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Bandas de Energia
Figura 2 a) modelo do elétron livre e b) elétron em uma rede linear monoatômica de constante de rede a.
𝜓(𝑟⃗) = ∑ 𝐶𝑞 𝑒 𝑖𝑞⃗⃗∙𝑟⃗
𝑞
onde 𝑞 é vetor de onda, portanto
𝜕 2 𝜓(𝑟⃗)
= ∑ −𝐶𝑞2 𝑞 𝑒 𝑖𝑞⃗⃗∙𝑟⃗
𝜕𝑟 2
𝑞
Colocando o potencial 𝑉(𝑟), 𝜓(r) e 𝜕 2 𝜓 (r)⁄𝜕𝑟 2 na equação de Schroendinger, obtemos,
ℏ2 𝑞2
∑ 𝐶 𝑒 𝑖𝑞⃗⃗∙𝑟⃗ + ∑ 𝑉𝐺 𝑒 𝑖𝐺⃗ ∙𝑟⃗ ∑ 𝐶𝑞 𝑒 𝑖𝑞⃗⃗∙𝑟⃗ = 𝐸 ∑ 𝐶𝑞 𝑒 𝑖𝑞⃗⃗∙𝑟⃗
2𝑚 𝑞
𝑞 𝐺 𝑞 𝑞
ℏ2 𝑞2
∑ 𝐶 𝑒 𝑖𝑞⃗⃗∙𝑟⃗ + ∑ 𝑉𝐺 𝐶𝑞 𝑒 𝑖(𝑞⃗⃗+𝐺⃗ )∙𝑟⃗ = 𝐸 ∑ 𝐶𝑞 𝑒 𝑖𝑞⃗⃗∙𝑟⃗
2𝑚 𝑞
𝑞 𝐺,𝑞 𝑞
ℏ2 𝑞2
∑ 𝑒 𝑖𝑞⃗⃗∙𝑟⃗ [( − 𝐸) 𝐶𝑞 + ∑ 𝑉𝐺 𝐶𝑞−𝐺 ] = 0
2𝑚
𝑞 𝐺
ℏ𝑞2
( − 𝐸) 𝐶𝑞 + ∑ 𝑉𝐺 𝐶𝑞−𝐺 = 0 (1)
2𝑚
𝐺
Assim
Figura 3
“Quando comecei a pensar a respeito, percebi que o problema principal estava em explicar de que
forma os elétrons conseguiam passar por todos os íons de um metal... Através de uma analise de
Fourier elementar, descobri, para minha satisfação, que a onda diferia da onda plana dos elétrons
apenas por uma modulação periódica.” F. Bloch.
ℏ2 2
𝐸(𝑞⃗) = 𝐸(𝑞⃗ + 𝐺⃗ ) = |𝑞⃗ + 𝐺⃗ |
2𝑚
No caso unidimensional
2𝜋
𝐺⃗ → 𝐺 = ℏ
𝑎
No problema unidimensional há uma degeneração dos valores de energia nas bordas da primeira
zona de Brillouin, isto é, em +𝐺/2 = 𝜋/𝑎 e −𝐺/2 = −𝜋/𝑎, onde as duas parábolas se interceptam. a
descrição do estado de um elétron com valores de q é necessariamente uma sobreposição de pelo menos
duas ondas planas correspondentes (Ibach, pg.133). Para um “potencial de desaparecimento” (aproximação
da ordem zero), essas ondas são:
𝑒 𝑖𝐺𝑥/2 𝑒 𝑒 𝑖[𝐺/2−𝐺 ]𝑥 = 𝑒 −𝑖𝐺𝑥/2
Neste caso
1 2 1 2
1 2
𝑞2 = ( 𝐺) 𝑒 (𝑞 − 𝐺 )2 = ( 𝐺 − 𝐺) = (− 𝐺)
2 2 2
Figura 4
Photoemission Spectroscopy
Na física do estado sólido, a massa efetiva de uma partícula (muitas vezes denotada 𝑚𝑒 ) é a massa
que parece ter ao responder as forças aplicadas. Um dos resultados da teoria de bandas de sólidos é que o
movimento de partículas em um potencial periódico pode ser muito diferente de seu movimento no vácuo. A
massa efetiva é uma quantidade usada para simplificar as estruturas de banda modelando o comportamento
de uma partícula livre com essa massa. Para algumas finalidades e alguns materiais, a massa efetiva pode ser
considerada uma simples constante de um material. Em geral, no entanto, o valor da massa efetiva depende
do propósito para o qual ela é usada e pode variar dependendo de vários fatores.
Para elétrons ou buracos de elétrons em um sólido, a massa efetiva é normalmente escrita em
unidades da massa elétron em repouso (𝑚𝑒 = 9,11 × 10−31 𝑘𝑔). Para semicondutores, ela esta geralmente
na faixa de 0,01 a 10 da massa do elétron em repouso. Pode ser menor ou maior - por exemplo, atingir 1.000
em materiais férmions pesados exóticos, ou de zero a infinito (dependendo da definição) em grafeno. Como
simplifica a teoria da banda mais geral, a massa efetiva eletrônica pode ser vista como um parâmetro básico
importante que influencia as propriedades mensuráveis de um sólido, incluindo desde a eficiência de uma
célula solar até a velocidade de um circuito integrado.
Quando observa-se a relação entre energia e o vetor de onda para os elétrons livres 𝜖 = (ħ⁄2𝑚)𝑞2 ,
vemos que o coeficiente de 𝑞2 é que determina a curvatura da função 𝜖(𝑞). Invertendo o raciocínio, pode-se
dizer que a massa do elétron, m, é definida pela curvatura da função 𝜖(𝑞).
Nos semicondutores, a largura da banda permitida é de ordem de 20 eV, por sua vez a largura da
banda proibida é de ordem de 0,2 a 2 eV. Portanto, a massa efetiva é diminuída por um fator de 0,1 a 0,01
rem relação à massa do elétron livre. Estes valores são observados somente na região próxima da banda
proibida.
Um elétron próximo da borda inferior da segunda banda de Brillouim tem uma energia e uma massa
efetiva, que pode ser escrita como
ħ 2 𝑚 1
𝜖 (𝑞 ) = 𝜖 + 𝑞 =
2𝑚 𝑚𝑒 2𝜆 − 1
𝑈
Para um elétron próximo ao topo da primeira banda temos
ħ 2 𝑚 1
𝜖 (𝑞 ) = 𝜖 − 𝑞 =
2𝑚 𝑚𝑒 2𝜆 + 1
𝑈
A velocidade de grupo é dada por 𝑣𝑔 = 𝑑𝜔⁄𝑑𝑞 e usando a relação de Planck 𝜖 = ħ𝜔 → 𝜔 = 𝜖 ⁄ħ,
temos
𝑑𝜔 1 𝑑𝜖
𝑣𝑔 = =
𝑑𝑞 ħ 𝑑𝑞
Derivando a velocidade de grupo em relação ao tempo
𝑑𝑣𝑔 1 𝑑 2 𝜖 1 𝑑 2 𝜖 𝑑𝑞
= =
𝑑𝑡 ħ 𝑑𝑞𝑑𝑡 ħ 𝑑𝑞2 𝑑𝑡
Como 𝑑𝑞⁄𝑑𝑡 = 𝐹 ⁄ħ (ver quadro abaixo)
𝑑𝑣𝑔 1 𝑑2𝜖
= ( 2 2) 𝐹
𝑑𝑡 ħ 𝑑𝑞
1 𝑑𝑣𝑔
𝐹=
1 𝑑 2 𝜖 𝑑𝑡
( 2 2)
ħ 𝑑𝑞
Assim, a massa efetiva 𝑚𝑒 é dada por
1 1 𝑑2𝜖
= 2 2
𝑚𝑒 ħ 𝑑𝑞
A variação do trabalho 𝛿𝜖 realizado sobre um elétron pelo campo elétrico 𝐸 no intervalo de tempo 𝛿𝑡 é
𝛿𝜖 = 𝐹∆𝑟 = −𝑒𝐸 ∆𝑟 = −𝑒𝐸 𝑣𝑔 𝛿𝑡,
onde 𝑣𝑔 é a velocidade de grupo. Como
𝑑𝜖 𝑣𝑔 =1⁄ħ(𝑑𝜖⁄𝑑𝑞)
𝛿𝜖 = 𝛿𝑞 → 𝛿𝜖 = ħ𝑣𝑔 𝛿𝑞.
𝑑𝑞
Igualando
−𝑒𝐸 𝑣𝑔 𝛿𝑡 = ħ𝑣𝑔 𝛿𝑞
𝑑𝑞
ħ = −𝑒𝐸 = 𝐹
𝑑𝑡
Exemplo 1
No caso do antimometo de índio (InSb – Detector de infravermelho) , a largura da banda proibida é 𝐸𝑔 =
0,23 𝑒𝑉, a constante dielétrica 𝜖 = 18 e a massa efetiva dos elétrons 𝑚𝑒 = 0,015 𝑚. A energia de ionização
dos doadores é
𝑒 4 𝑚𝑒 13.6𝑚𝑒
𝐸𝑑 = = 𝑒𝑉 = 0,630 𝑚𝑒𝑉
2(4𝜋𝜖𝜀0 ħ)2 𝜖 2𝑚
O raio da orbita do estado fundamental
0,52 𝜖
𝑎𝑑 = 𝑚 Å = 636 Å
𝑒⁄
𝑚
Podemos ainda estimar o overlap (sobreposição), concentração de doadores 𝑁𝐷
4𝜋𝑎𝑑3
𝑁𝐷 ( ) ≥ 1 → 𝑁𝐷 ≥ 9.38 × 1020 𝑚−3
3
Exemplo 2
Para um semicondutor com concentração 𝑁𝐷 = 1019 𝑚−2 de estados de doadores, uma energia de ionização
𝐸𝐷 = 1 𝑚𝑒𝑉 e uma massa efetiva 𝑚𝑒 = 0,01 𝑚 em 𝑇 = 4𝐾, temos
𝑘𝐵 𝑇 = 0,345 𝑚𝑒𝑉
Como 𝐸𝐷 > 𝑘𝐵 𝑇
−𝐸𝐷
𝑛 ≈ √(𝑛0 𝑁𝐷 )𝑒𝑥𝑝 ( )
2𝑘𝐵 𝑇
Dado 𝑛0 = 3,85 × 1019
𝑛 ≈ 4,61 × 1018 𝑚−3
O coeficiente Hall é dado por:
𝐸𝑦 1
𝑅𝐻 = =− = −1,35 𝑚3 /𝐶
𝑗𝑥 𝐵 𝑛𝑒
Exemplo 3 a) b)
4. a) O que é Photoemission Spectroscopy? b) Como são as medidas? c) O que se pode medir? d) Qual
informação referente ao magnetismo de metais que pode ser medido por Photoemission Spectroscopy?
7. Comparando o preenchimento das bandas de energia up e down, explique que o momento magnético do
Ferro é maior que o do Níquel.