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RELATÓRIO ABNT

TÉCNICO ISO/TR
14121-2

Primeira edição
13.12.2018
Exemplar para uso exclusivo - Lavorotec - Lavoratti Manutenções e Treinamentos Ltda - 14.583.619/0001-80 (Pedido 693561 Impresso: 18/12/2018)

Segurança de máquinas — Apreciação de riscos


Parte 2: Guia prático e exemplos de métodos
Safety of machinery — Risk assessment
Part 2: Practical guidance and examples of methods

ICS 13.100 ISBN 978-85-07-07841-8

Número de referência
ABNT ISO/TR 14121-2:2018
42 páginas

© ISO 2012 - © ABNT 2018


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Sumário Página

Prefácio Nacional................................................................................................................................vi
Introdução...........................................................................................................................................vii
1 Escopo.................................................................................................................................1
2 Referência normativa..........................................................................................................1
3 Termos e definições............................................................................................................1
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4 Preparação para a apreciação de riscos...........................................................................1


4.1 Considerações gerais.........................................................................................................1
4.2 Usando a abordagem de equipe para a apreciação de riscos........................................2
4.2.1 Generalidades......................................................................................................................2
4.2.2 Composição e papel dos membros da equipe.................................................................2
4.2.3 Seleção de métodos e ferramentas...................................................................................2
4.2.4 Fonte de informação para a apreciação de riscos...........................................................3
5 Processo de apreciação de riscos....................................................................................3
5.1 Generalidades......................................................................................................................3
5.2 Determinação dos limites da máquina..............................................................................3
5.2.1 Generalidades......................................................................................................................3
5.2.2 Funções da máquina (com base em máquina).................................................................3
5.2.3 Uso da máquina (baseado em tarefas)..............................................................................4
5.3 Identificação de perigo.......................................................................................................4
5.3.1 Generalidades......................................................................................................................4
5.3.2 Métodos de identificação de perigo..................................................................................5
5.3.3 Registro de informações....................................................................................................6
5.3.4 Exemplo de ferramenta para a identificação do perigo...................................................6
5.4 Estimativa de riscos............................................................................................................7
5.4.1 Generalidades......................................................................................................................7
5.4.2 Gravidade do dano..............................................................................................................7
5.4.3 Probabilidade de ocorrência de dano...............................................................................8
6 Ferramentas de estimativa de riscos................................................................................9
6.1 Generalidades......................................................................................................................9
6.2 Matriz de riscos.................................................................................................................10
6.2.1 Generalidades....................................................................................................................10
6.2.2 Exemplo de uma ferramenta ou método de matriz de riscos.......................................10
6.3 Gráfico de riscos...............................................................................................................13
6.3.1 Generalidade......................................................................................................................13
6.3.2 Exemplo de uma ferramenta de gráfico ou método de riscos......................................13
6.3.3 Discussão .........................................................................................................................15
6.4 Pontuação numérica.........................................................................................................15
6.4.1 Generalidades ...................................................................................................................15
6.4.2 Exemplo de uma ferramenta de pontuação numérica de risco ou método ................16
6.4.3 Discussão .........................................................................................................................17
6.5 Ferramenta híbrida............................................................................................................17
6.5.1 Generalidade......................................................................................................................17

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6.5.2 Exemplo de uma ferramenta híbrida ou método para a estimativa de riscos.............17


7 Avaliação de riscos...........................................................................................................22
8 Redução de riscos............................................................................................................22
8.1 Considerações gerais.......................................................................................................22
8.2 Medidas de projeto inerentemente seguras...................................................................23
8.2.1 Eliminação de perigos pelo projeto.................................................................................23
8.2.2 Redução dos riscos no projeto........................................................................................23
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8.3 Medidas de segurança......................................................................................................24


8.4 Medidas complementares de proteção e redução de riscos........................................24
8.5 Informação para uso.........................................................................................................25
8.5.1 Considerações gerais.......................................................................................................25
8.5.2 Consideração do treinamento..........................................................................................25
8.5.3 Consideração de equipamentos de proteção individual...............................................25
8.6 Procedimentos operacionais padrão..............................................................................25
9 Apreciação da iteração dos riscos..................................................................................26
10 Documentação da apreciação de riscos.........................................................................26
Anexo A (informativo) Exemplo de aplicação do processo de apreciação e redução de riscos.....27
A.1 Generalidades....................................................................................................................27
A.2 Informação para a apreciação de riscos.........................................................................27
A.2.1 Especificações iniciais da máquina................................................................................27
A.2.1.1 Geral...................................................................................................................................27
A.2.1.2 Especificações básicas ...................................................................................................27
A.2.1.3 Trabalhos a serem realizados com a máquina ..............................................................27
A.2.1.4 Descrição do conceito da máquina.................................................................................28
A.2.2 Experiência de uso............................................................................................................29
A.2.3 Regulamentos, referências normativas e fichas técnicas............................................29
A.2.4 Projeto preliminar da máquina.........................................................................................30
A.3 Determinação dos limites da máquina............................................................................32
A.3.1 Descrição das diversas fases de todo o ciclo de vida da máquina.............................32
A.3.2 Limites de uso...................................................................................................................33
A.3.2.1 Aplicação prevista.............................................................................................................33
A.3.2.2 Mau uso razoavelmente previsível..................................................................................34
A.3.3 Limites de espaço.............................................................................................................34
A.3.4 Limites de tempo...............................................................................................................34
A.4 Identificação de perigos...................................................................................................34
A.4.1 Extensão do sistema analisado.......................................................................................34
A.4.2 Tarefas a serem realizadas...............................................................................................35
A.4.3 Perigos relevantes e cenários de acidentes...................................................................35
A.5 Estimativa de riscos, avaliação e redução dos riscos..................................................36
A.5.1 Método de estimativa de riscos ......................................................................................36
A.5.2 Estimativa, avaliação e redução dos riscos...................................................................36
A.6 Formulários em branco....................................................................................................40
Bibliografia..........................................................................................................................................42

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Figuras
Figura 1 – Abordagem de cima para baixo e de baixo para cima....................................................5
Figura 2 – Condições de ocorrência de danos..................................................................................8
Figura 3 – Exemplo de um gráfico para estimativa de riscos........................................................14
Figura 4 – Matriz de riscos equivalente ao gráfico de riscos da Figura 3....................................15
Figura A.1 – Conceito da máquina....................................................................................................29
Figura A.2 – Desenhos preliminares de projeto..............................................................................31
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Figura A.3 – Projeto preliminar do circuito elétrico........................................................................32


Figura A.4 – Zonas de perigo............................................................................................................35
Figura A.5 – Projeto final da máquina .............................................................................................39
Figura A.6 – Circuito elétrico final....................................................................................................40

Tabelas
Tabela 1 – Matriz de estimativa de riscos (exemplo)...................................................................... 11
Tabela 2 – Categorias usadas da pontuação dos riscos................................................................16
Tabela A.1 – Identificação de perigos (apenas para ilustração)....................................................37
Tabela A.2 – Apreciação de riscos (estimativa de riscos e avaliação de riscos)
e redução de riscos (apenas para ilustração)................................................................38
Tabela A.3 – Exemplo de formulário para identificação do perigo................................................41
Tabela A.4 – Exemplo de um formulário em branco de gráfico de riscos....................................41

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Prefácio Nacional

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalização. As Normas


Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos
de Normalização Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais (ABNT/CEE), são
elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas pelas partes interessadas no tema objeto
da normalização.
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Os Documentos Técnicos Internacionais são adotados conforme as regras da ABNT Diretiva 3.

A ABNT chama a atenção para que, apesar de ter sido solicitada manifestação sobre eventuais direitos
de patentes durante a Consulta Nacional, estes podem ocorrer e devem ser comunicados à ABNT
a qualquer momento (Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996).

Ressalta-se que Normas Brasileiras podem ser objeto de citação em Regulamentos Técnicos. Nestes
casos, os órgãos responsáveis pelos Regulamentos Técnicos podem determinar outras datas para
exigência dos requisitos desta Norma.

O ABNT ISO/TR 14121-2 foi elaborado no Comitê Brasileiro de Máquinas e Equipamentos Mecânicos
(ABNT/CB-004), pela Comissão de Estudo de Segurança de Máquinas de Uso Geral (CE-004:026.001).
O Projeto circulou em Consulta Nacional conforme Edital nº 11, de 06.11.2018 a 05.12.2018.

Este Relatório Técnico é uma adoção idêntica, em conteúdo técnico, estrutura e redação, ao
ISO/TR 14121-2:2012, que foi elaborada pelo Technical Committee Safety of Machinery (ISO/TC 199),
conforme ISO/IEC Guide 21-1:2005.

O Escopo em inglês deste Relatório Técnico é o seguinte:

Scope
This Technical Report gives practical guidance on conducting risk assessment for machinery in
accordance with ISO 12100 and describes various methods and tools for each step in the process.
It gives examples of different measures that can be used to reduce risk and is intended to be used
for risk assessment on a wide variety of machinery in terms of complexity and potential for harm. Its
intended users are those involved in the design, installation or modification of machinery (for example,
designers, technicians or safety specialists).

Annex A provides a specific example for a risk assessment and a risk reduction process.

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Introdução

O objetivo da apreciação de riscos é identificar os perigos e estimar e avaliar os riscos para que
possam ser reduzidos. Há muitos métodos e ferramentas acessíveis para este objetivo e vários são
descritos neste Documento. A ferramenta ou o método escolhido(a) será em grande parte uma questão
da indústria, da empresa ou preferências pessoais. A escolha do método ou ferramenta específica
é menos importante que o processo em si. O benefício da apreciação de riscos vem mais da disciplina
do processo do que da precisão dos resultados, desde que seja realizada uma abordagem sistemática
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na identificação do perigo para reduzir os riscos e todos os elementos de risco sejam considerados.

Adicionar medidas de proteção e de redução de riscos em um projeto pode aumentar os custos e


restringir a facilidade de utilização da máquina, se adicionado após o projeto finalizado ou à máquina
já construída. Alterações em máquina são geralmente menos dispendiosas e mais eficazes na fase
de concepção, portanto, é vantajoso realizar a apreciação de riscos durante o projeto das máquinas.

Pode ser útil rever a apreciação de riscos quando o projeto for finalizado, quando existir um protótipo
e após a utilização da máquina.

Além da apreciação de riscos executada na fase de projeto, durante a construção e o comissionamento


(entrega técnica), os princípios e os métodos apresentados neste Documento também podem ser
aplicados às máquinas existentes durante a revisão ou modificação destas ou a qualquer momento,
para efeitos de avaliação dos mecanismos existentes, por exemplo, no caso de acidentes ou mau
funcionamento.

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Segurança de máquinas — Apreciação de riscos


Parte 2: Guia prático e exemplos de métodos

1 Escopo
Este documento fornece orientação prática sobre a realização de apreciação de riscos para máquinas
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de acordo com a ABNT NBR ISO 12100 e descreve vários métodos e ferramentas para cada etapa
do processo. Ele fornece exemplos de diferentes medidas que podem ser usadas para reduzir os
riscos e é destinado a ser utilizado para a apreciação de riscos em uma ampla variedade de máquinas
em termos de complexidade e potencial de dano. Seus usuários pretendidos são os envolvidos no
projeto, instalação ou modificação de máquinas (por exemplo, projetistas, técnicos ou especialistas
de segurança).

O Anexo A fornece um exemplo específico para uma apreciação de riscos e um processo de redução
de riscos.

2 Referência normativa
O documento a seguir é citado no texto de tal forma que seu conteúdo, total ou parcial, constitue
requisitos para este Documento. Para referências datadas, aplicam-se somente as edições citadas.
Para referências não datadas, aplicam-se as edições mais recentes do referido documento (incluindo
emendas).

ABNT NBR  ISO 12100:2013, Segurança de máquinas – Princípios gerais de projeto ‒ Apreciação
e redução de riscos

3 Termos e definições
Para os efeitos deste documento, aplicam-se os termos e definições da ABNT NBR ISO 12100 e
o seguinte.

3.1
fabricante
fornecedor
entidade (por exemplo, projetistas, empreiteiros, fabricantes, instalador, integrador) que fornece equi-
pamentos ou serviços associados a máquinas ou peças de máquinas.
Nota de entrada 1: Um usuário também pode se capacitar para ser o seu próprio fornecedor.

4 Preparação para a apreciação de riscos


4.1 Considerações gerais
Convém que os objetivos e o escopo de qualquer apreciação de riscos sejam estabelecidos no início.

A apreciação de riscos baseada na ABNT NBR ISO 12100 abrange toda a máquina, incluindo o seu
sistema de controle, e recomenda-se que seja levada em consideração pelo fabricante.
NOTA Ver Seção 1 para usos sugeridos/usuários de apreciação de riscos.

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4.2 Usando a abordagem de equipe para a apreciação de riscos

4.2.1 Generalidades

A apreciação de riscos é geralmente mais completa e eficaz quando realizada por uma equipe. O tama-
nho de uma equipe varia de acordo com

 a) a abordagem de apreciação de riscos selecionada,


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 b) a complexidade da máquina, e

 c) o processo dentro do qual a máquina é utilizada.

Convém que a equipe reúna conhecimento em diferentes disciplinas e uma variedade de experiências
e conhecimentos. No entanto, uma equipe que é muito grande pode ter dificuldades para permanecer
focada ou para chegar a um consenso. A composição da equipe pode variar durante o processo de
apreciação de riscos, de acordo com os conhecimentos necessários para um problema específico.
Recomenda-se que haja um líder de equipe, claramente identificado e dedicado ao projeto, uma vez
que o sucesso da apreciação de riscos depende de suas habilidades.

Convém que uma estimativa de riscos seja feita por uma equipe para gerar consenso, não se esperando
que o resultado detalhado seja sempre o mesmo com diferentes equipes que analisem situações
semelhantes. No entanto, nem sempre é prático montar uma equipe de apreciação de riscos e pode
não ser necessário para as máquinas onde os riscos são bem compreendidos.

NOTA A confiança nos resultados de uma apreciação de riscos pode ser melhorada pela consulta aos
outros com conhecimento e experiência, como a mencionada em 4.2.2, e por outra pessoa competente,
revisando a apreciação dos riscos.

4.2.2 Composição e papel dos membros da equipe

Recomenda-se que a equipe tenha um líder. Convém que o líder da equipe seja totalmente respon-
sável por assegurar que todas as tarefas envolvidas no planejamento, execução e documentação
(de acordo com a ABNT NBR ISO 12100:2013, Seção 7) da apreciação de riscos sejam realizadas
e os resultados/recomendações sejam relatados à(s) pessoa(s) adequada(s).

Recomenda-se que os membros da equipe sejam selecionados de acordo com as habilidades e com-
petências necessárias para a apreciação dos riscos. A equipe pode incluir pessoas que

 a) possam responder a perguntas técnicas sobre o projeto e as funções da máquina,

 b) tenham experiência real de como a máquina é operada, montada, mantida, atendida etc.,

 c) tenham conhecimento do histórico de acidentes deste tipo de máquinas,

 d) tenham um bom entendimento dos regulamentos pertinentes, normas, em particular a


ABNT NBR ISO 12100 e quaisquer questões de segurança específicas associadas à máquina, e

 e) compreendam os fatores humanos (ver ABNT NBR ISO 12100:2013, 5.5.3.4).

4.2.3 Seleção de métodos e ferramentas

Este documento é destinado a ser utilizado para a apreciação de riscos em uma ampla variedade de
máquinas, em termos de complexidade e potencial de dano. Há também uma variedade de métodos

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e ferramentas para a realização da apreciação de riscos (ver 5.4.4). Ao selecionar um método ou


ferramenta para estimar riscos, convém que sejam levados em consideração a máquina, a provável
natureza dos perigos e o propósito da apreciação de riscos. Convém que também seja dada conside-
ração às habilidades, experiências e preferências da equipe para os métodos particulares. A Seção 5
oferece informações adicionais sobre os critérios para a seleção de métodos e ferramentas adequa-
das para cada etapa do processo de apreciação de riscos

4.2.4 Fonte de informação para a apreciação de riscos


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A informação necessária para a apreciação de riscos está listada na ABNT NBR ISO 12100:2013,
5.2. Esta informação pode apresentar numa variedade de formas, incluindo desenhos técnicos,
diagramas, fotos, imagens de vídeo, informações para uso [incluindo informações de manutenção e
procedimentos operacionais padrão (POP)], se disponível. Acesso a máquinas semelhantes ou a um
protótipo do projeto, quando disponível, é frequentemente útil.

5 Processo de apreciação de riscos


5.1 Generalidades

As subseções seguintes explicam o que tem de ser considerado em cada etapa do processo de
apreciação de riscos, como mostrado na ABNT NBR ISO 12100:2013, Figura 1.

5.2 Determinação dos limites da máquina

5.2.1 Generalidades

NOTA Esta subseção engloba alguns dos requisitos da ABNT NBR ISO 2010:2013, 5.3.

O objetivo desta etapa é ter uma clara descrição das propriedades mecânicas e físicas, da capacidade
funcional da máquina, da sua intenção de uso e mau uso razoavelmente previsível, e do tipo de
ambiente em que ela provavelmente será utilizada e mantida.

Isto é facilitado por um exame das funções da máquina e das tarefas associadas à forma como a
máquina é utilizada.

5.2.2 Funções da máquina (com base em máquina)

Uma máquina pode ser descrita em termos de partes distintas, mecanismos ou funções, com base na
sua construção e operação, como

—— fonte de energia;

—— controle;

—— modos de operação;

—— alimentação;

—— movimento/curso;

—— elevação;

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—— estrutura da máquina ou chassi que proporciona estabilidade/mobilidade, e

—— anexos.

Quando são introduzidas medidas de proteção e redução de riscos no projeto, convém que sejam
descritas as suas funções e suas interações com outras funções da máquina.

Convém que uma apreciação de riscos inclua uma observação de cada parte funcional, por vez,
certificando-se de que cada modo de operação e todas as fases de uso sejam devidamente considera-
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dos, incluindo a interação homem-máquina em relação às funções identificadas ou partes funcionais.

5.2.3 Uso da máquina (baseado em tarefas)

Considerando todas as pessoas que interagem com a máquina em um determinado ambiente (por
exemplo, fábrica, uso doméstico), o uso da máquina pode ser descrito em termos das tarefas associa-
das à utilização prevista e ao mau uso razoavelmente previsível da máquina.

NOTA Ver ABNT NBR ISO 12100:2013, Tabela B.3, para uma lista de tarefas típicas e genéricas da máquina.

Sempre que possível, convém que o fabricante/fornecedor e o usuário da máquina se comuniquem,


a fim de certificaram-se de que todos os usos da máquina, incluindo os maus usos razoavelmente
previsíveis, sejam identificados. Convém que a análise de tarefas e de situações de trabalho, envolva
o pessoal de operação e manutenção. Convém também que seja considerado o seguinte:

 a) informações para uso fornecido com a máquina, quando disponível;

 b) a maneira mais fácil ou mais rápida para realizar uma tarefa pode ser diferente das funções
referidas nos manuais, procedimentos e instruções;

 c) o reflexo comportamental de uma pessoa, quando confrontado com um mau funcionamento,
incidente ou falha ao utilizar a máquina, e

 d) erro humano.

A consideração de condições individuais para a utilização/operação de uma máquina é válida na


medida em que este conhecimento pode ser razoavelmente atingido pelo projetista/fabricante. Nestes
casos, convém que a fabricação considere o uso devido e o mau uso razoavelmente previsível.

5.3 Identificação de perigo

5.3.1 Generalidades

NOTA 1 Ver ABNT NBR ISO 12100:2013, 5.4.

O objetivo da identificação de perigo é produzir uma lista de perigos, situações perigosas e/ou eventos
perigosos que permitam a descrição dos possíveis cenários de acidentes, em termos de como e
quando uma situação perigosa pode levar a danos. Um ponto de partida útil para perigos pertinentes
está na ABNT NBR ISO 12100:2013, Anexo B, que pode ser usada como uma lista de verificação
genérica. Outras fontes para a identificação de perigos podem ser baseadas na informação indicada na
ABNT NBR ISO 12100:2013, 5.4.

NOTA 2 Um exemplo de uma ferramenta para a identificação de perigos é dado em 5.3.4.

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Fazer referência a quaisquer normas internacionais que são pertinentes para um determinado perigo
ou a segurança de um tipo específico de máquina, é útil tanto para a identificação de perigos quanto
para a antecipação de medidas de proteção e redução dos riscos.

NOTA 3 Um exemplo de norma relevante para riscos específicos é a IEC 60204-1, que trata de perigos
elétricos.

NOTA 4 Exemplos de normas de segurança específicas de máquinas são: ISO 10218, referente a robôs;
ISO 11111, referente a máquinas têxteis; e ISO 3691, referente a caminhões industriais.
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A identificação de perigos é o passo mais importante em qualquer apreciação de riscos. Somente


quando um perigo tiver sido identificado, é possível tomar medidas para reduzir os riscos associados
com ele, ver Seção 6. Perigos não identificados podem levar a danos. É, portanto, de vital importância
assegurar que a identificação de perigos seja tão sistemática e abrangente quanto possível, levando
em conta os aspectos relevantes descritos na ABNT NBR ISO 12100:2013, 5.5.3.

5.3.2 Métodos de identificação de perigo

Os métodos ou ferramentas mais eficazes são aqueles estruturados para assegurar que todas as
fases do ciclo de vida de máquinas, modos de operação, funções e tarefas associadas à máquina
sejam minuciosamente examinadas.

Vários métodos estruturados para a identificação de perigos estão disponíveis. Em geral, a maioria
segue uma das duas abordagens descritas abaixo (ver Figura 1).

Danos
de cima para baixo

de baixo para cima


Situações perigosas Eventos perigosos

Zona de perigo Presença de pessoa(s)

Perigo

Figura 1 – Abordagem de cima para baixo e de baixo para cima

A abordagem de cima para baixo é aquela que toma como ponto de partida uma lista de verificação de
possíveis consequências (por exemplo, o corte, o esmagamento, a perda auditiva – ver consequências
em potenciais na ABNT NBR ISO 12100:2013, Tabelas B.1 e B.2) e estabelece o que poderia causar
dano (voltando a analisar o evento perigoso e a situação perigosa, e daí o próprio perigo). Cada item
na lista de verificação é aplicado a todas as fases de utilização da máquina e em toda parte/função
e/ou tarefa por vez. Um dos inconvenientes de uma abordagem de cima para baixo é o excesso de
confiança da equipe na lista de verificação, que pode estar incompleta. Uma equipe inexperiente não
necessariamente irá perceber isto. Portanto, não convém que a lista de verificação seja interpretada
como exaustiva, mas recomenda-se incentivar o pensamento criativo para além da lista.

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ABNT ISO/TR 14121-2:2018

Uma abordagem de baixo para cima começa examinando todos os perigos e considerando todas as
formas possíveis de que algo pode dar errado em uma determinada situação de risco (por exemplo,
falha de componente, erro humano, mau funcionamento ou ação inesperada da máquina) e como
esta pode levar a danos. Ver ABNT ISO 12100:2013, Tabelas B.1 e B.2. A abordagem de baixo para
cima pode ser mais abrangente e profunda do que a de cima para baixo, mas pode ser também
excessivamente demorada.

NOTA A Figura 1 explica a estrutura das abordagens de identificação de perigo, mas não é destinada a
estabelecer a relação entre a situação perigosa, evento perigoso e danos na forma de um fluxograma.
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5.3.3 Registro de informações

Recomenda-se que a identificação do perigo seja registrada à medida que progride. Convém que
qualquer sistema de registro das informações seja organizado de tal forma que assegure que elas
estejam claramente descritas, como apropriada:

 a) o perigo e a sua localização (zona de perigo),

 b) a situação perigosa, indicando os diferentes tipos de pessoas (como pessoal de manutenção,
operadores, transeuntes) e as tarefas ou atividades que eles pretendem que possa ser exposta
a um perigo,

 c) como a situação de perigo pode levar a danos como resultado de um evento perigoso ou
exposição prolongada, em que fase do processo de apreciação de riscos, às vezes, as seguintes
informações também podem ser antecipadas e utilmente registradas:

 1) a natureza e a gravidade dos danos (consequências) em determinadas máquinas (por exem-
plo, dedos esmagados pela descida do martelo de uma prensa, quando do ajuste da peça de
trabalho) e não (por exemplo, esmagamento) como termos genéricos, e

 2) medidas de proteção existentes para redução de riscos existente e sua eficácia.

5.3.4 Exemplo de ferramenta para a identificação do perigo

5.3.4.1 Identificação de perigo por aplicação de formulários

5.3.4.1.1 Generalidades

O objetivo desta subseção é mostrar o método de identificação de perigo (ver


ABNT NBR ISO 12100:2013, 5.4) usando como principal ferramenta a lista de verificações dada pela
ABNT NBR ISO 12100:2013, B.2 a B.4.

Recomenda-se que estas listas de verificações sejam usadas para dar início dos pontos de identificação
de perigos relevantes. Em seguida, a fim de assegurar uma completa identificação do perigo, convém
que outras fontes, como, legislações, normas técnicas e experiência em engenharia, sejam levadas
em conta.

Este método pode ser complementado com outros métodos baseados em, por exemplo, discussão de
ideias (brainstorming), comparações com máquinas similares, consulta dos dados sobre os acidentes
e/ou incidentes de máquinas similares.

Este método será mais eficaz quanto mais completas e detalhadas forem as informações disponíveis
para a apreciação de riscos (ver ABNT NBR ISO 12100:2013, 5.2) e para a determinação dos limites
da máquina (ver 5.2 e ABNT NBR ISO 12100:2013, 5.3).

O método é aplicável a qualquer fase do ciclo de vida útil da máquina.

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5.3.4.1.2 Descrição da ferramenta ou método

Levando em conta os limites da máquina, o primeiro passo consiste em determinar a extensão do


sistema a ser analisado, por exemplo, a(s) fase(s) do ciclo de vida da máquina, a(s) parte(s) e/ou a(s)
função(ões) da máquina.

O segundo passo é estabelecer as tarefas a serem executadas por pessoas que interajam com
ou perto da máquina, ou as operações a serem realizadas pela máquina, em cada uma das fases
selecionadas. Nesta etapa a lista de tarefas detalhadas na ABNT NBR ISO 12100:2013, Tabela B.3,
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pode ser utilizada.

O terceiro passo é examinar, para cada tarefa ou operação, em cada zona de perigo específica, os
perigos pertinentes e as possíveis situações perigosas. Isto pode ser realizado utilizando tanto uma
abordagem de cima para baixo, se o ponto de partida for a consequência potencial (dano), quanto
uma abordagem de baixo para cima, se o ponto de partida for a origem do perigo. Nesta etapa,
podem ser usadas a ABNT NBR ISO 12100:2013, Tabela B.1, para descrição das origens de perigos,
a ABNT NBR ISO 12100:2013, Tabela B.3, para a descrição de situações perigosas, e a
ABNT NBR ISO 12100:2013, Tabela B.4, para a descrição de eventos perigosos, pode ser usada.

5.3.4.1.3 Documentação

O formulário em branco apresentado na Tabela A.3 pode ser usado para documentar os resultados da
identificação de perigos.

5.4 Estimativa de riscos

5.4.1 Generalidades

NOTA Ver ABNT NBR ISO 12100:2013, 5.5.

Por definição, os dois principais elementos de risco são a gravidade do dano e a probabilidade
de ocorrência deste dano. O propósito da estimativa de riscos (ver ABNT NBR ISO 12100:2013,
Figura 3) é determinar o risco mais elevado decorrente de cada situação perigosa. O risco estimado
é geralmente expresso como um nível, índice ou pontuação, mas também pode ser descritivo

Existem muitas abordagens diferentes para estimativa de riscos, que vão desde o mais simples
qualitativo ao mais detalhado quantitativo. As características essenciais destas diferentes abordagens
encontram-se descritas a seguir.

5.4.2 Gravidade do dano

NOTA 1 Ver ABNT NBR ISO 12100:2013, 5.5.2.2.

Cada perigo tem o potencial para resultar em várias gravidades diferentes de dano. Pode ser útil para
estimar o risco de uma série de gravidades representativa e considerar o dano mais grave que pode
ocorrer de forma realista (na pior das hipóteses).

No entanto, a gravidade do dano a ser considerada nem sempre é fácil. A mais grave pode ser muito
improvável e a gravidade mais provável pode ser insignificante, de modo que o uso de uma ou outra
pode conduzir a uma estimativa de riscos inadequada. Por exemplo, é quase sempre possível que
a morte seja a gravidade do dano: um corte pode matar se ele se tornar séptico ou rompa uma
artéria. Todavia, embora a probabilidade de receber um corte seja alta, a morte é, geralmente uma
probabilidade remota. Pode, portanto, ser útil para estimar os riscos de uma variedade de gravidades
representativas e usar o que fornece/oferece o maior risco.

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NOTA 2 Em geral, quanto menor for a possibilidade do perigo, menor a gravidade dos danos potenciais
relacionados. A gravidade do dano potencial pode também estar relacionada à parte do corpo que esta
exposta, por exemplo, um perigo que pode causar lesões por esmagamento é geralmente fatal se todo o
corpo ou a cabeça for exposto(a).

Para exemplos de diferentes formas de classificação de gravidade, consultar as ferramentas de esti-


mativa de riscos descritas na Seção 6.

5.4.3 Probabilidade de ocorrência de dano


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5.4.3.1 Generalidades

NOTA Ver ABNT NBR ISO 12100:2013, 5.5.2.3.

Convém que todas as abordagens para a estimativa de riscos requeiram a estimativa da probabili-
dade de uma ocorrência de dano, considerando:

 a) a exposição de pessoa(s) ao perigo (ver ABNT NBR ISO 12100: 2013, 5.5.2.3.1),

 b) a probabilidade de ocorrência de um evento perigoso (ver ABNT NBR ISO 12100: 2013, 5.5.2.3.2), e

 c) as possibilidades técnicas e humanas para evitar ou limitar os danos (ver


ABNT NBR ISO 12100: 2013, 5.5.2.3.3).

Existe uma situação perigosa quando uma ou mais pessoas estão expostas a um perigo. Danos
ocorrem como resultado de um evento perigoso, como ilustrado na Figura 2.

Ao estimar a probabilidade de danos, convém que os aspectos relevantes descritos na


ABNT NBR ISO 12100: 2013, 5.5.3, também sejam considerados.
Presença de Zona de perigo Presença de Zona de perigo
pessoas pessoas

Situações
Pessoas Perigo Exposição Perigo
perigosas
(origem técnica
ou humana)
perigosos
Eventos

Tempo

Possibilidade de evitar ou limitar o dano (fatores técnicos ou humanos)

Dano Dano
(lesão) (perda da saúde)

Processo agudo Processo crônico

Figura 2 – Condições de ocorrência de danos

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5.4.3.2 Probabilidade de ocorrência de dano acumulativo (aspectos de saúde)

Situações de perigo que levam ao dano devido a uma exposição acumulativa ao longo de um período
de tempo (como dermatite, asma ocupacional, perda auditiva ou lesão por esforço repetitivo) precisam
ser tratadas de forma diferente das que levaram a graves danos (como cortes, ossos quebrados,
amputações, problemas respiratórios em curto prazo).

Uma condição crônica de saúde (por exemplo, perda auditiva) pode ocorrer devido à exposição acima
de um nível prejudicial. A probabilidade de danos é dependente da dose total ao longo do tempo.
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A dose total pode ser constituída por um número de diferentes exposições de diferentes durações
e níveis de várias fontes.

EXEMPLO Para danos respiratórios, a perda é dependente da dose e/ou da concentração da substância.
Para a perda auditiva, o dano é dependente dos níveis de ruído e da duração da exposição, e para lesões por
esforços repetitivos, o dano ocorre pelo esforço envolvido e pela repetição da ação.

A diferença entre dano causado repentinamente e dano causado pela exposição prolongada pode ser
ilustrada por duas causas diferentes de lesão lombar. O primeiro pode ser causado imediatamente ao
pegar uma carga que é muito pesada. O último pode ser causado por manipulação repetidamente de
cargas relativamente leves.

NOTA A probabilidade de ocorrência de dano acumulativo (aspectos de saúde) está intimamente


relacionada às condições específicas de uso da máquina (em particular, o nível e a duração da exposição
individual). Em circunstâncias normais, o projetista ou o fabricante de uma máquina pode fornecer apenas
os dados de emissão reais (por exemplo, para ruído e vibração) relevantes para uma máquina. Estes dados
podem ser utilizados pelo usuário (com um conhecimento detalhado sobre as condições individuais para
o uso da máquina) para determinar a probabilidade de ocorrência de dano acumulativo (aspectos de saúde).

6 Ferramentas de estimativa de riscos


6.1 Generalidades

A fim de auxiliar um processo de estimativa de riscos, uma das várias ferramentas de estimativa
de riscos pode ser selecionada e usada. A maior parte das ferramentas de estimativa de riscos à
disposição usa uma das três seguintes ferramentas ou métodos:

 a) matriz de riscos (ver 6.2),

 b) gráfico de riscos (ver 6.3),

 c) pontuação numérica (ver 6.4).

Há também ferramentas híbridas que utilizam uma combinação de métodos (ver 6.5).

A escolha de uma ferramenta de estimativa de riscos específica é menos importante do que o


próprio processo. O benefício da apreciação de riscos vem mais da disciplina do processo do
que da precisão absoluta dos resultados, desde que todos os elementos de risco descritos na
ABNT NBR ISO 12100:2013, 5.5.2, sejam totalmente considerados. Além disso, os recursos são mais
bem dirigidos a esforços de redução de riscos, em vez de tentar alcançar uma precisão absoluta na
estimativa dos riscos.

Convém que qualquer ferramenta de estimativa de riscos utilize pelo menos dois parâmetros que
representem os elementos de risco. Um parâmetro é a gravidade do dano (ver 5.4.2), o outro parâmetro
é a probabilidade de ocorrência deste dano (ver 5.4.3).

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Algumas ferramentas ou métodos dividem os dois parâmetros em elementos de riscos, como a


exposição, a probabilidade de ocorrência do evento perigoso e a possibilidade do indivíduo evitar ou
limitar os danos (ver ABNT NBR ISO 12100:2013, 5.5.2).

Para uma ferramenta específica de estimativa de riscos, é escolhida uma classe para cada parâmetro,
que melhor corresponda à situação/evento perigoso (isto é, cenário de acidente). As classes escolhidas
são então combinadas, usando aritmética simples, tabelas, gráficos ou diagramas, a fim de estimar
os riscos.
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6.2 Matriz de riscos

6.2.1 Generalidades

A matriz de riscos é uma tabela multidimensional que permite a combinação de qualquer classe
de gravidade do dano (ver 5.4.2) com qualquer classe de probabilidade de ocorrência deste dano
(ver 5.4.3). As matrizes mais comuns são bidimensionais, mas elas podem ter até quatro dimensões.

A utilização de uma matriz de riscos é simples. Para cada situação perigosa que tenha sido
identificada, uma classe para cada parâmetro é selecionada, com base nas definições dadas.
O conteúdo da célula onde as colunas e linhas correspondentes a cada categoria selecionada inter-
sectam fornece o nível de risco estimado para a situação de risco identificada. Isto pode ser expresso
como um índice (por exemplo, de 1 a 6, ou de A a D) ou um termo qualitativo, como “baixo”, “médio”,
“alto” ou similar.

O número de células pode variar largamente, desde muito pequenas (por exemplo, quatro células) a
muito grande (por exemplo, 36 células). As células podem ser agrupadas de modo a reduzir o número
de classificações de risco. Muito poucas classificações podem não fornecer informações suficientes
sobre se as medidas de proteção e de redução de riscos proporcionam redução de riscos adequada.
Muitas células podem tornar a matriz confusa de ser utilizada.

Embora existam muitas matrizes diferentes para estimar o risco, é dado um exemplo de uma ferra-
menta de matriz de riscos ou método em 6.2.2.

6.2.2 Exemplo de uma ferramenta ou método de matriz de riscos

6.2.2.1 Generalidades

Existem quatro passos para a abordagem de matriz de riscos de acordo com 6.2.2.2 a 6.2.2.5.

6.2.2.2 Seleção de uma matriz de riscos

Matrizes de riscos têm sido utilizadas por muitos anos, e existem muitas variações diferentes. Um
exemplo é mostrado na Tabela 1.

Como mostrado na Tabela 1, as diferentes matrizes de riscos usam diferentes níveis para cada fator de
risco – por exemplo, a Tabela 1 apresenta quatro níveis de probabilidade. Os níveis variam geralmente
entre três e até dez, sendo quatro ou cinco, o mais comum.

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Tabela 1 – Matriz de estimativa de riscos (exemplo)

Probabilidade de Gravidade do dano


ocorrência do dano Catastrófica Grave Moderada Baixa
Muito provável Alto Alto Alto Médio
Provável Alto Alto Médio Baixo
Improvável Médio Médio Baixo Desprezível
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Remota Baixo Baixo Desprezível Desprezível

6.2.2.3 Estimativa da gravidade

Para cada perigo ou situação perigosa (tarefa), convém que a gravidade dos danos ou consequências
que podem resultar seja estimada. Os dados históricos podem ser de grande valor, como uma linha
de base. A gravidade é muitas vezes estimada como lesão ou danos à saúde.

A estimativa da gravidade pode ser realizada utilizando a matriz de riscos selecionada. Como um
exemplo, os níveis de gravidade da Tabela 1 são:

—— catastrófica – morte ou lesão incapacitante permanente ou doença (incapacidade de voltar ao


trabalho);

—— grave – lesão grave debilitante ou doença (capaz de retornar ao trabalho em algum tempo);

—— moderada – lesão significativa ou doença que requeira mais do que primeiros socorros (capaz
de retornar ao mesmo posto de trabalho);

—— baixa – nenhuma lesão ou ligeira lesão que requer não mais do que os primeiros socorros (pouco
ou sem tempo algum de trabalho perdido).

A estimativa da gravidade geralmente incide sobre o pior dano grave que pode ocorrer de forma rea-
lista (pior possível), em vez de a pior consequência concebível.

6.2.2.4 Estimativa da probabilidade de ocorrência de danos

Para cada perigo ou situação perigosa (tarefa), convém que seja estimada a probabilidade de
ocorrência de danos. Exceto quando estiverem disponíveis os dados empíricos, o que seria raro, o
processo de seleção da probabilidade de um incidente ocorrido volta a ser subjetivo. Por esta razão,
é vantajoso o debate exaustivo com pessoas conhecedoras do processo.

A estimativa da probabilidade de ocorrência de danos pode incluir (ver ABNT NBR ISO 12100:2013,
5.5.2.3)

 a) frequência e duração da exposição a um perigo,

 b) número de pessoas expostas,

 c) pessoal que executa as tarefas,

 d) história da máquina/tarefa,

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 e) ambiente de trabalho,

 f) fatores humanos;

 g) confiança das funções de segurança,

 h) possibilidade de burlar ou contornar as medidas de proteção e de redução de risco,

 i) capacidade de manter as medidas de proteção e de redução de riscos, e


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 j) capacidade de evitar danos.

Semelhante à gravidade, há muitas escalas utilizadas para estimar a probabilidade da ocorrência de


danos. Alguns métodos não fornecem outras descrições além dos termos utilizados. Outras matrizes
proporcionam descrições adicionais, como na Tabela 1:

—— muito provável – quase certo de ocorrer;

—— provável – pode ocorrer;

—— improvável – não é provável ocorrer;

—— remota – tão improvável como estar perto de zero.

Alguns métodos estabelecem uma distinção entre probabilidade e possibilidade, onde a probabilidade
é um valor numérico entre 0 e 1, e a possibilidade é uma descrição qualitativa da probabilidade. No,
entanto, muitos métodos não distinguem entre os termos de probabilidade e possibilidade e os usam
como sinônimos.

Convém que a probabilidade seja relacionada com uma base de intervalo de algum tipo, como uma
unidade de tempo ou atividade, eventos, unidades produzidas ou ciclo de vida de uma instalação,
equipamento, processo ou produto. A unidade de tempo pode ser o tempo de vida pretendido da
máquina.

6.2.2.5 Derivação do nível de riscos

Uma vez que a probabilidade e a gravidade sejam estimadas, um nível de risco inicial pode ser
derivado a partir da matriz de riscos selecionado. A matriz de riscos mapeia os fatores de risco para
os níveis de risco, como mostrado na Tabela 1.

Utilizando a Tabela 1 como exemplo, uma gravidade “grave” e uma probabilidade “provável”, eles
produzem um “alto” grau de risco. Como os fatores de risco de gravidade e probabilidade são combi-
nados varia de acordo com diferentes matrizes de riscos. O resultado desta combinação normalmente
irá produzir uma matriz de baixo para alto risco. Uma vez que a estimativa dos riscos é geralmente
subjetiva, os níveis de risco também serão subjetivos

6.2.2.6 Discussão

O método de matriz de riscos proporciona um método simples e eficiente de estimativa de riscos.

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6.3 Gráfico de riscos

6.3.1 Generalidade

Um gráfico de riscos é baseado em uma árvore de decisão. Cada nó no gráfico representa um elemento
de risco (gravidade, exposição, probabilidade de ocorrência de um evento perigoso, possibilidade de
evitar) e cada ramo a partir de um nó representa uma classe do elemento (por exemplo, gravidade
leve ou gravidade grave).
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Para cada situação perigosa, convém que uma classe seja alocada para cada elemento. O caminho no
gráfico de riscos é então seguido a partir do ponto de partida. Em cada junção, o caminho prossegue
no ramo apropriado, de acordo com a classe selecionada. Os pontos de ramificação finais do nível
ou do índice de risco estão relacionados com a combinação de classes (ramos) que tenham sido
escolhidas. O resultado final é uma estimativa de riscos qualificada com termos como “alto”, “médio”,
“baixo”, um número, por exemplo, de 1 a 6, ou uma letra, por exemplo, de A a F.

Os gráficos de riscos são úteis para ilustrar a quantidade de redução de riscos proporcionada por uma
medida de proteção, redução dos riscos e qual elemento de risco ela influencia.

Os gráficos de riscos tornam-se muito complicados e desordenados, se houver mais do que dois
ramos para mais do que um dos elementos de risco. Por esta razão, métodos híbridos tendem a
combinar um gráfico de riscos com uma matriz para um dos elementos; ver 6.5.

Um exemplo de uma ferramenta de gráfico ou método de riscos é dado em 6.3.2.

6.3.2 Exemplo de uma ferramenta de gráfico ou método de riscos

Antes que o risco seja estimado usando o gráfico de riscos, o perigo relacionado, convém que a
situação perigosa, o evento perigoso e os possíveis danos sejam descritos em conformidade com a
ABNT NBR ISO 12100:2013, 5.4 (ver formulário em branco dado pela Tabela A.4). Um índice de
riscos é então calculado usando o gráfico de riscos dado na Figura 3, com base nos seguintes quatro
elementos de risco, como estabelecido na ABNT NBR ISO 12100:2013, 5.5.2.1, cada um tendo as
suas limitações particulares:

Gravidade do dano: S

—— S1: ferimento leve (normalmente reversível; exemplos: arranhão, laceração, contusão, ferida
exposta requerendo primeiros socorros etc.); não mais do que dois dias incapaz de executar a
mesma tarefa;

—— S2: ferimento grave (normalmente irreversível, requerendo fatalidade; exemplos: membros fratu-
rados, ou amputados ou esmagados, lesões graves, exigindo sutura, maior trauma musculoes-
quelético (MST) etc.). Mais de dois dias incapaz de executar a mesma tarefa.

NOTA BRASILEIRA A sigla MST refere-se ao termo em inglês Musculoskeletal trauma, não havendo sigla
específica no Brasil.

Frequência e/ou duração da exposição ao perigo: F

—— F1: raro a muito frequente e/ou curta duração da exposição

Duas vezes ou menos por turno de trabalho ou menos de 15 min de exposição acumulada por
turno de trabalho;

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—— F2: frequente a contínua e/ou longa duração da exposição

Mais do que duas vezes por turno de trabalho ou mais de 15 min acumulados de exposição por
turno de trabalho.

Probabilidade de ocorrência de um evento perigoso: O

—— O1: baixa (tão remota que pode ser assumido que a ocorrência pode não ser experimentada)
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Tecnologia madura, comprovada e reconhecida em aplicação de segurança; robustez.

—— O2: média (possível de ocorrer em algum momento)

Falha técnica observada nos dois últimos anos. Ação humana inadequada por uma pessoa bem
treinada, ciente dos riscos e com mais de seis meses de experiência na estação de trabalho.

—— O3: alta (possível de ocorrer com frequência)

Falha técnica observada regularmente (a cada seis meses ou menos). Ação humana inadequada
por uma pessoa inexperiente por ter menos de seis meses de experiência na estação de
trabalho.

Possibilidade de evitar ou reduzir os danos: A

—— A1: possível sob certas condições:

—— Se as peças se moverem a uma velocidade inferior a 0,25 m/s e o trabalhador exposto estiver
familiarizado com o risco e com a indicação de uma situação perigosa ou de um evento
iminente; o trabalhador tem também de ser capaz de observar a situação perigosa e de reagir.

—— Dependendo das condições particulares (temperatura, ruído, ergonômico etc.).

—— A2: impossível.

Probabilidade de
Gravidade Exposição ocorrência de um Possibilidade Índice de
evento perigoso de evitar risco

S1. leve F1, F2 O1, O2 A1, A2 1


O3.
alto
A1, A2 2
Partida baix
o ível
O1. 1 . poss
F1. raro O2. médio A A2. impossível 3
O3. ível
S2. grave
alto
1 . poss
A A2. impossível 4
baix
o vel
O1. . p ossí
F2. frequente O2. médio A1 A2. impossível
5
O3. vel
alto . p ossí
A1 A2. impossível
6

Figura 3 – Exemplo de um gráfico para estimativa de riscos

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Um formulário é preenchido com o resultado desta primeira estimativa dos riscos; para cada situação
perigosa, é atribuído um índice de risco. Neste exemplo, a estimativa de cada situação perigosa é feita
considerando que

 a) um índice de risco 1 ou 2 corresponde ao menor risco,

 b) um índice de risco 3 ou 4 corresponde a um risco médio, e

 c) um índice de risco 5 ou 6 corresponde ao risco mais elevado.


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Depois de uma análise dos possíveis meios para reduzir o risco, ele é estimado novamente para o
projeto final, utilizando o mesmo gráfico de riscos da mesma forma que para o projeto inicial.

NOTA O formulário em branco dado como Tabela A.4 pode ser usado para documentar os resultados
desta primeira estimativa dos riscos.

6.3.3 Discussão

Este gráfico de riscos pode ser utilizado para estimar um índice de riscos principalmente para situações
perigosas que podem induzir danos agudos (mecânicos, elétricos ou, em certa medida, perigos
térmicos). O gráfico de riscos proposto não é muito apropriado para estimar os riscos relacionados a
alguns perigos para a saúde, como o ruído ou a ergonomia. Nestes casos, convém que os resultados
obtidos com esta ferramenta gráfica de riscos sejam comparados com o resultado obtido com
ferramentas específicas dedicadas ao ruído ou à ergonomia.

Foi considerado conveniente por algumas indústrias adequar ligeiramente os parâmetros e os limites
do gráfico de riscos; estas mudanças podem induzir a resultados diferentes.

O gráfico de riscos utilizado neste exemplo é equivalente à matriz de riscos dada na Figura 4.
Cálculo do índice de risco
O1 O2 O3
A1 A2 A1 A2 A1 A2
F1
S1 1 2
F2
F1 2 3 4
S2
F2 3 4 5 6

Figura 4 – Matriz de riscos equivalente ao gráfico de riscos da Figura 3

6.4 Pontuação numérica

6.4.1 Generalidades

Ferramentas de pontuação numéricas têm dois ou mais parâmetros que são divididos em várias classes
da mesma maneira que as matrizes de riscos e gráficos de riscos. No entanto, diferentes valores
numéricos estão associados às classes, em vez de um termo qualitativo. Uma classe é escolhida
para cada um dos parâmetros e os valores associados (ou pontuações) são, então, combinados (por
exemplo, por adição e/ou multiplicação) para dar uma pontuação numérica para o risco estimado. Em
alguns casos, estes valores atribuídos são representados em tabela(s), então sua utilização é muito
semelhante à de uma matriz (ver 6.2).

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Sistemas de pontuação permitem que os parâmetros sejam facilmente e explicitamente ponderados.


A utilização de números pode dar uma impressão de objetividade no nível de risco, embora a atribui-
ção de pontuações para cada elemento de risco seja altamente subjetiva. No entanto, isto pode ser
ponderado pelo agrupamento de pontuação em classificações qualitativas de risco, como alto, médio
e baixo.

Existem muitas ferramentas de pontuação numéricas diferentes usadas para estimar os riscos. Um
exemplo de uma ferramenta de pontuação numérica de risco ou método é dado em 6.4.2.
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6.4.2 Exemplo de uma ferramenta de pontuação numérica de risco ou método

Neste exemplo, existem dois parâmetros (gravidade e probabilidade de ocorrência de danos) e cada
um destes parâmetros é dividido em quatro classes mostradas.

O parâmetro da gravidade tem as seguintes pontuações e gravidade (SS):

—— catastrófica SS = 100,

—— grave 90 ≤ SS ≤ 99,

—— moderada 30 ≤ SS ≤ 89,

—— baixa 0 ≤ SS ≤ 29.

A probabilidade da ocorrência de parâmetros de danos tem as seguintes pontuações de probabilidade (PS):

—— muito provável PS = 100 provável ou certo de ocorrer,

—— provável 70 ≤ PS ≤ 99 pode ocorrer (mas não é provável),

—— improvável 30 ≤ PS ≤ 69 não é suscetível de ocorrer,

—— remota 0 ≤ PS ≤ 29 ocorrência de forma remota, que é essencialmente zero

Neste exemplo, a fórmula para a combinação da probabilidade de ocorrência de danos e gravidade é


dada pela Equação (1):

PS + SS = RS

onde RS é a pontuação dos riscos.

A pontuação dos riscos pode, então, ser interpretada de acordo com a Tabela 2.

Tabela 2 – Categorias usadas da pontuação dos riscos


160 ≤ alta ‒
120 ≤ média ≤ 159
90 ≤ baixa ≤ 119
0≤ desprezível ≤ 89

EXEMPLO Uma tarefa perigosa que está associada com lesão muito grave pode ter SS = 95, e sua
probabilidade pode estar na faixa provável de PS = 80. A pontuação dos riscos para esta tarefa perigosa é
então elevada (95 + 80 = 175 > 160).

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ABNT ISO/TR 14121-2:2018

6.4.3 Discussão

Algumas pessoas acham que é mais fácil pensar sobre o risco e como ele é derivado em termos de
números. Isso não é de todo incomum na era digital. Ser capaz de ver risco representado por um
número de alguma forma adiciona especificidade para o processo de redução dos riscos. A capacidade
de selecionar um número dentro do intervalo inteiro dentro das classes pode permitir escolhas mais
refinadas do que o permitido por termos qualitativos, mas pode dar uma falsa impressão de precisão
numérica.
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6.5 Ferramenta híbrida

6.5.1 Generalidade

Ferramentas híbridas ou métodos para a estimativa dos riscos existem para combinar duas das
abordagens descritas acima. Comumente, estes são gráficos de riscos que contêm dentro deles
matrizes ou sistemas de pontuação para um dos elementos de riscos. Uma certa quantidade de
quantificação pode também ser incorporada em qualquer uma das abordagens qualitativas, como
dando faixas de frequências de probabilidades ou exposições. Por exemplo, algo que é “provável”
pode ser expresso como sendo uma vez por ano, uma exposição “alta” pode ser especificada como
sendo a cada hora.

Um exemplo de uma ferramenta híbrida ou método para a estimativa dos riscos é dado em 6.5.2.

6.5.2 Exemplo de uma ferramenta híbrida ou método para a estimativa de riscos

Esta ferramenta ou método de estimativa de riscos quantifica os parâmetros qualitativos. É um método


híbrido de uma pontuação numérica e uma matriz de riscos.

Convém que a forma reproduzida na página 23 seja utilizada em conjunto com a seguinte informação
de orientação.

Estimativa de pré-riscos

Marcar esta caixa indica que esta é a primeira estimativa dos riscos. Isso é feito na fase de conceitos
onde apenas especificação e esboços estão disponíveis. Não há desenhos de detalhe feitos nesta
fase. É usada para decidir sobre os principais sistemas de uma máquina, por exemplo, acionador
mecânico em linha ou servo acionador, aquecedor de ar ou de selagem ultrassônica, proteções móveis
ou cortina de luz.

Estimativa de riscos intermediária

A caixa de estimativa de riscos intermediária é marcada para todas as estimativas de risco interme-
diário realizadas durante o desenvolvimento de uma máquina. Dois conjuntos de perigos são tratados
nesta fase. Onde na fase de pré-estimativa de riscos foram indicadas medidas de proteção e redução
de riscos, estas são implementadas e avaliadas novamente nesta fase. O projeto da máquina muda
durante o desenvolvimento. As apreciações de riscos têm de acompanhar com a revisão ao longo do
projeto. Novos perigos são tratados nesta fase.

Acompanhamento da estimativa de riscos

Esta caixa está marcada no acompanhamento da estimativa de riscos. O acompanhamento é feito em


medidas de proteção e redução de riscos implementadas. Nenhum novo perigo pode aparecer nesta
fase. Contudo, quando um novo perigo é identificado no acompanhamento de medidas de proteção

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ABNT ISO/TR 14121-2:2018

e redução de riscos, este novo perigo, nesta fase, é também estimado e avaliado nesta fase. Se
for requerida uma medida de proteção e redução de riscos, um acompanhamento tem que ser feito
novamente nesta medida de proteção e redução de riscos.

Número de referência (nº ref.)

O número de referência, ou número de série, é utilizado para dar a cada perigo identificado um número
para fins de referência.
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Número de tipo de perigo (nº de tipo)

Nº de tipo, tipo de perigo ou número do grupo é usado para classificar os perigos. Os números referem-se
à aqueles dados para o tipo ou o grupo de acordo com a ABNT NBR ISO 12100:2013, Tabela B.1.

Perigo

Descrever o perigo. O nº de tipo identifica o tipo ou o grupo de perigo. Indica a origem do tipo de perigo
ou o grupo. Por exemplo, se o perigo for de esmagamento, ele é indicado por “1” na coluna do nº de
tipo e por “esmagamento” na coluna de perigo.

O mesmo perigo pode requerer várias estimativas, devido às diferentes situações de perigo e eventos
perigosos.

Gravidade, Se

Se é a gravidade de possíveis danos como consequência do perigo identificado. A gravidade é


pontuada como a seguir:

1 arranhões, contusões que são curadas por primeiros socorros ou similar;

2 arranhões mais graves, contusões, cortes, que requerem atenção dos profissionais médicos;

3 lesão normalmente irreversível; vai ser um pouco difícil de continuar o trabalho após a cura;

4 lesão irreversível, de forma que será muito difícil continuar o trabalho após a cura, se a cura for
possível.

Frequência, Fr

Fr é o intervalo médio entre a frequência da exposição e a sua duração. A frequência é classificada


da seguinte forma:

2 o intervalo entre a exposição é superior a um ano;

3 o intervalo entre a exposição é maior do que duas semanas, mas menor ou igual a um ano;

4 o intervalo entre a exposição é superior a um dia, mas menor ou igual a duas semanas;

5 o intervalo entre a exposição é superior a uma hora mas menor ou igual a um dia;

Onde a duração for menor do que 10 min, os valores acima podem ser diminuídos para o próximo nível;

5 o intervalo menor ou igual a uma hora - este valor não pode ser diminuído a qualquer momento.

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ABNT ISO/TR 14121-2:2018

Probabilidade, Pr

Pr é a probabilidade de ocorrência de um evento perigoso. Considerar, por exemplo, o comportamento


humano, a confiabilidade de componentes, histórico de acidentes e da natureza do componente ou
sistema (por exemplo, uma faca é sempre afiada, um tubo de escape de combustão é sempre quente,
a eletricidade é perigosa por sua natureza) para determinar o nível de probabilidade. A probabilidade
é pontuada como a seguir:

1 Desprezível: por exemplo, este tipo de componente nunca falha quando da ocorrência de um
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evento perigoso. Não há possibilidade de erro humano.

2 Raramente: por exemplo, é improvável que este tipo de componente falhe de modo que ocorram
eventos perigosos. O erro humano é improvável.

3 Possível: por exemplo, este tipo de componente pode falhar, de modo que eventos perigosos
ocorram. O erro humano é possível.

4 Provável: por exemplo, este tipo de componente irá provavelmente falhar, de modo que eventos
perigosos ocorram. O erro humano é provável.

5 Muito alta: por exemplo, este tipo de componente não é feito para esta aplicação. Ele irá falhar,
de modo que eventos perigosos ocorram. O comportamento humano é de tal forma que a
possibilidade de erro é muito alta.

Possibilidade de evitar, Av

Av é a possibilidade de evitar ou limitar o dano. Considerar, por exemplo, que a máquina seja operada
por pessoas qualificadas ou não qualificadas, a rapidez com que situações perigosas podem levar a
danos, e a consciência de risco, por meio de informações gerais, observação direta ou por meio de
sinais de alerta, de modo a determinar o nível de prevenção. A possibilidade de prevenir é pontuada
conforme a seguir:

1 Provável: por exemplo, é provável que o contato com partes móveis atrás de uma proteção com
intertravamento seja evitado, na maioria dos casos, mesmo que o intertravamento falhe e os
movimentos continuem.

3 Possível: por exemplo, é possível evitar o perigo de enroscar onde a velocidade é lenta e há
espaço suficiente, ou qualquer alternativa semelhante que permita facilmente evitar as partes
móveis da máquina.

5 Impossível: por exemplo, é impossível evitar um súbito aparecimento de um potente feixe laser,
ou no caso de uma explosão.

Classe, Cl

Cl é a classe. Fr, Pr e Av são os fatores constitutivos que formam a probabilidade de ocorrência de


danos como descrito na ABNT NBR ISO 12100:2013, 5.5.2.3. Cada um dos três fatores pode ser
estimado de forma independente uns dos outros. A pior hipótese possível pode ser utilizada para cada
fator. Fr, Pr e Av são adicionados juntos na Cl. O Cl é a soma de Fr, Pr e Av, ou seja, Cl = Fr + Pr + Av.

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ABNT ISO/TR 14121-2:2018

Estimativa de riscos

O risco é calculado utilizando a matriz no meio da parte superior da forma reproduzida na página
seguinte.

Quando a gravidade, Se, atravessa a classe, Cl, na área preta, o risco é alto.

Quando a gravidade, Se, atravessa a classe, Cl, na zona cinzenta, o risco é médio.
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Quando a gravidade, Se, atravessa a classe, Cl, na área restante, o risco é baixo.

Detalhes

Recomenda-se que o cenário de acidente seja descrito aqui. Colocar o número de referência do
perigo para o perigo específico na coluna da esquerda e descrever o cenário do acidente na coluna da
direita. Quando forem utilizadas fotos, a referência a estas pode ser feita aqui.

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Produto Documento nº
Estimativa de risco Parte do documento nº

Produto: Estimativa de risco preliminar


Publicado por: Área preta = Alto risco
Data: Área cinza = Médio risco
Área branca = Baixo risco
Consequências Gravidade Classe Cl (Fr + Pr + Av) Frequência Probabilidade Probabilidade de
Se 4 5−7 8 − 10 11 − 13 14 − 15 Fr Pr evitar Av
Perda de um olho ou braço, morte 4 ≥ 1h Muito alta 5
Perda dos dedos permanentemente 3 < 1h a ≥ 24h 5 Provável 4
Reversível, necessidade de atenção médica 2 < 24h a ≥ 2sem. 4 Possível 3 Impossível 5
Reversível, somente primeiros socorros 1 < 2sem. a ≥ 1ano 3 Raramente 2 Possível 3
< 1ano 2 Desprezível 1 Provável 1

Ref. Tipo Perigo Se Fr Pr Av Cl


nº. Perigo

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nº.
1
2
3

Detalhes (descrição do cenário do acidente) da referência nº.


1
2
3
ABNT ISO/TR 14121-2:2018

21
ABNT ISO/TR 14121-2:2018

7 Avaliação de riscos
NOTA Ver ABNT NBR ISO 12100:2013, 5.6.

Os objetivos da avaliação de riscos são:

—— decidir quais, se houver, situações perigosas requerem redução de riscos, e

—— determinar se a redução de riscos requerida foi alcançada sem a introdução de novos perigos ou
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acrescentar outros riscos.

Quando as medidas de proteção e redução de riscos são aplicadas, como resultado da avaliação
de riscos, uma nova iteração da apreciação de riscos pode ser feita para verificar a sua eficácia na
redução dos riscos.

Algumas situações perigosas podem ser registradas como sendo excluídas da análise mais aprofundada
por ter um risco extremamente baixo (insignificante). Convém que aqueles que representam um risco
significativo sejam reduzidos de acordo com a ABNT NBR ISO 12100. Para as situações perigosas
que apresentam um risco elevado, uma estimativa de riscos mais detalhada pode ser útil.

A avaliação de riscos pode garantir que os requisitos das normas pertinentes (por exemplo, normas de
produtos ou de normas específicas de segurança, como a IEC 60204-1) sejam considerados, levando
em conta quaisquer limitações das normas em relação às medidas de proteção e redução dos riscos
da máquina que está sendo avaliada.

Como regra geral, o risco estimado é apenas uma entrada para a decisão de interromper o
processo iterativo de redução de riscos. Esta decisão recomenda incluir outras considerações,
como regulamentos, leis, organização do trabalho e práticas, limites técnicos e econômicos. Ver
ABNT NBR ISO 12100:2013, Figura 1 e 5.6.2.

Recomenda-se cuidado para que as medidas simples e eficazes, para reduzir os riscos relativamente
baixos, não sejam negligenciadas devido a um foco exclusivo sobre os riscos mais altos.

8 Redução de riscos
NOTA Ver ABNT NBR ISO 12100:2013, Seção 6.

8.1 Considerações gerais

A redução dos riscos é obtida pela implementação de medidas de proteção e redução dos riscos em
conformidade com a ABNT NBR ISO 12100, que é desenvolvida no processo de apreciação de riscos.
Durante a redução de riscos, as decisões são tomadas levando em consideração o que precisa ser
feito, por quem, quando e a que custo.

Diferentes tipos de medidas de proteção e redução dos riscos, por ordem de preferência, são dados
a seguir. As explicações são fornecidas como a sua influência sobre a redução de um elemento de
risco particular.

NOTA Esta informação é fornecida apenas para fins ilustrativos. Não é abrangente. Para mais informações,
ver ABNT NBR ISO 12100.

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ABNT ISO/TR 14121-2:2018

8.2 Medidas de projeto inerentemente seguras

8.2.1 Eliminação de perigos pelo projeto

A primeira prioridade no processo de redução de riscos é a eliminação do perigo no projeto. A elimi-


nação do perigo no projeto é o método mais eficaz para reduzir o risco, pois remove a fonte do dano.

A seguir são dados exemplos de métodos para a eliminação do perigo:


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—— substituição de materiais e substâncias perigosas;

—— modificação de características físicas (por exemplo, a eliminação de arestas vivas e pontos de corte);

—— eliminação de atividades repetitivas e posturas prejudiciais.

8.2.2 Redução dos riscos no projeto

Se não houver possibilidade de eliminar os perigos pelo projeto, então outras medidas de projeto
inerentemente seguras podem ser aplicadas, a fim de reduzir os riscos. Estas medidas são baseadas
em uma escolha adequada das características de projeto da própria máquina e/ou na interação entre
as pessoas expostas e a máquina. Estas podem ser considerados em termos dos componentes de
redução dos riscos.

Os exemplos de métodos para a redução dos riscos pelo projeto, cujo maior efeito é a gravidade do
dano, são:

—— reduzir a energia (por exemplo, diminuição da força, diminuição da pressão hidráulica/pneumática,


reduzir a altura de trabalho, reduzir a velocidade);

—— utilizar equipamentos técnicos de segurança para evitar ou reduzir um perigo (por exemplo, um
sistema de ventilação que evita explosões ou reduz vapores perigosos)

Os exemplos de métodos para a redução dos riscos no projeto, cujo maior efeito é sobre a exposição
ao perigo, são:

—— reduzir a necessidade de estar em uma situação perigosa (limitar a exposição a perigos pela
mecanização e automação de carga/descarga ou operações de alimentação/remoção; localização
dos pontos de ajuste e manutenção fora das zonas de perigo);

—— realocar a(s) fonte(s) de dano.

Os exemplos de métodos para a redução dos riscos no projeto, cujo maior efeito é na ocorrência de
evento(s) perigoso(s), são:

—— melhorar a confiabilidade dos componentes da máquina (mecânicos, eletroeletrônicos, compo-


nentes hidráulicos/pneumáticos e software), cuja falha pode resultar em dano;

—— aplicar medidas de projeto seguras para partes de sistema de comando relacionadas à segurança
(princípios básicos de segurança, com princípios de segurança comprovados e/ou componentes,
redundância, monitoração), cuja falha pode resultar em dano.

Quando uma medida de proteção para redução de riscos é implementada por meio de uma função
de segurança do sistema de controle, convém esta que seja executada de acordo com as normas
pertinentes, por exemplo, ISO 13849-1 e ISO 13849-2.

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ABNT ISO/TR 14121-2:2018

8.3 Medidas de segurança

Se não houver possibilidade de eliminar os perigos ou reduzir os riscos de forma adequada por
medidas de projeto, recomenda-se a aplicação de medidas de segurança (medidas de proteção e
de redução de riscos/usando protetores e dispositivos de proteção) para resultar em restrição da
exposição a perigos, diminuindo a probabilidade do evento perigoso, ou melhorar a possibilidade de
evitar ou limitar o dano.

Quando o risco é reduzido com o uso de medidas de segurança como os listados em a) e b), existe
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pouco, se nenhum, impacto na gravidade dos danos. O maior impacto é sobre a exposição (contanto
que a proteção esteja sendo usada como pretendido e esteja funcionando corretamente), ver
ABNT NBR ISO 12100:2013, 6.3.2 a 6.3.4:

 a) proteções fixas, barreiras ou enclausuramento para a prevenção do acesso a zonas de perigo;

 b) proteções intertravadas que impeçam o acesso às áreas de perigo (por exemplo, travas com ou
sem travamento, chaves de bloqueio).

Quando o risco é reduzido com o uso de medidas de segurança, como os listados em c) a e), há
pouco, se nenhum, impacto na gravidade dos danos. O maior impacto é sobre a ocorrência de um
evento perigoso, com pouco impacto sobre a exposição:

 c) equipamento de proteção sensitivo (“SPE – Sensitive Protective Equipment”) para a detecção
de pessoas que entram, ou presentes na zona de perigo (por exemplo, cortinas de luz, tapetes
sensíveis à pressão);

 d) dispositivos associados a funções relacionadas à segurança do sistema de controle da máquina


(por exemplo, dispositivo de habilitação, dispositivo de comando limitador de momento, dispositivo
de comando sem retenção);

 e) limitando dispositivos (por exemplo, dispositivos limitadores de sobrecarga e momento, dispositivos
para limitar a pressão ou temperatura, sensores de excesso de velocidade, dispositivos de
monitorização das emissões).

Quando uma medida de proteção para redução de riscos é implementada por meio de uma função
de segurança do sistema de controle, convém que esta seja executada de acordo com as normas
pertinentes, por exemplo, as ISO 13849-1 e ISO 13849-2

8.4 Medidas complementares de proteção e redução de riscos

Medidas complementares de proteção e redução de riscos podem ter de ser implementadas conforme
requerido pela utilização prevista e a má utilização razoavelmente previsível da máquina para alcançar
uma maior redução de riscos. Exemplos de medidas complementares de proteção e redução de riscos,
cujo efeito maior é sobre a capacidade de evitar ou limitar danos, são:

—— parada de emergência (ver ABNT NBR ISO 12100:2013, 6.3.5.2);

—— medidas para fuga e resgate de pessoas presas (ver ABNT NBR ISO 12100:2013, 6.3.5.3);

—— medidas para acesso seguro a máquinas (ver ABNT NBR ISO 12100:2013, 6.3.5.6);

—— disposições para um manuseio fácil e seguro da máquina e seus componentes pesados


(ver ABNT NBR ISO 12100:2013, 6.3.5.5).

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ABNT ISO/TR 14121-2:2018

Um exemplo de medidas de proteção e redução de riscos complementar, cujo maior efeito é sobre a
exposição, são medidas de isolamento e dissipação de energia (por exemplo, válvulas de isolamento
ou interruptores, dispositivos de travamento, blocos mecânicos para evitar o movimento).

8.5 Informação para uso

NOTA Ver ABNT NBR ISO 12100:2013, 6.4.

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As informações para uso fornecem orientações para o uso correto e seguro de máquinas, informa
e, se necessário, alertam o usuário sobre os riscos que permanecem após a redução dos riscos do
projeto e medidas de segurança.

Informações para o uso impactam, principalmente na capacidade de evitar o dano e sua eficácia
depende da habilidade das pessoas em compreender as informações e responder de forma adequada.

A documentação fornecida pode incluir também informações sobre o treinamento necessário e uso de
equipamento de proteção individual.

8.5.2 Consideração do treinamento

O manual de instruções pode conter qualquer treinamento necessário para garantir que as pessoas
saibam como usar corretamente as máquinas e aplicar qualquer medida de proteção e redução dos
riscos. Este treinamento e competência se tornam ainda mais importante quando a eficácia da medida
de proteção e redução dos riscos depende do comportamento humano.

A revisão regular e a verificação da eficácia do treinamento podem ser necessárias para garantir a
sua eficácia em longo prazo. O treinamento tem principalmente um impacto sobre a capacidade das
pessoas de evitar danos e também pode reduzir a exposição e a probabilidade de ocorrência de um
evento perigoso.

8.5.3 Consideração de equipamentos de proteção individual

As informações para uso podem fornecer orientação se qualquer equipamento de proteção individual
puder ser utilizado para proteger pessoas dos perigos associados aos riscos residuais.

A confiabilidade e a manutenção do equipamento de proteção individual são muito importantes para


garantir a sua eficácia em longo prazo.

Equipamentos de proteção individual impactam na exposição e capacidade de evitar ou limitar os


danos.

8.6 Procedimentos operacionais padrão

Recomenda-se que o fornecedor dê detalhes de quaisquer procedimentos operacionais padrão (“SOP –


Standard Operating Procedures”) que o usuário adote para operar ou manter a máquina no manual de
instruções. Estes procedimentos podem incluir o seguinte:

—— planejamento e organização do trabalho;

—— esclarecimento/harmonização das tarefas, autorização, responsabilidades;

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ABNT ISO/TR 14121-2:2018

—— supervisão;

—— procedimentos de bloqueios;

—— métodos e procedimentos operacionais de segurança.

NOTA Quando a redução dos riscos residuais for provida por medidas organizacionais, é importante
garantir, na medida do possível, que estas sejam seguidas e que não haja possibilidade de serem contornadas.
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9 Apreciação da iteração dos riscos


NOTA Ver ABNT NBR ISO 12100:2013, 5.6.2

Uma vez que as medidas de proteção para redução dos riscos foram incorporadas, de forma a reduzir
os riscos, convém que todas as fases de apreciação dos riscos sejam repetidas para verificar se:

 a) existem quaisquer alterações aos limites da máquina;

 b) quaisquer novos riscos ou situações de perigo foram introduzidos;

 c) riscos de quaisquer situações perigosas existentes foram aumentados;

 d) as medidas de proteção e redução dos riscos reduziram suficientemente o risco;

 e) são necessárias quaisquer medidas adicionais de proteção para redução dos riscos;

 f) os objetivos de redução de riscos foram alcançados.

Recomenda-se que a iteração da apreciação de riscos seja realizada tendo em conta a confiabilidade,
facilidade de uso, possibilidade de eliminar ou contornar as medidas de proteção para a redução dos
riscos, e a capacidade de mantê-los em conformidade com a ABNT NBR ISO 12100:2013, 5.5.3.5,
5.5.3.6 e 5.5.3.7.

10 Documentação da apreciação de riscos


NOTA Ver ABNT NBR ISO 12100:2013, Seção 7.

Convém que os registros escritos sobre a apreciação de riscos sejam feitos e mantidos. Não convém
que sejam confundidos com as informações para uso da máquina disponibilizada pelo fornecedor
para o usuário. No entanto, a documentação da apreciação de riscos pode ser uma referência útil ao
escrever as informações para uso.

É importante que o processo seja devidamente documentado, a fim de permitir o exame de decisões
em uma próxima data. Recomenda-se que esta documentação registre os resultados da apreciação
em conformidade com a ABNT NBR ISO 12100:2013, Seção 7. Recomenda-se incluir uma descrição
do(s) método(s) e da(s) ferramenta(s) que foram utilizados para realizar a apreciação e os resultados.
Figuras (fotografias, diagramas, desenhos etc.) da máquina, incluindo as zonas de perigo, perigos e
medidas de proteção e redução de riscos aplicado são essenciais.

Ao documentar as medidas de proteção e redução de riscos que têm sido implementadas, convém
que seja incluída uma descrição dessas medidas que são necessárias para garantir que permaneçam
eficazes (por exemplo, manutenção, inspeção periódica do usuário).

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Anexo A
(informativo)

Exemplo de aplicação do processo de apreciação e redução de riscos


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A.1 Generalidades
O objetivo deste exemplo é mostrar, de uma forma não exaustiva, uma aplicação do processo
de apreciação e redução de riscos durante o projeto de uma máquina de moldagem por um eixo
rotativo de montagem vertical (tupia), de acordo com os princípios gerais estabelecidos na
ABNT NBR ISO 12100.

Este exemplo não pretende abraçar o projeto completo deste tipo de máquina nem ser um modelo
para seguir. Ele representa apenas uma tentativa de apresentar informações suficientes para que
o leitor tenha uma ideia geral de uma possível forma de aplicar os princípios estabelecidos na
ABNT NBR ISO 12100.

A.2 e A.3 foram aplicados considerando todo o ciclo de vida da máquina. No entanto, o exemplo de A.4
está limitado exclusivamente à fase de utilização e, em particular, à configuração e ao funcionamento
da máquina.

A.2 Informação para a apreciação de riscos


NOTA Ver ABNT NBR ISO 12100:2013, 5.2.

A.2.1 Especificações iniciais da máquina

A.2.1.1 Geral

A máquina se destina a ser projetada de acordo com as especificações iniciais dadas em A.2.1.2
a A.2.1.4.

A.2.1.2 Especificações básicas

A máquina abrangida por este exemplo é do tipo moldureira estacionária de eixo rotativo simples de
montagem vertical (tupia):

—— para uso interno,


—— utilizado por um operador,
—— com alimentação manual, e
—— eletricamente alimentada.
A.2.1.3 Trabalhos a serem realizados com a máquina

O uso pretendido para a máquina é para modificar o perfil da seção de peças quadradas ou retangulares
de madeira e materiais similares (cortiça, placa de aglomerados, de fibras e de plástico duro) por
moldagem, rebaixo e entalhamento.

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ABNT ISO/TR 14121-2:2018

Os trabalhos a serem realizados com esta máquina são os seguintes:

—— Trabalho em linha reta

É o desbaste de uma peça com uma face em contato com a mesa e uma segunda com a guia,
onde o trabalho começa em uma extremidade da peça e continua até a outra extremidade.

—— Trabalho segmentado em linha reta


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É a usinagem de apenas uma parte do comprimento da peça.

—— Trabalho curvo

É a usinagem em curva de uma peça, tendo uma superfície em contato com a mesa (ou, se
realizado em um gabarito, com o dispositivo de montagem em contato com a mesa) e a outra em
contato com a referência vertical de uma guia reta ou circular quando é usado um gabarito.

A máquina não se destina a rasgos ou encaixes horizontais.

Apenas os produtos de madeira livre de objetos estranhos (por exemplo, pregos) destinam-se a ser
processados.

A máquina não se destina ao trabalho de materiais metálicos.

O trabalho pode ser realizado com ferramentas de corte convencionais que estejam disponíveis no
mercado.

A máquina é fornecida com diferentes velocidades do eixo, a fim de usar uma ampla gama de ferra-
mentas e para atender a maioria dos materiais.

A altura do eixo é ajustável para permitir a definição da altura da ferramenta de corte.

Todas as peças ajustáveis da máquina (por exemplo, troca de ferramenta, mudança de velocidade)
são operadas manualmente.

A.2.1.4 Descrição do conceito da máquina

NOTA Ver Figura A.1

O processo de fresamento é realizado por uma ferramenta de corte montada sobre um eixo vertical.
O eixo gira em apenas uma direção e pode ser levantado e abaixado por meio de um volante manual
(unidade de fuso). O eixo pode girar em quatro velocidades diferentes (ver rotações em A.2.4),
acionado por um motor elétrico e um conjunto de polias (unidade motora).

A unidade do eixo e a unidade motora são fixadas a uma mesa de ferro fundido que se apoia sobre
um gabinete de aço. A mesa e o gabinete fornecem um bom suporte para a peça e são de uma altura
que assegura uma postura ergonomicamente ereta.

A máquina incorpora guias apropriadas a fim de orientar a peça durante o trabalho.

A rotação do fuso é selecionada manualmente por alteração de uma correia de transmissão a partir
de uma polia para a outra.

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Figura A.1 – Conceito da máquina

A.2.2 Experiência de uso

De acordo com informações estatísticas, a maioria dos acidentes relatados acontece por contato com
a ferramenta. Este contato é devido ao súbito retrocesso da peça e ao agarramento da ferramenta,
principalmente durante o trabalho em linha reta. As causas mais comuns de acidentes neste tipo de
máquina incluem:

—— não usar proteção;

—— usar proteção inadequada;

—— não usar guias paralelas (falsas barreiras), empurrador, dispositivos, moldes ou batentes.

Outros acidentes menos frequentes são impactos devido ao recuo da peça, a ejeção de cavacos ou
partes das ferramentas ou da máquina, ou a geração de princípio de incêndio por poeira ou fragmentos
de madeira.

Emissões ou materiais usados podem causar danos para a saúde, como:

—— ruído gerado no processo de fresamento;

—— pó de madeira;

—— fumos ou substâncias impregnadas liberadas durante o fresamento ou madeira tratada.

A.2.3 Regulamentos, referências normativas e fichas técnicas

As seguintes normas foram inicialmente consideradas: ABNT NBR ISO 12100, ISO 13849-1,
ISO 13849-2, ABNT NBR NM ISO 13852, ISO 14118, ISO 14119, ISO 14120, IEC 60204-1, bem como
EN 614-1 na ergonomia e ISO/TR 11688-1 da acústica etc.

NOTA BRASILEIRA A referência a ISO 14119 e ISO 14120 para o mercado brasileiro, são relacionadas
as ABNT NBR NM 273 e a ABNT NBR NM 272, respectivamente.

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Além disso, fichas técnicas sobre este tipo de máquina emitidas por instituições internacionais de
saúde e segurança INRS, HSE, BG e OSHA 1 foram consultadas.

NOTA BRASILEIRA Para o mercado brasileiro são aplicadas as fichas técnicas de acordo com a Agencia
Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), o Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAA), o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior
(MDIC) e a legislação vigente nacional de vigilância.
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NOTA Outros documentos que convém que sejam considerados são os regulamentos aplicáveis regionais
ou nacionais e padrões de máquina específicos, como a EN 847-1 e EN 848-1; no entanto, para os objetivos
deste exemplo, eles não são usados.

A.2.4 Projeto preliminar da máquina

Considerando todas as informações dadas anteriormente, as seguintes especificações técnicas foram


feitas:

—— alimentação elétrica (frequência, número de fases, tensão nominal): 50Hz/3ph/400V/PE;

—— aterramento da fonte de alimentação: sistema de TT;

—— potência do motor: 4 kW;

—— dimensões de mesa: 1250 mm × 700 mm;

—— características do fuso: diâmetro: 50 mm; comprimento útil: 180 mm; curso de ajuste vertical
(manualmente ajustável): 200 mm;

—— rotações do eixo (mudança manual da posição da correia sobre as polias): 3000 min-1, 4500 min-1,
6000 min-1 e 7500 min-1; a rotação selecionada depende do material, do diâmetro e da altura da
ferramenta;

—— diâmetro da ferramenta: por exemplo, a partir de 120 mm a 220 mm (diâmetro máximo da


ferramenta).

NOTA Outras especificações não relevantes para o exemplo (acabamento de superfície da mesa,
nivelamento, correr para fora do eixo, etc) foram omitidas.

Consequentemente, um projeto preliminar da máquina foi elaborado conforme a seguir (Figuras A.2
e A.3).

A máquina consiste em uma base de aço e uma mesa de ferro fundido que repousa sobre o gabinete.
No interior do gabinete há um atuador (motor elétrico), o sistema de transmissão e o de movimentação
do eixo porta ferramenta (mecanismo para o movimento vertical e a rotação do eixo).

O gabinete é provido de uma abertura para acesso ao sistema de transmissão durante uma mudança
de rotação. Esta abertura está fechada com uma porta.

1 Institut national de recherche et de sécurité (França), Health and Safety Executive (UK), Berufsgenossenschaften
(Alemanha), Occupational Safety and Health Administration (EUA).

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A mesa é usada como uma referência horizontal para a peça de madeira a ser processada e tem
um furo através do qual passa o eixo. A máquina é equipada com guias para executar as diferentes
operações

O eixo foi dimensionado para permitir o uso da maioria das ferramentas de corte padronizadas
disponíveis no mercado.

O atuador é um motor assíncrono elétrico trifásico, de 400 V e com uma potência de 4 kW. O motor
incorpora um freio que atua cada vez que um comando de parada é acionado para parar rapidamente
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o movimento do eixo. O freio pode ser liberado quando algumas operações são realizadas (por
exemplo, mudança de rotação). Este motor transmite a energia para o eixo por meio das polias e uma
correia trapezoidal.

Dimensões em milímetros
800

1 250
700

a) b)

Legenda

a) guia para o trabalho em linha reta


b) guia para o trabalho curvo

Figura A.2 – Desenhos preliminares de projeto

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No motor e no eixo existem dois conjuntos de quatro polias, que fornecem quatro rotações de trabalho
diferentes. A rotação de trabalho é selecionada manualmente alterando-se a correia de uma polia para
outra. As polias associadas ao motor podem ser facilmente movidas por meio de uma alavanca (sem
a necessidade de utilizar uma ferramenta), de modo a alterar a posição da correia. Um mecanismo
detecta a posição da correia e indica a velocidade selecionada por meio de um conjunto de lâmpadas.

O ajuste vertical do eixo é conseguido por um mecanismo de cremalheira e pinhão. Não há elementos
móveis acessíveis.
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O circuito de controle está em um gabinete colocado na frente da máquina. Incluem basicamente os


comandos de controle (botões de partida e parada, etc.), lâmpadas para indicar a rotação selecionada,
e os circuitos de comando e potência (dispositivos de proteção elétricos, contatores, etc). Todos
os componentes elétricos (condutores e cabos, dispositivos de controles, motor, equipamento de
dispositivos de proteção elétricos, etc) são selecionados, montados e combinados de acordo com a
IEC 60204-1. Ver Figura A.3 para o diagrama do circuito elétrico.
L1, L2, L3

Q1
Q2 T1

Desligar

KM1 Ligar
KM1 KM2 KM3 Desl.
freio
KT1 KT1
KB
KM3 KM2
KB KM1 KT1 KM2 KM3 H1 H2 H3 H4 H5
Motor

Partida Ligar Desligar Frear Liberar Energia Indicador de


Estrela /– freio Lig/Des rotações
Triângulo

Figura A.3 – Projeto preliminar do circuito elétrico

A.3 Determinação dos limites da máquina

A.3.1 Descrição das diversas fases de todo o ciclo de vida da máquina

As fases do ciclo de vida desta máquina consideradas significativas neste exemplo são as seguintes.

—— Transporte

Todas as tarefas de transporte que possam ser executadas pelo usuário da máquina, neste caso,
o transporte interno, remoção etc.

—— Montagem, instalação e colocação em funcionamento (comissionamento)

Remoção de partes relacionadas com os transportes (por exemplo, coberturas, parafusos de


fixação), que fixam a máquina no chão; conexão com o fornecimento de energia elétrica; verificação
da instalação correta (sentido de rotação correto da ferramenta), verificar o funcionamento de
todos os comandos e a capacidade da máquina para executar suas operações requeridas.

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—— Ajustes

Troca de ferramenta no eixo; montagem e ajuste de guias; alterar a rotação do fuso e ensaios.

—— Operação

Usinagem com alimentação manual.

—— Limpeza, manutenção
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Engraxamento dos elementos de rotação e transmissão, mudança de correias, limpeza das partes
internas da máquina.

—— Detecção de falhas/resolução de problemas

Operação em caso de mau funcionamento da máquina e depois da atuação de dispositivos de


proteção.

—— Desativação, desmontagem

Eliminação de todas as partes da máquina pelo usuário.

A.3.2 Limites de uso

A.3.2.1 Aplicação prevista

A máquina se destina a modificar o perfil das seções quadradas ou retangulares das peças de madeira
e materiais similares (cortiça, placa de aglomerado e de plástico duro) por moldagem, rebaixo e
entalhamento.

Os trabalhos a serem realizados com esta máquina são os seguintes:

—— trabalho em linha reta;

—— trabalho segmentado em linha reta;

—— trabalho curvo.

A máquina destina-se apenas a uso profissional.

A máquina destina-se a ser utilizada por uma pessoa com conhecimento e experiência na utilização
deste tipo de equipamento, sem limitações nas habilidades físicas dos membros superiores e sem
comprometimento visual não corrigido.

A máquina destina-se a ser operada com o operador em pé. O operador segura e movimenta a peça
durante o processo de fresamento.

A máquina destina-se a ser mantida por um operador experiente/qualificado seguindo as instruções


dadas no manual de instruções de operação.

O eixo pode girar em quatro rotações diferentes. A rotação é selecionada manualmente, alterando a
posição da correia.

Considera-se apenas o uso de ferramentas de corte apropriadas e padronizadas.

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A.3.2.2 Mau uso razoavelmente previsível

As ações de mau uso razoavelmente previsível consideradas são as seguintes:

—— o processamento de materiais não especificados pelo projetista da máquina (ver A.2.1.3), como
borracha, pedra, metais ou produtos de madeira contendo objetos estranhos;

—— produtos de processamento com seções transversais inadequadas (cilíndrica, elíptica);


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—— rasgos ou encaixes horizontais;

—— utilização de ferramental inadequado;

—— substituição de componentes ou peças sobressalentes por outras que não sejam as especificadas;

—— utilização da máquina por operadores não treinados.

A.3.3 Limites de espaço

A máquina destina-se a ser utilizada em ambiente fechado industrial.

Para instalação e utilização, é necessária uma área plana de pelo menos 3000 mm × 3000 mm, livre
de obstáculos, colunas etc.

A máquina destina-se a ser conectada, pelo usuário, a um sistema de extração de pó.

A máquina não foi projetada para ser utilizada em locais que possam ter perigo de explosão ou incêndio.

A máquina foi projetada para ser ligada a uma fonte de alimentação elétrica de 400 V, trifásica + terra.

A.3.4 Limites de tempo

A máquina é projetada para uma vida útil de 20 000 h.

A máquina possui algumas peças que se desgastam com o uso e precisam ser examinadas e ou
substituídas, como as seguintes:

—— correias: verificar estado e tensão a cada 500 h;

—— freio: verificar se o tempo de parada é inferior a 10 s, todos os dias;

—— ferramentas: verificar o estado e a afiação, de acordo com as instruções do fabricante da ferramenta.

Recomenda-se a realização da limpeza de superfícies visíveis e acessíveis, incluindo peças móveis


e superfícies de guia, a cada turno.

Uma limpeza geral da máquina pode ser realizada a cada seis meses.

A.4 Identificação de perigos

A.4.1 Extensão do sistema analisado

Como indicado em A.1, a identificação do perigo é limitada a este exemplo, para a fase de utilização
e, em particular, para a configuração e o funcionamento da máquina.

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A.4.2 Tarefas a serem realizadas

Durante o ajuste da máquina, as seguintes tarefas são para ser executadas:

—— troca da ferramenta com o eixo parado;

—— montagem e ajuste adequado da guia (para trabalhos retos ou curvos);

—— da rotação do eixo;
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—— ensaios, alimentação/usinagem das peças na máquina para verificar se a profundidade de corte,


a altura do eixo ajustado etc. é adequada e, se for necessário, reajustar a altura da ferramenta
ou a posição da guia.

Durante a operação da máquina a seguinte tarefa é executada: fresagem ou moldagem da peça.

NOTA Todas as tarefas de ajuste foram consideradas sob a configuração da máquina, de modo que a
operação só se relaciona com o processo de fresagem (alimentação manual da peça de trabalho e manuseio
durante o processo de usinagem).

A.4.3 Perigos relevantes e cenários de acidentes

As zonas de perigo são definidas conforme a Figura A.4.

1 4

3 2

Legenda

1 zona de trabalho (zona 1)


2 estrutura da máquina (zona 2)
3 zona de transmissão (zona 3)
4 ao redor da máquina (zona 4)
NOTA Ver Tabela A.1 para identificação de perigos.

Figura A.4 – Zonas de perigo

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A.5 Estimativa de riscos, avaliação e redução dos riscos

A.5.1 Método de estimativa de riscos

Para a estimativa dos riscos, foi usado o método gráfico de riscos, como descrito em 6.3.

Como este método não é muito apropriado para estimar os riscos relacionados com perigos à saúde
ou ergonômicos, ou os perigos de incêndio, as seguintes premissas foram aplicadas para estes riscos:
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—— Perigos à saúde e ergonômicos

Riscos para a saúde dependem principalmente da toxicidade (propriedades perigosas), da con-


centração e a duração da exposição. Da mesma forma, os riscos ergonômicos são estimados
considerando fatores como repetitividade, força, postura, movimentos, duração e tempo de recu-
peração, que pode ser distribuído também sob os parâmetros de gravidade e exposição.

Assim, para estes tipos de risco, parece que a estimativa da probabilidade da ocorrência de um
evento perigoso e a possibilidade de evitar tem pouco sentido.

Por esta razão, a partir do método anterior, apenas a gravidade e a exposição foram consideradas,
e pela probabilidade da ocorrência de um evento perigoso e a possibilidade de evitar, assumiu-se
o valor mais conservador.

—— Perigos de incêndio

O risco de incêndio depende da presença de substâncias combustíveis ou materiais, do oxigênio


e das fontes de ignição. Os parâmetros de gravidade, a exposição e a probabilidade de eventos
perigosos podem estar associados, respectivamente, com o tamanho e a resistência do fogo
potencial, a duração da situação perigosa e a probabilidade da máquina pegar fogo. O valor mais
conservador tem sido adotado onde existe a possibilidade de evasão, sendo difícil de fazer uma
estimativa real.

Após a aplicação de medidas adequadas de proteção e de redução de riscos devidamente comprovadas,


considera-se que o risco está adequadamente reduzido, apesar da estimativa grosseira do índice de
riscos e não será necessária nenhuma ação adicional. Caso contrário, recomenda-se usar um método
de estimativa de riscos específico.

A.5.2 Estimativa, avaliação e redução dos riscos

Ver Tabela A.2 para a estimativa, avaliação e redução dos riscos.

As abreviaturas utilizadas na Tabela A.2 são as seguintes:

S Gravidade F Exposição O Probabilidade A Probabilidade de


de ocorrência de evitar
eventos perigosos
S1 leve F1 rara O1 muito baixo A1 possível
S2 grave F2 frequente O2 médio A2 impossível
O3 alto
RI índice de risco: de 1 (mínimo) a 6 (máximo)

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Tabela A.1 – Identificação de perigos (apenas para ilustração)

Apreciação de risco (identificação de perigo)


Máquina Máquina: moldureira de eixo vertical (tupia) Analista <Nome>
Fontes Especificações de projeto preliminar Versão atual 3.0
Extensão Fase de uso: ajuste e operação Data
Método Lista de verificação: Página 1
ABNT NBR ISO 12100:2013. Anexo B
Ref. Ciclo da Tarefa Zona de Cenário de acidente Ref.
nº vida perigo Perigo Situação perigosa Evento perigoso nº
2 Corte de dedos ou das Trabalho próximo/com a ferramenta Contato com bordas afiadas devido à rotação 2
Fase de uso Troca de Zona de
mãos na bordas afiadas da (aperto e desaperto) do eixo causado pela força de
montagem ferramenta trabalho
ferramenta aperto/desaperto
3 Contato com bordas afiadas devido à perda 3
de controle no uso inadequado de ferramentas
manuais utilizadas para fixação da fresa

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9 Zona de Peças que se tornaram vi- Trabalho próximo/com a ferramenta Contato indireto 9
transmissão vas sob condições de falha (aperto e desaperto)
16 Testes Zona de trabalho Impacto por ferramentas Operador e outras pessoas expostas Quebra da fresa ou partes da guia, (causada 16
e entorno da ejetadas, partes da à ejeção de partes (ajustar a alturapor uma regulagem incorreta da altura do
máquina máquina (por exemplo, do eixo, alimentação de peças de eixo, um ajuste indevido da aguia, uma peça de
guia) trabalho) trabalho inadequada por seu material; trama-
nho ou forma uma fresa inadequada uma ve-
locidade inadequada da fresa fixação inade-
quada etc.)
18 Fase de uso: Fresagem Zona de Corte dos dedos ou das Trabalho próximo à fresa (alimentação Contato com partes móveis devido à perda 18
operação trabalho mãos, enroscar em de peças de trabalho) de controle de peça trabalhada (material
elementos rotativos (fresa) defeituoso da peça de trabalho alimentação
da peça de trabalho na mesma direção
que a rotação da fresa - fresamento
concordante (climb cutting) velocidade de
aliemntação da peça de trabalho inadequada
etc.)
Ignição de pó/cavaco devido à fonte de
28 Fogo Operador e outras pessoas expostas energia elétrica 28
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Tabela A.2 – Apreciação de riscos (estimativa de riscos e avaliação de riscos)

38
e redução de riscos (apenas para ilustração)

Apreciação de risco (estimativa de risco e avaliação de risco) e redução de risco


Máquina Máquina: moldureira de eixo vertical (tupia) Analista <Nome>
Fontes Especificações, projeto preliminar Versão atual 2.0
Extensão Fase de uso: ajuste e operação Data Setembro 2010
Método Gráfico de risco Página 1
Ref. Estimativa de risco Redução de risco Estimativa de risco Redução de Ref.
nº (risco inicial) (após a redução do inicial) risco adicio- nº
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Medidas de proteção e de redução de riscos


nal exigida
S F O A RI S F O A RI
2 1 1 3 2 2 Fornecer um sistema integral de travamento do eixo (ver Figura A.5) e instruções de uso 1 1 1 2 1 Não 2
3 1 1 3 2 2 Fornecer ferramenta(s) manual(is) adequada(s) e instruções para uso 1 1 1 2 1 Não 3
9 2 1 2 2 3 O equipamento elétrico, de acordo com a IEC 20604-1 (proteção da ligadação de partes 1 1 1 1 2 Não 9
condutoras expostas da máquina e uso de dispositivo de detecção de corrente residual
pelo usuário, ver Figura A.6).
16 2 1 2 2 3 Prover a parte da guia mais próxima da fresa com um material de baixa dureza 2 1 1 2 2 Não 16
(por exemplo, liga leve, plático, madeita).
Fornecer um indicador da altura do eixo perto do volante de ajuste de altura.
Instruções para a fixação adequada da fresa.

18 2 2 2 2 5 Fornecer uma unidade de alimentação de avanço desmontável para o trabalho em linha 2 1 1 1 2 Sim 18
reta (para maior clareza, não é representado na Figura A.5 ou A.6). (Ver nota)
Fornecer blocos de empurrar, empurrador e instrulções para usá-los. Também fornecer
Instruções para usar gabaritos e modelos.
Instruções para a verificação da qualidade da peça.
Instruções para evitar fresamento concordante (climb cutting).
Instruções para evitar a velocidade de alimentação inadequada

28 1 2 2 1 2 Equipamento elético, de acordo com a IEC 60204-1 (grau mínimo de proteção IP 54, 1 2 1 1 1 Não 28
dimendionamento dos componentes, refrigeração suficiente etc.) Instrulções para utilizar
o sistema de extração de pó
NOTA No número de referência 18 uma unidade de alimentação de avanço desmontável é proposto como uma medida de proteção e redução de risco. O processo iterativo de apreciação
de riscos requer, tendo em conta as instruções dadas pelo fabricante, uma análise mais aprofundada dos perigos potenciais gerados por esta unidade durante todo o ciclo de vida da
máquina e, se necessário, a tomada de novas medidas de redução de riscos (por exemplo, intertravamento adequado entre as funçõos de controle da unidade de eixo e a unidade de
alimentação de energia provisão de um comando de parada de emergência, ajuste apropriado).

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1 250

700

a) Estrutura da máquina e partes internas

b) Anéis para redução as aberturas da mesa

c) Guias com proteção para trabalho em linha reta

Figura A.5 – Projeto final da máquina (continua)

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d) Guias com proteção para trabalho em curva


Figura A.5 (conclusão)

L1, L2, L3

Q1
Q2 T1
F1
Q2
S1
Desligar S3

KM1 KM2 KM3 Desl. KM1 S2 Intertravamento


Ligar
freio
KT1 KT1 KT1
KB
KM3 KM2
KB KM1 KT1 KM2 KM3 H1 H2 H3 H4 H5
Motor

Partida Ligar Desligar Frear Liberar Energia Indicador de


Estrela /– freio Ligar/ rotações
Circuito de potência Triângulo Desligar
Parada segura
(Iniciada pelo
relacionada à potência
dispositivo de
intertravamento)

Circuito de controle

Figura A.6 – Circuito elétrico final

A.6 Formulários em branco


Ver a Tabela A.3 para um exemplo de formulário em branco para a identificação do perigo e a Tabela A.4
para um exemplo de formulário em branco para o método de gráfico de riscos.

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Tabela A.3 – Exemplo de formulário para identificação do perigo

Máquina Método/ferramenta
Fonte (por exemplo, documentação de Analista

de construção) Versão Atual

Extensão (por exemplo, fase do ciclo de Data


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vida, parte/função da máquina)


Cenário de acidente
Zona Tarefa/Operação
Ref Perigo Situação perigosa Evento perigoso
de (ABNT NBR ISO 12100:2010, Ref
nº (ABNT NBR ISO 12100:2013, (ABNT NBR ISO 12100:2013, (ABNT NBR ISO 12100:2013,
perigo Tab. B.3) nº
Tab. B.1) Tab. B.3) Tab. B.4)
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10

Tabela A.4 – Exemplo de um formulário em branco de gráfico de riscos


Análise de risco inicial e após a redução do risco
Estimativa de risco
Atividade Condições perigosas
cálculo do índice de risco
Frequência/ Probabilidade Possibilidade Índice de
Situação Evento Possibilidade Gravidade
Nº Atividade Perigo Exposição de ocorrência de evitar risco
Perigosa perigoso de dano (S1/S2)
(F1/F2) (O1/O2/O3) (A1/A2) (1 a 6)
1
2
3
4
5
6

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ABNT ISO/TR 14121-2:2018

Bibliografia

[1]  ISO 3691 (all parts), Industrial trucks ‒ Safety requirements and verification

[2]  ISO 10218, Manipulating industrial robots ‒ Safety


Exemplar para uso exclusivo - Lavorotec - Lavoratti Manutenções e Treinamentos Ltda - 14.583.619/0001-80 (Pedido 693561 Impresso: 18/12/2018)

[3]  ISO 11111 (all parts), Textile machinery ‒ Safety requirements

[4]  ISO/TR 11688-1, Acoustics ‒ Recommended practice for the design of low-noise machinery and
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[5]  ISO 13732-1, Ergonomics of the thermal environment ‒ Methods for the assessment of human
responses to contact with surfaces ‒ Part 1: Hot surfaces

[6]  ISO 13849-1, Safety of machinery ‒ Safety related parts of control systems ‒ Part 1: General
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[7]  ISO 13849-2, Safety of machinery ‒ Safety related parts of control systems ‒ Part 2: Validation

[8]  ISO 13852, Safety of machinery ‒ Safety distances to prevent danger zones being reached by
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[9]  ISO 14118, Safety of machinery ‒ Prevention of unexpected start-up

[10]  ISO 14119, Safety of machinery ‒ Interlocking devices associated with guards ‒ Principles. for the
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[11]  ISO 14120, Safety of machinery ‒ Guards ‒ General requirements for the design and construction
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[12]  IEC 60204-1, Electrical equipment of industrial machines ‒ Part 1: General requirements

[13]  IEC 62061, Safety of machinery ‒ Functional safety of safety-related electrical, electronic and
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[14]  EN 614-1, Safety of machinery-s-Ergonomic design principles ‒ Part 1: Terminology and general
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[15]  EN 847-1, Tools for woodworking ‒ Safety requirements - Part 1: Milling tools, circular saw blades

[16]  EN 848-1, Safety of wood working machines ‒ One side moulding machines with rotating tool ‒
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[17]  ANSI 811.0:2010, Safety of machinery ‒ General requirements and risk assessment

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