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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

INSTITUTO DE FÍSICA DE SÃO CARLOS


ACÚSTICA FÍSICA
Prof. Dr. JOSE PEDRO DONOSO GONZALEZ

MONITORAMENTO DE RUÍDO EM COMUNIDADES PRÓXIMAS


A ÁREAS DE MINERAÇÃO DE URÂNIO

JOEL AUGUSTO MOURA PORTO


Nº USP: 12084167

SÃO CARLOS
2021
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.................................................................................................................... 3

2 METODOLOGIA ................................................................................................................. 3

2.1 EQUIPAMENTO DE MEDIÇÃO ................................................................................... 3

2.1.1 Decibelímetro......................................................................................................... 3

3 RESULTADOS ................................................................................................................... 5

3.1 MONITORAÇÕES DE RUÍDO ...................................................................................... 5

3.2 MONITORAÇÕES DE RUÍDO NA MINA CACHOEIRA E MINA DO ENGENHO .......... 5

4 AVALIAÇÕES DOS RESULTADOS ................................................................................... 8

4.1 AVALIAÇÕES DOS RESULTADOS DE ACORDO NBR 10.151/2019 .......................... 8

4.2 AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS OBTIDOS DURANTE O PERÍODO DIURNO ......... 9

4.3 AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS OBTIDOS NAS MONITORAÇÕES DE RUÍDO NAS


COMUNIDADES DURANTE O PERÍODO NOTURNO .................................................... 10

4.4 AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS OBTIDOS NAS MONITORAÇÕES DE RUÍDO NA


MINA CACHOEIRA DURANTE O PERÍODO DIURNO .................................................... 11

4.5 AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS OBTIDOS NAS MONITORAÇÕES DE RUÍDO NA


MINA CACHOEIRA DURANTE O PERÍODO NOTURNO ................................................ 12

4.6 AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS OBTIDOS NAS MONITORAÇÕES DE RUÍDO NA


MINA DO ENGENHO DURANTE O PERÍODO DIURNO ................................................. 12

4.7 AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS OBTIDOS NAS MONITORAÇÕES DE RUÍDO NA


MINA DO ENGENHO DURANTE O PERÍODO NOTURNO ............................................. 13

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................................................. 14

6 REFERÊNCIAS ................................................................................................................ 14

2
1 INTRODUÇÃO

Toda atividade em área de mineração gera ruídos, os quais se propagam para o Meio
Ambiente. O controle segundo as Leis e Normas são de responsabilidade das empresas
mineradoras.

Monitorar em locais específicos tais propagações é a maneira mais efetiva, pois permite o
acompanhamento pelo setor de Segurança e/ou Meio Ambiente. O monitoramento, por sua
vez, fornece informações reais dos níveis de pressão sonora e aponta se eles causam
desconforto.

Este trabalho tem como objetivo apresentar o tratamento de dados do monitoramento de ruído
feito em comunidades próximas a uma mineração de urânio no sudoeste da Bahia, Brasil. As
minas em questão são a Mina de Cachoeira (exaurida) e a Mina do Engenho (em atividade).
Os pontos referentes às comunidades são apresentados deste trabalho.

2 METODOLOGIA

2.1 EQUIPAMENTO DE MEDIÇÃO

2.1.1 Decibelímetro

Na Figura 1, é mostrado o equipamento utilizado para realizar o monitoramento dos níveis de


pressão sonora, e, consequentemente, intensidade de sons, visto que, o nível de pressão
sonora é uma grandeza que representa razoavelmente bem a sensação auditiva de volume
sonoro. Os equipamentos são calibrados antes de se realizar a leitura do nível de som, que é
reportado em decibel (dB).

Figura 1 - Decibelímetro - Medidor de Pressão Sonora.

(INSTRUTEMP - INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO LTDA).

Em termos práticos, um decibelímetro é um instrumento portátil com um microfone. O melhor


tipo de microfone para medidores de nível de som é o microfone condensador, que combina
precisão com estabilidade e confiabilidade. O diafragma do microfone responde às mudanças

3
na pressão do ar causadas por ondas sonoras. É por isso que o instrumento às vezes é
chamado de medidor de nível de pressão sonora (SPL, sigla em inglês). Esse movimento do
diafragma, ou seja, o desvio da pressão sonora (Pa pascal), é convertido em um sinal elétrico
(volts V). Ao descrever o som em termos de métricas de pressão sonora, como Pascais, é
possível que uma conversão logarítmica seja geralmente aplicada e o nível de pressão sonora
seja declarado em vez disso, com 0 dB SPL igual a 20 micropascais (KANJI et al., 2019).

Um microfone é distinguido pelo valor de voltagem produzido quando uma pressão sonora
constante e conhecida é aplicada. Isso é conhecido como sensibilidade do microfone. O
instrumento precisa saber a sensibilidade do microfone específico que está sendo usado.
Usando essas informações, o instrumento é capaz de converter com precisão o sinal elétrico
de volta em pressão sonora e exibir o nível de pressão sonora resultante (decibéis dB SPL).

Medidores de nível de som são comumente usados em estudos de poluição sonora para a
quantificação de diferentes tipos de ruído, especialmente para ruído industrial, ambiental, de
mineração e de aeronaves. O padrão internacional atual que especifica a funcionalidade e
desempenho do medidor de nível de som é o IEC 61672-1: 2013. No entanto, a leitura de um
medidor de nível de som não se correlaciona bem com o volume percebido por humanos, que
é melhor medido por um medidor de volume. O volume específico é uma não linearidade
compressiva e varia em certos níveis e em certas frequências. Essas métricas também podem
ser calculadas de várias maneiras diferentes (KANJI et al., 2009).

Figura 2 - Gráfico do ganho em dB em função da frequência em hertz (logaritmo) das


curvas de ponderação A, B, C, D.

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Existem ponderamentos do tipo A, B, C e D:

• A: aproxima a sensação auditiva correspondente à curva isofônica de 40 fones


(desenfatiza baixas frequências);
• B: Aproxima a sensação auditiva correspondente à curva isofônica de 70 fones;
• C: Aproxima a sensação auditiva correspondente à curva isofônica de 100 fones
(quase plana);
• D: desenvolvida para avaliação de ruídos de sobrevoos de aeronaves (penaliza altas
frequências).

O uso da ponderação deve ser informado, especificando também seu tipo na unidade da
medida. Por exemplo, se o ponderamento do tipo A for usado, informamos na unidade como
dBA. Estudos recentes mostram que a curva de ponderamento A apresenta uma relação
aproximada de como o ser humano escuta sobre uma boa faixa de frequências. O filtro
ponderador do tipo B raramente é utilizado, pois aproxima a resposta do sistema auditivo para
sons com níveis sonoros medianos. O filtro do tipo C possui função quase plana e,
consequentemente, é utilizado para aproximar resposta de nível sonoro elevado (esse tipo de
filtro não influi muito na medição original. O filtro D só é utilizado para a função para o qual foi
especificamente criado, para ruídos de sobrevoos de aeronaves (BISTADA, 2006).

3 RESULTADOS

3.1 MONITORAÇÕES DE RUÍDO

As monitorações apresentadas a seguir foram descritas para a fase operacional de Lavra da


Mina do Engenho e de retomada da produção do Complexo Industrial, atual fase em que se
encontra a mineração de urânio da empresa aqui abordada.

3.2 MONITORAÇÕES DE RUÍDO NA MINA CACHOEIRA E MINA DO ENGENHO

A Figura 3 mostra o ruído (dB) versus os pontos de monitoração durante os períodos diurno
e noturno na Mina Cachoeira. As intensidades de ruído foram medidas nos pontos de
monitoração PR006 a PR010 em novembro de 2020 e são representativas até dezembro de
2020, período em que não houve atividades desenvolvidas na Mina Cachoeira (interrompidas
desde 2014).

5
Mina Cachoeira
60,0

50,0

Ruído (dB) 40,0

30,0
Diurno
20,0
Noturno
10,0

0,0
PR006 PR007 PR008 PR009 PR010
Pontos de Monitoração

Figura 3 - Ruído nos Pontos de Monitoração da Mina Cachoeira.

Nota-se que o local com maior intensidade de ruído, durante o período diurno, foi no ponto
PR008. Ele está localizado no acesso à Mina (Subterrânea) Cachoeira, local de incidência de
ventos, principalmente durante a noite, o que pode justificar os valores encontrados neste
ponto. Os demais pontos (PR006, PR007, PR009 e PR010) apresentaram intensidades de
ruído próximas entre si, condizentes com a similaridade de ambiente destes locais quanto à
presença de fontes sonoras, uma vez que todos estes locais não possuem atividades sendo
desenvolvidas neste período.

Mina do Engenho
50,0

40,0
Ruído (dB)

30,0

20,0 Diurno
Noturno
10,0

0,0
PR001 PR002 PR003 PR004 PR005
Pontos de Monitoração

Figura 4 - Ruído em pontos localizados na Mina do Engenho.

A Figura 4 apresenta a intensidade de ruído (dB) versus os pontos de monitoração durante o


período diurno e noturno na Mina do Engenho. As intensidades de ruído foram medidas nos
pontos de monitoração PR001 a PR005, durante a fase Operacional de lavra, em datas
6
específicas do mês de novembro e dezembro de 2020, que refletem a condição inicial de
operação da lavra a céu aberto da Mina do Engenho.

Os resultados das monitorações de ruído na Mina do Engenho estão muito próximos entre si.
O único ponto que apresenta leve diferença com os demais é o PR004 no período diurno.
Nestes locais, a única fonte de ruído é a incidência de ventos, por se tratar de local aberto e
com vegetação suprimida. É válido notar a semelhança entre as intensidades de ruídos entre
as duas minas, coerente com o fato de as duas áreas estarem fora de operação durante o
período monitorado.

Na Figura 5, apresentam-se, em forma de gráfico, os resultados médios obtidos nas


monitorações realizadas nas comunidades localizadas nas adjacências do empreendimento
no período diurno e noturno.

Valores Médios
50,0

45,0

40,0
Ruído (dB)

35,0

30,0 Diurno
25,0 Noturno

20,0

Figura 5 - Ruído em pontos localizados nas Comunidades do entorno da mineradora.

Nota-se que os locais com maiores incidências de ruído, durante o período diurno, foram nas
comunidades de Maniaçu e Buracão; durante o noturno, ficou evidente o valor elevado nas
comunidades do Limoeiro e Gameleira. Somado a elas, estão as comunidades de Buracão,
Tamanduá, Riacho das Vacas, Fazenda Colonha, Juazeiro e Espigão, que também,
apresentaram intensidade de ruído elevada no período noturno. Estes resultados podem estar
relacionados ao fato das medições terem sido realizadas em período de chuvas e, durante as
monitorações, foram percebidos no ambiente sons de sapos, gias, grilos e cigarras, que
acarretou em um aumento considerável na intensidade de ruído durante as medições
noturnas, já registrado nas monitorações de ruído da fase anterior.

7
Valores Máximos
65,0
60,0
55,0
50,0
Ruído (dB)

45,0
40,0 Diurno
35,0 Noturno
30,0
NBR 10.151 - Comercial
25,0
(60dB)
20,0 NBR 10.151 - Residencial
(55dB)

Figura 6 - Ruído em pontos localizados nas Comunidades do


entorno da mineradora (valores máximos).

Nota-se que, na comunidade do Limoeiro, o nível de ruído, ultrapassou o valor de referência


residencial, para o período noturno. Isso se deu em virtude das monitorações terem sido
realizadas no período de chuvas e somado a isso, o local apresentar uma maior área espacial
de brejo, portanto, maior concentração de fauna (rãs, sapos, gias, cigarras, grilos etc.),
interferindo diretamente nos níveis de pressão sonora daquela localidade.

4 AVALIAÇÕES DOS RESULTADOS

4.1 AVALIAÇÕES DOS RESULTADOS DE ACORDO NBR 10.151/2019

Conforme Legislação Federal, para os níveis de conforto ambiental, são utilizados, para efeito
comparativo, os parâmetros constantes na NBR-10.151/2019, resultante da composição do
ruído de monitoração nos ambientes, conforme apresentado na Tabela 1.

Tabela 1 - Limites de Ruído conforme NBR 10.151/2019.

Noturno
Tipos de Áreas Diurno (dB)
(dB)

Áreas de sítios e fazendas 40 35

Área estritamente residencial urbana ou de hospitais ou de


50 45
escolas

8
Noturno
Tipos de Áreas Diurno (dB)
(dB)

Área mista, predominantemente residencial. 55 50

Área mista, com vocação comercial e administrativa. 60 55

Área mista, com vocação recreacional. 65 55

Área predominantemente industrial 70 60

Com base nas características de sua vizinhança, sua localização referente à área do
empreendimento e as características de cada área, foram consideradas, de acordo com a
classificação da Tabela 1:

• Áreas Mistas, com vocação comercial e administrativa (limites de ruído de 60 dB para


período diurno e 55 dB para período noturno), as comunidades de Maniaçu e Juazeiro;

• Área Mista, predominantemente residencial (limites de ruído de 55 dB para período


diurno e 50 dB para período noturno), as comunidades de Buracão, Gameleira,
Tamanduá, Espigão, Limoeiro, Riacho das Vacas, Frios, Fazenda Colonha e Fazenda
Videl;
• Áreas predominantemente industriais (limites de ruído de 70 dB para período diurno e
60 dB para período noturno), as áreas englobando a Mina Cachoeira e a futura Mina
do Engenho.

4.2 AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS OBTIDOS DURANTE O PERÍODO DIURNO

Na Figura 7, está apresentada uma análise comparativa entre a legislação vigente e as


avaliações de ruído realizadas nas comunidades durante a fase inicial de operação de lavra
da Mina do Engenho, em Fevereiro e Março de 2021, no período diurno.

Os resultados obtidos no período diurno atendem aos limites estabelecidos pela norma NBR
10.151, em que se considera área mista, com vocação comercial e administrativa com limite
máximo estabelecido de 60 dB (A), nas comunidades de Maniaçu e Juazeiro e Área mista,
predominantemente residencial com limite máximo estabelecido de 55 dB(A) nas
comunidades de Buracão, Gameleira, Tamanduá, Espigão, Limoeiro, Riacho das Vacas,
Frios, Fazenda Colonha e Fazenda Videl.

9
Comunidade (Diurno)
70,0
65,0
60,0
55,0
Ruído (dB)

50,0
45,0
40,0 Diurno
35,0
30,0 NBR 10.151 - Comercial (60dB)
25,0 NBR 10.151 - Residencial (55dB)
20,0

Figura 7 - Resultados nas comunidades durante o período diurno.

4.3 AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS OBTIDOS NAS MONITORAÇÕES DE RUÍDO NAS


COMUNIDADES DURANTE O PERÍODO NOTURNO

A Figura 8 mostra uma análise comparativa com a legislação vigente das avaliações de ruído
realizadas nas comunidades (resultados médios) durante a fase operacional de Lavra da Mina
do Engenho, de dezembro de 2020 e fevereiro 2021, no período noturno.

Comunidade (Noturno)
70,0
65,0
60,0
55,0
Ruído (dB)

50,0
45,0
40,0 Noturno
35,0
30,0 NBR 10.151 - Comercial (60dB)
25,0 NBR 10.151 - Residencial (55dB)
20,0

Figura 8 - Resultados nas comunidades durante o período noturno.

10
Observa-se, na Figura 8, que os níveis de ruído apresentados no período noturno, atendem
aos limites estabelecidos pela norma NBR 10.151, em que se considera área mista, com
vocação comercial e administrativa com limite máximo estabelecido de 55 dB(A) na
comunidade Juazeiro e no Distrito de Maniaçu, entretanto apresentaram nível de ruído mais
baixos que algumas comunidades localizadas na zona rural como Gameleira, Buracão e
Limoeiro. O fato pode estar associado ao distanciamento social, medida adotada para controle
da pandemia da Covid-19, diminuindo de forma considerável o trânsito de pessoas, animais
e veículos nas vias de locomoção da comunidade, com isso, acarretou numa diminuição de
sons provocados por essa dinâmica cotidiana.

Observa-se ainda na Figura 8, que durante o período noturno, os níveis de ruído atendem aos
limites estabelecidos pela norma NBR 10.151, em que se considera área mista,
predominantemente residencial com limite máximo estabelecido de 50dB(A) nas comunidades
de Buracão, Gameleira, Tamanduá, Espigão, Limoeiro, Frios, Fazenda Colonha, Fazenda
Videl e Riacho das Vacas, conforme apontado no item 5.3.1.2. Além disso, está evidenciado,
que os níveis de ruído apresentados, de forma geral, são equivalentes àqueles descritos
anteriormente no último relatório, relacionados diretamente às condições climáticas. Na
ocasião, as medições foram realizadas no período de chuvas e durante sua realização, foram
percebidos no ambiente, a presença de sons de cigarra, grilos, gias e sapos, fauna comum
em área rural e de brejo.

4.4 AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS OBTIDOS NAS MONITORAÇÕES DE RUÍDO NA


MINA CACHOEIRA DURANTE O PERÍODO DIURNO

A Figura 9 apresenta os resultados da avaliação de ruído da Mina Cachoeira realizada durante


a fase pré-operacional de Lavra da Mina do Engenho, no período diurno, em novembro de
2020.

Mina Cachoeira (Diurno)


80,0
70,0
60,0
Ruído (dB)

50,0
40,0 Diurno
30,0
20,0 NBR 10.151 - Industrial
(60dB)
10,0
0,0
PR006 PR007 PR008 PR009 PR010
Pontos de Monitoração

Figura 9 - Resultado da Mina Cachoeira durante o período Diurno.

11
De acordo com a classificação apresentada e com base nas medições de ruído realizadas,
observa-se que os resultados obtidos na Mina Cachoeira atendem aos limites estabelecidos
pela norma NBR 10.151, em que se considera área predominantemente industrial com limite
máximo estabelecido de 70 dB(A) para o período diurno.

4.5 AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS OBTIDOS NAS MONITORAÇÕES DE RUÍDO NA


MINA CACHOEIRA DURANTE O PERÍODO NOTURNO

A Figura 10 apresenta os resultados da avaliação de ruído da Mina Cachoeira realizada


durante a fase pré-operacional de Lavra da Mina do Engenho, no período noturno, em
novembro de 2020.

Mina Cachoeira (Noturno)


70,0
60,0
50,0
Ruído (dB)

40,0
Noturno
30,0
20,0 NBR 10.151 - Industrial
10,0 (70dB)

0,0
PR006 PR007 PR008 PR009 PR010
Pontos de Monitoração

Figura 10 - Resultado da Mina Cachoeira durante o período noturno.

De acordo com a classificação apresentada e com base nas medições de ruído realizadas,
observa-se que os resultados obtidos na Mina Cachoeira atendem aos limites estabelecidos
pela norma NBR 10.151, em que se considera área predominantemente industrial com limite
máximo estabelecido de 60 dB(A) para o período noturno.

4.6 AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS OBTIDOS NAS MONITORAÇÕES DE RUÍDO NA


MINA DO ENGENHO DURANTE O PERÍODO DIURNO

A Figura 11 apresenta os resultados da avaliação de ruído na Mina do Engenho realizada


durante a fase pré-operacional de Lavra, no período diurno, em novembro de 2020.

12
Mina do Engenho (Diurno)
80,0
70,0
60,0
Ruído (dB) 50,0
40,0 Diurno
30,0
20,0 NBR 10.151 - Industrial
(60dB)
10,0
0,0
PR006 PR007 PR008 PR009 PR010
Pontos de Monitoração

Figura 11 - Resultado da Jazida do Engenho durante o período Diurno.

De acordo com a classificação apresentada e com base nas medições de ruído realizadas,
observa-se que os resultados obtidos na Mina do Engenho atendem aos limites estabelecidos
pela norma NBR 10.151, em que se considera área predominantemente industrial com limite
máximo estabelecido de 70 dB(A) para o período diurno.

4.7 AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS OBTIDOS NAS MONITORAÇÕES DE RUÍDO NA


MINA DO ENGENHO DURANTE O PERÍODO NOTURNO

A Figura 12 apresenta os resultados da avaliação de ruído na Mina do Engenho realizada


durante a fase operacional de Lavra, no período noturno, em novembro e dezembro de 2020.

Figura 12 - Resultado da Mina do Engenho durante o período noturno.

13
De acordo com a classificação apresentada e com base nas medições de ruído realizadas,
observa-se que os resultados obtidos na Mina do Engenho atendem aos limites estabelecidos
pela norma NBR 10.151, em que se considera área predominantemente industrial com limite
máximo estabelecido de 60 dB(A) para o período noturno.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O presente trabalho buscou tratar os dados por meio da identificação de níveis de pressão
sonora em pontos internos e externos, a partir de fontes estabelecidas durante a fase pré-
operacional de Lavra da Mina do Engenho.

A partir dos resultados obtidos, verificou-se que os níveis de ruído apresentados encontram-
se dentro dos limites estabelecidos pela legislação. Além disso, ficou evidenciado que não
houve variação significativa na pressão sonora, tanto nos pontos internos da mineradora,
quanto nas comunidades vizinhas. Ficou evidenciado que as diversas medições de ruído,
efetuadas tanto nos pontos definidos na mineradora como nas áreas adjacentes
(comunidades), revelam uma variabilidade no ambiente acústico da área envolvente, seja pela
ação do clima/tempo (ventos, chuvas etc.), pela fauna presente, entre outros.

Assim, a avaliação do ruído de forma a proteger os receptores sensíveis é, de fato, uma tarefa
complexa, sendo que a avaliação do acréscimo ou diminuição de pressão sonora induzida por
uma fonte perturbadora em cada ponto pode ter interferências de outras fontes não
pertinentes à atividade em execução. Contudo, para prosseguimento nos trabalhos futuros,
será dada continuidade às monitorações nas outras fases do empreendimento ou anualmente,
conforme mencionado em programação dos relatórios anteriores, sempre respeitando os
parâmetros estabelecidos pela NBR 10.151.

6 REFERÊNCIAS

BISTAFA, S. R.: Acústica Aplicada ao Controle do Ruído. 1.ed Edgard Blücher, Ltda., 368p,
2006.

KANJI A, KHOZA-SHANGASE K, NTLHAKANA L. Noise-induced hearing loss: what South


African mineworkers know. International Journal of Occupational Safety and Ergonomics.
25 (2): 305–310. doi:10.1080/10803548.2017.1412122. PMID 29214904. S2CID 46754344.
2019

NBR 10151/2019 - Acústica - Avaliação do ruído em áreas habitadas, visando o conforto


da comunidade - Procedimento. ABNT. Brasil. 2000.

RESOLUÇÃO CONAMA Nº 001, de 08 de março de 1990. Brasil. 1990.

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