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Resumo Seção 3

Preferências e seus Axiomas1

 Escolhas são feitas baseadas:


 No Orçamento
 Nas Preferências (“gosto”)
Preferências do Individuo
 Para modelarmos as preferências de um indivíduo vamos supor:
 Uma cesta com 2 bens (Guaraná e Pipoca)
 Indivíduos são racionais
 As preferências seguem algumas regras (Axiomas das preferências)
 Axiomas das Preferências
• I – Completa: Devemos ser capazes de ranquear duas cestas de bens
CESTA A CESTA B

Se minha preferência for COMPLETA, devo ser capaz de responder:


A > B → Cesta A é preferível a Cesta B, ou
B > A → Cesta B é preferível a Cesta A, ou
A ~ B → Cesta A é INDEFERENTE a Cesta B e vice-versa
• II – Transitividade: Nossas preferências devem ser consistentes
CESTA A CESTA B CESTA C

A>B B>C
Se A > B e B > C (assumindo nossa transitoriedade de nossas preferências, então) A > C

• III – Reflexiva: Qualquer cesta é pelo menos tão boa quanto ela mesma
CESTA A CESTA A

A ≥ A (≥ fracamente preferida) ou seja a Cesta A é tão boa quanto ela mesma

1 Axiomas são verdades inquestionáveis universalmente válidas, muitas vezes utilizadas como princípios na construção de uma teoria ou como base para uma
argumentação. A palavra axioma deriva da grega axios, cujo significado é digno ou válido. Em muitos contextos, axioma é sinónimo de postulado, lei ou princípio
.
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• IV – Monotonicidade: Parte do princípio que os indivíduos são não saciáveis (princípio da
não saciedade => Mais é sempre preferível a menos)
CESTA A CESTA B

B > A (Cesta B é preferível a Cesta A) = Monotonicidade Fraca


CESTA A CESTA C

C > A (Cesta C é preferível a Cesta A) = Monotonicidade Forte


• V – As Preferências são convexas: As médias são preferíveis do que aos extremos. Significa
que uma cesta mais balanceada e preferível a uma Cesta não balanceada. Ou seja, os
indivíduos preferem trocar bens que em abundancia e menos dispostos a trocar bens que
tem em menor quantidade
CESTA A

CESTA B

CESTA C

C > A (Cesta C é preferível a Cesta A)


C > B (Cesta C é preferível a Cesta B)
A Cesta C trata-se de uma combinação Convexa das Cestas A e B

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Curva da Indiferença
Por definição Curva de Indiferença mostra a representação gráfica que descreve as preferências dos
consumidores (dos indivíduos).
Ela mostra todas as combinações dos bens (bem 1e bem 2) que deixa um determinado indivíduo igualmente
satisfeito (Feliz).
Ou seja, se tenho duas cestas que são indiferentes entre si, elas vão estar na mesma curva de indiferença.
Porque essas duas cestas deixam o consumidor SATISFEITO.

EXEMPLO:
CESTA A CESTA B

A ~ B → O indivíduo é indiferente entre Cesta A e a Cesta B

Representação Gráfica

CESTA A CESTA B CESTA C

Pelo princípio da NÃO SOCIEDADE DO INDIVIDUO: C > A e C > B → O indivíduo é prefere a cesta C a A e B

Assim a cesta C não pode estar na Curva da cesta A e B.

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Propriedade da Curva da Indiferença
I

Curvas mais distantes da origem são as mais preferidas

II – As curvas de indiferença são negativamente inclinadas (Monotonicidade)

A curva que passa por esta cesta C, teria que ser uma curva acima.

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Agora, para manter na mesma curva (C1) precisamos reduzir a quantidade de guaraná, por exemplo:

Ao Logo de uma curva de indiferença há um trade off, ou seja, para obter mais pipoca o indivíduo precisa
abrir mão de guaraná, ou vice-versa.
Assim, podemos afirmar que existe uma relação negativa em pipoca (x1) e guaraná (x2). Indicando uma
curva negativamente inclinada.

III – As curvas de indiferença nunca se cruzam.


Por contradição, supomos que duas curvas de indiferença se cruzem:

A ~ B são indiferentes entre si (mesma curva)


B ~ C são indiferentes entre si (mesma curva)

Então segundo o axioma da TRANSITIVIDADE, A ~ C,


mas isso não é possível pois Cesta C está em uma
curva diferente da Curva A

Assim a cesta C e preferida a Cesta A. Portanto para duas curvas de indiferenças se cruzarem teremos que
VIOLAR o axioma a TRANSITIVIDADE
,

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Função Utilidade (U)
Relembrando, que a Curva de indiferença é uma representação gráfica das preferências de um indivíduo.
A função utilidade é um modo de atribuir um numero a cada possível cesta de consumo, de modo que se
atribuam às cestas mais preferidas números maiores que os números atribuídos às cestas menos
preferidas.

Exemplo: Dado uma função utilidade: 𝑈(𝑋1 , 𝑋2 ) = 2𝑋1 + 3𝑋2


Qual a utilidade da seguinte cesta?
=> X1 = 4 e
CESTA A Assim, 𝑈𝐴 = 2. (4) + 3. (2) = 14
X2 = 2

Esse valor só serviria, se fosse utilizado para comparar cestas e/ou ser capaz de ranquear as cestas
Então vamos comparar algumas cestas:
=> X1 = 4 e
CESTA A Assim, 𝑈𝐴 = 2. (4) + 3. (2) = 14
X2 = 2

=> X1 = 1 e
CESTA B Assim, 𝑈𝐵 = 2. (1) + 3. (4) = 14
X2 = 4

=> X1 = 7 e
CESTA C Assim, 𝑈𝐵 = 2. (7) + 3. (2) = 20
X2 = 2

UA = UB <=> A ~ B As Cesta A e B estão na mesma curva de


(significa que são indiferentes entre si) indiferença
UC > UA <=> A > B
(significa que a Cesta C é preferida a Cesta A) A cesta C está numa curva de indiferença acima da
UC > UB <=> C > B curva de indiferença em que estão as Cesta A e B
(significa que a Cesta C é preferida a Cesta B)

Cesta U1 U2 U3 U4
A 14 0,01 50.000 -8
B 14 0,01 50.000 -8
C 20 0,05 80.000 -2

Para qualquer que seja a função utilidade para essas cestas teremos:
1) UA = UB <=> A ~ B
2) UC > UA <=> A > B
3) UC > UB <=> C > B
Concluindo:
1) O valor da utilidade não tem importância, o que vale é a ordenação das cestas – UTILIDADE
CARDINAL X UTILIDADE ORDINAL.
2) É possível que exista mais de uma função utilidade que represente as preferências de um
determinado indivíduo.

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Propriedades da Função Utilidade
1) U(X1, X2) é continuamente diferenciável

Se e somente se: As preferências são contínuas ( as preferências do consumidor não tem mudanças bruscas)

2) U(X1, X2) é crescente em X1 e crescente em X2.

As preferências são estritamente monotônicas (Monotonicidade) - Princípio da não-saciedade

3) U(X1, X2) é quase côncava.

A convexidade das preferências implica quase concavidade da função utilidade.

Utilidade Marginal
Mostra o quanto varia uma a utilidade de um consumidor quando ele tem um POUCO A MAIS de um
determinado bem.

Assim, utilidade marginal do bem i é a variação da utilidade de um determinado indivíduo dada uma
variação na quantidade do bem i.

Utilizamos para isso duas formulas que são equivalentes e sua aplicação depende do caso que tiver
trabalhando.

∆𝑼
1) Discreta, 𝑼𝒎𝒈𝒊 =
∆𝑿𝒊

Onde 𝑼𝒎𝒈𝒊 = Utilidade Marginal do bem i, ∆U = Variação da Utilidade e ∆Xi = Variação da quantidade

𝝏𝑼(𝑿𝟏 ,𝑿𝟐 )
2) Continua (derivadas parciais), 𝑼𝒎𝒈𝒊 = 𝝏𝑿𝒊

onde, DERIVADA da função utilidade em relação ao bem i.

Exemplo: 1) 𝑈(𝑋1 , 𝑋2 ) = 2𝑋1 + 3𝑋2

=> X1 = 1 e
CESTA A Assim, 𝑈𝐴 = 2. (1) + 3. (1) = 5
X2 = 1

=> X1 = 2 e
CESTA B Assim, 𝑈𝐵 = 2. (2) + 3. (1) = 7
X2 = 1

Utilidade marginal do Guaraná


∆𝑼 𝟕−𝟓
𝑼𝒎𝒈𝒊 = ∆𝑿 = 𝟐−𝟏 = 𝟐
𝒊

É o Ganho de utilidade por i unidade a mais de guaraná.

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𝑈(𝑋1 , 𝑋2 ) = 2𝑋1 + 3𝑋2

𝝏𝑼(𝑿𝟏 , 𝑿𝟐 )
𝑼𝒎𝒈𝒊 = = 𝟐(𝟏) + 𝟑(𝟎) = 𝟐
𝝏𝑿𝒊

2)
=> X1 = 1 e
CESTA A Assim, 𝑈𝐴 = 2. (1) + 3. (1) = 5
X2 = 1

=> X1 = 2 e
CESTA B Assim, 𝑈𝐵 = 2. (1) + 3. (2) = 8
X2 = 1

Utilidade marginal do Suco


∆𝑼 𝟖−𝟓
𝑼𝒎𝒈𝒊 = ∆𝑿 = 𝟐−𝟏 = 𝟑
𝒊

É o Ganho de utilidade por i unidade a mais de Suco.

𝑈(𝑋1 , 𝑋2 ) = 2𝑋1 + 3𝑋2

𝝏𝑼(𝑿𝟏 , 𝑿𝟐 )
𝑼𝒎𝒈𝒊 = = 𝟐(𝟎) + 𝟑(𝟏) = 𝟑
𝝏𝑿𝒊

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A~B
1. Curva de Indiferença : Definição e suas Propriedades
2. Função de Utilidade : Definição, Propriedades e Utilidade Marginal
3. Taxa Marginal de Substituição : Definição e seu cálculo
4. Função Utilidade, Curva de Indiferença e TMgS : Preferências CES
5. Taxa Marginal de Substituição : Exercícios

• Elasticidade Preço Cruzada da Demanda


• Teoria da escolha do consumidor - restrição orçamentária e curva de
indiferença
• Elasticidade - Renda : Exercícios Resolvidos #3
TERMINAR DE VER PARA MONTAR

Taxa Marginal de Substituição

1) 𝑈(𝑋1 , 𝑋2 ) = 2𝑋1 + 4𝑋2

2) 𝑈(𝑋1 , 𝑋2 ) = 𝑋1 + 4𝑋2
3) 𝑈(𝑋1 , 𝑋2 ) = 2𝑋1 + 4𝑋2
4) 𝑈(𝑋1 , 𝑋2 ) = 2𝑋1 + 4𝑋2
5) 𝑈(𝑋1 , 𝑋2 ) = 2𝑋1 + 4𝑋2

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