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TERMODINÂMICA

Professor Francisco Augusto Neto


CONTEXTO HISTÓRICO

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CONTEXTO HISTÓRICO

Heron de Alexandria (10 DEC – 70 DEC): Eolípila, a primeira máquina


térmica.
Revolução Industrial do século XVIII
Transição do regime feudal para o modo de produção capitalista
Mecanização dos sistemas de produção
Burguesia industrial ávida por lucros
Crescimento populacional
Produção em larga escala

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CONTEXTO HISTÓRICO

MOINHOS E RODAS D’ÁGUAS MÁQUINAS A VAPOR


1. Depende de fatores externos 1. Independente de fatores
(ventos e cheias). externos.
2. Local de instalação limitado. 2. Instalada onde será usada.
3. Produção Lenta e mão de obra 3. Produção acelerada e
braçal automatizada

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CONTEXTO HISTÓRICO

Thomas Newcomen (1712) – Primeira máquina a vapor (drenar


água das minas).
Nicolas Cognut (1770) – Primeiros veículos propucionados a
vapor. Mudanças na forma de se deslocar e facilidade de
migração.
James Watt (1770) – Desenvolve máquinas a vapor com melhores
rendimentos.
Nicolas Sadi Carnot (1824) - Reflexões sobre Potência Motriz do
Fogo e Máquinas Próprias para Aumentar essa Potência

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EXPERIMENTE VOCÊ MESMO!

No livro Física mais que divertida, do professor Eduardo Campos Valadares


(Ed. UFMG), encontramos um experimento denominado “Usina Térmica”. A
experiência consiste em aquecer uma lata de refrigerante contendo água e
um furo na parte superior.
Este é um bom exemplo de
transformação de energia térmica em
energia mecânica, ou seja, calor em
movimento

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RELEMBRANDO

O estado de um gás é determinado pelos valores das grandezas PRESSÃO, VOLUME E


TEMPERATURA num determinado instante. Essas grandezas são chamadas de VARIÁVEIS
DE ESTADO, pois a qualquer momento podem sofrer mudanças.
 TEMPERATURA: em um gás, a temperatura está relacionada com a velocidade das
partículas, quanto maior a temperatura do gás, maior será a velocidade média de suas
partículas.
 PRESSÃO: ocorre devido ao movimento caótico da partículas que a todo instante estão
colidindo com as paredes internas do recipiente.
 VOLUME: os gases não possuem forma nem volume definidos. Sabemos que o volume de
um gás é igual ao volume do recipiente que o contém.

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PRIMEIRA LEI DA
TERMODINÂMICA

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Ao ser aquecido, o gás se expande empurrando o
êmbolo para cima.
Notamos que o calor fornecido ao gás produziu
trabalho, ao mover o êmbolo, e fez aumentar a
temperatura do gás.
Isso demonstra que a energia se conservou. A energia
na forma de calor transformou-se em outros tipos de
energia.

A primeira lei da Termodinâmica corresponde, na


verdade, ao princípio da conservação da energia.
Assim, o calor fornecido ou retirado (Q) de um sistema
Q = W + ∆U resultará na realização de trabalho (W) e na variação da
energia interna do sistema (∆U).
ENERGIA INTERNA (U)

A energia interna de um gás está diretamente relacionada com sua


temperatura. Assim, uma variação na temperatura do gás indicará variação
de sua energia interna (∆U). Para moléculas monoatômicas, tem-se:

T aumenta → ∆T > 0 → ∆U > 0 (U aumenta)


3
U = ⋅n ⋅R ⋅ T T diminui → ∆T < 0 → ∆U < 0 (U diminui)
2 T constante → ∆T = 0 → ∆U = 0 (U constante)

3 n – número de mols do gás;


ΔU = ⋅ n ⋅ R ⋅ ΔT R – constante universal dos gases (8,31 J/mol.K);
2 T – temperatura do gás.
Quando o gás se expande, temos uma variação de volume positiva
(∆V>0). Então dizemos que o gás realizou trabalho (W>0), pois é a F
força do gás que desloca o êmbolo.

Quando o gás é comprimido, temos uma variação de volume


negativa (∆V<0). Então dizemos que o trabalho foi realizado sobre
o gás (W<0), pois uma força externa desloca o êmbolo.

W > 0 para a situação de expansão do gás: o trabalho é realizado pelo gás

W < 0 para a situação de contração do gás: o trabalho é realizado sobre gás

W = 0 para a situação de transformação isométrica: não há trabalho envolvido


PROCESSOS TERMODINÂMICOS

Sistema: corpo ou um conjunto de corpos que


isolamos física ou mentalmente para estudá-lo;
tudo que o cerca o sistema, isto é, o resto do
Universo, denomina-se vizinhança. Um sistema
pode interagir com sua vizinhança trocando calor
ou realizando ou sofrendo trabalho pelo sistema.
Exemplo: O movimento de um pistão devido à
compressão e à expansão de um gás, pode ser
usado para obter energia mecânica: fazer girar
uma roda fixa em um eixo.

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Numa transformação isobárica, o calor fornecido ou retirado (Q) de um sistema
resultará na realização de trabalho (W) e na variação da energia interna do
sistema (∆U).
Numa transformação isovolumétrica, todo calor recebido ou
cedido (Q) pelo gás será transformado em variação da sua
energia interna (∆U) . Como não há variação de volume,
também não há realização de trabalho (W).

Calor recebido

Calor cedido
Numa transformação isotérmica,, todo calor trocado pelo gás (Q),
recebido ou cedido, resultará em trabalho (W). Uma vez que não há
variação de temperatura, também não há variação de energia interna
(∆U).

1
P∝
V Calor cedido

Calor Recebido
Numa transformação adiabática, não ocorre troca de calor (Q) do gás
com seu entorno. Assim, todo trabalho (W) realizado pelo gás (W>0)
ou sobre o gás (W<0) resultará na variação de energia interna(∆U).

Quando o trabalho é positivo (realizado pelo gás) observamos


uma diminuição da temperatura. Quando o trabalho é negativo
(realizado sobre o gás) observamos um aumento na
temperatura.
EXEMPLOS DE TRANSFORMAÇÕES ISOBÁRICAS

Ao encher uma bola fazendo movimentos rápidos na bomba,


notamos o aquecimento da mesma. Isto acontece porque o ar,
uma vez comprimido rapidamente, eleva sua temperatura.
Como o processo é rápido, não há tempo para troca de calor com
o meio externo. Trata-se de uma compressão adiabática.

Um outro exemplo, contrário ao anterior, mas que ilustra o


mesmo tipo de transformação, é o uso do aerossol. Ao mantê-lo
pressionado por algum tempo, notamos o resfriamento da lata. A
expansão do gás produz uma diminuição de sua temperatura.
Trata-se de uma expansão adiabática.
Transformação
Isobárica

Transformação
Isovolumétrica

Transformação
Adiabática
Professor:
-Então, se armazenarmos o café numa garrafa
térmica, criamos um recipiente adiabático.
Joãozinho:
-Mas e se for café sem açúcar? Podemos dizer que
é “adiabético” ?
VAMOS RESOLVER JUNTOS!

1. Transfere-se calor a um sistema, num total de 200 calorias.


Verifica-se que o sistema se expande - realizando um trabalho
de 150 joules – e sua energia interna aumenta.
a) Considerando 1 cal = 4J, calcule a quantidade de energia
transferida ao sistema, em joules.
b) Utilizando a primeira lei da termodinâmica, calcule a variação
de energia interna desse sistema.

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RESOLUÇÃO

Se o sistema recebeu 200 calorias e 1 cal = 4Joules, então


a energia recebida em Joules será...
O problema informa que o sistema recebeu Q = 800 J e realizou um trabalho W
= 150 J.
Pelo que afirma o princípio da conservação de energia que corresponde á 1ª lei
da Termodinâmica, todo calor trocado resultará em trabalho e variação da
energia interna.
Logo...
Q = W + ∆U
VAMOS RESOLVER JUNTOS!

02. (Unesp 1999) Certa quantidade de um gás é mantida sob pressão constante
dentro de um cilindro com o auxílio de um êmbolo pesado, que pode deslizar
livremente. O peso do êmbolo mais o peso da coluna de ar acima dele é de 400 N.
Uma quantidade de 28 J de calor é, então, transferida lentamente para o gás. Neste
processo, o êmbolo se eleva de 0,02 m e a temperatura do gás aumenta de 20 °C.
Nestas condições, determine:
a) O trabalho realizado pelo gás;
b) O calor específico do gás no processo
Sabendo-se que sua massa é 0,5 g.

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De início, é preciso considerar que a pressão do gás se mantém
constante. Logo, a força que o gás exerce sobre o êmbolo é
constante e não deve ser maior que 400N, pois o êmbolo deve

d = 0,02m
subir lentamente.
Caso a força fosse maior que 400N, o êmbolo subiria
aceleradamente. Assim, a força do gás deve ser 400N e o êmbolo
deverá subir com velocidade constante.
F
Lembremos que o trabalho de uma força é calculado por ... 400N

Onde “F” é o valor da força e “d” o deslocamento que a força produz.


Assim temos...
Se o gás recebeu um calor Q = 28J e efetuou um trabalho W = 8J, então
podemos calcular que sua variação de energia interna (∆U) foi de ...

28 = 8 + ∆U
Q = W + ∆U 28 – 8 = ∆U
∆U = 20 J
Assim, podemos afirmar que o aumento da temperatura em 20°C foi uma
decorrência do recebimento de 20 Joules de energia.
Lembrando que estudamos em calorimetria sobre o calor sensível - aquele responsável por
provocar uma variação na temperatura ( Q=m.c.∆T) - poderemos então calcular o calor
específico...
VAMOS RESOLVER JUNTOS!

03. Nos últimos anos, o gás natural (GNV: gás natural veicular) vem sendo utilizado pela
frota de veículos nacional, por ser viável economicamente e menos agressivo do ponto de
vista ambiental. O quadro compara algumas características do gás natural e da gasolina em
condições ambiente.
Apesar das vantagens no uso de GNV, sua utilização implica algumas adaptações técnicas,
pois, em condições ambiente, o VOLUME de combustível necessário, em relação ao de
gasolina, para produzir a mesma energia, seria:
a) muito maior, o que requer um motor muito mais potente.
b) muito maior, o que requer que ele seja armazenado á alta pressão.
c) igual, mas sua potência será muito menor.
d) muito menor, o que o torna o veículo menos eficiente.
e) muito menor, o que facilita sua dispersão para a atmosfera.
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Observe que o texto afirma que a tabela compara os
valores da Gasolina e do GNV em condições
ambiente, logo, sujeitos à pressão da atmosfera.
Assim, em 1m³ de ambiente aberto, tem-se 738 Kg
de gasolina e 0,8 Kg de GNV.
A tabela informa também que, em 1Kg de GNV, tem-se uma energia de 50.200
KJ, enquanto que, em 1Kg de Gasolina, tem-se uma energia bem próxima, no
valor de 46.900 KJ.
Para obtermos 1Kg de Gasolina será necessário um volume de...
Já para obtermos 1Kg de GNV, será
738 Kg → 1m 3
necessário um volume de...
1Kg → Vg
1
738Vg = 1.1 VGNV = = 1,25m 3
0,8
1
Vg = ≅ 0,0014m 3
738
Então, para obter a mesma energia da Gasolina (em 1Kg), o volume
de GNV será... 893 vezes maior que o volume da gasolina.
Então será necessário comprimir o
VGNV 1,25
= ≅ 893 GNV (aumentar a pressão) para se
Vg 0,0014 ter a mesma energia em um volume
menor.

Assim, a alternativa que responde a questão será...


b) muito maior, o que requer que ele seja armazenado á alta
pressão.
TENTE RESOLVER!

04. Enquanto se expande, um gás recebe o calor Q = 100J e realiza o trabalho W = 70 J. Ao


final do processo, podemos afirmar que a energia interna do gás:
a) aumentou 170 J;
b) aumentou 100 J;
c) aumentou 30 J;
d) diminuiu 70 J;
e) diminuiu 30 J.
05. Qual é a variação de energia interna de um gás ideal sobre o qual é realizado um
trabalho de 80 J durante uma compressão isotérmica?
a) 80J;
b) 40J;
c) Zero;
d) - 40J;
e) - 80J.

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TENTE RESOLVER!

04. Enquanto se expande, um gás recebe o calor Q = 100J e realiza o trabalho W = 70 J. Ao


final do processo, podemos afirmar que a energia interna do gás:
a) aumentou 170 J;
b) aumentou 100 J;
c) aumentou 30 J;
d) diminuiu 70 J;
e) diminuiu 30 J.
05. Qual é a variação de energia interna de um gás ideal sobre o qual é realizado um
trabalho de 80 J durante uma compressão isotérmica?
a) 80J;
b) 40J;
c) Zero;
d) - 40J;
e) - 80J.

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TENTE RESOLVER!

06. Um cilindro de parede lateral adiabática tem sua base em contato com uma fonte térmica e
é fechado por um êmbolo adiabático pesando 100 N. O êmbolo pode deslizar sem atrito ao
longo do cilindro, no interior do qual existe uma certa quantidade de gás ideal. O gás absorve
uma quantidade de calor de 40 J da fonte térmica e se expande lentamente, fazendo o êmbolo
subir até atingir uma distância de 10 cm acima da sua posição original. Nesse processo, a
energia interna do gás:
a) diminui 50 J;
b) diminui 30 J;
c) não se modifica;
d) aumenta 30 J;
e) aumenta 50 J.
TENTE RESOLVER!

06. Um cilindro de parede lateral adiabática tem sua base em contato com uma fonte térmica e
é fechado por um êmbolo adiabático pesando 100 N. O êmbolo pode deslizar sem atrito ao
longo do cilindro, no interior do qual existe uma certa quantidade de gás ideal. O gás absorve
uma quantidade de calor de 40 J da fonte térmica e se expande lentamente, fazendo o êmbolo
subir até atingir uma distância de 10 cm acima da sua posição original. Nesse processo, a
energia interna do gás:
a) diminui 50 J;
b) diminui 30 J;
c) não se modifica;
d) aumenta 30 J;
e) aumenta 50 J.
TENTE RESOLVER!
07. (UFPR) Considere um cilindro de paredes termicamente isoladas, com
exceção da base inferior, que é condutora de calor. O cilindro está munido de um
êmbolo de área 0,01 m² e peso 25 N, que pode mover-se sem atrito. O êmbolo
separa o cilindro em uma parte superior, onde existe vácuo, e uma parte inferior,
onde há um gás ideal, com 0,01 mol e volume inicial de 10 litros. À medida em
que o gás é aquecido, o êmbolo sobe até uma altura máxima de 0,1 m, onde um
limitador de curso o impede de subir mais. Em seguida, o aquecimento
prossegue até que a pressão do gás duplique. Com base nessas informações, é
correto afirmar:
(01) Enquanto o êmbolo estiver subindo, o processo é isobárico;
(02) Após o êmbolo ter atingido o limitador, o processo é adiabático;
(04) O trabalho realizado no trecho de expansão do gás é de 2,5J;
(08) A temperatura no instante inicial é igual a 402K;
(16) O calor fornecido ao gás, na etapa de expansão, é utilizado para realizar trabalho e para aumentar a
temperatura do gás;
(32) O trabalho realizado pelo gás durante a etapa de expansão é igual ao trabalho total realizado pelo gás desde
o início do aquecimento até o momento em que o gás atinge o dobro da pressão inicial.
Soma ( )
TENTE RESOLVER!
07. (UFPR) Considere um cilindro de paredes termicamente isoladas, com
exceção da base inferior, que é condutora de calor. O cilindro está munido de um
êmbolo de área 0,01 m² e peso 25 N, que pode mover-se sem atrito. O êmbolo
separa o cilindro em uma parte superior, onde existe vácuo, e uma parte inferior,
onde há um gás ideal, com 0,01 mol e volume inicial de 10 litros. À medida em
que o gás é aquecido, o êmbolo sobe até uma altura máxima de 0,1 m, onde um
limitador de curso o impede de subir mais. Em seguida, o aquecimento
prossegue até que a pressão do gás duplique. Com base nessas informações, é
correto afirmar:
(01) Enquanto o êmbolo estiver subindo, o processo é isobárico;
(02) Após o êmbolo ter atingido o limitador, o processo é adiabático;
(04) O trabalho realizado no trecho de expansão do gás é de 2,5J;
(08) A temperatura no instante inicial é igual a 402K;
(16) O calor fornecido ao gás, na etapa de expansão, é utilizado para realizar trabalho e para aumentar a
temperatura do gás;
(32) O trabalho realizado pelo gás durante a etapa de expansão é igual ao trabalho total realizado pelo gás
desde o início do aquecimento até o momento em que o gás atinge o dobro da pressão inicial.
Soma ( 53 )
TENTE RESOLVER!

08. Quando um gás ideal sofre uma expansão 09. Uma certa quantidade de ar contido num
isotérmica, cilindro com pistão é comprimida adiabaticamente,
realizando-se um trabalho de -1,5kJ. Portanto, os
a) a) a energia recebida pelo gás na forma de valores do calor trocado com o meio externo e da
calor é igual ao trabalho realizado pelo gás na variação de energia interna do ar nessa compressão
expansão; adiabática são, respectivamente,
b) b) não troca energia na forma de calor com o a) a) -1,5kJ e 1,5kJ;
meio exterior;
b) b) 0,0kJ e -1,5kJ;
c) c) não troca energia na forma de trabalho com
o meio exterior; c) c) 0,0kJ e 1,5kJ;
d) d) a energia recebida pelo gás na forma de d) d) 1,5kJ e -1,5kJ;
calor é igual à variação da energia interna do
gás; e) e) 1,5kJ e 0,0kJ.
e) e) o trabalho realizado pelo gás é igual à
variação da energia interna do gás.
TENTE RESOLVER!

08. Quando um gás ideal sofre uma expansão 09. Uma certa quantidade de ar contido num
isotérmica, cilindro com pistão é comprimida adiabaticamente,
realizando-se um trabalho de -1,5kJ. Portanto, os
a) a) a energia recebida pelo gás na forma de valores do calor trocado com o meio externo e da
calor é igual ao trabalho realizado pelo gás na variação de energia interna do ar nessa compressão
expansão; adiabática são, respectivamente,
b) b) não troca energia na forma de calor com o a) a) -1,5kJ e 1,5kJ;
meio exterior;
b) b) 0,0kJ e -1,5kJ;
c) c) não troca energia na forma de trabalho com
o meio exterior; c) c) 0,0kJ e 1,5kJ;
d) d) a energia recebida pelo gás na forma de d) d) 1,5kJ e -1,5kJ;
calor é igual à variação da energia interna do
gás; e) e) 1,5kJ e 0,0kJ.
e) e) o trabalho realizado pelo gás é igual à
variação da energia interna do gás.
TENTE RESOLVER!

10. A primeira lei da termodinâmica diz δ, no qual ∆Q é o calor recebido pelo


respeito à: sistema, e δ é o trabalho que esse sistema
realiza. Se um gás real sofre uma
a) dilatação térmica; compressão adiabática, então,
b) conservação da massa; a) ∆Q = ∆U;
c) conservação da quantidade de b) ∆Q = δ;
movimento;
c) δ = 0;
d) conservação da energia;
d) ∆Q = 0;
e) irreversibilidade do tempo.
e) ∆U = 0.
11. A Primeira Lei da Termodinâmica
estabelece que o aumento da energia
interna de um sistema é dado por ∆U= ∆Q-
TENTE RESOLVER!

10. A primeira lei da termodinâmica diz δ, no qual ∆Q é o calor recebido pelo


respeito à: sistema, e δ é o trabalho que esse sistema
realiza. Se um gás real sofre uma
a) dilatação térmica; compressão adiabática, então,
b) conservação da massa; a) ∆Q = ∆U;
c) conservação da quantidade de b) ∆Q = δ;
movimento;
c) δ = 0;
d) conservação da energia;
d) ∆Q = 0;
e) irreversibilidade do tempo.
e) ∆U = 0.
11. A Primeira Lei da Termodinâmica
estabelece que o aumento da energia
interna de um sistema é dado por ∆U= ∆Q-
SEGUNDA LEI DA
TERMODINÂMICA

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TED-Ed – What is
Entropy

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TRANSFORMAÇÕES REVERSÍVEIS E IRREVERSÍVEIS

Existem fenômenos cujos eventos acontecem numa ordem


direta ou inversa, não nos permitindo saber aquele que
aconteceu antes ou depois. Esses são os fenômenos
reversíveis.
Porém, na vida real, todos os fenômenos espontâneos ou
naturais são irreversíveis.

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A ENTROPIA

É a medida de quanto um sistema se desorganiza.


Para processos reversíveis ela permanece constante enquanto que nos irreversíveis ela
aumenta. os sistemas tendem a degradar energia naturalmente.
Nas transformações irreversíveis a ENTROPIA é a medida da parte da energia que não é
convertida em trabalho.
Ludwig Boltzmann - Em qualquer sistema físico, a tendência natural é o aumento da
desordem; o restabelecimento da ordem só é possível mediante o dispêndio (gasto) de
energia.
Clausius - O calor não pode fluir, de forma espontânea, de um corpo de temperatura menor,
para um outro corpo de temperatura mais alta. Para que o fluxo seja inverso é necessário
que um agente externo realize um trabalho sobre este sistema.

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NERDOLOGIA 265 – O
FIM DE TUDO
https://www.youtube.com/watch?v=LzzmJaaPt2U

Profº Francisco Augusto 44


Por que ninguém acredita quando a entropia
conta uma história?
R: Porque ela sempre aumenta.

Professor de Física dando bronca na turma:


“Segura a entropia pessoal!”
SEGUNDA LEI DA TERMODINÂMICA

Kelvin – Planck: “Nenhuma máquina térmica operando em ciclos pode retirar calor de uma
fonte e transformá-lo integralmente em trabalho.”
Não é possível que um dispositivo térmico tenha um
rendimento de 100%, ou seja, por menor que seja, sempre há
uma quantidade de calor que não se transforma em trabalho
efetivo.
Então, numa máquina térmica, o calor retirado de uma fonte
quente (Qq) será transformado, parte dele em trabalho (W) e
o restante rejeitado numa fonte fria (Qf).

Profº Francisco Augusto 46


Profº Francisco Augusto 47
NERDOLOGIA 139 –
MOTO PERPÉTUO?
CARRO MOVIDO A
ÁGUA?
https://www.youtube.com/watch?v=mjk1S3RFAq
M&t=
MÁQUINAS TÉRMICAS

Máquinas capazes de realizar um trabalho através da transferência de calor Fonte Quente


entre duas fontes: uma quente e outra fria. Através de ciclos, parte do calor Qq
retirado da fonte quente é transformado em trabalho e outra parte é
transferido para a fonte fria.
O trabalho realizado pela máquina é o resultado da diferença entre o calor
retirado da fonte quente e o calor rejeitado na fonte fria.
Trabalho Máquina
realizado

Fonte Fria Qf
Profº Francisco Augusto 49
NICOLAS LÉONARD SADI CARNOT (1796 — 1832)

No livro Reflexões sobre Potência Motriz do Fogo e Máquinas


Próprias para Aumentar essa Potência, Carnot concluiu que a
perda de calor pelas máquinas térmicas era uma
consequência natural por se usar o calor como fonte
obtenção do trabalho. Essa conclusão que passou a ser
considerada a PRIMEIRA VERSÃO da 2ª Lei da Termodinâmica.
Ela ocorreu antes do estabelecimento da 1º Lei, já que
naquela época ainda se discutia o conceito de energia. Um
conceito que ainda não estava claro, pois ainda existia o
debate sobre as teorias do FLOGÍSTICO e o CALÓRICO.

Profº Francisco Augusto 50


ELEMENTOS DE UMA MÁQUINA TÉRMICA

Corresponde ao movimento do
pistão para cima,devido à
expansão do vapor de água.

Trabalho realizado
Fonte Fria - Qf
Com a abertura da válvula,
água fria é liberada dentro do Corresponde ao
cilindro fazendo o vapor aquecimento da água em
condensar (resfriamento). uma caldeira, fazendo-a
vaporizar.

Fonte Quente - Qq
Profº Francisco Augusto
Imagem: Emoscopes / GNU Free Documentation License.
51
RENDIMENTO DE UMA MÁQUINA TÉRMICA (η)

Representado pela relação entre a quantidade útil da grandeza e a


quantidade total. Dessa forma, a quantidade útil se refere ao trabalho
realizado e a quantidade total refere-se à quantidade de calor retirada da
fonte quente. Multiplica por 100 para ter percentual.
w Qq − Q f Qf
η= η= η = 1−
Qq Qq Qq
Observe que a máquina ideal deveria ter rendimento de 100% (η=1). Para que isso
acontecesse seria necessário que a quantidade de calor rejeitado para a fonte fria fosse
zero. Como mostrou Carnot, isso é impossível. Na prática, os valores do rendimento são
baixos, por exemplo, em motores a gasolina (entre 21% e 25%).

Profº Francisco Augusto 52


EXEMPLO

A figura representa o esquema de


funcionamento de uma máquina a vapor
que se assemelha à de Watt.
a) Explique as etapas correspondentes à
transformações sofridas pelo vapor.

b) Identifique as fontes quente e fria e a etapa de realização de trabalho.


Nessa máquina, o que significam Q1, Q2 e W?

53
a) . Patm 1º- Com a válvula A aberta e B fechada, o vapor, sob
pressão, penetra o cilindro e empurra o pistão para cima,
fazendo a roda girar. Ao aproximar do topo a válvula A se
fecha.

2º- A válvula B é aberta, de modo a permitir que o vapor


passe par ao condensador.

3º- O condensador é resfriado pela água que cai sobre ele. O vapor é, então, condensado e
abandona o condensador pela saída mostrada na figura.
4º- O vapor, ao deixar o cilindro, provoca uma redução na pressão em seu interior. A pressão
atmosférica empurra, então, o pistão para baixo, dando a continuidade ao giro da roda.
5º- Quando esse êmbolo atinge a base do cilindro, a válvula B é fechada e a válvula A, aberta,
reiniciando-se o ciclo.
b) .

W = trabalho provocado pelo


movimento de vaivém do
pistão.

Trabalho

Q1 = calor liberado
Q1 = calor absorvido pelo vapor.
pela máquina.
Fonte fria
Fonte quente
EXEMPLO

Uma máquina térmica funciona recebendo, em cada ciclo da substância


trabalhante, 200 calorias da fonte quente e rejeitando 160 calorias para a
fonte fria. Supondo que a máquina realize os ciclos com a frequência de 8
hertz, determine:
a) o trabalho útil obtido dessa máquina em cada ciclo (adote 1 cal = 4,18 J);
b) o rendimento da máquina térmica em questão;
c) a potência útil dessa máquina.

Profº Francisco Augusto 56


a) São dados: Q1 = 200 cal e Q2 = 160 cal
O trabalho útil obtido pro ciclo corresponde à diferença entre as duas quantidade de calor:

b) O rendimento é dado pela relação:

c) Sendo a frequência igual a 8 Hz, isso significa que são realizados 8 ciclos por segundo.
Então, em ∆t = 1 s, o trabalho total realizado vale:

A potência útil será:


EXEMPLO

Em uma máquina térmica são fornecidos 3kJ de calor pela fonte quente
para o início do ciclo e 780J passam para a fonte fria.
a) Qual o trabalho realizado pela máquina, se considerarmos que toda a
energia que não é transformada em calor passa a realizar trabalho?
b) Qual o rendimento da máquina térmica?

Profº Francisco Augusto 58


RESOLUÇÃO

a) O trabalho útil obtido pro ciclo corresponde à diferença entre as


duas quantidade de calor:
𝑊𝑊 = 𝑄𝑄1 − |𝑄𝑄2|
3kj = 3000j
𝑊𝑊 = 3000𝐽𝐽 − 780𝐽𝐽 𝑊𝑊 = 2220𝐽𝐽

b) O rendimento pode ser calculado pela fórmula:


𝑊𝑊 2220
𝜂𝜂 = 𝜂𝜂 = 𝑥𝑥 100 = 74%
|𝑄𝑄𝑄| 3000
MÁQUINAS TÉRMICAS REVERSAS

É possível fazer processos ocorrerem de modo inverso ao que ocorreria


espontaneamente. Como exemplo, temos a geladeira, uma máquina que
retira calor de seu interior (fonte fria) e despeja numa fonte quente através
de um trabalho executado por um compressor.
Fonte Quente Qq

Trabalho (W) Refrigerador

Fonte Fria Qf
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COMO FUNCIONA UMA GELADEIRA

O compressor envia o gás liquefeito (condensado) Ao longo da tubulação do


comprimido por uma tubulação (serpentina) de evaporador, o calor flui do interior
pequeno diâmetro localizada na parte traseira do da geladeira para o gás, que
refrigerador. retornará ao compressor.
Na unidade de evaporação, localizada no
congelador e painéis de resfriamento, o gás passa
a uma tubulação de maior diâmetro e expande-se Então, podemos representar
rapidamente, evaporando num processo esquematicamente o trabalho
adiabático, o que provoca seu resfriamento. W (W), o calor lançado na fonte
quente (Qq) e o calor retirado da
fonte fria (Qf).

Qq Qf
Profº Francisco Augusto 61
Mundo de Beakman
S04E25
Cavalos e Refrigeradores – a partir de 12:30
Nerdologia – Como
congelar o inferno

Profº Francisco Augusto 63


EFICIÊNCIA DE UMA MÁQUINA FRIGORÍFICA

A eficiência (ε) corresponde ao coeficiente obtido pela razão entre o calor


retirado da fonte fria (Qf) e o trabalho realizado W) pelo compressor em
cada ciclo.
Qf Qf
ε= Ou, se considerarmos que W = Qq – Qf então... ε =
W Qq - Qf

Se um refrigerador opera em ciclos de Carnot, então sua


eficiência será calculada por... T
ε= f
Tq - Tf
Profº Francisco Augusto 64
VAMOS RESOLVER JUNTOS!

01. De acordo com a teoria da Termodinâmica, é correto afirmar:


(01) O calor só pode fluir de um corpo a outro de menor temperatura;

(02) O princípio da conservação da energia é válido para qualquer sistema físico isolado;

(04) Uma máquina térmica transforma integralmente calor em trabalho;

(08) A variação da entropia corresponde à variação da energia útil do sistema;

(16) Todos os processos naturais irreversíveis acarretam aumento na indisponibilidade de


energia.

Soma ( )

Profº Francisco Augusto 65


(01) O calor só pode fluir de um corpo a outro de menor temperatura.
Esta seria uma afirmação correta, segundo o princípio da irreversibilidade dos processos
naturais se fosse introduzida, após calor, a palavra espontaneamente. Mas, como vimos
numa máquina térmica reversa (refrigerador), com o gasto de energia (realização de
trabalho),o calor pode fluir de um ambiente de menor temperatura para um ambiente de
maior temperatura.
(02) O princípio da conservação da energia é válido para qualquer sistema físico isolado?
Sim. Lembremos da 1ª Lei da Termodinâmica. Quando um sistema termodinâmico troca
calor com seu entorno, este calor resulta em realização de trabalho e variação da energia
interna do sistema.
(04) Uma máquina térmica transforma integralmente calor em trabalho?
Não, pois isso contraria a 2ª Lei da Termodinâmica.
(08) A variação da entropia corresponde à variação da energia útil do sistema?
Sim. A entropia corresponde ao estado de desordem do sistema. O retorno à ordem
depende diretamente do gasto de energia (energia útil).
(16) Todos os processos naturais irreversíveis acarretam aumento na indisponibilidade de
energia?
É claro que sim! Lembremos do enunciado decorrente dos trabalhos feitos por
Boltzmann sobre a segunda lei da termodinâmica:
Em todo processo natural espontâneo a entropia
do Universo sempre aumenta.
TENTE RESOLVER!

02. No radiador de um carro, a água fica dentro de tubos de metal (canaletas), como na figura abaixo. Com a
ajuda de uma bomba d'água, a água fria do radiador vai para dentro do bloco do motor, circulando ao redor dos
cilindros. Na circulação, a água recebe calor da combustão do motor, sofre aumento de temperatura e volta para
o radiador; é então resfriada, trocando calor com o ar que flui externamente devido ao movimento do carro.
Quando o carro está parado ou em marcha lenta, um termostato aciona um tipo de ventilador (ventoinha),
evitando o superaquecimento da água.
A situação descrita evidencia que, no processo de combustão, parte
da energia não foi transformada em trabalho para o carro se mover.
Examinando-se as trocas de calor efetuadas, pode-se afirmar que
a) considerando o motor uma máquina térmica ideal, quanto maior
for o calor trocado, maior será o rendimento do motor;
b) considerando o motor uma máquina térmica ideal, quanto menor
for o calor trocado, menor será o rendimento do motor;
c) ocorre um aumento da entropia do ar nessas trocas de calor;
d) ocorrem apenas processos reversíveis nessas trocas de calor.
Profº Francisco Augusto 68
TENTE RESOLVER!

02. No radiador de um carro, a água fica dentro de tubos de metal (canaletas), como na figura abaixo. Com a
ajuda de uma bomba d'água, a água fria do radiador vai para dentro do bloco do motor, circulando ao redor dos
cilindros. Na circulação, a água recebe calor da combustão do motor, sofre aumento de temperatura e volta para
o radiador; é então resfriada, trocando calor com o ar que flui externamente devido ao movimento do carro.
Quando o carro está parado ou em marcha lenta, um termostato aciona um tipo de ventilador (ventoinha),
evitando o superaquecimento da água.
A situação descrita evidencia que, no processo de combustão, parte
da energia não foi transformada em trabalho para o carro se mover.
Examinando-se as trocas de calor efetuadas, pode-se afirmar que
a) considerando o motor uma máquina térmica ideal, quanto maior
for o calor trocado, maior será o rendimento do motor;
b) considerando o motor uma máquina térmica ideal, quanto menor
for o calor trocado, menor será o rendimento do motor;
c) ocorre um aumento da entropia do ar nessas trocas de calor;
d) ocorrem apenas processos reversíveis nessas trocas de calor.
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VAMOS RESOLVER JUNTOS!

03. Uma central de energia utilizada por uma equipe móvel de TV desenvolve 1,8.107 joules
de energia elétrica enquanto seu motor a gasolina consome 2,5 litros de combustível, cujo
poder calorífico é de 3,6.107 joules/litro. O rendimento da central é de:

a) 10%;

b) 20%;

c) 40%;

d) 50%;

e) 100%.

Profº Francisco Augusto 70


Neste problema, precisamos identificar ...
O total de energia retirada do combustível (Qq);
A energia utilizada para geração de energia elétrica (W).
A energia retirada do combustível corresponde a 2,5 litros x 3,6.107 joules/litro.

Q q = 2,5 × 3,6.10 = 9.10 J 7 7

O texto afirma que, para esta quantidade de energia retirada do combustível, são gerados
1,8.107 joules de energia elétrica (W). Assim o rendimento desta máquina pode ser calculado
por...

τ
η= ⋅100 η=
1,8.10
×100
7
η = 20%
Qq 9.10 7
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04. (ENEM 2002) O diagrama mostra a utilização das diferentes fontes


de energia no cenário mundial. Embora aproximadamente um terço de
toda energia primária seja orientada à produção de eletricidade,
apenas 10% do total são obtidos em forma de energia elétrica útil.

A pouca eficiência do processo de produção de eletricidade deve-se, sobretudo, ao fato de as usinas


a) nucleares utilizarem processos de aquecimento, nos quais as temperaturas atingem milhões de graus Celsius, favorecendo
perdas por fissão nuclear;
b) termelétricas utilizarem processos de aquecimento a baixas temperaturas, apenas da ordem de centenas de graus Celsius,
o que impede a queima total dos combustíveis fósseis;
c) hidrelétricas terem o aproveitamento energético baixo, uma vez que parte da água em queda não atinge as pás das
turbinas que acionam os geradores elétricos;
d) nucleares e termelétricas utilizarem processos de transformação de calor em trabalho útil, no qual as perdas de calor são
sempre bastante elevadas;
e) termelétricas e hidrelétricas serem capazes de utilizar diretamente o calor obtido do combustível para aquecer a água,
sem perda para o meio. Profº Francisco Augusto 72
TENTE RESOLVER!

04. (ENEM 2002) O diagrama mostra a utilização das diferentes fontes


de energia no cenário mundial. Embora aproximadamente um terço de
toda energia primária seja orientada à produção de eletricidade,
apenas 10% do total são obtidos em forma de energia elétrica útil.

A pouca eficiência do processo de produção de eletricidade deve-se, sobretudo, ao fato de as usinas


a) nucleares utilizarem processos de aquecimento, nos quais as temperaturas atingem milhões de graus Celsius, favorecendo
perdas por fissão nuclear;
b) termelétricas utilizarem processos de aquecimento a baixas temperaturas, apenas da ordem de centenas de graus Celsius,
o que impede a queima total dos combustíveis fósseis;
c) hidrelétricas terem o aproveitamento energético baixo, uma vez que parte da água em queda não atinge as pás das
turbinas que acionam os geradores elétricos;
d) nucleares e termelétricas utilizarem processos de transformação de calor em trabalho útil, no qual as perdas de calor
são sempre bastante elevadas;
e) termelétricas e hidrelétricas serem capazes de utilizar diretamente o calor obtido do combustível para aquecer a água,
sem perda para o meio. Profº Francisco Augusto 73
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05. Um refrigerador de uso doméstico é uma máquina térmica invertida: o calor é retirado do
congelador à temperatura de -23°C, enquanto a temperatura do ambiente em que ele se
encontra é de 27°C. O coeficiente de desempenho do refrigerador de Carnot, operando em
ciclos entre essas temperaturas, é
Inicialmente é necessário ter os valores das temperaturas em escala
a) 0,20 absoluta, assim... T = 273 + (−23) = 250 K
f
b) 0,80
Tq = 273 + 27 = 300 K
c) 2,0 Para um refrigerador que opera no ciclo de carnot entre essas
d) 4,0 temperaturas, seu coeficiente de eficiência será...

e) 5,0 Tf 250 250


ε= = = =5
T q −Tf 300 − 250 50
Profº Francisco Augusto 74
TRANSFORMAÇÃO CÍCLICA OU FECHADA

É a transformação na qual o sistema, partindo de


um estado inicial qualquer, sofre sucessivas
transformações e retorna ao mesmo estado inicial.
Observe nesse caso que o gás ocupa um vi, tem
uma Ti e exerce uma pi. Assim após receber um
trabalho o gás volta às condições iniciais.

Profº Francisco Augusto 75


TRABALHO NUMA TRANSFORMAÇÃO CÍCLICA

No diagrama de pressão x volume, a transformação cíclica é representada por uma curva


fechada. Nesse caso, o trabalho do ciclo é dado numericamente pela ÁREA INTERNA DA
CURVA que representa o ciclo.
Em relação ao trabalho:

 1→2: W > 0; W = área abaixo da reta 1 → 2


(trabalho realizado pelo o sistema)
 3→4: W < 0; W = área abaixo da reta 3 → 4
(trabalho realizado sobre o sistema)
 2→3 e 4→1: W = 0; ∆V = 0
 WR = área limitada pelas quatro transformações
Profº Francisco Augusto 76
OBSERVAÇÃO

Quando o ciclo estiver orientado no SENTIDO HORÁRIO, isto indica P

que o trabalho realizado pelo gás é maior que o recebido. Dessa A B


T
forma ciclo no sentido horário indica τ > 0.

Quando o ciclo estiver orientado no SENTIDO ANTI-HORÁRIO, isto


indica que o trabalho realizado pelo gás é menor que o recebido. V

Dessa forma ciclo no sentido anti-horário indica τ < 0. P

A B
Como na transformação cíclica ∆U=0, pela 1ª lei da Termodinâmica Q = τ. Por T
exemplo, se o gás recebe 50 J de calor do ambiente durante o ciclo, ele realiza sobre
o ambiente um trabalho de 50 J.
Profº Francisco Augusto
V
CICLO DE CARNOT

Sadi Carnot idealizou um ciclo termodinâmico


que não seria levado em consideração as
dificuldades técnicas que um ciclo de uma expansão isotérmica (T1)

máquina térmica real possui.

compr adiabática
Logicamente esse ciclo passou a ser considerado expansão adiabática

um ciclo teórico que operaria com um compr isotérmica (T2)

rendimento máximo, independente de qual


substância gasosa fosse utilizada.
Princípio de Carnot
Esse ciclo foi composto numa sequência de
"Nenhuma máquina térmica real, operando entre
quatro transformações reversíveis, sendo duas 2 reservatórios térmicos T1 e T2, pode ser mais
adiabáticas e duas isotérmicas. eficiente que a "máquina de Carnot" operando
entre os mesmos reservatórios."
Profº Francisco Augusto 78
CICLO DE CARNOT

1. Expansão isotérmica AB onde o gás retira energia térmica da fonte quente;


2. Expansão adiabática BC onde o gás não troca calor;
3. Compressão isotérmica CD onde o gás rejeita energia térmica para a fonte fria;
4. Compressão adiabática DA onde o gás não troca calor.
O TEOREMA DE CARNOT

As máquinas térmicas que utilizam esse tipo de ciclo são consideradas máquinas
térmicas ideais. Isso acontece porque seu rendimento é o maior dentre as demais
máquinas e chega próximo a 100%.
O teorema de Carnot divide-se em duas partes:
I. a máquina de Carnot (todas aquelas que operam segundo o ciclo de
Carnot) tem rendimento maior que qualquer outro tipo de máquina,
operando entre as mesmas fontes (mesmas temperaturas);
II. todas as máquinas de Carnot tem o mesmo rendimento, desde que
operem com as mesmas fontes (mesmas temperaturas).
CICLO DE CARNOT

Em particular a este ciclo foi demonstrado que as quantidades de calor


trocadas com as fontes são proporcionais às respectivas temperaturas
absolutas.
|𝑸𝑸𝟐𝟐 | 𝑻𝑻𝟐𝟐
=
|𝑸𝑸𝟏𝟏 | 𝑻𝑻𝟏𝟏
O rendimento para uma máquina térmica que opera segundo o ciclo de
Carnot temos que:

𝑾𝑾 𝑸𝑸𝟐𝟐 𝑻𝑻𝟐𝟐
𝜼𝜼 = 𝜼𝜼 = 𝟏𝟏 − 𝜼𝜼 = 𝟏𝟏 −
𝑸𝑸𝟏𝟏 𝑸𝑸𝟏𝟏 𝑻𝑻𝟏𝟏
Profº Francisco Augusto 81
EXEMPLO

Uma máquina térmica funciona realizando o ciclo de Carnot, entre as


temperaturas de 27 °C e 227 °C. Em cada ciclo, são obtidos 100 joules de
trabalho útil da máquina. Sabendo que a máquina realiza os ciclos com a
frequência de 20 hertz, determine:
a) seu rendimento;
b) a quantidade de calor recebida da fonte quente por ciclo;
c) a quantidade de calor rejeitada para a fonte fria por ciclo;
d) sua potência útil.

Profº Francisco Augusto 82


a) O rendimento pode ser calculado pela fórmula:
𝑇𝑇2 300
𝜂𝜂 = 1 − 𝜂𝜂 = 1 − 𝑥𝑥 100 = 40%
𝑇𝑇1 500
b) A quantidade de calor recebida da fonte quente pode ser calculada pela
equação do rendimento:
𝑊𝑊 𝑊𝑊 100
𝜂𝜂 = 𝑄𝑄1 = = = 250J
𝑄𝑄1 𝜂𝜂 0,4
c) A quantidade de calor rejeitada para fonte fria é dada pela diferença:
𝑊𝑊 = 𝑄𝑄1 − 𝑄𝑄2 𝑄𝑄2 = 𝑄𝑄1 − 𝑊𝑊 = 250 − 100 = 150𝐽𝐽

d) Se o trabalho realizado em cada ciclo é 100J e a substância trabalhante


realiza 20 ciclos em 1 s, o trabalho útil realizado nesse intervalo de tempo
vale:

A potência útil será:


EXEMPLO

Uma máquina que opera em ciclo de Carnot tem a temperatura de sua fonte
quente igual a 330°C e fonte fria à 10°C. Qual é o rendimento dessa
máquina?

Profº Francisco Augusto 84


EXEMPLO

Uma máquina que opera em ciclo de Carnot tem a temperatura de sua fonte
quente igual a 330°C e fonte fria à 10°C. Qual é o rendimento dessa
máquina?
O rendimento pode ser calculado pela fórmula:
𝑇𝑇2
𝜂𝜂 = 1 − Conversão Graus x Kelvin
𝑇𝑇1
T1 = 273 + 330 = 603𝑘𝑘
283
𝜂𝜂 = 1 − T2 = 273 + 10 = 283𝑘𝑘
603

𝜂𝜂 = 0,53 = 53%
Profº Francisco Augusto 85
TENTE RESOLVER!

1. (FGV) Pode-se afirmar que 2. (UF-PA) A importância do Ciclo de


máquina térmica é toda Carnot reside no fato de:
máquina capaz de transformar
calor em trabalho. Qual dos a) ser o ciclo do refrigerador.
dispositivos pode ser b) ser o ciclo do motor de explosão.
considerado uma máquina c) ter rendimento de 100% ou
térmica? próximo.
d) determinar o máximo rendimento
a) Motor a gasolina de uma máquina térmica, entre
b) Motor elétrico duas temperaturas dadas.
c) Chuveiro elétrico e) ser o ciclo dos motores diesel.
d) Alavanca
e) Sarilho

Profº Francisco Augusto 86


TENTE RESOLVER!

1. (FGV) Pode-se afirmar que 2. (UF-PA) A importância do Ciclo de


máquina térmica é toda Carnot reside no fato de:
máquina capaz de transformar
calor em trabalho. Qual dos a) ser o ciclo do refrigerador.
dispositivos pode ser b) ser o ciclo do motor de explosão.
considerado uma máquina c) ter rendimento de 100% ou
térmica? próximo.
d) determinar o máximo
a) Motor a gasolina rendimento de uma máquina
b) Motor elétrico térmica, entre duas temperaturas
c) Chuveiro elétrico dadas.
d) Alavanca e) ser o ciclo dos motores diesel.
e) Sarilho

Profº Francisco Augusto 87


TENTE RESOLVER!

3. (UNISA) Certa máquina ideal funciona realizando o ciclo de Carnot. Em cada ciclo o trabalho útil fornecido pela máquina
é 1 500 joules. Sendo as temperaturas das fontes térmicas 227°C e 127°C, o rendimento da referida máquina é de:
a) 44% b) 56% c) 80% d) 10% e) 20%
4. (CESESP-PE) Calcule aproximadamente o rendimento máximo teórico de uma máquina a vapor, cujo fluido entra a
400°C e abandona o cilindro a 105°C.
5. (PUC-RJ) Uma máquina de Carnot é operada entre duas fontes, cujas temperaturas são, respectivamente, 100°C e 0°C.
Admitindo-se que a máquina receba da fonte quente uma quantidade de calor igual a 1000 cal por ciclo, pede-se:
1 cal = 4,2 J
a) o rendimento térmico da máquina;
b) o trabalho realizado pela máquina em cada ciclo (expresso em J);
c) a quantidade de calor rejeitada para a fonte fria.

Profº Francisco Augusto 88


TENTE RESOLVER!

3. (UNISA) Certa máquina ideal funciona realizando o ciclo de Carnot. Em cada ciclo o trabalho útil fornecido pela máquina
é 1 500 joules. Sendo as temperaturas das fontes térmicas 227°C e 127°C, o rendimento da referida máquina é de:
a) 44% b) 56% c) 80% d) 10% e) 20%
4. (CESESP-PE) Calcule aproximadamente o rendimento máximo teórico de uma máquina a vapor, cujo fluido entra a
400°C e abandona o cilindro a 105°C. R = 44 %
5. (PUC-RJ) Uma máquina de Carnot é operada entre duas fontes, cujas temperaturas são, respectivamente, 100°C e 0°C.
Admitindo-se que a máquina receba da fonte quente uma quantidade de calor igual a 1000 cal por ciclo, pede-se:
1 cal = 4,2 J

a) o rendimento térmico da máquina; R = n = 0,26809 ou 26,809%

b) o trabalho realizado pela máquina em cada ciclo (expresso em J); R = W = 268,09J

c) a quantidade de calor rejeitada para a fonte fria. R = Qf = 731,91 J

Profº Francisco Augusto 89


APLICAÇÕES DAS
MÁQUINAS TÉRMICAS
AO COTIDIANO
Mundo de Beakman –
S02E04
Túneis, como fazer cola, Motores a vapor e
trens. (A partir de 14:00).
O funcionamento dos refrigeradores é baseado no princípio da transferência de
calor de uma fonte fria para uma fonte quente. Esse processo não ocorre
REFRIGERADORES espontaneamente. É necessária uma fonte de energia externa para realizar um
trabalho(compressor), para que essa transferência possa ocorrer.

As partes principais de uma geladeira doméstica são: compressor,


condensador, válvula descompressora e evaporador. Ele tem a função de
aumentar a pressão e a temperatura do gás refrigerante, fazendo-o circular
pela tubulação interna do aparelho. Quando o gás passa pelo condensador,
perde calor para o meio externo, liquefazendo-se, ou seja, tornando-se líquido.
Ao sair do condensador, um estreitamento da tubulação (tubo capilar) provoca
uma diminuição da pressão. Assim, o elemento refrigerante, agora líquido e
Imagem: SEE-PE
sob baixa pressão, chega à serpentina do evaporador (que tem diâmetro maior
que o tubo capilar), se vaporiza e, assim, retira calor da região interna da
Eficiência das máquinas
frigoríficas geladeira. É importante notar que o evaporador está instalado na parte
superior (congelador) da geladeira. A partir desse ponto, o ciclo se reinicia e o
Qf
e= gás refrigerante é puxado outra vez para o compressor.
τ Fonte: http://trabalhof.blogspot.com.br/
TURBINA A VAPOR
Reatores de água pressurizada
(PWR): são os mais frequentes, com
226 em serviço no mundo. Utilizam
água a elevada pressão como meio
permutador de calor, o moderador
também é constituído por água a
elevada pressão. O combustível é
urânio ligeiramente enriquecido,
podendo eventualmente ser usado
misturado com plutônio (MOX).

Reatores de água fervente (BWR): existem atualmente 93


reatores desse tipo em serviço, sobretudo na Alemanha, Japão e
E.U.A. O meio permutador de calor é água que atua também
como moderador, esta entra em ebulição e o seu vapor aciona
diretamente a turbina. O combustível usado é urânio
ligeiramente enriquecido.
Fonte:
http://nuclear.com.sapo.pt/index_ficheiros/Page832.htm
MUNDO DE BEAKMAN
S01E06
Sabão e Motores

Profº Francisco Augusto 94


MOTOR DE COMBUSTÃO INTERNA

Imagem: SEE-PE
Nos motores de quatro tempos (CICLO OTTO) o pistão, animado de movimento
alternativo, recebe energia durante o tempo de combustão, executando as funções
necessárias à realização da mesma nos outros três tempos. Um
sistema biela/manivela transforma o movimento alternativo em movimento de rotação.

O primeiro tempo é o O segundo tempo é o


de admissão. Nele o de compressão. Atingindo
pistão, deslocando-se no o fim do curso de
sentido admissão, na posição
de aumentar o volume, chamada de “Ponto
aspira ar ou mistura Morto Inferior” (PMI),
combustível através fecha-se a válvula de
da válvula de admissão, admissão e inicia-se
aberta por a compressão dos gases
um mecanismo aspirados, a fim de torná-
apropriado. los mais densos.
O terceiro tempo é o de combustão/expansão. Na outra extremidade de seu curso
alternativo, chamado “Ponto Morto Superior” (PMS), ocorre o início da combustão, que
pode iniciar-se espontaneamente (CICLO DIESEL) ou pode ser provocada pelo disparo de
uma faísca (motores a gasolina, álcool e gás). A combustão ocorre de maneira diversa,
dependendo do tipo de motor; é acompanhada ou seguida pela expansão dos gases
queimados, que impulsionam o pistão transmitindo-lhe energia.

O quarto tempo é o de escapamento. Atingido novamente


o PMI, a abertura da válvula de escape, comandada no instante
adequado, permite o escoamento dos gases queimados,
igualando a pressão no cilindro com a pressão ambiente. Em
seguida, o pistão empurra a maior parte dos gases que
permanecem no cilindro em direção à tubulação de escape,
repetindo-se a seguir o tempo de admissão. A cada duas voltas
do eixo de manivelas, ocorre apenas um tempo motor. No caso
de tratar-se de apenas um cilindro, um volante é indispensável, a
fim de que o pistão continue em movimento durante os três
tempos auxiliares.
CICLO OTTO α=
VA
VB
1
η =1−
α γ −1
eficiência - ciclo Otto
CICLO DIESEL

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