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Escolha do consumidor e curva

da procura
Preferências e utilidade
Restrição orçamental
Equilíbrio de maximização da satisfação
Efeito de alterações nos preços e no
rendimento
Curva da Procura individual e agregada
Comportamento do Consumidor

• Elementos essenciais:
 Objetivo: maximizar a satisfação (utilidade).
 Restrições: limitações ou constrangimentos nos meios
disponíveis para obter a satisfação pessoal.
• Ponto de Partida: os indivíduos escolhem o melhor
cabaz de bens que podem obter…

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Escolha do Consumidor

“melhor cabaz” “que pode obter”

Descrição das Análise das Restrições:


Preferências
Orçamental
Outras…

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PREFERÊNCIAS DO CONSUMIDOR

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Bens e Cabazes de bens

• Consideramos apenas 2 bens: X e Y.


 Para podermos representar graficamente num sistema
de dois eixos;
 Todas as conclusões são válidas para o caso de mais
bens;
• Cabaz de Bens: combinação particular de 2 bens:
 A = (x,y), onde x é a quantidade do bem X e y é a
quantidade do bem Y.

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Cabazes de bens
• Cabaz de Bens: combinação particular de 2 bens:

TABLE 3.1 Alternative Market Baskets

Market Basket Units of Food Units of Clothing

A 20 30
B 10 50
D 40 20
E 30 40
G 10 20
H 10 40

Para explicar as escolhas do consumidor vamos


perguntar se o consumidor prefere um cabaz a outro.
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Relação de Preferências
• Relação de preferências: esquema pelo qual o consumidor
classifica todos os cabazes possíveis por ordem de
preferência (desejabilidade).
• Pressuposto: o consumidor é capaz de ordenar diferentes
cabazes de acordo com as suas preferências;
• Dados 2 cabazes, A e B, é capaz de dizer:
 «prefiro A a B» → A > B
 «prefiro B a A» → B > A
 «sou indiferente entre A e B» → A ~ B
> = relação de preferência
~ = relação de indiferença

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Relação de Preferências
• A relação de preferências permite ao consumidor ordenar
cabazes, mas não lhe dá a possibilidade de fazer
afirmações quantitativas mais precisas acerca da sua
conveniência relativa:
• Pode dizer que A > B, mas não pode dizer que A lhe dá o dobro da
satisfação (utilidade) do que B.
• As relações de preferências podem diferir muito entre
consumidores;
• No entanto, a maior parte das relações de preferências
tem características comuns. Em geral, admite-se que
apresentam 4 propriedades.

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Propriedades das Preferências
• Completas (axioma da exaustão)
 O consumidor é capaz de expressar preferência (ou
indiferença) entre todos os cabazes possíveis: “não sei”
não é opção!
 Dados 2 cabazes A e B, o consumidor é sempre capaz de
dizer:
 A > B,
 B > A ou
 A~B

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Propriedades das Preferências

• Mais é melhor (hipótese da não saciedade)


 Cabazes que têm mais de pelo menos um dos bens são
preferidos aos outros cabazes;
Y

•B Cabazes
preferidos a A
•H
y1 •A
•D
A é preferido aos
cabazes desta zona

X
x1
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Propriedades das Preferências

• Transitivas (axioma da transitividade)

 Para quaisquer 3 cabazes, A, B e C:


 se A > B e B > C, então A > C;
 Se A ~ B e B ~ C, então A ~ C

 Preferências consistentes – podem ser representadas


por uma Função Utilidade U(X) tal que: U(A) > U (B)
se e só se A>B.

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Propriedades das Preferências

• Convexas
 O consumidor prefere cabazes com combinações de
ambos os bens a cabazes que contêm apenas 1 bem:
 Se A ~ B e A =(4,0) e B=(0,4) e se as preferências forem
convexas, então deverá preferir o cabaz C=(2,2) do que
qualquer um dos extremos.

 Esta propriedade traduz o princípio da diversificação do


consumo.

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Curva de Indiferença
Roupa
(unidades por
Semana) A~B~D
50 B
E>A
H
40 E
A>G
A
30

D
20 ●
G U1

10

10 20 30 40
Alimentação
(Kg./ semana)

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Curva de Indiferença
• Curva de Indiferença: Bem Y
 Curva que representa as
combinações de 2 ou mais
bens que proporcionam
ao consumidor o mesmo
nível de satisfação;
●D
 Sobre a mesma curva os
cabazes são igualmente ●A ●C
preferidos: A ~ B; I3

 CI diferentes representam I2
● B
níveis de satisfação I1
diferentes:
D > C e C > A; Bem X

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Mapa de Indiferença
• Mapa de Indiferença:
 Conjunto de curvas de Bem Y
indiferença que, tomadas em
conjunto, fornecem uma
descrição completa das
preferências do consumidor;
 Os “rótulos” associados a
cada curva de indiferença não ●D
têm outro significado senão
indicar que a utilidade ●A ●C
I3
(satisfação) aumenta de I1
para I2 e de I2 para I3; I2
● B
 O fator mais importante é a I1
ordenação das curvas de
indiferença e não os valores Bem X
numéricos que lhes
atribuímos.
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Utilidade e Função Utilidade
● Utilidade - classificação numérica que representa a satisfação que um
consumidor obtém a partir de um determinado cabaz de compras.

● Função Utilidade - Fórmula que atribui um nível de utilidade a cada


cabaz, de forma que cabazes mais preferidos obtêm índices de utilidade
mais elevados.

A função utilidade total de um


indivíduo pode ser
representada por um mapa de
indiferença.
Esta figura mostra três curvas
de indiferença (com níveis de
utilidade de 25, 50, e 100,
respetivamente) associadas a
uma função de utilidade:

u(F,C) = FC

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Mapa de Indiferença
Quantidade do
bem Y Cabaz de Quantidade do Quantidade Utilidade
consumo bem X do bem Y Total

A 3 30 450
90
B 6 15 450
80
C 5 10 391
70 U =391
60 D 4 45 519
D U = 450
45
A
30 U =519 A magnitude da Utilidade
B I3 serve apenas para ordenar
15
10 I2 os cabazes
C I1
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Quantidade do bem X

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Bem compósito

Bem Y = dinheiro para gastar
500 B nos outros bens

400

A
300

D
200
U1

100

10 20 30 40
Alimentação
(Kg./ semana)

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Propriedades das Curvas de Indiferença:
preferências «bem comportadas»

• São densas em todo o espaço de bens (completas)


• Têm inclinação negativa (“mais é melhor”)
• C.I. mais afastadas da origem representam níveis de
satisfação mais elevados (“mais é melhor”)
• Nunca se intersectam (transitividade e não saciedade)
• São convexas em relação à origem (TMS decrescente)

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Preferências do Consumidor
Duas CI não se podem intersectar

Se as curvas de
indiferença U1 e U2 se
cruzam, uma das
hipóteses do teoria do
consumidor é violada.
O consumidor deve ser
indiferente entre os
cabazes A e B e entre A e
D. Pela transitividade, B
seria indiferente a D.
No entanto, B deve ser
preferido a D porque B tem
mais quantidade de ambos
os bens

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Taxa Marginal de Substituição
Quantidade
do bem Y Cabaz de Quantidade Quantidade
consumo do bem X do bem Y
O consumidor troca
10 unidades de Y V 2 30
V
30 W 3 20
. . . por mais 1 de X
X 4 15
–10
Y 5 12
W
20 e troca 2 Z 6 10
+1 unidades de Y
X
15 Y . . . por +1 de X.
12 Z
–2 taxa marginal de substituição:
10 I
+1
quantidade do bem Y que o
consumidor está disposto a
sacrificar para obter uma
0 2 3 4 5 6 unidade adicional do bem X,
Quantidade do bem X mantendo a utilidade constante.

A |TMS| decresce à medida que o consumo do bem X


aumenta (convexidade da curva de indiferença) 22
Taxa Marginal de Substituição
• TMSY,X:
 Quantidade do bem Y que
o consumidor está
disposto a sacrificar para
obter uma unidade
adicional do bem X,
mantendo o grau de
satisfação constante.
 Valor absoluto do declive
da CI = Y
X

• Decresce à medida que


aumenta o consumo do
bem X - convexidade.

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Taxa Marginal de Substituição

• A propriedade da convexidade diz que, ao longo de uma


curva de indiferença, quanto maior for a quantidade de um
bem que o consumidor possui, tanto mais exige desse bem
para renunciar a uma unidade do outro bem: a TMS é
decrescente com X ;
• Utilidade marginal de um bem ou serviço - variação na
utilidade total associada ao consumo de mais (ou menos)
uma unidade desse bem ou serviço.
• Princípio da utilidade marginal decrescente: cada unidade
adicional de um bem ou serviço gera um acréscimo de
utilidade (satisfação) menor que a unidade anterior.

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Casos particulares

Substitutos Perfeitos Complementares


Perfeitos
Sumo Sapato
Laranja Esquerdo

TMS = 0 ou
TMS constante TMS = ∞

2 I3

2 I2
1
1 I1
I1 I2 I3

1 2 Sumo 1 2 Sapato
Maçã Direito

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Casos particulares

Música Música

I3

I2

I1

I3

I2

I1

Ruído Tabaco

O Ruído é um bem neutro: O Tabaco é um “mal” económico:


TMS = 0 TMS > 0

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RESTRIÇÃO ORÇAMENTAL

Escolha do Consumidor e
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Restrição Orçamental
• Conjunto de possibilidades de consumo:
 Conjunto de cabazes acessíveis dado o rendimento e
os preços:

PX x  PY y  M
Onde:

PX = Preço do Bem X
PY = Preço do Bem Y
M = Rendimento

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A Restrição Orçamental

• Reta do Orçamento Y

 Conjunto de cabazes
acessíveis quando todo o M Reta do Orçamento
rendimento é gasto em PY
consumo:
PX x  PY y  M
M
PX

Escolha do Consumidor e
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A Restrição Orçamental
Quantidade do
bem Y

Cabazes de consumo Quantidade Quantidade


10 Cabaz de
inacessíveis do bem Y do bem X
consumo
A
8 A 0 10
B Cabazes de bens
acessíveis quando B 1 8
6 todo o rendimento é
C gasto em consumo C 2 6

4 D 3 4
Cabazes de D
consumo E 4 2
2 acessíveis
E F 5 0
F
0 1 2 3 4 5 Quantidade
do bem X

A reta do orçamento apresenta todos os cabazes de consumo que são acessíveis


ao consumidor e que esgotam o seu rendimento.
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Restrição Orçamental
• Reta do Orçamento:
Y

Px x  Py y  M
Py y  M  Px x M
PY
M Px
y  x
Py Py

• Custo de Oportunidade: X
 Declive da R.O.: M
P PX
 X
PY

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Orçamentos incluindo mais de dois bens: bem
compósito
• Bem compósito:
quantia que o
consumidor gasta em
todos os outros bens;
• O eixo vertical da RO
mede a quantia que o
consumidor gasta em
todos os outros bens,
excluindo X;
• Implicitamente,
assumimos py=1.

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Alterações na R.O.

• Alterações no Y

Rendimento:
 Se o M aumenta, a RO M1
desloca-se paralelamente PY
para a direita (M1>M0); M0
 Se o M diminui, a RO PY
desloca-se paralelamente
para a esquerda M2
(M2<M0); PY

M2 M0 M1 X
PX PX PX

Escolha do Consumidor e
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Alterações na R.O.

• Alterações nos preços Y

 Se o preço do bem X
aumenta, a ordenada na
origem mantém-se e a RO M Nova RO para uma
gira no sentido dos ponteiros PY diminuição do preço
do relógio: de X
( PX1  PX 0 )
 Se o preço do bem X diminui,
a ordenada na origem
mantém-se e a RO gira no
sentido contrário ao dos
ponteiros do relógio;
M M M X
( PX  PX )
0 2
PX 1 PX 0 PX 2

Escolha do Consumidor e
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ESCOLHA DO CONSUMIDOR

Escolha do Consumidor e
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Escolha do Consumidor
Bem Y

Equilíbrio do
Consumidor
● F

● ●
B I4
D
I3

A I2

● I1
C Bem X

Escolha do Consumidor e
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Equilíbrio do Consumidor

• Equilíbrio do Consumidor:
– o cabaz acessível que lhe proporciona o mais alto nível
de satisfação; por outras palavras é «o melhor» de
todos os cabazes que pode obter, dados os preços e o
rendimento.
• Graficamente: ponto de tangência entre a RO e uma CI.

Escolha do Consumidor e
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Equilíbrio do Consumidor

Algebricamente:

Px
TMS y , x 
Py

|Declive da Curva de = |Declive da Reta


Indiferença| do Orçamento|

SÓ NO PONTO DE EQUILÍBRIO!!!

Escolha do Consumidor e
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O Impacto de diferentes Preferências

Escolha do Consumidor e
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Soluções de Canto
Situação em que a
TMSy,x no cabaz
escolhido não é igual à
Bem Y
inclinação da linha do
orçamento. O consumidor
I1 I2 I3 maximiza a satisfação ao
consumir apenas um dos
dois bens.

Cabaz de Equilíbrio

● Bem X

Escolha do Consumidor e
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Aplicação: transferência em espécie do bem X

Escolha do Consumidor e
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Alterações no Rendimento Monetário
Alterações nos Preços Diretos
Alterações nos Preços Cruzados

A PROCURA DO CONSUMIDOR

Escolha do Consumidor e
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Estática Comparada

• O mais importante para a empresa é poder prever o efeito


de determinadas alterações sobre a escolha ótima do
consumidor:
– Como varia a escolha em resposta a alterações no
rendimento?
– Como varia a escolha do consumidor perante variações
nos preços?

Escolha do Consumidor e
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Alterações no Rendimento

• Bens Normais:
– Bens cuja procura varia diretamente com o rendimento
do consumidor.
• Bens Inferiores:
– Bens cuja procura varia inversamente com o
rendimento do consumidor.

Escolha do Consumidor e
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Variação no Rendimento: bem normal

x2
O aumento no rendimento do
consumidor provoca um
aumento nas quantidades
escolhidas dos dois bens.

x1
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Variação no Rendimento : bem inferior

Y
O aumento no rendimento do
consumidor provoca uma
diminuição na quantidade
escolhida do bem X.

X
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Efeito de Alterações no Rendimento

Bem Y
Curva de Rendimento-
Curva de Rendimento-
Consumo (CRC): lugar
Consumo geométrico dos cabazes ótimos
correspondentes a diferentes
níveis de rendimento do
consumidor, ceteris paribus
C
7
B I3
5
A
I2
Bem X – Normal
3

I1
Bem Y - Normal
4 10 16
Bem X

Escolha do Consumidor e
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Alterações no Rendimento

Bife Bem X (hamburguer) é inferior entre B e C


(unid/mês)

Curva de Rendimento-Consumo
15

C
10 I3

5 B
I2
A

I1
Hamburger
5 8 10 20 30 (unid/mês)

Escolha do Consumidor e
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Alterações no Rendimento

Escolha do Consumidor e
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Curva de Engel
Y M
(€/mês) E
(€/mês)

30

30

CRC
20
20

10 10

4 10 16 X 4 10 16
X
Bem X é Normal (unid/mês)

Escolha do Consumidor e
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Curva de Engel

• Curva de Engel: curva que relaciona a quantidade


procurada de um bem com o rendimento do
consumidor, ceteris paribus.
– Tem inclinação positiva se o bem é Normal
– Tem inclinação negativa se o bem é Inferior

Escolha do Consumidor e
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Procura 2016/17
Curva de Engel
M
(€/mês)

C
30
Inferior

20 B

A
10 Normal

Hamburger
5 8 10
(unid/mês)

Escolha do Consumidor e
52
Procura 2016/17
• À medida que o
rendimento do
consumidor aumenta de L1
para L2, e para L3, a
restrição orçamental
desloca-se para a direita e
permite-nos encontrar o
novo cabaz ótimo.
– Este processo dá-nos a
deslocação da curva de
procura para cada uma
das variações no
rendimento e
– dá-nos os diferentes
pontos da curva de
Engel.

53
Efeito da alteração no preço: bem ordinário

Y ↑Px

Escolha do Consumidor e
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Efeito de alterações nos Preços
Y
(€)

20

Curva de Preço-Consumo
A

I1 C
I3
B

I2

Alimentação
4 10 12 20 40
(unid/mês)

Px=2 Px=1 Px=0,5


Escolha do Consumidor e
55
Procura 2016/17
Curva de Preço-Consumo

• Lugar geométrico dos diferentes cabazes de


equilíbrio do consumidor, correspondentes a
diferentes níveis de preço de um dos bens,
mantendo fixos o rendimento, o preço do outro
bem e as preferências;
• A partir da CPC podemos traçar a curva da
procura individual do bem.

Escolha do Consumidor e
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Procura 2016/17
Curva da Procura do Consumidor
M
(€/mês)

20

Curva de Preço-Consumo
A C
B

X
4 10 12 20 40
Px

2 D

Curva da Procura Individual

1 F

0,5 G

X
Escolha do Consumidor e 4 12 20
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Procura 2016/17
• À medida que o
preço do bem X
diminui, a restrição
orçamental roda no
sentido horário e
permite-nos
encontrar a nova
quantidade ótima do
bem X.
• Este processo
repetido dá-nos os
diferentes pontos da
curva de procura do
bem X.
Escolha do Consumidor e
58
Procura 2016/17
Explicar a Lei da Procura

• Ceteris paribus, uma subida do preço do bem tem dois


efeitos sobre a procura do consumidor:
1. Efeito substituição: é a variação na quantidade procurada
quando o preço do bem sobe, mantendo os preços dos
outros bens constantes, e a utilidade do consumidor
constante.
2. Efeito rendimento: é a variação na quantidade procurada
quando o rendimento varia, mantendo os preços
constantes.
• Quando o preço do bem sobe, a variação total nas
quantidades procuradas é a soma destes dois efeitos.

Escolha do Consumidor e
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Procura 2016/17
Efeito-substituição

• O Efeito-substituição de uma alteração no preço


corresponde à variação na quantidade procurada explicada
pelo facto de os consumidores substituírem o bem que
ficou mais caro por outros bens que, em termos relativos
ficaram mais baratos.
• O efeito-substituição explica, por si só, praticamente, o
declive negativo da curva da procura, no caso dos bens que
têm um peso reduzido no orçamento do consumidor típico
(ex: cotonetes ou clips).
• No entanto, no caso dos bens que têm um peso
significativo no orçamento das famílias (ex: alimentação ou
habitação) há outro efeito importante a considerar.
Escolha do Consumidor e
60
Procura 2016/17
Efeito-rendimento

• O Efeito-rendimento de uma alteração no preço


corresponde à variação na quantidade procurada do bem
explicada pela variação no poder de compra (rendimento
real) devida à alteração no preço do bem.
• O efeito-rendimento atua de forma diferente, consoante o
bem seja normal ou inferior:
– No caso de um bem normal: se o preço do bem aumentar, o poder
de compra diminui – a quantidade procurada do bem vai ser
menor, também por causa da perda de poder de compra;
– No caso de um bem inferior: se o preço do bem aumentar, o poder
de compra diminui – a quantidade procurada do bem inferior vai
aumentar por causa da perda de poder de compra;

Escolha do Consumidor e
61
Procura 2016/17
Efeito-substituição e Efeito-rendimento

• A direção do efeito substituição será sempre a mesma:


☞ O preço sobe, os indivíduos consumem menos do bem
porque estão a substitui-lo por outros bens que ficam
agora relativamente mais baratos.
• A direção do efeito rendimento dependerá do bem ser
um bem normal ou ser um bem inferior; depende da
elasticidade rendimento do bem:
☞Quando o preço sobe e o bem é normal, o efeito
rendimento será negativo.
☞Quando o preço sobe e o bem é inferior, o efeito
rendimento será positivo.

Escolha do Consumidor e
62
Procura 2016/17
Bens de Giffen

• Na maior parte dos casos, o efeito rendimento reforça o


efeito substituição.
• No caso dos bens inferiores, o efeito rendimento e o efeito
substituição atuam em direções opostas.
• Um caso especial: os Bens de Giffen – bens cuja
quantidade procurada aumenta em resposta ao aumento
do seu preço – “violam” a Lei da Procura.
• Explicação:
– São bens inferiores (o efeito rendimento tem de ser “negativo”);
– Têm um peso importante no orçamento dos consumidores (o
efeito-rendimento tem de ser mais forte que o efeito-substituição)

Escolha do Consumidor e
63
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Um caso especial: Bens de Giffen
Y

↑ Preço → ↑Quantidade Procurada


↓Preço → ↓Quantidade Procurada

E0

E1

Curva de Procura crescente

Escolha do Consumidor e
64
Procura 2016/17
Efeito de alterações nos preços cruzados
Leite
MIMOSA

y1 E1
E0
y0

Leite
x1 x0 AGROS

Bens Substitutos

Escolha do Consumidor e
65
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Efeito de alterações nos preços cruzados

Amendoim

Bens Complementares

E0
y0
I0
y1 E1
I1

Cerveja
x1 x0

Escolha do Consumidor e
66
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Efeito de alterações nos preços cruzados

Bens Independentes

E0
E1
y
I0
I1

X
x1 x0

Escolha do Consumidor e
67
Procura 2016/17

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