Você está na página 1de 95

ABNT/CB-03

PROJETO DE REVISÃO ABNT NBR 5101


AGO 2019

Iluminação pública – Procedimento

APRESENTAÇÃO
1) Este Projeto de Revisão foi elaborado pela Comissão de Estudo de Aplicações
luminotécnicas e medições fotométricas (CE-003:034.04) do Comitê Brasileiro de
Eletricidade (ABNT/CB-03), nas reuniões de:

28.09.2017 06.11.2017 29.11.2017

06.02.2018 10.04.2018 05.06.2018

14.08.2018 18.09.2018 23.10.2018

12.11.2018 12.12.2018 30.01.2019

19.03.2019 16.04.2019 21.05.2019

27.06.2019 01.08.2019 05.09.2019

17.10.2019

a) É previsto para cancelar e substituir a edição anterior (ABNT NBR


5101:2018), quando aprovado, sendo que nesse ínterim a referida norma
continua em vigor;

b) Não tem valor normativo;

2) Aqueles que tiverem conhecimento de qualquer direito de patente devem


apresentar esta informação em seus comentários, com documentação comprobatória;

3) Tomaram parte na elaboração deste Projeto:

Participante Representante

LID Eder Ferreira dos Santos


CEPEL Alessandra da C.B.P. de Souza
CEMIG Sérgio Lucas de M. Blaso

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 1/95


ABNT/CB-03
PROJETO DE REVISÃO ABNT NBR 5101
AGO 2019

IPT Oswaldo Sanchez Jr.


Exper Solutions Alisson Junqueira
Abilux Isac Roizenblatt
Tecnowatt Emerson F. Cardoso
Tecnowatt Luciano Haas Rosito
UNICOBA LEDSTAR Alexandre Dellai Schlieper
KMR ENERGIA José Carlos M. Melero
Kaizen Lighting Djalma de F. Oliveira
Zagonel Wagner Gurgel do Amaral Filho
Repume Iluminação Willian Prete
Repume Iluminação Wellington Rios
Leukom José Luiz Pimenta
Eletrobras Marcel da Costa Siqueira
Eletrobras Daniel Delgado Bouts
Luz Urbana Paulo Candura
IEE – USP Rinaldo Caldeira
CEILUX João Gabriel P. Almeida
X x
X X
X x
X x
X x

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 2/95


ABNT/CB-03
PROJETO DE REVISÃO ABNT NBR 5101
AGO 2019

Iluminação pública – Procedimento

Public road lighting – Procedure

Prefácio

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalização.


As Normas Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros
(ABNT/CB), dos Organismos de Normalização Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de
Estudo Especiais (ABNT/CEE), são elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas
por representantes dos setores envolvidos, formadas pelas partes interessadas no tema
objeto da normalização.

Os Documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras das Diretivas ABNT,
Parte 2.

A ABNT chama a atenção para que, apesar de ter sido solicitada manifestação sobre
eventuais direitos de patentes durante a Consulta Nacional, estes podem ocorrer e devem
ser comunicados à ABNT a qualquer momento (Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996).

Ressalta-se que Normas Brasileiras podem ser objeto de citação em Regulamentos


Técnicos. Nestes casos, os Órgãos responsáveis pelos Regulamentos Técnicos podem
determinar outras datas para exigência dos requisitos desta Norma, independentemente de
sua data de entrada em vigor.

A ABNT NBR 5101 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Eletricidade (ABNT/CB-


03/ABNT/ONS-XXX/ABNT/CEE-XXX), pela Comissão de Estudo de Aplicações
luminotécnicas e medições fotométricas (CE-003:034.004). O seu Projeto circulou em
Consulta Nacional conforme Edital nº XX, de XX.XX.XXXX a XX.XX.XXXX.

O Escopo desta Norma Brasileira em inglês é o seguinte:

Scope
This Standard stablishes the minimum requirements for public road lighting, which are
intended to provide safety to pedestrians and vehicles traffic.

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 3/95


ABNT/CB-03
PROJETO DE REVISÃO ABNT NBR 5101
AGO 2019

Introdução

A iluminação pública tem como principal objetivo proporcionar visibilidade para a segurança
do tráfego de veículos e pedestres de forma rápida, precisa e confortável. Os projetos de
iluminação pública devem atender os requisitos específicos do usuário, provendo benefícios
econômicos e sociais para os cidadãos, incluindo:

a) redução de acidentes noturnos;

b) melhoria das condições de vida sobretudo nas comunidades carentes;

c) auxílio à proteção policial, com ênfase na segurança dos indivíduos e propriedades;

d) facilidade do fluxo do tráfego;

e) destaque a edifícios e obras públicas durante à noite;

f) eficiência energética.

A aplicação desta Norma irá produzir iluminação adequada e utilização racional da energia
se o projetista e o usuário utilizarem:

a) lâmpadas, reatores e luminárias eficientes com distribuições apropriadas para cada tipo
de instalação;

b) luminárias com posicionamento e alturas de montagem adequadas;

c) um bom programa de manutenção para assegurar a integridade do sistema e a


preservação do nível de iluminação considerado no projeto.

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 4/95


ABNT/CB-03
PROJETO DE REVISÃO ABNT NBR 5101
AGO 2019

1 Escopo

Esta Norma estabelece os requisitos, considerados como mínimos necessários, para


iluminação de vias públicas, os quais são destinados a propiciar segurança aos
tráfegos de pedestres e veículos.

2 Referências normativas

Os seguintes documentos são citados no texto de tal forma que alguns ou todos os
seus conteúdos constituem requisitos deste documento. Para referências datadas,
somente a edição citada se aplica. Para referências sem data, aplica-se a última
edição do documento referenciado (incluindo quaisquer alterações).

ABNT NBR 5181, Sistemas de Iluminação de túneis - Requisitos

ABNT NBR 5461, Iluminação

ABNT NBR 15688, Redes de distribuição aérea de energia elétrica com condutores
nus

CIE DIS 017, ILV: International Lighting Vocabulary

ANSI/IES RP-16,

CIE 115, Lighting of roads for motor and pedestrian traffic

RP-8-18, American National Standard Practice for Design and Maintenance of


Roadway and Parking Facility Lighting

3 Termos, definições e abreviaturas

3.1 Geral

Para os propósitos deste documento, os termos e definições apresentados na ABNT NBR


5461, CIE DIS 017 e ANSI/IES RP-16 se aplicam e também o que segue.

ANSI/IES, ISO e IEC mantêm bancos de dados com terminologia para uso em normalização
nos seguintes endereços:

• IES Plataforma de navegação online: disponível em


https://www.ies.org/standards/definitions/

• IEC Electropedia: disponível em http://www.electropedia.org/

• ISO Plataforma de navegação online: disponível em: http://www.iso.org/obp

3.2 Termos e definições gerais

3.2.1
altura de montagem

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 5/95


ABNT/CB-03
PROJETO DE REVISÃO ABNT NBR 5101
AGO 2019

AM
distância vertical entre a superfície da via e o centro aparente da fonte de luz ou da
luminária

3.2.2
avanço
distância transversal entre o meio-fio ou acostamento da via e a projeção do
centro de luz aparente da luminária

3.2.3
diagrama de distribuição de intensidades luminosas
descrição, em forma de diagrama, da distribuição espacial das intensidades
luminosas de uma luminária

3.2.3.1
distribuição vertical
linha de intensidade traçada num determinado plano perpendicular ao plano da
via e que contém a luminária

3.2.3.2
distribuição transversal
linha de intensidade traçada no plano perpendicular ao eixo longitudinal da via e
que contém a luminária

3.2.3.3
distribuição longitudinal
linha de intensidade traçada no plano paralelo ao eixo longitudinal da via e que
contém a luminária

3.2.4
espaçamento
distância entre sucessivas unidades de iluminação medida paralelamente ao
longo da linha longitudinal da via

3.2.5
fator de operação
razão ente os fluxos luminosos, do conjunto lâmpada-luminária e reator, quando
são usados um reator comercial e um reator de referência, ou com o qual a
lâmpada teve seu fluxo calibrado e aferido (ver IES-LM-61 [11]).

3.2.6
fator de uniformidade da iluminância (em determinado plano)
U
razão entre a iluminância mínima e a iluminância média em um plano
especificado:

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 6/95


ABNT/CB-03
PROJETO DE REVISÃO ABNT NBR 5101
AGO 2019

E min
U=
E med

sendo

Emin é igual a iluminância mínima;

Emed é igual a iluminância média.

3.2.7
fator de uniformidade da luminância (uniformidade global)
Uo
razão entre a luminância mínima e a luminância média em um plano
especificado:

Lmin
Uo =
Lmed

sendo

Lmin é igual a luminância mínima;

Lmed é igual a luminância média.

3.2.8
fator de uniformidade da luminância (uniformidade longitudinal)
UL
razão entre a luminância mínima e a luminância máxima ao longo das linhas
paralelas ao eixo longitudinal da via em um plano especificado:

Lmin
UL =
Lmax

sendo

Lmin é igual a luminância mínima;

Lmax é igual a luminância máxima.

3.2.9
iluminação pública
serviço que tem por objetivo prover de luz, ou claridade artificial, os logradouros
públicos no período noturno ou nos escurecimentos diurnos ocasionais, inclusive
aqueles que necessitam de iluminação permanente no período diurno

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 7/95


ABNT/CB-03
PROJETO DE REVISÃO ABNT NBR 5101
AGO 2019

3.2.10
iluminância média horizontal
iluminância em serviço, da área delimitada pela malha de pontos considerada, ao
nível da via, sobre o número de pontos correspondente

3.2.11
incremento de limiar
TI
expressa a limitação do ofuscamento perturbador ou inabilitador nas vias públicas
que afeta a visibilidade dos objetos. O valor de TI % é baseado no incremento
necessário da luminância de uma via para tornar visível um objeto que se tornou
invisível devido ao ofuscamento inabilitador provocado pelas luminárias

Lv
TI % = 65 
(L med )0,8
sendo

Lmed é a luminância média da via

Lv é a luminância de velamento

3.2.12
índice de ofuscamento
GR
definido pela CIE Nº. 31:1976 [19], caracteriza o desconforto provocado pelo
ofuscamento das luminárias em uma escala de números que vai de 1
(insuportável) até 9 (imperceptível)

3.2.13
linha isocandela
linha traçada em uma esfera imaginária, com a fonte de luz ocupando o seu
centro. Esta linha liga todos os pontos correspondentes àquelas direções nas
quais as intensidades luminosas são iguais. Usualmente a representação é feita
num plano

3.2.14
linha isolux
lugar geométrico dos pontos do urna superfície onde a iluminância tem o mesmo
valor

3.2.15
linha longitudinal da via
LLV
qualquer linha ao longo da via, paralela ao eixo da pista

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 8/95


ABNT/CB-03
PROJETO DE REVISÃO ABNT NBR 5101
AGO 2019

3.2.16
linha transversal da via
LTV
qualquer linha transversal da via, perpendicular ao eixo da pista

3.2.17
luminância média
Lmed (cd/m2)
valor médio da luminância na área delimitada pela malha de pontos considerada,
ao nível da via

3.2.18
luminância de velamento
Lv
efeito provocado pela luz que incide sobre o olho do observador no plano
perpendicular a linha de visão. Depende do ângulo entre o centro da fonte de
ofuscamento e a linha de visão, bem como da idade do observador

3.2.19
razão das áreas adjacentes à via
SR
relação entre a iluminância média das áreas adjacentes à via (faixa com largura
de até 5m) e a iluminância média da via (faixa com largura de até 5m ou metade
da largura da via) em ambos os lados de suas bordas. O parâmetro SR
pressupõe a existência de uma iluminação própria para a travessia de pedestres,
levando em consideração o posicionamento da luminária de forma a permitir a
percepção da silhueta do pedestre pelo motorista (contraste negativo)

3.2.20
via
é uma superfície por onde transitam veículos, pessoas e animais, compreendendo
a pista, a calçada, o acostamento, ilha e canteiro central.

3.2.21
volume de tráfego
número máximo de veículos ou de pedestres que passam numa dada via, durante
o período de 1 h

NOTA A indicação entre colchetes refere-se ao número correspondente na seção


Bibliografia. (ver Bibliografia)

PARÂMETROS RECOMENDADOS

Esse item especifica as classes de iluminação definidas e fornece diretrizes sobre a


seleção da classe mais apropriada para uma determinada situação. O método
apresentado deve ser considerado como o ponto de partida de uma abordagem

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 9/95


ABNT/CB-03
PROJETO DE REVISÃO ABNT NBR 5101
AGO 2019

mais abrangente para a iluminação normal da via. Nesse sentido, o modelo pode
não cobrir todos os diferentes casos de vias; ele introduz parâmetros gerais e o
impacto nos requisitos de iluminação. Apenas a situação real
e suas características únicas (geometria da via, marcação, ambiente visual,
dificuldade da tarefa de navegação, falta de visibilidade, riscos de ofuscamento
devido a elementos existentes, clima local, usuários específicos, como alta taxa
idosos ou pessoas com deficiência visual, etc.) pode levar a uma determinação final
da classe de iluminação apropriada, aplicando técnicas de avaliação de risco.

Requisitos para o tráfego Motorizado (M)

As classes de iluminação M destinam-se aos condutores de veículos motorizados


em vias de circulação, , permitindo velocidades de condução médias a altas. As
classes M1 a M6 são definidas pelos critérios de iluminação dados na Tabela 2.
Para a determinação da classe de iluminação M a ser aplicada, seleciona-se os
valores ponderados na Tabela 1 para os diferentes parâmetros e adiciona-os para
encontrar a soma dos valores de ponderação (VWS). O número da classe de
iluminação M é então calculado como:

Número de classe de iluminação M = 6 - VWS

A seleção cuidadosa dos valores de ponderação apropriados na Tabela 1 produzirá


números de classe entre 1 e 6. Se o resultado não for um número inteiro, use o
próximo número inteiro inferior.

Tabela 1 - Parâmetros para a seleção de classe M

Valor de
VW
Parâmetro Opções ponderação
selecionado
VW
Muito alta <80Km/h 1
Velocidade
Alta <60Km/h 0,5

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 10/95


ABNT/CB-03
PROJETO DE REVISÃO ABNT NBR 5101
AGO 2019

Moderada <40Km/h 0
Muito alto >1200/hora 1
Alto 600 a 1200/hora 0,5
Volume de
Moderado 300 a 600/hora 0
Tráfego
Baixo 150 a 300/hora -0,5
Muito Baixo <150/hora -1
Misto com alto percentual
2
Composição de não motorizado
do Tráfego Misto 1
Motorizado apenas 0
Separação das Não 1
faixas de
Sim 0
direção
Densidade de Alta >=3/Km 1
intersecções Moderada <3/Km 0
Veículos Presentes 0,5
estacionados Ausentes 0
Alta 1
Luminância
Moderada 0
ambiente
Baixa -1
Sinalização / Pobre 0,5
Controle de
Moderada ou boa 0
tráfego
Soma dos
valores de Vws
ponderação

Os critérios de controle para a iluminação de vias para tráfego motorizado são o


nível de luminância e uniformidade da faixa de rodagem, o nível de iluminância dos
arredores da via, o limite de ofuscamento, e os requisitos para orientação visual
direta. A orientação visual direta é tratada no item seguinte (4.1.1). Para os outros

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 11/95


ABNT/CB-03
PROJETO DE REVISÃO ABNT NBR 5101
AGO 2019

critérios, os valores recomendados são dados na Tabela 2 para as classes de


iluminação M1 a M6, refletindo várias situações de tráfego. Para recomendações
sobre aparência e aspectos ambientais veja o item XXX.

Os critérios de iluminação usados são a luminância média mantida da superfície da


via (Lav), as uniformidades geral (Uo) e longitudinal (Ll) da luminância, a proporção de
entorno (SR), e o incremento de limiar (fTI).

Estes valores aplicam-se a vias, que são suficientemente longas para que o conceito
de luminância possa ser usado, fora de áreas de conflito e/ou áreas externas com
medidas para acalmar o tráfego. A relação de entorno é considerada para vias com
calçada para pedestres ou ciclovia adjacente somente quando não houver requisitos
específicos (veja classes P de iluminação).

Tabela 2 - Classes de iluminação para tráfego motorizado, baseado em


luminância da superfície da via

Superfície da Via
Incremento de limiar
Classe de iluminação Seca Molhada*
Lmed em Cd/m² UO  UL  UO  TI % SR
M1 2,00 0,40 0,70 0,15 10 0,5
M2 1,50 0,40 0,70 0,15 10 0,5
M3 1,00 0,40 0,60 0,15 15 0,5
M4 0,75 0,40 0,60 0,15 15 0,5
M5 0,50 0,35 0,40 0,15 15 0,5
M6 0,30 0,35 0,40 0,15 20 0,5
* Aplicável em adição ao estado seco, onde as superfícies da via ficam molhadas durante uma parte substancial das horas

de escuridão e os dados de refletância da superfície da via são disponíveis.

NOTA: O uso do conceito de luminância requer o conhecimento das propriedades


de reflexão da superfície da via. Eles são levados em conta através das
propriedades reais (medições) ou através de uma tabela-r de referência tal como os
padrões C e R definidos pela CIE (CIE 132-1999 e CIE 144: 2001). No entanto,
recentes medições mostraram que os pavimentos usados nas vias variam muito com
o tempo e são muito diferentes dos padrões CIE (que foram definidas décadas

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 12/95


ABNT/CB-03
PROJETO DE REVISÃO ABNT NBR 5101
AGO 2019

atrás), frequentemente levando a erros entre 30% e 100% em termos de luminância


média (CHAIN et al., 2007).

Ao projetar uma instalação de iluminação usando o conceito de luminância, é


importante, portanto, ter uma representação precisa das características fotométricas
da superfície da via em sua situação estabilizada. Se a medição da tabela-r em
laboratório não for possível, as propriedades reais de reflectância da via devem ser
medidas no local com dispositivos portáteis. Se isso não for possível, os padrões da
tabela-r da CIE mais recente devem ser usadas para o cálculo. Em todos os casos,
é necessário avaliar sistematicamente um valor representativo do coeficiente médio
de luminância q0.

Tabela 3 – Iluminância média mínima e uniformidade para cada classe de


iluminação.

Classe de Iluminância média mínima Fator de uniformidade mínimo


iluminação Eméd,mín lux U=Emín/Eméd
M1 30 0,4
M2 20 0,4
M3 15 0,2
M4 10 0,2
M5 7,5 0,2
M6 5 0,2

Considerações Práticas para Orientação Visual Direta

Nenhum método de quantificação de orientação visual direta (ver item 4.2.7) foi
concebido, mas algumas considerações práticas são úteis.

Por vezes, o padrão de luz direta das luminárias de iluminação viária pode ser
enganosa. Isso pode ser evitado no estágio de projeto considerando o padrão em
perspectiva, isto é, como o alinhamento e o arranjo das luminárias aparecem para o
usuário da via.

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 13/95


ABNT/CB-03
PROJETO DE REVISÃO ABNT NBR 5101
AGO 2019

A orientação visual direta pode ser aprimorada por uma mudança na temperatura de
cor da luz em junções, rotatórias, etc. A mudança deve ser consistente em uma área
e intencional.

REQUISITOS PARA ÁREAS DE CONFLITO (C)

As áreas de conflito ocorrem sempre que os fluxos de veículos se cruzam ou se


deparam com áreas frequentadas por pedestres, ciclistas ou outros usuários da via,
ou quando há uma mudança na geometria da via, como uma redução no número de
pistas ou na largura da faixa de rodagem. A existência destas áreas de conflito
resulta num aumento do potencial de colisões entre veículos, entre veículos e
pedestres, ciclistas ou outros usuários da via, ou entre veículos e objetos fixos.
Áreas de estacionamento e estações de pedágio também são consideradas áreas
de conflito.

A iluminação deve revelar a existência da área de conflito, a posição dos meio-fios e


as marcações viárias, as direções das vias, a presença de pedestres, outros
usuários da via, obstruções, e o movimento de veículos nas proximidades da área
de conflito. Onde a iluminação não é fornecida de outra forma em uma via que leva
ou sai da área de conflito, a classe de iluminação selecionada deve ser instalada por
um trecho longo o suficiente para fornecer cerca de 5 segundos de distância de
condução à velocidade de tráfego esperada.

As classes de iluminação C0 a C5 são definidas pelos critérios de iluminação dados


para cada classe na Tabela 4:

Tabela 4 - Parâmetros para a seleção da classe C

Valor de
Vw
Parâmetro Opções ponderação
selecionado
Vw
Muito alta <80Km/h 3
Velocidade
Alta <60Km/h 2

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 14/95


ABNT/CB-03
PROJETO DE REVISÃO ABNT NBR 5101
AGO 2019

Valor de
Vw
Parâmetro Opções ponderação
selecionado
Vw
Moderada <40Km/h 1
Baixa <30Km/h 0
Muito alto >1200/hora 1
Alto 600 a 1200/hora 0,5
Volume de
Moderado 300 a 600/hora 0
Tráfego
Baixo 150 a 300/hora -0,5
Muito Baixo <150/hora -1
Misto com alto percentual de
2
Composição não motorizado
do Tráfego Misto 1
Motorizado apenas 0
Separação das Não 1
faixas de
Sim 0
direção
Alta 1
Luminância
Moderada 0
ambiente
Baixa -1
Sinalização / Pobre 0,5
Controle de
Moderada ou boa 0
tráfego
Soma dos
valores de Vws
ponderação

Para a determinação da classe de iluminação C a ser aplicada, seleciona-se os


valores ponderados na Tabela 4 para os diferentes parâmetros e adiciona-os para
encontrar a soma dos valores de ponderação (VWS). O número da classe de
iluminação C é então calculado como:

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 15/95


ABNT/CB-03
PROJETO DE REVISÃO ABNT NBR 5101
AGO 2019

Número de classe de iluminação C = 6 - VWS

A seleção cuidadosa dos valores de ponderação apropriados produzirá números de


classe entre 0 e 5. Se o resultado não for um número inteiro, use o próximo número
inteiro inferior.

Para áreas de conflito, a luminância é o critério de projeto recomendado. No entanto,


onde as distâncias de visão são curtas e outros fatores impedem o uso de critérios
de luminância, a iluminância pode ser usada em uma parte da área de conflito, ou
em toda a área se os critérios de luminância não puderem ser aplicados a toda a
área. A correspondência entre luminância e iluminância horizontal média depende
da refletância da superfície da via, representada pelo valor q0 dessa superfície. A
Tabela 5 mostra a relação entre as classes M e C para três exemplos de valores q0.

Tabela 5 - Níveis de iluminação comparáveis para as classes de iluminação M e


C para três valores de q0 na superfície da via.

Classe de iluminação M M1 M2 M3 M4 M5 M6

Luminância média L 2,0 1,5 1,0 0,75 0,50 0,30

Classe de iluminação C
C0 C1 C2 C3 C4 C5
Se q0 = 0,05cd/m²/lx

Iluminância média
50 30 20 15 10 7,5
E em lx

Classe de iluminação C
C0 C1 C2 C3 C4 C5
Se q0 = 0,07cd/m²/lx

Iluminância média
50 30 20 15 10 7,5
E em lx

Classe de iluminação C
C0 C1 C2 C3 C4 C5
Se q0 = 0,09cd/m²/lx

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 16/95


ABNT/CB-03
PROJETO DE REVISÃO ABNT NBR 5101
AGO 2019

Classe de iluminação M M1 M2 M3 M4 M5 M6

Iluminância média
50 30 20 15 10 7,5
E em lx

A área de conflito deve, no mínimo, ter um nível de iluminação não inferior ao das
vias que se conectam a ela. No entanto, recomenda-se que a classe de iluminação
usada na área de conflito deve normalmente ser um nível superior à classe de
iluminação mais alta usada para a via ou vias que levam à área de conflito (por
exemplo, M2 em vez de M3). Isso não será possível quando as vias de entrada são
iluminadas para a Classe M1. Neste caso, a área de conflito também deve estar
iluminada para a classe M1.

Onde a iluminância é usada como um critério para a iluminação da área de conflito é


necessário considerar classes comparáveis de luminância e iluminância (classes M e
C, respectivamente, das Tabelas 2 e 5).

A Tabela 5 fornece classes M e C comparáveis para alguns valores de q0 da


superfície da via. A linha 1 fornece as classes M a partir das quais a classe de
luminância usada para a via mais importante que leva à área de conflito é
selecionada. A classe C de iluminância equivalente é então retirada da coluna 1,
dependendo do valor q0. A classe C real a ser usada na área de conflito recomenda-
se que seja um passo acima do que a classe equivalente assim determinada.

(por exemplo, se a via mais importante que leva à área de conflito é M4 e q0 =


0,07cd/m²/lx, a classe equivalente é C4, e a área de conflito deve ser iluminada na
classe C3)

Onde a luminância é usada como um critério para a iluminação da área de conflito, é


necessário calcular o incremento de limiar fTI, para posições relevantes do
observador e direções de visualização na área de conflito, o que requer
conhecimento de luminâncias de velamento e luminâncias de adaptação para as
posições particulares do observador e direções de visualização (ANSI, 2005).

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 17/95


ABNT/CB-03
PROJETO DE REVISÃO ABNT NBR 5101
AGO 2019

NOTA: O método de cálculo está descrito no capítulo 6, juntamente com os limites


de aplicação a serem observados. Seguindo o procedimento para o observador em
movimento, não existem restrições em termos de posições de observadores e
direções de visualização em áreas de conflito.

A fórmula para o cálculo das luminâncias de velamento é válida para qualquer


posição do observador e direção de visualização - desde que os limites sejam
observados Os incrementos nos quais o observador é movido para frente ao longo
da seção longitudinal da via com um arranjo de luminária regular também pode ser
usado na área do conflito. O número de luminárias a ser levado em conta não é
muito crítico, desde que todas as luminárias na área do conflito sejam consideradas
e o observador seja movido em incrementos de não mais que 3,0 m. A luminária
mais próxima do observador em um ângulo de 20° ou menos acima da horizontal
geralmente contribuirá mais. A luminância média real é calculada a partir da
iluminância média da área de conflito. Se as propriedades de reflexão são
conhecidas em termos de tabelas-r e coeficiente de luminância médio q0, a
luminância média L pode ser calculada a partir do conhecimento da iluminância
média E usando a fórmula L= q0 E. Se apenas a refletância difusa ρ é conhecida, a
𝜌
luminância média pode ser calculada usando o fórmula 𝐿 = 𝐸 . Se nada for
𝜋

conhecido sobre as propriedades de reflexão da via, um coeficiente de luminância


média q0 de 0,07 𝑐𝑑/𝑚²/𝑙𝑥 pode ser aplicado como mostrado na Tabela 5, ou uma
refletância média ρ de 0,20 pode ser aplicada.

Uma indicação das propriedades de reflexão da via pode ser obtida por medições.

Se as tabelas de refletância apropriadas estiverem disponíveis, a precisão do cálculo


de luminância pode ser significativamente melhorada. Isso pode levar a economias
consideráveis nos investimentos e uso de energia.

NOTA 3 Em algumas áreas de conflito, onde as distâncias de visualização são


curtas e existem muitas posições do observador e orientações da luminária, o uso de
fTI pode ser impraticável. A solução alternativa em tais situações é o uso da limitação
da intensidade da luminária discutido no anexo D.

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 18/95


ABNT/CB-03
PROJETO DE REVISÃO ABNT NBR 5101
AGO 2019

Tabela 6 - Classes de iluminação para áreas de conflito

Iluminância Incremento de limiar fTI


média sobre Uniformidade em % (1)
Classe de toda a da
Velocidade Velocidade
iluminação superfície Iluminância
alta e baixa e
utilizada E U0(E)
moderada muito baixa
em lux
C0 50 0,40 10 15
C1 30 0,40 10 15
C2 20 0,40 10 15
C3 15 0,40 15 20
C4 10 0,40 15 20
C5 7,5 0,40 15 25
(1) Aplicável quando é importante realizar tarefas visuais geralmente consideradas para iluminação de vias para tráfego

motorizado (classes M).

REQUISITOS PARA PEDESTRES (P)

Geral

A tarefa visual e as necessidades do pedestre diferem das do motorista em muitos


aspectos.

A velocidade de movimento é menor e os objetos próximos ao pedestre são mais


importantes do que aqueles à distância. O padrão de superfície e textura de objetos
na via e no passeio é importante para o pedestre, mas menos para o motorista, para
quem a visão da silhueta predomina. Estas diferenças indicam que os critérios de
iluminação que satisfazem as necessidades do motorista podem não atender às
necessidades do pedestre e vice-versa.

Os benefícios da iluminação de boa qualidade em ruas residenciais estão resumidos


na CIE 136-2000. Além de melhorar o nível geral de conforto visual, uma boa

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 19/95


ABNT/CB-03
PROJETO DE REVISÃO ABNT NBR 5101
AGO 2019

iluminação desencoraja o crime contra a pessoa e a propriedade, facilita a detecção


do crime e transmite uma maior sensação de segurança em um bairro. A iluminação
residencial é, portanto, frequentemente instalada ou atualizada como uma medida
contra o crime e está assumindo uma importância crescente neste papel,
particularmente em áreas urbanas. Onde o medo do crime é um aspecto a ser
considerado, o reconhecimento facial deve ser levado em consideração. Requisitos
adicionais neste caso são dados nas tabelas, Tabela 7 e Tabela 8.

Critérios de Qualidade

A iluminação da via deve permitir aos pedestres discernir obstáculos ou outros


perigos em seu caminho e permitir que fiquem cientes dos movimentos de outros
pedestres, amigos ou não, que podem se aproximar. Para isso, a iluminação em
superfícies horizontais e verticais, bem como o controle de brilho (ofuscamento) e a
reprodução de cores, é importante. Questões ambientais devem ser levadas em
conta.

Iluminação de Superfícies Horizontais

Para garantir que o pedestre possa se mover sobre as superfícies da pista e do


passeio em segurança, o iluminância horizontal, Eh, deve ser adequada.

A iluminância horizontal é medida ao nível do solo em termos de valores médios e


mínimos, e aplica-se a toda a superfície utilizada, que geralmente compreende os
passeios e a superfície da faixa de rodagem, a menos que a faixa de rodagem seja
tratada separadamente com disposições relativas ao tráfego motorizado no item 4.1.

Iluminação de superfícies verticais

A iluminação adequada das superfícies verticais é necessária para o


reconhecimento facial, o que também pode permitir que um ato de agressão fosse
antecipado. A quantificação disso apresenta uma dificuldade devido à multiplicidade
de planos em cada ponto de medição que devem ser levados em conta. Uma
tentativa de superar isso foi feita considerando a iluminância em um semi-cilindro

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 20/95


ABNT/CB-03
PROJETO DE REVISÃO ABNT NBR 5101
AGO 2019

vertical infinitesimal situado na altura da cabeça (1,5 m). Esta medida, a iluminância
semi-cilíndrica, Esc, foi introduzida na CIE136-2000, como um complemento para a
iluminância horizontal. Para a sua medição, é necessária uma adaptação especial
para a montagem do sensor fotoelétrico que é usado para medir a iluminação planar.

Controle do brilho

O controle do desconforto e do ofuscamento inabilitador no caso do pedestre não é


tão crítico quanto para o motorista, porque a velocidade de movimento é muito
menor, dando um tempo de reação maior. Nenhum método de quantificar o brilho
para estes casos tem sido acordado internacionalmente, mas vários métodos estão
em uso atual em diversos países. Métodos para quantificar e controlar o brilho em
pedestres e em áreas de baixa velocidade de tráfego são dadas no Anexo D.

Escolha da fonte de luz

Fontes de luz monocromáticas devem ser evitadas para áreas onde o risco de crime
é alto, são ambientalmente sensíveis ou onde predominam as atividades de
pedestres. Usando-se fontes de luz com melhores propriedades de renderização de
cor melhorará a possibilidade de se ver contrastes de cores, o que contribui para um
melhor reconhecimento facial. Isto pode ser de particular importância para idosos ou
deficientes visuais de áreas de tráfego pedestre e de baixa velocidade.

NOTA Este problema está equacionado no caso brasileiro com o índice de


reprodução de cores em 70 como limite mínimo para certificação de luminárias
públicas a LED, uma vez que todo o restante (iluminação convencional) não possui
mais viabilidade e já está entrando em desuso.

Níveis de Iluminação para Áreas de Tráfego Pedestre e de Baixa


Velocidade

Os parâmetros relevantes para a seleção de uma classe de iluminação P apropriada


para área de tráfego pedestre ou de baixa velocidade estão resumidos na Tabela 7.
As classes de iluminação P1 a P6 são definidos pelos critérios de iluminação

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 21/95


ABNT/CB-03
PROJETO DE REVISÃO ABNT NBR 5101
AGO 2019

fornecidos para cada classe na Tabela 8. Essas classes se aplicam a pedestres e


ciclistas em calçadas, ciclovias e outras áreas da via situadas separadamente ou ao
longo da faixa de rodagem de uma via de tráfego, e para vias residenciais, vias de
pedestres (calçadões), lugares de estacionamento, etc.

Tabela 7 - Parâmetros para a seleção da classe de iluminação P

Valor de
Vw
Parâmetro Opções ponderação
selecionado
Vw
Baixa <30km/h 1
Velocidade Muito baixa (velocidade de
0
caminhada)
Muito alto >1200/hora 1
Alto 600 a 1200/hora 0,5
Volume de
Moderado 300 a 600/hora 0
Tráfego
Baixo 150 a 300/hora -0,5
Muito Baixo <150/hora -1
Pedestres, ciclistas e
2
tráfego motorizado
Pedestres e tráfego
1
Composição do motorizado
Tráfego Pedestres e ciclistas
1
apenas
Pedestres apenas 0
Ciclistas apenas 0
Veículos Presentes 0,5
estacionados Ausentes 0
Alta 1
Luminância
Moderada 0
ambiente
Baixa -1

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 22/95


ABNT/CB-03
PROJETO DE REVISÃO ABNT NBR 5101
AGO 2019

Necessidades adicionais
Necessário
Reconhecimento requeridas
facial Sem necessidades
Desnecessário
adicionais
Soma dos
valores de Vws
ponderação

A aplicação destas classes depende da geometria da área relevante e das


circunstâncias dependentes do tráfego e do tempo.

Para a determinação da classe de iluminação P a ser aplicada, seleciona-se os


valores ponderados na Tabela 6 para os diferentes parâmetros e adiciona-os para
encontrar a soma dos valores de ponderação (VWS). O número da classe de
iluminação P é então calculado como:

Número de classe de iluminação P = 6 - VWS

A seleção cuidadosa dos valores de ponderação apropriados produzirá números de


classe entre 1 e 6. Se o resultado não for um número inteiro, use o próximo número
inteiro inferior.

Tabela 8 - Classes de iluminação para áreas de tráfego pedestre e de baixa


velocidade

Se necessidades adicionais
para reconhecimento facial
Iluminância Iluminância
for requerida
Classe de média mínima
Iluminância Iluminância
iluminação horizontal E horizontal E
vertical mínima semi-
em lux em lux
mínima E em cilíndrica E
lux em lux
P1 15 3,0 5,0 3,0
P2 10 2,0 3,0 2,0

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 23/95


ABNT/CB-03
PROJETO DE REVISÃO ABNT NBR 5101
AGO 2019

P3 7,5 1,5 2,5 1,5


P4 5,0 1,0 1,5 1,0
P5 3,0 0,6 1,0 0,6
P6 2,0 0,4 0,6 0,4

NOTAS

1. Para fornecer uniformidade, o valor real da iluminação média mantida não


pode exceder 1,5 vezes o valor indicado para a classe.
2. Uma alta renderização de cor contribui para um melhor reconhecimento facial.

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 24/95


ABNT/CB-03
PROJETO DE REVISÃO ABNT NBR 5101
AGO 2019

CÁLCULO DE QUANTIDADES FOTOMÉTRICAS

Luminância

Luminância em um ponto

Fórmula geral

A luminância em um ponto pode ser determinada aplicando-se a seguinte fórmula ou


uma fórmula matematicamente equivalente a:

𝑛𝐿𝑈
𝐼𝑘 (𝐶, 𝛾). 𝑓𝑀 . 𝑟𝑘 (tan 𝜀 , 𝛽)
𝐿= ∑ , (22)
𝐻𝑘2
𝑘=1

sendo

𝐿 a luminância resultante em candelas por metros quadrados;

𝑘 o índice da atual luminária no somatório;

𝑛𝐿𝑈 o número de luminárias envolvidas nos cálculos;

𝐼𝑘 (𝐶, 𝛾) a intensidade luminosa em candela da k-ésima luminária a


respeito da qual está sendo calculado 𝐶𝑘 e 𝛾𝑘 ;

𝑓𝑀 o fator de manutenção geral, dependendo do fator de


manutenção de lúmens da fonte de luz e do fator de manutenção
da luminária;

𝑟𝑘 (tan 𝜀 , 𝛽) o coeficiente de luminância reduzido para o atual caminho da luz


incidente com coordenadas angulares (𝜀𝑘 , 𝛽𝑘 ), em esterradianos
recíprocos;

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 25/95


ABNT/CB-03
PROJETO DE REVISÃO ABNT NBR 5101
AGO 2019

𝐻𝑘 a altura de montagem da k-ésima luminária acima da superfície


da via, em metros.

Cálculo de 𝒕𝒂𝒏 𝜺 e 𝜷

Na fórmula (22) tan 𝜀 e 𝛽 são as entradas da tabela-r, 𝑟𝑘 (tan 𝜀 ; 𝛽).

tan 𝜀 e 𝛽 são calculados para cada posição do observador e para cada luminária.

A partir da Figura 4, pode-se calcular:

2
PT √(xP − xL )2 + (yp − yL )
tan ε = = (#23)
H H

sendo,

𝑃𝑇 a distância no chão do ponto observado 𝑃(𝑥𝑝 ; 𝑦𝑝 ) à projeção


geométrica do centro óptico da luminária no piso 𝑇(𝑥𝐿 ; 𝑦𝐿 );

𝐻 a altura de montagem da luminária.

De forma similar à Figura 4, 𝛽 é calculado a partir do ângulo orientado entre dois


vetores no plano horizontal do piso:

𝛽
(xP − xOh ). (xL − xP ) + (yP − yOh )(yL − yP )
⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗
= arccos(O ⃗⃗⃗⃗⃗⃗
h P, PT ) = arccos ( )
√(xP − xOh )2 + (yP − yOh )2 . √(xL − xP )2 + (yL − yP )2

sendo

𝑂ℎ (𝑥𝑂ℎ ; 𝑦𝑂ℎ ) a projeção da posição dos olhos do observador na superfície da via.

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 26/95


ABNT/CB-03
PROJETO DE REVISÃO ABNT NBR 5101
AGO 2019

NOTA: Quando o ponto 𝑃 pertence à vertical que passa através da luminária, cos 𝛽 é
indeterminado. Nesse caso, 𝛽 pode tomar qualquer valor (veja a primeira linha de qualquer
tabela-r nas quais os valores de r devem ser os mesmos para todos os ângulos 𝛽 ).

Para levar em conta a simetria do espelho devido à assumida isotropia da superfície


da via, a tabela r é limitada para 𝛽 variando entre 0° e 180°. Utilizando um outro
método em vez da fórmula anterior, 𝛽 pode estar localizzado em quadrantes
simétricos tais que:

−180° < 𝛽 , 0° (#25)

Nesse caso, um teste é necessário para encontrar o campo de definição de 𝛽 em


razão do sinal trocado na Equação (26):

𝑆𝑒 − 180° ≤ 𝛽 < 0°, 𝑒𝑛𝑡ã𝑜 𝛽 = −𝛽 (#26)

NOTA 2: O interesse em utilizar a função cosseno inversa com o produto escalar


algébrico, é calcular o ângulo 𝛽 diretamente no campo de definição da tabela r: 0° a
180°.

Iluminância

Geral

Quatro diferentes tipos de iluminância pode ser calculado, dependendo do critério de


desenho escolhido. Eles podem ser:

a) iluminância horizontal;
b) iluminância hemisférica;
c) iluminância semicilíndrica;
d) iluminância vertical.

Iluminância horizontal em um ponto

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 27/95


ABNT/CB-03
PROJETO DE REVISÃO ABNT NBR 5101
AGO 2019

Os pontos de cálculo devem ser localizados em um plano no nível do piso na área


relevante.

A iluminância horizontal em um ponto deve ser calculada com a seguinte fórmula, ou


uma fórmula matematicamente equivalente a:

𝑛𝐿𝑈
𝐼𝑘 (𝐶, 𝛾). 𝑓𝑀 . cos 3 𝜀𝑘
𝐸ℎ = ∑ , (#29)
𝐻𝑘2
𝑘=1

sendo

𝐸ℎ a iluminância horizontal

𝑘 o índice da atual luminária sendo considerada no somatório.

𝑛𝐿𝑈 o número de luminárias envolvidas nos cálculos;

𝐼𝑘 (𝐶, 𝛾) a intensidade luminosa em candela da k-ésima luminária a


respeito da qual está sendo calculado 𝐶 e 𝛾, como indicado na
Figura 6.4;

𝑓𝑀 o fator de manutenção geral, que é o produto entre o fator de


manutenção de lúmens da fonte de luz e o fator de manutenção
da luminária;

𝜀𝑘 o ângulo de incidência da luz no ponto, em graus.

𝐻𝑘 a altura de montagem da k-ésima luminária, em metros.

NOTA: É recomendado não incluir os fatores de sobrevivência da lâmpada no fator


de manutenção geral em iluminação de vias, se todas as lâmpadas em falha serão
substituídas localmente.

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 28/95


ABNT/CB-03
PROJETO DE REVISÃO ABNT NBR 5101
AGO 2019

Iluminância esférica em um ponto

Pontos de cálculo devem ser localizados em planos no nível do piso nas áreas
relevantes.

A iluminância hemisférica em um ponto deve ser calculada com a seguinte fórmula,


ou uma fórmula matematicamente equivalente a:

𝑛𝐿𝑈
𝐼𝑘 (𝐶, 𝛾). 𝑓𝑀 . [cos 3 𝜀𝑘 + cos 2 𝜀𝑘 ]
𝐸ℎ𝑠 = ∑ , (#30)
4𝐻𝑘2
𝑘=1

sendo

𝐸ℎ𝑠 a iluminância hemisférica no ponto, em lux;

𝑘 o índice da atual luminária sendo considerada no somatório.

𝑛𝐿𝑈 o número de luminárias envolvidas nos cálculos;

𝐼𝑘 (𝐶, 𝛾) a intensidade luminosa em candela da k-ésima luminária a


respeito da qual está sendo calculado 𝐶 e 𝛾, como indicado na
Figura 6.4;

𝑓𝑀 o fator de manutenção geral, que é o produto entre o fator de


manutenção de lúmens da fonte de luz e o fator de manutenção
da luminária;

𝜀𝑘 é o ângulo de incidência da luz no ponto, em graus.

𝐻𝑘 a altura de montagem da k-ésima luminária, em metros.

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 29/95


ABNT/CB-03
PROJETO DE REVISÃO ABNT NBR 5101
AGO 2019

NOTA: É recomendado não incluir os fatores de sobrevivência da lâmpada no fator


de manutenção geral em iluminação de vias, se todas as lâmpadas em falha serão
substituídas localmente.

Iluminância semicilíndrica em um ponto

Os pontos de cálculo devem ser localizados em um plano a 1,5 m acima da


superfície da área relevante.

A iluminância semicilíndrica varia com a direção de interesse. O plano vertical


mostrado na Figura 12, formando ângulos retos com a superfície plana traseira,
deve ser orientado paralelamente às principais direções dos movimentos de
pedestres, os quais são usualmente longitudinais, para uma via.

A iluminância semicilíndrica em um ponto deve ser calculada com a seguinte


fórmula, ou uma fórmula matematicamente equivalente:

𝑛𝐿𝑈
𝐼𝑘 (𝐶, 𝛾). 𝑓𝑀 . sin εk . (1 + cos αk )
𝐸𝑠𝑐 = ∑ 2 , (#31)
𝜋. 𝑑𝐿𝑘𝑃
𝑘=1

sendo

𝐸𝑠𝑐 a iluminância semicilíndrica no ponto, em lux;

𝑘 o índice da atual luminária sendo considerada no somatório;

𝑛𝐿𝑈 o número de luminárias envolvidas nos cálculos;

𝐼𝑘 (𝐶, 𝛾) a intensidade luminosa em candela da k-ésima luminária a


respeito da qual está sendo calculado 𝐶 e 𝛾, em candela, como
indicado na Figura 6.4;

𝑓𝑀 o fator de manutenção geral, que é o produto entre o fator de

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 30/95


ABNT/CB-03
PROJETO DE REVISÃO ABNT NBR 5101
AGO 2019

manutenção de lúmens da fonte de luz e o fator de manutenção


da luminária;

𝜀𝑘 é o ângulo de incidência do raio de luz no ponto, em graus.

𝑑𝐿𝑘𝑃 a distância entre a luminária 𝐿𝑘 e o ponto 𝑃 localizado no centro


da base retangular do semicilindro.

𝛼𝑘 é o ângulo, em graus, entre o plano vertical contendo o caminho


da luz incidente e o plano vertical formando ângulos retos com a
superfície plana do semicilindro, como mostrado na Figura 12.

NOTA: É recomendado não incluir os fatores de sobrevivência da lâmpada no fator


de manutenção geral em iluminação de vias, se todas as lâmpadas em falha serão
substituídas localmente.

Figura 12 – Ângulos usados no cálculo da iluminância semicilíndrica

Principal

1 luminária 𝑘;

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 31/95


ABNT/CB-03
PROJETO DE REVISÃO ABNT NBR 5101
AGO 2019

2 plano vertical que forma um ângulo reto com a superfície plana


do semicilindro;

3 ponto de cálculo;

4 superfície plana do semicilindro.

Iluminância vertical em um ponto

Pontos de cálculo devem ser localizados em um plano a 1,5 m acima da superfície


da área relevante.

A iluminância vertical varia com a direção de interesse. O plano de iluminação


vertical na Figura 13 deve ser orientado de forma a fazer ângulos retos com as
principais direções de movimentação dos pedestres, que são, usualmente, para
cima e para baixo da via.

A iluminância vertical em um ponto deve ser calculada a partir da seguinte fórmula,


ou de uma fórmula matemática equivalente a:

𝑛𝐿𝑈
𝐼𝑘 (𝐶, 𝛾). 𝑓𝑀 . sin εk . 1 + cos αk
𝐸𝑣 = ∑ 2 , (#32)
𝑑𝐿𝑘𝑃
𝑘=1

sendo

𝐸𝑣 a iluminância vertical no ponto, em lux;

𝑘 o índice da atual luminária sendo considerada no somatório;

𝑛𝐿𝑈 o número de luminárias envolvidas nos cálculos;

𝐼𝑘 (𝐶, 𝛾) a intensidade luminosa em candela da k-ésima luminária a

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 32/95


ABNT/CB-03
PROJETO DE REVISÃO ABNT NBR 5101
AGO 2019

respeito da qual está sendo calculado 𝐶 e 𝛾, em candela, como


indicado na Figura 6.4;

𝑓𝑀 o fator de manutenção geral, produto entre o fator de manutenção


de lúmens da fonte de luz e o fator de manutenção da luminária;

𝜀𝑘 é o ângulo de incidência do raio de luz no ponto, em graus.

𝑑𝐿𝑘𝑃 a distância entre a luminária 𝐿𝑘 e o ponto 𝑃 localizado no centro


da base retangular do retângulo no plano vertical de iluminação,
em metros.

NOTA: É recomendado não incluir os fatores de sobrevivência da lâmpada no fator


de manutenção geral em iluminação de vias, se todas as lâmpadas em falha serão
substituídas localmente.

Figura 13 – Ângulos usados no cálculo da iluminância vertical

Principais

1 plano vertical formando ângulo reto com o plano de iluminação

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 33/95


ABNT/CB-03
PROJETO DE REVISÃO ABNT NBR 5101
AGO 2019

vertical;

2 luminária;

3 ponto de cálculo;

4 plano de iluminação vertical.

Cálculo das características de qualidade

Geral

Qualidade das características relacionadas à luminância ou iluminância deve ser


obtidas através das malhas calculadas de luminância ou iluminância sem uma
próxima interpolação. Se os pontos de malha não coincidirem com o centro das
faixas, para o cálculo da uniformidade longitudinal da luminância deve ser
necessário calcular a luminância dos pontos no centro das linhas de cada faixa e a
faixa de emergência, se presente, em concordância com item 8.4.

Para a iluminância média inicial ou luminância média inicial, 𝐟𝐌 é 1,0 e os valores


iniciais do fluxo luminoso devem ser obtidos. Para luminância média ou iluminância
média após um período indicado, o 𝐟𝐌 para luminárias após o período indicado em
condições ambientais das instalações devem ser obtidos juntos com o fluxo
luminoso após o período indicado.

Luminância Média

A luminância média deve ser calculada como a média aritmética das luminâncias
nos pontos de malha no campo de cálculo.

O valor calculado deve ser mostrado com duas casas decimais.

Uniformidade geral

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 34/95


ABNT/CB-03
PROJETO DE REVISÃO ABNT NBR 5101
AGO 2019

A uniformidade geral deve ser calculada como a razão da menor luminância,


ocorridas em qualquer ponto da malha no campo de cálculo, com a luminância
média.

O valor calculado deve ser mostrado com duas casas decimais.

Uniformidade longitudinal

A uniformidade longitudinal deve ser calculada como a razão da menor para a


maior luminância dos pontos na direção longitudinal juntamente com cada linha
central de cada faixa da malha usada para o cálculo de luminância média, (ver
Figura 9). O observador deve estar posicionado no centro de cada faixa por em
cada vez. O valor de operação é o mínimo de uniformidade longitudinal de todas as
faixas.

O valor calculado deve ser mostrado com duas casas decimais.

Incremento de limiar

5.3.5.1 Definição e hipótese convencional

O incremento limite é calculado pela fórmula ou fórmula matemática equivalente:

𝐿𝑉
𝑓𝑇𝐼 = 65 %
(𝐿̅𝑖 )0,8

Na formula [35], valida para: 0,05 𝑐𝑑 ∙ 𝑚−2 < 𝐿̅𝑖 < 5 𝑐𝑑 ∙ 𝑚−2 , 𝐿𝑣 é calculado da
seguinte maneira.

𝑛𝐿𝑢

𝐿𝑣 = ∑ 𝐿𝑣𝑘
𝑘=1

Quando a contribuição da luminária flutuante, 𝐿𝑣𝑘 é:

Ou:

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 35/95


ABNT/CB-03
PROJETO DE REVISÃO ABNT NBR 5101
AGO 2019

𝐴𝑦 4 𝐸𝑘
𝐿𝑣𝑘 = 9,86 ∙ [1 + ( ) ] quando: 1,5° < 𝜃𝑘 < 60°
66,4 𝜃𝑘2

Ou:

10 5 𝐴𝑦 4
𝐿𝑣𝑘 = 𝐸𝑘 ∙ ( + [ ] ∙ [1 + ( ) ]) quando: 0,1° < 𝜃𝑘 < 1,5°
𝜃𝑘3 𝜃𝑘2 66,4

NOTA 1 Formula [38] foi elaborada da coleção CIE sobre luz: CIE
146:2002 Formula [6] com um fator de pigmentação da íris nulo mas com um campo
de visão limitado na faixa de 0,1° a 1,5°. Essa formula é introduzida apenas como um
complemento a Formula convencional [37] de maneira a conseguir lidar com casos
raros em que a luminária fica muito próxima ao campo de vista do observador, o que
não foi tratado na EN 13201-3:2003 anterior.

Nessas formulas:

𝐿̅𝑖 é a luminância inicial média da via (𝑐𝑑 ∙ 𝑚 −2 );

𝐿𝑣 é a luminância inicial equivalente de velamento (𝑐𝑑 ∙ 𝑚−2 );

𝑘 é o índice da luminária flutuante no somatório;

𝑛𝐿𝑢 é o número de luminárias envolvidas no cálculo;

𝐸𝑘 é a luminância inicial (em lux) produzida pelo k-ésima luminária em seu


novo estado em um plano normal ao campo de visão e na altura do olho do
observador;

𝜃𝑘 é o ângulo entre o campo de visão e o centro da k-ésima luminária,


em graus;

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 36/95


ABNT/CB-03
PROJETO DE REVISÃO ABNT NBR 5101
AGO 2019

𝐴𝑦 é a idade do observador, em anos;

Convencionalmente para design instalações de iluminação pública os seguintes


valores são adotados:

− 𝐴𝑦 = 23 𝑦;
− O campo de visão é 1° abaixo da horizontal e em um plano vertical na direção
longitudinal passando através do olho do observador;
− O olho do observador está posicionado na altura 1,5m acima do nível da via e na
linha central de cada linha faixa de cada vez, como indicado na Figura 10;
− A distância longitudinal inicial do observador antes da primeira luminária 𝐿1 diante
do campo de cálculo é dado pela Formula [39]:
𝑋𝑑
= 2,75 ∙ |ℎ − 1,5| [39]
Onde
H é a altura de montagem da luminária, em m;
1,5 [m] é a valor predefinido da altura do olho do observador em relação a
superfície da via;
NOTA 2 Ver a Figura 15 para um exemplo de instalação com uma fileira de
luminárias.
Consequentemente, na avaliação de 𝐿𝑣𝑘 na Formula [37] ou Formula [38], apenas as
luminárias embaixo do plano de avaliação que é inclinado em 20° na horizontal, e que
passa pelos olhos do observador deve ser incluído nos cálculos.
NOTA 3 Em casos de plano de avaliação acima da horizontal não é
aplicável, é aconselhado a levar em consideração contribuições de todas as
luminárias da instalação da via feita no campo de vista do observador para ângulos
entre a linha de vista e a direção da luz incidente até 60°.
A avaliação do 𝜃𝑘 na Formula [37] ou Formula [38] pode ser obtida usando o produto
escalar na Formula [40].
assim:
𝜃𝑘
(𝑥𝐿𝑘 − 𝑥𝑂𝑏𝑠 )𝑐𝑜𝑠 𝛼 + (𝑧𝐿𝑘 − 𝑧𝑂𝑏𝑠 ) sin 𝛼
= 𝑎𝑟𝑐𝑐𝑜𝑠 [ ] [40]
√(𝑥𝐿𝑘 − 𝑥𝑂𝑏𝑠 )2 + (𝑦𝐿𝑘 − 𝑦𝑂𝑏𝑠 )2 + (𝑧𝐿𝑘 − 𝑧𝑂𝑏𝑠 )2

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 37/95


ABNT/CB-03
PROJETO DE REVISÃO ABNT NBR 5101
AGO 2019

onde
𝑥𝐿𝑘 , 𝑦𝐿𝑘 𝑒 𝑧𝐿𝑘 são as coordenadas da k-ésima luminária;
𝑥𝑂𝑏𝑠 , 𝑦𝑂𝑏𝑠 𝑒 𝑧𝑂𝑏𝑠 são as coordenadas dos olhos do observador;
𝛼 = −1° é o ângulo fixo da linha de vista do observado embaixo da
horizontal.

Principal
1 Beira da pista
2 Linha central de uma faixa
3 Linha focal de luminárias: luminária incluída em cálculo luminária não incluída em
cálculo
4 Campo de cálculo
5 Linha de visão do observador
𝑛⃗ É um vetor unitário no olho do observador orientado no percurso da paralela da via até o
eixo da pista e inclinado um grau abaixo da horizontal;
Obs É o ponto de observação, no olho do observador;
L1 É a primeira luminária da fileira próxima do campo de cálculo que deve ser incluída no
cálculo.
Figura 15 – Número de luminárias em frente do campo de cálculo

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 38/95


ABNT/CB-03
PROJETO DE REVISÃO ABNT NBR 5101
AGO 2019

5.3.5.2 Processo de cálculo do incremento limite

O somatório é feito da primeira luminária dentro do diedro de visão do observador no


plano de avaliação ou abaixo por 20° (ver Figura 15) e as luminárias à frente, até
uma distância de 500m em cada fileira de luminárias ou para a instalação inteira se
o comprimento for menor do que 500m. A distância deve ser considerada a partir da
posição do observador.

O cálculo é iniciado com o observador na posição inicial 𝑥𝑑 avaliado pela Formula


[40], e repetir com o observador movendo para frente em incrementos que são os
mesmos em números e distância que aqueles utilizados para os pontos de
luminância do espaço longitudinal. O procedimento é repetido com o observador
posicionado no centro da linha de cada faixa utilizando a média inicial de luminância
da via apropriada para a posição transversal do observador.

Se a instalação de iluminação da via tem mais de uma fileira de luminárias, o


processo deve ser repetido para cada posição inicial do observador em cada eixo da
faixa e o valor máximo de 𝑓𝑇𝐼 é retido.

O valor máximo de 𝑓𝑇𝐼 obtido é o valor de operação. Esse valor calculado deve ser
mostrado em % sem casas decimais.

8.5.2 Cálculo do incremento limite para classe de iluminação C e P

O principal requerimento de desempenho das classes C e P é a iluminância média


horizontal e normalmente luminância não é calculada.

Na hipótese convencional de instalações de iluminação de vias, cálculos são feitos


assumindo o uso de luminárias idênticas com as fontes de luz idênticas de mesmo
fluxo, mesma regulagem [e por consequência mesma distribuição de luz] igualmente
espaçadas em uma seção reta da via. Esses critérios não são completamente
atendidos para a classe C. Consequentemente para a classe de iluminação P as
propriedades fotométricas da superfície da via normalmente não são definidas e as

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 39/95


ABNT/CB-03
PROJETO DE REVISÃO ABNT NBR 5101
AGO 2019

condições dos pedestres observadores diferem daqueles que pertencem a


motoristas de veículos motorizados.

Enquanto a avaliação do 𝑓𝑇𝐼 não é estritamente realista. Se baseada apenas na


característica fotométrica da luminária, um método de calculo especificado
claramente é considerado preferencial para a classificação simples G* baseada na
intensidade luminosa de apenas uma luminária.

Para a classe de iluminação C e P, a avaliação de brilho incapacitante, 𝑓𝑇𝐼 seguindo


o algoritmo descrito nas seções 8.5.1 e 8.5.2, requer o cálculo de luminância média
inicial da via, 𝐿̅𝑖 em adição a iluminância horizontal media inicial ̅̅̅̅
𝐸ℎ𝑖 .

Para a classe de iluminação C o dado que falta para avaliar 𝐿̅𝑖 é a tabela-r da
superfície da via. Considerando que os principais usuários são motoristas, é
aceitável usar a tabela-r daquelas já disponíveis para as classes M quando o design
de iluminação é baseado na avaliação de luminância. Portanto, considerando uma
seção considerável da via com um espaçamento médio, a avaliação do 𝑓𝑇𝐼 é
possível aplicando as Formulas [35] até [40].

Para a classe de iluminação P, deve ser notado que as condições de observação do


pedestre pode notavelmente diferir das condições dos motoristas de veículos
motorizados.

Quando a superfície iluminada não é vista em ângulos baixos (como em condições


de tráfego motorizado onde  = -1°) é possível utilizar a lei de Lambert para avaliar a
luminância média de uma superfície dispersa assumida cujo fator de reflexão
necessita ser avaliada e declarada como uma hipótese de cálculo.

Nesse último caso, a seguinte formula deve ser utilizada:

̅̅̅̅
𝜌𝐸 ℎ𝑖
𝐿̅𝑖 =
𝜋

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 40/95


ABNT/CB-03
PROJETO DE REVISÃO ABNT NBR 5101
AGO 2019

onde

𝐿̅𝑖 é a luminância horizontal média inicial da superfície iluminada;

̅̅̅̅
𝐸ℎ𝑖 é a iluminância horizontal média inicial da superfície iluminada;

𝜌 é o fator de reflexão dispersa média da superfície iluminada. Se os


dados medidos não estão disponíveis,  = 0,2 é usado com valor predefinido.

A luminância de velamento equivalente inicial 𝐿𝑣 deve ser avaliada de acordo com o


processo de calculo descrito em 8.5.2, considerando todas as luminárias da
instalação no diedro de vista do observador até 500m, no máximo, ou o numero real
de luminárias da instalação dentro de 500m.

Relação de Iluminância da borda (REI)

A razão de iluminância na extremidade é o mínimo da avaliação de cada lada da


pista da razão da iluminância horizontal média na faixa longitudinal adjacente até a
extremidade da pista, dividido pela iluminância horizontal média na faixa longitudinal
correspondente situada na pista. A largura de todas as quatro faixas devem ser
iguais, e igual à largura da faixa da pista ou igual à largura da faixa da pista se
menor. Para pista dupla, ambas as pistas juntas devem ser como uma pista a não
ser que estejam separadas por mais de 10m.

A iluminância horizontal deve ser calculada pelo procedimento especificado em


7.2.2. O campo de cálculo deve ser indicado por 7.2.7. O número de luminárias
consideradas deve ser o mesmo assim como indicado em 7.2.9. A posição dos
pontos de cálculo em cada faixa deve ser indicada em 7.1.3 e Figura 9.

Figura 16 mostra exemplos das localizações das faixas e a localização para o


cálculo da razão de iluminância de extremidade. Para essa figura, as seguintes
fórmulas se aplicam:

𝑅𝐸𝐼 12 para as faixas 1 e 2:

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 41/95


ABNT/CB-03
PROJETO DE REVISÃO ABNT NBR 5101
AGO 2019

𝐸̅ℎ,𝑓𝑎𝑖𝑥𝑎 1
𝑅𝐸𝐼 12 =
𝐸̅ℎ,𝑓𝑎𝑖𝑥𝑎 2

𝑅𝐸𝐼 43 para as faixas 3 e 4:

𝐸̅ℎ,𝑓𝑎𝑖𝑥𝑎 4
𝑅𝐸𝐼 43 =
𝐸̅ℎ,𝑓𝑎𝑖𝑥𝑎 3

De qual o 𝑅𝐸𝐼 operativo é definido:

𝑅𝐸𝐼 = min(𝑅𝐸𝐼 12 ; 𝑅𝐸𝐼 43 )

O valor calculado deve mostrado da seguinte com duas casas decimais.

a) Caso de pista de 2 faixas

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 42/95


ABNT/CB-03
PROJETO DE REVISÃO ABNT NBR 5101
AGO 2019

b) Caso de pista com 3 faixas


Principal
1 faixa 1
2 faixa 2
3 faixa 3
4 faixa 4
5 luminária
6 extremidade da pista
𝑊𝑆 largura das faixas = largura de uma faixa

Figura 16 – Localização e largura das faixas para cálculo da razão de


iluminância na extremidade 𝑹𝑬𝑰

Fatores de manutenção

A manutenção contínua das instalações de iluminação é essencial, pois garante


que o desempenho de um sistema permaneça dentro dos limites do projeto e
promova a segurança e o uso eficiente de energia. Na fase de projeto, isso é
levado em consideração pelo uso do fator de manutenção. O fator de manutenção
combina vários fatores diferentes, como o comportamento assumido do produto,
instalação, os parâmetros ambientais e os cronogramas de manutenção e limpeza.
O fator de manutenção, fm, deve ser empregado em projetos de iluminação para
garantir que os requisitos-alvo sejam atendidos durante toda a vida útil da
instalação, quando a instalação for mantida de acordo com o cronograma de
manutenção definido. O cliente precisa ser consultado para gerar os parâmetros de

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 43/95


ABNT/CB-03
PROJETO DE REVISÃO ABNT NBR 5101
AGO 2019

entrada necessários.

5.3.7.1 Determinação do fator de manutenção

O fator de manutenção fm é determinado usando a fórmula (1).

fm = fLF . fS . fLM . fSM (1)

onde

fFL

é o fator de fluxo luminoso ;

fS

é o fator de sobrevivência ;

fML

é o fator de manutenção da luminária;

fMS

é o fator de manutenção da superfície.

- Fator de fluxo luminoso

O fator de fluxo luminoso, fFL, expressa a depreciação do fluxo luminoso ao longo


do tempo devido ao envelhecimento da fonte de luz ou luminária durante a
operação regular (isso exclui fatores externos). Isto é definido como a razão entre o
fluxo luminoso depreciado e o fluxo luminoso inicial.

Para luminárias com uma fonte de luz integrada, o fator de fluxo luminoso, fFL, deve
ser determinado para a luminária. Para luminárias com uma fonte de luz não
integrada, o fator de fluxo luminoso, fFL, deve ser determinado para a fonte de luz
(isto é, lâmpada).

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 44/95


ABNT/CB-03
PROJETO DE REVISÃO ABNT NBR 5101
AGO 2019

O fator de fluxo luminoso, fLF, determinado no nível da luminária refletirá melhor a


realidade, pois inclui todos os componentes e condições operacionais. Portanto,
este é o método padrão para todos os tipos de luminárias. No entanto, para
luminárias com fontes de luz não integradas, muitas vezes não é possível
determinar isso para a luminária completa, pois os dados estão disponíveis apenas
para a fonte de luz e, portanto, o fator de fluxo luminoso, f FL, no nível da fonte de
luz é aceito para luminárias com fontes de luz não integradas.

Para luminárias baseadas em LED, o fator de fluxo luminoso, f FL, deve ser
determinado com base no intervalo de substituição da fonte de luz ou da luminária
e deve ser fornecido pelo fabricante.

O intervalo de substituição pode corresponder à vida útil mediana, Lx. Nesse caso,
o fator de fluxo luminoso, fFL, é igual a x / 100.

EXEMPLO:

L80 = 50.000 horas, traduz-se em 80% do fluxo luminoso restante a 50.000 h. Se a


luminária ou fonte de luz também estiver prevista para ser substituída às 50.000 h,
isso resultaria em um fator de fluxo luminoso fFL = 0,80.

Em alguns casos, os valores de depreciação não são declarados individualmente,


mas podem ser obtidos a partir dos valores da vida útil que serão apresentados
como a vida útil mediana, Lx, ou a vida útil 'LxBy'. Nos dois casos, apenas o valor x
do valor Lx é relevante para a determinação do fator de fluxo luminoso, o elemento
By de 'LxBy' não é levado em consideração no fFL e, consequentemente, na
determinação do fm (por exemplo, o fator de fluxo luminoso fFL = 0,80 após 50.000 h
para as especificações L80 B50 = 50 000 e L80 B10 = 50.000 h).

Em alguns casos, os valores de depreciação serão apresentados como valores


"LxFy". O 'LxFy' é uma indicação (não mais em uso) da vida útil, não apenas
levando em consideração a depreciação, mas levando em consideração vários
parâmetros do fator de manutenção (ou seja, depreciação do fluxo luminoso e fator
de sobrevivência). Como tal, este valor não é apropriado para a determinação do

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 45/95


ABNT/CB-03
PROJETO DE REVISÃO ABNT NBR 5101
AGO 2019

fator de manutenção, pois não permite a separação do fator de fluxo luminoso, fFL,
e do fator de sobrevivência, fS.

Para fontes de luz, como lâmpadas halôgenas, lâmpadas de sódio de alta pressão,
lâmpadas de iodetos metálicos ou lâmpadas fluorescentes, a depreciação do fluxo
luminoso é frequentemente fornecida como uma característica separada por
determinadas vidas úteis.

EXEMPLO:

Se o período de manutenção planejada for de 16.000 h e o fator de manutenção do


fluxo luminoso da lâmpada nominal fLLM fornecido pelo fabricante às 16.000 h for
0,90, o fator de fluxo luminoso fFL será de 0,90.

- Fator de sobrevivência

O fator de sobrevivência, fS, expressa a probabilidade da fonte de luz e/ou


luminária continuar operando em um determinado momento. Esse fator deve ser
baseado no tipo de regime de substituição. Na prática, o regime de substituição
pontual é o regime padrão para garantir a segurança, no entanto, isso precisa ser
validado para cada projeto. Se o fator de sobrevivência, f S, for baseado nas
especificações da fonte de luz ou da luminária, os parâmetros de entrada utilizados
para a determinação do fator de sobrevivência devem corresponder aos
parâmetros de entrada usados para determinar o fator de fluxo luminoso, fFL (por
exemplo, se foi utilizado um número específico de horas de queima para
determinar o fator de fluxo luminoso, fFL; o mesmo número de horas de queima
deve ser usado para o fator de sobrevivência, fS).

- Regime de substituição de pontos

O regime de substituição pontual pressupõe que, quando as luminárias ou fontes


de luz falham, elas são imediatamente substituídas por uma luminária ou fonte de
luz com características semelhantes. Nesse caso, o fator de sobrevivência
correspondente, fS = 1,00.

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 46/95


ABNT/CB-03
PROJETO DE REVISÃO ABNT NBR 5101
AGO 2019

- Regime de substituição de grupo

Para o regime de substituição do grupo, a falha de todos os componentes que


afetam diretamente a capacidade da luminária de fornecer luz deve ser levada em
consideração, com exceção das falhas de componentes já contabilizados no fator
de fluxo luminoso, fFL (por exemplo, falha de LEDs únicos como parte da
depreciação regular do fluxo luminoso). O fator de sobrevivência, f S, deve ser
determinado para o componente (relevante) com o menor intervalo de substituição.
Se vários componentes tiverem o mesmo intervalo de substituição, o fator de
sobrevivência, fS, será determinado com base no componente com a menor
probabilidade de sobrevivência.

O fator de sobrevivência, fS, é calculado de acordo com a Fórmula (2).

fS = pS (2)

onde

fs

é o fator de sobrevivência;

ps

é a probabilidade de sobrevivência do componente relevante.

Quando uma probabilidade de falha é fornecida em vez da probabilidade de


sobrevivência (por exemplo, o valor de falha abrupta para produtos baseados em
LED ou porcentagem de falhas), a probabilidade de sobrevivência é calculada de
acordo com a Fórmula (3).

pS = 1,00 −pf (3)

onde

ps

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 47/95


ABNT/CB-03
PROJETO DE REVISÃO ABNT NBR 5101
AGO 2019

é a probabilidade de sobrevivência;

pf

é a probabilidade de falha.

Caso a probabilidade de falha seja dada em porcentagens, p f deve ser calculado


dividindo a porcentagem de probabilidade de falha por 100.

Se a probabilidade de sobrevivência do reator e a fonte de luz forem fornecidas


separadamente, ambas serão levadas em consideração usando as regras acima
(por exemplo, se o reator tiver um intervalo de substituição mais curto que a fonte
de luz, a probabilidade de sobrevivência do reator será usada como o fator
sobrevivência, fS).

Se a probabilidade de sobrevivência for apresentada como uma probabilidade


única para a luminária completa (sem especificar probabilidades de sobrevivência
individuais), essa probabilidade de sobrevivência será usada para determinar o
fator de sobrevivência, fS.

Em geral, o fator de sobrevivência não compensa a perda de luz de uma única


luminária.

- Fator de manutenção da luminária

O fator de manutenção da luminária, fLM , expressa a saída relativa da luminária


devido à sujeira depositada em fontes de luz, componentes ópticos ou outros
componentes que influenciam a saída da luminária.

O fator de manutenção da luminária, fLM, para luminárias externas deve ser


baseado na combinação do design da luminária (classificada de acordo com a
classificação IP) e a categoria de poluição ambiental e o intervalo de limpeza.

A tabela X apresenta exemplos de fatores de manutenção de luminárias, fML, com


base no intervalo de limpeza, classificação de projetos de luminárias e categoria de

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 48/95


ABNT/CB-03
PROJETO DE REVISÃO ABNT NBR 5101
AGO 2019

poluição ambiental.

Para dados precisos, consulte sempre o fabricante.

- Fator de manutenção de superfície

A depreciação da reflexão da superfície deve ser levada em consideração através


do fator de manutenção da superfície, fMS. Para aplicações internas, isso se refere
a todas as superfícies refletivas relevantes, como paredes e tetos, enquanto que
para áreas externas isso se refere apenas a aplicações de túneis e passagens
subterrâneas (não incluídas neste documento). Para iluminação externa, com
exceção de túneis e passagens inferiores, o fator de manutenção da superfície, fMS,
é definido como 1,00.

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 49/95


ABNT/CB-03
PROJETO DE REVISÃO ABNT NBR 5101
AGO 2019

PROJETO E VERIFICAÇÃO

Malha de iluminância detalhada para projeto e verificação

Deve ser usada para projetos e cálculos (superfície de cálculo) ou medições e


verificações de iluminância da áreas de trânsito de veículos, em procedimentos que
exijam esse detalhamento. Os pontos da malha para cálculo e/ou verificação (linha e
colunas de pontos marcados com um X na Figura 1) são definidos pelo conjunto das
linhas longitudinais e colunas transversais à faixa de rodagem, posicionados no nível
do piso, conforme apresentado abaixo e nos demais itens a seguir.

Figura 1 – Malha detalhada para áreas de trânsito de veículos

Legenda:

1 – Postes e luminárias;

2 – Largura da faixa de rodagem (L);

3 – Área relevante ou área de cálculo;

4 – Linha de centro da faixa de rodagem;

S - espaçamento entre os postes;

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 50/95


ABNT/CB-03
PROJETO DE REVISÃO ABNT NBR 5101
AGO 2019

x – pontos para cálculo/verificação dos valores de iluminância.

Cálculo do número de pontos para a faixa de rodagem

Cálculo da quantidade de pontos no eixo longitudinal (linha de


pontos) à faixa de rodagem – N

Para se calcular o número de pontos no eixo longitudinal (linha de pontos)


à faixa de rodagem – referenciado pela letra N, devem ser utilizadas as
seguintes regras:

- se o espaçamento entre postes S for menor ou igual a 30 metros,


então devem ser considerados N = 10 pontos;

- e para espaçamento S superiores a 30 m, o valor da quantidade de


pontos no eixo longitudinal – N - deverá ser igual ao menor valor inteiro
que produza uma distância entre pontos longitudinais sempre 𝐷 ≤ 3 𝑚.

Para cálculo da distância entre os pontos de medição no eixo


longitudinal (em metros) D, deverá ser considerada a seguinte
equação:

𝑆
𝐷=
𝑁

Para cálculo da distância entre o primeiro ponto de medição no eixo


longitudinal e o poste adjacente (em metros) – D1 - deverá ser
considerada a seguinte equação:

𝐷
𝐷1 =
2

Cálculo da distância entre pontos no eixo transversal (coluna de


pontos) à faixa de rodagem - d

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 51/95


ABNT/CB-03
PROJETO DE REVISÃO ABNT NBR 5101
AGO 2019

O número de pontos no eixo transversal (coluna de pontos) à faixa de


rodagem será sempre igual a 3. Para cálculo do espaçamento entre esses
pontos, deverá se considerada a seguinte equação (para cada faixa):

𝐿
𝑑=
3

- sendo L igual a largura da faixa, em metros;

O ponto central estará sempre na linha de centro da faixa de rodagem, ou


seja, a uma distância igual a L / 2 em relação às extremidades da faixa de
trânsito.

Os pontos extremos (inferior e superior) de cada coluna de pontos, dentro


de uma mesma faixa de trânsito estão afastados de uma distância igual d /
2 em relação às extremidades da faixa de trânsito.

Cálculo do número de pontos para a Calçada

Conforme apresentado na Figura 2 a seguir, os pontos para projetos e cálculos


(superfície de cálculo) ou medições e verificações de iluminância da áreas os
pontos da malha para cálculo e/ou verificação (linha e colunas de pontos) para
esse tipo de área serão definidos pelo conjunto das linhas longitudinais e
colunas transversais à calçada e posicionados no nível do piso.

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 52/95


ABNT/CB-03
PROJETO DE REVISÃO ABNT NBR 5101
AGO 2019

Figura 2 – Malha detalhada para Calçadas

Legenda:

1 – Postes e luminárias;

2 – Largura da calçada (lC);

3 – Área relevante ou área de cálculo;

S - espaçamento entre os postes;

x – pontos para cálculo/verificação dos valores de iluminância.

Cálculo da quantidade de pontos no eixo transversal (coluna de


pontos) à calçada – c

Para se calcular o número de pontos no eixo transversal à calçada (coluna


de pontos) – referenciado pela letra c, devem ser utilizadas as seguintes
regras:

- se a largura da calçada – lC - for igual ou inferior a 4,5 metros, então


deverão ser considerados três pontos;
- se a largura da calçada – lC – for superior a 4,5 metros, então o valor
da quantidade pontos no eixo transversal da calçada – referenciada

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 53/95


ABNT/CB-03
PROJETO DE REVISÃO ABNT NBR 5101
AGO 2019

pela letra c - deverá ser igual ao menor valor inteiro que produza uma
distância entres os pontos transversais sempre 𝑑 ≤ 1,5 𝑚.

Para cálculo do espaçamento – d - entre os pontos de medição no eixo


transversal deverá se considerada a seguinte equação:

𝑙𝐶
𝑑=
𝑐

Os pontos extremos (inferior e superior) de cada coluna de pontos, dentro


da área estarão afastados de uma distância igual d / 2 em relação às
extremidades da Calçada.

Cálculo da quantidade de pontos no eixo longitudinal à calçada - C

Para se calcular o número de pontos no eixo longitudinal à calçada –


referenciado pela letra C, devem ser utilizadas as mesmas regras utilizadas
para a pista de rodagem e descritas no item 7.1.1.1.

Cálculo do número de pontos para praças e demais áreas


abertas

Antes de se calcular o número de pontos para uma malha para cálculo e/ou
verificação (linha e colunas de pontos) para uma praça e demais áreas abertas,
deverá ser determinada uma superfície de cálculo.

Em uma praça, na maioria dos casos, a área de medição ou superfície de cálculo


será coincidente com a área utilizada pelos pedestres para sua locomoção
excluindo-se as áreas destinadas apenas para gramados/paisagismo, onde o
pedestre não tenha acesso ou necessidade de acessar. Ou seja, a iluminância
média a ser obtida deverá ser verificada na área destinada aos pedestres, e não
em toda a praça. A excessão a essa regra se dá quando a praça não possui área

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 54/95


ABNT/CB-03
PROJETO DE REVISÃO ABNT NBR 5101
AGO 2019

específica destinada a pedestres. Nesse caso a área de medição ou superfície de


cálculo será coincidente com toda a área da praça.

Após a determinação da área de medição ou superfície de cálculo deverá ser


calculado o número de pontos transversais à malha de medição seguindo o
mesmo procedimento apresentado no item 7.1.2 desta Norma.

Para se calcular o número de pontos no eixo longitudinal à superfície de cálculo


devem ser utilizadas as mesmas regras utilizadas para a pista de rodagem e
descritas no item 7.1.1.1.

Cabe destacar que, uma vez que para iluminação de praças e grandes áreas nem
sempre existe uma distribuição uniforme da posteação, a área de medição ou
superfície de cálculo não deverá necessariamente estar contida entre dois ou
mais postes.

Equações para cálculos dos parâmetros fotométricos

Para cálculo da iluminância média Emed utilizar a seguinte expressão:

Somatória das iluminâncias dos pontos de malha


Emed =
Quantidade de pontos

Para cálculo do fator de Uniformidade U utilizar a seguinte expressão:


𝑒𝑚𝑖𝑛
𝑈=
𝐸𝑚𝑒𝑑

Sendo emin o menor valor de iluminância encontrado nos pontos da grelha.

Malha de luminância detalhada para projeto e verificação

A malha de pontos a ser utilizada é a mesma para iluminância e luminância. A


diferença básica está na definição de luminárias consecutivas: para luminância o
campo de cálculo deve incluir duas luminárias na mesma linha (veja Figura 3).
Quando há mais de uma fileira de luminárias e o espaçamento das luminárias
difere entre as fileiras, o campo de cálculo deve ficar entre duas luminárias na
fileira com o maior espaçamento.

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 55/95


ABNT/CB-03
PROJETO DE REVISÃO ABNT NBR 5101
AGO 2019

Ou seja, a área de cálculo deve estar contida entre duas luminárias posicionalda
no mesmo lado, sendo que a primeria luminária deverá estar localizada a um
espaçamento de 60 metros à frente do observador.

Posição do observador (instrumento de medição)

O observador/instrumento de medição, deve estar posicionado no centro de


cada pista, a uma altura de 1,5 metros acima do nível da mesma.

A Figura 3 a seguir apresenta as informações necessária para cálculo da


iluminância.

Figura 3 – Informações necessárias para cálculo da luminância

Legenda:

1 – Limites da área relevante;

2 – Área relevante ou área de cálculo;

3 – Largura da área relevante;

4 – Última luminária na área relevante;

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 56/95


ABNT/CB-03
PROJETO DE REVISÃO ABNT NBR 5101
AGO 2019

5 – Primeira luminária na área relevante;

6 – Posição do observador/medidor – 1,5 metros do nível da pista;

7 – Direção de observação;

Posição dos pontos de cálculo

Os pontos de cálculo devem ser uniformemente espaçados dentro da área


relevante, conforme Figura 1. A primeira e última fileira transversal de pontos
de cálculo são espaçadas com a metade do espaçamento longitudinal entre os
pontos das fronteiras do campo de cálculo.

Posição do observador

Para o cálculo (e medição) da luminância, conforme apresentado na Figura 3,


considera-se que o olho do observador localiza-se a 1,5 m acima do nível da
pista e a 60 m antes da área relevante.

Na direção transversal, o observador deve ser posicionado no centro de cada


faixa de rodagem. A Luminância média, a Uniformidade geral das luminâncias
e o Incremento mínimo devem ser calculados para toda a pista (para cada
posição do observador). Já a Uniformidade longitudinal de luminâncias, deve
ser calculada para cada linha de centro. Os valores de operação da média da
luminância, uniformidade geral da luminância, e uniformidade longitudinal da
luminância devem ser os menores em cada caso; os valores de operação do
incremento mínimo devem ser os maiores valores.

A Figura 4 apresenta oito exemplos da posição do observador (marcada com


um X) em relação a área relevante (delimitada por um retangulo branco) em
função do tipo de posteação de uma via.

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 57/95


ABNT/CB-03
PROJETO DE REVISÃO ABNT NBR 5101
AGO 2019

Figura 4 – Exemplos de posições dos pontos de observação (X) em relação à


área relevante.

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 58/95


ABNT/CB-03
PROJETO DE REVISÃO ABNT NBR 5101
AGO 2019

Malha de iluminância vertical - EV detalhada para projeto e


verificação

Para projetos e verificação da iluminação em faixas de pedestres, por exemplo,


recomenda-se que o centro de elemento foto sensor do luxímetro esteja
posicionado a 1,0 metros do piso da via, com sua face fotossensível orientada
para o sentido do contrário ao trânsito de veículos (ou seja, normalmente
fazendo um ângulo reto com as principais direções de movimento dos
pedestres).

A grelha de pontos da malha de verificação para a faixa de pedestres deverá


ser composto por 9 pontos, posicionados a 1,0 metro do piso da via, por faixa
de rodagem. Os pontos destacados com o X na Figura 5 a seguir exemplificam
o de posicionamento desta malha.

Figura 5 – Exemplo de grelha de medição para cálculo da iluminância vertical em uma


faixa de pedestres

Legenda:

L – Largura da pista de rodagem;

2 – Via pública;

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 59/95


ABNT/CB-03
PROJETO DE REVISÃO ABNT NBR 5101
AGO 2019

3 – Faixa de pedestre;

X – pontos para cálculo/verificação dos valores de iluminância.

O Item 1 do Anexo A apresenta a metodologia a ser utilizada para


levantamento de iluminância em um projeto e no campo.

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 60/95


ABNT/CB-03
PROJETO DE REVISÃO ABNT NBR 5101
AGO 2019

CONSIDERAÇÕES COMPLEMENTARES

POLUIÇÃO LUMINOSA

Todos seres vivos ajustam seu comportamento de acordo com a luz natural. A
invenção da luz artificial pelo homem tem feito muito para salvaguardar e
melhorar o ambiente noturno de sua espécie, mas, se não for devidamente
controlada, a poluição luminosa pode causar efeitos negativos a saúde humana e
interferir nos ecossistemas.

Entende-se por poluição luminosa o brilho do céu noturno que resulta da reflexão
das radiações (visíveis e não visíveis), espalhadas por substâncias existentes na
atmosfera (moléculas de gás, aerosóis e particulados) na direção de observação.
Este fenômeno compreende dois componentes distintos, a saber:

(a) Halo luminoso celeste natural – Parcela do halo luminoso celeste atribuída à
radiação produzida pelos corpos celestes e aos processos luminescentes que
ocorrem nas camadas atmosféricas superiores da terra.

(b) Halo luminoso celeste artificial (produzido pelo homem) – Parcela do halo
luminoso celeste atribuída às fontes artificiais de radiação (por exemplo:
instalações de iluminação externa), incluindo a radiação emitida diretamente na
direção ascendente e a radiação refletida pela superfície da terra.

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 61/95


ABNT/CB-03
PROJETO DE REVISÃO ABNT NBR 5101
AGO 2019

Para reduzir a parcela de contribuição da iluminação pública na poluição


luminosa, algumas recomendações devem ser observadas como:

a) Utilize luminárias com controle eficiente da distribuição luminosa;


b) Especifique equipamentos de iluminação adequados ao objetivo a ser
iluminado;
c) Evite superdimensionar os níveis de iluminância nos projetos;
d) Ilumine apenas o espaço exato na quantidade necessária de luz para
as tarefas especificadas.

LUZ INTRUSA

A luz intrusa é a parcela de luz que incide além do limite da área a ser iluminada
ou adentra uma propriedade imediata.

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 62/95


ABNT/CB-03
PROJETO DE REVISÃO ABNT NBR 5101
AGO 2019

SÍTIOS ASTRONÔMICOS E A POLUIÇÃO LUMINOSA

Muitas variações para o LED branco já estão disponíveis no mercado de


iluminação externa. Quando os municípios estiverem na área de influência de
sítios astronômicos regulamentados ou outros observatórios destinados a
pesquisa, algumas sugestões adicionais emitidas pela IDA (International Dark-Sky
Association) podem ser implementadas para minimizar a interferência da poluição
luminosa nas atividades de pesquisa astronômica.

Essas sugestões em conjunto com as descritas em 8.1 ajudarão na seleção da


iluminação que além de promover a eficiência energética, ainda contribui para a
proteção, da vida selvagem e promove a preservação dos céus noturnos escuros.

a) Utilize LED´s de temperatura de cor “warm-white” (TCC ≤ 3000 K; relação


S/P ≤ 1.2) para minimizar emissão de luz azul;
b) Utilize sistemas com controles de luz adaptáveis como dimmers, sensores
de movimento para reduzir os níveis de iluminância nos horários de baixa
movimentação das vias públicas;
c) Utilize sistemas de temporização para desligar a iluminação decorativa de
fachadas e monumentos durante períodos da noite, desde que não haja
comprometimento da segurança ou integridade da instalação;
d) Mantenha o ângulo de instalação das luminárias para vias públicas não
superior a 50;
e) Procure, sempre que possível, instalar a posteação de tal modo que as
luminárias fiquem do lado oposto ao sentido em que se encontra o sítio
astronômico ou observatório;
f) Promova e recomende o incremento da arborização urbana como forma
natural de conter a dispersão de luz no ambiente. Esta arborização deve
ser compatibilizada com as recomendações existentes para correta
convivência com as redes de distribuição de energia, todas as

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 63/95


ABNT/CB-03
PROJETO DE REVISÃO ABNT NBR 5101
AGO 2019

concessionárias de energia disponibilizam gratuitamente manuais de


arborização urbana;
g) Promova campanhas de esclarecimento e educacionais junto a população,
para que a as medidas sejam favorecidas, facilitadas e defendidas pela
comunidade.

NÍVEIS DE ILUMINÂNCIA

Os níveis de iluminância recomendados nesta Norma seguem padrões


internacionais e estão corretamente dimensionados para atender cada uma das
necessidades dos usuários das vias públicas. O uso de índices acima dos
previstos para as classes de via implicam em desvios que prejudicam o
planejamento da iluminação urbana, criam contrastes inadequados entre vias
adjacentes e comprometem a percepção dos moradores quanto a qualidade do
serviço prestado.

LUMINARIAS

As zonas mais críticas de distribuição de luz das luminárias para iluminação


pública, que requerem atenção para minimizar a poluição luminosa estão entre os
ângulos de 900 e 1000, denominadas como “upward light zone (UL)”. O ANEXO A
desta norma apresenta maiores detalhes para a classificação das luminárias.

DEMAIS EQUIPAMENTOS UTILIZADOS NA ILUMINAÇÃO


PÚBLICA

Os projetores e demais equipamentos de iluminação pública recomenda-se o uso


de dispositivos mecânicos como escudos e grelhas que limitem a dispersão de luz
para fora da área a ser iluminada ou que sejam utilizadas óticas “dupla
assimétrica” conforme apresentado nas figuras abaixo.

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 64/95


ABNT/CB-03
PROJETO DE REVISÃO ABNT NBR 5101
AGO 2019

INSTALAÇÕES E AJUSTES DOS EQUIPAMENTOS DE


ILUMINAÇÃO PÚBLICA

Tão importante quanto a seleção do equipamento de iluminação pública mais


adequado, é a correta instalação e ajuste.

Na iluminação pública de vias e passagem de pedestres recomendamos que os


ângulos de instalação das luminárias nos suportes e braços não excedam a 10
graus.

Para a iluminação pública de fachadas a concentração máxima dos feixes de luz


sobre a área iluminada é fundamental para a minimização da poluição luminosa.
Para a iluminação urbana decorativa recomendamos que o limite de luz
excedente da superfície a ser iluminada não seja superior a 5% da máxima
intensidade luminosa para superfícies regulares e 10% para objetos irregulares.

LIMITES RECOMENDADOS PARA TEMPERATURA DE COR

Fontes de luz que possuem comprimentos de onda mais curtos do espectro tem
efeitos importantes na flora e fauna que devem ser consideradas quando da
definição da instalação de iluminação pública.

A pesquisa indica que a luz do extremo azul do espectro tem importantes efeitos
não-visuais sobre a saúde do corpo humano, em particular nos padrões de

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 65/95


ABNT/CB-03
PROJETO DE REVISÃO ABNT NBR 5101
AGO 2019

sono/vigília. Por conseguinte, é importante e prudente considerar que o uso de luz


azul deve ser evitado dando-se preferência a temperaturas de cor ≤ 4000 kelvin.

Comprimentos de onda ≤ 3000 kelvin, são especialmente recomendados para


áreas de relevante importância ambiental como parques ecológicos, unidades de
conservação, estuários, etc. Sua utilização é recomendada especialmente para as
instalações existentes nas zonas de amortecimento destas unidades.

CONTROLE DA POLUIÇÃO LUMINOSA E LUZ INTRUSA

Os limites da luz intrusa para instalações de iluminação externa, de forma a


minimizar os problemas para as pessoas, flora e fauna, são apresentados na
Tabela 2 e para os usuários da via na Tabela 3.

Tabela 2 — Valores máximos de luz intrusa permitidos em instalações de iluminação externa

Intensidade luminosa da Luz para


Luz nas propriedades Luminância
luminária cima
Ev I Lb Ls
Zona ULR
lux kcd cd/m2 cd/m2
ambiental
Antes do Depois do Antes do Depois do Fachada
horário horário horário horário do Sinais
(a)
restritivo restritivo restritivo restritivo edifício
(b)
E1 2 0 2,5 0 0 0 50
E2 5 1 7,5 0,5 0,05 5 400
E3 10 2 10 1,0 0,15 10 800
E4 25 5 25 2,5 0,25 25 1000
a) No caso de não haver horários restritivos, os valores mais elevados não devem ser ultrapassados e os valores
menores devem ser tomados como os limites preferíveis.
b) Se a luminária for para iluminação pública (via), este valor pode ser de até 1 lux.

Onde:
E1) representa áreas intrinsecamente escuras, áreas naturais protegidas como
parques nacionais, sítios astronômicos, corredores de vida selvagem, etc;

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 66/95


ABNT/CB-03
PROJETO DE REVISÃO ABNT NBR 5101
AGO 2019

E2) representa as áreas distritais de baixa luminosidade, tais como áreas industriais
ou residenciais rurais;
E3) representa as áreas distritais de média luminosidade, tais como subúrbios
industriais ou residenciais;
E4) representa as áreas distritais de alta luminosidade, tais como centros de cidade
e áreas comerciais.
e
Ev) é o valor máximo de iluminância vertical em propriedades em lx;
I) é a intensidade da luz de cada fonte na potencial direção intrusa em kcd;
ULR) é a proporção do fluxo da(s) luminária(s) que é emitida acima da horizontal,
quando a(s) luminária(s) é (são) montada(s) na sua posição de instalação;
Lb) é a luminância média máxima da fachada de um edifício em cd/m2;
Ls) é a luminância média máxima de sinais em cd/m2.

Tabela 3 — Valores máximos do incremento limiar para instalações de iluminação fora


das vias
Classificação das vias a)
Parâmetro
Iluminação fora das
técnico de luz M5 M4 / M3 M2 / M1
vias
15% baseados na 15% baseados na 15% baseados na
15% baseados na
Incremento adaptação da adaptação da adaptação da
adaptação da
b) c) d)
Limiar (TI) luminância de 0,1 luminância de 2 luminância de 5
luminância de 1 cd/m2
cd/m2 cd/m2 cd/m2
a) Classificação de iluminação de vias conforme na CIE 115:1995.
b) TI - Classificação conforme na CIE 140:2000.
c) Os limites se aplicam onde os usuários dos sistemas de transporte estão sujeitos a uma redução na capacidade de
ver a informação essencial. Os valores apresentados são para as posições relevantes, e para ver as direções no
caminho da viagem.
d) A Tabela 5.2 do CIE 150:2003 dá valores correspondentes para o uso luminância veladora Lv.

Os planejadores de iluminação pública devem fazer todo o possível para atender


às especificações mais baixas para o projeto recomendados nesta Norma.
Instalações que necessitem de requisitos específicos devem prever outros
mecanismos de adequação e minimização dos efeitos da poluição luminosa.

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 67/95


ABNT/CB-03
PROJETO DE REVISÃO ABNT NBR 5101
AGO 2019

Outras recomendações sobre a redução dos impactos da poluição luminosa são


melhor detalhadas nas publicações CIE 150:2017 Guide on the Limitation of the
Effects of Obtrusive Light from Outdoor Lighting Installations e CIE 126-1997
Guidelines for minimizing sky glow.

ACIONAMENTO DA ILUMINAÇÃO PÚBLICA

A localização e orientação dos equipamentos de acionamento e controle da


iluminação pública devem ser definidos de modo a garantir a manutenção dos
níveis de iluminância definidos nesta norma.

ILUMINAÇÃO ADAPTATIVA

a) Acredita-se que a iluminação adaptativa pode ser usada na maioria das


situações envolvendo a iluminação pública, contudo qualquer alteração para
menos nos níveis de iluminância ou na uniformidade deve ser precedido de
estudos cuidadosos, que considerem no mínimo:
b)
a) A velocidade;

b) O volume de trafego;

c) A existência de barreiras corta luz no canteiro central;

d) Interseções e a densidade de cruzamentos;

e) A classe de zona ambiental;

f) A orientação;
g) Interação Pedestre / Bicicleta;

h) Veículos estacionados;

i) Reconhecimento Facial;
j) Áreas de Conflito.

Os projetistas responsáveis pela definição da implementação de iluminação


adaptativa devem avaliar áreas de visibilidade crítica, como vias com um número

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 68/95


ABNT/CB-03
PROJETO DE REVISÃO ABNT NBR 5101
AGO 2019

significativo de curvas em distâncias curtas com pouca visibilidade ou locais onde


o tráfego e o volume de pedestres são consistentes durante a noite (por exemplo,
uma área hospitalar, turistica ou outro serviço).

Também é importante que a iluminação adaptativa não seja usada para substituir
outras atividades necessárias a gestão da iluminação, como a manutenção das
luminárias e a adequação da arborização.

Outra consideração na implementação de iluminação adaptativa é o tamanho da


área coberta pelo sistema de iluminação. O escurecimento de um sistema de
iluminação pode ocorrer em toda a extensão da via, ou pode ocorrer seção por
seção, dependendo do uso noturno e das necessidades dos diversos usuários da
via.

Em geral, o escurecimento de uma grande extensão ou área mantém um nível de


iluminação constante, de modo que os condutores não experimentam uma
condição de alta iluminação em uma via e, em seguida, se voltam para uma via
mais escura, exigindo uma adaptação significativa entre os níveis de iluminação.

Dependendo da gama de mudanças no nível de iluminância, a velocidade da


mudança e da idade do motorista, essa transição pode ser desconfortável e
perigosa. No entanto, o escurecimento de uma grande área sem considerar as
diferenças no uso da via à noite pode fazer com que algumas seções fiquem
muito escuras.

Como regra a redução do nível de iluminância pela iluminação adaptativa de uma


classe de iluminação, não deve ser inferior a classe de iluminação imediatamente
anterior, ou seja, o limite de redução do nível de iluminância de uma via tipo V2 é
o nível de iluminância definido para uma via tipo V3, conforme tabela 8.

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 69/95


ABNT/CB-03
PROJETO DE REVISÃO ABNT NBR 5101
AGO 2019

Adicionalmente, as seguintes recomendações são feitas para controlar a variação


dos níveis de iluminância pela iluminação adaptativa:

a) Cada via deve ser avaliada em termos das necessidades de


iluminação. No entanto, a diferença nas classes de iluminação para as
ruas em uma determinada vizinhança não deve ser maior do que as duas.
b) Áreas residenciais / pedestres devem ser adaptadas a um único nível de
iluminação;
c) A taxa de decréscimo da iluminância, que não deve apresentar variações
bruscas acima da relação de 1/10 por minuto;

A abordagem ideal para selecionar o tempo da iluminação adaptativa é monitorar


continuamente a via e o meio ambiente. Quando o monitoramento não é possível
como em ruas menores e áreas residenciais / pedestres, os períodos fixos de
utilização normalmente podem ser estabelecidos para determinar quando o
sistema de iluminação pode ser diminuído. Os seguintes critérios podem ser
usados:

a) Mudanças no nível de tráfego de veículos amostrados durante um período


de tempo.
b) Horário de fechamento típico das empresas vizinhas.
c) Mudanças no cronograma de transporte.
d) Alterações nos regulamentos de estacionamento.
e) Nível de atividade pedestre amostrado.

É importante que as exceções como por exemplo, locais de eventos esportivos


ou de entretenimento sejam consideradas. Também não é aconselhável adaptar
o sistema de iluminação durante períodos de clima adverso. O impacto da
diminuição da iluminação durante o nevoeiro, a neve e a chuva não é
claro. Algumas pesquisas indicam que a visibilidade em uma pista molhada é
afetada negativamente pelo escurecimento das luminárias.

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 70/95


ABNT/CB-03
PROJETO DE REVISÃO ABNT NBR 5101
AGO 2019

Em específico a dimerização das vias rurais e rodovias, devem ser considerados


além da economia de energia outros fatores inerentes ao avançar das horas no
período noturno em específico após a 0:00 h, dentre os quais destacam-se:

a) O aumento da velocidade média devido a redução do número de veículos;


b) O aumento da fadiga dos condutores com a possibilidade de
comprometimento da sua capacidade natural de reação;
c) O incremento do componente do sono nos condutores.

A temporização da iluminação pública que se caracteriza pelo desligar completo,


somente deve ser utilizado na iluminação de praças, fachadas, monumentos, etc,
em situações onde não haja comprometimento da segurança dos usuários e do
patrimônio público.

Com relação as responsabilidades legais associadas a iluminação adaptativa,


deve-se ter sempre as preocupações legais quando a sua implementação de
forma a embasar a sua utilização bem como definir as responsabilidades legais
dos projetistas e proprietários do sistema em caso de ação judicial de danos
atribuídas ao sistema de iluminação adaptativa.

COMPATIBILIDADE COM A ARBORIZAÇÃO

Para permitir uma melhor convivência entre a iluminação pública e a arborização,


apresentamos a seguir uma equação que pode ser utilizada para desobstruir a
iluminação na via. A equação considera os ângulos de máxima incidência de luz
das luminárias nos sentidos longitudinal e transversal à via, a sua altura de
montagem e a distância da árvore.
A equação apresentada deve ser utilizada para auxiliar os planejadores
municipais, as empresas de iluminação pública e os órgãos gestores da
arborização urbana nas seguintes situações:

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 71/95


ABNT/CB-03
PROJETO DE REVISÃO ABNT NBR 5101
AGO 2019

a) Na adequação dos sistemas existentes onde a posteação e as árvores já


existem, permitindo definir a linha de poda dos ramos que comprometem a
iluminação;
b) na implantação de novos sistemas de iluminação em praças, vias e calçadões,
auxiliando na definição da posição dos postes e sua distância às árvores
existentes;
c) na implantação de novas árvores em praças, vias e calçadões, auxiliancdo na
definição das árvores em relação aos postes existentes.

Cálculo para desobstrução da iluminação em árvores no sentido longitudinal e


transversal da via:
Z = H – (A x D)
Sendo:
Z = Altura mínima de um galho
H = Altura de montagem da luminária
AL = cotang 750 = 0,26 (ângulo de máxima incidência de luz para o sentido
Longitudinal)
AT = cotang 600 = 0,57 (ângulo de máxima incidência de luz para o sentido
Transversal)
D = Distância mínima do galho de menor altura

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 72/95


ABNT/CB-03
PROJETO DE REVISÃO ABNT NBR 5101
AGO 2019

LUMINÁRIA
AL
H LINHA DE PODA
Z

AL

H LINHA DE PODA

Classificação quanto à instalação

A iluminação pública quando instalada nos postes das concessionárias de


distribuição de energia elétrica devem seguir os padrões da ABNT NBR 15688,
principalmente quanto ao afastamento de segurança necessário entre o sistema
de distribuição de energia e os equipamentos da iluminação pública.

Os limites de afastamento mínimo de segurança são respectivamente de 0,80 m


para a média tensão é de 0,15 m a baixa tensão, incluindo seus equipamentos
como chaves, transformadores, afastadores, etc. As figuras apresentam um
resumo destes afastamentos para sistemas de redes de distribuição do tipo nua,
protegida e isolada.

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 73/95


ABNT/CB-03
PROJETO DE REVISÃO ABNT NBR 5101
AGO 2019

CICLOVIAS E CICLOFAIXAS

Considerando a importância crescente das bicicletas como meio de transporte


nas cidades, a iluminação das ciclovias contribui para a redução dos acidentes o
que é particularmente importante quando existem cruzamentos com vias de
trânsito de veículos automotores.
Os principais requisitos de visibilidade a serem fornecidos pela iluminação são:

- As alterações no trajeto e os limites da ciclovia e ciclofaixa;


- A presença de obstáculos fixos na superfície, tais como mobiliário urbano, árvores,
etc;
- A visualização de buracos e rachaduras na superfície da pista;

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 74/95


ABNT/CB-03
PROJETO DE REVISÃO ABNT NBR 5101
AGO 2019

- A posição e a velocidade dos usuários da ciclovia;


- A existência de cruzamentos com as vias que conduzem outro tipo de tráfego.
As luminárias utilizadas devem ser instaladas com espaçamentos mínimos de 3,5
vezes a altura de montagem.

Para a maioria das ciclovias e ciclofaixas, os requisitos para a escolha da fonte de


luz devem considerar os critérios utilizados para a iluminação das demais vias
urbanas como vida mediana, rendimento, etc. Contudo, pode ser necessário utilizar
uma lâmpada de cor diferente da existente na via adjacente a fim de chamar a
atenção dos motoristas quanto à existência da ciclovia ou ciclofaixa.

As recomendações mínimas para o nível de iluminância média e uniformidade


devem seguir os critérios apontados no capítulo 4.x

DESCARTE DE MATERIAIS

Os municípios e os agentes envolvidos no projeto de iluminação pública deverão ter


uma estratégia adequada para o descarte correto das luminárias, lâmpadas e
materiais substituídos, quando for o caso. O município pode prever esse processo
desde o edital de licitação, até todos os acordos e contratos que devem ser feitos
para garantir que todo o ciclo de vida do equipamento seja adequado.

O descarte inadequado das luminárias antigas pode causar danos ambientais, pois
todas as luminárias com lâmpadas de vapor metálico, sódio ou mercúrio tem que ser
descartada como resíduo perigoso e sofrer um processo adequado de tratamento.

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 75/95


ABNT/CB-03
PROJETO DE REVISÃO ABNT NBR 5101
AGO 2019

ANEXO A. SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO DE LUMINÁRIAS –


SCL

O Sistema de Classificação de Luminárias (SCL) define a distribuição de luz de uma


luminária dentro de três ângulos sólidos principais. Estes ainda são divididos em 10
ângulos sólidos secundários.

O SCL quantifica a distribuição de luz na frente da luminária, atrás da luminária e


acima da luminária.

Conforme ilustrado na figura 1, os principais ângulos definidos no SCL são:

- Luz à frente da luminária, do inglês, Forward Light (F);

- Luz atrás da luminária, do inglês, Back Light (B);

- Luz acima da luminária, do inglês, UpLight (U).

Figura 1: Os três principais ângulos sólidos do Sistema de Classificação de Luminárias (SCL)

O sistema métrico do SCL é um indicador de distribuição óptica e destina-se a ser


usado em conjunto com a classificação de distribuição da IES (Tipo I, II, III, IV, V e
curta, média e longa) para uma completa análise de onde a luz é distribuída.

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 76/95


ABNT/CB-03
PROJETO DE REVISÃO ABNT NBR 5101
AGO 2019

Os lumens dentro de cada ângulo sólido fornece dados que pode relacionar com
uma avaliação da luz invasora e poluição luminosa. Contudo, essas questões se
relacionam também com a distribuição óptica da luz como uma função das
características de instalação incluindo a localização da luminária com relação a linha
da propriedade, altura de montagem, espaçamento e característica reflexivas dos
materiais do solo que podem contribuir para a reflexão da luz para o céu.

A classificação IES Cutoff anterior foi substituída pelo Sistema de Classificação de


Luminárias (SCL).

O SCL é baseado nos procedimentos de ensaio fotométrico da IES e os dados do


arquivo fotométrico devem estar de acordo com a IES LM-63-02. Usando estes
procedimentos, uma conjunto de valores de intensidade são medidos em torno da
luminária, criando uma esfera de pontos de dados, conforme mostrdado na Figura 2.
Os lumens da luminária são calculados baseado nas medidas de intensidade nos
ângulos sólidos específicos. O termo Nadir se refere ao ponto diretamente abaixo da
luminária.

Figura 2: Ângulos sólidos de referência baseado na esfera de pontos de dados em torno da luminária

Luz à frente da luminária

Descreve a distribuição de lumen na frente da luminária. O ângulo sólido à frente da


luminária é definido entre os ângulos verticais de 0 a 90 graus e ângulos horizontais
de 270 a 90 graus em frente a luminária. O ângulo sólido à frente da luminária é

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 77/95


ABNT/CB-03
PROJETO DE REVISÃO ABNT NBR 5101
AGO 2019

ainda subdividido em quatro ângulos sólidos verticais secundários para avaliar a luz
na frente da luminária, conforme mostra a Figura 3. Os ângulos sólidos verticais
secundários à frente da luminária são definidos a seguir:

- Ângulo sólido secundários à frente da luminária baixo (FL): Percentual de


lumens entre os ângulos verticais de 0 a 30 graus á frente da luminária. Esta é a luz
emitida diretamente abaixo da luminária até 0,6 altura de montagem distante da
luminária.

- Ângulo sólido secundários à frente da luminária médio (FM): Percentual de


lumens entre os ângulos verticais de 30 a 60 graus á frente da luminária. Esta é a
luz emitida entre 0,6 a 1,7 alturas de montagem distante da luminária.

- Ângulo sólido secundários à frente da luminária alto (FH): Percentual de


lumens entre os ângulos verticais de 60 a 80 graus á frente da luminária. Esta é a
luz emitida entre 1,7 a 5,7 alturas de montagem distante da luminária.

- Ângulo sólido secundários à frente da luminária muito alto (FVH): Percentual


de lumens entre os ângulos verticais de 80 a 90 graus á frente da luminária. Esta é a
luz emitida além de 5,7 alturas de montagem distante da luminária.

Figura 3: Vista dos planos superior e lateral do ângulo sólido à frente da luminária

Luz atrás da luminária

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 78/95


ABNT/CB-03
PROJETO DE REVISÃO ABNT NBR 5101
AGO 2019

Descreve a distribuição de lumen atrás da luminária. O ângulo sólido atrás da


luminária é definido entre os ângulos verticais de 0 a 90 graus e ângulos horizontais
de 90 a 270 graus atrás da luminária. Este ângulo sólido pode ser usado para avaliar
a luz invasora quando as luminárias são colocadas próximas da linha da
propriedade. Quando as luminárias são colocadas no interior do local, a avaliação da
distribuição da luminária pode ou não considerar a luz atrás para a luz ofensiva. O
ângulo sólido atrás da luminária é ainda subdividido em quatro ângulos sólidos
verticais secundários, conforme mostra a Figura 4 e definidos a segiur:

- Ângulo sólido secundário atrás da luminária baixo (BL): Percentual de lumens


entre os ângulos verticais de 0 a 30 graus atrás da luminária. Esta é a luz emitida
diretamente abaixo da luminária até 0,6 altura de montagem distante da luminária.

- Ângulo sólido secundário atrás da luminária médio (BM): Percentual de lumens


entre os ângulos verticais de 30 a 60 graus atrás da luminária. Esta é a luz emitida
entre 0,6 a 1,7 alturas de montagem distante da luminária.

- Ângulo sólido secundário atrás da luminária alto (BH): Percentual de lumens


entre os ângulos verticais de 60 a 80 graus atrás da luminária. Esta é a luz emitida
entre 1,7 a 5,7 alturas de montagem distante da luminária.

- Ângulo sólido secundário atrás da luminária muito alto (BVH): Percentual de


lumens entre os ângulos verticais de 80 a 90 graus atrás da luminária. Esta é a luz
emitida além de 5,7 alturas de montagem distante da luminária.

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 79/95


ABNT/CB-03
PROJETO DE REVISÃO ABNT NBR 5101
AGO 2019

Figura 4: Vista dos planos superior e lateral do ângulo sólido atrás da luminária

Luz acima da luminária

Descreve a distribuição de lumen acima da luminária. O ângulo sólido acima da


luminária é definido entre os ângulos verticais de 90 a 180 graus e ângulos
horizontais de 0 a 360 graus ao redor de toda a luminária. A luz acima da luminária é
componente da poluição luminosa. O impacto geral na poluição luminosa é em
função do ângulo da luz acima da horizontal, dispersão atmosférica da luz e
localização geográfica. O ângulo sólido da luz acima da luminária não leva em conta
o impacto direcional na poluição luminosa nem quantifica o impacto da luz refletida
das superfícies do solo e das estruturas adjacentes. O ângulo sólido acima da
luminária é ainda subdividido em dois ângulos sólidos verticais secundários para
avaliar a distribuição da luz na horizontal ou próximo e diretamente acima da
luminária, conforme mostra a Figura 5. Os ângulos sólidos verticais secundários são
definidos a seguir:

- Ângulo sólido secundários acima da luminária baixo (UL): Percentual de


lumens entre os ângulos verticais de 90 a 100 graus e 360 graus ao redor da

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 80/95


ABNT/CB-03
PROJETO DE REVISÃO ABNT NBR 5101
AGO 2019

luminária. Luz emitida acima ou levemente acima dos 90 graus impactará no sky
grow quando observado longe da cidade.

- Ângulo sólido secundários acima da luminária alto (UH): Percentual de lumens


entre os ângulos verticais de 100 a 180 graus e 360 graus ao redor da luminária. Luz
emitida nos ângulos acima dos 100 graus impactará no sky grow diretamente sobre
a cidade.

Figura 5: Vista dos planos superior e lateral do ângulo sólido acima da luminária

O SCL fornece uma ferramenta útil para avaliar a distribuição global de lúmens nos
principais ângulos sólidos. Contudo, o SCL não é um procedimento para ser usado
sozinho na avaliação da qualidade da iluminação. Existem outras considerações que
devem ser avaliadas, incluindo níveis de iluminância, uniformidade, luminância,
ofuscamento, estética, cor, eficiência energética, custo, segurança e proteção,
distribuição da luz em áreas onde é necessária e especificidades apropriadas para a
aplicação pretendida.

As tabelas a seguir mostram os limites dos fluxos luminosos zonais para a


classificação das luminárias quanto a luz emitida para trás (Backlight), para cima

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 81/95


ABNT/CB-03
PROJETO DE REVISÃO ABNT NBR 5101
AGO 2019

(Uplight) e ofuscamento (Glare), também conhecida do inglês como classificação


BUG.

Tabela 1: Classificação quanto a luz emitida para trás da luminária (B)

B0 B1 B2 B3 B4 B5

Luz atrás BH 110 500 1000 2500 5000 >5000


da
BM 220 1000 2500 5000 8500 >8500
luminária/
Luz
BL 110 500 1000 2500 5000 >5000
invasora

Tabela 2: Classificação quanto a luz emitida para cima da luminária (U)

U0 U1 U2 U3 U4 U5

Luz para BH 110 500 1000 2500 5000 >5000


cima /
BM 220 1000 2500 5000 8500 >8500
Sky Grow

Tabela 3-1: Classificação quanto ao ofuscamento (G) – Para luminárias do tipo assimétricas
( Tipo I, II, III e IV)

G0 G1 G2 G3 G4 G5

FVH 10 100 225 500 750 >750

Ofuscamento BVH 10 100 225 500 750 >750


/ Luz
ofensiva FH 660 1800 5000 7500 12000 >12000

BH 110 500 1000 2500 5000 >5000

Tabela 3-2: Classificação quanto ao ofuscamento (G) – Para luminárias do tipo simétricas (
Tipo V e VS)

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 82/95


ABNT/CB-03
PROJETO DE REVISÃO ABNT NBR 5101
AGO 2019

G0 G1 G2 G3 G4 G5

FVH 10 100 225 500 750 >750

Ofuscamento BVH 10 100 225 500 750 >750


/ Luz
ofensiva FH 660 1800 5000 7500 12000 >12000

BH 660 1800 5000 7500 12000 >12000

Classificações Backlight, Uplight and Glare (BUG) Máximas Permitidas

Pode ser usado para qualquer projeto. Uma luminária pode ser usada se for
classificada para a zona de iluminação do local ou menor em número para todas as
classificações B, U e G.

Não serão permitidas luminárias equipadas com dispositivos de montagem


ajustáveis que permitam a alteração da luminária no campo.

Tabela 4 - Classificação Backlight (B) máxima permitida*

LZ0 LZ1 LZ2 LZ3 LZ4

Maior que 2 alturas de montagem da linha da


B1 B3 B4 B5 B5
propriedade

1 a menos de 2 alturas de montagem da linha da


B1 B2 B3 B4 B4
propriedade e idealmente orientado **

0,5 a 1 altura de montagem da linha da


B0 B1 B2 B3 B3
propriedade e idealmente orientada **

Menos de 0,5 altura de montagem para linha da


B0 B0 B0 B1 B2
propriedade e orientada corretamente **

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 83/95


ABNT/CB-03
PROJETO DE REVISÃO ABNT NBR 5101
AGO 2019

* Para linhas da propriedade que se aproximem de passarelas públicas, ciclovias,


praças e estacionamentos, a linha da propriedade pode ser considerada como
estando a 1,5 metro além da linha da propriedade real para determinar o
cumprimento desta seção. Para as linhas de propriedade que encostam em vias
públicas e corredores de transporte público, a linha da propriedade pode ser
considerada a linha central da via pública ou do corredor de transporte público para
fins de determinar o cumprimento desta seção.

NOTA: Este ajuste é relativo apenas à Tabela 4 e 6 e não deve ser usado para
aumentar a área de iluminação do local.

** Para ser considerada “idealmente orientada”, a luminária deve ser montada com a
parte traseira da saída de luz orientada perpendicularmente e em direção à linha de
propriedade de interesse.

Tabela 5 - Classificação Uplight Máxima Permitida (BUG)

LZ0 LZ1 LZ2 LZ3 LZ4

Classificação Uplight Máxima Permitida U0 U1 U2 U3 U4

% De emissão de luz permitida acima de 90º para


0% 0% 0% 0% 0%
iluminação da rua ou da área

Tabela 6 - Classificação Glare Máxima Permitida (BUG)

LZ0 LZ1 LZ2 LZ3 LZ4

Classificação de ofuscamento permitida * G0 G1 G2 G3 G4

Qualquer luminária não idealmente orientada *** G0 G0 G1 G1 G2


com 1 a menos de 2 alturas de montagem para

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 84/95


ABNT/CB-03
PROJETO DE REVISÃO ABNT NBR 5101
AGO 2019

qualquer linha de propriedade de interesse

Qualquer luminária não idealmente orientada ***


com 0,5 a 1 alturas de montagem para qualquer G0 G0 G0 G1 G1
linha de propriedade de interesse

Qualquer luminária não idealmente orientada ***


com menos de 0,5 alturas de montagem para G0 G0 G0 G0 G1
qualquer linha de propriedade de interesse

*** Qualquer luminária que não possa ser montada com sua luz de fundo
perpendicular a qualquer linha de propriedade dentro de 2X as alturas de montagem
do local da luminária deve atender à Classificação de ofuscamento reduzida
permitida na Tabela 6.

Classificação da luminária quanto a sua distribuição luminosa longitudinal

As distribuições luminosas longitudinais dividem-se em três grupos:

- Distribuição Curta: a luminária é classificada como distribuição luminosa curta


quando o seu ponto de máxima intensidade luminosa encontra-se na região 'C' do
sistema de coordenadas, isto é, entre 1,0 AM LTV e 2,25 AM LTV, conforme
mostrado na Figura X.

- Distribuição Média: a luminária é classificada como distribuição luminosa média


quando o seu ponto de máxima intensidade luminosa encontra-se na região 'M' do
sistema de coordenadas, isto é, entre 2,25 AM LTV e 3,75 AM LTV, conforme
mostrado na Figura X.

- Distribuição Longa: a luminária é classificada como distribuição luminosa longa


quando o seu ponto de máxima intensidade luminosa encontra-se na regido 'L' do
sistema de coordenadas, isto é, entre 3,75 AM LTV e 6,0 AM LTV, conforme
mostrado na Figura X.

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 85/95


ABNT/CB-03
PROJETO DE REVISÃO ABNT NBR 5101
AGO 2019

Classificação da luminária quanto a sua distribuição de luz transversal

As distribuições luminosas transversais são divididas em dois grupos baseados na


localização da luminária em relação a área a ser iluminada. Cada grupo pode ser
subdividido em relação à largura da area a ser iluminada em termos da altura de
montagem. Só o segmento de meia intensidade máxima traçado dentro da faixa da
distribuição longitudinal é usado para o propósito de estabelecer a classificação da
largura de distribuição da luminária.

Luminárias no centro da área ou próximo

O grupo de classificação de distribuição transversal que lida com luminárias que


pretenden ser montadas no centro da área a ser iluminada ou próximo tem
distribuição luminosa similar em ambos lados da linha de referência, “lado das
casas” e “lado da rua”.

Tipo I: Uma distribuição é classificada como Tipo I quando a linha de meia


intensidade máxima não ultrapassa as linhas LLV 1,0 AM, tanto do “lado das casas”
como do “lado da via”, caindo em ambos os lados da linha de referência na área dos
três tipos de distribuição transversal (curta, média e longa), conforme Figura X.

Tipo V: Uma distribuição é classificada como Tipo V quando a distribuição luminosa


tem simetria circular da intensidade a qual é essencialmente a mesma em todos os
ângulos ao redor da luminária.

Tipo VS: Uma luminária Tipo VS tem o fluxo zonal para cada um dos octantes
horizontais (0-45, 45-90, 90-135, 135-180, 180-225, 225-270, 270-315 e 315-360
graus) dentro de ± 10 % da média do fluxo zonal de todos os octantes. A distribuição
luminosa é similar a Tipo V mas com a forma quadrada.

Classificação da luminária Distribuição luminosa

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 86/95


ABNT/CB-03
PROJETO DE REVISÃO ABNT NBR 5101
AGO 2019

Tipo I

Tipo V

Tipo VS

Luminárias próximas ao lado da área

O grupo de classificação de distribuição transversal que lida com luminárias que


pretenden ser montadas próximas ao lado da área a ser iluminada variam quanto à
largura da faixa de distribuição no lado da rua da linha de referência. O segmento de
meia intensidade máxima do lado das casas traçado dentro da faixa longitudinal em
que o ponto de intensidade máxima cai (curto, médio e longo) pode ou não cruzar a
linha de referência. Em geral, é preferível que o traçado de isocandela com a meia
intensidade máxima permaneça próximo da linha de referência. A largura variável no
lado da rua é definida.

Tipo II: Uma distribuição é classificada como Tipo II quando a linha de meia
intensidade máxima do lado da rua traçado dentro da faixa longitudinal em que o
ponto de intensidade máxima cai (curto, médio e longo) não pode ultrapassar LLV
1,75 AM, conforme Figura X.

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 87/95


ABNT/CB-03
PROJETO DE REVISÃO ABNT NBR 5101
AGO 2019

Tipo III: Uma distribuição é classificada como Tipo III quando a linha de meia
intensidade máxima do lado da rua traçado dentro da faixa longitudinal em que o
ponto de intensidade máxima cai (curto, médio e longo) reside em parte ou
totalmente além de LLV 1,75 AM mas não pode ultrapassar LLV 2,75 AM, conforme
Figura X.

Tipo IV: Uma distribuição é classificada como Tipo IV quando a linha de meia
intensidade máxima do lado da rua traçado dentro da faixa longitudinal em que o
ponto de intensidade máxima cai (curto, médio e longo) reside em parte ou
totalmente além de LLV 2,75 AM, conforme Figura X.

Classificação da luminária Distribuição luminosa

Tipo II

Tipo III

Tipo IV

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 88/95


ABNT/CB-03
PROJETO DE REVISÃO ABNT NBR 5101
AGO 2019

ANEXO B. MÉTODOS DINÂMICOS PARA AVALIAÇÃO DA


ILUMINAÇÃO PÚBLICA

Há muitas formas de estimar a qualidade do serviço de Iluminação Pública. Um


sistema rápido e barato para estimar a qualidade da iluminação poderá direcionar
o esforço de aplicação do método normativo por malhas para os locais mais
críticos e, com isso, otimizar o processo de avaliação do parque de iluminação.

O surgimento de instrumentos mais sensíveis e rápidos, assim como o grande


avanço das técnicas de tratamento de imagens, com algoritmos e a possibilidade
de relacionar imagens a campo de medições, permite o estabelecimento de
novos protocolos e abre uma área de estudo antes não prevista em normas
técnicas.

Estas técnicas permitem otimizar projetos mas também permitem estudar melhor
os parâmetros críticos do serviço de iluminação, com um melhor entendimento a
partir da perspectiva do usuário final do serviço.

O Quadro 1 ilustra um universo de tecnologias disponíveis. Algumas já são


comerciais e algumas estão sendo objeto de estudo nos centros de pesquisa. O
quadro é apenas ilustrativo e não tem a pretensão de esgotar todas as
possibilidades.

Em se tratando de medição dinâmica (sensoriamento automático) há pelo menos


dois dados gerados: um valor numérico da grandeza medida e a posição da
tomada da medição (normalmente com associação de dados de um GPS
acoplado). Neste caso, normalmente o arranjo experimental é desenvolvido
pensando-se na instrumentação de um veículo (tripulado ou não). Os dados são
parametrizados, armazenados, transferidos e analisados, permitindo gerar uma
base de dados onde se pode visualizar uma distribuição da qualidade da
iluminação ao longo da via pública.

Exemplos destas técnicas implementadas podem ser visualizados com a

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 89/95


ABNT/CB-03
PROJETO DE REVISÃO ABNT NBR 5101
AGO 2019

consulta das referencias da ultima coluna do Quadro 1. Como pode se verificar,


cada técnica demanda cuidados na especificação da instrumentação e na
implementação do arranjo de medição.

No Quadro 1, os campos em amarelo são aplicáveis a medições dinâmicas e os


demais campos a medições estáticas com definição de arranjo adequado.

Quadro 1: Métodos dinâmicos e estáticos para caracterização da


IP (verificar referências e incluir)

Grandeza Instrumenta Dado obtido OBS Ref


medida ção

Depende da 1
parametrização do setup
luminancimet Medição (campo de visão,
ro direta distância e ângulo de
abertura) para
Iluminânci interpretação
a vertical
Depende da calibração 2
Camera de Imagem da refletância de alvos e
video / foto calibrada processamento de
imagem

Medição Depende da faixa 3


direta “por dinâmica do sensor
reboque” (presença de vibração)

Medição Depende da faixa 4


direta “por dinâmica do sensor
Iluminanci Luximetro
veiculo (presença de vibração) e
a (Sensor de
remoto” mapeamento de trajetória
horizontal silicio) (rover)

Medição Depende da faixa 5


direta “por dinâmica do sensor
fenda” (demanda modelagem)
(sensor
anterior e

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 90/95


ABNT/CB-03
PROJETO DE REVISÃO ABNT NBR 5101
AGO 2019

posterior)

Medição Depende da faixa 6


direta “em dinâmica do sensor
teto” (sensor (demanda modelagem,
alto) incerteza alta)

Depende da calibração 7
da refletância de alvos
Camera de Imagem (medição em altitude) e
video / foto calibrada processamento de
imagem. Grande
cobertura de dados

Depende da definição do 8
luminancimet Medição campo de visão e
ro direta profundidade para
interpretação

Imagem Depende da calibração 9


Camera de
calibrada por da refletância de alvos
video / foto
alvos
Luminânci
a
Imagem Depende da calibração 10
calibrada em da intensidade de fontes
grande faixa
Camera de dinamica
foto (High
Dynamic
Range –
HDR)

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 91/95


ABNT/CB-03
PROJETO DE REVISÃO ABNT NBR 5101
AGO 2019

ANEXO C. EXEMPLO DE CÁLCULO DO NÚMERO DE PONTOS


PARA A GRADE DE CÁLCULOS – MEDIÇÕES DE CAMPO

1.1 – Faixa de rodagem

Exemplo de cálculo para determinação do número de pontos – N - no eixo


longitudinal (linha de pontos) à faixa de rodagem

Para um espaçamento igual a 20 metros tem-se um total de N = 10 pontos e o


espaçamento entre esses pontos será de 20/10, ou seja, D = 2 metros. A distância
do primeiro ponto longitudinal com relação ao poste – D1 - será de D/2, ou seja 1
metro.

Para um espaçamento igual a 30 metros tem-se um total de N = 10 pontos e o


espaçamento entre esses pontos será de 30/10, ou seja, D = 3 metros. A distância
do primeiro ponto longitudinal com relação ao poste – D1 - será de D/2, ou seja 1,5
metros.

Para um espaçamento igual a 40 metros tem-se que a divisão entre o


espaçamento S = 40 metros pelo número inteiro 3 é igual a 13,3. Assim considera-se
N igual a 14. Logo o espaçamento entre pontos será igual a 40/14, ou seja, D = 2,85
metros. A distância do primeiro ponto longitudinal com relação ao poste – D1 - será
de D/2, ou seja 1,43 metros.

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 92/95


ABNT/CB-03
PROJETO DE REVISÃO ABNT NBR 5101
AGO 2019

Exemplo de cálculo para determinação da distância entre pontos no eixo


transversal (coluna de pontos) à faixa de rodagem – d

Para uma largura da faixa igual a 2 metros tem-se um total de n = 3 pontos e o


espaçamento entre esses pontos será de 2/3, ou seja, d = 0,67 metros. A distância
do primeiro ponto longitudinal em relação à guia ou meio fio será de d/2, ou seja
0,33 metros. O segundo ponto estará na linha de centro da faixa de rodagem, ou
seja a 1 metro, e o terceiro ponto estará a 1,67 m da guia ou meio fio.

Para uma largura de faixa igual a 4,5 metros tem-se um total de n = 3 pontos e o
espaçamento entre esses pontos será de 4,5/3, ou seja, d = 1,5 metro. A distância
do primeiro ponto longitudinal em relação à guia ou meio fio será de d/2, ou seja
0,75 metros. O segundo ponto estará na linha de centro da faixa de rodagem, ou
seja a 2,25 metro, e o terceiro ponto estará a 3,75 m da guia ou meio fio.

Para uma largura de faixa igual a 5 metros tem-se um total de n = 3 pontos e


espaçamento entre esses pontos será de 5/3, ou seja, d = 1,67 metros. A distância
do primeiro ponto longitudinal em relação à guia ou meio fio será de d/2, ou seja
0,83 metros. O segundo ponto estará na linha de centro da faixa de rodagem, ou
seja a 2,5 metros, e o terceiro ponto estará a 4,17 m da guia ou meio fio.

1.2 – Calçada

Exemplo de cálculo para determinação do número de pontos no eixo


transversal à calçada - c

Para uma largura da calçada igual a 3 metros tem-se um total de c = 3 pontos. Logo
o espaçamento entre pontos será igual a 3/3, ou seja 1 metro. O primeiro ponto vai
estar a uma distância de d/2 da guia ou meio fio, ou seja a 0,5 metros. Já o segundo
vai estar a uma distância de 1 metro do primerio e assim sucessivamente.

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 93/95


ABNT/CB-03
PROJETO DE REVISÃO ABNT NBR 5101
AGO 2019

Para uma largura da calçada igual a 4,5 metros tem-se um total de c = 3 pontos.
Logo o espaçamento entre pontos será igual a 4,5/3, ou seja 1,5 metros. O primeiro
ponto vai estar a uma distância de d/2 da guia ou meio fio, ou seja a 0,75 metros. Já
o segundo vai estar a uma distância de 1,5 metro do primerio e assim
sucessivamente.

Para uma largura da calçada igual a 5 metros tem-se que a divisão entre a largura l
= 5 metros pelo número 1,5 é igual a 3,333. Assim considera-se c = 4 pontos. Logo o
espaçamento entre pontos será igual a 5/4, ou seja, d = 1,250 metros. O primeiro
ponto vai estar a uma distância de d/2 da guia ou meio fio, ou seja a 0,625 m. Já o
segundo ponto vai estar a uma distâncai de 1,250 m do primeiro e assim
sucessivamente.

1.3 – Praças ou áreas abertas

Exemplo de determinação da área de medição ou superfície de cálculo e do


número de pontos para cálculo da iluminância em uma praça

Tomemos com exemplo o seguinte caso: praça retangular com dimensões de 16


metros de lagura por 40 de comprimento, circundeada pelas Ruas A, B, C e D, e
possuindo uma área central para pedestres de 8 m por 40 m, conforme figura A1.3.1
a seguir:

Figura A1.3.1 - Vista da simulação da praça elaborada com o software para


projeto

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 94/95


ABNT/CB-03
PROJETO DE REVISÃO ABNT NBR 5101
AGO 2019

Como apenas a parte central da praça está destinada ao trânsido de pedestres,


considera-se que a superfie de cálculo deverá ser coincidente com essa área.

Para uma largura da área destinada ao pesdestre igual a 8 metros tem-se que a
divisão entre a largura l = 8 metros pelo número 1,5 é igual a 5,333. Assim
considera-se c = 6 pontos. Logo o espaçamento entre pontos será igual a 8/6, ou
seja, d = 1,333 metros. O primeiro ponto vai estar a uma distância de d/2 da área
gramada, ou seja a 0,667 m. Já o segundo ponto vai estar a uma distância de 1,33
m do primeiro e assim sucessivamente.

Para um espaçamento igual a 40 metros tem-se que a divisão entre o espaçamento


S = 40 metros pelo número inteiro 3 é igual a 13,3. Assim considera-se n igual a 14.
Logo o espaçamento entre pontos será igual a 40/14, ou seja, D = 2,85 metros. A
distância do primeiro ponto longitudinal com relação passeio da Rua D (ou da Rua
B) - será de D/2, ou seja 1,43 metros.

A figura A1.3.2 a seguir apresenta o posucionamento da supeperfície de cálculo e os


pontos da grelha.

Figura A1.3.2 - Image da Praça com destaque para a superfície de cálculo com
os 14 x 6 pontos e linhas de isoiluminância

Para os passeios adjacentes à praça deverá ser utilizada a metodologia apresentada


no item 1.2 acima descrito.

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 95/95

Você também pode gostar