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CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO

TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS


Campus Divinópolis
Curso de Engenharia Mecatrônica

Andrey Willians Ferreira Faria

Projeto de um manequim eletromecânico


ajustável

Divinópolis
2023
Andrey Willians Ferreira Faria

Projeto de um manequim eletromecânico ajustável

Monografia de projeto final de curso apresentado


ao Centro Federal de Educação Tecnológica de
Minas Gerais, Campus Divinópolis, como parte
dos requisitos para conclusão do curso de gradu-
ação em Engenharia Mecatrônica.

Orientador: Prof. Dr. Lúcio Flávio Santos Patrı́cio


Coorientador Prof. Dr. Denis Geraldo Fortunato Fraga

Divinópolis
2023
Catalogação em Preparação - Biblioteca Universitária - Campus Divinópolis - CEFET-MG
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Bibliotecário Responsável:

Note: A ficha catalográfica definitiva será incluı́da SOMENTE na versão final da monografia do Projeto
Final de Curso ao final das atividades de PFC II.
Andrey Willians Ferreira Faria

Projeto de um manequim eletromecânico ajustável

Monografia de projeto final de curso apresentado


ao Centro Federal de Educação Tecnológica de
Minas Gerais, Campus Divinópolis, como parte
dos requisitos para conclusão do curso de gradu-
ação em Engenharia Mecatrônica.

Banca Examinadora:

Prof. Dr. Lúcio Flávio Santos Patrı́cio


Orientador

Prof. Dr. Juliano de Barros Veloso e Lima


Convidado

Prof. Dr. Márcio Alves de Aguiar


Convidado

Divinópolis, DIA de MÊS de ANO DE DEFESA (PFC II):


Resumo

Palavras-chaves: palavra-chave 1; palavra-chave 2; palavra-chave 3.


Abstract
Keywords: keyword 1; keyword 2; keyword 3.
Lista de ilustrações

Figura 2.1 – Exemplo de um atuador elétrico. fonte: (CENTRAL, ). . . . . . . . . . 7


Figura 2.2 – Exemplo de um atuador hidráulico. fonte: (COTANET, ). . . . . . . . 7
Figura 2.3 – Diagrama de um slider linear. fonte: (MYSZKA, 2012b). . . . . . . . . 8
Figura 2.4 – Diagrama de um mecanismo de fuso. fonte: (SANDIN, 2003a). . . . . . 9
Figura 2.5 – Mecanismo de um fuso de esferas. fonte: (ÔMICRON, ). . . . . . . . . 10
Figura 3.1 – Desenho de um manaquim de molouge. fonte: (PATTO, ). . . . . . . . 12
Figura 3.2 – Corte na castanha de um fuso de esferas. fonte: (AUTOMAçãO, ). . . . 13
Lista de tabelas

Tabela 3.1 – Perı́metro do tórax. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13


Tabela 3.2 – Perı́metro da cintura. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
Tabela 3.3 – Perı́metro do quadril. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
Tabela 5.1 – Cronograma de atividades. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
Lista de abreviaturas e siglas

ABNT Associação Brasileira De Normas Técnicas

CAD Design assitido por computador

ISO International Organization for Standartization


Lista de sı́mbolos
Sumário

1 INTRODUÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1
1.1 Definição do Problema . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1
1.2 Objetivos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
1.3 Organização . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
2.1 Estado da Arte . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
2.2 Fundamentação Teórica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
2.2.1 Moulage . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
2.2.2 Abnt nbr 16060 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
2.2.3 Tipos de corpos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
2.2.4 Atuadores lineares . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
2.2.5 Mecanismo de controle deslizante em linha . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
2.2.6 Mecanismos de fuso . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
2.3 Resumo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10

3 DESENVOLVIMENTOS METODOLÓGICOS . . . . . . . . . . . . . 12
3.1 Resumo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13

4 APLICAÇÕES E RESULTADOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
4.1 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
4.2 Resumo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
5.1 Conclusão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
5.2 Sugestões de Continuidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15

REFERÊNCIAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
1

1 Introdução

1.1 Definição do Problema

Atualmente, para que um pequeno empreendedor modele uma peça de roupa, é


necessário que este identifique as medidas utilizadas na sua região, bem como as utilizadas
pela marca e os moldes do produto. Após todo esse procedimento ainda é importante os
ajustar para o caso especı́fico, assim como é demonstrado em (BERG, 2019). Tal comple-
xidade procedural inicial desestimula esses microempreendedores e eleva, desnecessaria-
mente, a dificuldade para iniciar a modelagem.
Esta tribulação dificilmente poderia ser superada através de uma medida única
de manequim, isto porque, além da existência da diversidade corporal, ainda existe o fato
de que a moda se adequa as médias e preferências da região. Assim sendo, tal fato incita à
construção de ferramentas diversas, como manequins diferentes baseados em cada região.
Nota-se também que cada vez mais a moda abraça novas tecnologias na sua
concepção e instrumentos, como a implementação de técnicas de desenho técnico de en-
genharia para a modelagem, a exemplo do que é ilustrado em (FRAGA, 2021). Outra
tecnologia adotada são os escâneres que são capazes de gerar um modelo 3D da pessoa
com grande precisão para confecção de roupas personalizadas.
Um retrato da aplicação dessa tecnologia é a iniciativa da Renner em conjunto
com a empresa Mym, para desenvolver novas linhas de manequins mais próximos do corpo
real brasileiro(Daniele Madureira, 2021). A empresa citada trabalha com a produção de
manequins personalizados baseados em escaneamento 3D e impressos em espuma especi-
fica para modelagem de roupas(Mym, 2023).
O empecilho de algumas dessas tecnologias são seus altos valores que inviabili-
zam sua utilização em larga escala, limitando profissionais independentes e os supramen-
cionados pequenos empreendedores da área. Deste modo, faz-se necessária uma solução
adaptável, metricamente falando, e economicamente acessı́vel.
O manequim, conforme exposto acima, é um dos instrumentos fundamentais da
produção de moda e mesmo assim, a maioria esmagadora dos comerciantes, costureiros,
empreendedores e outros profissionais liberais têm de se contentar com os modelos comuns,
correndo o risco ainda de não conseguir atender de maneira eficaz um cliente com corpo
ligeiramente diferente. Isto pois, os modelos atuais que atenderiam essa demanda são
manuais e limitados, além de ter um custo de produção e circulação altı́ssimos.
Capı́tulo 1. Introdução 2

1.2 Objetivos

O objetivo principal desse trabalho é desenvolver computacionalmente um ma-


nequim de moulage masculino mecanizado que, em conjunto com uma estrutura eletro-
mecânica, consiga assumir diferentes medidas. Com o desenvolvimento desse projeto, o
manequim deverá ser capaz de transitar entre os tamanhos pré-modelados com dimensões
especı́ficas escolhidas.
Dentro do objetivo primário do trabalho existem etapas que precisam ser reali-
zadas para obter o resultado final, dessas pode-se listar

• Realizar estudo sobre as Normas ABNTs, tamanhos e a dimensões dos manequins


masculinos;

• Realizar estudo sobre mecanismos semelhantes ao sistema eletromecânico desejado;

• Projetar modelos do corpo masculino para os tamanhos determinados;

• Projetar o sistema eletromecânico responsável pela variação de tamanhos;

• Simular e validar o sistema desenvolvido;

1.3 Organização

Essa tese é organizada em cinco capı́tulos, .

• Este capı́tulo apresenta o problema geral abordado nesta tese e seus principais ob-
jetivos.

• Capitulo 2 realiza uma revisão dos conhecimentos e técnicas necessários para pros-
seguir com o desenvolvimento nesta tese. Estes incluem as noções sobre moulage, as
normas ABNT e ISO de modelagem além de especı́ficos sobre atuadores lineares e
mecanismos que os utilizam.

• Capitulo 3 introduz a modelagem inicial do tamanho desejados do manequim e


partes essenciais da estrutura. As variáveis escolhidas para serem alteradas são ex-
plicadas assim como a escolha das variáveis que serão mantidas estáveis.

• Capitulo 4 realiza uma reflexão acerca das informações obtidas e considera quais
passos a serem tomados com os dados coletados e quais ainda são necessários para
realizar os próximas etapas da pesquisa.
Capı́tulo 1. Introdução 3

• Capitulo 5 conclui a tese resumindo os conhecimentos obtidos e suas contribuições


além de sugerir as direções futuras da pesquisa.
4

2 Revisão Bibliográfica

Esse capitulo revisa os conhecimentos básicos necessários para realizar a modela-


gem e o esquemático da estrutura eletromecânica. Ele começa com uma revisão do atual
estado das pesquisas relacionadas a modelagem moulage e as regras envolvidas. Uma
revisão sobre atuadores lineares e mecanismos que os utilizam também é dada.

2.1 Estado da Arte

Referente aos manequins de moulage, encontra-se uma serie de pesquisas sobre


os avanços no ambiente digital relacionado ao tema. Uma das metodologia adotadas por
algumas empresas e pesquisas é a captura de dados biométricos, que envolve o uso de
sensores e tecnologias de escaneamento 3D para obter medidas corporais precisas e criar
manequins personalizados que se aproximem mais das proporções reais dos corpos (Mym,
2023).
Outra via de pesquisa sobre o tema foca na criação digital de manequins com o
auxilio de ambientes de design assistidos por computador (CAD) e permitem que os de-
signers visualizem e ajustem suas criações de moulage digitalmente, economizando tempo
e recursos (SILVA; SILVA; RUTHSCHILLING, 2019). Essa vertente foca em aproximar
a produção de moda com ferramentas da engenharia, para facilitar e melhorar o processo
(SOUZA, 2020).
Em contrapartida as vertentes de pesquisa focadas no ambiente virtual, existem
poucas pesquisas voltadas para aprimorar o manequim fı́sico. Esse problema pode ser
atribuı́do a uma gama de fatores como a facilidade e precisão das ferramentas virtuais, a
variedade de tamanhos e diversidade de corpos humanos e a dificuldade maior de realizar
esse tipo de pesquisa de forma satisfatória.

2.2 Fundamentação Teórica

2.2.1 Moulage

O moulage é um termo de origem francesa que pode se referir a um ampla numero


de conceitos, entretanto, ele comumente está relacionado ao processo de criar uma forma
ou molde para reproduzir ou modelar objetos ou partes. Esse processo pode abrange
diversos materiais e aplicações.
Capı́tulo 2. Revisão Bibliográfica 5

No caso da fabricação de moda, o moulage refere-se a uma técnica de modela-


gem tridimensional utilizada para criar protótipos ou peças-piloto de roupas(ABLING;
MAGGIO, 2014). Esse método, em que o estilista desenvolve a forma e o caimento da
peça diretamente sobre um manequim ou modelo permite uma abordagem mais flexı́vel
e criativa em comparação à modelagem plana tradicional, que se baseia em padrões e
medidas pré-determinadas.
Ao trabalhar diretamente sobre o manequim, fazendo marcações e ajustes para
obter o encaixe e o caimento desejados, a utilização dessa técnica permite explorar a forma
e as caracterı́sticas do tecido de uma maneira mais orgânica, possibilitando a criação de
peças com cortes inovadores, assimetrias e detalhes estruturais.
A moulage tem diversos usos na industria de moda sendo um dos principais na
moda de alta costura e em marcas de luxo, onde o foco é a criação de peças exclusivas e sob
medida. Além disso, ela também pode ser utilizada como uma ferramenta de prototipagem
rápida para gerar moldes tridimensionais de referência para a produção em escala, onde
os padrões planos são desenvolvidos a partir desses moldes.

2.2.2 Abnt nbr 16060

Dentre o código Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) a norma


ABNT NBR 16060, intitulada ”Modelagem e grade de tamanhos para roupas - Termino-
logia, padronização e classificação”(ABNT, 2012), é uma das responsáveis por estabelecer
diretrizes e terminologias para a modelagem e a graduação de tamanhos de roupas. Ela
tem como objetivo promover uma padronização e a uniformização das medidas e dos
sistemas de tamanhos utilizados na indústria da moda no Brasil.
Os conceitos e definições abordados nessa norma, os quais são relacionados à
modelagem de roupas e à graduação de tamanhos, visam facilitar a comunicação e a
compreensão entre os diversos agentes envolvidos na cadeia produtiva da moda, como
estilistas, modelistas, fabricantes e varejistas. Ao estabelecer essas diretrizes e termino-
logias, ela contribui para a eficiência dos processos de produção, o melhor encaixe das
roupas nos diferentes corpos e a satisfação dos consumidores.
Alguns exemplos importantes dessas definições e termos são mais as medidas
antropométricas, que estabelece terminologias e padrões para as medidas do corpo humano
utilizadas como base para a modelagem e a graduação de roupas; a graduação, a qual
apresenta definições e princı́pios para o processo de ajustar o tamanho base de um modelo
de roupa para diferentes proporções corporais, de acordo com uma tabela de medidas
pré-estabelecida e a classificação de tamanhos, que define termos, categorias e medidas
correspondentes para a classificação de tamanhos de roupas, como ”extra pequeno”(PP),
Capı́tulo 2. Revisão Bibliográfica 6

”pequeno”(P), ”médio”(M), ”grande”(G), ”extra grande”(GG), entre outros.

2.2.3 Tipos de corpos

A norma ISO 3635 ”Size designation of clothes- Definitions and body mesuramen-
tes procedure”(ISO, 1981), é responsável por definir alguns termos importantes incluindo
alguns padrões de corpo utilizados na norma ABNT NBR 16060. Essas denominações são
terminologias para a modelagem e a graduação de tamanhos de roupas, mas não trata
dos tipos de corpos em si.
Os tipos de corpos categorizados na ISO 3635 utilizadas são o corpo normal, o
qual é caracterizado por um corpo masculino, com medidas do tórax e da cintura são muito
próximos ou iguais; o corpo atlético, que é caracterizado por um corpo masculino, com
medidas do tórax e maior do que a da cintura; e o corpo especial, o qual é caracterizado
por um corpo masculino, com medidas da cintura é maior que a cintura do tórax e as
medidas em geral são maiores que o corpo normal.
É importante lembrar que alguns autores modificam um pouco a nomenclatura
desses tipo de corpos para a modelagem (IIDA, 2016). Além disso é valido ressaltar que
essas categorizações são apenas algumas das muitas variações possı́veis na diversidade de
formas e proporções corporais existentes.

2.2.4 Atuadores lineares

Os atuadores lineares são dispositivos mecânicos projetados com o intuito de con-


verter a energia em movimento linear (SANDIN, 2003b). Eles são amplamente utilizados
em diversas aplicações desde sistemas industriais até equipamentos domésticos.
Sendo que um atuador linear é um dispositivo utilizado para gerar movimento
linear a partir de uma fonte de energia, e tal fonte é o principal fator que gera a dife-
renciação entre suas variantes diferentes princı́pios fı́sicos se aplicam a diferentes tipos de
atuadores. Entretanto existem conceitos gerais que englobam o funcionamento de todos
as variantes do mecanismo como a transmissão de energia, onde engrenagens, correias,
fusos ou pistões, dependendo do atuador, transformam a energia fornecida pela fonte em
movimento linear; o elemento de deslocamento, onde um êmbolo, pistão, parafuso ou fuso
se move em resposta à energia fornecida gerando o movimento linear desejado; e o controle
do movimento, que permite o atuador seja operado com precisão e controlado de acordo
com as necessidades especı́ficas da aplicação.
Além de princı́pios diferentes de funcionamento diferentes, cada tipo de atu-
ador, os quais incluem sistemas hidráulicos, pneumáticos, eletromagnéticos e elétricos
Capı́tulo 2. Revisão Bibliográfica 7

(MYSZKA, 2012a), possui caracterı́sticas distintas de desempenho, velocidade, força e


precisão, além de possuir sistemas de acionamento que podem ser manuais ou automati-
zados, dependendo da aplicação especı́fica.

Figura 2.1 – Exemplo de um atuador elétrico. fonte: (CENTRAL, ).

Dentro os principais tipos de atuadores pode ser vistos existem os atuadores


hidráulicos, figura 2.2, que se utilizam de fluidos pressurizados para gerar movimento
linear, sendo muito uteis para fornecer altas forças, movimentos preciso e a capacidade de
controlar bem a velocidade; outro de destaque são os atuadores pneumáticos, que usam
de ar comprimido para gerar o movimento, devido a sua simplicidade, velocidade e custo
relativamente baixo são amplamente utilizados; os atuadores elétricos, figura 2.1, também
são muito importantes e difundidos, sendo que utilizam motores elétricos para gerar o
movimento e possuem uma vasta gama de tipos como os de fuso, correia, cremalheira e
pinhão, entre outros.

Figura 2.2 – Exemplo de um atuador hidráulico. fonte: (COTANET, ).

Existe uma serie de benefı́cios ao se utilizar um atuador linear, os quais incluem


uma alta precisão de movimento, controle preciso de posição, resposta rápida, capacidade
de carga variável, eficiência energética e vida útil prolongada. Sendo que a escolha do tipo
de atuador necessário depende das necessidades especı́ficas da aplicação, considerando
fatores como força requerida, velocidade, precisão e custo.
Capı́tulo 2. Revisão Bibliográfica 8

2.2.5 Mecanismo de controle deslizante em linha

Um mecanismo de controle deslizante em linha, também conhecido como slider


linear, Figura 2.3, é um dispositivo mecânico projetados para permitir o movimento linear
suave e preciso de uma carga em uma direção especı́fica. Ele consiste em um trilho ou guia
linear em que um carro deslizante é equipado com rolamentos ou elementos deslizantes
que se movem ao longo do trilho, proporcionando um movimento linear suave e de baixo
atrito (MYSZKA, 2012a).

Figura 2.3 – Diagrama de um slider linear. fonte: (MYSZKA, 2012b).

Esse tipo de mecanismo é amplamente utilizado em diversas aplicações, como


máquinas industriais, equipamentos de automação, impressoras, sistemas de posiciona-
mento, dispositivos de inspeção e muito mais. Ele permite que um objeto seja movido em
uma linha reta de maneira controlada e repetitiva, oferecendo alta precisão de movimento,
garantindo que a carga seja posicionada com exatidão.
Os mecanismos de controle deslizantes são bastante diversos e, dentre eles, os
principais tipos utilizados são os de trilho e carro, que consiste em um trilho linear fixo e
um carro que desliza ao longo de sua extensão, geralmente rolamentos ou guias lineares
são equipados no carro para garantir um movimento suave e preciso; os de correia e polia,
os quais utilizam-se de uma correia flexı́vel conectada a um motor rotativo e a um carro
deslizante; e o de fuso, que usa um fuso de rosca conectado a um motor rotativo, o que
faz com que o movimento rotacional do motor se torne um movimento linear permitindo
o deslizamento do carro ao longo do trilho.
Esses mecanismos podem ser controlados por sistemas eletrônicos ou mecânicos,
dependendo da aplicação especı́fica. Além disso, os sliders lineares oferecem uma série de
vantagens, como movimento linear suave e preciso, capacidade de carga elevada, baixo
atrito e desgaste, alta rigidez, resposta rápida e possuem aspectos que podem ser per-
sonalizados de acordo com as necessidades do projeto, como comprimento do trilho e
velocidade de movimento.
Capı́tulo 2. Revisão Bibliográfica 9

2.2.6 Mecanismos de fuso

Os mecanismos de fuso são dispositivos mecânicos utilizados para converter o


movimento rotativo em movimento linear ou vice-versa. Eles consistem em um eixo ros-
queado (conhecido como fuso) e uma porca projetada para se encaixar perfeitamente nas
ranhuras do fuso, Figura 2.4. Quando o motor é acionado girando o fuso, a porca se move
ao longo do caminho, gerando um deslocamento linear.

Figura 2.4 – Diagrama de um mecanismo de fuso. fonte: (SANDIN, 2003a).

Nesse tipo de mecanismo temos alguns princı́pios que agem e são importantes
sobre o se funcionamento, por exemplo ao se girar o parafuso temos a conversão de moi-
mento rotacional, tornando o movimento linear ao longo do eixo do fuso. Outro ponto
essencial é a transmissão de força que ocorre quando há a interação entre os filetes heli-
coidais do parafuso e da porca, o que permite que a a força no eixo seja transmitida para
a porca, sendo que também pode ocorrer uma amplificação dessa força aplicada, já que o
princı́pio mecânico envolvido permite que uma pequena força de rotação no parafuso gere
uma força linear maior na porca. Por fim é importante lembrar que controlando a rotação
do parafuso é possı́vel controlar com precisão o deslocamento linear da porca.
Para se produzir um mecanismo desse tipo é necessário utilizar-se de um relação
entre o movimento rotacional do parafuso e o movimento linear correspondente da porca,
sendo que essa relação é determinada de forma básica pelo passo do fuso e pelo número
de filetes.

𝑆 =𝑃 *𝑁 (2.1)

Na equação 2.1, S representa o deslocamento, P o passo do fuso e N o numero


de rotações do fuso, ou seja o deslocamento linear da porca é igual ao produto do passo
Capı́tulo 2. Revisão Bibliográfica 10

do fuso pelo número de rotações do fuso. Contudo existem outros fatores que influenciam
o projeto de um fuso, como folgas, atrito, eficiência mecânica e rigidez, os quais podem
influenciar o desempenho e a precisão do mecanismo de fuso. Além disso, vale lembrar
também que existem diferentes tipos de fuso, cada um possui caracterı́sticas especı́ficas
que afetam o projeto e o desempenho do mecanismo de fuso.
Dentre a gama de mecanismos de fuso, cada um deles possui especificações que
determinam qual sua aplicação é mais adequada. Entre eles vale destacar os quatro mais
comuns e utilizados, o de rosca quadrada, que é robusto e capaz de transmitir grandes
cargas axiais, mas em contrapartida tem maior atrito e menor eficiência; o de rosca trape-
zoidal, o qual possui um fuso e rosca adaptados para o formato trapezoidal sendo muito
utilizado em aplicações industriais, já que são capazes de movimentos precisos e resistên-
cia a altas cargas; o fuso ACME, que é similar ao trapezoidal, mas com maior eficiência
e menos atrito; e o fuso de esferas, Figura 2.5, o qual possui uma rosca especial e uma
porca que contém esferas recirculantes entre as superfı́cies de contato, isso reduz o atrito
e aumenta a eficiência do movimento.

Figura 2.5 – Mecanismo de um fuso de esferas. fonte: (ÔMICRON, ).

Esses mecanismos são amplamente utilizados em diversas indústrias, incluindo


manufatura, automação, robótica e transporte. Dentre essas aplicações temos os equipa-
mentos de automação, sistemas de posicionamento, atuadores lineares e impressoras 3D
como alguns dos maquinários mais comuns. Existe uma semelhança entre essas aplicações,
o controle de posição ou a precisão são fatores essenciais para o seu funcionamento, duas
caracterı́sticas que são qualidades presentes nos fusos.

2.3 Resumo

Este capı́tulo abordou os conhecimentos e mecanismos para o desenvolvimento dos


capı́tulos subsequentes. Revisamos as noções de moulage, normas de modelagem ABNT e
Capı́tulo 2. Revisão Bibliográfica 11

ISO além de abordar temas sobre atuadores lineares e seus mecanismos. È colocada uma
ênfase particular aos mecanismos que se utilizam de um fuso.
12

3 Desenvolvimentos Metodológicos

A figura 3.1 representa um modelo básico de um manequim feminino de mou-


lage, demonstrando algumas de suas medidas e linhas guia mais importantes, apesar de
haver diferenças entre o modelo masculino e feminino, alguns dessas marcações são com-
partilhadas permitindo realizar comparações entre esse modelo e o estudado na presente
pesquisa.

Figura 3.1 – Desenho de um manaquim de molouge. fonte: (PATTO, ).

A principal diferença a se destacar é a linha do busto que no caso do manequim


masculino seria chamada de linha do tórax, enquanto as medidas restantes apenas mudam
os tamanhos tabelados relacionados a elas.
Os tamanhos escolhidos para a pesquisa foram do P 36 até o G 46 das tabelas
de tamanho presente na ABNT NBR 16060, (ABNT, 2012). Eles foram escolhidos por
permitirem uma variação descente de medidas sem atingir tamanhos exacerbados, notou-
se necessário limitar-se a esse tamanhos para tornar a execução desse projeto possı́vel,
dessa forma pode ver os valores tabelados referentes ao tórax, tabela 3.1, cintura, tabela
3.1, e quadril, tabela 3.1.
O ombro não foi escolhido como uma variável para o projeto pois suas alterações
de medidas nessa faixa são mı́nimos se comparados aos outros citados, dessa forma sim-
Capı́tulo 3. Desenvolvimentos Metodológicos 13

Tipo de corpo (↓) Tamanho(→) 𝑃 36 𝑃 38 𝑀 40 𝑀 42 𝐺44 𝐺46


Normal 90 94 98 102 106 110
Atlético 86 90 94 98 102 106

Tabela 3.1 – Perı́metro do tórax.

Tipo de corpo (↓) Tamanho(→) 𝑃 36 𝑃 38 𝑀 40 𝑀 42 𝐺44 𝐺46


Normal 90 94 98 102 106 110
Atlético 86 90 94 98 102 106

Tabela 3.2 – Perı́metro da cintura.

Tipo de corpo (↓) Tamanho(→) 𝑃 36 𝑃 38 𝑀 40 𝑀 42 𝐺44 𝐺46


Normal 90 94 98 102 106 110
Atlético 88 92 96 100 104 108

Tabela 3.3 – Perı́metro do quadril.

plificando um pouco a execução do projeto. Outra medida que foi decida manter fixa foi
o tamanho do manequim, já que a adição de movimentos verticais ao projeto gerariam
uma camada de complexidade extra desnecessária ao se analisar e projetar a estrutura, o
tamanho decido foi de um homem de um metro e oitenta.
Para realizar o movimento necessário dentro da estrutura foi escolhido utilizar um
mecanismo de fuso de esferas, figura 3.2, umas vez que movimentos preciso milimétricos
serão necessários para o projeto e essa estrutura é a mais capaz de realizar movimentos
precisos sem gerar muito atrito, sendo ideal para o caso em estudo.

Figura 3.2 – Corte na castanha de um fuso de esferas. fonte: (AUTOMAçãO, ).

3.1 Resumo
14

4 Aplicações e Resultados

4.1 Introdução

4.2 Resumo
15

5 Considerações Finais

5.1 Conclusão

5.2 Sugestões de Continuidade

Descrição das Atividades:

1.1 Revisão da Literatura: revisar as referencias de modelagem.

1.2 Revisão da Literatura: revisar as referencias de mecanismos eletromecânicos seme-


lhantes.

2.1 Projeto dos Modelos: projetar as partes eletromecânicas do manequim.

2.2 Escolha de Materiais: escolher os materiais da estrutura.

3.1 Simulação dos Modelos: testar e validar os modelos desenvolvidos.

4.1 Elaboração de relatório: escrever o relatório de PCC 1.

4.2 Elaboração de relatório: escrever o relatório de PCC 2.

5.1 Divulgação dos Resultados: defesa do PCC 2.

Cronograma de Atividades:

Atividade (↓) Mês.(→) 4o 5o 6o 7o 8o 9o 10o 11o 12o


√ √
1.1
√ √
1.2
√ √ √
2.1
√ √
2.2
√ √
3.1
√ √ √ √
4.1
√ √ √ √
4.2

5.1

Tabela 5.1 – Cronograma de atividades.


16

Referências

ABLING, B.; MAGGIO, K. Moulage, Modelagem e Desenho: Prática Integrada. [S.l.]:


Bookman, 2014.
ABNT, A. B. D. N. T. ABNT NBR 16060 - Modelagem e grade de tamanhos para roupas
- Terminologia, padronização e classificação. Rio de Janeiro: [s.n.], 2012.
AUTOMAçãO, K. Castanha de esfera em corte. Disponı́vel em:<https://blog.kalatec.
com.br/fusos-de-esferas-e-a-tecnologia-5g/>. Acessado em: 13/06/2023.
BERG, A. L. M. Técnicas de modelagem feminina: Construção de bases e volumes. [S.l.]:
Senac São Paulo, 2019.
CENTRAL, E. Atuador elétrico. Disponı́vel em:<https://www.eletricacentral.com.br/
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COTANET. Atuador elétrico. Disponı́vel em:<https://www.cotanet.com.br/
atuadores-pneumaticos/atuadores-pneumaticos-lineares-de-simples-efeito>. Acessado
em: 13/06/2023.
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modelagem. 2021. Disponı́vel em:<https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2021/10/
renner-investe-em-tecnologia-3d-para-melhorar-processo-de-modelagem.shtml>. Acesso
em: 29 de março de 2023.
FRAGA, D. G. F. O desenho técnico como base para modelagem. Divinópolis,MG: Clube
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IIDA, i. Ergonomia - Projeto e Produção. 3. ed. São Paulo: Edgard Blücher, 2016.
ISO, I. O. F. S. ISO 3635:1981 - Size designation of clothes — Definitions and body
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Referências 17

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a implementação de tecnologias de fabricação na indústria da moda. Educação Gráfica,
v. 23, n. 1, p. 287–300, 2019.

SOUZA, G. P. d. Como a tecnologia na modelagem pode ajudar para a inovação e


velocidade de novas roupas. Dissertação (Trabalho de conclusão de curso) — Faculdade
de Tecnologia de Americana, 2020.

ÔMICRON. Fuso de esferas. Disponı́vel em:<http://omicrom.com.br/geral/


fusos-esfera-2/>. Acessado em: 13/06/2023.

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