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CAXIAS DO SUL
2019
ARTUR DA ROSA MARCHIORO
CAXIAS DO SUL
2019
ARTUR DA ROSA MARCHIORO
Banca Examinadora
_____________________________________
Profª. Dra. Henriette Justina Manfredini Baroni
Universidade de Caxias do Sul - UCS
_____________________________________
Prof. Ms. Edison Vieiro
Universidade de Caxias do Sul - UCS
_____________________________________
Prof. Ms. Maurício Schafer
Universidade de Caxias do Sul - UCS
RESUMO
Dentre as deformações atuantes em vigas de concreto armado, destacamos as flechas como sendo a
de maior impacto para a estrutura. Tendo isto em vista, foi realizado neste trabalho uma análise
comparativa entre os métodos aproximados para avaliação de flechas em vigas de concreto armado,
prescritas pela norma brasileira e dois diferentes códigos internacionais NBR 6118 (ABNT, 2014),
Model Code 1990 (CEB-FIP, 1993) e EN 1992 - Eurocódigo 2 (CEN, 2004). Como modelo de referência,
foram utilizados os dados e resultados baseados em experimento desenvolvido e apresentado por
Baroni (2003). O objetivo proposto foi identificar a aproximação dos resultados obtidos pelos modelos
normativos com os dados experimentais, e assim quando necessário, balizar a adequação dos critérios
de cada normativa frente a previsão de flechas. A análise de resultados evidenciou que nenhum dos
modelos simplificados produziu 100% de resultados satisfatórios, tanto para as flechais iniciais quanto
para as finais, frente aos resultados experimentais. Ainda foi possível apurar que a NBR 6118 (ABNT,
2014), norma em vigor no Brasil, obteve os resultados mais distantes dos experimentais, sendo assim,
considerada a mais inapropriada para uso.
Palavra-chave: Flecha. Flecha imediata. Flecha diferida. Flecha final. Viga de concreto armado.
ABSTRACT
Among the deformations acting on reinforced concrete beams, we highlight the arrows as having the
greatest impact on the structure. With this in mind, a comparative analysis of the approximate methods
for assessing arrows in reinforced concrete beams prescribed in three different international codes was
performed in this work: NBR 6118 (ABNT, 2014), Model Code 1990 (CEB-FIP, 1993) and EN 1992 -
Eurocode 2 (CEN, 2004). As a reference model, we used data and results based on an experiment
developed and presented by Baroni (2003). The proposed objective was to identify the approximation
of the results obtained by the normative models with the experimental data, and thus, when necessary,
to mark the adequacy of the criteria of each normative against the forecast of arrows. The analysis of
results showed that none of the simplified models produced 100% satisfactory results, both for the initial
and final arrows, compared to the experimental results. It was also possible to determine that the NBR
6118 (ABNT, 2014), a standard in force in Brazil, obtained the most distant results from the experimental
ones, thus being considered the most inappropriate for use.
Keyword: Arrow. Immediate arrow. Deferred arrow. Final arrow. Reinforced concrete beam.
LISTA DE FIGURAS
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................ 10
2 FLECHAS ................................................................................................... 13
REFERÊNCIAS.......................................................................................... 49
10
1 INTRODUÇÃO
1.2 OBJETIVOS
1.3 DELIMITAÇÕES
2 FLECHAS
2.2.1 Estádio I
𝑓𝑐𝑡 . 𝐼𝑏
𝑀𝑓 =
𝑦 (1)
Sendo:
𝑀𝑓 = momento de fissuração do elemento estrutural;
𝑓𝑐𝑡 = resistência a tração direta do concreto;
𝐼𝑏 = momento de inércia da seção bruta do concreto;
y = metade da altura da seção da viga.
2.2.2 Estádio II
figura 2. Para cálculo de tal, começamos redefinindo a nova altura da linha neutra 𝜒
através da equação 2.
𝑛 . 𝐴𝑠 2. 𝑏. 𝑑
𝜒= (−1 + √1 + ) (2)
𝑏 𝑛 . 𝐴𝑠
Sendo:
𝑏= largura da seção da viga;
𝑛= coeficiente de equivalência, equação 3;
𝐴𝑠 = armadura de tração da seção;
𝑑= altura útil da seção.
Considerando:
𝐸𝑠
𝑛= (3)
𝐸𝑐
Sendo:
𝐸𝑠 = módulo de elasticidade do aço;
𝐸𝑐 = módulo de deformação do concreto;
1
𝐼𝑓 = 𝑏. 𝜒 3 + 𝑛. 𝐴𝑆 (𝑑 − 𝜒)2 (4)
3
do aço quando sua deformação atinge 1%. Ocorre ruptura em material plástico
quando é atingida uma deformação inadmissível, e não quando se atinge sua máxima
tensão.
Para Fusco e Onishi (2017) o estádio III diz respeito somente ao estádio de
ruptura do concreto comprimido.
Segundo Ruiz e Dutari (1992), durante muitos anos a maioria dos países não
deram a devida relevância para o cálculo de flechas em suas normas, grande parte
disto devido ao fato de ser pequeno o número de casos com ocorrência de flechas
excessivas em tal época.
Conforme Araújo (2010) a participação do concreto tracionado no cálculo
convencional é desprezada, considerando assim a viga em estádio II. Entretanto, o
concreto tracionado entre fissuras é de fundamental importância na reação das vigas.
Para Montoya (2011) o cálculo de flechas para as estruturas de concreto está
relacionado com o tempo ao qual a carga atua sob a estrutura e a idade do concreto
no momento de sua aplicação.
A seguir estão apresentados conceitos e prescrições para determinação das
flechas em vigas para: NBR 6118 (ABNT, 2014), Model Code 1990 (CEB-FIP, 1993)
e EN 1992 - Eurocódigo 2 (CEN, 2004).
𝑀𝑎 𝑙 2
𝑓𝑖 = 𝛼 (5)
𝐸. 𝐼
Sendo:
𝑓𝑖 = flecha inicial;
𝛼 = coeficiente que dependendo do esquema estático da viga e do
carregamento;
𝑀𝑎 = momento fletor na seção crítica do vão considerado;
𝑙 = vão efetivo;
𝐸𝐼 = rigidez a flexão da seção.
𝑀𝑓 3 𝑀𝑓 3
(𝐸𝑙)𝑒𝑞,𝑡0 = 𝐸𝐶𝑆 {( ) 𝐼𝑏 + [1 − ( ) ] 𝐼𝑓 } ≤ 𝐸𝐶𝑆 𝐼𝑏 (6)
𝑀𝑎 𝑀𝑎
Sendo:
𝐼𝑏 = momento de inércia da seção bruta do concreto;
𝐼𝑓 = momento de inércia da seção fissurada do concreto no estádio II,
obtido através da equação 3 e 4 do item 2.2.2 utilizando modulo de
elasticidade secante do concreto (𝐸𝐶𝑆 ) no lugar do módulo de
deformação do concreto (𝐸𝑐 );
𝑀𝑎 = momento fletor na seção crítica do vão considerado;
𝑀𝑓 = momento de fissuração do elemento estrutural;
𝐸𝐶𝑆 = módulo de elasticidade secante do concreto, equação 7, 8 e 9.
Considerando:
𝐸𝐶𝑆 =𝛼𝑖 𝐸𝐶𝑖 (7)
Sendo:
𝐸𝐶𝑖 = Módulo de elasticidade inicial, equação 8;
20
𝑓𝑐𝑘
𝛼𝑖 =0,8 + 0,2 ≤ 1,0 (9)
80
Sendo:
𝑓𝑐𝑘 = Resistência característica do concreto;
𝛼𝐸 = 1,2 para basalto e diabásio;
𝛼𝐸 = 1,2 para granito e gnaisse;
𝛼𝐸 = 1,2 para calcário;
𝛼𝐸 = 1,2 para arenito.
𝛼𝑓𝑐𝑡 𝐼𝑏
𝑀𝑓 = (10)
𝑦
Sendo:
𝛼= fator de correlaciona aproximadamente a resistência à tração na
flexão com a resistência à tração direta, sendo:
𝛼= 1,2 para seções T ou duplo T;
𝛼= 1,3 para seções l ou T invertido;
𝛼= 1,5 para seções retangulares;
𝑓𝑐𝑡 = resistência à tração direta do concreto, equação 11;
y = metade da altura da seção da viga.
Considerando:
2
𝑓𝑐𝑡 = 0,3(𝑓𝑐𝑘 )3 (11)
21
𝑓𝑑 = 𝑓𝑖 . 𝛼𝑓 (12)
Sendo:
𝑓𝑑 = flecha diferida;
𝛼𝑓 = fator de fluência, equação 13;
𝑓𝑖 = flecha inicial.
Considerando:
∆𝜉 (13)
𝛼𝑓 =
1 + 50𝜌 ′
Sendo:
𝜌′ = taxa de armadura de compressão, equação 14.
𝐴𝑠′
𝜌′ = (14)
𝑏𝑑
Sendo:
𝐴𝑠 ′= armadura de compressão da seção;
Considerando:
𝜉= coeficiente função de tempo, pode ser obtido diretamente na Tabela
1 ou ser calculado pelas expressões, equação 15.
Sendo:
𝜉(𝑡)= o tempo, em meses.
𝑡0 = a idade, em esses meses, referente à data de aplicação da carga de
longa duração. Para cargas aplicadas em idades diferentes, tomar para 𝑡0 o
valor ponderado, equação 16.
∑ 𝑃𝑖 𝑡0𝑖
𝑡0 = (16)
∑ 𝑃𝑖
𝑃𝑖 = parcelas de carga;
𝑡0𝑖 = a idade em que se aplicou cada parcela 𝑃𝑖 , expressa em meses.
O Model Code 1990 (CEB-FIP, 1993) neste trabalho será referendado como
CEB/90 apresenta a seguinte fórmula prática para o cálculo de flechas em viga
baseada no método bilinear, equações 17 e 18 O CEB/90 apresenta somente a flecha
final fazendo distinção entre os estádios.
ℎ 3
𝑓𝑓 = (𝑑) ɳ(1 − 20𝑝′𝑐𝑚 )𝑓𝑖 para 𝑀𝑎 ≥ 𝑀𝑓 (18)
Sendo:
𝑓𝑓 = flecha final;
𝑀𝑎 = momento fletor na seção crítica do vão considerado;
𝑀𝑓 = momento de fissuração do elemento estrutural, equação 19;
𝑝′𝑐𝑚 = porcentagem de armadura à compressão;
ɳ= fator de correção que inclui os efeitos de fissuração e fluência, Tabela
2;
h= altura da seção da viga;
d= altura útil da seção;
𝑓𝑖 = flecha inicial, conforme equação 5;
ø = coeficiente de fluência.
Considerando:
𝑀𝑓 = 𝑊𝑐 𝑓𝑐𝑡
(19)
Sendo:
𝑊𝑐 = abertura da fissura, equação 20;
𝑓𝑐𝑡 = resistência à tração direta do concreto, equação 21.
𝐼𝑏
𝑊𝐶 = (20)
𝑦
2
𝑓𝑐𝑘
𝑓𝑐𝑡 = 1,4( 10 )3 (21)
24
Sendo:
𝑝𝑎 , 𝑝𝑏 = porcentagem de armadura de tração e compressão a esquerda
e a direita da seção respectivamente;
P= porcentagem de armadura de tração no 𝑀𝑎 da seção;
𝑙𝑎 , 𝑙𝑏= são dadas conforme diagrama da Figura 3, suas estimativas de
comprimento geralmente são suficientes.
Considerando:
𝑓𝑐𝑚 1⁄ (24)
𝐸𝐶𝑖 =21500( ) 3
10
Sendo:
𝑓𝑐𝑚 = valor médio da tensão de ruptura do concreto, equação 25.
Considerando:
𝑓𝑐𝑚 =𝑓𝐶𝑘 + 8 (𝑀𝑃𝑎) (25)
Sendo:
𝑓𝑓 = flecha final;
𝑓𝑖 𝐼 = flecha inicia, conforme equação 5 considerando em estádio I;
𝑓𝑖 𝐼𝐼 = flecha inicia, conforme equação 5 considerando em estádio II;
𝜁 = coeficiente de interpolação dado pela equação 27 e 28.
𝑀 2
𝜁 = 1 − β (𝑀𝑓 ) , para 𝑀𝑎 ≥ 𝑀𝑓 (27)
𝑎
Sendo:
β = coeficiente para duração média de carregamento ou da repetição do
carregamento:
β = 1,0 para um único carregamento de curta duração
β= 0,5 para carregamento de longa duração ou repetidos
carregamentos;
𝑀𝑎 = Momento fletor na seção crítica do vão considerado;
𝑀𝑓 = Momento de fissuração do elemento estrutural.
𝐸𝑐𝑠
𝐸𝑐,𝑒𝑓 = (29)
1 + 𝜑(∞𝑡0 )
Sendo:
𝐸𝑐𝑠 = módulo de elasticidade secante do concreto, equação 30;
𝜑(∞𝑡0 ) = coeficiente de fluência para a ação e o intervalo de tempo;
obtido através da Figura 4 ou 5 conforme ambiente de exposição.
27
Considerando:
Sendo:
𝑓𝑐𝑚 = valor médio da tensão de ruptura do concreto conforme
apresentado na equação 25.
𝑀𝑓 = 𝐸𝐼𝐼 𝜒𝑟 (31)
𝑓𝑐𝑡
𝜒𝑟 = (32)
𝐸𝑐,𝑒𝑓 (ℎ − 𝜒𝐼 )
Sendo:
𝐸𝐼𝐼 = rigidez a flexão da seção no estádio I.
𝜒𝑟 = curvatura;
𝑓𝑐𝑡 = resistência à tração direta do concreto, equação 11;
𝐸𝑐,𝑒𝑓 = modulo de elasticidade efetiva do concreto;
h= altura da seção da viga;
𝜒𝐼 = profundidade da linha neutra no estádio I.
1 2ℎ
(𝐸𝐼)𝐼 = 𝐸𝑐,𝑒𝑓 𝑏ℎ [ℎ ( − 𝑑 ) + 𝜒𝐼 (2𝑑 − ℎ)] + 𝐸𝑠 𝐴′ 𝑠 (𝑥 − 𝑑 ′ )(𝑑 − 𝑑 ′ ) (34)
2 3
Sendo:
𝐸𝑐,𝑒𝑓 = modulo de elasticidade efetiva do concreto, equação 29;
𝐸𝑠 = módulo de elasticidade do aço;
h= altura da seção da viga;
d= altura útil da seção da viga;
d’= h-d;
29
1
𝜒𝐼𝐼 = [−𝑄 + √𝑄 2 + 2𝑏𝐸𝑐,𝑒𝑓 𝐸𝑠 (𝐴𝑠 𝑑 + 𝐴′ 𝑠 𝑑 ′ )] (35)
𝑏𝐸𝑐,𝑒𝑓
𝑄 = 𝐸𝑠 (𝐴𝑠 + 𝐴′ 𝑠 ) (36)
1
𝐸𝐼𝐼𝐼 = 𝐸𝑐𝑠 𝑏𝜒 2 (3𝑑 − 𝜒) + 𝐸𝑠 𝐴′ 𝑠 (𝑥 − 𝑑 ′ )(𝑑 − 𝑑 ′ ) (37)
6
Sendo:
𝐸𝑐,𝑒𝑓 = modulo de elasticidade efetiva do concreto, equação 29;
𝐸𝑠 = módulo de elasticidade do aço;
h= altura da seção da viga;
d= altura útil da seção da viga;
d’= h-d;
As= armadura de tração da seção;
As’= armadura de compressão da seção;
𝑀𝑎 𝑙 2 𝑀𝑎 𝑙 2 𝑀𝑎 𝑙 2
𝑓𝑖 = 𝛼 𝑓𝑖 = 𝛼 𝑓𝑖 = 𝛼
(𝐸. 𝐼)𝑒𝑞. 𝐸. 𝐼 𝐸. 𝐼
1 2ℎ
𝐸𝐼𝐼 = 𝐸𝑐,𝑒𝑓 𝑏ℎ [ℎ ( − 𝑑 ) + 𝜒𝐼 (2𝑑 − ℎ)] + 𝐸𝑠 𝐴′ 𝑠 (𝑥
EI = 𝐸𝐶𝑆 𝐼𝑏 EI = 𝐸𝐶𝑆 𝐼𝑏 2 3
− 𝑑 ′ )(𝑑 − 𝑑 ′ )
𝑀𝑓 3 𝑀𝑓 3 1
(𝐸𝑙)𝑒𝑞,𝑡0 = 𝐸𝐶𝑆 {( ) 𝐼 + [1 − ( ) ] 𝐼𝑓 } ≤ 𝐸𝐶𝑆 𝐼𝑏
𝑀𝑎 𝑏 𝑀𝑎
𝑓𝐶𝑚 =𝑓𝐶𝑘 + 8 (𝑀𝑃𝑎) 𝐸𝐼𝐼𝐼 = 𝐸𝑐𝑠 𝑏𝜒 2 (3𝑑 − 𝜒) + 𝐸𝑠 𝐴′ 𝑠 (𝑥 − 𝑑 ′ )(𝑑 − 𝑑 ′ )
6
𝑓𝑐𝑚 1⁄ 𝐸𝑐
𝐸𝐶𝑖 =1,2 ∗ 5600 ∗ √𝑓𝑐𝑘 𝐸𝐶𝑖 =21500( ) 3 𝐸𝑐,𝑒𝑓𝑓 =
10 1 + 𝜑(∞𝑡0 )
𝑓𝑐𝑘 𝐼𝑏 𝑀𝑓 2
𝛼𝑖 =0,8 + 0,2 ≤ 1,0 𝑊𝐶 = 𝜉 = 1 − β( )
80 𝑦
𝑀𝑎
𝛼𝑓𝑐𝑡 𝐼𝑏
𝑀𝑓 = 𝑀𝑓 = 𝑊𝑐 𝑓𝑐𝑡 𝑀𝑓 = 𝐸𝐼𝐼 𝜒𝑟
y
2 2 2
𝑓
𝑐𝑘
𝑓𝑐𝑡 = 0,3 ∗ (𝑓𝑐𝑘 )3 𝑓𝑐𝑡 = 1,4( 10 )3 𝑓𝑐𝑡 = 0,3 ∗ (𝑓𝑐𝑘 )3
∆𝜉 1
𝛼𝑓 = ______ 𝜒𝐼𝐼 = [−𝑄 + √𝑄2 + 2𝑏𝐸𝑐,𝑒𝑓 𝐸𝑠 (𝐴𝑠 𝑑 + 𝐴′ 𝑠 𝑑 ′ )]
1 + 50𝑝 ′ 𝑏𝐸𝑐,𝑒𝑓
𝐴𝑠′
𝑝′ = ______ 𝑄 = 𝐸𝑠 (𝐴𝑠 + 𝐴′ 𝑠 )
𝑏𝑑
3. MÉTODO DE PESQUISA
Sendo:
𝑓𝑐𝑘 = Resistência característica do concreto;
35
𝑓𝑖 = flecha inicial;
𝑓𝑑 = flecha diferida;
𝑓𝑓 = flecha final.
Sendo:
𝐸𝑐𝑠 = módulo de elasticidade secante do concreto;
𝑓𝑖 = flecha inicial;
𝑓𝑐𝑡 = resistência a tração direta do concreto;
𝑀𝑓 = momento de fissuração do elemento estrutural;
𝑓𝑑 = flecha diferida;
𝑓𝑓 = flecha final.
Os valores calculados para cada uma das três prescrições analíticas foram
apresentados em tabelas na sequência deste trabalho. Os símbolos foram
padronizados entre os modelos.
36
4. RESULTADOS E ANÁLISES
VT1 1,61 3,51 1,49 3,28 1,30 2,87 0,6 4,78 1,64 3,72
VT2 1,60 3,81 1,56 3,34 1,36 3,00 0,6 4,81 1,64 3,74
VF1 0,81 2,95 0,61 1,34 0,50 1,10 0,52 4,19 1,49 3,11
VF2 0,85 2,97 1,04 2,29 0,88 1,93 0,57 4,54 1,58 3,52
VB1 0,52 2,65 0,63 1,39 0,52 1,14 0,53 4,27 1,51 3,21
VB2 0,44 1,75 0,54 1,19 0,44 0,96 0,49 3,95 1,42 1,42
VA1 0,38 0,95 0,41 0,90 0,31 0,68 0,42 1,73 1,26 1,26
VA2 0,62 1,00 0,42 0,92 0,31 0,69 0,42 1,74 1,27 1,27
Fonte: O Autor (2019).
37
Através das flechas iniciais e finais obtidos pela NBR 6118 (ABNT, 2014), pelo
Model Code 1990 (CEB-FIP, 1993) e pela norma europeia EN 1992 - Eurocódigo 2
(CEN, 2004) realizou-se a comparação de resultados para as 8 vigas através dos
gráficos das Figuras de 8 à 15, cruzando os resultados obtidos com o experimental de
Baroni (2003), ao qual foi considerado como referência buscando uma maior
proximidade aos seus valores. Foram apresentados junto a estes, os valores também
calculados por Baroni (2003) e já mostrados anteriormente para a NBR 6118 (ABNT,
2003).
Os gráficos das Figuras de 8 à 15 foram gerados relacionando as flechas em
milímetros pelo tempo em dias, ao qual utilizou-se em escala logarítmica de base 2 e
suas respectivas curvas representam seu comportamento.
Para a NBR 6118 (ABNT, 2003) e NBR 6118 (ABNT, 2014) foram utilizadas as
flechas totais para tempo maiores ou iguais a 70 meses, tendo em vista que para os
6 meses, conforme analisado graficamente, os resultados são muito distantes dos
experimentais para o mesmo período. Ainda utilizando-se tempo infinito em busca de
uma aproximação dos resultados, se constatou que para nenhuma das 8 vigas as
NBR’s atingiram os resultados satisfatórios para flechas finais, quando confrontados
com resultados via experimental.
O mesmo não pode ser dito para o Model Code 1990 (CEB-FIP, 1993) e o EN
1992 - Eurocódigo 2 (CEN, 2004) que atingiram 100% e 75%, respectivamente, de
validação dos seus resultados quando confrontados com o experimental de Baroni
(2003), evidenciando assim serem muito mais apropriados que as prescrições das
normas brasileiras.
Para as flechas iniciais a NBR 6118 (ABNT, 2003) e NBR 6118 (ABNT, 2014)
atingiram parcialmente os resultados sendo que para a norma 2003 se atingiu em 50%
das vigas e para 2014 se atingiu 37,5%, mesmo percentual atingido para o Model
Code 1990 (CEB-FIP, 1993). Somente para o cálculo dos procedimentos do EN 1992
42
Os resultados obtidos pela NBR 6118 (ABNT, 2014) quando confrontada com
os resultados obtidos por Baroni (2003) que utilizou a norma brasileira em vigência na
época, NBR 6118 (ABNT, 2003), permite uma fácil identificação das alterações no
44
Considerando:
𝐸𝐶𝑖 =5600√𝑓𝑐𝑘 (39)
45
Tabela 7 - CEB90
Model Code 1990.
Protótipo 𝐸𝑐𝑠 𝐸𝑐𝑖
(MPa) (MPa)
VT1 23586 27749
VT2 23439 27576
VF1 26902 31649
VF2 24802 29179
VB1 26415 31077
VB2 28542 33579
VA1 33299 39176
VA2 33115 38959
Fonte: O Autor (2019).
dimensionadas para os Estádios I e II, além disto, uma outra notória diferença em seus
procedimentos de cálculos, já apresentados anteriormente em 2.3.3, é a utilização do
módulo efetivo (𝐸𝑐,𝑒𝑓 ) no lugar do módulo secante (𝐸𝑐𝑠 ), Tabela 8.
Tabela 8 - Eurocódigo
Eurocódigo
Protótipo 𝐸𝑐𝑠 𝐸𝑐,𝑒𝑓
(MPa) (MPa)
VT1 27679 6919
VT2 27523 6880
VF1 31157 7789
VF2 28960 7240
VB1 30649 7662
VB2 32862 8215
VA1 37752 9438
VA2 37564 9391
Fonte: O Autor (2019).
5. CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS
ARAÚJO, José Milton de. Curso de concreto armado. 3. ed. Rio Grande: Dunas,
2010. 2 v.
______. NBR 12989 – Cimento Portland Branco. Rio de Janeiro, RJ: ABNT, 1993.
MONTOYA, Jiménez. Hormigón armado. 15. ed. ampl. Barcelona: Gustavi Gili,
2011.