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NORMA TÉCNICA COPEL - NTC

DIMENSIONAMENTO DE ESTRUTURAS

2a edição
JULHO/95

COPEL DISTRIBUIÇÃO DIS

DIRETORIA DE ENGENHARIA DE DISTRIBUIÇÃO DEND

ENGENHARIA DE OBRAS E MANUTENÇÃO GEO


DIMENSIONAMENTO DE ESTRUTURAS NTC 850 001
Versão Data Fl.

APRESENTAÇÃO 01 17/07/95 02.0

APRESENTAÇÃO

Esta Norma tem por objetivo prover o interessado, de subsídios ne-


cessários para o cálculo das limitações à aplicação de qualquer tipo
de suporte de rede aérea de energia elétrica, permitindo a correta se-
leção para aplicação destas estruturas.

Para tanto, foram considerados os padrões definidos nas Normas


Brasileiras Registradas (NBR), da Associação Brasileira de Normas Téc-
nicas (ABNT), orientação de várias RTDs do CODI, acrescidos das práti-
cas da COPEL.

Com a emissão deste documento, a COPEL procura atualizar as suas


normas técnicas, de acordo com a tecnologia mais avançada no Setor
Elétrico. Em caso de divergência, esta Norma prevalecerá sobre as ou-
tras de mesma finalidade editadas anteriormente.

Esta Norma entra em vigor em 17 de Julho de 1995

Curitiba, 17 de Julho de 1995

MÁRIO ROBERTO BERTONI


DIRETOR DE DISTRIBUIÇÃO

ÓRGÃO EMISSOR: REVISÃO: APROVAÇÃO:


CED / CNPO
DIMENSIONAMENTO DE ESTRUTURAS NTC 850- 001
Versão Data Fl.

FICHA DE CONTROLE 01 17/07/95 03.0

CONTROLE

Este exemplar de NTC (Norma Técnica COPEL) está sendo distribuído


através do DCI - Distribuição de Comunicações Internas, através de
código conforme etiqueta de endereçamento abaixo:

ETIQUETA

DISTRIBUIÇÃO DA NORMA

As NORMAS serão distribuídas para os Órgão e Setores envolvidos


com o Sistema de Distribuição, para compor a sua biblioteca.
Caso sejam necessárias cópias adicionais, para utilização em ou-
tros níveis do órgão, as mesmas poderão ser reproduzidas no pró-
prio local.

UTILIZAÇÃO

Os titulares das unidades as quais se destina a NTC, serão os res-


ponsáveis pela divulgação junto aos seus funcionários.

GUARDA E ATUALIZAÇÃO

As normas deverão ser mantidas em local de fácil acesso aos em-


pregados, para fins de consulta.
Cuidados especiais deverão ser tomados no sentido de mantê-las em
perfeito estado de conservação e atualização inserindo ou substi-
tuindo de imediato as versões recebidas (mesmo procedimento dos
MIT's).

RECOMENDAÇÕES FINAIS

As sugesões visando atualizar ou aperfeiçoar os assuntos desta


NTC, deverão ser encaminhadas à CED/CNPO pelos Órgãos usuários,
contendo os motivos e detalhes das alterações pretendidas e, se
possível, minuta do texto proposto.

Companhia Paranaense de Energia - COPEL


Coordenação de Engenharia de Distribuição - CED
Coordenadoria de Procedimentos de Obras - CNPO.

Rua Emiliano Perneta, 756

CEP 80.420-080 - CURITIBA - PR.

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DIMENSIONAMENTO DE ESTRUTURAS NTC 850 001
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ÍNDICE 01 17/07/95 04.0

A - OBJETIVO ....................................................... 04

B - CAMPO DE APLICAÇÃO ............................................ 04

C - NORMAS CONSULTÁVEIS ........................................... 04

1 - ROTEIRO PARA O DIMENSIONAMENTO DAS ESTRUTURAS

1.1 - Limitação Mecânica ............................................ 04


1.2 - Limitação Elétrica ............................................ 05
1.3 - Limitação Geométrica .......................................... 05
1.4 - Variáveis Consideradas ........................................ 05
1.5 - Estruturas ou Arranjos Considerados ........................... 05
1.6 - Limitações ..................................................... 06

1.6.1 - Limitações Mecânicas ........................................ 06

1.6.1.1 -
Limitação Mecânica das Estruturas ......................... 06
1.6.1.2 -
Limitação Mecânica do Isolador de Pino .................... 12
1.6.1.3 -
Limitação Mecânica do Isolador de Roldana ................. 13
1.6.1.4 -
Limitação Mecânica do Isolador da Amarração ................ 14
1.6.1.5 -
Limitação Mecânica da Armação Secundária .................. 14
1.6.1.6 -
Limitação Mecânica da Cruzeta e Mão Francesa .............. 14
1.6.1.7 -
Limitação Mecânica da Fundação das Estruturas
e Estais ................................................. 25
1.6.1.8 - Limitação Mecânica das Estruturas e Solo .................. 34

1.6.2 - Limitação Elétrica .......................................... 39

1.6.3 - Limitação Geométrica ........................................ 41

1.6.3.1 - Geral ..................................................... 41


1.6.3.2 - Gabarito de Catenária ...................................... 41
1.6.3.3 - Vão Regulador e Vão Básico ................................ 42
1.6.3.4 - Tabelas GIL e GFL ......................................... 43
1.6.3.5 - Critério da Flecha Constante .............................. 44
1.6.3.6 - Coeficiente de Segurança dos Cabos ........................ 44
1.6.1.7 - Procedimentos ............................................. 45

ANEXO I - Tabelas .................................................... 46

ANEXO II - Engastamentos de postes ................................... 61

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METODOLOGIA 01 17/07/95 5.0

A - OBJETIVO

A presente NTC tem por objetivo fornecer subsídios para a correta


seleção de estruturas a serem utilizadas em redes aéreas de dis-
tribuição urbana ou rural, de energia elétrica.

B - CAMPO DE APLICAÇÃO

Esta Norma se aplica a estruturas retilíneas, simétricas ou assi-


métricas de concreto (circular ou duplo T), de madeira ou qualquer
outro tipo de material desde que se conheça suas características
mecânicas e elétricas, destinadas a suportar equipamentos e/ou
condutores de energia.

C - NORMAS CONSULTÁVEIS

ABNT

NBR. 5433, NBR. 5434, NBR. 8451,


NBR. 8452, NBR. 8453, NBR. 8454, NBR. 8458, NBR. 8459, NBR. 8159.

CODI

- RTD 22 - Metodologia para cálculo de engastamento de postes.


- RTD 23 - Metodologia de dimensionamento de estruturas para
redes de distribuição rural.
- RTD 24 - Metodologia de dimensionamento de estruturas para
redes de distribuição urbana.
- RTD 26 - Tabela de trações e flechas para cabos condutores.

NORMAS TÉCNICAS DA COPEL

1 - ROTEIRO PARA O CÁLCULO DAS ESTRUTURAS

Nesta seção serão dados subsídios para o estudo e cálculo de


limitações mecânicas, elétricas e geométricas dos suportes de re-
des aéreas de energia, sendo estas assim definidas:

1.1. Limitação Mecânica

Limitação a esforços devido ao peso e tração dos condutores, peso


de equipamentos, vento ou qualquer outro que possa provocar força
cortante ou momento fletor nas estruturas.

Em nosso caso, o momento fletor é considerado uma limitação predo-


minante em relação à força cortante.

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METODOLOGIA 01 17/07/95 6.0

1.2. Limitação Elétrica

Limitação definida entre duas estruturas, de forma a permitir um


espaçamento mínimo entre os condutores no meio do vão, em função
do tipo de condutor, tensão da linha, temperatura, ventos e di-
mensões dos suportes (cruzeta e/ou postes).

1.3. Limitação Geométrica

Limitação determinada em função da disposição das estruturas e dos


condutores em relação ao solo através da utilização de gabaritos.

1.4. Variáveis Consideradas

- tração de projeto e flecha dos condutores para a pior


situação
- velocidade do vento sobre os elementos suspensos;
- peso das estruturas e elementos suspensos;
- resistência mecânica do solo e tipo de engastamento;
- resistência mecânica das ferrangens, cruzeta, amarrações,
isoladores e estais;
- bitolas de condutores, tensão e espaçamento entre eles;
- espaçamento entre estruturas;
- deflexão horizontal e vertical dos condutores em relação
à estrutura;
- perfil do terreno.

1.5. Estruturas ou Arranjos Considerados

Embora esta NTC se aplique a qualquer tipo de suporte, mencionamos


aqui somente as estruturas normalmente utilizadas pela COPEL, de
passagem ou ancoragem.

- Trifásicas Normal (N);


- Monofásicas a 2 fios Normal (N);
- Trifásicas Beco (B);
- Trifásicas Triangular ou Expressa (T);
- Trifásicas Triangular Especial (TE);
- Trifásicas Horizontal Especial (HTE);
- Monofásicas (U);
- Secundárias (S);
- Trifásica Compacta (C).

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METODOLOGIA 01 17/07/95 7.0

1.6. Limitações

1.6.1. Limitações Mecânicas

1.6.1.1. Limitação Mecânica das Estruturas (ângulo de deflexão


horizontal) em relação às suas seções aéreas.

a - Estruturas Genéricas Normal e beco (Simples ou Dupla),


Triangular, de Passagem ou Ancoragem)

As variáveis apresentadas, possuem as seguintes denominações:

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METODOLOGIA 01 17/07/95 8.0

FP, FP1, FP2 - Esforço resultante aplicado a estrutura (daN);

FA - Tração horizontal de projeto aplicada ao cabo (daN);

FG - Esforço do vento sobre a face projetada da área do poste


(daN);

FN - Esforço aplicado à estrutura, devido a tração de projeto do


condutor neutro (daN);

FF (FA, FB, FC) - Esforço aplicado à estrutura, devido a tração de


projeto dos condutores fase do secundário (daN);

FV - Reação vertical da mão francesa (daN);

FT - Esforço aplicado à estrutura devido a tração de projeto do


cabo telefônico (daN);

FTV - Esforço aplicado à estrutura, devido a tração de projeto


do cabo destinado a transmissão de TV a cabo (daN);

FE - Esforço do vento sobre o equipamento (daN);

TP - Tração de projeto aplicada longitudinalmente ao cabo(daN);

Seções A,B,C,D,E - Seções do poste sujeitas a esforços;

REP - Momento resistente do estai primário (daN);

RES - Momento resistente do estai secundário (daN);

dCO - Distância, do eixo do poste ao baricentro geométrico da


chave a óleo, chave tripolar para operação em carga ou outro
acessório (m);

PCO - Peso da chave a óleo ou chave tripolar para operação em


carga ou outro acessório (daN);

dTR - Distância do eixo do poste ao baricentro geométrico do


transformador (m);

PTR - Peso do transformador (daN);


x,y - Dimensões da face do equipamento, perpendicular à direção do
vento (m);

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METODOLOGIA 01 17/07/95 9.0

dL - Distância, do eixo do poste ao centro da luminária (m);

PL - Peso da luminária (daN);

E - Altura do engastamento;

h - Altura, livre do poste (m);

hRP1 - Altura de fixação dos condutores da rede primária


(superior) (m);

hRP2 - Altura de fixação dos condutores da rede primária


(inferior) (m);

hA - Altura de fixação dos condutores da rede primária


(derivação) (m);

hEP - Altura da fixação do estai primário (m);

hES - Altura da fixação do estai e do condutor neutro da rede se-


cundária (m);

hFA, hFB, hFC - Altura da fixação dos condutores fase da rede se-
cundária (m);

hTR - Altura da fixação inferior do transformador;

hTV - Altura da fixação do condutor de transmissão de TV a cabo

hT - Altura da fixação do cabo telefônico (m);

hL - Altura da fixação do suporte inferior da luminária (m);

hG - Distância do ponto de aplicação da resultante do esforço


do vento sobre o poste na seção superior do engastamento (m);

LCR - Comprimento da cruzeta;

pc - Peso dos condutores mais acessórios de sustentação (daN);

pE - Peso do eletricista (daN);

pF - Peso da chave fusível mais o peso do pára-raios (daN);

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METODOLOGIA 01 17/07/95 10.0

pCR - Metade do peso próprio da cruzeta (daN);

v - Velocidade do vento (horizontal) (km/h);

dP, dTV, dT, dN, dF - Diâmetro aparente dos condutores: primário,


TV a cabo, telefônico, neutro e fase, respectivamente (m);

dt , db - larguras da face lisa do poste, no topo e na altura do


solo (m);

a - Vão mecânico (m);

MRSA - Momento resistente da Seção A do poste (daN x m);

K - Coeficiente para cálculo da pressão do


vento. Vale 0,00471 para elementos daN2 x h2
cilíndricos e 0,00754 para elementos planos ( );
km2 x m2

b - Cálculo dos Momentos nas Diferentes Seções

b.1 - Seções Aéreas das Estruturas

Considerando a configuração do item "a", o caso mais crítico ocor-


re quando os diversos esforços dos equipamentos estão, assim como
o esforço devido aos condutores, atuando num mesmo lado da estru-
tura.

A condição de estabilidade exige que:

∑ MOMENTOAPLICADO À SEÇÃO
≤ ∑ MOMENTORESISTENTE DA SEÇÃO

Os momentos resistentes das diversas seções dos diversos tipos de


postes estão plotados nas tabelas 1, 2, 3 e 4 do ANEXO I.

b.2 - Rotina de Cálculo

b.2.1 - Momento Aplicado à Estrutura Devido ao Esforço do Vento nos


Condutores.

A = 0,00471 x v2 x [(1)+(2)+(3)+(4)+(5)+(6)] x a x cos α /2

Onde:

(1) = dP x (hRP1 + 2 x hRP1) => Rede primária superior


(2) = dP1 x (hRP2 + 2 x hRP2) => Rede primária inferior
(3) = (dN x hFN) => Rede secundária(neutro)

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METODOLOGIA 01 17/07/95 11.0

(4) = dF x (hFA + hFB + hFC) => Rede secundária(fases)


(5) = (dTV x hTV) => TV a cabo
(6) = (dT x hT) => Telefone

b.2.2 - Momento Aplicado à Estrutura devido à Tração dos Cabos

B = 2 x [(1)+(2)+(3)+(4)+(5)+(6)] x sen α /2

Onde:

(1) = [TP x (hRP1 + 2 x hRP1)] => Rede primária superior


(2) = [TP1 x (hRP2 + 2 x hRP2)] => Rede primária inferior
(3) = (TN x hFN) => Rede secundária (neutro)
(4) = [TF x (hFA + hFB + hFC)] => Rede secundária (fases)
(5) = (TTV x hTV) => TV a cabo
(6) = (TT x hT) => Telefone

b.2.3 - Momento Aplicado à Estrutura devido ao Esforço do Vento e


Peso de Equipamentos

C = [(1) + (2) + (3) + (4) + (5) + (6)]

Onde:

(1) = (0,00754/6) x v2 x h2 x (2 x dt + db) => Vento no poste


(2) = 0,00754 x v2 x (X x Y x hTR) => Vento no transformador
(3) = (pTR + dTR) => Peso do transformador
(4) = (3 x FA x hA) => Esforço de tração da derivação
(5) = (pCO x dCO) => Peso da chave a óleo, chave tripolar
para operação em carga ou outro
acessório
(6) = (pL x dL) => Peso da luminária

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METODOLOGIA 01 17/07/95 12.0

b.2.4 - Momento Resistente de Um Estai de Âncora


(Rede Primária)

M = (R x 1,40 x h x cos 45°° )


RE EP EP1

b.2.5 - Momento Resistente de Um Estai de Âncora,


(Rede Secundária)

M = (R x 1,40 x h x cos 45°° )


RE ES ES

b.2.6 - Momento Resistente de Três Estais de Âncora

M = (R x 1,40 x h x cos 45°° ) + [ 2 x ( R x 1,40 x h x


RE EP EP1 EP EP2
x cos 45°° ) x sen α /2]]

b.2.7 - Momento Resistente do Poste (seção "A")

MRS = RN x 1,40 x ( h - 0,20 )


A

Sendo RN a resistência nominal do poste.

b.3 - Condição de Estabilidade

A condição de estabilidade exige que:

∑ MOMENTOAPLICADO À SEÇÃO
≤ ∑ MOMENTORESISTENTE DA SEÇÃO

Sendo:

MAS = A + B + C

MRS = MRSA + MRE

Logo:

A + B + C ≤ MRSA + MRE

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METODOLOGIA 01 17/07/95 13.0

A expressão acima é genérica para a limitação mecânica das estru-


turas citadas no item a.

A mesma deve ser adequada para o tipo de estrutura, arranjo e se-


ção a ser verificada. Para tanto elaborou-se a tabela 5 do ANEXO
I, que fornece os valores das diferentes variáveis, para cada
caso.

1.6.1.2 - Limitação Mecânica do Isolador de Pino

a - Estruturas Tipos 1, 2 e 2F (com amarrações: simples, dupla e


dupla fim de linha respectivamente)

Todas as estruturas tipos 1 e 2 ou 2F, deverão atender ao esforço


máximo suportável pelo pino de isolador ou pino de topo.

α
R PI FV FT

RPI - Esforço suportável pelo pino (daN).

Aplicando à expressão de equilíbrio de esforços, temos:

RPI ≥ FV + FT

Sendo:

FV = 0,00471 x v2 x a x d x cos α/2


FT = 2 x TP x sen α/2

Então:

RPI ≥ (0,00471 x v2 x a x d x cos α /2 ) + (2 x TP x sen α /2)

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METODOLOGIA 01 17/07/95 14.0

Introduzindo nesta expressão os valores de RPI (tabela 7 do ANEXO


I), d e TP (tabela 11 do ANEXO I), obteremos a (vão mecânico)
como função única de α .

1.6.1.3 - Limitação Mecânica do Isolador de Roldana

a - Estruturas com Isolador de Roldana

Todas as estruturas com isolador de roldana, deverão atender ao


esforço máximo suportável por este isolador.

α
R IR FV FT

aplicando à expressão de equilíbrio de esforços, temos:

RIR ≥ Fv + FT

Sendo:

RIR - Esforço suportável pelo isolador roldana (daN).

Fv = 0,00471 x a x v2 x d x cos α/2

FT = 2 x Tp x sen α/2

Então:

RIR ≥ (0,00471 x v2 x a x d x cos α /2) + (2 x TP x sen α /2)

Introduzindo-se nesta expressão os valores de RIR (tabela 7 do


ANEXO I), d e TP (tabela 11 do ANEXO I), obteremos o valor de a
(vão mecânico) como função única de α .

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METODOLOGIA 01 17/07/95 15.0

1.6.1.4 - Limitação Mecânica da Amarração com Laço Pré-Formado


a - Estruturas Tipos 1, 2 e 2F (com amarrações: simples, dupla e
dupla fim de linha respectivamente)

Todas as estruturas 1 e 2 ou 2F amarradas com laço pré-formado,


deverão atender ao ângulo máximo permitido pelo laço, de acordo
com a tabela 8 do ANEXO I.

1.6.1.5 - Limitação Mecânica da Armação Secundária

a - Estruturas com Armação Secundária

A expressão de equilíbrio é análoga ao item 1.6.1.3, ou seja:

RAS ≥ (0,00471 x v2 x a x d x cos α /2) + (2 x TP sen α /2)

RAS - esforço suportável pelo isolador roldana ou pelo afastador


de armação secundária (quando este for utilizado) (daN).

Introduzindo-se nesta expressão os valores de RAS , (Tabela 7 do


ANEXO I), v (tabela 15 do ANEXO I) e d e TP (tabela 11 do ANEXO I),
obteremos o valor de a (vão mecânico) como função única de α .

1.6.1.6 - Limitação Mecânica da Cruzeta e Mão Francesa

Para cruzetas em estrutura normal, levaremos em conta somente os


esforços verticais, para as de ancoragem consideraremos também os
horizontais. Para a mão francesa, por razões de segurança, consi-
deraremos apenas sua resistência a tração.

a - Estrutura Normal de Tangência (ou Passagem)

a.1 - Cruzeta

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METODOLOGIA 01 17/07/95 16.0

Neste caso, para a cruzeta, consideraremos apenas as solicitações


verticais ocasionadas pelo peso dos condutores, acessórios de sus
tentação, peso próprio da cruzeta, peso do eletricista e peso de
eventuais equipamentos. :

L CR

d2 d2
d3 d1

b
c

pc 45º pc p
c
d CO
p CR p
E
p CO
R
F
M+

onde:

pCO - Peso da chave a óleo, chave tripolar para abertura em carga


ou outro acessório (daN);
pc - Peso dos condutores mais acessórios de sustentação (daN);
pCR - Metade do peso próprio da cruzeta (daN);
dCO - Distância do baricentro geométrico da chave a óleo, chave
tripolar para operação em carga ou outro acessório ao eixo do
poste )m);
LCR - Comprimento da cruzeta (m);
d1 - Distância do ponto de fixação do condutor interno ao eixo do
poste (m);
d2 - Distância do ponto de fixação do condutor externo ao eixo do
poste (m);
d3 - Distância do ponto de fixação da mão francesa ao eixo do
poste (m);
b e c - Dimensões da seção transversal da cruzeta;
RF - Resistência máxima a tração da mão francesa (daN);
σ CR - Tensão de trabalho da cruzeta em relação ao seu eixo neutro
(daN/m2);
MACR = Momento fletor máximo aplicado no centro da cruzeta
(daN/m);
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METODOLOGIA 01 17/07/95 17.0

O momento mecânico atuante na seção transversal do centro da cru-


zeta (seção de maior solicitação) tem a seguinte expressão:

LCR
MACR = (pc + PE ) x d2 + pCR x + pc x d1 + pCO x dCO
4

A tensão de trabalho em relação a seu eixo neutro é:

6MACR daN
σCR = ( )
cb2 m2

Logo, a seguinte relação é imperativa:

σCR x c x b2
MACR ≤
6
Com:

Pc = P x a + Pa sendo: P o peso do condutor por unidade de


comprimento (daN/m) e Pa o peso dos
acessórios (daN).

Resulta:

1 1

a ≤ x [ x ( 2 x σ CR x c x b2 - 12 pE x
p 12 (d1 + d2)

x d2 - 3 pCR x LCR - 12 pCO x dCO ) - pa ]

( 1 )
que é a equação de limitação da cruzeta para esforços verti-
cais.

Aumentando a praticidade (particularizando), considerando a resis-


tência mecânica da cruzeta especificada na NTC-811500, temos:

Tracão de ruptura da cruzeta


MRCR = ( x 1,4 ) x d
2

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METODOLOGIA 01 17/07/95 18.0

onde:

MRCR - Momento fletor máximo resistente no centro da cruzeta


(daN/m);
d - Distância, do eixo do poste à fixação do condutor mais afasta-
do deste eixo.

temos:

1 LCR

a ≤ x [ MRCR - pE x d2 - pCR x - pCO x


p x (d1 + d2) 4

x dCO - pa x ( d1 + d2 ) ]

( 2 )
Introduzindo-se nas expressões (1) ou (2) os valores das incógni-
tas do segundo membro (tabelas 5, 11 e 15 do ANEXO I), obteremos
o valor de a máximo para cada caso, observando-se as possíveis
simplificações, caso existam.

a.2 - Mão Francesa

Considerando ainda a figura do sub-item a.1, a maior solicitação


da mão francesa, ocorrerá na fase de construção, admitindo os con-
dutores lançados somente sobre na metade da cruzeta onde se apoiam
dois condutores. Em assim sendo, é condição de equilíbrio que:

∑ MA = 0

2
(RF x x d3) - (pc x d1) - [(pc + pE ) x d2] - (pCO x dCO) = 0
2

pc x (d1 + d2) + pE x d2 + pCO x dCO


RF = 1,4142 x ( )
d3

é de estabilidade que:

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METODOLOGIA 01 17/07/95 19.0

pc x (d1 + d2) + pE x d2 + pCO x dCO


RF ≥ 1,4142 x ( )
d3

e com pc = P x a + Pa , temos:

1 1 RF x d3
a ≤ x [ x ( - pE x d2 - pCO x dCO ) - pa ]
p d1 + d2 1,4142

( 3 )

que é a equação de limitação da mão francesa, onde introduzido os


valores das incógnitas do segundo membro (tabelas 5, 11 e 15 do
ANEXO 1), obteremos o valor de a máximo para cada caso, obser-
vando-se as possíveis simplificações, caso existam.

b - Estrutura Normal de Ancoragem

b.1 - Cruzeta

Consideremos a figura a seguir:

eixo neutro

c
b

T T T

O momento mecânico atuante na seção transversal do centro de uma


das cruzetas (seção de maior solicitação) tem a seguinte expressão:
T
MRCR = x d
2

Sendo T a tração máxima horizontal de projeto (dependendo da exten-


são do vão mecânico a), aplicada na cruzeta a uma distância d
(distância, do eixo do poste à fixação do condutor mais afastado
desse eixo).

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Versão Data Fl.

METODOLOGIA 01 17/07/95 20.0

A tensão de trabalho da cruzeta em relação ao seu eixo neutro é:

6MRCR
σCR =
b x c2

É condição de estabilidade que:

6MRCR 3 x T x d
σCR ≥ ou σCR ≥
b x c2 b x c2

Então:

σ CR x b x c2
T ≤ (duas cruzetas)
3 x d

que é a equação de limitação da cruzeta para os esforços horizon-


tais, onde introduzindo-se os valores das incógnitas do segundo
membro, obteremos o valor máximo de T aplicável na cruzeta. Aumen-
tando a praticidade (particularizando), considerando a resistência
mecânica da cruzeta especificada na NTC-811500, obteremos:

MACR ≤ MRCR

ou seja:

T MRCR
x d ≤ MRCR ou T ≤ (Duas Cruzetas)
2 d

Onde, introduzindo-se o valor de d e de MRCR na equação obteremos


o valor máximo de T aplicável na cruzeta.

c - Estrutura Beco de Tangência

c.1 - Mão Francesa

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METODOLOGIA 01 17/07/95 21.0

Neste caso, consideraremos que a cruzeta não apresente limitação,


tendo em vista que a limitação da mão francesa a esforços de com-
pressão é mais crítica. Entretanto, caso se julgue necessário, su-
gerimos utilizar a expressão de limitação da cruzeta locada no su-
bitem a.1 com as devidas adaptações. Assim sendo, levaremos em
consideração somente a limitação da mão francesa. Esquema a se-
guir:

L CR
d2
d1
d3

δ
d4 F pc
pc V
pc
p F pE
CM CR V

h RP

D
p p p p
F CR F F
d CO
p
CO
dE

Além das variáveis já definidas no sub-item a.1, temos:

RF - Resistência máxima a compressão da mão francesa (daN);


pF - Peso da chave fusível mais o peso do pára-raio (ou outro
acessório) (daN);
pCO - Peso da chave a óleo, chave tripolar para operação em carga
ou outro acessório (daN);
d4 - Distância, entre os pontos de fixação da cruzeta superior à
mão francesa (m);
dE - Distância, do ponto de fixação da mão francesa na cruzeta ao
eixo do poste (m);
dCO - Distância, do baricentro geométrico da chave a óleo (ou ou-
tro acessório) ao eixo do poste (m);
CM - Comprimento da mão-francesa (entre os pontos de fixação)(m);
d1, d2, d3 - distância, do eixo do poste ao isolador de pino (m):

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METODOLOGIA 01 17/07/95 22.0

LCR - Comprimento da cruzeta (m);

pCR - Metade do peso próprio da cruzeta (daN);

pc - Peso dos condutores, mais acessórios de sustentação (daN);

p - Peso do condutor por unidade de comprimento (daN/m);

pE - Peso do eletricista (daN);

FV - Reação vertical da mão francesa (daN);

δ - Ângulo de montagem da mão francesa perfilada (graus).

Para o cálculo de FV , temos:

∑MD = 0 (Momento na seção D)

LCR
FV x dE - pF x d2 - pF x d1 - pF x d3 - 2 x pCR x - pCO x dCO = 0
2

FV x dE ≤ pF x (d1 + d2 + d3)+ pCR x LCR + pCO x dCO

que atua verticalmente para baixo sobre a cruzeta superior. Com


respeito aos esforços atuantes na cruzeta superior, temos como
condição de estabilidade que:

∑ MOMENTORESISTENTE ≥ ∑ MOMENTOATUANTE

RF x sen δ x dE ≥ Fv x dE + (pc + pE ) x d2 + pc x d1 + pc x d3 + pCR x LCR

d4
RF x x dE ≥ pF x (d1 + d2 + d3) + pCR x LCR + pCO x dCO +
CM
+ ( pc + pE ) x d2 + pc x d1 + pc x d3 + pCR x LCR

Com pc = ( p x a ) + ( pa ), ficamos com:

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METODOLOGIA 01 17/07/95 23.0

d4 x dE
RF ( ) - pF x (d1+d2+d3) - 2 x pCR x LCR - pCO x dCO - pE x d2
1 CM
a≤ ( ) - pa
p
d1 + d2 + d3

( 4 )

Que é a equação de limitação da mão francesa para montagens de


beco de tangência, onde introduzido os valores das incógnitas do
segundo membro (tabelas 5, 11 e 15 do ANEXO I) e NTC's
correspondentes, obteremos o valor máximo de a para cada caso.

Algumas simplificações foram introduzidas, assim como outras pode-


rão ser consideradas, dependendo da montagem.

c.2 - Limitação do Poste

Para verificarmos a estabilidade do poste na altura da fixação da


mão francesa e do engastamento, consideraremos o seguinte esquema:

L CR
d2
d1
d3

δ F
AH

d4 pc
pc pc
p pE
CR
h
RP F F
AH AV

SEÇÃO M
dE

SEÇÃO A

Onde:

FAH - Força aplicada horizontalmente no ponto da fixação da mão


francesa no poste;

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METODOLOGIA 01 17/07/95 24.0

FAV - Força aplicada verticalmente no ponto da fixação da mão


francesa na cruzeta;

MSeçãoM - Momento aplicado no poste, na SeçãoD;

LCR
pc x (d1 + d2 + d3) + (pCR x ) + (pE x d2)
2
FAV =
dE

d4 FAV FAV x dE
tg δ = ∴ tg δ = ∴ FAH =
dE FAH d4

logo, MSeçãoM = FAH x d4 onde, substituindo FAH, teremos:

LCR
MSeçãoM = pc x (d1 + d2 + d3) + (pCR x ) + (pE x d2)
2

A expressão acima foi desenvolvida em relação à altura d4, logo,


se substituirmos d4 por hRP na seqüência de cálculos mostrados
acima, para calcularmos MseçãoA, obteremos um valor igual ao do
momento aplicado na Seção M. Assim podemos concluir que o valor
obtido por esta equação, aplica-se a qualquer seção do poste.

Nota: A expressão acima, contempla as estruturas tipo B1, para


as estruturas tipo B2 e B4, substituir LCR por 2LCR.

d - Estrutura Beco de Ancoragem

d.1 - Estai

O estai de cruzeta absorve, praticamente, todos os esforços do


primário. A limitação da tração dos condutores, portanto, está di-
retamente relacionada com a resistência do estai.

Consideremos o seguinte esquema:

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METODOLOGIA 01 17/07/95 25.0

3T

10o(máx.)
R EP

d5

d3 T θ

d2
R EP
d1 T

Onde:

d5 - Distância do estai poste a poste (m);

REP - Momento resistente do estai primário (daN).


O momento atuante na seção transversal do ponto de engastamento
das cruzetas no poste, considerando T a tração máxima horizontal
de projeto, tem a seguinte expressão:

MC = T x (d1 + d2 + d3)
O momento resistente oferecido pelo estai é expresso por:

MR = REP x cos 10º x cos θ x d2

MR = 0,9848 x cos θ x REP x d2


Sendo θ o ângulo formado pelo cabo de estai e o segmento de reta
limitado pelos pontos de engastamento da cruzeta no poste e fixa-
ção do cabo de estai no poste de ancoragem.
A condição de estabilidade exige que:

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METODOLOGIA 01 17/07/95 26.0

MC ≤ MR

T x (d1 + d2 + d3) ≤ 0,9848 x cos θ x REP x d2

0,9848 x cos θ x REP x d2


T ≤
d + d + d
1 2 3

Com aproximação aceitável, temos:

d5
Cos θ =
2 2
d + d
2 5

d2 x d5 x REP
T ≤ 0,9848 x
2 2
d1 + d2 + d3 x d + d
2 5

Que é a equação de limitação do estai para montagem beco.


Introduzindo-se os valores das incógnitas do 2º. membro (tabelas 5
e 11 do ANEXO I e NTC's correspondentes), obteremos a tração
máxima T de projeto.

1.6.1.7- Limitação Mecânica da Fundação das Estruturas e Estais

a - Limitação da Fundação das Estruturas

a.1 - Considerações

Dentre os vários processos existentes, o de VALENSI é o sugerido


para o cálculo dos dois tipos de engastamentos (simples, reforçada
e base concretada). No caso de base concretada a COPEL adota
valores obtidos atraves da prática deste tipo de engastamento, na
Empresa. Ver ANEXO II.
Em termos de aplicação, deve-se sucessivamente optar pelo tipo
mais econômico de engastamento, tendo em vista a resistência re-
querida para cada caso, a qual deve ser mantida a 1,4 da resistên-
cia nominal da estrutura.
Para isto, a viabilização técnica econômica da aplicação de estais
não deve ser esquecida.

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a.2 - Método de Cálculo

a.2.1 - Engastamento Simples

Devido a pequena influência do peso do poste e acessórios


(bastante variável e de difícil determinação para postes de dis-
tribuição), recomenda-se desprezar sua influência. Portanto, tem-
se a seguinte fórmula simplificada para o cálculo da resistência
máxima do engastamento simples:

h h
RP

C x b x c3
F =
hRP + c

Onde:

F - Força máxima suportável pelo engastamento (daN);


hRP - Distância do solo ao ponto de aplicação da força F(m);
c - Profundidade de engastamento (m);
b - Dimensão ou diâmetro médio do poste, referente à profundidade
de engastamento do poste, normal ao eixo da aplicação da força
F(m);
C - Coeficiente de compressibilidade (daN/m2).

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a.2.2 - Engastamento com Base Reforçada

Considerando a seguinte figura:

h
RP

n t
c

n
B

m b

Admitindo-se as considerações feitas no ANEXO I DA RTD - 22 - CODI


- Método VALENSI, aplicado no engastamento com base reforçada,
tem-se a seguinte expressão para o cálculo do engastamento:

C x b x c3 6 x C x n x t x (m - b) x [c + n - t -(n2 / 2t)]
F = +
h + c h + c
RP RP

sendo:

t - Distância entre o nível do terreno e a face inferior do re-


forço do engastamento (placa de concreto) (m);

n e m - Dimensões mínimas de ataque do reforço do engastamento


(placa de concreto) (m).

Este tipo de engastamento deve ser adotado em fundações onde a re-


sistência de engastamento simples for inferior a 1,4 da resistên-
cia nominal do poste.

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a.2.3 - Engastamento com Base Concretada

Considerando a seguinte figura:

h
RP

0,30m
0,50m n

dv = d

Admite-se aqui a fórmula simplificada do engastamento simples, do


método Valensi, somente em fundações com postes de baixa resistên-
cia (150 e 300 daN), onde o peso do poste e da fundação não influi
significativamente na resistência do engastamento.
Para postes de resistência mais elevadas e quando terreno
apresenta baixa resistência, as dimensões da fundação e o peso do
poste e fundação, contribuem grandemente para resistência da fun-
dação. Por outro lado, devido às características da fundação con-
cretada recomendada, aplica-se um fator de correção K, calculado
pela expressão:

54 n2 4 c 1 n 3
k = x ( x - x - )
17 c2 3 n 4 c 2

conforme considerações contidas no Anexo II da RTD 3.1.2103.0


(antiga SCEI 09-06).

Portanto a expressão para o cálculo da resistência de engastamento


com base concretada para postes de resistência nominal até 300
daN, inclusive, é:

C x K x dv x c3
F =
hRP + c

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e para postes com resistência nominal superior a 300 daN:

C x K x dv x c3 dv x P 2 x P x 10
-4
F = + x ( 0,5 - )
hRP + c hRP + c 3 x dv2

O peso P do poste e fundação é calculado aproximadamente pela ex-


pressão:

π
P = ρ + ( dv2 - b2 ) x n x Pe
2

sendo:

b - Diâmetro ou diagonal da base do poste (m);

Pe - Peso específico do concreto (daN/m3);

dv - Diâmetro da vala ou dos anéis de concreto da fundação (m);

n - Altura dos anéis de concreto (m);

ρ - Peso do poste, conforme seu comprimento e resistência e con-


siderando como uma aproximação dos postes de concreto circular e
duplo T (daN).

Este tipo de engastamento deve ser adotado em fundações onde a re-


sistência do engastamento com base reforçada for inferior a 1.4 da
resistência nominal do poste.

a.3 - Cálculo das Resistências dos Engastamentos para Postes de Dis-


tribuição

Todos os parâmetros das fórmulas citados nos itens a.2.2, a.2.3 e


os valores obtidos ao longo da prática do uso do engastamento com
base concretada, estão nas tabelas 9, 18 e 19 do ANEXO I. Nas ta-
belas 20 e 21 do ANEXO I, plotamos as resistências de engastamen-
tos, diâmetro da vala e o volume de concreto dos engastamentos com
base simples, com base reforçada e com base concretada, para pos-
tes padronizados e para terrenos com características diferentes.
Uma simples observação destas tabelas permite ao interessado, se-
lecionar o tipo de engastamento mais indicado para determinada si-
tuação.

Nota: Como regra prática, para qualquer tipo de engastamento,


deverão ser aplicados os critérios contidos no ANEXO II.

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b - Limitação da Fundação dos Estais

b.1 - Estai de Âncora

b.1.1 - Em Solo Firme

O estai de âncora é constituído por uma haste de âncora (NTC


812083) fixada a uma âncora para estai (NTC-812085), enterrada a
uma determinada profundidade no solo, conforme ilustra a figura 1,
a seguir:

FIGURA 1 FIGURA 2

i n i

haste h ângulo h
de de
âncora
45º talude ψ ψ

Âncora
para estai n
NTC 812085 n

m m

O esforço máximo suportado pelo estai de âncora é calculado a


partir do peso do tronco de pirâmide quadrangular, mostrado na
figura 2. Para simplificação dos cálculos, consideraremos a base
inferior do tronco da pirâmide, plana e horizontal. Chamando de S
a área da base superior do tronco, s a área da base inferior, h a
altura. A equação do volume do tronco é:

V = 1/3 h x (S + s + S x s ) (m3)

com:

S = (n + 2i) x m
s = n x m

sendo:

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METODOLOGIA 01 17/07/95 32.0

m - Comprimento da base inferior (comprimento da âncora para


estai) (m);
n - Largura da base inferior (largura de ataque da âncora para
estai) (m);
h - Profundidade de engastamento da âncora para estai (m);

i - h cotg Ψ ;
Ψ - Ângulo de atrito interno do solo (talude natural), (GRAUS
SEX).

Chamando de γ o peso específico do terreno (daN/m3), o peso do vo-


lume do solo deslocado (esforço suportado pela haste de âncora na
vertical) é:

Ps = V x γ

Então, o esforço F suportável pela haste de âncora na direção do


estai (45º) em daN é:

F ≤ 1,4142 x V x γ

ou

F ≤ 1,4142 x 1/3 h x (S + s + Sxs) x γ

que depois das substituições temos:

F ≤ 0,47 x h x m x (2 x n + 2 x h x cotgΨ
Ψ + n2 +2
2 x nx hx cotgψ ) x γ

Logo, o esforço F suportável pelo estai de âncora é uma função da


profundidade de engastamento h da âncora para estai (ou outra es-
cora), depois de fixada as dimensões desta e os parâmetros do
terreno. Este esforço deve ser compatível com a força requerida
pela estrutura a ser estaiada e com o esforço suportado pelo cabo
de aço e haste de âncora. Desta forma, a expressão acima permite
(entre outras coisas), determinar a profundidade h necessária para
cada situação.

Os parâmetros para esta finalidade estão mostrados nas tabelas 18


e 19 do ANEXO I. A título de ilustração, na tabela 21 do ANEXO I,
calculamos a dimensão h necessária para alguns tipos de terrenos e
esforços suportáveis pelos cabos de aço padronizados (NTCs
813651/5). Casos omissos (para outros parâmetros), deverão ser
calculados utilizando os procedimentos aqui descritos.

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METODOLOGIA 01 17/07/95 33.0

b.1.2- Em Rochas e Pântanos

Âncora em Rocha (FIGURA 1) Âncora em Pântano (FIGURA 2)

10cm min.
10cm min.
190cm máx. 45º
45º

45º 10cm
.. ..
.... .... Concreto
.... ....
.... .... Traço
Terra .... ....
.... .... h 1:3:5
.... .... Nata de
.... .... cimento
.... . Terra
.... .... e areia
50cm mín. .... .... traço
.... .... 1:1:5
na ....
....
....
....
rocha .... ....
.... .... Rocha
.... ....
.... ....
.... ....
d
Diam.=3,4cm min.

....
.... ...
........
...
........
.......
....

A âncora em rocha é considerada resistente as solicitações


permissíveis dos cabos de aço padronizados pela COPEL (NTCs
813651/5) devido as suas características. No caso de pântanos a
resistência da âncora é praticamente determinada pelo peso do vo-
lume de concreto que envolve a haste, assim:

RAP = P x V

com:
πd2 x h
V =
4

sendo:

RAP - Resistência da âncora em pântano (considerada na direção do


estai, por segurança) (daN);
P - Peso específico do concreto (daN/m3);
V - Volume do concreto (m3);
h - Profundidade de engastamento (m);

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METODOLOGIA 01 17/07/95 34.0

d - Diâmetro do cilíndro de concreto (m).

Assim:

π x d2 x h x Pe
RAP =
4

Através desta expressão, após relacionar o cabo de aço (ou monta-


gem) mais indicada (NTC-813651/5) para suportar o esforço
solicitado pelo poste a ser estaiado e, dependendo das condições
locais, fixa-se uma das variáveis d ou h (a mais conveniente) e
calcula-se o valor da outra, h ou d.

b.2 - Estai de Contra-poste

Engastamento Simples Engastamento Reforçado

Sentido Sentido
do esforço do esforço

Solo não atingido Solo não atingido


pela escavação pela escavação
30º 30º
Solo socado Solo socado
em camadas em camadas
de 20 cm 50 de 20 cm
20
200
130
A B
UNIDADE = cm
A' B'

Placa
de
Aprox.40 Concreto Aprox.40
NTC 812086
CORTE A A' CORTE B B'

Como tratado no item a.2.2 , o método VALENSI é utilizado aqui


para a determinação da resistência de engastamento do contraposte
ou postes a serem utilizados em estais. Na tabela 20 do ANEXO I,
apresentamos a resitência de engastamento dos postes padronizados
pela COPEL em função das características de alguns tipos de terre-
no e engastamento.

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METODOLOGIA 01 17/07/95 35.0

1.6.1.8 - Limitação Mecânica das Estruturas e Solo, devido o Perfil


do Terreno (ângulo de deflexão vertical)

a - Esforços Verticais Ascendentes (arrancamento)

Vt

T hxy hxw T

(y) (w)

(x)
axy axw

O valor do esforço vertical ascendente (arrancamento ou enforca-


mento) em uma estrutura, pode ser calculado pela seguinte equação:

Vt = Vxy + Vxw , onde:

axy x p hxy x T axw x p hxw x T


Vxy = - e Vxw = -
2 axy 2 axw

sabendo-se que:

Vt - Esforço vertical total;

Vxy e Vxw - Esforcos verticais parciais;

axy e axw - Vãos adjacentes à estrutura central;

p = Peso do condutor;

hxy e hxw - Desnível existente entre a fixação dos cabos na


estrutura central e a fixação nas estruturas adjacentes. Terá
valor positivo, quando a estrutura adjacente estiver acima da
estrutura central e negativo quando a estrutura adjacente estiver
abaixo.

T - Tração A 0ºC. ou 50ºC. (fazer cálculos com ambas). Quando a


estrutura central for de tangência, terá o valor equivalente à
tração do vão regulador que abrange a estrutura central e, quando
for uma estrutura limite de tramo, terá o valor conforme os vãos
reguladores adjacentes à estrutura central.

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METODOLOGIA 01 17/07/95 36.0

Notas: 1 - Quando o valor de Vt for negativo, indica um esforço


vertical ascendente, ou seja, arrancamento.

2 - Quando o valor de Vt for positivo, indica um esforço


vertical descendente, ou seja, compressão.

b - Esforços Verticais Descendentes

b.1 - Configuração Genérica

Consideremos a seguinte configuração:

δ
a
δ /2

TP TP

2 TP sen δ /2 + pc

a cos δ /2

TP TP

TP TP

TP TP

Em termos de esforços verticais, a situação anterior (alinhamento)


representa a situação mais crítica e comum, razão pela qual não
consideraremos nenhuma deflexão horizontal. Caso esta exista, es-
taremos sempre a favor da segurança.

Como parâmetros limitantes a estes esforços, consideraremos: a re-


sistência do poste, solo e mão francesa (mais crítico) a esforços
de compressão e resistência da cruzeta a flexão.

A referida configuração pode abranger estruturas do tipo normal


simples ou dupla, triangular, beco simples ou dupla, de tangência
ou ancoragem, tudo com as devidas adaptações nas expressões gené-
ricas.

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METODOLOGIA 01 17/07/95 37.0

b.2 - Limitação do Poste a Esforços de Compressão

Submetendo-se um corpo sólido, cujo comprimento ultrapassa um de-


terminado número de vezes a menor dimensão de sua seção transver-
sal, a um esforço de compressão em direção longitudinal, o mesmo
ficará sujeito a flambagem, limitada pela sua taxa máxima de tra-
balho (tensão admissível). Para o cálculo dessa tensão, a fórmula
de Rankine foi considerada a mais racional e satisfatória, tendo
em vista a relação H/r (veja adiante) permanecer, em nosso caso,
entre 20 e 150, que é o campo de aplicação desta expressão.

P H2 x S
σa ≥ x ( 1 + q x )
S I
( 5 )

Onde:
σ a - Taxa de trabalho ou tensão admissível a compressão estrutura
(daN/m2) (mínimo 250 x 104 daN/m2);
P - Peso da estrutura mais peso dos condutores mais componente
vertical do esforço máximo absorvido pelo estai mais componente
vertical da tração dos condutores para o pior caso (daN);
S - Área de seção transversal no ponto da aplicação dos esforços
(m2);
I - Momento de inércia da seção crítica do poste (mU);
H - Altura livre do poste (m);
q - Coeficiente que depende da espécie de material e da dispo-
sição das extremidades da estrutura que, no caso, tem uma extremi-
dade engastada e a outra livre.

r = I/S - raio de giração (m).

sendo:

P = ρ + pc + Fes + 2 x TP x sen δ/2


onde:
ρ - Peso próprio da estrutura (daN) (tabela 19 do ANEXO I);
pc - p x a + Pa - peso dos condutores mais acessórios de susten-
tação (daN);
Fes - Esforço máximo vertical absorvido pelo estai (daN);
TP - Tração de projeto para os condutores (daN);

levando P na expressão ( 5 ), temos depois dos desenvolvimentos:

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DIMENSIONAMENTO DE ESTRUTURAS NTC 850 001
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METODOLOGIA 01 17/07/95 38.0

σa x S
p x a + 2 x TP x sen δ /2 + ρ + Fes + pa - ≤ 0
H2 x S
1 + q x
I

que é a expressão genérica para a limitação da estrutura a esfor-


ços de compressão.

Os parâmetros para a aplicação desta, estão mostrados nas tabelas


5, 11, 19, 22-A e 22-B do ANEXO I e tabela de flechas e trações
(Tp). As características dos postes foram fornecidas pelos
fabricantes. Qualquer outro esforço vertical, que eventualmente
seja de bom senso considerar, deve ser adicionado ao primeiro
membro da expressão genérica.

a.3 - Limitação do Solo a Esforços de Compressão

a.3.1 - A partir de resultados de Sondagens

A tensão admissível de solos a esforços de compressão a partir de


resultados de sondagens, em função do número de golpes de penetra-
ção, é obtida pela seguinte expressão:

P h n+1
σa = x ( n x + )
100 x S e 2

onde:

p - Peso do martelo (daN);


n - Número de golpes;
h - Altura de queda do martelo (cm);
e - Penetração do barrilete amostrador (cm);
S - Seção do barrilete amostrador (cm2);
σa - Tensão admissível de solos a esforços de compressão
(daN/cm2);

Para ilustrar, temos:

P - 65 daN;
n - variável;
h - 75 cm;
e - 30 cm;
S - 10,685 cm2.

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METODOLOGIA 01 17/07/95 39.0

Resulta:

65
σa = x (6n + 1)
2137

Ao variarmos n de 1 a 15, temos:

n 1 2 3 4 5 6 7 8
σa(daN/cm 2) 0,21 0,40 0,58 0,76 0,94 1,13 1,31 1,49
n 9 10 11 12 13 14 15
σa(daN/cm 2) 1,68 1,86 2,04 2,22 2,41 2,59 2,77

É imperativo que:

P
σa ≥
A

com:

P - definido no sub-item 1.6.1.8 b.2

A - área da seção transversal da base da estrutura (m2) depois de


ser substituído o valor de P, temos:

δ
p x a + 2TP sen + ρ + pa + Fes - σ aA ≤ 0
2

( 6 )
que é a expressão genérica para a limitação do solo a esforços de
compressão. O valor de σ a é calculado conforme roteiro anterior e
os demais valores das constantes desta expressão estão nas tabelas
9, 11, 18 e 19 do ANEXO I e tabela de flechas e trações (TP).

a.3.2 - A Partir da Classificação dos Solos

Na tabela 18, ANEXO I, temos os valores de tensão admissível para


alguns tipos de solos (fontes indicadas) e nas tabelas 9, 11 e 19
do ANEXO I e tabelas de Flechas e Trações (TP) os demais valores
das constantes necessários a aplicação da expressão genérica ( 6 )

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Versão Data Fl.

METODOLOGIA 01 17/07/95 40.0

Se eventualmente existir algum outro esforço vertical descendente


a considerar, o mesmo deve ser adicionado ao primeiro membro desta
expressão.

a.4 - Limitação da Cruzeta a Esforços de Flexão e Mão Francesa


a Tração e Compressão

Tudo deve ser tratado como o apresentado no item 1.6.1.8, entre-


tanto deve-se considerar o componente 2xTPxsen δ /2 devido a tração
de projeto a que os condutores ficam submetidos e as resistências
da cruzeta e mão francesa, conforme as tabelas 13 e 16 do ANEXO I.
Assim, as expressões ( 1 ), ( 2 ), ( 3 ) e ( 4 ), devem ser
adaptadas para os devidos cálculos.

1.6.2 - Limitação Elétrica

a - Expressão da Limitação Elétrica

O espaçamento S mínimo horizontal, entre condutores de um mesmo


circuito, nos pontos de fixação, é dado pela expressão:

S = (0,00667 x E) + (0,368 x f ) (fonte: RTD 23 e 24 do CODI)

α
α/2
Eixo da RDR ou RDU

S S MV α/2

S MV

Entretanto, devido a deflexão α , a expressão fica:

α
SMV = S x cos = (0,00667 x E) + (0,368 x f )
2
ou:

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METODOLOGIA 01 17/07/95 41.0

α
SMV x cos - 0,00667 x E
2
f ≤ ( ) 2
0,368

Sendo SMV o espaçamento mínimo no meio do vão. Evidentemente, este


espaçamento depende da combinação das estruturas utilizadas e da
alternanância de fase(s), caso exista.

sendo:

f - Flecha (m);

S - Espaçamento entre condutores na cruzeta (m);

E - Tensão elétrica entre condutores (kV).

Aplicando nesta expressão valores de S (tabela 13 do ANEXO I), E


(tabela 6 do ANEXO I), temos f em função única de α .

Introduzindo valores para α , obtemos valores de f, e com o auxílio


das tabelas de flechas máximas (Programa Daefleta), temos os cor-
respondentes valores de a, ou seja, obtemos assim a em função de α .

b - Expressão da Determinação do Espaçamento Entre Postes em


Estruturas HTE

Conhecendo-se os valores do vão, da flecha, deflexões e o tipo das


estruturas , poderemos definir o espaçamento entre os postes de
uma estrutura HTE, com a seguinte equação:

α2
{2x[(rqfx0,368)+(0,00667xE)]}-[b x (d2 x cos )]
2
d1 =
α1
b x cos
2

onde:

rqf - Raiz quadrada da flecha do vão (m);


E - Tensão (kV);
d1 - Distância entre fases na estrutura número 1 (HTE) (m);
d2 - Distância entre fases na estrutura número 2 (m);

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METODOLOGIA 01 17/07/95 42.0

α 1 - Deflexão dos condutores na estrutura número 1 (graus);


α 2 - Deflexão dos condutores na estrutura número 2 (graus);
b - Para estruturas HTE com HTE, N1, N2 ou N4 = 1 (um)
Para estruturas HTE com TE = 2/3 (≅ 0,667).

Obs.: Para estruturas HTE com TE, os valores de d1 e d2 deverão


ser medidos, sem considerar a fase central.

1.6.3 - Limitação Geométrica

1.6.3.1 - Geral

Uma Rede de Distribuição Rural normalmente pode apresentar vãos


extensos, ao contrário de uma Rede de Distribuição Urbana onde as
limitações de ordem geométrica são quase sempre desprezadas. Desta
forma, a topografia do terreno se faz sensibilizar mais significa-
tivamente nas RDR's, onde são consideradas as seguintes condições
básicas que, simultaneamente compõem as limitações geométricas
(item 1.2 desta NTC).

a - Não permitir esforços verticais ascendentes, superiores aos li-


mites de utilização das estruturas (arrancamento);

b - manter os cabos a uma distância mínima de segurança ao solo


(cabo baixo).

Estes parâmetros, evidentemente, devem ser compatibilizados com as


limitações de ordem mecânica e elétrica, tratadas anteriormente.

A locação das estruturas no perfil do terreno, tendo em vista o


levantamento planialtimétrico, é feito por tentativas, compatibi-
lizando o comprimento do vão permitido com os dois pontos adequa-
dos de localização das estruturas, através da utilização de gaba-
ritos.

1.6.3.2 - Gabarito de Catenária

Gabarito de catenária é um conjunto de curvas, plotadas em chapa


plástica transparente (ou equivalente) que simula o comportamento
geométrico dos condutores, em relação ao perfil do terreno para
determinados parâmetros de operação.

O gabarito de catenária contém as seguintes curvas:

1 - Curva do condutor na situação de flechas mínimas sem vento,


para determinado vão básico, para a verificação da condição de
"arrancamento" de determinada estrutura, em relação as estruturas
adjacentes.

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METODOLOGIA 01 17/07/95 43.0

2 - Curva do condutor na situação de flechas máximas sem vento,


para determinado vão básico, para a verificação da condição de
"cabo baixo".

3 - Curva (linha) do solo auxiliar para verificação de "cabo bai-


xo", traçada "paralelamente" a curva de flechas máximas, que indi-
ca a posição do solo, para que o afastamento mínimo entre este e o
condutor seja observado.

4 - Curva (linha) de locação de estruturas para verificação do


posicionamento da seção superior de engastamento, traçada
"paralelamente" à curva de flechas máximas, a uma distância igual
a altura do condutor ao solo na ordenada que passa pela estrutura.

O gabarito de catenária possui as seguintes funções:

1 - Locação de estruturas nos perfis planialtimétricos do traçado


da rede em função da distância mínima de aproximação entre o con-
dutor e o solo (cabo baixo).

2 - Verificação dos eventuais esforços verticais ascendentes


(arrancamento), que porventura estejam ocorrendo em determinadas
estruturas.

3 - Desenho do condutor, no perfil do traçado da rede, na situação


da máxima aproximação daquele ao solo, fig.4 do ANEXO 2.

Nota: A representação e detalhamento dos diversos gabaritos esta


contida no ANEXO 8 da NTC 831005.

1.6.3.3 - Vão Regulador e Vão Básico

São os trechos de vãos contínuos ancorados em ambas as extremida-


des.
Assim, para cada um desses trechos, devemos calcular o Vão Regula-
dor (ou equivalente), que é o vão da catenária que substitui mate-
maticamente o trecho ancorado.
De posse do vão regulador de cada trecho, o projetista deverá con-
sultar as Tabelas de Regulação dos Cabos Condutores, e as Tabelas
de Flechas e Trações.

As referidas tabelas, fornecem para cada trecho, com seu vão regu-
lador, as trações iniciais de montagem e respectivas flechas para
os diferentes valores de vãos contínuos, tudo para as diversas
temperaturas.

A rigor se deduz que para projetar, seriam necessários tantos ga-


baritos quantos são os diferentes vãos reguladores dos diferentes
projetos, o que seria impraticável.

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METODOLOGIA 01 17/07/95 44.0

Levando em conta também as limitações mecânicas e elétricas dos


suportes das redes aéreas em termos de limites máximos de compri-
mento de vão e mínimo por razões econômicas, somos levados a pen-
sar em adotar um determinado(s) vão(s) médio(s) mais frequente(s)
em termos de vãos reguladores, afim de racionalizar o número de
gabaritos, tendo sempre em vista a grandeza do erro introduzido
para a compatibilização com todos os demais erros pertinentes.
Assim sendo, para a construção de gabaritos para as curvas de
"cabo baixo" ou "arrancamento", para vãos contínuos ou ancorados,
adota-se determinados vãos reguladores médios, baseados em dados
teóricos e práticos, denominados Vãos Básicos, que passamos a
descrever:

a - Vãos Contínuos

a.1 - Vão Básico para a Curva de "Cabo Baixo"

Neste caso, verifica-se que erra-se a favor da segurança ao tomar


o vão básico menor que o vão regulador, ou seja, a flecha do gaba-
rito é maior que a flecha real de montagem. O inverso ocorre quan-
do o vão básico é maior que o vão regulador. Assim, devemos esco-
lher um vão básico preferencialmente menor que o regulador, mas
dentro de certos limites, para não super dimensionarmos as estru-
turas em termos de altura.

a.2 - Vão Básico para a Curva de "Arrancamento"

Para o "arrancamento, erra-se ligeiramente a favor da segurança


quando se toma o vão básico menor que a soma dos vãos adjacentes à
estrutura, ou seja, a flecha do gabarito é menor que a flecha real
de montagem. O erro é bem menor do que para o caso de "cabo
baixo", porque para temperaturas mínimas a tração do cabo varia
muito pouco para os diferentes valores normais de vão. Então, de-
vemos escolher um vão básico preferencialmente menor que a soma
dos vãos adjacentes à estrutura.

b - Vãos Ancorados

b.1 - Vãos Básicos para as Curvas de "Cabo Baixo" e "Arrancamento".

O tratamento para vãos ancorados é análogo ao dado para vãos con-


tínuos, pois aqueles são casos particulares destes quando o número
de vãos contínuos de um trecho é feito igual a unidade. Desta
forma, os mesmos critérios e considerações adotados para vãos con-
tínuos são adotados para os vãos ancorados.

1.6.3.4 - Tabelas GIL e GFL

As citadas tabelas são obtidas do programa DAEFLETA(*) e descrevem


a equação da catenária de cada vão escolhido como básico para si-
tuações extremas, ou seja: temperatura mínima sem vento e tempera-
tura máxima sem vento.
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METODOLOGIA 01 17/07/95 45.0

Sendo as RDRs da COPEL do tipo leve, temos em princípio, que a


temperatura mínima será 0ºC e a máxima 50ºC.

Como os condutores serão lançados sempre sem pré-tensionamento,


para a temperatura mínima devemos utilizar os valores da tabela
GIL, pois é rodada a partir do módulo de elasticidade e do coefi-
ciente de dilatação térmica linear iniciais do condutor. Para tem-
peratura máxima entretanto devemos utilizar os valores da tabela
GFL, rodada a partir do módulo de elasticidade e do coeficiente de
dilatação térmica linear finais do condutor, pois, uma vez pronta
a rede, acaba por haver a acomodação dos tentos dos cabos, que
passam então a trabalhar com estes valores finais. Visando, também
compensar o fenômeno do "CREEP" do condutor, ou seja, a acomodação
com o tempo, do material dos tentos dos cabos, a temperatura máxima
deve ser acrescida de 5ºC (equivalente térmico do "CREEP").

Resumindo teremos:

Curva 1 (arrancamento) construída a partir de valores de flecha da


tabela GIL para temperatura de 0ºC sem vento.

Curva 2 (cabo baixo) construída a partir dos valores de flecha da


tabela GFL para temperatura de 55ºC, sem vento, já incluído o
equivalente térmico do "CREEP".

1.6.3.5 - Critério da Flecha Constante

programa DAEFLETA(*) utiliza o critério da flecha constante, ou


seja, para um mesmo comprimento de vão ancorado e a mesma tempera-
tura na condição sem vento o comprimento da flecha independe da
bitola do condutor. Deste modo, os gabaritos aqui referidos apli-
cam-se para qualquer bitola do cabo básico.

A adoção do critério da flecha constante no programa DAEFLETA(*),


objetivou:

1º - Reduzir ao mínimo o número de gabaritos a serem utilizados em


projeto de RDR;

2º - Favorecer a construção de circuitos duplos de bitolas dife-


rentes;

3º - Favorecer a troca de bitolas de redes existentes.

1.6.3.6 - Coeficiente de Segurança dos Cabos

O programa DAEFLETA(*) é rodado de modo a manter o coeficiente de


segurança de qualquer bitola de cabo em torno de 5 (cinco) para as
condições de maior duração (20ºC sem vento) e nunca inferior a 2,5
para a condição mais desfavorável (0ºC com vento máximo).

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METODOLOGIA 01 17/07/95 46.0

1.6.3.7 - Procedimentos

O projetista de posse das tabelas de dimensionamento de estruturas


de redes, construídos a partir das limitações mecânicas e elétri-
cas, deve utilizar o gabarito (limitações geométricas) para a cor-
reta locação e seleção das estruturas padronizadas pela COPEL, ga-
rantindo:

1 - distância mínima permitida ("cabo baixo") dos condutores ao


solo;

2 - limite de esforços verticais ascendentes ("arrancamento")


permitidos a estruturas, tanto de passagem como de ancoragem.

(*) O progrma DAEFLETA foi desenvolvido com o objetivo de


solucionar a equação de mudança de estado a uma incógnita,
para uma cabo qualquer escolhido com básico e para Estados
Básicos pré-estabelecidos.

Entende-se por Estado Básico a tração horizontal que se


deseja para o cabo básico a uma determinada temperatura e
para qualquer comprimento de vão.

O programa DAEFLETA fornece as tabelas de Trações de Montagem


com suas respectivas flechas e tabela de flechas para a
contrução de gabaritos.

Informaçoes mais detalhadas sobre o programa DAEFLETA poderão


ser obtidos na RTD-26 do CODI (CODI 3.1.2107.0).

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TABELA 1

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TABELA 2

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TABELA 3

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ANEXO I 01 17/07/95 50.0

TABELA 4

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ANEXO I 01 17/07/95 51.0

TABELA 5
DIMENSÕES SEGUNDO ARRANJOS NORMALIZADOS

SECUNDÁRIO
Arranjos S1R - S3R - S13R - S4R
Distâncias verticais h hES hFA hFB hFC hL hT hTV hTR
R 13,8kV Poste de 9,0m 7,50 7,40 7,00 6,60 Ver
D e Poste de 10,5 m 8,85 7,25 6,85 6,45 NTC
R 34,5kV Poste de 12,0 m 10,20 8,60 8,20 7,80 838531/533
RDU 13,8kV 9m/10,5m/12m 7,50 7,30 7,10 6,90 6,70 6,30 5,70 6,00 7,20 6,80

PRIMÁRIO
Distâncias Verticais h hRP hA hEP h hRP hA hEP
Tensão Arranjo Poste de 10,5 m Poste de 12,0 m
N1-N2 9,00 8,65 10,35 10,00
13,8kV N3 8,70 8,70 10,05 10,05
e N4-CN3 8,85 8,70 8,65 10,20 10,05 10,00
34,5kV TE1-TE2 9,10 8,40 7,95 10,45 9,75 9,30
TE4 8,70 8,10 7,95 10,05 9,45 9,30
U1-U2 9,10 8,75 10,45 10,10
U3 8,70 8,75 10,05 10,05
U4-CU3 8,70 8,65 10,05 10,00
DU1 8,15 7,85 9,50 9,20
34,5kV DU3 8,85 7,85 7,85 10,20 9,20 9,20
DN1 7,95 7,45 9,30 8,80
DN3 7,65 7,45 9,00 8,80
T1-T2 9,10 8,90 8,55 10,45 10,25 9,90
T3 8,70 8,50 8,70 10,05 9,85 10,05
T4 8,70 8,50 8,65 10,05 9,85 10,00
DN1 8,35 7,85 9,70 9,20
DN3 8,05 7,85 9,40 9,20
N2F 9,00 8,65 10,35 10,00
N31F-N32F 9,00 8,70 8,65 10,35 10,05 10,00
B1-B2 9,00 10,35
13,8kV B2F 8,85 9,00 8,70 10,20 10,35 10,05
B3 8,70 8,70 10,05 10,05
B4 8,70 10,05
NN1-NN2 8,10 8,05 9,45 9,50
NN3 7,80 7,60 9,15 8,95
NN4 7,80 7,75 9,15 9,10
DN2F 8,35 7,85 9,70 9,20
DN3 8,05 7,85 9,40 9,20

CRUZETAS
Distâncias Horizontais LCR d1 d2 d3 S
Arranjos Madeira Concreto e Aço Normal c/transposição
N1-N2 0,60
N3-N4-T3-T4 0,85
T1-T2 2,0 1,90 0,90 0,60 e 1,20
B1-B2 1,15 1,75 0,55 0,60
B3-B4 1,10 1,70 0,45 0,60
TE 1,10 1,70 0,45 1,80
Nota: Utilizou-se nos cálculos: Cruzeta de concreto tipo T e isoladores de pino com isolação para 34,5 kV.

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DIMENSIONAMENTO DE ESTRUTURAS NTC 850 001
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ANEXO I 01 17/07/95 52.0

TABELA 6

TENSÃO ELÉTRICA ENTRE CONDUTORES

RDU OU RDR
CIRCUITO PRIMÁRIO
Tensão (kV)

TRIFÁSICO 13,8 OU 34,5

MONOFÁSICO 13,8 OU 34,5/ 3

TABELA 7

ESFORÇO SUPORTÁVEL PELO ISOLADOR ROLDANA E ISOLADOR DE PINO

ISOLADOR DE PINO - 13,8 Kv OU 34,5 Kv ISOLADOR ROLDANA

RPI (daN) RAS ou RIR (daN)

T F c/ afastador s/ afastador

Trabalho Ruptura Trabalho Ruptura Trabalho Ruptura Trabalho Ruptura

750 1500 100 1000 75 600 500 1350

TABELA 8

DEFLEXÕES MÁXIMAS DE LAÇOS PRÉ-FORMADOS


DEFLEXÃO MÁXIMA NO PLANO (Graus Sex)
BITOLA DO CONDUTOR LAÇO PRÉ-FORMADO HORIZONTAL VERTICAL (δ)
(α) ASCENDENTE DESCENDENTE
CA-CAA-COBRE ROLDANA ±40 ±15 ±15
CA-CAA-COBRE TOPO ±40 ±30 ±40
AÇO AL- AÇO ZINCADO DUPLO LATERAL ±60 ±5 ±5

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DIMENSIONAMENTO DE ESTRUTURAS NTC 850 001
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ANEXO I 01 17/07/95 53.0

TABELA 9

ÓRGÃO EMISSOR: REVISÃO: APROVAÇÃO:


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ANEXO I 01 17/07/95 54.0

TABELA 10
DIMENSÕES DE TRANSFORMADORES

Monofásico 15 Kv Monofásico 34,5/ 3 kV


Potência em kVA Potência em kVA
5 10 15 25 37,5 5 10 15 25 37,5
x (m) 0,80 0,80
y (m) 1,20 1,30
pTR(daN) 130 150 200 260 275 90 170 220 290 370
dTR(m) 0,60 0,60 0,60 0,60 0,60 0,60 0,60 0,60 0,60 0,65

Trifásico 15 kVv Trifásico 34,5 kV


Potência (kVA) Potência (kVA)
15 30 45 75 112,5 150 225 15 30 45 75 112,5 150 225
x (m) 1,30 1,40
y (m) 1,30 1,60
pTR(daN) 280 402 500 550 670 890 920 470 480 550 680 800 980 1400
dTR(m) 0,60 0,60 0,60 0,60 0,60 0,60 0,65 0,60 0,60 0,60 0,60 0,60 0,60 0,65

TABELA 11
DIÂMETRO, PESO, TRAÇÃO E FLECHAS DE CONDUTORES
CA CAA COBRE
Diâmetro Peso Diâmetro Peso Diâmetro Peso
Bitola (mx10-3) (daNx10-3) (mx10-3) (daNx10-3) Bitola (mx10-3) (daNx10-3)
dp-dF-dN p dp-dF-dN p dp-dF-dN p
04 5,88 57,8 6,36 85,6 16mm 4,50 142
02 7,41 91,80 - - 35mm 7,50 307
2/0 10,50 184,4 11,34 272,1 70mm 10,35 584
4/0 13,26 294,1 - - 120mm 14,50 1137
336,4 16,90 469,1 14,31 433,2 - - -
Nota: Os valores da flechas (f) e das trações (TP-TF-TN), estão contidos na NTC 850 000 -
Tabelas para Projeto e Montagem de Linhas e Redes de Distribuição.

TABELA 12
CABOS TELEFÔNICOS - TIPO CTP - APL - CA
TRAÇÕES (daN) FLECHAS (m) DIÂMETRO PÊSO (daN / m)
i p/vão = 40m p/vão = 40m (mm x 103)
#26 #24 #22 26# #24 #22 #26 #24 #22 #26 #24 #22
200 359 389 472 200 0,62 0,67 0,81 200 31,5 35,0 42,0 200 1,0 1,2 1,8
100 295 295 359 100 0,48 0,48 0,62 100 24.0 26,0 31,0 100 0,6 0,6 1,0
50 262 262 295 50 0,39 0,39 0,48 50 18,0 19,5 23,5 50 0,4 0,4 0,6
30 229 262 262 30 0,27 0,39 0,39 30 15,5 17,0 19,5 30 0,2 0,4 0,4
20 229 229 229 20 0,27 0,27 0,27 20 14,0 15,0 17,0 20 0,2 0,2 0,2
10 229 229 229 10 0,27 0,27 0,27 10 11,5 12,0 13,5 10 0,2 0,2 0,2

ÓRGÃO EMISSOR: REVISÃO: APROVAÇÃO:


CED / CNPO
DIMENSIONAMENTO DE ESTRUTURAS NTC 850 001
Versão Data Fl.

ANEXO I 01 17/07/95 55.0

TABELA 13

C R U Z E T A S
Metade do
peso Resistência à flexão no centro (daN) Dimensões
Tipo de Cruzeta próprio
(daN) Ruptura Trabalho Máxima Comprimen- Seção Transversal
pCR mínima (Mcr) excepcional to - Lcr b  c
Madeira 9,5 600 200 280 2,00 0,90 0,90
Concreto tipo T 25,0 400 200 280 1,90 - -
Concreto Retangular 28,0 800 400 560 1,90 0,90 0,90
Aço 26,7 2000 1000 1400 1,90 0,90 0,90

TABELA 14 TABELA 15

LUMINÁRIA E BRAÇO DE ÍLUMINAÇÃO PÚBLICA VELOCIDADE DO VENTO (km/h) h2 x daN


R Superfície k (-----------)
LM1 LM3 LM6 LM7 LM8 LM10 RDR
D km2 x m2
Peso da luminária - pL 1,0 4,6 42,3 1,0 4,6 1,35 U leve média pesada Cilíndrica 0,00471
Peso do braço - pB 2,5 15,0 30,0 15,0 30,0 2,50 60 80 100 130 Plana 0,00754
Dist. da luminária - dL 1,2 2,6 3,6 2,6 3,5 1,20

TABELA 16 TABELA 17

MÃO FRANCESA PLANA MÃO FRANCESA PERFILADA ESTAI ( Cordoalha de aço )


Resistência a Resistência a Resistência a Resistência Ângulos
Tração Tração Compressão (Graus sex.)
(daN) (daN) (daN) Diâmetro Ruptura Trabalho
Ruptura Trabalho Ruptura Trabalho Flexão Trabalho Mínima REP - RES βρ βs
Mínima Rf Mínima Rf Rf 6,4 1430 715
2000 1000 2000 1000 1000 500 9,5 4900 2450 45 45

ÓRGÃO EMISSOR: REVISÃO: APROVAÇÃO:


CED / CNPO
DIMENSIONAMENTO DE ESTRUTURAS NTC 850 001
Versão Data Fl.

ANEXO I 01 17/07/95 56.0

TABELA 18

ÓRGÃO EMISSOR: REVISÃO: APROVAÇÃO:


CED / CNPO
DIMENSIONAMENTO DE ESTRUTURAS NTC 850 001
Versão Data Fl.

ANEXO I 01 17/07/95 57.0

TABELA 19

ÓRGÃO EMISSOR: REVISÃO: APROVAÇÃO:


CED / CNPO
DIMENSIONAMENTO DE ESTRUTURAS NTC 850 001
Versão Data Fl.

ANEXO I 01 17/07/95 58.0

TABELA 20

ÓRGÃO EMISSOR: REVISÃO: APROVAÇÃO:


CED / CNPO
DIMENSIONAMENTO DE ESTRUTURAS NTC 850 001
Versão Data Fl.

ANEXO I 01 17/07/95 59.0

TABELA 21

PROFUNDIDADE DE ENGASTAMENTO DE PLACAS DE CONCRETO

ÂNCORA PARA ESTAI

SOLO EM SOLO FIRME

ARGILA TERRA TERRA MOLE TERRA MOLE


ELEMENTOS ÚMIDA ÚMIDA MÉDIA FORTE

Peso específico
γ (daN/m3 1500 1650 1600 2000

Ângulo de talude
ψ (Graus sex) 30o 36o 48o 55o

Esforço Suportável pela


âncora 715 1430 715 1430 715 1430 715 1430
F ( daN)
Profundidade h da placa de
dimensões 0,2 x 0,6 0,59 0,88 0,59 0,93 0,71 1,15 0,69 1,12
(n x m) (m)

REFORÇO PARA ENGASTAMENTO DE POSTE

Profundidade h da placa de
dimensões 0,2 x 1,0 0,42 0,67 0,44 0,70 0,51 0,86 0,50 0,81
(n x m) (m)

Nota: O esforço suportável pela placa de concreto, em âncora para


estai é de 1600 daN, porém, sendo a cordoalha de 6mm de menor
resistência, utilizaremos os valores de resistência conforme acima
indicado, ou seja, para estai simples com 6mm = 715 daN e para estai
duplo com 6mm ou estai simples de 9mm = 1430 daN.

ÓRGÃO EMISSOR: REVISÃO: APROVAÇÃO:


CED / CNPO
DIMENSIONAMENTO DE ESTRUTURAS NTC 850 001
Versão Data Fl.

ANEXO I 01 17/07/95 60.0

TABELA 22-A

ELEMENTOS PARA O CÁLCULO DE RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO DE POSTES

ELEMENTOS σc - Taxa de S - Área da I - Momento de q - Coeficiente Altura em


____ trabalho ou seção transversal Inércia da seção numérico (da relação ao solo,
____ tensão crítica a crítica a fórmula de da seção crítica a
_____ admissível flambagem flambagem (m4) Rankine para flambagam do
POSTES (daN/m2) x 104 (m2) x 104 x 10-5 flambagem poste (m).
DUPLO T x10-5 Engast.ABNT
Sc = 182,73 lx = 6,938
D/150/9,0 250 ly = 2,521 12,062 3,5 a 4,5
Sc = 165,30 lx = 4,987
ly = 2,011
Sc = 275,31 lx = 18,231
B/300/9,0 250 ly = 5,513 12,062 4,0 a 5,0
Sc = 234,39 lx = 11,514
ly = 3,837
Sc = 220,66 lx = 8,916
B/600/9,0 250 ly = 3,147 12,062 5,5 a 6,0
Sc = 264,96 lx = 7,033
ly = 4,162
Sc = 321,59 lx = 27,312
B-1,5/1000/9,0 250 ly = 7,631 12,062 5,0 a 6,0
Sc = 283,13 lx = 18,231
ly = 5,513
Sc = 199,16 lx = 9,224
D/150/10,5 250 ly = 9,224 12,062 4,0 a 5,0
Sc = 180,55 lx = 11,008
ly = 11,008
Sc = 310,62 lx = 17,773
B/300/10,5 250 ly = 17,773 12,062 4,5 a 5,5
Sc = 269,77 lx = 23,602
ly = 23,602
Sc = 256,74 lx = 8,983
B/600/10,5 250 ly = 3,022 12,062 6,0 a 6,5
Sc = 234,40 lx = 6,628
ly = 2,442
Sc = 363,23 lx = 25,854
B-1,5/1000/10,5 250 ly = 7,296 12,062 6,5 a 7,5
Sc = 318,84 lx = 17,143
ly = 5,246
Sc = 457,41 lx = 13,676
B-4,5/2000/10,5 250 ly = 4,388 12,062 6,0 a 7,0
Sc = 435,36 lx = 10,735
ly = 3,630

ÓRGÃO EMISSOR: REVISÃO: APROVAÇÃO:


CED / CNPO
DIMENSIONAMENTO DE ESTRUTURAS NTC 850 001
Versão Data Fl.

ANEXO I 01 17/07/95 61.0

TABELA 22-B

ELEMENTOS PARA O CÁLCULO DE RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO DE POSTES

ELEMENTOS σc - Taxa de S - Área da I - Momento de q - Coeficiente Altura em


____ trabalho ou seção transversal Inércia da seção numérico (da relação ao solo,
____ tensão crítica a crítica a fórmula de da seção crítica a
_____ admissível flambagem flambagem (m4) Rankine para flambagam do
POSTES (daN/m2) x 104 (m2) x 104 x 10-5 flambagem poste (m).
DUPLO T x10-5 Engast.ABNT
Sc = 325,16 lx = 29,535
B/300/12,0 250 ly = 8,128 12,062 5,5 a 6,0
Sc = 304,43 lx = 24,395
ly = 6,960
Sc = 311,45 lx = 24,395
B/600/12,0 250 ly = 6,960 12,062 6,0 a 6,5
Sc = 290,98 lx = 18,919
ly = 5,913
Sc = 404,07 lx = 49,475
B-1,5/1000/12,0 250 ly = 12,429 12,062 6,0 a 7,0
Sc = 357,41 lx = 35,391
ly = 9,423
Sc = 621,26 lx = 163,721
B-6/3000/12,0 250 ly = 34,389 12,062 6,5 a 7,5
Sc = 574,06 lx = 129,823
ly = 28,141
Sc = 343,06 lx = 31,757
B/600/15,0 250 ly = 8,624 12,062 8,0 a 9,0
Sc = 299,13 lx = 21,607
ly = 6,313
Sc = 330,54 lx = 26,423
B/600/18 250 ly = 7,879 12,062 11 a 12,5
Sc = 266,73 lx = 15,329
ly = 4,802

ÓRGÃO EMISSOR: REVISÃO: APROVAÇÃO:


CED / CNPO
DIMENSIONAMENTO DE ESTRUTURAS NTC 850 001
Versão Data Fl.

ANEXO II 01 17/07/95 62.0

ENGASTAMENTOS DE POSTES

CONSIDERAÇÕES:

Dada a dificuldade em se determinar os coeficientes de compressi-


bilidade, ângulo de atrito interno, coesão e outros fatores, atra-
vés de ensaios de solos, para que se possa fazer um dimensiona-
mento preciso do engastamento de postes e, como os métodos utili-
zados pela Copel, em engastamentos de uma grande quantidade pos-
tes (nos diversos tipos de solos) terem se mostrado eficientes em
manter a estabilidade mecânica de suas redes, recomenda-se:

A - Implantação de postes em solos normais, tipos:

- Argilosos : Médio, Rijo, Muito Rijo e Duro;

- Siltosos : Médio, Rijo, Muito Rijo e Duro;

- Arenosos : Médio, Compacto e muito compacto.

A.1 - Engastamento simples:

Poderá ser aplicado em postes com resistência até 600 daN, inclu-
sive, nas estruturas com condutores tangentes ou com pequenos ân-
gulos.

A.2 - Engastamento com base reforçada:

Deverá ser aplicado em postes tipo B/300 e B/600 daN, nas situa-
ções de grandes ângulos, derivações ou finais de linha, quando não
houver a possibilidade de se estaiar.

A.3 - Engastamento com base concretada:

Deverá ser aplicado em postes com resistência igual ou superior a


1000 daN, com anéis de diâmetro "b" + 0,30m, onde b é o diâmetro
da base do poste circular ou diagonal da base do poste duplo T
(m).

Ver ilustração na página seguinte.

ÓRGÃO EMISSOR: REVISÃO: APROVAÇÃO:


CED / CNPO
DIMENSIONAMENTO DE ESTRUTURAS NTC 850 001
Versão Data Fl.

ANEXO II 01 17/07/95 63.0

0,30m
0,50m

Anéis de Concreto

Diâmetro da vala

POSTE Diâmetro da Volume de con-


vala (m) creto (m3)
B-1,5 1000 daN 0,89 0,36
B-4,5 2000 daN 0,99 0,50
B-6 3000 daN 1,10 0,72

Nota: Poderá ser suprimida a base reforçada ou concretada, quando


o solo for pedregoso, tipo matação, e que comprovadamente não irá
ceder depois de aplicados os esfoços.

B - Implantação de postes em solos instáveis tipos:

- Argila muito mole;


- Areia muito fofa;
- Banhado;
- Turfa;
- Mangue;
- outros.

Nestas situações, a implantação de qualquer tipo de poste requere-


rá maiores precauções na sua instalação, como: lançar mão de tu-
bulões e concretagem ou a recomposição do solo, substituindo-o por
um de maior resistência.

ÓRGÃO EMISSOR: REVISÃO: APROVAÇÃO:


CED / CNPO

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