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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS

Curso de Graduação em Engenharia Mecânica

TRABALHO DE GRADUAÇÃO

“Estudo sobre a viabilidade técnica e


econômica na utilização de sistemas VRV em
condicionamento de ambientes”

Autora: Cláudia Márcia Costa Mangualde


Orientador: Ricardo Nicolau Nassar Koury

Novembro de 2011
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
Curso de Graduação em Engenharia Mecânica

ESTUDO SOBRE A VIABILIDADE TÉCNICA E


ECONÔMICA NA UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS VRV
EM CONDICIONAMENTO DE AMBIENTES.

Cláudia Márcia Costa Mangualde

Trabalho de graduação apresentado ao


curso de Engenharia Mecânica da
Universidade Federal de Minas Gerais.

Área de concentração: Calor e Fluídos


Orientador: Ricardo Nicolau Nassar Koury

Belo Horizonte
Escola de Engenharia da UFMG
Novembro de 2011
DEDICATÓRIA

Ao meu esposo, fonte inesgotável de carinho e


incentivo, às minhas filhas Isabela e Lara por terem
nascido durante esta trajetória e que de forma
inconsciente se adaptaram aos momentos de minha
ausência. Ao meu pai pelo apoio, exemplo de
honestidade e caráter.
AGRADECIMENTOS

Este trabalho foi elaborado com ajuda de várias pessoas às quais presto os meus
agradecimentos:

Ao professor Ricardo Nicolau Nassar Koury, por ser o orientador deste trabalho, pelos
conhecimentos transmitidos e pela ajuda nesta importante etapa.

Ao professor Luiz Machado pelo constante apoio e incentivo antes e durante o curso.

À engenheira Michele Matos Barcelos, pelas informações, correções e orientações na


utilização do software EnergyPlus.

Ao engenheiro Genivaldo Rosa, pela disponibilidade e informações técnicas sobre o


sistema VRV.

Ao professor Alberto Hernandez Neto, pelo incentivo e orientações na utilização do


software EnergyPlus.

Ao arquiteto Sílvio Romero Fonseca Motta pelo incentivo e apoio.

À mestranda Ana Carolina Veloso, pela disponibilidade e orientações na utilização do


software EnergyPlus.

Ao meu esposo pelo apoio, revisão e sugestões, sempre me encorajando a seguir em frente.

À banca examinadora, por ter aceito o convite.


RESUMO

A crescente preocupação com a redução do consumo energético tem levado à utilização de


ferramentas de simulação desenvolvidas para proporcionar aos engenheiros e arquitetos
meios de otimizar a performance energética em projetos de edificações. A otimização dos
sistemas de refrigeração visando a eficiência energética tornou-se um dos principais
objetivos nesta área. Um recurso que vem sendo adotado é o controle da capacidade de
refrigeração através do ajuste contínuo da velocidade do compressor e da abertura da
válvula de expansão em função da demanda de refrigeração. O presente trabalho tem por
objetivo apresentar o sistema de ar condicionado VRV, que possui compressor com
velociadade variável e comparar o seu consumo energético com o sistema SPLIT, que
possui compressor com velocidade fixa. A análise deste consumo foi feita através de
simulação computacional, utilizando-se o software EnergyPlus. O objeto de estudo foram
6 ambientes do 3º Pavimento do bloco 3 do Centro de Atividades Didáticas 2 – Faculdade
de Ciências Humanas - FAFICH da UFMG. Os resultados mostraram que o sistema VRV
é mais eficiente, pois consumiu 23,56% a menos de energia elétrica em comparação com o
sistema de refrigeração SPLIT. Concluiu-se que a utilização de ferramentas
computacionais de simulação energética em edificações, como o EnergyPlus, se mostra
como um grande aliado na tomada de decisões. Através das simulações podem-se propor
alterações no projeto visando uma redução no consumo energético.

Palavras-chave: eficiência energética; ar-condicionado; EnergyPlus.


SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO................................................................................................................06
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA.........................................................................................08
2.1. Ferramenta computacional................................................................................18
3. MATERIAIS E MÉTODOS............................................................................................21
3.1. Metodologia de análise......................................................................................22
3.1.1. Google Skecthup.................................................................................23
3.1.2. Open Studio………..............................................................................24
3.1.3. EnergyPlus..........................................................................................24
3.1.4. Variáveis de entrada...........................................................................24
3.1.5. Arquivo climático...............................................................................25
3.1.6. Variáveis de saída...............................................................................26
3.1.7. Características construtivas................................................................26
3.2. Cargas internas..................................................................................................27
3.2.1. Pessoas...............................................................................................27
3.2.2. Equipamentos....................................................................................28
3.2.3. Iluminação.........................................................................................28
3.2.4. Infiltração..........................................................................................28
3.2.5. Ventilação..........................................................................................28
3.3. Cronograma de utilização e ocupação dos ambientes.......................................29
3.4. Simulações realizadas........................................................................................29
3.5. Carga térmica.....................................................................................................30

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO.....................................................................................31
4.1. Consumo de energia elétrica do sistema SPLIT ..............................................35
4.2. Consumo de energia elétrica do sistema VRV.................................................37
4.3. Comparação do consumo de energia elétrica entre os sistemas........................39

5. CONCLUSÕES................................................................................................................42
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.............................................................................43
7. ANEXOS..........................................................................................................................47
1. INTRODUÇÃO

Os sistemas de ar-condicionado e refrigeração tem uma participação significativa no


consumo global de energia elétrica (Maia, 2000). O conforto térmico vem sendo
demandado cada vez mais pelo homem nos mais variados segmentos. Este fato, associado
com o crescimento populacional, nos leva a acreditar que o consumo ‘per capta’ de energia
deve continuar crescendo nos próximos anos. Diante de recursos enérgeticos cada vez mais
escassos, uma das principais preocupações da comunidade científica vêm sendo a
identificação dos grandes consumidores de energia e o estudo de mecanismos que possam
ser empregados para melhorar a eficiência energética global destes sistemas. A operação
de sistemas de refrigeração e ar-condicionado ainda é considerada ineficiente. O método de
controle de capacidade empregado em grande parte destes sistemas consiste em utilizar um
termostato para ligar e desligar o compressor com o intuito de manter a temperatura dentro
de níveis desejáveis (Maia, 2005). No entanto, um método mais eficiente de controle de
temperatura vem sendo estudado. Essa tecnologia consiste no controle contínuo da
velocidade do compressor em função da carga térmica do sistema. (Riegger, 1998;
Woodwall e Bullard, 1997; Tassou e Qureshi, 1998; Binneberg et al., 1999; Pedersen et al.,
1999).

O sistema de ar-condicionado VRV ou Central Multsplit VRV (vazão de refrigerante


variável) é um sistema central em que um conjunto de unidades de tratamento de ar de
expansão direta, geralmente instaladas dentro do ambiente a que servem (designadas
unidades internas), cada uma operada e controlada independentemente das demais, é
suprido em fluido refrigerante líquido em vazão variável (VRV) por uma unidade
condensadora central instalada externamente (designada unidade externa) (ABNT NBR
16401-1).

O grande diferencial do sistema VRV é a combinação de tecnologia eletrônica com


sistemas de controle microprocessados. Soma-se a isso o arranjo de múltiplas unidades
internas em um só ciclo de refrigeração. Este sistema possui um complexo gerenciamento

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de refrigerante, proporcionando um grande potencial para a redução do consumo de
energia. Adicionalmente, possui um sistema integrado de controle que permite a
automação, assegurando a facilidade de operação e manutenção do sistema. Possui
soluções de controles individuais e centrais, além de soluções de gerenciamento
energético.

O objetivo deste trabalho é realizar um estudo sobre a viabilidade técnica e econômica da


utilização de sistemas VRV em condicionamento de ambientes, além de apresentar o
princípio de funcionamento e classificação dos tipos de sistemas existentes no mercado.
Para isto será calculado o consumo energético de um sistema VRV que será comparado
com o consumo energético do sistema SPLIT que possui compressor com velocidade fixa.
O objeto de estudo são 6 ambientes do 3o pavimento do bloco 3 do Centro de Atividades
Didáticas 2 – Ciências Humanas da UFMG. A análise deste consumo será feita através de
simulação computacional, utilizando-se o software EnergyPlus. Este trabalho é constituído,
além deste primeiro capítulo intitulado Introdução, de mais cinco capítulos.

No segundo capítulo será apresentada uma revisão da literatura sobre o funcionamento do


sistema VRV, suas vantagens e desvantagens, os tipos de sistemas existentes e seus
principais componentes, além da apresentação da ferramenta utilizada para a simulação: o
software EnergyPlus.

O terceiro capítulo é destinado à apresentação de plantas, cortes e descrição técnica do


sistema VRV instalado. Também será apresentada a metodologia empregada para avaliar o
consumo energético dos dois sistemas de ar condicionado, VRV e SPLIT.

No quarto capítulo serão apresentados e analisados os resultados da simulação. O quinto


capítulo discorre sobre as principais conclusões do presente estudo e o sexto capítulo
apresenta as referências bibliográficas.

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2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Os sistemas de refrigeração e ar-condicionado são projetados para satisfazerem uma


potência máxima. Contudo, devido às variações na carga térmica, estes sistemas operam
com capacidade reduzida durante grande parte da sua vida útil (Tassou, 1998).

O controle da capacidade realizado através da partida e parada do compressor (ON/OFF)


não é o mais adequado, pois penaliza o sistema com perdas de energia significativas em
virtude dos transientes de partida e de parada do compressor (Murphy, 1986; O’Neal,1991;
Radermacher, 1996; Pedersen, 1999; Binnerberg, 1999). Neste processo, no instante em
que o compressor é desligado (em condições normais de operação), grande parte da carga
total de fluido refrigerante está sob a forma de líquido na linha de líquido ou no
condensador (Maia, 2000). Este líquido, a alta pressão e alta temperatura, buscará um
estado de equilíbrio com o refrigerante, a baixa pressão e baixa temperatura, do evaporador
(Murphy, 1986). Este fenômeno aumenta a temperatura do evaporador e impõe a
necessidade de uma redistribuição de fluido refrigerante durante a partida do compressor, o
que reduz a performance do sistema (Coulter, 1997).

Teoricamente, o método mais eficiente de controle da capacidade é o da variação da


velocidade do compressor, no qual temos um ajuste contínuo da capacidade do sistema em
função da carga (Tassou, 1998). Este método, para ser empregado com sucesso, requer o
conhecimento do comportamento dinâmico de cada componente do circuito frigorífico, em
particular do conjunto válvula de expansão/evaporador, uma vez que, durante o
funcionamento em regime variável, a válvula de expansão deve ser capaz de alimentar o
evaporador de maneira adequada, com um superaquecimento do fluido frigorífico na saída
do evaporador suficiente para evitar a aspiração de fluido bifásico pelo compressor. Por
outro lado, um superaquecimento maior do que o necessário reduz a eficiência do
evaporador com consequente redução da capacidade de refrigeração e coeficiente de
eficiência (Najork, 1971; Stoecker, 1985; Tamainot-Telto, 1996).

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O método de variação da velocidade do compressor oferece várias vantagens que incluem:
melhor eficiência em regime permanente quando operando em carga parcial; super
dimensionamento reduzido, promovendo redução no custo; controle de temperatura mais
eficiente; correção do fator de potência reduzindo gastos de operação.

O sistema VRV pode ser considerado como uma versão maior do SPLIT, em que uma
unidade condensadora localizada ao ar livre está ligada a diversas unidades internas
denominadas evaporadoras. O sistema é capaz de regular a taxa de fluxo de refrigerante
aos terminais individualmente, de acordo com a demanda de refrigeração da zona servida
por cada unidade interna (Zhou et al., 2008 ).

O sistema VRV pode ser projetado considerando cargas parciais. Como a carga térmica
depende de uma série de fatores que variam durante os meses, dias e horas, a tecnologia
inverter utilizada nos sistemas VRV evita o desperdício de energia elétrica, pois o sistema
pode operar em cargas parciais. Com isto, o seu dimensionamento pode ser reduzido em
até 30% da capacidade total, ou seja, faz-se um levantamento da carga térmica total dos
ambientes sendo que a carga total de evaporadoras pode ser até 130% superior à carga total
da condensadora.

Um dos diferenciais deste sistema é a possibilidade de se instalar até 64 evaporadoras


(unidades internas) em uma única condensadora (unidade externa). Além disso é possível
estabelecer temperaturas diferentes para cada ambiente condicionado, através da utilização
de uma válvula de expansão eletrônica em cada evaporadora. Essa última, além de
produzir o diferencial de pressão regula o fluxo do fluido refrigerante. A posição desta
válvula é controlada pela placa eletrônica da evaporadora. Cada evaporadora possui um
conjunto de três sensores: o primeiro mede a temperatura do fluido refrigerante na entrada
do evaporador, o segundo mede a temperatura do fluido refrigerante na saída do
evaporador e o terceiro sensor mede a temperatura do ar na entrada do evaporador
(temperatura do ambiente). A placa eletrônica interpreta os três valores de temperatura e
comanda o acionamento da válvula que irá regular o fluxo de refrigerante.

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Na unidade externa, denominada condensadora, existe a placa eletrônica principal e a placa
inverter, que controla a velocidade do compressor. O compressor trabalha com velocidade
variável e quanto maior a velocidade do compressor mais refrigerante estará circulando na
linha frigorígena. A placa eletrônica principal da condensadora é interligada, através de um
cabo de comando, com a placa de cada evaporadora. A cada instante existe um somatório
das posições de cada válvula eletrônica das evaporadoras que comunicam com a placa
inverter da condensadora, controlando a velocidade que o compressor precisa trabalhar.

A unidade exterior de um sistema multisplit VRV consiste em geralmente dois ou três


compressores, um dos quais de velocidade variável. Pela variação do inversor de
freqüência, a unidade exterior muda a sua capacidade através da variação da alta taxa de
fluxo de refrigerante em massa, a fim de coincidir com o total necessário de resfriamento
ou aquecimento das zonas de cargas. Assim, o sistema multisplit VRV pode responder
ativamente às flutuações na carga de acordo com as condições do ambiente climatizado
(Aynur, 2010).

A existência de um circuito inversor , localizado na unidade condensadora, permite alterar


a frequência da rede elétrica (60Hz) para valores superiores ou inferiores. A placa inverter
faz a variação de frequência (16Hz até 132Hz) e quanto maior for a frequência maior será a
velocidade do compressor. O ventilador também possui velocidade variável e uma placa
inverter que comunica com a placa eletrônica principal do condensador. Esse ventilador
tem a função de controlar a condensação. Quando é dado o start-up no sistema, o
compressor entra em operação, mas o ventilador fica parado. Na saída do condensador
existe um sensor ligado à placa eletrônica principal que mede a temperatura de
subresfriamento e quando necessário o ventilador entra em operação.

Um outro diferencial, é que a distância entre as unidades internas e externas pode chegar
até 1.000 metros lineares de tubulação, dependendo da capacidade da unidade
condensadora. Como no sistema VRV o ventilador e o compressor do condensador
possuem inversores de frequências, o nível de ruído da unidade condensadora é menor
quando comparado com outros sistemas de ar condicionado.
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O sistema VRV, sendo um sistema de expansão direta, apresenta restrições no controle de
umidade e pureza do ar, pois trabalha com nível de desumidificação maior do que nos
sistemas de expansão indireta. O sistema de filtragem do ar no sistema VRV é permitido
com filtro G3 somente em 2 modelos de evaporadores (cassete e embutido para duto).

Os primeiros sistemas multisplit VRV foram introduzidos no Japão há cerca de 25 anos


atrás e depois eles se tornaram populares em muitos países, especialmente na Ásia e
Europa. Verifica-se que a principal desvantagem deste sistema é o alto custo inicial em
comparação com os outros sistemas de condicionamento de ar. Os custos de instalação são
altamente dependentes da aplicação e do layout do edifício. O sistema VRV proporciona
um melhor conforto térmico nos edifícios, pois é operado no modo de controle individual
(Aynur, 2010).

Os sistemas de ar-condicionado convencionais possuem compressores com velocidade


constante e operam com volume de ar constante. Atualmente, os usuários muitas vezes tem
a necessidade de ajustar o fornecimento de ar e isto exige que o funcionamento das
unidades internas operem com o volume de ar variável (Huang et al., 2008).

Os principais tipos de sistemas VRV são: sistema VRV com condensação a ar; sistema
VRV com condensação a água; sistema VRV 3 turbos com condensação a ar; sistema VRV
3 turbos com condensação a água e sistema VRV geotérmico.

O sistema VRV com condensação a ar possui um trocador de calor a ar que ocupa quase
todo o espaço do condensador e a troca térmica acontece entre o gás refrigerante R-410A e
o ar. O esquema de funcionamento está respresentado na figura 2.1. No sistema VRV com
condensação a água a troca térmica é entre o gás refrigerante R-410A e a água, sendo a
troca térmica mais eficiente, o condensador possui dimensões menores neste sistema, mas
é necessária a instalação da torre de resfriamento evaporativa. A figura 2.1 ilustra o
esquema do sistema VRV a ar.

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Figura 2.1 – Esquema do sistema VRV a ar.

O sistema VRV 3 turbos possibilita a utilização do quente e do frio simultaneamente. A


diferença é que existem 3 linhas que chegam na evaporadora: a primeira linha de líquido
subresfriado ± 38oC, a segunda linha de gás (retorno) a ± 10oC e a terceira linha de vapor
superaquecido ± 60oC. Este sistema possui uma caixa denominada HR (heating
recovering) recuperador de calor que envia dois tubos para o evaporador. Esta caixa possui
2 válvulas ON/OFF. Quando o usuário determina uma temperatura de aquecimento a
válvula ON/OFF número 4 abre, a de número 5 fecha e o evaporador passa a funcionar
como condensador. O líquido subresfriado vai para a próxima evaporadora. Se o usuário
determinar uma temperatura de resfriamento nesta sala, a válvula de número 4 estará
fechada e a de número 5 ficará aberta e o gás retornará para o compressor. A linha de gás
quente ou vapor superaquecido é o gás pronto para condensar e a válvula proporcional de
número 7 determina se o vapor superaquecido vai para sala ou para o exterior. Se for para
o exterior o vapor superaquecido vai para o condensador. Quando 50% das salas estiverem
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em aquecimento e 50% em resfriamento a válvula proporcional estará em uma posição que
by passa o condensador. A grande aplicação deste sistema é quando você precisa aquecer e
resfriar ao mesmo tempo. Um bom exemplo dessa aplicação foi em um Hospital onde em
uma metade do edifício funcionava um centro cirúrgico, com uma necessidade de
temperatura de 21oC, e na outra metade funcionava o setor de maternidade, com uma
temperatura para todo o ano de 27oC. A figura 2.2 ilustra o esquema do sistema VRV 3
turbos.

Figura 2.2 – Esquema do sistema VRV 3 Turbos – quente e frio simultâneos.

No sistema VRV geotérmico a unidade condensadora fica enterrada e ele é mais utilizado
em países onde as temperaturas são mais rigorosas. No Brasil ainda não temos aplicação
para este tipo de sistema.

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Apresentamos a seguir uma revisão de alguns componentes do sistema VRV:

Válvula de expansão eletrônica:

Os sistemas de refrigeração VRV requerem a utilização de válvulas de expansão


eletrônicas que possuem rápidas reações, capazes de operar com um baixo valor no
superaquecimento e controlar o fluxo de refrigerante a várias condições de operação,
resultando em um aumento de eficiência do sistema. O sinal de superaquecimento nas
válvulas de expansão eletrônicas baseia-se na medição de duas temperaturas. É medido o
valor da temperatura na entrada e na saída do evaporador e a diferença entre as duas
corresponde ao grau de superaquecimento.

A válvula de expansão eletrônica é com motor de passo modulada por largura de pulso e
nelas o atuador eletrônico muda diretamente a vazão do refrigerante. A figura 2.3 mostra o
esquema de uma válvula de expansão eletrônica com motor de passo. O controlador analisa
o valor do superaquecimento do sistema e envia um sinal elétrico ao motor. A rotação do
motor é reduzida através de engrenagens (redutor) e transformado em movimento retilíneo
de subida e descida por um atuador de passo de rosca. A abertura ou o fechamento da
válvula se dá pela ação do atuador sobre o diafragma (Resende, 2001). A válvula modulada
por largura de pulso não é nada mais do que uma válvula solenóide com um dispositivo de
expansão incluído. O fluxo refrigerante é controlado por uma determinada porcentagem de
abertura ou fechamento da válvula por um período entre 3 a 6 segundos corresponderá a
um escoamento médio de 50% do fluxo máximo.

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Figura 2.3 – Esquema de uma válvula de expansão eletrônica com motor de passo.

Compressor com velocidade variável:

O compressor utilizado nos sistemas VRV é geralmente do tipo scrool inverter e apresenta
várias vantagens, tais como: aumento do rendimento térmico do sistema em regime
permanente quando em operação à carga parcial; redução do super dimensionamento
resultando em um menor custo do equipamento e melhor aproveitamento do espaço;
controle de temperatura mais eficiente; correção do fator de potência implicando em um
menor custo de operação. Em sistemas com velocidade variável tem-se um ajuste contínuo
da capacidade em função da carga (Tassou,1998). O compressor pode operar a baixa
velocidade e capacidade de evaporação a maior parte do tempo e aumentar a rotação
quando houver uma grande variação na carga térmica. A redução na velocidade tem como
consequência a redução na vazão mássica, na potência de refrigeração e na diferença de
temperatura e pressão entre o evaporador e o condensador. Esta redução na pressão resulta
em um aumento na eficiência do compressor (Binneberg, 1999). A mudança na velocidade
pode ser feita através de um sistema de controle em resposta a uma ou mais variáveis de
entrada (Woodall, 1997).

Gás refrigerante R-410A:

Durante a década de 80, decobriu-se que substâncias como CFCs podem atravessar intactas
as camadas mais baixas da atmosfera e se acumularem nas camadas superiores onde a
radiação ultravioleta é suficientemente forte para decompor as moléculas, liberando cloro

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em quantidade suficiente para reagir como o oxigênio (O2) , destruindo assim a camada de
ozônio (O3). Reconhecendo que a destruição da camada de ozônio é um problema global,
24 nações e a Comunidade Econômica Européia assianaram o Protocolo de Montreal para
regular a produção e a comercialização de substâncias nocivas à camada de ozônio (Jung e
Radermacher , 1991).

A seleção de um refrigerante para uma máquina de compressão à vapor é um processo


complexo. Inicialmente, o fluido a ser utilizado deve satisfazer uma série de propriedades
tais como volatilidade, flamabilidade, estabilidade e toxidade, bem como possuir
propriedades termodinâmicas e de transporte favoráveis. As propriedades termodinâmicas
são as mais importantes para determinar a eficiência do ciclo, e elas recebem uma atenção
especial durante o processo de seleção (Domanski e McLinden, 1992). O sistema VRV
utiliza o gás R-410A que é um fluido refrigerante que não possui em sua composição CFCs
e, por isso, não agride a camada de ozônio. Ele é chamado de gás ecológico.

O gás refrigerante R-410A é uma mistrura de dois fluidos refrigerantes à base de HFC que
não possui potencial de degradação da camada de ozônio. Ele possui pressões e capacidade
de refrigeração mais altas que o R22. A composição do R-410A é 50% HFC-32
(Difluormetano – CF2H2 – Peso molecular: 52) e 50% HFC-125 (Pentafluoretano –
CF2CHF2 – Peso molecular: 120). Ele é compatível apenas com lubrificante a base Poliól
éster (POE).

Tabela 2.1 - Desempenhos teóricos dos gases R-22; R-407C e R-410A.


Ciclo Teórico de Desempenho
HFC-22 (R-407C) (R-410A)
Capacidade de Refrigeração
(HFC-22 = 1,0) 1,0 1,0 1,5
Coeficiente de Desempenho 6,43 6,27 6,07
Coeficiente de Compressão 2,66 2,83 2,62
Temperatura de Descarga do
Compressor, o C (Fo) 77,3 (171,2) 75,1 (167,1) 74,6 (166,3)
Pressão de Descarga do
Compressor, kPa abs (psia) 1662 (241,0) 1763 (255,6) 2612 (378,8)
Glide de Temperatura, oC (Fo) 0(0) 4,9 (8,9) 0(0)
* Condições: 43,3oC (110oF)condensador/ 7,2oC (45oF) evaporador/ 2,8oC (5oF) de subresfriamento/ 8,3oC (15oF) de superaquecimento.

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Tabela 2.2 - Propriedade físicas dos gases R-407C; R-410A e R-22.
Propriedades Físicas Unidade (R-407C) (R-410A) HCFC-22
Peso Molecular (Média) g/mol 86,20 72,58 86,47
kPa abs 1174,1 1652,9 1043,1
Pressão do Vapor a 25°C (77°F)
psia 170,29 239,73 151,40
°C -43,56 -51,53 -40,80
Ponto de Ebulição (1 atm)
°F -46,40 -60,76 -41,40
°C 86,74 72,13 96,24
Temperatura Crítica
°F 188,13 161,83 205,24
kPa abs 4619,10 4926,10 7980,71
Pressão Crítica
psia 669,95 714,50 722,39
kg/m³ 527,30 488,90 524,21
Densidade Crítica
lb/ft 32,92 30,52 32,73
kg/m³ 1134,00 1062,40 1194,68
Densidade Líquido a 25°C (77°F) 3
lb/ft 70,80 66,32 74,53
kg/m³ 41,98 65,92 44,21
Densidade, Vapor Saturado a 25°C (77°F) 3
lb/ft 2,62 4,12 2,76
kJ/kg.K 1,54 1,84 1,24
Calor Específico, Líquido a 25°C (77°F)
Btu/lb.°F 0,367 0,440 0,296
Calor Específico, Vapor a 25°C (77°F) (1 kJ/kg.K 0,830 0,832 0,685
atm) Btu/lb.°F 0,198 0,199 0,157
Pressão do Vapor de Líquido Saturado a 25° kPa abs 1173,40 1652,90 1043,10
(77°F) psia 170,30 239,73 151,40
Calor de Vaporização no Ponto de Ebulição kJ/kg 245,10 276,20 233,50
Normal Btu/lb 105,40 118,80 100,40
Condutividade Térmica a 25°C (77°F)
W/m.K 0,0819 0,0886 0,0849
Líquido
Btu/hr.ft³F 0,0455 0,0511 0,0458
W/m.K 0,01314 0,01339 0,01074
Vapor (1 atm)
Btu/hr.ft³F 0,00758 0,00772 0,00621
Viscosidade a 25°C (77°F)
1,60 x -4 -4
Líquido Pa.S -4 1,20 x 10 1,59 x 10
10
1,23 x -5 -5
Vapor (1 atm) Pa.S -5 1,27 x 10 1,30 x 10
10
Limites de Flamabilidade no Ar a 1 atm % vol. Nenhum Nenhum Nenhum
Potencial de Degradação do Ozônio (ODP) CFC-11=1,0 0 0 0,05
Potencial de Aquecimento Global dos
CFC-11=1,0 0,38 0,46 0,34
Halocarbonos
CO²=1,0
Potencial de Aquecimento Global 1600 1890 1700
(100-yr ITH)
Situação do Inventário da TSCA incluído sim sim sim
ppm
(8h a 12h
com
Limite de Exposição a Inalação* 1000 1000 1000
distribuição
uniforme no
tempo)
* O limite de exposição é calculado com base no Limite de Exposição Aceitável da DuPont AEL
(Acceptable Exposure Limit) para cada componente da mistura. O AEL é um limite de exposição
aérea estabelecido pela DuPont que especifica concentrações médias com distribuição uniforme no
tempo as quais praticamente todos os operários podem estar expostos de maneira repetida sem
efeitos adversos durante períodos diários de trabalho de 08 a 12 horas e semanas de 40 horas.

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Figura 2.5 – Diagrama pressão-entalpia do refrigerante R-410A.

2.1. Ferramenta computacional

O EnergyPlus é um programa computacional utilizado para realizar simulações térmicas e


energéticas de uma edificação e foi desenvolvido sob a coordenação do Departamento de
Energia dos Estados Unidos. O programa permite estimar o consumo de energia
considerando as trocas térmicas da edificação com o exterior a partir da caracterização
geométrica da edificação, de seus componentes construtivos, das cargas elétricas
instaladas, dos sistemas de condicionamento de ar e dos padrões de uso. Para isso, deve-se
utilizar um arquivo climático da região do edifício, com dados horários de temperatura,
umidade relativa, ventos e radiação solar. O EnergyPlus foi elaborado a partir da fusão do
BLAST e DOE-2, mas seu código integra vários outros algoritmos, como WINDOW 5.0,
COMIS, TRNSYS e SPARK.

18
O programa possui algumas inovações na capacidade de cálculo do balanço de calor, o
qual pode ser detalhado em intervalos menores que 1 hora (até 1 minuto), simulação de
sistemas modulares que são integrados para o cálculo do balanço de calor na zona térmica,
além da entrada e saída de dados possibilitando a sincronização com outras interfaces. O
usuário pode solicitar diversos tipos de relatórios do programa, com dados estimados
durante o processo de simulação, incluindo temperatura interna de cada zona térmica,
consumo de energia por uso final e carga térmica retirada ou adicionada pelo sistema de
condicionamento de ar.

A entrada e saída de dados utilizam o formato ASCII (American Standard Code for
Information Interchange), um dos códigos de caracteres mais utilizados em computadores
para representação de informações. Torna-se usual para usuários avançados a utilização de
editor de texto comum para dados de entrada (input) e de planilha eletrônica para analisar
dados de saída (output).

Tanto o sistema de ar-condicionado como as informações dos elementos construtivos


devem ser definidos cuidadosamente, a fim de prever com precisão o desempenho do
sistema de condicionamento de ar. Bons resultados só poderão ser alcançados se os
parâmetros de entrada forem determinados com precisão, não só para o sistema de ar-
condicionado, mas também para outras informações associadas, tais como os horários de
operação do sistema de ar-condicionado, especificações precisas das propriedades térmicas
dos materiais de construção, número de ocupantes, ventilação e condições meteorológicas.
Quanto mais informações, mais precisos serão os resultados da simulação. Em muitos
casos, a precisão dos modelos de simulação ficam comprometidos devido ao fato de que
algumas entradas deixam de ser definidas. O programa de simulação é uma ferramenta
eficaz para os pesquisadores tomarem decisões sobre as várias alternativas de projeto, por
exemplo: a substiuição de um sistema de ar-condicionado tradicional por um sistema VRV
(Zhou et al., 2008).

19
Trabalhos recentes utilizando simulação computacional e levantamentos em campo
revelam que o ar-condicionado representa 37-60% do total de energia consumida em
edifícios de escritórios. A eficiência energética por meio de simulação tem se tornado uma
preocupação para os profissionais desta área (Zhou et al., 2007).

A escolha do tipo de sistema de ar-condicionado afeta o desempenho energético do


edifício. Simulações computacionais com diferentes tipos de sistemas são capazes de,
antecipadamente, quantificar as diferenças no consumo energético dos vários tipos de
sistemas, justificando a escolha do mais adequado (Zhou et al., 2007).

20
3. MATERIAIS E MÉTODOS

O sistema VRV em estudo é um sistema que foi instalado para climatizar salas do 3º
pavimento do bloco 3 do Centro de Atividades Didáticas 2 – Faculdade de Ciências
Humanas - FAFICH da UFMG, conforme planta do 3º pavimento representada na figura
3.1, planta de cobertura do bloco 3 mostrando a localização da unidade condensadora
representado na figura 3.2 e o corte DD do bloco 3 representado na figura 3.3. Os seis
ambientes em estudo estão hachurados na planta da figura 3.1 e são denominados : Setor
de Vendas, Setor de Marketing, ADM, RH, Reuniões e Setor de Informática.

Figura 3.1 - Planta 3º pavimento

Figura 3.2 - Planta de cobertura – Bloco 3

21
Figura 3.3 - Corte DD - Bloco 3

O sistema VRV com condensação a ar em estudo é constituído por 1 unidade condensadora


tipo multi-split com compressores de velocidade variável inverter com capacidade nominal
de 8,0 TR. Uma unidade condensadora (1 módulo) é interligada a seis unidades
evaporadoras instaladas no 3º pavimento.

3.1. Metodologia de análise

Para a análise econômica do sistema de ar-condicionado SPLIT e VRV foi utilizado um


programa computacional que permite calcular a carga térmica e fazer a simulação do
consumo energético dos ambientes em estudo.

22
A escolha do EnergyPlus foi feita com base em determinadas razões. A primeira, por ter
versões recentes e gratuitas, que estão de acordo com as normas climáticas, e em constante
desenvolvimento para atender às novas demandas de engenharia e arquitetura no que se
refere ao desempenho da edificação. Além disso, o programa foi validado através de testes
comparativos pelo IEA BESTest (International Energy Agency Building Energy
Simulation Test), de acordo com a norma ANSI/ASHRAE Standard 140-2007, dentre
outros, e através de testes analíticos de HVAC (Heating, Ventilating and Air-Conditioning)
reconhecidos e baseados na ASHRAE.

Para a aquisição do modelo tridimensional foi utilizado o programa Google SketchUp em


conjunto com o plugin Open Studio. Com o modelo concluído iniciou-se a inserção de
dados no programa EnergyPlus.

3.1.1. Google Sketchup

É um programa de modelagem tridimensional, desenvolvido pela At Last Software, para


uma rápida construção de modelos arquitetônicos. Atualmente, o Google Sketchup
encontra-se na versão 8.0.
Norte
Informática
Reuniões
Setor Vendas RH
ADM

Setor Marketing

Figura 3.4 – Modelo tridimensional dos 6 ambientes elaborado no Google Sketchup.

23
3.1.2. Open Studio

É um plugin que permite a utilização das ferramentas do Google Sketchup para a criação
de zonas e superfícies utilizadas pelo EnergyPlus. Ele proporciona a exploração dos
arquivos de entrada do EnergyPlus, utilizando os recursos do Google Sketchup,
possibilitando a visão geométrica de qualquer ponto de vista, aplicação de diversos tipos de
renderização e avaliação dos efeitos de sombreamento. Desenvolvido pelo Laboratório
Nacional de Energias Renováveis, do Departamento de Energia dos Estados Unidos
(DOE), o Open Studio está na versão 1.0.6, e pode ser adquirido gratuitamente na página
do DOE (Stein, 2011).

3.1.3. EnergyPlus

Este programa computacional, atualmente na versão 6.0, permite avaliar o comportamento


termo-energético de uma edificação através da análise de diversos parâmetros que
influenciam sua dinâmica térmica, como a temperatura dos ambientes, o fluxo de calor
através das superfícies envoltórias, o ganho de calor através das fontes internas, tais como:
iluminação, equipamentos e pessoas. Além disso, permite a utilização de diferentes
sistemas de ar-condicionado, possibilitando assim a análise do consumo energético total da
edificação (Stein, 2011).

3.1.4. Variáveis de entrada

Inicialmente, desenvolve-se no Google Sketchup em conjunto com o plugin Open Studio,


toda a envoltória da edificação, ou seja, todas as superfícies constituintes do modelo, como
paredes, pisos, forros, portas e janelas. Para a simulação, divide-se a edificação em
diversas zonas térmicas. Tais zonas térmicas são formadas por ambientes que apresentam
um mesmo regime de utilização e um mesmo perfil de carga térmica. Depois de declarada
toda a geometria da edificação, são especificadas, no EnergyPlus, as características de cada
superfície que a constitui, como espessura, densidade, calor específico e condutividade

24
térmica. Por fim, informam-se as cargas internas da edificação, como número de pessoas,
equipamentos, iluminação, infiltrações e ventilação para renovação de ar.

3.1.5. Arquivo Climático

Para avaliar o consumo energético anual da edificação, incluindo iluminação, sistema de


ar-condicionado e equipamentos elétricos, utiliza-se o arquivo climático, composto por
uma medição horária anual de diversos dados meteorológicos: temperatura, umidade,
velocidade e direção do vento, radiação solar, por um período superior a dez anos.

A montagem estatística destes dados é realizada de duas maneiras: Test Meteorological


Year (TMY) e Test Reference Year (TRY). No arquivo TMY, são escolhidos os meses
mais representativos durante o período medido, resultando em um ano formado por meses
diferentes, ou seja, um ano que nunca existiu. Já no arquivo TRY, é escolhido o ano mais
expressivo entre todos os anos medidos. O arquivo utilizado neste estudo é do tipo TRY.

Os dados climáticos podem ser obtidos através do site do EnergyPlus e são organizados
pela WMO (Weather Meteorological Organization) que disponibiliza tais dados para mais
de 1100 localidades. De acordo com este órgão, a América do Sul é caracterizada como
zona bioclimática 3. O arquivo climático disponibilizado para a cidade de Belo Horizonte
(região da Pampulha) utilizado neste trabalho é da SWERA (Solar and Wind Energy
Resource Assessment) e possui extensão EPW (EnergyPlus Weather), cujo formato é
utilizado pelo EnergyPlus.

A evolução da temperatura de bulbo seco de Belo Horizonte pode ser vista na Figura 3.5.

25
Figura 3.5: Evolução anual da temperatura de bulbo seco externa para Belo Horizonte.

3.1.6. Variáveis de saída

O EnergyPlus pode gerar diversos arquivos e variáveis de saída que contém as


informações obtidas nas simulações realizadas com o modelo proposto. Contudo, os dados
de saída são definidos pelo usuário de acordo com sua necessidade. O programa pode
ainda gerar relatórios de consumo anual e mensal para toda a edificação, assim como o
consumo individual imposto pelos sistemas presentes.

Para análise do consumo, foram solicitados os relatórios referentes ao consumo de toda a


edificação, os relatórios de consumo individual imposto pelo sistema de ar-condicionado,
iluminação interna e equipamentos.

3.1.7. Características construtivas

Os elementos de construção como paredes externas e internas, pisos, coberturas, janelas e


portas são mostrados na Tabela 3.1, assim como suas principais propriedades termofísicas.

26
Tabela 3.1: Caracterização das superfícies que constituem a edificação. FONTE: ABNT, 2003.

Condutividade Calor
Densidade
Superfície Camadas Material Espessura térmica específico
[kg/m3]
[cm] [J/m.K] [J/kg.K]
1 Argamassa 2 1,15 1000 2000
Paredes Bloco
externas 2 concreto 9 1,75 1000 2400
3 Argamassa 2 1,15 1000 2000
1 Argamassa 2 1,15 1000 2000
Paredes Bloco
internas 2 concreto 9 1,75 1000 2400
3 Argamassa 2 1,15 1000 2000
Piso 1 Concreto 10 1,75 1000 2400
Laje 1 Concreto 10 1,75 1000 2400
Portas 1 Madeira 2,54 0,14 2300 600
Janelas 1 Vidro 0,6 0,9 x x

3.2. Cargas internas


As cargas internas correspondem às fontes geradoras de calor e umidade que são liberados
para o ambiente. Essas fontes internas e geradoras de calor são atribuídas às pessoas,
equipamentos, iluminação e infiltração.

3.2.1. Pessoas

Para a determinação da quantidade de pessoas presentes em cada zona, foram utilizadas a


planta baixa com layout, onde se pode vizualizar os postos de trabalho, atribuindo um
ocupante para cada posto. Esta planta com o layout pode ser visualizada na figura 3.1. A
atividade considerada neste estudo foi moderada em trabalhos de escritório, sendo 120W o
calor liberado por pessoa, segundo referência da ABNT NBR 16401-1/2008, anexo C.

Tabela 3.2 : Número de pessoas por ambiente climatizado.

Ambiente Número de pessoas


Setor de Marketing 4
Setor de Vendas 4
ADM 2
RH 2
Reuniões 4
Setor Informática 3
27
3.2.2. Equipamentos

Os equipamentos elétricos são responsáveis por aumentar a carga térmica do ambiente


devido a sua dissipação de calor. Em edificios comerciais os equipamentos mais comuns
são computadores, monitores e impressoras. Consultando-se as plantas de layout foi
possível determinar o número de equipamentos dos ambientes através de simples
contagem. A taxa de dissipação de calor considerada segue a recomendação da ABNT
NBR 16401-1/2008 e pode ser vista na Tabela 3.3.

Tabela 3.3: Taxa de dissipação de calor dos equipamentos. FONTE: ABNT NBR 16401-1/2008.
Anexo C.

Equipamentos Taxa de dissipação [W]


Computadores 55
Monitores 55
Impressoras 160

3.2.3. Iluminação

A taxa de iluminação interna seguiu a recomendação da ABNT NBR 16041-1:2008,


Anexo C, que estabelece para escritórios um valor de 16 W/m2 com lâmpadas
fluorescentes.

3.2.4. Infiltração

Considerou-se para todas as zonas climatizadas 0,5 troca por hora. As infiltrações
obedecem às recomendações da ASHARE.

3.2.5. Ventilação

Considerou-se para todas as zonas climatizadas 17m3/h por pessoa para o ar de renovação,
mesmo valor considerado para o cálculo da carga térmica pelo método passo a passo
(Creder,1996).

28
3.3. Cronograma de utilização e ocupação dos ambientes

Para efetuar a simulação informa-se ao programa um perfil horário de ocupação e


utilização dos ambientes. Nesse perfil constam os períodos de ocupação dos ambientes por
número de pessoas, a utilização dos equipamentos, o período de uso da iluminação e o do
sistema de ar-condicionado. No programa esse cronograma é representado de forma
numérica, sendo atribuído 0 para o valor mínimo e 1 para o valor máximo. Foi considerado
neste estudo o horário de 8:00 às 12:00hs com 100% de utilização, de 12:00 às 14:00hs
com 20% de utilização e de 14:00 às 18:00hs com 100% de utilização de segunda-feira à
sexta-feira. Sábados, domingos e feriados os sistemas estarão desligados.

3.4. Simulações realizadas

Para fazer a simulação com o sistema de ar-condicionado SPLIT foi utilizado um arquivo
exemplo existente no banco de dados do software EnergyPlus. Este arquivo é denominado
HVACTemplate-5ZoneFurnaceDX.idf e ele possui três menus específicos para o sistema
de ar-condicionado: HVACTemplate:Thermostat; HVACTemplate:Zone:Unitary;
HVACTemplate:System:Unitary. No menu HVACTemplate:Thermostat é inserido o
termostato com os schedules de resfriamento e aquecimento.

No presente estudo foi definido como setpoint de resfriamento a temperatura de 24oC entre
os horários de 8:00 às 18:00 hs e para o setpoint de aquecimento a temperatura de 20oC
entre os horários de 8:00 às 18:00 hs. Nos demais menus foram inseridos um SPLIT por
ambiente com COP = 3,3 e o modo autosize foi definido para fazer o dimensionamento do
sistema. O COP considerado é referente a equipamentos do tipo SPLIT HI-WALL com
rotação fixa e capacidades de 9.000 btu/h para os ambientes ADM., RH. e Reuniões. O
Split de 18.000 btu/h foi considerado para os ambientes Setor de Marketing e Setor de
Vendas, ambos com ciclo reverso, 220V e que possuem selo Procel com classificação A
(INMETRO, 2011). O equipamento Split de 12.000 btu/h para o ambiente Setor de
Informática com ciclo reverso, 220V, selo Procel com classificação A possui COP = 3,8
(INMETRO, 2011).
29
Para a simulação do sistema VRV foi utilizado o arquivo modelo
MultiSpeedHeatPump.idf. Na atual versão 6.0 do software EnergyPlus ainda não existe
um modelo específico para o sistema VRV. O arquivo modelo utilizado é o que mais se
aproxima do sistema VRV, o compressor possui 4 velocidades diferentes de rotação. Nos
diversos menus que caracterizam o sistema de ar-condicionado, o modo autosize foi
definido para fazer o dimensionamento do sistema com COP = 3,22. O COP considerado é
referente a condicionadores de ar resfriados a ar com capacidade de 28 kW e que possuem
selo Procel com classificação A (RTQ-C, 2010).

3.5. Carga Térmica

Carga térmica é a quantidade de calor sensível e latente, geralmente expressa em BTU/h,


ou kcal/h que deve ser retirada ou colocada no recinto a fim de proporcionar as condições
de conforto desejadas. Esta carga térmica pode ser introduzida no recinto a ser
condicionado por: condução; insolação; dutos; pessoas; equipamentos; infiltração e
ventilação. (Creder, 1996). Os ambientes escolhidos para o desenvolvimento do trabalho
estão localizados no 3º pavimento do bloco 3 do Centro de Atividades Didáticas 2 –
Ciências Humanas da UFMG. Os ambientes a serem climatizados e localizados no 3° piso
são denominados: Setor de Vendas, Setor de Marketing, ADM., R.H., Reuniões e Setor de
Informática. Estes ambientes estão hachurados na Planta da Figura 3.1.

Para o cálculo da carga térmica dos seis ambientes em estudo três métodos foram
utilizados: Metódo passo a passo, cujos cálculos estão no Anexo I deste trabalho, o
software E20 foi utilizado pelo Engenheiro responsável técnico pelo projeto do sistema de
ar-condicionado para o Centro de Atividades Didáticas 2 – Ciências Humanas da UFMG e
o software EnergyPlus.

30
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Neste capítulo serão apresentados os resultados dos cálculos da carga térmica e do


consumo de energia anual do sistema de ar-condicionado SPLIT e VRV. O principal
objetivo deste tabalho é verificar a diferença de consumo entre os dois sistemas de ar-
condicionado que possuem compressores que funcionam com velocidade fixa e velocidade
variável.

A tabela 4.1 mostra o comparativo entre as três ferramentas utilizadas para o cálculo de
carga térmica dos seis ambientes em estudo: o Método passo a passo, cuja memória de
cálculo pode ser vista no Anexo I, o Software E20 utilizado pelo responsável técnico pelo
projeto de ar-condicionado para o Centro de Atividades Didáticas 2 – Ciências Humanas
da UFMG e o software EnergyPlus. Pela figura 4.1 nota-se que o Método passo a passo
apresentou resultados superiores aos outros dois métodos por considerar cargas máximas
de utilização e um dia de projeto no verão: 21 de janeiro às 15 horas. O horário de
ocupação dos ambientes também não é considerado por este método.

O Software E20 e o EnergyPlus consideram cargas parciais no cáclulo da carga térmica e,


por isso, apresentaram resultados mais próximos sendo que ambos, consideram um ano
para o cálculo da carga térmica. A diferença dos resultados entre o Software E20 e o
EnergyPlus foi, principalmente, devido à potência considerada dos equipamentos
considerada no Software E20. O responsável técnico pelo projeto considerou nos Setores
de Marketing e Vendas 1.600W de potência dissipada por equipamentos e no ambiente
denominado RH foi considerado 800W. O valor considerado na simulação com o
EnergyPlus foi de 990W para os Setores de Marketing e Vendas e 540W para o RH,
valores levantados em função do layout. Esta diferença é considerável no cálculo da carga
térmica. Os valores das propriedades termofísicas dos materiais empregados na edificação,
inseridos no programa E20, não foram especificados em projeto.

31
Tabela 4.1: Comparativo dos Métodos de cálculo para carga térmica.
Comparativo Métodos de Cálculo para Carga Térmica
Ambientes Método passo a passo Software E20 EnergyPlus
(Btu/h) (Btu/h) (Btu/h)
Setor Marketing 21.745 18.356 15.806
Setor Vendas 21.602 16.239 14.282
ADM 10.124 9.079 9.056
RH 10.124 7.697 6.289
Reuniões 11.925 6.716 6.810
Setor Informática 15.833 11.968 11.273

A figura 4.1 mostra os valores elevados da carga térmica pelo Método passo a passo e os
resultados mais próximos do Software E20 e EnergyPlus.

Figura 4.1: Perfis de carga térmica das seis zonas térmicas.

Para comprovar a justificativa de que a diferença entre os resultados do cálculo da carga


térmica pelo Software E20 e o EnergyPlus é devido à potência dos equipamentos, foi
realizada a simulação no EnergyPlus com a potência dos equipamentos de projeto. O
resultado pode ser visto na tabela 4.2 e figura 4.2.

32
Tabela 4.2: Comparativo dos Métodos de cálculo para carga térmica: Potência
equipamentos = Projeto.

Comparativo Métodos de Cálculo para Carga Térmica


Potência equipamentos = Projeto
Método passo a Software EnergyPlus
Ambiente
passo (Btu/h) E20 (Btu/h) (Btu/h)
Setor Marketing 21.745 18.356 18.043
Setor Vendas 21.602 16.239 16.607
ADM 10.124 9.079 9.056
RH 10.124 7.697 7.408
Reuniões 11.925 6.716 6.810
Setor Informática 15.833 11.968 11.273

A figura 4.2 mostra a superposição dos perfis de carga térmica entre os dois softwares:
E20 e EnergyPlus após a inserção dos valores das potências dos equipamentos utilizados
no projeto do sistema de ar-condicionado nos Setores: Marketing, Vendas e RH.

Figura 4.2: Perfis de carga térmica das seis zonas térmicas: Potência dos equipamentos =
Projeto.

33
A figura 4.3 mostra os perfis de carga térmica, o ganho de calor devido ao envidraçamento,
o ganho de calor devido a fontes internas, o perfil de temperatura interna sem o controle de
temperatura e o perfil de temperatura externa do ambiente Setor de Marketing ao longo de
um dia no mês de Janeiro. Observa-se no gráfico que o perfil de carga térmica e ganho de
calor por fontes internas são em função do horário de funcionamento 8:00 às 12:00hs
(100% de ocupação), 12:00 às 14:00hs (20% de ocupação), 14:00 às 18:00hs (100% de
ocupação). Neste dia a temperatura externa atinge um máximo de 32,88oC às 14:00hs e a
temperatura interna atinge o máximo de 46,96oC às 16:00hs, considerando o ambiente
totalmente fechado e sem ventilação natural.

Figura 4.3: Perfis de carga térmica, ganho de calor devido ao envidraçamento e fontes
internas, temperatura externa e temperatura interna sem controle de temperatura ao longo
de um dia no mês de Janeiro da Zona térmica Setor de Marketing.

A figura 4.4 mostra os mesmos perfis da figura 4.3 apenas com uma alteração: o perfil de
temperatura interna foi alterado para perfil de temperatura interna com controle de
temperatura à 24oC. Observa-se a temperatura constante de 24oC ao longo do horário de
funcionamento de 8:00 às 18:00hs 100% controlado. Não foi considerado o desligamento
do sistema de controle no horário de 12:00 às 14:00hs.

34
Figura 4.4: Perfis de carga térmica, ganho de calor devido ao envidraçamento e fontes
internas, temperatura externa e temperatura interna com controle de temperatura ao longo
do dia 18/01/1995 da Zona térmica Setor de Marketing.

4.1. Consumo de energia elétrica do sistema SPLIT

O consumo de energia elétrica mensal do sistema SPLIT é apresentado no gráfico da figura


4.5. Nele apresenta-se a evolução do consumo gerado mensalmente para os grupos: ar-
condicionado, iluminação e equipamentos.

Analisando o consumo apresentado no gráfico da figura 4.5, o maior consumo ocorre no


mês de Março, onde o valor total consumido é de 2.831,33 kWh, sendo 1.415,66 kWh
referente ao sistema de ar-condicionado, 424,70 kWh referente ao sistema de iluminação e
990,97 kWh referente ao consumo de equipamentos.

35
Figura 4.5: Consumo de energia elétrica mensal para o sistema de ar-condicionado SPLIT.

A figura 4.6 mostra a participação em porcentagem dos componentes que envolvem o


consumo de energia elétrica total anual dos seis ambientes em estudo. A maior participação
do consumo de energia elétrica é a do sistema de ar-condicionado com 50% , seguido dos
equipamentos com 35% e da iluminação com 15%. O valor total anual do consumo de
energia elétrica é de 30.080,22 kWh, sendo que o sistema de ar-condicionado consume no
ano 15.040,11 kWh, os equipamentos 10.528,08 kWh e o sistema de iluminação 4.512,03
kWh. Estes consumos equivalem a R$ 7.219,25 gastos por ano com o sistema de ar-
condicionado, R$ 5.053,47 com equipamentos e R$ 2.165,77 com iluminação. O valor
total anual de consumo de energia elétrica é de R$ 14.438,50 considerando a tarifa com
impostos para o setor público de R$ 0,48/kWh (CEMIG, 2011).

36
Figura 4.6: Participação dos componentes no consumo elétrico total anual dos 6 ambientes
para o sistema de ar-condicionado SPLIT.

4.2. Consumo de energia elétrica do sistema VRV

O consumo de energia elétrica mensal do sistema VRV é apresentado no gráfico da figura


4.7. Nele apresenta-se a evolução do consumo gerado mensalmente para os grupos: ar-
condicionado, iluminação e equipamentos.

Analisando o consumo apresentado no gráfico da figura 4.7, o maior consumo ocorre no


mês de Janeiro, onde o valor total consumido é de 2.390,00 kWh, sendo 1.027,70 kWh
referente ao sistema de ar-condicionado, 406,30 kWh referente ao sistema de iluminação e
956,00 kWh referente ao consumo de equipamentos.

37
Figura 4.7: Consumo de energia elétrica mensal para o sistema de ar-condicionado VRV.

A figura 4.8 mostra a participação em porcentagem dos componentes que envolvem o


consumo de eneriga elétrica total anual dos seis ambientes em estudo. A maior participação
do consumo de energia elétrica é a do sistema de ar-condicionado com 43% , seguido dos
equipamentos com 40% e da iluminação com 17%. O valor total anual do consumo de
energia elétrica é de 26.735,73 kWh, sendo que o sistema de ar-condicionado consume no
ano 11.496,07 kWh, os equipamentos 10.570,50 kWh e o sistema de iluminação 4.669,16
kWh. Estes consumos equivalem a R$ 5.518,11 gastos por ano com o sistema de ar-
condicionado, R$ 5.073,84 com equipamentos e R$ 2.241,20 com iluminação. O valor
total anual de consumo de energia elétrica é de R$ 12.833,15 considerando a tarifa com
impostos para o setor público de R$ 0,48/kWh, conforme (CEMIG, 2011).

38
Figura 4.8: Participação dos componentes no consumo de energia elétrica total anual dos 6
ambientes para o sistema de ar-condicionado VRV.

4.3. Comparação do consumo de energia elétrica entre os


sistemas SPLIT e VRV

O gráfico da figura 4.9 representa uma comparação no consumo de energia elétrica mensal
entre os dois sistemas de ar-condicionado: SPLIT e VRV.

Figura 4.9: Comparação do consumo de energia elétrica mensal entre os sistemas de ar-
condicionado SPLIT e VRV.
39
Analisando o gráfico da figura 4.10 verifica-se que há uma diferença de consumo de
energia elétrica entre os sistemas de ar-condicionado SPLIT e VRV e que ela ocorre mais
significativamente no mês de Março. O consumo de energia elétrica do sistema de ar-
condicionado SPLIT neste mês é de 1415,66 kWh e o do sistema de ar-condicionado VRV
é de 984,33 kWh, ou seja, uma diferença de 431,33 kWh entre os dois sistemas. Já no mês
de Julho esta diferença de consumo de energia elétrica entre os dois sistemas ocorre de
maneira menos significativa, sendo 182,35 kWh. No mês de Março as temperaturas são
mais elevadas e o sistema de ar-condicionado SPLIT consome mais energia por causa do
tipo de compressor on-off, ou seja, ele desliga-liga mais frequentemente, buscando atingir
o set-point de 24 oC, por isso, consume mais energia. No mês de Julho as temperaturas são
mais amenas e o sistema de ar-condicionado quando atinge o set-point de 24o C permanece
nesta temperatura durante mais tempo, sem muitas oscilações. Isto explica a menor
diferença no consumo de energia elétrica entre os dois sistemas.

Figura 4.10: Comparação do consumo de energia elétrica anual entre os sistemas de ar-
condicionado SPLIT e VRV.

O gráfico da figura 4.10 ilustra a participação dos componentes no consumo de energia


elétrica total anual, sendo que o sistema de iluminação e equipamentos não sofreram
alterações no consumo elétrico anual. O consumo de energia elétrica total anual do sistema
40
de ar-condicionado Split é de 15.040,11 kWh e o consumo do sistema de ar-condicionado
VRV é de 11.496,07 kWh, o que resulta em uma diferença anual de 23,56%.

Figura 4.11: Custo mensal de energia elétrica para os sistemas de ar-condicionado.

A figura 4.11 mostra o custo da energia elétrica em R$, gasto mensalmente para os dois
sistemas de ar-condicionado: SPLIT e VRV. Este custo foi obtido utilizando uma tarifa de
R$ 0,48/kWh , conforme (CEMIG, 2011). Verifica-se que o maior conumo de energia
elétrica para o sistema de ar-condicionado SPLIT ocorreu no mês de Março, cujo valor é
de R$ 679,52 e para o sistema de ar-condicionado VRV o maior consumo de energia
elétrica ocorreu no mês de Janeiro, cujo valor é de R$ 493,30.

41
5. CONCLUSÕES

O presente trabalho avaliou a diferença do consumo entre dois sistemas de ar-


condicionado: o sistema SPLIT com compressor de velocidade fixa e o sistema VRV com
compressor de velocidade variável. Esta análise foi feita através de simulação
computacional no software EnergyPlus, versão 6.0, em seis ambientes localizados no 3º
pavimento do bloco 3 do Centro de Atividades Didáticas 2 – Faculdade de Ciências
Humanas - FAFICH da UFMG, localizado na cidade de Belo Horizonte, região da
Pampulha, zona bioclimática 3.

Os resultados obtidos mostram que o sistema de ar-condicionado VRV, com compressor


de velocidade variável, consome 23,56% a menos de energia do que o sistema de ar-
condicionado tipo SPLIT, que possui compressor com velocidade fixa. O que representa
uma economia anual de R$ 1.605,35 no consumo de energia elétrica.

O cálculo da carga térmica através do software EnergyPlus mostrou resultados compatíveis


com os obtidos pelo programa E20, utilizado pelo reponsável técnico do projeto. Ambos
consideram cargas parciais ao longo de um ano. O Método passo a passo apresentou
resultados superestimados, pois considera cargas máximas durante um dia de verão.

A utilização de ferramentas computacionais de simulação energética em edificações, como


o EnergyPlus, se mostra como um grande aliado na tomada de decisões, uma vez que pode
ser previsto o comportamento termo-energético a partir da influência de diversos fatores. A
partir desta previsão podem-se propor alterações no projeto visando uma redução no
consumo energético.

O presente trabalho não realizou uma análise de retorno de investimento. Assim, fica como
sugestão para trabalhos futuros a análise de retorno de investimento (payback), para
verificar se mesmo com um menor gasto com energia elétrica a instalação do sistema de
ar-condicionado VRV seria economicamente viável. Outra sugestão é fazer a simulação
com o arquivo template do sistema VRV que será disponibilizado na próxima versão do
EnergyPlus.

42
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ABNT - Associação Brasileira de normas técnicas. NBR 15220. Desempenho


Térmico de Edificações. 2003. 66p., 2003.

ABNT – Associação Brasileira de normas técnicas. NBR 16401-1. Instalações de ar


condicionado - Sistemas centrais e unitários. Parte 1: Projetos das instalações. 60p.,
2008.

ABNT – Associação Brasileira de normas técnicas. NBR 16401-2. Instalações de ar


condicionado - Sistemas centrais e unitários. Parte 2: Parâmetros de conforto térmico.
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43
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validation of the variable-refrigerant-volume (VRV) air-conditioning system in
EnergyPlus. Energy and Buildings 40 (2008) 1041–1047.

46
ANEXO I: Cálculo da Carga Térmica Método passo a passo

Dados do Ambiente:

Temperatura

Ambiente Temperatura [°C] Umidade Relativa [%]


Condicionado 24 50
Não Condicionado 30 60
Externo 35 60

DTexterno=11°C

DTinterno=5°C

Tabela 1.1 – Condições de Temperatura e umidade do ar

Considerações: Não é permitido fumar nos ambientes denominados acima, por isso todos os
cálculos relacionados ao fumo são desprezíveis.

CONDUÇÃO:

Equações utilizadas:

Paredes externas: Qs=U.A.[(Te-Ti)+DT]

Paredes divisórias: Qs=U.A.DT

Teto: Qs=U.A.[(Te-Ti)+DT]

Janelas: Qs=U.A.(Te-Ti)

Observações:

• Toda a parede externa será considerada de cor média.

• A condução devido ao teto e piso do 3º pavimento será nula, pois foi considerado
superfícies adiabáticas.

47
1 - Condução através das janelas e paredes – 3º pavimento:
a)- Setor de Marketing:

Parede interna (divisória) norte: Camadas: Filme ar exterior + Reboco externo de 2cm +
Tijolo de concreto furado (10cm) + Reboco externo de 2cm + Filme ar interior.

U=0,86 Kcal/h.m².°C; Área=22,95 m².

Parede divisória: DT(oC) = 5,5oC + 1,6oC = 7,1oC

Qs=0,86.22,95.(7,1) = 140,13 Kcal/h

Parede externa sul: Janela de vidros comuns (simples). U=5,18 Kcal/h.m².°C;


Área=12,76m².

Vidros nas paredes exteriores: DT(oC) = 9,4oC + 1,6oC = 11oC

Qs=5,18.12,76.[(35-24)+11] = 1.454,13 Kcal/h

Parede exterior – fachada Sul:

Camadas: Filme ar exterior + Reboco externo de 2cm + Tijolo de concreto furado (10cm)
+ Reboco externo de 2cm + Filme ar interior.

U=0,42 Kcal/h.m².°C; Área= 8,64 m².

Paredes exteriores: DT(oC) = 9,4oC + 1,6oC = 11oC

Qs=0,42.8,64.[(35-24)+11] = 79,83 Kcal/h

Parede externa leste: Camadas: Filme ar exterior + Reboco externo de 2cm + Tijolo de
concreto furado (20cm) + Reboco externo de 2cm + Filme ar interior.

U= 0,42 Kcal/h.m².°C; Área=11,50m².

Paredes exteriores: DT(oC) = 9,4oC + 1,6oC = 11oC

Qs=0,42.11,50.[(35-24)+11] = 106,26 Kcal/h

Parede interna (divisória) oeste: Camadas: Filme ar exterior + Reboco externo de 2cm +
Tijolo de concreto furado (10cm) + Reboco externo de 2cm + Filme ar interior.

U=0,86 Kcal/h.m².°C; Área=11,50m².

Parede divisória: DT(oC) = 5,5oC + 1,6oC = 7,1oC

Qs=0,86.11,50.(7,1) = 70,22 Kcal/h

Σ Qs = 1850,60 kcal/h
48
b)- Setor de Vendas:

Parede interna (divisória) norte: Camadas: Filme ar exterior + Reboco externo de 2cm +
Tijolo de concreto furado (10cm) + Reboco externo de 2cm + Filme ar interior.

U=0,86 Kcal/h.m².°C; Área=22,95 m².

Parede divisória: DT(oC) = 5,5oC + 1,6oC = 7,1oC

Qs=0,86.22,95.(7,1) = 140,13 Kcal/h

Parede externa sul: Janela de vidros comuns (simples). U=5,18 Kcal/h.m².°C;


Área=12,76m².

Vidros nas paredes exteriores: DT(oC) = 9,4oC + 1,6oC = 11oC

Qs=5,18.12,76.[(35-24)+11] = 1.454,13 Kcal/h

Parede exterior – fachada Sul:

Camadas: Filme ar exterior + Reboco externo de 2cm + Tijolo de concreto furado (10cm)
+ Reboco externo de 2cm + Filme ar interior.Tijolo de concreto furado (20cm).

U=0,42 Kcal/h.m².°C; Área= 8,64 m².

Paredes exteriores: DT(oC) = 9,4oC + 1,6oC = 11oC

Qs=0,42.8,64.[(35-24)+11] = 79,83 Kcal/h

Parede interna (divisória) leste: Camadas: Filme ar exterior + Reboco externo de 2cm +
Tijolo de concreto furado (10cm) + Reboco externo de 2cm + Filme ar interior.

U=0,86 Kcal/h.m².°C; Área=11,50m².

Parede divisória: DT(oC) = 5,5oC + 1,6oC = 7,1oC

Qs=0,86.11,50.(7,1) = 70,22 Kcal/h

Parede interna (divisória) oeste: Camadas: Filme ar exterior + Reboco externo de 2cm +
Tijolo de concreto furado (10cm) + Reboco externo de 2cm + Filme ar interior.

U=0,86 Kcal/h.m².°C; Área=11,50m².

Parede divisória: DT(oC) = 5,5oC + 1,6oC = 7,1oC

Qs=0,86.11,50.(7,1) = 70,22 Kcal/h

Σ Qs = 1.814,53 kcal/h

49
c)- ADM.:

Parede externa norte: Janela de vidros comuns (simples). U=5,18 Kcal/h.m².°C;


Área=4,08 m².

Vidros nas paredes exteriores: DT(oC) = 9,4 oC + 1,6 oC = 11 oC

Qs=5,18.4,08.[(35-24)+11] = 464,95 Kcal/h

Parede exterior – fachada Norte:

Camadas: Filme ar exterior + Reboco externo de 2cm + Tijolo de concreto furado (10cm)
+ Reboco externo de 2cm + Filme ar interior.

U=0,42 Kcal/h.m².°C; Área= 2,76 m².

Paredes exteriores: DT(oC) = 9,4oC + 1,6oC = 11oC

Qs=0,42.2,76.[(35-24)+11] = 25,50 Kcal/h

Parede interna (divisória) sul: Camadas: Filme ar exterior + Reboco externo de 2cm +
Tijolo de concreto furado (10cm) + Reboco externo de 2cm + Filme ar interior.

U=0,86 Kcal/h.m².°C; Área=7,30m².

Parede divisória: DT(oC) = 5,5 oC + 1,6 oC = 7,1 oC

Qs=0,86.7,30.(7,1) = 44,60 Kcal/h

Parede interna (divisória) leste: Camadas: Filme ar exterior + Reboco externo de 2cm +
Tijolo de concreto furado (10cm) + Reboco externo de 2cm + Filme ar interior.

U=0,86 Kcal/h.m².°C; Área=11,10m².

Parede divisória: DT(oC) = 5,5 oC + 1,6 oC = 7,1 oC

Qs=0,86.11,10.(7,1) = 67,77 Kcal/h

Parede interna (divisória) oeste: Camadas: Filme ar exterior + Reboco externo de 2cm +
Tijolo de concreto furado (10cm) + Reboco externo de 2cm + Filme ar interior.

U=0,86 Kcal/h.m².°C; Área=11,10m².

Parede divisória: DT(oC) = 5,5 oC + 1,6 oC = 7,1 oC

Qs=0,86.11,10.(7,1) = 67,77 Kcal/h

Σ Qs = 670,60 kcal/h

50
d)- RH.:

Parede externa norte: Janela de vidros comuns (simples). U=5,18 Kcal/h.m².°C;


Área=4,08 m².

Vidros nas paredes exteriores: DT(oC) = 9,4 oC + 1,6 oC = 11 oC

Qs=5,18.4,08.[(35-24)+11] = 464,95 Kcal/h

Parede exterior – fachada Norte:

Camadas: Filme ar exterior + Reboco externo de 2cm + Tijolo de concreto furado (10cm)
+ Reboco externo de 2cm + Filme ar interior.

U=0,42 Kcal/h.m².°C; Área= 2,76 m².

Paredes exteriores: DT(oC) = 9,4oC + 1,6oC = 11oC

Qs=0,42.2,76.[(35-24)+11] = 25,50 Kcal/h

Parede interna (divisória) sul: Camadas: Filme ar exterior + Reboco externo de 2cm +
Tijolo de concreto furado (10cm) + Reboco externo de 2cm + Filme ar interior.

U=0,86 Kcal/h.m².°C; Área=7,30m².

Parede divisória: DT(oC) = 5,5 oC + 1,6 oC = 7,1 oC

Qs=0,86.7,30.(7,1) = 44,60 Kcal/h

Parede interna (divisória) leste: Camadas: Filme ar exterior + Reboco externo de 2cm +
Tijolo de concreto furado (10cm) + Reboco externo de 2cm + Filme ar interior.

U=0,86 Kcal/h.m².°C; Área=11,10m².

Parede divisória: DT(oC) = 5,5 oC + 1,6 oC = 7,1 oC

Qs=0,86.11,10.(7,1) = 67,77 Kcal/h

Parede interna (divisória) oeste: Camadas: Filme ar exterior + Reboco externo de 2cm +
Tijolo de concreto furado (10cm) + Reboco externo de 2cm + Filme ar interior.

U=0,86 Kcal/h.m².°C; Área=11,10m².

Parede divisória: DT(oC) = 5,5 oC + 1,6 oC = 7,1 oC

Qs=0,86.11,10.(7,1) = 67,77 Kcal/h

Σ Qs = 670,60 kcal/h

51
e)- Reuniões:

Parede externa norte: Janela de vidros comuns (simples). U=5,18 Kcal/h.m².°C;


Área=4,21 m².

Vidros nas paredes exteriores: DT(oC) = 9,4 oC + 1,6 oC = 11 oC

Qs=5,18.4,21.[(35-24)+11] = 480,00 Kcal/h

Parede exterior – fachada Norte:

Camadas: Filme ar exterior + Reboco externo de 2cm + Tijolo de concreto furado (10cm)
+ Reboco externo de 2cm + Filme ar interior.

U=0,42 Kcal/h.m².°C; Área= 2,85 m².

Paredes exteriores: DT(oC) = 9,4oC + 1,6oC = 11oC

Qs=0,42.2,85.[(35-24)+11] = 26,33 Kcal/h

Parede interna (divisória) sul: Camadas: Filme ar exterior + Reboco externo de 2cm +
Tijolo de concreto furado (10cm) + Reboco externo de 2cm + Filme ar interior.

U=0,86 Kcal/h.m².°C; Área=7,30m².

Parede divisória: DT(oC) = 5,5 oC + 1,6 oC = 7,1 oC

Qs=0,86.7,30.(7,1) = 44,60 Kcal/h

Parede interna (divisória) leste: Camadas: Filme ar exterior + Reboco externo de 2cm +
Tijolo de concreto furado (10cm) + Reboco externo de 2cm + Filme ar interior.

U=0,86 Kcal/h.m².°C; Área=11,10m².

Parede divisória: DT(oC) = 5,5 oC + 1,6 oC = 7,1 oC

Qs=0,86.11,10.(7,1) = 67,77 Kcal/h

Parede interna (divisória) oeste: Camadas: Filme ar exterior + Reboco externo de 2cm +
Tijolo de concreto furado (10cm) + Reboco externo de 2cm + Filme ar interior.

U=0,86 Kcal/h.m².°C; Área=11,10m².

Parede divisória: DT(oC) = 5,5 oC + 1,6 oC = 7,1 oC

Qs=0,86.11,10.(7,1) = 67,77 Kcal/h

Σ Qs = 686,50 kcal/h

52
f)- Setor Informática:

Parede externa norte: Janela de vidros comuns (simples). U=5,18 Kcal/h.m².°C;


Área=8,50m².

Vidros nas paredes exteriores: DT(oC) = 9,4 oC + 1,6 oC = 11 oC

Qs=5,18.8,50.[(35-24)+11] = 968,70 Kcal/h

Parede exterior – fachada Norte:

Camadas: Filme ar exterior + Reboco externo de 2cm + Tijolo de concreto furado (10cm)
+ Reboco externo de 2cm + Filme ar interior.

U=0,42 Kcal/h.m².°C; Área= 5,76 m².

Paredes exteriores: DT(oC) = 9,4oC + 1,6oC = 11oC

Qs=0,42.5,76.[(35-24)+11] = 53,22 Kcal/h

Parede interna (divisória) sul: Camadas: Filme ar exterior + Reboco externo de 2cm +
Tijolo de concreto furado (10cm) + Reboco externo de 2cm + Filme ar interior.

U=0,86 Kcal/h.m².°C; Área=15,16m².

Parede divisória: DT(oC) = 5,5 oC + 1,6 oC = 7,1 oC

Qs=0,86.15,16.(7,1) = 92,57 Kcal/h

Parede interna (divisória) leste: Camadas: Filme ar exterior + Reboco externo de 2cm +
Tijolo de concreto furado (10cm) + Reboco externo de 2cm + Filme ar interior.

U=0,86 Kcal/h.m².°C; Área=11,10m².

Parede divisória: DT(oC) = 5,5 oC + 1,6 oC = 7,1 oC

Qs=0,86.11,10.(7,1) = 67,77 Kcal/h

Parede interna (divisória) oeste: Camadas: Filme ar exterior + Reboco externo de 2cm +
Tijolo de concreto furado (10cm) + Reboco externo de 2cm + Filme ar interior.

U=0,86 Kcal/h.m².°C; Área=11,10m².

Parede divisória: DT(oC) = 5,5 oC + 1,6 oC = 7,1 oC

Qs=0,86.11,10.(7,1) = 67,77 Kcal/h

Σ Qs = 1.250,00 kcal/h
53
2- Insolação:
Equação utilizada: Qs=Área.(Fator Solar).(Coeficiente de redução)

O fator solar (FS) foi escolhido para o dia 21 de janeiro às 15 horas. Ele foi escolhido
levando-se em consideração a época do ano (Verão) e um horário provável de permanência
nos ambientes.

a)- Setor Marketing:

Janela externa de vidro, voltada para sul. Área=12,76 m²; FS=41 Kcal/h.m². Para
esquadrias metálicas multiplica-se por 1,15.

Qs=12,76.41.1,15 = 601,63 Kcal/h

b)- Setor Vendas:

Janela externa de vidro, voltada para sul. Área=12,76 m²; FS=41 Kcal/h.m². Para
esquadrias metálicas multiplica-se por 1,15.

Qs=12,76.41.1,15 = 601,63 Kcal/h

c)- ADM.:

Janela externa de vidro, voltada para norte. Área=4,08 m²; FS=38 Kcal/h.m². Para
esquadrias metálicas multiplica-se por 1,15.

Qs=4,08.38.1,15 = 178,30 Kcal/h

d)- RH.:

Janela externa de vidro, voltada para norte. Área= 4,08 m²; FS=38 Kcal/h.m². Para
esquadrias metálicas multiplica-se por 1,15.

Qs=4,08.38.1,15 = 178,30 Kcal/h

e)- Reuniões:

Janela externa de vidro, voltada para norte. Área= 4,21 m²; FS=38 Kcal/h.m². Para
esquadrias metálicas multiplica-se por 1,15.

54
Qs=4,21.38.1,15 = 184,00 Kcal/h

f)- Setor Informática:

Janela externa de vidro, voltada para norte. Área= 8,50 m²; FS=38 Kcal/h.m². Para
esquadrias metálicas multiplica-se por 1,15.

Qs=8,50.38.1,15 = 371,45 Kcal/h

3- Equipamentos e Iluminação
Equações utilizadas:

Qs = (Quantidade de equipamentos).Potência.Fator

Qs = devido à iluminação = (Área do piso).Potência.Fator

a)- Setor Marketing:

Iluminação: Potência dissipada = 16 W/m²;

Área do piso = 31,20 m²;

Qs=31,20.16 = 499,20 W = 430,34 Kcal/h

Equipamentos: 4 computadores; 4 monitores e 1 impressora.

Qs= (55.4) + (55.4) + (160.1) = 600 W= 517,24 Kcal/h

b)- Setor Vendas:

Iluminação: Potência dissipada = 16 W/m²;

Área do piso = 31,20 m²;

Qs=31,20.16 = 499,20 W = 430,34 Kcal/h

Equipamentos: 4 computadores; 4 monitores e 1 impressora.

Qs= (55.4) + (55.4) + (160.1) = 600 W= 517,24 Kcal/h

c)- ADM.:

Iluminação: Potência dissipada = 16 W/m²;

Área do piso = 9,82 m²;

55
Qs=9,82.16 = 157,12 W = 135,45 Kcal/h

Equipamentos: 2 computadores; 2 monitores e 1 impressora.

Qs= (55.2) + (55.2) + (160.1) = 380 W= 327,58 Kcal/h

d)- RH.:

Iluminação: Potência dissipada = 16 W/m²;

Área do piso = 9,82 m²;

Qs=9,82.16 = 157,12 W = 135,45 Kcal/h

Equipamentos: 2 computadores; 2 monitores e 1 impressora.

Qs= (55.2) + (55.2) + (160.1) = 380 W= 327,58 Kcal/h

d)- Reuniões:

Iluminação: Potência dissipada = 16 W/m²;

Área do piso = 9,82 m²;

Qs=9,82.16 = 157,12 W = 135,45 Kcal/h

e)- Setor Informática:

Iluminação: Potência dissipada = 16 W/m²;

Área do piso = 19,96 m²;

Qs=19,96.16 = 319,36 W = 275,30 Kcal/h

Equipamentos: 3 computadores; 3 monitores e 1 impressora.

Qs= (55.3) + (55.3) + (160.1) = 490 W= 422,40 Kcal/h

4 - Pessoas
Equações utilizadas:

Qs=(número de pessoas).Fator

Ql=(número de pessoas).Fator

Obs.: Pode-se considerar que as pessoas no escritório estão sentadas ou em movimento


lento ; O calor sensível por pessoa = 66 Kcal/h e Calor latente por pessoa = 34 Kcal/h
(Creder, 1996).
56
a)- Setor Marketing:

Pessoas = 4

Qs=4.66= 264,00 Kcal/h

Ql=4.34= 136,00 Kcal/h

b)- Setor Vendas:

Pessoas = 4

Qs=4.66= 264,00 Kcal/h

Ql=4.34= 136,00 Kcal/h

c)- ADM.:

Pessoas = 2

Qs=2.66= 132,00 Kcal/h

Ql=2.34= 68,00 Kcal/h

d)- RH.:

Pessoas = 2

Qs=2.66= 132,00 Kcal/h

Ql=2.34= 68,00 Kcal/h

e)- Reuniões:

Pessoas = 4

Qs=4.66= 264,00 Kcal/h

Ql=4.34= 136,00 Kcal/h

f)- Setor Informática:

Pessoas = 3

Qs=3.66= 198,00 Kcal/h

Ql=3.34= 102,00 Kcal/h

57
5 – Infiltração - Calor sensível e latente
Equações utilizadas:

Calor sensível: Qs= 0,29.V.(Te-Ti)

Calor latente= Ql= 583.V.g.(Ue1-Ue2)

V=Vazão [m³/h]; Ue1= Umidade específica do ar exterior=0,0214 Kg/kg; Ue2=Umidade


específica do ar interior=0,0098 kg/kg; g=Peso específico do ar=1,2 Kg/m³

a)- Setor Marketing:

Ar pelas frestas:

• 1 janela c/ caixilho metálico com vedação (9,00 metros lineares) = 1,8 m³/h

• 1 porta bem ajustada (5,60 metros lineares) = 6,5 m³/h

Vazão = (9,00.1,8) + (5,6.6,5) = 52,60 m³/h

Ar pelas portas:

• Valor considerado: 7 m³/h por pessoa presente no recinto condicionado.

• Considerado 4 pessoas no resinto.

Vazão = 4.7 = 28 m³/h

Vazão Total = (52,601+ 28) = 80,60 m³/h

Qs=0,29.80,60.(35-24)= 257,11 Kcal/h

Ql=583.80,60.1,2(0,0214-0,0098)= 654,10 Kcal/h

b)- Setor Vendas:

Ar pelas frestas:

• 1 janela c/ caixilho metálico com vedação (9,00 metros lineares) = 1,8 m³/h

• 1 porta bem ajustada (5,60 metros lineares) = 6,5 m³/h

Vazão = (9,00.1,8) + (5,6.6,5) = 52,60 m³/h

Ar pelas portas:

• Valor considerado: 7 m³/h por pessoa presente no recinto condicionado.

• Considerado 4 pessoas no resinto.


58
Vazão = 4.7 = 28,00 m³/h

Vazão Total = (52,60+ 28,00) = 80,60 m³/h

Qs=0,29.80,60.(35-24)= 257,11 Kcal/h

Ql=583.80,60.1,2(0,0214-0,0098)= 654,10 Kcal/h

c)- ADM.:

Ar pelas frestas:

• 1 janela c/ caixilho metálico com vedação (4,14 metros lineares) = 1,8 m³/h

• 1 porta bem ajustada (5,60 metros lineares) = 6,5 m³/h

Vazão = (4,14.1,8) + (5,6.6,5) = 43,85 m³/h

Ar pelas portas:

• Valor considerado: 7 m³/h por pessoa presente no recinto condicionado.

• Considerado 2 pessoas no resinto.

Vazão = 2.7 = 14,00 m³/h

Vazão Total = (43,85+ 14,00) = 57,85 m³/h

Qs=0,29.57,85.(35-24)= 185,54 Kcal/h

Ql=583.57,85.1,2(0,0214-0,0098)= 469,47 Kcal/h

d)- RH.:

Ar pelas frestas:

• 1 janela c/ caixilho metálico com vedação (4,14 metros lineares) = 1,8 m³/h

• 1 porta bem ajustada (5,60 metros lineares) = 6,5 m³/h

Vazão = (4,14.1,8) + (5,6.6,5) = 43,85 m³/h

Ar pelas portas:

• Valor considerado: 7 m³/h por pessoa presente no recinto condicionado.

• Considerado 2 pessoas no resinto.

Vazão = 2.7 = 14,00 m³/h

Vazão Total = (43,85+ 14,00) = 57,85 m³/h


59
Qs=0,29.57,85.(35-24)= 185,54 Kcal/h

Ql=583.57,85.1,2(0,0214-0,0098)= 469,47 Kcal/h

e)- Reuniões:

Ar pelas frestas:

• 1 janela c/ caixilho metálico com vedação (4,30 metros lineares) = 1,8 m³/h

• 1 porta bem ajustada (5,60 metros lineares) = 6,5 m³/h

Vazão = (4,30.1,8) + (5,8.6,5) = 45,44 m³/h

Ar pelas portas:

• Valor considerado: 7 m³/h por pessoa presente no recinto condicionado.

• Considerado 4 pessoas no resinto.

Vazão = 4.7 = 28,00 m³/h

Vazão Total = (45,44+28,00) = 73,44 m³/h

Qs=0,29.73,44.(35-24)= 234,27 Kcal/h

Ql=583.73,44.1,2(0,0214-0,0098)= 596,00 Kcal/h

f)- Setor Informática:

Ar pelas frestas:

• 1 janela c/ caixilho metálico com vedação (7,14 metros lineares) = 1,8 m³/h

• 1 porta bem ajustada (5,60 metros lineares) = 6,5 m³/h

Vazão = (7,14.1,8) + (5,6.6,5) = 49,25 m³/h

Ar pelas portas:

• Valor considerado: 7 m³/h por pessoa presente no recinto condicionado.

• Considerado 3 pessoas no resinto.

Vazão = 3.7 = 21,00 m³/h

Vazão Total = (49,25 + 21,00) = 70,25 m³/h

60
Qs=0,29.70,25.(35-24)= 224,10 Kcal/h

Ql=583.70,25.1,2(0,0214-0,0098)= 570,10 Kcal/h

6 –Ventilação - Calor sensível e latente


Equações utilizadas:

Calor sensível: Qs=0,29.V.(Te-Ti)

Calor latente= Ql=583.V.g.(Ue1-Ue2)

V=Vazão [m³/h]; Ue1= Umidade específica do ar exterior=0,0214 Kg/kg; Ue2=Umidade


específica do ar interior=0,0098 kg/kg; g=Peso específica do ar=1,2 Kg/m³

a) Setor Marketing:

Ar exterior para ventilação = 17 m³/h por pessoa; 4 pessoas no ambiente

V= 4.17= 68,00 m³/h

Qs= 0,29.68.(35-24)= 216,92 Kcal/h

Ql= 583.68.1,2.( 0,0214-0,0098)= 551,84 Kcal/h

b) Setor Vendas:

Ar exterior para ventilação = 17 m³/h por pessoa; 4 pessoas no ambiente

V= 4.17= 68,00 m³/h

Qs= 0,29.68.(35-24)= 216,92 Kcal/h

Ql= 583.68.1,2.( 0,0214-0,0098)= 551,84 Kcal/h

c) ADM.:

Ar exterior para ventilação = 17 m³/h por pessoa; 2 pessoas no ambiente

V= 2.17= 34,00 m³/h

Qs= 0,29.34.(35-24)= 108,46 Kcal/h

Ql= 583.34.1,2.( 0,0214-0,0098)= 275,92 Kcal/h

61
d) RH.:

Ar exterior para ventilação = 17 m³/h por pessoa; 2 pessoas no ambiente

V= 2.17= 34,00 m³/h

Qs= 0,29.34.(35-24)= 108,46 Kcal/h

Ql= 583.34.1,2.( 0,0214-0,0098)= 275,92 Kcal/h

e) Reuniões:

Ar exterior para ventilação = 17 m³/h por pessoa; 4 pessoas no ambiente

V= 4.17= 68,00 m³/h

Qs= 0,29.68.(35-24)= 216,92 Kcal/h

Ql= 583.68.1,2.( 0,0214-0,0098)= 551,84 Kcal/h

f) Setor Informática:

Ar exterior para ventilação = 17 m³/h por pessoa; 3 pessoas no ambiente

V= 3.17= 51,00 m³/h

Qs= 0,29.51.(35-24)= 162,70 Kcal/h

Ql= 583.51.1,2.( 0,0214-0,0098)= 413,88 Kcal/h

7 - Carga Térmica Total por Recinto

a) Setor Marketing:

Calor sensível [Kcal/h]

Condução Insolação Equipamentos + Pessoas Infiltração Ventilação


Iluminação

1850,60 601,63 947,58 264,00 257,11 216,92

62
Calor latente[Kcal/h]

Pessoas Infiltração Ventilação

136,00 654,10 551,84

Qs= 4.137,84 Kcal/h

Ql= 1.341,94 Kcal/h

Qtotal= 5.479,78 Kcal/h = 21.745,16 Btu/h

b) Setor Vendas:

Calor sensível [Kcal/h]

Condução Insolação Equipamentos + Pessoas Infiltração Ventilação


Iluminação

1814,53 601,63 947,58 264,00 257,11 216,92

Calor latente[Kcal/h]

Pessoas Infiltração Ventilação

136,00 654,10 551,84

Qs= 4.101,77 Kcal/h

Ql= 1.341,94 Kcal/h

Qtotal= 5.443,71 Kcal/h = 21.602,00 Btu/h

63
c) ADM.:

Calor sensível [Kcal/h]

Condução Insolação Equipamentos + Pessoas Infiltração Ventilação


Iluminação

670,60 178,30 463,03 132,00 185,54 108,46

Calor latente[Kcal/h]

Pessoas Infiltração Ventilação

68,00 469,47 275,92

Qs= 1.737,93Kcal/h

Ql= 813,40 Kcal/h

Qtotal= 2.551,32 Kcal/h = 10.124,30 Btu/h

d) RH.:

Calor sensível [Kcal/h]

Condução Insolação Equipamentos + Pessoas Infiltração Ventilação


Iluminação

670,60 178,30 463,03 132,00 185,54 108,46

Calor latente[Kcal/h]

Pessoas Infiltração Ventilação

68,00 469,47 275,92

Qs= 1.737,93Kcal/h

Ql= 813,40 Kcal/h

Qtotal= 2.551,32 Kcal/h = 10.124,30 Btu/h

64
e) Reuniões:

Calor sensível [Kcal/h]

Condução Insolação Equipamentos + Pessoas Infiltração Ventilação


Iluminação

686,50 184,00 135,45 264,00 234,27 216,92

Calor latente[Kcal/h]

Pessoas Infiltração Ventilação

136,00 596,00 551,84

Qs= 1.721,14 Kcal/h

Ql= 1.283,84 Kcal/h

Qtotal= 3.004,98 Kcal/h = 11.924,52 Btu/h

f) Setor Informática:

Calor sensível [Kcal/h]

Condução Insolação Equipamentos + Pessoas Infiltração Ventilação


Iluminação

1250,00 371,45 697,70 198,00 224,10 162,70

Calor latente[Kcal/h]

Pessoas Infiltração Ventilação

102,00 570,10 413,88

Qs= 2.903,95 Kcal/h

Ql= 1.085,98 Kcal/h

Qtotal= 3.989,93 Kcal/h = 15.833,05 Btu/h

65

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