METALURGIA DOS

AÇOS INOXIDÁVEIS
Apresentação das características
metalúrgicas e aplicações dos
principais tipos de aços inoxidáveis,
em engenharia, identificando a relação
existente entre a composição química,
o processamento e
as características microestruturais no
sentido de interpretar como são obtidas
as propriedades mecânicas e
assegurada a resistência à corrosão. Annelise Zeemann
 BANCO DE DADOS

BIBLIOGRAFIA CANAL MATERIALS LIFE

MATERIALS LIFE
www.materials.life

BÁSICA

AS REFERÊNCIAS ESPECÍFICAS E OS
LOCAIS NA INTERNET DE ONDE AS
IMAGENS FORAM OBTIDAS ESTÃO
REFERENCIADAS EM CADA SLIDE.
 AÇOS INOXIDÁVEIS

METALURGIA MICROESTRUTURAS

CORROSÃO TRATAMENTOS
TÉRMICOS
SOLDAGEM
 ESTRUTURA DO FERRO EM DIFERENTES TEMPERATURAS
estrutura cristalina cúbica de corpo centrado (CCC)
a (0,286nm na temperatura ambiente)
1538C Número de átomos: 2
LÍQUIDO

FERRITA  FERRITA 

1394C
EQUILÍBRIO
AUSTENITA  912C
estrutura cristalina cúbica de face centrada (CFC)
a (0,356nm, valor médio)
Número de átomos: 4 reduzindo a temperatura T
 TEMPERATURA LÍQUIDO LÍQUIDO
DIAGRAMA DE
1538C fusão  solidificação
EQUILÍBRIO OU DE
FERRITA DELTA  SÓLIDO FASES - BINÁRIO
transformação alotrópica
1394C CFC  CCC

AUSTENITA (GAMA) 
transformação alotrópica
912C CCC  CFC

O FERRO PURO
SOFRE
TRANSFORMAÇÕES
ALOTRÓPICAS FERRITA ALFA 
(MUDANÇA DE
ESTRUTURA
CRISTALINA) EM
TEMPERATURAS EQUILÍBRIO
EXATAS
FERRO PURO
FERRO CARBONO
 Diâmetro
Barra 25 mm
forjada

MACROESTRUTURA
átomo átomo
substitucional intersticial

discordância

grãos de
vazio
ferrita

(mesma orientação
NUVEM
cristalográfica)
ELETRÔNICA

célula unitária CCC

50 micron
discordância
ESTRUTURA ATÔMICA MICROESTRUTURA
PARA UM DADO MATERIAL, CORROSÃO REAÇÕES DO MATERIAL COM O MEIO OU
COM UMA DADA CONDIÇÃO DO PRÓPRIO MEIO PODEM PROMOVER
DE SUPERFÍCIE, QUANDO VARIAÇÕES NO POTENCIAL E LEVAR A
COLOCADO EM UM DADO TAXAS DE CORROSÃO ALTAS OU BAIXAS,
ELETRÓLITO, PODE SER GERADO
UM POTENCIAL NA INTERFACE . Material-Meios
UMA CURVA DE
POLARIZAÇÃO
MOSTRA AS
MATERIAL MEIO REAÇÕES
ANÓDICAS
(corrosão) E
CATÓDICAS E o
POTENCIAL DE
CORROSÃO
ESTÁ
ASSOCIADO A
UMA CORRENTE
QUE INDICA A
TAXA DE
CORROSÃO.

Teores de oxigênio crescentes

O QUE SÃO OS AÇOS INOXIDÁVEIS ?
AÇOS cuja composição química permite a formação de um filme transparente de
óxido protetor, conhecido como FILME PASSIVO, que é estável, indissolúvel e
impermeável no meio em que trabalha, e por isso leva a taxa de corrosão a zero.
Corrosão com perda
Passivação na faixa de
de espessura caso
tubos de aço inox potenciais de trabalho tubos de aço ao carbono
não haja um método
de proteção

CURVAS DE POLARIZAÇÃO MOSTRANDO COMPORTAMENTOS DIFERENTES

PARA UM AÇO C E UM AÇO INOX EM UM DETERMINADO MEIO
UM AÇO INOXIDÁVEL NÃO É
SELECIONADO QUANDO SE DESEJA
REDUZIR O PROCESSO DE
DEGRADAÇÃO DO MATERIAL NO
MEIO, MAS SIM QUANDO NENHUM
PROCESSO DE DEGRADAÇÃO POR
CORROSÃO É ACEITÁVEL.
 COMPORTAMENTO DO MATERIAL
MEIOS
POTENCIAL DE
CORROSÃO OU DE
TRABALHO?

FAIXA DE
POTENCIAIS DE
PASSIVAÇÃO ?

POTENCIAL
DE PITES ?
10
ALGUNS FATORES
FRESTA
CORROSÃO SOB TENSÃO CORROSÃO
QUE AFETAM A CORROSÃO CORROSÃO
SELETIVA INTERGRANULAR PITE Transgranular Intergranular FADIGA
SUSCEPTIBILIDADE
À CORROSÃO
LOCALIZADA

EFEITOS
MECÂNICOS

TEMPERATURA

PRESENÇA DE
MECANISMOS
CLORETOS DE CORROSÃO
(destruidores
da camada)

CORROSÃO INDUZIDA POR

EFEITOS MICRORGANISMOS FeS ENTRADA DE HIDROGÊNIO
METALÚRGICOS CORROSÃO AFETADA SO42-
SRB S2- H2S Blistering H2S
PELA VELOCIDADE H+
Biofilme H+ H+ H+ H+
COMPOSIÇÃO
QUÍMICA H+
HIC H+
(estabilidade da CORROSÃO
H+
GENERALIZADA
camada) COM PERDA DE H+
MICROESTRUTURA ESPESSURA
STEP WISE σ SOHIC σ
(efeitos locais)
INOX É UM AÇO DE ALTA LIGA
(HIGH ALLOY)
FERROS LIGAS FERROSAS METAIS E LIGAS DE
FUNDIDOS APLICAÇÃO COMERCIAL

AO CARBONO
sem elementos de liga (Mn)
Estruturais, construção mecânica , tubulações
BAIXA LIGA
EXISTEM 5 TIPOS BÁSICOS DE AÇOS INOX
somatório dos elementos de liga < 5%-8%
estruturais, vasos de pressão
construção mecânica (Mn)
• AUSTENÍTICOS 316
AÇOS ARBL (alta resistência e baixa liga) • FERRÍTICOS 405
ferríticos de granulometria refinada (Mn, Nb,V,Ti)
martensíticos revenidos (Cr, Mo, Ni) baixo C, médio C
• MARTENSÍTICOS 410, F6NM
Bifásicos ou multifásicos em chapas finas • DUPLEX 2205, 2507
ALTA LIGA
• PH 15-5, 17-4
somatório dos
elementos de liga > 8%
LIGAS NÃO FERROSAS

RESISTENTES • ALUMÍNIO
• COBRE
• à corrosão
• NÍQUEL
• ao calor CUSTO crescente
• TITÂNIO
• ao desgaste da matéria-prima
• COBALTO
Para que um aço tenha
taxa de corrosão ZERO é Aço ao Carbono COMPOSIÇÃO
necessário que ele forme QUÍMICA
uma camada protetora
que seja indissolúvel e
impermeável no MEIO Aço baixa liga Temperatura
ONDE VAI TRABALHAR. ambiente

QUALQUER AÇO
INOXIDÁVEL TEM NO
MÍNIMO 11/12%Cr.

AMBIENTES Aço Inoxidável

VICENTE CHIAVERINI
Efeito do Cromo, na taxa de corrosão de ligas Fe-Cr
PERDA DE ESPESSURA DE AÇOS COM DIFERENTES
TEORES DE CROMO, EM ALTA TEMPERATURA

Aço ao carbono comum AÇOS RESISTENTES AO CALOR

PRECISAM MAIOR ESTABILIDADE
DOS ÓXIDOS E DA
MICROESTRUTURA NO MEIO E
CARACTERÍSTICAS DIFERENTES
DOS AÇOS INOXIDÁVEIS.

resistência dada
pela formação de
um óxido estável

VICENTE CHIAVERINI
Efeito do Cromo, na taxa de oxidação de ligas Fe-Cr
DESIGNAÇÕES DOS AÇOS INOX
 EN
UNS
ASTM
AISI
“apelido”(Cr-Ni)
https://www.tiscotgbx.com/products.html
 AMERICAN SOCIETY FOR METALS
AISI-SAE

FORMAS DE
CLASSIFICAR AS
AISI 316L LIGAS FERROSAS

UNS S 31603 AISI 316L

18
ESPECIFICAÇÃO ASTM

COMPOSIÇÃO QUÍMICA
PROPRIEDADES
MECÂNICAS

GRAU L
GRAU STANDARD
GRAU H

Na área de óleo e
gás é utilizado o
grau “dual” para
os inoxidáveis
com Mo, 316.
Dual grade
316/316L
COMPOSIÇÃO QUÍMICA E
RESISTÊNCIA À CORROSÃO
 PITTING RESISTANT EQUIVALENT NUMBER

PRE = % Cr + 3,3(%Mo) + 16(%N)

disponível na internet.

PRE
MARTENSÍTICOS 13
18
AUSTENÍTICO 25
DUPLEX
35
SUPERDUPLEX
42

LIGAS DE NIQUEL
CORROSÃO
POR FRESTAS
(CREVICE) ASM
Handbook

Temperatura
Crítica de Pite
e de Crevice
versus teor de
molibdênio.

Com o aumento do teor de molibdênio na composição química

dos aços inoxidáveis, a resistência ao pite e a fresta aumentam.
22
CPT - CRITICAL
PITTING
TEMPERATURE
CCT - CRITICAL AUSTENÍTICOS
CREVICE
TEMPERATURE
PRE - PITTING
RESISTANCE EQUIVALENT

ASTM G48
ENSAIO QUE
AVALIA A
SUSCEPTIBILIDADE
À CORROSÃO
LOCALIZADA
POR PITES E POR
FRESTAS
CORROSÃO SOB TENSÃO PELO CLORETO

CSCC
CHLORIDE
STRESS
CORROSION
CRACKING
EXISTEM LIMITES DE
USO DE CADA TIPO DE
MATERIAL, EM CADA
TIPO DE AMBIENTE,
PENSANDO EM CADA
TIPO POSSÍVEL DE DANO.
 H2S

SSC
SULFIDE STRESS CRACKING

SCC
STRESS CORROSION CRACKING

GHSC
GALVANICALLY COUPLED
HYDROGEN STRESS
CRACKING

26
A RESISTÊNCIA À CORROSÃO
DEPENDE MUITO DA COMPOSIÇÃO
QUÍMICA (PREN POR EXEMPLO),
MAS TAMBÉM DE EFEITOS
MICROESTRUTURAIS (QUANTIDADE
DE FERRITA, POR EXEMPLO) E DE
EFEITOS DE ENDURECIMENTO POR
DEFORMAÇÃO (ENCRUAMENTO).

COMPOSIÇÃO
QUÍMICA
(estabilidade da
camada)
MICROESTRUTURA
(efeitos locais)
 COMPOSIÇÃO QUÍMICA E RESISTÊNCIA À CORROSÃO
• O cromo é o elemento mais importante para favorecer a passividade, sendo necessário um mínimo de 10% e
podendo chegar até teores na ordem de 30%.
• O níquel também melhora a resistência à corrosão em soluções neutras de cloretos e ácidos de baixa
capacidade de oxidação, e é utilizado para estabilizar a fase austenítica quando em teores maiores do que 6%.
• O carbono, sempre presente nos aços, diminui ligeiramente a resistência a corrosão quando no estado
dissolvido e decresce apreciavelmente quando na forma de carbonetos uniformemente distribuídos; porém na
forma de carbonetos em contornos de grão causa a completa desintegração dos inoxidáveis.
Podem ainda ser adicionados:
• O molibdênio que aumenta a passividade e a resistência à corrosão em altas temperaturas e na água do mar.
• O cobre que melhora a resistência à corrosão em ácido sulfúrico;
• O silício que melhora a resistência à oxidação em altas temperaturas.
• O manganês que por vezes é utilizado como substituto ao níquel.
• O nióbio e titânio que evitam a corrosão intergranular, estabilizando o aço.
SELEÇÃO DE UM AÇO INOX
• AUSTENÍTICOS 316
• FERRÍTICOS 405
• MARTENSÍTICOS 410, F6NM
• DUPLEX 2205, 2507
• PH 15-5, 17-4
PARA TER UMA PERFORMANCE
ADEQUADA UM MATERIAL
PRECISA TER AS PROPRIEDADES
ESPECIFICADAS EM PROJETO.
RESISTÊNCIA AO
DESGASTE

AMBIENTES
RESISTÊNCIA AO CALOR

RESISTÊNCIA À
CORROSÃO TEMPERATURAS
PROPRIEDADES SOLICITAÇÕES

TENACIDADE
RESISTÊNCIA À
FADIGA ESFORÇOS

RESISTÊNCIA
MECÂNICA

30
30
 SELEÇÃO DO MATERIAL

RISCO
ensaios e inspeção

FUNÇÃO

TEMPERATURAS GEOMETRIA E DIMENSÕES

ESFORÇOS MÉTODO DE OBTENÇÃO

AMBIENTES
E PROCESSOS DE FABRICAÇÃO
Aços inoxidáveis para CUTELARIA RESISTÊNCIA À RESISTÊNCIA AO RESISTÊNCIA
CORROSÃO DESGASTE MECÂNICA

Aço inoxidável
martensítico
de alto carbono

https://wisconsinmetaltech.com/420-stainless-steel/
 Aços inoxidáveis
Fundidos para
rotores de turbinas
hidrelétricas

RESISTÊNCIA
MECÂNICA

RESISTÊNCIA À
CORROSÃO

Kaplan Aço inoxidável

Pelton
martensítico
de baixo carbono

https://www.enelgreenpower.com/pt/learning-hub/energias-renoveveis/energia-hidraulica/turbina-hidreletrica
 Aços inoxidáveis para RESISTÊNCIA À
tubulações de alta pressão CORROSÃO
e internos de válvulas em
linhas de produção
molhadas por fluidos com RESISTÊNCIA
alto CO2. MECÂNICA

TENACIDADE

Aços
inoxidáveis
martensíticos
de baixo C e
com Ni, e aços
inoxidáveis
duplex,
dependendo do
teor de H2S e
cloretos

https://www.akersolutions.com/what-we-do/subsea-production-systems-and-lifecycle-services/subsea-trees/
Adequação dos inox
duplex e superduplex em
meios com CO2 e H2S
 biotech, pharmaceutical,
food, beverage

RESISTÊNCIA À
CORROSÃO

https://www.hollandapt.com/
Aço inoxidável
austenítico e
superaustenítico
com alto Mo
 MICROESTRUTURA E
RESISTÊNCIA MECÂNICA
 A RESISTÊNCIA MECÂNICA
MEDIDA NO ENSAIO DE TRAÇÃO

TENSÃO LIMITE DE RESISTÊNCIA

TENSÃO LIMITE
DE ESCOAMENTO
Início de
movimentação de
discordâncias

Encruamento

Comportamento Macroscópico – Curva Tensão x Deformação

COMPARAÇÃO DE COMPORTAMENTO DE
DIVERSOS TIPOS DE ESTRUTURAS DE AÇOS Materiais de mais alta resistência mecânica deixam de apresentar
um escoamento muito nítido e a relação LE/LR vai aumentando.
INOXIDÁVEIS, NO ENSAIO DE TRAÇÃO
LE/LR
~ 0,3 AUSTENÍTICOS
MARTENSÍTICO ~ 0,5/0,6 FERRÍTICOS
ALTO CARBONO ~ 0,7/0,8 DUPLEX
~ 0,8/0,9 MARTENSÍTICOS

MARTENSÍTICO
BAIXO CARBONO

AUSTENÍTICO DUPLEX/SUPERDUPLEX MARTENSÍTICO

DUPLEX solubilizado 35Ksi até 80Ksi até 120 Ksi

FERRÍTICO AUSTENÍTICO

316 2205 410

18-8-2 2507 13Cr

Aço Inoxidável
 ENCRUAMENTO
MECANISMO DE
ENDURECIMENTO

grãos equiaxiais grãos alongados

Materiais encruados são aqueles que são

“trabalhados a frio” (cold worked) ou seja
conformados mecanicamente (ou
deformados plasticamente) em uma
temperatura inferior à temperatura de
recristalização

Callister
ENCRUAMENTO

41
MICROESTRUTURA E
TENACIDADE
 OS MATERIAIS DE DIFERENTES ESTRUTURAS E A
TENACIDADE MEDIDA NO ENSAIO CHARPY V,
E SUA VARIAÇÃO COM A TEMPERATURA

ductil AUSTENÍTICOS

FERRÍTICOS E DUPLEX

MARTENSÍTICOS RESISTÊNCIA AO IMPACTO

Capacidade de um material absorver energia antes de

frágil
romper mesmo estando em condições críticas de
carregamento (dinâmico), temperatura (baixa) e com a
presença de um concentrador de tensões (entalhe).
TIPOS DE AÇOS INOXIDÁVEIS
E SUAS APLICAÇÕES
Propriedades de Resistência Mecânica de alguns aços inoxidáveis

Aço inox austenítico

Aço inox ferrrítico

Aço inox duplex

Aço inox martensítico

Aço inox PH
 resistência à fragilização pelo hidrogênio Aço inox austenítico
Dureza controlada e sem encruamento
Proteção catódica – 35 HRc Aço inox martensítico

Temperatura Aço inox duplex

Ligas FeCr↑Ni
Aço inox ferrrítico
aços austeníticos
Resistência à resistentes ao calor, Aço inox PH Aço inox PH
Alta Temperatura 310 alto Cr e Ni

600C aços austeníticos

estabilizados, Ti, Nb

400C aços inoxidáveis Ligas Fe↑Cr

austeníticos, ↓Ni N Ligas Fe↓Cr C Ligas Fe↓Cr CuNbTi
300C
304, 316 Mo austeníticos encruados aços martensíticos,
0C grau L grau H aços 410, 420, 440 aços PH, 17-4 PH
duplex 1000 MPa
250 MPa 480 MPa 1400 MPa
- 46C
150 Ksi 200 Ksi 270 Ksi
550 MPa 690 MPa
aços inoxidáveis
- 100C 80 Ksi 100 Ksi
austeníticos estáveis
Resistência à Resistência Mecânica Tensão
Baixa Temperatura limite de escoamento
46
METALURGIA DO AÇO INOX
 CICLOS AÇOS C E BAIXA LIGA
TERMO-MECÂNICOS • ESTRUTURAS DE BASE FERRÍTICA
• TEMPERABILIDADE PARA FORMAR
COMPOSIÇÃO MARTENSITA
CICLOS • PRECIPITAÇÕES PARA CRIAR
QUÍMICA MECÂNICOS EFEITOS DE REFINO DE GRÃO

CICLOS
TÉRMICOS MICROESTRUTURA

MICROESTRUTURA
AÇOS INOXIDÁVEIS
PROPRIEDADES
• ESTRUTURAS DE BASE FERRÍTICA,
MARTENSÍTICA E/OU RESISTÊNCIA TENACIDADE
RESISTÊNCIA À
AUSTENÍTICA MECÂNICA
CORROSÃO
• PRECIPITAÇÕES PARA ENDURECER
• ENCRUAMENTO ?
ELEMENTOS DE LIGA EM INOXIDÁVEIS
PARA SER RESISTENTE À CORROSÃO O PRINCIPAL ELEMENTO É O
CROMO. AÇOS INOXIDÁVEIS SÃO PRIMARIAMENTE LIGAS DE
FERRO COM CROMO ACIMA DE 10%.
OUTROS ELEMENTOS DE LIGA SÃO ADICIONADOS PARA CONFERIR
CARACTERÍSTICAS MICROESTRUTURAIS IMPORTANTES, QUE
SERÃO TRADUZIDAS EM MAIOR RESISTÊNCIA À CORROSÃO (Mo,
N, W), AO CALOR (Ti,Nb), AO DESGASTE (C), RESISTÊNCIA
MECÂNICA (C, ELEMENTOS PH Cu,Ti,Nb) OU TENACIDADE (Ni).
QUANDO SE ADICIONA O CROMO 12% CROMO PARA TER
TAXA DE CORROSÃO ZERO
AO FERRO O QUE SE BUSCA É A
FORMAÇÃO DO FILME PASSIVO E
TAXA DE CORROSÃO ZERO.

QUANDO SE ADICIONA APENAS

CROMO AO FERRO O QUE
ACONTECE É QUE SE ALTERA O
DIAGRAMA DE EQUILÍBRIO E COM
ISSO AS TRANSFORMAÇÕES
ALOTRÓPICAS ACONTECEM EM
TEMPERATURAS DIFERENTES, OU
ATÉ DEIXAM DE ACONTECER.

12% CROMO PARA SER INOX

 Estruturas do FERRO
estrutura cristalina cúbica de corpo centrado (CCC)

1538C
FERRITA  a (0,286nm na temperatura ambiente)
Número de átomos: 2

FERRITA 
LÍQUIDO
1394C
EQUILÍBRIO
AUSTENITA  912C
estrutura cristalina cúbica de face centrada (CFC)
a (0,356nm, valor médio)
Número de átomos: 4 reduzindo a temperatura T
TEMPERATURA LÍQUIDO LÍQUIDO
1538C fusão  solidificação TRANSFORMAÇÃO
FERRITA DELTA  SÓLIDO alotrópica ou de
transformação alotrópica
1394C CFC  CCC
fases
AUSTENITA (GAMA) 
O FERRO PURO
transformação alotrópica SOFRE
912C CCC  CFC TRANSFORMAÇÕES
ALOTRÓPICAS
(MUDANÇA DE
ESTRUTURA
CRISTALINA) EM
FERRITA ALFA  TEMPERATURAS
EXATAS

EQUILÍBRIO
FERRO PURO
 TEMPERATURA LÍQUIDO LÍQUIDO
1538C fusão  solidificação

TRANSFORMAÇÃO
FERRITA DELTA
SÓLIDO
1394C
AUSTENITA
alotrópica
(GAMA)  Quando o ferro é ligado com
elementos alfagenos o campo
austenítico some e a liga com alto
912C
cromo pode solidificar como ferrita e
permanecer até a temperatura
ambiente, ou embaixo do campo
FERRITA
austenita pode se formar martensita
ALFA  pois com cromo na ordem de 12% o
aço tem uma temperabilidade muito
alta e tempera mesmo ao ar.

EQUILÍBRIO ELEMENTO ALFAGENO

FERRO -
Cr, Mo
 TEMPERATURA LÍQUIDO LÍQUIDO
1538C

fusão  solidificação
TRANSFORMAÇÃO
1394C
SÓLIDO
alotrópica
AUSTENITA Quando o ferro é
(GAMA)  ligado com
elementos
gamagenos o
912C campo austenítico
cresce e a austenita
pode existir desde a
solifificação até a
temperatura
FERRITA
ambiente.
ALFA 

ELEMENTO GAMAGENO
EQUILÍBRIO
FERRO - Ni, Mn, C, N
https://www.stainlessindia.org/page32/Categories-of-Stainless-Steel
https://www.aperam.com/stainless/our-offer-by-family-grades/heat-resisting/
 Aço inox martensítico

Aço inox ferrrítico

Aço inox martensítico

UMA LIGA FE-CR SOMENTE

FORMA AUSTENITA ATÉ
CERCA DE 12/13% CR SE
NÃO TIVER OUTROS
ELEMENTOS.

FERRITA DELTA 
AUSTENITA Aço inox ferrrítico

(GAMA) 
FASE SIGMA σ

FERRITA ALFA 
martensita
líquido A PARTIR DE 13% CROMO NA LIGA FERRO-CROMO DEIXA DE
EXISTIR A FASE AUSTENITA E A FERRITA DELTA FORMADA NA
SOLIDIFICAÇÃO PERMANECE ATÉ A TEMPERATURA AMBIENTE.

EM AÇOS INOXIDÁVEIS É MUITO DIFÍCIL, EM CONDIÇÕES

REAIS, TER FERRITA ALFA LIVRE (FORMADA A PARTIR DA
AUSTENITA), POIS COMO OS TEORES DE CROMO SÃO
ELEVADOS, MESMO QUANDO A AUSTENITA EXISTE EM ALTA
TEMPERATURA O PRODUTO DE SUA TRANSFORMAÇÃO É A
MARTENSITA.

APENAS SE O MATERIAL SOFRER UM RESFRIAMENTO MUITO

LENTO A PARTIR DA AUSTENITA PODE SE FORMAR A FERRITA
ALFA (NÃO USUAL A MENOS QUE SEJA APENAS PARA
FACILITAR USINAGEM).

Cr
 Aço inox martensítico

LIGA FE-CR COM BAIXO

CROMO E TRATAMENTO
TÉRMICO DE TÊMPERA E
REVENIMENTO PARA
OBTER RESISTÊNCIA
MECÂNICA E (QUANDO SE
USA ALTO CARBONO)
PARA OBTER RESISTÊNCIA
AO DESGASTE.

LIGAS FE-CR QUE TENHAM
CARBONO OU NIQUEL
(ELEMENTOS AUSTENITIZANTES)
SÃO MARTENSÍTICAS COM
MAIORES TEORES DE CROMO.
QUANDO SE ADICIONA
NIQUEL OU O CARBONO É
REDUZIDO EM UM AÇO INOX
MARTENSÍTICO, A
TENACIDADE É AUMENTADA.
 Aço inox ferrrítico

LIGA FE-CR COM UM POUCO MAIS

DE CROMO, PARA RESISTÊNCIA À
CORROSÃO.
PARA APLICAÇÕES ESPECIAIS
EXISTEM NOVAS GERAÇÕES DE
LIGAS COM BAIXISSÍMO % DE
INTERSTICIAIS (C, N), POIS ESTE
MATERIAL É DE NATUREZA FRÁGIL.
 Case 3

CORROSÃO EM INCLUSÕES
Perigo de utilizar aços inoxidáveis de corte
fácil (free cutting) em ambientes corrosivos,
pois as inclusões não metálicas não
permitem passivação na superfície e são
pontos onde a corrosão inicia.
 Efeito do NÍQUEL como
estabilizador da austenita
(gamageno)até a temperatura
ambiente.

AUSTENITA
(GAMA) 
 DIAGRAMAS DE EQUILÍBRIO Fe(Cr)-Ni
A AUSTENITA
F FERRITA

A PARTIR DE 15% CROMO A FERRITA QUE EXISTIRÁ NA

TEMPERATURA AMBIENTE É A DE SOLIDIFICAÇÃO (DELTA).

LIGAS FE-CR-NI PODEM SER AUSTENÍTICAS OU DUPLEX (MAS

NO DUPLEX TEM TAMBÉM NITROGÊNIO QUE TEM UM EFEITO
PARECIDO COM O DO NIQUEL DE ESTABILIZAR A AUSTENITA.

VICENTE CHIAVERINI
EQUILÍBRIO NIQUEL (AUSTENITIZANTE) CROMO (FERRITIZANTE)

OS ELEMENTOS
CROMO E C
R
NIQUEL
DEFINEM A D
U
BASE DA P
L
ESTRUTURA E
X M

DOS AÇOS. C
R
A
R
T
A E
U N
FE-CR S S
Í
T
POUCO E
N
T
I
CROMO OU Í
T
C
O

MUITO CROMO I
C
S

O
S

FE-CR-NI
POUCO
NIQUEL OU
MUITO NIQUEL
Aço inox austenítico

LIGA FE-CR-NI MUITO VERSÁTIL E FÁCIL DE

TRABALHAR. TEM MUITA TENACIDADE EM
QUALQUER TEMPERATURA MAS SUA RESISTÊNCIA
MECÂNICA NO ESTADO SOLUBILIZADO É BAIXA.
 Aço inox duplex

LIGA FE-CR-NI-N COM

PROPRIEDADES
MECÂNICAS E DE
REISTÊNCIA À
CORROSÃO MUITO
ALTAS. MAS EXIGEM
MUITO CUIDADO NO
PROCESSAMENTO.
Aço inox duplex

curvas de
precipitações
no duplex

Fases intermetálicas e nitretos, formados quando existe

supersaturação e reaquecimento, destroem a resistência à
corrosão e a tenacidade do material.
Aço inox duplex
 Efeito do MANGANÊS
como estabilizador da
austenita (gamageno).

AUSTENITA
(GAMA) 
Aço inox austenítico

Aços da série 200 são de menor custo

UM ELEMENTO CUJO EFEITO PRECISA SER BEM ENTENDIDO É O CARBONO.
O CARBONO É
RESPONSÁVEL POR DAR
RESISTÊNCIA MECÂNICA
(QUANDO EM SOLUÇÃO
SÓLIDA NA AUSTENITA
OU SUPERSATURADO NA
MARTENSITA). NOS AÇOS
MARTENSÍTICOS TIPO
CUTELARIA A FORMAÇÃO
DE CARBONETOS É QUEM
GARANTE A RESISTÊNCIA
AO DESGASTE, MAS EM
AÇOS AUSTENÍTICOS A
FORMAÇÃO DE
CARBONETOS NÃO É
DESEJADA,
PRINCIPALMENTE SE
OCORRE EM CONTORNOS
DE GRÃO, POIS PODE
REDUZIR A RESISTÊNCIA
À CORROSÃO.
 Aço inox austenítico
Sensitização Meio Corrosivo
Contorno
80% do Grão

Carboneto de Cromo
Contorno do
Grão
18%
12%

Dissolução preferencial de regiões

Região empobrecida em
empobrecidas em cromo, devido a
Cromo (%Cr < 12%) precipitação de Cr23C6
Cr23C6

Região empobrecida em
Cromo (%Cr < 12%)

ASTM A262 prática A

ASTM A262 prática E

Microestrutura Austenítica não Afetada Microestrutura Austenítica com Microestrutura Austenítica com
precipitação, porém sem nenhum grão precipitação circundando todo o
completamente contornado contorno, considerada como afetada
73
 Curvas de precipitação de Cr23C6
SENSITIZAÇÃO em contornos de grão
CORROSÃO
INTERGRANULAR

Aço inox austenítico

AQUECIMENTO NA FAIXA DE
400°C A 800°C, POR EXEMPLO NO
TRABALHO A QUENTE OU NA
grau grau L SOLDAGEM, PODE CAUSAR AS
standard PRECIPITAÇÕES DE CARBONETOS
DE CROMO, DEPENDENDO DO
TEOR DE CARBONO DO AÇO
AUSTENÍTICO E DO TEMPO DE
PERMANÊNCIA NA FAIXA DE
TEMPERATURAS.
 The affinity of the elements in the
line below for carbon increases
from left to right.

Cr, W, Mo, V, Ti, Nb, Ta, Zr

Região empobrecida em Cromo

(%Cr < 12%)

E SE AO INVÉS DE PRECIPITAR
CARBONETOS DE CROMO O CARBONO
OPTAR POR PRECIPITAR OUTROS TIPOS
DE CARBONETOS?
Aço inox austenítico

ESTABILIZAÇÃO
DA AUSTENITA ...

PRESENÇA DE
FERRITA DELTA?
 Dissolução preferencial da CORROSÃO
SELETIVA

ferrita delta nos austeníticos

Fase
austenita

Faixa crítica para

Liga com
ocorrência de uma
dissolução preferencial composição química
da série 300

Fase
Aço inox austenítico
ferrita

FOLE DE VÁLVULA DE CONTROLE

COM DISSOLUÇÃO DE FERRITA E
TRINCAS NA COSTURA
 LIGA FE-CR QUE REQUER
COMPOSIÇÃO QUÍMICA
COM ELEMENTOS QUE
PRECIPITAM (Cu, Nb, Al) E
TRATAMENTOS TÉRMICOS
DE SOLUBILIZAÇÃO E
ENVELHECIMENTO PARA
O ENVELHECIMENTO EM DIFERENTES TEMPERATURAS ASSEGURAR A RESISTÊNCIA
ASSEGURA DIFERENTES NÍVEIS DE RESISTÊNCIA MECÂNICA. MECÂNICA.

Aço inox PH
Aço inox PH
 RESISTÊNCIA À CORROSÃO

Aço inox austenítico

AUSTENÍTICO Aço inox duplex/super/hiper
DUPLEX/SUPERDUPLEX Inox endurecível
ENDURECÍVEL PORporPRECIPITAÇÃO
precipitação Aço inox martensítico
MARTENSÍTICO
solubilizado 35Ksi até 80Ksi até 200 Ksi até 270 Ksi

316 410
2205 15-5 PH
18-8-2 13Cr
TENACIDADE ? Depende da T ... 2507

aumento de RESISTÊNCIA MECÂNICA

AÇOS INOXIDÁVEIS
Aço inox ferrrítico
FERRÍTICO
LE - 35Ksi LR – 65Ksi LIGAS DE NÍQUEL

Baixa solução sólida

Soldabilidade (Alloy 625) até 80 Ksi
envelhecido
409
12Cr-0,5Ti (Alloy 718) até 140 Ksi
 AÇOS INOXIDÁVEIS
METALURGIA CORROSÃO
Lembrar que um determinado tipo de aço inoxidável é
utilizado para cumprir uma FUNÇÃO em uma dada
APLICAÇÃO e que a premissa básica é que NENHUM
PROCESSO DE DEGRADAÇÃO POR CORROSÃO É ACEITÁVEL .

MICROESTRUTURAS
TRATAMENTOS
TÉRMICOS SOLDAGEM
 OBRIGADA
PELA ATENÇÃO