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Carboidratos
Lipídeos
Macromoléculas
Proteínas
Ácidos nucléicos

Lipídios
• Lipídios são biomoléculas pouco solúveis em água mas
extremamente solúveis em solventes orgânicos, como o
clorofórmio e a acetona.

• Dois grupos principais:

1. Compostos de cadeia aberta com grupos de cabeça polar e


longas caudas apolares, inclui os ácidos graxos, os
triacilgliceróis, os fosfolipídeos e os glicolipídeos.

2. Compostos de anéis fundidos (cadeias cíclicas), os esteróides.

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Lipídios
• Os ácidos graxos são compostos de uma cadeia hidrocarbonada
hidrofóbica à qual um grupo ácido carboxilíco hidrofílico se liga.

• Os triacilgliceróis são ésteres de ácidos graxos com o glicerol.

• O colesterol é um álcool policíclico.

• Os fosfolipídios são compostos de uma região hidrofóbica e


uma região hidrofílica.

• Além destes, outros lipídios como carotenóides e eicosanóides


desempenham papéis no metabolismo (pigmentos,
transdutoras de sinais, hormônios, etc.).

Ácidos Graxos
• Um ácido graxo tem um grupo carboxila na
extremidade polar e uma cadeia de hidrocarbonetos na
cauda apolar.

• Os ácidos graxos são compostos anfipáticos porque o


grupo carboxila é hidrofílico e a cauda de
hidrocarboneto é hidrofóbica.

• Um ácido graxo que ocorre normalmente em um


organismo vivo contém um número par de átomos de
carbono, e a cadeia de hidrocarbonetos geralmente
não tem ramificação.

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16:0 18:0 18:1 Δ9

18:2 Δ9,12 18:3 Δ9,12,15 20:4 Δ5,8,11,14

Estruturas de alguns ácidos graxos típicos. Observe que a maioria dos ácidos graxos que
ocorrem naturalmente contém números pares de átomos de carbono e que as duplas
ligações quase sempre são cis e raramente conjugadas.

Ácidos Graxos
• Se houver ligações duplas entre os carbonos na cadeia,
o ácido graxo é insaturado, se houver apenas ligações
simples, ele é saturado.

• Nos ácidos graxos insaturados, a estereoquímica na


ligação dupla é normalmente cis em vez de trans.

• Uma dupla ligação cis faz uma prega na cauda de


hidrocarboneto de cadeia longa, enquanto o formato
de um ácido graxo trans é semelhante à de um ácido
graxo saturado em sua conformação totalmente
estendida.

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Ácidos graxos insaturados (com dupla ligação)


Ácido graxo Ácidos graxos saturados (sem dupla ligação)

Grupo carboxila geralmente ligado a outros grupos


para formar ésteres ou amidas

Nomenclatura simplificada para ácidos graxos


não ramificados

(a) A nomenclatura-padrão designa o número 1 para o carbono da carboxila (C-1) e a letra α para o carbono ligado a
ele. Cada segmento linear em ziguezague representa uma ligação simples entre carbonos adjacentes. As posições de
quaisquer ligações duplas são indicadas pelo Δ, seguido de um número sobrescrito que indica o carbono de número
mais baixo na ligação dupla. (b) Para ácidos graxos poli-insaturados, uma convenção alternativa numera os carbonos
na direção oposta, designando o número 1 ao carbono da metila na outra extremidade da cadeia; este carbono
também é designado ω (ômega; a última letra do alfabeto grego). As posições das ligações duplas são indicadas em
relação ao carbono ω.

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Ácidos Graxos
• Os ácidos graxos insaturados têm pontos de fusão
mais baixos que os saturados. Óleos vegetais são
líquidos à temperatura ambiente porque
possuem maiores proporções de ácidos graxos
insaturados do que as gorduras animais que
tendem a ser sólidas.

• A conversão de óleos em gorduras envolve a


hidrogenação das ligações duplas de ácidos
graxos insaturados para produzir o ácido saturado
correspondente.

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Empacotamento de ácidos graxos em agregados estáveis

A extensão do empacotamento
depende do grau de saturação. (a)
Duas representações do ácido
esteárico completamente saturado,
18:0 (estearato em pH 7), em sua
conformação normal estendida. (b) A
ligação dupla cis (em vermelho) no
ácido oleico, 18:1(Δ9) (oleato),
restringe a rotação e introduz uma
dobra rígida na cauda hidrocarbonada.
Todas as outras ligações na cadeia
estão livres para rotação. (c) Os ácidos
graxos completamente saturados na
forma estendida empacotam-se em
arranjos quase cristalinos, estabilizados
por muitas interações hidrofóbicas. (d)
A presença de um ou mais ácidos
graxos com ligações duplas cis (em
vermelho) interfere nesse
agrupamento compacto e resulta em
agregados menos estáveis.

Triacilgliceróis

• O glicerol é um composto simples que contém três


grupos hidroxila. Quando todos os três grupos
álcool formam ligações ésteres com ácidos graxos,
o composto resultante é um triacilglicerol.

• Triacilgliceróis também são chamados de


triglicerídeos, gorduras ou gorduras neutras.

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Triglicerídeos
Ácidos graxos + glicerol

Ácidos graxos cuja função é


que reserva energética
(gorduras e óleos)

Ligação estér entre uma


molécula de glicerol e três
ácidos graxos

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Os triacilgliceróis são formados a partir de glicerol e ácidos graxos.

Triacilgliceróis
Se acumulam no tecido adiposo.

Meio de armazenamento de ácidos graxos.

Servem como depósitos concentrados de energia metabólica.

Oxidação produz 9 kcal/g, (proteínas e carboidratos 4 kcal/g).

Ligações ésteres hidrolisadas pelas lipases.

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Hidrólise de
Triacilgliceróis. Utilizado em
cremes e loções e
na fabricação de
nitroglicerina

Reagem com os
íons da água (Mg2⁺
e Ca⁺) para formar
espuma

O termo “saponificação” refere-se às reações do éster de glicerila com o hidróxido de


sódio ou potássio para produzir um sabão, que é o sal do ácido graxo de cadeia longa
correspondente.

Os triacilgliceróis armazenam energia e proporcionam


isolamento térmico

(a) Secção transversal de tecido adiposo branco de humanos. Cada célula contém uma gotícula de
gordura (branco) tão grande que espreme o núcleo (corado em vermelho) contra a membrana
plasmática. (b) Secção transversal de uma célula de cotilédone de uma semente da planta Arabidopsis.
As estruturas grandes e escuras são corpos proteicos, que estão rodeados por gordura de
armazenamento nos corpos oleosos, de coloração clara.

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Composição de ácidos graxos de três gorduras alimentares

Azeite de oliva, manteiga e gordura da carne bovina consistem em misturas de triacilgliceróis, diferindo em sua
composição de ácidos graxos. Os pontos de fusão dessas gorduras – e, portanto, o seu estado físico à temperatura
ambiente (25°C) – variam de acordo com sua composição de ácidos graxos. O azeite de oliva tem uma alta proporção
de ácidos graxos insaturados de cadeia longa (C16 e C18), o que explica seu estado líquido a 25°C. A maior proporção de
ácidos graxos saturados de cadeia longa (C16 e C18) na manteiga aumenta seu ponto de fusão, então a manteiga é um
sólido mole à temperatura ambiente. A gordura da carne bovina, com uma proporção ainda maior de ácidos graxos
saturados de cadeia longa, é um sólido duro.

2 a 7g/dia

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Ceras

As ceras biológicas são misturas complexas de ésteres de


ácidos graxos saturados e insaturados de cadeia longa (C14 a
C36) com alcoóis de cadeia longa (C16 a C30).

As ceras servem como reservas de energia e como


impermeabilizantes à água

O cerotato de miricila é o principal componente da cera de


carnaúba.

O principal componente da espermacete (uma cera produzida


por baleias) é o palmitato de cetila.

Ceras

O uso da espermacete como componente de cosméticos a tornou um dos


produtos mais preciosos dos esforços de caça às baleias no século XIX.

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Ceras
Seus pontos de fusão (60 a 100°C) geralmente são mais altos do
que os dos triacilgliceróis.

No plâncton, microrganismos de vida livre na base da cadeia


alimentar dos animais marinhos, as ceras são a principal forma
de armazenamento de combustível metabólico.

As ceras também servem para uma diversidade de outras


funções relacionadas às suas propriedades impermeabilizantes
e sua consistência firme e frequentemente servem de cobertura
protetora para plantas e animais.

Nas plantas elas cobrem caules, folhas e frutos; no animais são


encontradas em pêlos, penas e pele.

Cera biológica

Favo de mel, construído com cera de abelha, firme a 25°C e completamente


impermeável à água.

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Lipideos estruturais em membranas

Glicerofosfolipídeos
Galactolipídeos e sulfolipídeos
Lipídeos tetraéter
Esfingolipídeos
Esteróis

Glicerofosfolipídeos

• Um dos grupos álcool do glicerol pode ser esterificado por


uma molécula de ácido fosfórico em vez de um ácido
carboxílico. Dois ácidos graxos também são esterificados à
molécula de glicerol. ------ Ácido Fosfatídico.

• Os ácidos graxos são normalmente ácidos monopróticos com


apenas um grupo carboxila capaz de formar uma ligação éster,
mas o ácido fosfórico é triprótico e, assim, pode formar mais
de uma ligação éster.

• Um molécula de ácido fosfórico pode formar ligações ésteres


tanto com o glicerol como com algum outro álcool, criando um
fosfatidiléster.

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L-Glicerol-3-fosfato, o esqueleto dos fosfolipídeos.

O glicerol (aquiral) é convertido em um composto quiral por adição de um substituinte


como o fosfato a qualquer um dos grupos –CH2OH

Os glicerofosfolipídeos são derivados do ácido


fosfatídico

a) Um ácido fosfatídico, no qual o glicerol é esterificado ao ácido fosfórico e a dois


ácidos carboxílicos diferentes. R₁ e R₂ representam as cadeias de hidrocarboneto dos
dois ácidos carboxílicos. b) Um fosfatidiléster (fosfoacilglicerol). O glicerol é
esterificado a dois ácidos carboxílicos, o ácido esteárico e o ácido linoléico, assim
como ao ácido fosfórico que, por sua vez, é esterificado a um segundo álcool, ROH.

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Glicerofosfolipídeos
A classificação de um fosfatidiléster depende da natureza do
segundo álcool esterificado ao ácido fosfórico.

Alguns dos lipídios mais importantes nessa classe são a


fosfatidiletanolamina (cefalina), a fosfatidilserina, a fosfatidilcolina
(lecitina), o fosfatidilinositol, o fosfatidilglicerol e o
difosfatidilglicerol (cardiolipina).

Em um fosfoacilglicerol, a cabeça polar é carregada, já que o grupo


fosfato está ionizado em pH neutro. Também ocorre
frequentemente um grupo amino carregado positivamente cedido
por um álcool amino esterificado ao ácido fosfórico.

Os fosfoacilgliceróis são componentes importantes das membranas


biológicas.

Essenciais, pois são formadores da membrana celular

Glicerofosfolipídeos

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Alguns glicerofosfolipídeos têm ácidos graxos em ligação éter

• Alguns tecidos animais e organismos unicelulares são ricos em lipídeos éter, nos
quais uma das duas cadeias de acila está unida ao glicerol em ligação éter em vez
de éster.

• A cadeia com ligação éter pode ser saturada, como nos lipídeos éter de alquila, ou
pode conter uma ligação dupla entre C-1 e C-2, como nos plasmalogênios

Aprox. 50% dos


fosfolipídeos do coração de
vertebrados é
plasmalogênio. (Resistente
a fosfolipases que clivam
ligações éster)

O fator ativador de
plaquetas, é um potente
sinalizador molecular. Ele é
liberado dos basófilos e
estimula a agregação de
plaquetas e a liberação de
serotonina. (vasoconstritor)

Os cloroplastos contêm galactolipídeos e sulfolipídeos

• O segundo grupo de lipídeos de membrana é aquele que predomina nas células


vegetais: os galactolipídeos, nos quais um ou dois resíduos de galactose estão
conectados por uma ligação glicosídica ao C-3 de um 1,2-diacilglicerol

Os galactolipídeos estão localizados nas membranas dos tilacoides (membranas internas) dos
cloroplastos; eles compõem de 70 a 80% do total dos lipídeos de membrana de uma planta
vascular e são, provavelmente, os lipídeos de membrana mais abundantes na biosfera.

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Arqueias contêm lipídeos de membrana únicos

• Algumas arqueias que vivem em nichos ecológicos em condições extremas – altas


temperaturas (água em ebulição), baixo pH, alta força iônica, por exemplo – têm
lipídeos de membrana que contêm hidrocarbonetos de cadeia longa (32 carbonos)
ramificada, ligados em cada extremidade ao glicerol por meio de ligações éter, muito
mais estáveis à hidrólise em pH baixo e à alta temperatura do que as ligações éster
encontradas nos lipídeos das bactérias e dos eucariotos.

Neste lipídeo difitanila tetraéter, as porções difitanilas são hidrocarbonetos longos compostos por oito grupos
isopreno de cinco carbonos condensados extremidade a extremidade. Nesta forma estendida, os grupos difitanila
são aproximadamente duas vezes maiores do que o comprimento de um ácido graxo de 16 carbonos geralmente
encontrado nos lipídeos de membrana das bactérias e dos eucariotos. Os lipídeos de arqueias diferem nos
substituintes dos gliceróis. Na molécula aqui representada, um glicerol está ligado ao dissacarídeo α-glicopiranosil-
(1-2)-β-galactofuranose; o outro glicerol está ligado a um grupo glicerol-fosfato.

Esfingolipídeos
• Os esfingolipídeos não contém glicerol, e sim um álcool aminado
de cadeia longa, a esfingosina.

• Os esfingolipídeos são encontrados em plantas e animais, e são


particularmente abundantes no sistema nervoso.

• Os compostos mais simples dessa classe são as ceramidas, que


consistem em um ácido graxo ligado ao grupo amino da esfingosina
por uma ligação amida.

• Há três subclasses de esfingolipídeos, todos derivados da


ceramida, mas diferindo em seus grupos cabeça: esfingomielinas,
glicolipídeos neutros e gangliosídeos.

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Os esfingolipídeos são derivados da esfingosina

As estruturas moleculares de duas classes semelhantes


de lipídeos de membrana.

A fosfatidilcolina (glicerofosfolipídeo) e a esfingomielina (esfingolipídeo) possuem


dimensões e propriedades físicas similares, mas, presumivelmente, exercem papéis
diferentes nas membranas.

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Glicoesfingolipídeos

• Se um carboidrato estiver ligado a um grupo álcool de um lipídeo


por uma ligação glicosídica, o composto resultante será um
glicolipídeo.

• Frequentemente, as ceramidas são as moléculas mãe dos


glicoesfingolipídeos, e a ligação glicosídica é formada entre o grupo
álcool primário da ceramida e um resíduo de açúcar. O composto
resultante é chamado cerebrosídeo.

• Os cerebrosídeos que têm galactose são caracteristicamente


encontrados nas membranas plasmáticas das células em tecido
neural, e os que têm glicose nas membranas plasmáticas das
células, em tecidos não neurais.

Glicoesfingolipídeos

Estrutura de um cerebrosídeo

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Glicoesfingolipídeos
• Os globosídeos são glicoesfingolipídeos com dois ou mais açúcares,
geralmente D-glicose, D-galactose, ou N-acetil-D-galactosamina. Os
cerebrosídeos e globosídeos são às vezes chamados de glicolipídeos
neutros, pois não têm carga em pH 7.

• Os gangliosídeos, os esfingolipídeos mais complexos, têm


oligossacarídeos como grupo cabeça polar e um ou mais resíduos do
ácido N-acetilneuramínico (Neu5Ac), um ácido siálico, nas
terminações. O ácido siálico dá aos gangliosídeos a carga negativa em
pH 7 que os distingue dos globosídeos.

Gangliosídeos

Até 6% da
membrana da
massa
cinzenta do
cérebro

As estruturas de diversos gangliosídeos importantes. Um modelo atômico do


gangliosídeo Gm₁ também é mostrado.

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Os esfingolipídeos nas superfícies celulares são sítios


de reconhecimento biológico
Quando os esfingolipídeos foram descobertos há mais de um século pelo médico e químico
Johann Thudichum, o seu papel biológico parecia tão enigmático quanto a Esfinge, e ele os
batizou em homenagem a esse monumento.

Em humanos, pelo menos 60 esfingolipídeos diferentes foram identificados nas membranas


celulares. Muitos são especialmente proeminentes na membrana plasmática dos neurônios
e alguns são claramente sítios de reconhecimento na superfície celular, mas uma função
específica para apenas alguns poucos esfingolipídeos já foi descoberta.

Os gangliosídeos estão concentrados na superfície externa das células, onde apresentam


pontos de reconhecimento para moléculas extracelulares ou superfícies de células vizinhas.

Os tipos e as quantidades de gangliosídeos na membrana plasmática mudam


consideravelmente durante o desenvolvimento embrionário.

A formação de tumores induz a síntese de um novo complemento de gangliosídeos e


descobriu-se que concentrações muito baixas de um gangliosídeo específico induzem a
diferenciação de células neuronais tumorais em cultura. A investigação dos papéis biológicos
de diversos gangliosídeos continua sendo uma área em desenvolvimento para pesquisas
futuras.

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Glicoesfingolipídeos como determinantes dos grupos sanguíneos.

Os grupos sanguíneos humanos (O, A, B) são


determinados em parte pelos grupos de
oligossacarídeo da cabeça desses
glicoesfingolipídeos. Os mesmos três
oligossacarídeos também são encontrados
ligados a certas proteínas do sangue de
indivíduos dos tipos sanguíneos O, A e B,
respectivamente.

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Esteróides
Muitos compostos com funções altamente diferentes são
classificados como esteróides por terem a mesma estrutura geral:
um sistema de anéis fundidos consistindo em três anéis com seis
átomos (anéis A, B e C) e um anel com cinco átomos (anel D).

O colesterol contém a hidroxila como único grupo hidrofílico na


sua estrutura, tornando esta molécula altamente hidrofóbica.

O colesterol é abundante nas membranas biológicas,


especialmente nos animais, mas não ocorre em membranas
celulares procarióticas.

É precursor de outros esteróides e da vitamina D₃

Relacionado ao desenvolvimento de aterosclerose

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Membranas Biológicas
Cada célula tem uma membrana celular, além de suas organelas
envoltas por membranas.

A base molecular da estrutura da membrana está em seus


componentes lipídicos e protéicos.

As membranas não apenas separam as células do ambiente


externo, mas também representam papéis importantes no
transporte de substâncias específicas para dentro e para fora
das células.

Além disso, diversas enzimas importantes são encontradas nas


membranas e dependem desse ambiente para o seu
funcionamento.

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Membranas Biológicas
A diferença mais importante entre as bicamadas lipídicas e as
membranas celulares é que estas contêm proteínas além de
lipídeos.

O componente protéico de uma membrana pode compor de


20 a 80% de seu peso total.

Na porção de bicamada lipídica da membrana, as cabeças


polares entram em contato com a água, e as caudas apolares
ficam na parte interna da membrana.

Toda a organização da bicamada é mantida por interações não-


covalentes, como as interações de van der Waals e as
hidrofóbicas.

Bicamadas lipídicas.

a) Desenho esquemático de uma porção da bicamada constituída de fosfolipídeos. A


superfície polar da bicamada contém grupos carregados. As caudas de hidrocarbonetos
estão no interior da bicamada. B) Vista em corte de uma vesícula com uma bicamada
lipídica. Observe o compartimento interno aquoso e o fato de que a camada interna é mais
compactada do que a camada externa.

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Assimetria da bicamada
lipídica. As composições das
camadas externas e interna
são diferentes. A
concentração de moléculas
maiores é mais alta na
camada externa, que tem
mais espaço.

A disposição do interior de hidrocarboneto da bicamada pode ser organizada e rígida


ou desorganizada e fluida. A fluidez da bicamada depende de sua composição.

Rígida Fluida

Efeito das ligações duplas na conformação da cauda de hidrocarbonetos de


ácidos graxos. Os ácidos graxos insaturados têm dobras em suas caudas

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Enrijecimento da bicamada lipídica causado pelo colesterol. A presença de colesterol


em uma membrana reduz a fluidez por estabilizar conformações estendidas das
cadeias de hidrocarbonetos das caudas dos ácidos graxos, como resultado de
interações de van der Waals.

Modelo do mosaico fluido


O termo mosaico significa que os dois componentes da
membrana existem lado a lado sem formar outra substância de
natureza intermediária.

A estrutura básica de membranas biológicas é a de uma


bicamada lipídica, nas quais as proteínas estão inseridas.

Essas proteínas tendem a ter uma orientação específica na


membrana.

O termo mosaico fluido quer dizer que existe movimento lateral


como ocorre nas bicamadas lipídicas.

As proteínas flutuam na bicamada lipídica e podem mover-se ao


longo do plano da membrana.

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Modelo do mosaico fluido da estrutura de membrana. As proteínas de membrana


podem ser vistas inseridas na bicamada lipídica.

As Vitaminas Lipossolúveis

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Vitamina A

• O hidrocarboneto amplamente insaturado β-


caroteno é o precursor da vitamina A, também
conhecida como retinol.

• Um derivado da vitamina A tem função essencial na


visão quando se liga a uma proteína chamada opsina.

• A vitamina A tem um grupo álcool que é oxidado


enzimaticamente a um grupo aldeído, formando o
retinal.

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Vitamina A

• Duas formas isômericas de retinal envolvendo a


isomerização cis-trans em volta de uma das ligações
duplas, são importantes no comportamento deste
composto in vivo.

• O grupo aldeído do retinal forma uma imina (base de


Schiff) com o grupo amino da cadeia lateral de um
resíduo de lisina na opsina dos bastinetes.

• O produto da reação entre o retinal e a opsina é a


rodopsina.

O segmento externo dos bastonetes contém discos achatados de membranas,


sendo que estas consistem em 60% de rodopsina e 40% de lipídeo.

Formação da rodopsina a partir de 11-cis-retinal e da opsina

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Vitamina D
• As diversas formas de vitamina D têm um papel
essencial na regulação do metabolismo do cálcio e do
fósforo.

• Um dos compostos mais importantes, a vitamina D₃


(colecalciferol), é formada a partir do colesterol pela
ação da luz ultravioleta do sol.

• A presença de vitamina D₃ leva à maior síntese de


uma proteína de ligação ao Cálcio, o que por sua vez,
aumenta a absorção de cálcio alimentar nos
instestinos. Esse processo resulta em absorção de
calcio pelos ossos.

Reações da vitamina D

A clivagem fotoquímica ocorre na ligação mostrada pela seta. Os rearranjos de elétrons


após a clivagem produzem a vitamina D₃. O produto final, 1,25-diidroxicolecalciferol, é a
forma mais ativa da vitamina na estimulação da absorção de cálcio para o
desenvolvimento ósseo.

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Vitamina D
• Uma deficiência de vitamina D pode provocar o
raquitismo, uma condição na qual os ossos de crianças
em fase de crescimento se tornam macios, resultando
em deformidades esqueléticas.

• As crianças, especialmente os bebês, têm maior


necessidade de vitamina D do que os adultos.

• O leite com suplemento de vitamina D está disponível


para a maioria das crianças.

• Adultos expostos a quantidades normais de luz solar


normalmente não precisam de suplementos de vitamina
D

Vitamina E
• A forma mais ativa de vitamina E é o α-tocoferol.

• Nos ratos, a vitamina E é necessária para a


reprodução e a prevenção da doença distrofia
muscular. --- humanos?

• Uma propriedade química bem estabelecida da


vitamina E é que ela é um antioxidante.

• Pesquisas recentes mostraram que a interação entre


a vitamina E e as membranas aumenta sua efetividade
como antioxidante. Remoção de radicais livres (câncer
e envelhecimento).

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A forma mais ativa de vitamina E é o tocoferol

Vitamina K
• koagulation – essa vitamina é um fator importante
no processo de coagulação sanguínea.

• O sistema de anéis bicíclicos contém dois grupos


carbonila, os únicos grupos polares da molécula.

• Uma longa cadeia lateral insaturada de


hidrocarbonetos consiste em unidades repetidas de
isopreno, cujo número determina a forma exata da
vitamina K.

• A vitamina K é necessária para modificar a


protrombina e outras proteínas envolvidas no
processo de coagulação sanguínea.

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a) Estrutura geral da vitamina K, necessária para a coagulação sanguínea. O valor de n é


variável, mas é normalmente ˂ 10. b) a vitamina K₁ tem uma unidade isoprenílica
insaturada; o restante é saturado. A vitamina K₂ tem oito unidades isoprenílicas
insaturadas

Vitamina K

• A adição de um grupo carboxila altera as cadeias


laterais de diversos resíduos de glutamato da
protrombina.

• Essa modificação produz resíduos de γ-


carboxiglutamato. Os dois grupos carboxila próximos
formam um ligante bidentado, que pode ligar o íon
Cálcio.

• Se a protrombina não for modificada dessa forma,


ela não se ligará ao Cálcio.

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O papel da vitamina K na modificação da protrombina. A estrutura detalhada do γ-


carboxiglutamato no sítio de complexação do cálcio é mostrada na parte inferior.

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FUNÇÕES DOS LIPÍDEOS


- Reserva de energia
- Isolante térmico
- Isolante elétrico
- Proteção contra impactos
- Cofatores enzimáticos
- Transportadores de elétrons
- Pigmentos fotossensíveis
- Âncoras hidrofóbicas para proteínas
- Agentes emulsificantes no trato digestivo,
- Hormônios e mensageiros intracelulares

- Formação de membranas celulares.

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