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OXIDAÇÃO

DE SUBSTRATOS ENERGÉTICOS
PRODUÇÃO DE ATP
Diagrama de uma típica célula animal

Fonte: https://en.wikipedia.org/wiki/Cell_nucleus

1. nucléolo; 2. núcleo; 3. ribossomo; 4. vesícula; 5. retículo endomplasmático rugoso; 6. complexo de Golgi; 7. citoesqueleto; 8. retículo endoplasmático liso; 9. mitocôndrias; 10. vacúolo; 11. citosol; 12.
lisossomo; 13; centrossomo; 14. membrana celular.
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A LÓGICA QUÍMICA DA VIDA

Questões Chaves

Como os organismos se abastassem de energia?

Como os organismos produzem energia da glicose?

Como a energia na glicose é utilizada para fazer ATP?


Mapa metabólico - metabolismo de carboidratos, proteínas e lipídeos

Fonte: SILVA, (s.d.)


BIOENERGÉTICA
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bios: vida
en: dentro
ergon: trabalho
BIOENERGÉTICA
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Estuda o fluxo de energia útil nos organismos vivos

Térmica
Química
Mecânica

Elétrica
Energia

• NECESSÁRIA A TODOS OS ORGANISMOS


• PODE SER ENERGIA CINÉTICA OU POTENTIAL

Energia de posição: inclue a energia armazenada


nas ligações química
Transdução de Energia

conversões entre formas de energia


O que é energia?

Energia = capacidade de realizar trabalho

Definições de trabalho:
• força x distância (mecânica Newtoniana)
• manutenção de um estado físico e químico
organizado (biologia) - requer energia para
os trabalhos celulares
Organização dos organismos por tipos metabólicos

luz solar foto-


Fonte de energia
moléculas pré-formadas quimo-
compostos orgânicos organo-
Doador de elétrons trófico-
compostos inorgânicos lito-
compostos orgânicos hetero-
Fontes de carbono
compostos inorgânicos auto-
METABOLISMO
O2
PRODUÇÃO DE ENERGIA
 
Carboidratos
Lipídeos

Proteínas

Transformações químicas intracelulares

(a) atividades metabólica (biossíntese; termogênese; destoxificação);


(b) transporte, gradientes eléctricos e osmóticos;
(c) trabalho mecânico;
(d) transferência de informação genética;
(e) luminescência (alguns organismos).

  CO2+H2O+NH4++Calor
Fluxo de matéria e energia entre o catabolismo e o anabolismo
Para a manutenção da vida, um
ser heterotrófico necessita

conversão de energia para produção de trabalho


TRANSFORMAÇÃO DA ENERGIA 

Governada pelas leis da termodinâmica


Bioenergética

• Universo - todo o espaço, energia e matéria existentes;

• Sistema - fração do espaço em decorre determinado fenômeno físico


ou químico.
• Sistema
• Vizinhança

Que tipo de sistema somos nós?


Metabolismo

O metabolismo é um
sistema aberto, em que
todas as suas reações
tendem para um estado de
equilíbrio, porém nunca
atingido enquanto o
organismo permanecer vivo.
Princípios da Termodinâmica


lei zero é sobre o equilíbrio de temperatura entre corpos;

1ª lei é sobre a conservação da energia;

2ª lei é sobre o aumento contínuo da entropia nos processos naturais;

3ª lei é sobre o corpo no zero absoluto de temperatura (zero Kelvin)
não conter energia.
1ª lei da Termodinâmica
(princípio da conservação da energia)

A energia total do universo energia não pode ser criada, nem


destruída, quaisquer que sejam as transformações físicas,
químicas ou biológicas no sistema, mas permanece
constante (exceto em situações relativísticas em que
transformações entre massa e energia ocorrem).
2ª lei da Termodinâmica
A entropia do universo aumenta continuamente em todos
os processos naturais.

Pode ser definido de várias formas, tais como:

• a energia útil de um sistema tende a adquirir uma forma não


útil (entropia).
2ª lei da Termodinâmica

No universo, a energia transformada é totalmente conservada


(primeiro princípio), porém uma parcela do total será convertida em
uma forma de energia não útil ao sistema. Energia não útil é aquela
que não realiza trabalho.
Parâmetros termodinâmicos

Entalpia (H)- conteúdo calórico do sistema:


Unidade: joule/mole ou calorias/mole);
Entropia (S)-estado de desordem (no sistema e universo)
Unidade joule/mole x graus Kelvin;
Energia livre ou energia Gibbs (G)- fração da energia total de um
sistema capaz de produzir trabalho em condições de temperatura e
pressão constantes: joule/mole ou calorias/mole.
Parâmetros termodinâmicos

DH = DG + TDS

Energia útil
Energia livre
Entropia
Entalpia (H) Energia não útil
Energia total do sistema ex: calor não confinado
(aleatoriedade espalhada)
Entalpia (H)
Vizinhança Vizinhança

Calor Calor
Sistema Sistema

ΔH > 0 ΔH < 0
endotérmico exotérmico
Calor
Energia que não realiza trabalho e nem pode ser convertida em outra
forma de energia nos animais. É energia não útil.

A liberação de Calor nas transformações


energéticas é essencial para a vida.

Temperatura constantes nos animais


homeotérmicos

“Efeito Q10” = velocidade das reações


bioquímicas dobra com o aumento da
temperatura em 10 °C
Exemplo:

A+B P
DH: negativa (perda de calor - reação exotérmica) ou positiva (ganho de
calor - reação endotérmica);

DS: aumenta no universo, enquanto diminui no sistema;

DG: negativa (reação exergônica) ou positiva (reação endergônica).


Exemplo:

SOL energia luminosa


Reações Endergônicas fótons

6CO2 + 6H2O  C6H12O6 + 6O2


(glicose)

Reações Exergônicas
C6H12O6 + 6O2  6CO2 + 6H2O+ ATP
(glicose) Energia
Exemplo:

Em condições próprias dos sistemas biológicos (pressão e temperatura


constantes), a reação A+B P decorre com as seguinte variação
energética:

DG= DH + TDS
em que

DT= temperatura absoluta Kelvin (25°C= 298 °K);


DG=0 quando o sistema atinge o equilíbrio;
DH ~ DE (variação da energia interna total da reação).
O trabalho celular (sob temperatura e pressão constantes) depende exclusivamente
da (variação da) energia livre das reações químicas envolvidas:

•DG’° : energia livre padrão


(concentração: 1 M; pressão: 1 atmosfera; temperatura 25 °C; pH=7)
• DG : energia livre real
(nas condições de funcionamento celular)
Energia de acoplamento

• A transferência de energia das reações catabólicas para anabólicas.

• Energia das reações exergônicas promovem as reações


endergônicas e Vice-versa.

• Ex.  Ciclo celular da respiração


Energia Celular: ATP

Composição:
1. adenina: base nitrogenada
2. ribose: açúcar de 5 carbonos
3. grupo Fosfato: Cadeia de 3 fosfato

adenina Grupo fosfato

P P P
ribose
Adenosina Trifosfato

Quantos ATP as Células Usam?

Estima-se que cada célula gera e


consome aproximadamente
10,000,000 moléculas de ATP
por Segundo.
Como trabalha o ATP?

• Organismos usam enzimas para quebrar


a glicose rica em energia e assim liberar
a sua energia potencial;

● Esta energia é trapeada e


armazenada na forma de adenosina
trifosfato (ATP).
O que são Enzimas?
As enzimas são classificadas de acordo
com o tipo de reação que catalisam:
Como as enzimas funcionam?
Reações químicas

Energia de ativação

Energia potencial
Como as enzimas funcionam?
Energia livre

SEM enzima
Energia livre de ativação COM enzima
Reagentes

Produtos
Caminho da reação
ENERGIA DE ATIVAÇÃO
Fatores que afetam as Enzimas

• ambiente (Temperatura, concentração salina e pH)


• Cofatores
• Coenzimas
• Inibidores
• Sítios Alostéricos
ESTRUTURA X ATIVIDADE
Estrutura Holoenzima
Enzimática

Proteína Cofator

Apoenzima ou Pode ser:


Apoproteína • íon inorgânico
• molécula orgânica

Coenzima
Se covalente
Grupo Prostético
ENZIMAS – COFATOR INORGÂNICOS
ENZIMA COFATOR
PEROXIDASE Fe+2 ou Fe+3

CATALASE Fe+2

CITOCROMO OXIDASE Cu+2

ÁLCOOL DESIDROGENASE Zn+2

HEXOQUINASE Mg+2

UREASE Ni+2
ENZIMAS – COENZIMAS
Maioria deriva de vitaminas hidrossolúveis.
Classificam-se em:


transportadoras de hidrogênio;


transportadoras de grupos químicos.
ENZIMAS – COENZIMAS

Transportadoras de hidrogênio
Coenzima Abreviatura Reação Origem
catalisada
Nicotinamida adenina NAD+ Oxi-redução Niacina ou
dinucleotídio Vitamina B3
Nicotinamida adenina NADP+ Oxi-redução Niacina ou
dinucleotídio fosfato Vitamina B3
Flavina adenina FAD Oxi-redução Riboflavina ou
dinucleotídio Vitamina B2
ENZIMAS – COENZIMAS
ENZIMAS – COENZIMAS

Transportadoras de grupos químicos


Metabolismo em geral
Mecanismos reguladores das vias metabólicas

Asseguram a manutenção e reajustamentos adequados do


fluxo metabólico em cada etapa e toda a sequência,
sempre que haja alterações de fornecimento externo de
substrato(s) ou consumo de produto(s), a nível de:


Concentração de metabólitos

Velocidade de fluxo

Direção do fluxo
Mecanismos reguladores das vias metabólicas

As vias metabólicas asseguram a transferência e a


conversão de matéria e energia que possibilitam o
trabalho biológico.
• O trabalho biológico é indispensável para que os
organismos permaneçam vivos, cresçam e reproduzam-
se.
• Para funcionarem, as vias metabólicas dependem de
catalisadores biológicos e de fontes bioenergéticas.
PRINCIPAIS VIAS CATABÓLICAS
Glicólise
GLICÓLISE
-reoxidação do NADH em anaerobiose
GLICÓLISE
-reoxidação do NADH em aerobiose
FERMENTAÇÃO/Respiração Anaeróbica
As principais vias em que o piruvato formado na glicólise é o percursor

(adaptado de Nelson, D. L. e Cox, M. M., 2008).


As principais vias em que o piruvato formado na glicólise é o percursor
Glicólise
GLICÓLISE “Molécula de Glicose degradada em uma série de reações
enzimáticas para formar duas moléculas de piruvato.”

Local : Citosol.

No processo ocorre produção de 4ATP, 2NADH e o gasto de 2ATP,


portanto, a Glicólise rende para célula 2ATP e 2NADH.
Oxidação da Glicose
rendimento energético da glicólise

rendimento energético da glicólise


Oxidação da Glicose
rendimento energético da glicólise
Ciclo de Krebs

Ciclo de Krebs ou ciclo do ácido cítrico é a via final para


onde converge o metabolismo oxidativo de carboidratos,
aminoácidos e ácidos graxos, em que seus esqueletos de
carbono são convertidos em CO2
Voltando ao Ciclo de
Krebs
 CADEIA RESPIRATÓRIA:

 Local: cristas mitocondriais

 H retirados (FADH2 ou
NADH2)  transportadores de
hidrogênio.

 2H+ + O2  H2O
Citosol
Glicose (6 C)
C6H12O6
6 O2
1 ATP 1 ATP
32 ATP
1 NADH 1 NADH

Piruvato (3 C) Piruvato (3 C) 4 CO2 6 H2O


2 CO2 2 ATP

Mitocôndria 2 NADH Total:


6 NADH 10 NADH
2 FADH2
2 acetil-CoA (2 2 FADH
Ciclo
C) de
Krebs
Crista mitocondrial
O que o DNP realmente faz?

"Aqui está a estrutura do DNP, com um anel que parece uma


espécie de benzeno - você acha que seria mais solúvel em água
ou em um solvente hidrofóbico?"
Estrutura do DNP e a dissipação do gradiente de H+

Fonte: LODI, 2012.


Referências

LODI, W.R.N.; RODRIGUES, V. Bioquímica do Conceito Básico à


Clínica 1ª Ed. São Paulo: Sarvier, 2012

NELSON, D. L.; COX, M. M. Princípios de Bioquímica de Lehninger. 5.


ed. São Paulo: Sarvier, 2013.

SILVA, P. Título da matéria. Uma panorâmica geral das vias metabólicas.


Disponível em: <http://homepage.ufp.pt/pedros/bq/integracao.htm>. Acesso
em: 27 jun. 2022.

VOET, D.; VOET, J.G.; PRATT, C. W. Fundamentos de Bioquímica: a vida


em nível molecular, 4ª ed.; Porto Alegre: Artmed, 2014.
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tendo sido elaborado com o objetivo exclusivo de ser um apoio
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