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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Ensino a distância

Termodinâmica e cinética química

Lério , código:

Lic. em Ensino de Química

Química Física

2º Ano

Nampula, junho, 2020


Índice
Introdução

Nós dias actuais o homem tem buscada cada vez mais no estudo das reacções que envolvem
o ganho ou libertação de calor assim como no estudo da rapidez dessas reacções. Tanto
para a indústria como no uso cotidiano, na sociedade. O trabalho tem como tema "estudo
da termodinâmica e cinética química". E tem como objectivo dar a conhecer a importância
da termodinâmica e cinética química para os estudantes.

Ao o longo do trabalho serão abordados os seguintes conteúdos: conceito da


termodinâmica, descrição de sistema, lei dos gases, gases ideais e reais, Entalpia e entropia,
leis da termodinâmica, potencial de Gibs, conceito de cinética química, velocidade de uma
reacção química, lei de velocidade, mecanismo de uma reacção, ordem de uma reacção e
métodos de determinação de ordem da reacção.

Para a sua elaboração foi usado o método bibliográfico. Este trabalho apresenta a seguinte
estrutura:

 Introdução

 Desenvolvimento

 Conclusão

 Bibliografia
1. Termodinâmica

Segundo Veiga & Matusse(2007) " termodinâmica é o ramo da química que se debruça no
estudo de energia envolvida em qualquer tipo de reacção química" (p.142). Todas as
transformações que ocorrem no universo envolvem energia, seja em nosso organismo, nas
máquinas e equipamentos de que dispomos no cotidiano, e também nas reações
químicas.4Existem reacções endotérmicas (absorvem calor) e exotérmicas (libertam calor).

De uma forma geral as reacções de combustão e de síntese são exotérmicas ( ∆H < 0 4)

N2 + 2 O2 → 2NO2 Exotérmica; ∆H < 0 4

C + O2→ CO2 4

N2+ 3H2→ 2 NH3

2 Na + Cl2 → 2 NaCl 4

As reacções de decomposição são endotérmicas (∆H > 0)

CaCO3 → CaO + CO2

N2O4 → 2 NO2 Endotérmica; ∆H > 0 4

Calor é a transferência de energia térmica entre dois corpos que estão a temperaturas
diferentes. 4

1.2. Descrição de um sistema

"Um sistema é a parte especifica do universo que nos interessa. Para os químicos, um
sistema geralmente inclui substâncias envolvidas em transformações químicas e físicas"
(Russel, V2, p. ). Por exemplo, em um experimento de neutralização ácido-base, o sistema
pode ser um béquer contendo 50 mL de HCl ao qual se adicionaram 50 mL de NaOH. O
restante do universo fora do sistema designa-se vizinhança.

Há três tipos de sistemas. Um sistema aberto pode trocar massa e energia, geralmente na
forma de calor, com a vizinhança. Por exemplo, um sistema aberto pode consistir em certa
quantidade de água dentro de um recipiente aberto. Se fecharmos o frasco de modo que o
vapor de água não possa escapar do recipiente nem condensar-se dentro dele, criamos um
sistema fechado que permite transferência de energia (calor), mas não de massa. Se
colocarmos água em um recipiente totalmente isolado, construímos um sistema isolado que
não permite transferência de massa nem de energia.
1.3 Energia

Em termodinâmica, a capacidade total de um sistema realizar trabalho é chamada sua


energia interna, U. Um gás comprimido tem mais energia interna antes de se expandir que
depois da expansão. U5

1.3.1. Tipos de energia

 A energia cinética - energia produzida por um objeto em movimento - é uma forma


de energia com interesse especial para os químicos. Outras formas são energia
radiante, energia térmica, energia química e energia potencial.

 Energia radiante, ou energia solar, provém do Sol e é a fonte de energia primária da


Terra. A energia solar aquece a atmosfera e a superfície da Terra, estimula o
crescimento da vegetação pelo processo conhecido como fotossíntese e influencia os
padrões climáticos globais.

 Energia térmica é a energia associada ao movimento randômico dos átomos e das


moléculas. Em geral, pode ser calculada a partir de medidas de temperatura. Quanto
mais intenso for o movimento dos átomos e das moléculas em uma amostra de
matéria mais quente essa se tomará e maior será sua energia térmica. Contudo,
precisamos fazer uma distinção cuidadosa entre energia térmica e temperatura. Uma
xícara de café a 70°C está a uma temperatura mais elevada que uma banheira cheia
de água quente a 40°C, mas há muito mais energia térmica armazenada na água da
banheira porque o seu volume e a sua massa são muito maiores que os do café, e,
consequentemente, se há mais moléculas de água, maior é o movimento molecular.

 Energia química é uma forma de energia armazenada dentro das unidades


estruturais das substâncias químicas; sua quantidade é determinada pelo tipo e
arranjo dos átomos na substância considerada. Quando as substâncias participam de
reações químicas, a energia química é liberada, armazenada ou convertida em outras
formas de energia.

 Energia potencial é a energia disponível como conseqüência da posição de um


objecto. Por exemplo, por causa da sua altitude, uma rocha no alto de um penhasco
tem maior energia potencial e deve provocar maior impacto ao cair dentro da água
do que uma rocha semelhante colocada no meio do penhasco. A energia química
pode ser considerada uma forma de energia potencial porque está associada às
posições relativas e aos arranjos dos átomos que compõem uma dada substância.5

A Equação a baixo diz que a variação da energia interna ∆E de um sistema é igual à


somatória da troca de calor q entre o sistema e a vizinhança e do trabalho w efetuado sobre
o (ou pelo) sistema. As convenções de sinais para q e w são as seguintes: q é positivo para
um processo endotérmico e negativo para um processo exotérmico, e w é positivo para o
trabalho efetuado sobre o sistema pela vizinhança e negativo para o trabalho efetuado pelo
sistema sobre a vizinhança.

∆E = q + w

1.4. Trabalho de expansão

Um sistema pode realizar duas espécies de trabalho. O primeiro tipo é o trabalho de


expansão, que envolve uma variação no volume do sistema contra uma pressão externa. Por
exemplo, um gás expandindo em um balão empurra a atmosfera e então realiza trabalho
sobre ela. O segundo tipo de trabalho é um trabalho de não-expansão, trabalho que não
envolve a variação de volume. Por exemplo, uma reação química pode realizar trabalho
causando um fluxo de corrente elétrica, e nossos corpos realizarão trabalho movendo-se.
Um sistema mantido a volume constante não pode realizar trabalho.

Quando um sistema se expande, perde energia como trabalho, então se ∆V é positivo, w é


negativo. Podemos portanto escrever:

w=-Pext AV

Essa expressão confirma que o trabalho realizado é proporcional à pressão externa; também
mostra que o trabalho realizado é proporcional à variação de volume de expansão.

Em que ∆V é a variação de volume, é dada por V f - Vi . O sinal de menos na Equação está de


acordo com a convenção utilizada para w. Quando o gás se expande ∆V> O, e - P.∆V é uma
quantidade negativa. Para a compressão do gás (trabalho realizado sobre o sistema), ∆V < O,
e - P.∆V é uma quantidade positiva.6

Ex: o volume de um gás aumenta de 2,0 L para 6,0 L, a temperatura constante. Calcule o
trabalho realizado pelo gás se ocorrer sua expansão (a) contra o vácuo e (b) contra uma
pressão constante de 1,2 atm.

Resolução

a) Uma vez que a pressão externa é zero, não será realizado trabalho durante a expansão.

w=-Pext AV

w = - (0).(6,0 - 2,0)

w=0

b) A pressão externa é igual a 1,2 atm, logo

w=-Pext AV
w=- (1,2atm).(6,0 - 2,0)L

w = - 4,8 L.atm

1.5 Primeira lei da termodinâmica

7A primeira lei da termodinâmica que se baseia no princípio da conservação de energia,


estabelece que a energia pode ser convertida de uma forma em outra, mas não pode ser
criada ou destruída.

Em química, estamos interessados, normalmente, nas variações energéticas associadas a um


sistema (que pode ser um balão contendo reagentes e produtos) e não associadas à
vizinhança. Portanto, uma forma mais útil de expressar a primeira lei é:

∆E = q + w

1.6. Entalpia de Reações Químicas7

A função de estado que permite obter informações sobre as variações de energia à pressão
constante é chamada de entalpia, H:

H= U+PV7 ou H= E+PV

A maior parte das reações consiste em processos que ocorrem a pressão constante; nesses
casos, podemos igualar a troca de calor à variação da entalpia. Para qualquer reacção do
tipo definimos a variação de entalpia, denominada entalpia de reação, ∆H, como a diferença
entre as entalpias dos produtos e as entalpias dos reagentes:7

∆H = H(produto) - H(reagentes)

A entalpia de reação pode ser positiva ou negativa, dependendo do processo. Para um


processo endotérmico (em que ocorre absorção de calor pelo sistema a partir da
vizinhança), ∆H é positivo (isto é, ∆H > O). Para um processo exotérrnico (em que ocorre
liberação de calor pelo sistema para a vizinhança), ∆H é negativo (isto é, ∆H< O).

1.6.1. Entalpia-padrão (∆Hº)

Entalpia-padrão de reação é a entalpia da reação quando reagentes em seus estados-padrão


transformam-se em produtos em seus estados-padrão isto é, Entalpias-padrão de reação se
referem a reações nas quais os reagentes e produtos estão em seus estados-padrão; eles
são normalmente apresentados para a temperatura de 298,15 K.7
1.6.1.1. Entalpia-padrão de formação ∆Hºf

Entalpia-padrão de formação, ∆Hºf, de uma substância é a entalpia de reacção para a


formação de uma substância a partir de seus elementos na suaforma mais estável.

C(s, grafite)-----> C(s, diamante) ; ∆Hºf = +1,9 kA entalpia-padrão de formação do diamante é +1,9
kJ·mol-l

1.6.1.2. Entalpia de combustão ou calor de combustão8

Esta é a variação de entalpia da reacção de combustão de 1 mol de substância;


normalmente os calores de combustão são fornecidos a 25 "C.8

Ex: A combustio do álcool etílico

C2H5OH (1) + 3 O2(g) ----------> 2 CO2 (g) + 3 H2O (g)8

1.6.1.3. Entalpia de neutralização ou calor de neutralização

Este é o calor desenvolvido na reacção de neutralização entre uma mol de iões


hidrónio/hidroxónio (H3O+) e uma mole de iões hidroxido (OH -). Sendo esta reacção entre
urn ácido (fornece H3O+ ) e uma base (fornece OH- ), ambos fortes, verifica-se que o calor de
neutralização é praticamente constante. A reacção condensada pode ser representada por:

H3O+ (aq) + OH-(aq) --------+ 2 H2O (l)8

Ex: HBr (aq) + KOH (aq) --------> KBr(aq) + H2O (l)8 ∆H = 13,8 kcal

1.6.2. Lei de Hess

A entalpia de uma reação é a diferença entre a somatória das entalpias de formação de seus
produtos e a somatória das entalpias de formação de seus reagentes, estando estes nas mesmas
condições de temperatura e pressão, independentemente de a reação acontecer em uma única ou
em várias etapas.

Exemplo: C(grafite) + O2(g)--------> CO2(g). ∆H = -393,5 kj/mol

CO2 --------> CO + 1/2 O2. ∆H = + 283,0 kj/mol

C(grafite) + 1/2O2(g) ------> CO. ∆H = -110,5 kj/mol

1.7. Equação termoquímica


Uma equação termoquímica é a forma mais completa de se especificar o calor de reacção de
uma reacção química. Além de indicar os reagentel e produtos a equação termoquímica
também informa o estado físico dos reagentes e produtos, a quantidade de calor da reacção
(∆H), a temperatura e a pressão do processo.

Ex: N2(g) + O2(g) → 2NO(g) ; ∆H = 181kj/mol

1.8. Relação entre energia interna e variação de entalpia

Esse cálculo mostra que ∆E e ∆H apresentam aproximadamente o mesmo valor. A


magnitude de ∆H é menor que a de ∆E, pois parte da energia interna liberada é usada para
realizar o trabalho de expansão do gás, e dessa forma, menos calor é liberado.

Para as reações que não envolvem gases, ∆V é geralmente muito pequeno e, por isso, ∆E é
praticamente igual a ∆H. Outro modo de calcular a variação da energia interna de uma
reação na fase gasosa pressupõe comportamento de gás ideal e temperatura constante.
Nesse caso

∆E = ∆H - ∆(PV)

∆E = ∆H - ∆(nRT)

∆E = ∆H - RT∆n

Onde ∆n é número de mols dos produtos gasos - número de mols dos reagentes gasos.

1.9. Calorímetro

No laboratório, as trocas de calor em processos físicos e químicos são medidas com um


calorímetro, um recipiente fechado projetado especificamente para esse fim. Como o
estudo sobre calorimetria, isto é, a medida das trocas de calor, depende da compreensão
dos conceitos de calor específico e capacidade calorífica,9

1.9.1 calor específico e capacidade calorífica

O calor específico (c) de uma substância é a quantidade de calor necessária para elevar de
um grau Celsius a temperatura de um grama da substância. A capacidade calorfica (C) de
uma substância é a quantidade de calor necessária para elevar de um grau Celsius a
temperatura de dada quantidade da substância. O calor específico é uma propriedade
intensiva enquanto a capacidade calorífica é uma propriedade extensiva. A relação que
existe entre a capacidade calorífica e o calor específico de uma substância é:
C = ms

Em que m é a massa da substância em gramas.

Se conhecermos o calor específico e a massa de uma substância, a variação da temperatura


da amostra (M) nos indicará a quantidade de calor (q) que foi absorvida ou liberada em
determinado processo. A equação para calcular o calor transferido é a seguinte:10

Q = m.c.∆T ; onde

Q - quantidade de calor liberada ou absorvida pela reacção

m - massa, em gramas, de água presente no calorimetro

c - calor específico do líquido presente no calorimetro.

∆T - variação da temperatura

2. lei dos gases

Essas leis são generalizações importantes sobre o comportamento macroscópico das


substâncias gasosas, e têm representado um marco fundamental na história da ciência.10

2.1. Lei de Boyle

Lei de Boyle, que estabelece que a pressão de certa quantidade de gás mantido à
temperatura constante é inversamente proporcional ao volumedo gás.

PV = Constante ou

P1V1= P2V2

Essa forma da lei de Boyle mostra que o produto da pressão e do volume de um gás é
constante para dada quantidade de gás à temperatura constante.

2.2. Lei de Charles e de Gay–Lussac10

Os seus estudos mostraram que, a pressão constante, o volume de uma amostra gasosa
aumenta quando o gás for aquecido e diminui quando ele for resfriado.

A lei de Charles e de Gay-Lussac, ou simplesmente lei de Charles, estabelece que o volume


de certa quantidade de gás, mantendo-se a pressão constante é directamente proporcional
à temperatura absoluta do gás. 10

P/T = Constante
2.3. Lei de Avogadro

O trabalho do cientista italiano Amedeo Avogadro complementou os estudos de Boyle,


Charles e Gay-Lussac. A lei de Avogadro diz que, a pressão e a temperatura constantes, o
volume de um gás é diretamente proporcional ao número de mols do gás. Vimos que k4 =
RT/P Segundo a lei de Avogadro, quando dois gases reagem um com o outro, os volumes
reacionais estão um para o outro em uma razão simples. Se o produto for um gás, o seu
volume também está relacionado com o volume dos reagentes por uma razão simples (facto
já demonstrado por Gay-Lussac). Consideremos, por exemplo, a síntese da amônia a partir
de hidrogênio e nitrogênio moleculares:

113H2(g) + N2(g) --------> 2NH3(g)

3 mols 1 mol 2 mols

Uma vez que, a mesma pressão e temperatura, os volumes dos gases são directamente
proporcionais ao número de mols dos gases presentes, podemos escrever agora:

3H2(g) + N2(g) --------> 2NH3(g)

3 volume 1 volume 2 volume

2.4. Equação do gás ideal

Podemos combinar as três expressões para formar uma única equação geral para o
comportamento dos gases:

PV = nRT

Em que R, a constante de proporcionalidade, é designada constante dos gases, igual


0,082057 L . atm/K . moI. A equação descreve a relação entre as quatro variáveis
experimentais P, V, Te n, chama-se equação do gás ideal. Um gás ideal é um gás hipotético
cuja relação pressão-volume-temperatura pode ser completamente descrita pela equação
do gás ideal11

3. Gás real

"Os gases comuns, que chamaremos de gases reais, sempre se afastam do comportamento
de um gás perfeito, principalmente a pressões muito altas e/ou temperaturas muito baixas"
( Feltre, 2004, p. 287). Nesses casos, o volume dos gases se reduz bastante, e as partículas se
avizinham, passando umas a interferir no movimento das outras. Como conseqüência, o
comportamento dos gases passa a se afastar daquele previsto pela teoria cinética. Desse
modo, podemos concluir que um gás real se assemelha mais ao gás perfeito à medida que a
pressão diminui e a temperatura aumenta; em outras palavras, o comportamento de um gás
será tanto mais perfeito quanto mais rarefeito ele estiver.

124. Isoprocessos

4.1. Processo isobárico

O processo isobárico é aquele que ocorre com pressão constante.

P = Constante

∆P = 0

Capacidade calorífica isobárica Cp = cp.M ; neste caso ∆Q = cp.m∆T

4.2. Processo Isocórico

É aquele que ocorre a volume constante.

∆V = 0

∆U = Cv. ∆T

4.3. Processo isotérmico

É aquele que ocorre a temperatura constante.

∆T = Constante

5. Entropia

"Entropia é uma medida da desordem; de acordo com a segunda lei da termodinâmica, a


entropia de um sistema isolado aumenta em qualquer processo espontâneo; entropia é uma
função de estado" (Atkins & Jones, 2002, p. 394).12

Entropia (do grego, "variação em") que é representada pela letra S. A entropia se relaciona
com a probabilidade termodinâmica pela equação:

S = k ln W

K é a constante de Boltzmann, igual a 1,3807 X 10 -23 J.K-1 n12assim denominada em


homenagem a Ludwig Boltzmann que foi quem propôs pela primeira vez a relação.12
A desordem ou a distribuição ao acaso de um sistema, em um determinado estado, pode
ser expressa quantitativamente por um dado número de microestados dos quais o estado é
composto, isto é, o número de modos alternativos em que as partículas podem se arranjar
para constituir aquele estado. Este número, representado por W e chamado probabilidade
termodinâmica.

Os químicos encontraram que a variação na entropia pode ser calculada usando a seguinte
expressão:13

∆S = qrev / T

Onde q é a energia transferida como calor e T é a temperatura. O subíndice rev em q


representa que a energia foi transferida reversivelmente.

5.1. As entropias-padrãu de reação13

A entropia-padrão de reação, ∆Sºr, é a diferença nas entropias-padrão molares de produtos


e reagentes, levando em conta seus coeficientes estequiométricos.

5.2. Variações globais na entropia

∆S total = ∆S sistema + ∆S vizinhanças

13∆S vizinhanças = ∆H/T

6. Potencial de Gibs

A energia de Gibbs, G, que é definida como:

G = H - TS

Para um processo que ocorre à temperatura constante, a variação de energia livre é:

∆G = ∆H - T.∆S13

Para um processo à temperatura e pressão constantes é dado pela fórmula:

∆G = - T.∆S

O sinal menos nesta equação significa que um aumento na entropia total corresponde a
uma diminuição na energia livre. Portanto, à temperatura e pressão constantes a direção da
mudança espontânea é a direção da diminuição da energia livre.
6. Leis da termodinâmica

6.1. Primeira lei

A primeira lei da termodinâmica é a lei da conservação de energia e pode ser escrita como
∆U = q + w, onde ∆U é a variação na energia de um sistema, q é o calor absorvido pelo
sistema, e w é o trabalho realizado sobre o sistema. Para transformações em que o trabalho
é realizado quando o sistema se expande contra uma pressão externa constante, Pext, o
trabalho realizado pelo sistema é Pext ∆V, onde ∆V representa a variação no volume do
sistema. Portanto, para tal expansão, w = – P ext ∆V.

6.2. Segunda Lei da Termodinâmica

A segunda lei da termodinâmica estabelece que a entropia do universo aumenta


constantemente. A entropia mede a desordem ou a distribuição ao acaso de um sistema.

14

6.3. Terceira Lei da termodinâmica

A terceira lei da termodinâmica, segundo a qual a entropia de um sólido cristalino, puro e


perfeito, é zero no zero absoluto.

14

7. Cinética química

7.1. Conceito

"A cinética química é o estudo das velocidades e mecanismos das reações químicas" (Russel,
V2, p.14).

7.2. Velocidade de uma reacção

A velocidade de reação mede quão rapidamente um reagente é consumido ou um produto é


formado, durante a reação.14

A + B -------> C + D 14

A velocidade média de desaparecimento de A durante o intervalo de tempo, t1 a t2 é


definida como a variação da concentração de A, ∆[A], dividida pelo correspondente intervalo
de tempo, ∆t, ou:
Vmédia = - ∆[A]/∆t

7.3. Teoria de colisão

A teoria das colisões ainda prevê que a velocidade da reação depende:

 Da freqüência dos choques entre as moléculas — um maior número de choques por


segundo implicará um maior número de moléculas reagindo e, portanto, maior
velocidade da reação;

 Da energia (violência) desses choques — uma trombada violenta (chamada colisão


eficaz ou efetiva) terá mais chance de provocar a reação entre as moléculas do que
uma trombada fraca (chamada de colisão não-eficaz ou não-efetiva);

 De uma orientação apropriada das moléculas no instante do choque — uma


trombada de frente (colisão frontal) será mais eficaz que uma trombada de raspão
(colisão não-frontal); esse fator depende também do tamanho e do formato das
moléculas reagentes.

7.3. Factores que afectam a velocidade de uma reacção

Os factores que afectam uma reacção química são:

 Temperatura:

As substâncias são contituidas por unidades estruturais que se movem com uma velocidade
média de agitação e, portanto, com uma energia cinética interna, que é tanto maior quanto
mais elevada for a temperatura do sistema onde ocorre a reacção.

 Natureza dos reagentes

Substâncias diferentes podem ou não reagir entre si. Para que ocorra uma reacção química
entre duas ou mais substâncias é necessário que haja afinidade entre elas15

 A concentração

A velocidade de uma reacção química depende das concentrações iniciais dos reagentes,
aumentando, em geral, quando a concentração destes também aumenta.

 Superfície de contacto

A superfície de contacto dos reagentes determina a velocidade de uma reacção química.


Quanto maior for a superfície de contacto dos reagentes, maior será a velocidade da
reacção.
 Catalisador

Catalisador é uma substância que aumenta a velocidade de uma reação química sem ser
efetivamente consumida no processo ou na reacção. O catalisador diminui a energia de
ativação, facilitando a transformação dos reagentes em produtos.

7.4. Lei da velocidade

A expressão algébrica que relaciona a concentração e a velocidade é denominada equação


de velocidade da reação.

A + B -----> C + D

V = K. [A][B]

7.5. Mecanismo de uma reacção

"As etapas que conduzem os reagentes aos produtos e a relação entre estas etapas
constituem o mecanismo da reação"(Russel, V2, p.21). Os mecanismos só podem ser
determinados experimentalmente.

Por exemplo, uma reação que ocorre por um simples mecanismo de duas etapas, em fase
gasosa e homogênea, é a reação do mono cloreto de iodo com hidrogênio:

2ICl(g) + H2(g) ------> 2HCl(g) + I2(g) (equação simplificada)

O mecanismo desta reação, encontrado experimentalmente, é:

Etapa 1 (Rápida) : ICl + H2-------> HI + HCl

Etapa 2 (Lenta): ICl + HI -------->I2 + HCl16

Para determinar experimentalmente a lei da velocidade por meio de um mecanismo de


reacção, usa-se a etapa lenta. Nesse exemplo a lei de velocidade é:

V = K[ICl][HI]

168. Ordem de uma reacção

De acordo com Feltre (2004) "Ordem de uma reação é a soma dos expoentes que aparecem
na fórmula da velocidade"(p.164).16

8.1. Métodos de determinação de ordem da reacção


8.1.1. Método da Velocidade Inicial.

Método da velocidade inicial, envolve a realização de uma série de experiências, em


separado, numa dada temperatura. Este método consiste na determinação da velocidade e
concentração dos reagentes no início de cada experiência, com posterior análise
matemática da relação entre a concentração inicial e a velocidade inicial.

Ex: 2 NO(g) + H2(g) -------->N2O(g)+ H2O(g)

Experiência [NO] em mol/L [H2] em mol/L Velocidade da reacção

1ª 0,1 0,1 1,2 . 10-4

2ª 0,1 0,2 2,4 . 10-4

3ª 0,2 0,2 9,6 . 10-4

 Comparando-se as experiências 1 e 2, mantida constante a concentração de17NO


(0,1mol/L), ao dobrar a concentração de H2 de 0,1 mol/L para 0,2 mol/L, a velocidade
também dobra. Isso indica que a velocidade é diretamente proporcional à
concentração de H2. Logo 2 ÷ 2 = 1. Primeira ordem para H2.

 Comparando-se as experiências 2 e 3, mantida constante a concentração de H 2 (0,1


mol/L), ao dobrar a concentração de NO de 0,1 mol/L para 0,2 mol/L, a velocidade
da reação quadruplica, pois quadruplica a possibilidade de cada uma das moléculas
de H2 se chocar com as17quatro moléculas de NO. Logo:

4 ÷ 2 = 2. Segunda ordem para NO. Por isso a lei da velocidade para a reacção é:

V = K[NO]2[H2]

8.1.2. O Método da Meia-Vida

A meia-vida de uma reação é definida como sendo o período de tempo necessário para que
a concentração do reagente diminua a metade do seu valor inicial. Considerando a relação
concentração-tempo para uma reação de primeira ordem:

ln [A] = –kt + ln [A]0

E fazendo a [A]1/2 igual à concentração remanescente de A no fim do período de meia-vida,


isto é, no tempo t1/2, então, por substituição:

ln [A]1/2 = -kt1/2 + ln[A]0


kt1/2 = ln [A]0 – ln [A]1/2

= ln [A]0 / [A]1/2

Mas, por definição, [A]1/2 = ½ [A]0, assim: 18

18t1/2 = Ln2/k

t1/2 = 0,693/k

Isto indica que a meia-vida de uma reação é independente da concentração inicial do


reagente é igual a 0,693/k. Em outras palavras, se puder ser mostrado que a meia-vida de
uma reação é independente da concentração inicial, a reação será de primeira ordem.

Conclusão

Chegado no fim do trabalho conclui que a termodinâmica é um ramo da química que estuda
a energia envolvida numa reacção química. Ele se baseia em três leis, conhecidas como leis
da termodinâmica. Além das leis há maior predominância de alguns conceitos chaves como
o caso de Entalpia, entropia e energia de Gibs.

Em Termodinâmica podemos encontrar dois processos, um que liberta calor, chamado


exotérmico e outro que absorve calor, chamado endotérmico.

Os gases tem uma característica muito comum que é a expansão, eles podem ocupar todo o
espaço onde lhes for colocado. Os gases podem ser reais ou ideias, mas todos esses
apresentam características distintas uma das outras. Existiram cientistas que tanto
contribuíram no estudo dos gases. Formularam leis que regem o comportamento dos gases,
como a lei de Boyle, Lei de Charles e de Gay–Lussac, lei de Avogadro.

A cinética química é uma ramo da química que estuda a velocidade de uma reacção química
e dos factores que influenciam nessa velocidade. Dos factores podemos citar a superfície de
contacto, a temperatura, catalisador, natureza dos reagentes. Uma reacção pode ocorrer
em fases ou etapa, isso denomina-se mecanismo de uma reacção.

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Bibliografia

 Russel, J. B. (1982). Química geral (v.2). Mc Graw Gil.

 Atkins, P. & Jones, L. (2001). Princípios de química. Questionando a vida moderna e o


meio ambiente (3ª Ed.). Porto alegre: Bookman.

 Marques, A. F. (2016). Ciências da Natureza. Química (2ª Ed.). São Paulo : Cultura
Acadêmica19.

 Matusse, U. & Veiga, M.(2006). Q11 . Quimica 11ªClasse (1ª Ed.). Maputo: texto
editora

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