Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
LIPÍDEOS
Definição: Os lipídeos biológicos são um grupo de compostos quimicamente diversos,
cuja característica em comum que os define é a insolubilidade em água.
Funções:
Principal forma de armazenagem de energia(tracilgliceróis);
Ativam e coordem funções dos tecidos(hormônios)-esteróides;
Principais componentes das membanas biológicas-Fosfolipídeos e
esfingolipídeos;
Transportam elétrons;
Ancoram Proteínas na membrana;
Agentes emulsificantes do trato digestivo;
1. Lipídeos de armazenamento
1.1. Os ácidos graxos são derivados de hidrocarbonetos
Os ácidos graxos são ácidos carboxílicos com cadeias hidrocarbonadas de
comprimento variando de 4 a 36 carbonos(C4 a C36).
Essa diferença nos pontos de fusão deve-se a diferentes graus de empacotamento das
moléculas dos ácidos graxos (Figura 10-2).
EMPACOTAMENTO DAS CADEIAS CARBONADAS:
Nos compostos completamente saturados, a rotação livre em torno de cada ligação carbono-
-carbono dá grande flexibilidade à cadeia hidrocarbonada; a conformação mais estável é a forma
completamente estendida, na qual o impedimento estérico dos átomos vizinhos é minimizado. Essas moléculas
podem agrupar-se de forma compacta em arranjos quase cristalinos, com os átomos ao longo de todo o seu
comprimento em interações de van der Waals com os átomos de moléculas vizinhas. Em ácidos graxos
insaturados, uma ligação dupla cis força uma dobra na cadeia hidrocarbonada. Ácidos graxos com uma ou
várias dessas dobras não podem agrupar-se tão firmemente quanto os ácidos graxos totalmente saturados, e as
interações entre eles são, portanto, mais fracas. Como é necessário menos energia térmica para desordenar
esses arranjos fracamente ordenados dos ácidos graxos insaturados, eles têm pontos de fusão
consideravelmente mais baixos que os ácidos graxos saturados de mesmo comprimento de cadeia (Tabela 10-
1). OU SEJA
Em compostos que são completamente saturados, as cadeias hidrocarbonadas tendem a ter uma compactação
maior, já que a sua conformaçõ mais estável será a forma completamente estendida, com com os átomos ao
longo de todo o seu comprimento em interações de van der Waals com os átomos de moléculas vizinhas.
1.2. Os triacilgliceróis são ésteres de ácidos graxos do glicerol
OBS.: ÉSTER- Resultado da reação entre um ácido carboxílico e um álcool. É uma
reação de DESIDRATAÇÃO.
Os lipídeos mais simples construídos a partir de ácidos graxos são os triacilgliceróis,
também chamados de triglicerídeos, gorduras ou gorduras neutras.
Como as hidroxilas polares do glicerol e os carboxilatos polares dos ácidos
graxos estão em ligações éster, os triacilgliceróis são moléculas apolares,
hidrofóbicas, essencialmente insolúveis em água.
Os triacilgliceróis são compostos por três ácidos graxos, cada um em ligação
éster com uma molécula de glicerol. Aqueles que contêm o mesmo tipo de
ácido graxo em todas as três posições são chamados de triacilgliceróis simples,
e sua nomenclatura é derivada do ácido graxo que contêm. A maioria dos
triacilgliceróis de ocorrência natural é mista, pois contém dois ou três ácidos
graxos diferentes.
1.3. Os triacilgliceróis armazenam energia e proporcionam isolamento térmico
Nos vertebrados, armazenados nos adipócitos;
Existem duas vantagens significativas em se usar triacilgliceróis para o
armazenamento de combustível em vez de polissacarídeos, como o glicogênio
e o amido. Primeiro, os átomos de carbono dos ácidos graxos estão mais
reduzi dos do que os dos açúcares, e a oxidação de um grama de triacilgliceróis
libera mais do que o dobro de energia do que a oxidação de um grama de
carboidratos. Segundo, como os triacilgliceróis são hidrofóbicos e, portanto,
não hidratados, o organismo que carrega gordura como combustível não
precisa carregar o peso extra da água da hidratação que está associada aos
polissacarídeos armazenados (2 g por grama de polissacarídeo).
Em alguns animais, os triacilgliceróis armazenados sob a pele servem tanto de
estoques de energia quanto de isolamento contra baixas temperaturas.
1.4. A hidrogenação parcial dos óleos de cozinha produz ácidos graxos trans
A maioria das gorduras naturais, como as dos óleos vegetais, dos laticínios e da
gordura animal, são misturas complexas de triacilgliceróis simples e mistos, que
contêm uma variedade de ácidos graxos que diferem no comprimento da cadeia e no
grau de saturação (Figura 10-5).
2.9. Composição e arquitetura das membranas 386(Observar o slide e ver quais partes
devo ler)
COLESTEROL
A maior parte da síntese do colesterol em vertebrados ocorre no fígado;
Uma pequena fração do colesterol sintetizado no fígado é incorporada em
membranas dos hepatócitos, mas a maior parte dele é exportada em uma de três
formas: ácidos biliares, colesterol biliar ou ésteres de colesterila;
1. Acidos e sais Biliares: ambos relativamente hidrofílicos derivados do colesterol
e sintetizados no fígado que servem como agentes emulsificantes no intestino,
convertendo partículas grandes de gordura em pequenas micelas, dessa forma
aumentando muito a superfície de interação com as lipases digestivas.
2. Ésteres de Colesterina: Os ésteres de colesterila são formados no fígado pela
ação da acil-CoA-colesterol aciltransferase (ACAT). Essa enzima catalisa a
transferência de um ácido graxo da coenzima A para o grupo hidroxil do
colesterol (Figura 21- 38), convertendo o colesterol em uma forma mais
hidrofóbica e prevenindo que eles entrem nas membranas.
LIPOPROTEÍNAS:
são complexos macromoleculares de proteínas transportadoras específicas e
várias combinações de fosfolipídeos, colesterol, ésteres de colesterila e
triacilgliceróis.
Essas proteínas transportadoras específicas são as apiloproteínas, agem como
sinalizadores, direcionando as lipoproteínas para tecidos específicos ou
ativando enzimas que agem nelas.
100, a qual é reconhecida por receptores de LDL presentes
na membrana plasmática de células que precisam captar
colesterol. A Figura 21-41 mostra tais células, em que ➊
receptores de LDL são sintetizados no aparelho de Golgi
e são transportados para a membrana plasmática, onde ficam
disponíveis para ligar apoB-100. ➋ A ligação da LDL
ao receptor de LDL inicia a endocitose, que ➌ transfere a
LDL e o seu receptor para o interior da célula dentro de
um endossomo. ➍ As porções da membrana do endossomo
que contêm o receptor brotam na membrana plasmática e
os receptores retornam à superfície celular, para funcionar
de novo na captação de LDL. ➎ O endossomo funde-se com
um lisossomo, o qual ➏ contém enzimas que hidrolisam os
ésteres de colesterila, liberando colesterol e ácidos graxos
no citosol. A proteína apoB-100 também é degradada em
aminoácidos, liberados para o citosol. A apoB-100 também
está presente na VLDL, mas o seu domínio de ligação ao receptor
não está disponível para a interação com o receptor
de LDL; a conversão de VLDL em LDL expõem o domínio
de ligação ao receptor da apoB-100