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Nota de aula 08

Propriedades térmicas: Calor especifico

Modelo de Einstein
A teoria original proposta por Einstein em 1907 tem grande relevância histórica. A capacidade de calor
dos sólidos foi previsto pela lei empírica de Dulong-Petit. O calor específico dos sólidos deveria ser independente
da temperatura. Mas experimentos em baixas temperaturas mostraram que o calor especifico muda, indo para
zero em zero absoluto. À medida que a temperatura sobe, o calor específico aumenta até se aproximar da previsão
de Dulong e Petit a altas temperaturas (quadro 1).

Quadro 1 Dulong e Petit


Ao empregar a suposição de quantização de Planck, a teoria de Einstein foi responsável por comprovar
uma tendência. Juntamente com o efeito fotoelétrico, isso se tornou uma das mais importantes evidências da
necessidade de quantização. Einstein usou os níveis do oscilador da mecânica quântica muitos anos antes do
advento da mecânica quântica moderna.
No modelo de Einstein, o calor específico aproxima-se de zero exponencialmente rápido a baixas
temperaturas. Isso ocorre porque todas as oscilações têm uma frequência comum. O comportamento correto é
encontrado quantificando os modos normais do sólido da mesma maneira que Einstein sugeriu. Então as
frequências das ondas não são todas iguais, e o calor específico vai a zero como uma lei de potência, que combina
experimento. Essa modificação é chamada de modelo Debye, que apareceu em 1912.
Considerando N osciladores unidimensionais de mesma frequência 𝜔0 (ver figura 1). A densidade de
estados de Einstein é [Kittel pag. 101]
𝐷 (𝜔) = 𝑁𝛿 (𝜔 − 𝜔0 )
em que a função delta esta centrada em 𝜔0 .

Figura 1 Relação de dispersão


Distribuição de Planck
A distribuição de Planck (lei) é uma aplicação específica da distribuição de Bose-Einstein. Considere um conjunto
de osciladores harmônicos idênticos em equilíbrio térmico. A razão entre o número de osciladores no estado
quântico de excitação de ordem 𝑛 + 1 e o numero de osciladores no estado de ordem 𝑛 é dado por:
𝑁𝑛+1 −ħ𝜔 −ħ𝜔
= 𝑒𝑥𝑝 ( ) = 𝑒𝑥𝑝 ( )
𝑁𝑛 𝑘𝐵 𝑇 𝜏
Assim a fração do número total de osciladores que se encontra no estado quântico de ordem 𝑛 é
−𝑛ħ𝜔
𝑁𝑛 𝑒𝑥𝑝 ( 𝜏 )
= = 𝑝(𝑛) = 𝑃𝑟𝑜𝑏𝑎𝑏𝑖𝑙𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒
∑∞𝑛=0 𝑁𝑛 ∞
∑𝑠=0 𝑒𝑥𝑝 (
−𝑛ħ𝜔
𝜏 )
O valor médio dos osciladores é dado por

〈𝑛〉 = ∑ 𝑛 𝑝(𝑛)
𝑛=0
−𝑛ħ𝜔
∑𝑛 𝑛 𝑒𝑥𝑝 (
〈𝑛〉 = 𝜏 )
−𝑛ħ𝜔
∑𝑛 𝑒𝑥𝑝 (
𝜏 )
Fazendo
−ħ𝜔 −𝑛ħ𝜔
𝑥 = 𝑒𝑥𝑝 ( ) → 𝑥 𝑛 = 𝑒𝑥𝑝 ( )
𝜏 𝜏
Os somatórios são
1
∑ 𝑥𝑛 = 1 + 𝑥 + 𝑥2 + 𝑥3 + ⋯ =
1−𝑥
𝑛
Derivando
𝑑 𝑑 1
∑ 𝑥𝑛 = ( )
𝑑𝑥 𝑑𝑥 1 − 𝑥
𝑛

𝑑
∑ 𝑛𝑥 𝑛−1 = (1 − 𝑥 )−1
𝑑𝑥
𝑛

𝑑 (1 − 𝑥 )
∑ 𝑛𝑥 𝑛−1 = −(1 − 𝑥 )−2 = (1 − 𝑥 )−2
𝑑𝑥
𝑛
Multiplicando 𝑥 dos dois lados
𝑥
𝑥 ∑ 𝑛𝑥 𝑛−1 =
(1 − 𝑥 )2
𝑛

𝑥
∑ 𝑠𝑥 𝑛 =
(1 − 𝑥 )2
𝑛
Sendo 𝑥 = 𝑒𝑥𝑝(−ħ𝜔⁄𝜏), o valor médio dos osciladores é dado por
𝑥
∑ 𝑛 𝑛 𝑥 (1 − 𝑥 )2 𝑥 𝑒𝑥𝑝(−ħ𝜔⁄𝜏)
〈𝑛〉 = = = =
∑𝑛 𝑥 1 1 − 𝑥 1 − 𝑒𝑥𝑝(−ħ𝜔⁄𝜏)
1−𝑥
𝑒𝑥𝑝(−ħ𝜔⁄𝜏) 𝑒𝑥𝑝(ħ𝜔⁄𝜏)
〈𝑛 〉 = ×
1 − 𝑒𝑥𝑝(−ħ𝜔⁄𝜏) 𝑒𝑥𝑝(ħ𝜔⁄𝜏)
1
〈𝑛 〉 =
𝑒𝑥𝑝(ħ𝜔⁄𝜏) − 1
Para pequenos valores de ħ𝜔⁄𝜏
𝑒𝑥𝑝(ħ𝜔⁄𝜏) − 1 = ħ𝜔⁄𝜏
𝜏 𝑘𝐵 𝑇
〈𝑛〉 = =
ħ𝜔 ħ𝜔
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/48089/course/section/16461/qsp_chapter10-plank.pdf

A energia térmica do sistema é:


𝑈(𝑇) = ∫ ℏ𝜔 ∙ 𝐷 (𝜔) ∙ 〈𝑛(𝜔)〉 𝑑𝜔
No modelo de Einstein
ħ𝜔
𝑈 (𝑇) = 𝑁〈𝑛(𝜔)〉ℏ𝜔 = 𝑁
𝑒𝑥𝑝(ħ𝜔⁄𝑘𝐵 𝑇) − 1
A capacidade térmica dos osciladores é dada por
𝜕𝑈
𝐶𝑉 = ( )
𝜕𝑇
como 𝜕 ħ𝜔 ħ𝜔
( )=−
𝜕𝑇 𝑘𝐵 𝑇 𝑘𝐵 𝑇 2
portanto 𝜕 ħ𝜔
(𝑒𝑥𝑝(ħ𝜔⁄𝑘𝐵 𝑇)) = − 𝑒𝑥𝑝(ħ𝜔⁄𝑘𝐵 𝑇)
𝜕𝑇 𝑘𝐵 𝑇 2
Assim temos 𝜕𝑈 ħ𝜔 2 𝑒𝑥𝑝(ħ𝜔⁄𝑘𝐵 𝑇)
𝐶𝑉 = ( ) = 𝑁𝑘𝐵 ( )
𝜕𝑇 𝑘𝐵 𝑇 (𝑒𝑥𝑝(ħ𝜔⁄𝑘𝐵 𝑇) − 1)2

Figura 2 Comparação entre os valores experimentais do diamante com os valores calculados pelo modelo de
Einstein, usando 𝑇𝐸 = ħ𝜔⁄𝑘𝐵 = 1320𝐾 [Einstein, Ann. Physik 22, 180 (1907)].

A figura 2 mostra que o calor especifico pela teoria de Einstein mostra tendência correta com a
temperatura. Em altas temperaturas (𝑇 → ∞), temos
ħ𝜔⁄𝑘𝐵 𝑇 → 0, 𝑒𝑥𝑝(ħ𝜔⁄𝑘𝐵 𝑇) → 1 e 𝐶𝑉 → 𝑁𝑘𝐵
Este resultado era esperado pela previsão de Dulong e Petit.
Em baixas temperaturas (𝑇 → 0), temos 𝑒𝑥𝑝(ħ𝜔⁄𝑘𝐵 𝑇) ≫ 1 e podemos ver
ħ𝜔 2 𝑒𝑥𝑝(ħ𝜔⁄𝑘𝐵 𝑇)
𝐶𝑉 → 𝑁𝑘𝐵 ( ) → 𝑇 −2 𝑒𝑥𝑝(− ħ𝜔⁄𝑘𝐵 𝑇)
𝑘𝐵 𝑇 (𝑒𝑥𝑝(ħ𝜔⁄𝑘 𝑇 ))2
𝐵
Assim a capacidade térmica dada pelo modelo de Einstein para baixas temperaturas varia
exponencialmente, com 𝑒𝑥𝑝(− ħ𝜔⁄𝑘𝐵 𝑇), enquanto que experimentalmente a capacidade térmica varia com 𝑇 3 .
O modelo de Einstein não pode ser aplicado em baixas temperaturas, mas tem sido usado para descrever a parte
de alta frequência do espectro de fônons, correspondente aos modos óticos.
Para oscilador harmônico simples, constante de mola 𝐷, massa 𝑀, 𝜔 = √𝐷⁄𝑀 , prevê que para materiais
leves e fortemente unidos (por exemplo, diamante) têm altas frequências. Quanto maior 𝜔 → menor calor
específico. Portanto, a teoria de Einstein explica o valor baixo do calor específico de alguns elementos.
[https://www.ucl.ac.uk/~ucapahh/teaching/3C25/Lecture11p.pdf]

Modelo de Debye

Usando o Modelo de Debye (𝜔 = 𝑣𝑠 𝑞), chega-se ao resultado da densidade de estados


𝑉
𝐷 (𝜔 ) = 2 3 𝜔 2
2𝜋 𝑣𝑠
3
𝑁6𝜋 2 𝑣𝑠 3
𝜔𝐷 =
𝑉
A energia térmica é
𝑈 = ∫ 𝐷 (𝜔) 〈𝑛(𝜔)〉 ħ𝜔 𝑑𝜔
Combinando a densidade de estados de Debye dos estados com a distribuição de Bose-Einstein e
contabilizando o número de dimensões 𝑠 do espectro de fônons (por exemplo: três dimensões 𝑠 = 3), obtemos,
𝜔𝐷
𝑉 2
ħ𝜔 2 𝑒𝑥𝑝(ħ𝜔⁄𝑘𝐵 𝑇)
𝐶𝑉 = 𝑠 ∫ 𝜔 𝑘𝐵 ( ) 𝑑𝜔
2𝜋 2 𝑣𝑠 3 𝑘𝐵 𝑇 (𝑒𝑥𝑝(ħ𝜔⁄𝑘𝐵 𝑇) − 1)2
0
Fazendo ħ𝜔 𝑘𝐵 𝑇𝑥 e ħ𝜔𝐷 obtemos:
𝑥= → 𝜔= 𝑥𝐷 = ,
𝑘𝐵 𝑇 ħ 𝑘𝐵 𝑇
𝜔𝐷
𝑉 2
ħ𝜔 2 𝑒𝑥𝑝(ħ𝜔⁄𝑘𝐵 𝑇)
𝐶𝑉 = 𝑠 ∫ 2 3
𝜔 𝑘𝐵 ( ) 𝑑𝜔
2𝜋 𝑣𝑠 𝑘𝐵 𝑇 (𝑒𝑥𝑝(ħ𝜔⁄𝑘𝐵 𝑇) − 1)2
0
𝑥𝐷
𝑉 𝑘𝐵 2 𝑇 2 𝑥 2 2
𝑒𝑥 𝑘𝐵 𝑇
𝐶𝑉 = 𝑠 ∙ ∫ 2 2 3
𝑘𝐵 𝑥 𝑥 2
𝑑𝑥
2𝜋 ℏ 𝑣𝑠 (𝑒 − 1) ℏ
0
𝑥𝐷
𝑉 𝑘𝐵 3 𝑇 3 𝑥 4𝑒 𝑥
𝐶𝑉 = 𝑠𝑘𝐵 2 3 3 ∫ 𝑑𝑥
2𝜋 ℏ 𝑣𝑠 (𝑒 𝑥 − 1)2
0
Como
3
𝑁6𝜋 2 𝑣𝑠 3 𝑉 3𝑁 3𝑁ℏ3
𝜔𝐷 = → = =
𝑉 2𝜋 2 𝑣𝑠 3 𝜔𝐷 3 𝑘𝐵 3 𝛩𝐷 3
Substituindo
𝑥𝐷
𝑇3 𝑥4𝑒 𝑥
𝐶𝑉 = (3𝑁𝑠𝑘𝐵 ) ( 3 ) ∫ 𝑑𝑥
𝛩𝐷 (𝑒 𝑥 − 1)2
0
Para altas temperaturas (𝑇 → ∞) 𝑥 = ħ𝜔⁄𝑘𝐵 𝑇 se torna pequeno, assim,
𝑒𝑥 ≈ 1
e
(𝑒 𝑥 − 1) ≈ 𝑥 (𝑒 𝑥 = 1 + 𝑥 + ⋯ = ∑ 𝑥 𝑛 ⁄𝑛!),
assim
𝑥𝐷
𝑇3
𝐶𝑉 ≈ (3𝑁𝑠𝑘𝐵 ) ( 3 ) ∫ 𝑥 2 𝑑𝑥
𝛩𝐷
0
𝑥𝐷 3𝑇3
( )
𝐶𝑉 ≈ 3𝑁𝑠𝑘𝐵 ( 3 )
𝛩𝐷 3
Substituindo 𝑥𝐷 = ħ𝜔𝐷 ⁄𝑘𝐵 𝑇 = 𝛩𝐷 /𝑇
𝑇3 𝛩𝐷 3
𝐶𝑉 ≈ (𝑁𝑠𝑘𝐵 ) ( )( 3 )
𝛩𝐷 3 𝑇

𝐶𝑉 ≈ 𝑁𝑠𝑘𝐵

Temos que 3𝑅 = 3𝑁𝐴 𝑘𝐵 por mol. Espera-se que para 𝑇 → ∞, 𝐶𝑉 → 𝑘𝐵 para cada modo, e a frequência
Debye foi escolhida para fornecer o número total certo de osciladores.

Para baixas temperaturas 𝑇 ≪ 𝛩𝐷 , 𝑇 < 0,1 𝛩𝐷 , 𝑥𝐷 = ħ𝜔𝐷 ⁄𝑘𝐵 𝑇 → ∞, assim a integral pode ser de 0 até
∞, pois para 𝜔 ≥ 𝜔𝐷 não existem mais fônons. Portanto o calor especifico é

𝑇3 𝑥4𝑒 𝑥
𝐶𝑉 ≈ (3𝑁𝑠𝑘𝐵 ) ( )∫ 𝑥 𝑑𝑥
𝛩𝐷 3 (𝑒 − 1)2
0
𝑇3 4𝜋 4
𝐶𝑉 ≈ (3𝑁𝑠𝑘𝐵 ) ( 3 ) ( )
𝛩𝐷 15
Para um cristal monoatômico em três dimensões 𝑠 = 3, e N, o número de células unitárias igual ao número
de átomos, temos [https://www.ucl.ac.uk/~ucapahh/teaching/3C25/Lecture11p.pdf]
𝑇3
𝐶𝑉 = 1944 ( 3 )
𝛩𝐷
Isto é para uma rede tridimensional o calor especifico é proporcional a 𝑇 3
𝑐𝑉 ∝ 𝑇 3
3D

Figura 3 Calor especifico de um cristal de argônio, baixas temperaturas, a linha continua é a lei de Debye para
𝛩𝐷 = 92 𝐾. A figura mostra a 𝑐𝑣 ∝ 𝑇 3 .

O modelo de Debye ajusta bem a curva de calor especifico para uma série de materiais (figuras 4 e 5
abaixo) para baixas e altas temperaturas. Para temperaturas médias o modele de Debye atinge saturação mais
rápido que os dados experimentais. A densidade de estados 𝐷 (𝜔) real se extende para valores de 𝜔 maiores que
a de Debye, assim chega a saturação mais lentamente. O valor da temperatura da Debye 𝛩𝐷 para baixas
temperaturas é menor do que o encontrado para altas temperaturas ( Baixas temperaturas T, baixa temperatura da
Debye 𝛩𝐷 . Altas temperaturasT, alta temperatura da Debye 𝛩𝐷 )

Figura 4 Calor especifico pela temperatura normalizada


para diversos materiais Figura 5 Comparação do modelo de Debye e o
Modelo de Einstein.

Figura 6 Capacidade térmica do Ge 𝛩𝐷 = 374𝐾 e Si


𝛩𝐷 = 645𝐾

Pb 105 K
Ag 225 K
Zn 327 K
Cu 348 K
Al 428 K
C 2290 K
Quadro 2 Temperaturas de Debye 𝛩𝐷

1D: Cadeia linear monoatômica:

O número de estados é dado por


𝐿
𝑁= 𝑞
2𝜋
Usando a aproximação de Debye 𝜔 = 𝑣𝑠 𝑞
𝐿 𝜔
𝑁=
2𝜋 𝑣𝑠
Se o cristal contem 𝑁 células primitivas, o numero total de modos acústicos é 𝑁, assim a frequência de corte é
dada por:
2𝜋𝑁𝑣𝑠
𝜔𝐷 =
𝐿
A densidade de estados é
𝑑𝑁 𝐿 1 𝑁
𝐷 (𝜔 ) = = =
𝑑𝜔 2𝜋 𝑣𝑠 𝜔𝐷
A energia interna 𝑈(𝑇) é
𝑈(𝑇) = 3 ∙ ∫ ℏ𝜔 ∙ 𝑍(𝜔) ∙ 〈𝑛(𝜔)〉 𝑑𝜔

A integral é multiplicada por 3, pois a velocidade do fônons é dependente da polarização.


𝑁 1
𝑈(𝑇) = 3 ∙ ∫ ℏ𝜔 ∙ 𝑑𝜔
𝜔𝐷 (ℏ𝜔⁄𝑘𝐵𝑇)
𝑒 − 1
𝜔 𝐷
ℏ𝑁 1
𝑈 (𝑇 ) = 3 ∙∫ 𝜔 ∙ 𝑑𝜔
𝜔𝐷 (ℏ𝜔 )
0 𝑒 ⁄𝑘𝐵𝑇 −1
Fazendo as substituições
ℏ𝜔 𝑘𝐵 𝑇
𝑥= → 𝑑𝜔 = 𝑑𝑥
𝑘𝐵 𝑇 ℏ
𝑘𝐵 𝛩𝐷
𝜔𝐷 =

𝜔 𝐷
ℏ𝑁 𝑘𝐵 𝑇 1 𝑘𝐵 𝑇
𝑈 (𝑇 ) = 3 ∙∫ 𝑥 ∙ ℏ𝜔 𝑑𝑥
𝑘𝐵 𝛩𝐷 ℏ ( ⁄𝑘 𝑇) ℏ
ℏ 0 𝑒 𝐵 − 1
𝜔𝐷
ℏ𝑁ℏ 𝑘𝐵 𝑇 1 𝑘𝐵 𝑇
𝑈 (𝑇 ) = 3 ∙ ∫ 𝑥 ∙ 𝑥 𝑑𝑥
𝑘𝐵 𝛩𝐷 ℏ 𝑒 −1 ℏ
0
𝑥𝐷
𝑘𝐵 𝑁𝑇 2 𝑥
𝑈 (𝑇 ) = 3 ∙∫ 𝑥 𝑑𝑥
𝛩𝐷 𝑒 −1
0
Para altas temperaturas 𝑇 ≫ 𝛩𝐷
(ℏ𝜔⁄𝑘 𝑇) ℏ𝜔
𝑒 𝐵 ≈1+ =1+𝑥
𝑘𝐵 𝑇
assim,
𝑥𝐷
𝑘𝐵 𝑁𝑇 2 𝑥
( )
𝑈 𝑇 =3 ∙∫ 𝑑𝑥
𝛩𝐷 1+𝑥−1
0
𝑥𝐷
𝑘𝐵 𝑁𝑇 2
( )
𝑈 𝑇 =3 ∙ ∫ 𝑑𝑥
𝛩𝐷
0
𝑘𝐵 𝑁𝑇 2
𝑈 (𝑇 ) = 3 𝑥𝐷
𝛩𝐷
como
ℏ𝜔𝐷 𝑘𝐵 𝛩𝐷 𝛩𝐷
𝑥𝐷 = 𝑒 𝜔𝐷 = → 𝑥𝐷 =
𝑘𝐵 𝑇 ℏ 𝑇
𝑈(𝑇) = 3 𝑘𝐵 𝑁𝑇
A capacidade térmica é dada por
𝑑𝑈
𝐶𝑉 = (
)
𝑑𝑇 𝑉
𝐶𝑉 = 3 𝑘𝐵 𝑁 = 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒
Para baixas temperaturas 𝑇 ≪ 𝛩𝐷 , a integral pode ser de 0 até ∞, pois para 𝜔 ≥ 𝜔𝐷 não existem mais fônons.

𝑘𝐵 𝑁𝑇 2 𝑥
𝑈 (𝑇 ) = 3 ∙∫ 𝑥 𝑑𝑥
𝛩𝐷 𝑒 −1
0

𝑥
∫ 𝑑𝑥 = 𝛼
𝑒𝑥 −1
0
𝑘𝐵 𝑁𝑇 2
𝑈(𝑇) = 3𝛼
𝛩𝐷
A capacidade térmica é dada por
𝑑𝑈
𝐶𝑉 = ( )
𝑑𝑇 𝑉
𝑇
𝐶𝑉 = 6𝛼𝑘𝐵 𝑁
𝛩𝐷
Isto é calor específico é proporcional a 𝑇
𝑐𝑉 ∝ 𝑇
1D

2D: Rede quadrada bidimensional

Para uma rede quadrada, temos


𝐿 2 2
𝑁 = ( ) 𝜋𝑞
2𝜋
Usando a aproximação de Debye 𝜔 = 𝑣𝑠 𝑞
𝐿2 𝜔2 𝐿2
𝑁= 2
= 2
𝜔2
4𝜋 𝑣𝑠 4𝜋𝑣𝑠
Se o cristal contem 𝑁 células primitivas, o número total de modos acústicos é 𝑁, assim a frequência de corte é
dada por:
4𝜋𝑁𝑣𝑠 2
𝜔𝐷 2 =
𝐿2
A densidade de estados é
𝑑𝑁 𝐿2 𝜔 𝑁
𝐷 (𝜔 ) = =2 2
= 2 2𝜔
𝑑𝜔 4𝜋 𝑣𝑠 𝜔𝐷

A energia interna 𝑈(𝑇) é


𝑈(𝑇) = 3 ∙ ∫ ℏ𝜔 ∙ 𝐷 (𝜔) ∙ 〈𝑛(𝜔)〉 𝑑𝜔
𝜔𝐷
𝑁 1
𝑈(𝑇) = 3 ∙ ∫ ℏ𝜔 ∙ 2 𝜔 𝑑𝜔
𝜔𝐷 2 (ℏ𝜔 )
0 𝑒 ⁄𝑘𝐵𝑇 −1
𝜔𝐷
6ℏ𝑁 1
𝑈 (𝑇 ) = ∙ ∫ 𝜔2 ∙ 𝑑𝜔
𝜔𝐷 2 (ℏ𝜔 )
0 𝑒 ⁄𝑘𝐵𝑇 −1

Fazendo as substituições
ℏ𝜔 𝑘𝐵 𝑇 𝑘𝐵 𝛩𝐷
𝑥= → 𝑑𝜔 = 𝑑𝜔 𝑒 𝜔𝐷 =
𝑘𝐵 𝑇 ℏ ℏ
𝑥𝐷
6ℏ𝑁 𝑘𝐵 𝑇 2 2 1 𝑘𝐵 𝑇
𝑈 (𝑇 ) = ∙ ∫ ( ) 𝑥 ∙ 𝑑𝑥
𝑘𝐵 𝛩𝐷 2 ℏ 𝑒𝑥 − 1 ℏ
( ℏ ) 0
𝑥𝐷
6𝑁𝑘𝐵 𝑥2
𝑈 (𝑇 ) = 𝑇3 ∙ ∫ 𝑑𝑥
𝛩𝐷 2 𝑒𝑥 − 1
0
Para baixas temperaturas 𝑇 ≪ 𝛩𝐷 , a integral pode ser de 0 até ∞, pois para 𝜔 ≥ 𝜔𝐷 não existem mais fônons.
∞ ∞
6𝑁𝑘𝐵 3 𝑥2 Como: 𝑥2 assim,
𝑈 (𝑇 ) = 𝑇 ∙ ∫ 𝑑𝑥 ∫ 𝑑𝑥 = 𝛽,
𝛩𝐷 2 𝑒𝑥 − 1 𝑒𝑥 − 1
0 0

6𝛽𝑁𝑘𝐵
𝑈 (𝑇 ) = 𝑇3
𝛩𝐷 2
A capacidade térmica é dada por
𝑑𝑈 𝑇 2
𝑐𝑉 = ( ) → 𝑐𝑉 = 18𝛽𝑘𝐵 𝑁 ( )
𝑑𝑇 𝑉 𝛩𝐷

Isto é o calor especifico é proporcional a 𝑇 2 .


𝑐𝑉 ∝ 𝑇 2
2D

Figura 7 grafite 2D e nanotubos 1D (escala log log)

1. Utilizando a distribuição de Planck e a densidade de estados de Einstein ache o calor especifico.

2. Ache o valor médio dos osciladores da distribuição de Planck.

3. Compare os modelos de Debey e de Einstein.

4. Compare o calor especifico em 1, 2 e 3 dimensões.

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