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LIPÍDIOS

Profª. Daniella de Brito


LIPÍDIOS
Por que os lipídios são utilizados como forma de
a rmazenamento de energ ia ?

• Grupo quimicamente diverso de compostos, que apresentam diferentes


propriedades, possuindo uma característica comum que é a insolubilidade em
água.

• Dentro desse grupo, encontram-se compostos tais como: mono, di e


triacilgliceróis; fosfolipídios e esfingolipídios; esteróis, ceras e vitaminas
lipossolúveis.

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LIPÍDIOS

• Fosfolipídios e esteróis (colesterol) são elementos estruturais importantes de


membranas biológicas;

• Outros lipídios, embora presentes em quantidades relativamente pequenas,


desempenham papéis importantes no organismo, como cofatores enzimáticos,
transportadores de elétrons, pigmentos que absorvem luz, ajudam no
dobramento das proteínas de membranas, agentes emulsificantes no trato
digestivo, hormônios e mensageiros intracelulares.

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LIPÍDIOS

• Ao contrário de outros macronutrientes, a imiscibilidade dos lipídios


em água faz esses compostos receberem processamentos
especializados durante a digestão, a absorção, o transporte, o
armazenamento e a utilização!

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LIPÍDIOS
• Os lipídios podem ser classificados em três grandes grupos:

• Lipídios simples:

• - Ácidos graxos;
• - Gorduras neutras: ésteres de ácidos graxos com glicerol (monoacilgliceróis, diacilgliceróis,
triacilgliceróis);
• - Ceras: ésteres de ácidos graxos com alcoóis de alto peso molecular, que podem ser
ésteres de esterol (p. ex., éster de colesterol) ou éster não esterol (p. ex., palmitato de
retinol, que são ésteres de vitamina A).
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RF
LIPÍDIOS
• Lipídios compostos:
• - Fosfolipídios: compostos de ácido fosfórico, ácidos graxos e uma base nitrogenada;
• - Esfingolipídios: lipídios que contêm uma base esfingosina;
• - Lipoproteínas: partículas de lipídios e proteínas.

• Lipídios derivados:
• - Esteróis (p. ex., colesterol e sais biliares).
• - Carotenoides e vitaminas A, D, E e K.

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LIPÍDIOS- ÁCIDOS GRAXOS


• De 4 a 28 carbonos (número par de carbonos);
• Cadeia carbônica pode ser, ainda, saturada ou conter uma ou mais insaturações;
• O grupo carboxila constitui a região polar e a cadeia R, a região apolar da molécula;
• Os ácidos graxos podem ser classificados de acordo com o tamanho da cadeia de hidrocarbonetos,
a presença de ramificações, a presença de insaturações (duplas-ligações) e a posição da primeira
ligação dupla.

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• AG de cadeia curta (C 4:0)
Tamanho da cadeia de hidrocarbonetos: RF
• a
- Cadeia curta: de dois AGcinco
de cadeia média
átomos de (C 10:0)
carbono.
• AG de cadeia longa (C 24:0)
- Cadeia média: de seis a doze átomos de carbono.

- Cadeia longa: 13 a 21 átomos de carbonos.


• AG insaturados da série ômega-9

- Cadeia muito longa: >22 átomos de carbono.


• AG insaturados da série ômgea-7
- OBS: O tecido adiposo contém AG de extensão variadas

• AG insaturados da série ômega-6

• AG insaturados da série ômega-3 8


RF

LIPÍDIOS- ÁCIDOS GRAXOS


• Os ácidos graxos insaturados podem ser classificados de acordo com a posição da primeira dupla-
ligação em relação ao grupo metil terminal do ácido graxo, utilizando a nomenclatura ômega (n ou
ômega):
• - n- / ômega-9: possui a dupla-ligação inicial entre o 9° e o 10° átomo de carbono.
• - n- / ômega-7: possui a dupla-ligação inicial entre o 7° e o 8° átomo de carbono.
• - n- / ômega-6: possui a dupla-ligação inicial entre o 6° e o 7° átomo de carbono.
• - n- / ômega-3: possui a dupla-ligação inicial entre o 3° e o 4° átomo de carbono.

OBSERVAÇÃO: Cada dupla ligação subsequente ocorre, em geral, a três átomos de carbono de
distância, na cadeia de carbono, a partir da ligação precedente. Portanto, um número de
duplas - ligações dentro de um ácido graxo é restringido pelo comprimento de sua cadeia.
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LIPÍDIOS- ÁCIDOS GRAXOS


Ácidos graxos essenciais

• Durante a formação de novo de um ácido graxo, as enzimas biossintéticas humanas


podem inserir duplas-ligações na posição n-9 ou superior; entretanto, essas enzimas não
podem inserir duplas-ligações em nenhuma posição mais próxima ao grupo metil
terminal.

 Por essa razão, ácidos graxos com duplas-ligações nas posições n-6 e n-3 são
considerados essenciais, ou seja, devem ser obtidos de fontes alimentares, pois não são
sintetizados pelo organismo humano.

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LIPÍDIOS- ÁCIDOS GRAXOS


Ácidos graxos essenciais
• As duplas-ligações dos ácidos graxos presentes nos alimentos consumidos mais
frequentemente, ocorrem na configuração cis;
• Ligações trans também podem estar presentes em alguns alimentos, como resultado da hidrogenação
industrial de óleos ou pela biohidrogenação microbiana de ruminantes.

• Na configuração cis, os átomos de carbono da cadeia alifática estão no mesmo lado da


dupla-ligação, enquanto as duplas- ligações trans apresentam os carbonos em lados
opostos

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Classificação dos ácidos graxos

Cadeia de carbono Insaturações


• AGCC • Saturado
• AGCM • Monoinsaturado
• AGCL (CML) • Poliinsaturado

• Essencialidade • Conformação espacial


• Essenciais • Cis
• Não essenciais • Trans
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Gordura TRANS
• ÁCIDOS GRAXOS TRANS:
• São ácidos graxos insaturados que apresentam pelo menos uma ligação dupla, carbono-carbono na
configuração trans;

• A obtenção acontece principalmente, pela hidrogenação parcial de óleos vegetais e de peixes;


• Mas também são encontrados em pequenas quantidades em carnes e produtos lácteos de animais ruminantes;
• Como consequência de ação bacteriana no rúmen do animal ;

• Óleos e gorduras parcialmente hidrogenados: são todos os óleos e gorduras submetidos ao processo de
hidrogenação e que possuem um índice de iodo superior a 4 (quatro).

• RESOLUÇÃO DA DIRETORIA COLEGIADA - RDC Nº 332, DE 23 DE DEZEMBRO DE 2019

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Gordura TRANS
• É uma substancia tóxica presente em: Margarinas, cremes vegetais, produtos de panificação e confeitaria,
salgadinhos, sorvetes, chocolates, biscoitos, massas instantâneas;

• RESUMINDO... Grande parte dos produtos ultraprocessados;


• Consumo frequente no Brasil, inclusive pelo público infantil;

• É produzida a partir de diferentes processos tecnológicos, dentre eles a hidrogenação parcial de óleos
vegetais
• Utilizada principalmente pela indústria de alimentos
• Aumentar a validade dos produtos, acentuar o sabor, melhorar textura e conferir crocância por baixo
custo

• Não é essencial ao organismo, não oferece nenhum benefício à saúde e é prejudicial.


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Gordura TRANS
• SERÁ QUE É 0% DE GORDURA TRANS MESMO?

• Fique alerta com o rótulo!

• Se a gordura for igual ou inferior a 0,2 gramas POR PORÇÃO do alimento, o fabricante pode declarar como
ZERO na TABELA NUTRICIONAL.

• OLHE A LISTA DE INGREDIENTES!

• https://gorduratransnao.com.br/ 15
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Gordura TRANS
• ESFORÇO COLETIVO MUNDIAL PARA A ELIMINAÇÃO DA GORDURA TRANS INDUSTRIAL
•  OMS recomenda que até 2023 TODOS os países eliminem a gordura trans do sistema alimentar!

• O QUE O BRASIL ESTÁ FAZENDO?


• A Anvisa desde 2016, tem analisado e discutido o tema com a presença da sociedade civil,
universidades, governo e indústria de alimentos para se chegar à melhor opção regulatória para
restrição da substância no país;

• MAIS RECENTE: A partir de 1º de julho de 2021, a quantidade de gordura trans industrial em óleos não
pode ultrapassar o limite de 2 gramas por 100 gramas da gordura total;
• Até 1º de janeiro de 2023, a quantidade de gorduras trans industriais não pode exceder 2 gramas por 100
gramas de gordura total nos alimentos destinados ao consumidor final e nos alimentos destinados aos
serviços de alimentação.
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Gordura TRANS
• EFEITOS PREJUDICIAIS À SAÚDE!

• O consumo de gorduras trans industriais causa alterações prejudiciais ao colesterol, inflamações e


agressões aos vasos sanguíneos, além de estar relacionado a derrame, infarto, infertilidade,
endometriose, cálculos biliares, doença de Alzheimer, diabetes e alguns tipos de câncer;

• Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), meio milhão de pessoas morrem, a cada ano, por
causas relacionadas à gordura trans em sua comida;

• O impacto socioeconômico para cidadãos e para o Estado é crescente, sendo considerado um


problema para a saúde pública mundial.

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O que são os AL (CLA)?
• O termo ácido linoléico conjugado ou CLA (ômega-6) refere-se a uma classe ácido linoleico, nos quais as
duplas-ligações apresentam-se na forma conjugada;

• Os CLA são encontrados naturalmente em castanhas e óleos vegetais;

• Tem sido encontrados na natureza, o que têm sido alvo de extensivas investigações com relação a suas
atividades biológicas, como crescimento celular e principalmente, saúde cerebral, muscular e pele;

• Tanto o ômega-6, quanto ômega-3 são necessários para manter sob condições normais, as membranas
celulares, as funções cerebrais e a transmissão de impulsos nervosos.

• A proporção ideal na nossa alimentação é de 4 partes de ômega 6 para 1 parte de ômega 3, mas o que
acontece na alimentação moderna é um enorme desequilíbrio entre essas proporções.
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O que são ALA?
• Ácido alfa-linolênico conjugado;

• Pode ser convertido em DHA e EPA, através de fontes alimentares;


• Enzimas corporais fazem essa conversão
• Tabagismo, álcool, diabetes, estresse, ingestão de gordura trans  Atrapalha!

• Fontes: Chia, linhaça, semente de abóbora, girassol, nozes, espinafre e couve;

• Tem importante função na formação de membranas celulares, desenvolvimento e


funcionamento do cérebro, saúde cardiovascular e da retina, sendo predominante na maioria
das membranas celulares desses órgãos.

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Nomeclatura
• A nomenclatura dos ácidos graxos é determinada de três formas:
• A forma sistemática, com base no número de átomos de carbono na molécula
• Ex: 10 carbonos = decanoico

• Da forma comum, com base na fonte da qual o ácido graxo foi isolado de forma
comum ou tradicional (p. ex., ácido palmítico, isolado do óleo de palma);

• A forma numérica, utilizada como abreviação, em que o primeiro número refere-se ao


número de carbonos no ácido graxo enquanto um segundo número após dois pontos
designa o número de duplas-ligações (p. ex., hexadecanoico = palmítico = C 16:0).

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Nomeclatura

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TCM
Absorção dos triacilgliceróis de cadeia média?

• Os triacilgliceróis de cadeia média (TCM), constituídos de ácidos graxos de cadeia


média (com seis a dez átomos de carbono);

• São solúveis em água e a maioria deles é transportada diretamente para o fígado


pelo fluxo sanguíneo portal;

• Portanto, eles são absorvidos com maior rapidez que os triacilgliceróis de cadeia
longa e podem ser encontrados no sangue 20 minutos após sua ingestão, sendo
considerados fontes de energia imediata
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RESUMO DA DIGESTÃO
• 1 ª- A digestão dos lipídios se inicia na cavidade oral, com a salivação e a mastigação.
• Pequenas quantidades de gorduras são hidrolisadas pela ação da lipase lingual;

OBS: A mastigação amplifica a área de superfície sobre a qual a lipase lingual pode agir.

• 2º- A hidrólise dos lipídios continua no estômago pela ação da lipase gástrica (tributirinase),
• Hidrolisa parte dos triacilgliceróis - especialmente os de cadeia curta e média – em diacilgliceróis.

OBS: No estômago, além das lipases descritas acima, os movimentos de propulsão, retropropulsão e
mistura na região antral do estômago desempenham um papel importante na emulsificação dos lipídios.

 Esse processo de emulsificação gástrica é essencial para garantir a eficiência da ação enzimática no
duodeno, pois aumenta a superfície de contato, facilitando a interação enzimática.
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Digestão
• 3º- A gordura que entra na porção superior do duodeno é composta por 70% de triacilgliceróis,
sendo o restante formado por uma mistura de produtos de hidrólise parcialmente digeridos.

OBS: Portanto, a porção principal da digestão de gordura ocorre no intestino delgado! Que
necessita de sais biliares e da lipase pancreática.

• 4º- A entrada de gordura


Líquido no intestino
emulsificante estimula
produzido a liberação
pelo de enterogastrona,
fígado e secretado a qual com
pelas vias biliares atuaa
inibindo a secreção do suco gástrico
funçãoedea motilidade gástrica,
formar micelas tornando mais
que incorporam lenta a liberação de
os lipídios
lipídios.

OBS: A presença de gordura no intestino delgado também estimula a secreção de colecistocinina


que, por sua vez, estimula as secreções biliar e pancreática.
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Digestão
• 5º- Os produtos finais da digestão, os ácidos graxos livres, são incorporados nas
micelas.
• Micelas: partículas em suspensão na solução aquosa do lúmen intestinal, e
transportados até os enterócitos.

• 6º- Próximo aos enterócitos, as micelas se dissociam e as moléculas lipídicas são


absorvidas por meio de difusão na porção proximal do jejuno, enquanto os ácidos
biliares são absorvidos na porção terminal do íleo;
• Dentro dos enterócitos, os ácidos graxos livres migram para o retículo
endoplasmático liso e são ressintetizados formando triacilgliceróis.

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Digestão
• 7º- Os triacilgliceróis ressintetizados em conjunto com o colesterol livre, os ésteres de
colesterol, os fosfolipídios e as vitaminas lipossolúveis formam partículas que depois da
inserção de apoproteínas (apoB e apoA), são chamadas de quilomícrons.

• Os quilomícrons são, então, liberados nos vasos linfáticos e atingem a circulação sistêmica.

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RF

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LIPÍDIOS – PARTE
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Profª. Daniella de Brito
RF
INGESTÃO

• Para evitar um ganho de peso não saudável, as gorduras não devem exceder 30% da
ingestão calórica total;

• As gorduras saturadas devem representar menos de 10% da ingestão calórica total;


• O consumo de gorduras trans, por sua vez, deve ser inferior a 1% do consumo total;
• Para isso ser possível, o consumo de gorduras deveria ser modificado para reduzir as
gorduras saturadas e trans, para gorduras insaturadas.

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Processo digestório
• Gorduras frequentemente consumidas na forma de TG
• Com natureza hidrofóbica e complexidade da molécula ...
• Os TG precisam da ação de diferentes enzimas e de movimentos mecânicos

Para serem quebrados e absorvidos.

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Processo digestório

Enzimas eficientes na emulsificação e


1ª quebra de ácidos graxos de cadeia média

Ação enzimática:
Ação da lipase lingual e gástrica

Ação física:
Movimentos de propulsão, retropropulsão e Importante para a emulsificação
mistura dos lipídios 31
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Processo digestório
Local central para digestão de alimentos
e nutrientes

Secreção de colecistoquinina (CCK)


Secreção de bile (rica em
sais biliares e fosfolipídios)
E da lipase pancreática

2ª Intensifica o processo de
emulfisicação
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Processo de Absorção
• O processo absortivos de ácidos graxos difere em relação ao tamanho da sua cadeia
carbônica;

• AGCC: Ocorre rapidamente através da mucosa do cólon, mas a concentração no sangue


e a captação hepática é variável;

• AGCM: Após passarem pelos enterócitos ligam-se a albumina


• Conduzidos ao fígado pelo sangue portal

• AGCL: Absorvidos na borda em escova dos enterócitos  Migram para o REL aonde
ocorre a ressíntese dos TG.
• Esses são incorporados a apolipoproteínas, fosfolipídios ressintetizados e colesterol,
formando as lipoproteínas
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RF
Processo de Transporte
Após a absorção intestinal os AG são transportados na
circulação sanguínea  Para serem utilizados pelo fígado e
3ª tecidos periféricos, ou para serem armazenados como tecido
adiposo.

Os AG são transportados de formas distintas:

AGCL- Ligado à albumina


AGCM e AGCC- Quilomícron ou lipoproteína

Transporte pode acontecer por meio da via exógena: transporte dos


lipídios dietéticos do intestino para o fígado;

Via endógena: transporte de lipoproteínas sintetizadas nos hepatócitos


para os tecidos periféricos
RF
Processo de transporte
LIPÍDIOS CIRCULANTES:
Biodinâmica das lipoproteínas (hidrossolúvel) circulantes:
 Para circular em meio aquoso plasmático os lipídios precisam sofrer solubilização

Ligam-se a proteínas específicas -Partículas constituídas por uma


denominadas apolipoproteínas parte central de lipídios (colesterol,
(apos) e formam as lipoproteínas triglicerídeos e fosfolipídios) +
plasmáticas proteínas

Quanto maior o componente proteico das lipoproteínas, maior é a sua densidade


Função das lipoproteínas: solubilizar a gordura e de transportá-la pelo sangue;
Função das apolipoproteínas (após): Reconhecem sítios de ligação de receptor
celulares que funcionam como coenzimas no metabolismo lipídico.
RF
Processo de transporte
O transporte de ácidos graxos via corrente sanguínea pode ser realizado por lipoproteínas de
diferentes densidades

LIPOPROTEÍNAS:
 Quilomícrons (QM) (D = <0,950g/mL)- Transportam os lipídios provenientes da dieta (absorção
intestinal) aos tecidos periféricos e fígado- transporta TG e Colesterol
Transporta os lipídios de síntese
endógena do fígado aos tecidos
 Lipoproteínas de muito baixa densidade (VLDL) (D = <1,006g/mL) periféricos
 Lipoproteínas de baixa densidade (LDL) (D = 1,079-1,063)

 Lipoproteínas de alta densidade (HDL) (D = 1,063-1,210)- Facilitam o transporte reverso de


colesterol dos tecidos periféricos ao fígado- removendo o excesso deste nos tecidos

 Apolipoproteínas: presente na nas superfícies das lipoproteínas, regulam sua velocidade de síntese
e catabolismo; o movimento de entrada e saída em células-alvo e tecidos periféricos.
RF
Processo de transporte
LIPÍDIOS CIRCULANTES:
Os lipídios provenientes da dieta (TG) (QM) e os da síntese endógena (VLDL),
entram na corrente sanguínea e sofrem hidrólise
QM função de fornecer energia aos tecidos periféricos, através da liberação de Ác.
Graxos livres

1. A apo C-II dos QM ativa uma enzima (lipase) que


No plasma recebem da HDL apo C-II
hidrolisa os TG  Gerando Ác. Graxos livres
e apo-E
2. Esses são então capturados por células do
músculo e tec. Adiposo e utilizados como
substrato de energia ou armazenados

3. Apo C-II volta à HDL


RF
CURIOSIDADE: A HDL pode ser dividida em
2 subclasses principais:
Apo- AI: Antiaterogênica (capaz de
Processo de transporte remover colesterol livre);
Apo- AII: pró-aterogênica.
LIPÍDIOS CIRCULANTES:
As LDL possuem em sua composição predomínio de colesterol;
É incorporado nas membranas celulares
Armazenado na forma de éster de colesterol OU utilizado para síntese de hormônios
esteroides
Na Hipercolesterolemia apresenta-se elevada, favorecendo a geração da forma oxidada
(LDL-ox)  Extremamente aterogênica

As HDL são as únicas partículas envolvidas no transporte reverso do colesterol;

Transporte reverso: Processo pelo qual o lipídio é


transportado dos tecidos periféricos para o fígado, onde serão
metabolizados ou excretados na forma de sais biliares
RF
Processo de transporte
A alteração em uma das inter-relações descritas, pode levar ao quadro de:
Classificação Laboratorial:

Hipercolesterolemia isolada: Elevação isolada do colesterol total (CT), em geral representada


por aumento do LDL.

Hipertrigliceridemia Isolada: elevação isolada dos triglicérides (TG), representada por


aumento das VLDL, dos quilomícrons ou de ambos.

Hiperlipidemia mista: Valores aumentados do CT e dos TG.

HDL baixo: Isolado ou em associação a aumento de LDL e/ou de TG.


RF
Armazenamento
Armazenados na forma de TG, moléculas de triésteres de ácidos graxos
(saturados, mono ou poli-insaturados) acoplados a um álcool (glicerol), para
constituírem reserva de energia;

Principalmente:
RF
Processo de transporte
Tecido adiposo marrom ou pardo:
Função de regulação da temperatura corporal em recém nascidos.
Em adultos: depósitos de gordura está praticamente ausente

Tecido adiposo branco ou amarelo:


Amplamente distribuído no tecido subcutâneo
Fluxo sanguíneo para esse tecido varia dependendo do peso corpóreo e estado
nutricional e aumenta durante o jejum
Possui inervação de fibras do sistema nervoso simpático
Maior responsável pela produção de leptina

Maioria dos depósitos de gordura  TG


Mas... CHO E PTN em excesso  Convertidos em Ác. Graxos no fígado por meio da
lipogênese
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Processo de transporte
Certas circunstâncias metabólicas, ocorre a quebra de TG  LIPÓLISE

Liberando Ác. Graxos do tecido adiposo para sua utilização celular na síntese de ATP

Processo predominante quando existe maior necessidade de energia para atender o gasto energético

• A lipólise pode acontecer através da ação da enzima lipoproteína lipase ou de


lipase sensível a hormônios
Liberadas através do estímulo de hormônios lipolíticos:
adrenocorticotrófico (ACTH); Catecolaminas (adrenalina e
noradrenalina); Horônio do crescento (GH); Glucagon; Cortisol e
Leptina
RF
Processo de transporte
Os hormônios lipolíticos ligam-se a receptores presentes na
membrana celular dos adipócitos  Desencadeia uma cascata de
reações na ativação da via AMPk Uma vez ativada, a AMPK, leva a uma
inibição das vias metabólicas que
consomem energia como a síntese de
glicogênio

Leva à ativação da enzima lipase sensível a hormônio e consequentemente


hidrólise de ácidos graxos  Relacionado ao grau de ativação do SNS
RF
Síntese de energia
Oxidação ocorre principalmente no fígado e no músculo;
Não ocorre no cérebro, nas hemácias e na medula da adrenal

Objetivo: Quebrar a molécula de Ác. graxo  produzir Acetil-Coa

Acetil-Coa será oxidado no ciclo do ácido tricarboxílico


(Ciclo de Krebs)

De 90-95% a oxidação ocorre na mitocôndria


 O restante ocorre no peroxissomo do rim e do fígado
RF
Síntese de energia
Ao chegarem na célula o AG atravessa a membrana celular atingindo o citosol;
Para ultrapassarem a barreira mitocondrial os AGCL necessitam do auxílio da
carnitina.

AGCM  Mais solúveis em água e podem entrar na mitocôndria com


independência parcial da carnitina (exceto no músculo)

Uma vez no interior da mitocôndria, os AG são substratos para a maquinaria da


beta-oxidação e síntese de energia
RF
Síntese de energia
•BETA-OXIDAÇÃO:

•1ª Fase: LIPÓLISE: Lipase  TG é hidrolisado em AG e Glicerol  Lipase

Glicerol é fosforilado no fígado AG cai na corrente sanguínea e é transportado junto


Entrando na formação de outro TG com a albumina para o fígado e o tecido muscular
esquelético

•2ª Fase: Ativação do ácido graxo: Através do acoplamento do AG com uma


coenzima A (Acetil- CoA), os 2 carbonos separados + coenzima A, formam
uma acil-CoA
RF
Síntese de energia
Presente na mitocôndria – responsável
•BETA-OXIDAÇÃO: pela entrada de acil-CoA nessa
organela

•3ª Fase: Transporte de acil-CoA para a mitocôndria:


•Etapa com a participação fundamental da carnitina Retorna ao citosol
Membrana mitocondrial
CARNITINA
Matriz mitocondrial
Carnitina + ácido graxo
CAT II
+
Recebe o grupo acil-CoA pela
enzima carnitina Coenzima A
aciltransferase I (CAT I) Acil-CoA
Acilcarnitina
Entra na Membrana mitocondrial interna
Ác. Graxo se liga.... Sofre beta-oxidação
RF
Síntese de energia
•BETA-OXIDAÇÃO:

•4ª Fase: BETA-OXIDAÇÃO:

•Ocorre na matriz mitocondrial

•É uma sequência de reações químicas em que há encurtamento da cadeia


de AG, a cada giro, o ácido graxo tem a retirada de 2 carbonos, sob a forma
de Acetil-CoA.
RF
RF

Adicionar um rodapé 51
RF

Adicionar um rodapé 52
RF
Alterações no metabolismo no jejum
• Jejum é caracterizado pela diminuição do gesto de energia e utilização de fontes
alterativas de combustível;

• A resposta do corpo à ingestão alimentar inadequada crônica é preservar a massa


corpórea magra.

Adicionar um rodapé 53
Glicemia para valores entre 60 e 80 mg/dL Hipoglicemia RF
Hormônios contraregulatórios

Concentração de insulina + hormônios


Cortisol, Glucagon, GH, Adrenalina

LIPASE Ativada no MÚSCULO e no ADIPÓCITO


Enzima
Libera através dos TG:
AG + glicerol
PTN  Aa
Dura cerca de 24h
Estoques de glicogênio
A glicose é Fígado
ressintetizada
Reserva a glicose para ser
Gliconeogênese utilizada pelo SNC e hemácias

Oxidação de AG- Principal via de produção de


Após as 24h de jejum energia dos tecidos

Produz Acetil- CoA


Adicionar um rodapé 54
...Então o jejum prolongado:
Situações de fonte de energia alternativa  Aumenta CC
RF
Acetil- CoA é convertido em CC
CC  Acidose (ex: cetoacidose diabética)

Produz CC na mesma quantidade que que gasta CC

Privilegiam o gasto de gordura em relação a


ptn do corpo

Após a 1ª semana de jejum, ocorre intenso


catabolismo muscular, para produção de Produção de CC regulada pela razão plasmática alta:
glicose pelo fígado glucagon/insulina

Redução de concentração de malonil CoA do hepatócito

Acil-CoA transferase:
Enzima chave na β-oxidação Propriedade de inibir a atividade da carnitina acil-CoA
transferase
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...Então o jejum prolongado:
Estresse
RF
Gera perda de
apetite- anorexia

Em pacientes críticos, a ingestão de gordura e outros nutrientes pode estar ausente ou reduzida, em relação à
necessidade energética aumentada do organismo.

Leptina – hormônio produzido nos adipócitos;


Leptina e citocinas pró-inflamatórias Contribui como regulador da massa de gordura corporal;

Situações de jejum  Organismo lança mecanismos compensatórios: Quebra de proteínas e


gordura e redução do uso de energia de 10-15%

Na presença de estresse do jejum prolongado, esses mecanismos não ocorrem  Devido ao dano tecidual que levam a instalação do
catabolismo  tentativa do organismo de recuperar a situação de homeostase

Intensa lipólise, liberação de hormônios catabólicos (cortisol, adrenalina, glucagon) e de citocinas (TNF-alfa, IL-1, IL-6)

Alteração do metabolismo lipídico 56


RF
Corpos Cetônicos
• A utilização de CC durante o jejum prolongado e a inibição da utilização de glicose, além
de ocorrer no sistema nervoso central, ocorre também:
• Músculo, córtex lateral, glândula mamária e intenso delgado.

• Os CC presentes na circulação, juntamente com os AG livres são utilizados na produção


de ATP pelos tecidos periféricos (principalmente músculo e cérebro)

• Nesses tecidos a oxidação acontece também na mitocôndria.


• Produção total de 26 moléculas de ATP por corpo cetônico oxidado

Adicionar um rodapé 57
RF
ESTUDO DE CASO
• ESTILO DO PACIENTE:
• ATLETA
• TRAUMA/ INTERNADO
• SAUDÁVEL COM OBJETIVO DE PERDA DE PESO COM DIETA LOW CARB
• SAUDÁVEL COM OBJETIVO DE HIPERTROFIA

• HISTÓRIA ATUAL DO PACIENTE

• QUAL A VIA PRIORITÁRIA DE METABOLIZAÇÃO DESSE PACIENTE NO ESTADO ATUAL


• GLICOGÊNIO
• ÁCIDO LÁTICO
• CORPOS CETÔNICOS
RF
ESTUDO DE CASO

• QUAL O ESTADO NUTRICIONAL DESSE PACIENTE

• QUAL A CONDUTA DIANTE DA SITUAÇÃO ESCOLHIDA, INCLUINDO A VIA DE


ADMINISTRAÇÃO E A DIETOTERAPIA

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