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ABNT/CB-003

PROJETO ABNT NBR IEC 60204-1


JUN 2020

Segurança de máquinas — Equipamentos elétricos de máquinas


Parte 1: Requisitos gerais

APRESENTAÇÃO
Projeto em Consulta Nacional

1) Este Projeto foi elaborado pela Comissão de Estudo de Segurança em Máquinas – Aspectos
Eletrotécnicos (CE-003:044.001) do Comitê Brasileiro de Eletricidade (ABNT/CB-003), com
número de Texto-Base 003:044.001-001/1, nas reuniões de:

24.03.2017 19.05.2017 23.06.2017

21.07.2017 28.08.2017 29.09.2017

20.10.2017 24.11.2017 15.12.2017

24.01.2018 21.02.2018 21.03.2018

18.04.2018 16.05.2018 13.06.2018

17.07.2018 22.08.2018 19.09.2018

17.10.2018 21.11.2018 23.01.2019

22.02.2019 21.03.2019 17.04.2019

22.05.2019 12.06.2019 17.07.2019

21.08.2019

a) é previsto para ser idêntico ao IEC 60204-1:2016, que foi elaborada pelo Technical
Committee of Safety of Machinery – Electrotechnical Aspects (IEC/TC 44);

b) não tem valor normativo.

2) Aqueles que tiverem conhecimento de qualquer direito de patente devem apresentar esta
informação em seus comentários, com documentação comprobatória.

3) Analista ABNT – Newton Ferraz.

© ABNT 2020
Todos os direitos reservados. Salvo disposição em contrário, nenhuma parte desta publicação pode ser modificada
ou utilizada de outra forma que altere seu conteúdo. Esta publicação não é um documento normativo e tem
apenas a incumbência de permitir uma consulta prévia ao assunto tratado. Não é autorizado postar na internet
ou intranet sem prévia permissão por escrito. A permissão pode ser solicitada aos meios de comunicação da ABNT.

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ABNT/CB-003
PROJETO ABNT NBR IEC 60204-1
JUN 2020

Segurança de máquinas — Equipamentos elétricos de máquinas


Parte 1: Requisitos gerais

Safety of machinery — Electrical equipment of machines


Projeto em Consulta Nacional

Part 1: General requirements

Prefácio Nacional

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalização. As Normas


Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos
de Normalização Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais (ABNT/CEE), são
elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas pelas partes interessadas no tema objeto
da normalização.
Os Documentos Técnicos internacionais adotados são elaborados conforme as regras da
ABNT Diretiva 3.
A ABNT chama a atenção para que, apesar de ter sido solicitada manifestação sobre eventuais direitos
de patentes durante a Consulta Nacional, estes podem ocorrer e devem ser comunicados à ABNT
a qualquer momento (Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996).
Os Documentos Técnicos ABNT, assim como as Normas Internacionais (ISO e IEC), são voluntários
e não incluem requisitos contratuais, legais ou estatutários. Os Documentos Técnicos ABNT não
substituem Leis, Decretos ou Regulamentos, aos quais os usuários devem atender, tendo precedência
sobre qualquer Documento Técnico ABNT.
Ressalta-se que os Documentos Técnicos ABNT podem ser objeto de citação em Regulamentos
Técnicos. Nestes casos, os órgãos responsáveis pelos Regulamentos Técnicos podem determinar as
datas para exigência dos requisitos de quaisquer Documentos Técnicos ABNT.
A ABNT NBR IEC 60204-1 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Eletricidade (ABNT/CB-003), pela
Comissão de Estudo de Segurança em Máquinas – Aspectos Eletrotécnicos (CE-003:044.001), com a
participação do Comitê Brasileiro de Máquinas e Equipamentos Mecânicos (ABNT/CB-004). O Projeto
circulou em Consulta Nacional conforme Edital nº XX, de XX.XX.XXXX a XX.XX.XXXX.
A ABNT NBR IEC 60204-1 é uma adoção idêntica, em conteúdo técnico, estrutura e redação, à
IEC 60204-1:2016, que foi elaborada pelo Technical Committee of Safety of Machinery – Electrotechnical
Aspects (IEC/TC 44).
O Escopo da ABNT NBR IEC 60204-1 em inglês é o seguinte:

Scope
This Part of ABNT NBR IEC 60204 applies to electrical, electronic and programmable electronic
equipment and systems to machines not portable by hand while working, including a group of machines
working together in a coordinated manner.
NOTE 1 This Part of ABNT NBR IEC 60204 is an application standard and is not intended to limit or inhibit
technological advancement.

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NOTE 2 In this Part of ABNT NBR IEC 60204, the term “electrical” includes electrical, electronic and
programmable electronic matters (i.e. “electrical equipment” means electrical, electronic and programmable
electronic equipment).

NOTE 3 In the context of this Part of ABNT NBR IEC 60204, the term “person” refers to any individual and
includes those persons who are assigned and instructed by the user or his agent(s) in the use and care of the
machine in question.
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The equipment covered by this Part of ABNT NBR IEC 60204 commences at the point of connection
of the supply to the electrical equipment of the machine (see 5.1).

NOTE 4 The requirements for the electrical supply installation are given in the IEC 60364 series.

This Part of ABNT NBR IEC 60204 is applicable to the electrical equipment or parts of the electrical
equipment that operate with nominal supply voltages not exceeding 1 000 V for alternating current (AC)
and not exceeding 1 500 V for direct current (DC), and with nominal supply frequencies not exceeding
200 Hz.

NOTE 5 Information on electrical equipment or parts of the electrical equipment that operate with higher
nominal supply voltages can be found in IEC 60204-11.

This Part of ABNT NBR IEC 60204 does not cover all the requirements (for example guarding,
interlocking, or control) that are needed or required by other standards or regulations in order to protect
persons from hazards other than electrical hazards. Each type of machine has unique requirements to
be accommodated to provide adequate safety.

This Part of ABNT NBR IEC 60204 specifically includes, but is not limited to, the electrical equipment
of machines as defined in 3.1.40.

NOTE 6 Annex C lists examples of machines whose electrical equipment can be covered by this Part of
ABNT NBR IEC 60204.

This Part of ABNT NBR IEC 60204 does not specify additional and special requirements that can apply
to the electrical equipment of machines that, for example:

— are intended for use in open air (i.e. outside buildings or other protective structures);

— use, process, or produce potentially explosive material (for example paint or sawdust);

— are intended for use in potentially explosive and/or flammable atmospheres;

— have special risks when producing or using certain materials;

— are intended for use in mines;

— are sewing machines, units, and systems (which are covered by IEC 60204-31);

— are hoisting machines (which are covered by IEC 60204-32);

are semiconductor fabrication equipment (which are covered by IEC 60204-33).

Power circuits where electrical energy is directly used as a working tool are excluded from this Part of
ABNT NBR IEC 60204.

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Introdução

Esta Parte da ABNT NBR IEC 60204 provê requisitos e recomendações relativos ao equipamento
elétrico de máquinas, de modo a promover:
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— a segurança de pessoas e da propriedade;

— a consistência da resposta do controle;

— a facilidade de operação e manutenção.

Mais orientações sobre o uso desta Parte da ABNT NBR IEC 60204 são fornecidas no Anexo F.

A Figura 1 foi fornecida como um auxílio para a compreensão da inter-relação dos vários elementos
de uma máquina e seus equipamentos associados. A Figura 1 é um diagrama de blocos de uma
máquina típica e equipamentos associados que mostram os vários elementos dos equipamentos
elétricos tratados nesta Parte da ABNT NBR IEC 60204. Os números entre parênteses ( ) referem-se
às Seções e Subseções nesta Parte da ABNT NBR IEC 60204. É entendido na Figura 1 que todos
os elementos obtidos em conjunto, incluindo os dispositivos de segurança, ferramental/dispositivo,
software e documentação, constituem a máquina e que uma ou mais máquinas que trabalham em
conjunto, geralmente com pelo menos um nível de controle de supervisão, constituem uma célula ou
sistema de manufatura.

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Símbolos de advertência, designação do


Ambiente
item (Seção 16) Controlador do
físico
sistema/célula
(4.4) Documentação técnica
(Seção 17)

Dispositivo de seccionamento da alimentação


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(5.3)
Proteção contra choque elétrico
(Seção 6)
Proteção do equipamento
(Seção 7)
Alimentação
elétrica Terminal de aterramento (PE)
(4.3) (5.2) Ligação de dados
Circuito de proteção
(8.2)
Circuitos de controle e funções de controle
(Seção 9)
Operações de emergência
(Conexão do condutor de (9.2.2.4)
proteção externo)
Dispositivo de comando
(Seção 11)
Condutores e cabos Acessórios e iluminação
(Seção 12) (Seção 15)
Dispositivo de parada
Práticas de fiação de emergência
elétrica (10.7)
(Seção 13)
Estação de controle
Verificação Equipamento de Controlador
do operador
(Seção 18) controle do motor programável
(Seção 10)

Dispositivos de
Interface de segurança e
entrada/saída dispositivos de
advertência

Motores
elétricos Acionadores e
(Seção 14) e sensores
transdutores

Equipamento de processamento

Figura 1 – Diagrama de blocos de uma máquina típica

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Segurança de máquinas — Equipamentos elétricos de máquinas


Parte 1: Requisitos gerais

1 Escopo
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Esta Parte da ABNT NBR IEC 60204 se aplica aos equipamentos e sistemas elétricos, eletrônicos
e eletrônicos programáveis para máquinas não transportáveis à mão durante o trabalho, incluindo um
grupo de máquinas que trabalham em conjunto de forma coordenada.

NOTA 1 Esta Parte da ABNT NBR IEC 60204 é uma norma de aplicação e não se destina a limitar ou inibir
o avanço tecnológico.

NOTA 2 Nesta Parte da ABNT NBR IEC 60204, o termo “elétrico” inclui assuntos elétricos, eletrônicos
e eletrônicos programáveis (ou seja, “equipamentos elétricos”, significa equipamentos elétricos, eletrônicos
e eletrônicos programáveis).

NOTA 3 No contexto desta Parte da ABNT NBR IEC 60204, o termo “pessoa” refere-se a qualquer indivíduo
e inclui as pessoas que são designadas e instruídas pelo usuário ou seu(s) representante(s) no uso e cuidado
da máquina em questão.

Os equipamentos abrangidos por esta Parte da ABNT NBR IEC 60204 começam no ponto de conexão
da alimentação ao equipamento elétrico da máquina (ver 5.1).

NOTA 4 Os requisitos para a instalação de alimentação elétrica são fornecidos na série IEC 60364.

Esta Parte da ABNT NBR IEC 60204 se aplica aos equipamentos elétricos ou partes dos equipamentos
elétricos que operam com tensões nominais de alimentação não superiores a 1 000 V para corrente
alternada (CA) e não superiores a 1 500 V para corrente contínua (CC), e com frequências nominais
de alimentação não superiores a 200 Hz.

NOTA 5 Informações sobre equipamentos elétricos ou partes dos equipamentos elétricos que operam com
tensões nominais de alimentação mais elevadas podem ser encontradas na IEC 60204-11.

Esta Parte da ABNT NBR IEC 60204 não abrange todos os requisitos (por exemplo, proteção,
travamento ou controle) que são necessários ou requeridos por outras normas ou regulamentos, a fim
de proteger as pessoas dos perigos, exceto perigos elétricos. Cada tipo de máquina tem requisitos
únicos a serem acomodados para fornecer segurança adequada.

Esta Parte da ABNT NBR IEC 60204 inclui especificamente, porém não é limitada a, equipamentos
elétricos de máquinas conforme definido em 3.1.40.

NOTA 6 O Anexo C lista exemplos de máquinas cujos equipamentos elétricos podem ser abrangidos por
esta Parte da ABNT NBR IEC 60204.

Esta Parte da ABNT NBR IEC 60204 não especifica requisitos adicionais e especiais que podem ser
aplicados aos equipamentos elétricos de máquinas que, por exemplo:

— se destinam ao uso ao ar livre (ou seja, fora das edificações ou outras estruturas de proteção);

— utilizam, processam ou produzem material potencialmente explosivo (por exemplo, tinta ou serragem);

— se destinam ao uso em atmosferas potencialmente explosivas e/ou inflamáveis;

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— têm riscos especiais ao produzir ou utilizar determinados materiais;

— se destinam ao uso em minas;

— são máquinas, unidades e sistemas de costura (que são abrangidas pela IEC 60204-31);

— são máquinas de içamento (que são abrangidas pela IEC 60204-32);


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— são equipamentos de fabricação de semicondutores (que são abrangidos pela IEC 60204-33).

Os circuitos de energia onde a energia elétrica é utilizada diretamente como uma ferramenta de
trabalho são excluídos desta Parte da ABNT NBR IEC 60204.

2 Referências normativas
Os documentos a seguir são citados no texto de tal forma que seus conteúdos, totais ou parciais,
constituem requisitos para este Documento. Para referências datadas, aplicam-se somente as edições
citadas. Para referências não datadas, aplicam-se as edições mais recentes do referido documento
(incluindo emendas).

IEC 60034-1, Rotating electrical machines – Part 1: Rating and performance

IEC 60072 (all parts), Dimensions and output series for rotating electrical machines

ABNT NBR IEC 60309-1, Plugues e tomadas para uso industrial – Parte 1: Requisitos gerais

IEC 60364-1, Low-voltage electrical installations – Part 1: Fundamental principles, assessment of


general characteristics, definitions

IEC 60364-4-41:2005, Low-voltage electrical installations – Part 4-41: Protection for safety – Protection
against electric shock

IEC 60364-4-43:2008, Low-voltage electrical installations – Part 4-43: Protection for safety – Protection
against overcurrent

IEC 60364-5-52:2009, Low-voltage electrical installations – Part 5-52: Selection and erection of
electrical equipment – Wiring systems

IEC 60364-5-53:2001, IEC 60364-5-53:2001/AMD1:2002, Electrical installations of buildings – Part


5-53: Selection and erection of electrical equipment – Isolation, switching and control

IEC 60364-5-54:2011, Low-voltage electrical installations – Part 5-54: Selection and erection of
electrical equipment – Earthing arrangements and protective conductors

IEC 60417, Graphical symbols for use on equipment.

IEC 60445:2010, Basic and safety principles for man-machine interface, marking and identification –
Identification of equipment terminals, conductor terminations and conductors

ABNT NBR IEC 60529, Graus de proteção providos por invólucros (Códigos IP)

IEC 60664-1, Insulation coordination for equipment within low-voltage systems – Part 1: Principles,
requirements and tests

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ABNT NBR IEC 60947-2, Dispositivo de manobra e comando de baixa tensão – Parte 2: Disjuntores

ABNT NBR IEC 60947-3, Dispositivos de manobra e controle de baixa tensão – Parte 3: Interruptores,
seccionadores, interruptores-seccionadores e unidades combinadas com fusíveis

ABNT NBR IEC 60947-5-1:2014, Dispositivos de manobra e controle de baixa tensão – Parte 5-1:
Projeto em Consulta Nacional

Dispositivos e elementos de comutação para circuitos de comando – Dispositivos eletromecânicos


para circuito de comando

ABNT NBR IEC 60947-5-5, Dispositivos de manobra e controle de baixa tensão – Parte 5-5: Dispositivos
e elementos de comutação para circuitos de comando – Dispositivos de parada de emergência elétrico
com travamento mecânico

IEC 60947-6-2, Low-voltage switchgear and controlgear – Part 6-2: Multiple function equipment –
Control and protective switching devices (or equipment) (CPS)

IEC 61140, Protection against electric shock – Common aspects for installation and equipment

IEC 61310 (todas as partes), Safety of machinery – Indication, marking and actuation

ABNT NBR IEC 61439-1, Conjuntos de manobra e comando de baixa tensão – Parte 1: Regras gerais

IEC 61558-1:2005, Safety of power transformers, power supplies, reactors and similar products – Part 1:
General requirements and tests

IEC 61558-2-6, Safety of transformers, reactors, power supply units and similar products for supply
voltages up to 1 100 V – Part 2-6: Particular requirements and tests for safety isolating transformers
and power supply units incorporating safety isolating transformers

IEC 61984, Connectors – Safety requirements and tests

IEC 62023, Structuring of technical information and documentation

IEC 62061, Safety of machinery – Functional safety of safety-related electrical, electronic and
programmable electronic control systems

ISO 7010:2011, Graphical symbols – Safety colours and safety signs – Registered safety signs

ISO 13849-1, Safety of machinery – Safety-related parts of control systems – Part 1: General principles
for design

ISO 13849-2, Safety of machinery – Safety-related parts of control systems – Part 2: Validation

ISO 13850:2006, Safety of machinery – Emergency stop function – Principles for design

3 Termos, definições e abreviaturas


3.1 Termos e definições

Para os efeitos deste documento, aplicam-se os seguintes termos e definições.

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3.1.1
atuador
parte de um dispositivo à qual se aplica uma ação externa

Nota 1 de entrada: O atuador pode assumir a forma de uma alavanca, botão giratório (knob), botão de pulso,
rolete, pino etc.
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Nota 2 de entrada: Existem alguns meios de atuação que não requerem força externa de atuação, mas
somente uma ação, por exemplo, touchscreens.

Nota 3 de entrada: Ver também 3.1.39.

3.1.2
temperatura ambiente
temperatura do ar ou outro meio onde o equipamento é utilizado

3.1.3
barreira
parte que fornece proteção contra contato com partes vivas a partir de qualquer direção usual de acesso

3.1.4
proteção básica
proteção contra choque elétrico sob condições livres de falha

Nota 1 de entrada: Anteriormente referido como “proteção contra contato direto”.

[FONTE: IEC 60050-195:1998, 195-06-01, modificada – A NOTA foi adicionada]

3.1.5
bandeja de cabo
suporte de cabo que consiste em uma base contínua e bordas elevadas, sem cobertura

Nota 1 de entrada: Uma bandeja de cabos pode ser perfurada ou não perfurada.

[FONTE: IEC 60050-826:2004, 826-15-08]

3.1.6
sistemas de eletrocalhas
sistema de invólucros fechados que compreende uma base com uma tampa removível, destinado
a envolver completamente os condutores isolados ou cabos

3.1.7
concorrente
ocorrência ou atuação ao mesmo tempo (mas não necessariamente sincronicamente)

3.1.8
fio condutor
barramento condutor
fio ou barramento condutor de um sistema de alimentação com contatos deslizantes

3.1.9
eletroduto
parte de um sistema de fiação fechado, de seção transversal circular ou não, para condutores e/ou
cabos isolados em instalações elétricas

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Nota 1 de entrada: Convém que os eletrodutos sejam suficientemente fechados, de forma que os condutores
e/ou cabos somente possam ser extraídos e não inseridos lateralmente.

[FONTE: IEC 60050-442:1998, 442-02-03, modificado – A definição foi modificada e a NOTA foi adicionada]

3.1.10
circuito de comando
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<de uma máquina>


circuito utilizado para o comando, incluindo o monitoramento de uma máquina e do seu equipamento
elétrico

3.1.11
dispositivo de comando
dispositivo conectado ao circuito de comando e utilizado para comandar a operação da máquina

EXEMPLO Sensor de posição, chave de comando manual, relé, contator, válvula operada magneticamente.

3.1.12
estação de comando
estação de comando do operador
conjunto de um ou mais atuadores de comando (ver 3.1.1) fixado sobre um mesmo painel ou localizado
em um mesmo invólucro

Nota 1 de entrada: Uma estação de comando pode também conter equipamentos relacionados, por exemplo,
potenciômetros, lâmpadas de sinalização, instrumentos, dispositivos visualização (display) etc.

[FONTE: IEC 60050-441:1984, 441-12-08, modificado – O segundo termo preferido foi adicionado,
a palavra “chaves” (“switches”) foi substituída por “atuadores” na definição e a NOTA foi adicionada]

3.1.13
dispositivo de comando
dispositivos de manobra e sua combinação com equipamentos de controle, medição, proteção e regu-
lação associados, também, de conjuntos de tais dispositivos e equipamentos com interconexões,
acessórios, invólucros e estruturas de apoio associados, destinados, a princípio, para controle do
equipamento consumidor de energia elétrica

[FONTE: IEC 60050-441:1984, 441-11-03]

3.1.14
parada controlada
parada do movimento da máquina com energia mantida nos atuadores da máquina durante o processo
de parada

3.1.15
contato direto
contato de pessoas ou animais com partes vivas

Nota 1 de entrada: Ver 3.1.4.

[FONTE: IEC 60050-826:2004, 826-12-03, modificado – A NOTA foi adicionada]

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3.1.16
ação de abertura positiva
<de um elemento de contato>
obtenção da separação de contato como resultado direto de um movimento específico do atuador de
comutação por meio de elementos não resilientes (por exemplo, não dependentes de mola)
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[FONTE: ABNT NBR IEC 60947-5-1:2014, K.2.2]

3.1.17
duto
canal enclausurado, exclusivamente projetado para suportar e proteger os condutores, cabos e bar-
ramentos elétricos

Nota 1 de entrada: Eletrodutos (ver 3.1.9), sistemas de calhas de cabos (ver 3.1.6) e canais subterrâneos
são tipos de dutos.

3.1.18
terra
aterramento
parte da terra que está em contato elétrico com o eletrodo Terra e com potencial elétrico não neces-
sariamente igual a zero

[FONTE: IEC 60050-195:1998,195-01-3]

3.1.19
área de operação elétrica
sala ou local para equipamentos elétricos com acesso restrito às pessoas qualificadas ou capacitadas,
pela abertura de uma porta ou remoção de uma barreira sem o uso de uma chave ou ferramenta,
e claramente identificada por meios adequados de sinalização de advertência

3.1.20
equipamento eletrônico
parte do equipamento elétrico contendo circuitos dependentes de dispositivos e componentes eletrô-
nicos para sua operação

3.1.21
dispositivo de parada de emergência
dispositivo de comando manual utilizado para iniciar uma função de parada de emergência

Nota 1 de entrada: Ver 9.2.3.4.2.

[FONTE: ISO 13856:2006, 3.2, modificado – A NOTA tem sido adicionada]

3.1.22
dispositivo de desligamento de emergência
dispositivo de comando manual para desligar ou iniciar o desligamento da alimentação de energia
elétrica para toda ou parte de uma instalação, onde haja risco de choque elétrico ou outro risco de
origem elétrica

Nota 1 de entrada: Ver 9.2.3.4.3.

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3.1.23
área de operação elétrica enclausurada
sala ou local para equipamentos elétricos com acesso restrito às pessoas qualificadas ou capacitadas,
pela abertura de uma porta com o uso de uma chave ou ferramenta, ou remoção de uma barreira,
e claramente identificada por meios adequados de sinalização de advertência
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3.1.24
invólucro
parte que prevê proteção do equipamento contra certas influências externas e, em qualquer direção,
proteção básica como proteção contra o contato direto

Nota 1 de entrada: A definição existente retirada do IEV necessita dos seguintes esclarecimentos no escopo
desta Parte da IEC 60204:

 a) Invólucros impedem o acesso de pessoas ou animais a partes perigosas.

 b) Barreiras, aberturas com forma definida ou quaisquer outros meios apropriados para impedir ou limitar a
penetração de pontas de prova específicas, quer sejam ligadas ao invólucro ou formadas pelo equipamento
enclausurado, são considerados parte do invólucro, exceto aqueles que podem ser removidos sem o uso
de uma chave ou ferramenta.

 c) Um invólucro pode ser:

— um gabinete ou caixa, seja montado ou separado da máquina;

— um compartimento que consista em um espaço enclausurado dentro da estrutura da máquina.

[FONTE: IEC 60050-195:1998, 195-02-35, modificado – A definição tem sido emendada]

3.1.25
equipamento elétrico
itens usados na conexão com a utilização de eletricidade por máquinas ou partes de máquinas,
por exemplo, material, acessórios, dispositivos, componentes, aparelhos, fixadores, instrumentos
e similares

3.1.26
ligação equipotencial
provisão de conexões elétricas entre partes condutoras, destinada a obter equipotencialidade

[FONTE: IEC 60050-195:1998, 195-01-10]

3.1.27
parte condutora exposta
parte condutora de um equipamento elétrico, a qual pode ser tocada e que não se encontra viva sob
condições normais de funcionamento, mas que pode se tornar viva em caso de falha

[FONTE: IEC 60050-826:2004, 826-12-10, modificado – A definição tem sido emendada]

3.1.28
parte condutora estranha
parte condutora que não faz parte da instalação elétrica e responsável por introduzir um potencial
elétrico, geralmente com potencial elétrico de um aterramento

[FONTE: IEC 60050-195:1998, 195-06-11]

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3.1.29
falha
a incapacidade de um elemento executar a função requerida

Nota 1 de entrada: Depois de uma falha, o componente apresenta um defeito.

Nota 2 de entrada: “Falha” é um evento, diferente de um “defeito”, que é um estado.


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Nota 3 de entrada: O conceito assim definido não é aplicado aos elementos que consistam apenas em software.

Nota 4 de entrada: Na prática, os termos defeito e falha geralmente são utilizados como sinônimos.

[FONTE: IEC 60050-191:1990, 191-04-01]

NOTA BRASILEIRA ver ABNT NBR ISO 12100:2013, 3.34

3.1.30
defeito
o estado de um determinado elemento caracterizado pela sua incapacidade de realizar uma função
requerida, exceto durante manutenção preventiva ou outras ações planejadas, ou devido à ausência
de condições externas

Nota 1 de entrada: O defeito é frequentemente resultado de uma falha do próprio elemento, entretanto pode
ocorrer independentemente de uma falha prévia.

Nota 2 de entrada: Em inglês, o termo “fault” e sua definição são idênticos àqueles dados na IEC 60050-91:1990,
191-05-01. No segmento de máquinas, o termo francês “défaut” e o termo alemão “Fehler” são utilizados em
vez dos termos “panne” e “Fehlzustand”, que são apresentados com a mesma definição.

NOTA BRASILEIRA ver ABNT NBR ISO 12100:2013, 3.33

3.1.31
proteção contra defeito
proteção contra choque elétrico sob condições de um defeito simples

Nota 1 de entrada: Previamente referido como “proteção contra contato indireto”.

[FONTE: IEC 60050-195:1998, 195-06-02, modificada – a NOTA foi adicionada]

3.1.32
ligação funcional
ligação equipotencial necessária para o funcionamento correto do equipamento elétrico

3.1.33
perigo
fonte potencial de lesão física ou dano à saúde

Nota 1 de entrada: O termo perigo pode ser qualificado de modo a definir a sua origem (por exemplo, perigo
mecânico, perigo elétrico) ou a natureza do potencial dano (por exemplo, perigo de choque elétrico, perigo
de corte, perigo de intoxicação, perigo de incêndio).

Nota 2 de entrada: O perigo concebido nesta definição:

— ou está presente permanentemente durante o uso devido da máquina (por exemplo, movimento de ele-
mentos móveis perigosos, arco elétrico durante um estágio de soldagem, má postura, emissão de ruído,
temperatura alta);

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— ou pode aparecer de forma inesperada (por exemplo, explosão, esmagamento como consequência de uma
partida não intencional/inesperada, ejeção como consequência de uma quebra, queda como consequência
de aceleração/desaceleração).

[FONTE: ABNT NBR ISO 12100:2013, 3.6, modificado – O termo “perigo” foi substituído por “lesão
física ou danos à saúde” na definição e excluída a NOTA 3]
Projeto em Consulta Nacional

3.1.34
contato indireto
contato de pessoas ou animais com partes condutoras expostas que se tornam vivas sob condições
de falha

Nota 1 de entrada: Ver 3.1.31.

[FONTE: IEC 60050-826:2004, 826-12-04, modificada – A definição tem sido emendada]

3.1.35
sistema indutivo de alimentação de potência
sistema de transferência de potência por indução, que consiste em um dispositivo conversor em um
dispositivo condutor, ao longo do qual um ou mais detectores ou conversores podem se mover, sem
qualquer contato galvânico ou mecânico, de modo a transferir potência elétrica a, por exemplo, uma
máquina móvel

Nota 1 de entrada: Os dispositivos condutor e detector são análogos aos enrolamentos primário e secundário
de um transformador respectivamente.

3.1.36
pessoa capacitada
<em eletricidade>
pessoa suficientemente informada ou supervisionada por pessoas qualificadas em eletricidade, capaz
de perceber os riscos e evitar os perigos que a eletricidade pode criar

[FONTE: IEC 60050-826:2004, 826-18-02, modificada – “uma pessoa qualificada em eletricidade” foi
substituída por “pessoas qualificadas em eletricidade”]

3.1.37
intertravamento
arranjo de dispositivos operando juntos para:

● prevenir situações perigosas, ou

● prevenir danos ao equipamento ou material, ou

● prevenir operações especificadas, ou

● assegurar operações corretas

3.1.38
parte viva
condutor ou parte condutora destinada a ser energizada durante o uso normal, incluindo o condutor
neutro, mas, por convenção, não um condutor PEN

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3.1.39
atuador da máquina
mecanismo de potência da máquina utilizado para efetuar um movimento (por exemplo, motor,
solenoide, cilindro pneumático ou hidráulico)

3.1.40
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maquinário
máquina
montagem de peças ou de componentes ligados entre si, em que pelo menos um deles se move,
com os atuadores apropriados da máquina, circuitos de comando e potência agrupados de forma a
atender a uma aplicação específica, em particular para o processamento, tratamento, movimento ou
empacotamento de um material

Nota 1 de entrada: O termo “maquinário” também significa um conjunto de máquinas que, para a obtenção de
um mesmo resultado, estão dispostas e comandadas de modo a funcionarem de forma integrada.

Nota 2 de entrada: O termo “componente” é usado aqui de forma geral e não se refere somente a componentes
elétricos.

[FONTE: ABNT NBR ISO 12100:2013, 3.1, modificada – A definição foi alterada e a NOTA 2, referen-
ciada ao Anexo, foi removida e substituída por esta NOTA 2]

3.1.41
marcação
sinais ou inscrições com a finalidade principal de identificar equipamentos, componentes e/ou dispositivos

3.1.42
condutor neutro
N
condutor conectado eletricamente a um ponto neutro e capaz de contribuir para a distribuição de
energia elétrica

[FONTE: IEC 60050-195:1998, 195-02-06]

3.1.43
obstáculo
parte que impede contato direto não intencional com partes vivas, mas que não impede contato direto
por ação intencional

[FONTE: IEC 60050-195:1998, 195-06-16, modificado – As palavras “proteção (elétrica)” foram remo-
vidas deste termo]

3.1.44
sobrecorrente
corrente que excede o valor nominal

3.1.45
sobrecarga de um circuito
relação tempo/corrente em um circuito que excede a plena carga nominal, quando esta não está em
condição de defeito

Nota 1 de entrada: Não convém utilizar sobrecarga como sinônimo de sobrecorrente.

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3.1.46
combinação plugue/tomada
componente e um componente de acoplamento adequado, apropriado aos condutores terminais,
destinados à conexão ou ao seccionamento de dois ou mais condutores

Nota 1 de entrada: Exemplos de combinação plugue/tomada incluem:


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— conectores em conformidade com os requisitos da IEC 61984;

— um plugue e tomada, acoplador de cabo ou acoplador do aparelho em conformidade com a IEC 60309-1;

— plugue e tomada em conformidade com a IEC 60884-1 ou acoplador do aparelho em conformidade com
a IEC 60320-1.

3.1.47
circuito de potência
circuito que fornece potência às unidades do equipamento utilizado para operação produtiva e aos
transformadores que alimentam os circuitos de controle

3.1.48
corrente de curto-circuito presumida
Icp
valor eficaz (r.m.s.) da corrente, a qual fluiria quando os condutores de alimentação do equipamento
elétrico são curtos-circuitados por um condutor de impedância desprezível localizado tão próximo
quanto praticável dos terminais de alimentação do equipamento elétrico

[FONTE: IEC 61439-1:2011, 3.8.7, modificado – “assembly” foi substituído por “equipamento elétrico”]

NOTA BRASILEIRA r.m.s. root mean square: valor eficaz.

3.1.49
ligação de proteção
ligação equipotencial para proteção contra choque elétrico

Nota 1 de entrada: Medidas de proteção contra choque elétrico também podem reduzir o risco de queimadura
ou incêndio.

Nota 2 de entrada: Ligação de proteção pode ser obtida por meio de condutores de proteção, condutores de
ligação de proteção e uniões condutivas de partes condutivas da máquina e do equipamento elétrico.

3.1.50
circuito de ligação de proteção
condutores de proteção e partes condutoras interconectadas para proteção contra choque elétrico na
eventualidade de uma falha na isolação

3.1.51
condutor de proteção
condutor que proporciona um percurso da corrente de falha primária a partir das partes condutoras
expostas do equipamento elétrico a um terminal de ligação do terra (PE) de proteção

3.1.52
redundância
aplicação de mais de um dispositivo ou sistema, ou parte de um dispositivo ou sistema, com o objetivo
de garantir que, na eventualidade de que um falhe no desempenho de sua função, o outro esteja
disponível para desempenhar a função

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3.1.53
designação de referência
código identificador que serve para distinguir um objeto na documentação e no equipamento

3.1.54
risco
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combinação da probabilidade de ocorrência de um dano (isto é, dano físico ou à saúde) e da sua


severidade

[FONTE: ABNT NBR ISO 12100:2013, 3.12, modificado – O texto entre parênteses foi adicionado]

3.1.55
proteção de segurança
proteção ou dispositivo de proteção fornecido como meio de proteger as pessoas de um perigo

[FONTE: ABNT NBR ISO 12100:2013, 3.26, modificado – As palavras “fornecido como meio de
proteger as pessoas de um perigo” foram adicionadas]

3.1.56
medida de segurança
medida de proteção que adota dispositivos de proteção para pessoas contra perigos que podem não
ser suficientemente reduzidos por meio de medidas de segurança inerentes ao projeto

[FONTE: ABNT NBR ISO 12100:2013, 3.21]

3.1.57
função de segurança
função da máquina cuja falha pode resultar em um aumento imediato do(s) risco(s)

[FONTE: ABNT NBR ISO 12100:2013, 3.30; IEC 62061:2005, 3.2.15]

3.1.58
nível de serviço
nível em que as pessoas se encontram ao intervir na operação ou manutenção do equipamento elétrico

3.1.59
corrente de curto-circuito
sobrecorrente resultante de um curto-circuito devido a uma falha ou conexão incorreta em um circuito
elétrico

[FONTE IEC 60050-441:1984, 441-11-07]

3.1.60
corrente de curto-circuito designada
valor calculado da corrente de curto-circuito que pode ser suportado por um equipamento elétrico para
o tempo total de operação (tempo total de interrupção) do dispositivo de proteção contra curto-circuito
(DPCC) sob condições especificadas

[FONTE: IEC 61439-1:2011, 3.8.10.4, modificada – a palavra inglesa “rated” foi removida do termo
e a referência “assembly” foi removida da definição]

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3.1.61
pessoa qualificada
pessoa qualificada em eletricidade
pessoa com capacitação, formação técnica e experiência pertinentes para permitir que perceba os
riscos e evitar perigos associados à eletricidade
Projeto em Consulta Nacional

[FONTE IEC 60050-826:2004, 826-18-01, modificado – Os parênteses foram removidos e o termo


“formação técnica” foi adicionado]

3.1.62
fornecedor
entidade (por exemplo, fabricante, contratado, instalador, integrador) que fornece equipamento ou
serviços associados à máquina

Nota 1 de entrada: A organização a que pertence o usuário também pode atuar como a sua própria fornecedora.

3.1.63
dispositivo de manobra
dispositivo projetado para permitir ou impedir a passagem de corrente em um ou mais circuitos

Nota 1 de entrada: Um dispositivo de manobra pode desempenhar uma ou ambas as funções.

[FONTE: IEC 60050-441:1984, 441-14-01]

3.1.64
parada não controlada
parada do movimento da máquina pela remoção da potência elétrica de seus atuadores

Nota 1 de entrada: Esta definição não implica em qualquer estado particular de outros dispositivos de parada,
por exemplo, freios mecânicos ou hidráulicos.

3.1.65
usuário
entidade que utiliza a máquina e seus equipamentos elétricos associados

3.2 Abreviaturas

AWG American Wire Gauge

CA Corrente alternada

BDM Modulo de potência (Basic Drive Module)

CCS Sistema de controle sem fio (Cableless Control System)

CC Corrente contínua

Dispositivo DR Dispositivo diferencial residual (RCD)

DPCC Dispositivo de proteção contra curto-circuito (Short-Circuit Protective Device)

DPS Dispositivo de proteção contra surtos (Surge Protective Devices)

EMC Compatibilidade eletromagnética

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EMI Interferência eletromagnética

IFLS Insulation fault location system

IHM Interface homem-máquina


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PDS Sistema de acionamento de potência (com inversor/conversor de frequência) (Power


Drive System)

PELV Tensão extra-baixa de Proteção (Protective Extra-Low Voltage)

SLP Safety-Limited Position

STO Desligamento seguro de torque (Safe Torque Off)

4 Requisitos gerais
4.1 Generalidades

Esta Norma especifica os requisitos para o equipamento elétrico de máquinas.

Os riscos associados aos perigos pertinentes ao equipamento elétrico devem ser avaliados como
parte dos requisitos gerais para apreciação de riscos da máquina. Isto vai:

— identificar a necessidade para redução dos riscos; e

— determinar as reduções adequadas dos riscos; e

— determinar as medidas de proteções necessárias

para as pessoas que podem estar expostas a esses perigos, mantendo ainda um desempenho apro-
priado da máquina e seus equipamentos.

As situações perigosas podem resultar das, mas não estão limitadas às, seguintes causas:

— falhas ou defeitos no equipamento elétrico, resultando na possibilidade de choque elétrico, arco


elétrico ou incêndio;

— falhas ou defeitos nos circuitos de controle (ou componentes e dispositivos associados a esses
circuitos), resultando no mau funcionamento da máquina;

— perturbações ou interrupções nas fontes de alimentação, bem como falhas ou defeitos nos
circuitos de energia, resultando no mau funcionamento da máquina;

— perda da continuidade dos circuitos que pode resultar em uma falha de uma função de segurança,
por exemplo, aquela que depende de contatos deslizantes ou giratórios;

— perturbações elétricas, por exemplo, eletromagnéticas, eletrostáticas externas ao equipamento


elétrico ou geradas internamente, resultando no mau funcionamento da máquina;

— liberação de energia armazenada (elétrica ou mecânica), resultando em, por exemplo, choque
elétrico, movimento inesperado que pode provocar lesões;

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— ruído acústico e vibração mecânica em níveis que provoquem problemas de saúde às pessoas;

— temperaturas da superfície que podem provocar lesões.

As medidas de segurança são uma combinação das medidas incorporadas na fase de projeto e das
medidas requeridas a serem implementadas pelo usuário.
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O processo de projeto e desenvolvimento deve identificar os perigos e os riscos dele decorrentes.


Quando os perigos não puderem ser removidos e/ou os riscos não puderem ser suficientemente redu-
zidos por medidas de segurança inerentes ao projeto, medidas de proteção (por exemplo, dispositi-
vos de proteção) devem ser fornecidas para reduzir o risco. Medidas adicionais (por exemplo, meios
informativos) devem ser fornecidas quando uma redução de risco adicional for necessária. Além disso,
procedimentos de trabalho que reduzam o risco podem ser necessários.

É recomendado que, quando o usuário for conhecedor do tipo de máquina ou da aplicação, o Anexo B
seja utilizado para facilitar a troca de informações entre o usuário e o(s) fornecedor(es) sobre as
condições básicas e especificações adicionais do usuário relativas ao equipamento elétrico.

NOTA Essas especificações adicionais podem:

— fornecer características adicionais que dependem do tipo de máquina (ou grupo de máquinas) e da aplicação;

— facilitar a manutenção e o reparo; e

— melhorar a confiabilidade e a facilidade de operação.

4.2 Seleção do equipamento

4.2.1 Generalidades

Os componentes e dispositivos elétricos devem:

— ser adequados para o seu uso pretendido; e

— estar em conformidade com as normas IEC aplicáveis, caso existam; e

— ser aplicados de acordo com as instruções do fornecedor.

4.2.2 Dispositivo de manobra

Além dos requisitos da ABNT NBR IEC 60204-1, dependendo da máquina, do seu uso devido e do
seu equipamento elétrico, o projetista pode selecionar partes do equipamento elétrico da máquina que
estejam em conformidade com as partes aplicáveis da série IEC 61439 (ver também Anexo F).

NOTA BRASILEIRA ver também ABNT NBR IEC 61439 e suas partes.

4.3 Alimentação elétrica

4.3.1 Generalidades

O equipamento elétrico deve ser projetado para operar corretamente com as condições da alimentação:

— conforme especificado em 4.3.2 ou 4.3.3, ou

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— conforme especificado pelo usuário, ou

— conforme especificado pelo fornecedor de uma fonte especial de alimentação (ver 4.3.4).

4.3.2 Alimentações em corrente alternada


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Tensão Tensão em regime permanente: 0,9 a 1,1 da tensão nominal.

Frequência 0,99 a 1,01 da frequência nominal em regime permanente; 0,98 a 1,02 de


curta duração.

Harmônicas Distorção harmônica não superior a 12 % da tensão eficaz total nos


condutores energizados, considerando a soma da 2ª até a 30ª harmônica.

Desequilíbrio da tensão A tensão da componente de sequência negativa e a tensão da componente


de sequência zero nas alimentações trifásicas não podem exceder 2 % da
componente de sequência positiva.

Interrupção da tensão Alimentação interrompida ou na tensão zero por não mais de 3 ms em


qualquer período aleatório do ciclo de alimentação com mais de 1 s entre
interrupções sucessivas.

Afundamento de tensão Afundamentos de tensão não superiores a 20 % da tensão eficaz da


alimentação por mais de um ciclo com mais de 1 s entre afundamentos
sucessivos.

4.3.3 Alimentações em corrente contínua

Das baterias:

Tensão 0,85 a 1,15 da tensão nominal;

0,7 a 1,2 da tensão nominal no caso de veículos operados à bateria.

Interrupção da tensão Não superior a 5 ms.

Do equipamento de conversão:

Tensão 0,9 a 1,1 da tensão nominal.

Interrupção da tensão Não superior a 20 ms com mais de 1 s entre interrupções sucessivas.

NOTA Esta é uma variação do Guia 106 da IEC para assegurar a operação adequada de equipamentos
eletrônicos.

Ondulação (Ripple) (pico a pico) Não excedendo 0,15 da tensão nominal.

4.3.4 Sistemas de alimentação especiais

Para sistemas de alimentação especiais (por exemplo, geradores embarcados, barramento em cor-
rente contínua etc.), os limites fornecidos em 4.3.2 e 4.3.3 podem ser excedidos, desde que o equipa-
mento seja projetado para operar corretamente com essas condições.

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4.4 Ambiente físico e condições de operação

4.4.1 Generalidades

O equipamento elétrico deve ser adequado para as condições ambientais físicas e operacionais de seu
uso devido. Os requisitos de 4.4.2 a 4.4.8 abrangem as condições ambientais e operacionais físicas
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da maioria das máquinas abrangidas por esta Parte da ABNT NBR IEC 60204. Quando as condições
especiais forem aplicadas ou os limites especificados forem excedidos, uma troca de informações
entre o usuário e o fornecedor (ver 4.1) pode ser necessária.

4.4.2 Compatibilidade eletromagnética (EMC)

O equipamento elétrico não pode gerar perturbações eletromagnéticas acima dos níveis que são
apropriados para o seu devido ambiente operacional. Além disso, o equipamento elétrico deve ter um
nível de imunidade suficiente às perturbações eletromagnéticas, de modo que ele possa funcionar no
seu devido ambiente.

Ensaios de imunidade e/ou emissões são requeridos no equipamento elétrico, a menos que as seguin-
tes condições sejam atendidas:

● os dispositivos e componentes incorporados estejam em conformidade com os requisitos de


EMC para o ambiente de EMC pretendido especificado na norma aplicável do produto (ou outras
normas, quando não existir a norma do produto);

● a instalação e a fiação elétrica sejam consistentes com as instruções fornecidas pelo fornecedor
dos dispositivos e componentes em relação às influências mútuas (cabeamento, blindagem,
aterramento etc.) ou com o Anexo H informativo, se essas instruções não estiverem disponíveis
no fornecedor.

NOTA As normas genéricas de EMC da IEC 61000-6-1 ou IEC 61000-6-2 e IEC 61000-6-3 ou IEC 61000-6-4
fornecem limites gerais de emissões e imunidade de EMC.

4.4.3 Temperatura ambiente do ar

O equipamento elétrico deve ser capaz de operar corretamente à temperatura ambiente pretendida
do ar. O requisito mínimo para todo o equipamento elétrico operar corretamente em temperaturas
ambiente do ar, fora dos invólucros (gabinete ou caixa), é entre + 5 °C e + 40 °C.

4.4.4 Umidade

O equipamento elétrico deve ser capaz de operar corretamente quando a umidade relativa não exceder
50 % a uma temperatura máxima de + 40 °C. Umidades relativas mais elevadas são permitidas em
temperaturas mais baixas (por exemplo, 90 % a 20 °C).

Os efeitos nocivos da condensação ocasional devem ser evitados no projeto do equipamento ou,
quando necessário, por medidas adicionais (por exemplo, aquecedores embutidos, condicionadores
de ar, furos de drenagem).

4.4.5 Altitude

O equipamento elétrico deve ser capaz de operar corretamente em altitudes de até 1 000 m acima do
nível médio do mar.

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Para o equipamento a ser utilizado em altitudes mais elevadas, é necessário levar em consideração
a redução:

— da rigidez dielétrica; e

— da capacidade de chaveamento dos dispositivos; e


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— do efeito de resfriamento do ar.

É recomendado que o fabricante seja consultado sobre os fatores de correção a serem utilizados
quando esses fatores não forem fornecidos nos dados do produto.

4.4.6 Contaminantes

O equipamento elétrico deve ser adequadamente protegido contra a penetração de sólidos e líquidos
(ver 11.3).

O equipamento elétrico deve ser adequadamente protegido contra contaminantes (por exemplo, poeira,
ácido, gases corrosivos, sais) que possam estar presentes no ambiente físico em que o equipamento
elétrico vai ser instalado.

4.4.7 Radiação ionizante e não ionizante

Quando o equipamento for submetido à radiação (por exemplo, micro-ondas, raio ultravioleta, raio
laser, raio X), medidas adicionais devem ser tomadas para evitar o mau funcionamento do equipamento
e a deterioração acelerada da isolação.

4.4.8 Vibração, choque e impacto

Os efeitos indesejáveis de vibração, choque e impacto (incluindo os gerados pela máquina, pelo
equipamento associado e pelo ambiente físico) devem ser evitados pela seleção do equipamento
adequado, instalando-o distante da máquina, ou pelo fornecimento de suportes antivibração.

4.5 Transporte e armazenamento

O equipamento elétrico deve ser projetado para resistir, ou precauções adequadas devem ser tomadas
para proteger contra os efeitos do transporte e das temperaturas de armazenamento dentro da faixa
de –25 °C a +55 °C e por curtos períodos não superiores a 24 h em até +70 °C. Meios adequados
devem ser fornecidos para evitar danos de umidade, vibração e choque.

NOTA Os equipamentos elétricos, incluindo cabos isolados de PVC, são suscetíveis a danos em baixas
temperaturas.

4.6 Provisões para o manuseio

O equipamento elétrico pesado e volumoso que tenha que ser removido da máquina para transporte
ou que seja independente da máquina deve ser fornecido com meios adequados para o manuseio,
incluindo, quando necessário, meios para manuseio por gruas ou equipamento similar.

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5 Terminações do condutor de alimentação de entrada e dispositivos para


seccionamento e desligamento
5.1 Terminações do condutor de alimentação de entrada

É recomendado que, quando possível, o equipamento elétrico de uma máquina seja conectado
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a uma única alimentação de entrada. Quando outra alimentação for necessária para certas partes
do equipamento (por exemplo, equipamentos eletrônicos que operam em uma tensão diferente),
convém que essa alimentação seja derivada, na medida do possível, dos dispositivos (por exemplo,
transformadores, conversores) que fazem parte do equipamento elétrico da máquina. Para máquinas
de grande porte complexas, pode haver a necessidade de mais de uma alimentação de entrada,
dependendo das disposições de alimentação no local (ver 5.3.1).

A menos que um plugue seja fornecido com a máquina para a conexão à alimentação (ver 5.3.2 e)),
é recomendado que os condutores de alimentação terminem no dispositivo de seccionamento da
alimentação.

Quando um condutor neutro for utilizado, ele deve ser claramente indicado na documentação técnica da
máquina, como no diagrama de instalação e no diagrama do circuito, e um terminal isolado separado,
marcado com a letra N, de acordo com 16.1, deve ser fornecido para o condutor neutro. O terminal
neutro pode ser fornecido como parte do dispositivo de seccionamento da alimentação.

Não pode haver conexão alguma entre o condutor neutro e o circuito de proteção dentro do equipamento
elétrico.

Exceção: uma conexão pode ser efetuada entre o terminal neutro e o terminal PE no ponto da conexão
do equipamento elétrico a um sistema de alimentação TN-C.

Para máquinas fornecidas de fontes paralelas, os requisitos da IEC 60364-1 para sistemas de fonte
múltipla se aplicam.

Os terminais para a conexão da alimentação de entrada devem ser claramente identificados de acordo
com a IEC 60445. O terminal para o condutor de proteção externo deve ser identificado de acordo com 5.2.

5.2 Terminal para conexão do condutor de proteção externo

Para cada alimentação de entrada, um terminal deve ser fornecido no mesmo compartimento associado
aos terminais do condutor de linha para conexão da máquina ao condutor de proteção externa.
O terminal deve ser de uma dimensão que permita a conexão de um condutor de proteção externa de
cobre, com uma área de seção transversal determinada em relação à seção dos condutores de linha
associados, de acordo com a Tabela 1.

Tabela 1 – Área mínima da seção transversal dos condutores de proteção de cobre


Área da seção transversal dos Área mínima da seção transversal do
condutores de linha, S condutor de proteção correspondente (PE), Sp
mm2 mm2
S ≤ 16 S
16 < S ≤ 35 16
S > 35 S/2

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Quando um condutor de proteção externa de um material diferente do cobre for utilizado, a dimensão
e o tipo do terminal devem ser selecionados adequadamente.

Em cada ponto de alimentação de entrada, o terminal para conexão do condutor de proteção externa
deve ser marcado ou identificado com as letras PE (ver IEC 60445).
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5.3 Dispositivo de seccionamento (isolamento) da alimentação

5.3.1 Generalidades

Um dispositivo de seccionamento da alimentação deve ser fornecido:

— para cada alimentação de entrada da(s) máquina(s);

NOTA A alimentação de entrada pode ser conectada diretamente ao dispositivo de seccionamento


da alimentação da máquina ou ao dispositivo de seccionamento da alimentação de um sistema ali-
mentador da máquina. Os sistemas alimentadores de máquinas podem incluir fios condutores, barras
condutoras, conjuntos de anéis coletores, sistemas de cabos flexíveis (carretéis, polias) ou sistemas de
alimentação elétrica por indução.

NOTA BRASILEIRA A expressão “sistema alimentador” também é conhecida como “sistema de alimentação”.

— para cada alimentação elétrica embarcada.

O dispositivo de seccionamento da alimentação deve seccionar (isolar) o equipamento elétrico da


máquina da alimentação elétrica quando requerido (por exemplo, para intervenções na máquina,
incluindo o equipamento elétrico).

Quando dois ou mais dispositivos de seccionamento da alimentação forem fornecidos,


intertravamentos de proteção para a sua operação correta também devem ser fornecidos, a fim
de evitar situações perigosas, incluindo danos à máquina ou ao trabalho em andamento.

5.3.2 Tipo

O dispositivo de seccionamento da alimentação deve ser de um dos seguintes tipos:

 a) interruptor-seccionador, com ou sem fusíveis, de acordo com a ABNT NBR IEC 60947-3, categoria
de uso AC-23B ou DC-23B;

 b) dispositivo de manobra para controle e proteção adequado para isolamento, de acordo com a
IEC 60947-6-2;

 c) um disjuntor adequado para isolamento de acordo com a ABNT NBR IEC 60947-2;

 d) qualquer outro dispositivo de manobra de acordo com uma norma IEC de produto para esse
dispositivo e que atenda aos requisitos de isolamento e à categoria de uso apropriada e/ou aos
requisitos de durabilidade especificados definidos na norma de produto;

 e) uma combinação de plugue/tomada para uma alimentação por cabo flexível.

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5.3.3 Requisitos

Quando o dispositivo de seccionamento da alimentação for um dos tipos especificados em 5.3.2 a) a d),
ele deve atender a todos os seguintes requisitos:

— isolar o equipamento elétrico da alimentação e ter uma posição OFF (DESLIGADO) (isolado)
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e uma posição ON (LIGADO) marcadas com “O” e “I” (símbolos IEC 60417-5008 (2002-10) e
IEC 60417-5007 (2002-10); ver 10.2.2);

— ter uma abertura de contato visível ou um indicador de posição que não possa indicar OFF
(DESLIGADO) (isolado) até que todos os contatos estejam realmente abertos e os requisitos
para a função de isolamento tenham sido atendidos;

— ter meio(s) de operação (ver 5.3.4);

— ser fornecido com um meio que permita que seja bloqueado na posição OFF (DESLIGADO)
(isolado) (por exemplo, por cadeados). Quando for bloqueado, um fechamento remoto ou local
deve ser evitado;

— seccionar todos os condutores energizados de seu circuito de alimentação elétrica. Entretanto,


para sistemas de alimentação TN, o condutor neutro pode ou não ser seccionado, exceto em
países onde o seccionamento do condutor neutro (quando utilizado) for obrigatório;

— ter uma capacidade de interrupção suficiente para interromper a corrente de eixo travado do
maior motor elétrico, juntamente com a soma das correntes nominais de funcionamento dos
demais motores elétricos e outras cargas. A capacidade de interrupção calculada pode ser
reduzida pela utilização de um fator de diversidade comprovado. Quando o(s) motor(es) elétrico(s)
for(em) alimentado(s) por conversor(es) ou dispositivos similares, convém que o cálculo leve em
consideração o possível efeito sobre a capacidade de interrupção requerida.

Quando o dispositivo de seccionamento da alimentação for uma combinação de plugue/tomada, ele


deve estar em conformidade com os requisitos de 13.4.5 e deve ter a capacidade de interrupção ou
ser intertravado com um dispositivo de manobra que tenha uma capacidade de interrupção suficiente
para interromper a corrente de eixo travado do maior motor elétrico juntamente com a soma das
correntes nominais de funcionamento dos demais motores elétricos e outras cargas. A capacidade
de interrupção calculada pode ser reduzida pela utilização de um fator de diversidade comprovado.
Quando o dispositivo de manobra intertravado for operado eletricamente (por exemplo, um contator),
ele deve ter uma categoria de uso apropriada. Quando o(s) motor(es) elétrico(s) for(em) alimentado(s)
por conversor(es) ou dispositivos similares, convém que o cálculo leve em consideração o possível
efeito sobre a capacidade de interrupção requerida.

NOTA Um plugue e tomada com capacidade nominal apropriada, um acoplador de cabo ou um acoplador
de aparelho de acordo com a ABNT NBR IEC 60309-1 podem atender a esses requisitos.

Quando o dispositivo de seccionamento da alimentação for uma combinação de plugue/tomada, um


dispositivo de manobra com uma categoria de uso adequada deve ser fornecido para chaveamento da
máquina ligada e desligada. Isto pode ser alcançado pelo uso do dispositivo de manobra intertravado
descrito anteriormente.

5.3.4 Meio(s) de operação do dispositivo de seccionamento da alimentação

O(s) meio(s) de operação (por exemplo, uma manopla) do dispositivo de seccionamento da alimentação
deve(m) ser externo(s) ao invólucro do equipamento elétrico.

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Exceção: dispositivo de manobra motorizado não precisa ser fornecido com uma manopla fora do
invólucro quando outro meio (por exemplo, botões de pulso) for fornecido para abrir o dispositivo de
seccionamento da alimentação fora do invólucro.

O meio de operação do dispositivo de seccionamento da alimentação deve ser facilmente acessível


e localizado entre 0,6 m e 1,9 m acima do nível do piso operacional. Um limite superior de 1,7 m
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é recomendado.

NOTA O sentido de operação é fornecido na IEC 61310-3.

Quando o meio de operação externo for destinado à operação de emergência, ver 10.7.3 ou 10.8.3.

Quando o meio de operação externo não for destinado às operações de emergência:

— é recomendado que ele seja colorido de PRETO ou CINZA (ver 10.2);

— uma tampa ou porta suplementar que possa ser prontamente aberta sem o uso de uma chave ou
ferramenta pode ser fornecida, por exemplo, para proteção contra as condições ambientais ou
danos mecânicos. Essa tampa/porta deve mostrar claramente que ela fornece acesso ao meio
de operação. Isto pode ser conseguido, por exemplo, pelo uso do símbolo aplicável IEC 60417-
6169-1 (2012-08) (Figura 2) ou IEC 60417-6169-2 (2012-08) (Figura 3).

Figura 2 – Seccionador isolador

Figura 3 – Disjuntor de seccionamento

5.3.5 Circuitos exclusivos

Os seguintes circuitos não precisam ser seccionados pelo dispositivo de seccionamento da alimentação:

— circuitos de iluminação para a iluminação necessária durante a manutenção ou reparo;

— tomadas para a conexão exclusiva de ferramentas e equipamentos de reparo ou manutenção


(por exemplo, furadeiras manuais, equipamentos de ensaio) (ver 15.1);

— circuitos de proteção contra subtensão que somente são fornecidos para desarme automático em
caso de falha na alimentação;

— circuitos que alimentam equipamentos que normalmente permanecem energizados para operação
correta (por exemplo, dispositivos de medição para controle de temperatura, aquecedores,
dispositivos de armazenamento de programas).

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É recomendado, entretanto, que esses circuitos sejam fornecidos com o seu próprio dispositivo de
seccionamento.

Os circuitos de controle alimentados por meio de outro dispositivo de seccionamento da alimentação,


independentemente se o dispositivo de seccionamento está localizado no equipamento elétrico ou em
outra máquina ou em outro equipamento elétrico, não precisam ser seccionados pelo dispositivo de
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seccionamento da alimentação do equipamento elétrico.

Quando os circuitos exclusivos não forem seccionados pelo dispositivo de seccionamento da alimentação:

— etiqueta(s) de advertência permanente(s) deve(m) ser colocada(s) apropriadamente nas


proximidades do meio de operação do dispositivo de seccionamento da alimentação para chamar
atenção ao perigo;

— uma declaração correspondente deve ser incluída no manual de manutenção, e uma ou mais das
seguintes medidas devem ser aplicadas:

● os condutores estão identificados por cor, levando em consideração a recomendação de


13.2.4;

● os circuitos exclusivos estão separados dos outros circuitos;

● os circuitos exclusivos estão identificados por etiqueta(s) de advertência permanente(s).

5.4 Dispositivos para remoção de energia para prevenção contra partida inesperada

Dispositivos para remoção de energia para a prevenção contra partida inesperada devem ser instalados
quando uma partida da máquina ou parte da máquina puder criar um perigo (por exemplo, durante a
manutenção). Esses dispositivos devem ser apropriados e convenientes para o uso devido, devem ser
apropriadamente posicionados e facilmente identificáveis quanto à sua função e finalidade. Quando
a sua função e finalidade não forem, de outra forma, evidentes (por exemplo, por sua localização),
esses dispositivos devem ser marcados para indicar a extensão da remoção de energia.

NOTA 1 Esta Parte da ABNT NBR IEC 60204 não trata de todas as disposições para a prevenção contra
partida inesperada. Informação adicional é fornecida na ISO 14118.

NOTA 2 A remoção de energia significa a remoção da conexão à fonte de energia elétrica, porém não
significa isolamento.

O dispositivo de seccionamento da alimentação ou outros dispositivos de acordo com 5.3.2 podem ser
utilizados para evitar a partida inesperada.

Seccionadores, fusíveis e ligações removíveis podem ser utilizados para proteção contra partida ines-
perada somente se estiverem localizados em uma área operacional elétrica enclausurada (ver 3.1.23).

Os dispositivos que não atendem à função de isolamento (por exemplo, um contator desligado por um
circuito de controle ou sistema de acionamento de potência (Power Drive System - PDS) com uma
função de desligamento seguro do torque (Safe Torque Off - STO), de acordo com a IEC 61800-5-2)
podem somente ser utilizados para prevenção de partida inesperada durante tarefas como:

— inspeções;

— ajustes;

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— intervenção no equipamento elétrico quando:

● não houver risco de choque elétrico (ver Seção 6) e queimadura em decorrência dos perigos;

● o meio de desligamento permanecer efetivo ao longo do trabalho;


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● o trabalho for de natureza menor (por exemplo, a substituição de dispositivos conectores


sem intervir na fiação elétrica existente).

A seleção de um dispositivo será dependente da apreciação de risco, levando em consideração o uso


devido do dispositivo e as pessoas que são destinadas a operá-lo.

5.5 Dispositivos para isolamento do equipamento elétrico

Dispositivos devem ser fornecidos para isolamento (seccionamento) do equipamento elétrico ou


parte(s) dele, para permitir que o trabalho seja realizado quando estiverem desenergizados e isolados.
Esses dispositivos devem ser:

— apropriados e convenientes para o uso devido;

— adequadamente posicionados;

— facilmente identificáveis para quais partes ou circuitos do equipamento são servidos. Quando a
sua função e finalidade não forem, de outra forma, evidentes (por exemplo, por sua localização),
esses dispositivos devem ser marcados para indicar a extensão do equipamento que eles isolam.

O dispositivo de seccionamento da alimentação (ver 5.3) pode, em alguns casos, atender a essa
função. Entretanto, quando for necessário intervir em partes individuais do equipamento elétrico de
uma máquina ou uma das máquinas alimentadas por um barramento de condutor comum, fio condutor
ou sistema de alimentação elétrica por indução, um dispositivo de seccionamento deve ser fornecido
para cada parte ou para cada máquina, requerendo isolamento separado.

Em adição ao dispositivo de seccionamento da alimentação, os seguintes dispositivos que atendem


à função de isolamento podem ser fornecidos para essa finalidade:

— dispositivos descritos em 5.3.2;

— seccionadores, fusíveis e ligações removíveis, somente se estiverem localizados em uma área


de operação elétrica enclausurada (ver 3.1.23) e informações relevantes forem fornecidas com o
equipamento elétrico (ver Seção 17).

5.6 Proteção contra energização não autorizada, involuntária e/ou errônea

Quando os dispositivos descritos em 5.4 e 5.5 estiverem localizados fora de uma área de operação
elétrica enclausurada, eles devem ser equipados com meios para assegurar que sejam mantidos na
posição OFF (DESLIGADO) (estado desenergizado) (por exemplo, por cadeado, intertravamento por
chave com segredo). Quando esta condição estiver assegurada, as reenergizações remota e local
devem ser evitadas.

Quando os dispositivos descritos em 5.4 e 5.5 estiverem localizados dentro de uma área de operação
elétrica enclausurada, outros meios de proteção contra a reenergização (por exemplo, inscrições e/ou
símbolos de advertência) podem ser suficientes.

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Entretanto, quando uma combinação de plugue/tomada estiver de acordo com 5.3.2 e) e for posicionada
de forma que ela possa ser mantida sob supervisão imediata da pessoa que realiza o trabalho, não
precisam ser adotados meios para assegurar que sejam mantidos o estado desenergizado.

6 Proteção contra choque elétrico


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6.1 Generalidades

O equipamento elétrico deve fornecer proteção das pessoas contra choque elétrico por:

— proteção básica (ver 6.2 e 6.4); e

— proteção contra defeitos (ver 6.3 e 6.4).

As medidas de proteção fornecidas em 6.2, 6.3, e, para PELV, em 6.4 são uma seleção da
IEC 60364-4-41. Quando essas medidas não forem praticáveis, por exemplo, devido às condições
físicas ou operacionais, outras medidas da IEC 60364-4-41 podem ser utilizadas (por exemplo, SELV).

6.2 Proteção básica

6.2.1 Generalidades

Para cada circuito ou parte do equipamento elétrico, as medidas de 6.2.2 ou 6.2.3 e, quando aplicável,
6.2.4, devem ser aplicadas.

Exceção: Quando essas medidas não forem apropriadas, outras medidas de proteção básica (por
exemplo, utilização de barreiras, colocação fora do alcance, utilização de obstáculos, utilização de
técnicas de construção ou instalação que evitem o acesso), conforme definido na IEC 60364-4-41,
podem ser aplicadas (ver 6.2.5 e 6.2.6).

Quando o equipamento estiver localizado em locais abertos a todas as pessoas, que possam incluir
crianças, as medidas de 6.2.2 com um grau mínimo de proteção contra o contato com partes vivas que
corresponda a IP4X ou IPXXD (ver ABNT NBR IEC 60529), ou 6.2.3, devem ser aplicadas.

6.2.2 Proteção por invólucros

As partes vivas devem estar localizadas dentro de invólucros que forneçam proteção contra o contato
com partes vivas em pelo menos IP2X ou IPXXB (ver ABNT NBR IEC 60529).

Quando as superfícies superiores do invólucro forem prontamente acessíveis, o grau mínimo de proteção
contra o contato com partes vivas fornecido pelas superfícies superiores deve ser IP4X ou IPXXD.

A abertura de um invólucro (ou seja, abertura de portas, tampas, coberturas e similares) somente deve
ser possível em uma das seguintes condições:

 a) O uso de uma chave ou ferramenta é necessário para acesso.

NOTA O uso de uma chave ou ferramenta destina-se a restringir o acesso a pessoas qualificadas ou
instruídas (ver 17.2 f)).

Todas as partes vivas (incluindo aquelas dentro de portas) que são suscetíveis de serem tocadas
ao reiniciar ou ajustar dispositivos destinados a essas operações enquanto o equipamento ainda

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estiver conectado devem ser protegidas contra o contato em pelo menos IP2X ou IPXXB. As
outras partes vivas dentro de portas devem ser protegidas contra o contato direto involuntário em
pelo menos IP1X ou IPXXA.

 b) O seccionamento de partes vivas dentro do invólucro antes que o invólucro possa ser aberto.
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Isto pode ser conseguido pelo intertravamento da porta com um dispositivo de seccionamento
(por exemplo, o dispositivo de seccionamento da alimentação), de modo que a porta somente
possa ser aberta quando o dispositivo de seccionamento for aberto e tal que o dispositivo de
seccionamento somente possa ser fechado quando a porta for fechada.

Exceção: Uma chave ou ferramenta especial, conforme prescrito pelo fornecedor, pode ser utilizada
para neutralizar o intertravamento, desde que as seguintes condições sejam atendidas:

— seja possível, em todos os momentos enquanto o intertravamento é neutralizado, abrir


o dispositivo de seccionamento e travar o dispositivo de seccionamento na posição OFF
(DESLIGADO) (isolado) ou, de outro modo, evitar o fechamento não autorizado do dispositivo
de seccionamento;

— ao fechar a porta, o intertravamento seja automaticamente restaurado;

— todas as partes vivas (incluindo aquelas dentro de portas) que sejam suscetíveis de serem
tocadas ao rearmar ou ajustar dispositivos destinados a essas operações enquanto o
equipamento ainda estiver conectado sejam protegidas contra o contato involuntário com
partes vivas em pelo menos IP2X ou IPXXB, e as outras partes vivas dentro de portas sejam
protegidas contra o contato involuntário em pelo menos IP1X ou IPXXA;

— informação relevante sobre os procedimentos para a neutralização do dispositivo de intertra-


vamento seja fornecida com as instruções de uso do equipamento elétrico (ver Seção 17);

— meios sejam fornecidos para restringir o acesso às partes vivas atrás de portas que não
sejam diretamente intertravadas com os meios de seccionamento a pessoas qualificadas ou
instruídas (ver 17.2 b)).

Todas as partes que ainda estiverem energizadas após o desligamento do(s) dispositivo(s) de
seccionamento (ver 5.3.5) devem ser protegidas contra o contato direto em pelo menos IP2X
ou IPXXB (ver ABNT NBR IEC 60529). Essas partes devem ser marcadas com um símbolo de
advertência de acordo com 16.2.1 (ver também 13.2.4 para identificação de condutores por cor),
exceto para:

— as partes que podem ser vivas somente por causa da conexão a circuitos de intertravamento
e que são distintas pela cor como potencialmente energizadas de acordo com 13.2.4;

— os terminais de alimentação do dispositivo de seccionamento da alimentação, quando este


for instalado isoladamente em um invólucro separado.

 c) A abertura sem o uso de uma chave ou ferramenta e sem seccionamento das partes vivas deve
ser possível somente quando todas as partes vivas estiverem protegidas contra o contato em
pelo menos IP2X ou IPXXB (ver ABNT NBR IEC 60529). Quando as barreiras fornecerem essa
proteção, elas devem requerer uma ferramenta para a sua remoção ou todas as partes vivas
protegidas por elas devem ser seccionadas automaticamente quando a barreira for removida.
Quando a proteção contra o contato for atingida de acordo com 6.2.2 c) e um perigo puder
ser provocado por acionamento manual dos dispositivos (por exemplo, fechamento manual de

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contatores ou relés), convém que esse acionamento seja evitado por barreiras ou obstáculos que
requeiram uma ferramenta para a sua remoção.

6.2.3 Proteção por isolamento de partes vivas

As partes vivas protegidas por isolamento devem ser completamente revestidas com isolação que
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somente possa ser removida por destruição. Esta isolação deve ser capaz de resistir às tensões
mecânicas, químicas, elétricas e térmicas às quais ela possa ser submetida em condições normais
de operação.

NOTA Tintas, vernizes, lacas e produtos similares utilizados isoladamente são geralmente considerados
inadequados para proteção contra choque elétrico em condições normais de operação.

6.2.4 Proteção contra tensões residuais

As partes vivas que contenham uma tensão residual superior a 60 V, quando a alimentação for
seccionada, devem ser descarregadas para 60 V ou menos, dentro de um período de tempo de 5 s,
desde que essa taxa de descarga não interfira com o funcionamento apropriado do equipamento.
Ficam isentos deste requisito os componentes que contenham uma carga armazenada de 60 μC ou
menos. Quando esta taxa de descarga especificada interferir com o funcionamento apropriado do
equipamento, um aviso de advertência durável chamando a atenção ao perigo e declarando o retardo
requerido antes que o invólucro possa ser aberto deve ser exibido em um local facilmente visível ou
imediatamente adjacente ao invólucro que contém as partes energizadas.

No caso de plugues ou dispositivos similares, cuja remoção resulte na exposição de condutores


(por exemplo, pinos), o tempo de descarga para 60 V não pode exceder 1 s; caso contrário, esses
condutores devem ser protegidos em pelo menos IP2X ou IPXXB. Se um tempo de descarga de
1 s e uma proteção de pelo menos IP2X ou IPXXB não puderem ser atingidos (por exemplo, no
caso de coletores removíveis em fios condutores, barras condutoras ou conjuntos de anéis coletores,
ver 12.7.4), dispositivos de manobra adicionais ou uma advertência apropriada, por exemplo, um
símbolo de advertência chamando a atenção ao perigo e declarando que o retardo requerido deve
ser fornecido. Quando o equipamento estiver localizado em locais abertos a todas as pessoas, que
possam incluir crianças, as advertências não são suficientes e, portanto, um grau mínimo de proteção
contra o contato com partes energizadas de IP4X ou IPXXD é requerido.

NOTA Os conversores de frequência e os materiais de barramento em corrente contínua podem ter


normalmente um tempo de descarga maior que 5 s.

6.2.5 Proteção por barreiras

Para proteção por barreiras, os requisitos da IEC 60364-4-41 devem ser aplicados.

6.2.6 Proteção pela colocação fora do alcance ou proteção por obstáculos

Para proteção pela colocação fora do alcance, os requisitos da IEC 60364-4-41 devem ser aplicados.
Para proteção por obstáculos, os requisitos da IEC 60364-4-41 devem ser aplicados.

Para sistemas de fios condutores ou sistemas de barramento de condutores com um grau de proteção
inferior a IP2X ou IPXXB, ver 12.7.1.

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6.3 Proteção contra defeitos

6.3.1 Generalidades

A proteção contra defeitos (3.1.31) destina-se a evitar situações perigosas devido a um defeito de
isolamento entre as partes vivas e as partes condutivas expostas.
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Para cada circuito ou parte do equipamento elétrico, pelo menos uma das medidas de acordo com
6.3.2 e 6.3.3 deve ser aplicada:

— medidas para evitar a ocorrência de uma tensão de contato (6.3.2); ou

— seccionamento automático da alimentação antes que o tempo de contato com uma tensão de
contato possa tornar-se perigoso (6.3.3).

NOTA 1 O risco de efeitos fisiológicos prejudiciais de uma tensão de contato depende do valor da tensão
de contato e da duração da possível exposição.

NOTA 2 A IEC 61140 fornece informações sobre as classes de equipamentos e disposições de proteção.

6.3.2 Prevenção contra a ocorrência de uma tensão de contato

6.3.2.1 Generalidades

As medidas para evitar a ocorrência de uma tensão de contato incluem as seguintes:

— utilização de equipamento de classe II ou com isolação equivalente;

— separação elétrica.

6.3.2.2 Proteção pela utilização de equipamento de classe II ou com isolação equivalente

Esta medida é destinada a evitar a ocorrência de tensões de contato nas partes acessíveis por meio
de uma falha na isolação básica.

Esta proteção é fornecida por um ou mais dos seguintes meios:

— dispositivos ou aparelhos elétricos de classe II (isolação dupla, isolação reforçada ou isolação


equivalente, de acordo com a IEC 61140);

— conjuntos de dispositivos de manobra e de comando que contenham uma isolação total de acordo
com a ABNT NBR IEC 61439-1;

— isolação suplementar ou reforçada de acordo com a IEC 60364-4-41.

6.3.2.3 Proteção por separação elétrica

A separação elétrica de um circuito individual é destinada a evitar uma tensão de contato pelo contato
com partes condutivas expostas que possam estar energizadas por uma falha na isolação básica das
partes vivas desse circuito.

Para esse tipo de proteção, os requisitos da IEC 60364-4-41 se aplicam.

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6.3.3 Proteção por seccionamento automático da alimentação

O seccionamento automático da alimentação de qualquer circuito afetado por uma falha na isolação
é destinado a evitar uma situação perigosa resultante de uma tensão de contato.

Esta medida consiste na interrupção de um ou mais condutores de linha pela operação automática
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de um dispositivo de proteção em caso de falha. Essa interrupção deve ocorrer dentro de um curto
período de tempo suficiente para limitar a duração de uma tensão de contato a um período dentro dos
limites especificados no Anexo A para sistemas TN e TT.

Esta medida requer coordenação entre:

— o tipo de sistema de alimentação, a impedância da fonte de alimentação e o sistema de aterramento;

— os valores de impedância dos diferentes elementos da linha e das trajetórias de corrente de falha
associadas do circuito de ligação de proteção;

— as características dos dispositivos de proteção que detectam falha(s) na isolação.

NOTA 1 Os detalhes da verificação das condições de proteção por seccionamento automático da alimen-
tação são fornecidos em 18.2.

Esta medida de proteção compreende:

— a ligação de proteção de partes condutivas expostas (ver 8.2.3),

— e um dos seguintes:

 a) Em sistemas TN, os seguintes dispositivos de proteção podem ser utilizados:

● dispositivos de proteção contra sobrecorrente;

● dispositivos de proteção contra corrente residual (DR) e dispositivo(s) de proteção contra


sobrecorrente associado(s).

NOTA 2 A manutenção preventiva pode ser aprimorada pelo uso de um dispositivo de monitoramento de
corrente residual, RCM, que esteja em conformidade com a IEC 62020.

 b) Em sistemas TT:

● DR e dispositivo(s) de proteção contra sobrecorrente associado(s) para iniciar o


seccionamento automático da alimentação na detecção de uma falha na isolação da
parte viva para partes condutivas expostas ou para o aterramento, ou

● dispositivos de proteção contra sobrecorrente podem ser utilizados para proteção contra
defeitos, desde que um valor adequadamente baixo da impedância do circuito elétrico
defeituoso Zs (ver A.2.2.3) seja permanente e confiavelmente assegurado;

NOTA 3 A manutenção preventiva pode ser aprimorada pelo uso de um dispositivo de monitoramento de
corrente residual, RCM, que esteja em conformidade com a IEC 62020.

 c) Em sistemas IT, os requisitos relevantes da IEC 60364-4-41 devem ser atendidos. Durante
uma falha na isolação, um sinal sonoro e visual deve ser sustentado. Após o aviso, o sinal
sonoro pode, em seguida, ser silenciado manualmente. Isto pode requerer um acordo entre

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o fornecedor e o usuário em relação ao fornecimento de dispositivos de monitoramento da


isolação e/ou sistema(s) de localização contra falha na isolação.

NOTA 4 Em máquinas de grandes dimensões, o fornecimento de um sistema de localização de falhas no


isolamento (IFLS) de acordo com a IEC 61557-9 pode facilitar a manutenção.

Quando o seccionamento automático for fornecido de acordo com a) e o seccionamento dentro do


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período especificado na Seção A.1.1 não puder ser assegurado, ligação de proteção suplementar
deve ser fornecida quando necessário, para atender aos requisitos de A.1.3.

Quando um sistema de acionamento potência (com inversor/conversor de frequência) (PDS) for


fornecido, proteção contra defeitos deve ser fornecida para os circuitos do sistema de acionamento
elétrico que são alimentados pelo inversor/conversor. Quando esta proteção não for fornecida dentro
do inversor/conversor, as medidas de proteção necessárias devem estar de acordo com as instruções
do fabricante do inversor/conversor.

6.4 Proteção pelo uso de PELV

6.4.1 Requisitos gerais

O uso de PELV (tensão extra-baixa de proteção) é para proteger as pessoas contra choque elétrico do
contato indireto e contato direto de área limitada (ver 8.2.1).

 a) a tensão nominal não pode exceder:

● 25 V r.m.s em corrente alternada ou 60 V sem ondulação (ripple) em corrente contínua,


quando o equipamento for normalmente utilizado em locais secos e quando uma grande área
de contato das partes vivas com o corpo humano não for esperada; ou

● 6 V r.m.s em corrente alternada ou 15 V sem ondulação (ripple) em corrente contínua nos


demais casos;

NOTA O termo “sem ondulação” (ripple-free) é convencionalmente definido para uma tensão de
ondulação senoidal com um conteúdo de ondulação não superior a 10 % r.m.s.

 b) um lado do circuito ou um ponto da fonte de alimentação desse circuito deve ser conectado ao
circuito de ligação de proteção;

 c) as partes vivas de circuitos PELV devem ser separadas eletricamente dos outros circuitos com
partes vivas. A separação elétrica não pode ser inferior à requerida entre os circuitos primário e
secundário de um transformador de isolamento de segurança (ver IEC 61558-1 e IEC 61558-2-6);

 d) os condutores de cada circuito PELV devem ser separados fisicamente daqueles de qualquer
outro circuito. Quando este requisito for impossível, as disposições de isolamento de 13.1.3
devem ser aplicadas;

 e) os plugues e tomadas para um circuito PELV devem estar em conformidade com as seguintes
condições:

● os plugues não podem ser capazes de entrar nas tomadas de outros sistemas de tensão;

● as tomadas não podem admitir plugues de outros sistemas de tensão.

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6.4.2 Fontes para PELV

A fonte para PELV deve ser uma das seguintes:

— um transformador de isolamento de segurança de acordo com as IEC 61558-1 e IEC 61558-2-6;


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— uma fonte de corrente que forneça um grau de segurança equivalente ao do transformador de


isolamento de segurança (por exemplo, um gerador motorizado com enrolamento fornecendo
isolamento equivalente);

— uma fonte eletroquímica (por exemplo, uma bateria) ou outra fonte independente de um circuito
de tensão mais elevada (por exemplo, um gerador acionado a diesel);

— uma alimentação eletrônica que atenda às normas apropriadas que especifiquem as medidas a
serem tomadas para assegurar que, mesmo no caso de uma falha interna, a tensão nos terminais
de saída não possa exceder os valores especificados em 6.4.1.

7 Proteção do equipamento
7.1 Generalidades

A Seção 7 detalha as medidas a serem tomadas para proteger o equipamento contra os efeitos de:

— sobrecorrente decorrente de um curto-circuito;

— sobrecarga e/ou perda de arrefecimento dos motores elétricos;

— temperatura anormal;

— perda ou redução na tensão de alimentação;

— velocidade excessiva das máquinas/elementos de máquinas;

— defeito de aterramento/corrente residual;

— sequência de fase incorreta;

— sobretensão provocada por descargas atmosféricas e picos de chaveamento.

7.2 Proteção contra sobrecorrente

7.2.1 Generalidades

Proteção contra sobrecorrente deve ser fornecida quando a corrente em qualquer circuito puder exce-
der o valor nominal de qualquer componente ou a capacidade de condução de corrente dos condu-
tores, o que for o menor valor. Os valores nominais ou ajustes a serem selecionados são detalhados
em 7.2.10.

7.2.2 Condutores de alimentação

Quando não especificado pelo usuário, o fornecedor do equipamento elétrico não é responsável pelo
fornecimento dos condutores de alimentação e do dispositivo de proteção contra sobrecorrente para
os condutores de alimentação ao equipamento elétrico.

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O fornecedor do equipamento elétrico deve declarar nos documentos de instalação os dados neces-
sários para dimensionamento do condutor (incluindo a área máxima de seção transversal do condutor
de alimentação que pode ser conectada aos terminais do equipamento elétrico) e para seleção do
dispositivo de proteção contra sobrecorrente (ver 7.2.10 e 17).

7.2.3 Circuitos de potência


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Os dispositivos de detecção e interrupção de sobrecorrente, selecionados de acordo com 7.2.10, devem


ser aplicados em cada condutor energizado, incluindo os circuitos que alimentam transformadores de
circuitos de controle.

Os seguintes condutores, conforme aplicável, não podem ser seccionados sem seccionar todos os
condutores energizados associados:

— condutor neutro de circuitos de potência em corrente alternada;

— condutor terra de circuitos de potência em corrente contínua;

— condutores de alimentação em corrente contínua ligados às partes condutivas expostas de


máquinas móveis.

Quando a área de seção transversal do condutor neutro for pelo menos igual ou equivalente à área
dos condutores de linha, não é necessário fornecer detecção de sobrecorrente para o condutor neutro,
nem um dispositivo de seccionamento para esse condutor. Para um condutor neutro com uma área
de seção transversal menor que a dos condutores de linha associados, as medidas detalhadas na
IEC 60364-5-52:2009, 524, devem ser aplicadas.

Em sistemas IT, é recomendado que o condutor neutro não seja utilizado. Entretanto, quando um
condutor neutro for utilizado, as medidas detalhadas na IEC 60364-4-43:2008, 431.2.2, devem ser
aplicadas.

7.2.4 Circuitos de comando

Os condutores de circuitos de comando conectados diretamente na tensão de alimentação devem ser


protegidos contra sobrecorrente de acordo com 7.2.3.

Os condutores de circuitos de comando alimentados por um transformador ou alimentação em corrente


contínua devem ser protegidos contra sobrecorrente (ver também 9.4.3.1.1):

— em circuitos de comando conectados ao circuito de ligação de proteção, por meio da inserção de


um dispositivo de proteção contra sobrecorrente no condutor a ser chaveado;

— em circuitos de comando não conectados ao circuito de ligação de proteção;

● quando todos os circuitos de comando do equipamento tiverem a mesma capacidade de con-


dução de corrente, por meio da inserção de um dispositivo de proteção contra sobrecorrente
no condutor a ser chaveado; ou

● quando diferentes circuitos de comando do equipamento tiverem capacidade de condução de


corrente diferente, por meio da inserção de um dispositivo de proteção contra sobrecorrente
em ambos os condutores a serem chaveados e comuns de cada circuito de comando.

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Exceção: Quando a unidade de alimentação fornece limitação de corrente abaixo da capacidade


de condução de corrente dos condutores em um circuito e abaixo do valor nominal de corrente dos
componentes conectados, nenhum dispositivo de proteção contra sobrecorrente separado é requerido.

7.2.5 Tomadas e seus condutores associados


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A proteção contra sobrecorrente deve ser fornecida para os circuitos que alimentam as tomadas
de aplicação geral destinadas principalmente a fornecer alimentação elétrica aos equipamentos de
manutenção. Os dispositivos de proteção contra sobrecorrente devem ser fornecidos nos condutores
energizados não aterrados de cada circuito que alimenta essas tomadas. Ver também 15.1.

7.2.6 Circuitos de iluminação

Todos os condutores não aterrados de circuitos que alimentam a iluminação devem ser protegidos
contra os efeitos de curtos-circuitos pelo fornecimento de dispositivos contra sobrecorrente separados
daqueles que protegem outros circuitos.

7.2.7 Transformadores

Os transformadores devem ser protegidos por um dispositivo de proteção contra sobrecorrente que
contenha um tipo e ajuste de acordo com as instruções do fabricante do transformador. Essa proteção
deve (ver também 7.2.10):

— evitar o desarme incorreto devido a correntes de magnetização do transformador;

— evitar um aumento na temperatura que exceda o valor máximo permitido do embobinamento,


para a classe da isolação do transformador, quando for submetido aos efeitos de um curto-circuito
nos seus terminais secundários.

7.2.8 Local dos dispositivos de proteção contra sobrecorrente

Um dispositivo de proteção contra sobrecorrente deve estar localizado no ponto onde haja uma redu-
ção da área de seção transversal dos condutores ou outra alteração que reduza a capacidade de
condução de corrente dos condutores, exceto quando todas as seguintes condições forem atendidas:

— a capacidade de condução de corrente dos condutores for pelo menos igual à da carga;

— a parte do(s) condutor(es) entre o ponto de redução da capacidade de condução de corrente e a


posição do dispositivo de proteção contra sobrecorrente não for superior a 3 m;

— os condutores forem instalados de maneira a reduzir a possibilidade de um curto-circuito, por


exemplo, protegidos por um invólucro ou duto.

7.2.9 Dispositivos de proteção contra sobrecorrente

A capacidade nominal de interrupção de curto-circuito deve ser pelo menos igual à corrente de defeito
presumida no ponto de instalação. Quando a corrente de curto-circuito em um dispositivo de proteção
contra sobrecorrente puder incluir correntes adicionais diferentes da alimentação (por exemplo, de
motores elétricos, de capacitores para correção do fator de potência), essas correntes devem ser
levadas em consideração.

NOTA Informação sobre a coordenação em condições de curto-circuito entre um disjuntor e outro


dispositivo de proteção contra curto-circuito é fornecida na ABNT NBR IEC 60947-2:2013, Anexo A.

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Quando fusíveis forem fornecidos como dispositivos de proteção contra sobrecorrente, um tipo
facilmente disponível no país de uso deve ser selecionado ou providências devem ser tomadas para
o fornecimento de peças de reposição.

7.2.10 Valor nominal e ajuste de dispositivos de proteção contra sobrecorrente


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A corrente nominal de fusíveis ou a corrente de ajuste de outros dispositivos de proteção contra


sobrecorrente deve ser selecionada o mais baixo possível, porém adequada para as sobrecorrentes
previstas (por exemplo, durante a partida de motores elétricos ou energização de transformadores).
Ao selecionar esses dispositivos de proteção, a proteção dos dispositivos de manobra contra danos
devido a sobrecorrentes deve ser levada em consideração.

A corrente nominal ou corrente de ajuste de um dispositivo de proteção contra sobrecorrente para


condutores é determinada pela capacidade de condução de corrente dos condutores a serem
protegidos de acordo com 12.4, Seção D.3 e pelo tempo máximo de interrupção permissível, t, de
acordo com a Seção D.4, levando em consideração as necessidades de coordenação com outros
dispositivos elétricos no circuito protegido.

7.3 Proteção de motores elétricos contra o superaquecimento

7.3.1 Generalidades

A proteção de motores elétricos contra o superaquecimento deve ser fornecida para cada motor
elétrico com potência nominal superior a 0,5 kW.

Exceção: Em aplicações onde uma interrupção automática da operação do motor elétrico for inaceitável
(por exemplo, bombas de incêndio), os meios de detecção devem fornecer um sinal de advertência ao
qual o operador possa responder.

A proteção dos motores elétricos contra o superaquecimento pode ser atingida por meio de:

— proteção contra sobrecarga (7.3.2),

NOTA 1 Os dispositivos de proteção contra sobrecarga detectam as relações de tempo e corrente


(I2t) em um circuito que excede a carga nominal total do circuito e inicia as respostas de controle
apropriadas.

— proteção contra temperatura excessiva (7.3.3), ou

NOTA 2 Os dispositivos de detecção de temperatura percebem o excesso de temperatura e iniciam


as respostas de controle apropriadas.

— proteção contra limitação de corrente.

A religação automática de qualquer motor elétrico após a operação da proteção contra o superaque-
cimento deve ser evitada quando isto puder provocar uma situação perigosa ou danos à máquina ou
ao trabalho em andamento.

7.3.2 Proteção contra sobrecarga

Quando uma proteção contra sobrecarga for fornecida, a detecção de sobrecarga(s) deve ser fornecida
em cada condutor energizado, exceto para o condutor neutro.

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Entretanto, quando a detecção de sobrecarga do motor elétrico não for utilizada para proteção contra
sobrecarga do cabo (ver também Seção D.2), a detecção de sobrecarga pode ser omitida em um dos
condutores energizados. Para motores elétricos que contenham fontes de alimentação monofásicas
ou em corrente contínua, a detecção em somente um condutor energizado não aterrado é permitida.

Quando a proteção contra sobrecarga for atingida por desligamento, o dispositivo de manobra deve
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desligar todos os condutores energizados. O desligamento do condutor neutro não é necessário para
proteção contra sobrecarga.

Quando motores elétricos com potências nominais de trabalho especiais forem requeridos para ligar
ou frear frequentemente [por exemplo, motores elétricos para avanço rápido, travamento, reversão
rápida, furação sensível (sensitive drilling)], pode ser difícil fornecer proteção contra sobrecarga com
uma constante de tempo comparável com a do embobinamento a ser protegido. Dispositivos de
proteção adequados projetados para acomodar motores elétricos com potências nominais de trabalho
especiais ou proteção contra temperaturas excessivas (ver 7.3.3) podem ser necessários.

Proteção contra sobrecarga não é requerida para motores elétricos que não entrem em sobrecarga (por
exemplo, motores elétricos de torque e inversor/conversor de controle de movimento (motion drives),
que são protegidos por dispositivos mecânicos de proteção contra sobrecarga ou são dimensionados
adequadamente).

7.3.3 Proteção contra temperatura excessiva

O fornecimento de motores elétricos com proteção contra temperatura excessiva de acordo com a
IEC 60034-11 é recomendado em situações onde o arrefecimento pode ser prejudicado (por exemplo,
ambientes empoeirados). Dependendo do tipo de motor elétrico, a proteção sob o rotor estolado
(stalled) ou a perda das condições de fase não é sempre assegurada por proteção contra temperatura
excessiva, convém que proteção adicional seja fornecida.

Quando existir a possibilidade de temperatura excessiva (por exemplo, devido ao arrefecimento


reduzido), a proteção contra temperatura excessiva também é recomendada para motores elétricos
que não entrem em sobrecarga (por exemplo, motores elétricos de torque e inversor/conversor de
controle de movimento (motion drives), que são protegidos por dispositivos mecânicos de proteção
contra sobrecarga ou são dimensionados adequadamente).

7.4 Proteção contra temperatura anormal


O equipamento deve ser protegido contra temperaturas anormais que possam resultar em uma
situação perigosa.

7.5 Proteção contra os efeitos da interrupção na alimentação ou redução da tensão e


recuperação subsequente
Quando uma interrupção na alimentação ou uma redução da tensão puder provocar uma situação
perigosa, danos à máquina ou ao trabalho em andamento, proteção contra subtensão deve ser
fornecida, por exemplo, desligando a máquina em um nível de tensão predeterminado.

Quando a operação da máquina puder permitir uma interrupção ou uma redução da tensão por um
período curto de tempo, proteção retardada contra subtensão pode ser fornecida. A operação do
dispositivo de subtensão não pode prejudicar a operação de qualquer controle de parada da máquina.

Mediante a recuperação da tensão ou mediante a ligação da alimentação de entrada, a religação


automática ou inesperada da máquina deve ser evitada quando essa religação puder provocar uma
situação perigosa.

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Quando somente uma parte da máquina ou do grupo de máquinas que trabalham em conjunto de
forma coordenada for afetada pela redução de tensão ou interrupção na alimentação, a proteção
contra subtensão deve iniciar comandos de controle apropriados para assegurar a coordenação.

7.6 Proteção contra sobrevelocidade de motores


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Proteção contra sobrevelocidade deve ser fornecida quando uma sobrevelocidade ocorrer e que possa
provocar possivelmente uma situação perigosa, levando em consideração as medidas de acordo com
9.3.2. A proteção contra sobrevelocidade deve iniciar respostas de controle apropriadas e deve evitar
a reinicialização automática.

Convém que a proteção contra sobrevelocidade opere de tal forma que o limite de rotação mecânica
do motor elétrico ou sua carga não sejam excedidos.

NOTA Esta proteção pode consistir, por exemplo, em um interruptor centrífugo ou monitor de limite de rotação.

7.7 Proteção adicional contra defeitos de aterramento/corrente residual

Além de fornecer proteção contra sobrecorrente para seccionamento automático conforme descrito
em 6.3, proteção contra defeitos de aterramento/corrente residual pode ser fornecida para reduzir os
danos ao equipamento, devido às correntes causadas por defeitos de aterramento/corrente residual
serem menores que o nível de detecção da proteção contra sobrecorrente.

O ajuste dos dispositivos deve ser o mais baixo possível, consistente com a operação correta do
equipamento.

Se correntes causadas por defeito em componentes de corrente contínua forem possíveis, um DR do


tipo B, de acordo com o IEC/TR, 60755 pode ser requerido.

7.8 Proteção contra sequência de fase

Quando uma sequência incorreta de fase da tensão de alimentação puder provocar uma situação
perigosa ou danos à máquina, deve ser fornecida uma proteção.

NOTA As condições de uso que podem levar a uma sequência incorreta de fase incluem:

— uma máquina transferida de um ponto de alimentação para outro;

— uma máquina móvel facilmente conectada a uma alimentação elétrica externa.

7.9 Proteção contra sobretensões devido às descargas atmosféricas e picos de chaveamento

Dispositivos de proteção contra surtos (DPS) podem ser fornecidos para proteger contra os efeitos de
sobretensões devido às descargas atmosféricas ou picos de chaveamento.

Quando fornecidos:

— os DPS para a supressão de sobretensões devido às descargas atmosféricas devem ser conec-
tados aos terminais de entrada do dispositivo de seccionamento da alimentação;

— os DPS para a supressão de sobretensões devido aos picos de chaveamento devem ser conec-
tados, conforme necessário, em equipamentos que requeiram essa proteção.

NOTA 1 Informações sobre a seleção e instalação corretas de DPS são fornecidas, por exemplo, nas
IEC 60364-4-44, IEC 60364-5-53, IEC 61643-12, IEC 62305-1 e IEC 62305-4.

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NOTA 2 A ligação equipotencial da máquina, de seu equipamento elétrico e de partes condutivas externas
a uma rede de ligação comum da edificação/local pode auxiliar a mitigar a interferência eletromagnética,
incluindo os efeitos de descargas atmosféricas no equipamento.

7.10 Valor nominal da corrente em curto-circuito

O valor nominal da corrente em curto-circuito do equipamento elétrico deve ser determinado. Isto pode
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ser realizado pela aplicação de regras de projeto ou por cálculo ou por ensaio.

NOTA O valor nominal da corrente em curto-circuito pode ser determinado, por exemplo, de acordo com
a ABNT NBR IEC 61439-1, IEC 60909-0, IEC/TR 60909-1 ou IEC/TR 61912-1.

8 Ligação equipotencial
8.1 Generalidades

Esta Seção 8 fornece requisitos para a ligação de proteção e ligação funcional. A Figura 4 ilustra esses
conceitos.

A ligação de proteção é uma disposição básica para proteção contra defeitos, para permitir proteção
das pessoas contra choque elétrico (ver 6.3.3 e 8.2).

O objetivo da ligação funcional (ver 8.4) é reduzir:

— a consequência de uma falha no isolamento que pode afetar a operação da máquina;

— perturbações elétricas em equipamento elétrico sensível que possam afetar a operação da máquina;

— correntes induzidas de descargas atmosféricas que possam danificar o equipamento elétrico.

A ligação funcional é obtida pela conexão ao circuito de ligação de proteção, porém, quando o nível
de perturbações elétricas sobre o circuito de ligação de proteção não for suficientemente baixo para o
funcionamento apropriado do equipamento elétrico, pode ser necessário utilizar condutores separados
para ligação de proteção e ligação funcional.

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Circuito de proteção:
(1) Interconexão de condutor(es) de proteção e do terminal PE
(2) Conexão de partes condutivas expostas
Condutor de proteção conectado a uma placa de montagem do equipamento elétrico, utilizada como condutor
(3)
de proteção
(4) Conexão de partes estruturais condutivas do equipamento elétrico
(5) Partes estruturais condutivas da máquina
Partes conectadas ao circuito de proteção que não são utilizadas como condutor de proteção:
(6) Dutos metálicos de construção flexível ou rígida
(7) Revestimentos de cabos metálicos ou blindagens
(8) Tubos metálicos contendo materiais inflamáveis
Partes condutivas externas, se aterradas independentemente da alimentação elétrica da máquina e suscetíveis
de introduzir um potencial, geralmente o potencial de aterramento (ver 17.2 d)), por exemplo:
tubos metálicos,
(9)
grades,
escadas,
corrimãos.
(10) Eletrodutos metálicos flexíveis ou maleáveis
(11) Ligação de proteção de cabos de suporte, bandejas para cabos e leitos de cabos
Conexões ao circuito de proteção por razões funcionais:
(12) Ligação funcional
Legenda das designações de referência:
T1 Transformador auxiliar
U1 Placa de montagem do equipamento elétrico

Figura 4 – Exemplo de ligação equipotencial para equipamento elétrico de uma máquina

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8.2 Circuito de proteção

8.2.1 Generalidades

O circuito de proteção consiste na interconexão de:


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● terminal(ais) PE (ver 5.2);

● condutores de proteção (ver 3.1.51) no equipamento da máquina, incluindo contatos deslizantes


quando fizerem parte do circuito;

● partes condutivas estruturais e partes condutivas expostas do equipamento elétrico.

Exceção: ver 8.2.5.

● partes condutivas estruturais da máquina.

Todas as partes do circuito de ligação de proteção devem ser projetadas de modo que sejam capazes
de resistir às tensões térmicas e mecânicas mais elevadas que podem ser provocadas por correntes
causadas por defeito de aterramento, podendo fluir nessa parte do circuito de ligação de proteção.

A área de seção transversal de cada condutor de proteção que não faz parte de um cabo ou que não
esteja em um invólucro comum com o condutor de linha não pode ser inferior a

— 2,5 mm2 em cobre ou 16 mm2 em alumínio, se for fornecida proteção contra danos mecânicos,

— 4 mm2 em cobre ou 16 mm2 em alumínio, se não for fornecida proteção contra danos mecânicos.

NOTA O uso de aço para um condutor de proteção não está excluído.

Um condutor de proteção que não faz parte de um cabo é considerado mecanicamente protegido se
ele for instalado em um eletroduto, uma canaleta ou protegido de maneira similar. As partes condutivas
estruturais do equipamento de acordo com 6.3.2.2 não precisam ser conectadas ao circuito de ligação
de proteção. As partes condutivas estruturais da máquina não precisam ser conectadas ao circuito de
ligação de proteção quando todo o equipamento fornecido estiver de acordo com 6.3.2.2.

As partes condutivas expostas do equipamento de acordo com 6.3.2.3 não podem ser conectadas ao
circuito de ligação de proteção.

Não é necessário conectar as partes condutivas expostas ao circuito de ligação de proteção quando
essas partes forem instaladas de modo que elas não constituam um perigo, porque:

— elas podem não ser tocadas em grandes superfícies ou agarradas com a mão, e elas são de
tamanho pequeno (menor que 50 mm × 50 mm aproximadamente); ou

— elas estão localizadas de modo que qualquer contato com partes energizadas ou uma falha no
isolamento seja improvável.

Isto se aplica às partes pequenas, como parafusos, rebites e plaquetas de identificação e às partes
dentro de um invólucro, independentemente do seu tamanho (por exemplo, bobinas de contatores ou
relés e partes mecânicas de dispositivos).

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8.2.2 Condutores de proteção

Os condutores de proteção devem ser identificados de acordo com 13.2.2.

Condutores de cobre são preferidos. Quando um material condutor diferente do cobre for utilizado,
a sua resistência elétrica por unidade de comprimento não pode exceder a do condutor de cobre per-
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missível, e esses condutores não podem ser menores que 16 mm2 da área de seção transversal por
razões de durabilidade mecânica.

Invólucros metálicos ou estruturas ou placas de montagem de equipamentos elétricos, conectados ao


circuito de proteção, podem ser utilizados como condutores de proteção se eles atenderem aos três
requisitos seguintes:

● sua continuidade elétrica deve ser assegurada por construção ou por conexão adequada, de
modo a assegurar proteção contra deterioração mecânica, química ou eletroquímica;

● devem estar em conformidade com os requisitos da IEC 60364-5-54:2011, 543.1;

● devem permitir a conexão de outros condutores de proteção em cada ponto de derivação


predeterminado.

A área de seção transversal dos condutores de proteção deve ser calculada de acordo com a
IEC 60364-5-54:2011, 543.1.2, ou ser selecionada de acordo com a Tabela 1 (ver 5.2). Ver também
8.2.6 e 17.2 d) deste documento.

Cada condutor de proteção deve:

● ser parte de um cabo com núcleos múltiplos; ou

● estar em um invólucro comum com o condutor de linha; ou

● ter uma área de seção transversal de pelo menos:

— 2,5 mm2 em cobre ou 16 mm2 em alumínio, se for fornecida proteção contra danos mecânicos;

— 4 mm2 em cobre ou 16 mm2 em alumínio, se a proteção contra danos mecânicos não for fornecida.

NOTA 1 O uso de aço para um condutor de proteção não está excluído.

Um condutor de proteção que não faz parte de um cabo é considerado mecanicamente protegido
se ele for instalado em um eletroduto, uma canaleta ou protegido de maneira similar.

As seguintes partes da máquina e seu equipamento elétrico devem ser conectadas ao circuito de
proteção, porém não podem ser utilizadas como condutores de proteção:

● partes condutivas estruturais da máquina;

● dutos metálicos de construção flexível ou rígida;

● revestimentos ou blindagens metálicos;

● tubos metálicos que contenham materiais inflamáveis, como gases, líquidos, pó;

● eletrodutos metálicos flexíveis ou maleáveis;

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● partes construtivas sujeitas a tensões mecânicas em serviço normal;

● partes metálicas flexíveis, suporte para cabos, bandejas para cabos e leitos de cabos.

NOTA 2 Informações sobre proteção catódica são fornecidas na IEC 60364-5-54:2011, 542.2.5 e 542.2.6.

8.2.3 Continuidade do circuito de proteção


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Quando uma parte for removida por qualquer razão (por exemplo, manutenção de rotina), o circuito de
proteção para as partes restantes não pode ser interrompido.

Pontos de conexão e ligação devem ser projetados de modo que a sua capacidade de condução
de corrente não seja prejudicada por influências mecânicas, químicas ou eletroquímicas. Quando
invólucros e condutores de alumínio ou ligas de alumínio forem utilizados, convém que seja dada
atenção especial devido à possibilidade de corrosão eletrolítica.

Quando o equipamento elétrico for instalado em tampas, portas ou chapas de coberturas, a continuidade
do circuito de proteção deve ser assegurada e um condutor de proteção (ver 8.2.2) é recomendado.
Quando um condutor de proteção não for fornecido, fixações, dobradiças ou contatos deslizantes
projetados para ter uma baixa resistência devem ser utilizados (ver 18.2.2, Ensaio 1).

A continuidade dos condutores em cabos que forem expostos a danos (por exemplo, cabos de arrasto
flexíveis) deve ser assegurada por medidas apropriadas (por exemplo, monitoramento).

Para requisitos quanto à continuidade dos condutores que utilizam fios condutores, barras condutoras
e conjuntos de anéis coletores, ver 12.7.2.

O circuito de proteção não pode contemplar um dispositivo de manobra, um dispositivo de proteção


contra sobrecorrente (por exemplo, interruptor, fusível) ou outro meio de interrupção.

Exceção: Ligações em que não há possibilidade de serem abertas sem o uso de uma ferramenta e
que estão localizadas em uma área operacional elétrica enclausurada podem ser fornecidas para fins
de ensaio ou medição.

Quando a continuidade do circuito de proteção puder ser interrompida por meio de coletores de corrente
removíveis ou combinações de plugue/tomada, o circuito de proteção deve ser interrompido por um
contato sequencial (first make last break contact). Isto também se aplica às unidades conectoras
removíveis ou desmontáveis (ver também 13.4.5).

NOTA BRASILEIRA “First make last break contact” está definido na IEC 60050-581:2015, como contatos
que fornecem a conexão em diferentes níveis e em diferentes sequências.

8.2.4 Pontos de conexão do condutor de proteção

Todos os condutores de proteção devem ter terminações de acordo com 13.1.1. Os pontos de conexão
do condutor de proteção não são destinados, por exemplo, a fixar aparelhos ou partes.

Cada ponto de conexão do condutor de proteção deve ser identificado ou rotulado utilizando o símbolo
IEC 60417-5019:2006-08, conforme ilustrado na Figura 5;

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Figura 5 – Símbolo IEC 60417-5019: Aterramento de proteção


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ou com as letras PE, sendo preferido o símbolo gráfico, ou pelo uso da combinação bicolor VERDE
E AMARELA ou por qualquer combinação destes.

8.2.5 Máquinas móveis

Em máquinas móveis com fontes de alimentação embarcadas, os condutores de proteção, as partes


condutivas estruturais do equipamento elétrico e as partes condutivas externas que formam a estrutura
da máquina devem ser todos conectados a um terminal de ligação de proteção para fornecer proteção
contra choque elétrico. Quando uma máquina móvel também for capaz de ser conectada a uma
alimentação elétrica de entrada externa, este terminal de ligação de proteção deve ser o ponto de
conexão para o condutor de proteção externo.

NOTA Quando o fornecimento de energia elétrica for autônomo dentro de equipamentos estacionários,
móveis ou itens móveis do equipamento e quando não houver alimentação externa conectada (por exemplo,
quando um carregador de bateria embarcado não estiver conectado), não há necessidade de conectar esse
equipamento a um condutor de proteção externo.

8.2.6 Requisitos adicionais para equipamentos elétricos que possuem correntes de fuga de
aterramento superiores a 10 mA

Quando um equipamento elétrico tiver uma corrente de fuga de aterramento superior a 10 mA em


corrente alternada ou corrente contínua em qualquer condutor de proteção, uma ou mais das seguintes
condições para a integridade de cada seção do circuito de proteção associado que conduz a corrente
de fuga de aterramento devem ser atendidas:

 a) o condutor de proteção é completamente enclausurado dentro de invólucros do equipamento elé-


trico ou, de outra forma, protegido em todo o seu comprimento contra danos mecânicos;

 b) o condutor de proteção possui uma área de seção transversal de pelo menos 10 mm2 em cobre
(Cu) ou 16 mm2 em alumínio (Al);

 c) quando o condutor de proteção tiver uma área de seção transversal inferior a 10 mm2 em cobre
(Cu) ou 16 mm2 em alumínio (Al), um segundo condutor de proteção de pelo menos a mesma
área de seção transversal é fornecido até um ponto onde o condutor de proteção tenha uma área
de seção transversal não inferior a 10 mm2 em cobre (Cu) ou 16 mm2 em alumínio (Al). Isto pode
requerer que o equipamento elétrico tenha um terminal separado para um segundo condutor
de proteção;

 d) a alimentação é seccionada automaticamente em caso de perda da continuidade do condutor


de proteção;

 e) onde uma combinação de plugue/tomada for utilizada, é fornecido um conector industrial de
acordo com a série IEC 60309, com alívio de tensão adequado e uma seção transversal mínima
do condutor de aterramento de proteção de 2,5 mm2 como parte de um cabo de alimentação com
múltiplos condutores.

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Uma declaração deve ser fornecida nas instruções de instalação de que o equipamento deve ser
instalado conforme descrito nesta subseção 8.2.6.

NOTA Uma etiqueta de advertência também pode ser fornecida adjacentemente ao terminal PE para
declarar que a corrente do condutor de proteção excede 10 mA.

8.3 Medidas para restringir os efeitos das altas correntes de fuga


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A conexão do equipamento que tenha altas correntes de fuga a um transformador de alimentação


dedicado que possua enrolamentos separados pode restringir os efeitos das altas correntes de fuga
deste equipamento. O circuito de proteção deve ser conectado às partes condutivas expostas do
equipamento e, além disso, ao enrolamento secundário do transformador. Os condutores de proteção
entre o equipamento e o enrolamento secundário do transformador devem estar em conformidade
com uma ou mais das disposições descritas em 8.2.6.

8.4 Ligação funcional

Proteção contra a má operação, como resultado de falhas do isolamento, pode ser atingida pela
conexão a um condutor comum de acordo com 9.4.3.1.1.

Para recomendações relativas à ligação funcional para evitar a má operação devido às perturbações
eletromagnéticas, ver 4.4.2 e Anexo H.

Convém que os pontos de conexão de ligação funcional sejam marcados ou etiquetados utilizando
o símbolo IEC 60417-5020:2002-10 (ver Figura 6).

Figura 6 – Símbolo IEC 60417-5020: Estrutura ou chassi

9 Circuitos de comando e funções de comando


9.1 Circuitos de comando

9.1.1 Alimentação do circuito de comando

Quando os circuitos de comando forem alimentados por uma fonte em corrente alternada, transforma-
dores que possuam enrolamentos separados devem ser utilizados para separar a alimentação elétrica
da alimentação de comando.

Os exemplos incluem:

● transformadores de comando com enrolamentos separados de acordo com a IEC 61558-2-2,

● unidades de fonte chaveada de acordo com a IEC 61558-2-16, equipadas com transformadores
com enrolamentos separados,

● fontes de alimentação de baixa tensão de acordo com a IEC 61204-7, equipadas com transforma-
dores com enrolamentos separados.

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Quando diversos transformadores forem utilizados, é recomendado que os enrolamentos desses


transformadores sejam conectados de tal maneira que as tensões secundárias estejam em fase.

Exceção: Transformadores ou unidades de fonte chaveada, equipados com transformadores, não


são obrigatórios para máquinas com um único motor de partida e/ou no máximo dois dispositivos de
comando (por exemplo, dispositivo de intertravamento, estação de comando de partida/parada).
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Quando os circuitos de comando em corrente contínua derivados de uma alimentação em corrente


alternada forem conectados ao circuito de proteção (ver 8.2.1), eles devem ser alimentados por um
enrolamento separado do transformador do circuito de comando em corrente alternada ou por outro
transformador do circuito de controle.

9.1.2 Tensões do circuito de comando

O valor nominal da tensão de comando deve ser consistente com a operação correta do circuito de
comando.

Convém que a tensão nominal dos circuitos de comando em corrente alternada, preferivelmente, não
exceda

— 230 V, para circuitos com frequência nominal de 50 Hz,

— 277 V, para circuitos com frequência nominal de 60 Hz.

Convém que a tensão nominal dos circuitos de comando em corrente contínua, preferivelmente, não
exceda 220 V.

9.1.3 Proteção

Os circuitos de controle devem ser fornecidos com proteção contra sobrecorrente de acordo com 7.2.4
e 7.2.10.

9.2 Funções de controle


9.2.1 Generalidades

NOTA A subseção 9.2 não especifica requisitos para os dispositivos utilizados para implementar as
funções de controle. Os exemplos de requisitos para dispositivos são fornecidos na Seção 10.

9.2.2 Categorias de funções de parada

Existem três categorias de funções de parada, conforme descrito a seguir:

— parada de categoria 0: parada pela remoção imediata da alimentação dos acionadores da


máquina (ou seja, uma parada não controlada – ver 3.1.64);

— parada de categoria 1: uma parada controlada (ver 3.1.14) com a alimentação disponível nos
acionadores da máquina para atingir a parada e, em seguida, a remoção
da alimentação quando a parada for atingida;

— parada de categoria 2: uma parada controlada com a alimentação remanescente disponível nos
acionadores da máquina.

NOTA Para remoção da alimentação pode ser suficiente remover a alimentação necessária para gerar
um torque ou força. Isto pode ser conseguido pelo desengate, seccionamento, desligamento ou por meio
eletrônico (por exemplo, um PDS de acordo com a série IEC 61800) etc.

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9.2.3 Operação

9.2.3.1 Generalidades

Funções de segurança e/ou medidas de proteção (por exemplo, intertravamentos (ver 9.3)) devem ser
fornecidas quando requeridas, para reduzir a possibilidade de situações perigosas.
Projeto em Consulta Nacional

Quando uma máquina tiver mais de uma estação de controle, medidas devem ser fornecidas para
assegurar que o início dos comandos das diferentes estações de controle não leve a uma situação
perigosa.

9.2.3.2 Partida

As funções de partida devem operar energizando o circuito relevante.

O início de uma operação deve ser possível somente quando todas as funções de segurança
e/ou medidas de proteção aplicáveis forem implementadas e estiverem operacionais, exceto para as
condições descritas em 9.3.6.

Para aquelas máquinas (por exemplo, máquinas móveis) onde as funções de segurança e/ou medidas
de proteção podem não ser aplicadas para certas operações, a partida dessas operações deve ser por
dispositivo de comando sem retenção, juntamente com dispositivos de ativação, conforme apropriado.

Recomenda-se que o fornecimento de sinais de advertência sonoros e/ou visuais, antes do início da
operação perigosa da máquina, seja considerado.

Intertravamentos adequados devem ser fornecidos, quando necessário, para a partida sequencial
correta.

No caso de máquinas que requeiram o uso de mais de uma estação de controle para iniciar uma
partida, cada uma dessas estações de controle deve possuir um dispositivo de comando de partida
separado acionado manualmente. As condições para iniciar uma partida devem ser:

● todas as condições requeridas para a operação da máquina devem ser atendidas, e

● todos os dispositivos de comando de partida devem estar na posição liberada (desligada), e então

● todos os dispositivos de comando de partida devem ser acionados simultaneamente (ver 3.1.7).

9.2.3.3 Parada

As funções de parada de categoria 0 e/ou parada de categoria 1 e/ou parada de categoria 2 devem
ser fornecidas conforme indicado pela apreciação de riscos e pelos requisitos funcionais da máquina
(ver 4.1).

NOTA 1 O dispositivo de seccionamento de alimentação (ver 5.3), quando operado, atinge uma parada de
categoria 0.

As funções de parada devem sobrepor as funções de partida relacionadas.

Quando mais de uma estação de controle for fornecida, os comandos de parada de qualquer estação
de controle devem ser efetivos, quando requeridos pela apreciação de riscos da máquina.

NOTA 2 Quando as funções de parada forem iniciadas, pode ser necessário descontinuar as funções da
máquina, exceto o movimento.

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9.2.3.4 Operações de emergência (parada de emergência, desligamento de emergência)

9.2.3.4.1 Generalidades

A parada de emergência e o desligamento de emergência são medidas de proteção complementares


que não são meios principais da redução de risco para perigos (por exemplo, tropeço, enroscamento,
choque elétrico ou queimadura) em uma máquina (ver ABNT NBR ISO 12100).
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Esta Parte da ABNT NBR IEC 60204 especifica os requisitos para as funções de parada de emergência
e desligamento de emergência das operações de emergência listadas do Anexo E, ambas as quais
sendo destinadas a serem iniciadas por uma única ação humana.

Uma vez que a operação ativa de um acionador de parada de emergência (ver 10.7) ou desligamento
de emergência (ver 10.8) cessou após um comando de parada ou desligamento, o efeito deste
comando deve ser sustentado até que ele seja rearmado (reset).

Este rearme (reset) deve ser possível somente por uma ação manual no dispositivo onde o comando
foi iniciado. O rearme (reset) do comando não pode religar a máquina, porém somente permitir uma
nova partida.

Não pode ser possível religar a máquina até que todos os comandos de parada de emergência tenham
sido rearmados (reset). Não pode ser possível reenergizar a máquina até que todos os comandos de
desligamento de emergência tenham sido rearmados (reset).

9.2.3.4.2 Parada de emergência

Os requisitos para os aspectos funcionais do equipamento de parada de emergência são fornecidos


na ISO 13850.

A parada de emergência deve funcionar como uma parada de categoria 0 ou como uma parada
de categoria 1. A escolha da categoria da parada de emergência depende dos resultados de uma
apreciação de riscos da máquina.

Exceção: Em alguns casos, para evitar a criação de riscos adicionais, pode ser necessário realizar
uma parada controlada e manter a energia dos acionadores da máquina, mesmo após a parada ter
sido atingida. A condição de parada deve ser monitorada e, mediante a detecção de falha na condição
de parada, a energia deve ser removida sem criar uma situação perigosa.

Além dos requisitos para parada fornecidos em 9.2.3.3, a função de parada de emergência possui os
seguintes requisitos:

● ela deve neutralizar as demais funções e operações em todos os modos;

● ela deve parar o movimento perigoso o mais rápido possível, sem criar outros perigos;

● o rearme (reset) não pode iniciar uma nova partida.

9.2.3.4.3 Desligamento de emergência

Os aspectos funcionais do desligamento de emergência são fornecidos na IEC 60364-5-53:2001, 536.4.

Convém que o desligamento de emergência seja fornecido quando:

● a proteção básica (por exemplo, para fios condutores, barras condutoras, conjuntos de anéis
coletores, dispositivo de comando em áreas operacionais elétricas) somente for atingida pela
colocação fora do alcance ou por obstáculos (ver 6.2.6); ou

● existir a possibilidade de outros perigos ou danos provocados por eletricidade.

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O desligamento de emergência é realizado desligando a alimentação pertinente por dispositivos


de manobra eletromecânicos, efetuando uma parada de categoria 0 dos acionadores da máquina
conectados a essa alimentação de entrada. Quando uma máquina não estiver apta a tolerar esta
parada de categoria 0, pode ser necessário fornecer outras medidas, por exemplo, proteção básica,
de modo que o desligamento de emergência não seja necessário.
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9.2.3.5 Modos de operação

Cada máquina pode ter um ou mais modos de operação (por exemplo, modo manual, modo automático,
modo de ajuste, modo de manutenção) determinados pelo tipo de máquina e sua aplicação.
Quando a máquina for projetada e construída para permitir a sua utilização em vários modos de
controle ou operação que requeiram medidas de proteção diferentes e que tenham um impacto
diferente na segurança, ela deve ser equipada com um seletor de modo que possa ser travado em cada
posição (por exemplo, comutadora operada por chave). Cada posição do seletor deve ser claramente
identificável e deve corresponder a um único modo de operação ou controle.

O seletor pode ser substituído por outro método de seleção que restrinja o uso de certas funções da
máquina de certas categorias de operadores (por exemplo, código de acesso).

A seleção de modo por si só não pode iniciar a operação da máquina. Um acionamento separado do
controle de partida deve ser requerido.

Para cada modo de operação específico, as funções de segurança e/ou as medidas de proteção
aplicáveis devem ser implementadas.

A indicação do modo de operação selecionado deve ser fornecida (por exemplo, a posição de um
seletor de modo, a provisão de uma luz indicadora, uma indicação de exibição visual).

9.2.3.6 Monitoramento das ações de comando

O movimento ou ação de uma máquina ou parte de uma máquina que possa resultar em uma situação
perigosa deve ser monitorado provendo, por exemplo, limitadores de curso, detecção de sobreveloci-
dade do motor elétrico, detecção de sobrecarga mecânica ou dispositivos anticolisão.

NOTA Em algumas máquinas controladas manualmente (por exemplo, furadeira manual), os operadores
proveem monitoramento.

9.2.3.7 Dispositivos de comando sem retenção

Dispositivos de comando sem retenção devem requerer um acionamento contínuo do(s) dispositivo(s)
para prosseguir a operação.

9.2.3.8 Controles bimanuais

Três tipos de controles bimanuais são definidos na ISO 13851, cuja seleção é determinada pela
apreciação de riscos. Estes controles devem ter as seguintes características:

Tipo I: este tipo requer:

● a provisão de dois dispositivos de comando e seu acionamento simultâneo por ambas as mãos;

● o acionamento simultâneo contínuo durante a situação perigosa;

● que a operação da máquina cesse após a liberação de qualquer um ou ambos os dispositivos de


comando, quando situações perigosas ainda estiverem presentes.

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Um dispositivo de controle bimanual do Tipo I não é considerado adequado para o início da operação
perigosa.

Tipo II: um controle do Tipo I, que requer a liberação de ambos os dispositivos de comando antes que
a operação da máquina possa ser reiniciada.
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Tipo III: um controle do Tipo II, que requer o acionamento simultâneo dos dispositivos de comando
conforme descrito a seguir:

● deve ser necessário acionar os dispositivos de comando dentro de um determinado limite de


tempo entre si, não excedendo 0,5 s;

● quando este limite for excedido, ambos os dispositivos de comando devem ser liberados antes
que a operação da máquina possa ser iniciada.

9.2.3.9 Controle de habilitação

O controle de habilitação (ver também 10.9) é um intertravamento da função de controle ativado


manualmente que:

 a) quando ativado, permite que uma operação da máquina seja iniciada por um controle de partida
separado, e

 b) quando desativado,

● inicia uma função de parada, e

● evita o início da operação da máquina.

O controle de habilitação deve ser disposto de modo a minimizar a possibilidade de neutralização, por
exemplo, requerendo a desativação do dispositivo de comando de habilitação antes que a operação
da máquina possa ser reiniciada.

9.2.3.10 Controles combinados de partida e parada

Botões de pressão e dispositivos de controle similares que, quando operados, iniciam e param
alternadamente o movimento somente devem ser fornecidos por funções que não possam resultar em
uma situação perigosa.

9.2.4 Sistema de controle sem fio (CCS)

9.2.4.1 Requisitos gerais

A subseção 9.2.4 trata dos requisitos funcionais de sistemas de controle que utilizam técnicas sem fio
(por exemplo, rádio, infravermelho) para transmissão de sinais de controle e dados entre estação(ões)
de controle do operador e outras partes do(s) sistema(s) de controle.

NOTA 1 A referência a uma máquina em 9.2.4 é destinada a ser lida como “máquina ou parte(s) de uma
máquina”.

Os requisitos de confiabilidade da transmissão podem ser necessários para as funções de segurança


de um CCS que dependem da transmissão de dados (por exemplo, parada ativa de segurança,
comandos de movimento).

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O CCS deve ter a funcionalidade e um tempo de resposta adequados para a aplicação com base na
apreciação de riscos.

NOTA 2 A IEC 61784-3 descreve as falhas de comunicação das redes de comunicação e os requisitos para
a transmissão de dados de segurança.

NOTA 3 Requisitos adicionais para sistemas de controle sem fio estão em desenvolvimento pelo IEC TC 44
Projeto em Consulta Nacional

no projeto IEC 62745 1.

9.2.4.2 Monitoramento da capacidade de um sistema de controle sem fio para controlar uma
máquina

A capacidade de um sistema de controle sem fio (CCS) para controlar uma máquina deve ser monitorada
automaticamente, de forma contínua ou em intervalos adequados. O estado desta habilidade deve
ser claramente indicado (por exemplo, por uma luz indicadora, uma indicação de exibição visual etc.).

Se o sinal de comunicação for degradado de uma maneira que possa levar à perda da capacidade
de um CCS de controlar uma máquina (por exemplo, nível de sinal reduzido, baixa carga da bateria),
uma advertência ao operador deve ser fornecida antes que a capacidade do CCS de controlar uma
máquina seja perdida.

Quando a capacidade de um CCS de controlar uma máquina for perdida por um período de tempo que
é determinado a partir de uma apreciação de riscos da aplicação, uma parada automática da máquina
deve ser iniciada.

NOTA Em alguns casos, por exemplo, para evitar esta parada automática gerando uma condição perigosa
inesperada, pode ser necessário que a máquina prossiga para um estado predeterminado antes da parada.

A recuperação da capacidade de um CCS de controlar uma máquina não pode iniciar uma nova
partida da máquina. A nova partida deve requerer uma ação deliberada, por exemplo, acionamento
manual de um botão de partida.

9.2.4.3 Limitação do controle

Medidas devem ser tomadas (por exemplo, transmissão codificada) para evitar que a máquina
responda a sinais diferentes da(s) estação(ões) de controle do operador de acionamento sem fio.

A(s) estação(ões) de controle sem fio deve(m) controlar somente a(s) máquina(s) pretendida(s)
e deve(m) afetar somente as funções pretendidas da máquina.

9.2.4.4 Uso de múltiplas estações de controle sem fio

Quando mais de uma estação de controle sem fio for utilizada para controlar uma máquina, então:

● somente uma estação de controle sem fio deve ser ativada por vez, exceto quando necessário
para a operação da máquina;

● a transferência de controle de uma estação de controle sem fio para outra deve requerer uma
ação manual deliberada na estação que está ativa;

1 Publicada em 2017.

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● durante a operação da máquina, a transferência de controle somente deve ser possível quando
ambas as estações de controle sem fio estiverem ajustadas no mesmo modo de operação da
máquina e/ou função(ões) da máquina;

● a transferência de controle não pode alterar o modo selecionado de operação da máquina e/ou
função(ões) da máquina;
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● cada estação de controle sem fio que controla a máquina deve ser fornecida com uma indicação
de que ela possui o controle (por exemplo, o fornecimento de uma luz indicadora, uma indicação
de exibição visual).

NOTA Indicações em outros locais podem ser necessárias conforme determinado pela apreciação de riscos.

9.2.4.5 Estações de operação de controle portáteis com acionamento sem fio

As estações de operação de controle portáteis com acionamento sem fio devem ser fornecidas com
meios (por exemplo, interruptor operado por chave, código de acesso) que previnam o uso não
autorizado.

Recomenda-se que cada máquina sob controle sem fio tenha uma indicação quando ela estiver sob
controle sem fio.

Quando uma estação de operação de controle portátil com acionamento sem fio puder ser conectada
a uma ou mais máquinas, meios devem ser fornecidos na estação de operação de controle portátil com
acionamento sem fio para selecionar qual(ais) máquina(s) deve(m) ser conectada(s). Os comandos
de controle não podem ser iniciados ao selecionar a máquina a ser conectada.

9.2.4.6 Desativação deliberada de estações de operação de controle com acionamento sem fio

Quando uma estação de operação de controle com acionamento sem fio for desativada, quando
estiver sob controle, a máquina associada deve atender aos requisitos da perda de capacidade de um
CCS para controlar uma máquina conforme 9.2.4.2.

Quando for necessário desativar uma estação de operação de controle com acionamento sem fio
sem interromper a operação da máquina, meios devem ser fornecidos (por exemplo, na estação
de operação de controle com acionamento sem fio) para transferir o controle para outra estação de
controle fixa ou portátil.

9.2.4.7 Dispositivos de parada de emergência em estações de operação de controle portáteis


com acionamento sem fio

Os dispositivos de parada de emergência em estações de operação de controle portáteis com


acionamento sem fio não podem ser o único meio de iniciar a função de parada de emergência de
uma máquina.

Confusão entre dispositivos de parada de emergência ativos e inativos deve ser evitada por projeto
e informações de uso apropriados. Ver também a ISO 13850.

9.2.4.8 Reinicialização da parada de emergência

A reinicialização do controle sem fio após a perda, desativação e reativação de energia, perda de
comunicação ou falha de partes do CCS não pode resultar no rearme da condição de parada de
emergência.

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As instruções de uso devem indicar que o rearme de uma condição de parada de emergência iniciada
por uma estação de operação de controle portátil com acionamento sem fio somente deve ser realizado
quando demonstrado que o motivo para a inicialização está esclarecido.

Dependendo da apreciação de riscos, em adição ao rearme do atuador da parada de emergência


na estação de operação de controle portátil com acionamento sem fio, um ou mais dispositivos fixos
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suplementares de rearme devem ser fornecidos.

9.3 Intertravamento de proteção

9.3.1 Fechamento ou rearme de uma proteção de segurança intertravada

O fechamento ou rearme de uma proteção de segurança intertravada não pode iniciar uma operação
perigosa da máquina.

NOTA Os requisitos para proteções de intertravamento com uma função de partida (proteções de controle)
são especificados na ABNT NBR ISO 12100:2013, 6.3.3.2.5.

9.3.2 Excedendo os limites de operação

Quando um limite de operação (por exemplo, velocidade, pressão, posição) puder ser excedido levando
a uma situação perigosa, meios devem ser fornecidos para detectar quando um limite predeterminado
é excedido e para iniciar uma ação de controle apropriada.

9.3.3 Operação de funções auxiliares

A operação correta de funções auxiliares deve ser verificada por dispositivos apropriados (por exemplo,
sensores de pressão).

Quando a não operação de um motor elétrico ou dispositivo para uma função auxiliar (por exemplo,
lubrificação, abastecimento de refrigerante, remoção de cavacos) puder provocar uma situação perigosa
ou provocar danos à máquina ou ao trabalho em andamento, deve ser fornecido um intertravamento
apropriado.

9.3.4 Intertravamento entre diferentes operações e para movimentos reversos

Todos os contatores, relés e outros dispositivos de comando que controlam os elementos da máquina
e que podem provocar uma situação perigosa quando acionados simultaneamente (por exemplo,
aqueles que iniciam movimento reversos) devem ser intertravados contra a operação incorreta.

Os contatores de reversão (por exemplo, os que controlam o sentido de rotação de um motor elétrico)
devem ser intertravados de tal modo que, em serviço normal, não possa ocorrer curto-circuito
no chaveamento.

Onde, para segurança ou para operação contínua, certas funções da máquina forem requeridas
a estar inter-relacionadas, uma coordenação apropriada deve ser assegurada por intertravamentos
adequados. Para um grupo de máquinas que trabalham em conjunto de maneira coordenada e que
possuem mais de um controlador, providências devem ser tomadas para coordenar as operações dos
controladores, conforme necessário.

Quando uma falha de um atuador do freio mecânico puder resultar na atuação do freio quando o
atuador da máquina associado estiver energizado e uma situação perigosa puder ocorrer, devem ser
fornecidos intertravamentos para desligar o atuador da máquina.

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9.3.5 Frenagem por corrente reversa

Quando a frenagem de um motor elétrico for realizada por reversão de corrente, medidas devem ser
fornecidas para evitar a partida do motor elétrico no sentido oposto ao final da frenagem, quando essa
reversão pode provocar uma situação perigosa ou danos à máquina ou ao trabalho em andamento.
Para esta finalidade, um dispositivo que opera exclusivamente em função do tempo não é permitido.
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Os circuitos de controle devem ser dispostos de modo que a rotação de um eixo do motor elétrico, por
exemplo, aplicando uma força manual ou qualquer outra força que provoque a rotação do eixo após
ele ter sido parado, não possa resultar em uma situação perigosa.

9.3.6 Suspensão das funções de segurança e/ou medidas de proteção

Quando for necessário suspender as funções de segurança e/ou medidas de proteção (por
exemplo, para fins de regulagem ou manutenção), o seletor de modo de controle ou operação deve
simultaneamente:

● desabilitar todos os demais modos de operação (controle);

● permitir a operação somente pelo uso de um dispositivo de comando sem retenção ou por um
dispositivo de controle similar, posicionado de modo a permitir a visualização dos elementos
perigosos;

● permitir a operação dos elementos perigosos somente em condições de risco reduzidas (por
exemplo, velocidade reduzida, potência/força reduzida, operação gradual, por exemplo, com um
dispositivo de comando de movimento limitado);

● evitar qualquer operação de funções perigosas por ação voluntária ou involuntária nos sensores
da máquina.

Se estas quatro condições não puderem ser atendidas simultaneamente, o seletor de modo de controle
ou operação deve ativar outras medidas de proteção projetadas e construídas para assegurar uma
zona de intervenção segura. Além disso, o operador deve ser capaz de controlar a operação das
partes em que ele está trabalhando a partir do ponto de ajuste.

9.4 Funções de controle em caso de falha

9.4.1 Requisitos gerais

Quando falhas ou perturbações no equipamento elétrico puderem provocar uma situação perigosa
ou danos à máquina ou ao trabalho em andamento, medidas adequadas devem ser tomadas para
minimizar a probabilidade de ocorrência dessas falhas ou perturbações. As medidas requeridas e a
extensão em que elas são implementadas, seja individualmente ou combinadas, dependem do nível
de risco associado com a respectiva aplicação (ver 4.1).

Os exemplos dessas medidas que podem ser apropriados incluem, porém não estão limitados a:

● intertravamento de proteção do circuito elétrico;

● utilização de técnicas de circuitos e componentes comprovados (ver 9.4.2.2);

● provisão de redundância parcial ou completa (ver 9.4.2.3) ou de diversidade (ver 9.4.2.4);

● provisão para ensaios funcionais (ver 9.4.2.5).

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O(s) sistema(s) de controle elétrico deve(m) ter um desempenho apropriado que tenha sido determinado
na apreciação de riscos da máquina.

Devem ser aplicados os requisitos das funções de comando relacionadas à segurança das IEC 62061
e/ou ISO 13849-1 e ISO 13849-2.
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Quando as funções realizadas pelo(s) sistema(s) de comando elétrico tiverem implicações de


segurança, porém a aplicação da IEC 62061 levar a uma integridade de segurança requerida menor
que a requerida por SIL 1, a conformidade com os requisitos desta Parte da ABNT NBR IEC 60204
pode levar a um desempenho adequado do(s) sistema(s) de controle elétrico.

Quando a retenção da memória for mantida, por exemplo, por alimentação da bateria, devem ser
tomadas medidas para evitar situações perigosas decorrentes de falha, subtensão ou remoção da
bateria.

Devem ser fornecidos meios para evitar a alteração não autorizada ou involuntária da memória, por
exemplo, requerendo o uso de uma chave, código de acesso ou ferramenta.

9.4.2 Medidas para minimizar os riscos em caso de falha

9.4.2.1 Generalidades

As medidas para minimizar os riscos em caso de falha incluem, porém não estão limitadas à(s):

● utilização de técnicas de circuitos e componentes comprovados;

● provisões de redundância parcial ou completa;

● provisão de diversidade;

● provisão para ensaios funcionais.

9.4.2.2 Utilização de técnicas de circuito e componentes comprovados

Estas medidas incluem, porém não estão limitadas a:

● ligação de circuitos de controle ao circuito de ligação de proteção para fins funcionais (ver 9.4.3.1.1
e Figura 4);

● chaveamento de dispositivos de comando de acordo com 9.4.3.1.1;

● parada por desenergização;

● chaveamento de todos os condutores do circuito de controle (por exemplo, ambos os lados de


uma bobina) do dispositivo que está sendo controlado;

● dispositivos de manobra que tenham ação de ruptura positiva (ver ABNT NBR IEC 60947-5-1);

● monitoramento pelo:

— uso de contatos mecanicamente guiados (ver ABNT NBR IEC 60947-5-1);

— uso de contatos espelhos (ver IEC 60947-4-1);

● projeto do circuito para reduzir a possibilidade de falhas que provocam operações indesejáveis.

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9.4.2.3 Provisão de redundância parcial ou completa

Ao fornecer redundância parcial ou completa, é possível minimizar a probabilidade de que uma única
falha no circuito elétrico possa resultar em uma situação perigosa. A redundância pode ser efetiva
em operação normal (redundância on-line) ou projetada como circuitos especiais que incorporem
a função de proteção (redundância off-line) somente quando a função de operação falhar.
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Quando for fornecida uma redundância off-line que não esteja ativa durante a operação normal,
medidas adequadas devem ser tomadas para assegurar que esses circuitos de controle estejam
disponíveis quando requeridos.

9.4.2.4 Provisão de diversidade

O uso de circuitos de controle que tenham diferentes princípios de operação ou que utilizem tipos
diferentes de dispositivos ou componentes pode reduzir a probabilidade de perigos resultantes de
defeitos e/ou falhas. Os exemplos incluem:

— o uso de uma combinação de contatos normalmente abertos e normalmente fechados;

— o uso de tipos diferentes de dispositivos de comando no(s) circuito(s);

— a combinação de equipamentos eletromecânicos e eletrônicos em configurações redundantes.

A combinação de sistemas elétricos e não elétricos (por exemplo, mecânicos, hidráulicos, pneumáti-
cos) pode realizar a função redundante e fornecer a diversidade.

9.4.2.5 Provisão para testes funcionais

Os testes funcionais podem ser realizados automaticamente pelo sistema de controle, ou manualmente
por inspeção ou testes na partida e em intervalos predeterminados, ou uma combinação conforme
apropriado (ver também 17.2 e 18.6).

9.4.3 Proteção contra o mau funcionamento dos circuitos de comando

9.4.3.1 Defeitos do isolamento

9.4.3.1.1 Generalidades

Medidas devem ser previstas para reduzir a probabilidade de que os defeitos do isolamento em qualquer
circuito de comando possam provocar mau funcionamento, como partida inesperada, movimentos
potencialmente perigosos ou evitar a parada da máquina.

As medidas que atendem aos requisitos incluem, mas não estão limitadas aos seguintes métodos:

— método a) – Circuitos de comando aterrados, alimentados por transformadores;

— método b) – Circuitos de comando não aterrados, alimentados por transformadores;

— método c) – Circuitos de comando alimentados por transformadores, com um enrolamento no


ponto médio (centre-tap) aterrado;

— método d) – Circuitos de comando não alimentados por transformadores.

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9.4.3.1.2 Método a) – Circuitos de comando aterrados, alimentados por transformadores

O condutor comum deve ser conectado ao circuito de ligação de proteção no ponto de alimentação.
Todos os contatos, elementos em estado sólido etc., que são destinados a operar um dispositivo
eletromagnético ou outro dispositivo (por exemplo, um relé, luz indicadora) devem ser inseridos
entre o condutor a ser chaveado da alimentação do circuito de controle e um terminal da bobina ou
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dispositivo. O outro terminal da bobina ou dispositivo está conectado diretamente ao condutor comum
da alimentação do circuito de comando sem qualquer elemento de chaveamento (ver Figura 7).

1 Condutores a serem chaveados


2 Condutores comuns
3 Chave de comando

Figura 7 – Método a) Circuito de comando aterrado, alimentado por um transformador

NOTA O método a) também pode ser utilizado para circuitos de comando em corrente contínua. Neste
caso, o transformador mostrado na Figura 7 é substituído por uma fonte de alimentação elétrica em corrente
contínua.

Exceção: Os contatos dos dispositivos de proteção podem ser conectados entre o condutor comum
e as bobinas, desde que a conexão seja muito curta (por exemplo, no mesmo invólucro), de modo que
um defeito de aterramento seja improvável (por exemplo, relés de sobrecarga diretamente montados
nos contatores).

9.4.3.1.3 Método b) – Circuitos de comando não aterrados, alimentados por transformadores

Os circuitos de comando alimentados por um transformador de comando que não está conectado ao
circuito de ligação de proteção devem:

 1) ter chaves de comando com dois polos que operem em ambos os condutores; ver Figura 8; ou

 2) ser fornecidos com um dispositivo, por exemplo, um dispositivo de monitoramento da isolação,
que interrompa o circuito automaticamente em caso de falha do isolamento à terra; ver Figura 9; ou

 3) quando uma interrupção de acordo com o item 2 descrito acima aumentar o risco, por exemplo,
quando uma operação continuada for requerida durante a primeira falha do isolamento à terra,

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pode ser suficiente fornecer um dispositivo de monitoramento da isolação (por exemplo, de acordo
com a IEC 61557-8), o qual iniciará um sinal sonoro e luminoso na máquina; ver Figura 10. Os
requisitos para o procedimento a ser realizado pelo usuário da máquina em resposta a esse
alarme devem ser descritos nas informações de uso.
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1 Condutores a serem chaveados


2 Condutores comuns
3 Chave de comando

Figura 8 – Método b1) Circuito de comando não aterrado, alimentado por transformador

NOTA 1 O método b1) também pode ser utilizado para circuitos de comando em corrente contínua. Neste
caso, o transformador mostrado na Figura 8 é substituído por uma fonte de alimentação elétrica em corrente
contínua.

1 Condutores a serem chaveados


2 Condutores comuns
3 Chave de comando

Figura 9 – Método b2) Circuito de comando não aterrado alimentado por transformador

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NOTA 2 O método b2) também pode ser utilizado para circuitos de comando em corrente contínua. Neste
caso, o transformador mostrado na Figura 9 é substituído por uma fonte de alimentação elétrica em corrente
contínua.

NOTA 3 A Figura 9 não mostra os dispositivos de proteção contra sobrecorrente nos circuitos de medição
para proteção do dispositivo de monitoramento da isolação.
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1 Condutores a serem chaveados


2 Condutores comuns
3 Chave de comando

Figura 10 – Método b3) Circuito de comando não aterrado, alimentado por transformador

NOTA 4 O método b3) também pode ser utilizado para circuitos de comando em corrente contínua. Neste
caso, o transformador mostrado na Figura 10 é substituído por uma fonte de alimentação elétrica em corrente
contínua. Quando uma combinação de transformador e retificador for utilizada, o dispositivo de monitoramento
da isolação é conectado ao circuito de proteção na parte de corrente contínua do circuito de controle, logo
após o retificador.

NOTA 5 A Figura 10 não mostra os dispositivos de proteção contra sobrecorrente nos circuitos de medição
para proteção do dispositivo de monitoramento da isolação.

9.4.3.1.4 Método c) – Circuitos de comando alimentados por um transformador com um


enrolamento no ponto médio aterrado (centre tap)

Os circuitos de comando alimentados por um transformador de controle com o seu enrolamento no


ponto médio conectado ao circuito de ligação de proteção devem ter dispositivos de proteção contra
sobrecorrente que rompam ambos os condutores.

As chaves de comando devem ser do tipo dois polos que operam em ambos os condutores.

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1 Condutores chaveados
2 Condutores comuns
3 Chaves de comando

Figura 11 – Método c) Circuitos de comando alimentados por transformador com um


enrolamento no ponto médio aterrado

9.4.3.1.5 Método d) – Circuitos de comando não alimentados por um transformador

Os circuitos de comando que não são alimentados por um transformador de comando ou fonte de
alimentação chaveada equipados com transformadores que possuam enrolamentos separados de
acordo com a IEC 61558-2-16 somente são permitidos para máquinas com no máximo um dispositivo
de partida do motor e/ou com no máximo dois dispositivos de comando, de acordo com 9.1.1.

Dependendo do aterramento do sistema de alimentação, os possíveis casos são:

 1) diretamente conectado a um sistema de alimentação aterrado (sistema TN ou TT) e:

 a) sendo alimentado entre um condutor de linha e o condutor neutro; ver Figura 12; ou

 b) sendo alimentado entre dois condutores de linha; ver Figura 13; ou

 2) diretamente conectado a um sistema de alimentação que não seja aterrado ou que seja aterrado
por meio de uma alta impedância (sistema IT) e:

 a) sendo alimentado entre um condutor de linha e o condutor neutro; ver Figura 14; ou

 b) sendo alimentado entre dois condutores de linha; ver Figura 15.

O método d1b) requer chaves de comando multipolo que chaveiam todos os condutores energizados,
a fim de evitar uma partida inesperada em caso de uma falha do isolamento à terra no circuito de
comando.

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O método d2) requer o fornecimento de um dispositivo que interrompa o circuito automaticamente em


caso de falha do isolamento à terra.
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Figura 12 – Método d1a) Circuito de comando sem transformador, conectado entre uma fase e
o neutro de um sistema de alimentação aterrado

NOTA 1 A Figura 12 mostra o caso em que o sistema de alimentação é um sistema TN. O circuito de
comando é o mesmo no caso de um sistema TT.

NOTA 2 A Figura 12 não mostra quaisquer dispositivos de proteção para o circuito de potência e o circuito
de comando, os quais estão declarados em 6.3 e 7.2.

Figura 13 – Método d1b) Circuito de comando sem transformador, conectado entre duas fases
de um sistema de alimentação aterrado

NOTA 3 A Figura 13 mostra o caso em que o sistema de alimentação é um sistema TN. O circuito de
comando é o mesmo no caso de um sistema TT.

NOTA 4 A Figura 13 não mostra quaisquer dispositivos de proteção necessários para o circuito de potência
e o circuito de comando, os quais estão declarados em 6.3 e 7.2.

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Figura 14 – Método d2a) Circuito de comando sem transformador, conectado entre fase
e neutro de um sistema de alimentação não aterrado

NOTA 5 A Figura 14 não mostra quaisquer dispositivos de proteção necessários para o circuito de potência
e o circuito de comando, os quais estão declarados em 6.3 e 7.2.

Figura 15 – Método d2b) Circuito de comando sem transformador, conectado entre duas fases
de um sistema de alimentação não aterrado

NOTA 6 A Figura 15 não mostra quaisquer dispositivos de proteção necessários para o circuito de potência
e o circuito de comando, os quais estão declarados em 6.3 e 7.2.

9.4.3.2 Interrupções de tensão

Ver também 7.5.

Quando o sistema de controle utilizar dispositivos de memória, o funcionamento apropriado, no caso


de falha na alimentação, deve ser assegurado (por exemplo, utilizando uma memória não volátil), para
evitar qualquer perda de memória que possa resultar em uma situação perigosa.

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9.4.3.3 Perda de continuidade do circuito

Quando a perda de continuidade dos circuitos de comando que dependem de contatos deslizantes
puder resultar em uma situação perigosa, medidas apropriadas devem ser tomadas (por exemplo,
duplicando os contatos deslizantes).
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10 Interface do operador e dispositivos de comando instalados na máquina


10.1 Generalidades

10.1.1 Requisitos gerais

Quando praticável, os dispositivos de comando para interface do operador devem ser selecionados,
instalados e identificados ou codificados de acordo com a série IEC 61310.

A possibilidade de operação inadvertida deve ser minimizada, por exemplo, pelo posicionamento
dos dispositivos, projeto adequado e provisão de medidas de proteção adicionais. Atenção especial
deve ser dada à seleção, disposição, programação e uso de dispositivos de entrada do operador,
como telas sensíveis ao toque, teclados convencionais e teclados numéricos, para o controle das
operações perigosas da máquina e de sensores (por exemplo, sensores de posição) que possam
iniciar a operação da máquina. Informações adicionais podem ser encontradas na IEC 60447.

Os princípios ergonômicos devem ser levados em consideração na localização dos dispositivos de


interface do operador.

10.1.2 Local e instalação

Quando praticável, os dispositivos de comando instalados na máquina devem ser:

● prontamente acessíveis para serviço e manutenção;

● instalados de modo a minimizar a possibilidade de danos das atividades, como manuseio de material.

Os acionadores de dispositivos de comando manual devem ser selecionados e instalados de modo que:

● não estejam a menos de 0,6 m acima do nível para realização do serviço e sejam de fácil alcance
da posição normal de trabalho do operador;

● o operador não seja colocado em uma situação perigosa ao operá-los.

Os acionadores de dispositivos de comando por pedal devem ser selecionados e instalados de modo que:

● sejam de fácil alcance da posição normal de trabalho do operador;

● o operador não seja colocado em uma situação perigosa ao operá-los.

10.1.3 Proteção

O grau de proteção (classificação IP de acordo com a ABNT NBR IEC 60529), juntamente com outras
medidas apropriadas, deve fornecer proteção contra:

● os efeitos de líquidos, vapores ou gases encontrados no ambiente físico ou utilizados na máquina;

● a penetração de contaminantes (por exemplo, limalhas, poeira, material particulado).

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Além disso, os dispositivos de comando de interface do operador devem ter um grau mínimo de
proteção contra o contato com partes energizadas de IPXXD, de acordo com a ABNT NBR IEC 60529.

10.1.4 Sensores de posição

Os sensores de posição (por exemplo, interruptores de posição, interruptores de proximidade) devem


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ser dispostos de modo que não sejam danificados em caso de exceder o seu curso.

Os sensores de posição em circuitos com funções de controle de segurança (por exemplo, para
manter a condição segura da máquina ou evitar situações perigosas que surjam na máquina) devem
ter ação de abertura positiva (ver ABNT NBR IEC 60947-5-1) ou devem fornecer confiabilidade similar
(ver 9.4.2).

10.1.5 Estações de controle portáteis e pendentes

As estações de controle do operador portáteis e pendentes e seus dispositivos de comando devem ser
selecionados e dispostos de modo a minimizar a possibilidade de operações da máquina provocadas
por acionamento inadvertido, impactos e vibrações (por exemplo, se a estação de controle do operador
cair ou atingir uma obstrução) (ver também 4.4.8).

10.2 Acionadores

10.2.1 Cores

Os acionadores (ver 3.1.1) devem ser codificados por cores conforme descrito a seguir.

Convém que as cores de acionadores destinados para PARTIDA/LIGAR sejam a BRANCA, CINZA,
PRETA ou VERDE, com uma preferência para a BRANCA. A VERMELHA não pode ser utilizada.

A VERMELHA deve ser utilizada para acionadores de parada de emergência e de desligamento de


emergência (incluindo dispositivos de seccionamento de alimentação, onde for previsto que eles sejam
utilizados ​​em uma emergência). Se um fundo existir imediatamente ao redor do acionador, então este
fundo deve ser AMARELO. A combinação de um acionador VERMELHO com um fundo AMARELO
somente deve ser utilizada para dispositivos de operação de emergência.

Convém que as cores de acionadores destinados para PARADA/DESLIGAR sejam a PRETA, CINZA
ou BRANCA, com uma preferência para a PRETA. A VERDE não pode ser utilizada. A VERMELHA é
permitida, porém é recomendado que a VERMELHA não seja utilizada próximo a um dispositivo de
operação de emergência.

A BRANCA, CINZA ou PRETA são as cores preferidas para acionadores que alternadamente atuam
como acionadores destinados para PARTIDA/LIGAR e PARADA/DESLIGAR. As cores VERMELHA,
AMARELA ou VERDE não podem ser utilizadas.

A BRANCA, CINZA ou PRETA são as cores preferidas para acionadores que provocam a operação
enquanto são acionados e cessam a operação quando são liberados (por exemplo, por ação contínua).
As cores VERMELHA, AMARELA ou VERDE não podem ser utilizadas.

Os acionadores para reinicialização devem ser na cor AZUL, BRANCA, CINZA ou PRETA. Quando
eles também atuarem como um acionador destinado para PARADA/DESLIGAR, as cores BRANCA,
CINZA ou PRETA são preferidas, sendo a preferência principal para a PRETA. A VERDE não pode
ser utilizado.

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A cor AMARELA é reservada para uso em condições anormais, por exemplo, no caso de uma condição
anormal do processo ou para interromper um ciclo automático.

Quando a mesma cor, BRANCA, CINZA ou PRETA, for utilizada para várias funções (por exemplo,
a BRANCA para acionadores destinados à PARTIDA/LIGAR e à PARADA/DESLIGAR), um meio com-
plementar de codificação (por exemplo, forma, posição, símbolo) deve ser utilizado para a identifica-
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ção dos acionadores.

10.2.2 Marcações

Além da identificação funcional, conforme descrito em 16.3, os símbolos recomendados para serem
colocados próximos ou, de preferência, diretamente em certos acionadores são fornecidos na Tabela 2
ou Tabela 3.

Tabela 2 – Símbolos para acionadores (energia)


Energia
LIGAR/DESLIGAR
(pressionar ligar LIGAR (comando
LIGAR DESLIGAR
pressionar sem retenção)
desligar)
IEC 60417-5007 IEC 60417-5008 IEC 60417-5010 IEC 60417-5011
(2002-10) (2002-10) (2002-10) (2002-10)

Tabela 3 – Tabela 3 – Símbolos para acionadores (operação da máquina)


Operação da máquina
COMANDO SEM PARADA DE
PARTIDA PARADA
RETENÇÃO EMERGÊNCIA
IEC 60417-5104 IEC 60417-5110A IEC 60417-5011 IEC 60417-5638
(2006-08) (2004-06) (2002-10) (2002-10)

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10.3 Indicadores luminosos e monitores

10.3.1 Generalidades

Os indicadores luminosos e monitores servem para fornecer os seguintes tipos de informações:


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— indicação: para atrair a atenção do operador ou indicar que uma determinada tarefa seja realizada.
As cores VERMELHA, AMARELA, AZUL e VERDE são normalmente utilizadas neste modo; para
indicadores luminosos piscantes e monitores, ver 10.3.3.

— confirmação: para confirmar um comando ou uma condição, ou confirmar o término de um período


de mudança ou transição. As cores AZUL e BRANCA são normalmente utilizadas neste modo
e a verde pode ser utilizada em alguns casos.

Os indicadores luminosos e monitores devem ser selecionados e instalados de modo a serem visíveis
da posição normal do operador (ver também IEC 61310-1).

Os circuitos utilizados para dispositivos visuais ou audíveis, empregados para alertar as pessoas de
um evento perigoso iminente, devem ser equipados com recursos para verificar a operacionalidade
desses dispositivos.

10.3.2 Cores

Convém que os indicadores luminosos sejam codificados por cores com relação à condição (estado)
da máquina, de acordo com a Tabela 4.

Tabela 4 – Cores para indicadores luminosos e seus significados com relação à condição
da máquina
Cor Significado Explicação Ação pelo operador
Ação imediata para tratar
das condições perigosas (por
exemplo, desligamento da
VERMELHA Emergência Condição perigosa
alimentação da máquina, estar
alerta para a condição perigosa e
ficar distante da máquina)
Monitoramento e/ou intervenção
Condição anormal
AMARELA Anormal (por exemplo, restabelecendo a
Condição crítica iminente
função pretendida)
Indicação de uma condição
AZUL Obrigatório que requer a ação do Ação obrigatória
operador
VERDE Normal Condição normal Opcional
Outras condições podem ser
utilizadas sempre que houver
BRANCA Neutro dúvida sobre a aplicação das Monitoramento
cores vermelhA, amarelA,
verde, azul

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Convém que as torres de sinalização nas máquinas tenham as cores aplicáveis na seguinte sequência
de cima para baixo: VERMELHA, AMARELA, AZUL, VERDE E BRANCA.

10.3.3 Indicadores luminosos piscantes e monitores

Para distinção ou informações adicionais e especialmente para dar ênfase adicional, os indicadores
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luminosos piscantes e monitores podem ser fornecidos para as seguintes finalidades:

— atrair a atenção;

— solicitar uma ação imediata;

— indicar uma discrepância entre o comando e o estado atual;

— indicar uma alteração no processo (piscante durante a transição).

É recomendado que maiores frequências de piscamento sejam utilizadas para informações de maior
prioridade (ver IEC 60073 para as taxas recomendadas de intermitência e proporções de pulso/pausa).

Quando indicadores luminosos piscantes ou monitores forem utilizados para fornecer informações de
alta prioridade, recomenda-se que advertências sonoras adicionais também sejam consideradas.

10.4 Botões de pressão iluminados

Os acionadores de botões de pulso iluminados devem ser codificados por cores de acordo com 10.2.1.
Quando houver dificuldade em atribuir uma cor apropriada, a BRANCA deve ser utilizada.

A cor dos acionadores de parada de emergência ativos deve permanecer a vermelhA, independentemente
do estado da iluminação.

10.5 Dispositivos de comando giratórios

Os dispositivos que possuem um elemento giratório, como potenciômetros e chaves seletoras, devem
ter meios de evitar o giro do componente estacionário. O atrito por si só não pode ser considerado
suficiente.

10.6 Dispositivos de partida

Os acionadores utilizados para iniciar uma função de partida ou o movimento dos elementos da
máquina (por exemplo, partes deslizantes, eixos, transportadores) devem ser construídos e instalados
de forma a minimizar a operação inadvertida.

10.7 Dispositivos de parada de emergência

10.7.1 Localização dos dispositivos de parada de emergência

Os dispositivos de parada de emergência devem ser prontamente acessíveis.

Os dispositivos de parada de emergência devem ser fornecidos em cada local onde o início de uma
parada de emergência pode ser requerido.

Pode haver circunstâncias onde confusão pode ocorrer entre os dispositivos de parada de emergência
ativos e inativos, provocada, por exemplo, pelo seccionamento ou, de outra forma, por desativação

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 65/141


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de uma estação de controle do operador. Nesses casos, meios devem ser fornecidos para minimizar
a confusão (por exemplo, projeto e informações de uso).

10.7.2 Tipos de dispositivo de parada de emergência

Os tipos de dispositivo de parada de emergência incluem, mas não estão limitados a:


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● um dispositivo de botão de pulso para acionamento pela palma da mão ou com a mão fechada
(por exemplo, tipo cogumelo);

● um interruptor operado por cordão;

● um interruptor operado por pedal sem uma proteção mecânica.

Os dispositivos devem estar de acordo com a ABNT NBR IEC 60947-5-5.

10.7.3 Operação do dispositivo de seccionamento de alimentação para efetuar uma parada de


emergência

Quando uma parada de categoria 0 for adequada, o dispositivo de seccionamento de alimentação


pode servir a função de parada de emergência quando:

● for prontamente acessível ao operador; e

● for do tipo descrito em 5.3.2 a), b), c) ou d).

Quando for destinado a uso de emergência, o dispositivo de seccionamento de alimentação deve


atender aos requisitos de cor de 10.2.1.

10.8 Dispositivo de desligamento de emergência

10.8.1 Localização dos dispositivos de desligamento de emergência

Os dispositivos de desligamento de emergência devem estar localizados conforme necessidade da


aplicação. Normalmente, esses dispositivos devem estar localizados separados das estações de
controle do operador. Quando puder ocorrer confusão entre os dispositivos de parada de emergência
e de desligamento de emergência, meios devem ser fornecidos para minimizar o conflito.

NOTA Isto pode ser conseguido, por exemplo, por um invólucro de vidro quebrável para o dispositivo de
desligamento de emergência.

10.8.2 Tipos de dispositivo de desligamento de emergência

Os tipos de dispositivos para início do desligamento de emergência incluem:

● um interruptor operado por botão de pulso com acionamento pela palma da mão ou do tipo
cogumelo;

● um interruptor operado por cordão.

Os dispositivos devem ter uma ação de abertura positiva ver IEC 60947-5-1:2003, Anexo K, e
ABNT NBR IEC 60947-5-1:2014).

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10.8.3 Operação local do dispositivo de seccionamento de alimentação para efetuar um


desligamento de emergência

Quando o dispositivo de seccionamento de alimentação deve ser operado localmente para desligamento
de emergência, ele deve ser prontamente acessível e deve atender aos requisitos de cor de 10.2.1.
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10.9 Dispositivo de comando de habilitação

A função de controle de habilitação é descrita em 9.2.3.9.

Os dispositivos de comando de habilitação devem ser selecionados e dispostos de modo a minimizar


a possibilidade de anular.

Os dispositivos de comando de habilitação devem ser selecionados de acordo com as seguintes


características:

— projetados de acordo com princípios ergonômicos;

— para um tipo de duas posições:

● posição 1: função de desligamento do interruptor (o atuador não é operado);

● posição 2: função de habilitação (o atuador é operado).

— para um tipo de três posições:

● posição 1: função de desligamento do interruptor (o atuador não é operado);

● posição 2: função de habilitação (o atuador é operado na sua posição média);

● posição 3: função de desligamento (o atuador é operado após a sua posição média);

● ao retornar da posição 3 para a posição 2, a função de habilitação não é ativada.

NOTA A IEC 60947-5-8 especifica os requisitos para interruptores de habilitação de três posições.

11 Dispositivo de comando: local, montagem e invólucros


11.1 Requisitos gerais

Todo dispositivo de comando deve ser localizado e montado de modo a facilitar:

— a sua acessibilidade e manutenção;

— a sua proteção contra as influências externas ou condições sob as quais ele é destinado para
operar;

— a operação e a manutenção da máquina e seus equipamentos associados.

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 67/141


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11.2 Local e montagem

11.2.1 Acessibilidade e manutenção

Todos os itens do dispositivo de comando devem ser colocados e orientados de modo que eles possam
ser identificados sem movimentá-los ou sem deslocar a fiação elétrica. Para itens que requerem
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checagem quanto à operação correta ou que são susceptíveis à substituição, convém que essas ações
sejam possíveis sem desmontar outros equipamentos ou partes da máquina (exceto ao abrir portas
ou remover tampas, barreiras ou obstáculos). Os terminais que não fazem parte de componentes ou
dispositivos de comando também devem estar em conformidade com esses requisitos.

Todo dispositivo de comando deve ser instalado de modo a facilitar a sua operação e manutenção.
Onde uma ferramenta especial for necessária para ajustar, realizar manutenção ou remover um
dispositivo, essa ferramenta deve ser fornecida. Onde o acesso for requerido para manutenção ou
ajuste regular, os dispositivos relevantes devem estar localizados entre 0,4 m e 2,0 m acima do nível
da realização do serviço. É recomendado que os terminais estejam a pelo menos 0,2 m acima do
nível da realização do serviço e sejam colocados de modo que os condutores e os cabos possam ser
facilmente conectados a eles.

Nenhum dispositivo deve ser instalado em portas ou em tampas de acesso de invólucros que espera-se
que sejam removidas, exceto dispositivos para operação, indicação, medição e resfriamento.

Onde dispositivos de comando forem conectados por meio de dispositivos conectores, a sua associa-
ção deve estar clara por tipo (formato), marcação ou designação de referência, de forma isolada ou
combinada (ver 13.4.5).

Os dispositivos conectores que forem manuseados durante a operação normal devem ser fornecidos
com elementos não intercambiáveis onde a falta de uma instalação desse tipo pode resultar em mau
funcionamento.

Combinações de plugue/tomada que são manuseadas durante a operação normal devem ser locali-
zadas e montadas de modo a fornecer um acesso desobstruído.

Os pontos de testes para conexão dos equipamentos de teste, quando fornecidos, devem ser:

— montados de modo a fornecer um acesso desobstruído;

— claramente identificados de forma a corresponder com a documentação;

— adequadamente isolados;

— suficientemente espaçados.

11.2.2 Separação física ou agrupamento

Os componentes e dispositivos não elétricos, não diretamente associados ao equipamento elétrico,


não podem estar localizados dentro de invólucros que contêm dispositivo de comando. Recomenda-se
que os dispositivos, como válvulas-solenoides, sejam separados dos outros equipamentos elétricos
(por exemplo, em um compartimento separado).

Recomenda-se que os dispositivos de comando montados no mesmo local e conectados no circuito


de potência, ou em ambos os circuitos de potência e de controle, sejam agrupados separadamente
daqueles conectados somente aos circuitos de comando.

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Os terminais devem ser separados em grupos para:

— circuitos de potência;

— circuitos de comando da máquina;


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— outros circuitos de comando, alimentados por fontes externas (por exemplo, para intertravamento).

Os grupos podem ser instalados adjacentes, desde que cada grupo possa ser facilmente identificado
(por exemplo, por marcações, pelo uso de tamanhos diferentes, pelo uso de barreiras ou por cores).

Quando organizada a localização dos dispositivos (incluindo interconexões), as distâncias de


separação e distâncias de escoamento especificadas para eles pelo fornecedor devem ser mantidas,
considerando as influências externas ou as condições do ambiente físico.

11.2.3 Efeitos do aquecimento

O aumento da temperatura dentro dos invólucros do equipamento elétrico não pode exceder à tempe-
ratura ambiente especificada pelos fabricantes do componente.

NOTA 1 A IEC/TR 60890 pode ser utilizada para o cálculo do aumento da temperatura dentro de invólucros.

Os componentes que geram calor (por exemplo, dissipador de calor, resistores de potência) devem
estar localizados de forma que a temperatura de cada componente nas proximidades permaneça
dentro do limite permitido.

NOTA 2 Informações sobre a seleção de materiais isolantes para resistir às tensões térmicas são fornecidas
nas IEC 60216 e ABNT NBR IEC 60085.

11.3 Graus de proteção

A proteção do dispositivo de comando contra a penetração de partículas sólidas estranhas e de líquidos


deve ser adequada considerando as influências externas sob as quais a máquina é destinada a operar
(ou seja, o local e as condições ambientais físicas) e deve ser suficiente contra poeira, refrigerantes,
lubrificantes e limalhas.

NOTA 1 Os graus de proteção contra a penetração de água são abrangidos pela ABNT NBR IEC 60529.
Medidas de proteção adicionais podem ser necessárias contra outros líquidos.

Os invólucros do dispositivo de comando devem fornecer um grau de proteção de pelo menos IP22
(ver ABNT NBR IEC 60529).

Exceção: Um invólucro que forneça um grau mínimo de proteção IP22 não é requerido quando:

 a) uma área operacional elétrica fornecer um grau de proteção apropriado contra a penetração de
sólidos e líquidos, ou;

 b) coletores removíveis nos sistemas do fio condutor ou da barra condutora forem utilizados e as
medidas de 12.7.1 forem aplicadas.

NOTA 2 Alguns exemplos de aplicações, juntamente com o grau de proteção normalmente fornecido por
seus invólucros, estão listados a seguir:

— invólucro ventilado, contendo somente resistor de partida do motor e outro equipamento de grande porte IP10

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— invólucro ventilado contendo outro equipamento IP32

— invólucro utilizado na indústria em geral IP32, IP43 e IP54

— invólucro utilizado em locais que são limpos com jatos d’água debaixa pressão (mangueira) IP55

— invólucro que provê proteção contra poeira fina IP65


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— invólucro contendo conjuntos de anéis coletores IP2X

Dependendo das condições onde estão instalados, um outro grau de proteção pode ser apropriado.

11.4 Invólucros, portas e aberturas


Os invólucros devem ser construídos utilizando materiais capazes de resistir aos estresses mecânicos,
elétricos e térmicos, bem como aos efeitos de umidade e outros fatores ambientais, prováveis de
serem encontrados em serviço normal.

Convém que os fixadores utilizados para fixar as portas e tampas sejam do tipo cativo.

As janelas de invólucros devem ser de um material adequado que resista ao estresse mecânico
e ataque químico esperados.

É recomendado que as portas do invólucro com dobradiças verticais tenham largura de até 0,9 m, com
um ângulo de abertura de pelo menos 95°.

As uniões ou vedações de portas, tampas, coberturas e invólucros devem resistir aos efeitos químicos
dos líquidos, vapores ou gases agressivos utilizados na máquina. Os meios fornecidos para manter
o grau de proteção das portas, tampas e coberturas de um invólucro que requerem a abertura ou
remoção para operação ou manutenção devem:

● ser firmemente fixados na porta/tampa ou invólucro;

● não se deteriorar devido à remoção ou substituição da porta ou da tampa, e assim prejudicar


o grau de proteção.

Onde existirem aberturas nos invólucros (por exemplo, para acesso aos cabos), incluindo aquelas
na direção do piso ou fundação ou das outras partes da máquina, meios devem ser fornecidos para
assegurar o grau de proteção especificado para o equipamento. As aberturas para as entradas de
cabos devem ser facilmente reabertas no local. Uma abertura adequada pode ser fornecida na base
dos invólucros dentro da máquina de modo que a umidade devido à condensação possa ser escoada.

Não pode haver nenhuma abertura entre os invólucros que contenham equipamentos elétricos e
compartimentos que contenham refrigerantes, lubrificantes ou fluidos hidráulicos, ou aqueles em que
óleo, outros líquidos ou poeira possam penetrar. Este requisito não se aplica a dispositivos elétricos
projetados especificamente para operar em óleo (por exemplo, embreagens eletromagnéticas), nem
a equipamentos elétricos onde refrigerantes forem utilizados.

Quando houver orifícios em um invólucro para fins de instalação, meios podem ser necessários para
assegurar que após a instalação, os orifícios não prejudiquem a proteção requerida.

O equipamento que, em operação normal ou anormal, possa atingir uma temperatura superficial
suficiente para provocar um risco de incêndio ou efeito prejudicial a um material do invólucro deve:

— estar localizado dentro de um invólucro que resista, sem o risco de incêndio ou efeito prejudicial,
a essas temperaturas que possam ser geradas; e

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— ser instalado e localizado a uma distância suficiente do equipamento adjacente de modo a permitir
a dissipação segura de calor (ver também 11.2.3); ou

— ser, de outra forma, protegido por uma tela de material que possa resistir, sem risco de incêndio
ou efeito prejudicial, ao calor emitido pelo equipamento.
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NOTA Uma etiqueta de advertência de acordo com 16.2.2 pode ser necessário.

11.5 Acesso ao equipamento elétrico

As portas em passagens e para acesso às áreas operacionais elétricas devem:

— ter pelo menos 0,7 m de largura e 2,0 m de altura;

— abrir para fora;

— ter um meio (por exemplo, barras antipânico) para permitir a abertura pelo lado de dentro sem o
uso de uma chave ou ferramenta.

NOTA Informações adicionais são fornecidas na IEC 60364-7-729.

12 Condutores e cabos
12.1 Requisitos gerais

Os condutores e cabos devem ser selecionados de forma a serem adequados para as condições
de operação [(por exemplo, tensão, corrente, proteção contra choque elétrico, agrupamento de
cabos) e influências externas (por exemplo, temperatura ambiente, presença de água ou substâncias
corrosivas, tensões mecânicas incluindo as tensões durante a instalação, perigos de incêndio)] que
possam existir.

Estes requisitos não se aplicam à fiação elétrica integrante de conjuntos, subconjuntos e dispositivos
que são fabricados e ensaiados de acordo com a sua norma IEC aplicável (por exemplo, série
IEC 61800).

12.2 Condutores

Convém que os condutores sejam de cobre. Quando forem utilizados condutores de alumínio, a área
de seção transversal deve ser de pelo menos 16 mm2.

Não convém que a área de seção transversal dos condutores de cobre seja menor que a mostrada na
Tabela 5, para assegurar uma resistência mecânica adequada. Entretanto, os condutores com áreas
de seção transversal menores ou outras construções mostradas na Tabela 5 podem ser utilizados nos
equipamentos, desde que uma resistência mecânica adequada seja atingida por outros meios e que
o funcionamento apropriado não seja prejudicado.

NOTA A classificação de condutores é fornecida na Tabela D.4.

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Tabela 5 – Áreas mínimas de seção transversal de condutores em cobre


Tipo de condutor, cabo
Condutor único Múltiplos condutores
Sólido Três ou mais
Local Aplicação Flexível Dois Dois
condutores,
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(classe 1)
Classe 5 condutores, condutores
ou trançado blindados
ou 6 blindados não blindados
(classe 2) ou não

Circuitos de
potência, 1,0 1,5 0,75 0,75 0,75
estáticos
Circuitos de
Fiação Potência
elétrica submetidos a 1,0 ‒ 0,75 0,75 0,75
externa de movimentos
invólucros frequentes
(de proteção)
Circuitos de
1,0 1,0 0,2 0,5 0,2
comando
Comunicação
‒ ‒ ‒ ‒ 0,08
de dados
Circuitos
de potência
0,75 0,75 0,75 0,75 0,75
(conexões
Fiação
não móveis)
elétrica
dentro de Circuitos de
0,2 0,2 0,2 0,2 0,2
invólucros a comando
Comunicação
‒ ‒ ‒ ‒ 0,08
de dados
a Exceto requisitos especiais de normas individuais, ver também 12.1.
NOTA Todas as seções transversais estão em mm2.

Os condutores de classe 1 e classe 2 são destinados principalmente para uso entre partes rígidas e
não móveis quando a vibração não é considerada susceptível de provocar danos.

Convém que todos os condutores que são submetidos ao movimento frequente (por exemplo, um
movimento por hora de operação da máquina) sejam de trançado flexível de classe 5 ou classe 6.

12.3 Isolação

Onde a isolação dos condutores e cabos possa constituir perigos devidos, por exemplo, à propagação
de um incêndio ou a emissão de fumaças tóxicas ou corrosivas, convém que as orientações do forne-
cedor do cabo sejam seguidas. É importante que uma atenção especial seja dada para a integridade
de um circuito que tenha uma função de segurança.

A isolação dos cabos e condutores utilizados deve ser adequada para uma tensão de ensaio:

— não inferior a 2 000 Vca por um período de 5 min para operação em tensões superiores a 50 Vca
ou 120 Vcc, ou

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— não inferior a 500 Vca por um período de 5 min para circuitos PELV (ver IEC 60364-4-41,
equipamentos de classe III).

A resistência mecânica e a espessura da isolação deve ser tal que a isolação não possa ser danificada
em operação ou durante a instalação, especialmente para cabos tracionados em dutos.
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12.4 Capacidade de condução de corrente em serviço normal

A capacidade de condução de corrente depende de diversos fatores, por exemplo, material da isolação,
número de condutores em um cabo, projeto (revestimento), métodos de instalação, agrupamento
e temperatura ambiente.

NOTA 1 Informações detalhadas e orientações adicionais podem ser encontradas na IEC 60364-5-52, em
algumas normas nacionais ou fornecidas pelo fabricante.

Um exemplo típico das capacidades de condução de corrente para fiação elétrica isolada com PVC
entre invólucros e itens individuais do equipamento nas condições de regime permanente é fornecido
na Tabela 6.

NOTA 2 Para aplicações específicas onde o dimensionamento correto do cabo pode depender da relação
entre o período do ciclo de trabalho e da constante térmica de tempo do cabo (por exemplo, partida em
função da carga de alta inércia, trabalho intermitente), o fabricante do cabo pode fornecer informações.

Tabela 6 – Exemplos de capacidade de condução de corrente (Iz) de condutores de cobre


isolados com PVC ou cabos nas condições de regime permanente em uma temperatura do ar
ambiente de + 40 °C para diferentes métodos de instalação (continua)
Método de instalação (ver D.2.2)
B1 B2 C E
Área de seção
Capacidade de condução de corrente, Iz, para circuitos trifásicos
transversal
A
mm2
0,75 8,6 8,5 9,8 10,4
1,0 10,3 10,1 11,7 12,4
1,5 13,5 13,1 15,2 16,1
2,5 18,3 17,4 21 22
4 24 23 28 30
6 31 30 36 37
10 44 40 50 52
16 59 54 66 70
25 77 70 84 88
35 96 86 104 110
50 117 103 125 133
70 149 130 160 171

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Tabela 6 (conclusão)
Método de instalação (ver D.2.2)
B1 B2 C E
Área de seção
Capacidade de condução de corrente, Iz, para circuitos trifásicos
transversal
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A
mm2
95 180 156 194 207
120 208 179 225 240
Pares de circuitos de comando
0,20 4,5 4,3 4,4 4,4
0,5 7,9 7,5 7,5 7,8
0,75 9,5 9,0 9,5 10
NOTA 1 Os valores da capacidade de condução de corrente da Tabela 6 são baseados em:
— um circuito trifásico simétrico para áreas de seção transversal de 0,75 mm2 e maiores;
— um par de circuito de comando para áreas de seção transversal entre 0,2 mm2 e 0,75 mm2.
Onde mais cabos/pares com carga estiverem instalados, os fatores de redução para os valores da Tabela 6
podem ser encontrados nas Tabelas D.2 ou D.3.
NOTA 2 Para temperaturas ambientes diferentes de 40 °C, os fatores de correção das capacidades de
condução de corrente são fornecidos na Tabela D.1.
NOTA 3 Esses valores não se aplicam a cabos flexíveis enrolados em dispositivos de enrolamento (ver 12.6.3).
NOTA 4 Para as capacidades de condução de corrente de outros cabos, ver IEC 60364-5-52.

12.5 Queda de tensão de condutores e cabos

A queda de tensão entre o ponto de alimentação e a carga em qualquer cabo do circuito de energia
não pode exceder 5 % da tensão nominal nas condições normais de operação. A fim de estar em
conformidade com este requisito, pode ser necessário o uso de condutores que tenham uma área de
seção transversal maior do que a especificada na Tabela 6.

Em circuitos de controle, a queda de tensão não pode reduzir a tensão em qualquer dispositivo
a um valor abaixo da especificação do fabricante para esse dispositivo, considerando as correntes de
energização.

Ver também 4.3.

É recomendado que a queda de tensão em componentes, por exemplo, dispositivos de proteção


contra sobrecorrente e dispositivos de manobra, seja considerada.

12.6 Cabos flexíveis

12.6.1 Generalidades

Os cabos flexíveis devem ter condutores de Classe 5 ou Classe 6.

NOTA 1 Os condutores de Classe 6 possuem diâmetro das tranças menor e são mais flexíveis do que os
condutores de Classe 5 (ver Tabela D.4).

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Os cabos que forem submetidos a regimes severos de trabalho devem ser de construção adequada
para proteger contra:

— a abrasão devida ao manuseio mecânico e ao arrastar através de superfícies rugosas;

— a dobra devida à operação sem as guias;


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— a fadiga resultante dos roletes-guia e guiamentos forçados, sendo enrolados e reenrolados nos
carretéis de cabo.

NOTA 2 Os cabos para estas condições são especificados em algumas normas nacionais.

NOTA 3 A vida útil do cabo será reduzida quando condições de operação desfavoráveis, como altas-
tensões de tração, raios pequenos, dobramentos em outro plano e/ou quando ciclos de trabalho frequentes
coincidirem.

12.6.2 Avaliação mecânica

O sistema de manuseio do cabo da máquina deve ser projetado para manter a tensão de tração dos
condutores a mais baixa possível durante as operações da máquina. Quando condutores de cobre forem
utilizados, a tensão de tração aplicada aos condutores não pode exceder 15 N/mm2 da área de seção
transversal em cobre. Quando as demandas da aplicação excederem ao limite da tensão de tração de
15 N/mm2, convém que cabos com características especiais de construção sejam utilizados e convém
que a tensão de tração máxima permitida seja acordada com o fabricante do cabo.

A tensão máxima aplicada aos condutores de cabos flexíveis com outro material diferente do cobre
deve estar dentro das especificações do fabricante do cabo.

NOTA As seguintes condições afetam a tensão de tração nos condutores:

— forças de aceleração;

— velocidade de movimento;

— peso próprio (peso morto) os cabos;

— método de guiamento;

— projeto do sistema do tambor do cabo.

12.6.3 Capacidade de condução de corrente de cabos enrolados em tambores

Os cabos a serem enrolados em tambores devem ser selecionados com condutores que tenham uma
área de seção transversal de tal modo que, quando completamente enrolados no tambor e conduzindo
a carga em serviço normal, a temperatura máxima permissível do condutor não seja excedida.

Para cabos de área de seção transversal circular instalados em tambores, convém que a capacidade
máxima de condução de corrente ao ar livre seja reduzida de acordo com a Tabela 7.

NOTA A capacidade de condução de corrente de cabos ao ar livre pode ser encontrada nas especificações
dos fabricantes ou em normas nacionais aplicáveis.

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Tabela 7 – Fatores de redução para cabos enrolados em tambores


Número de camadas do cabo
Tipo de tambor Qualquer
1 2 3 4
número
Cilíndrico ventilado ‒ 0,85 0,65 0,45 0,35
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Radial ventilado 0,85 ‒ ‒ ‒ ‒


Radial não ventilado 0,75 ‒ ‒ ‒ ‒
É recomendado que o uso dos fatores de redução seja discutido com os fabricantes do cabo e do tambor do
cabo. Isto pode resultar em outros fatores a serem utilizados.
NOTA 1 Um tambor do tipo radial é aquele onde as camadas espirais do cabo são acomodadas entre
flanges proximamente espaçados; se instalado com flanges sólidos, o tambor é descrito como não ventilado
e se os flanges tiverem aberturas adequadas, como ventilado.
NOTA 2 Um tambor cilíndrico ventilado é aquele onde as camadas do cabo são acomodadas entre flanges
amplamente espaçados e o tambor e os flanges extremos possuem aberturas de ventilação.

12.7 Fios condutores, barras condutoras e conjuntos de anéis coletores

12.7.1 Proteção básica

Os fios condutores, barras condutoras e conjuntos de anéis coletores devem ser instalados ou
fechados de tal maneira que, durante o acesso normal à máquina, a proteção básica seja atingida
pela aplicação de uma das seguintes medidas de proteção:

— proteção por isolamento parcial das partes energizadas, ou quando isto não for possível;

— proteção por invólucros ou barreiras de pelo menos IP2X ou IPXXB.

As superfícies superiores horizontais de barreiras ou invólucros que forem prontamente acessíveis


devem fornecer um grau de proteção de pelo menos IP4X ou IPXXD.

Quando o grau de proteção requerido não for atingido, proteção por meio da colocação das partes
vivas fora do alcance em combinação com o desligamento de emergência de acordo com 9.2.3.4.3
deve ser aplicada.

Os fios condutores e as barras condutoras devem ser colocados e/ou protegidos de forma a:

— prevenir o contato, especialmente para fios condutores e barras condutoras desprotegidos, com
partes condutoras, como cabos de chaves acionadas por cabos, dispositivos de alívio de tensão
e correntes de transmissão;

— evitar danos provocados por uma carga oscilante.

Ver 6.2.6.

12.7.2 Condutores de proteção

Quando fios condutores, barras condutoras e conjuntos de anéis coletores forem instalados como
parte do circuito de proteção, eles não podem conduzir corrente em operação normal. Portanto, o
condutor de proteção (PE) e o condutor neutro (N) devem usar fios condutores, barras condutoras ou
anéis coletores independentes.

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A continuidade dos condutores de proteção que utilizam contatos deslizantes deve ser assegurada
tomando medidas adequadas (por exemplo, duplicação do coletor de corrente, monitoramento
contínuo).

12.7.3 Coletores de corrente do condutor de proteção


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Os coletores de corrente do condutor de proteção devem ter uma forma ou construção de modo que
não sejam intercambiáveis com outros coletores de corrente. Esses coletores de corrente devem ser
de contato do tipo deslizante.

12.7.4 Coletores removíveis de corrente com uma função de seccionador

Os coletores removíveis de corrente que tenham uma função de seccionador devem ser projetados
de tal forma que o circuito do condutor de proteção somente seja interrompido após os condutores
energizados terem sido seccionados e a continuidade do circuito do condutor de proteção seja
restabelecida antes que qualquer condutor energizado seja reconectado (ver 8.2.3).

12.7.5 Distâncias de separação em ar

As distâncias de separação entre os respectivos condutores e entre sistemas adjacentes de fios


condutores, barras condutoras, conjuntos de anéis coletores e seus coletores de corrente devem ser
adequadas para pelo menos uma tensão de impulso nominal de uma sobretensão de categoria III de
acordo com a IEC 60664-1.

12.7.6 Distâncias de escoamento

As distâncias de escoamento entre os respectivos condutores e entre os sistemas adjacentes de fios


condutores, barras condutoras e conjuntos de anéis coletores e seus coletores de corrente devem ser
adequadas para operação no ambiente pretendido, por exemplo, ao ar livre, dentro de edificações,
protegidos por invólucros.

Em ambientes empoeirados, úmidos ou corrosivos anormais, os seguintes requisitos de distância de


escoamento se aplicam:

— os fios condutores, barras condutoras e conjuntos de anéis coletores desprotegidos devem ser
equipados com isoladores com uma distância mínima de escoamento de 60 mm;

— os fios condutores enclausurados, barras condutoras multipolares isoladas e barras condutoras


individuais isoladas devem ter uma distância mínima de escoamento de 30 mm.

As recomendações do fabricante devem ser seguidas relativas às medidas especiais para evitar
uma redução gradual nos valores de isolamento devido às condições ambientais desfavoráveis (por
exemplo, depósitos de poeira condutiva, ataque químico).

12.7.7 Seccionamento do sistema condutor

Quando os fios condutores ou barras condutoras forem dispostos de modo que eles possam ser
divididos em seções isoladas, medidas de projeto adequadas devem ser utilizadas para evitar
a energização de seções adjacentes pelos próprios coletores de corrente.

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12.7.8 Construção e instalação dos sistemas de fio condutor, barra condutora e conjuntos
de anéis coletores

Os fios condutores, barras condutoras e conjuntos de anéis coletores em circuitos de energia devem
ser agrupados separadamente daqueles em circuitos de controle.
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Os fios condutores, barras condutoras e conjuntos de anéis coletores, incluindo seus coletores
de corrente, devem ser capazes de resistir, sem danos, às forças mecânicas e aos efeitos térmicos
de correntes em curto-circuito.

As tampas removíveis para sistemas de fio condutor e barra condutora colocados no subsolo ou sob
o piso devem ser projetadas de forma que elas não possam ser abertas por uma única pessoa sem
o auxílio de uma ferramenta.

Quando as barras condutoras forem instaladas em um invólucro metálico comum, as seções individuais
do invólucro devem ser ligadas entre si e conectadas ao circuito de proteção. As coberturas metálicas
das barras condutoras colocadas no subsolo ou sob o piso também devem ser ligadas entre si
e conectadas ao circuito de proteção.

O circuito de ligação de proteção deve incluir as tampas ou chapas das tampas de invólucros metálicos
ou dutos sob o piso. Quando dobradiças metálicas fizerem parte do circuito de ligação de proteção,
a sua continuidade deve ser verificada (ver Seção 18).

Os dutos de barras condutoras que podem estar sujeitos ao acúmulo de líquido como, óleo ou água,
devem ter meios de drenagem.

13 Práticas de fiação elétrica


13.1 Conexões e rotas

13.1.1 Requisitos gerais

Todas as conexões, especialmente aquelas do circuito de ligação de proteção, devem ser protegidas
contra o afrouxamento acidental.

Os meios de conexão devem ser adequados para as áreas de seção transversal e para a natureza dos
condutores a serem conectados.

A conexão de dois ou mais condutores a um terminal é permitida somente nos casos onde o terminal
é projetado para essa finalidade. Entretanto, somente um único condutor de proteção deve ser conec-
tado a um único ponto de conexão do terminal.

Conexões soldadas somente devem ser permitidas quando terminais adequados para soldagem
forem fornecidos.

Os terminais em blocos de terminais devem ser devidamente marcados ou rotulados de forma a cor-
responder com a identificação utilizada nos diagramas.

NOTA A IEC 61666 fornece regras que podem ser utilizadas para a designação de terminais dentro do
equipamento elétrico.

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Quando uma conexão elétrica incorreta (por exemplo, decorrente da substituição de dispositivos) for
identificada como uma fonte de risco que precisa ser reduzida e não for possível reduzir a possibilidade
de conexão incorreta por medidas de projeto, os condutores e/ou terminações devem ser identificados.

A instalação de eletrodutos flexíveis e cabos devem ser de modo que os líquidos escoem distante das
conexões.
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Meios de retenção dos fios condutores trançados devem ser fornecidos quando os condutores de
terminação em dispositivos ou terminais não forem equipados nesta instalação. A soldagem não pode
ser utilizada para essa finalidade.

Os condutores blindados devem ter terminações de modo a evitar desfazer as tranças e permitir um
fácil seccionamento.

As etiquetas de identificação devem ser legíveis, permanentes e adequadas para o ambiente físico.

Os blocos de terminais devem ser instalados e conectados de modo que a fiação elétrica não cruze
os terminais.

13.1.2 Trajetórias dos condutores e cabos

Os condutores e cabos devem ter a sua trajetória de terminal a terminal sem emendas ou juntas. As
conexões que utilizam combinações de plugue/tomada com proteção adequada contra o seccionamento
acidental não são consideradas emendas ou juntas para a finalidade de 13.1.2.

Exceção: Quando for impossível fornecer terminais em uma caixa de derivação (por exemplo, em
máquinas móveis, em máquinas que contenham cabos flexíveis longos; conexões de cabo que
excedem um comprimento que não seja possível a ser fornecido pelo fabricante do cabo em um
tambor do cabo), emendas ou juntas podem ser utilizadas.

Quando for necessário conectar e desconectar cabos e conjuntos de cabos, um comprimento extra
suficiente deve ser fornecido para essa finalidade.

As terminações dos cabos devem ser suportadas adequadamente para evitar tensões mecânicas nas
terminações dos condutores.

Sempre que praticável, o condutor de proteção deve ser colocado próximo dos condutores energizados
associados a fim de diminuir a impedância do circuito.

13.1.3 Condutores de diferentes circuitos

Condutores de diferentes circuitos podem ser colocados lado a lado, podem ocupar o mesmo duto (por
exemplo, eletroduto, sistema de canaletas de cabos) ou podem estar no mesmo cabo com múltiplos
condutores ou na mesma combinação de plugue/tomada, desde que a disposição não prejudique
o funcionamento apropriado dos respectivos circuitos e:

● os condutores são separados por barreiras adequadas, quando esses circuitos operam em dife-
rentes tensões, ou

● os condutores são isolados para a tensão mais elevada em que qualquer um dos condutores
possa ser submetido, por exemplo, a tensão de linha a linha para sistemas não aterrados
e tensão de fase à terra para sistemas aterrados.

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13.1.4 Circuitos em corrente alternada – Efeitos eletromagnéticos (prevenção das correntes


parasitas)

Os condutores de circuitos em corrente alternada instalados em invólucros ferromagnéticos devem ser


dispostos de modo que todos os condutores de cada circuito, incluindo o condutor de proteção de cada
circuito, estejam contidos no mesmo invólucro. Quando esses condutores entrarem em um invólucro
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ferroso, eles devem ser dispostos de modo que os condutores não sejam circundados individualmente
por material ferromagnético.

Cabos de um único núcleo blindado com fio de aço ou fita de aço não podem ser utilizados ​​para
circuitos em corrente alternada.

NOTA 1 A blindagem do fio de aço ou da fita de aço de um cabo de um único núcleo é considerada um
invólucro ferromagnético. Para cabos blindados com fio de um único núcleo, o uso de blindagem em alumínio
é recomendado.

NOTA 2 Derivado da IEC 60364-5-52.

13.1.5 Conexão entre o sensor (pick-up) e o conversor do sensor (pick-up converter) de um


sistema de alimentação elétrica indutivo

O cabo entre o sensor e o conversor do sensor deve ser:

— o mais curto possível;

— adequadamente protegido contra danos mecânicos.

NOTA A saída do detector pode ser uma fonte de corrente, portanto, danos ao cabo podem resultar em
perigo de alta-tensão.

13.2 Identificação dos condutores

13.2.1 Requisitos gerais

Cada condutor deve ser identificável em cada terminação de acordo com a documentação técnica.

É recomendado (por exemplo, para facilitar a manutenção) que os condutores sejam identificados
por número, alfanumérico, cor (sólida ou com uma ou mais listras) ou uma combinação de cores e
números ou alfanuméricos. Quando forem utilizados números, eles devem ser em Arábicos; as letras
devem ser em Romano (em maiúsculas ou minúsculas).

NOTA 1 O Anexo B pode ser utilizado mediante acordo entre o fornecedor e o usuário relativo a um método
preferido de identificação.

NOTA 2 A IEC 62491 fornece regras e diretrizes para a rotulagem de cabos e núcleos/condutores utilizados
em instalações industriais, equipamentos e produtos.

13.2.2 Identificação do condutor de proteção/condutor de ligação de proteção

O condutor de proteção/condutor de ligação de proteção deve ser facilmente distinguível dos outros
condutores pela forma, local, marcação ou cor. Quando a identificação for somente pela cor, a
combinação bicolor de VERDE E AMARELA deve ser utilizada em todo o comprimento do condutor.
Essa identificação de cor é estritamente reservada para condutores de proteção/condutores de ligação
de proteção.

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Para condutores isolados, a combinação bicolor de VERDE E AMARELA deve ser tal que em qualquer
15 mm de comprimento, uma das cores cubra pelo menos 30 % e não mais que 70 % da superfície do
condutor, com a outra cor cobrindo o restante da superfície.

Quando o(s) condutor(es) de proteção puder(em) ser facilmente identificado(s) por sua forma, posição
ou construção (por exemplo, um condutor trançado, condutor trançado não isolado), ou quando o
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condutor isolado não for prontamente acessível ou fizer parte de um cabo com núcleos múltiplos,
a codificação por cores em todo o seu comprimento não é necessária, Entretanto, quando o condutor
não for claramente visível em todo o seu comprimento, as extremidades ou locais acessíveis devem
ser claramente identificados pelo símbolo gráfico IEC 60417-5019:2006-08 (ver Figura 16) ou com as
letras PE ou pela combinação bicolor de VERDE E AMARELA.

Figura 16 – Símbolo IEC 60417-5019

Exceção: Os condutores de ligação de proteção podem ser marcados com as letras PB e/ou com
o símbolo IEC 60417-5021 (2002-10) (ver Figura 17).

Figura 17 – Símbolo IEC 60417-5021

13.2.3 Identificação do condutor neutro

Quando um circuito inclui um condutor neutro que é identificado somente pela cor, a cor utilizada para
esse condutor deve ser a azul. A fim de evitar confusão com outras cores, é recomendado que a cor
azul não saturada seja utilizada, chamado aqui de “azul claro” (ver 6.2.2 da IEC 60445:2010). Quando
a cor selecionada for a única identificação do condutor neutro, essa cor não pode ser utilizada para
identificar qualquer outro condutor a fim de evitar a possibilidade de erro.

Quando a identificação por cor for utilizada, condutores expostos utilizados como condutores neutros
devem ser coloridos por uma listra com 15 mm a 100 mm de largura em cada compartimento ou
unidade e em cada local acessível, ou coloridos ao longo do seu comprimento.

13.2.4 Identificação por cores

Quando a codificação por cores for utilizada para identificação dos condutores [exceto o condutor de
proteção (ver 13.2.2) e o condutor neutro (ver 13.2.3)], as seguintes cores podem ser utilizadas:

PRETA, MARROM, VERMELHA, LARANJA, AMARELA, VERDE, AZUL (incluindo AZUL CLARO),
ROXA, CINZA, BRANCA, ROSA, TURQUESA.

NOTA Esta lista de cores é derivada da IEC 60757.

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É recomendado que, quando uma cor for utilizada para identificação, a cor seja utilizada em todo
o comprimento do condutor, seja pela cor da isolação ou por marcadores de cores em intervalos
regulares e nas extremidades ou local acessível.

Por razões de segurança, não convém que as cores VERDE ou AMARELA sejam utilizadas quando
houver uma possibilidade de confusão com a combinação bicolor de VERDE E AMARELA (ver 13.2.2).
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A identificação por cores que utiliza combinações das cores listadas anteriormente pode ser utilizada
desde que não haja confusão e que o VERDE ou AMARELA não seja utilizado, exceto na combinação
bicolor de VERDE E AMARELA.

Quando a codificação por cores for utilizada para identificação dos condutores, é recomendado que
eles sejam codificados pelas cores a seguir:

— PRETA: circuitos de potência em corrente alternada e corrente contínua;

— VERMELHA: circuitos de comando em corrente alternada;

— AZUL: circuitos de comando em corrente contínua;

— LARANJA: circuitos exclusivos de acordo com 5.3.5.

Exceções: outras cores das descritas acima são permitidas quando a isolação não estiver disponível
nas cores recomendadas (por exemplo, em cabos com múltiplos condutores).

13.3 Fiação elétrica dentro de invólucros

Os condutores dentro de invólucros devem ser apoiados quando necessário para mantê-los no local.
Dutos não metálicos devem ser permitidos somente quando forem fabricados com um material isolante
antichama (ver a série IEC 60332).

É recomendado que o equipamento elétrico instalado dentro de invólucros seja projetado e construído
de modo a permitir modificação da fiação elétrica pela frente do invólucro (ver também 11.2.1). Quando
isto não for possível e os dispositivos de comando forem conectados na parte traseira do invólucro,
portas de acesso ou painéis articulados devem ser fornecidos.

As conexões aos dispositivos instalados em portas ou outras partes móveis devem ser realizadas
utilizando condutores flexíveis de acordo com 12.2 e 12.6 para permitir o movimento frequente da
peça. Os condutores devem ser ancorados nas partes fixa e móvel, independentemente da conexão
elétrica (ver também 8.2.3 e 11.2.1).

Os condutores e cabos que não passam em dutos devem ser apoiados adequadamente.

Os blocos de terminais ou as combinações de plugue/tomada devem ser utilizados para a fiação


elétrica de comando que se estende além do invólucro. Para combinações de plugue/tomada, ver
também 13.4.5 e 13.4.6.

Os cabos de energia e os cabos dos circuitos de medição podem ser conectados diretamente aos
terminais dos dispositivos para os quais foram determinados.

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13.4 Fiação elétrica fora de invólucros

13.4.1 Requisitos gerais

Os meios de introdução de cabos ou dutos com suas vedações, buchas individuais etc. em um
invólucro devem assegurar que o grau de proteção não seja reduzido (ver 11.3).
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Os condutores do mesmo circuito não podem ser distribuídos por meio de diferentes cabos com
núcleos múltiplos, eletrodutos, sistemas de dutos de cabos ou sistemas de canaletas de cabos.
Isto não é requerido quando uma série de cabos com núcleos múltiplos que formam um circuito for
instalada em paralelo. Quando cabos com núcleos múltiplos forem instalados em paralelo, cada cabo
deve conter um condutor de cada fase e o neutro, se houver.

13.4.2 Dutos externos

Os condutores e suas conexões externas ao(s) invólucro(s) do equipamento elétrico devem ser fecha-
dos em dutos adequados (isto é, eletrodutos ou sistemas de canaletas de cabos) conforme descrito em
13.5, exceto para cabos adequadamente protegidos que podem ser instalados sem dutos e com ou sem
o uso de bandejas para cabos ou meios de suporte de cabos. Quando dispositivos, como interruptores
de posição ou interruptores de proximidade forem fornecidos com um cabo dedicado, o seu cabo não
precisa ser fechado em um duto quando o cabo for adequado para essa finalidade, for suficientemente
curto e devidamente localizado ou protegido, de modo que o risco de danos seja minimizado.

As conexões utilizadas com dutos ou cabos devem ser adequadas para o ambiente físico.

Eletroduto flexível ou cabos com múltiplos condutores flexíveis devem ser utilizados quando for
necessário empregar conexões flexíveis até a botoeira do tipo pendente. O peso da botoeira do tipo
pendente deve ser suportado por outros meios que não o eletroduto flexível ou o cabo com múltiplos
condutores flexíveis, exceto quando o duto ou cabo for projetado especificamente para essa finalidade.

13.4.3 Conexão aos elementos móveis da máquina

O projeto de conexões às partes móveis deve considerar a frequência previsível do movimento


e devem ser utilizados condutores de acordo com 12.2 e 12.6. O cabo flexível e o eletroduto flexível
devem ser instalados de forma a evitar a flexão e tensão excessivas, especialmente nas conexões.

Os cabos submetidos ao movimento devem ser suportados de tal forma que não haja tensão mecânica
nos pontos de conexão nem qualquer flexão acentuada. Quando isto for atingido pela disposição de
um circuito elétrico, ele deve ter um comprimento suficiente para fornecer um raio de dobramento do
cabo conforme especificado pelo fabricante do cabo ou, se nenhuma especificação for estabelecida,
de pelo menos dez vezes o diâmetro do cabo.

Os cabos flexíveis de máquinas devem ser instalados e protegidos de forma a minimizar a possibilidade
de danos externos devido a fatores que incluem os seguintes usos ou potenciais abusos do cabo:

— passagem da própria máquina sobre os cabos;

— passagem de veículos ou outras máquinas sobre os cabos;

— entrar em contato com a estrutura da máquina durante os movimentos;

— trajetória na entrada e saída das cestas do cabo ou enrolamento ou desenrolamento dos tambores
do cabo;

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— forças de aceleração e forças do vento em sistemas de polias ou cabos suspensos;

— atrito excessivo pelo coletor do cabo;

— exposição ao calor irradiado excessivo.


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O revestimento do cabo deve ser resistente ao desgaste normal que pode ser esperado do movimento
e aos efeitos de contaminantes ambientais (por exemplo, óleo, água, fluidos refrigerantes, poeira).

Quando os cabos submetidos ao movimento estiverem próximos de partes móveis, precauções


devem ser tomadas para manter um espaço de pelo menos 25 mm entre as partes móveis e os cabos.
Quando essa distância não for possível, barreiras fixas devem ser fornecidas entre os cabos e as
partes móveis.

O sistema de manuseio do cabo deve ser projetado de forma que os ângulos laterais do cabo não
excedam 5°, evitando a torção no cabo ao:

— enrolar ou desenrolar os cabos nos carretéis; e

— aproximar e deixar os dispositivos do guia do cabo.

Medidas devem ser tomadas para assegurar que pelo menos duas voltas de cabos flexíveis sempre
permaneçam no carretel.

Os dispositivos que servem para guiar e conduzir um cabo flexível devem ser projetados de forma
que o raio de dobramento interno em todos os pontos onde o cabo é dobrado não seja menor que os
valores mostrados na Tabela 8, salvo acordado em contrário com o fabricante do cabo, considerando
a tensão permissível e a expectativa de vida à fadiga.

Tabela 8 – Raios de dobramento mínimo permitidos para guiamentos forçados


de cabos flexíveis
Diâmetro do cabo ou espessura do cabo plano (d)
Aplicação mm
d≤8 8 < d ≤ 20 d > 20
Carretéis de cabos 6d 6d 8d
Roletes-guia 6d 8d 8d
Sistemas de porta-cabos 6d 6d 8d
Demais 6d 6d 8d

A seção reta entre dois dobramentos deve ser de pelo menos 20 vezes o diâmetro do cabo.

Quando o eletroduto flexível estiver adjacente às partes móveis, a construção e os meios de suporte
devem evitar danos ao eletroduto flexível em todas as condições de operação.

O eletroduto flexível não pode ser utilizado para conexões submetidas a movimentos rápidos ou
frequentes, exceto quando projetado especificamente para essa finalidade.

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13.4.4 Interconexão de dispositivos na máquina

Quando diversos dispositivos instalados na máquina (por exemplo, sensores de posição, botões de
pulso) estiverem conectados em série ou em paralelo, é recomendado que as conexões entre esses
dispositivos sejam efetuadas por meio de terminais que formem pontos de ensaio intermediários.
Esses terminais devem ser convenientemente posicionados, adequadamente protegidos e mostrados
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nos diagramas relevantes.

13.4.5 Combinações de plugue/tomada

Os componentes ou dispositivos dentro de um invólucro, terminados por combinações de plugue/tomada


fixas (sem cabo flexível) ou componentes conectados a um sistema de barramento por uma combinação
de plugue/tomada, não são considerados combinações de plugue/tomada para a finalidade desta
subseção 13.4.5.

Após a instalação de acordo com a) a seguir, as combinações de plugue/tomada devem ser de um tipo
que possa evitar o contato involuntário com as partes energizadas a todo momento, inclusive durante
a inserção ou remoção dos conectores. O grau de proteção deve ser de pelo menos IP2X ou IPXXB.
Os circuitos PELV estão isentos deste requisito.

Quando o plugue/tomada contiver um contato para o circuito de proteção, ele deve ter um contato
sequencial (First make last break contact) (ver também 8.2.4).

NOTA BRASILEIRA “First make last break contact” está definido na IEC 60050-581:2015, sendo
contatos que fornecem a conexão em diferentes níveis e em diferentes sequências

As combinações de plugue/tomada destinadas a serem conectadas ou seccionadas durante as


condições de carga devem ter capacidade de interrupção de carga suficiente. Quando a combinação
de plugue/tomada for classificada em 30 A, ou superior, ela deve ser intertravada com um dispositivo
de manobra de modo que a conexão e seccionamento somente sejam possíveis quando o dispositivo
de manobra estiver na posição OFF (DESLIGADO).

As combinações de plugue/tomada que forem classificadas em mais de 16 A devem ter um meio de


retenção para evitar o seccionamento involuntário ou acidental.

Quando um seccionamento involuntário ou acidental das combinações de plugue/tomada puder


provocar uma situação perigosa, essas combinações devem ter um meio de retenção.

A instalação das combinações de plugue/tomada deve atender aos seguintes requisitos, conforme
aplicável:

 a) O componente que permanece energizado após o seccionamento deve ter um grau de proteção
de pelo menos IP2X ou IPXXB, considerando as distâncias de separação e distâncias de escoa-
mento requeridas. Circuitos PELV estão excluídos deste requisito.

 b) As carcaças metálicas das combinações de plugue/tomada devem ser conectadas ao circuito de
proteção.

 c) As combinações de plugue/tomada destinadas a conduzir cargas de potência, porém sem ser
seccionadas durante as condições de carga, devem ter um meio de retenção para evitar um
seccionamento involuntário ou acidental e devem ser claramente marcadas de modo que não
sejam destinadas a serem seccionadas sob carga.

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 d) Quando mais de uma combinação de plugue/tomada for fornecida no mesmo equipamento
elétrico, as combinações associadas devem ser claramente identificáveis. É recomendado que
uma codificação mecânica seja utilizada para evitar a inserção incorreta.

 e) As combinações de plugue/tomada utilizadas em circuitos de controle devem atender aos requi-
sitos aplicáveis da IEC 61984.
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Exceção: Nas combinações de plugue/tomada de acordo com a ABNT NBR IEC 60309-1, somente
esses contatos devem ser utilizados para circuitos de comando que se destinam para essas finalidades.
Esta exceção não se aplica a circuitos de comando que utilizam sinais de alta frequência sobrepostos
nos circuitos de energia.

13.4.6 Desmontagem para expedição

Quando for necessário que a fiação elétrica seja seccionada para expedição, terminais ou combinações
de plugue/tomada devem ser fornecidos nos pontos seccionáveis. Esses terminais devem ser
adequadamente fechados e as combinações de plugue/tomada devem ser protegidas do ambiente
físico durante o transporte e armazenamento.

13.4.7 Condutores adicionais

Recomenda-se que seja considerado o fornecimento de condutores adicionais para manutenção


ou reparo. Quando condutores sobressalentes forem fornecidos, eles devem ser conectados aos
terminais sobressalentes ou isolados de modo a evitar o contato com as partes energizadas.

13.5 Dutos, caixas de conexão e outras caixas

13.5.1 Requisitos gerais

Os dutos devem fornecer um grau de proteção adequado para a aplicação (ver ABNT NBR IEC 60529).

Todas as arestas vivas, rebarbas, superfícies rugosas ou roscas com as quais a isolação dos condutores
possa entrar em contato, devem ser removidas dos dutos e conexões. Quando necessário, proteção
adicional consistindo de um material isolante antichama e resistente ao óleo deve ser fornecido para
proteger a isolação do condutor.

Orifícios de drenagem de 6 mm de diâmetro são permitidos em sistemas de canaletas de cabos,


caixas de conexão e outras caixas utilizadas para fins de fiação elétrica que possam estar sujeitos ao
acúmulo de óleo ou umidade.

A fim de evitar confusão de eletrodutos com tubulação de óleo, ar e água, é recomendado que os
eletrodutos sejam fisicamente separados ou adequadamente identificados.

Os dutos e as bandejas para cabos devem ser rigidamente apoiados e posicionados a uma distância
suficiente das partes móveis e de tal maneira que minimize a possibilidade de danos ou desgaste.
Nas áreas onde a passagem de pessoas é requerida, os dutos e as bandejas para cabos devem ser
instalados pelo menos a 2 m acima da superfície de trabalho.

Convém que as bandejas para cabos que forem parcialmente cobertas não sejam consideradas dutos
ou sistemas de canaletas de cabos (ver 13.5.6), e os cabos utilizados devem ser de um tipo adequado
para instalação em bandejas para cabos abertas.

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É recomendado que as dimensões e a disposição dos dutos sejam de tal modo que facilitem a inserção
dos condutores e cabos.

13.5.2 Eletroduto metálico rígido e conexões

Os eletrodutos metálicos rígidos e as conexões devem ser de aço galvanizado ou de um material


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resistente à corrosão adequado para as condições. Convém que seja evitado o uso de diferentes
metais cujo contato possa provocar ação galvânica.

Os eletrodutos devem estar firmemente fixados no local e apoiados em cada extremidade.

As conexões devem ser compatíveis com o eletroduto e apropriadas para a aplicação. Convém que
as conexões sejam roscadas, a menos que dificuldades estruturais evitem a montagem. Quando
conexões sem rosca forem utilizadas, o eletroduto deve ser firmemente fixado ao equipamento.

Dobramentos no eletroduto devem ser efetuados de tal modo que o eletroduto não possa ser danificado
e o diâmetro interno do eletroduto não possa ser efetivamente reduzido.

13.5.3 Eletroduto metálico flexível e conexões

Um eletroduto metálico flexível deve consistir em um tubo metálico flexível ou capa de proteção de
arame enrolado. Ele deve ser adequado para o ambiente físico esperado.

As conexões devem ser compatíveis com o eletroduto e apropriadas para a aplicação.

13.5.4 Eletroduto não metálico flexível e conexões

Os eletrodutos não metálicos flexíveis devem ser resistentes à torção e devem ter características
físicas similares às do revestimento de cabos com condutores múltiplos.

O eletroduto deve ser adequado para uso no ambiente físico esperado.

As conexões devem ser compatíveis com o eletroduto e apropriadas para a aplicação.

13.5.5 Sistemas de canaletas de cabos

Os sistemas de canaletas de cabos externos aos invólucros devem ser rigidamente apoiados e livres
de todas as partes móveis da máquina e das fontes de contaminação.

As tampas devem ter uma forma que se sobreponha nas laterais; juntas de vedação devem ser
permitidas. As tampas devem ser fixadas nos sistemas de canaletas de cabos por meios adequados.
Em sistemas de canaletas de cabos horizontais, a tampa não pode estar no fundo, a menos que seja
especificamente projetada para essa instalação.

NOTA Os requisitos para sistemas de dutos e canaletas de cabos para instalações elétricas são fornecidos
na série IEC 61084.

Quando o sistema de canaletas de cabos for fornecido em seções, as uniões entre as seções devem
se encaixar firmemente, porém não precisam conter juntas.

As únicas aberturas permitidas são as requeridas para fiação elétrica ou para drenagem. Os sistemas
de canaletas de cabos não podem ter separadores abertos e não utilizados.

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13.5.6 Compartimentos da máquina e sistemas de canaletas de cabos

O uso de compartimentos ou sistemas de canaletas de cabos dentro da coluna ou da base de uma


máquina para fechar os condutores é permitido desde que os compartimentos ou sistemas de canaletas
de cabos sejam isolados dos reservatórios de fluido refrigerante ou óleo e sejam totalmente fechados.
Os condutores que passam em compartimentos e sistemas de canaletas de cabos fechados devem
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ser fixados e dispostos de modo que eles não sejam sujeitos a danos.

13.5.7 Caixas de conexão e outras caixas

As caixas de conexão e outras caixas utilizadas para fins de fiação elétrica devem ser acessíveis para
manutenção. Essas caixas devem oferecer proteção contra a penetração de corpos sólidos e líquidos,
considerando as influências externas sob as quais a máquina é destinada a operar (ver 11.3).

Essas caixas não podem ter separadores abertos e não utilizados e nem quaisquer outras aberturas
e devem ser construídas de modo a excluir materiais, como poeira, partículas em suspensão, óleo
e refrigerante.

13.5.8 Caixas de conexão do motor

As caixas de conexão do motor elétrico devem conter somente conexões do motor elétrico e dispositivos
instalados no motor elétrico (por exemplo, freios, sensores de temperatura, interruptores, geradores
de tacômetro).

14 Motores elétricos e equipamentos associados


14.1 Requisitos gerais

Convém que os motores elétricos estejam em conformidade com as partes aplicáveis da série
IEC 60034.

Os requisitos de proteção para motores elétricos e equipamentos associados são fornecidos em 7.2
para proteção contra sobrecorrente, em 7.3 para proteção de motores elétricos contra o superaqueci-
mento e em 7.6 para proteção contra a sobrevelocidade.

Como muitos controladores não desligam a alimentação de um motor elétrico quando ele está em
repouso, cuidado deve ser tomado para assegurar a conformidade com os requisitos em 5.3, 5.4,
5.5, 7.5, 7.6 e 9.4. Os equipamentos de controle do motor elétrico devem ser localizados e instalados
de acordo com a Seção 11.

14.2 Invólucros do motor

Convém que os invólucros dos motores estejam de acordo com a ABNT NBR IEC 60034-5.

O grau de proteção deve ser dependente da aplicação e do ambiente físico (ver 4.4). Todos os motores
devem ser protegidos adequadamente contra danos mecânicos.

14.3 Dimensões do motor

Na medida do possível, as dimensões dos motores devem estar em conformidade com as fornecidas
na série IEC 60072.

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14.4 Instalação e compartimentos do motor

Cada motor e seus acoplamentos, correias, polias ou correntes associados devem ser instalados
de modo que eles sejam adequadamente protegidos e sejam facilmente acessíveis para inspeção,
manutenção, ajuste e alinhamento, lubrificação e substituição. A disposição da instalação do motor
deve ser de modo que todos os meios de instalação do motor possam ser removidos e todas as caixas
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de terminais sejam acessíveis.

Os motores devem ser instalados de modo que o arrefecimento adequado seja assegurado e o
aumento da temperatura permaneça dentro dos limites da classe da isolação (ver IEC 60034-1).

Quando possível, é recomendável que os compartimentos do motor estejam limpos e secos, e, quando
requerido, devem ser ventilados diretamente para o lado de fora da máquina. Os respiros devem ser
tais que a penetração de limalhas, poeira ou borrifo d’água esteja em um nível aceitável.

Não pode haver abertura entre o compartimento do motor elétrico e qualquer outro compartimento que
não atenda aos requisitos do compartimento do motor elétrico. Quando um eletroduto ou tubo passar
por dentro do compartimento do motor vindo de outro compartimento que não atende aos requisitos
do compartimento do motor, qualquer espaço em torno do eletroduto ou tubo deve ser vedado.

14.5 Critérios para a seleção do motor

As características dos motores e dos equipamentos associados devem ser selecionadas de acordo
com o serviço esperado e as condições ambientais físicas (ver 4.4). Nesse aspecto, os pontos que
devem ser considerados incluem:

— tipo de motor;

— tipo de ciclo de trabalho (ver IEC 60034-1);

— operação em rotação fixa ou rotação variável (e a influência variável consequente da ventilação);

— vibração mecânica;

— tipo de controle do motor;

— aumento da temperatura e outros efeitos do espectro de frequência da tensão e/ou corrente que
alimenta o motor (especialmente quando ele é alimentado por um conversor);

— método de partida e possível influência da corrente de partida (inrush) sobre a operação de outros
usuários da mesma alimentação elétrica, também considerando possíveis condições especiais
estipuladas pela autoridade responsável pela energia elétrica;

— variação do torque resistente da carga com o tempo e a velocidade;

— influência de cargas com grande inércia;

— influência da operação em torque constante ou potência constante;

— possível necessidade de reatores por indução entre o motor elétrico e o conversor.

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14.6 Dispositivos de proteção para freios mecânicos

A operação dos dispositivos de proteção contra sobrecarga e sobrecorrente para acionadores


de freios mecânicos deve iniciar a desenergização (liberação) simultânea dos atuadores associados
da máquina.
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NOTA Os atuadores associados da máquina são aqueles associados com o mesmo movimento, por
exemplo, bobinas de cabos e acionamentos de longo curso.

15 Tomadas e iluminação
15.1 Tomadas para acessórios

Quando a máquina ou seu equipamento associado for fornecida com tomadas que se destinam a ser
utilizadas para equipamentos acessórios (por exemplo, ferramentas elétricas portáteis, equipamento
de ensaio), o seguinte se aplica:

— recomenda-se que as tomadas estejam de acordo com a ABNT NBR IEC 60309-1. Quando isso
não for possível, recomenda-se que elas sejam claramente marcadas com os valores nominais
de tensão e corrente;

— a continuidade do circuito de proteção na tomada deve ser assegurada;

— todos os condutores não aterrados conectados na tomada devem ser protegidos contra
sobrecorrente e, quando requerido, contra sobrecarga de acordo com 7.2 e 7.3, separadamente
da proteção de outros circuitos;

— quando a alimentação elétrica da tomada não for seccionada pelo dispositivo de seccionamento
da alimentação para a máquina ou a seção da máquina, os requisitos em 5.3.5 se aplicam;

— quando a proteção contra defeitos for fornecida por seccionamento automático da alimentação,
o tempo de seccionamento deve estar de acordo com a Tabela A.1 para sistemas TN ou Tabela
A.2 para sistemas TT;

— circuitos que alimentam tomadas com um valor nominal de corrente não superior a 20 A devem ser
fornecidos com proteção contra corrente residual (DR) com uma corrente de operação nominal
não superior a 30 mA.

15.2 Iluminação local da máquina e do equipamento

15.2.1 Generalidades

O interruptor LIGA/DESLIGA (ON/OFF) não pode ser incorporado ao soquete de lâmpada ou ao cabo
flexível de conexão.

Efeitos estroboscópicos das luzes devem ser evitados pela seleção de luminárias apropriadas.

Quando iluminação fixa for fornecida em um invólucro, convém que a compatibilidade eletromagnética
seja considerada utilizando os princípios descritos em 4.4.2.

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15.2.2 Alimentação

A tensão nominal do circuito de iluminação local não pode exceder 250 V entre condutores. Uma
tensão não superior a 50 V entre condutores é recomendada.

Os circuitos de iluminação devem ser alimentados de uma das seguintes fontes (ver também 7.2.6):
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— um transformador de isolamento dedicado conectado no lado de carga do dispositivo de secciona-


mento da alimentação. Proteção contra sobrecorrente deve ser fornecida no circuito secundário;

— um transformador de isolamento dedicado conectado no lado da linha do dispositivo de seccio-


namento da alimentação. Essa fonte deve ser permitida somente para circuitos de iluminação
para manutenção em quadro de comandos. Proteção contra sobrecorrente deve ser fornecida no
circuito secundário (ver também 5.3.5);

NOTA BRASILEIRA “Control enclousure” no texto original foi traduzido e interpretado como quadro de
comando.

— um circuito do equipamento elétrico da máquina para iluminação com proteção dedicada contra
sobrecorrente;

— um transformador de isolamento conectado no lado da linha do dispositivo de seccionamento da


alimentação, fornecido com um meio de desconexão primária dedicada (ver 5.3.5) e proteção
secundária contra sobrecorrente, e instalado dentro do quadro de comando adjacente ao
dispositivo de seccionamento da alimentação;

— um circuito de iluminação de alimentação externa (por exemplo, alimentação para iluminação em


fábricas). Isto deve ser permitido somente em quadro de comando, e para as luzes de trabalho
da máquina onde a sua potência nominal total não seja superior a 3 kW;

— unidades de alimentação elétrica, para alimentação em corrente contínua das fontes de


luz em LED, equipadas com transformadores de isolamento (por exemplo, de acordo com a
IEC 61558-2-6).

Exceção: Quando a iluminação fixa estiver fora do alcance dos operadores durante as operações
normais, as prescrições de 15.2.2 não se aplicam.

15.2.3 Proteção

Os circuitos de iluminação local devem ser protegidos de acordo com 7.2.6.

15.2.4 Conexões

As conexões de iluminação ajustáveis devem ser adequadas para o ambiente físico.

Os soquetes de lâmpadas devem:

— estar de acordo com a IEC ou ABNT NBR IEC aplicável;

— ser construídos com um material isolante que proteja a base metálica do bulbo da lâmpada de
modo a evitar o contato involuntário.

Os refletores devem ser apoiados por um suporte e não pelo soquete da lâmpada.

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Exceção: Quando a iluminação fixa estiver fora do alcance dos operadores durante a operação normal,
as prescrições em 15.2.4 não se aplicam.

16 Marcação, símbolos de advertência e designações de referência


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16.1 Generalidades

Os símbolos de advertência, plaquetas de identificação, marcações e rótulos e placas de identificação


devem ter durabilidade suficiente para resistir ao ambiente físico envolvido.

16.2 Símbolos de advertência

16.2.1 Perigo de choque elétrico

Os invólucros que não mostram claramente que eles contêm equipamentos elétricos que possam dar
origem a um risco de choque elétrico devem ser marcados com o símbolo gráfico ISO 7010-W012
(ver Figura 18).

Figura 18 – Símbolo ISO 7010-W012

O símbolo de advertência deve ser claramente visível na porta ou tampa do invólucro.

O símbolo de advertência pode ser omitido [ver também 6.2.2 b)] para:

— um invólucro equipado com um dispositivo de seccionamento da alimentação;

— uma interface homem máquina ou estação de controle;

— um único dispositivo com seu próprio invólucro (por exemplo, sensor de posição).

16.2.2 Perigo de superfícies quentes

Quando a avaliação de risco mostrar a necessidade de advertir contra a possibilidade de temperaturas


de superfícies perigosas do equipamento elétrico, o símbolo gráfico ISO 7010-W017 deve ser utilizado
(ver Figura 19).

Figura 19 – Símbolo ISO 7010-W017

NOTA A ISO 13732-1 provê orientações para a avaliação de riscos de queimaduras quando as pessoas
puderem tocar superfícies quentes com a pele desprotegida.

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16.3 Identificação funcional

Os dispositivos de comando e indicadores visuais devem ser marcados de forma clara e indelével com
relação às suas funções, neles próprios ou adjacentes ao item.

É recomendado que estas marcações estejam de acordo com as IEC 60417 e ISO 7000.
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16.4 Marcação de invólucros do equipamento elétrico

As seguintes informações devem ser marcadas de forma clara e indelével de tal forma que sejam
facilmente visíveis após o equipamento ser instalado nos invólucros que recebem alimentações
elétricas de entrada.

● nome ou marca comercial do fornecedor;

● marca de certificação, ou outra marcação que possa ser requerida pela legislação local ou
regional, quando requerida;

● designação de tipo ou modelo, quando aplicável;

● número de série, quando aplicável;

● número do documento principal (ver IEC 62023), quando aplicável;

● tensão nominal, número de fases e frequência (se for de corrente alternada) e corrente em plena
carga para cada alimentação de entrada.

É recomendado que esta informação seja fornecida adjacente à(s) alimentação(ões) principal(ais).

16.5 Nomenclatura de referência

Todos os invólucros, conjuntos, dispositivos de comando e componentes devem ser claramente iden-
tificados com a mesma nomenclatura de referência conforme mostrado na documentação técnica.

17 Documentação técnica
17.1 Generalidades

As informações necessárias para identificação, transporte, instalação, uso, manutenção, desativação


e descarte do equipamento elétrico devem ser fornecidas.

NOTA 1 A documentação algumas vezes é fornecida em papel, uma vez que não se pode presumir que o
usuário tenha acesso aos meios de instruções de leitura fornecidas em formato eletrônico ou disponibilizadas
em um site da Internet. Entretanto, muitas vezes é útil que a documentação seja disponibilizada em formato
eletrônico e na Internet, bem como em papel, uma vez que isso permite ao usuário baixar o arquivo eletrônico
se ele assim desejar e recuperar a documentação se a cópia em papel for perdida. Esta prática também
facilita a atualização da documentação quando isto for necessário.

NOTA 2 Em alguns países, o requisito para uso de idioma(s) específico(s) é abrangido por requisitos legais.

Convém que o Anexo I seja considerado como orientação para a preparação de informações
e documentos.

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17.2 Informações relativas ao equipamento elétrico

O seguinte deve ser fornecido:

 a) um documento principal para o equipamento elétrico como um todo, listando os documentos
complementares associados ao equipamento elétrico, quando mais de um documento for
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fornecido;

 b) a identificação do equipamento elétrico (ver 16.4);

 c) as informações sobre a instalação e montagem incluindo:

● uma descrição da instalação e montagem do equipamento elétrico e sua conexão à alimen-


tação elétrica e, quando relevante, outras alimentações;

● valor nominal da corrente de curto-circuito do equipamento elétrico para cada alimentação


elétrica de entrada;

● tensão nominal, número de fases e frequência (se corrente alternada), tipo de sistema de
distribuição (TT, TN, IT) e corrente em plena carga para cada alimentação de entrada;

● quaisquer requisitos adicionais de alimentação elétrica (por exemplo, impedância máxima da


fonte de alimentação, corrente de fuga) para cada alimentação de entrada;

● espaço requerido para a remoção ou serviço do equipamento elétrico;

● requisitos de instalação, quando necessário, para assegurar que as disposições para


resfriamento não sejam prejudicadas;

● limitações ambientais [por exemplo, iluminação, vibração, ambiente de EMC, contaminantes


atmosféricos] quando apropriado;

● limitações funcionais [por exemplo, correntes de pico na partida e queda(s) de tensão


permitida(s)] conforme aplicável;

● precauções a serem tomadas para a instalação do equipamento elétrico relevante para


a compatibilidade eletromagnética;

 d) uma instrução para a conexão ao circuito de proteção de partes condutivas extrínsecas simul-
taneamente acessíveis na proximidade da máquina (por exemplo, dentro de 2,5 m), como as
seguintes:

● tubos metálicos;

● grades;

● escadas;

● corrimões.

 e) informações sobre o funcionamento e operação, incluindo, conforme aplicável:

● uma visão geral da estrutura do equipamento elétrico (por exemplo, por diagrama estrutural
ou diagrama geral);

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● procedimentos para programação ou configuração, conforme necessário para o uso


pretendido;

● procedimentos para uma nova partida após uma parada inesperada;

● uma sequência de operação;


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 f) informações sobre a manutenção do equipamento elétrico, conforme apropriado, incluindo:

● frequência e método de ensaio funcional;

● instruções sobre os procedimentos para manutenção segura e onde for necessário suspender
uma função de segurança e/ou medida de proteção (ver 9.3.6);

● orientações sobre o ajuste, reparo, e frequência e método de manutenção preventiva;

● detalhes das interconexões dos componentes elétricos sujeitos a substituição (por exemplo,
por diagramas de circuitos e/ou tabelas de conexão);

● informações sobre dispositivos ou ferramentas especiais requeridas;

● informações sobre peças de reposição;

● informações sobre possíveis riscos residuais, indicação se é necessário algum treinamento


específico e a especificação de qualquer equipamento de proteção individual necessário;

● quando aplicável, instruções para restringir a disponibilidade de chave(s) ou ferramenta(s)


somente a pessoas qualificadas ou capacitadas;

● ajustes (chaves DIP (DIP-switches), valores de parâmetro programáveis etc.);

● informações para validação de funções de controle de segurança após reparo ou modificação,


e para ensaios periódicos, quando necessário;

 g) informações sobre manuseio, transporte e armazenamento, conforme apropriado (por exemplo,
dimensões, peso, condições ambientais, possíveis restrições por envelhecimento);

 h) informações sobre desmontagem e manuseio adequados de componentes (por exemplo, para
reciclagem ou descarte).

18 Verificação
18.1 Generalidades

A extensão da verificação será fornecida na norma dedicada ao produto para uma máquina específica.
Quando não houver norma dedicada ao produto para a máquina, as verificações devem sempre incluir
os itens a), b), c) e h) e podem incluir um ou mais dos itens d) a g):

 a) verificação de que o equipamento elétrico está em conformidade com a sua documentação
técnica;

 b) verificação da continuidade do circuito de proteção (Teste 1 de 18.2.2);

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 c) no caso de proteção contra defeito por seccionamento automático da alimentação, as condições
para proteção por seccionamento automático devem ser verificadas de acordo com 18.2;

 d) ensaio de resistência da isolação (ver 18.3);

 e) ensaio de tensão (ver 18.4);


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 f) proteção contra tensão residual (ver 18.5);

 g) verificação de que os requisitos pertinentes de 8.2.6 são atendidos;

 h) ensaios funcionais (ver 18.6).

Quando estes ensaios forem realizados, é recomendado que eles sigam a sequência listada
anteriormente.

Quando o equipamento elétrico for modificado, os requisitos declarados em 18.7 devem ser aplicados.

Para verificações que incluam medições, é recomendado que o equipamento de medição esteja de
acordo com a parte aplicável da IEC 61557.

Os resultados da verificação devem ser documentados.

18.2 Verificação das condições de proteção por seccionamento automático da


alimentação

18.2.1 Generalidades

As condições para seccionamento automático da alimentação (ver 6.3.3) devem ser verificadas por
meio de testes.

O teste 1 verifica a continuidade do circuito de proteção.

O teste 2 verifica as condições de proteção por seccionamento automático da alimentação em sistemas TN.

Para sistemas TN, esses métodos de testes são descritos em 18.2.2 e 18.2.3; sua aplicação para
diferentes condições de alimentação é especificada em 18.2.4.

Para sistemas TT, ver Seção A.2.

Para sistemas IT, ver IEC 60364-6.

Quando os RCD forem utilizados no equipamento elétrico, sua função deve ser verificada de acordo
com as instruções do fabricante. O procedimento de teste e o intervalo de teste devem ser especificados
nas instruções de manutenção.

18.2.2 Teste 1 – Verificação da continuidade do circuito de proteção

A resistência entre o terminal PE (ver 5.2 e Figura 4) e os pontos relevantes que fazem parte do
circuito de proteção deve ser medida com uma corrente entre pelo menos 0,2 A e aproximadamente
10 A derivada de uma fonte de alimentação eletricamente separada (por exemplo, SELV, ver 414 da
IEC 60364-4-41:2005) que tenha uma tensão máxima sem carga de 24 V em corrente alternada ou
corrente contínua.

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A resistência medida deve estar na faixa esperada de acordo com o comprimento, a área de
seção transversal e o material dos condutores de proteção e condutor(es) de ligação de proteção
relacionado(s).

As alimentações PELV aterradas podem produzir resultados enganosos neste ensaio e, portanto, não
podem ser utilizadas.
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NOTA Correntes mais elevadas utilizadas para o ensaio de continuidade aumentam a acurácia do
resultado do ensaio, especialmente com valores de resistência baixos, ou seja, grandes áreas de seção
transversal e/ou comprimentos menores de condutor.

18.2.3 Teste 2 – Verificação da impedância do circuito elétrico defeituoso e adequação do


dispositivo associado a proteção contra sobrecorrente

As conexões de cada alimentação elétrica, incluindo a conexão do condutor de proteção associado ao


terminal PE da máquina, devem ser verificadas por inspeção.

As condições para a proteção por seccionamento automático da alimentação de acordo com 6.3.3 e
Anexo A devem ser verificadas:

 a) pela verificação da impedância do circuito elétrico defeituoso por:

— cálculo, ou

— medição de acordo com A.1.4, e

 b) pela confirmação de que o ajuste e as características do dispositivo de proteção contra sobrecorrente
associado estão de acordo com os requisitos do Anexo A, e quando sistema de acionamento
de potência (com inversor/conversor de frequência) (PDS) for utilizado, a confirmação de que
o ajuste e as características do(s) dispositivo(s) de proteção associado(s) a um PDS estão de
acordo com as instruções do fabricante do conversor e do fabricante do dispositivo de proteção.

18.2.4 Aplicação dos métodos de teste para sistemas TN

Quando o ensaio 2 de 18.2.3 for realizado por medição, ele deve ser sempre precedido pelo Teste 1
de 18.2.2.

NOTA A descontinuidade do circuito de proteção pode provocar uma situação perigosa para a pessoa
que realiza os testes ou outras pessoas, ou danos ao equipamento elétrico durante o teste de impedância do
circuito elétrico.

Os testes que são necessários para máquinas de diferentes condições são especificados na Tabela 9.

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Tabela 9 – Aplicação dos métodos de ensaio para sistemas TN (continua)


Procedimento Condição da máquina Verificação no local
Teste 1 (ver 18.2.2) e Teste 2 (ver 18.2.3)
Exceção: O teste 2 não é requerido quando:
— o teste 1 for realizado nos condutores de
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ligação de proteção da máquina que forem


conectados no local e;
— as conexões de cada alimentação elétrica
de entrada e do condutor de proteção
associado (PE) ao terminal PE da máquina
forem verificadas por inspeção e cálculos
prévios do fabricante do equipamento
Equipamento elétrico de máquinas,
elétrico da impedância (ou resistência) do
montado e conectado no local, onde
circuito elétrico contra defeitos, estiverem
A a continuidade dos circuitos de
disponíveis e;
proteção não foi confirmada após a
montagem e conexão no local. — a disposição das instalações permitir a
verificação do comprimento e da área de
seção transversal dos condutores utilizados
para o cálculo e;
— puder ser confirmado através de cálculo
ou medição, ou por informações fornecidas
pelo cliente, que a impedância da
alimentação elétrica no local não excede
ao valor especificado pelo fabricante do
equipamento elétrico (Ver 17.2 c, quarto
marcador).

Máquina fornecida com confirmação Teste 2 (ver 18.2.3)


da verificação (ver 18.1) da Exceção:
continuidade dos circuitos de
Quando puder ser confirmado através de cálculo
proteção por medição do teste 1 ou
ou medição, ou por informações fornecidas pelo
com os resultados de um teste 2,
cliente, que a impedância da alimentação elétrica
possuindo circuitos de proteção que
no local não excede ao valor especificado pelo
excedem o comprimento de cabo
fabricante do equipamento elétrico ou que a
cujos exemplos são fornecidos na
alimentação de teste durante um teste 2 por
Tabela 10.
medição, nenhum teste é requerido no local além
B Caso B1) fornecida completamente da verificação das conexões:
montada e não desmontada para
— no caso B1) de cada alimentação elétrica de
expedição.
entrada e do condutor de proteção associado
Caso B2) fornecida desmontada ao terminal PE da máquina;
para expedição, onde a
continuidade dos condutores — no caso B2) de cada alimentação elétrica de
de proteção é assegurada após entrada e do condutor de proteção associado
a desmontagem, transporte e ao terminal PE da máquina e de todas as
remontagem (por exemplo, pelo uso conexões do(s) condutor(es) de proteção
de conexões de plugue/tomada). que foi(ram) seccionado(s) para expedição.

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Tabela 9 (conclusão)
Procedimento Condição da máquina Verificação no local
Máquina que possui circuitos
de proteção que não excedem
o comprimento do cabo, cujos
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exemplos são fornecidos na Tabela Para o caso C1 ou C2, nenhum teste é


10, fornecida com confirmação requerido no local. Para uma máquina não
da verificação (ver 18.1) da conectada à alimentação elétrica por uma
continuidade dos circuitos de combinação de plugue/tomada, a conexão
proteção pelo teste 1. correta do condutor de proteção externo ao
Caso C1) fornecida completamente terminal PE da máquina deve ser verificada por
C
montada e não desmontada para inspeção visual.
expedição. No caso C2), os documentos de instalação (ver
Caso C2) fornecida desmontada 17.2) devem requerer que todas as conexões
para expedição, onde a do(s) condutor(es) de proteção que foram
continuidade dos condutores seccionadas para expedição sejam verificadas,
de proteção é assegurada após por exemplo, por inspeção visual.
a desmontagem, transporte e
remontagem (por exemplo, pelo uso
de combinações de plugue/tomada).

Tabela 10 – Exemplos de comprimentos máximos do cabo dos dispositivos de proteção


até as suas cargas para sistemas TN (continua)
3
1
Capacidade
Impedância 2 4 5 6 7 8
nominal 9
máxima da Área Tempo de Tempo de Disjuntor Disjuntor Disjuntor
máxima ou Disjuntor
fonte da mínima desconexão desconexão miniatura miniatura miniatura
ajuste do ajustável
alimentação de seção do fusível do fusível curva B curva C curva D
dispositivo Ia = 8 x IN
ao dispositivo transversal de 5 s de 0,4 s Ia = 5 x IN Ia = 10 x IN Ia = 20 x IN
de proteção
de proteção
IN
Comprimento máximo do cabo em metros entre cada dispositivo de
mΩ mm2 A
proteção e sua carga

500 1,5 16 97 53 76 30 7 31

500 2,5 20 115 57 94 34 3 36

500 4,0 25 135 66 114 35 38

400 6,0 32 145 59 133 40 42

300 10 50 125 41 132 33 37

200 16 63 175 73 179 55 61

25 (linha)/
200 80 133 38
16 (PE)

35 (linha)/
100 100 136 73
16 (PE)

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Tabela 10 (conclusão)
3
1
Capacidade
Impedância 2 4 5 6 7 8
nominal 9
máxima da Área Tempo de Tempo de Disjuntor Disjuntor Disjuntor
máxima ou Disjuntor
fonte da mínima desconexão desconexão miniatura miniatura miniatura
ajuste do
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ajustável
alimentação de seção do fusível do fusível curva B curva C curva D
dispositivo Ia = 8 x IN
ao dispositivo transversal de 5 s de 0,4 s Ia = 5 x IN Ia = 10 x IN Ia = 20 x IN
de proteção
de proteção
IN
Comprimento máximo do cabo em metros entre cada dispositivo de
mΩ mm2 A
proteção e sua carga

50 (linha)/
100 125 141 66
25 (PE)

70 (linha)/
100 160 138 46
35 (PE)

95 (linha)/
50 200 152 98
50 (PE)

120
50 (linha)/ 250 157 79
70 (PE)

Os valores do comprimento máximo do cabo da Tabela 10 são baseados nas seguintes suposições:

● cabo de PVC com condutores de cobre, temperatura do condutor em condições de curto-circuito de 160 °C (ver Tabela D.5);

● os cabos com condutores de linha até 16 mm2 proveem um condutor de proteção da área de seção transversal igual à dos
condutores de linha;

● os cabos acima de 16 mm2 proveem um condutor de proteção de tamanho reduzido conforme mostrado;

● sistema trifásico, tensão nominal da alimentação elétrica de 400 V (U0 = 230 V);

● os valores na coluna 3 são correlatos com a Tabela 6 (ver 12.4).

● o tempo de seccionamento para os disjuntores é ≤ 0,4 s (colunas 6 a 9)


Um desvio dessas condições pode requerer um cálculo ou medição completos da impedância do circuito elétrico defeituoso. Informações
adicionais estão disponíveis nas IEC 60228 e IEC/TR 61200-53.

18.3 Ensaios de resistência da isolação

Quando os ensaios de resistência da isolação forem realizados, a resistência da isolação medida a


500 Vcc entre os condutores do circuito de energia e o circuito de proteção não pode ser inferior a
1 MΩ. O ensaio pode ser realizado em seções individuais da instalação elétrica completa.

Exceção: Para certas partes do equipamento elétrico que incorporam, por exemplo, barramentos,
sistemas de fio condutor ou barra condutora ou conjuntos de anéis coletores, um valor mínimo mais
baixo é permitido, porém esse valor não pode ser inferior a 50 kΩ.

Se o equipamento elétrico da máquina contém dispositivos de proteção contra surto que são prováveis
de operar durante o ensaio, é permitido:

— seccionar (isolar) esses dispositivos, ou

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— reduzir a tensão de teste para um valor menor que o nível de proteção da tensão dos dispositivos
de proteção contra surtos, porém não mais baixo que o valor de pico do limite superior da tensão
de alimentação (fase a neutro).

18.4 Tensões de testes


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Quando testes de tensão forem realizados, convém que seja utilizado o equipamento de ensaio
de acordo com a IEC 61180-2.

A tensão de teste deve estar a uma frequência nominal de 50 Hz ou 60 Hz.

A tensão de teste máxima deve ter um valor de duas vezes a tensão nominal de alimentação do equi-
pamento ou 1 000 V, o que for maior. A tensão de teste máxima deve ser aplicada entre os condutores
do circuito de energia e o circuito de proteção por pelo menos 1 s. Os requisitos são atendidos se não
ocorrer descarga disruptiva.

Os componentes e dispositivos que não são classificados para resistir à tensão de teste e os dispositivos
de proteção contra surtos que forem susceptíveis de operar durante o teste devem ser seccionados
durante o teste.

Os componentes e dispositivos que foram testados quanto à tensão de acordo com suas normas
de produto podem ser seccionados durante o teste.

18.5 Proteção contra tensões residuais

Quando apropriado, os ensaios devem ser realizados para assegurar a conformidade com 6.2.4.

18.6 Testes funcionais

As funções dos equipamentos elétricos devem ser testadas.

18.7 Retestes

Quando uma parte da máquina ou seus equipamentos associados for alterada ou modificada, a neces-
sidade de uma nova verificação e um novo teste do equipamento elétrico deve ser considerada.

Convém que uma atenção especial seja dada aos possíveis efeitos adversos que o reteste pode
ter sobre o equipamento (por exemplo, deterioramento da isolação, seccionamento/religamento
de dispositivos).

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Anexo A
(normativo)

Proteção contra defeitos por seccionamento automático da alimentação


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A.1 Proteção contra defeitos para máquinas alimentadas por sistemas TN

A.1.1 Generalidades

As disposições do Anexo A são derivadas da IEC 60364-4-41:2005 e IEC 60364-6:2006.

Proteção contra defeitos deve ser fornecida por um dispositivo de proteção contra sobrecorrente,
que seccione automaticamente a alimentação do circuito ou equipamento, no caso de um defeito
(curto circuito) entre uma parte viva e uma parte condutiva exposta ou um condutor de proteção no
circuito ou equipamento, dentro de um tempo de seccionamento suficientemente curto. Um tempo de
seccionamento não superior a 5 s é considerado suficientemente curto para máquinas que não forem
manuais nem portáteis.

Quando esse tempo de seccionamento não puder ser assegurado, ligação de proteção suplementar
deve ser fornecida de acordo com A.1.3 que possa evitar uma tensão de contato presumida superior
a 50 V em corrente alternada ou 120 V em corrente contínua sem ondulação (ripple-free) entre partes
condutivas simultaneamente acessíveis.

NOTA O uso da ligação de proteção suplementar não exclui a necessidade de seccionar a alimentação
por outras razões, por exemplo, proteção contra incêndio, tensões térmicas no equipamento etc.

Para circuitos que alimentam, por meio de tomadas elétricas ou diretamente sem tomadas elétricas,
equipamentos manuais ou portáteis de Classe 1 (por exemplo, tomadas em uma máquina para
equipamentos acessórios, ver 15.1), a Tabela A.1 especifica os tempos máximos de seccionamento
que são considerados suficientemente curtos.

Tabela A.1 – Tempos máximos de seccionamento para sistemas TN


50 V < U0 ≤ 120 V 120 V < U0 ≤ 230 V 230 V < U0 ≤ 400 V U0 > 400 V
Sistema
s s s s
Corrente Corrente Corrente Corrente Corrente Corrente Corrente Corrente
alternada contínua alternada contínua alternada contínua alternada contínua
TN 0,8 NOTA 1 0,4 5 0,2 0,4 0,1 0,1
Uo é a tensão nominal entre a linha e o terra em corrente alternada ou corrente contínua.
NOTA 1 Seccionamento pode ser requerida por motivos diferentes da proteção contra choque elétrico.
NOTA 2 Para tensões que estão dentro da banda de tolerância declarada na IEC 60038, o tempo de seccionamento
apropriado para a tensão nominal se aplica.
NOTA 3 Para valores intermediários de tensão, o próximo valor mais alto na tabela acima é para ser utilizado.

NOTA BRASILEIRA A NOTA 3 não se aplica a Tabela A.1.

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A.1.2 Condições para proteção por seccionamento automático da alimentação por


dispositivos de proteção contra sobrecorrente

As características dos dispositivos de proteção contra sobrecorrente e as impedâncias do circuito


devem ser tais que, se um defeito de impedância insignificante (baixo valor de impedância) ocorrer
em qualquer parte do equipamento elétrico entre um condutor de linha e um condutor de proteção
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ou parte condutiva exposta, o seccionamento automático da alimentação ocorrerá dentro do tempo


especificado (isto é, ≤ 5 s ou ≤ dos valores de acordo com a Tabela A.1). A seguinte condição geral
atende esse requisito:

Zs × Ia ≤ U0

onde

Zs é a impedância da malha do circuito elétrico com defeito (curto-circuito) que compreende a


fonte, o condutor energizado até o ponto do defeito e o condutor de proteção entre o ponto do
defeito e a fonte;

Ia é a corrente que causa a operação automática do dispositivo de proteção de seccionamento


dentro do tempo especificado;

U0 é a tensão nominal a terra em corrente alternada.

O aumento da resistência dos condutores com o aumento da temperatura devido à corrente defeituosa
deve ser considerado na seguinte equação.
2 U
Zs(n) ≤ × 0
3 Ia
onde Zs(n) é o valor medido ou calculado de Zs em condições normais de operação.

Quando o valor da impedância da malha do circuito defeituoso exceder 2U0/3Ia, uma apreciação
mais precisa pode ser realizada de acordo com o procedimento descrito em C.61.3.6.2 da
IEC 60364-6:2006.

A.1.3 Condição para proteção pela redução da tensão de contato abaixo de 50 V

Quando os requisitos da Seção A.1.2 não puderem ser assegurados, ligação de proteção suplementar
pode ser selecionada como o meio de assegurar que as tensões de contato não excedam 50 V. Isto
é atingido quando a impedância do circuito de ligação de proteção (ZPE) não exceder:
50
ZPE ≤ × Zs
Uo

onde ZPE é a impedância do circuito de ligação de proteção entre o equipamento em qualquer parte
da instalação e o terminal PE da máquina (ver 5.2 e Figura 4) ou entre partes condutivas expostas
simultaneamente acessíveis e/ou partes condutivas externas.

A confirmação desta condição pode ser atingida utilizando o método de Teste 1 de 18.2.2 para medir
a resistência RPE. A condição para proteção é atingida quando o valor medido de RPE não exceder:
50
RPE ≤
Ia(5s)
onde

Ia(5s) é a corrente de operação de 5 s do dispositivo de proteção;

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RPE é a resistência do circuito de ligação de proteção entre o terminal PE (ver 5.2 e Figura 4)
e o equipamento em qualquer local na máquina, ou entre partes condutivas expostas
simultaneamente acessíveis e/ou partes condutivas externas.

NOTA 1 A ligação de proteção suplementar é considerada um complemento à proteção contra defeitos.


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NOTA 2 A ligação de proteção suplementar pode envolver toda a instalação, uma parte da instalação, um
item da aparelhagem ou um local.

A.1.4 Verificação das condições para proteção por seccionamento automático da


alimentação

A.1.4.1 Generalidades

A efetividade das medidas de proteção contra defeitos, por seccionamento automático da alimentação
de acordo com A.1.2, é verificada conforme descrito a seguir:

— verificação das características do dispositivo de proteção associado por inspeção visual do ajuste
da corrente nominal para disjuntores e o valor nominal da corrente para fusíveis, e;

— medição da impedância da malha do circuito elétrico defeituoso (Zs). Ver Figura A.1.

Exceção: A verificação da continuidade dos condutores de proteção pode substituir a medição, quando
os cálculos da impedância da malha do circuito defeituoso estiverem disponíveis e quando o arranjo
das instalações permitir a verificação do comprimento e da área de seção transversal dos condutores.

Quando um sistema de acionamento de potência (PDS) for utilizado, o tempo de seccionamento


para proteção contra defeitos deve atender aos requisitos aplicáveis deste Anexo A nos terminais de
alimentação de entrada do módulo de acionamento básico (BDM) do PDS. Ver Figura A.2.

A.1.4.2 Medição da impedância da malha do circuito elétrico defeituoso

Quando a medição da impedância da malha do circuito elétrico defeituoso for realizada, é recomendado
que o equipamento de medição esteja em conformidade com a IEC 61557-3. As informações
sobre a precisão dos resultados da medição e os procedimentos a serem seguidos, fornecidos na
documentação do equipamento de medição devem ser consideradas.

A medição deve ser realizada quando a máquina estiver conectada a uma alimentação, cuja frequência
seja igual à frequência nominal da alimentação na instalação pretendida.

NOTA A Figura A.1 ilustra uma disposição típica para medição da impedância da malha do circuito elétrico
defeituoso em uma máquina.

Se não for possível para o motor elétrico ser conectado durante o teste, os dois condutores de linha
não utilizados no teste podem ser abertos, por exemplo, removendo os fusíveis.

O valor medido da impedância da malha do circuito elétrico defeituoso deve estar de acordo com A.1.2.

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Alimentação elétrica Dispositivo de teste de


impedância da malha
do circuito defeituoso de
acordo com a
IEC 61557-3

Para outros circuitos do


equipamento elétrico

Figura A.1 – Disposição típica para medição da impedância do circuito elétrico defeituoso (Zs)
em sistemas TN

Máquina
Sistema de acionamento elétrico

Alimentação elétrica Dispositivo de teste de


impedância da malha do
circuito defeituoso de
acordo com a
IEC 61557-3

Para outros circuitos do


equipamento elétrico

Figura A.2 – Disposição típica para medição da impedância do circuito elétrico defeituoso (Zs)
para circuitos do sistema de acionamento elétrico em sistemas TN

A.2 Proteção contra defeitos para máquinas alimentadas por sistemas TT

A.2.1 Conexão de aterramento

Todas as partes condutivas expostas e todas as partes condutivas externas podem ser ligadas ao
circuito de proteção.

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 105/141


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Exceção: ver 8.2.5.

Além dos requisitos de 5.2, provisão para aterramento adicional de elementos da máquina e/ou do
condutor PE do equipamento elétrico pode ser fornecida.

NOTA Em um sistema TT, o ponto neutro ou o ponto médio do sistema de alimentação elétrica é aterrado,
ou quando um ponto neutro ou ponto médio não estiver disponível ou não estiver acessível, um condutor de
Projeto em Consulta Nacional

linha é aterrado (derivado da IEC 60364-4-41:2005, 411.5.1).

A.2.2 Proteção contra defeitos para sistemas TT


A.2.2.1 Generalidades

Geralmente em sistemas TT, os dispositivos DR devem ser utilizados para proteção contra defeitos.
Alternativamente, dispositivos de proteção contra sobrecorrente podem ser utilizados para proteção
contra defeitos, desde que um valor adequadamente baixo de Zs seja assegurado de forma permanente
e confiável. Zs é a impedância do circuito elétrico defeituoso.

NOTA Em alguns países, o uso de dispositivos de proteção contra sobrecorrente não é permitido como
meio de proteção contra defeitos em sistemas TT.

Quando o seccionamento automático da alimentação for utilizado como uma medida de proteção
contra defeitos, o projetista do equipamento elétrico pode:

 a) utilizar nos cálculos do projeto um valor de resistência do eletrodo de aterramento ou da impedância
do circuito elétrico defeituoso de aterramento medido de acordo com a IEC 60364-6 ou declarado
pelo usuário pretendido do equipamento (ver Anexo B); ou

 b) para máquinas fabricadas em série, especificar um valor da impedância do eletrodo de aterramento
ou da impedância do circuito elétrico defeituoso de aterramento adequado para as instalações
pretendidas;

e deve indicar nas instruções de instalação o valor da resistência do eletrodo de aterramento ou da


impedância do circuito elétrico defeituoso de aterramento utilizado para o projeto do equipamento
elétrico, especificando que este é o valor máximo ao qual a máquina pode ser conectada.

Quando um sistema de acionamento de potência (PDS) for utilizado, o tempo de seccionamento


para proteção contra defeitos deve atender aos requisitos aplicáveis deste Anexo A nos terminais de
alimentação de entrada do módulo de acionamento básico (BDM) do PDS. Ver Figura A.4.

A.2.2.2 Proteção por dispositivo diferencial residual (dispositivo DR)

Quando um dispositivo diferencial residual (dispositivo DR) for utilizado para proteção contra defeitos,
as seguintes condições devem ser atendidas:

 a) tempo de seccionamento conforme requerido na Tabela A.2, e

 b) RA × IΔn ≤ 50 V

onde

RA é a soma das resistências do eletrodo de aterramento e do condutor de proteção para cada


parte condutiva exposta,

IΔn é a corrente de operação residual nominal do dispositivo DR.

106/141 NÃO TEM VALOR NORMATIVO


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Exceção: Um tempo de seccionamento não superior a 1 s é permitido para circuitos de distribuição e


para circuitos não abrangidos na Tabela A.2.

NOTA 1 A proteção contra defeitos também é fornecida neste caso se a impedância contra defeitos não for
desprezível.

NOTA 2 Quando a discriminação entre dispositivos DR for necessária, a informação é fornecida em 535.3 da
Projeto em Consulta Nacional

IEC 60364-5-53:2001.

NOTA 3 Os tempos de seccionamento de acordo com a Tabela A.2 são referentes às correntes contra
defeitos residuais presumidas significativamente maiores do que a corrente de operação residual nominal do
dispositivo DR (tipicamente 5 IΔn).

NOTA 4 A definição de RA é extraída da IEC 60364-4-41. Nesta Parte da ABNT NBR IEC 60204, o termo
“eletrodo de aterramento” na definição de RA é considerado como “trajetória de retorno de aterramento”
conforme definido pela IEC 60050-195:1998, 195-02-30.

A.2.2.3 Proteção por dispositivos contra sobrecorrente

Quando um dispositivo contra sobrecorrente for utilizado, a seguinte condição deve ser atendida:

Zs × Ia ≤ U0

onde

Zs é a impedância da malha do circuito defeituoso compreendendo:

a fonte,

o condutor de linha até o ponto do defeito,

o condutor de proteção de cada parte condutiva exposta,

o condutor de aterramento,

o eletrodo de aterramento da instalação e o eletrodo de aterramento da fonte;

Ia é a corrente que provoca a operação automática do dispositivo de seccionamento dentro do


tempo especificado na Tabela A.2.

Exceção: é permitido um tempo de seccionamento não superior a 1 s para circuitos não abrangidos
na Tabela A.2.

U0 é a tensão nominal de aterramento da linha em corrente alternada ou corrente contínua.

Os tempos máximos de seccionamento especificados na Tabela A.2 devem ser aplicados a circuitos
não superiores a 32 A. Os tempos máximos de seccionamento não podem exceder 1 s para circuitos
de 32 A ou superiores.

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 107/141


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Tabela A.2 – Tempo de seccionamento máximo para sistemas TT


50 V < U0 ≤ 120 V 120 V < U0 ≤ 230 V 230 V < U0 ≤ 400 V U0 > 400 V
Sistema
s s s s
CA CC CA CC CA CC CA CC
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TT 0,3 NOTA 0,2 0,4 0,07 0,2 0,04 0,1


Quando nos sistemas TT o seccionamento for atingido por um dispositivo de sobrecorrente e todas as partes
condutivas externas serão conectadas ao circuito de proteção, os tempos máximos de seccionamento
especificados na Tabela A.1 podem ser utilizados.
U o é a tensão nominal de aterramento da linha em CA ou CC.
NOTA O Seccionamento pode ser requerido por outras razões do que proteção contra choque elétrico

A.2.3 Verificação da proteção por seccionamento automático da alimentação


utilizando um dispositivo diferencial residual

A proteção contra defeitos em um sistema TT por seccionamento automático da alimentação utilizando


um dispositivo diferencial residual deve ser verificada pelos seguintes meios:

● inspeção da corrente residual nominal para o valor de desarme e o valor do tempo de seccionamento
do dispositivo diferencial residual, e

● verificação de que o dispositivo diferencial residual foi ensaiado de acordo com uma IEC aplicável, e

● inspeção das conexões ao dispositivo diferencial residual e ao circuito de ligação de proteção.

A.2.4 Medição da impedância da malha do circuito defeituoso (Zs)

Quando a medição da impedância da malha do circuito defeituoso for realizada, o equipamento de


medição deve atender à IEC 61557-3. A informação sobre a precisão dos resultados da medição e os
procedimentos a serem seguidos, fornecidos na documentação do equipamento de medição, devem
ser consideradas.

A medição deve ser realizada com o equipamento elétrico conectado a uma alimentação entre 99 %
e 101 % da frequência nominal da alimentação na instalação pretendida.

NOTA 1 A Figura A.3 ilustra uma disposição típica para medir a impedância da malha do circuito defeituoso
em uma máquina.

Se não for possível que o motor elétrico seja conectado durante o ensaio, os dois condutores de linha
não utilizados no ensaio podem ser abertos, por exemplo, removendo os fusíveis.

NOTA 2 A Figura A.4 ilustra uma disposição típica para medir a impedância da malha do circuito defeituoso
quando um sistema de acionamento de potência for utilizado.

O valor medido da impedância do circuito elétrico defeituoso deve estar de acordo com A.2.2.3.

NOTA 3 As informações sobre a verificação do desempenho de um dispositivo diferencial residual


e a medição da impedância da malha do circuito defeituoso de aterramento podem ser encontradas na
IEC 60364-6.

108/141 NÃO TEM VALOR NORMATIVO


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Máquina
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Alimentação elétrica
Dispositivo de teste de
impedância da malha do
circuito defeituoso de
acordo com a
IEC 61557-3

Para outros circuitos do


equipamento elétrico

Figura A.3 – Disposição típica para medição da impedância da malha do circuito defeituoso
(Zs) em sistemas TT

Máquina

Sistema de acionamento elétrico

Alimentação elétrica
Dispositivo de teste de
impedância do circuito
elétrico defeituoso de
acordo com a
IEC 61557-3

Para outros circuitos do


equipamento elétrico

Figura A.4 – Disposição típica para medição da impedância da malha do circuito defeituoso
(Zs) para circuitos do sistema de acionamento de potência em sistemas TT

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 109/141


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Anexo B
(informativo)

Questionário sobre o equipamento elétrico de máquinas


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O uso deste questionário pode facilitar a troca de informações entre o usuário e o fornecedor sobre as
condições básicas e os requisitos adicionais do usuário, para permitir um projeto, aplicação e utilização
adequados do equipamento elétrico da máquina (ver 4.1), especialmente quando as condições no
local puderem se desviar daquelas geralmente esperadas.

O Anexo B também pode servir como uma lista de verificação interna para máquinas fabricadas em
série.

Nome do fabricante/fornecedor
Nome do usuário final
Número da proposta/ordem Data
Tipo de máquina Designação de tipo Número de série
1. Condições especiais (ver Seção 1)
 a) A máquina deve ser utilizada ao ar livre? Sim/Não Se sim, a especificação
 b) A máquina utilizará, processará Sim/Não Se sim, a especificação
ou produzirá material explosivo ou
inflamável?
 c) A máquina é para uso em atmosferas Sim/Não Se sim, a especificação
potencialmente explosivas ou
inflamáveis?
 d) A máquina pode apresentar perigos Sim/Não Se sim, a especificação
especiais ao produzir ou consumir
certos materiais?
 e) A máquina é para uso em minas? Sim/Não Se sim, a especificação
2. Alimentações elétricas e condições
relativas (ver 4.3)
 a) Flutuações previstas na tensão (se forem
superiores a ± 10 %)
 b) Flutuações previstas na frequência (se Contínua Curta duração
forem superiores a ± 2 %)
 c) Indicar as possíveis alterações futuras no
equipamento elétrico que requerem um
aumento nos requisitos da alimentação
elétrica
 d) Especificar as interrupções de tensão
na alimentação se a duração for
superior à especificada na Seção 4,
quando o equipamento elétrico mantiver
a operação nessas condições

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3. Ambiente físico e condições de


operação (ver 4.4)
 a) Ambiente eletromagnético (ver 4.4.2) Ambiente residencial, Ambiente industrial
comercial ou industrial leve
Condições ou requisitos especiais de
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compatibilidade eletromagnética
 b) Faixa de temperatura ambiente
 c) Faixa de umidade
 d) Altitude
 e) Condições ambientais especiais (por
exemplo, atmosferas corrosivas, poeira,
ambientes úmidos)
 f) Radiação
 g) Vibração, impacto
 h) Requisitos especiais de instalação
e operação (por exemplo, cabos e
condutores antichama)
 i) Transporte e armazenamento (por
exemplo, temperaturas fora da faixa
especificada em 4.5)
 j) Restrições relacionadas ao tamanho,
peso ou carga do ponto
4. Alimentações elétricas de entrada
Especificar para cada alimentação elétrica:
 a) Tensão nominal (V) Corrente alternada Corrente contínua
Se for CA, o número de Frequência (Hz)
fases
Valor da impedância da fonte de alimentação
(Ω) no ponto de conexão do equipamento
elétrico
Corrente de curto-circuito presumida (kA
r.m.s.) no ponto de conexão do equipamento
elétrico (ver também item 2)
 b) Tipo de sistema de distribuição TN (sistema com um ponto TT (sistema com um
(ver IEC 60364-1) diretamente aterrado, com ponto diretamente
um condutor de proteção aterrado, porém o
(PE) diretamente conectado condutor de proteção
a esse ponto); especificar se (PE) da máquina não
o ponto aterrado é o ponto conectado a esse ponto
neutro (centro da estrela) ou de aterramento do
outro ponto sistema)
IT (sistema que não é
diretamente aterrado)

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 111/141


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No caso de sistemas IT, o monitoramento do Sim Não


isolamento/local do defeito deve ser fornecido
pelo fornecedor do equipamento elétrico?
 c) O equipamento elétrico deve ser Sim Não
conectado ao condutor de alimentação
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neutro (N)?
(Ver 5.1)
Corrente máxima (A) permitida
 d) Dispositivo de seccionamento da
alimentação
O seccionamento do condutor neutro (N) é Sim Não
requerido?
Uma ligação removível para seccionar o Sim Não
neutro (N) é requerida?
Tipo de dispositivo de seccionamento da
alimentação a ser fornecido
 e) Área de seção transversal e material do
condutor de proteção externo (PE)
 f) Um dispositivo DR é fornecido na Sim/Não Se sim, tipo e corrente
instalação? de operação residual
nominal
5. Proteção contra choque elétrico
(ver Seção 6)
 a) Para quais das seguintes classes Pessoas qualificadas em Pessoas capacitadas
de pessoas o acesso é requerido eletricidade em eletricidade
no interior de invólucros durante a
operação normal do equipamento?
 b) Travas com chaves removíveis devem Sim Não
ser fornecidas para travamento de
portas?
(ver 6.2.2)
Tipo de dispositivo de travamento
Unidade de travamento básica (exceto cilindro
de chave) a ser fornecida e instalada por
Cilindro de chave a ser fornecido e instalado por
6. Proteção do equipamento (ver Seção 7)
 a) O usuário ou fornecedor do
equipamento elétrico fornecerá
condutores de alimentação e a
proteção contra sobrecorrente para os
condutores de alimentação? (ver 7.2.2)
Tipo e valor nominal dos dispositivos de
proteção contra sobrecorrente

112/141 NÃO TEM VALOR NORMATIVO


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 b) Motor elétrico de grande dimensão (kW)


em CA trifásica que pode ser ligado
diretamente na alimentação
 c) A quantidade de dispositivos de Sim Não
detecção de sobrecarga do motor
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elétrico pode ser reduzida? (ver 7.3.2)


 d) A proteção contra sobretensão deve ser Sim/Não Se sim, a especificação
fornecida?
7. Operação
Para sistemas de controle sem fio, especificar
o tempo de retardo antes que o desligamento
automático da máquina seja iniciado na
ausência de um sinal válido.
8. Interface do operador e dos dispositivos
de comando instalados na máquina (ver
Seção 10)
Preferências de cores especiais (por Partida Parada
exemplo, para alinhar com as máquinas
existentes):
Outros
9. Dispositivo de comando
Grau de proteção de invólucros (ver 11.3) ou
condições especiais:
10. Práticas de fiação (ver Seção 13)
Existe um método específico de identificação Sim Não
a ser utilizado para os condutores? (ver
13.2.1)
Tipo
11. Acessórios e iluminação (ver Seção 15)
 a) Um tipo específico de tomada elétrica é Sim Não
requerido?
Se sim, qual tipo?
 b) Quando a máquina for equipada com Tensão mais elevada Se a tensão no circuito
iluminação local: permissível (V) de iluminação não for
obtida diretamente da
alimentação elétrica,
especificar a tensão
preferida
12. Marcação, advertências e designações
de referência (ver Seção 16)
 a) Identificação funcional (ver 16.3)
Especificações:
 b) Inscrições/marcações especiais No equipamento elétrico? Em qual idioma?

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 113/141


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 c) Regulamentos locais específicos são Sim Não


para serem atendidos
Se sim, quais?
13. Documentação técnica (ver Seção 17)
 a) Documentação técnica (ver 17.1) Em qual mídia? Em qual idioma?
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Qual o formato do arquivo? Em qual idioma?


 b) Instruções de uso (ver 17.1) Em qual mídia? Em qual idioma?
Qual o formato do arquivo? Em qual idioma?
 c) Tamanho, local e finalidade dos dutos,
bandejas abertas para cabos ou
suportes de cabos a serem fornecidos
pelo usuário
 d) Indicar se limitações especiais sobre o Dimensões máximas Peso máximo
tamanho ou peso afetam o transporte
de uma máquina ou conjuntos de
dispositivo de comando específicos ao
local de instalação:
 e) No caso de máquinas especialmente Sim Não
construídas, um certificado de ensaios
operacionais com a máquina carregada
é para ser fornecido?
 f) No caso de outras máquinas, Sim Não
um certificado de ensaios de tipo
operacional sobre uma máquina
de protótipo carregada é para ser
fornecido?

114/141 NÃO TEM VALOR NORMATIVO


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Anexo C
(informativo)

Exemplos de máquinas abrangidas por esta Parte da


ABNT NBR IEC 60204
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A seguinte lista mostra exemplos de máquinas cujos equipamentos elétricos convêm que estejam em
conformidade com esta Parte da ABNT NBR IEC 60204. A lista não é exaustiva, porém é compatível
com a definição de máquina (3.1.40). Esta Parte da ABNT NBR IEC 60204 não precisa ser aplicada
às máquinas que forem aparelhos eletrodomésticos e similares dentro do escopo da série IEC 60335.

Máquinas para trabalho em metais Máquinas de alimentos


● trituradoras
● máquinas para corte de metais ● máquinas misturadoras
● máquinas para conformação de metais ● máquinas para pizzas e tortas
● máquinas para processamento de carnes
Máquinas para plásticos e borracha Máquinas para impressão, papel e papelão
● máquinas de impressão
● máquinas injetoras ● máquinas de acabamento, guilhotinas,
● máquinas extrusoras dobradeiras
● máquinas sopradoras ● máquinas para embobinamento e corte
● máquinas de moldagem por cura térmica ● máquinas de cola (coladeiras)
● máquinas redutoras de tamanho ● máquinas para fabricação de papel e
papelão
Máquinas para madeira Máquinas de inspeção/ensaio
● máquinas para trabalhar madeira
● máquinas de medição por coordenadas
● máquinas laminadoras
● máquinas para controle de fabricação
● máquinas para serrarias
Máquinas de montagem Compressores
● Máquinas para manuseio de materiais ● Máquinas para embalagem
● robôs
● transportadores ● paletizadoras/despaletizadoras
● máquinas de transferência (transfer) ● embaladoras e seladoras para
● máquinas para armazenamento e empacotamento
recuperação
Máquinas para tecidos Máquinas para lavanderias

Máquinas para refrigeração e ar-condicionado Máquinas para aquecimento e ventilação

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 115/141


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Máquinas para couro/imitação de artigos de Máquinas para materiais de construção e


couro e calçados edificação
● máquinas para corte e puncionamento ● máquinas tuneladoras
● máquinas para desbaste, lavagem, ● máquinas betoneiras
polimento, corte e escovação ● máquinas para fabricação de tijolos
Projeto em Consulta Nacional

● máquinas para moldagem de calçados ● máquinas para fabricação de pedra,


● máquinas para envelhecimento cerâmica e vidro
Máquinas para içamento (ver IEC 60204-32) Máquinas transportáveis
● gruas ● máquinas para trabalhar madeira
● guindastes ● máquinas para trabalhar metais
Máquinas para o transporte de pessoas Máquinas móveis
● escadas rolantes
● plataformas elevatórias
● cabos para transporte de pessoas, por
● empilhadeiras
exemplo, teleféricos
● máquinas de construção
● elevadores
Portas motorizadas Máquinas para processamento de metal quente
Máquinas para recreação Máquinas para curtumes
● máquinas de roletes múltiplos
● parque de diversões e entretenimento ● máquinas de facas
● máquinas hidráulicas para curtume
Bombas Máquinas para mineração e extração de pedras
Máquinas agrícolas e florestais

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Anexo D
(informativo)

Capacidade de condução de corrente e proteção contra sobrecorrente de


condutores e cabos no equipamento elétrico de máquinas
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D.1 Generalidades
A finalidade deste Anexo D é fornecer informações adicionais sobre a seleção de tamanhos de
condutores quando as condições fornecidas na Tabela 6 (ver Seção 12) tiverem que ser modificadas
(ver notas da Tabela 6).

D.2 Condições gerais de operação

D.2.1 Temperatura do ar ambiente

A capacidade de condução de corrente para condutores isolados de PVC mostrados na Tabela 6


é relativa a uma temperatura do ar ambiente de + 40 °C. Para outras temperaturas do ar ambiente,
os fatores de correção são mostrados na Tabela D.1.

Os fatores de correção para cabos isolados de borracha são fornecidos pelo fabricante.

Tabela D.1 – Fatores de correção


Temperatura do ar ambiente
Fator de correção
°C
30 1,15
35 1,08
40 1,00
45 0,91
50 0,82
55 0,71
60 0,58
NOTA Os fatores de correção são derivados da IEC 60364-5-52.
A temperatura máxima em condições normais para o PVC é de 70 °C.

D.2.2 Métodos de instalação

Em máquinas, os métodos de instalação do condutor e do cabo entre invólucros e itens individuais do


equipamento mostrado na Figura D.1 são considerados os típicos (as letras utilizadas estão de acordo
com a IEC 60364-5-52):

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 117/141


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— Método B1: utilização de conduítes (3.1.9) e sistemas de canaletas de cabos (3.1.6) para fixar
e proteger condutores ou cabos unipolar;

— Método B2: mesmo que B1, porém utilizado para cabos multipolar;

— Método C: cabos multipolares instalados ao ar livre, horizontais ou verticais, sem


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espaço entre os cabos nas paredes;

— Método E: cabos multipolares ao ar livre, horizontais ou verticais, fixados em


bandejas para cabos abertas (3.1.5).

a) Condutores/cabos unipolares em conduítes e sistemas de canaletas de cabos

b) Cabos em conduítes e sistemas de canaletas de cabos

c) Cabos nas paredes

d) Cabos em bandejas abertas

Figura D.1 – Métodos de instalação do condutor e do cabo independentemente


do número de condutores/cabos

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D.2.3 Agrupamento
Quando mais condutores estiverem com carga nos cabos ou em pares de condutores instalados,
reduzir os valores de Iz, mostrados na Tabela 6 ou pelo fabricante de acordo com as Tabelas D.2 ou D.3.
NOTA Os circuitos com Ib < 30 % de Iz não precisam ser reduzidos.
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Tabela D.2 – Fatores de redução de Iz para agrupamento


Métodos de instalação (ver a Figura D.1)
Número de circuitos/cabos com carga
(ver Nota 3)
2 4 6 9
B1 (condutores ou cabos unipolares) e B2 (cabos
0,80 0,65 0,57 0,50
multipolares)
C camada única sem espaço entre os cabos 0,85 0,75 0,72 0,70
E camada única em uma bandeja perfurada sem
0,88 0,77 0,73 0,72
espaço entre os cabos
E conforme descrito anteriormente, porém com 2 a
3 bandejas com um espaçamento vertical entre 0,86 0,76 0,71 0,66
cada bandeja de 300 mm (ver Nota 4)
Pares do circuito de controle ≤ 0,5 mm2
0,76 0,57 0,48 0,40
independentemente dos métodos de instalação.
NOTA 1 Esses fatores são aplicados a
— cabos, todos com a mesma carga, o próprio circuito com carga simétrica;
— grupos de circuitos de condutores isolados ou cabos com a mesma temperatura máxima de operação admissível.
NOTA 2 Os mesmos fatores são aplicados a
— grupos de dois ou três cabos de núcleo único;
— cabos com núcleos múltiplos.
NOTA 3 Fatores derivados da IEC 60364-5-52:2009.
NOTA 4 Uma bandeja perfurada para cabos é uma bandeja onde os orifícios ocupam mais de 30 % da área da base.
(Derivado da IEC 60364-5-52:2009).

Tabela D.3 – Fatores de redução de Iz para cabos multipolares de até 10 mm2


Número de condutores ou Condutores (≥ 1 mm2) Pares
pares com carga (ver Nota 3) (0,25 mm2 a 0,75 mm2)
1 ‒ 1,0
3 1,0 0,5
5 0,75 0,39
7 0,65 0,34
10 0,55 0,29
24 0,40 0,21
NOTA 1 Aplicável aos cabos multipolares com condutores/pares com a mesma carga.
NOTA 2 Para agrupamento de cabos multipolares, ver os fatores de redução da Tabela D.2.
NOTA 3 Fatores derivados da IEC 60364-5-52:2009.

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D.2.4 Classificação de condutores

Tabela D.4 – Classificação de condutores


Classe Descrição Uso/aplicação
Condutores sólidos de cobre ou
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1
alumínio
Instalações fixas
Condutores trançados de cobre ou
2
alumínio
Condutores trançados flexíveis de Instalações de máquinas com
5
cobre presença de vibração; conexão às
partes móveis
Condutores trançados flexíveis de
6 cobre
que são mais flexíveis que a classe 5 Para movimentos frequentes
NOTA Derivado da IEC 60228.

D.3 Coordenação entre condutores e dispositivos de proteção que proveem


proteção contra sobrecarga
A Figura D.2 ilustra a relação entre os parâmetros de condutores e os parâmetros de dispositivos de
proteção que proveem proteção contra sobrecarga.
Capacidade de condução
Corrente de projeto I b de corrente I z

Parâmetros de
condutores

Faixa aceitável para


Parâmetros de corrente de desarme I 2
dispositivos de
proteção

Corrente nominal ou
ajuste da corrente I n
Figura D.2 – Parâmetros de condutores e dispositivos de proteção
A proteção correta de um cabo requer que as características de operação de um dispositivo de proteção
(por exemplo, dispositivo de proteção contra sobrecorrente, dispositivo de proteção contra sobrecarga
do motor elétrico) que protege o cabo contra sobrecarga atendam às duas condições seguintes:

Ib ≤ In ≤ Iz

I2 ≤ 1,45 × Iz

onde

Ib é a corrente para a qual o circuito é projetado;

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Iz é a capacidade de condução de corrente efetiva, expressa em ampères, do cabo para serviço


contínuo de acordo com a Tabela 6 para as condições de instalação específicas:

— temperatura, redução de Iz, ver Tabela D.1;

— agrupamento, redução de Iz, ver Tabela D.2;


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— cabos com núcleos múltiplos, redução de Iz, ver Tabela D.3.

In é a corrente nominal do dispositivo de proteção;

NOTA 1 Para dispositivos de proteção ajustáveis, a corrente nominal In é o ajuste da corrente


selecionada.

I2 é a corrente mínima para assegurar a operação efetiva do dispositivo de proteção dentro


de um tempo especificado (por exemplo, 1 h para dispositivos de proteção de até 63 A).

A corrente I2 que assegura a operação efetiva do dispositivo de proteção é fornecida na norma


de produto ou pode ser fornecida pelo fabricante.

NOTA 2 Para condutores do circuito do motor elétrico, a proteção contra sobrecarga para condutor(es) pode
ser fornecida pela proteção contra sobrecarga para motor(es) elétrico(s) considerando que a proteção contra
curto-circuito seja fornecida por dispositivos de proteção contra curto-circuito.

Quando um dispositivo que provê proteção contra sobrecarga e proteção contra curto-circuito for
utilizado de acordo com a Seção D.3 para proteção contra sobrecarga do condutor, ele não assegura
uma proteção completa em todos os casos (por exemplo, sobrecarga com corrente inferior a I2)
nem resultará necessariamente em uma solução econômica. Portanto, esse dispositivo pode ser
inadequado quando sobrecargas com correntes inferiores a I2 forem suscetíveis de ocorrer.

D.4 Proteção de condutores contra sobrecorrente


É requerido que todos os condutores sejam protegidos contra sobrecorrente (ver 7.2) por dispositivos
de proteção inseridos em todos os condutores energizados de modo que qualquer corrente de curto-
circuito que flua no cabo seja interrompida antes de o condutor ter atingido a temperatura máxima
permissível.

NOTA Informações sobre condutores neutros podem ser encontradas em 7.2.3, terceiro parágrafo.

Tabela D.5 – Temperaturas máximas admissíveis do condutor em condições normais


e em curto-circuito (continua)
Temperatura máxima de curta
Temperatura máxima em
duração do condutor em
Tipo da isolação condições normais
condições de curto-circuito a
°C
°C
Cloreto de polivinila (PVC) 70 160
Borracha 60 200
Polietileno reticulado (XLPE) 90 250

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Tabela D.5 (conclusão)


Temperatura máxima de curta
Temperatura máxima em
duração do condutor em
Tipo da isolação condições normais
condições de curto-circuito a
°C
°C
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Composto de etileno-propileno
90 250
(EPR)
Borracha de silicone (SiR) 180 350
NOTA Para temperaturas máximas de curta duração do condutor superiores a 200 °C, nem condutores
estanhados e nem de cobre nu são adequados. Condutores de cobre prateados ou niquelados são adequados
para uso acima de 200 °C.
a Esses valores são baseados na suposição do comportamento adiabático por um período não superior a 5 s.

Na prática, os requisitos de 7.2 são atendidos quando o dispositivo de proteção a uma corrente I
provoca a interrupção do circuito dentro de um tempo que, em nenhum caso, excede ao tempo t onde
t < 5 s.

O valor do tempo, t, em segundos, pode ser calculado utilizando a seguinte equação:

t = (k × S/I)2

onde

S é a área de seção transversal, expressa em milímetros quadrados (mm2);

I é a corrente de curto-circuito efetiva, expressa em ampères, expressa para corrente alternada


como o valor r.m.s;

k é o fator mostrado para condutores de cobre quando isolados com os seguintes materiais:

PVC 115

Borracha 141

SiR 132

XLPE 143

EPR 143

D.5 Efeito das correntes harmônicas em sistemas trifásicos balanceados


No caso de circuitos que alimentam cargas monofásicas com corrente de carga incluindo as harmônicas,
o condutor neutro do circuito pode ser adicionalmente carregado e uma redução da capacidade de
condução de corrente desse cabo pode ser necessária. Para referência, ver IEC 60364-5-52:2009,
Anexo E.

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Anexo E
(informativo)

Explicação das funções de operação de emergência


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NOTA Os conceitos descritos a seguir são incluídos aqui para proporcionar ao leitor uma compreensão
desses termos, embora nesta Parte da ABNT NBR IEC 60204 somente dois deles sejam utilizados.

● Operação de emergência

A operação de emergência inclui, separadamente ou de forma combinada:

— parada de emergência;

— partida de emergência;

— desligamento de emergência;

— ligação de emergência.

● Parada de emergência

Uma operação de emergência destinada a parar um processo ou um movimento que se tornou


perigoso.

● Partida de emergência

Uma operação de emergência destinada a iniciar um processo ou um movimento para remover


ou evitar uma situação perigosa.

● Desligamento de emergência

Uma operação de emergência destinada a desligar a energia elétrica em toda ou parte de


uma instalação quando um risco de choque elétrico ou outro risco de origem elétrica estiver
envolvido.

● Ligação de emergência

Uma operação de emergência destinada a ligar a energia elétrica em parte de uma instalação que
é destinada a ser utilizada em situações de emergência.

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Anexo F
(informativo)

Guia de uso desta Parte da ABNT NBR IEC 60204


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Esta Parte da ABNT NBR IEC 60204 provê um grande número de requisitos gerais que podem ou
não ser aplicáveis ​​ao equipamento elétrico de uma máquina específica. Uma simples referência sem
qualquer qualificação à norma completa ABNT NBR IEC 60204-1 não é, portanto, suficiente. Escolhas
precisam ser feitas para abranger todos os requisitos desta Parte da ABNT NBR IEC 60204. Convém
que um comitê técnico que prepara uma norma de família de produto ou uma norma de produto
específica (tipo C na ISO e CEN), e o fornecedor de uma máquina para a qual não existe normas de
família de produto ou norma de produto específica, utilize esta Parte da ABNT NBR IEC 60204:

 a) por referência; e

 b) por seleção da(s) opção(ões) mais apropriada(s) dos requisitos fornecidos nas Seções aplicáveis; e

 c) por modificação de determinadas Seções, conforme necessário, onde os requisitos específicos
para o equipamento da máquina serem adequadamente abrangidos por outras normas pertinentes,

desde que as opções selecionadas e as modificações efetuadas não afetem negativamente o nível de
proteção requerido para a máquina de acordo com a avaliação de risco.

Ao aplicar os três princípios a), b) e c) listados anteriormente, é recomendado que:

— referência seja feita às seções e subseções aplicáveis desta Norma:

● que são atendidas, indicando quando a opção aplicável é relevante;

● que foram modificadas ou ampliadas para os requisitos específicos da máquina ou


equipamento; e

— referência seja feita diretamente à norma aplicável, para os requisitos dos equipamentos elétricos
que são adequadamente abrangidos por esta Norma.

Uma pessoa especialista específica pode ser necessária para:

— realizar a avaliação de risco necessária da máquina;

— ler e compreender todos os requisitos desta Parte da ABNT NBR IEC 60204;

— escolher os requisitos aplicáveis desta Parte do ABNT NBR IEC 60204 quando alternativas forem
fornecidas;

— identificar requisitos alternativos ou adicionais específicos que diferem ou não são incluídos nos
requisitos desta Parte da ABNT NBR IEC 60204 e que são determinados pela máquina e seu
uso; e

— especificar com precisão esses requisitos específicos.

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A Figura 1 desta Parte da ABNT NBR IEC 60204 é um diagrama de blocos de uma máquina típica
e pode ser utilizada como o ponto de partida para esta tarefa. Ela indica as Seções e Subseções
que tratam de requisitos/equipamentos específicos. Entretanto, esta Parte da ABNT NBR IEC 60204
é um documento complexo e a Tabela F.1 pode auxiliar a identificar as opções de aplicação para uma
máquina específica e provê referência a outras normas pertinentes.
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Tabela F.1 – Opções de aplicação (continua)


Seção ou
Assunto i) ii) iii) iv)
Subseção
Escopo 1 X
Requisitos gerais 4 X X X ABNT NBR ISO 12100
Seleção do equipamento 4.2.2 X X Série IEC 61439
Dispositivo de seccionamento
5.3 X
(isolamento) da alimentação
Circuitos exclusivos 5.3.5 X X ABNT NBR ISO 12100
Prevenção contra partida 5.4, 5.5 e
X X X ISO 14118
inesperada, isolamento 5.6
Proteção contra choque elétrico 6 X IEC 60364-4-41
Operações de emergência 9.2.3.4 X X ISO 13850
Controle bimanual 9.2.3.8 X X ISO 13851
Controle sem fio 9.2.4 X X X IEC 62745
ABNT NBR ISO 12100
Funções de controle no caso de ABNT NBR ISO 13849
9.4 X X X
falha (todas as partes)
IEC 62061
Sensores de posição 10.1.4 X X X ISO 14119
Cores e marcações dos IEC 60073
10.2, 10.3 e
dispositivos de interface do X X IEC 61310 (todas as
10.4
operador partes)
Parada de emergência 9.2.3.4.2 X ISO 13850
Dispositivos de parada de
10.7 X X ABNT NBR IEC 60947-5-5
emergência
Dispositivos de desligamento de
10.8 X IEC 60364-5-53
emergência
Dispositivo de comando –
10.1.3 e
proteção contra a penetração de X X X ABNT NBR IEC 60529
11.3
contaminantes, etc.
Identificação de condutores 13.2 X X IEC 62491
Verificação 18 X X X IEC 60364-6
Requisitos adicionais do usuário Anexo B X X

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Tabela F.1 (conclusão)


Seção ou
Assunto i) ii) iii) iv)
Subseção
Proteção contra defeitos em Anexo A IEC 60364-4-41
X
sistema TN (A.1) IEC 60364-6
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Proteção contra defeitos em Anexo A IEC 60364-4-41


X
sistema TT (A.2) IEC 60364-6
Seções e Subseções desta Parte da ABNT NBR IEC 60204 onde é conveniente que uma ação
seja considerada (mostradas por X) em relação:
i) à seleção das medidas fornecidas;
ii) aos requisitos adicionais;
iii) aos requisitos diferentes;
iv) aos exemplos de outras normas que podem ser aplicáveis.

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Anexo G
(informativo)

Comparação de áreas de seção transversal típicas do condutor


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A Tabela G.1 provê uma comparação das áreas de seção transversal do condutor da American Wire
Gauge (AWG) em milímetros quadrados, polegadas quadradas e milipolegadas circulares.

Tabela G.1 – Comparação de tamanhos do condutor (continua)


Resistência
Tamanho do do cobre Milipolegadas
Bitola N° Área de seção transversal
fio em corrente circulares
contínua a 20 °C
mm2 (AWG) mm2 polegada2 Ohms por km
0,2 0,196 0,000 304 91,62 387
24 0,205 0,000 317 87,60 404
0,3 0,283 0,000 438 63,46 558
22 0,324 0,000 504 55,44 640
0,5 0,500 0,000 775 36,70 987
20 0,519 0,000 802 34,45 1 020
0,75 0,750 0,001 162 24,80 1 480
18 0,823 0,001 272 20,95 1 620
1,0 1,000 0,001 550 18,20 1 973
16 1,31 0,002 026 13,19 2 580
1,5 1,500 0,002 325 12,20 2 960
14 2,08 0,003 228 8,442 4 110
2,5 2,500 0,003 875 7,56 4 934
12 3,31 0,005 129 5,315 6 530
4 4,000 0,006 200 4,700 7 894
10 5,26 0,008 152 3,335 10 380
6 6,000 0,009 300 3,110 11 841
8 8,37 0,012 967 2,093 16 510
10 10,000 0,001 550 1,840 19 735
6 13,3 0,020 610 1,320 26 240
16 16,000 0,024 800 1,160 31 576

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Tabela G.1 (conclusão)


Resistência
Tamanho do do cobre Milipolegadas
Bitola N° Área de seção transversal
fio em corrente circulares
contínua a 20 °C
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4 21,1 0,032 780 0,829 5 41 740


25 25,000 0,038 800 0,734 0 49 338
2 33,6 0,052 100 0,521 1 66 360
35 35,000 0,054 200 0,529 0 69 073
1 42,4 0,065 700 0,413 9 83 690
50 47,000 0,072 800 0,391 0 92 756

A resistência para temperaturas diferentes de 20 °C pode ser encontrada utilizando a seguinte equação:

R = R1 [1 + 0,003 93 (t – 20)]

onde

R1 é a resistência a 20 °C;

R é a resistência a uma temperatura t °C.

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Anexo H
(informativo)

Medidas para reduzir os efeitos das influências eletromagnéticas


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H.1 Definições
Somente para os efeitos do Anexo H, aplicam-se os seguintes termos e definições.

H.1.1 Aparelhagem

Dispositivo acabado ou combinado comercialmente disponível como uma única unidade funcional,
destinado para o usuário final e suscetível de gerar perturbações eletromagnéticas ou cujo desempenho
possa ser susceptível de ser afetado por esta perturbação

H.1.2 Instalação fixa

Combinação específica de vários tipos de aparelhagem e, quando aplicável, outros dispositivos, que
são montados, instalados e destinados a serem utilizados permanentemente em um local predefinido

H.2 Generalidades
Este Anexo H provê recomendações para melhorar a imunidade eletromagnética e reduzir a emissão
de perturbações eletromagnéticas.

Para fins de EMC, o equipamento elétrico para máquinas é considerado aparelhagem ou instalações
fixas. Quando a segurança elétrica e a compatibilidade eletromagnética resultarem em requisitos
diferentes, a segurança elétrica sempre tem maior prioridade.

A Interferência Eletromagnética (EMI) pode perturbar ou danificar os sistemas de monitoramento,


controle e automação do processo. As correntes devidas às descargas atmosféricas, operações de
chaveamento, curtos-circuitos e outros fenômenos eletromagnéticos podem provocar sobretensões e
interferências eletromagnéticas.

Esses efeitos podem ocorrer, por exemplo:

● quando existirem grandes circuitos elétricos condutivos,

● quando diferentes sistemas de fiação elétrica forem instalados em rotas comuns, por exemplo,
cabos de alimentação, comunicação, controle ou sinal.

Os cabos que conduzem grandes correntes com uma alta taxa de mudança de corrente (di/dt) podem
induzir sobretensões em outros cabos, o que pode influenciar ou danificar o equipamento elétrico
conectado.

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H.3 Atenuação da interferência eletromagnética (EMI)

H.3.1 Generalidades

Convém que consideração especial seja dada no projeto do equipamento elétrico quanto às medidas
descritas a seguir para reduzir as influências eletromagnéticas no equipamento elétrico.
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Convém que somente o equipamento elétrico que atenda aos requisitos das normas de EMC
apropriadas ou os requisitos de EMC da norma do produto relevante seja utilizado.

H.3.2 Medidas para reduzir a EMI

As seguintes medidas reduzem a interferência eletromagnética:

 a) a instalação de dispositivos de proteção contra oscilações e/ou filtros para equipamentos sensí-
veis a influências eletromagnéticas é recomendada para melhorar a compatibilidade eletromag-
nética em relação aos fenômenos eletromagnéticos conduzidos;

 b) convém que os revestimentos condutivos (por exemplo, blindagens, malhas) de cabos sejam
ligados ao circuito de proteção;

 c) convém que circuitos elétricos indutivos sejam evitados pela seleção de rotas comuns para
a fiação de circuitos de energia, sinal e dados, mantendo ao mesmo tempo a separação do cir-
cuito de acordo com a Seção H.4;

 d) convém que os cabos de energia sejam mantidos separados dos cabos de sinal ou de dados;

 e) quando for necessário que os cabos de energia, de sinal ou de dados se cruzem entre si, convém
que eles sejam cruzados em ângulos retos;

 f) uso de cabos com condutores concêntricos para reduzir as correntes induzidas no condutor de
proteção;

 g) uso de cabos simétricos multipolares (por exemplo, cabos blindados contendo condutores de
proteção separados) para as conexões elétricas entre motores elétricos e conversores;

 h) uso de cabos de sinal e de dados de acordo com os requisitos de EMC das instruções do fabricante;

 i) quando cabos blindados de sinal e de dados forem utilizados, convém que cuidado seja tomado
para reduzir a corrente que flui através das malhas dos cabos de sinal ou cabos de dados que
estejam aterrados. Pode ser necessário instalar um condutor de derivação, ver Figura H.1;

Condutor de derivação para reforço da malha

Figura H.1 – Condutor de derivação para reforço da malha


NOTA Uma boa ligação equipotencial dos componentes da máquina reduz a necessidade de condutores
de derivação.

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 j) convém que as conexões de ligação equipotencial tenham uma impedância a mais baixa possível,
sendo a mais curta possível e, quando aplicável, trançadas para conduzir frequências mais altas;

 k) se o equipamento eletrônico requer uma tensão de referência em torno do potencial de ater-
ramento a fim de funcionar corretamente, esta tensão de referência é fornecida pelo condutor
de aterramento funcional. Para equipamentos que operam em altas frequências, as conexões
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devem ser mantidas as mais curtas possíveis.

H.4 Separação e segregação de cabos


Convém que os cabos de energia e cabos de dados que compartilham a mesma rota sejam instalados
de acordo com os requisitos deste Anexo H.

Quando nenhuma outra informação estiver disponível, convém que a distância de separação do cabo
entre os cabos de energia e de dados estejam de acordo com a Tabela H.1 e Figura H.2.

Tabela H.1 – Distâncias mínimas de separação que utilizam retenção metálica conforme
ilustrado na Figura H.2
A B C
Retenção metálica Retenção metálica Retenção metálica
entrelaçada perfurada sólida
Separação sem
retenção metálica

≥ 200 mm ≥ 150 mm ≥ 100 mm 0 mm


A Desempenho da blindagem (DC-100 MHz) equivalente a uma cesta de aço de malha soldada
com tamanho da malha de 50 mm × 100 mm (excluindo escadas). Este desempenho da
blindagem também é alcançado com bandeja de aço, mesmo se a espessura de parede for
inferior a 1 mm e/ou a área perfurada uniformemente distribuída for superior a 20 %.
B Desempenho da blindagem (DC-100 MHz) equivalente a uma bandeja de aço de pelo menos 1
mm de espessura de parede e não mais que 20 % de área perfurada distribuída uniformemente.
Este desempenho de blindagem também é alcançado com cabos de energia blindados.
Convém que nenhuma parte do cabo dentro da retenção metálica seja menor que 10 mm
abaixo da parte superior da retenção metálica.
C Desempenho da blindagem (DC-100 MHz) equivalente a um conduíte de aço de pelo menos
1 mm de espessura da parede. A separação especificada é adicional à fornecida por qualquer
divisor/malha.

O requisito mínimo de separação especificado na Tabela H.1 se aplica à separação horizontal ou


vertical entre bandejas de cabos adjacentes ou sistemas de canaletas de cabos. Quando cabos de
dados e cabos de energia forem requeridos para se cruzarem e a separação mínima requerida não
puder ser mantida, então convém que o ângulo de seu cruzamento seja mantido a 90° em qualquer
lado do cruzamento para uma distância não inferior ao requisito mínimo aplicável de separação.

As Figuras H.2 e H.3 mostram exemplos de separação e segregação.

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Para distâncias, ver Tabela H.1.

= cabeamento de alimentação elétrica = circuitos auxiliares

= cabeamento de dados = circuitos sensíveis (por exemplo, medição)

Figura H.2 – Exemplos de separação e segregação verticais


Para distâncias, ver Tabela H.1.

Figura H.3 – Exemplos de separação e segregação horizontais


Convém que o espaço utilizável dentro da bandeja para cabos ou sistema de canaletas de cabos
permita uma quantidade acordada de cabos adicionais a serem instalados (ver Anexo B). Convém que
a altura do feixe de cabos seja menor que as paredes laterais da bandeja para cabos ou do sistema de
canaletas de cabos, conforme mostrado na Figura H.4 a seguir. A tampa de sobreposição de sistemas
de canaletas de cabos melhora o desempenho de compatibilidade eletromagnética.

Para uma bandeja para cabos em forma de U, o campo magnético diminui próximo das duas quinas.
Por esta razão, paredes laterais profundas são preferidas.

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O sombreado indica
desempenho da blindagem
O sombreado indica
desempenho da blindagem
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Não recomendado
Não recomendado

Recomendado Recomendado

Figura H.4 – Disposições de cabos em bandejas para cabos metálicas


As bandejas para cabos metálicas ou sistemas de canaletas de cabos que se destinam a fornecer
compatibilidade eletromagnética sempre devem ser conectados ao sistema de ligação equipotencial
local em ambas as extremidades. Para distâncias longas, por exemplo, superiores a 50 m, conexões
adicionais ao sistema de ligação equipotencial são recomendadas. Convém que todas as conexões
ao sistema de ligação equipotencial tenham baixa impedância.

Quando as bandejas para cabos metálicas ou sistemas de canaletas de cabos forem construídos a
partir de diversos elementos, convém que cuidado seja tomado para assegurar a continuidade através
da ligação efetiva entre elementos adjacentes.

Convém que a forma da seção metálica alcance a continuidade da blindagem ao longo de todo o seu
comprimento. Convém que todas as interconexões tenham baixa impedância, ver Figura H.5.

a Não conforme

b Conforme

c Recomendado

Figura H.5 – Conexões entre bandejas para cabos metálicas ou sistemas de canaletas
de cabos
Quando coberturas metálicas para sistemas de canaletas de cabos metálicas forem utilizadas, uma
cobertura sobre o comprimento total é preferida. Se isso não for possível, convém que as coberturas
sejam conectadas à bandeja para cabos pelo menos em ambas as extremidades por conexões curtas
inferiores a 10 cm, por exemplo, cintas trançadas ou entrelaçadas.

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A Figura H.6 mostra uma bandeja para cabos metálica que cruza uma parede na qual uma barreira
contra incêndio deve ser instalada. Quando bandejas para cabos metálicas forem requeridas a serem
interrompidas para cruzar as estruturas da edificação, convém que uma interconexão de baixa
impedância seja fornecida entre as duas seções metálicas. Os regulamentos relacionados às barreiras
contra incêndio têm precedência sobre as considerações de EMC.
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Não conforme Conforme

Figura H.6 – Interrupção de bandejas para cabos metálicas em barreiras contra incêndio

H.5 Alimentação elétrica de uma máquina por fontes paralelas


Quando uma máquina for alimentada com energia por fontes paralelas, ver IEC 60364-1.

H.6 Impedância de alimentação quando um sistema de acionamento de


potência (PDS) for utilizado
A conexão de um PDS a uma impedância de fonte de alimentação muito alta pode ocasionar problemas
de emissão conduzida.

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Anexo I
(informativo)

Documentação/informação
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Uma lista de normas disponíveis aplicáveis à documentação e informação é fornecida na Tabela I.1.

Breves definições de um conjunto de tipos de documentos normalizados internacionalmente são


fornecidas no banco de dados publicamente disponível IEC 61355 DB (http://std.iec.ch/iec61355).

Tabela I.1 – Documentação/informação que podem ser aplicáveis (continua)


Tipo de informação para
Norma recomendada
o equipamento elétrico
IEC 81346-1: Industrial systems, installations and
equipment and industrial products –
Princípios de estruturação
Structuring principles and reference designations
– Part 1: Basic rules
IEC 62023: Structuring of technical information
Estruturação de documentos
and documentation (ver nota)
IEC 62027: Preparation of object lists, including
Lista de peças
parts lists
IEC 62027: Preparation of object lists, including
Lista de documentos
parts lists
IEC/PAS 62569-1: Generic specification of
Especificação das propriedades do
information on products – Part 1: Principles and
equipamento elétrico
methods
IEC/IEEE 82079-1: Preparation of information
Instruções para manuseio, transporte e
for use (instructions for use) of products – Part 1:
armazenamento
Principles and general requirements
IEC/IEEE 82079-1: Preparation of information
Instruções para instalação, construção,
for use (instructions for use) of products – Part 1:
montagem no local, desmontagem etc.
Principles and general requirements
IEC/IEEE 82079-1: Preparation of information
Instruções de uso for use (instructions for use) of products – Part 1:
Principles and general requirements
IEC/IEEE 82079-1: Preparation of information
Instruções para serviço e manutenção for use (instructions for use) of products – Part 1:
Principles and general requirements

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 135/141


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Tabela I.1 (conclusão)


Tipo de informação para
Norma recomendada
o equipamento elétrico
IEC 81346-1: Industrial systems, installations and
equipment and industrial products –
Projeto em Consulta Nacional

Structuring principles and reference designations


– Part 1: Basic rules
e
Designações de referência
IEC 81346-2: Industrial systems, installations and
equipment and industrial products –
Structuring principles and reference designations
– Part 2: Classification of objects and codes for
classes
IEC 61666: Industrial systems, installations and
Designações de terminais equipment and industrial products – Identification
of terminals within a system
IEC 62491: Industrial systems, installations and
Designações de cabos e núcleos equipment and industrial products – Labelling of
cables and cores
IEC 61082-1: Preparation of documents used in
Diagramas de circuitos
electrotechnology – Part 1: Rules
Leiaute de equipamentos e dimensões IEC 61082-1: Preparation of documents used in
totais electrotechnology – Part 1: Rules
Diagrama de interconexão, lista de ter- IEC 61082-1: Preparation of documents used in
minais, lista de cabos, leiaute da bande-
ja para cabos electrotechnology – Part 1: Rules

Lista de peças de reposição para um IEC 62027: Preparation of object lists, including
período especificado parts lists
Lista de parâmetros (por exemplo, de (Não existe norma)
conversores)
IEC/IEEE 82079-1: Preparation of information
Lista de ferramentas for use (instructions for use) of products – Part 1:
Principles and general requirements
IEC 62507-1: Identification systems enabling
Sistemas de identificação unambiguous information interchange –
Requirements – Part 1: Principles and methods
NOTA Para equipamento simples, a IEC 62023 permite que todas as informações sejam contidas em um
único documento.

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ABNT/CB-003
PROJETO ABNT NBR IEC 60204-1
JUN 2020

Bibliografia

[1]  ABNT NBR IEC 60034-5, Máquinas elétricas girantes – Parte 5: Graus de proteção proporcionados
pelo projeto completo de máquinas elétricas girantes (Código IP) – Classificação
Projeto em Consulta Nacional

[2]  IEC 60034-11, Rotating electrical machines – Part 11: Thermal protection

[3]  IEC 60038:2009, IEC standard voltages

[4]  IEC 60050, International Electrotechnical Vocabulary (disponível em <http://www.electropedia.org>)

[5]  IEC 60073:2002, Basic and safety principles for man-machine interface, marking and identification –
Coding principles for indicators and actuators

[6]  ABNT NBR IEC 60085, Isolação elétrica – Avaliação térmica e designação

[7]  IEC 60204-11:2000, Safety of machinery – Electrical equipment of machines – Part 11:
Requirements for HV equipment for voltages above 1 000 V a.c. or 1 500 V d.c. and not exceeding
36 kV

[8]  IEC 60204-31:2013, Safety of machinery – Electrical equipment of machines – Part 31: Particular
safety and EMC requirements for sewing machines, units, and systems

[9]  IEC 60204-32:2008, Safety of machinery – Electrical equipment of machines – Part 32:
Requirements for hoisting machines

[10]  IEC 60204-33:2009, Safety of machinery – Electrical equipment of machines – Part 33:
Requirements for semiconductor fabrication equipment

[11]  IEC 60216 (todas as partes), Electrical insulating materials – Thermal endurance properties

[12]  IEC 60228:2004, Conductors of insulated cables

[13]  IEC 60269-1:2006, Low-voltage fuses – Part 1: General requirements

[14]  IEC 60287 (todas as partes), Electric cables – Calculation of the current rating

[15]  IEC 60320-1, Appliance couplers for household and similar general purposes – Part 1: General
requirements

[16]  IEC 60332 (todas as partes), Tests on electric and optical fibre cables under fire conditions

[17]  IEC 60335 (todas as partes), Household and similar electrical appliances – Safety

[18]  IEC 60364 (todas as partes), Electrical installations of buildings

[19]  IEC 60447:2004, Basic and safety principles for man-machine interface, marking and identification –
Actuating principles

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PROJETO ABNT NBR IEC 60204-1
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[20]  IEC/TR 60755, General requirements for residual current operated protective devices

[21]  IEC 60757:1983, Code for designation of colours

[22]  IEC/TR 60890, A method of temperature-rise verification of low-voltage switchgear and controlgear
assemblies by calculation
Projeto em Consulta Nacional

[23]  IEC 60909-0:2001, Short-circuit currents in three-phase a.c. systems – Part 0: Calculation of
currents

[24]  IEC/TR 60909-1:2002, Short-circuit currents in three-phase a.c. systems – Part 1: Factors for the
calculation of short-circuit currents according to IEC 60909-0

[25]  ABNT NBR IEC 60947-1:2013, Dispositivo de manobra e comando de baixa tensão – Parte 1:
Regras gerais

[26]  ABNT NBR IEC 60947-4-1, Dispositivo de manobra e controle de baixa tensão – Parte 4-1:
Contatores e partidas de motores – Contatores e partidas de motores eletromecânicos

[27]  IEC 60947-5-2:2007, Low-voltage switchgear and controlgear – Part 5-2: Control circuit devices
and switching elements – Proximity switches

[28]  IEC 60947-5-8, Low-voltage switchgear and controlgear – Part 5-8: Control circuit devices and
switching elements – Three-position enabling switches

[29]  ABNT NBR IEC 60947-7-1:2014, Dispositivos de manobra e controle de baixa tensão –
Parte 7-1: Equipamentos auxiliares – Blocos de conexão para condutores de cobre

[30]  IEC 61000-5-2:1997, Electromagnetic compatibility (EMC) – Part 5: Installation and mitigation
guidelines – Section 2: Earthing and cabling

[31]  IEC 61000-6-1:2005, Electromagnetic compatibility (EMC) – Part 6-1: Generic standards: Immunity
for residential, commercial and light-industrial environments

[32]  IEC 61000-6-2:2005, Electromagnetic compatibility (EMC) – Part 6-2: Generic standards –
Immunity for industrial environments

[33]  IEC 61000-6-3:2006, Electromagnetic compatibility (EMC) – Part 6-3: Generic standards –
Emission standard for residential, commercial and light-industrial environments

[34]  IEC 61000-6-4:1997, Electromagnetic compatibility (EMC) – Part 6: Generic standards – Section 4:
Emission standard for industrial environments

[35]  IEC 61082-1:2014, Preparation of documents used in electrotechnology – Part 1: Rules

[36]  IEC 61084 (todas as partes), Cable trunking and ducting systems for electrical installations

[37]  IEC 61175, Industrial systems, installations and equipment and industrial products – Designation
of signals

[38]  IEC 61180 (todas as partes), High-voltage test techniques for low-voltage equipment

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[39]  IEC/TR 61200-53:1994, Electrical installation guide – Part 53: Selection and erection of electrical
equipment – Switchgear and controlgear

[40]  IEC 61355, Collection of standardized and established document kinds (disponível em
http://std.iec.ch/iec61355)
Projeto em Consulta Nacional

[41]  IEC 61496-1:2004, Safety of machinery – Electro-sensitive protective equipment – Part 1: General
requirements and tests

[42]  IEC 61506, Industrial-process measurement and control – Documentation of application software

[43]  IEC 61557 (todas as partes), Electrical safety in low voltage distribution systems up to 1 000 V a.c.
and 1500 V d.c. – Equipment for testing, measuring or monitoring of protective measures

[44]  IEC 61558-2-2, Safety of power transformers, power supplies, reactors and similar products – Part 2-2:
Particular requirements and tests for control transformers and power supplies incorporating
control transformers

[45]  IEC 61558-2-16, Safety of transformers, reactors, power supply units and similar products for
supply voltages up to 1 100 V – Part 2-16: Particular requirements and tests for switch mode
power supply units and transformers for switch mode power supply units

[46]  IEC 61643-12:2008, Low-voltage surge protective devices – Part 12: Surge protective devices
connected to low-voltage power distribution systems – Selection and application principles

[47]  IEC 61666, Industrial systems, installations and equipment and industrial products – Identification
of terminals within a system

[48]  IEC 61800 (todas as partes), Adjustable speed electrical power drive systems

[49]  IEC/TR 61912-1:2007, Low-voltage switchgear and controlgear – Overcurrent protective devices –
Part 1: Application of short-circuit ratings

[50]  IEC 62020, Electrical accessories – Residual current monitors for household and similar uses
(RCMs)

[51]  IEC 62027:2011, Preparation of object lists, including parts lists

[52]  IEC 62305-1:2010, Protection against lightning – Part 1: General principles

[53]  IEC 62305-4:2010, Protection against lightning – Part 4: Electrical and electronic systems within
structures

[54]  IEC 62491, Industrial systems, installations and equipment and industrial products – Labelling of
cables and cores

[55]  IEC 62507-1, Identification systems enabling unambiguous information interchange – Requirements –
Part 1: Principles and methods

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[56]  IEC 62745 2, Safety of machinery – Requirements for the interfacing of cableless controllers to
machinery

[57]  IEC/PAS 62569-1, Generic specification of information on products – Part 1: Principles and
methods
Projeto em Consulta Nacional

[58]  IEC 81346-1:2009, Industrial systems, installations and equipment and industrial products –
Structuring principles and reference designations – Part 1: Basic rules

[59]  IEC 81346-2:2009, Industrial systems, installations and equipment and industrial products –
Structuring principles and reference designations – Part 2: Classification of objects and codes for
classes

[60]  IEC 82079-1:2012, Preparation of instructions for use – Structuring, content and presentation –
Part 1: General principles and detailed requirements

[61]  IEC Guide 106:1996, Guide for specifying environmental conditions for equipment performance
rating

[62]  ABNT NBR ISO 3864-1:2013, Símbolos gráficos – Cores e sinais de segurança – Parte 1:
Princípios de design para sinais e marcações de segurança

[63]  ISO 7000:2014, Graphical symbols for use on equipment – Registered symbols

[64]  ABNT NBR ISO 12100:2013, Segurança de máquinas – Princípios gerais de projeto – Apreciação
e redução de riscos

[65]  ISO 13732-1, Ergonomics of the thermal environment – Methods for the assessment of human
responses to contact with surfaces – Part 1: Hot surfaces

[66]  ISO 13851:2002, Safety of machinery – Two-hand control devices – Functional aspects and
design principles

[67]  ISO 14118:2000, Safety of machinery – Prevention of unexpected start-up

[68]  ISO 14122-1:2001, Safety of machinery – Permanent means of access to machinery – Part 1:
Choice of fixed means of access between two levels

[69]  ISO 14122-1:2001/AMD1:2010

[70]  ISO 14122-2:2001, Safety of machinery – Permanent means of access to machinery – Part 2:
Working platforms and walkways

[71]  ISO 14122-2:2001/AMD1:2010

[72]  ISO 14122-3:2001, Safety of machinery – Permanent means of access to machinery – Part 3:
Stairs, stepladders and guard-rails

2 Em estudo.

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[73]  ISO 14122-3:2001/AMD1:2010

[74]  CENELEC HD 516 S2, Guide to use of low-voltage harmonized cables

[75]  EN 50160:2010, Voltage characteristics of electricity supplied by public electricity networks


Projeto em Consulta Nacional

[76]  EN 50160:2010/AMD1:2015

[77]  UL 508A, UL Standard for Safety for Industrial Control Panels, second Edition, 2013 revised 2014

[78]  NFPA 79, Electrical Standard for Industrial Machinery, 2015 edition

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