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Teoria do Consumidor
Parte 1
• Preferências do Consumidor
• Restrição Orçamentária
U
Umáx
18
15 U
10
1 2 3 Q QX
UMgX 1 = 10
UMgX 2 = 5 A Utilidade Marginal é decrescente
UMgX 3 = 3
Vestuário (y)
U1 O consumidor seria indiferente entre A, B e D.
U2
Entretanto, B contém mais do bem x, com a mesma
quantidade do bem y, relativamente a cesta D.
B
D
A~ B e A~ DB~ D
Alimentação (x)
Preferências do Consumidor
• Caso as preferências de um consumidor sejam racionais então as
relações ≿ e ∼ serão reflexivas, ou seja, para qualquer x ∈ X :
x≿x e x~x.
• A racionalidade das preferências também implica a transitividade das
relações ∼ e ≻, isto é, para quaisquer x, y, z ∈ X :
A 20 30
B 10 50
D 40 20
E 30 40
G 10 20
H 10 40
Preferências do Consumidor
Curvas de Indiferença
A
30
D
20 G
10
Alimentação (x)
10 20 30 40
Preferências do Consumidor
Vestuário (y)
A~B~D.
50 B
E ≻ A . Logo, E ≻D e E ≻ B .
H
40 E B ≻ H . Logo, A ≻H e D ≻ H .
A
30
D
20
G U1
10
Alimentação (x)
10 20 30 40
Preferências do Consumidor
U U
dx dy 0
x y
Variação na utilidade total proveniente de uma variação na quantidade do bem y.
1 2 3 4
Alimentação (x)
Utilidade e TMgS
• Suponha que as preferências de um agente econômico possam ser
representadas pela seguinte função utilidade:
U x, y xy
• A curva de indiferença relativa a uma utilidade igual a 10 é dada por:
100
U x , y 10 xy y
x
• Logo, como TMgS(y,x) = -dy/dx:
100 Se x 5 TMgS y , x 4
TMgS y , x 2
x Se x 20 TMgS y , x 0, 25
TMgs e Cardinalidade
• Diferentemente da utilidade marginal que é uma propriedade cardinal da
função de utilidade, a taxa marginal de substituição é uma característica
que depende apenas do aspecto ordinal dessa função, ou seja, ela não é
alterada por transformações monotônicas da função de utilidade.
Hipóteses Adicionais Sobre Preferências
• Preferências Contínuas
• As preferências são ditas contínuas caso, para quaisquer x , y ∈ X , se
x ≻ y, então, qualquer cesta de bens suficientemente próxima de x
também será preferida a y e x será preferida a qualquer cesta de bens
suficientemente próxima de y.
• Preferências contínuas geram curvas de indiferença contínuas.
• Caso as preferências sejam transitivas, completas e contínuas, então
essas preferências também poderão ser representadas por uma função
de utilidade contínua.
Preferências Lexicográficas
• Preferências lexicográficas representam casos onde as preferências são
descontínuas, pois os bens são indivisíveis.
• Logo, as curvas de indiferença, nesse caso, são representadas por pontos
2
no espaço .
• Portanto, no caso de preferências lexicográficas, as curvas de indiferença serão pontos
unitários, pois não haverá, para cada cesta de bens, qualquer cesta diferente dela
mesma que lhe seja indiferente.
• Convexidade
• Note que convexidade forte implica convexidade fraca, mas a recíproca não é
verdadeira.
Hipóteses Adicionais Sobre Preferências
y
z z
x
x
x1 x1
z = [lx + (1 − l)y] ≻ y e ≻x z = [lx + (1 − l)y] ≿ y e ≿x
Preferências Convexas: Significado.
• Se as preferências são convexas, os indivíduos aumentam a sua utilidade através
da diversificação do consumo.
10 U1 U A U B 300
B U0
U Z 400 Z AeZ B
10 20 30 x
Hipóteses Adicionais Sobre Preferências
y
y
z z
x
x
x1 x1
Preferências: um Breve Resumo.
y • Características:
• Monotônicas.
• Diferenciáveis.
• Convexas.
• TMgS decrescente (em módulo).
U2 • Aversão à especialização.
U1
U0 Exemplo: Cobb-Douglas
x
Preferências Típicas
Preferências Côncavas
y
• Características:
• TMgS crescente (em módulo).
• Propensão à especialização.
U2
U1
U0
x
Preferências Típicas
Substitutos Perfeitos
• Dois bens são substitutos perfeitos quando a taxa marginal de substituição de um
bem pelo outro for constante.
• Dois bens são substitutos perfeitos se o consumidor está disposto a
substituí-los a uma taxa constante.
• Se, para um consumidor (10,10) ~ (0,20) ~ (20,0) , o importante é que
(x + y) = 20.
• Note então, que a taxa marginal de substituição é constante quando os
bens são substitutos perfeitos (neste caso, igual a -1), sendo a curva de
indiferença representada por uma equação de reta.
• De uma maneira geral, podemos representar a função utilidade para
substitutos perfeitos como U = ax + by.
• Note então, que a TMgs é constante, mas não necessariamente igual a -1.
Preferências Típicas
Substitutos Perfeitos
Suco de U = ax + by
Maçã (y)
4
• Com a e b iguais a 1, temos U = x + y TMgs = -1.
3
• Logo o consumidor aceita substituir 1 unidade de
SM por 1 unidade de SL, sempre.
1
U3
U2
U1
U0
Suco de Laranja (x)
1 2 3 4
Preferências Típicas
Complementares Perfeitos
• Dois bens são complementares perfeitos quando a taxa marginal de
substituição de um bem pelo outro for igual a zero.
• Complementares perfeitos são bens consumidos sempre juntos, em
proporções fixas.
• No exemplo a seguir, a utilidade do consumidor só aumenta se ele
recebe um novo par de sapatos.
• Neste caso não há substituição de y por x, que implica em uma taxa marginal
de substituição igual a zero.
• A função utilidade que representa este caso é uma função de proporções
fixas (função de Leontief) do tipo U = min{ax,by}.
• Ou seja, a utilidade é dada pelo menor valor entre os que se encontram
entre os parênteses, sendo alfa e beta as relação de proporcionalidade
entre os bens.
Preferências Típicas
Complementares Perfeitos
Sapatos
Esquerdos (y)
U min a x, b y
3 U0 Se a b 1:
U min x, y
2 U1
1 U0
U1
Anchovas U1 U2 U3 Anchovas U2
U3
Pimentões Pimentões
y • Características:
• U = U(x) + y .
• Quase-Linear em y .
• TMgS(y,x) = U’(x).
• Logo, depende exclusivamente de x.
U2 • Cada curva é uma cópia verticalmente
deslocada das outras.
U1
Exemplos :
U0 U ln x y , U x y
x
ANPEC – 2002 – Questão 1
• Em relação à teoria das preferências, julgue os itens a seguir:
• 0) Os pressupostos de que as preferências são completas e transitivas
garantem que curvas de indiferença distintas não se cruzam.V
x2 Ux x2 Ux
y2 Uy y2 Uy
Bem 1 Bem 1
x1=y1 y1 x1
• 2) Curvas de indiferença circulares indicam que o pressuposto de convexidade
das preferências não é válido. F
• Preferências convexas são aquelas que satisfazem a seguinte propriedade:
• Convexidade forte ou estrita: para quaisquer x , y ∈ X e 0 < l < 1, temos:
x ≿ y ⇒ lx + (1 − l)y ≻ y.
Ponto de Saciedade
x2
E
• Se as preferências forem circulares
G
Z (existência de um ponto de saciedade):
A
C • G≻E e G≻D
D • C≻A e C≻B
B
x1
• 3) A convexidade estrita das curvas de indiferença elimina a possibilidade de
que os bens sejam substitutos perfeitos. V
• Esta e uma função utilidade côncava que, conforme vimos, não respeita o
princípio da convexidade das preferências.
• Vale lembrar que, no caso de preferências côncavas (com dois bens, ou
seja, não existem “males”), como nesse exemplo, haverá especialização no
consumo.
y
U x , y Max x, 2 y
1 8
Logo : x 2 y ou y x
2 4
U=8 U = 16
8 16 x
ANPEC – 2004 – Questão 1
• A figura abaixo mostra as curvas de indiferença de um consumidor e a
direção na qual a utilidade deste consumidor aumenta.
• São corretas as afirmativas: x2
• 0) Existe saciedade. F
• 2) O bem 1 é indesejável. V
I Px x Py y
I Px
Isolando y y x
Py Py
Restrições Orçamentárias
Cestas de Alimentação(x) Vestuário(y) Gasto Total
Mercado Px = ($1) Py = ($2) Pxx + Pyy = I
A 0 40 $80
B 20 30 $80
D 40 20 $80
E 60 10 $80
G 80 0 $80
Restrições Orçamentárias
• Representando graficamente:
I Px
I Py y Px x y x
Py Py
Logo:
I
x 0 y
P
y
Px I I • Py I
y 0 x x x
P P
y y Py • Px Px
Restrições Orçamentárias
Suponha: Py = $2 Px = $1 I = $80
Vestuário (y)
A Linha do Orçamento y = 40 – ½ x
(I/Py) = 40
1 Px
30
B
Inclinação y / x - -
2 Py
10 D
20
20
E
10
G
Alimentação (x)
0 20 40 60 80 = (I/Px)
Restrições Orçamentárias
• A Linha do Orçamento
• A interseção vertical (I/Py), ilustra o maior consumo de vestuário
que pode ser obtido com a renda I, dados os preços Px e Py .
• A interseção horizontal (I/Px), ilustra o maior consumo de
alimentação que pode ser obtido com a renda I, dados os preços
Px e Py .
• A inclinação da R.O. é dada pela relação de preços, que mostra
quanto o consumidor deve ceder de um bem para adquirir uma
unidade do outro bem (custo de oportunidade).
Restrições Orçamentárias
• Os Efeitos das Modificações na Renda e nos Preços
• Modificações na Renda Monetária
• Um aumento na renda monetária, mantendo os preços
constantes, desloca a linha do orçamento paralelamente para
a direita, permitindo que o consumidor aumente o consumo de
ambos os bens.
Restrições Orçamentárias
Vestuário (y)
Um aumento na renda monetária desloca,
paralelamente, linha do orçamento para a direita
80
Uma diminuição na renda monetária desloca,
paralelamente, linha do orçamento para a esquerda
60
40 (I = $80)
20
(I = $40) (I = $160)
Alimentação (x)
0 40 80 120 160
Restrições Orçamentárias
y dy
TMgS y,x
x dx
• Dada uma função utilidade, tal que uma curva de indiferença seja
representada por U(x,y) = C, onde C é uma constante que mede o nível de
utilidade, se tomarmos a diferencial total, devemos ter:
U U
dx dy 0
x y
Variação na utilidade total proveniente de uma variação na quantidade do bem y.
U
U U dy x dy UMgx
dy dx TMgS y,x
y x dx U dx UMgy
y
I Px
I Px x Py y y x
Py Py
Px
Inclinação da R.O.
Py
Escolha por Parte do Consumidor
Px
Note que, tanto a taxa marginal de
TMgS y,x substituição quanto a inclinação da
Py R.O. são negativas.
20 Linha do Orçamento
C
U1
+10x
0 20 30 40 80 Alimentação (x)
Escolha por Parte do Consumidor
20
U3
0 20 40 80 Alimentação (x)
Escolha por Parte do Consumidor
Suponha: Py = $2 Px = $1 I = $80
Vestuário (y)
30
U2
0 20 40 80 Alimentação (x)
Escolha por Parte do Consumidor
U
TMgS y , x x
Px
Relação de Preços
U Py
y
Um Exemplo
• Suponha que a função utilidade de um consumidor possa ser
representada por:
U x,y y x
0,5 0,5
(I/Px)
0 80 x
Um Exemplo
• A Escolha Ótima
a b
U x, y x y0,5 0,5
U x, y x y
U
x
UMg x dy
TMgS y , x
UMg y dx U
y
ax y ay
a 1 b
TMgS y , x
bx y
a b 1
bx
I Px
Restrição Orçamentária I Px x Py y y x
Py Py
a y Px b
Equilíbrio : TMgS y , x Relação de preços Py y Px x
b x Py a
Substituindo na R.O.I .
b b I b
I Px x Py y Px x Px x I Px x 1 I 1
a a Px x a
I a b I a I b I
Px x x e y
Px x a a b a b Px a b Py
a
Um Exemplo
a I 0,5 80
x 40
a b Px 0,5 0,5 1
y
b I 0,5 80
y 20
(I/Py) = 40
a b Py 0,5 0,5 2
Não existe qualquer outra cesta factível que dê
A ao consumidor uma utilidade maior que esta.
20
(I/Px)
Encontrando as Funções de Demanda
a I 1 I
x Como a b 0,5 x
a b Px 2 Px
b I 1 I
y Como a b 0,5 y
a b Py 2 Py
As Funções de Demanda Marshalianas
I I
Px x Py y
2 Px 2 Py
1 2
0,5 1
Dx Dy
40 80 x 20 40 y
Encontrando as Funções de Demanda
• Podemos calcular as funções de demanda marshalianas para todos
os tipos de preferências.
• Como acabamos de ver, as funções de demanda marshalianas nos
permitem calcular as quantidades de equilíbrio dos dois bens para
qualquer combinação de renda monetária e preços.
• Veremos como calcular as funções de demanda marshalianas para
os seguintes casos:
• Função Utilidade Cobb-Douglas
• Função Utilidade Stone-Geary
Logo, o lagrangeano xa y b l I Px x Py y
Substituindo na R.O.I .
b b I b
I Px x Py y Px x Px x I Px x 1 I 1
a a Px x a
I a b I a I b I
Px x x e y
Px x a a b a b Px a b Py
a
• Observação Importante
• Note que as funções de demanda marshalianas por x e y, derivadas de
uma função utilidade Cobb-Douglas, são dadas por
a b a I b I
U x, y x y x e y
a b Px a b Py
• Sendo assim:
• Proporção da renda gasta com x = a / a b
• Proporção da renda gasta com y = b / a b
• Exemplificando:
• Suponha que U x, y x y
0,4 0,6
• Suponha que U x, y x y
3 2
a 1a
Note então que se U x , y x y : U x, y x y U x, y x y .
3 2 0,6 0,4
Função de Utilidade Indireta
• Agora, podemos obter a função de utilidade indireta (cálculo da utilidade)
para o nosso exemplo, substituindo x* e y* na função utilidade.
V Px ,Py ,I =U x Px ,Py ,I , y Px ,Py ,I
0,5
I I
0,5
V Px , Py , I V Px , Py , I
I
4P P
0,5
2 Px 2 Py x y
V Px , Py , I V Px , Py , I 28, 2843
80
4 • 2 •1
0,5
PX X a b a 1
x x
a b IPx
• Logo, para uma função utilidade Cobb-Douglas, preço e quantidade variam na mesma
proporção, ou seja, um aumento no preço do bem x de 1% reduz a quantidade
demandada em 1%.
• OBS. De forma equivalente, poderíamos calcular a elasticidade preço da demanda por
y, que também é igual a um (em módulo).
Elasticidades: Cobb-Douglas.
• Elasticidade Renda da Demanda por X
a I
Demanda por x x
a b Px
X I a 1 I a I a b Px
E X
• • • E I 1
X
I
I X a b Px a I a b Px aI
a b Px
• Logo, para uma função utilidade Cobb-Douglas, renda e quantidade variam na mesma
proporção, ou seja, um aumento na renda de 1% aumenta a demanda por x em 1%.
• OBS. De forma equivalente, poderíamos calcular a elasticidade renda da demanda por
y, que também é igual a um.
Elasticidades: Cobb-Douglas
• Elasticidade Cruzada da Demanda por X
a I
Demanda por x x
a b Px
X Py Py
E X
• 0 • E(Xx ,y) 0
Py X
( x ,y)
X
• Logo, para uma função utilidade Cobb-Douglas, a variação no preço de y não afeta a
quantidade demandada pelo bem x.
• OBS. De forma equivalente, poderíamos calcular a elasticidade cruzada da demanda
por y, que também é igual a zero.
Função Utilidade Stone-Geary
Seja U x , y x x0 y y0
a b
; a b 1.
• A função utilidade em questão é uma generalização da função utilidade
Cobb-Douglas, conhecida como função utilidade Stone-Geary, que
incorpora a ideia de que o indivíduo deve comprar certas quantidades
mínimas de cada um dos bens (x0,y0).
• Dessa forma, devemos ter x ≥ x0 e y ≥ y0.
• A derivação das funções de demanda por x e y, nesse caso, são realizadas
de maneira análoga ao caso de uma Cobb-Douglas, se introduzirmos o
conceito de “renda supernumerário” (I*), que representa a quantidade de
poder aquisitivo remanescente após a compra da cesta (x0,y0):
I I Px x0 Py y0
As funções de demanda são :
aI
*
Px x0
x a b
. Se a b 1 x
P x
x 0 a I *
.
Px Px
b I*
Py y0
y a b
. Se a b 1 y
Py
y 0 b I *
.
Py Py
• Logo, após adquirir as quantidades mínimas dos dois bem (x0,y0) , o
indivíduo gasta uma proporção constante da renda adicional
(supernumerário) com cada bem.
Um Exemplo
Seja U x ,y x x0 y y0
0 ,6 0 ,4
,
com I 100, Px 1, Py 1, x0 20 e y0 20.
Como I I Px x0 Py y0 I 100 1 20 1 20 60
Logo :
x
Px x0 a I * x 1 20 0, 6 60 56
y
Py y0 b I * y 1 20 0, 4 60 44
x (36) e 40% com y (24).
Py 1
• Entretanto, nada garante que a renda monetária (I) seja suficiente para o
indivíduo comprar a cesta com as quantidades mínimas (x0,y0) , dados os
preços de x e y.
• Podemos ter I Px x0 Py y0 .
Maximização da Utilidade: Complementos Perfeitos
▪ O consumidor maximiza a utilidade adquirindo a cesta A: curva de indiferença
mais distante da origem que toca a restrição orçamentária (pode ser adquirida
dada a renda monetária e os preços de x e y).
A U x, y min a x, b y a x b y
by U1
Uo
Restrição Orçamentária
ax x
Maximização da Utilidade: Complementos Perfeitos
• Demandas Marshalianas de Uma Função de Leontief
• Complementares Perfeitos
b a
U x, y min a x, b y a x b y x y ou y x
a b
b
Substituindo na R.O. I Px x Py y I Px y Py y
a
b I I
I Px Py • y y e x
a b a
Px Py Px Py
a b
Maximização da Utilidade: Complementos Perfeitos
• Exemplo:
• Seja U(x,y) = min{x,4y}, I = 8, Px=1 e Py=4.
I 8
y y y 1 Note que a x b y :
b 4 Px Py
Px Py
a
x 4y
I 8
x x x 4
a Px 0, 25Py Quatro unidades de x
Px Py para cada unidade de y.
b
Maximização da Utilidade: Substitutos Perfeitos
• Como vimos, no caso de dois bens que sejam substitutos perfeitos, a função
utilidade é dada por:
U y,x a y b x
• Caso a e b sejam iguais a um: U y,x y x .
• Note que, neste caso, como a TMgS(y,x) é igual a -1, tanto faz possuir 10
unidades de x, 10 de y ou cinco unidades de cada um.
• Logo, o consumidor gastará toda a sua renda adquirindo o bem cujo preço é
menor. Caso os preços sejam iguais, ele poderá adquirir qualquer
combinação de x e y que respeite a sua restrição orçamentária.
Maximização da Utilidade: Substitutos Perfeitos
• Logo, neste caso, podemos resumir as funções de demanda da seguinte forma:
I
x se Px P y y 0
Px
I
Demandas Marshalianas y se Px Py x 0
Py
y , x R 2
/ Px x Py y I se Px Py
Exemplo
• Suponha que: U x , y y x , I 100 , Px 1 e Py 2.
y
I Px 1
R.O. y x y 50 x
Py Py 2
A
50
TMgS y , x 1
U0 U1 U2
B
0 x
100
• Assim, temos:
I
x se | a / b | | Px / Py | y
0
Px
I
Demandas Marshalianas y
se | a / b | | Px / Py | x
0
Py
y, x R / Px x Py y I se | a / b | | Px / Py |
2
Exemplo
• Observe a seguinte afirmação:
• Se a função utilidade for U(x1,x2) = x1 + 0,25x2 e a renda do consumidor for
igual a I , com p1 = 1 e p2 = 2, em que pi é o preço do bem i, então o
consumidor irá utilizar toda a sua renda na aquisição do bem com maior
utilidade marginal, no caso, na aquisição do bem 1.
a 1 Px 1
U x2 , x1 a x1 b x2 TMgS x2 , x1 4 e 1
0,5
b 0, 25 Px
2
2
Como TMgS > relação de preços x1 = (I/Px) e x2 = 0.
Exemplo
x2 a 1
TMgS x2 , x1 4
b 0, 25
Px1 1
0,5
Px2 2
A
Quatro unidades de x2 equivalem a 1 unidade
de x1. Entretanto, O preço de x1 é menor que
U1 o preço de x2. Logo, o consumidor se
U0 especializará no consumo de x1.
R.O. B
x1
Maximização de Utilidade: Função Quase-Linear
• Seja a função utilidade U x1 , x2 U x1 x2
• Desta forma:
• Ela é quase-linear em x2 .
• A TMgS(x2,x1) depende exclusivamente de x1
x2
TMgS x2 , x1 U ' x1
U2
U1
U0
x1
• Suponha que a função utilidade de um consumidor seja dada por:
U x , y ln x1 x2 , com Px1 5 , Px2 3 e I 500.
• Podemos encontrar a escolha ótima do consumidor igualando a TMgS
(inclinação da curva de indiferença) à relação de preços (inclinação da restrição
orçamentária).
U 1
x1 x1 1 Px1
TMgs x2 , x1 Relação de Preços
U 1 x1 Px2
x2
1 Px1
Equilíbrio : TMgs x2 , x1 Relação de Preços
x1 Px2
I Px2
Px2 Px1 x1 R.O. I Px2 x2 Px2 I Px2 Px2 x2 x2
Px2
I
x
2 1
Px2
Como I Px2 Px2 x2 I I Px2 Px1 x1 Px2 Px1 x1
Px2
x
1
Px1
Yogurtes
U 1 U 2 U3
Sorvetes
B
ANPEC – 2014 – Questão 1
• A respeito das funções utilidades e seus vários formatos, podemos afirmar:
0) Para um consumidor individual com uma função utilidade na
forma U x, y x a y b ; a b 1 , a participação dos bens no orçamento individual
muda sempre que ocorrer variações nos preços relativos de x e y; F
• Observe que trata-se de uma função utilidade Cobb-Douglas.
• Como vimos, nesse caso as funções de demanda marshalianas são:
a R aR
x :a b 1 x
a b Py Py
1) Um consumidor que assume uma função utilidade na
forma U x, y x x0 . y y0 ; a b 1 sempre vai adquirir no mínimo a
a b
e y
Py
y 0 b R *
Px Py Px Py
• Logo, após adquirir as quantidades mínimas dos dois bem (x0,y0) , o indivíduo
gasta uma proporção constante da renda adicional (supernumerário) com cada
bem.
• Entretanto, nada garante que a renda monetária (R) seja suficiente para o
indivíduo comprar a cesta com as quantidades mínimas (x0,y0) , dados os
preços de x e y.
• Podemos ter R Px x0 Py y0 .
U1
ax U0
x
by
b a
U x, y min a x, b y a x b y x y ou y x
a b
b
Substituindo na R.O. R Px x Py y R Px y Py y
a
b R
R Px Py • y y
a b
Px Py
a
a
Substituindo na R.O. R Px x Py y R Px x Py x
b
a R
R Px Py • x x
b a
Px Py
b
x y
4) Supondo-se uma função utilidade na forma U x, y , então sempre
que a elasticidade de substituição for nula os bens x e y são considerados
substitutos perfeitos. F
• Com isso, temos que a afirmação é falsa, pois os bens são complementos
Perfeitos.
Homogeneidade
• Dizemos que uma função f(x1, x2, ... , xn) é homogênea de grau k se:
• Por exemplo:
y
1 • TMgS depende apenas de y/x.
x y 1 • Sempre podem ser representadas
x 2 por uma função de utilidade
homogênea.
U2
U1
U0
x
Preferências Homotéticas
Se U x , y x lny ,
U
A TMgS(y,x) diminui (em módulo), conforme a
TMgs y, x x 1
y quantidade de y aumenta, mas independe da
U 1 quantidade de x, que possui UMg constante.
y y
ANPEC – 2010 – Questão 1
• Com respeito a critérios de decisão, relações de preferência e funções de
utilidade, julgue as questões a seguir:
• 0) Seja u(x, y) uma utilidade homotética. Suponha que U(x0,y0) = U(x1,y1) , em
que (x0,y0) e (x1,y1) são duas cestas dadas, e seja t > 0 um escalar positivo.
Então U(tx0,ty0) = U(tx1,ty1) . V
• Caso uma função utilidade seja estritamente monótona, dizemos que ela é
homotética se, e somente se, para qualquer cesta de consumo
U(x0,y0) ≥ U(x1,y1) ↔ U(tx0,ty0) ≥ U(tx1,ty1) para qualquer t > 0.
• Em particular, se (x0,y0) e (x1,y1) forem cestas que se localizam em uma
mesma curva de indiferença, então U(x0,y0) = U(x1,y1).
• Logo, como U é uma função utilidade homotética, também será verdade
que U(tx0,ty0) = U(tx1,ty1), para qualquer t > 0.
y
C(tx0,ty0)
A
y0
B D(tx1,ty1),
y1
tU1
U0
x
x0 x1
y
1
x y 1 1
TMgS D TMgS E TMgS F
x 2 2
B C
A
F U2
E
D
U1
U0
x