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BIOFÍSICA
BIOENERGÉTICA
AUTORES:
1. Aline De Miranda
2. Amasias Marcelino
3. Celestino Quemba
4. Edith Sebastião
5. Edmilson Da Rosa
6. Géssica Canáda
7. Jocínia Muzinga
8. Madalena Nunes
9. Manuela Caeiro
10.Nívaldo Rodrigues
11.Sweny Maria
PROFESSOR
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1. INTRODUÇÃO
O presente estudo fez uma abordagem bibliográfica sobre a bioenergética. A príncipio é
importante emendar que a parte da física que estuda as trocas de energia entre os sistemas
materiais conhece-se como termodinâmica. O mesmo estudo quando realizado nos seres vivos
recebe o nome de bioenergética. As leis físicas da termodinâmica se aplicam de igual forma
aos seres vivos do que aos sistemas materiais. Os seres vivos precisam produzir energia para
poder manter o equilíbrio de sua estrutura, para se locomover, para a reprodução, para manter
as funções normais nos diferentes processos, tais como crescimento, gestação, lactação,
oviposição, ciclicidade reprodutiva, etc. Esta energia é obtida a partir de processos químicos
que ocorrem no interior das células, denominado por metabolismo celular. Assim sendo para
entendermos tudo sobre a bioenergética, delimitamos temáticas que nos permitiram
compreender a mesma, que foram desde a conceituação e generalidades, trabalhos biológicos
que demandam energia, o ATP e a transferência de energia química, ciclos da matéria na
biosfera, ciclo do carbono, oxigênio e nitrogênio, a energia no metabolismo, função do ATP e
NAD no metabolismo.
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1.2. OBJECTIVOS
Objectivo Geral
Estudar a bioenergética
Objectivos Específicos
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1. Generalidades da Bioenergética
Dentro da biologia, a bioenergética é uma área que está muito ligada à bioquímica e
que estuda as transformações de energia nos seres vivos. A cada minuto do dia milhares
de reações químicas ocorrem por todo o organismo, essas reações são denominadas de
metabolismo. Os processos celulares do organismo necessitam de energia tanto para serem
iniciados como para terem continuidade. Essa energia vem dos nutrientes alimentares, mas ela
não é aproveitada diretamente dos alimentos. Ela é recolhida e conduzida como uma forma
acessível de energia através de um composto rico em energia (ATP – adenosina trifosfato) por
meio das vias metabólicas celulares, que são estudadas pela bioenergética.
para uma forma mais dispersa; ou seja, as reações físico-químicas que acontecem na natureza
tendem ao aumento da entropia.
Quando uma reação química é termodinamicamente favorável, isto é, quando ela pode
ocorrer espontaneamente, a reação se realiza até atingir o seu ponto de equilíbrio aumentando
a entropia do sistema. Isto significa que toda reação com tendência a ocorrer de forma
espontânea terá uma variação de entropia (S) com valor positivo, isto é, a entropia do sistema
aumenta quando a reação se realiza. Ora, segundo a equação de Gibbs, concomitante com o
aumento da entropia há diminuição da energia livre do sistema, ou seja, que G (variação
de energia livre) terá um valor negativo.
Por outra parte, numa reação favorável, o sistema diminui a sua energia interna (entalpia),
pois perde organização interna. Desta forma, aumenta a “desordem” do sistema, isto é, aumenta
a entropia. Em compensação, a reação libera energia que pode ser aproveitada em algum
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trabalho (energia útil = G). Se a energia livre não for utilizada para um trabalho, pode se dissipar
na forma de calor.
Por exemplo, as reações de oxidação da glicose, que são a forma como os animais
superiores tomam energia do meio, com 6 moléculas de O2 para produzir CO2 e H2O, são
termodinamicamente favoráveis pois a energia contida na glicose (entalpia) é maior que a
energia do CO2 e da água. Essas reações acontecem com maior velocidade nas células por causa
das enzimas, que são catalisadores biológicos. No processo, uma molécula de glicose (C6H12O6)
e 6 de O2 se convertem em 6 moléculas de CO2 e 6 de H2O, com produção de energia livre.
Quando os produtos de uma reação são menos complexos ou mais “desordenados” do que
os substratos, a reação ganha entropia, isto é, libera energia. Nesse caso trata-se de
uma reação exergônica, que sempre terá um G negativo, pois o sistema perde energia. Uma
vez que, conforme a segunda lei da termodinâmica, a tendência natural dos processos é a ganhar
entropia, as reações termodinamicamente favoráveis são aquelas que têm G negativo. Por outro
lado, as reações com G positivo devem ganhar energia para que possam acontecer, isto é, devem
perder entropia, não sendo termodinamicamente favoráveis, a menos que ocorra ingresso de
energia ao sistema. Trata-se das reações endergônicas.
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A reação de hidrólise do ATP possui uma variação de energia livre altamente negativa (Go´=
-30,5 kJ/mol), o que significa que tem uma alta tendência a que a reação se realize no sentido
da direita, fato que se vê favorecido por vários fatores:
O ATP possui em média 3,5 cargas negativas no pH celular (7,4) em seus grupos
hidroxilas dissociáveis e os produtos da hidrólise tendem a se repelir por causa de suas
cargas.
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Os complexos de Mg2+, cofator participante da reação, são mais afins pelo ATP do que
pelo ADP.
A energia da união fosfato não está determinada pelo quebra da união fosfato, e sim pela
diferença entre a energia livre dos produtos e a energia livre dos substratos. O ATP, entretanto,
não é o composto fosfatado de maior energia: ele ocupa um lugar intermediário entre eles.
Considera-se que aqueles compostos fosfatados cuja energia livre de hidrólise seja menor de -
25 kJ/mol são de baixa energia, e aqueles com maior valor, são de alta energia (caso do ATP).
O ATP e o ADP são reagentes obrigatórios em quase todas as reações enzimáticas de
transferência de grupos fosfato, servindo como intermediários entre os compostos fosfatados
de alta energia (como receptor de grupos fosfato) e os de baixa energia (como doador de grupos
fosfato). As reações endergônicas ou consumidoras de energia que têm a ver principalmente
com os processos de síntese, podem ser realizadas no metabolismo devido a que estão acopladas
com reações exergônicas como a reação de hidrólise do ATP. Desta forma, as reações acopladas
servem para conservar a energia da oxidação, que se encontra sob a forma de ATP.
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Fosfoenolpiruvato -61,9
1,3-Difosfoglicerato -49,4
Fosfocreatina -43,1
ATP -30,5
Glicose-1-fosfato -20,9
Frutose-6-fosfato -15,9
Glicose-6-fosfato -13,8
Glicerol-3-fosfato – 9,2
Ciclo do carbono
Ciclo do oxigênio
O oxigênio representa 21% da atmosfera, estando principalmente como O2, CO2 e H2O.
Outras fontes são nitratos e sulfatos. O mais importante processo formador de O2 é a
fotossíntese. O ciclo do oxigênio está diretamente relacionado o ciclo do carbono. Os animais
e vegetais fixam diretamente o O2 da atmosfera, mas os vegetais, diferentemente dos animais,
também liberam O2 no processo da fotossíntese (fotólise da água). No caso dos animais, o
oxigênio liberado sai combinado e não livre, como é o caso dos vegetais. A fotossíntese e a
respiração por serem cíclicas se contrabalançam uma à outra, não havendo alteração na
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Ciclo do nitrogênio
3 Montagem destas unidades para formar biomoléculas mais complexas (proteínas, ácidos
nucleicos, lipídios, polissacarídeos).
O metabolismo, apesar de sua aparente complexidade de vias e reações, pode ser resumido
em duas fases: catabolismo e anabolismo.
O catabolismo também é chamado de fase degradativa ou oxidativa; nas vias catabólicas as
moléculas exógenas ou as moléculas de reserva são degradadas mediante oxidação para dar
moléculas mais simples, tais como acetil-CoA, lactato, CO2, NH3, ureia, etc. Este processo está
acompanhado de produção de energia química mediante reações oxidativas que conduzem à
conservação da energia na forma de ATP e de coenzimas reduzidas (NADH e NADPH).
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As múltiplas etapas presentes nas vias metabólicas são necessárias para fazer mais
flexível e versátil o metabolismo intermediário e realizar inter-conversões. Se as rotas
ocorressem em uma etapa só, o metabolismo seria muito rígido e irreversível. Também, através
destas etapas, é possível maximizar a produção de ATP, com a energia específica requerida em
cada estágio. De outra forma, se ocorresse uma etapa só ou umas poucas etapas, se liberaria
energia demais em poucas reações, produzindo-se muito calor e ocorrendo grande perda de
energia. As vias metabólicas podem ser lineares, cíclicas ou ramificadas. Estas últimas podem
ser convergentes (catabolismo) ou divergentes (anabolismo).
A grande maioria da energia livre obtida pela oxidação dos nutrientes durante o
catabolismo é conservada mediante reações acopladas conducentes à síntese de ATP a partir de
ADP e de fosfato inorgânico. Tanto ATP, quanto ADP e Pi estão presentes em todos os seres
vivos e servem universalmente como sistemas de transmissão de energia. A energia presente
no ATP é utilizada posteriormente nos processos celulares que requerem de energia
(biossíntese, contração e motilidade, transporte ativo e transmissão da informação genética),
pois o ATP transfere sua energia quando ocorre a perda (hidrólise) de seu grupo fosfato e
quando esta reação se acopla com aquelas reações que demandam energia. O ADP resultante
da hidrólise do ATP é fosforilado de novo em reações acopladas do catabolismo que produzem
energia suficiente para regenerar ATP (fosforilações oxidativa e a nível de substrato). Desta
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forma cria-se um ciclo de energia na célula, no qual o ATP serve de transmissor de energia que
liga as reações produtoras de energia com as reações consumidoras de energia.
3. CONCLUSÃO
A presente pesquisa fez uma abordagem bibliográfica sobre a bioenergética, e numa priemira
fase para compreensão da mesma determinamos temáticas que foram desde a conceituação e
generalidades, trabalhos biológicos que demandam energia, o ATP e a transferência de energia
química, ciclos da matéria na biosfera, ciclo do carbono, oxigênio e nitrogênio, a energia no
metabolismo, função do ATP e NAD no metabolismo. Assim sendo concluímos que a
bioenergética é uma maneira de entender a personalidade em termos do corpo e de seus
processos energéticos que estão relacionados ao seu estado de vitalidade. Neste sentido, a
produção de energia por meio da respiração e do metabolismo e descarga de energia por meio
dos movimentos.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS