Lipídeos

Metabolismo de Lipídios

Visão geral

 Os lipídeos constituem um grupo

heterogêneo de moléculas orgânicas
hidrofóbicas, que podem ser extraídas
dos tecidos por solventes não-polares.
 Lipídios

Introdução
 Definição : são um grupo de compostos
diferentes entre si, mas tem na
insolubilidade em água uma
característica definidora e comum a
todos
 Lipídeos
?
? ?

Importância

? ?
?
 Âncoras
hidrofóbicas
Hormônios Armazenamento

Importância

Mensageiros Pigmentos
intracelulares Co-fatores
enzimáticos
 Alimentação

Lipídeos reserva - sementes

Lipídeos folhas – Galactolipídios, fosfolipídios
Forrageira 1-4% lipídeos Galactolipídios
Fermentação ruminal é inibida se o conteúdo da
dieta for acima de 6-7%.
 Ácidos Graxos
 São ácidos carboxílicos com cadeias hidrocarbônicas
com comprimento variando de 4 a 36 carbonos.
 Propriedades:
- dependentes do comprimento da cadeia hidrocarbônica
- dependentes do grau de insaturação
 Nomenclatura simplificada: ex. Um ácido graxo de 20
carbonos com dupla ligação entre C9 e C10.
20:1(∆ 9)
ÁCIDO GRAXO Ácido graxo Ácido graxo
Grupo carboxila saturado INsaturado
(hidrofílico)

Cadeia hidrocarbonada
(hidrofóbico)
Um ácido graxo
saturado
Saturados e Insaturados?
 Por que há uma necessidade de uma
baixa quantidade de gorduras saturadas
na dieta?
 Aumentam os níveis sanguíneos LDL, o
qual auxilia na formação dos depósitos
de colesterol das paredes arteriais.
 Óleos parcialmente hidrogenados
(margarinas) tem efeito contrario...
Configuração cis /trans
Óleos vegetais naturais
contem principalmente
isômeros cis...
São os isômeros trans
causadores de efeitos
indesejáveis...
Um ácido graxo
Insaturado -cis
Os ácidos graxos de
ocorrência natural as
ligações duplas estão na
configuração cis...
Ácidos graxos de configuração
trans são produzidos ?
 Por quê um ácido graxo de mesmo
número de carbonos,em uma dada
temperatura, assume um aspecto
de cera se for saturado, ou de óleo
se for insaturado ?
Relação entre insaturação e grau de
empacotamento
 Ácidos Graxos

 Ponto de fusão dos ácidos graxos:

- dependentes do comprimento da cadeia
hidrocarbônica
- dependentes do grau de insaturação
monoinsaturados
poliinsaturados
Essencial
 TRIACILGLICERÓIS (TRIGLICÉRIDES)

São ésteres do glicerol com três ácidos graxos.

 Fonte de reserva energética.
TIPOS
Gorduras
Mistura de triacilgliceróis, sólidos à temperatura ambiente.
Alto teor de ácidos graxos saturados.

Óleos
Mistura de triacilgliceróis, líquidos à temperatura ambiente.
Alto teor de ácidos graxos insaturados.
 Glicerol

TRIACILGLICEROL
(Estrutura Geral)
REAÇÕES QUÍMICAS
1. Saponificação

H H O
O - +
R1 C O Na
H C O C R1 HC O H +
O
+
Na OH
- O
- +
+ 3H O H HC O H + R2 C O Na
H C O C R2
água O
H C O C R3 HC O H + - +
R3 C O Na
H O H
Sais de sódio
Triacil glicerol Glicerol dos Ácidos carboxílicos
(óleo ou gordura) SABÃO
2. Hidrogenação
Aumenta a estabilidade dos lipídios
CH3CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2 O
C C CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2 C O CH2
H H O
CH3CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2 C O CH
H H O
C C CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2 C O CH2
oleína (óleo)
CH3CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2
H2/catalizador
(Ni, Pd ou Pt)
O
CH3CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2 C O CH2
O
CH3CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2 C O CH
O
CH3CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2 C O CH2

estearina (gordura)
GLICEROLFOSFOLIPÍDIOS:
(FOSFOGLICERÍDEOS)

 Lipídios que contêm além de ácidos graxos

e glicerol, um resíduo de ácido fosfórico.

 Estrutura básica que dá origem aos

fosfoglicerídeos é o ácido fosfatídico.

Importância

 Constituintes das membranas biológicas.

GLICEROLFOSFOLIPÍDIO – Estrutura Geral
ESFINGOLIPÍDIOS

 Esfingomielinas;

 Glicolipídios neutros (não carregados);

 Gangliosídeos.

Importância
 Constituintes de membranas (cérebro, e
tecido nervosos);

 Compõem os grupos sanguíneos humanos.

 Esfingosina
Formula
geral
Ácido graxo

Nome Formula de X Substintuinte de X

Ceramida

Esfingomielina Fosfocolina

Glicosilcerebrosídeo Glicose

Di, tri ou
Lactosilcerebrosídeo tetrassaca.

Oligossacarídeo
Gangliosídio GM2
complexo
 ESTERÓIS

Colesterol

Cadeia alquila lateral

Cabeça Núcleo esteróide

polar
 HORMÔNIOS ESTERÓIS

Testosterona Estradiol

Cortisol Aldosterona
Testosterona
Regula a atividade dos tecidos
reprodutores masculinos.

Tecidos secretores: Testículos.

β-Estradiol
Regula a atividade dos tecidos
reprodutivos femininos.

Tecidos secretores: Ovários

Cortisol
Limita a utilização da glicose, aumenta
a pressão sangüínea;
Tecidos secretores: Córtex adrenal.

Aldosterona
Regula a retenção de sódio e a
pressão sangüínea;
Tecidos secretores: Córtex adrenal
Eicosanóides
São derivados de ácidos graxos que agem como hormônios
parácrinos. Envolvidos em inflamação, dor, funções reprodutivas, etc.
Derivados do ácido graxo de 20 carbonos, ácido aracdônico.
20:4(5,8,11,14)
 Qual a vantagem dos lipídios sobre os
carboidratos como reserva energética?E
dos carboidratos sobre os lipídios?
 Geração de energia a partir
dos macronutrientes

Carboidrato 4
Proteína 4
Gordura 9

Kcal/g

Champe et al.,
2007
 Nutriciograma

Gorduras 27%

Proteínas 29%

Carboidratos 44%

Champe et al.,
2007
 Metabolismo de Lipídios

Digestão, Absorção e Utilização

dos lipídeos da dieta.

 Lipases
 Sais Biliares/Micelas
 Absorção e resíntese
 Metabolismo de Lipídios
Gorduras
ingeridas
Os ác. graxos são
oxidados como
combustíveis ou
reesterificados
para armazenagem.

Miócitos ou
adipócitos

Intestino
delgado Os ácidos graxos
entram nas células.
As gorduras ingeridas são
emulsificadas pelos sais
biliares no intestino delgado Ativada pela apoC-
formando micelas mistas. II, a lipoproteína
Capilar lipase libera ac.
sangüíneo Graxos e glicerol.
As lipases intestinais
hidrolisam os triacilgliceróis.
Mucosa
Os quilomícrons
intestinal
migram para os
tecidos.
Os ácidos graxos e outros
Quilomícron
produtos de hidrólise são
absorvidos pela mucosa
Os triacilgliceróis junto com o
intestinal e convertidos em
colesterol e as apoproteínas, são
triacilgliceróis .
incorporados nos quilomícrons.
 Má absorção de lipídios
Lipídeos da
dieta Vesícula biliar

Bile

Pâncreas

Suco
pancreático

Células defeituosas da
mucosas intestinais
Lipídio em
excesso nas fezes
(ESTEATORRÉIA)
 Metabolismo de Lipídios

Xenical

Inibe a ação de
lipases
 Metabolismo de Lipídios

Lipoproteínas plasmáticas

 São complexos macromoleculares esféricos

de lipídeos e proteínas especificas
(apolipoproteínas).
 Mantém solúveis os componentes lipídicos,
como também promovem um eficiente
mecanismo de transporte dos lipídeos entre
os tecidos.
 Metabolismo de Lipídios

Lipoproteínas

 Quilomicra
 Lipoproteínas de muito baixa densidade
(VLDLs)
 Lipoproteínas de baixa densidade
(LDLs)
 Lipoproteínas de alta densidade (HDLs)
 Metabolismo de Lipídios

Quilomícron
 Metabolismo de Lipídios

Lipoproteínas
 Metabolismo de Lipídios

Apolipoproteínas
 Metabolismo de Lipídios

Lipoproteínas: Propriedades
 LIPOPROTEÍNAS
 FUNÇÃO = Manter os lipídios em
solução durante o seu transporte para
os tecidos
 LIPOPROTEÍNAS
 O quilomícron é classificado como LIPOPROTEÍNA
LIPOPROTEÍNAS
 LIPOPROTEÍNAS

 Sintetizada e liberada pelo fígado

 Função = carregar TAG e colesterol do FÍGADO  TECIDOS

PERIFÉRICOS

 Possui APOPROTEÍNAS

 Liberação de TAG no plasma

 transforma VLDL em LDL (no plasma)
 apoproteínas C e E = vão p/ HDL
 LIPOPROTEÍNAS

 Sintetizada a partir da VLDL

 Função = carregar colesterol e ésteres de colesterol
para tecidos periféricos

 Possui APOPROTEÍNAS que se ligam a receptores

celulares  Colesterol vai para dentro das células

 Apoproteínas se ligam a receptores de macrófagos =

CÉLULAS ESPUMOSAS  Placa de ateroma
LIPOPROTEÍNAS
LIPOPROTEÍNAS

 Sintetizadas no sangue a partir da apoA-1

(precursores no fígado e intestino??)

 Funções
 Transporte reverso do colesterol = carrega
colesterol das CELÚLAS  FÍGADO
 Reservatório de apolipoproteínas apoC e apoE
LIPOPROTEÍNAS
 LIPOPROTEÍNAS
 Aspecto do plasma após 16 h a
4°C
 Metabolismo de Lipídios

Quando
passamos
privações
alimentares...
Degradação de lipídios
 -oxidação de AGs
 ONDE OCORRE?
 Matriz mitocondrial das células:
 Fígadoe músculo (principalmente)
 Exceções: cérebro e tecidos desprovidos de
mitocôndria

 QUANDO OCORRE ?
 Jejum prolongado
 [glicose],
[insulina]
 [glucagon]
 Metabolismo de Lipídios

Mobilização dos depósitos

de TAG nos adipócitos
(jejum prolongado)
  ATIVAÇÃO dos AGs no CITOSOL
 Adição de CoA ao AG,formando acil-CoA graxo

CoA ADP + Pi
O ATP O
RC – O- RC – CoA
Ácido graxo Acil-CoA graxo
(cadeia longa)

• Depois da ativação...

2º 4º
1º
+

Acil-CoA Acil-CoA
graxo graxo

2º MATRIZ
Acil-carnitina MITOCONDRIAL
3º
CITOSOL
 • Na matriz, o acil-CoA é oxidado

4º -oxidação (4 reações) O ciclo se

repete n/2-1 (remoção de 2C por vez)
Acil-CoA
graxo Ex. palmitoil
1

NAD+ - O ciclo acontece 7 vezes

2

NADH 3 - produtos: 8 acetil-CoA

-oxidação 7 NADHs
(4 reações) FAD+ 4 7 FADH2

FADH2 5

6
1 Acetil-CoA
7
2 Acetil-CoA
 Metabolismo de Lipídios

Reações de
β-oxidação

■ Desidrogenação
■ Hidratação
■ Desidrogenação
■Clivagem
 Metabolismo de Lipídios

β-oxidação
• Ganho energético obtido pela oxidação de palmitoil-CoA

Produtos da oxidação do palmitoil-CoA (16C)

1
8 acetil-CoA CK FO 96 ATPs
2

7 NADHs FO 21 ATPs
3

4 7 FADH2 FO 14 ATPs
5
131 ATPs
6 gasto na ativação do AG - 2 ATPs
7
Total 129 ATPs
 Formação de
corpos cetônicos
Formação de corpos cetônicos

 ONDE OCORRE?
 Mitocôndrias do Fígado

 QUANDO OCORRE ?
 Jejum prolongado= [glucagon]   -oxidação AG

 Metabolismo de carboidratos comprometido (diabete

melito do tipo 1 ñ tratada)
 Formação de corpos cetônicos
2º
CK
Tecidos periféricos
1º (músculo, cérebro)

Síntese corpos 3-hidroxibutirato

SANGUE 2 acetil-CoA
cetônicos
Aceto
Acetoacetato acetil-CoA

Aceto
acetato

No sangue, 3-hidroxi
o ACETATO é convertido em ACETONA butirato
 Formação de corpos cetônicos
 Cetose ou cetoacidose
 Condição fisiológica que ocorre quando a velocidade
de SÍNTESE de corpos cetônicos é MAIOR que o seu
consumo
 Comum em casos ñ controlados de DM tipo 1
 cetonemia
 cetonúria

 hálito cetônico