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Bioquímica

Carboidratos

Profa. Giselle Cerchiaro


Biomoléculas – Estrutura

Anabolic
• Monômeros • Macromolécula
• Açúcares • Polissacarídeos
• Aminoácidos • Proteínas (peptídeos)
• RNA ou DNA
• Nucleotídeos
• Lipídeos
• Ácidos graxos
Catabolic
Glicogênio: armazenamento de glicose em
mamíferos
Distribuição dos dipolos em
compostos
Carboidratos
• Polihidroxi aldeídos ou cetonas, que são
caracterizados por:
• Comprimento da cadeia – mono-, di-, tri-, oligo-, ou
poli- “n”-oses.
– Grupos Funcionais (aldose ou cetose)
– Ramificado vs não ramificado
– Tipos de ligação (a vs b, 1->4, 1->6, etc.)
– Sistema de numeração específico
– Enantiômeros oticamente distingüíveis e
epímeros (diferem em um carbono)
– Substituintes adicionados aos grupos -OH
Monossacarídeos e dissacarídeos
Polímeros polissacarídicos
Classificação de Monossacarídeos
Aldoses vs. Ketoses

• Nomenclatura: As cetoses possuem o radical “ul” no


nome da aldose – ex. ribose vs. ribulose, xilose vs.
xilulose.
Manose e Galactose são Epímeros da Glicose

• Epímeros diferem na configuração em apenas um C. Ex: D-


glicose, invertido no C2 se torna D-manose, enquanto que a
inversão no C4, gera D-galactose.
Ciclização de monossacarídeos
Conformação da Glicose: Anomerismo

• No equilíbrio, 4
6 b se H está
uma solução de axial
glicose está com 5 2
aproximadament 1
e 1/3a e 2/3b, 3
com traços da
forma linear e da
forma
furanosídica.

O Carbono anomérico
Formação da frutofuranose
Classificação dos carboidratos em termos
de unidades hidrolisadas
Alguns dissacarídeos comuns
Dois polissacarídeos comuns
Substituintes nos carboidratos

• Grupos hidroxila podem ser substituídos por:


• H (deoxi)
• NH2 (amina)
• PO4 (fosfato)
• NHC=O (N-acetilamina)
• CH3

….e outros substituintes mais complexos.


Monossacarídeos são
agentes redutores

• Oxidação pode ocorrer


no carbono anomérico.
• …a não ser que ele
esteja envolvido em
uma ligação O-
glicosídica entre o
carbono anomérico e
um grupo hidroxila de
um outro açúcar.
A ligação glicosídica

Formado por
reação de
condensação

ligação a1->4
Outros dissacarídeos:
nomeando açúcares

• Terminal não redutor na esquerda.


• Carbono anomérico (a ou b)
configuração da primeira unidade.
• Ligação glicosídica é expressa nos
parênteses.
• “ Furano ” denota anéis de 5
membros, e “ pirano- ” denota
anéis de 6 membros.
• Resíduos são denotados da
esquerda para a direita – Quais
açúcares são não redutores?
Polissacarídeos
Amilose é a parte linear do amido

Fig. 7-15

• Um homopolissacarídeo linear não ramificado de D-


glucose, em ligação a1->4.
• Grande – Mais de 106 u.m.a.
• Somente um terminal redutor e um não redutor na
molécula inteira.
Amilopectina é a parte ramificada do amido

• Enorme – mais de 100 milhões de u.m.a.


• Pontos de ramificação (ligação a1->6) a cada 24-30 resíduos.
• Fitas podem interagir como duplas hélices.
Estrutura espacial do amido

Linkage kink
Qual a diferença entre amido e glicogênio?

• Ambos são moléculas longas com cadeias ligadas a1->4


com ramificações a1->6, mas…
• Pontos de ramificação na amilopectina ocorrem a cada
24-30 resíduos, e a cada 8-12 resíduos no Glicogênio.
• Ambos se encontram agregados na forma de grânulos,
mas os grânulos de amido são geralmente maiores que
os do Glicogênio.
• Nota: Que organismos os produzem e qual a sua
função?
Celulose

• Celulose é um homopolissacarídeo não ramificado de 10-


15,000 moléculas de D-glucose (como a amilose),
• Porém possui uma configuração b para as suas ligações
glicosídicas1->4, é mais estável quando moléculas de
glicose adjacentes são giradas a 180o.
Cadeias paralelas de celulose podem fazer ligações de
Hidrogênio!

Fig. 7-16

• Cadeias adjacentes são estabilizadas por ligações de hidrogênio


para formar fibras retas com grande resistência à tensão.
Estrutura do amido
Estrutura da Celulose
Estrutura da Quitina
Peptidoglicana
Estrutura da celulose, quitina, peptidoglicana
Glicoproteínas

➢ Glicoproteínas:
• na membrana plasmática
(oligossacarídeo é
sempre para fora da
célula) - complexo
principal de
histocompatibilidade (
MHC)
• no sangue -
glicoproteínas de fase
aguda de inflamação,
imunoglobulina,
hormônio folículo-
estimulante, hormônio
luteinizante,
gonodotrofina coriônica
e protrombina
Lipopolissacarídeos

➢Lipopolissacarídeos são encontrados na parede celular bacteriana; alguns são


muito tóxicos
Glicolipídeos

➢ Glicolipídeos:
• na membrana plasmática (oligossacarídeo é sempre
para fora da célula) – microdomínios,
reconhecimento celular
Código de açúcar

➢ Sistema AB0 – grupos ou tipos sanguíneos:


Código de açúcar

➢ Sequência de açúcares representa uma única superfície – palavra de


código que pode ser lido por proteínas (lectinas)

Sucralose Sacarose
Transformações Bioquímicas

Lipídeos
Lipídeos trazem mais benefícios que problemas…

• Importante para estoque de energia (gorduras e óleos)


Papéis ativos / Papéis passivos • Ácidos graxos
• Triacilgliceróis (TAG’s)
• Essencial para a estrutura de membranas
• Fosfolipídios
• Esteróis
• Muitas outras funções
• Cofatores
• Pigmentos
• Hormônios
• Vitaminas
• Moléculas sinalizadoras
Ácidos graxos

• Eles são os “tijolos” fundamentais dos lipídios, que


desempenham muitas funções na célula.

• Eles são ácidos carboxílicos com cadeias de


hidrocarbonetos variando entre 4 e 36 carbonos.

• Cadeias podem ser totalmente saturadas, ou ter


alguma dupla ligação no esqueleto de hidrocarboneto.

• Cadeias são geralmente não ramificadas.


Estrutura
dos ácidos
graxos

• Muitos ácidos graxos naturais possuem número par de carbonos


(síntese ocorre a partir de precursor de 2 carbonos).
• Geralmente estão na configuração cis.
Ácidos graxos
saturados vs
insaturados
Ponto de fusão diminui com insaturações
Table 10-1

Saturados
Insaturados
Glicose MW 180 Sol = 1100 mg/g
Ácido láurico MW 200 Sol = 0.063 mg/g
Gorduras vs. Óleos
Gorduras vs. Óleos - Triglicerídeos
Membranas possuem diferentes proporções de lipídeos
saturados e insaturados
• As membranas devem manter um certo grau de fluidez para serem
funcionais. Por isso, gorduras insaturadas são distribuídas em proporções
variadas em diferentes partes do organismo.

• As membranas dos órgãos internos de mamíferos têm uma porcentagem


mais alta de gorduras saturadas que as da pele. Isto ajuda a manter a
membrana mais sólida à T do órgão interno.

• Um exemplo disso é o das pernas e corpos das renas, em que há


diferenças notáveis nos percentuais de ácidos graxos saturados.

• Células bacterianas ou de mamífero crescidas em temperaturas mais


baixas tendem a ter mais ácidos graxos insaturados na composição de
sua membrana. Por outro lado, a T mais altas, as células tendem a
incorporar maior percentual de ácidos graxos saturados.
Proporções de ácidos graxos saturados vs insaturados
em óleos e gorduras
• Mesmo analisando somente óleos vegetais, observa-se diferentes proporções
de gorduras saturadas em diferentes tipos de óleos. A tabela a seguir fornece a
distribuição para uma colher de sopa (14 g) de diferentes óleos e gorduras:

Tipo de óleo Exemplo Saturado (g) Monoinsaturado (g) Poliinsaturado (g)


ou gordura
Óleos tropicais Óleo de coco 13 0,7 0,3

Óleos Óleo de amendoim 2,4 6,5 4,5


semitropicais Óleo de oliva - 10,3 1,3
Óleos Óleo de canola 1 8,2 4,1
temperados Óleo de cártamo 1,3 1,7 10,4
Gordura animal Banha 5,1 5,9 1,5
Manteiga 9,2 4,2 0,6
Manteiga vs margarina
• Doenças cardiovasculares estão mais relacionadas à ingestão de gorduras
saturadas.

• Desde a década de 60, sabe-se que alimentos ricos em gorduras


poliinsaturadas são mais saudáveis.

• Embora óleo de canola e óleo de oliva sejam mais saudáveis, ninguém


despejaria óleo no pão. Por isso, as empresas começaram a comercializar um
substituto da manteiga que tivesse a mesma característica física mas baseado
em ácidos graxos insaturados.

• Este substituto (a margarina) é obtido pela hidrogenação catalítica de algumas


ligações duplas. Entretanto, neste processo, algumas das ligações são
convertidas à forma trans, que gera um produto nocivo ao corpo.

• Nos últimos anos, uma série de produtos são vendidos com a advertência nos
seus rótulos: “não contém ácidos graxos trans” ou simplesmente “não contém
gordura trans”.
Nutrientes: Gordura vs. Açúcar
• Gordura
• Fornece o dobro de energia por grama em relação aos
açúcares.
• Não possui água de hidratação (“poupa peso”).
• Praticamente insolúvel em água
• Liberação da energia é lenta porém contínua…
• Açúcares
• Somente metade da energia fornecida / g em comparação
com as gorduras.
• Muita água de hidratação (2 g água/g de açúcar).
• Muito solúvel em água.
• Liberação de energia rápida (não pode ser estocado por
mais de um dia).
Os lipídios mais simples:
Triacilgliceróis

• Os 3 grupos -OH do Glicerol são


esterificados para formar ácido
graxo.
• A não ser que os ácidos graxos
sejam os mesmos, como na
“tripalmitina”, o nome e a
posição de cada um deve ser
dito.
• Note a conseqüência física de
um par de duplas ligações em
cis.
Hidrólise de Gorduras
Classificação dos lipídios

Esqueleto de Glicerol Esqueleto de Esfingosina


Glicerofosfolipídios

Know these
5 • Estes derivados de
ácido fosfatídico
são diacilgliceróis
ligados a um álcool
polar por uma
ligação fosfodiéster.
Esfingolipídios

Esfingosina,
É uma amina
graxa!
Know these 3

Sem glicerol!

O Ácido
graxo tem
mais de 20
carbonos.
Reconhecimento na
superfície celular é
mediado por
Esfingolipídios
Esteróis: Lipídios estruturais, precursores de hormônios e detergentes
• Possuem um papel
estrutural em
muitas membranas
eucarióticas.
• Hormônios sexuais
são derivados do
Colesterol
• Ácidos ou sais
biliares são
derivados polares
que ajudam a
emulsificar
gorduras
adquiridas na
dieta.

O Colesterol
Lipídios possuem outras funções além de estoque
de energia e papel estrutural

• Papéis ativos de lipídios e seus derivados


• Sinalização intracelular – fosfatidilinositol
• Hormônios parácrinos – eicosinóides
• Hormônios esteroidais - derivados polares do Colesterol.
• Vitaminas – A, D, E e K
• Ácidos biliares
• Fornecem parâmetros essenciais da fluidez da membrana.
Hormônios esteroidais derivados de Colesterol

• Eles não possuem as cadeias alquila do Colesterol e como


derivados oxidados, são mais polares.

• Eles podem se mover pela corrente sangüínea e então agir à


distância - diferentemente de hormônios parácrinos, que agem
localmente em pequenas quantidades.

• Hormônios sexuais fazem parte deste grupo e aqueles produzidos


pelo córtex adrenal - corticosteróides produzidos pela glândula
supra renal).
Hidrólise de Fosfolipídios de Membrana por enzimas
específicas
De onde vem os Eicosanóides?

Arachidonic acid

• Eicosanóides são hormônios parácrinos: agem em células próximas ao ponto de


síntese para afetar processo de inflamação, coagulação sangüínea, secreção de
ácido gástrico, etc. Eles são derivados do ácido araquidônico liberado de
fosfolipídios específicos de membrana pela ação da Fosfolipase A2 (inclui espécies
como prostaglandinas, tromboxanos, leucotrienos).
Prostaglandinas
• Prostaglandinas são do ácido araquidônico, um ácido graxo com 20 carbonos e 4
ligações duplas não conjugadas. As prostaglandinas são liberadas de fosfolipídeos
de membrana em resposta a hormônios e outros sinais.

• As prostaglandinas são compostos com ampla variedade de funções. Receberam


este nome porque foram detectadas pela primeira vez no fluido seminal,
produzido pela próstata. Entretanto, são amplamente distribuídos em diversos
tecidos.

• As prostaglandinas estão envolvidas no controle da pressão sangüínea, na


estimulação da contração muscular, na indução da resposta inflamatória, entre
outras funções. Também podem disparar processos como dor e febre.

• As prostaglandinas também ativam a agregação plaquetária, evento envolvido na


coagulação sangüínea. Além disso, elas possuem atividade antitumoral e antiviral.
As prostaglandinas
• A aspirina (ácido acetilsalicílico) inibe a síntese das prostaglandinas,
principalmente nas plaquetas, propriedade responsável por suas propriedades
antitérmicas e antiinflamatórias. A cortisona e outros esteróides também
possuem efeito antiinflamatório pela inibição da síntese das prostaglandinas.

• Algumas drogas anti-inflamatórias como Ibuprofeno também inibem o sítio


ativo da Prostaglandina Sintase.

• Prostaglandina sintase possui duas isoformas: COX 1 e COX 2. Somente COX-2 é


expresso sob estímulo inflamatório. Drogas eficientes devem inibir COX-2, mas
não COX-1.

• Recentemente descobriram a 3 isoforma, COX-3, altamente expressa no


sistema nervoso e que parece ser o alvo de drogas analgésicas e antipiréticas.
Estrutura dos
analgésicos
Leucotrienos e tromboxanos
• Os leucotrienos também são derivados do ácido araquidônico. São encontrados nos
leucócitos e possuem 3 ligações duplas conjugadas.

• As prostaglandinas e os leucotrienos, ambos derivados de 20 carbonos do ácido


araquidônico, são chamados de eicosanóides.

• A capacidade do leucotrieno C de contrair a musculatura do pulmão está relacionada a


ataques de asma. A síntese de leucotrieno C parece ser facilitada por reações alérgicas,
como as da alergia ao pólen. Medicamentos contra asma se baseiam na inibição da
síntese de leucotrieno C ou no bloqueio dos seus receptores celulares. Nos EUA, a
incidência de asma aumentou 46% entre 1982 e 1993, fornecendo incentivo para
desenvolvimento de novas drogas e novos tratamentos.

• Leucotrienos também podem ter atividade inflamatória, estando envolvidos no


desenvolvimento de artrite reumatóide.

• Os tromboxanos, principalmente o Tromboxano A2, são derivados do ácido araquidônico


que estão envolvidos na cascata de coagulação sangüínea, na etapa de agregação
plaquetária. Também estão envolvidos no processo de contração muscular.
Síntese de prostaglandinas, leucotrienos e tromboxanos a
partir do Ácido araquidônico
Ômega-3

- Em populações que dependem de peixes como principal fonte de


alimentos, como as tribos esquimós, há pouco diagnóstico de
doenças cardíacas, embora estes grupos tenham dieta rica em
gordura e altos níveis de colesterol no sangue.

• A análise da dieta levou à caracterização de ácidos graxos


altamente insaturados em óleos de peixes e em mamíferos
aquáticos. Uma classe destes ácidos graxos é chamada de
ômega-3 (ω3) e tem como exemplo o ácido eicosapentenóico
(EPA).
CH3CH2(CH=CHCH2)5(CH2)2COOH
Ácido eicosapentenóico (EPA)
Ômega-3
• Os ácidos graxos Ômega-3 inibem a formação de certas Prostaglandinas e de
Tromboxano A.

• Depósitos de gordura, em última instância placas ateroscleróticas, nas artérias


provocam turbulência no fluxo sangüíneo e por conseqüência, maior formação
de coágulos e maior tendência ao rompimento destas artérias.

• O tromboxano liberado pelas artérias rompidas faz com que as plaquetas


formem uma massa no local da lesão e aumentem o tamanho do coágulo.
Qualquer interrupção na síntese de tromboxano resultará em menor
tendência de formação de coágulos e menor possibilidade de dano arterial.

• Por isso, cada vez mais os nutricionistas tendem a recomendar um


enriquecimento de ômega-3 na dieta, principalmente em pessoas com
histórico familiar de hipertensão, problemas cardíacos e derrames.
Quatro vitaminas lipossolúveis
• Vitamina D – um derivado de Colesterol que é convertido
a um hormônio que regula o metabolismo de Cálcio no
intestino, rins e ossos (deficiência leva ao raquitismo).
• Vitamina A – derivados podem absorver luz (retinal +
opsina = Rodopsina, envolvida na visão) e controlar
desenvolvimento do tecido epitelial.
• Vitamina K – um cofator essencial para a ativação da
Protrombina, necessária para promover coagulação
sangüínea.
• Vitamina E – Tocoferóis, que como antioxidantes
protegem ácidos graxos insaturados e evitam os danos
provocados por radicais livres.
Vitaminas lipossolúveis

Vitamina Função
Vitamina A Serve como sítio da reação fotoquímica primária da visão.

Vitamina D Regula o metabolismo de cálcio e fósforo.

Vitamina E Serve como antioxidante: necessária para a reprodução em


ratos e pode ser necessária para a reprodução humana.

Vitamina K Tem função reguladora na coagulação do sangue.


A estrutura mais complexa formada por Lipídios:
Membranas

• Embora eles correspondam a uma pequena fração dos


constituintes celulares, membranas desempenham
muitas funções importantes:

• Limites para compartimentalização


• Comunicação célula-célula
• Transporte seletivo de soluto
• Gera potenciais químicos ou elétricos.
Características da Bicamada lipídica

• Anfipático – exterior hidrofílico e o interior hidrofóbico


• Espessura – 5-8 nm
• Resistente porém flexível
• Pode sofrer fusão e fissão
• Permeável a solutos apolares, mas não aos polares
• Difusão lateral é rápida
Organização dos Lipídios em H2O

• Dependendo da forma dos ácidos


graxos, podem ser formados
lipossomos, micelas, bicamadas
e etc.
Micelas
Micelas
Lipossomos
Ação de Sabões e Detergentes
Agentes Tensoativos: Sabão
Diferentes Tipos de Surfactantes

Surfactantes aniônicos: uso preferencial (~65%)


Surfactantes não-iônicos: alta solubilidade (~25%)
Surfactantes catiônicos: bactericidas (~10%)
Diferentes Tipos de Surfactantes
Cada coisa em seu lugar

tensoativo

detergente

sabão
Visão de
uma
membrana
celular
Transformações Bioquímicas

Ácidos nucléicos
Ácidos nucléicos são polímeros formados por
açúcar, base nitrogenada e fosfato
DNA e RNA diferem no açúcar

Ribose está presente no RNA


(ácido ribonucléico)

Desoxirribose está presente no


DNA (ácido desoxirribonucléico)
DNA e RNA são formados por ligações
fosfodiéster 3’ - 5’

A carga negativa das ligações fosfodiéster repele espécies


nucleofílicas, como íons OH-, tornando DNA e RNA mais
resistentes a hidrólise básica do que outros ésteres. A ausência de
OH no C2 do DNA o torna mais resistente a hidrólise que RNA.
Seqüência de 4
nucleotídeos
Bases constituintes do DNA e do RNA

Presente Presente
somente somente
no RNA no DNA
Equilíbrio tautomérico (ceto-enólico)

Equilíbrio bastante deslocado para a forma ceto.


Nucleotídeos são as unidades monoméricas de
ácidos nucléicos

Orientação
padrão é b

Nucleosídeos consistem na ribose ligada a uma das bases.


Nucleotídeos são nucleosídeos ligados a grupos fosfato,
principalmente presentes no C 5.
Nucleosídeo 5’ fosfato ou 5’ nucleotídeo

Nucleotídeos Adenosina 5’-trifosfato (5’-ATP) e


Deoxiguanosina 3’-monofosfato (3’-dGMP)
Nomenclatura

• Os quatro nucleotídeos do DNA são chamados


de Desoxiadenilato, Desoxiguanilato,
desoxicitidilato e timidilato.

• Timidilato não contém o prefixo desoxi, porque


dificilmente um nucleotídeo baseado em timina
será encontrado em RNA.
Uma cadeia de DNA começa no terminal 5’
livre e termina no 3’ livre

Uma cadeia ACG não é o mesmo composto que uma GCA,


porque por convenção, as cadeias devem ser escritas no
sentido 5’ - 3’.
As cadeias de DNA são longas
• Genoma de E. coli: 4,6 milhões de nucleotídeos ou 4,6 milhões
de pares de bases (bp) = 4,6 Mbp

• Devido ao tamanho, o DNA genômico deve ser altamente


compactado.
Descoberta da estrutura do DNA

Figura de difração de
raios-X que mostra uma
formação de estrutura de
hélice.
Obtido por Maurice
Wilkins and Rosalind Modelo de dupla hélice de James
Franklin. Watson e Francis Crick, em 1953.
Deduções de Watson e Crick da difração de
raios-X
• Duas cadeias helicoidais polinucleotídicas são enoveladas em torno de
um eixo comum. As cadeias estão dispostas em direções opostas.
Ambas são right-handed.

• Os esqueletos de açúcar-fosfato estão do lado de fora e, desta forma,


as bases purínicas e pirimidínicas estão para dentro da hélice.

• As bases estão praticamente perpendiculares ao eixo da hélice e bases


adjacentes estão separadas por 3,4 Å. A estrutura se repete a cada 34
Å, sendo 10 bases por volta com 3,4 Å cada.

• Há uma rotação de 36 graus por base (360 graus por volta / 10 bases
por volta).

• O diâmetro da hélice é de 20 Å.
Pareamento de bases

Como se chegou a esta conclusão?


Trabalhos de Erwin Chargaff (1950)

Espécie A:T G:C A:G


Ser humano 1.00 1.00 1.56
Salmão 1.02 1.02 1.43
Trigo 1.00 0.97 1.22
Levedura 1.03 1.02 1.67
Escherichia coli 1.09 0.99 1.05
Serratia marcescens 0.95 0.86 0.70

Somente pós a divulgação do modelo de Watson e Crick, foi


possível entender com clareza os resultados do trabalho de
Chargaff.
Visão axial da dupla hélice

Bases são empilhadas ao longo do eixo, estabilizando a


estrutura por forças de Van der Waals (efeito hidrofóbico). As
bases estão em azul (claro e escuro) e em amarelo.

Os açúcares e grupos fosfato se projetam para fora da


estrutura. Estão em rosa.
B-DNA e A-DNA

B-DNA é a forma
descrita por Watson
e Crick. Quando o
grau de hidratação
da molécula é
menor que 75%, a
forma A começa a
ser formada. Ela é
mais larga e mais
compacta que a B.
Ambas são right-
handed.
Z-DNA é uma
estrutura left-
handed, onde os
grupos fosfato
estão em zigue-
zague

Estrutura pode ser


formada por
oligonucleotídeos.
Grupos fosfato
estão circulados
em preto e
vermelho.
O DNA sofre replicação semi-
conservativa
O processo de replicação é dirigido pela
hidrólise de PPi
A dupla hélice pode ser reversivelmente
separada

A separação das fitas pode ser acompanhada por


espectrofotometria. Bases empilhadas absorvem menos luz.
Efeito chamado hipocromismo.
Tm: T onde metade da estrutura de hélice é perdida.
Algumas moléculas de DNA são circulares
e superenoveladas

Forma relaxada Forma super-enovelada


Estruturas de simples fita de DNA e RNA,
loops
Estrutura complexa de uma molécula de
RNA
Dogma da Biologia Molecular
Do gene à proteína
RNA mensageiro e
ribossomos
(ribonucleoproteínas)
Estrutura
secundária e
terciária de um
ribossomo
Estrutura do RNA transportador
Moléculas de RNA (tRNA) podem
funcionar como catalisadores
A estrutura da cromatina é mantida por
interações com proteínas (histonas)

A acetilação e desacetilação de histonas muda a interação


destas proteínas com o DNA, fazendo com que a atividade
transcricional seja ativada ou desativada.
DNA eucariótico é enrolado em volta de histonas para formar
Nucleossomos - primeiro nível de condensação da cromatina
Os nucleossomos se
organizam em uma
hélice com 6
nucleossomos por volta

O Nível de compactação do
DNA varia de 7 a 104 vezes,
sendo este último, na
metáfase, onde o DNA está
mais condensado. O DNA
(vermelho) se enrola em
octâmeros de histonas (azul).
Para que a transcrição ocorra, o DNA deve
ser desenovelado
Mutagênese e mecanismos de reparo de DNA

Luz ultravioleta pode gerar dímeros


de pirimidinas.
Tradução
PCR (Polymerase chain
reaction - reação em
cadeia da polimerase)

As polimerases utilizadas
fazem a amplificação no
sentido 5’ - 3’ e algumas
possuem atividade de
proofreading, que faz a
verificação do correto
pareamento no sentido 3’
- 5’.
Múltiplos ciclos de PCR
Eletroforese de DNA

Por causa dos grupos fosfato, o DNA


possui carga negativa e quando sujeito a
um campo elétrico, em eletroforese, ele
migra para o pólo positivo.
Seqüenciamento pelo método de Sanger
(método dideoxinucleotídeo)
Cromatograma com 4 canais de
Fluorescência
Cromatograma com os 4 canais somados
mostram a seqüência completa amplificada
DNA na área forense
DNA foi isolado de manchas de sangue
da calça jeans e da camiseta de um
suspeito e amplificado por PCR. O DNA
foi comparado com o da vítima
utilizando eletroforese. DNA das
manchas bateram com o da vítima mas
não com o do suspeito. A freqüência de
um padrão de DNA coincidir com outro
sem ser da mesma fonte, é de
aproximadamente 1 em 33 bilhões.
Canais: DNA padrão λ, 1kb, e TS =
DNA controle das amostras; D = DNA
do suspeito; jeans = DNA isolado das
manchas na calça do suspeito;
camiseta = DNA isolado das manchas
da camiseta do suspeito (duas
diferentes quantidades analisadas); V =
amostra de DNA do sangue da vítima.
Tecnologia do DNA recombinante - produção de
proteínas. Construção de vetor recombinante a
partir de mRNA
Como construir uma molécula
recombinante a partir de DNA

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