribuição de Fermi é
𝑓 (𝜖, 𝑇) 𝜖 − 𝜖𝐹 exp[(𝜖 − 𝜖𝐹 )⁄𝑘𝐵 𝑇]
=
𝜕𝑇 𝑘𝐵 (𝑇)2 [exp[(𝜖 − 𝜖𝐹 )⁄𝑘𝐵 𝑇] + 1]2
Assim escrevendo 𝜏 = 𝑘𝐵 𝑇 na

𝜖 − 𝜖𝐹 exp[(𝜖 − 𝜖𝐹 )⁄𝜏]
𝑐𝑒𝑙 = 𝐷(𝜖𝐹 ) 𝑘𝐵 ∫ 2
(𝜖 − 𝜖𝐹 ) 𝑑𝜖
𝜏 [exp[(𝜖 − 𝜖𝐹 )⁄𝜏] + 1]2
0
Fazendo 𝑥 = (𝜖 − 𝜖𝐹 )/𝜏, 𝑑𝑥 = 𝑑𝜖/𝜏

𝜏𝑥 exp[𝑥 ]
𝑐𝑒𝑙 = 𝐷(𝜖𝐹 ) ∫ (𝜏𝑥 ) 𝜏𝑑𝑥
𝜏 [exp[𝑥 ] + 1]2
2
−𝜖𝐹 /𝜏

exp[𝑥 ]
𝑐𝑒𝑙 = 𝐷 (𝜖𝐹 ) 𝑘𝐵 2 𝑇 ∫ 𝑥 2 𝑑𝑥
[exp(𝑥 ) + 1]2
−∞

2
exp[𝑥 ] π2
∫𝑥 𝑑𝑥 =
[exp(𝑥 ) + 1]2 3
−∞
π2
𝑐𝑒𝑙 = 𝐷(𝜖𝐹 ) 𝑘𝐵 2 𝑇
3
Usando 𝐷 (𝜖𝐹 ) = 3𝑁 ⁄2𝜖𝐹 = 3𝑁/2𝑘𝐵 𝑇𝐹
π2 3𝑁
𝑐𝑒𝑙 = 𝑘𝐵 2 𝑇
3 2𝑘𝐵 𝑇𝐹
1 𝑇
𝑐𝑒𝑙 = π2 𝑁𝑘𝐵
2 𝑇𝐹
Que esta de acordo com nossa suposição que o calor especifico é proporcional a 𝑁𝑘𝐵 𝑇 e inversamente
proporcional a 𝑇𝐹 (equação 1). Capacidade térmica dos metais para temperaturas menores que a temperatura
de Debye 𝜃 e a temperatura de Fermi 𝑇𝐹 pode ser escrita como
𝑐 = 𝑐𝑒𝑙𝑒 + 𝑐𝑓𝑜𝑛𝑜𝑛𝑠 → 𝑐 = 𝛾𝑇 + 𝛽𝑇 3
𝛾 é chamada de parâmetro de Sommerfeld e 𝛽 é uma constante.
é conveniente fazer o representar de c em um gráfico 𝑐/𝑇 em função de 𝑇 2 , assim,
𝑐
= 𝛾 + 𝛽𝑇 2
𝑇

Exemplo: Dado a curva experimental


(Pg.97 Armbrust, Janetzki)
O calor especifico é a soma da contribuição da rede e dos elétrons.
𝑐𝑉,𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝑐𝑉,𝑒𝑙𝑒 + 𝑐𝑉,𝑓𝑜𝑛𝑜𝑛𝑠
Da curva temos que
𝑐𝑉,𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙
= 𝛾 + 𝛽𝑇 2
𝑇
Onde
1 π2 𝑁𝑘𝐵
𝛾=
2 𝑇𝐹
12𝜋 4 𝑁𝑘𝐵
𝛽=
5 𝜃𝐷 3
Para o material 1 temos que 𝛾 = 0, isto é um material isolante ou um semicondutor. Os elétrons não
contribuem para o valor do calor especifico.
O material 2, por sua vez, tem uma contribuição dos elétrons no calor especifico. Por isso deve ser um
metal.
𝑐𝑉,𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 12𝜋 4 𝑁𝑘𝐵 2
= 𝑇 = 𝛽𝑇 2
𝑇 5 𝜃𝐷 3
12𝜋 4 𝑁𝑘𝐵
𝜃𝐷,1 3 =
5 𝛽1
1⁄
12𝜋 4 𝑁𝑘𝐵 3
𝜃𝐷,1 =( )
5 𝛽1
Sendo 𝛽1 = 2,66 × 10−3 𝐽/(𝑚𝑜𝑙. 𝐾 4 )
𝜃𝐷,1 = 90𝐾
−3 4
Sendo 𝛽2 = 2,58 × 10 𝐽/(𝑚𝑜𝑙. 𝐾 )
𝜃𝐷,2 = 91𝐾
Assim usando o valores e as informações, o material 1 é o selênio (Se) e o 2 é Potássio (Ka). Sendo 𝑁𝑘𝐵 =
8,314 𝐽/𝑚𝑜𝑙. 𝐾

Heavy Fermions

O calor especifico devido aos elétrons é


π2
𝑐𝑒𝑙 = 𝐷(𝜖𝐹 ) 𝑘𝐵 2 𝑇
3
Onde
3⁄
𝑉 2𝑚 2
𝐷 (𝜖 ) = 2 ( 2 ) √𝜖
3𝜋 ℏ
Isto é, 𝑐𝑒𝑙 depende da massa do elétron.
O comportamento de férmion pesado foi descoberto por Andres, Graebner e Ott em 1975, que observaram
enormes magnitudes de 𝛾 = 𝑐𝑒𝑙 ⁄𝑇 em 𝐶𝑒𝐴𝑙3 .
Enquanto as investigações sobre supercondutores dopados levaram à conclusão de que a existência de
momentos magnéticos localizados e supercondutividade em um material era incompatível, o oposto foi
mostrado, quando em 1979 Steglich et al. descobriram a supercondutividade no material férmion pesado
𝐶𝑒𝐶𝑢2 𝑆𝑖2 .
𝛾 = 𝑐𝑒𝑙 ⁄𝑇 𝑚𝐽/(𝑚𝑜𝑙. 𝐾 2 )
𝐶𝑒𝐶𝑢6 1600 Metal. Stewart, Fisk and Wire (1984a)
𝐶𝑒𝐶𝑢2 𝑆𝑖2 800-1250 Supercondutor. Steglich et al. (1976)
𝐶𝑒𝐶𝑜𝐼𝑛5 750 Supercondutor 2D. Petrovic et al. (2001)
𝑈𝑃𝑑2 𝐴𝑙3 210 Supercondutor+Antiferromagnetico. Geibel et
al. (1991)

1. Supondo que as partículas podem mover-se livremente em uma caixa de lados 𝐿 e usando a Equação de
Schrodinger em 3D com 𝑉 = 0, prove detalhadamente que a energia de Fermi é dada por:
ℏ2
𝜖𝐹 = ( ) 𝑞𝐹2
2𝑚

2. Prove que que 𝑘𝐵 𝑇 = 𝑎 que é a largura de meia altura.


𝑑𝑓(𝑥) 𝑥
=−
𝑑𝑥 𝑎
𝑥
𝑓 (𝑥 ) = exp (− )
𝑎
1
= 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒 𝑑𝑒 𝑑𝑒𝑐𝑎𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜
𝑎
𝑎 = metade de tempo de vida
a = 1,44𝑡1⁄2

3. Defina temperatura de Fermi.

4. Considerando numa estrutura 2D a existência um conjunto de valores do números quânticos 𝑞𝑥 e 𝑞𝑦 para


cada elemento de área (2𝜋⁄𝐿 )2 do espaço reciproco. Calcule:
a) numa circunferência de área 𝜋𝑞𝑧 2 o número total de orbitais 𝑁.
b) a densidade de estados
𝐴𝑚
𝐷 (𝜖 ) = 2
𝜋ℏ
c) a densidade de estados por unidade de área

5. Considerando numa estrutura 1D a existência um conjunto de valores do números quânticos 𝑞 e para


cada elemento de comprimento (2𝜋⁄𝐿 )2 do espaço reciproco. Calcule:
a) o número total de orbitais 𝑁.
b) a densidade de estados
𝑚𝐿
𝐷 (𝜖 ) =
𝜋ℏ√2𝑚𝜖

c) e a densidade de estados por unidade de área.


6. Considerando numa estrutura 0D descreva a densidade de estados.

7. Usando a energia interna de um gás de elétrons 𝑈 = ∫0 𝑓 (𝜖, 𝑇)𝐷(𝜖 )𝜖 𝑑𝜖, determine capacidade térmica
eletrônica 𝑐𝑒𝑙

8. Dado o gráfico 𝑐/𝑇 em função de 𝑇 2 do Potássio, determine as temperatura de Debye e de Fermi.

9. Dado as temperaturas de Debye e de Fermi do Ouro (𝜃𝐷 = 165𝐾 𝑒 𝑇𝐹 = 6,39 × 104 𝐾), determine o
parâmetro de Sommerfeld 𝛾 e 𝛽 da equação:
𝑐𝑉,𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙
= 𝛾 + 𝛽𝑇 2
𝑇

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