ABNT/CEE-253

PROJETO DE REVISÃO ABNT NBR 10899

MAR 2023

Energia solar fotovoltaica — Terminologia

APRESENTAÇÃO
1) Este Projeto de Revisão foi elaborado pela Comissão de Estudo Especial de Energia Solar
Projeto em Consulta Nacional

Fotovoltaica (ABNT/CEE-253), nas reuniões de:

17.08.2022 21.09.2022 19.10.2022

16.11.2022 22.11.2022 31.01.2023

a) é previsto para cancelar e substituir a ABNT NBR 10899:2020, a qual foi tecnicamente
revisada, quando aprovado, sendo que, nesse ínterim, a referida norma continua
em vigor;

b) é baseado na IEC TS 61836:2016;

c) não tem valor normativo.

2) Aqueles que tiverem conhecimento de qualquer direito de patente devem apresentar esta
informação em seus comentários, com documentação comprobatória.

3) Analista ABNT – Carlos Alberto Bigatan.

© ABNT 2023
Todos os direitos reservados. Salvo disposição em contrário, nenhuma parte desta publicação pode ser modificada
ou utilizada de outra forma que altere seu conteúdo. Esta publicação não é um documento normativo e tem
apenas a incumbência de permitir uma consulta prévia ao assunto tratado. Não é autorizado postar na internet
ou intranet sem prévia permissão por escrito. A permissão pode ser solicitada aos meios de comunicação da ABNT.

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Energia solar fotovoltaica — Terminologia

Photovoltaic solar energy — Terminology

Projeto em Consulta Nacional

Prefácio

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalização. As Normas

Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos
de Normalização Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais (ABNT/CEE), são
elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas pelas partes interessadas no tema objeto
da normalização.

Os Documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras da ABNT Diretiva 2.

A ABNT chama a atenção para que, apesar de ter sido solicitada manifestação sobre eventuais direitos
de patentes durante a Consulta Nacional, estes podem ocorrer e devem ser comunicados à ABNT
a qualquer momento (Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996).

Os Documentos Técnicos ABNT, assim como as Normas Internacionais (ISO e IEC), são voluntários
e não incluem requisitos contratuais, legais ou estatutários. Os Documentos Técnicos ABNT não
substituem Leis, Decretos ou Regulamentos, aos quais os usuários devem atender, tendo precedência
sobre qualquer Documento Técnico ABNT.

Ressalta-se que os Documentos Técnicos ABNT podem ser objeto de citação em Regulamentos
Técnicos. Nestes casos, os órgãos responsáveis pelos Regulamentos Técnicos podem determinar
as datas para exigência dos requisitos de quaisquer Documentos Técnicos ABNT.

A ABNT NBR 10899 foi elaborada pela Comissão de Estudo Especial de Energia Solar Fotovoltaica
(ABNT/CEE-253). O Projeto de Revisão circulou em Consulta Nacional conforme Edital nº XX,
de XX.XX.XXXX a XX.XX.XXXX.

A ABNT NBR 10899:2023 é baseada na IEC TS 61836:2016.

A ABNT NBR 10899:2023 cancela e substitui a ABNT NBR 10899:2020, a qual foi tecnicamente
revisada.

O Escopo em inglês da ABNT NBR 10899 é o seguinte:

Scope
This Standard specifies the technical terms related to photovoltaic conversion systems of solar radiant
energy into electrical energy.

This Standard does not include the common electricity terms, which are presented in ABNT NBR 5456.

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Energia solar fotovoltaica — Terminologia

1 Escopo
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Esta Norma especifica os termos técnicos relativos aos sistemas de conversão fotovoltaica de energia
radiante solar em energia elétrica.

Esta Norma não inclui os termos gerais de eletricidade, que são apresentados na ABNT NBR 5456.

2 Referências normativas
Os documentos a seguir são citados no texto de tal forma que seus conteúdos, totais ou parciais,
constituem requisitos para este Documento. Para referências datadas, aplicam-se somente as edições
citadas. Para referências não datadas, aplicam-se as edições mais recentes do referido documento
(incluindo emendas).

ABNT NBR 5456, Eletricidade geral – Terminologia

IEC 60904-1, Photovoltaic devices – Part 1: Measurement of photovoltaic current-voltage characteristics

IEC 60904-1-2, Photovoltaic devices – Part 1-2: Measurement of current-voltage characteristics

of bifacial photovoltaic (PV) devices

3 Termos e definições
Para os efeitos deste documento, aplicam-se os seguintes termos e definições.

3.1 Recurso solar

3.1.1
albedo
razão entre a radiação refletida por uma superfície e a radiação incidente sobre ela, levando
em consideração a média de todos os comprimentos de onda

NOTA O albedo é expresso em porcentagem.

3.1.2
ângulo azimutal do sol
γs
ângulo entre o Norte geográfico e a projeção do raio solar no plano horizontal, com faixa de variação
de - 180° ≤ γs ≤ + 180°, e, por convenção, positivo no sentido Leste, com Norte igual a 0° (ver Anexo A)

3.1.3
ângulo azimutal de uma superfície
γ
ângulo entre o Norte geográfico e a projeção da reta normal à superfície no plano horizontal, com faixa
de variação de - 180° ≤ γ ≤ + 180°, e, por convenção, positivo no sentido Leste, com Norte igual a 0°
(ver Anexo A)

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3.1.4
ângulo horário
ω
ângulo diedro com aresta no eixo de rotação da Terra, formado pelo semiplano que contém o sol
e o semiplano que contém o meridiano local, com faixa de variação de - 180° ≤ ω ≤ + 180°, e, por
convenção, positivo no período da tarde (ver Anexo A)
Projeto em Consulta Nacional

3.1.5
ângulo de incidência
θ
ângulo entre o raio solar incidente sobre uma supefície (direção do sol) e a reta normal (perpendicular)
à superfície no ponto de incidência (ver Anexo A)

3.1.6
ângulo zenital
θZ
ângulo entre o raio solar incidente e o zenite local (ver Anexo A)

3.1.7
constante solar
GSC
valor da irradiância extraterrestre quando a distância entre o sol e a Terra é de uma unidade astronômica
(distância média entre o sol e a Terra)
NOTA O valor mais recente para a constante solar é de 1 367 W/m², adotado pela Commission for
Instruments and Methods of Observation in World Meteorological Organization, em 1981.

3.1.8
declinação solar
δ
ângulo de vértice no centro da Terra, formado pela direção do sol e pelo plano do Equador, com faixa
de variação de - 23,45° ≤ δ ≤ + 23,45°, e, por convenção, positivo no hemisfério Norte (ver Anexo A)

3.1.9
distribuição espectral
valores de irradiância correspondentes a cada comprimento de onda do espectro solar

3.1.10
elevação solar
α
ângulo de vértice no observador formado pela direção do sol e pela projeção da direção do sol
no plano horizontal (ver Anexo A)

3.1.11
inclinação de uma superfície
β
inclinação de uma superfície em relação ao plano horizontal, com faixa de variação de 0° ≤ β ≤ + 90°
(ver Anexo A)

3.1.12
irradiação difusa
HDIF
irradiância difusa integrada durante um intervalo de tempo especificado

NOTA Normalmente, a integração é realizada para o intervalo de um dia.

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3.1.13
irradiação direta
HDIR
irradiância direta integrada durante um intervalo de tempo especificado

NOTA Normalmente, a integração é realizada para o intervalo de um dia.

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3.1.14
irradiação direta horizontal
HDIR,H
irradiância direta horizontal integrada durante um intervalo de tempo especificado

NOTA Normalmente, a integração é realizada para o intervalo de um dia.

3.1.15
irradiação direta normal
HN
irradiância direta normal integrada durante um intervalo de tempo especificado

NOTA Normalmente, a integração é realizada para o intervalo de um dia.

3.1.16
irradiação extraterrestre
H0
irradiância extraterrestre integrada durante um intervalo de tempo especificado

NOTA Normalmente, a integração é realizada para o intervalo de um dia.

3.1.17
irradiação global
H
irradiância global integrada durante um intervalo de tempo especificado

NOTA Normalmente, a integração é realizada para o intervalo de um dia.

3.1.18
irradiação total
HT
irradiância total integrada durante um intervalo de tempo especificado

NOTA Normalmente, a integração é realizada para o intervalo de um dia.

3.1.19
irradiação solar
irradiância solar integrada durante um intervalo de tempo especificado

NOTA Normalmente, a integração é realizada para o intervalo de um dia.

3.1.20
irradiância difusa
GDIF
potência decorrente do espalhamento da radiação solar pelos constituintes atmosféricos, incidente
em uma superfície por unidade de área

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3.1.21
irradiância direta
GDIR
potência decorrente do feixe solar direto incidente em uma superfície por unidade de área

NOTA 1 Pode ser calculada pelo produto entre a irradiância direta normal e o cosseno do ângulo
de incidência.
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NOTA 2 O feixe solar direto corresponde à radiação solar proveniente do disco solar e da região circunsolar
no céu, em um ângulo máximo de 8,7 x 10-2 rad (5°).

3.1.22
irradiância direta horizontal
GDIR,H
potência decorrente do feixe solar direto incidente em uma superfície horizontal por unidade de área

NOTA Pode ser calculada pelo produto entre a irradiância direta normal e o cosseno do ângulo zenital.

3.1.23
irradiância direta normal
GN
potência decorrente do feixe solar direto incidente em uma superfície perpendicular à direção desse
feixe por unidade de área

NOTA 1 A composição espectral da irradiância direta normal, para AM 1,5, está expressa na IEC 60904-3.

NOTA 2 O termo equivalente, em inglês, é direct normal irradiation (DNI).

3.1.24
irradiância extraterrestre
G0
irradiância no topo da atmosfera (GTOA)

potência da radiação solar incidente em uma superfície horizontal imaginária no topo da atmosfera
por unidade de área

3.1.25
irradiância global
G
potência da radiação solar incidente em uma superfície horizontal por unidade de área

NOTA 1 A irradiância global é dada por G = GDIF + GDIR,H ou G = GDIF + GN × cos(θZ).

NOTA 2 O termo equivalente, em inglês, é global horizontal irradiance (GHI).

3.1.26
irradiância total
GT
potência da radiação solar incidente em um plano inclinado em relação à horizontal por unidade
de área

NOTA A irradiância total é dada por G T = G DIF + G DIR + G refletida pelo solo
ou GT = GDIF + GN × cos(θ) + Grefletida pelo solo.

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3.1.27
irradiância solar
potência da radiação solar incidente em uma determinada superfície por unidade de área

3.1.28
massa de ar
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AM
razão entre o caminho óptico percorrido pela radiação solar direta na atmosfera e o caminho vertical
na direção de zênite ao nível do mar, calculada pela seguinte equação:

1
AM =
cos θ Z

para θZ ≤ 70°

3.1.29
zênite
ponto (imaginário) interceptado por um eixo vertical (imaginário) traçado a partir da cabeça de um
observador (localizado sobre a superfície terrestre), que se prolonga até a esfera celeste

3.2 Células, módulos e componentes fotovoltaicos

3.2.1
caixa de junção
invólucro no qual subarranjos fotovoltaicos, séries fotovoltaicas ou módulos fotovoltaicos são
conectados em paralelo, e que pode alojar dispositivos de proteção e/ou de manobra

3.2.2
caixa de terminais
invólucro no qual é feita a conexão elétrica do módulo fotovoltaico e onde estão montados os diodos
de desvio entre os conjuntos de células do módulo fotovoltaico

3.2.3
célula fotovoltaica
dispositivo fotovoltaico elementar especificamente desenvolvido para realizar a conversão direta
de energia solar em energia elétrica

3.2.4
célula fotovoltaica bifacial
célula fotovoltaica cujas superfícies frontal e posterior são capazes de contribuir para a geração
de energia elétrica

3.2.5
coeficientes de bifacialidade
coeficientes que expressam a razão entre as principais características elétricas do lado posterior
e do lado frontal de uma célula ou de um módulo fotovoltaico

NOTA 1 Se não especificado de outra forma, os coeficientes de bifacialidade são obtidos nas condições
padrão de ensaio (STC).

NOTA 2 Os principais coeficientes de bifacialidade são:

 a) ϕIsc – coeficiente de bifacialidade da corrente de curto-circuito;

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 b) ϕVoc – coeficiente de bifacialidade da tensão de circuito aberto;

 c) ϕPmp – coeficiente de bifacialidade da máxima potência.

3.2.6
concentrador solar
Projeto em Consulta Nacional

montagem que inclui componentes ópticos, como espelhos ou lentes, para concentrar a radiação solar
sobre células fotovoltaicas

3.2.7
controlador de carga
equipamento eletrônico destinado a controlar e monitorar a carga do banco de baterias em um sistema
fotovoltaico, podendo ter seguimento do ponto de máxima potência integrado, a ser utilizado com
os módulos fotovoltaicos

NOTA Os battery management systems (BMS) não são considerados controladores de carga, pois não
são capazes de controlar e monitorar sozinhos a carga do banco de baterias.

3.2.8
diodo de bloqueio
diodo conectado em série na extremidade final de módulo(s), série(s), subarranjo(s) e arranjo(s)
fotovoltaico(s) para bloquear a corrente reversa nestes módulo(s), série(s), subarranjo(s) e arranjo(s)
fotovoltaico(s), respectivamente

3.2.9
diodo de desvio
diodo de by-pass
diodo de passagem
diodo de passo
diodo conectado em paralelo a uma ou mais células fotovoltaicas no sentido direto da corrente,
permitindo que a corrente do módulo transponha células sombreadas ou quebradas, para evitar
pontos quentes ou danos causados por células quentes resultantes de polarização reversa de tensão
provocada pelas outras células fotovoltaicas que compõem o módulo fotovoltaico

3.2.10
efeito fotovoltaico
criação de uma diferença de potencial entre os terminais de um dispositivo fotovoltaico submetido
à incidência de fótons

3.2.11
inversor fotovoltaico
equipamento que converte a corrente contínua do gerador fotovoltaico em corrente alternada

NOTA 1 O inversor fotovoltaico pode operar conectado à rede elétrica (on-grid) e/ou isolado (off-grid).

NOTA 2 Alguns inversores fotovoltaicos também podem converter a corrente alternada da rede para
corrente contínua para carregamento de sistemas de armazenamento de energia (por exemplo, baterias).

3.2.12
módulo fotovoltaico
unidade básica formada por um conjunto de células fotovoltaicas interligadas eletricamente e encapsuladas,
com o objetivo de gerar energia elétrica

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3.2.13
módulo fotovoltaico bifacial
módulo fotovoltaico cujas superfícies frontal e posterior são capazes de contribuir para a geração
de energia elétrica

3.2.14
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módulo fotovoltaico c.a.

módulo fotovoltaico com um inversor integrado, no qual os terminais são unicamente em c.a.

NOTA Em um módulo fotovoltaico c.a., não é possível separar o módulo fotovoltaico do inversor sem
danificar ou descaracterizar o equipamento.

3.2.15
rastreador solar
mecanismo que proporciona o seguimento do movimento aparente do sol

3.2.16
resposta espectral
densidade de corrente de curto-circuito a um determinado comprimento de onda ao longo do espectro solar

3.3 Sistemas fotovoltaicos

3.3.1
arranjo fotovoltaico
conjunto de módulos fotovoltaicos ou subarranjos fotovoltaicos mecânica e eletricamente integrados,
incluindo a estrutura de suporte. Um arranjo fotovoltaico não inclui sua fundação, aparato de rastreamento,
controle térmico e outros elementos similares

NOTA 1 O termo equivalente, em inglês, é PV array.

NOTA 2 Normalmente, o arranjo fotovoltaico corresponde a um conjunto de módulos fotovoltaicos, séries

fotovoltaicas ou subarranjos fotovoltaicos eletricamente conectados em paralelo, e aos demais componentes
elétricos associados.

3.3.2
gerador fotovoltaico
unidade de geração de energia elétrica que utiliza o efeito fotovoltaico para converter a radiação solar
em eletricidade em corrente contínua

NOTA 1 O gerador fotovoltaico não inclui dispositivos de armazenamento de energia ou de condicionamento

de potência.

NOTA 2 O gerador fotovoltaico normalmente corresponde a uma célula fotovoltaica, a um módulo fotovoltaico
ou a um arranjo fotovoltaico.

3.3.3
módulo fotovoltaico aplicado à edificação
BAPV
módulos fotovoltaicos instalados sobre os materiais que compõem o fechamento de uma edificação

NOTA O termo equivalente, em inglês, é building applyed photovoltaics.

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3.3.4
módulo fotovoltaico integrado à edificação
BIPV
módulos fotovoltaicos utilizados como materiais para compor o fechamento de uma edificação

NOTA O termo equivalente, em inglês, é building integrated photovoltaics.

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3.3.5
série fotovoltaica
circuito no qual módulos fotovoltaicos são conectados em série, buscando elevar a tensão de saída
de um arranjo fotovoltaico

NOTA O termo equivalente, em inglês, é PV string.

3.3.6
sistema fotovoltaico
conjunto de equipamentos que fornecem energia elétrica pela conversão fotovoltaica da energia solar

NOTA 1 Os componentes de um sistema fotovoltaico variam de acordo com a aplicação, podendo incluir
inversores, controladores de carga, dispositivos para controle, supervisão e proteção, armazenamento
de energia elétrica, fiação, fundação e estrutura de suporte.

NOTA 2 O termo em inglês balance of system components (BOS) é referente ao sistema fotovoltaico,
sendo excluído o gerador fotovoltaico.

3.3.7
sistema fotovoltaico conectado à rede
SFCR
sistema fotovoltaico on-grid
sistema fotovoltaico conectado à rede de fornecimento de energia elétrica

NOTA 1 Um sistema fotovoltaico conectado à rede pode incluir sistemas de armazenamento de energia
(por exemplo, baterias).

3.3.8
sistema fotovoltaico flutuante
SFF
sistema fotovoltaico montado em flutuadores sobre um corpo d’água qualquer

NOTA Um corpo d’água pode ser um lago, um reservatório artificial, uma área próxima à costa,
entre outros.

3.3.9
sistema fotovoltaico isolado
SFI
sistema fotovoltaico off-grid
sistema fotovoltaico que não possui qualquer conexão à rede de fornecimento de energia elétrica

3.3.10
sistema agrovoltaico
sistema que compartilha uma mesma área para produção agrícola e/ou criação de animais e para
produção de energia elétrica utilizando sistema fotovoltaico

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3.3.11
sistema híbrido
sistema que resulta da associação do gerador fotovoltaico com outros tipos de geradores
de energia elétrica

NOTA Sistemas de armazenamento de energia não são geradores de energia elétrica. Sistemas que
possuem gerador fotovoltaico e sistema de armazenamento de energia, e nenhum outro gerador de energia
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elétrica, não são considerados sistemas híbridos, e sim sistemas fotovoltaicos.

3.3.12
subarranjo fotovoltaico
subdivisão de um arranjo fotovoltaico considerando questões relacionadas à proteção e/ou distribuição
de corrente

3.4 Figuras de mérito e desempenho de sistemas fotovoltaicos

3.4.1
área ativa
ACA
superfície de uma célula fotovoltaica exposta à radiação solar

3.4.2
área das células do módulo fotovoltaico
ACM
área total de uma célula fotovoltaica individual, multiplicada pelo número de células (n) do módulo
fotovoltaico

NOTA A área das células do módulo fotovoltaico é dada pela seguinte equação:

ACM = n * ACT

3.4.3
área total da célula fotovoltaica
ACT
área da superfície de uma célula fotovoltaica limitada por seu perímetro

3.4.4
área total do módulo fotovoltaico
AMT
área da superfície frontal do módulo fotovoltaico, incluindo a moldura externa ou qualquer outra
protuberância, por exemplo, rebite

3.4.5
condições-padrão de ensaio
STC
condições de ensaio para células e módulos fotovoltaicos especificadas na IEC 60904-1

NOTA O termo equivalente, em inglês, é Standard Test Conditions.

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3.4.6
condições-padrão de ensaio bifacial
BSTC
condições de ensaio para células e módulos fotovoltaicos bifaciais especificadas na IEC 60904-1-2

NOTA Adicionalmente às STC, a tendência é utilizar uma irradiância posterior de 135 W/m² para medições
com iluminação em ambos os lados das células ou dos módulos fotovoltaicos, ou, no caso de medições com
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iluminação somente na parte frontal, a tendência é utilizar uma irradiância equivalente dada por:

Geq = GSTC + ϕ × 135 W/m2

onde

GSTC é a irradiância nas STC, especificada na IEC 60904-1;

ϕ é o menor valor entre os coeficientes de bifacialidade de potência máxima e de corrente

de curto-circuito.

3.4.7
corrente de curto-circuito
Isc
corrente de saída de um gerador fotovoltaico na condição de curto-circuito, para valores preestabelecidos
de temperatura e irradiância

NOTA O termo equivalente, em inglês, é short circuit current.

3.4.8
corrente de curto-circuito nas STC
IscSTC
corrente de curto-circuito de um gerador fotovoltaico nas STC

3.4.9
corrente de curto-circuito nas BSTC
IscBSTC
corrente de curto-circuito de um gerador fotovoltaico bifacial nas BSTC

3.4.10
corrente de máxima potência
Imp
corrente de saída de um gerador fotovoltaico na condição de máxima potência, para valores
preestabelecidos de temperatura e irradiância

NOTA O termo equivalente, em inglês, é maximum power current.

3.4.11
corrente de máxima potência nas STC
ImpSTC
corrente de máxima potência de um gerador fotovoltaico nas STC

3.4.12
corrente de máxima potência nas BSTC
ImpBSTC
corrente de máxima potência de um gerador fotovoltaico bifacial nas BSTC

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3.4.13
curva característica I-V
curva I-V
representação dos valores da corrente de saída de um gerador fotovoltaico em função da tensão,
para condições preestabelecidas de temperatura e irradiância
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3.4.14
curva característica I-V nas STC
curva característica I-V de um gerador fotovoltaico nas STC

3.4.15
curva característica I-V nas BSTC
curva característica I-V de um gerador fotovoltaico bifacial nas BSTC

3.4.16
eficiência de conversão
η
razão entre a potência máxima e o produto da área total do módulo (ou da célula) pela irradiância
global, para valores preestabelecidos de temperatura, especificada na forma de porcentagem
e calculada pela seguinte equação:
PPM
=η × 100
( AMT ou ACT ) × G

3.4.17
fator de forma
FF
razão entre a potência máxima e o produto da tensão de circuito aberto pela corrente de curto-circuito,
especificada na forma de porcentagem e calculada pela seguinte equação:

PPM
=FF × 100
VOC × ISC

NOTA O termo equivalente, em inglês, é fill factor (FF).

3.4.18
fator de ocupação do módulo
FOM
razão entre a área das células do módulo e a área total do módulo, especificada na forma
de porcentagem e calculada pela seguinte equação:

ACM
=
FOM × 100
AMT

3.4.19
fator de ocupação da instalação
FOI
razão entre a área total da superficie dos arranjos fotovoltaicos e a área do local de instalação necessária
para a instalação do sistema, considerando a necessidade de distanciamento entre módulos para
evitar sombreamento entre eles, sendo um indicador do espaçamento entre os módulos

NOTA O termo equivalente, em inglês, é ground coverage ratio (GCR).

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3.4.20
máxima potência
Pmp
potência em um ponto da curva característica I-V de um gerador fotovoltaico em que o produto
da corrente pela tensão é máximo no quadrante de geração
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3.4.21
máxima potência nas STC
PmpSTC
máxima potência de um gerador fotovoltaico nas STC

3.4.22
máxima potência nas BSTC
PmpBSTC
máxima potência de um gerador fotovoltaico bifacial nas BSTC

3.4.23
potência nominal
potência de um gerador fotovoltaico sob as condições-padrão de ensaio, condições de STC para
módulos e células monofaciais (PmpSTC) e condições de BSTC para células e módulos bifaciais
(PmpBSTC)

3.4.24
seguimento da potência-limite
SPL
estratégia de controle utilizada para limitar a potência fornecida pelo gerador fotovoltaico diante
de restrições do circuito em que está inserido

NOTA O termo equivalente, em inglês, é limit-power tracking (LPT).

3.4.25
seguimento do ponto de máxima potência
SPMP
estratégia de controle utilizada para maximizar a potência fornecida pelo gerador fotovoltaico
em função das condições de temperatura e irradiância

NOTA O termo equivalente, em inglês, é maximum power point tracking (MPPT).

3.4.26
temperatura nominal de operação da célula
TNOC
temperatura média de equilíbrio da célula fotovoltaica encapsulada em um módulo sob carga,
em ambiente com irradiância de 800 W/m², temperatura ambiente de 20 °C e velocidade do vento
de 1 m/s

NOTA O termo equivalente, em inglês, é nominal operating cell temperature (NOCT).

3.4.27
tensão de circuito aberto
Voc
tensão nos terminais de um gerador fotovoltaico sem carga (aberto), para valores preestabelecidos
de temperatura e irradiância

NOTA O termo equivalente, em inglês, é open circuit voltage.

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3.4.28
tensão de circuito aberto nas STC
VocSTC
tensão de circuito aberto de um gerador fotovoltaico nas STC

3.4.29
Projeto em Consulta Nacional

tensão de circuito aberto nas BSTC

VocBSTC
tensão de circuito aberto de um gerador fotovoltaico bifacial nas BSTC

3.4.30
tensão de máxima potência
Vmp
tensão nos terminais de um gerador fotovoltaico na condição de máxima potência, para valores
preestabelecidos de temperatura e irradiância

NOTA O termo equivalente, em inglês, é maximum power voltage.

3.4.31
tensão de máxima potência nas STC
VmpSTC
tensão de máxima potência de um gerador fotovoltaico nas STC

3.4.32
tensão de máxima potência nas BSTC
VmpBSTC
tensão de máxima potência de um gerador fotovoltaico bifacial nas BSTC

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Anexo A
(normativo)

Ângulos notáveis em energia solar

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Os ângulos notáveis em energia solar estão indicados na Figura A.1.

Legenda

α elevação ou altura solar

β inclinação de uma superfície
γ ângulo azimutal de uma superfície
δ declinação solar
θZ ângulo zenital
γs ângulo azimutal do sol
ω ângulo horário solar
θ ângulo de incidência

Figura A.1 – Indicação dos ângulos notáveis em energia solar (continua)

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z


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s 

Legenda

α elevação ou altura solar

β inclinação de uma superfície
γ ângulo azimutal de uma superfície
δ declinação solar
θZ ângulo zenital
γs ângulo azimutal do sol
ω ângulo horário solar
θ ângulo de incidência
Figura A.1 (conclusão)

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 15/16

 ABNT/CEE-253
PROJETO DE REVISÃO ABNT NBR 10899
MAR 2023

Bibliografia

[1]  IEC 60904-3, Photovoltaic devices – Part 3: Measurement principles for terrestrial photovoltaic (PV)
solar devices with reference spectral irradiance data
Projeto em Consulta Nacional

16/16 NÃO TEM VALOR NORMATIVO