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Curso de Zootecnia

Bases de
Nutrição Animal
Aula 3 - Metabolismos de
lipídeos e água

Prof. Dr. João Costa Jr

Março, 2023
Cuiabá-MT
CONCEITO DE
LIPÍDEOS
Os lipídeos são moléculas orgânicas formadas a partir da
associação entre ácidos graxos e álcool, tais como óleos e gorduras. Eles não são
solúveis em água, mas se dissolvem em solventes orgânicos, como a benzina e o
éter. Apresentam coloração esbranquiçada ou levemente amarelada.

Ocorrência:
Estão presentes nos vegetais animais na forma de óleos ou
gorduras, apresentando a função plástica, armazenamento de energética,
composição da membrana plasmática das células e produção de alguns
hormônios.

Funções gerais dos lipídeos:


- Reserva de energia e combustível celular
- Membranas celulares (fosfolipídios e glicolipídios)
- Isolamento e proteção de órgãos ALTO VALOR ENERGÉTICO
- Hormonal (esteróides) 2,25 mais energia
- Anti-oxidante (Vitaminas A e E)
1 g LIPÍDEO = 9,4 kcal
- Digestiva (sais biliares) 1 g CARBOIDRATO = 4,15 kcal
1 g PROTEÍNA = 5,65 kcal
ESTRUTURA DOS LIPÍDEOS
Os lipídeos são moléculas orgânicas formadas a partir da
associação entre ácidos graxos e álcool (glicerol).
Sua composição biomolecular é composta por oxigênio (O),
carbono (C) e hidrogênio (H). Glicerol

Ácido graxo

Ácido graxo 3 H2O


Ácido graxo
Ácido graxo
Glicerol

Reação de esterificação Lipídeo

Ácidos graxos distintos dão


origem a lipídios com diferentes
grupos de radicais (R, R’, R”).

A estrutura molecular deste


produto há três grupos de ésteres.
CLASSIFICAÇÃO DOS
LIPÍDEOS
Os lipídeos são classificados em três grupos: simples,
compostos e derivados.

Lipídios Simples: Ésteres de ácidos graxos com diversos álcoois.

Gorduras  sólido em temp. ambiente


Óleo  líquido em temp. ambiente.
Ceras - são formados pela associação de ácidos graxos e de álcoois
superiores, eles são produzidos pelos animais e vegetais.
Lipídeos Compostos: Ésteres de ácidos graxos contendo outro grupo
além do álcool e do ácido graxo.
Fosfolipídeos - Lipídeos que contem além de ácido graxo e glicerol,
resíduo fosfórico, bases nitrogenadas e outros substituintes.
Ex. glicerofosfolipídeos, esfingolipídeos, etc.
Cerebrosídeos (Glicolipídeos) - contém ácido graxo, carboidratos,
nitrogênio, porém sem o ácido fosfórico.
Outros - Sulfolipídeos, aminolipídeos, lipoproteínas, etc...
Lipídeos Derivados - Ácidos graxos, glicerol, esteróides, álcoois não
glicerol, esteróis, aldeídos graxos, corpos cetônicos.
Lipídeos

Contêm Não contêm


glicerol glicerol

Esteróides
Terpenos
Simples Compostos Prostaglandinas
Ceras
Esfingolipideos

Glicerídeos Fosfoglicerídeos

Glicolipideos Galactolipídeos

Acilgliceróis
Lectinas Cefalinas
ÁCIDOS GRAXOS
São ácidos monocarboxílicos (contendo apenas um grupo
carboxila - COOH). O grupo carboxila se liga a uma longa cadeia
hidrocarbonada, cujo número de carbono varia de 4 a 36.
Classificação da cadeia:
Saturados: sem ligações duplas Região
Saturadas ou insaturadas polar
Insaturados: com ligações duplas
Lineares ou ramificadas
Cis ou Trans

Monoinsaturado: 1 ligação dupla O número, a posição e a


geometria das ligações duplas
Poliinsaturado: >1 ligação dupla
- Determinam as características
A ligação dupla é o ponto de químicas e metabólicas.
instauração. - Funções biológicas.
Quanto maior o número de ligações Região
duplas, menor o ponto de fusão.
- Determinam sua essencialidade. Saturadas apolar insaturadas
POLARIDADE DOS ÁCIDOS GRAXOS

Os ácidos graxos são compostos por cadeias de carbono com uma carboxila na extremidade.
As moléculas apresentam natureza anfipática ou seja, contém uma cadeia hidrocarbonada
hidrofóbica (afinidade pela água), enquanto que o grupo carboxila terminal é hidrofílico (repelem a água) e
pode ser ionizado em pH=7.
Os ácidos graxos de cadeia longa são predominantemente hidrofóbicos, sendo portanto altamente
insolúveis em água.
FOSFOLIPÍDEOS

Micelas de gordura
ÁCIDOS GRAXOS
TIPOS DE ÁCIDOS GRAXOS

Ácidos graxos saturadas


Todas as ligações químicas entre os carbonos são ligações simples C-C-C-
Sólidos em temperatura ambiente e têm, principalmente, origem animal.
Ex.: manteiga, gordura, banha, bacon, pele de aves, leite integral.
Excesso contribui para o aumento de ocorrência de doenças cardiovasculares.

Ácidos graxos monoinsaturados


Somente uma ligação dupla
Líquido em temperatura ambiente
Ex.: Óleos de oliva, canola e amendoim, abacate e sementes de gergelim.

Ácidos graxos poliinsaturados


Duas ou mais ligações duplas
Líquido em temperatura ambiente
Ex.: Óleos vegetais (girassol, milho, soja, algodão), óleos de peixe e em oleaginosas
(castanha, amêndoa).
ÁCIDOS GRAXOS
Número de ligações duplas
H2 H2 H2 H2 H2 H2 H2 H2
H3C C C C C C C C C O
C18:0 C C C C C C C C C Ácido esteárico
H2 H2 H2 H2 H2 H2 H2 H2 OH

H2 H2 H2 H H2 H2 H2 H2
C18:1 H3C C C C C C C C C O
Ácido oléico
C C C C C C C C C
H2 H2 H2 H2 H H2 H2 H2 OH

H2 H2 H H H2 H2 H2 H2
O
C18:2 H3C
C
C
C
C
C
C
C
C
C
C
C
C
C
C
C
C
C Ácido linoléico
H2 H2 H H2 H H2 H2 H2 OH

H H2 H H H2 H2 H2 H2
O
C18:3 H3C
C
C
C
C
C
C
C
C
C
C
C
C
C
C
C
C
C Ácido linolênico
H2 H H H2 H H2 H2 H2 OH
ÁCIDOS GRAXOS
Nomenclatura de acordo com a localização da primeira ligação dupla, a partir da
extremidade do grupamento metil.
Sistema ômega (ômega 3, 3)
Sistema n (n–3) H2 H2 H2 H H2 H2 H2 H2
H3C C C C C C C C C O
C C C C C C C C C
Ω-3 Ω-6 Ω-9 H2 H2 H2 H2 H H2 H2 H2 OH
C-C-C=C-C-C=C-C-C=C-C-C-C-C-C-C-C-COOH Omega 9 ou n–9
H2 H2 H H H2 H2 H2 H2
Animais conseguem sintetizar O
ácido graxo ômega 9, mas não ômega 3 e H3C C C C C C C C C
ômega 6 (dieta); C C C C C C C C C
H2 H2 H H2 H H2 H2 H2 OH
Peixes de água fria acumulam
grande quantidade de ômega 3; Omega 6 ou n–6
Gatos não sintetizam ácido H H H
araquidônico a partir do ácido linoléico
H2 H2 H2 H2 H2
H3C C C C C C C C C O
(para eles é essencial) C C C
C C C C C C
H2 H H H2 H H2 H2 H2 OH
Omega 3 ou n–3
GORDURA E ÓLEOS
Nós levamos
A diferença entre os óleos e as gorduras está a vida mais
exatamente no radical que vem do ácido graxo.
insaturada!!!
Gorduras: Se pelo menos dois dos radicais (R)
do ácido graxo forem saturados, ou seja, possuírem
somente ligações simples entre os carbonos.

Eu estou
saturada com
a dureza da
minha vida!!!!!

Óleos: Se pelo menos dois dos radicais (R) do


ácido graxo forem insaturados, ou seja, possuírem
ligações duplas entre os carbonos.
GORDURA

As gorduras são sólidas em


condições ambientes e geralmente são
provenientes de origem animal (manteiga
de leite, banha suína, sebo de vaca etc.),
embora também existam gorduras
vegetais, tais como a manteiga de cacau, a
de coco e a de abacate.

ÓLEOS
Os óleos apresentam-se no
estado líquido em condições ambientes
normais e costumam ser de origem
vegetal, tais como os óleos de oliva, de
milho, de amendoim, de canola, de soja,
de girassol, entre outros. Mas também
existem óleos de origem animal, como o
óleo de capivara, de baleia, de fígado de
bacalhau e de fígado de tubarão.
DIGESTÃO, TRANSPORTE E ARMAZENAMENTO DOS LIPÍDEOS
Lipase Salivar

Pouca ação efetiva


sobre a quebra
desses lipídios.

Lípase Gástrica é responsável pelo


inicio da hidrolise dessas moléculas.

A ação gástrica na
digestão dos lipídios está
relacionada com os
movimentos peristálticos
do estômago, produzindo
uma emulsificação dos
lipídios, dispersando-os de
maneira equivalente pelo
bolo alimentar.
Glóbulo de gordura

Sal biliar Fosfolipídeo

Emulsificação

Gotícula de emulsão
ABSORÇÃO DA GORDURA

Mamíferos:
TAG’s de cadeia curta (< 10 C) e
glicerol livre  veia porta 
fígado

TAG’s de cadeia longa (> 10 C)


 ductos lácteos  linfa 
ducto toráxico sangue 
fígado

Aves:
sistema porta  fígado
Digestão de lipídeos em
Ruminantes
Uma vez liberados no rúmen, os triacilgliceróis são
rapidamente hidrolisados (lipólise) a AG e glicerol. O
glicerol é rapidamente fermentado a AGV.

- Os AG, especialmente os poliinsaturados, são


tóxicos aos microrganismos. A toxicidade parece estar
associada àqueles AG que têm maior solubilidade em
água e membranas celulares, com potencial para romper
a estrutura das membranas.

- Quando a dieta é rica em volumoso a toxicidade


é reduzida (os AG associam-se com as superfícies
hidrofóbicas das partículas de alimento).
Biohidrogenização de lipídeos em Ruminantes

Os microrganismos desenvolveram um mecanismo de autodefesa


chamado de biohidrogenação, que converte AGI em AGS, que são menos
tóxicos.

- A biohidrogenação ocorre também como mecanismo para


eliminação de H produzido pela fermentação de CHO.

- Os AG têm que estar na forma livre para que ocorra a


biohidrogenação.
CATABOLISMO
DOS LIPÍDEOS
Β-oxidação

Estágio 1- um ácido graxo de cadeia longa é


oxidado para produzir resíduos de acetil –CoA.

Estágio 2- os grupos acetil são oxidados a CO2,


NADH e FADH2 através do ciclo do ácido cítrico.

Estágio 3- os elétrons provenientes das reações


acima passam pela cadeia respiratória produzindo
ATP.
CATABOLISMO
DOS LIPÍDEOS
Ácidos graxos com 12C ou menos
podem penetrar a membrana mitocondrial
sem o auxílio de trasportadores. Adipócito ou miócito

Grande parte das cadeias de


triglicerídeos possuem mais de 12C. Assim,
é necessário um TRANSPORTADOR DE
CARNITINA.
CATABOLISMO
DOS LIPÍDEOS
ENTRADA DOS ÁCIDOS GRAXOS
COM MAIS DE 12C NA MITOCÔNDRIA
PELO TRANSPORTADOR DE CARNITINA

1. A carnitina elimina a coenzima A da


molécula de acil-CoA graxo, formando a
acil-carnitina ou acil graxo carnitina.
2. A proteína transportadora carnitina
aciltranferase – I localizada na membrana
mitocondrial externa conduz a molécula
a matriz mitocondrial. Por que os acil-coA graxos necessitam de um
transportador sendo que dentro e fora da mitocondria será
3. Ligada a membrana mitocondrial interna a mesma molécula acil-coa graxo?
a carnitina aciltransferase –II converte a
acil-carnitina em acil-CoA graxo.
R: Porque se só entrassem acil-coA graxos poderia reduzir as
A carnitina acil-transferase é inibida reservas de coenzima A no citosol.
por malonil-CoA, o 1º intermediário da
biossíntese de lipídeos. Isto impede que os
ácidos graxos sejam sintetizados e degradados
ao mesmo tempo.
RESUMO DA DIGESTÃO, TRANSPORTE E ARMAZENAMENTO DOS LIPÍDEOS:

1. As gorduras são emulsificadas no intestino delgado pelos sais biliares formando micelas mistas
de triacilgliceróis.

2. Lipases intestinais hidrolisam os triacilgliceróis .

3. Os ácidos graxos são absorvidos na mucosa intestinal e reconvertidos em triacilgliceróis.

4. Os Triacilgliceróis juntamente com o colesterol e as apoliproteinas formam o quilomícron.

5. Os quilomícrons migram para o sistema linfático, depois para a corrente sanguínea e seguem
para os tecidos.

6. Ativada pela APO-II a lipoproteína lipase libera ácido graxo e glicerol.

7. Os ácidos graxos entram nos adipócitos ou miócitos.

8. Os ácidos graxos são oxidados na β-Oxidação como combustíveis ou reesterificados para a


armazenagem.
CATABOLISMO
DOS LIPÍDEOS
Regulação da β-Oxidação
No fígado o acil-coA graxo pode seguir 2 caminhos:
B-oxidação nas mitocôndrias
Conversão em triacilgliceróis e fosfolipídeos.

A velocidade de transferência para o interior das mitocôndrias dos acil-coA graxos define qual será a via a
ser tomada. Assim, o transporte de carnitina irá definir a oxidação até acetil-coA.

A concentração de maloil-coA, o 1º intermediário da biossíntese de ác, graxos aumenta sempre que o


suprimento de carboidrato aumenta, inibindo a carnitina aciltranferase I.

Concentrações altas de NADH/NAD+ inibe a desidrogenase B-hidroxiacil –CoA.

Concentrações altas de acetil-coA inibe a tiolase.


CATABOLISMO Indivíduos bem
nutridos e saudáveis produzem
DOS LIPÍDEOS corpos cetônicos em
velocidades pequena.
Produtos da β-Oxidação Em jejum prolongado
ou diabetes não tratado, o
aceti-coA se acumula
formando o acetoacetil-coA
Durante a oxidação de ácidos graxos que dá origem aos 3 corpos
no fígado o acetil-coA pode seguir 2 cetônicos.
caminhos:
- Entrar no ciclo do ácido cítrico

- Convertido em corpos cetônicos,


Nutrem tecido extra-
acetona hepáticos, convertidos em
acetoacetato acetil-CoA e oxidados pelo
ciclo do ácido cítrico. – RINS,
D-B-hidroxibutirato MÚSCULO E CORAÇÃO.
O CÉREBRO em
jejum severo também pode ser
alimentado / suprido pelo
acetoacetato e B-
hidroxibutirato.
ÁCIDOS GRAXOS
ESSÊNCIAIS
São ácidos graxos poliinsaturados que não
podem ser sintetizados de forma endógena pelo
organismo animal a partir da enzima de acetil-
coenzima e, portanto devem ser fornecidos
exogenamente na dieta animal.

Os ácidos graxos considerados essenciais são:


- Linoleico;
- Araquidônico;
- Linolênico;
- Eicosapentaenoico;
- Docosaexaenoico.

Os ácidos graxos essenciais (AGE’s) para as


aves são o linolêico e alfa-linolênico
Suinos: maior atenção para a essencialidade do
linoleico e linolênico.
Metabolismo da
água
CARACTERÍSTICAS
DA ÁGUA
Água é uma substância química cujas moléculas
são formadas por dois átomos de hidrogênio e um
de oxigênio.
É abundante no Universo, inclusive na Terra,
onde cobre grande parte de sua superfície
Maior constituinte dos fluidos dos seres vivos.
A água manifesta-se em seu estado líquido sob
temperaturas entre 0 °C e 100 °C e pressão de
uma atmosfera.
A água é um excelente solvente.
A água tem um elevado calor específico.
O calor latente de vaporização e de fusão da
água são muito elevados.

Formula
H2O
IMPORTÂNCIA
DA ÁGUA
A água pode ser considerada o nutriente
essencial mais importante para os animais.
É o constituinte mais abundante nos seres vivo.
Compõe cerca de 50 – 80% do corpo.
O controle da manutenção da quantidade de
água no organismo é rigidamente controlada em
aves e mamíferos.
Os animais podem perder até:
- Quase 100% da gordura do corpo;
- Metade da proteína
- 10% da água = MORTE.
As espécies tem composição em água similares
O jumento, provavelmente, está entre os mais
resistentes, pois sobrevive a perdas hídricas acima de
30% do seu peso.
IMPORTÂNCIA
DA ÁGUA
O planeta terra possui em torno de:
1.400 milhões de km3

97% de água salgada


3% de água doce.

A água ocupa cerca de 70% da superfície


terrestre, essa propriedade ajuda a controlar o
aquecimento do planeta. Os oceanos guardam o
calor no tempo quente que é liberado no tempo
frio.
IMPORTÂNCIA DA ÁGUA
É um constituinte ativo e estrutural e não meramente um solvente das substancias presentes no corpo.
É o componente corporal com maior taxa de reciclagem
Veículo dos nutrientes na digestão, absorção, transporte para as células e excreção.
É o dispersante ideal, devido ao seu poder ionizante, o que facilita as reações tissulares.
Por causa do deu alto calor específico, é capaz de absorver o calor produzido nas reações, dissipando-as para a pele,
pulmões e luz intestinal.
O calor latente de evaporação (540 cal/g) exerce importante papel na regulação da temperatura corporal.
A alta tensão superficial auxilia na coesão das células e a manutenção das articulações.
É o material com maior constante dielétrica (80) e é razão de ser a água um solvente universal.
Na solubilização, há formação de hidratos, o que facilita as reações químicas por dispor os íons em contato mais intimo uns
com os outros.
As propriedades de solvente, dispersante e dielétrica são ajudadas pela baixa viscosidade - menor que qualquer outro
líquido comum, o que permite a sua passagem, e a das substancias nela dissolvidas, pelos mais finos capilares do organismo,
sem muito atrito e, portanto, baixa exigência do coração.
As reações enzimáticas que ocorrem na digestão e metabolismo, em grande parte, implicam em adição (hidrólise) ou de
substração de moléculas de água ao substrato.
Secreção de hormônios, enzimas e outras substancias bioquímicas.
Manutenção da pressão osmótica intra-celular e equilíbrio ácido-básico (homeostase orgânica).
É constituinte principal de líquidos orgânicos particulares: sinóvia, fluido aquoso, cefalorraquidiano, perilinfa e amniótico,
onde exerce ação lubrificante e de proteção.
IMPORTÂNCIA DA ÁGUA
Água está envolvida na:
- Manutenção dos tecidos;
- Regulação da temperatura corporal;
- Homeostase mineral;
- Excreção;
- Crescimento;
- Reprodução;
- Lactação.
O consumo diário de água varia por:
- Idade,
- Temperatura;
- Umidade;
- Velocidade do ar,
- Densidade animal;
- Sanidade;
- Fatores de estresse;
- Alimentação.
ONDE A ÁGUA ESTÁ FONTES DE ÁGUA
ALOCADA NO CORPO?
As três principais fontes de água para o organismo
animal são:
Intracelular - Água de bebida: Água consumida pelo animal.
2/3 da água corporal 70 a 97% da água utilizada pelo animal.
- Água metabólica: A água formada durante o
Extracelular processo de oxidação de íons H das moléculas de
gorduras, proteínas e carboidratos nos animais.
1/3 da água corporal
Proteínas - 56g/100g
Água em volta das células
CHO - 45g/100g
Tecido conectivo
Lipídios - 119g/100g
Plasma
- Água coloidal: A água presente nos alimentos
Água TGI (15-35% PV - água intestinal)
consumidos.
Cães => ingerem espontaneamente mais água (por kg de Altamente variável
PC) que gatos. Em 1 hora repõem 6% peso corporal
Grãos = 9-30% Feno = < 10% Silagem = 65 - 75%
quando desidratados.

Gatos => bebem menos água. Têm menos sensibilidade à


sede, demoram 24h para repor desidratação de 6%.
Elevada capacidade para concentrar urina (predispõem à
urolitíase)
ABSORÇÃO DA ÁGUA NO TRATO PERDAS DE ÁGUA
DIGESTIVO - Urina
Solvente dos produtos excretados através dos rins
A água é um nutriente que não sobre digestão pelo trato 15-21% da água ingerida (alimento + livre)
gastrointestinal. Variação entre espécies – Mamíferos vs Aves
A água absorvida no lúmen do intestino grosso. - Fezes
A absorção depende do conteúdo de eletrólitos (Na, K, Cl). Diferenças entre espécies:
A movimentação de água no intestino é passiva, na direção As perdas de água nas fezes são consideravelmente
necessária para manter o bolo alimentar isosmótico. maiores nos ruminantes que nas outras espécies
Suínos, cães e gatos: Bovinos > Ovinos
- Água absorvida pelo intestino grosso; As fezes mais secas são as de aves.
Aves: - Evaporação Pulmonar
- Água absorvida pelos cecos e intestino grosso. Para suínos (temp. de 20OC), perda de H20 pela
respiração é em torno de 0,29 a 0,58 L/dia com PC: 20 a 60kg.
- Dissipação cutânea
- Sudorese
- Produção de leite (87% de água).
- Produção de ovos (66% de água).
Regra geral:
- Quanto maior a proporção de material indigestível na
ração maiores as perdas de água

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