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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO

Departamento de Engenharia Mecânica


DEM / POLI / UFRJ

“ANÁLISE DA VIABILIDADE TÉCNICA DE INSTALAÇÃO DE UM SISTEMA


DE CONDICIONAMENTO DE AR COM VARIAÇÃO DE FLUXO DE
REFRIGERANTE (VRF/VRV) PARA UMA UNIDADE DA UNIVERSIDADE
FEDERAL DO RIO DE JANEIRO NA CIDADE DE MACAÉ.”

Bruno Werner De Almeida Corrêa

PROJETO FINAL SUBMETIDO AO CORPO DOCENTE DO DEPARTAMENTO


DE ENGENHARIA MECÂNICA DA ESCOLA POLITÉCNICA DA
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO COMO PARTE DOS
REQUISITOS NECESSÁRIOS PARA A OBTENÇÃO DO GRAU DE
ENGENHEIRO MECÂNICO.

Aprovado por:
_______________________________________
Prof. Nísio de Carvalho L. Brum (Orientador)

_______________________________________
Prof. Hélcio Rangel Barreto Orlande

_______________________________________
Prof. Sylvio José Ribeiro de Oliveira

RIO DE JANEIRO, RJ – BRASIL


AGOSTO DE 2013

i
RESUMO

Este trabalho de conclusão de curso expõe conhecimentos adquiridos ao longo


do curso de Engenharia Mecânica de forma organizada e estruturada, visando atender
um projeto real de engenharia, como parte dos requisitos para obtenção do grau de
Engenheiro Mecânico.

“ANÁLISE DA VIABILIDADE TÉCNICA DE INSTALAÇÃO DE UM SISTEMA DE


CONDICIONAMENTO DE AR COM VARIAÇÃO DE FLUXO DE REFRIGERANTE
(VRF/VRV) PARA UMA UNIDADE DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE
JANEIRO NA CIDADE DE MACAÉ.”

Será discutido um projeto de condicionamento de ar para uma universidade em


construção cuja planta foi fornecida pelo professor orientador. Neste projeto será
calculada sua carga térmica, atendendo os requisitos necessários pelas normas
brasileiras e será proposto um sistema ainda pouco utilizado que visa a economia de
energia. Os cálculos serão realizados com ajuda de softwares, planilhas eletrônicas e
também manualmente.

O sistema proposto será apresentado com suas vantagens e desvantagens em


relação ao sistema convencional.

Serão utilizadas referências bibliográficas recomendadas pelo professor


orientador, bem como catálogos e softwares de fabricantes que dispõem do sistema
em questão.

Por último será feita uma avaliação da viabilidade técnica desse sistema, de
acordo com as condições de operação clássicas para o tipo de instalação.

i
ABSTRACT

This present work is part of the Mechanical Engineering course and includes
knowledge acquired during the course. Organized and structured to serve a real
engineering project as part of the requirements for the degree of Mechanical Engineer.

"ANALYSIS OF TECHNICAL VIABILITY OF INSTALLING AN AIR CONDITIONING


SYSTEM WITH A VARIABLE REFRIGERANT FLOW (VRF / VRV) FOR A UNIT OF
THE FEDERAL UNIVERSITY OF RIO DE JANEIRO IN MACAÉ, RIO DE JANEIRO."

It will be discussed a project of air conditioning for a university building whose


plant was supplied by the advisor. It will be calculated the cooling load, meeting the
requirements needed by the Brazilian standards and will be propose a system still
underutilized in the country that aims to save energy. The calculations will be
performed with help of software, spreadsheets and also manually.

The proposed system will be presented with their advantages and


disadvantages compared to the conventional system.

Will be used references recommended by the tutor as well as catalogs and


manufacturers software with the system in question.

Finally there will be an assessment of the technical viability of this system,


according to the operating conditions for the classical type of installation.

ii
SUMÁRIO

ÍNDICE DE FIGURAS................................................................................................... iv
ÍNDICE DE TABELAS.................................................................................................... v
1. INTRODUÇÃO.................................................................................................... 1
2. OBJETIVO.......................................................................................................... 2
3. A CARGA TÉRMICA.......................................................................................... 3
3.1 Introdução.......................................................................................... 3
3.2 Condições externas........................................................................... 4
3.3 Condições arquitetônicas.................................................................. 5
3.4 Iluminação....................................................................................... 10
3.5 Ocupação humana.......................................................................... 10
3.6 Equipamentos elétricos................................................................... 12
3.7 Ar exterior........................................................................................ 12
3.8 Memória de cálculo de carga térmica.............................................. 14
3.9 Software para cálculo...................................................................... 15
3.10 Resultados................................................................................. 16
4. CONDIÇÕES DE CONFORTO E INSUFLAMENTO........................................ 18
5. O SISTEMA VRV/VRF...................................................................................... 25
5.1 Introdução........................................................................................ 25
5.2 Características do sistema VRV/VRF.............................................. 26
5.3 Vantagens do sistema VRV/VRF.................................................... 27
5.4 Desvantagens do sistema VRV/VRF............................................... 29
5.5 Seleção de equipamentos............................................................... 30
5.6 Disposição dos equipamentos......................................................... 39
5.7 Sistema de ar exterior dedicado...................................................... 42
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS.............................................................................. 43
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS....................................................................... 44
ANEXO I – MEMÓRIA DE CÁLCULO DE CARGA TÉRMICA....................................
ANEXO II - OUTPUT DO SOFTWARE DE CARGA TÉRMICA..................................
ANEXO III – PLANILHA PSICROMÉTRICA................................................................
ANEXO IV – TABELA DE CORREÇÃO DE CAPACIDADES.....................................
ANEXO V – UNIDADE EXTERNA – fonte: catálogo Daikin.......................................

iii
ÍNDICE DE FIGURAS

Figura 3.3.1 - Vista fachada 1........................................................................................ 5


Figura 3.3.2 - Vista fachada 2........................................................................................ 5
Figura 3.3.3 - Planta baixa térreo................................................................................... 6
Figura 3.3.4 - Planta baixa primeiro pavimento.............................................................. 7
Figura 3.9.1 – Hvac Load Explorer............................................................................... 15
Figura 4.1 - Arranjo típico do sistema e nomenclatura utilizada................................ 19
Figura 4.2 - Condições psicrométricas de insuflamento do bloco A.......................... 24
Figura 4.3 - Condições psicrométricas de insuflamento do bloco B.......................... 24
Figura 5.6.2 - Disposição das unidades no Bloco A – Térreo...................................... 38
Figura 5.6.3 - Disposição das unidades no Bloco A – 1º Pavimento........................... 39
Figura 5.6.4 - Disposição das unidades no Bloco B – Térreo...................................... 40
Figura 5.6.5 - Disposição das unidades no Bloco B – 1º Pavimento........................... 41
Figura 5.6.6 – Legenda para unidades externas e internas selecionadas................... 42

iv
ÍNDICE DE TABELAS

Tabela 3.2.1 – Condições externas adotadas................................................................ 4


Tabela 3.3.1 – Propriedades físicas dos materiais das paredes.................................... 8
Tabela 3.3.2 – Propriedades físicas dos materiais do piso e teto interno...................... 8
Tabela 3.3.3 – Propriedades físicas dos materiais do teto externo................................ 9
Tabela 3.3.4 – Propriedades físicas do vidro comum.................................................... 9
Tabela 3.5.1 – Distribuição da potência dissipada....................................................... 10
Tabela 3.5.1 – Densidade de ocupação....................................................................... 11
Tabela 3.5.2 – Taxas típicas de calor liberado por pessoa.......................................... 12
Tabela 3.6.1 – Potência dissipada por equipamentos elétricos................................... 12
Tabela 3.7.1 – Vazão de ar exterior para ventilação.................................................... 13
Tabela 3.7.2 – Vazões de ar exterior requeridas para o Bloco A................................. 13
Tabela 3.7.3 – Vazões de ar exterior requeridas para o Bloco B................................. 14
Tabela 3.10.1 – Cargas térmicas dos ambientes do Bloco A........................................16
Tabela 3.10.2 – Cargas térmicas dos ambientes do Bloco B....................................... 17
Tabela 4.1 – Condições internas de conforto............................................................... 18
Tabela 4.2 – Fatores típicos de desvio (by-pass) da serpentina.................................. 18
Tabela 4.3 – Calor específico à pressão constante para o ar e vapor d’água............. 19
Tabela 4.4 – Potências frigoríficas requeridas............................................................. 22
Tabela 4.5 – Condições de insuflamento para o Bloco A............................................. 22
Tabela 4.6 – Condições de insuflamento para o Bloco B............................................. 23
Tabela 5.5.1 - Especificações técnicas da RXYQ50PAHY1 ....................................... 34
Tabela 5.5.2 - Especificações técnicas da RXYQ28PAHY1 ....................................... 35
Tabela 5.5.3 - Especificações técnicas da RXYQ26PAHY1 ....................................... 36
Tabela 5.5.3 - Especificações técnicas para o FXFQ32PVE ...................................... 38

v
1. Introdução

A preocupação com economia de energia é cada vez maior atualmente e os


sistemas de condicionamento de ar são o grande alvo quando se deseja reduzir esse
consumo em uma grande construção. Ela se torna ainda mais relevante em uma
cidade como Rio de Janeiro, quente e úmida quase o ano todo, onde os sistemas de
condicionamento de ar são imprescindíveis e funcionam exaustivamente a fim de
atender a carga térmica do ambiente e proporcionar o desejado conforto térmico.
Modernos sistemas e equipamentos de condicionamento de ar estão disponíveis no
mercado e altos investimentos são feitos para atender as necessidades dos clientes e
obter um melhor aproveitamento de energia.

Os recentes sistemas de VRV/VRF (variação de fluxo de refrigerante), que


surgiram na década de 90, chegaram ao mercado com a promessa de proporcionar
melhor aproveitamento de energia e mais conforto, se adaptando bem as variadas
condições de cargas. É notado também que a grande maioria desses sistemas não
utiliza a água como fluido primário ou secundário em seus ciclos, o que pode acarretar
em uma grande perda de energia, visto que o ar troca calor com muito mais
dificuldade que a água. A seleção desses equipamentos torna-se muitas vezes difícil,
uma vez que os grandes fornecedores tendem a vender aqueles equipamentos que
são mais interessantes comercialmente. Como é um sistema novo para muitos
instaladores e clientes apresenta uma resistência natural para ser aceito e é tido por
alguns como uma tecnologia incerta e cara.

1
2. Objetivo

Neste trabalho será analisada a viabilidade técnica de instalação de um


sistema de condicionamento de ar de médio porte em uma planta de uma unidade da
Universidade Federal do Rio de Janeiro a ser construída na cidade de Macaé, onde o
sistema conservador a ser instalado seria um sistema com chillers (resfriamento de
água) e o novo sistema proposto será um sistema de variação do fluxo de refrigerante
(VRV/VRF) e condensação a ar, que vem sendo proposto corriqueiramente atualmente
pelos grandes fabricantes internacionais.

A instalação de um sistema com variação do fluxo de refrigerante (VRV/VRF) é


apresentada como a nova solução para economia de energia, muito atraente do ponto
de vista econômico, alguns fabricantes prometem uma economia de até 50% de
energia de acordo com a variação da carga. Serão analisados aspectos que levam a
essa economia e também as desvantagens em relação ao sistema convencional.

A viabilidade técnica levará em conta a planta baixa de arquitetura fornecida


pelo professor orientador, a ocupação normal de uma universidade em regime de
horários pré-estabelecidos, que contribuirão para sua carga térmica e disponibilidade
de equipamentos no mercado.

2
3. A Carga Térmica

3.1. Introdução

A primeira etapa para o dimensionamento do sistema de condicionamento de


ar é o cálculo da carga térmica máxima, ou seja, a potência necessária para retirar o
calor dos ambientes, dando-o condições ideais de conforto para os ocupantes. O
cálculo é realizado hora a hora para cada dia do ano, ou mês mais quente do ano, de
acordo com as informações fornecidas pela arquitetura do projeto, como área e
orientação das paredes, áreas dos pisos e tetos, janelas, fontes internas de calor,
ocupação humana, infiltrações, bem como a composição física das estruturas, que
contribuem para o fluxo de calor do ambiente e inércia térmica da própria estrutura.

Além de informações de arquitetura devem ser considerado a localização


geográfica do projeto e os dados climáticos da região. Dados como latitude e longitude
irão influenciar diretamente na radiação solar absorvida pelas estruturas, como
paredes, telhados e janelas. A norma brasileira ABNT NBR 16401, baseada na norma
americana da ASHRAE (American Society of Heating, Refrigerating and Air
Conditioning Engineers), informa as condições externas das principais cidades
brasileiras baseadas em dados aeroportuários. Para este projeto serão utilizados os
dados mais recentes do aeroporto do Galeão, na cidade do Rio de Janeiro.

O cálculo da carga térmica é inviável de ser realizado manualmente, pois


envolve diversas fontes de calor em condições específicas e regime de horários
diferentes para da ambiente a ser condicionado, como ocupação humana, paredes e
telhados recebendo radiação solar, equipamentos que dissipam calor, fenestração,
infiltração, entre outros. Este cálculo foi então realizado com a ajuda de um software
de computador, a ser tratado adiante.

3
3.2. Condições externas

As condições climáticas externas da região, como a temperatura de bulbo


seco, temperatura de bulbo úmido, amplitude térmica diária e dados de localização do
projeto, como altitude, latitude e longitude, pressão atmosférica e velocidade média do
vento, devem ser conhecidas para o cálculo correto da carga térmica dos ambientes a
serem condicionados. Para o projeto em questão foram utilizados dados climáticos
retirados do “2009 ASHRAE Handbook – Fundamentals” do aeroporto do Galeão, no
Rio de Janeiro.

A literatura informada fornece informações para 0,4% dos dias não atendidos,
1% dos dias não atendidos ou 2% dos dias não atendidos. Neste projeto serão
extraídas as informações para 0,4% de frequência não atendida que é o melhor caso
possível, portanto se utilizou:

Tabela 3.2.1 – Condições externas adotadas

Temperatura de bulbo seco (TBS): 37.9ºC


Temperatura de bulbo úmido coincidente (TBUc): 25.6ºC
Latitude: 22.82S
Longitude: 43.25W
Altitude: 6m
Pressão atmosférica: 101.25kPa
Velocidade média do vento: 3.5m/s
Direção do vento (onde, 0º é norte e 90º é leste): 150º

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3.3. Condições arquitetônicas

Os dados de arquitetura do projeto foram obtidos através dos desenhos em


AutoCad fornecidos pelo orientador, com as plantas baixas e cortes necessários para
medição das estruturas. Trata-se de uma unidade da Universidade Federal do Rio de
Janeiro a ser construída com dois blocos, A e B, e dois pavimentos cada, térreo e 1º
pavimento, conforme ilustrações abaixo. Todos os ambientes serão considerados
como condicionados, com exceção dos sanitários masculinos e femininos, que terão
apenas a ventilação natural pelas janelas. A orientação das fachadas também está
contida na planta.

Figura 3.3.1 – Vista fachada 1

Figura 3.3.2 – Vista fachada 2

5
Figura 3.3.3 – Planta baixa térreo

6
Figura 3.3.4 – Planta baixa primeiro pavimento

7
A partir do desenho com o corte da construção foi medido o pé direito de 3.4m
para o térreo e 1º pavimento, e assim pode-se calcular a área das paredes.

As paredes foram consideradas como concreto maciço de 100mm de


espessura com argamassa de 20mm em cada lado e cerâmica de 10mm apenas no
lado interno, totalizando uma espessura de 150mm, conforme informação da planta de
arquitetura.

De acordo com a ABNT NBR 15220-2, que trata de desempenho térmico de


edificações, na tabela D.1, foram retiradas as seguintes propriedades para os
materiais:

Tabela 3.3.1 – Propriedades físicas dos materiais das paredes.

Camada c (kJ/kg.ºC) k (W/m.ºC) e (mm) ρ (kg/m³)


Cerâmica 0.92 0.90 10 1600
Argamassa 1 1.15 20 2000
Concreto 1 1.75 100 2400

Onde e é a espessura de cada camada. Foram inseridas no software as


propriedades na ordem correta para o cálculo do fluxo de calor e inércia térmica das
paredes, de fora para dentro do ambiente, sendo ela: argamassa (externa), concreto,
argamassa (interna) e cerâmica.

O piso foi considerado como base concretada de 160mm com argamassa de


20mm e piso de marmorite 20mm, totalizando uma espessura de 200mm.

Foram usadas as seguintes propriedades, de acordo com a norma citada:

Tabela 3.3.2 – Propriedades físicas dos materiais do piso e teto interno.

Camada c (kJ/kg.ºC) k (W/m.ºC) e (mm) ρ (kg/m³)


Base concretada 1 1.75 160 2400
Argamassa 1 1.15 20 2000
Piso marmorite 0.84 2.90 20 800

Onde e é também representa a espessura de cada camada. Foram inseridas


no software as propriedades na ordem correta para o cálculo do fluxo de calor e

8
inércia térmica do piso, de fora para dentro do ambiente, sendo: base concretada,
argamassa e piso marmorite.

O teto interno, do térreo, foi considerado como base concretada de 160mm,


argamassa de 20mm e piso marmorite (1º pavimento), totalizando uma espessura de
200mm. E foram usadas as mesmas propriedades do piso, de acordo com a norma,
porém em ordem inversa, de fora para dentro do ambiente, sendo: piso marmorite,
argamassa e base concretada.

O teto externo possui cobertura, e foi considerado como base concretada (laje)
de 160mm, espaço de ar de 700mm e telhas de barro de 10mm. Sendo a ordem
correta para o cálculo do fluxo de calor e inércia térmica do teto externo, de fora para
dentro do ambiente: telha de barro, espaço de ar e laje.

Foram usadas as seguintes propriedades, de acordo com a norma citada e


dados da arquitetura:

Tabela 3.3.3 – Propriedades físicas dos materiais do teto externo.

Camada c (kJ/kg.ºC) k (W/m.ºC) e (mm) ρ (kg/m³)


Laje concretada 1 1.75 160 2400
Espaço de ar 1 0.03 700 1.201
Telha de barro 0.92 0.95 10 1600

Ainda de acordo com as plantas baixas do projeto, observou-se a presença de


janelas em alguns ambientes, desta forma suas medidas foram informadas nas
paredes correspondentes conforme a orientação dessas paredes. As janelas
acrescentam à carga térmica uma quantidade de calor adicional devido a radiação
solar que atravessa os vidros, conhecida como fenestração.

De acordo com a ABNT NBR 15220-2, tabela B.3,

Tabela 3.3.4 – Propriedades físicas do vidro comum.

c (kJ/kg.ºC) k (W/m.ºC) ρ (kg/m³)


Vidro comum 0.84 1 2500

Para um vidro de espessura e = 0.02m, podemos facilmente calcular a


resistência térmica Rv e a transmitância térmica Uv.

9
RV = e / k = 0.02 / 1 = 0.02 m².ºC / W

UV = 1 / Rv = 50 W / m².ºC

Ainda sobre as condições de arquitetura, é de suma importância a


orientação geográfica das suas estruturas para o cálculo da carga térmica. A
incidência da radiação solar nas paredes e tetos também nas janelas resulta em
aumento do ganho de calor do ambiente, de acordo com os materiais e construção
das estruturas. Um mesmo ambiente pode ter cargas térmicas diferentes dependendo
de sua posição geográfica.

Para cálculos de ganhos de calor pela radiação solar é preciso observar o


movimento de rotação e translação da terra em função das horas e dias do ano. O
cálculo pode ser realizado com auxilio de uma planilha para parede e tetos, sem muita
dificuldade. Porém para inúmeras paredes e tetos com inclinação as contas podem
dispensar longo tempo. Desta forma, o software para o cálculo da carga térmica nos
auxiliará nessa questão.

3.4. Iluminação

A iluminação dos ambientes condicionados fornece uma carga adicional ao


sistema uma vez que dissipam calor ao ambiente. Conforme planta com dados
elétricos fornecidos foi constatado que haverá iluminação com luminárias
fluorescentes (2X40W) em todos os ambientes, sendo sua distribuição seguida
conforme o desenho de arquitetura. Desta forma, foi calculada a quantidade de
potência por metro quadrado de área para cada ambiente.

A fração de potência dissipada em forma de calor foi distribuída da seguinte


forma:

Tabela 3.5.1 – Distribuição da potência dissipada

Radiação por onda curta 0.1


Radiação por onda longa 0.6
Convecção 0.3

O horário de funcionamento da universidade será o horário que a iluminação


estará ligada. Para este projeto foi considerado o funcionamento de 7h00 as 18h00.

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3.5. Ocupação humana

A taxa de ocupação humana nos ambientes a serem condicionados também é


de suma importância para o cálculo da carga térmica, principalmente no que diz
respeito a carga latente, pois a transpiração e respiração dos ocupantes produz vapor
d’água no recinto condicionado. No projeto em questão as ocupações foram definidas
de acordo com a norma ABNT NBR 16400-3, tabela 1, de onde foram extraídos os
seguintes dados:

Tabela 3.5.1 – Densidade de ocupação

Ambiente Densidade
[pessoas / 100m²]
Hall do edifício, recepção 10
Sala de aula 35
Laboratório de informática 25
Laboratório de ciências 25
Auditório 150
Sala de reuniões 50
Cozinha, Copa 70
Gabinete de professores 14

Assim como a densidade de ocupação, o regime e horários de ocupação


devem ser definidos. Os laboratórios e demais salas serão considerados com
ocupação igual a 100% no horário de funcionamento da universidade, 7h00 as 18h00.
O auditório terá ocupação de 50% de 08h00 às 12h00, 100% de 13h00 às 15h00 e
70% de 15h00 às 17h00.

Além da densidade de ocupação no ambiente, o calor liberado por pessoa


pode ser estimado e deve ser considerado, é dividido em sua parte sensível e latente,
bem como sua fração de calor radiante. Essa potência obviamente varia de acordo
com a atividade que esta sendo realizada pela pessoa. Para efeito de cálculo será
considerado, de acordo com a norma ABNT NBR 16401, tabela C.1,

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Tabela 3.5.2 – Taxas típicas de calor liberado por pessoa.

Atividade Calor sensível Calor latente % Radiante do


[W/pessoa] [W/pessoa] calor sensível
Moderada, escritório 75 55 60
Sentado, auditório 70 35 60

3.6. Equipamentos elétricos

Os equipamentos elétricos disponíveis na universidade, como computadores,


impressoras, projetores, fornos, elevadores, autoclave, entre outros, ainda não estão
disponíveis na planta de arquitetura. No entanto, a potência dissipada por esses
equipamentos deve ser incluída no cálculo da carga térmica, assim como seu regime
de horários de uso.

Da ABNT NBR 16401-1, Tabela C.3 a Tabela C.6, obtém-se alguns valores
típicos de dissipação de calor para equipamentos elétricos.

Tabela 3.6.1 – Potência dissipada por equipamentos elétricos.

Equipamento Potência dissipada [W]


Computador 65
Monitor 70
Copiadora 400
Impressora de escritório 275
Máquina de fax 10
Máquina de café 1050 (sensível) / 450 (latente)

Para autoclave foi estimada uma potência dissipada de 3000W e para o


projetor do auditório, 500W.

Os regimes utilização desses equipamentos serão de 100% para


computadores e monitores no horário de funcionamento da universidade, 07h00 às
18h00. Para autoclave será considerado apenas dois usos ao dia, um no fim da
manhã, 11h00 às 12h00 e outro no fim da tarde, 17h00 às 18h00. O projetor do
auditório entrará em uso de 8h às 12h e de 13h às 17h.

3.7. Ar exterior

A vazão de ar exterior insuflada no ambiente é necessária para a qualidade do


ar interno do recinto, uma vez definida, ela mantém a concentração de poluentes a um

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nível aceitável. A ABNT NBR 16401-3, define os valores de vazões volumétricas em
litros por segundo dos diferentes ambientes conforme seu tipo, áreas e ocupação.
Essa vazão de ar contribui para o aumento da potência frigorífica da instalação, pois o
ar vem com entalpia elevada devido a sua temperatura ser a do ambiente externo, ou
seja, quanto mais ar exterior for necessário, maior a potência necessária para retirar
calor do ar insuflado.

De acordo com a Tabela 1 da seção 5 da ABNT NBR 16401-3 podemos obter a


vazão necessária em três diferentes níveis, sendo o nível 1, o mínimo e nível 3, o
recomendado para a melhor qualidade do ar.

Tabela 3.7.1 – Vazão de ar exterior para ventilação.

Ambiente Nível 3
Fp [l/s *pessoa] Fa [l/s *m²]
Sala de aula 7.5 0.9
Laboratório de informática 7.5 0.9
Laboratório de ciências 7.5 1.4
Hall, recepção 3.8 0.5
Escritório média densidade 3.8 0.5
Auditório 3.8 0.5
Refeitório 5.7 1.4

Onde Fp é a fração de ocupação e Fa a fração de área. Esses fatores serão


multiplicados pela área do ambiente e pela ocupação, em número de pessoas de cada
ambiente.

Há também o critério baseado na 2ª Portaria da ANVISA nº 3523/98 que indica


que a renovação do ar interior do recinto condicionado deve ser de 27 m³/h por
pessoa. Por este critério obtemos as seguintes vazões volumétricas por ambiente:

Tabela 3.7.2 – Vazões de ar exterior requeridas para o Bloco A


Vazão de ar
Ocupação
BLOCO A - AMBIENTE Área [m²] exterior requerida
[nº pessoas]
[m³/h]
Sala de Lavagem 1 13.1 3 88.43
Sala Autoclave 5.2 1 35.10
1/2 circulação 9.4 2 63.45
Lab. multiusuário 1 18.8 5 126.90
Sala de cultura 29.4 10 277.83
Copa 5.2 4 98.28
Cozinha 13.1 9 247.59
Lab. Multiusuário 2 51.9 13 350.33

13
Área Lab. Multiusuário 1 104.9 26 708.08
Sala Computadores 18.9 5 127.58
Auditório 117.8 177 4770.90
Sala de Reuniões 37.9 19 511.65
1/2 circulação 13.8 3 93.15
Hall 1 10.9 1 29.43
Hall 2 10.9 1 29.43
Laboratório Pesquisa 2 41.3 10 278.78
Laboratório Pesquisa 1 52.3 13 353.03

Tabela 3.7.3 – Vazões de ar exterior requeridas para o Bloco B

Vazão de ar
Ocupação
BLOCO B - AMBIENTE Área [m²] exterior requerida
[nº pessoas]
[m³/h]
Laboratório multiusuário 2 102.94 26 694.85
Sala 14.49 5 136.93
Central analítica 14.36 4 96.93
Gabinete professores 37.9 5 143.26
1/2 circulação 9.58 2 64.67
Hall 1 10.9 1 29.43
Sala de aclimatação 13.1 3 88.43
Sala 2 5.2 2 49.14
Experimentação animal 25.45 6 171.79
Sala comportamento 25.45 6 171.79
Sala de lavagem 13.1 3 88.43
Sala da autoclave 5.2 1 35.10
Área Lab. Multiusuário 3 105.76 26 713.88
Sala dos alunos 29.33 10 277.17
Gabinete de professores 37.8 5 142.88
Hall 2 10.89 1 29.40
Sala de lavagem 13.1 3 88.43
Sala autoclave 5.2 1 35.10
Lab. Multiusuário 3 25.45 6 171.79
Sala cultura 25.32 9 239.27
Cozinha 13.1 9 247.59
Copa 5.2 4 98.28
1/2 circulação 9.5 2 64.13

3.8. Memória de cálculo de carga térmica

Com o intuído de facilitar e organizar a entrada de dados no software foi


elaborada uma planilha com todos os dados de arquitetura do projeto, como áreas dos
pisos, tetos, paredes, bem como suas orientações. Além da informação de ocupação
máxima e estimativa de equipamentos elétricos. A planilha segue no anexo I.

14
3.9. Software para cálculo

O software utilizado para o cálculo da carga térmica do ambientes é o HVAC


Load Explorer e utiliza o método RTSM (Radiant Time Series Method), uma
simplificação do método HBM (Heat Balance), é fornecido com o livro que faz parte da
bibliografia deste trabalho, “Heating, Ventilating, and Air Conditioning – Analysis and
Design, 6th Edition.”.

O método Heat Balance assegura que toda energia, em forma de calor, que flui
em cada zona é balanceada e leva a solução das equações de balanço de energia
com suas superfícies em interação com os meios interno e externo. Assim, as
equações do balanço de energia são combinadas com equações da condução de
calor através das paredes, pisos e tetos e dados climáticos da região. O método
RTSM faz algumas simplificações em comparação ao método HBM, como o balanço
de energia no exterior que é modelado a partir de uma transferência de calor com uma
temperatura equivalente, ao invés de separadamente para cada tipo de radiação, por
exemplo.

As condições de contorno são informadas para cada parede, teto e piso do


ambiente. Sendo elas, temperatura sol-ar externa para superfícies em contato com
meio exterior, temperatura interna para superfícies em contato com ambientes também
condicionados, temperatura especial pré-definida para superfícies em contato com
áreas não condicionadas ou em temperaturas especiais.

O software aceita a inclusão de quatro paredes, um piso e um teto, além das


informações de iluminação, ocupação, infiltração e equipamentos. A figura 3.9.1 ilustra

Figura 3.9.1 – HVAC Load Explorer


15
a tela do software HVAC Load Explorer onde esta sendo mostrada a estrutura de
inclusão de ambientes.

É importante relevar que o software foi desenvolvido no hemisfério norte, e a


informação da posição geográfica de longitude somente é aceita ser incluída como
hemisfério norte, sendo então necessário considerar as paredes nortes como sul e
leste como oeste, para um resultado correto no hemisfério sul.

3.10. Resultados

Em posse de todas as informações o software HVAC Load Explorer foi


alimentado com todas as salas a serem condicionadas e suas características
relevantes ao projeto, resultado numa carga térmica total máxima às 17hs do dia mais
quente, de:

Carga térmica total = 181.9kW


Carga térmica sensível correspondente = 159.9kW

Onde o horário de máximo para carga térmica total e sensível da construção


pode não ser o mesmo horário da máxima carga para cada zona ou ambiente, uma
vez que o regime de ocupação e as características deles são diferentes.

As cargas térmicas totais (CT), sensíveis (RSH) e latentes (RLH) separadas


por ambiente são informadas a seguir, considerando o horário de máximo para cada
um:

Tabela 3.10.1 – Cargas térmicas dos ambientes do Bloco A


BLOCO A
Hora
AMBIENTE Área [m²] CT [kW] RSH [kW] RLH [kW]
Máximo
Sala de Lavagem 1 13.1 4.3309 4.1527 0.1782 18hs
Sala Autoclave 5.2 1.941 1.822 0.119 18hs
1/2 circulação 9.4 2.1402 2.0214 0.1188 18hs
Lab. multiusuário 1 18.8 5.1629 4.8659 0.297 18hs
Sala de cultura 29.4 5.8119 5.6337 0.1782 18hs
Copa 5.2 1.2338 1.0556 0.1782 18hs
Cozinha 13.1 2.6704 2.2546 0.4158 18hs
Lab. Multiusuário 2 51.9 7.2286 6.4564 0.7722 18hs
Área Lab. Multiusuário 1 104.9 9.3438 7.7994 1.5444 18hs
Sala Computadores 18.9 8.9751 8.6781 0.297 17hs
Auditório 117.8 19.3938 13.8498 5.544 15hs
Sala de Reuniões 37.9 10.6649 9.536 1.1289 16hs
1/2 circulação 13.8 1.644 1.466 0.178 18hs
Hall 1 10.9 1.3078 1.2484 0.0594 18hs
Hall 2 10.9 1.0712 1.0118 0.0594 18hs

16
Laboratório Pesquisa 2 41.3 8.686 8.092 0.594 18hs
Laboratório Pesquisa 1 52.3 5.467 4.695 0.772 18hs
Total 554.8 97.0733 84.6388 12.4345

Tabela 3.10.2 – Cargas térmicas dos ambientes do Bloco B

BLOCO B
Hora
AMBIENTE Área [m²] CT [kW] RSH [kW] RLH [kW]
Máximo
Laboratório multiusuário 2 102.94 11.846 10.301 1.545 18hs
Sala 14.49 2.872 2.456 0.416 17hs
Central analítica 14.36 2.892 2.476 0.416 17hs
Gabinete professores 37.9 8.985 7.856 1.129 17hs
1/2 circulação 9.58 1.729 1.61 0.119 18hs
Hall 1 10.9 1.99 1.931 0.059 18hs
Sala de aclimatação 13.1 2.541 2.363 0.178 18hs
Sala 2 5.2 1.189 1.011 0.178 18hs
Experimentação animal 25.45 3.592 3.5137 0.0783 18hs
Sala comportamento 25.45 3.47 3.236 0.234 18hs
Sala de lavagem 13.1 3.84 3.602 0.238 18hs
Sala da autoclave 5.2 1.936 1.817 0.119 18hs
Área lab. Multiusuário 3 105.76 10.285 8.741 1.544 18hs
Sala dos alunos 29.33 4.617 3.726 0.891 17hs
Gabinete professores 37.8 8.693 7.565 1.128 16hs
Hall 2 10.89 0.6697 0.6103 0.0594 18hs
Sala de lavagem 13.1 2.8294 2.5918 0.2376 18hs
Sala autoclave 5.2 3.1641 3.0453 0.1188 18hs
Lab. Multiusuário 3 25.45 3.101 2.745 0.356 18hs
Sala cultura 25.32 3.362 2.887 0.475 17hs
Cozinha 13.1 2.394 1.979 0.415 18hs
Copa 5.2 1.066 0.888 0.178 18hs
1/2 circulação 9.5 1.434 1.3152 0.1188 18hs
Total 558.32 88.497 78.2663 10.231

O output gerado pelo software segue no anexo II com dados de carga térmica
total e sensível, para cada hora do dia.

17
4. Condições de conforto e insuflamento

As condições de conforto dos ambientes condicionados usadas para o


dimensionamento do sistema, atenderão a ABNT NBR 16401-2, que trata de
parâmetros de conforto térmico. A norma recomenda que no verão a temperatura
interna esteja entre 22.5ºC a 26ºC e umidade relativa de 35% a 65%, variando de
acordo com as condições de conforto necessária para cada tipo de ambiente,
considerando a vestimenta típica dos ocupantes, a atividade física que estes estarão
realizando, e considerando ainda o índice máximo de pessoas não satisfeitas. Assim,
as condições internas adotadas neste projeto serão:

Tabela 4.1 – Condições internas de conforto


Temperatura de bulbo seco 24ºC
Umidade relativa 50%

Para definirmos as condições de insuflamento, precisamos também do fator de


desvio da serpentina (fator de by-pass, BF). O seu valor representa a fração de ar que
passa pela serpentina sem sofrer alterações de suas propriedades, como temperatura
e umidade relativa. Este fator é característico de cada tipo de serpentina e devemos
analisar no projeto qual o valor adequado para situação. Conforme a tabela abaixo
fornecida pela CARRIER, temos informações que ajudam nessa escolha, logo,
adotaremos BF = 0.1, para aplicações típicas de conforto.

Tabela 4.2 – Fatores típicos de desvio (by-pass) da serpentina.

A partir da carga térmica total dos ambientes, carga térmica sensível, dados
climáticos externos e temperatura de conforto interno, podemos determinar as
condições de insuflamento e a potência frigorífica. Neste ponto fez-se o estudo do ar

18
úmido com ajuda de uma planilha de cálculo construída no software Microsoft Excel
onde se utilizou das fórmulas de psicrometria mostradas a seguir. A planilha
preenchida com os dados segue no anexo III.

Para a explicação das propriedades do ar estudadas e calculadas nesta


planilha, iremos utilizar a nomenclatura típica em condicionamento de ar adotada
internacionalmente, conforme figura 4.1.

Figura 4.1 – Arranjo típico do sistema e nomenclatura utilizada

O primeiro passo foi informar a planilha as condições exteriores (OA) já


mencionadas, temperatura de bulbo seco, temperatura de bulbo úmido e pressão
atmosférica do local. O fator de by-pass (BF) da serpentina utilizada e as condições de
conforto do interior do ambiente (RA) já definidas também foram informados para os
cálculos.

Constantes como o calor específico à pressão constante para o ar (Cpa) e calor


específico à pressão constante para o vapor d'água superaquecido (Cpv) foram
utilizados com os valores a seguir:

Tabela 4.3 – Calor específico à pressão constante para o ar e vapor d’água


Cpa 1.006 kJ/kg.K
Cpv 1.805 kJ/kg.K

Pode-se então calcular a pressão de saturação do vapor d’água do ar exterior


(OA) em função da sua temperatura de bulbo úmido (Tbu), através da fórmula
recomendada pela ASHRAE, válida no intervalo de 0ºC a 200ºC.

C8
ln Pvsat = + C9 + C10. Tbu + C11. Tbu² + C12. Tbu³ + C13. ln Tbu
Tbu

Onde, C8, C9, C10, C11, C12 E C13 são constantes pré-definidas e
informadas na planilha do anexo III.

A partir dessa pressão de saturação do vapor d’água encontrada e a pressão


atmosférica local, pode-se calcular a razão de umidade do ar exterior saturado, por:

Pvsat
= 0.622.
P − Pvsat

19
Onde P representa a pressão total, atmosférica.

Podemos assim determinar a razão de umidade da mistura (woa). Através da


da primeira lei da termodinâmica e da definição de entalpia, chegamos a fórmula:

Cpv . #$% + 2501.2 − Cpa. #$' − #$% − Cw. #$%


=
2501.2 + Cpv. #$' − Cw . #$%

Onde Cw representa o calor específico da água, que tem o valor de


4.186kJ/kg.K.

Agora a pressão de vapor da mistura ar exterior pode ser encontrada, bastando


usar a fórmula anterior de razão de umidade em função da pressão de vapor e
pressão total. Essa pressão de vapor da mistura foi usada para o cálculo do volume
específico do ar exterior (voa).

A partir da razão de umidade da mistura ar exterior (woa), podemos encontrar a


entalpia da mistura ar exterior (hoa) em função da sua temperatura de bulbo seco
(Tbs), através da fórmula:

ℎ = *+ . #$' + . *+, . #$' + ℎ-.

Onde hlv=2501.2kJ/kg é a variação de entalpia da água líquida saturada a 0ºC


até a condição de vapor saturado a mesma temperatura.

Uma vez definida as propriedades do ar exterior, fez-se o cálculo da razão de


umidade do recinto (wra) através do mesmo procedimento, porém considerando a
umidade relativa, por:

0.622 . Pvsat 01 . UR
/ =
P − Pvsat 01 . UR

Onde UR representa a umidade relativa do ar do recinto, no caso, UR=50%.

Assim o efetivo fator de calor sensível do recinto (ESHF) foi calculado,

RSH + : . Cpa. BF Tbs − Tra


4567 =
CT + : . BF. Cpa Tbs − Tra + 2501,2 − /

Onde moa é a vazão de ar exterior que deve ser insuflado aos ambientes, já
definida no item 3.7.

Temos que estimar agora a temperatura de ponto de orvalho da serpentina


(Tadp), que pode ser entendida como a mesma temperatura de saída da porção de ar
que entra em contato diretamente como superfície metálica da serpentina, pois essa
porção de ar condensa a sua água que estava em forma de vapor, perdendo toda
energia em forma de água condensada. Assumimos que essa porção de ar, que é a

20
todo ar que entra no aparato menos a porção de by-pass, tem temperatura igual a da
serpentina. Desta forma, como é sabido também que o ESHF varia com a temperatura
de ponto de orvalho da serpentina (Tadp), utilizamos na planilha a ferramenta solver
para estimar esta temperatura e calcular a vazão de ar a ser insuflado (msa). A
ferramenta resolve problemas não-lineares, bastando definir um valor desejado e ela
calcula o valor das variáveis que atendem aquele valor desejado, no caso, o valor da
temperatura de ponto de orvalho (Tadp).

Desta maneira, a vazão mássica de ar a ser insuflado (msa) pode ser obtida
com o valor da temperatura de ponto de orvalho (Tadp) estimada,

?56 + : . Cpa. BF. Tbs − Tra


:' =
1 − BF . Cpa. Tra − Tadp

A temperatura do ar a ser insuflado (Tsa) também pode ser obtida por:

?56
#' = #/ −
:' . Cpa

E sua entalpia, definida por,

ℎ' = Cpa . #' + ' Cpv. #' + 2501,2

As condições de entrada na serpentina (EA) dependem da vazão de ar exterior


(moa) e da vazão de ar de retorno (mra), pela conservação de massa é fácil notar que
a vazão mássica de ar na entrada da serpentina (mea) é a soma dessas duas:

:A = :' = :/ + :

Portanto a temperatura na entrada da serpentina é

#$' . : + #/ . :/
#A =
:'

E a entalpia,

: . ℎ + :/ . ℎ/
ℎA =
: + :/

É possível agora estimar a potência frigorífica com a vazão mássica na


serpentina e as condições de entrada e saída.

B7 = :' ℎA − ℎ'

21
De acordo com a planilha no anexo III, pode-se notar que obtemos para o bloco
A e bloco B diferentes resultados para a potência frigorífica, ainda que tenham a
mesma área praticamente, sua ocupação é bastante diferente, principalmente devido a
presença do auditório no bloco A, que requer maior vazão de ar exterior e possui
maior carga térmica latente com sua alta a concentração de pessoas.

Tabela 4.4 – Potências frigoríficas requeridas


Bloco A 175.34kW 49.86TR
Bloco B 126.24kW 35.90TR

A vazão mássica de ar a ser insuflado para cada ambiente, bem como a


temperatura de insuflamento, foram calculadas pela planilha com as fórmulas citadas
para cada ambiente dos blocos A e B, e seguem a seguir:

Tabela 4.5 – Condições de insuflamento para o Bloco A

BLOCO A - AMBIENTE Área [m²] m_oa [kg/s] m_sa [kg/s] T_sa [ºC]

Sala de Lavagem 1 13.1 0.0272 0.36765 12.77

Sala Autoclave 5.2 0.0108 0.16117 12.76

1/2 circulação 9.4 0.0195 0.17973 12.82

Lab. multiusuário 1 18.8 0.0390 0.43167 12.79

Sala de cultura 29.4 0.0854 0.50471 12.90

Copa 5.2 0.0302 0.09631 13.11

Cozinha 13.1 0.0761 0.20713 13.18

Lab. Multiusuário 2 51.9 0.1076 0.57962 12.93

Área Lab. Multiusuário 1 104.9 0.2176 0.71093 13.09

Sala Computadores 18.9 0.0392 0.76613 12.74

Auditório 117.8 1.4660 1.39488 14.13

Sala de Reuniões 37.9 0.1572 0.85587 12.92

1/2 circulação 13.8 0.0286 0.13212 12.97

Hall 1 10.9 0.0090 0.11063 12.78

Hall 2 10.9 0.0090 0.08987 12.81

Laboratório Pesquisa 2 41.3 0.0857 0.72041 12.83

22
Laboratório Pesquisa 1 52.3 0.1085 0.42520 13.02

Total 554.8 2.5166 7.73403

Tabela 4.6 – Condições de insuflamento para o Bloco B

BLOCO B - AMBIENTE Área [m²] m_oa [kg/s] m_sa [kg/s] T_sa [ºC]

Laboratório multiusuário 2 102.94 0.2135 0.95578 13.29


Sala 14.49 0.0421 0.22677 13.23
Central analítica 14.36 0.0298 0.22702 13.16
Gabinete professores 37.9 0.0440 0.71394 13.06
1/2 circulação 9.58 0.0199 0.14768 13.16
Hall 1 10.9 0.0090 0.17526 13.05
Sala de aclimatação 13.1 0.0272 0.21650 13.15
Sala 2 5.2 0.0151 0.09307 13.20
Experimentação animal 25.45 0.0528 0.32349 13.20
Sala comportamento 25.45 0.0528 0.29845 13.22
Sala de lavagem 13.1 0.0272 0.32822 13.09
Sala da autoclave 5.2 0.0108 0.16520 13.07
Área lab. Multiusuário 3 105.76 0.2194 0.81585 13.35
Sala dos alunos 29.33 0.0852 0.34672 13.32

Gabinete professores 37.8 0.0439 0.68768 13.06

Hall 2 10.89 0.0090 0.05617 13.20


Sala de lavagem 13.1 0.0272 0.23713 13.14
Sala autoclave 5.2 0.0108 0.27596 13.03
Lab. Multiusuário 3 25.45 0.0528 0.25418 13.26
Sala cultura 25.32 0.0735 0.26960 13.36
Cozinha 13.1 0.0761 0.18804 13.54
Copa 5.2 0.0302 0.08388 13.48
1/2 circulação 9.5 0.0197 0.12108 13.20
Total 558.32 1.1918 7.20768

Ainda com ajuda do software Microsoft Excel foram traçados gráficos para
ilustrar as condições psicrométricas de insuflamento encontradas no estudo. Nele o
eixo das abscissas representa a temperatura em graus Celsius e o eixo das ordenadas
a razão de umidade. Suas representações seguem a seguir.

23
Figura 4.2 – Condições psicrométricas de insuflamento do Bloco A

Figura 4.3 – Condições psicrométricas de insuflamento do Bloco B

24
5. O sistema VRV/VRF

5.1. Introdução

Para este projeto iremos optar por um sistema moderno de condicionamento de


ar conhecido como “variable refrigerant flow” (VRF) ou “variable refrigerant volume”
(VRV). É um sistema de expansão direta, com condensação a ar, baseado em um
ciclo termodinâmico reverso ao de Rankine por compressão mecânica de vapor. O
vapor neste caso é o fluido refrigerante que escoa na tubulação em estado gasoso
antes da compressão ou líquido antes da expansão. Introduzido no Japão há mais de
20 anos, vem crescendo sua participação no mercado americano, europeu e também
brasileiro. Possui alta flexibilidade, podendo se adaptar à cargas parciais devido seu
controle de capacidade, proporcionando economia de energia e outros benefícios.

O sistema é modular, composto por unidades externas e unidades internas.


Nas unidades externas se localizam os condensadores e compressores, e nas
unidades internas se encontram o evaporador, ventilador e válvula de expansão. Ele é
portanto, um sistema tipo Multi-Split com necessidade de adição de ar exterior para a
renovação de ar e controle de contaminantes, como visto no item 3.7. Desta forma
será instalado um sistema de ar exterior dedicado (DOAS) a ser detalhado adiante.

25
5.2. Características do sistema VRV/VRF

A principal característica deste sistema, e que dá nome a ele, é a vazão de


fluido refrigerante controlada, porém existem muitas outras características a serem
relevadas, desde o controle e gerenciamento por software até a mobilidade de
instalação. No sistema VRV/VRF, a vazão do fluido refrigerante é variada para cada
evaporador de acordo com a necessidade de resfriamento ou aquecimento do
ambiente, com maior ou menor carga térmica, conforme o período do dia ou
ocupação, por exemplo. Desta forma o compressor, localizado na unidade externa,
possui um controle de capacidade e de adapta a carga, economizando energia. Como
seu acionador é um motor elétrico é possível obter essa variação de vazão através de
um variador de frequência que controla sua rotação. Sua variação de capacidade varia
linearmente com a frequência de rotação.

A unidade externa, também chamada de unidade condensadora, está ilustrada


no anexo V, retirada do catálogo do fabricante Daikin. Basicamente são compostas por
um trocador de calor (condensador), um controlador eletrônico para ajuste da
capacidade do compressor e ventiladores axiais para troca de calor por convecção
forçada e compressores. Podem possuir um ou mais compressores, sendo todos com
vazão variável, ou apenas um, por exemplo. O motivo de termos sistemas como
apenas um compressor com controle de capacidade é que a carga térmica total em
geral não passa de um valor mínimo e assim o compressor de vazão variável pode
adaptar o sistema à variação de carga ainda que os outros compressores funcionem
em carga total.

Os compressores aplicados nesse tipo de sistema são do tipo caracol (scroll)


ou parafuso (screw). Com poucas partes móveis são bastante confiáveis e sua
continua compressão garante baixos níveis de ruído e vibração. A geometria de
construção dele impede o vazamento de fluido refrigerante. A figura a seguir ilustra um
modelo de compressor scroll do fabricante Daikin.

As unidades internas são as que tratam o ar do ambiente, elas contêm o


evaporador e o ventilador para insuflamento do ar ao recinto. Podendo ser dutadas ou
não, a maioria das instalações não utiliza dutos para insuflamento do ar, este é
insuflado diretamente a partir da unidade interna. Para cada tipo de ambiente pode
selecionado um modelo de unidade interna com a evaporadora, sem a necessidade de
serem pré-determinadas e fixas pela unidade externas. Diversos modelos e

26
capacidades estão disponíveis. A figura 5.2.3 ilustra alguns modelos mais
comercializados de unidade internas.

As unidades internas podem ser selecionadas independentemente das


unidades externas. A soma de suas capacidades não precisa ser a mesma da
capacidade nominal da unidade externa, podendo variar de cerca de 5% a 10%
dependendo do fabricante e modelo adotado.

As válvulas de expansão utilizadas não são convencionais. As válvulas de


expansão controlam a vazão de refrigerante para o evaporador a fim de proporcionar a
mudança de fase do fluido e a remoção de calor do ambiente. As válvulas
convencionais são do tipo termostáticas e possuem funcionamento independente da
operação do compressor, com a variação da carga do ambiente as válvulas mecânicas
podem não controlar corretamente o grau de superaquecimento do gás, reduzindo a
capacidade de refrigeração ou pior, deixando o fluido atingir o compressor de forma
líquida, o que reduz a vida do compressor. A válvula de expansão utilizada é do tipo
eletrônica (EEV), onde o grau de superaquecimento do fluido é controlado de forma
mais apurada, através de um motor elétrico.

5.3. Vantagens do sistema VRV/VRF

A variação do fluxo de fluido refrigerante implica em algumas vantagens claras.


A maior e a mais e atraente delas é a economia de energia proporcionada pelo
compressor com variação de capacidade. Como não há desativação do acionador do
compressor, no caso, o motor elétrico, podemos obter um consumo menor que no
sistema convencional onde o compressor é ativado e desativado. Ao ser reativado o
compressor precisa comprimir o gás novamente até a pressão desejada, ocorrendo
perdas de energia. Além disso, o sistema sem dutos de insuflamento também é mais
vantajoso do ponto de vista energético uma vez que os dutos do sistema de
insuflamento acrescentam perdas por atrito no escoamento do ar e perdas de calor
para as paredes do duto.

Ainda sobre o compressor, ao desativá-lo é necessário um certo tempo até que


as pressões de sucção e descarga atinjam um determinado valor pois o compressor e
o acionador elétrico podem ser danificados ao ser acionados com alta diferença de
pressão. Podemos concluir que a vida útil tende a ser maior para compressores com
funcionamento contínuo e vazão variável e também para seus acionadores, os
motores elétricos.

27
Do ponto de vista do conforto térmico, podemos citar a vantagem de podermos
definir a temperatura de conforto diferente para cada ambiente e também uma menor
oscilação da temperatura interna, pois o sistema de controle, através dos sensores de
temperatura, pode ajustar a vazão necessária para se atingir a temperatura requerida
de conforto, desta forma o índice de pessoas não satisfeitas tende a reduzir.

A unidade externa entrega fluido comprimido por apenas uma entrada e uma
saída de fluido refrigerante, não havendo necessidade de linhas em paralelo com um
par para cada evaporador existente, pois o sistema ajusta e controla automaticamente
a vazão do refrigerante para cada evaporador através de pontos com juntas especiais,
reduzindo assim as perdas de cargas e perdas de calor para o ambiente devido ao
menor comprimento total da linha, além da redução de custo de instalação. Essas
juntas especiais são chamadas REFNET, que devido a sua concepção conseguem
manter a vazão do fluido igual em cada saída, ainda que haja diferentes perdas de
carga no trecho e um pequeno diâmetro da tubulação, que agrava ainda mais o
problema da perda de carga.

Além dessas vantagens energéticas e de conforto, é possível notar que o


sistema se adapta a mudanças de arquitetura ou expansão da construção com maior
facilidade que em um sistema convencional, pois as unidades internas são modulares
e geralmente expostas, bastando deslocar a linha de fluido refrigerante e instalar a
unidade interna em um novo local. Num sistema convencional os dutos de
insuflamento e retorno de ar são fixos. A instalação do sistema é mais prática também,
pois suas unidades são leves e compactas, podendo ser facilmente transportadas. A
sua eletrônica embutida torna o sistema quase plug-and-play.

A manutenção do sistema é mais fácil e prática que em um sistema de água


gelada, por exemplo. Por ser um sistema de expansão direta, envolve menos
equipamentos e requer menor esforço para manutenção, ainda que sua vida útil não
seja tão grande quanto a de um chiller.

O custo de instalação inicial em uma nova construção é reduzido e se aproxima


de uma instalação convencional de água resfriada, uma vez que não há necessidade
de dutos e terminais de insuflamento, nem outros equipamentos como bombas ou
torres de resfriamento. Porém existem dutos para insuflamento do ar exterior e
exaustão que devem ser considerados no orçamento.

A existência de mais de um compressor na unidade externa faz com que o


sistema torne-se ainda mais confiável, pois se um único compressor apresentar falha,
28
a capacidade de pico do sistema é perdida, mas o sistema pode ainda continuar
trabalhando atendendo uma carga parcial e a manutenção pode ser feita sem parar o
sistema.

Como possuem ampla eletrônica embutida para controle do funcionamento do


sistema, as unidades são gerenciadas por uma central eletrônica que ligada a um
software gerência todo o sistema de condicionamento de ar, além de outros
equipamentos se desejado, como portões, luzes e elevadores. É possível, por
exemplo, fixar horários de funcionamento para as unidades internas e temperaturas
máximas e mínimas dos ambientes condicionados independentemente. O controle,
monitoração e diagnóstico ainda pode ser feito remotamente via Internet, seja pelos
fabricantes ou pelos clientes.

Para sistemas que trabalham com carga parcial na maior parte do tempo, o
controle eletrônico torna-se ainda mais relevante, pois é preciso modular todo sistema.
Os sistemas VRV/VRF mostram-se os mais preparados para se comunicar de forma
padronizada, atendendo a protocolos de comunicação integrada como o BACnet,
desenvolvido pela ASHRAE.

A válvula de expansão eletrônica dos evaporadores permite um controle de


consumo de fluido refrigerante, isto é, é possível controlar o consumo de uma unidade
interna por meio da central eletrônica. Caso um ambiente esteja consumindo mais que
o previsto é possível verificar o que há de errado localmente, como infiltrações ou alta
ocupação, e assim rever o sistema. Outra vantagem deste fato é que é possível tarifar
um ambiente conforme o seu consumo. Ideal para hotéis ou escritórios específicos.

5.4. Desvantagens do sistema VRV/VRF

Dentre as características técnicas do sistema VRV/VRF, podemos relevar


algumas desvantagens em relação a um sistema convencional. Por possuírem grande
eletrônica embutida, requerem softwares de diagnostico próprios dos fabricantes e
treinamento específico. Muitos clientes podem ver o sistema como promessa para o
futuro e não como realidade, uma vez que ainda são encontrados problemas de difícil
solução quando estes são oriundos de seus controladores eletrônicos.

A necessidade de um sistema de ar exterior dedicado auxiliar acrescenta


custos adicionais a instalação.

29
Longas linhas de fluido refrigerante precisam ser conectadas a todas unidades
internas e seus evaporadores. O que pode proporcionar maior probabilidade de
vazamento de fluido. Esta fato pode ser agravado quando temos um pequeno
ambiente condicionado e ocorre um vazamento para este ambiente, o fluido contamina
o ar do recinto condicionado e dificulta a respiração dos ocupantes e nos piores caso
podendo deixá-los sem oxigênio.

Durante a operação normal do sistema óleo é necessário ao funcionamento do


compressor. Este óleo esta contido na linha junto ao fluido refrigerante e normalmente
migra para fora outros pontos da linha e se acumula. São instalados separadores de
óleo para cada compressor que usam a força da gravidade para reter o óleo naquele
local e não deixa-lo percorrer toda a linha. Porém esses separadores de óleo não
conseguem reter todo óleo, pois não são 100% eficientes, e uma boa parte do óleo
percorre a linha e se acumula em lugares indesejados. Assim, depois de um certo
período de funcionamento é preciso recolher o óleo da linha, o que faz o sistema
entrar em modo de recolhimento, que dura cerca de 3 a 6 minutos. Durantes esse
tempo o sistema não refrigera os ambientes.

No que diz respeito a instalação também existem algumas desvantagens, como


é sabido as unidades internas produzem água condensada e como nesse tipo de
instalação existem um ou mais evaporadoras para cada ambiente, cada uma delas
requer a existência de um dreno para essa água. Ou seja, as unidades precisam estar
conectadas a uma rede de drenagem do sistema.

5.5. Seleção dos equipamentos

Iremos selecionar as unidades de acordo com a carga térmica e potência


frigorífica calculada. Os fabricantes oferecem softwares específicos para seleção
desses equipamentos. Nele, sua seleção inicia-se pelas unidades internas e então o
software escolhe as unidades externas de acordo com a capacidade. A capacidade
combinada das unidades internas pode ser igual, superior ou inferior à capacidade das
unidades externas. O que se deve fazer é selecionar primeiramente a unidade externa
de acordo com a máxima carga calculada para um determinado horário, da construção
como um todo, pois ela como ela irá atender a vários ambientes. Caso selecionemos a
unidade externa de acordo com a máxima carga de cada ambiente, iremos
superdimensionar o sistema.

30
O comprimento da linha de fluido refrigerante e seu arranjo também é montado
pelo software do fabricante. É importante frisar que o comprimento das linhas de fluido
refrigerante tem um limite pré-determinado para distâncias horizontais e verticais.
Quando esse comprimento excede um determinado valor, deve-se usar um fator de
correção para potência frigorífica nominal do equipamento, ou ainda pode ser inviável
a instalação.

Usualmente os fabricantes determinam que os limites máximos de


comprimento das linhas de fluido refrigerante são: distância vertical entre a unidade
externa e a unidade interna mais distante igual a 50m; distância vertical entre duas
unidades internas igual a 15m; distância total da unidade externa até a unidade interna
mais distante igual a 165m.

As unidades externas podem ser conectadas a qualquer tipo de unidade


interna e em alguns casos a até 64 delas dependendo do modelo e do fabricante.

Os catálogos de engenharia dos fabricantes fornecem uma potência de


refrigeração das unidades externas e unidades internas para determinadas
temperaturas internas e externas. É preciso verificar a tabela de capacidade corrigida
para saber se o equipamento atende as especificações do projeto.

Como foi calculado, para o Bloco A temos que atender uma potência frigorífica
total máxima de 169.2kW. Portanto, iremos selecionar para o Bloco A duas unidades
externas, que estão disponíveis no mercado, de acordo com essa carga máxima,
sendo uma unidade externa de 139kW (RXYQ50PAHY1 – Fabricante Daikin) com
capacidade corrigida de 112kW para as condições deste projeto e outra unidade
externa de 72.8kW (RXYQ26PAHY1 – Fabricante Daikin) com capacidade corrigida
para o projeto de 58.6kW, totalizando uma potência corrigida de 170.6kW, atendendo
ao Bloco A em condições de carga máxima. Uma planilha de capacidade corrigida
para as condensadoras RXYQ50PAHY1 – Fabricante Daikin segue no anexo IV.

No Bloco B temos que atender uma potência frigorífica de 132.5kW. Portanto,


iremos selecionar para este bloco duas unidades externas, que estão disponíveis no
mercado, de acordo com essa carga máxima, sendo as duas unidades externas de
78.3kW (RXYQ28PAHY1 – Daikin) com capacidade corrigida de 73.2kW para as
condições deste projeto, totalizando uma potência corrigida de 146.4kW, atendendo ao
Bloco B em condições de carga máxima

31
Especificações técnicas para as unidades externas selecionadas retiradas do
catálogos de engenharia do fabricante podem ser visualizadas a seguir.

Tabela 5.5.1 - Especificações técnicas da RXYQ50PAHY1 – Fonte: Catálogo de Engenharia


Daikin

32
Tabela 5.5.2 - Especificações técnicas da RXYQ28PAHY1 - Fonte: Catálogo de
Engenharia Daikin

33
Tabela 5.5.3 - Especificações técnicas da RXYQ26PAHY1 - Fonte: Catálogo de
Engenharia Daikin

34
Cabe agora selecionar as unidades internas com os evaporadores que irão
tratar o ar dos ambientes. Sua seleção será de acordo com a potência frigorífica
máxima obtida para cada ambiente. Para o auditório do Bloco A iremos usar unidades
internas tipo cassette fluxo circular. O modelo FXFQ50PVE – Daikin, ilustrado na
figura 5.5.1, tem a sua a capacidade corrigida no catálogo de engenharia para as
condições externa e internas deste projeto uma potência frigorífica estimada em
5.2kW. Logo iremos utilizar oito unidades desse tipo distribuídas uniformemente,
totalizando 41.6kW para o auditório. Uma planilha de correção de capacidades para as
unidades internas deste tipo segue no anexo IV.

35
Tabela 5.5.4 - Especificações técnicas para o FXFQ32PVE e FXFQ50PVE – Fonte: Catálogo de
Engenharia Daikin

36
Para os demais ambientes as unidades internas serão do tipo suspenso no teto
de acordo com a capacidade requerida. Para o hall e salas pequenas serão utilizadas
unidades internas do tipo high-wall. Para a circulação de pessoas entre os bloco
também está previsto o condicionamento de ar, sendo selecionada duas unidades tipo
duto montado no teto, uma em cada lado do corredor. Uma lista com as unidades
selecionadas segue como legenda da ilustração a seguir.

5.6. Disposição dos equipamentos

O posicionamento das unidades internas nos ambientes foi montado de acordo


com a arquitetura do projeto, ou seja, respeitando seus limites de dimensões, portas e
janelas, foram dispostos a fim de ser obter um fluxo de ar simétrico e viabilizando um
melhor conforto térmico dos ocupantes. Também foram observadas as condições de
não interferência no funcionamento do equipamento mais próximo. Um desenho com
esse posicionamento segue a seguir.

As linhas de fluido refrigerante também serão posicionadas com o menor


comprimento possível para reduzir as perdas de carga e calor para o ambiente. Deve-
se atentar para os comprimentos máximos de cada ramificação de acordo com o
modelo adotado. Softwares de seleção dos fabricantes arranjam as linhas de forma a
se obter um melhor equilíbrio.

As unidades externas serão instaladas ao tempo no piso térreo próximo à área


dos sanitários, tanto para o Bloco A quanto para o Bloco B. A disposição final foi
montada para em suas plantas baixas. Suas ilustrações seguem a seguir.

37
Figura 5.6.2– Disposição das unidades no Bloco A - Térreo

38
Figura 5.6.4– Disposição das unidades no Bloco B - Térreo

39
Figura 5.6.3– Disposição das unidades no Bloco A – 1º Pavimento

40
Figura 5.6.5 – Disposição das unidades no Bloco B – 1º Pavimento

41
Figura 5.6.6 – Legenda para unidades externas e internas selecionadas

5.7. Sistema de ar exterior dedicado (DOAS)

Um dos grandes desafios do sistema VRV/VRF é o suprimento de ar


exterior para ventilação do recito, uma vez que seus equipamentos não
renovam o ar interno. Uma das maneiras de contornar o problema é através de
uma pequena rede de ventilação de ar, onde o ar é filtrado e forçado através de
ventiladores para os ambientes com a vazão indicada pela norma. Este ar, no
melhor dos casos, pode ser insuflado a uma temperatura inferior a temperatura
externa e para climas úmidos como neste caso, com reduzida umidade. Muitos
fabricantes disponibilizam um kit para ventilação exterior chamado outdoor air
processing unit.

Neste projeto iremos considerar que o ar se mistura ao ar ambiente nas


piores condições possíveis, ou seja, o ar exterior entra no recinto e se mistura
ao ar do recinto às temperaturas externas de bulbo seco e bulbo úmido já
informadas no cálculo da potência frigorífica e carga térmica.

42
6. Considerações Finais

O sistema é tecnicamente viável para o projeto em questão. A capacidade do


sistema VRV/VRF se adaptar a cargas parciais pode fornecer boa economia de
energia em relação a sistemas convencionais, reduzindo seu custo operacional. Sua
instalação oferece vantagens claras frente a outros sistemas, sejam aos de expansão
direta ou refrigerados a água. Porém, o projeto em questão não é o melhor cenário
para sua aplicação, uma vez que a universidade deve trabalhar com ocupação
praticamente constante diariamente. Além disso, o ambiente não é sujeito à mudanças
em sua arquitetura em um curto período de tempo, que é uma vantagem deste
sistema, sua fácil adaptação a mudanças e a carga térmica. Soma-se a isso o fato da
confiabilidade dos controladores eletrônicos e softwares que vem sendo desenvolvidos
para estes sistemas, ainda não ser como a de um sistema convencional.

O clima da cidade de projeto também não contribui para o melhor


aproveitamento energético desse sistema. Como na cidade de Macaé no estado do
Rio de Janeiro, as unidades fornecerão apenas a operação de resfriamento, uma
habilidade do sistema VRV/VRF é perdida, a recuperação de calor de alguns
ambientes para aquecer outros e vice-versa.

Porém, a fácil manutenção pode ser um atrativo para a instalação, pois além do
seu baixo custo, requer pouco tempo.

Atualmente temos uma preocupação cada vez maior com o meio ambiente, e
os sistemas em questão, como vimos, além da economia de energia, utilizam de fluido
refrigerante tidos como ecológicos (R410a), o que pode viabilizar certificações para a
construção. Grandes avanços em tecnologia da informação tornam o sistema atraente,
uma vez que ele pode ser controlado inclusive pelo usuário final de forma prática via
computador ou até por telefones celulares.

43
Referências Bibliográficas

AMARNATH, A., BLATT, M., 2008, “Variable Refrigerant Flow: An Emerging Air
Conditioner and Heat Pump Technology”, EUA, ACEEE Summer Study on Energy
Efficiency in Buildings, 2008.

ASHRAE, 2012, ASHRAE HANDBOOK - HVAC SYSTEMS AND EQUIPMENT. SI


Edition. EUA, Georgia, Atlanta, ASHRAE

BRUM, N., 2012. “Notas de aula Prof. Nísio Brum”, Rio de Janeiro, RJ.

CARRIER, W., “System design manual, part 1, Chapter 8 - Applied Psychrometrics”.


EUA.

GOETZLER, W., 2007, “Variable Refrigerant Flow Systems”. ASHRAE Journal, EUA,
April 2007.

MCQUISTON, Faye C., PARKER, Jerald D., SPITLER, Jeffrey D., 2005, “Heating,
Ventilation and Air Conditioning – Analysis and Design.” 6 ed. EUA: John Wiley &
Sons, Inc.

MORRIS, W., 2003, “The Abc of Dedicated Outdoor Air Systems”. ASHRAE Journal,
EUA, May 2003.

OZISIK, M., 1990, “Transferência de Calor Um Texto Básico”. 1 ed, Rio de Janeiro, RJ:
Guanabara.

SONNATAG, R., BORGNAKKE, C., VAN WYLEN, G., 2003, “Fundamentos da


Termodinâmica”, 6 ed, São Paulo, SP: Edgard Blucher Ltda.

44
Anexo I – Memória de cálculo de carga térmica

Anexo II – Output gerado pelo software HVAC Load Explorer para os dois blocos.

Anexo III – Planilhas Psicrométricas

Anexo IV – Tabela de correção de capacidades dos equipamentos

Anexo V – Unidade externas e internas – fonte: catálogo Daikin

1
ANEXO I
PLANILHA DE LEVANTAMENTO DE DADOS PARA CÁLCULO DE CARGA TÉRMICA

PROJETO: UFRJ MACAÉ CIDADE: MACAÉ TBS/TBU: GALEAO RJ


AMBIENTE ÁREA ILUMINAÇÃOEQUIP ELET. OCUPAÇÃO PAREDE EXT VIDRO EXT TETO PAREDES INT AMBIENTE ÁREA ILUMINAÇÃO EQUIP ELET. OCUPAÇÃO PAREDE EXT VIDRO EXT TETO PAREDES INT
( m2 ) ( W/m2 ) (W) ( m2/pessoa ) ( m2 ) ( m2 ) ( m2 ) ( m2 ) ( m2 ) ( W/m2 ) (W) ( m2/pessoa ) ( m2 ) ( m2 ) ( m2 ) ( m2 )
BLOCO A - TÉRREO PLANTA pdf ESTIMATIVA ABNT NBR 16401-3 BLOCO A - 1o PAVIMENTO PLANTA pdf ESTIMATIVA ABNT NBR 16401-3
HALL
SALA DE COMPUTADORES 18.9 560 5000W 4 N - 14.62 N - 4.3X1.2 18.9 29.41 10.9 160W - 10 S - 9.99 EXT - 10.9 24.88
29.6296296 5 E - 14.79 E - 2.56X1.2 INTERNO W - 5.1
3000W E - 0,86X1.2 EXT - 7.51
LAB MULTIUSUARIO 1 18.8 560 4 E - 14.76 E - 5.16X1.2 18.8 43.99 WC FEMININO 7.51 280W - 3 E - 7.0 E - 0,86X1.2 C/ FORRO 12.34
29.787234 5 INTERNO
E - 0,86X1.2 EXT - 7.51
SALA DE CULTURA 29.4 960W 1000W 10 N - 29.75 - 29.4 52.7 WC MASCULINO 7.51 280W - 3 E - 7.0 E - 0,86X1.2 C/ FORRO 12.34
3 INTERNO
N - 14.72 N - 4.3X1.2
AREA LAB MULTIUSUARIO 1 104.87 2080W 3500W 4 - - 104.87 140.86 SALA DE REUNIOES 37.9 1120W 2000W 2 E - 30.06 E - 2.56X1.2 EXT - 37.9 44.4
26 INTERNO E - 5.16X1.2
E - 0,86X1.2 7.51 W - 24.15 S - 0,86X1.2 (x5)
WC MASCULINO 7.51 280W - 3 E - 7.04 E - 0,86X1.2 C/ FORRO 12.34 AUDITÓRIO 117.8 2720W 3500W 0.66 S - 43.66 S - 1.86X1.2 76.22
3 INTERNO
E - 0,86X1.2 7.51 N - 2.56X1.2
WC FEMININO 7.51 280W - 3 E - 7.04 E - 0,86X1.2 C/ FORRO 12.34 LAB MULTI SOCIEDADE 1 52.36 1440W 2000W 4 N - 29.92 N - 0.86X1.2 EXT - 52.36 70.4
3 INTERNO N - 4.25X1.2
W - 5.1
HALL 10.9 160W ELEVADOR 10 S - 9.24 - 10.9 24.9 LAB MULTI SOCIEDADE 2 41.29 1200W 2000W 4 N - 23.6 N - 4.25X1.2 EXT - 41.29 43.75
1 INTERNO W - 20.23 W - 2.67X1.2

1/2 CIRCULACAO 9.42 200W - 5 W - 6.8 - 9.42 24.5 1/2 CIRCULACAO 13.8 280W - 5 W - 6.8 - EXT - 13.8 45.9
2 E - 6.8 INTERNO E - 6.8 -
W - 1.86X1.2
LAB MULTIUSUARIO 2 51.94 1600W 2500W 4 W - 25.5 W - 1.86X1.2 51.94 65.96
13 INTERNO

COZINHA 13.1 320W - 2 W - 9.2 13.1 22.61


7 S - 17 INTERNO

COPA 5.2 80W 600W 2 S - 6.52 S - 0.86X1.2 5.2 21.8


3 INTERNO

SALA DE LAVAGEM LAB 13.1 320W 400W 4 N - 16.5 N - 4.3X1.2 13.1 25.67
3 W - 9.2 INTERNO

SALA DA AUTOCLAVE 5.2 80W 4000W 4 N - 6.57 N - 0,86X1.2 5.2 24.9


1 INTERNO
ANEXO I
PLANILHA DE LEVANTAMENTO DE DADOS PARA CÁLCULO DE CARGA TÉRMICA

AMBIENTE ÁREA ILUMINAÇÃO EQUIP ELET. OCUPAÇÃO PAREDE EXT VIDRO EXT TETO PAREDES INT AMBIENTE ÁREA ILUMINAÇÃO EQUIP ELET. OCUPAÇÃO PAREDE EXT VIDRO EXT TETO PAREDES INT
( m2 ) ( W/m2 ) (W) ( m2/pessoa ) ( m2 ) ( m2 ) ( m2 ) ( m2 ) ( m2 ) ( W/m2 ) (W) ( m2/pessoa ) ( m2 ) ( m2 ) ( m2 ) ( m2 )
BLOCO B - TÉRREO PLANTA pdf ESTIMATIVA ABNT NBR 16401-3 BLOCO B - 1o PAVTO. PLANTA pdf ESTIMATIVA ABNT NBR 16401-3
AREA LAB.
LAB MULTIUSUARIO 2 102.94 2080W 3000W 4 N - 19.68 N - 1.86X1.2 102.94 117.4 105.76 2080W 3000W 4 N - 19.8 N - 1.86X1.2 EXT - 105.76 112.9
MULTIUSUARIO 3
26 N - 3.44x1.2 INTERNO 26 N - 3.44X1.2
S - 0,86X1.2
SALA 14.49 480W 1000W 2 S - 14.7 S - 0,86X1.2 14.5 37.6 SALA DOS ALUNOS 29.33 960W 1000W 2 S - 29.9 S - 2.56X1.2 29.33 41.31
7 S - 2.56X1.2 INTERNO 15 S - 4.25X1.2 EXTERNO
E - 5.16X1.2
CENTRAL ANALITICA 14.36 480W 1000W 2 S - 14.5 S - 4.25x1.2 14.36 37.16 GABINETE PROFESSORES 37.8 1120W 2000W 2 S - 14.6 S - 4.3X1.2 37.8 44.4
7 INTERNO 19 E - 29.7 E - 2.56X1.2 EXTERNO
S - 4.3X1.2 E - 0.86X1.2
GABINETE PROFESSORES 37.9 1120W 2000W 2 S - 14.7 E - 2.56X1.2 37.9 44.2 WC FEMININO 7.51 280W - 3 E-7 E - 0.86X1.2 7.51 12.34
19 E - 29.78 E - 5.16X1.2 INTERNO 3 EXTERNO
E - 0.86X1.2
1/2 CIRCULACAO 9.58 280W - 5 W - 6.8 - 9.58 30 WC MASCULINO 7.51 280W - 3 E-7 E - 0.86X1.2 7.51 12.34
2 E - 6.8 - INTERNO 3 EXTERNO
E - 0,86X1.2
WC FEMININO 7.51 280W - 3 E - 7.04 E - 0,86X1.2 7.04 12.34 HALL S/ ESCADA 10.89 160W ELEVADOR 10 N - 9.2 - 10.89 30
3 INTERNO 1 EXTERNO
E - 0,86X1.2
WC MASCULINO 7.51 280W - 3 E - 7.04 E - 0,86X1.2 7.04 12.34 SALA DE LAVAGEM 13.1 320W 600W 3 N - 16.5 13.1 25.7
3 INTERNO 4 W - 9.2 W - 1.86X1.2 EXTERNO
W - 5.1
HALL S/ ESCADA 10.9 160W ELEVADOR 10 N - 9.25 (P1) - 10.9 24.88 SALA AUTOCLAVE 5.2 80W 4000W 3 N - 6.5 N - 0.86X1.2 5.2 24.88
1 INTERNO 2 EXTERNO

SALA ACLIMATACAO 13.1 320W 600W 4 W - 9.2 - 13.1 25.67 LAB. MULTIUSUARIO 3 25.45 800W 1000W 4 W - 12.5 W - 1.86X1.2 25.45 52.3
3 S - 16.5 - INTERNO 6 EXTERNO

SALA 2 5.2 80W 500W 2 S - 6.5 S - 0.86X1.2 5.2 24.88 SALA CULTURA 25.32 800W 1000W 3 W - 12.5 W - 1.86X1.2 25.32 66.3
3 INTERNO 8 EXTERNO

EXPERIMENTACAO ANIMAL 25.45 800W 1000W 4 W - 12.5 W - 1.86X1.2 25.45 59.56 COZINHA 13.1 320W - 2 W - 9.18 - 13.1 25.67
6 INTERNO 7 S - 16.5 EXTERNO

SALA COMPORTAMENTO 25.45 800W 1000W 4 W - 12.5 - 25.45 59.56 COPA 5.2 80W 600W 2 S - 6.6 - 5.2 15.5
6 INTERNO 3 EXTERNO
W - 6.8 - 24.82
SALA DE LAVAGEM 13.1 320W 600W 3 N - 16.5 - 13.1 25.7 1/2 CIRCULAÇÃO 9.5 200W - 5 E - 6.8 - 9.5
4 N - 9.2 - INTERNO 2 EXTERNO

SALA AUTOCLAVE 5.2 80W 4000W 3 N - 6.56 N - 0.86X1.2 5.2 24.88


2 INTERNO
Anexo II – Output gerado pelo software HVAC Load Explorer para os dois blocos.

dŽƚĂůŽŽůŝŶŐŽŝů>ŽĂĚ;tĂƚƚƐͿ
 ,ŽƵƌƐ  >ŽĂĚ
ͺͺͺͺͺͺͺͺͺͺͺͺͺͺͺͺͺͺͺͺͺͺͺͺͺͺͺͺͺͺͺͺͺͺͺͺͺͺͺͺͺͺͺͺͺͺͺͺͺͺͺͺͺͺͺ
 ϭ  ϵϭϭϵϮ͘ϯ
 Ϯ  ϴϱϳϯϳ͘Ϯ
 ϯ  ϴϬϲϳϱ͘ϭ
 ϰ  ϳϱϵϴϴ͘ϰ
 ϱ  ϳϭϳϬϱ͘ϯ
 ϲ  ϲϳϴϳϲ͘ϯ
 ϳ  ϲϰϱϰϮ͘ϱ
 ϴ  ϭϬϰϮϰϴ͘Ϯ
 ϵ  ϭϭϱϲϰϰ͘ϯ
 ϭϬ  ϭϮϯϳϭϲ͘ϭ
 ϭϭ  ϭϯϯϮϬϳ͘ϯ
 ϭϮ  ϭϰϯϲϭϮ͘Ϭ
 ϭϯ  ϭϰϲϯϮϯ͘ϰ
 ϭϰ  ϭϲϰϱϵϱ͘ϰ
 ϭϱ  ϭϳϮϰϵϵ͘ϭ
 ϭϲ  ϭϳϲϰϱϬ͘Ϯ
 ϭϳ  ϭϴϭϵϯϴ͘Ϭ
 ϭϴ  ϭϳϳϳϯϮ͘ϱ
 ϭϵ  ϭϯϮϲϯϭ͘ϯ
 ϮϬ  ϭϮϰϱϭϳ͘ϱ
 Ϯϭ  ϭϭϳϭϬϬ͘Ϯ
 ϮϮ  ϭϬϵϵϴϴ͘Ϯ
 Ϯϯ  ϭϬϯϮϴϵ͘Ϭ
 Ϯϰ  ϵϳϬϯϭ͘ϰ

^ĞŶƐŝďůĞŽŽůŝŶŐŽŝů>ŽĂĚ;tĂƚƚƐͿ
 ,ŽƵƌƐ  >ŽĂĚ
ͺͺͺͺͺͺͺͺͺͺͺͺͺͺͺͺͺͺͺͺͺͺͺͺͺͺͺͺͺͺͺͺͺͺͺͺͺͺͺͺͺͺͺͺͺͺͺͺͺͺͺͺͺͺͺ
 ϭ  ϵϭϮϱϬ͘ϵ
 Ϯ  ϴϱϳϵϮ͘Ϯ
 ϯ  ϴϬϳϮϲ͘ϵ
 ϰ  ϳϲϬϯϳ͘Ϯ
 ϱ  ϳϭϳϱϭ͘ϰ
 ϲ  ϲϳϵϭϵ͘ϵ
 ϳ  ϲϰϱϴϯ͘ϵ
 ϴ  ϴϲϭϵϳ͘ϵ
 ϵ  ϵϰϳϯϱ͘ϯ
 ϭϬ  ϭϬϮϴϭϮ͘ϯ
 ϭϭ  ϭϭϮϯϬϵ͘ϲ
 ϭϮ  ϭϮϮϳϮϭ͘Ϭ
 ϭϯ  ϭϮϴϯϬϬ͘ϭ
 ϭϰ  ϭϰϬϴϱϭ͘ϵ
 ϭϱ  ϭϰϴϳϲϬ͘ϳ
 ϭϲ  ϭϱϰϰϯϯ͘ϵ
 ϭϳ  ϭϱϵϵϮϱ͘Ϯ
 ϭϴ  ϭϱϵϳϮϵ͘ϱ
 ϭϵ  ϭϯϮϳϭϲ͘ϰ
 ϮϬ  ϭϮϰϱϵϳ͘ϱ
 Ϯϭ  ϭϭϳϭϳϱ͘ϰ
 ϮϮ  ϭϭϬϬϱϴ͘ϴ
 Ϯϯ  ϭϬϯϯϱϱ͘ϯ
 Ϯϰ  ϵϳϬϵϯ͘ϳ
ANEXO III - CONDIÇÕES DE INSUFLAMENTO - UFRJ MACAÉ BLOCO A

BLOCO A ABNT NBR 16401-3 ANVISA


D. Ocupação D. Ocupação Ocupação
AMBIENTE Área [m²] CT [kW] RSH [kW] RLH [kW] Hora Máximo m_oa [kg/s] m_sa [kg/s] T_sa [ºC] PF (Kw) PF [TR]
[pessoas/100m²] [m²/pessoa] [nº pessoas]
Sala de Lavagem 1 13.1 4.3309 4.1527 0.1782 18hs 25 4.00 3 0.0272 0.36765 12.77 8.33498 2.3700109
Sala Autoclave 5.2 1.941 1.822 0.119 18hs 25 4.00 1 0.0108 0.16117 12.76 3.653819 1.0389457
1/2 circulação 9.4 2.1402 2.0214 0.1188 18hs 25 4.00 2 0.0195 0.17973 12.82 4.074639 1.1586037
Lab. multiusuário 1 18.8 5.1629 4.8659 0.297 18hs 25 4.00 5 0.0390 0.43167 12.79 9.786362 2.7827044
Sala de cultura 29.4 5.8119 5.6337 0.1782 18hs 35 2.86 10 0.0854 0.50471 12.90 11.44244 3.2536033
Copa 5.2 1.2338 1.0556 0.1782 18hs 70 1.43 4 0.0302 0.09631 13.11 2.1835 0.6208676
Cozinha 13.1 2.6704 2.2546 0.4158 18hs 70 1.43 9 0.0761 0.20713 13.18 4.695822 1.3352342
Lab. Multiusuário 2 51.9 7.2286 6.4564 0.7722 18hs 25 4.00 13 0.1076 0.57962 12.93 13.14069 3.7364905
Área Lab. Multiusuário 1 104.9 9.3438 7.7994 1.5444 18hs 25 4.00 26 0.2176 0.71093 13.09 16.11755 4.5829463
Sala Computadores 18.9 8.9751 8.6781 0.297 17hs 25 4.00 5 0.0392 0.76613 12.74 17.36912 4.9388251
Auditório 117.8 19.3938 13.8498 5.544 15hs 150 0.67 177 1.4660 1.39488 14.13 31.62344 8.99197
Sala de Reuniões 37.9 10.6649 9.536 1.1289 16hs 50 2.00 19 0.1572 0.85587 12.92 19.40365 5.5173338
1/2 circulação 13.8 1.644 1.466 0.178 18hs 25 4.00 3 0.0286 0.13212 12.97 2.995371 0.8517192
Hall 1 10.9 1.3078 1.2484 0.0594 18hs 10 10.00 1 0.0090 0.11063 12.78 2.508126 0.7131733
Hall 2 10.9 1.0712 1.0118 0.0594 18hs 10 10.00 1 0.0090 0.08987 12.81 2.037546 0.5793663
Laboratório Pesquisa 2 41.3 8.686 8.092 0.594 18hs 25 4.00 10 0.0857 0.72041 12.83 16.33263 4.6441032
Laboratório Pesquisa 1 52.3 5.467 4.695 0.772 18hs 25 4.00 13 0.1085 0.42520 13.02 9.639701 2.7410021
Total 554.8 97.0733 84.6388 12.4345 303 2.5166 7.73403 175.3394 49.8569

CTES OUTDOOR AIR (OA) PROPRIEDADES OA Temp. Dew Point (solver) resíduo
CpA (calor específico
1.006
à pressão constante
TOA_DB para o ar 37.9 ºC Pvoa_sat_twb (pressão
3284.36
de vapor
[Pa] d'água saturado a te Tadp_kelvin 284.560 -1.544E-09
CpV (calor específico
1.805
à pressão constante
TOA_WB para o va 25.6 ºC woa_sat 0.020853 Pv_tadp 1348.974978 PROPRIEDADES EA
Patm 1.0125 x10^5 [Pa] woa 0.015639928 w_tadp 0.00840 TEA 28.52 ºC
CTE8 -5800.2206 Pvoa 2483.443387 [Pa] Tadp 11.41 ºC wea 0.01137
CTE9 1.3914993 m_oa 2.52 [kg/s] H_EA 57.75 [kJ/kg]
CTE10 -4.86E-02 BY-PASS FACTOR V_oa 0.9040 [m3/kg]
CTE11 4.18E-05 BF 0.1 H_OA 78.32 [kJ/kg] PROPRIEDADES SA
CTE12 -1.45E-08 m_sa 7.73 [kg/s]
CTE13 6.55E+00 wsa 0.00866
ROOM AIR (RA) PROPRIEDADES RA TSA_DB 13.12 ºC Potência Frigorífica
TRA_DB 24 ºC Pvra_sat_tdb (pressão
2985.127068
de vapor
[Pa] d'água saturado a t H_SA 35.07 [kJ/kg] PF 175.34 kW
UR 50% wra 0.00931 V_sa 0.8223 [m3/kg] 49.86 TR
m_ra 5.22 [kg/s]
CALCULADO HVAC EXPLORER H_RA 47.82 [kJ/kg]
CT 97.0733 kW V_ra 0.8550 [m3/kg]
RSH 84.6388 kW
RLH 12.4345 kW
RSHF 0.8719
ESHF 0.8430
ANEXO III - CONDIÇÕES DE INSUFLAMENTO - UFRJ MACAÉ BLOCO B

ABNT NBR 16401-3 ANVISA


RLH D. Ocupação D. Ocupação Ocupação T_sa
AMBIENTE Área [m²] CT [kW] RSH [kW] Hora Máximo m_oa [kg/s] m_sa [kg/s] PF (Kw)
[kW] [pessoas/100m²] [m²/pessoa] [nº pessoas] [ºC]
Laboratório multiusuário 2 102.94 11.846 10.301 1.545 18hs 25 4.00 26 0.2135 0.95578 13.29 16.74
Sala 14.49 2.872 2.456 0.416 17hs 35 2.86 5 0.0421 0.22677 13.23 3.97
Central analítica 14.36 2.892 2.476 0.416 17hs 25 4.00 4 0.0298 0.22702 13.16 3.98
Gabinete professores 37.9 8.985 7.856 1.129 17hs 14 7.14 5 0.0440 0.71394 13.06 12.50
1/2 circulação 9.58 1.729 1.61 0.119 18hs 25 4.00 2 0.0199 0.14768 13.16 2.59
Hall 1 10.9 1.99 1.931 0.059 18hs 10 10.00 1 0.0090 0.17526 13.05 3.07
Sala de aclimatação 13.1 2.541 2.363 0.178 18hs 25 4.00 3 0.0272 0.21650 13.15 3.79
Sala 2 5.2 1.189 1.011 0.178 18hs 35 2.86 2 0.0151 0.09307 13.20 1.63
Experimentação animal 25.45 3.592 3.5137 0.0783 18hs 25 4.00 6 0.0528 0.32349 13.20 5.67
Sala comportamento 25.45 3.47 3.236 0.234 18hs 25 4.00 6 0.0528 0.29845 13.22 5.23
Sala de lavagem 13.1 3.84 3.602 0.238 18hs 25 4.00 3 0.0272 0.32822 13.09 5.75
Sala da autoclave 5.2 1.936 1.817 0.119 18hs 25 4.00 1 0.0108 0.16520 13.07 2.89
Área lab. Multiusuário 3 105.76 10.285 8.741 1.544 18hs 25 4.00 26 0.2194 0.81585 13.35 14.29
Sala dos alunos 29.33 4.617 3.726 0.891 17hs 35 2.86 10 0.0852 0.34672 13.32 6.07
Gabinete professores 37.8 8.693 7.565 1.128 16hs 14 7.14 5 0.0439 0.68768 13.06 12.04
Hall 2 10.89 0.6697 0.6103 0.0594 18hs 10 10.00 1 0.0090 0.05617 13.20 0.98
Sala de lavagem 13.1 2.8294 2.5918 0.2376 18hs 25 4.00 3 0.0272 0.23713 13.14 4.15
Sala autoclave 5.2 3.1641 3.0453 0.1188 18hs 25 4.00 1 0.0108 0.27596 13.03 4.83
Lab. Multiusuário 3 25.45 3.101 2.745 0.356 18hs 25 4.00 6 0.0528 0.25418 13.26 4.45
Sala cultura 25.32 3.362 2.887 0.475 17hs 35 2.86 9 0.0735 0.26960 13.36 4.72
Cozinha 13.1 2.394 1.979 0.415 18hs 70 1.43 9 0.0761 0.18804 13.54 3.29
Copa 5.2 1.066 0.888 0.178 18hs 70 1.43 4 0.0302 0.08388 13.48 1.47
1/2 circulação 9.5 1.434 1.3152 0.1188 18hs 25 4.00 2 0.0197 0.12108 13.20 2.12
Total 558.32 88.4972 78.2663 10.2309 144 1.1918 7.20768 126.24

CTES OUTDOOR AIR (OA) PROPRIEDADES OA Temp. Dew Point (solver) resíduo PROPRIEDADES EA
CpA (calor específico
1.006
à pressão constante
TOA_DB para o ar 37.9 ºC Pvoa_sat_twb (pressão de vapor
3284.36
d'água
[Pa]saturado a te Tadp_kelvin 284.901 2E-10 TEA 26.30 ºC
CpV (calor específico
1.805
à pressão constante
TOA_WB para o va 25.6 ºC woa_sat 0.02085 Pv_tadp 1379.755518 wea 0.01035
Patm 1.0125 x10^5 [Pa] woa (razão de umidade da mistura
0.01564ar exteior) w_tadp 0.00859323 H_EA 52.87 [kJ/kg]
CTE8 -5800.2206 Pvoa (pressão de vapor da 2483.44
mistura ar
[Pa]
exteior) Tadp 11.75 ºC
CTE9 1.3914993 m_oa 1.19 [kg/s]
CTE10 -4.86E-02 BY-PASS FACTOR V_oa 0.9040 [m3/kg]
CTE11 4.18E-05 BF 0.1 H_OA 78.32 Potência Frigorífica
CTE12 -1.45E-08 PF = 126.24 kW
CTE13 6.55E+00 PROPRIEDADES SA 35.90 TR
ROOM AIR (RA) PROPRIEDADES RA m_sa 7.2077 [kg/s]
CALCULADO HVAC EXPLORER TRA_DB 24 ºC Pvra_sat_tdb (pressão2985.127068
de vapor d'água
[Pa]saturado a t wsa 0.00874
CT 88.4972 kW UR 50% wra 0.00931 TSA_DB 13.2060 ºC
RSH 78.2663 kW m_ra 6.02 [kg/s] H_SA 35.35 [kJ/kg]
RLH 10.2309 kW H_RA 47.82 [kJ/kg] V_sa 0.8226 [m3/kg]
RSHF 0.8844 V_ra 0.8550 [m3/kg]
ESHF 0.8683
Cooling capacity Cooling capacity

Combin- Indoor air temp. Combin- Indoor air temp.


ation(%) Outdoor 14.0°CWB 16.0°CWB 18.0°CWB 19.0°CWB 20.0°CWB 22.0°CWB 24.0°CWB ation(%) Outdoor 14.0°CWB 16.0°CWB 18.0°CWB 19.0°CWB 20.0°CWB 22.0°CWB 24.0°CWB
air temp. air temp.
(Capacity °CDB TC PI TC PI TC PI TC PI TC PI TC PI TC PI (Capacity °CDB TC PI TC PI TC PI TC PI TC PI TC PI TC PI
index) kW kW kW kW kW kW kW kW kW kW kW kW kW kW index) kW kW kW kW kW kW kW kW kW kW kW kW kW kW
10 122 20.6 145 25.3 169 30.0 175 30.7 177 30.0 182 28.8 186 27.5 10 84.4 13.8 100.7 16.7 117 19.7 125 21.2 133 22.8 150 26.1 166 29.4
ED34-845A

12 122 21.0 145 25.7 169 30.6 173 30.5 175 29.9 179 28.6 184 28.1 12 84.4 14.1 100.7 17.0 117 20.0 125 21.6 133 23.2 150 26.6 166 29.9

RXYQ-P(A)H
14 122 21.4 145 26.2 168 31.0 171 30.3 173 29.7 177 29.5 182 29.7 14 84.4 14.3 100.7 17.3 117 20.4 125 22.0 133 23.7 150 27.1 166 30.5
16 122 21.8 145 26.7 166 30.8 168 30.6 170 30.8 175 31.1 179 31.3 16 84.4 14.5 100.7 17.6 117 20.8 125 22.5 133 24.2 150 27.6 165 31.0
18 122 22.2 145 27.3 164 32.0 166 32.2 168 32.3 173 32.6 177 33.0 18 84.4 14.8 100.7 17.9 117 21.2 125 22.9 133 24.6 150 28.1 163 32.0
20 122 22.7 145 29.0 162 33.6 164 33.7 166 33.9 170 34.2 175 34.6 20 84.4 15.1 100.7 18.3 117 21.6 125 23.4 133 25.5 150 30.2 161 33.5
21 122 23.3 145 30.1 160 34.4 163 34.5 165 34.7 169 35.0 174 35.4 21 84.4 15.2 100.7 18.4 117 22.0 125 24.2 133 26.5 150 31.3 160 34.3
130 23 122 25.0 145 32.3 158 35.9 160 36.1 163 36.3 167 36.7 171 37.0 90 23 84.4 15.5 100.7 19.2 117 23.6 125 25.9 133 28.3 150 33.6 158 35.9
(1625) 25 122 26.7 145 34.5 156 37.5 158 37.7 160 37.9 165 38.3 169 38.7 (1125) 25 84.4 16.3 100.7 20.5 117 25.2 125 27.7 133 30.3 150 36.0 155 37.4
27 122 28.5 145 36.9 154 39.1 156 39.3 158 39.5 162 39.9 167 40.3 27 84.4 17.4 100.7 21.9 117 26.9 125 29.6 133 32.4 150 38.5 153 39.0
29 122 30.4 145 39.5 151 40.7 154 40.9 156 41.1 160 41.5 165 42.0 29 84.4 18.5 100.7 23.3 117 28.7 125 31.6 133 34.6 148 40.3 151 40.6
31 122 32.5 145 41.8 149 42.3 151 42.5 154 42.7 158 43.2 162 43.6 31 84.4 19.7 100.7 24.8 117 30.6 125 33.7 133 37.0 145 41.9 149 42.2
33 122 34.6 142 43.4 147 43.9 149 44.1 151 44.3 156 44.8 160 45.3 33 84.4 20.9 100.7 26.4 117 32.6 125 35.9 133 39.4 143 43.4 146 43.8
35 122 36.9 140 44.9 145 45.5 147 45.7 149 46.0 153 46.5 158 47.0 35 84.4 22.2 100.7 28.1 117 34.7 125 38.3 133 42.0 141 45.0 144 45.4
37 122 39.3 138 46.5 142 47.1 145 47.3 147 47.6 151 48.2 156 48.7 37 84.4 23.5 100.7 29.9 117 36.9 125 40.8 133 44.8 139 46.6 142 47.0
39 122 41.8 136 48.1 140 48.7 142 49.0 144 49.3 149 49.8 153 50.4 39 84.4 25.0 100.7 31.7 117 39.3 125 43.4 133 47.7 136 48.2 139 48.6
10 113 18.8 134 23.0 156 27.4 167 29.6 174 30.8 179 29.7 183 28.5 10 75.0 12.3 89.5 14.7 104 17.3 111 18.6 118 20.0 133 22.8 147 25.6
12 113 19.2 134 23.5 156 27.9 167 30.2 172 30.7 176 29.5 180 28.3 12 75.0 12.5 89.5 14.9 104 17.6 111 18.9 118 20.3 133 23.2 147 26.1
14 113 19.5 134 23.9 156 28.4 167 30.7 170 30.5 174 29.3 178 29.5 14 75.0 12.7 89.5 15.2 104 17.9 111 19.3 118 20.7 133 23.6 147 26.6
RXYQ50PAHY1, PAHYL, PHTL

16 113 19.9 134 24.4 156 29.0 166 31.0 168 30.6 172 30.8 176 31.1 16 75.0 12.9 89.5 15.5 104 18.2 111 19.6 118 21.1 133 24.1 147 27.1
18 113 20.3 134 24.8 156 30.0 163 32.0 165 32.1 170 32.4 174 32.7 18 75.0 13.1 89.5 15.8 104 18.6 111 20.0 118 21.5 133 24.6 147 27.7
20 113 20.7 134 25.8 156 32.2 161 33.5 163 33.7 167 34.0 171 34.3 20 75.0 13.3 89.5 16.1 104 18.9 111 20.4 118 21.9 133 25.5 147 29.6
21 113 20.9 134 26.8 156 33.4 160 34.3 162 34.5 166 34.8 170 35.1 21 75.0 13.5 89.5 16.2 104 19.1 111 20.6 118 22.4 133 26.4 147 30.7
120 23 113 22.3 134 28.7 156 35.7 158 35.9 160 36.1 164 36.4 168 36.7 80 23 75.0 13.7 89.5 16.5 104 20.0 111 22.0 118 24.0 133 28.2 147 32.9
(1500) 25 113 23.9 134 30.7 153 37.3 156 37.5 158 37.6 162 38.0 166 38.4 (1000) 25 75.0 14.2 89.5 17.6 104 21.4 111 23.5 118 25.6 133 30.2 147 35.2
27 113 25.5 134 32.8 151 38.8 153 39.0 155 39.2 159 39.6 163 40.0 27 75.0 15.1 89.5 18.7 104 22.8 111 25.0 118 27.4 133 32.3 147 37.7
29 113 27.2 134 35.0 149 40.4 151 40.6 153 40.8 157 41.2 161 41.6 29 75.0 16.0 89.5 19.9 104 24.3 111 26.7 118 29.2 133 34.5 147 40.3
31 113 29.0 134 37.4 147 42.0 149 42.2 151 42.4 155 42.8 159 43.3 31 75.0 17.0 89.5 21.2 104 25.9 111 28.5 118 31.1 133 36.8 145 41.8
33 113 30.8 134 39.9 144 43.6 146 43.8 148 44.0 153 44.5 157 44.9 33 75.0 18.0 89.5 22.5 104 27.6 111 30.3 118 33.2 133 39.3 143 43.4
35 113 32.8 134 42.5 142 45.2 144 45.4 146 45.6 150 46.1 154 46.6 35 75.0 19.1 89.5 24.0 104 29.4 111 32.3 118 35.3 133 41.9 141 45.0
37 113 34.9 134 45.3 140 46.8 142 47.0 144 47.3 148 47.8 152 48.3 37 75.0 20.3 89.5 25.4 104 31.2 111 34.3 118 37.6 133 44.6 138 46.6
39 113 37.2 134 47.8 138 48.4 140 48.6 142 48.9 146 49.4 150 50.0 39 75.0 21.5 89.5 27.0 104 33.2 111 36.5 118 40.0 133 47.5 136 48.2
10 103 17.1 123 20.8 143 24.8 153 26.8 163 28.8 175 30.6 179 29.5 10 65.7 10.8 78.3 12.8 91.0 14.9 97.3 16.1 104 17.2 116 19.5 129 22.0
12 103 17.4 123 21.2 143 25.2 153 27.3 163 29.3 173 30.4 177 29.3 12 65.7 10.9 78.3 13.0 91.0 15.2 97.3 16.3 104 17.5 116 19.9 129 22.4
14 103 17.7 123 21.6 143 25.7 153 27.8 163 29.9 171 30.2 175 29.3 14 65.7 11.1 78.3 13.2 91.0 15.5 97.3 16.6 104 17.8 116 20.3 129 22.8
16 103 18.1 123 22.0 143 26.2 153 28.3 163 30.5 169 30.6 172 30.9 16 65.7 11.3 78.3 13.5 91.0 15.7 97.3 16.9 104 18.2 116 20.7 129 23.3
18 103 18.4 123 22.5 143 26.7 153 29.1 163 31.9 166 32.2 170 32.5 18 65.7 11.5 78.3 13.7 91.0 16.0 97.3 17.3 104 18.5 116 21.1 129 23.7
20 103 18.8 123 22.9 143 28.3 153 31.3 160 33.5 164 33.8 168 34.1 20 65.7 11.7 78.3 13.9 91.0 16.3 97.3 17.6 104 18.9 116 21.5 129 24.4
21 103 19.0 123 23.6 143 29.3 153 32.4 159 34.3 163 34.6 167 34.9 21 65.7 11.8 78.3 14.1 91.0 16.5 97.3 17.8 104 19.0 116 21.8 129 25.2
110 23 103 19.8 123 25.3 143 31.4 153 34.8 157 35.8 161 36.1 164 36.5 70 23 65.7 12.0 78.3 14.3 91.0 16.8 97.3 18.4 104 20.0 116 23.4 129 27.0
(1375) 25 103 21.2 123 27.1 143 33.7 153 37.2 155 37.4 158 37.7 162 38.1 (875) 25 65.7 12.2 78.3 14.9 91.0 18.0 97.3 19.6 104 21.3 116 25.0 129 28.9
27 103 22.6 123 28.9 143 36.0 151 38.8 153 39.0 156 39.3 160 39.7 27 65.7 12.9 78.3 15.9 91.0 19.1 97.3 20.9 104 22.7 116 26.7 129 30.9
29 103 24.1 123 30.8 143 38.5 148 40.4 150 40.5 154 40.9 158 41.3 29 65.7 13.7 78.3 16.9 91.0 20.4 97.3 22.3 104 24.2 116 28.4 129 33.0
31 103 25.7 123 32.9 143 41.1 146 41.9 148 42.1 152 42.5 155 42.9 31 65.7 14.5 78.3 17.9 91.0 21.7 97.3 23.7 104 25.8 116 30.3 129 35.2
33 103 27.3 123 35.1 142 43.3 144 43.5 146 43.7 149 44.1 153 44.5 33 65.7 15.4 78.3 19.0 91.0 23.0 97.3 25.2 104 27.5 116 32.3 129 37.6
[50/60Hz]

35 103 29.1 123 37.4 140 44.9 142 45.1 143 45.3 147 45.8 151 46.2 35 65.7 16.3 78.3 20.2 91.0 24.5 97.3 26.8 104 29.2 116 34.4 129 40.0
37 103 30.9 123 39.8 137 46.5 139 46.7 141 46.9 145 47.4 149 47.8 37 65.7 17.2 78.3 21.4 91.0 26.0 97.3 28.5 104 31.1 116 36.6 129 42.6
39 103 32.8 123 42.4 135 48.1 137 48.3 139 48.5 143 49.0 146 49.5 39 65.7 18.2 78.3 22.7 91.0 27.6 97.3 30.3 104 33.0 116 39.0 129 45.4
10 93.8 15.4 112 18.7 130 22.2 139 24.0 148 25.8 166 29.5 176 30.5 10 56.3 9.4 67.1 11.0 78.0 12.7 83.4 13.6 88.8 14.6 99.7 16.5 111 18.5
12 93.8 15.7 112 19.1 130 22.6 139 24.4 148 26.3 166 30.0 173 30.3 12 56.3 9.5 67.1 11.2 78.0 13.0 83.4 13.9 88.8 14.8 99.7 16.8 111 18.8
14 93.8 16.0 112 19.4 130 23.0 139 24.9 148 26.8 166 30.6 171 30.2 14 56.3 9.7 67.1 11.4 78.0 13.2 83.4 14.1 88.8 15.1 99.7 17.1 111 19.1
16 93.8 16.3 112 19.8 130 23.5 139 25.4 148 27.3 166 31.0 169 30.7 16 56.3 9.8 67.1 11.5 78.0 13.4 83.4 14.4 88.8 15.3 99.7 17.4 111 19.5
18 93.8 16.6 112 20.2 130 23.9 139 25.9 148 27.8 163 32.0 167 32.2 18 56.3 9.9 67.1 11.7 78.0 13.6 83.4 14.6 88.8 15.6 99.7 17.7 111 19.9
20 93.8 16.9 112 20.6 130 24.7 139 27.2 148 29.8 161 33.5 164 33.8 20 56.3 10.1 67.1 11.9 78.0 13.9 83.4 14.9 88.8 15.9 99.7 18.1 111 20.3
21 93.8 17.1 112 20.8 130 25.5 139 28.1 148 30.9 160 34.3 163 34.6 21 56.3 10.2 67.1 12.0 78.0 14.0 83.4 15.0 88.8 16.1 99.7 18.2 111 20.5
100 23 93.8 17.5 112 22.1 130 27.3 139 30.2 148 33.1 158 35.9 161 36.2 60 23 56.3 10.4 67.1 12.2 78.0 14.3 83.4 15.3 88.8 16.4 99.7 19.0 111 21.8
(1250) 25 93.8 18.7 112 23.7 130 29.3 139 32.3 148 35.5 155 37.5 159 37.8 (750) 25 56.3 10.5 67.1 12.5 78.0 14.8 83.4 16.1 88.8 17.4 99.7 20.2 111 23.3
27 93.8 19.9 112 25.3 130 31.3 139 34.5 148 37.9 153 39.0 157 39.3 27 56.3 10.9 67.1 13.2 78.0 15.8 83.4 17.1 88.8 18.6 99.7 21.6 111 24.8
29 93.8 21.2 112 26.9 130 33.4 139 36.9 147 40.3 151 40.6 154 40.9 29 56.3 11.6 67.1 14.0 78.0 16.8 83.4 18.2 88.8 19.7 99.7 23.0 111 26.5
31 93.8 22.6 112 28.7 130 35.6 139 39.4 145 41.8 149 42.2 152 42.6 31 56.3 12.2 67.1 14.9 78.0 17.8 83.4 19.4 88.8 21.0 99.7 24.5 111 28.2
33 93.8 24.0 112 30.6 130 38.0 139 42.0 143 43.4 146 43.8 150 44.2 33 56.3 12.9 67.1 15.8 78.0 18.9 83.4 20.6 88.8 22.3 99.7 26.0 111 30.1
35 93.8 25.5 112 32.6 130 40.5 139 44.8 141 45.0 144 45.4 147 45.8 35 56.3 13.7 67.1 16.7 78.0 20.1 83.4 21.8 88.8 23.7 99.7 27.7 111 32.0
37 93.8 27.1 112 34.6 130 43.1 137 46.4 138 46.6 142 47.0 145 47.4 37 56.3 14.5 67.1 17.7 78.0 21.3 83.4 23.2 88.8 25.2 99.7 29.4 111 34.0
39 93.8 28.8 112 36.9 130 46.0 134 48.0 136 48.2 140 48.6 143 49.1 39 56.3 15.3 67.1 18.7 78.0 22.5 83.4 24.6 88.8 26.7 99.7 31.3 111 36.2
10 46.9 8.06 55.9 9.3 65.0 10.7 69.5 11.4 74.0 12.1 83.1 13.6 92.1 15.1
12 46.9 8.17 55.9 9.5 65.0 10.8 69.5 11.6 74.0 12.3 83.1 13.8 92.1 15.4
14 46.9 8.28 55.9 9.6 65.0 11.0 69.5 11.7 74.0 12.5 83.1 14.1 92.1 15.7
16 46.9 8.39 55.9 9.7 65.0 11.2 69.5 11.9 74.0 12.7 83.1 14.3 92.1 16.0
18 46.9 8.51 55.9 9.9 65.0 11.4 69.5 12.1 74.0 12.9 83.1 14.6 92.1 16.3
20 46.9 8.63 55.9 10.0 65.0 11.6 69.5 12.3 74.0 13.2 83.1 14.8 92.1 16.6
21 46.9 8.69 55.9 10.1 65.0 11.7 69.5 12.5 74.0 13.3 83.1 15.0 92.1 16.7
50 23 46.9 8.82 55.9 10.3 65.0 11.9 69.5 12.7 74.0 13.5 83.1 15.2 92.1 17.1
(625) 25 46.9 8.95 55.9 10.5 65.0 12.1 69.5 12.9 74.0 13.9 83.1 16.0 92.1 18.2
27 46.9 9.10 55.9 10.8 65.0 12.7 69.5 13.8 74.0 14.8 83.1 17.0 92.1 19.4
29 46.9 9.6 55.9 11.5 65.0 13.5 69.5 14.6 74.0 15.7 83.1 18.1 92.1 20.7
31 46.9 10.2 55.9 12.2 65.0 14.3 69.5 15.5 74.0 16.7 83.1 19.3 92.1 22.0
33 46.9 10.7 55.9 12.9 65.0 15.2 69.5 16.4 74.0 17.7 83.1 20.5 92.1 23.4
35 46.9 11.3 55.9 13.6 65.0 16.1 69.5 17.4 74.0 18.8 83.1 21.7 92.1 24.9
37 46.9 12.0 55.9 14.4 65.0 17.0 69.5 18.4 74.0 19.9 83.1 23.1 92.1 26.4
39 46.9 12.6 55.9 15.2 65.0 18.0 69.5 19.5 74.0 21.1 83.1 24.5 92.1 28.1

TC Total capacity ; kW
PI Power Input ; kW(Comp.+Outdoor fan motor)
Note1: The above table shows the average value of conditions which may occur.
Capacity Tables (Heat Pump High COP Series)

655
15
7.1
Cooling capacity Cooling capacity

FXFQ-P
FXFQ-P
Indoor air temp. Indoor air temp.
Outdoor Outdoor
Unit 14.0°CWB 16.0°CWB 18.0°CWB 19.0°CWB 20.0°CWB 22.0°CWB 24.0°CWB Unit 14.0°CWB 16.0°CWB 18.0°CWB 19.0°CWB 20.0°CWB 22.0°CWB 24.0°CWB
ED34-845A

air temp. air temp.


Size 20°CDB 23°CDB 26°CDB 27°CDB 28°CDB 30°CDB 32°CDB Size 20°CDB 23°CDB 26°CDB 27°CDB 28°CDB 30°CDB 32°CDB
°CDB °CDB
TC SHC TC SHC TC SHC TC SHC TC SHC TC SHC TC SHC TC SHC TC SHC TC SHC TC SHC TC SHC TC SHC TC SHC
10.0 1.9 1.9 2.3 2.3 2.6 2.6 2.8 2.8 3.0 2.8 3.3 2.9 3.5 2.9 10.0 4.8 4.3 5.7 5.0 6.6 5.6 7.1 5.6 7.6 5.7 8.5 5.8 9.0 5.7
12.0 1.9 1.9 2.3 2.3 2.6 2.6 2.8 2.8 3.0 2.8 3.3 2.9 3.5 2.9 12.0 4.8 4.3 5.7 5.0 6.6 5.6 7.1 5.6 7.6 5.7 8.5 5.8 8.9 5.7
14.0 1.9 1.9 2.3 2.3 2.6 2.6 2.8 2.8 3.0 2.8 3.3 2.9 3.4 2.9 14.0 4.8 4.3 5.7 5.0 6.6 5.6 7.1 5.6 7.6 5.7 8.5 5.8 8.7 5.7
16.0 1.9 1.9 2.3 2.3 2.6 2.6 2.8 2.8 3.0 2.8 3.3 2.9 3.4 2.8 16.0 4.8 4.3 5.7 5.0 6.6 5.6 7.1 5.6 7.6 5.7 8.5 5.8 8.6 5.6
18.0 1.9 1.9 2.3 2.3 2.6 2.6 2.8 2.8 3.0 2.8 3.3 2.9 3.4 2.8 18.0 4.8 4.3 5.7 5.0 6.6 5.6 7.1 5.6 7.6 5.7 8.3 5.8 8.5 5.6
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25 23.0 1.9 1.9 2.3 2.3 2.6 2.6 2.8 2.8 3.0 2.8 3.2 2.9 3.2 2.8 63 23.0 4.8 4.3 5.7 5.0 6.6 5.6 7.1 5.6 7.6 5.7 8.1 5.6 8.2 5.5
25.0 1.9 1.9 2.3 2.3 2.6 2.6 2.8 2.8 3.0 2.8 3.1 2.8 3.2 2.8 25.0 4.8 4.3 5.7 5.0 6.6 5.6 7.1 5.6 7.6 5.7 7.9 5.6 8.1 5.4
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Cooling Capacity

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7. Capacity Tables

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35.0 2.4 2.4 2.9 2.8 3.4 3.1 3.6 3.1 3.6 3.1 3.7 3.1 3.8 3.0 35.0 6.1 5.1 7.2 5.9 8.4 6.6 9.0 6.7 9.1 6.6 9.3 6.4 9.5 6.2
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[50/60Hz]

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35.0 3.8 3.4 4.5 3.9 5.2 4.3 5.6 4.4 5.7 4.4 5.8 4.2 5.9 4.1 35.0 9.4 7.9 11.3 9.0 13.1 10.1 14.0 10.3 14.2 10.2 14.5 9.9 14.9 9.6
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39.0 3.8 3.4 4.5 3.9 5.2 4.3 5.4 4.3 5.5 4.3 5.6 4.2 5.8 4.0 39.0 9.4 7.9 11.3 9.0 13.1 10.1 13.5 10.1 13.7 10.0 14.1 9.7 14.4 9.4
TC Total capacity ; kW
SHC Sensible heat capacity ; kW

Refer to Outdoor Unit Capacity Tables : on page 523~, 640~, for the actual performance data of each indoor
and outdoor unit combination.

57
Capacity Tables

2
Anexo V – Unidade externas e internas – fonte: catálogo Daikin


hE/ydZE͗
External Appearance ED34-845A

2. External Appearance
2.1 Indoor Units
Ceiling Mounted Cassette Type (Round Flow) Ceiling Mounted Duct Type
FXFQ25P FXMQ200MA
FXFQ32P FXMQ250MA
FXFQ40P
FXFQ50P
FXFQ63P
FXFQ80P
FXFQ100P
FXFQ125P

Ceiling Mounted Cassette Type (Double Flow) Ceiling Suspended Type


FXCQ20M FXHQ32MA
FXCQ25M FXHQ63MA
FXCQ32M FXHQ100MA
FXCQ40M
FXCQ50M
FXCQ63M
FXCQ80M
FXCQ125M

Ceiling Mounted Cassette Corner Type Wall Mounted Type


FXKQ25MA FXAQ20MA
FXKQ32MA FXAQ25MA
FXKQ40MA FXAQ32MA
FXKQ63MA FXAQ40MA
FXAQ50MA
FXAQ63MA

Slim Ceiling Mounted Duct Type Floor Standing Type


FXDQ20PB FXDQ40NB FXLQ20MA
FXDQ25PB FXDQ50NB FXLQ25MA
FXDQ32PB FXDQ63NB FXLQ32MA
FXLQ40MA
FXLQ50MA
with Drain Pump (VE) FXLQ63MA
without Drain Pump (VET)

Ceiling Mounted Built-In Type Concealed Floor Standing Type


FXSQ20M FXNQ20MA
FXSQ25M FXNQ25MA
FXSQ32M FXNQ32MA
FXSQ40M FXNQ40MA
FXSQ50M FXNQ50MA
FXSQ63M FXNQ63MA
FXSQ80M
FXSQ100M
FXSQ125M

Ceiling Mounted Duct Type (Middle and high static Ceiling Suspended Cassette Type
pressure)
FXMQ20P FXUQ71MA + BEVQ71MA
FXMQ25P FXUQ100MA + BEVQ100MA
FXMQ32P FXUQ125MA + BEVQ125MA
FXMQ40P
FXMQ50P Connection Unit
FXMQ63P
FXMQ80P
FXMQ100P
FXMQ125P

4 General Information

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