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REVISÕES
DESCRIÇÃO:
REDIGIDO ESPECIFICADO
Matheus Nunes ---
ALTO FORNO 2
---
A4 44 R M 6 3 7 0 4 8 0 0 0 1
00
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 4
2. OBJETIVO ............................................................................................................. 4
9. CONCLUSÃO ...................................................................................................... 43
2. OBJETIVO
Este relatório tem como objetivo apresentar um parecer final sobre as condições atuais dos
equipamentos que compõe o sistema, compilando as informações que foram obtidas no
levamento de campo, conforme descritivo no relatório intitulado “Relatório de Levantamento de
Campo” sob número RM636248-00 e os resultados obtidos a partir da análise estrutural
realizada pela simulação numérica pelo método de elementos finitos, dos seguintes
equipamentos:
• Downcomer;
• Coletor de Pó
• Venturi;
• Lavador bischoff;
• Tubulações de interligação do sistema.
3. ESCOPO DO SERVIÇO
O serviço diagnóstico do sistema de limpeza de gás do Alto Forno #2 foi dividido em duas
etapas, a primeira etapa se deu na inspeção de campo que se limitou a verificação das
espessuras das chapas pela aplicação de técnica de ensaios não destrutivos, além da
verificação visual para o mapeamento dos pontos de corrosão e reparos. Na segunda etapa,
7. DIAGNÓSTICO DE SISTEMA
Conforme mencionado anteriormente, o serviço de diagnóstico dos equipamentos que compõe
o sistema foi dividido em duas etapas principais, são elas:
REPARO
Para a realização da avaliação prévia em questão, foram tomadas treze (13) novas medições
de espessura, conforme croqui abaixo.
BV
P2 P7
P3 P8
P5
P13
REPARO
800 x 320 mm
A partir da simulação foi possível obter valores de espessura críticas estruturais para o
equipamento, conforme também realizado nas medições de campo, para apresentar os
resultados de tais espessuras críticas o equipamento foi dividido em partes, partindo do seu
ponto de maior elevação, abaixo tabela 3 com as espessuras.
Espessura admitida
Espessura Nominal - Espessura mínima
Trecho da estrutura pela Mill Tolerance -
mm crítica (MEF) - mm
mm
Parte - A 15,875 13,88 16,00
Parte – B 15,875 13,88 6,35
Parte – C 15,875 13,88 7,50
Parte – D 15,875 13,88 6,35
Parte - E 15,875 13,88 6,35
Tabela 3 - Espessuras críticas estruturais obtidas pelo modelo MEF – Downcomer
Figura 8 - Tensões von Mises [Pa] - Categoria PL + Pb –Downcomer - Retirado relatório CEMEF
Para a realização da análise de fadiga da estrutura, a CEMEF utilizou o código ASME Seção
VIII Divisão 2 em sua edição de 2019 (Ref 7.4), considerando que a estrutura trabalha com
carga cíclica e amplitude constante, as variações de tensões equivalentes são determinadas
baseadas no subitem 5.5.3 do referido código, além de também se calcular a quantidade de
ciclos permitidos.
Conforme informada pela CONTRATANTE, existe uma variação de pressão devido a
irregularidades de operação, situação esta que caracteriza uma ciclagem de carregamentos. A
CONTRATANTE informou que a pressão de operação pode variar da sua pressão de projeto
1,0 kgf/cm² a 1,5 kgf/cm², com picos de pressão máxima de 1,8 kgf/cm² registradas em eventos
pontuais, tal variação foi considerada para a realização da análise de fadiga.
Região 21
Região 20
Região 21
REPARO COM
SOLDAGEM CHAPA
SOBREPOSTA – 700 X 800
mm
Figura 14 - Overview modelo criado para tubulação de interligação Venturi-Bischoff - Retirado de CEMET-RT3236-20
A seguir imagem do modelo criado com a regiões de espessura baixa detectadas durante a
inspeção de campo destacadas.
A partir da simulação foi possível obter valores de espessura críticas estruturais para o
equipamento, conforme também realizado nas medições de campo, para apresentar os
resultados de tais espessuras críticas o equipamento foi dividido em partes, partindo do seu
ponto de maior elevação, abaixo tabela 7 com as espessuras.
Figura 16 - Tensões von Mises [Pa] - Categoria PL + Pb –Tubulação de Interligação Venturi-Bischoff - Retirado relatório CEMEF
Para a realização da análise de fadiga da estrutura, a CEMEF utilizou o código ASME Seção
VIII Divisão 2 em sua edição de 2019 (Ref 7.4), considerando que a estrutura trabalha com
carga cíclica e amplitude constante, as variações de tensões equivalentes são determinadas
baseadas no subitem 5.5.3 do referido código, além de também se calcular a quantidade de
ciclos permitidos.
Conforme informada pela CONTRATANTE, existe uma variação de pressão devido a
irregularidades de operação, situação esta que caracteriza uma ciclagem de carregamentos. A
CONTRATANTE informou que a pressão de operação pode variar da sua pressão de projeto
1,0 kgf/cm² a 1,5 kgf/cm², com picos de pressão máxima de 1,8 kgf/cm² registrados eventos
pontuais, tal variação foi considerada para a realização da análise de fadiga.
Ainda como descrito no relatório CEMEF-RT3236-20, os pontos destacados da figura 16 acima
foram avaliados para a fadiga por se tratarem de uma região crítica. A partir das informações
obtidas com a CONTRATANTE, considerando dois picos irregulares de pressão por minuto
7.3.3. VENTURI
Durante a inspeção do foram observados em dois trechos da tubulação do Venturi valores de
espessura inferiores a espessura nominal e tolerância de fabricação, na região 2 (curva de
entrada), regiões 32, 33, 34 e 35 do trecho vertical após a mudança de seção.
Localização Espessura Nominal Tolerância de Espessura Perda % de
(mm) Fabricação (mm) Verificada (mm) espessura
Região 2 (180°) 25,00 21,87 13,8 44,80%
Região 2 (270°) 25,00 21,87 15,5 38,00%
Região 32 (0°) 16,00 14,00 13,1 18,12%
Região 33 (0°) 16,00 14,00 12,4 22,50%
Região 33 (90°) 16,00 14,00 13,6 15,00%
Região 34 (0°) 16,00 14,00 12,1 24,38%
Região 34 (90°) 16,00 14,00 12,9 19,38%
Região 34 (270°) 16,00 14,00 13,2 17,50%
Região 35 (0°) 16,00 14,00 11,3 29,38%
Região 35 (90°) 16,00 14,00 11,9 25,63%
Região 35 (270°) 16,00 14,00 13,0 18,75%
Região 36 (0°) 16,00 14,00 11,4 28,75%
Região 36 (90°) 16,00 14,00 8,4 47,50%
Região 36 (180°) 16,00 14,00 10,4 35,00%
Região 36 (270°) 16,00 14,00 6,7 58,13%
Tabela 8 - Resultados obtidos abaixo da mill tolerance - Venturi
Conforme estabelecido no plano de inspeção, a partir da observação de valores de espessura
abaixo da tolerância de fabricação, o grid de inspeção foi alterado e tomadas quatro (4) novas
medidas equidistantes em 100 mm da medida de origem, conforme tabelas a seguir.
Nota: Verificou-se neste reparo a presença de chapas com espessuras distintas, 12,5 mm
(dimensões 970 x 640 mm) e 6,5 mm (dimensões 410 x 1200 mm).
A seguir imagem das regiões que apresentaram desgaste constatado durante a inspeção de
campo inseridas no modelo de elementos finitos.
Figura 21 - Tensões von Mises [Pa] - Categoria PL + Pb –Venturi- Retirado relatório CEMEF
Para a realização da análise de fadiga da estrutura, a CEMEF utilizou o código ASME Seção
VIII Divisão 2 em sua edição de 2019 (Ref 7.4), considerando que a estrutura trabalha com
carga cíclica e amplitude constante, as variações de tensões equivalentes são determinadas
baseadas no subitem 5.5.3 do referido código, além de também se calcular a quantidade de
ciclos permitidos.
Conforme informada pela CONTRATANTE, existe uma variação de pressão devido a
irregularidades de operação, situação esta que caracteriza uma ciclagem de carregamentos. A
CONTRATANTE informou que a pressão de operação pode variar da sua pressão de projeto
7.3.4. COLETOR DE PÓ
Durante a inspeção visual do equipamento, viu-se ao longo do costado e tampos do
equipamento a presença de corrosão externa devido a sua exposição ao ambiente, porém
mais observada em seu lado norte e oeste devido a sua localização próxima ao poço de
granulação do Alto Forno. Além disto, observou-se em sua parte cônica superior o acumulo
grande de sujeira e materiais diversos. Viu-se também a presença de reparos com aplicação
de chapas sobrepostas no costado em seu lado leste (Figura 22).
Na cônica superior (Figura 23), no anel de reforço conforme indicado no croqui abaixo (figura
24) presença de chapas de 150 mm x 15 mm e 145 mm x 570 mm e no bocal de saída para a
tubulação do Venturi (Figura 25).
Figura 24 - Croqui apresentando pontos de medição do anel de reforço e localização de reparos (vermelho)
A partir da simulação foi possível obter valores de espessura críticas estruturais para o
equipamento, conforme também realizado nas medições de campo, para apresentar os
resultados de tais espessuras críticas o equipamento foi dividido em partes, partindo do seu
ponto de maior elevação, abaixo tabela 15 com as espessuras.
Figura 27 - Tensões von Mises [Pa] - Categoria PL + Pb –Coletor de Pó- Retirado relatório CEMEF
A partir da simulação foi possível obter valores de espessura críticas estruturais para o
equipamento, conforme também realizado nas medições de campo, para apresentar os
Para a realização da análise de fadiga da estrutura, a CEMEF utilizou o código ASME Seção
VIII Divisão 2 em sua edição de 2019 (Ref 7.4), considerando que a estrutura trabalha com
carga cíclica e amplitude constante, as variações de tensões equivalentes são determinadas
baseadas no subitem 5.5.3 do referido código, além de também se calcular a quantidade de
ciclos permitidos.
Conforme informada pela CONTRATANTE, existe uma variação de pressão devido a
irregularidades de operação, situação esta que caracteriza uma ciclagem de carregamentos. A
CONTRATANTE informou que a pressão de operação pode variar da sua pressão de projeto
1,0 kgf/cm² a 1,5 kgf/cm², com picos de pressão máxima 1,8 kgf/cm² registrados em eventos
pontuais, tal variação foi considerada para a realização da análise de fadiga.
Ainda como descrito no relatório CEMEF-RT3236-20, os pontos destacados da figura 27 acima
foram avaliados para a fadiga por se tratarem de regiões críticas com tensões concentradas. A
partir das informações obtidas com a CONTRATANTE, considerando dois picos irregulares de
pressão por minuto ocorrendo 1 ciclo por mês e 12 ciclos por ano, a CEMEF obteve para a
região crítica estimativa de vida útil para a estrutura superior a 50 anos.
8.1. COLETOR DE PÓ
8.1.1. AÇÕES DE CURTO PRAZO:
Realizar a substituição das chapas do anel de reforço e do bocal de saída para a tubulação
para o Venturi, uma vez que a presença de soldagem de chapas sobrepostas é um indicativo
de perda de espessura localizada.
Nota: Por se tratar de equipamento enquadrado como categoria I pela Norma
Regulamentadora 13 (NR13) do Ministério de Trabalho, todas as ações de reparo e alterações
de projeto devem ser concebidas e aprovadas por profissional habilitado (PH) através de
documento denominado P.A.R (projeto de alteração e/ou reparo) conforme disposições dos
subitem 13.3.3.3 e 13.3.3.4 da NR-13, além disto, todas ações que envolvem soldagem e
mandrilhamento devem ser submetidas a exames para garantia da qualidade conforme
disposições dos subitem 13.3.3.5 da NR-13.
8.1.2. AÇÕES DE MÉDIO E LONGO PRAZO:
Realizar a reposição de toda a pintura do equipamento com intuito de proteger as chapas de
construção do equipamento a exposição do vapor de granulação do Alto Forno e ao ambiente,
uma vez que a ausência de pintura propicia a propagação de corrosão externa e consequente
perda de espessura.
Realizar nova inspeção em trinta e seis (36) meses para o monitoramento detalhado das
espessuras das chapas de construção do equipamento.
Realizar semestralmente o monitoramento termográfico do equipamento.
Nota: Por se tratar de equipamento enquadrado como categoria I pela Norma
Regulamentadora 13 (NR13) do Ministério de Trabalho, o mesmo possui periodicidade para a
8.3. DOWNCOMER
8.3.1. AÇÕES DE CURTO PRAZO:
Realizar a substituição das chapas (aproximadamente 1,5 m²) de construção do equipamento
próximo ao reparo aplicado no lado Oeste no trecho de entrada da tubulação em sua parte
superior.
Nota: Por se tratar de um trecho de tubulação onde o equipamento mais crítico do sistema
(Coletor de Pó) se enquadra como equipamento de categoria I pela Norma Regulamentadora
8.5. VENTURI
8.5.1. AÇÕES DE CURTO PRAZO:
Realizar a substituição das chapas de construção do equipamento (aproximadamente 2,5 m²)
no trecho de mudança de seção, em seu lado Oeste, onde há a presença de soldagem de
chapas sobrepostas conforme evidenciado na figura 14 deste relatório.
Nota: Por se tratar de um trecho de tubulação onde o equipamento mais crítico do sistema
(Coletor de Pó) se enquadra como equipamento de categoria I pela Norma Regulamentadora
13 (NR-13) do Ministério de Trabalho, todas as ações de reparo e alterações de projeto devem
ser concebidas e aprovadas por profissional habilitado (PH) através de documento
denominado P.A.R (projeto de alteração e/ou reparo) conforme disposições dos subitem
13.3.3.3 e 13.3.3.4 da NR-13, além disto, todas ações que envolvem soldagem e
mandrilhamento devem ser submetidas a exames para garantia da qualidade conforme
disposições dos subitem 13.3.3.5 da NR-13.
9. CONCLUSÃO
Por se tratarem de equipamentos com ciclos operacionais extensos, naturalmente se espera
que os mesmos apresentem desgaste, ainda assim, de posse dos dados obtidos durante a
fase de levantamento de campo e ainda com os resultados obtidos pela análise estrutural dos
equipamentos por simulação numérica pela aplicação de elementos finitos, considerando a
integridade estrutural do sistema objeto deste relatório, os equipamentos obtiverem resultados
que não comprometem a sua operação em curto prazo. Porém para que o sistema se
mantenha em condições normais de operação, condições estas estabelecidas em sua fase de
projeto, se fazem necessárias ações pontuais de recuperação, principalmente nos trechos
onde foram observadas perdas de espessura significativas e nas regiões onde foram aplicadas
ações de manutenção (Reparos com sobreposição de chapas) sem controle de qualidade
conforme apontado no presente relatório.