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ESCOLA DE ENGENHARIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA
TÓPICOS
EM
UTILIDADES
Melhor ainda para os alunos, futuros engenheiros e os profissionais da área, que agora
poderão contar com um livro atual e definitivo em ar comprimido, bombeamento de
fluidos, caldeiras, resfriamento de água, tubulações industriais, ventilação industrial e
sistemas de vácuo, todas áreas típicas de atuação de um engenheiro mecânico que
poderão, em última instância, dar uma efetiva contribuição profissional e técnica para o
desenvolvimento do Brasil, colocando nosso país em destaque entre as nações que
almejam um crescimento sustentável e duradouro. Esta é de fato, a grande contribuição
do Prof. José Flávio Marques Fonseca.
Parabenizo este professor, que encarna todas as qualidades que um grande mestre
possui: honradez, dignidade, humildade, exemplo de conduta ilibada e possuidor de
conhecimento técnico altamente especializado. Este livro demonstra claramente tudo o
que aqui foi dito.
Isto me motivou elaborar este livro como um primeiro passo para tê-los em um só
compêndio permitindo aos alunos do Departamento de Engenharia Mecânica da UFMG e
aos colegas profissionais que lidam na área uma dinâmica melhor na obtenção desses
referenciais.
O Autor
Engenheiro Mecânico
Professor da UFMG
AR COMPRIMIDO
Painel Pneumático
1.1 CONSIDERAÇÕES
3
1.2 COMPRESSORES
Classificação de Compressores
4
Compressão Adiabática do Ar
Os compressores realizam a compressão do ar de forma rápida tal que possa ser considerada
aproximadamente adiabática. O sistema de refrigeração do compressor faz com que a curva de
compressão fique um pouco abaixo da curva de compressão adiabática, mas por outro lado, o
aumento da pressão necessária para forçar o ar através das válvulas, faz com que o trabalho
realizado na compressão e na descarga do ar seja muito próximo daquele calculado, quando se
assume ser a compressão adiabática.
O diagrama abaixo corresponde à compressão adiabática em um compressor de um estágio.
1,4
A área (ABV2V1A) sob a curva PV = K corresponde ao trabalho de compressão. A área BCOV2B
corresponde ao trabalho de descarga do ar e ao produto P2V2.
1,4 −1
P 0,285
1,4
P2 1,4
Pm =
1,4 - 1
× P1 ×
P1
− 1 = 3,5 × P1 × 2
[
− 1 = 3,5 × P1 × r
0,285
]
−1 ,
P1
que é a equação da pressão média do ar em um compressor de um estágio. A potência de
compressão é expressa por: Pm = 3,5 x P1 x [r0,285 - 1] x Q, em kgf x m/s (equação 4 a)
onde:
5
A condição ótima para se obter o consumo mínimo de energia de compressão consiste em dividir
o “Trabalho de Compressão” igualmente entre os vários estágios e procurar obter um
resfriamento até a temperatura inicial do estágio anterior.
O diagrama usado para indicar uma compressão adiabática em dois estágios combinado a um
resfriamento intermediário perfeito “inter cooling” tem a forma indicada na figura abaixo:
2 × 1,4 1,4−1
Pm = × P1 × r 2 × 1,4 − 1 x Q ou 7 × P1 × ( r 0,143 − 1) x Q em kgf x m/s (equação 4 b)
1,4 - 1
3 × 1,4 1,4−1
Pm = × P1 × r 3 ×1,4 − 1 x Q ou 10,5 × P1 × ( r 0,0952 − 1) x Q em kgf x m/s (equação 4 c)
1,4 - 1
4 × 1,4 1,4−1
Pm =
1,4 - 1 1
( )
× P × r 4 ×1,4 − 1 x Q ou 14 × P1 × r 0,0714 − 1 x Q em kgf x m/s (equação 4 d)
6
1.3 POTÊNCIA DE COMPRESSORES
Compressores Alternativos
Considerando:
3
vazão do ar comprimido: 0,00833 m / s
pressão barométrica local: 1,00 kgf / cm2
pressão do ar comprimido: 7,00 kgf / cm2 manométrica ou 8,0 kgf/cm2 absoluta
razão de compressão P2/P1: 8,0
Solução:
Notas:
2 - O índice 104 está aplicado para transformar a pressão expressa em kgf/cm2 para kgf/m2.
Compressores Rotativos
A potência dos compressores rotativos poderá ser estimada considerando-se que, para se
comprimir 1,0 m3/min de ar atmosférico até a pressão de 7,0 bar serão necessários 7,46 kw.
Custo Operacional
Na hipótese do compressor recalcar 15 m3/min a 7,0 bar operarando 24 horas durante 30 dias e
supondo o custo do kWh equivalente a R$ 0,12, ter-se-á:
7
1.4 RESFRIAMENTO DE COMPRESSORES
Considerando:
3
vazão de ar comprimido: 10,65 m / min
temperatura do ar comprimido quente (t q a r ): 70ºC
temperatura do ar livre frio (t f a r ): 35ºC
temperatura de entrada da água no after cooler (t f á g u a ): 25ºC
temperatura de saída da água do after cooler (t q á g u a ): 30ºC
Solução:
. .
m ar x cp ar x ∆tar = m água x cp água x ∆tágua
. .
10,65 x 1,0877 x 1, 040 x ( 70 – 35 ) = m água x 4,179 x ( 30 – 25) ⇒ m água = 20,1 kg/min.
Para se obter a masa de vapor de água condensada no processo de compressão, calcula-se a massa
de vapor no ar nas condições de admissão e a massa de vapor no ar nas condições de descarga. A
diferença entre a massa de vapor no ar de admissão e a massa de vapor no ar nas condições da
descarga, será a massa de vapor de água condensada.
8
Procedimento para o cálculo do condensado
m& ar = Pa x V / Ra xT ⇒ m
& ar = Pa x Po x Vo / Ra x To x P em kg/h, (equação 5)
onde:
Pa pressão parcial do ar seco
Po pressão barométrica normal
Vo vazão normal aspirada
Ra constante do ar
T temperatura local do ar em K
To temperatura normal em K
P pressão barométrica local. Aplicando a expressão, teremos:
4
0,9276 × 1, 033 × 70 × 10
m
& ar = = 87,42 kgar/h. O índice 104 corrige a pressão para kgf/m2.
29,27 × 273 × 0,960
Cálculo da Massa de Água Aspirada pelo Compressor m
& água = 0,0217 × 87,42 = 1,89 kgágua / h
2
Após a compressão, o ar está saturado a 50°C e 8,5 kgf / cm . Nessas condições, teremos:
2
Pg = Pv = 0,12578 kgf / cm
2 2
Pt: 8,5 + 0,960 kgf / cm = 9,46 kgf / cm .
2
Pa: 9,46 - 0,12578 = 9,3342 kgf / cm .
W: 0,622 x ( 0,1258 / 9,3342 ) = 0,0084 kgágua / kgar seco
Serão condensados: 0,0217 - 0,0084= 0,0133 kgágua / kgar seco
Cálculo da Massa de Água Condensada
87,42 x 0,0133 = 1,162 kgágua / h ou 1,89 – ( 0,0084 x 87,42 ) = 1,16 kgágua / h
Cálculo da vazão de ar corrigida
9
1.5.1 Dispositivos de Drenagem de Condensado.
Purgador de Bóia
Descrição Funcional
Separadores de Umidade
Legenda:
1- separador de umidade
2- válvula de esfera
3- filtro Y
4- purgador
10
1.6 SECADORES DE AR
01 - compressor frigorífico
02 - separador de óleo
03 – condensador
04 - tanque de líquido
05 - válvula.solenóide
06 - válvula de expansão termostática
07 - trocador ar / refrigerante
08 - trocador ar / ar
09 - purgador
10 - descarga de condensado
11 - manômetro de alta pressão
12 - pressostato diferencial
13 - manômetro de baixa pressão
14 - termômetro
15 - termostato
11
Seleção e especificação de secadores frigoríficos
A seleção se faz encontrando um valor de vazão expresso em normais metros cúbicos por hora
com o qual será especificado o modelo do fabricante escolhido.
Exemplificaremos para o caso da Dominick Hunter, considerando as condições:
3
Ar comprimido úmido Vazão de ar úmido 4700 Nm /h
2
Pressão do ar úmido 8,0 kgf/cm g
Temperatura do ar úmido 35°C
Ar livre Umidade relativa 60%
Temperatura de bulbo úmido 22°C
Temperatura de bulbo seco 28°C
Para as condições citadas e aplicando os fatores de correção, será especificado o modelo 1150,
da Dominick Hunter com 12 HP e ∆P = 0,71 bar, conforme tabela abaixo:
Modelo 005 009 012 021 035 045 060 080 115 140 190 260 380 470 570 750 1150
3
Capacidade m /h 20 30 40 75 125 160 215 290 410 500 680 950 1370 1700 2000 2740 4150
∆P bar 0,11 0.11 0.11 0.11 0.21 0.20 0.21 0.21 0.21 0.21 0.21 0.21 0.21 0.21 0.21 0.21 0.21
Potência HP 0.17 0.50 0.50 0.75 0.75 0.75 1.00 1.00 1.50 2.50 2.50 2.50 5.00 6.00 6.00 10.00 12.00
3 3
Isto porque C = 0,97 x 0,96 x 0,92 x 4700 = 4026 Nm / h, sugerindo a vazão de 4150 Nm /h.
A massa de água condensada nesse secador, admitindo o fluxo de ar comprimido nas condições
citadas no exemplo da página 9, será calulada como a seguir:
2
Considerando o ar saturado a +2°C e 8,5 kgf / cm , teremos:
2
Pg = Pv= 0,007193 kgf / cm
2 2
Pt: 8,5 + 0,960 kgf / cm = 9,46 kgf/cm
2
Pa: 9,3342 - 0,007193= 9,3270 kgf / cm .
W: 0,622 x ( 0,007193 / 9,3270 )= 0,0004768 kgágua / kgar seco
serão condensados: 0,0084 - 0,0004768= 0,007983 kgágua / kgar seco
12
1.6.2 Secadores de Ar por Adsorção
Normalmente é constituído por duas colunas de secagem uma em stand-by, filtros para retenção
de partículas e óleo e um aquecedor de ar, como indicado no fluxograma, figura 3 abaixo:
Legenda:
FE filtro de entrada
Figura 3 – Secadores por Adsorção CS coluna de secagem
FS filtro de saída
AQ aquecedor elétrico
P purgador automático
TI indicador de temperatura
PI indicador de pressão
TSH controlador de temperatura
Descrição funcional:
Secagem e purificação do ar
13
Arranjos construtivos
1 - Sem aquecedor
Utiliza apenas o calor gerado na adsorção, processo exotérmico, para aquecer e regenerar o
material adsorvedor do leito saturado. Esse processo promove consumo elevado do próprio ar
comprimido, cerca de 15%.
É similar ao sem aquecedor, mas possui uma bomba de vácuo que reduz a contra-pressão
exercida pela atmosfera, neutralizando as forças de atração / adesão do material adsorvedor.
Assim, é possível reduzir até 2% do consumo de ar comprimido para a regeneração, porém
demanda um adicional de energia elétrica para geração do vácuo.
Possui resistência interna elétrica ou a vapor que aquece o leito saturado até a temperatura de
regeneração, quando um pequeno fluxo de ar encarrega-se da purga. Se a resistência for usada
apenas para aquecer o ar de regeneração, haverá a necessidade de maior consumo de ar, cerca
de 8%.
O fluxo de ar de regeneração é aquecido por resistência externa aos leitos. Nesse caso ocorrem
perdas significativas de calor para o meio-ambiente, e consumo de até 8% de ar de regeneração.
5 - Com soprador
É similar ao tipo “com aquecimento externo”, mas possui um soprador que capta o ar ambiente,
aquecendo-o e direcionando-o para o leito a ser regenerado.
Dessa forma o consumo de ar comprimido para fins de regeneração é eliminado.
1.7 RESERVATÓRIOS DE AR
14
Dimensional dos reservatórios de ar comprimido pré fabricados
15
Dimensionamento volumétrico de reservatórios de ar comprimido
Pode ser feito por dois critérios, em função da vazão (Q) aspirada pelo compressor.
Primeiro: sugerido para reservatórios destinados à regularização da intermitência do fluxo
descarregado pelo compressor: V = 5 × Q , em m3 (equação 6 a)
3
onde: Q - vazão aspirada em m /min.
temperatura: 20 °C
3
consumo por ciclo: 5,41 Nm / ciclo
2
pressão máxima operacional: 9,0 kgf / cm g
2
pressão mínima operacional: 7,0 kgf / cm g
número de ciclos requerido: 2
Sequencia de cálculo
Este valor é maior que o mínimo operacional com o que se conclui ser o volume arbitrado
suficiente para um ciclo.
o
Repete-se a mesma seqüência para verificar o atendimento ao 2 ciclo.
3
-Volume residual após 2° ciclo: 67,62 - 5,41 = 62,21 Nm .
16
1.8 TRATAMENTO DE AR COMPRIMIDO
A qualidade do ar comprimido é definida pela norma ISO 8573 nas classes: 1.1.1, 1.2.1, 1.4.1,
1.7.1, 2.1.1, 2.2.1. A qualidade de cada classe e os componentes necessários estão indicados no
esquema abaixo.
1 - Recomendado para uso geral, proteção localizada de válvulas, cilindros, sopragem, pintura,
ferramentas pneumáticas, automação e jateamento.
3 - Recomendado para garantir a eliminação de odores e menor teor residual de óleo. É sugerido
nas indústrias alimentícias, químicas e farmacêuticas.
17
1.9 FILTROS DE AR
Os filtros convencionais trabalham com telas de nylon ou bronze sinterizado, semelhantes a uma
peneira, sendo sucetíveis aos seguintes problemas:
- rápida obstrução;
- granulometria de 5, 10, 25, 50 e 100 mícrons;
- impossibilidade de retenção de partículas menores que a malha;
- ineficiente para eliminação de condensado e aerossóis de água e óleo.
Invólucro
Elemento filtrante
18
Capacidade de filtragem
Capacidade a 7 Elemento
Carcaça Conexões Dimensões em mm Peso
Kgf /cm2 Filtrante
tamanho rosca BSP Kg Qte
Nm3 / h SCFM A B C D Tipo
.
0009 90 54 3/8” 275 Ø 70 180 150 1,5 03/10 1
0012 120 72 ½” 335 Ø80 235 200 1,6 04/20 1
0027 270 162 1” 415 Ø105 295 255 2,2 05/25 1
0048 480 288 1 ½” 580 Ø150 405 345 5 07/30 1
0072 720 432 2” 580 Ø150 405 345 6 10/30 1
0108 1080 648 2” 1016 Ø200 901 450 28 15/30 1
0144 1440 864 2 ½” 1016 Ø200 901 580 33 20/30 1
0192 1920 1152 3” 1316 Ø200 1191 850 40 30/30 1
0288 2880 1728 3” 1351 Ø260 1206 850 54 30/50 1
Notas:
- filtros tamanhos 0009 – 0072 carcaça em alumínio contendo purgador automático tipo bóia e
manômetro diferencial;
- filtros tamanhos 0108 – 0288 carcaça em aço carbono contendo purgador automático tipo
termodinâmico e manômetro diferencial;
- disponíveis para pressões até 16 bar e temperatura até 70ºC.
Filtros esterilizantes
Notas:
- carcaça: totalmente em aço inox;
- disponível para pressões até 16 bar.
19
1.10 PROJETO
Generalidades
Para um bom projeto de sistema de distribuição, o traçado das redes deverá obedecer o
planejamento mostrado a seguir:
Simbologia
20
21
Fluxograma de engenharia
Centrais de Geração
22
Fluxograma de engenharia
Sistema usuário
23
Arranjo sugerido para Casa de Máquinas
24
Isométrico geral referente ao fluxograma de engenharia do sistema usuário, página 23.
25
Spools de fabricação
26
Componentes das Redes de Distribuição
Válvula Gaveta indicada para condições operacionais ON-OFF. Não tem restrição diametral.
Permite uma passagem do fluxo totalmente livre.
Válvula Direcional de Duas Vias: indicada para acionamento de cilindros pneumáticos. Possui duas
posições, permitindo ou não a passagem de ar.
Válvula Direcional de Três Vias: indicada para acionamento de cilindros pneumáticos. Possui uma
entrada de ar, uma saída e um escape para a atmosfera.
Estas válvulas direcionais para serem acionadas requerem um atuador mecânico, elétrico ou
pneumático.
Lubrificadores: previstos para ajustar a vazão de óleo lubrificante conforme requerido pelo
equipamento a ser lubrificado, possibilitando ainda suspender momentaneamente o fluxo
lubrificante para recarga de óleo, sem interrupção do fluxo de ar.
Cilindros: podem ser de simples ação quando a força desenvolvida for apenas em uma direção.
Quando esta for desenvolvida tanto no avanço como no retorno do cilindro este é dito de dupla
ação. Podem ser de eixo simples ou passante com ou sem regulagem de curso e com ou sem
tubo de parada, ver página 29.
Filtros: previstos para processar a separação das impurezas pela ação de força centrífuga,
partículas maiores e pela passagem do ar em um elemento filtrante. Podem ainda ser usados
para remoção de óleo, vapores ou odores de hidrocarbonetos do ar comprimido, ver página 18.
Mangueiras: podem ser de dois tipos: borracha sintética com reforço de trançado têxtil e
cobertura de borracha sintética ou borracha sintética com trançado interno de fio têxtil, reforço
com trançado de aço e cobertura têxtil impregnado com borracha sintética. Em ambos os casos
os terminais das mangueiras poderão ser fixos ou giratórios, reusáveis ou não.
27
Especificação de materiais dos componentes das redes de ar comprimido
CLASSE: 150 AQUECIMENTO: NÃO PRESSÃO (MPA): 1.05 CORROSÃO: 1.27mm ISOLAMENTO:NÃO
DIÂMETRO NOMINAL - mm
ITEM CARACTERÍSTICA
15 a 50 65 a 250 300 a 600 650 a 1200 > 1200
DIMENSIONAL NBR 5587
ESPESSURA CLASSE R CLASSE N
ACABAMENTO PRETO OU GALV.
TUBO MATERIAL NBR 5590 GR A ou B
EXTREMIDADES PLANA BISELADA
FABRICAÇÃO COM COSTURA
DIMENSIONAL NBR 6943 ABNT PB 157
ESPESSURA CLASSE 10 IGUAL A DO TUBO
CONEXÕES ACABAMENTO PRETO
MATERIAL NBR 6590 ASTM A 234 WPB NBR 5590 (1)
EXTREMIDADES ROSCA NBR 6414 BISELADA
DIMENSIONAL ANSI B 16.5 (2)
CLASSE CL 150
FLANGE
TIPO/FACE SOBREPOSTO – COM RESSALTO
MATERIAL ASTM A 105 GR B
CORPO NBR 6314 ASTM A 216 GR WCB
INTERNOS AÇO INOX
GERAL
ROSCA NBR
EXTREMIDADES FLANGE ANSI B 16.5
6414
CLASSE PN 16 CL 150
CASTELO CPPU PARAFUSADO AO CORPO
V
G HASTE HARI HARE
B A DIMENSIONAL NBR 8465 ABNT EB 141 / I
V L
Á O TIPO DE CORPO TRIPARTIDO BIPARTIDO
Q V
L
U E DIMENSIONAL NBR 10284 ABNT EB 141 / II
V
E S
U VEDAÇÃO PTFE
L I
A O V DIMENSIONAL -
B -
L VEDAÇÃO
NOTAS 1 - CONEXÕES GOMADAS FABRICADAS DE TUBO OU CHAPA SOLDADOS, VER PÁGINA 14.8.
2– FLANGES DN<65 SÃO USADOS SÓ EM CASOS ONDE A ROSCA NÃO É INDICADA; NESTE CASO USAR FLANGES DE
ENCAIXE.
28
1.11 PARÂMETROS DIMENSIONAIS
Velocidades de escoamento nas tubulações:
admissão 5 a 6 m/s
distribuição principal 6 a 8 m/s
distribuição secundária 8 a 10 m/s
mangueiras 15 a 30 m/s
2
Perda de carga entre o ponto de referência e o ponto mais afastado: 0,30 kgf/cm .
Vazamento máximo de 10% da vazão máxima simultânea.
Declividade das linhas 0,5% a 1,0%.
Diâmetro kgf/cm² 1.4 2.8 4.2 5.6 7.0 8.4 9.8 11.2 12.6 14.0 15.4 16.8 18.2 19.6 21.0
Cilindro Psi 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200 220 240 260 280 300
1 ½” 16 32 48 64 80 96 112 128 144 160 176 192 208 224 240
2” 255
28 56 84 112 140 166 196 224 252 280 308 336 364 392 420
2 ½” 44 88 132 176 220 264 308 352 396 440 484 528 572 616 660
3 ¼” 75 150 225 300 375 450 525 600 675 750 825 900 975 1050 1125
4” Força 113 226 339 452 565 678 791 904 1017 1130 1243 1356 1469 1582 1695
5” em kgf 179 358 537 716 895 1074 1253 1432 1611 1790 1969 2148 2327 2506 2685
6” 255 510 765 1020 1275 1530 1785 2040 2295 2550 2805 3060 3315 3570 3825
8” 454 1908 1362 1816 2270 2724 3178 3632 4086 4540 4994 5448 5902 6356 6810
10” 709 1418 2127 2836 3545 4254 4963 5672 6381 7090 7799 8508
12 1021 2042 3063 4084 5105 6126 7147 8168 9189 10210 11231 12252
29
1.12 CIRCUITOS PNEUMÁTICOS
Fluxograma Pneumático
Exemplo numérico
3
Determinar a vazão de ar comprimido em m /h, para suprir o consumo de ar comprimido de um cilindro
de 2 ½” com haste de 5/8”, necessária para promover um deslocamento de 10cm (5+5) em 30s.
Considerar a pressão na entrada do cilindro equivalente a 4,0 bar.
Solução:
3
- consumo unitário, conforme tabela página anterior 0,031 dm /mm
- consumo total 0,031 x 100 = 3,1 litros
3,1× 3600 3
- vazão =0,372 m /h a 4,0 bar.
30 × 1000
30
Folha de dados para dilindros pneumáticos
ITEM DESCRIÇÃO
1 Cilindro pneumático: 8 Garfo ponteira fêmea 1 peça
Fabricante de Referência : Parker Rosca 16unf: ø 3/4"
Código de referência: 3520M0510-137-0450 Material: aço
ARTICULAÇÃO
DESCRIÇÃO
Temperatura ambiente: 10 a 40 °C
Temperatura de trabalho: -10 a 80 °C
Altitude: 840 m
Força desenvolvida (avanço/retorno): 445 / 427 kgf
Pressão de serviço: 3,60 kgf/cm²
Pressão de projeto: 10 kgf/cm²
Curso: 450 mm
3 Tipo de cilindro: Dupla ação
Diâmetro do cilindro: 5”
Extremidade da haste: Rosca externa ø3/4” 16-UNF-2 A
Diâmetro da haste: 1”
CARATERISTICAS CONSTRUTIVAS
Quantidade:
Mangueira de borracha com uma trama de rayon: 10 kgf/cm²
Quantidade:
Braçadeira em Aço inox: rosca sem fim
Quantidade: :
Válvulas reguladoras de vazão - ref. 3250: corpo latão - C vedação em buna-N.
6
Quantidade :
Silenciadores : tipo / material simples /alumínio
7 Diâmetro: compatível com a válvula direcional
Quantidade:
31
1.13 DIMENSIONAMENTO DE REDES
0,5
Cálculo do diâmetro d= [(4 x Q) / (π x v x 3600)] x (100 / 2,54), (equação 8)
onde: 3
Q vazão de projeto em m / h
V velocidade em m / s
d diâmetro nominal em polegada
2
Velocidade real de escoamento v= (4 x Q) / (3600 x π x di ), (equação 9)
onde:
V velocidade em m/s
3
Q vazão de projeto em m /h
di diâmetro interno em m
32
1.13.2 Comprimentos Equivalentes das Conexões
33
1.13.3 Cálculo de Diâmetros e Perda de Carga
Considerando:
3
vazão de ar : 210 Nm / h
2
pressão no início do trecho: 7,0 kgf /cm
velocidade de escoamento: 8,0 m / s
temperatura de escoamento:20°C Ξ 293 K
comprimento: 100 m, vide nota 1
2
pressão barométrica 1,03 kgf/cm Ξ 760 mmHg
o
temperatura normal 15 C Ξ 298 K
3
peso específico do ar 1,243 kg/Nm
4 × 27,3 100
Cálculo do diâmetro nominal: d: × = 1,3"
π × 8 × 3600 2,54
Como o valor nominal 1,3” não é comercial, adotar 1 1/2” e recalcular a velocidade em função do
novo diâmetro interno, neste caso 0,0381 m, considerando a parede do tubo Sch 80.
4 × 27,3
Cálculo da velocidade real de escoamento V : = 6,69 m / s
3600 × π × 0,03812
0,00001294
a : 0,000507 + = . 0,0008464 m
0,0381
2
3,25 × 0,0008464 × 27,3 × 100 × 9,39 2
∆p : = 1867 kgf / m ou 0,1867kgf / cm
2
5 2
0,0381 × 3600
2
Cálculo da pressão no final do trecho: 7,00 – 0,1867 = 6,81 kgf / cm .
34
CAPÍTULO II
BOMBEAMENTO DE FLUIDOS
Central de Bombeamento
2.1 CONCEITUAÇÃO INTRODUTÓRIA
O sistema de bombeamento é projetado com duas redes: a de sucção que interliga o tanque de
acumulação do fluido com a conexão de entrada na bomba, e a de recalque que conecta a
descarga da bomba ao usuário do fluido bombeado.
Existem dois níveis referenciais: o primeiro da lâmina do fluido, o segundo do eixo da bomba.
Considerando o nível igual a zero, a bomba estará escorvada (afogada) sempre que o o nível do
fluido estiver acima do eixo da bomba; será não escorvada em caso contrário.
Nos casos em que a bomba for instalada na condição de “não escorvada”, a tubulação de sucção
deverá ser projetada com caimento no sentido da bomba para o tanque, a fim de evitar a
formação de bolhas. Deverá também dispor de uma tubulação derivada da rede de recalque e
equipada com válvula de bloqueio manual, para escorva da bomba quando necessário.
Se for necessário para as condições operacionais do bombeamento mais de um conjunto moto
bomba, cada um deles deverá ser projetado com redes de sucção independente.
Cada rede de sucção, por sua vez, deverá conter no ponto de tomada do fluido, um conjunto de
válvulas de pé com crivo, e na conexão de entrada da bomba, uma redução excêntrica e um
amortecedor de vibração.
Considerações técnicas
37
2.2 CASA DE BOMBAS
38
Arranjo sugerido para casa de bombas escorvadas
39
2.3 FLUXOGRAMA - SISTEMA USUÁRIO
40
2.4 TIPOS DE BOMBA
Tipo
Altura de
sucção 4,50 4,50 6,50 6,50
em metros
Fluidos limpos ou limpos ou viscosos limpos
bombeados abrasivos abrasivos e não abrasivos e puros
Pressão conforme pressão
baixa a alta baixa a alta média
de recalque do ar comprimido
Vazão de
alta muito alta média pequena
recalque
Se a pressão
demandada decrescerá decrescerá não se altera não se altera
aumentar, a vazão
Se a pressão
demandada
decrescerá decrescerá crescerá crescerá
aumentar,
a potência
41
Bombas Volumétricas de Engrenagem, de Rolo, de Fuso e Peristáltica
42
Turbo Bombas
Horizontal Vertical
43
2.5 CONSIDERAÇÕES SOBRE BOMBAS DE POLPA
Operando com fluidos com sólidos finos em suspensão e ph na faixa ≥ 4,5 ≤ 5,5.
Rotação máxima 1900 rpm, se o revestimento for com borracha.
Rotação máxima 2250 rpm, se o revestimento for com neoprene.
Operando com fluidos com sólidos finos em suspensão e ph na faixa ≥ 4,5 ≤ 5,5.
Rotação máxima 2250 rpm.
44
2.6 FOLHA DE DADOS
Acionador
4 Aplicação : Circuito Volts/ciclos/fases: Carcaça.:
Performance
Vapor à TB : Rotação vista do lado do acoplamento: Horário. Anti-Horário.
Condição de Operação
2 3
Pressão (kgf/cm ) Sucção: Descarga: Vazão mínima (m /h):
Vazão à TB (m3/h) Normal: Projeto: Diâm. do rotor (mm): min.: proj.: max.
Montagem do rotor : Ponta do eixo Entre rolamento Fechada lubrificação óleo Aberta
Lubrificação. dos mancais : óleo graxa Diâmetro (mm) coluna : Eixo da coluna :
11 Caixa da gaxeta D.I.(mm): D.E.(mm): Comp.(mm): Mancal de escora na bomba Sim Não
Tipo: Tipo :
Vedação do eixo / engaxetamento
Tampa traseira .
Notas:
45
Para bombas volumétricas peristálticas
3.1) Curva 90º sucção (_) descarga (_) curva 45º sucção (_) descarga (_)
4.2) Temperatura ambiente: __ºC sólidos ___ %. tamanho máximo dos sólidos:_____mm
11) Freqüência : 50 Hz 60 Hz
46
2.7 PROCEDIMENTOS PARA PARTIDA E PARADA DE CONJUNTOS MOTO BOMBAS
Partida
Parada
47
2.9 CURVAS CARACTERÍSTICAS À ROTAÇÃO CONSTANTE
Estas curvas representam as condições operacionais das bombas em pares de eixos cartesianos.
A mais importante é a curva H x Q (pressão x vazão) obtida a partir do lançamento no eixo das
ordenadas os valores das vazões e no eixo das abscissas os valores das pressões. As demais
curvas são as de potência x vazão e as de rendimento x vazão.
Lançando as duas curvas em um mesmo par de eixos H x Q ter-se-á na interseção das duas o
Ponto de Trabalho da bomba, conforme indicado abaixo.
48
Curvas características de uma bomba centrifuga - 3500 rpm
Notas:
3 2
Dados válidos para massa específica de 1 kg/ dm e viscosidade cinemática até 20 mm /s.
Tolerância de performance conforme ISO 9906.
Os parâmetros vazão, pressão e potência são características para uma determinada
rotação do motor (n). Caso esta rotação passe a um outro valor (n1), estes parâmetros irão
variar segundo as equações de Rateaux, conforme indicado.
correção da vazão Q / Q 1 = n / n1
2 2
correção da altura manométrica H/ H1 = n / n1
3 3
correção da potência P / P1 = n / n 1
49
2.10 CURVAS DE TORQUE PARA TURBO BOMBAS
Para se obter a curva de torque a partir do instante “0” até a rotação nominal, há de se considerar
a Constante do Conjunto Moto Bomba (Ki), que relaciona a variação da rotação da bomba com a
variação do torque. Esta constante é obtida pela expressão:
2
Ki = (450 x g x HR x Q) ÷ (I x MR x rpm ), (equação 14)
onde:
2
g aceleração da gravidade em m/s
HR altura total de recalque em mca
3
Q vazão em m / h
2
I momento de inércia das partes girantes em kgf / m
MR torque em kgf / m
rpm número de rotações por minuto
N potência em Hp
3
ρ peso específico do fluído em Kg / m
3
Q vazão em m /s
Hman altura manométrica em mca
η rendimento
Exemplo: considerando uma bomba acionada por um motor elétrico de indução trifásico de 20 Hp,
220V, 60Hz, cos φ= 0,80, código F, calcular a corrente nominal In, assumindo o rendimento do
motor de 96%.
Substituindo vem:
50
2.13 CORRENTE DE PARTIDA DO MOTOR (Ip) LETRA-CÓDIGO KVA /cv (com rotor
É obtida pela expressão: bloqueado
A 0,00 a 3,14
Ip = [(kVA/cv) x N x 1000]÷ (V x 3 ), em A (equação 17) B 3,15 a 3,54
C 3,55 a 3,99
D 4,00 a 4,49
Para este cálculo deverá ser considerada a letra-código do E 4,50 a 4,99
motor, conforme tabela ao lado, o respectivo valor numérico F 5,00 a 5,99
G 5,60 a 6,29
do kVA /cv.
H ,30 a 7,09
Substituindo, vem: J 7,10 a 7,99
K 8,00 a 8,99
Ip = (5 x 20 x 1000) ÷ ( 220 x 3 ) = 262,4 A
L 9,00 a 9,99
M 10,00 a 11,19
Nota: nesse exemplo o valor 5 do kVA /Cv foi escolhido na N 11,20 a 12,49
P 12,50 a 13,99
faixa de 5 a 5,99 correspondente à letra-código F. R 14,00 e maiores
Bombas peristálticas
1 - Vazão necessária, em l / s
2 - Pressão de descarga, em bar.
3 - Potência do motor, em KW
o
4 -Temperatura do produto, em C
5 - Limites para operação contínua
6 - Rotação máxima recomendada
Bombas centrífugas
51
2.15 ASSOCIAÇÃO DE BOMBAS
Em paralelo
Em instalações de bombeamento
promove-se a associação em
paralelo de duas ou mais bombas,
para se obter um incremento de
vazão, correspondente à
somatória das vazões das
bombas associadas. Para se
traçar a curva correspondente à
associação de duas ou mais
bombas em paralelo, basta
marcar o valor do somatório das
vazões das bombas para cada
altura. As duas bombas funcionando em paralelo, reproduzirão o ponto P2, interseção da curva
característica das bombas com a curva característica do sistema, fornecendo a altura
manométrica total H2 e vazão Q2. A bomba isolada trabalhará com a altura manométrica H1 e
vazão Q1. Como Q1> Q2 e H1<H2, conclui-se que na seleção de bombas para operação em
paralelo, deve-se tomar cuidado quando do funcionamento de uma só bomba, pois neste caso a
potência consumida e o NPSH requerido serão maiores.
Em série
Recalque
Em paralelo:
Válvulas Posição
3, 4, 9, 10 fechada
1,2, 5,6,7,8,11,12,13 aberta
14 regulada para o ∆P
52
2.16 GRANDEZAS CARACTERÍSTICAS
Ao se projetar o sistema de
bombeamento há de se
considerar grandezas de
características geométricas
identificadas pela letra “h” e
as dinâmicas pela letra “H”.
Conforme mostrado na figura
10 ao lado.
Grandezas estáticas
Altura Geométrica de Recalque, hr é a diferença entre o nível onde o fluido é liberado pela rede
de recalque, e o nível do eixo da bomba. Aqui também convém sugerir que esta rede de recalque
em sua extremidade de transbordo, fique sempre “protegida” pelo fluido recalcado. Com isto fica
assegurada a não entrada de ar nesta tubulação.
Grandezas dinâmicas
Nestas equações:
ha altura estática de aspiração em m
Ja perda de carga no trecho de aspiração em mca
2
V ÷2g energia cinética cedida ao fluido em mca
V velocidade do fluido em m/s
2
g aceleração da gravidade em m /s
hr altura estática de recalque em m
Jr perda de carga no trecho de recalque em mca
he altura estática de elevação em m
53
2.17 CAVITAÇÃO
A cavitação é um fenômeno hidráulico que ocorre quando a pressão absoluta do fluido no rotor da
bomba atinge um valor que coincide com a pressão de vapor do líquido na temperatura, iniciando
o processo de vaporização do mesmo. É importante conhecer a diferença entre o valor da
pressão de estagnação e da pressão de vapor do líquido na temperatura em que o mesmo estiver
sendo bombeado. Esse parâmetro que representa a disponibilidade energética com a qual o fluido
chega ao rotor, chama-se Net Positive Suction Head, NPSH.
Nota: conforme as condições do fluxo de make-up, o nível da superfície livre do fluido pode variar
em relação à linha de centro da bomba.
Nesse contexto definem-se os níveis: “muito alto”, “alto”, “baixo” e “muito baixo”.
54
2.18 COMPONENTES DA REDE
Todo sistema de bombeamento, conforme visto na figura 11 abaixo, contempla uma rede de
sucção e outra de recalque do fluido, com os seguintes componentes principais:
TUBOS
CONEXÕES curvas
têes
reduções
niples
flanges
luvas
VÁLVULAS
ACESSÓRIOS
As especificações dos materiais dos tubos, das conexões e das válvulas estão indicadas a seguir.
55
Especificação de materiais dos componentes das redes de água
FLUIDO: ÁGUA NORMA BÁSICA: ANSI B31.3
DIÂMETRO NOMINAL - mm
ITEM CARACTERÍSTICA
15 a 50 65 a 250 300 a 600 650 a 1200 > 1200
ASTM A 234
MATERIAL NBR 6590 NBR 5590 (2) ASTM A 134 (2)
WPB
V
G HASTE HARI HARE
L
DIMENSIONAL NBR 8466 ABNT EB 141 / V
ACABAMENTO GALVANIZADO
ESPESSURA 1,6 mm
NOTAS: 1) CALCULADA CONFORME ANSI B 31.3. - 2) CONEXÕES GOMADAS FABRICADAS DE TUBO OU CHAPA SOLDADOS. -
3) FLANGES DN<65 SÃO USADOS SÓ EM CASOS ONDE A ROSCA NÃO É INDICADA; NESTE CASO USAR FLANGE C/ ENCAIXE.
– 4) TIPO WAFER (SEM FLANGES). 5) HARI – HASTE ASCENDENTE ROSCA INTERNA, HARE – HASTE ASCENDENTE ROSCA
EXTERNA.
56
2.19 DIMENSIONAMENTO - PERDA DE CARGA
Nota: - a equação 21 não deve ser aplicada quando: P / Sh > 0,385 e t > de / 6.
- para os valores de E e Y ver página 179.
O comprimento virtual L equivale à soma do comprimento real com o equivalente das conexões
indicado na tabela página 59. Se o diâmetro ultrapassar 14”, a perda de carga nas conexões será
obtida pelo fator “K”, indicado na página 59,
2
aplicando-se a expressão: K x v x ρ ÷ 2g (equação 88), ver página 269.
57
CONSIDERAÇÕES SOBRE AS PERDAS DE CARGA
Rugosidade relativa “E”: o valor é obtido dividindo-se a rugosidade equivalente “Eq” abaixo
”
indicada, pelo diâmetro interno “di” do tubo. Supondo um tubo de ferro fundido de 10 (254 mm)
de diâmetro interno começando a oxidar, Eq = 1,00mm, a rugosidade relativa será 1/254 = 0,004.
Fator de fricção ”f”: obtido pelo diagrama de Moody abaixo, procedendo como indicado.
58
Comprimentos equivalentes em metros de tubulação / coeficientes K
Curva 90º Curva 90º Curva 90º Curva Curva 90º Curva Te Te saída Te saída
Curva 45º
Diâmetro Raio longo Raio médio Raio curto 90º R/D=1 45º passagem de lado bilateral
Flangeado
Flangeado Flangeado Flangeado R/D=1½ Soldada Soldada direta Soldado Soldado
Soldada Soldado
mm Pol
13 1/2 0,3 0,4 0,5 0,2 0,2 0,3 0,2 0,3 1,0 1,0
19 3/4 0,4 0,6 0,7 0,3 0,3 0,4 0,2 0,4 1,4 1,4
25 1 0,5 0,7 0,8 0,4 0,3 0,5 0,2 0,5 1,7 1,7
32 1 1/4 0,7 0,9 1,1 0,5 0,4 0,6 0,3 0,7 2,3 2,3
38 1 1/2 0,9 1,1 1,3 0,6 0,5 0,7 0,3 0,9 2,8 2,8
50 2 1,1 1,4 1,7 0,8 0,6 0,9 0,4 1,1 3,5 3,5
63 2 1/2 1,3 1,7 2,0 0,9 0,8 1,0 0,5 1,3 4,3 4,3
75 3 1,6 2,1 2,5 1,2 1,0 1,3 0,6 1,6 5,2 5,2
100 4 2,1 2,8 3,4 1,5 1,3 1,6 0,7 2,1 6,7 6,7
125 5 2,7 3,7 4,2 1,9 1,6 2,1 0,9 2,7 8,4 8,4
150 6 3,4 4,3 4,9 2,3 1,9 2,5 1,1 3,4 10,0 10,0
200 8 4,3 5,5 6,4 3,0 2,4 3,3 1,5 4,3 13,0 13,0
250 10 5,5 6,7 7,9 3,8 3,0 4,1 1,8 5,5 16,0 16,0
300 12 6,1 7,9 9,5 4,6 3,6 4,6 2,2 6,1 19,0 19,0
350 14 7,3 9,5 10,5 5,3 4,4 5,4 2,5 7,3 22,0 22,0
Válvula
Entrada Entrada de Saída da Válvula Válvula angular Válvula de Válvula de Retenção
Diâmetro gaveta
normal borda canalização globo aberta aberto pé e crivo
aberto leve Pesado
mm pol
13 1/2 0,2 0,4 0,4 0,1 4,9 2,6 3,6 1,1 1,6
19 3/4 0,2 0,5 0,5 0,1 6,7 3,6 5,6 1,6 2,4
25 1 0,3 0,7 0,7 0,2 8,2 4,6 7,3 2,1 3,2
32 1 1/4 0,4 0,9 0,9 0,2 11,3 5,6 10,0 2,7 4,0
38 1 1/2 0,5 1,0 1,0 0,3 13,4 6,7 11,6 3,2 4,5
50 2 0,7 1,5 1,5 0,4 17,4 8,5 14,0 4,2 6,4
63 2 1/2 0,9 1,9 1,9 0,4 21,0 10,0 14,0 5,2 8,1
75 3 1,1 2,2 2,2 0,5 26,0 13,0 20,0 6,3 9,7
100 4 1,6 3,2 3,2 0,7 34,0 17,0 23,0 8,4 12,9
125 5 2,0 4,0 4,0 0,9 43,0 21,0 30,0 10,4 16,1
150 6 2,5 5,0 5,0 1,1 51,0 26,0 39,0 12,5 19,3
200 8 3,5 6,0 6,0 1,4 67,0 34,0 52,0 16,0 25,0
250 10 4,5 7,5 7,5 1,7 85,0 43,0 65,0 20,0 32,0
300 12 5,5 9,0 9,0 2,1 102,0 51,0 78,0 24,0 38,0
350 14 6,2 11,0 11,0 2,4 120,0 60,0 90,0 28,0 45,0
59
2.20 CÁLCULOS DIMENSIONAIS
Exemplo numérico
Considerando, Calcular:
3
vazão 1320 m / h diâmetro
velocidade 2,0 m / s velocidade real
2
tensão admissível 1125 kgf / cm espessura da parede
2
pressão requerida 20 kgf / cm , com FS=1,5 número de Reynolds
fator de segurança 1,50 fator de fricção
o
temperatura do fluido 20 C perdas de carga
-6 2
viscosidade cinemática 1,007 x 10 m / s altura manométrica
3
peso especifico do fluido 1000 kg / m potência requerida
comprimento linear 50 m torque
singularidades 01 válvula gaveta / 02 Tees
rendimento da bomba 92%
rugosidade equivalente 0,2 mm
rotação 1750 rpm
sobre espessura decorrosão 2,00mm
Solução:
4x1320 100
Diâmetro nominal : × = 19 ” . adotado 18” (d i= 43,81, de = 45,70cm)
π × 2 × 3600 2,54
Velocidade real de escoamento: 4 × 1320/(π × 0,43812 × 3600) = 2,43 m / s
Espessura de parede: 20 x 1,5 x 45,70 / 2 x (1125 x 1 + 20 x 1,5 x 0,4) =0,8 cm → 8,00mm
-6 6
Número de Reynolds: 2,43 x 0,438 / 1,007 x 10 =1,057 x 10
Rugosidade Relativa: Eq÷ di = 0,30 ÷ 438,1 =0,00068
Fator de fricção: por Colebrook =0,02
2 3 2
Perda de carga no tubo: 0,02 x ( 50,00÷0,438) x [2,43 ÷(2 x9,81)]x10 =687 kgf/m → 0,687mca
2 3 2
Perda de carga na válvula: [0,2 x 2,43 / (2 x 9,81)]x10 =60 kgf/m → 0,06 mca
2 3 2
Perda de carga no tee [ 0,6 x 2,43 / (2 x 9,81 )] x 2 x 10 =361 kgf/m → 0,36 mca
Hman: 200 + 0,687 + 0,06 + 0,36 =201,107 mca
Potência: 1000 x 1320 x 201,107 ÷ (0,92 x 3600 x 74,6 ) =1073 Hp
Torque: (5250 x 1073 ÷ 1750) x 0,47 x 0,30 =453,87 Kgf x m
- pressão de descarga + 2%
- pressão de sucção + 3%
- vazão + 2%
- rotação + 3%
- potência requerida + 1%
- altura manométrica no ponto de trabalho: + 10%
- altura manométrica fora do ponto de trabalho se < 150 mca + 5%
- altura manométrica fora do ponto de trabalho se > 150 mca + 3%
60
2.22 GOLPE DE ARIETE
Se a distância entre a bomba e o reservatório é “L” em metros, o tempo que a onda levará para
chegar ao reservatório, será L / C. Neste momento a tubulação em toda extensão, estará
submetida a uma depressão, e o fluxo, imobilizado, velocidade nula.
a
2 etapa: devido à elasticidade, a tubulação readquire o diâmetro primitivo em elementos
sucessivos a partir do reservatório. A água retornará à bomba ao longo da tubulação e, ao fim de
um novo tempo L / C, isto é no tempo total 2 x L / C a contar do início do fenômeno, a onda de
pressão chegará à bomba. A massa do fluido encontrando a válvula de retenção fechada,
provocará uma compressão do líquido dando origem a uma onda de sobrepressão, que é o golpe
de ariete positivo.
Os efeitos do golpe de ariete são oscilatórios, até que toda a energia do golpe seja absorvida
pelas forças elásticas do tubo e componentes.
Celeridade
61
Período da Linha - tempo crítico da tubulação
É o tempo gasto pela onda, para fazer o percurso de ida e volta, de uma extremidade a outra da
rede, com a celeridade C, sendo definido pela equação:
T= 2 x L / C, (equação 26)
onde:
T período de linha em s
L comprimento da rede em m
C celeridade ou velocidade da onda em m/s
Constante da Linha
É o numero de “Períodos de Linha” que ocorre desde o instante do desligamento da energia, até
o instante que a vazão se anular, sendo definido pela equação:
É o intervalo de tempo gasto pelo conjunto moto-bomba para atingir a rotação zero, a partir do
momento de desligamento da energia, sendo definido pela equação :
2
Tp = I x rpm / 67500 x N, (equação 28)
onde:
Tp tempo de parada da bomba em s
2
I momento de inércia das partes girantes em kg x m
N potência no instante To em hp
rpm número de rotações em min.
Este estudo contempla a avaliação numérica dos valores da sobrepressão e subpressão, aos
quais a rede será submetida quando do desligamento do conjunto moto bomba.
Para estes cálculos o fluido líquido será considerado homogêneo e elástico, as parede do tubo
homogêneas elásticas e isotrópicas, a velocidade e a pressão de escoamento uniformemente
distribuídas ao longo de qualquer secção transversal da tubulação.
Exemplo numérico
62
Considerando:
Solução:
0,5 × 590
celeridade da onda C: 9900 / 48,3 + = 942,80 m/s
4,76
período de linha T: 2 x 950 / 942,8= 2,0 s
2
tempo de parada do conjunto moto-bomba Tp: ( 9,5 x 1750 ) ÷ 67500 x 250= 1,72 s
A subpressão que ocorre na fase inicial do golpe de ariete pode provocar o esmagamento do
tubo, se este não possuir espessura suficiente.
Uma regra prática indica que o esmagamento não se produzirá em tubo de aço se a espessura,
expressa em mm, for igual ou superior a 8 vezes o diâmetro do tubo expresso em metros.
Assim, para um tubo de 1,20m de diâmetro, a espessura mínima deverá ser de 9,6 mm ≅ 3/8”
sem considerar a margem para atender aos efeitos da corrosão.
Não é possível suprimir totalmente os efeitos do golpe de ariete; para reduzi-los a limites
aceitáveis, sugere-se:
63
- usar velocidade de escoamento reduzida e consequentemente aumentar o diâmetro;
- adaptar volantes de grande inércia que reduzem o efeito da subpressão;
- empregar válvulas de alívio anti-golpe de ariete que deverão limitar a sobrepressão;
- empregar válvulas de retenção especiais com by-pass. Essas válvulas podem ser fechadas
manual ou automaticamente, depois que a válvula de retenção houver fechado e o by-pass
desempenhado sua função;
- empregar válvulas de retenção com mola; por exemplo, ESCO, modelo PM. A mola é calculada
para cada caso específico e produz o fechamento da válvula no instante da velocidade nula,
eliminando os efeitos da reversão do escoamento. São usadas em diâmetros de 75mm a
600mm.
- utilizar reservatórios de ar comprimido denominados tanques de alimentação unidirecionais
“TAU” para proteção contra a sobre e a subpressâo, instalando-os conforme figura 12 abaixo:
Nota: como foi analisada a compressão do ar, ao valor de Hman 70 mca foi acrescido o valor de
10mca correspondente à pressão atmosférica local.
64
2.26 BOMBEAMENTO EM TERRENOS ACIDENTADOS
Neste caso segundo André Dupont (Hydraulique Urbaine – volume 1) podem ocorrer pressões
negativas ocasionando ruptura da coluna bombeada, se h’ – (he – h) > 8 metros.
Este fenômeno poderá também ser analisado com base na Constante de Linha. Se esta
constante for menor que a unidade, o risco de quebra da coluna é pequeno. Caso contrário, se for
maior que a unidade, o risco de quebra é elevado.
C ×V
Aplicando a Constante de Linha a’ =
2 × g × Hman
a’ = (942,8 x 2,0) ÷ (2 x 9,81 x 500)= 0,192 < 1 ok , risco pequeno.
65
CAPÍTULO III
CALDEIRAS
DISTRIBUIÇÃO DE VAPOR
Toda caldeira deve possuir no estabelecimento onde estiver instalada, a seguinte documentação,
devidamente atualizada.
Quando a caldeira for instalada em ambiente confinado, a “Casa de Caldeiras” deverá atender
aos seguintes requisitos:
- constituir prédio separado, construído de material resistente ao fogo, podendo ter apenas uma
parede adjacente a outras instalações do estabelecimento, porém com as outras paredes
afastadas de, no mínimo três metros de outras instalações, do limite de propriedade de
terceiros, do limite com as vias públicas e de depósitos de combustíveis, excetuando-se
reservatórios para partida com até 2.000 litros de capacidade;
- dispor de pelo menos, duas saídas amplas, permanentemente desobstruídas e dispostas em
direções opostas;
- dispor de ventilação permanente com entradas de ar que não possam ser bloqueadas.
Relativo à segurança
Toda caldeira deve possuir “Manual de Operação” atualizado, em língua portuguesa em local de
fácil acesso aos operadores contendo no mínimo: procedimentos de partidas e paradas,
procedimentos e parâmetros operacionais de rotina, procedimentos para situações de emergência
e procedimentos gerais de segurança, saúde e de preservação do meio ambiente.
69
70
3.2 REQUISITOS OPERACIONAIS
Toda caldeira deve possuir “Manual de Operação” atualizado, contendo os procedimentos para
situação de emergência e parâmetros operacionais de rotina para partidas e paradas da caldeira.
Os instrumentos de controle das caldeiras devem ser mantidos calibrados e em boas condições
operacionais, constituindo condição de risco grave e iminente, o emprego de artifícios que
neutralizem os sistemas de controle e segurança da caldeira.
A Inspeção de Segurança Inicial deve ser feita em caldeiras novas, antes da entrada em
funcionamento, no local de operação, compreendendo exame interno e externo, teste hidrostático e de
acumulação.
A Inspeção de Segurança Periódica, compreendendo exame interno e externo, deve ser executada
nos prazos máximos de:
- vinte e quatro meses para caldeiras de categoria “A”, desde que aos doze meses sejam
testadas as pressões de abertura das válvulas de segurança.
As válvulas de segurança instaladas nas caldeiras de categoria “B” e “C” devem ser
inspecionadas periodicamente pelo menos uma vez por mês, mediante o acionamento manual da
alavanca.
As válvulas de segurança instaladas nas caldeiras de categoria “A” devem ser inspecionadas
numa freqüência compatível com exigência operacional da mesma, porém respeitando os prazos
acima mencionados, desmontando e procedendo ao teste em bancada.
71
3.5 GERADORES DE VAPOR - CALDEIRAS
O gerador de vapor mostrado na figura 3 abaixo é um vaso fechado com tubos em seu interior,
onde os gases quentes da combustão escoam dentro destes tubos, cedendo calor à água em seu
entorno externo. São as caldeiras flamo-tubulares. Essas caldeiras serão fornecidas com uma
placa de identificação e documentação, conforme a seguir.
Placa de Identificação
Documentação
Anel de
reversão
Tubos de Gás
Costado
Fornalha
73
3.5.1 Componentes Construtivos
- bomba de óleo
- manômetro
- filtro angular
- válvula esfera para bloqueio manual
- combustor piloto tipo pressão mecânica
- bico atomizador
- transformador de tensão para ignição
Figura 5 - Queimador
74
Sistema Automático de Bombeamento e Aquecimento de Óleo Combustível
75
Sistema de Atomização
Componentes
Componentes
Componentes
Acessórios
Componentes
76
3.5.2 Instalação da Caldeira
A caldeira deve ser colocada nivelada sobre base a 25 cm do piso, a fim de permitir o fácil acesso
aos tampões de limpeza.
O espaçamento entre a caldeira e a parede mais próxima deve obedecer às prescrições da NR 13
de modo a permitir a limpeza dos tubos na parte traseira.
Quando a alimentação de água para caldeira for por meio do tanque de condensado, este deverá
estar localizado 4 metros acima da caldeira, no mínimo. O tubo alimentador de água deverá ter
um diâmetro 1,5 vezes àquele dimensionado para alimentação com água fria.
O fluxo de suprimento de água ao tanque de condensado deve ser dimensionado para o valor
equivalente a 150% do consumo horário da caldeira.
O volume geométrico desse tanque de condensado deve corresponder à vazão horária de vapor
produzida.
O tanque de óleo pesado diário deve ser instalado o mais próximo da bomba de óleo.
A bomba de óleo deve pressurizar esse tanque; nunca succionar o óleo.
As ligações de dreno da coluna de nível devem ser independentes das demais, porém poderão
ser interligadas com a da descarga da válvula de fundo da caldeira.
Estes drenos deverão ser lançados para fora da casa de caldeira.
As ligações de descarga das torneiras de prova da coluna de nível podem ser interligadas.
O dreno do aquecedor de óleo deve ser descarregado em um recipiente separado para não
entupir a rede de esgoto.
Deverá ser feita com tubo de diâmetro igual ou maior que o de saída de vapor da caldeira, com
inclinação no sentido da caldeira.
Deve-se proceder a ligação do fio terra no chassi da caldeira, a fim de protegê-la contra as
descargas elétricas.
77
3.5.7 Considerações Técnicas
Chaminés
As chaminés são previstas para eliminar os gases de combustão do recinto da Casa de Caldeira,
por meio de tiragem natural ou forçada conforme discutido no item 3.9 página 87.
A ligação dos tubos de descarga de gás das caldeiras com as chaminés deverá ser feita por meio
de conexões flangeadas e se necessário, com juntas de expansão.
Válvulas de Segurança
A descarga dessas válvulas deve ser lançada para fora do ambiente da casa de caldeira,
obedecendo as recomendações da NR 13.
O tubo utilizado para esse fim deverá ter diâmetro igual ou maior que o da conexão de descarga
dessas válvulas.
Nota 1 - Eficiência conforme DIN 1942, usando óleo combustível 1 A com PCI = 9.750 kcal/ kg.
78
3.7 COMBUSTÍVEIS
3.7.1 Conceituação
Combustíveis são todas substâncias capazes de reagir com o Oxigênio do ar, liberando calor.
De seus componentes, o Carbono e o Hidrogênio fornecem a maior parcela de calor. O Enxofre
contribui com uma pequena parcela. Tem-se para cada kg de massa,
3.7.2 Classificação
Sólido
- carvão C 47,50% H 6,00% O2 44,00% N21,50% cinzas 1,50%
Líquido
- óleo diesel C 81,60% H 12,70% S 1,07%
- óleo tipo “A” C 86,85% H 12,69% S 0,41%
- óleo tipo “B” C 85,89% H 11,66% S 2,40%
Gasoso
- gás natural Metano 80% Etano 7% N2 13%
- gás liquefeito de petróleo Metano 40% Etano 30% N2 9%
Poder Calorífico é a quantidade de calor liberada pela unidade de massa (ou de volume) de um
combustível submetido à combustão completa, expresso em kcal / kg.
3.7.4 Água
79
3.7.5 Combustão
No caso de combustíveis gasosos, desde que se proporcione uma mistura adequada entre o gás
e o ar, uma simples faísca é capaz de ignitar a combustão que se manterá pelo próprio calor
gerado na queima, mediante as reações:
CO + 1/2 O2 CO2
H2 + 1/2 O2 H2O
combustível líquido
vapores do combustível
forte calor
O2 compostos hidroxilados
aldeídos
CO2 + H2O
combustível
80
A teoria da hidroxilisação é usada no funcionamento dos bicos de queimadores. O combustível
líquido é admitido nesse bico onde ocorre uma mistura com ar de combustão.
Ao se ignitar o bico, inicia-se uma combustão irregular que se firma a medida que o bico se
aquece e o ar de pulverização for aproveitado. No interior deste queimador ocorre a hidroxilização
por coexistirem as condições “Calor + Ar + Combustível”, com formação de CO e H2 que ao
saírem do bico entram também em combustão, gerando uma chama com a coloração azulada
típica.
O calor gaseifica a parafina derretida, elevando sua temperatura para acendê-la e queimá-la.
Este é um processo de Craking com formação direta de Carbono e H2.
Se for encostada nessa chama uma superfície fria, a diminuição de sua temperatura impede o
procedimento da combustão completa.
A combustão será considerada completa quando toda a massa de Carbono, Hidrogênio e Enfofre
reagirem com o ar, formando CO2, H2O e SO2.
81
Considerando que, para queimar:
3
1 kg de Carbono precisa de: 1,864 Nm de Oxigênio
3
1 kg de Hidrogênio precisa de: 5,56 Nm de Oxigênio
3
1 kg de Enxofre precisa de: 0,697 Nm de Oxigênio, teremos:
3
volume teórico de Oxigênio = 1,864 C + 5,56 (H – O / 8) + 0,697 S em Nm /kg (equação 32)
Tecnicamente é impossível assegurar uma combustão completa apenas com o suprimento teórico
de ar, sendo requerido um percentual adicional.
3.7.5.2 Consumo de Ar
O consumo de ar necessário à combustão corresponderá ao volume teórico de ar corrigido por
um fator de excesso de ar (FE). O valor desse fator para o óleo combustível deve estar na faixa
abaixo relacionada e em conformidade com o tipo do queimador.
De acordo com as mesmas reações, o volume teórico de gases para cada quilo de combustível
será dado pela expressão:
3
1,864 C + 0,697 S + 0,8 N + 0,79 Var + (9 x H + w) 1,24 em Nm /kg (equação 34)
Nota: admitindo que o combustível tenha um teor de umidade “w”, e sabendo que 1 kg de
Hidrogênio gera 9 kg de água, a umidade total no volume de gás teórico poderá ser
determinada por meio da expressão (9 x H + w) x 1,24.
82
3.7.5.5 Procedimentos Práticos para Determinação das Vazões de Ar e de Gás
83
3.7.5.6 Consumo de Combustível, Vazão de Ar, Vazão de Gás
Pela tabela de vapor, teremos : entalpia do vapor a 11,5 ata: 664,5 kcal / kg (Iv)
entalpia da água a 20º C: 20,0 kcal / kg (Ia)
Solução:
O consumo de combustível será calculado fazendo o calor requerido para produzir 1600 kg / h de
vapor (Qr) igual ao calor produzido (Qp) pela queima de uma massa de combustível (mc).
5
Qr= mv x (Iv – Ia) ÷ η → 1600 x (664,5-20) ÷ 0,66 = 15,62 x 10 Kcal / h,
m
Qp= mc x PCI + mar x cpar x tar ou mc (PCI + mar x cpar x tar). Fazendo Qr = Qp, vem:
c
mc=15,62 x 105 ÷ (10.200 +15 x 0,13 x 20) = 152,5 kg / h
Utilizando o diagrama
3
Volume teórico de ar: 11 x 152,5 = 1 677,5 Nm /h
3
Vazão de ar requerida: 1 677,5 x 1,2 = 2 013,0 Nm /h
3
Volume teórico de gás: 14,2 x 152,5 = 2 165,5 Nm /h
3
Volume de gás gerado: 2 165,5 + (1,2 – 1) x 1677,5 = 2 500,9 Nm /h
84
3.8 EMISSÕES GASOSAS - CONTROLE AMBIENTAL
3.8.1 Conceituação
O lançamento direto desta emissão gasosa na atmosfera é regulamentada por lei; não sendo
possível fazê-lo, se não for assegurado o grau de opacidade padrão dois, na escala Ringelman.
É tolerada a emissão gasosa no padrão três da escala Ringelman por um período máximo de seis
minutos, em qualquer intervalo de uma hora e que é assumido como correspondente às
operações de partida ou de limpeza das caldeiras.
A escala Ringelman é constituída de seis padrões com variações uniformes de tonalidade entre o
branco e o preto. Os padrões são apresentados por meio de quadros retangulares, com redes de
linhas de espessura e espaçamentos definidos, sobre um fundo branco.
Os padrões da Escala de Ringelman são numerados de zero a cinco assim definidos:
- Inteiramente branco
- Inteiramente preto.
3.8.3 Opacímetros
O controle da emissão gasosa na atmosfera deve ser monitorado por meio de opacímetros
instalados junto ao topo da chaminé, ver página 278.
85
3.8.4 Lavadores de Gás
A fim de eliminar as gotas de água remanescentes no fluxo de gás, bem como partículas
poluentes ainda existentes, o gás passa por uma “chicana”, que deve ser retirada e limpa
periodicamente.
Dados referenciais
Arranjo construtivo
Legenda:
1 - tubo de admissão
2 - mesa de apoio
3 - moto bomba
4 - reservatório de reagente
86
3.9 TIRAGEM
Uma vez processada a limpeza dos gases de combustão será necessário lançá-los à atmosfera.
Isto se faz por meio de chaminés. No caso de se usar o próprio ventilador da caldeira para
movimentar o fluxo de gás, a chaminé será designada “com tiragem forçada“. Caso contrário,
quando o movimento dos gases for conseqüente da diferença de temperatura entre o gas e o ar
atmosférico local, será designada “com tiragem natural”.
Figura 7 – Chaminé
onde:
H altura da chaminé, acima da zona de combustão em m;
P pressão atmosférica em mm Hg;
2
S seção interna da chaminé em m ;
o
t temperatura do ar exterior em C;
t1 temperatura dos gases da combustão em ºC;
3
ρ peso específico do ar, na temperatura “t” e pressão “P” em kg / m ;
3
ρ 0 peso específico do ar, nas condições normais em kg / Nm ;
3
ρ1 peso específico dos gases na temperatura e pressão da descarga em kg / m .
Pode-se admitir que o peso específico dos gases de combustão e do ar atmosférico, nas mesmas
condições de pressão e temperatura sejam iguais.
Com efeito, se o CO2 é mais denso que o ar, há compensação pela presença de hidrocarbonetos
e vapor de água menos densos que o ar.
Designando por “Z” o fator de compressibilidade dos gases da combustão, a tiragem causada
Z × (t 1 − t )
será definida pela expressão: ho = H × ρ 1 × , em mmca (equação 36)
1+ Z × t
onde, t e t1 são expressos em graus Kelvin.
87
Do exposto, conclui-se que a tiragem é:
A tabela abaixo indica valores de tiragem expresa em mmca, para alturas de chaminés de 25, 50,
o
75 e 100 m e temperaturas dos gases de combustão nos valores de 100, 200, 400, 600 C ou
maiores.
Nota: para os valores citados de tiragem, foi considerado para o ar externo na tempertura de
o 3
15 C, o peso específico de 1,293 kg/Nm .
ho
velocidade de escoamento v= 2× g× , em m/s (equação 37)
ρ1
ho
vazão escoada Q0 = S 2× g× , em m3/s (equação 38)
ρ1
- Umidade do ar: influi indiretamente, pela diminuição do peso específico do ar. A tiragem será
tanto menor quanto maior for essa umidade.
- Direção e velocidade dos ventos: quando o vento na chaminé soprar de baixo para cima,
aumenta a tiragem, quando de cima para baixo diminue, podendo anulá-la no caso de grande
velocidade.
88
3.10 ÀGUA DE ALIMENTAÇÃO DAS CALDEIRAS
A água de alimentação das caldeiras deve ser tratada de modo que fique eliminada a possibilidade da
formação de incrustações decorrentes da presença de impurezas normalmente existentes, sólidos
dissolvidos, sólidos em suspensão, óleos e gases, que afetarão a troca de calor entre os gases quentes
da combustão e a água.
Exemplo numérico
o
Se um litro de água contiver 90mg de CaO e 43mg de MgO a dureza total será 15 DHG, pois:
o
dureza de Cálcio 90 ÷ 10 = 9 dHG
o
dureza de Magnésio 43 ÷ 7,14 = 6 dHG
o
dureza total 15 dHG
Alcalinidade
Exprime a presença de íons dos sais de Carbonato, Bicarbonato, Hidróxidos, Fosfatos, Silicatos; sendo
os Carbonatos, os Bicarbonatos e os Hidróxidos os mais relevantes.
A alcalinidade é detectada pelos indicadores de dimetil orange (AM) e de fenolftaleína (AF).
Cloretos
Indica a acidez ou a alcalinidade da água. Se o Ph for maior que sete a água estará ácida;
Se menor que sete a água estará básica ou alcalina.
89
3.10.2 Qualidade da Água para Caldeiras
Etapas
operação 1
retrolavagem 2
regeneração catiônica 3
regeneração aniônica 4
enxágüe inicial 5
drenagem 6
mistura das resinas 7
refil 8
enxágüe final 9
90
3.11 DISTRIBUIÇÃO DE VAPOR
Deverão estar dentro das possibilidades, o mais próximo possível da casa de caldeiras, obtendo-
se rotas mais curtas para as tubulações de vapor e condensado.
Considerar o volume dos trocadores de calor para aquecimento do óleo no tanque quando da
determinação do volume geométrico. Aconselha-se uma capacidade mínima de estocagem
correspondente a 15 dias de consumo.
Tanque de condensado
Redes de drenagem
Prever duas redes, uma fechada para trabalhar sob pressão , outra aberta sujeita apenas à
pressão atmosférica.
Estas redes deverão ser independentes para evitar problemas de retorno e deverão desaguar em
tanque coletor externo às casas de caldeira.
Chaminés de descarga
Deverão ser projetadas conforme legislação em vigor,com tiragem compatível com a pressão do
ventilador de ar de combustão
91
3.11.1 Redes de Distribuição de Vapor
Dimensionamento da Rede
5,1
0,029 × Q1,95 × ve × 0,95
d: , em cm (equação 39)
∆P
onde:
2
∆P: perda de carga em kgf / cm por 100 m
Q: vazão mássica em kg / h
3
ve: volume específico em m / kg
d: diâmetro nominal em cm
vazão 470 kg / h
comprimento da rede 150 m
conexões 7 C 90º + 1 têe de derivação
2
pressão manométrica no inicio do trecho 7,0 kgf / cm
2
pressão manométrica no fim do trecho 6,5 kgf / cm
2
diferencial de pressão no trecho 0,5 kgf/cm
Calcular o diâmetro
Verificação da velocidade
93
3.12 CONDENSADO FORMADO NO AQUECIMENTO DA TUBULAÇÃO.
Solução
Calor trocado
.
Q: 16,1 x 0,063 x 120 x (183,2 – 25 ) = 19255 kcal
2
Como Q = m / cℓ e sendo cℓ da da água a 0,35 kgf/cm = 534 kcal / kg, vem:
.
Massa de condensado m = 19255 kcal / 534 kcal / kg = 36,0 kg.
Como o tempo de aquecimento é de uma hora, teremos 36,0 kg / h.
Cálculo do diâmetro
94
3.12.2 Bombas de Condensado
Descrição Funcional, conforme figura 7
1 O condensado escoa por gravidade para o interior da bomba
através da válvula de retenção A enchendo seu volume interno. A
bóia B movimenta-se para cima através do braço C da válvula de
exaustão. O condensado não pode passar pela válvula de retenção
da saída D, pois a contrapressão a mantém fechada. A válvula de
exaustão E permanece aberta e a válvula de admissão F fechada
pela força de C. A bóia B continua subindo até pressionar a sede
G, levantando o eixo, abrindo a válvula de admissão F e fechando
a válvula de exaustão E.
Notas
1: coluna de alimentação “h” é a distãncia entre a geratriz inferior do coletor e a do tampo superior
da bomba.
2: coluna de recalque “H” é a distância entre as linhas de centro dos tubos de saída do
condensado da bomba e de entrada da rede de retorno.
95
Cálculo da Sobrepressão e Consumo de Vapor da Bombas de Condensado
Exemplo numérico, considerando:
Solução:
São previstas para adequar a pressão de vapor produzida pelo gerador à pressão requerida pelo
usuário, contemplando doze componentes arranjados conforme figura 9 abaixo:
96
3.13.1 Dimensionamento das Válvulas de Controle de Pressão
Para se dimensionar válvulas de controle deverá ser calculado o coeficiente de vazão de válvula
3
(CV), definido como a vazão em m /s que cria uma perda de carga de um bar fluindo pela válvula
totalmente aberta.
Adotando-se os´procedimentos da Masoneilan Handbook for Control Valve Sizing Page 7,
teremos:
2
Se ∆P for menor que 0,5 x Cf x P1, o fluxo será “sub crítico” e o CV será calculado pelas
expressões:
2
Se ∆P for igual ou maior que 0,5 x Cf x P1, o fluxo será “crítico” e o CV será calculado pelas
expressões:
Nessas equações:
CV: coeficiente de vazão de válvula
P1: pressão absoluta à montante de válvula em bar
P2: pressão absoluta à jusante de válvula em bar
o
Tsh: temperatura do vapor superaquecido em C
W: fluxo de vapor em 1000 kg / h
C f : fator de fluxo crítico conforme tabela abaixo
TAMANHO Cfr
TIPO DE VÁLVULA FLUXO PARA Cf KC XT
OBTURADOR d / D > 1,5
A
→ abrir 0,85 0,58 0,81 0,61
Série
fechar ← 0,90 0,65 0,86 0,68
2000
B
→ abrir 0,85 0,52 0,80 0,54
fechar ← 0,90 0,65 0,90 0,68
→ abrir
0,68 0,35 0,65 0,39
A fechar ← 0,85 0,60 0,80 0,61
Válvula
Camflex
B
→ abrir 0,70 0,39 0,70 0,41
fechar ← 0,88 0,62 0,87 0,65
A
← Fechar 0,80 0,51 0,77 0,54
abrir → 0,75 0,46 0,72 0,47
Globo
B
← Fechar 0,80 0,52 0,80 0,54
abrir → 0,90 0,65 0,89 0,68
97
3.13.2 Dimensionamento de Válvulas de Segurança / Alívio
Dimensionar uma válvula de segurança ou de alívio significa calcular um orifício que corresponda
a uma bitola de admissão e outra de saída da válvula, conforme normatização da API-RP 526,
indicada na tabela abaixo, segundo W. Burger:
ORIFÍCI D E F G H H J J K L L M N P Q R R T
O
ÁREA
0,110 0,196 0,307 0,503 0,785 1,287 1,838 2,853 3,60 4,34 6,38 11,05 16,0 26,0
em pol2
ÁREA
0,71 1,76 1,98 3,24 5,06 8,30 11,0 18,41 23,23 28,00 41,16 71,29 103,23 167,74
em cm2
No caso de vapor saturado, sobre pressão de 10% e estando a válvula instalada em redes, o
orifício é calculado pela expressão: A= W / 50 x P1 (equação 46)
onde:
2
A: área do orifício em pol ;
W: vazão em lb / hora;
P1: pressão de alívio (pressão de ajuste+sobre-pressão + 14,7), em psi.
Nota: quando a sobre pressão for 3%, substituir o valor 50 por 45.
Exemplo numérico, considerando:
98
3.14 ISOLAMENTOS TÉRMICOS
A espessura do isolamento a ser adotada será aquela que determinar um valor de Q t inferior ao
de Q, calculados pelas equações abaixo.
2π × K c × L × ( Ts − Ta )
Qt = (equação 48), onde:
r kc
2,3log e +
ri re ( h + 0,9h r )
Qt = quantidade de calor trocada na unidade de tempo em BTU / hora
L = comprimento do tubo em pés
o
Ts = temperatura do tubo em F
o
Ta = temperatura ambiente em F
re = raio externo do isolamento em pés
ri = raio interno do isolamento em pés
2 o
h = coeficiente de convecção em BTU / pe x hora x F
2 o
hr = coeficiente de radiação em BTU / pe x hora x F
o
Kc = coeficiente de condutividade térmica na temperatura em BTU / pé x hora x F
o
Coeficiente Kc em BTU / pé x hora x F
o o o o
Temperatura da tubulação 40 C 100 C 200 C 300 C
Lã de vidro 0,47 0,50 0,57 0,69
Lã de rocha 0,32 0,37 0,50 0,64
Na maioria dos casos, utilizam-se espessuras já consagradas pelo uso, conforme tabela:
100
Considerações sobre a Espessura do Isolamento Térmico
A eficiência do isolamento térmico varia com fatores locais como:a localização da tubulação, a
temperatura ambiente, a umidade do ar e a velocidade do vento.
Exemplo Numérico
Considerar
Como “Q” é > “Qt”, a espessura deve ser aumentada; refazendo para 21/2”, teremos:
Qt:= 2 x л x 0,55 x 100 x (356-68) / 2,3 x log (6”÷ 4”) 205523 BTU/h Ξ 51301 kcal/h. ⇒ Ok.
Informes Gerais
101
CAPÍTULO IV
RESFRIAMENTO DE ÁGUA
Água Adicionada - Make up: água adicionada à água de circulação a fim de repor a água perdida
no sistema devido à evaporação, arraste e vazamentos.
Altura Manométrica Total - Total Pumping Head: altura manométrica da bomba, necessária para elevar a
água até o nível do sistema de distribuição.
Altura Manométrica da Torre - Tower Pumping Head: aquela parcela da “Altura Manométrica
Total” referente à distância entre a borda de água fria da torre e o centro de flange de conexão do
sistema de distribuição de água quente. Expressa em metros de coluna de água.
Bacia de Coleta de Água Fria - Cold Water Basin: dispositivo debaixo da torre com finalidade de
coletar a água fria da torre e direcionar esta água para a linha ou caixa de sucção.
Bacia de Distribuição - Distribution Basin: bacia rasa e elevada, situada acima do enchimento a
fim de distribuir água dentro da torre.
Bacia de Redistribuição - Redistribution Basin: bacia elevada usada para redistribuir água dentro
da torre.
Bico Borrifador - Spray Nozzle: dispositivo empregado para conformar a água em minúsculas
partículas e efetuar uma distribuição uniforme da água através da área molhada da torre em
sistemas de distribuição pressurizada.
Borda da Bacia - Basin Curb : parte superior da parede lateral da bacia de coleta de água fria, geralmente é
a referência para indicação das cotas da torre.
Caixa de Sucção - Sump: parte mais baixa da bacia de coleta de água fria, usualmente o ponto de
conexão de sucção.
Célula - Cell: menor subdivisão de uma torre a qual poderá funcionar como unidade independente
com respeito aos fluxos de ar e água; as células estão ligadas umas às outras ou por paredes de
fechamento ou por paredes divisórias. Cada célula poderá possuir um ou mais ventiladores e
cilindros e um ou mais sistemas de distribuição.
Cilindro de Descarga - Discharge Stack: extensão direcionada para cima, fechada por paredes
laterais acima do nível dos eliminadores a fim de direcionar o ar de saída dos ventiladores em
direção vertical; em torres de indução.
106
Conexão de Entrada - Inlet Connection : flange ao qual se ligará o tubo de alimentação de água quente.
Comprimento das células: dimensão paralela ao eixo longitudinal da torre no plano em que as
venezianas se situam.
Altura das células: distância medida da borda da bacia ao topo da plataforma do ventilador porém
não incluindo o cilindro do ventilador. As medidas nominais são medidas entre as linhas de centro
das colunas.
Eliminador de gotas: dispositivo destinado a promover as gotículas de água contida no fluxo de ar.
Redutor de Velocidade - Speed Reducer: equipamento que permite variar a velocidade do eixo de
acoplamento para a velocidade definida para o ventilador.
Temperatura de Água Fria - Cold Water Temperature: temperatura de água em circulação saindo
da torre.
Temperatura do Bulbo Úmido - Wet Bulb Temperature: temperatura indicada pelo psicrômetro.
Também conhecida como a temperatura de bulbo úmido termodinâmico ou temperatura de
saturação adiabática.
Temperatura de Bulbo Úmido Ambiente - Ambient Wet Bulb Temperature: temperatura de bulbo
úmido barlavento (do lado onde sopram os ventos) em relação à torre e livre de interferência da
mesma.
Temperatura de Bulbo Úmido de Entrada - Entering Wet Bulb Temperature: média das
temperaturas de bulbo úmido do ar de entrada; incluindo a parcela relativa ao efeito da
recirculação.
Torre de Resfriamento de Água de Tiragem Mecânica - Mechanical Draft Water-Cooling Tower: torre na
qual a movimentação do ar é processada por ventiladores. Podem ser de dois tipos:
- com tiragem forçada, quando os ventiladores do tipo centrífugos forem montados na zona de
entrada do ar;
- com tiragem induzida, quando os ventiladores do tipo axiais forem montados na zona de
descarga do ar.
107
4.3 COMPONENTES DAS TORRES
4.3.1 Ventiladores
Neste caso os ventiladores são do tipo axiais fabricados com pás de alumínio extrudado, e cubo
de aço ligado diretamente ao eixo vertical do redutor.
O cilindro de descarga do ventilador é de altura elevada, a fim de garantir menor potência. Este
aumento de altura reduz consideravelmente a possibilidade de recirculação de ar quente.
Um dos cuidados que se deva ter com este tipo ventilador é referente às vibrações, que ocorrerão
no caso de:
Neste caso os ventiladores são do tipo centrifugo, com simples ou dupla aspiração, equipados
com flanges circulares nas conexões de entrada, permitindo ligação com os filtros de ar.
O acoplamento do ventilador com o motor elétrico deve ser feito por meio de conjuntos polia /
correia ou redutores engrenados.
108
4.3.2 Enchimento
Objetivo: possibilitar as trocas de massa e calor entre a água e o ar, conforme figura 3.
Nessas torres, a movimentação do ar depende do “efeito chaminé” o qual por meio de diferença
de densidades, movimentam o ar.
Estas torres são por tiragem natural, construídas no formato hiperbólico em concreto e para
grandes capacidades térmicas.
110
TORRE DE RESFRIAMENTO COM TIRAGEM MECÂNICA
111
4.5 IMPLANTAÇÃO DE TORRES
OCORRÊNCIA DE INTERFERÊNCIAS
A interferência ocorre quando o fluxo de ar quente e úmido lançado na atmosfera pelo exaustor
de uma torre, for dirigido segundo a direção dos ventos predominantes as tomadas de ar de uma
torre vizinha. Será evitada se o afastamento entre elas assegurar uma distancia “d” maior ou igual
a semi soma dos comprimentos de cada uma.
OCORRÊNCIA DE RECIRCULAÇÕES
112
o
Fator F1 - Correção do Bulbo Úmido devido à aproximação (A), e ao resfriamento (R) em F.
R
5 10 15 20 25 30 35 40 45 50
A
5 0.29 0.47 0.64 0.80 0.97 1.14 1.30 1.47 1.63 1.80
6 0.31 0.49 0.68 0.85 1.03 1.20 1.37 1.56 1.73 1.91
7 0.33 0.51 0.71 0.89 1.08 1.25 1.44 1.63 1.83 2.01
8 0.35 0.53 0.74 0.93 1.12 1.30 1.50 1.70 1.91 2.10
9 0.37 0.55 0.76 0.97 1.16 1.35 1.56 1.77 1.97 2.18
10 0.39 0.57 0.78 1.00 1.20 1.40 1.62 1.83 2.04 2.25
11 0.41 0.59 0.81 1.04 1.24 1.45 1.66 1.88 2.09 2.31
12 0.43 0.61 0.84 1.07 1.27 1.49 1.70 1.92 2.13 2.36
13 0.45 0.63 0.86 1.10 1.30 1.52 1.74 1.96 2.17 2.40
14 0.46 0.65 0.88 1.13 1.33 1.55 1.77 1.99 2.21 2.44
15 0.47 0.67 0.90 1.15 1.36 1.57 1.80 2.02 2.25 2.47
16 0.49 0.69 0.93 1.18 1.39 1.61 1.83 2.06 2.29 2.52
17 0.51 0.70 0.95 1.20 1.42 1.64 1.86 2.10 2.33 2.57
18 0.52 0.72 0.97 1.22 1.44 1.66 1.89 2.13 2.37 2.61
19 0.53 0.74 0.99 1.24 1.46 1.68 1.92 2.16 2.40 2.64
20 0.54 0.75 1.00 1.26 1.48 1.70 1.95 2.19 2.43 2.67
21 0.55 0.77 1.02 1.28 1.50 1.73 1.98 2.22 2.46 2.70
22 0.56 0.79 1.04 1.30 1.52 1.76 2.00 2.25 2.49 2.73
23 0.57 0.80 1.05 1.31 1.54 1.78 2.02 2.27 2.52 2.76
24 0.58 0.81 1.06 1.32 1.56 1.80 2.04 2.29 2.54 2.79
25 0.58 0.82 1.07 1.33 1.57 1.82 2.06 2.31 2.56 2.81
113
4.6 BACIA DE ÁGUA FRIA
A bacia de água fria das torres tem como objetivo garantir a drenagem e a imediata reposição de
um fluxo de ar, a fim de que o teor de sólidos em suspensão na água fria circulada fique mantido
em concentração pré-determinada.
Isto porque quando o fluxo de água quente for lançado em gotículas sobre o enchimento, uma
parte se vaporiza e outra será recolhida na bacia de água fria da torre, tornando crescente a
concentração de sólidos neste volume, exceto se, parte deste volume for ciclicamente drenado e
reposto pela água de make-up.
Este procedimento deverá ser adotado toda vez que o “ciclo de concentração”, relação entre o
teor de sólidos (cloretos) existente na água fria contida na bacia da torre e na água de make-up
for igual a 5.
Em função do exposto conclue-se que o fundo da bacia de água fria deverá ser projetado com
inclinação, dirigindo o conteúdo de sólidos sedimentados a um poço de decantação, de onde será
drenado à destinação final, conforme figura 8.
Figura 8 - Corte AA
Planta
pH 7a8
Sílica 40 mg / l
Cloretos 50 mg / l (máximo)
Sulfatos 150 mg / l
Salinidade 400 mg / l
O arranjo construtivo desses sistemas deve ser estudado com base no fluxograma que se segue
contemplando os tópicos referentes:
- às condições operacionais dos trocadores de calor em emergência quando da parada não programada
das bombas de circulação de água;
- à simultaneidade de operação dos trocadores de calor;
- à elevação das torres em relação aos trocadores de calor;
- à possibilidade de mistura dos fluxos de retorno de água quente.
114
FLUXOGRAMA BÁSICO
115
4.8 PARÂMETROS DIMENSIONAIS
v 1 × t q1 + v 2 × t q2 + v n × t qn
Calculada pela expressão: t m = (equação 50)
v1 + v 2 + v n
onde:
v1 a vn vazão de água em m3 / h
tq1a tqn temperatura da água quente em ºC
onde:
Q carga térmica em kcal / h
m vazão mássica de água em kg / h
cp calor específico de água em kcal/ºC x kg
∆T diferencial de temperatura em ºC
VAZÃO DE AR DO VENTILADOR.
onde:
Q carga térmica em kcal / h
h calor latente de vaporização de água em kcal / kg
ρ água peso específico de água em kg / m3
Vv vazão de água vaporizada em m3 /h
116
4.9 DIMENSIONAMENTO TERMO-HIDRÁULICO
Calcular:
- temperatura média
- carga térmica
- vazão vaporizada
- vazão de arraste
- vazão de blow down
- vazão de make-up
Solução
sendo:
3
peso especifico da água na temperatura 51,53ºC: 987 kg/m
o
calor especifico da água na temperatura 51,53ºC: 1,0 kcal / C x Kg
o
calor latente de vaporização da água na temperatura 51,53 C 568,4 kcal / kg, teremos:
3 3
- vazão vaporizada V1: (3181,44 x 10 / 568,4 x 987)= 5,67 m / h
3
- vazão de arraste, 25% da vaporizada V2 : 5,67 x 0,25= 1,41m /h
3
- vazão de blow-down V3: 1,26 m /h
3
A vazão de 1,26 m /h foi obtida pelo diagrama da Drew, tabela 3, página 118, considerando:
3
fazendo: 858,5 x 0,0065 = 5,58 gpm ou 1,26m /h.
3
Logo a vazão de make-up V4 : 5,67 + 1,41 + 1,26= 8,34 m /h
Pode-se também estimar a vazão de make-up pelo diagrama da Drew, aplicando a relação:
3
858,5 x 0,0375 = 32,19 gpm ou 7,30 m /h
117
TABELA 3 – VAZÃO DE BLOW- DOWN
Fonte original: “Drew Principles of Industrial Water Tratment” - pág. 255 - Edição 1977.
Exemplo:
3
Sendo - vazão de água na torre 195 m /h ou 858,5gpm
- temperatura água quente 51,53º C ou 124,7ºF
- temperatura água fria 35,00ºC ou 95º F
- ciclo de concentração 5
determinar - a vazão de make up e a de blow down.
Procedimento
Alinhar o diferencial de temperatura 29,7º F com CC 5.
Ler o valor de B= 0,65 e o valor de M= 3,75 e calcular:
3
blow down 858,5 x 0,0065= 5,58 gpm ou 1,26 m /h
3
make-up 858 x 0,0375= 31,76 gpm ou 7,2 m /h.
O O
Lembrar que: C X 1,8 + 32 = F
118
4.10 DIMENSIONAMENTO DO VENTILADOR
Considerando os referenciais:
3
- vazão de água fria 195 m / h
- temperatura de água fria 35ºC
- temperatura de água quente 51,53ºC
o
- calor especifico da água 1,00 kcal / kg x C
- temperatura de bulbo úmido do ar ( na entrada da torre) 32ºC (89,6ºF)
- temperatura de bulbo úmido (ar saturado na saída da torre) 51,53ºC (124,7ºF)
3
- peso específico da água a 51,53°C 987 kg / m
Solução:
Cálculo das entalpias do ar conforme página 129 e tabelas 4 / 5 páginas 130 a 132.
na entrada He: 0,24 x 89,6 + 0,03078 x 1100,3= 55,36 Btu / lb → (30,75 kcal / kg)
na saída Hs: 0,24 x 124,7 + 0,09200 x 1115,6= 132,55 Btu / lb → (73,63 kcal / kg)
Potência do Ventilador
N: potência, em Hp
mar vazão másica de ar, em kg/s
P: pressão diferencial, em mca
A pressão “P” é função da tiragem da torre,
se forçada ou induzida.
119
No caso de torres com tiragem induzida, a
pressão do ventilador será determinada
calculado-se as perdas de carga nas
entradas de ar (E), no bocal (D) de saída da
torre, e considerando uma pressão negativa
no interior da torre no valor de 30 mmca.
Exemplo numérico, calcular a altura “h“ entre o tanque coletor e a torre, de modo a assegurar no
3
ponto “2” a vazão de 195 m / h a 5 mca, conforme fluxograma (Item 7).
Solução:
Aplicando Bernoulli
v 12 v 22
( P1 / ρ g ) + + Z1 = (P2 / ρ g) + + Z2 + J ,
2g 2g
tem-se:
v1= 0
h= Z1 - Z2
3 3
Q= 195 m / h = 0,05417 m / s
J= 0 (suposto não ter perda de carga)
P1= atmosférica ( “zero” manométrica)
P2 / ρ g = 5,0 mca (manométrica)
patm P v2
+ h= 2 + ∴ h = P2 / ρ g + v 2 / 2g ,
ρg ρg 2g
22
Para a velocidade de 2,0 m / s, vem: h= 5 + = 5,2 m
2 × 9,81
120
4.12 TANQUE DE EXPANSÃO PARA CIRCUITOS FECHADOS
Como a pressão mínima no sistema ocorrerá quando o gás ocupar um volume correspondente a
dois terços do volume do tanque, podemos concluir que o volume de gás inerte necessário para
garantir a pressão máxima será obtido pela relação:
Exemplo Numérico
Com base nos dados abaixo, referentes ao trocador de calor TC-3 do fluxograma do Item 7,
- temperatura mínima da água= 30ºc
- temperatura máxima da água= 100ºc
- volume hidráulico= 12000 litros
Solução:
121
4.13 SELEÇÃO DE TORRES
A escolha de torres de arrefecimento poderá ser feita por meio do “Diagrama de Seleção” do
fabricante. Nesse diagrama existem três famílias de curvas:
- segundo: a partir da temperatura de bulbo úmido traçar reta paralela ao eixo das abscissas até a
interseção com a curva de temperatura de água fria ( ponto 1 ).
- terceiro: a partir do ponto 1 paralelamente ao eixo das ordenadas, traçar uma reta até a
interseção com a curva ( ponto 2 ) com o diferencial de temperatura.
- quarto: marcar a vazão de água a ser resfriada; por este ponto traçar uma reta paralela ao eixo
das ordenadas.
- quinto: traçar uma reta a partir do ponto 2 paralelamente ao eixo das abscissas. A interseção no
ponto 3, determinará o modelo da torre .
Nota: o uso desse diagrama não possibilita avaliar os impactos na performance da torre quando
desvios ocorrerem nos parâmetros indutores, como também não determina o fluxo de ar
envolvido.
122
FOLHA DE DADOS PARA TORRES DE ARREFECIMENTO
123
4.14 PROCEDIMENTOS PARA OPERAÇÃO DE TORRES
PRÉ - OPERAÇÃO
LIMPEZA INICIAL
Verificar:
Inspecionar
Movimentar
CIRCULAR
- a água através da torre continuamente por um dia no mínimo, célula por célula, eliminando-se o
volume de água fria circulado. Esta circulação de água permitirá a limpeza final das bacias de
água fria e dos enchimentos, removendo pequenos detritos restantes. Em seguida e após a
paralisação da torre, drenar o sistema e repor o volume de água na bacia.
OPERAÇÃO
124
4.15 TESTES EM TORRES
Na maioria ds vezes os valores das temperaturas de água quente, de água fria, de bulbo úmido e
de vazão de água na ocasião do teste, não correspondem com os fixados em projeto, o teste é
efetuado em condições específicas.
Resulta portanto que o teste de aceitação seja desenvolvido com base na norma ATP105 do
Cooling Tower Institute.
O prazo limite para a execução do teste não poderá ser superior a doze meses após a montagem
da torre.
- o sistema de distribuição deverá estar limpo e isento de materiais estranhos que possam
obstruir ou impedir a vazão normal da água;
- os ventiladores deverão estar ajustados na rotação adequada e consumo especificado;
- os eliminadores de gotas deverão estar limpos e isentos de algas e outros depósitos que
possam impedir a vazão normal do ar;
- os enchimentos deverão estar isentos de materiais como óleo, material betuminoso,
incrustações e algas;
- o nível da água na bacia de água fria deverá estar na altura máxima e ser mantido constante
durante o teste.
- a temperatura de bulbo úmido deverá situar-se numa faixa entre 3ºF acima e 7ºF abaixo da
temperatura de bulbo úmido de projeto;
- a carga térmica deverá situar-se numa faixa de 20% acima e abaixo da especificada. Caso uma
ou mais células estejam desligadas, esta limitação aplica-se somente às células em operação;
- a faixa de resfriamento deverá situar-se 20% acima ou abaixo da especificada;
- a vazão de água fria em circulação deverá situar-se numa faixa de 10% acima e/ou abaixo da
especificada. No caso de torres multicelulares é permitido desligar uma ou mais células, caso não
se consiga obter a vazão desejada. A vazão total não poderá ser inferior a 75% da vazão total
especificado para a torre.
- a água em circulação não poderá conter mais de 5000 ppm de sólidos totais dissolvidos
determinados por evaporação, e não mais de 10 ppm de óleo, material betuminoso, ou
substâncias graxas, salvo haja um acordo especificado entre o fabricante e o comprador;
- a velocidade média dos ventos não deverá ultrapassar 16 km / h, leituras instantâneas de um
minuto não deverão exceder 24 km / h.
125
4.15.3 Constância das condições de teste
Durante o teste a variação das condições estabilizadas deverá ser mantida nos limites:
As leituras instantâneas da temperatura de bulbo úmido poderão flutuar, porém as variações das
o o
médias não poderão exceder 2 F por hora. As temperaturas deverão ser arredondadas ao 0,1 F
mais próximo.
As leituras deverão ser processadas em intervalos regulares conforme tabela abaixo.
Após atingir as condições estáveis, a duração do teste efetuado com o número de leituras citado
será de uma hora.
4.15.5 Medições
126
DA TEMPERATURA DE BULBO ÚMIDO
QUALIDADE DA ÁGUA
- A qualidade da água deverá ser obtida por uma amostra coletada durante o teste. Caso haja
dúvidas quanto à contaminação da água, a amostra deverá ser enviada para exames
laboratoriais.
- O ciclo de concentração considerado no projeto não poderá ser alterado durante os testes.
127
4.16 CURVAS
KaV t dt
∫
q
curva será determinada pela expressão: = (equação 55)
L t f H − h
tq dt KaV t q − t f 1 1 1 1
Resolvendo esta integral ∫ t , teremos: = + + + ,
f H − h L 4 ∆h1 ∆h2 ∆h3 ∆h 4
onde:
128
4.16.1.1 Traçado da Curva de Projeto
Os valores de “h” nas temperaturas intermediarias para “L/G” = 0,80 estão calculados abaixo.
o
Temperatura F H h H-h
temperatura bulbo úmido = 76,0 39,57
temperatura água fria = 86,0
Hbu + 0,1 L/G ( tq –tf )
tf + 0,1(tq - tf ) = 89,0 54,56 12,59
39,57 + 0,1 x 0,8 (116 – 86) = 41,97
Hbu + 0,4 L/G ( tq –tf )
tf + 0,4(tq - tf) = 98,0 68,23 19,06
39,57 + 0,4 x 0,8 (116 – 86) = 49,17
Hbu + 0,6 L / G ( tq –tf )
tq - 0,4(tq - tf ) = 104,0 79,32 25,35
39,57 + 0,6 x 0,8 (116 – 86) = 53,97
Hbu + 0,9 L/G ( tq –tf )
tq - 0,1(tq - tf ) = 113,0 99,71 38,54
39,57 + 0,9 x 0,8 (116 – 86) = 61,17
temperatura água quente = 116,0
130
(Tabela 4 continuação )
Volume
o Pressão de Umidade absoluta Entalpia
t C específico
vapor kPa kg / kg 3 kJ / kg
m / kg
30 4.2431 0.02732 0.8961 99.977
31 4.4928 0.02900 0.9014 105.337
32 4.7552 0.03078 0.9068 110.946
33 5.0308 0.03266 0.9124 116.819
34 5.3201 0.03464 0.9182 122.968
35 5.6237 0.03674 0.9241 129.411
36 5.9423 0.03895 0.9302 136.161
37 6.2764 0.04129 0.9365 143.239
38 6.6265 0.04376 0.9430 150.660
39 6.9935 0,04636 0.9497 158.445
40 7.3778 0.04911 0.9567 166.615
41 7.7803 0.05202 0.9639 175.192
42 8.2016 0.05509 0.9713 184.200
43 8.6424 0.05833 0.9790 193.662
44 9.1036 0.06176 0.9891 203.610
45 9.5856 0.06537 0.9954 214.067
46 10.0896 0.06920 1.0040 225.068
47 10.6161 0.07324 1.0130 236.643
48 11.1659 0.07751 1.0224 248.828
49 11.7402 0.08202 1.0322 261.667
50 12.3397 0.08680 1.0424 275.198
52 13.6176 0.09720 1.0641 304.512
54 15.0072 0.10887 1.0879 337.182
56 16.5163 012198 1.1141 373.679
58 18.1531 0.13674 1.1429 414.572
60 19.9263 0.15341 1.1749 460.536
62 21.8447 0.17228 1.2105 512.391
64 23.9184 0.19375 1.2504 571.144
66 26.1565 0.21825 1.2953 638.003
68 28.5701 0.24638 1.3462 714.531
70 31.1693 0.27884 1.4043 802.643
75 38.5562 0.38587 1.5925 1092.010
80 47.3670 0.55201 1.8792 1539.414
85 57.8096 0.83634 2.3633 2302.878
90 70.1140 1.41604 3.3412 3856.547
131
TABELA 5
3
Pressão ft / lb BTU / lb BTU / lb BTU / lb oR
2
Lbf/in Líquido Vapor Líquido Vapor Líquido Vapor Líquido Vapor
Evap.
vf saturado saturado saturado saturado saturado saturado saturado saturado
htg
vf vg ut ug hf hg sf sg
32 0,0886 0,01602 3305 -0,01 1021,2 -0,01 1075,4 1075,4 -0,00003 2,1870
35 0,0999 0,01602 2948 2,99 1022,2 3,00 1073,7 1076,7 0,00607 2,1764
40 0,1217 0,01602 2445 8,02 1023,9 8,02 1070,9 1078,9 0,01617 2,1592
45 0,1475 0,01602 2037 13,04 1025,5 13,04 1068,1 1081,1 0,02618 2,1423
50 0,1780 0,01602 1704 18,06 1027,2 18,06 1065,2 1083,3 0,03607 2,1259
52 0,1917 0,01603 1589 20,06 1027,8 20,07 1064,1 1084,2 0,04000 2,1195
54 0,2064 0,01603 1482 22,07 1028,5 22,07 1063,0 1085,1 0,04391 2,1131
56 0,2219 0,01603 1383 24,08 1029,1 24,08 1061,9 1085,9 0,04781 2,1068
58 0,2386 0,01603 1292 26,08 1029,8 26,08 1060,7 1086,8 0,05159 2,1005
60 0,2563 0,01604 1207 28,08 1030,4 28,08 1059,6 1087,7 0,05555 2,0943
62 0,2751 0,01604 1129 30,09 1031,1 30,09 1058,5 1088,6 0,05940 2,0882
64 0,2952 0,01604 1056 32,09 1031,8 32,09 1057,3 1089,4 0,06323 2,0821
66 0,3165 0,01604 988,4 34,09 1032,4 34,09 1056,2 1090,3 0,06704 2,0761
68 0,3391 0,01605 925,8 36,09 1033,1 36,09 1055,1 1091,2 0,07084 2,0701
70 0,3632 0,01605 867,7 38,09 1033,7 38,09 1054,0 1092,0 0,07463 2,0642
72 0,3887 0,01606 813,7 40,09 1034,4 40,09 1052,8 1092,9 0,07839 2,0584
74 0,4158 0,01606 763,5 42,09 1035,0 42,09 1051,7 1093,8 0,08215 2,0526
76 0,4446 0,01606 716,8 44,09 1035,7 44,09 1050,6 1094,7 0,08589 2,0469
78 0,4750 0,01607 673,3 46,09 1036,3 46,09 1049,4 1095,5 0,08961 2,0412
80 0,5073 0,01607 632,8 48,08 1037,0 48,09 1048,3 1096,4 0,09332 2,0356
82 0,5414 0,01608 595,0 50,08 1037,6 50,08 1047,2 1097,3 0,09701 2,0300
84 0,5776 0,01608 559,8 52,08 1038,3 52,08 1046,0 1098,1 0,1007 2,0245
86 0,6158 0,01609 527,0 54,08 1038,9 54,08 1044,9 1099,0 0,1044 2,0190
88 0,6562 0,01609 496,3 56,07 1039,6 56,07 1043,8 1099,9 0,1080 2,0136
90 0,6988 0,01610 467,7 58,07 1040,2 58,07 1042,7 1100,7 0,1117 2,0083
92 0,7439 0,01611 440,9 60,06 1040,9 60,06 1041,5 1101,6 0,1153 2,0030
94 0,7914 0,01611 415,9 62,06 1041,5 62,02 1040,4 1102,4 0,1189 1,9977
96 0,8416 0,01612 392,4 64,05 1041,2 64,06 1039,2 1103,3 0,1225 1,9925
98 0,8945 0,01612 370,5 66,05 1042,8 66,05 1038,1 1104,2 0,1261 1,9874
100 0,9503 0,01613 350,0 68,04 1043,5 68,05 1037,0 1105,0 0,1296 1,9822
110 1,276 0,01617 265,1 78,02 1046,7 78,02 1031,3 1109,3 0,1473 1,9574
120 1,695 0,01621 203,0 87,99 1049,9 88,00 1025,5 1113,5 0,1647 1,9336
130 2,225 0,01625 157,2 97,97 1053,0 97,98 1019,8 1117,8 0,1817 1,9109
140 2,892 0,01629 122,9 107,95 1056,2 107,96 1014,0 1121,9 0,1985 1,8892
150 3,722 0,01634 97,0 117,95 1059,3 117,96 1008,1 1126,1 0,2150 1,8684
160 4,745 0,01640 77,2 127,94 1062,3 127,96 1002,2 1130,1 0,2313 1,8484
170 5,996 0,01645 62,0 137,95 1065,4 137,97 996,2 1134,2 0,2473 1,8293
180 7,515 0,01651 50,2 147,97 1068,3 147,99 990,2 1138,2 0,2631 1,8109
190 9,343 0,01657 41,0 158,00 1071,3 158,03 984,1 1142,1 0,2787 1,7932
200 11,529 0,01663 33,6 168,04 1074,2 168,07 977,9 1145,9 0,2940 1,7762
132
4.16.2 Curva Característica
KaV / L
L/G
133
4.17 AVALIAÇÃO DO RESULTADO DO TESTE EM TORRES
A condição de aceitação ou não do resultado dos testes, é feita por meio da curva de
performance ou da curva característica.
Neste caso a condição de aceitação passa por um processo de interpolação, a fim de permitir a
comparação entre a capacidade efetiva da torre e a capacidade prevista nas curvas de
performance. A solução das equações 57 e 58 citadas abaixo e a construção de dois gráficos irão
determinar a capacidade da torre.
1/3
Vazão de teste ajustada = vazão teste x (potência de projeto / potência teste) (equação 57)
Esta equação determina a vazão de água que a torre poderia resfriar com as temperaturas
medidas quando da realização do teste se, o ventilador fosse ajustado para a potência
especificada em projeto.
Esta equação 57 é baseada em duas hipóteses:
Primeira
- a capacidade de vazão de água da torre é diretamente proporcional à vazão de ar;
Segunda
- a vazão de ar é proporcional à raiz cúbica da potência consumida pelo ventilador.
Ambas hipóteses não são totalmente válidas, porém como as condições operacionais de teste
limitam faixas de desvios pequenas em relação aos dados de projeto, pode-se assumi-las como
precisas.
Esta equação determinará um valor percentual em função do qual a performance da torre será
avaliada. Se maior do que 100% a performance das torres estará conforme.
Na hipótese desse percentual ser menor que 100%, tal fato caracterizará situações que
necessariamente deverão ter sido previstas no contexto documental do Pedido de Compra dessa
torre. Isto significa que este valor inferior a 100% deverá estar pré-fixado e os parâmetros termo
fluidos dinâmicos que o determinaram, destacados como condicionantes de “não conformidade
sazonal”.
134
Exercício demonstrativo
1
1 - calcular a vazão de teste ajustada 13100 × (230/218 ) 3 = 13.336 gpm
2 - gerar tabela com valores de temperatura de água fria referente ao Tbu de teste 71,4 ºF;
135
3 - lançar os valores no par de eixos Resfriamento / Temperatura de água fria e traçar as curvas;
4 - gerar tabela com valores de temperatura de água fria para o resfriamento do teste(31,5 ºC.);
o
Vazão gpm Temperatura da água fria F
12600 82,16
14000 83,35
15400 84,48
5 - lançar os valores no par de eixos Vazão de água / Temperatura de água fria e obter a vazão
pré-ditada;
136
4.17.2 Avaliação por meio de Curva Característica
A avaliação das torres pela curva característica é efetuada por meio de uma curva efetiva,
paralela à curva característica, passando por um ponto definido pelas coordenadas de teste “L/G”
e “Kav/L”.
A interseção desta Curva Efetiva com a Curva de Projeto determinará o “ponto de trabalho” da
torre. Considerar as expreções abaixo para determinação do L/G de teste e capaidade da torre.
1/3
L/G teste = L/G projeto x (vazão teste / vazão projeto) x (potência projeto / potência teste)
(equação 59)
O exemplo numérico para este caso será feito aplicando os mesmo valores de projeto e de teste
considerados anteriormente para a Curva de Performance, relacinados abaixo.
1/ 3
2 - calcular o L/G do teste → 0,992 x 13100 × 230 = 0,945 ;
14000 218
3 - elaborar o quadro de entalpias para L/G 0,945 conforme seqüência indicada no Item 4.16.1.1;
o
Temperatura F H h H-h
de bulbo úmido 71,40 35,32
de água fria 82,70
tf + 0,1 (tq -tf) 85,85 50,53 35,32 + 0,1 x 0,945 (114,2 – 82,7) = 38,296 12,234
tf + 0,4 (tq -tf) 95,30 63,79 35,32 + 0,4 x 0,945 (114,2 – 82,7) = 47,227 16,563
tq – 0,4 (tq -tf) 101,60 74,67 35,32 + 0,6 x 0,945 (114,2 – 82,7) = 53,180 21,490
tq – 0,1 (tq -tf) 111,05 94,72 35,32 + 0,9 x 0,945 (114,2 – 82,7) = 62,110 32,610
de água quente 114,20
114,20
137
4 - calcular o K a V / L do teste;
1,013
6 - calcular a capacidade da torre × 100 = 102,1%.
0,992
138
CAPÍTULO V
As tubulações devem ser projetadas como um conjunto formado por tubos, conexões e
acessórios para aplicação em sistemas de distribuição de:
3 - Tensão admissível do material - o material deve ter resistência mecânica compatível com a
grandeza dos esforços referentes à pressão do fluido, peso, ação do vento, reação de dilatações
térmicas, sobrecarga.
4 - Esforços mecânicos - o material deve ser adequado aos esforços de tração, compressão,
flexão, choques, vibração, esforços cíclicos, estáticos ou dinâmicos.
Metálicos (ferrosos)
- aço carbono
- aço liga
- aço inoxidável
- ferro fundido
- ferro forjado
- ferro ligado
- ferro nodular
- latâo
- cobre níquel
- níquel e ligas
- metal Monel
141
5.3 CONSIDERAÇÕES SOBRE OS TUBOS
5.3.2 Normas de Materiais para Tubos de Metais não-Ferrosos / Cobre e suas Ligas
- quantidade em metros ou em kg
- P. Number (mesma soldadibilidade), ver tabela página 144
- tipo de extremidade: ponta lisa, chanfrada ou roscada
- tubo com ou sem costura, galvanizado ou preto
- norma do material
- tipo de acabamento (preto ou galvanizado) ou do revestimento
- diâmetro nominal
- número de Schedule, salvo solicitações estruturais pode-se adotar os referencias:
Estas dimensões estão mostradas na tabela a seguir. Até a bitola de 12” o diâmetro nominal não
corresponde a nenhuma dimensão física do tubo; a partir de 14” o diâmetro nominal coincide com
o diâmetro externo do tubo.
142
DIMENSÕES NORMATIZADAS PARA TUBOS DE AÇO
143
(continuação)
Diâmetro Peso aprox.
Área Seção transversal
nominal Área (kg / m)
Designação Espessura de de
(pol) Diâmetro de Superfície
de espessura parede secção
- interno secção externa Tubo Conteúdo de Momento Momento
de Raio de
Diâmetro (mm) livre (m2/m) vazio água de inércia resistente
(v. Nota 2) (v. Nota 3) metal giração
externo (cm2) (v Nota 5) (v. Nota 6) (cm4) (cm3)
(cm2)
(mm)
10 6,35 393,7 1.217,5 79,8 62,57 121,7 15.983 786,72 14,15
Std, 30 9,52 387,3 1.178,1 118,8 93,12 117,8 23.392 1.152,2 14,05
16
XS, 40 12,7 381,0 1.140,1 157,1 123,2 114,0 30.468 1.499,7 13,92
- 1,277
60 16,6 373,1 1.093,0 203,9 159,9 109,3 38.834 1.911,1 13,79
406
80 21,4 363,6 1.038,1 258,7 203,0 103,8 48.158 2.370,0 13,64
100 26,2 354,0 984,6 312,9 245,3 98,46 56.815 2.796,1 13,46
10 1.551,7 89,9
6,35 444,5 70,52 155,2 22.851 999,79 15,95
Std, 20 1.507,8 133,9
9,52 438,1 105,0 150,8 33.589 1.468,5 15,82
XS 1.464,6 177,4
18 12,7 431,8 139,0 146,5 43.829 1.917,6 15,72
40 1.443,3 198,7
- 14,3 428,6 1,436 155,9 144,3 48.782 2.133,9 15,67
60 1.379.4 261,9
457 19,0 419,1 205,6 137,9 63.059 2.758.4 15,49
80 1.317,5 323,9
23,8 409,6 254,1 131,7 76.337 3.340,3 15,34
100 1.247,2 394,8
29,4 398,5 309,4 124,7 90.738 3.969,7 15,16
10 6,35 495,3 1.926,6 100,1 78,46 192,7 31.509 1.240,7 17,73
Std, 20 9,52 488,8 1.877,5 149,2 116,9 187,7 46.368 1.825,8 17,63
20 XS, 30 12,7 482,6 1.829,1 197,4 154,9 182,9 60.645 2.388,0 17,53
- 40 15,1 477,9 1.793,6 233,5 1,597 182,9 179,4 70.926 2.792.9 17,42
508 60 20,6 466,7 1.711,1 315,5 247,6 171,1 93.943 3.699,2 17,25
80 26,2 455,6 1.630,4 396,1 310,8 163,0 115.379 4.543,3 17,07
100 32,5 442,9 1.540,7 485,8 381,1 154,1 138.188 5.441,5 16,84
10
6,35 596,9 2.800,2 120,3 94,35 280,0 54.776 1.796,3 21,34
Std, 20
9,52 590,5 2.742,1 179,5 140,8 274,2 80.873 2.482,8 21,21
XS
24 12,7 584,2 2.677.6 238,1 186,7 267,8 106.139 2.653,5 21,11
40
- 17,4 574,7 2.593,7 324,5 1,914 254,7 259,4 142.351 4.674,4 20,96
60
610 24,6 560,4 2.464,6 451,6 354,3 246,5 193.547 6.359,3 20,70
80
30,9 547,7 2.355,0 562,6 440,9 235,5 236.002 7.752,5 20,50
100
38,9 531,8 2.219,5 697,5 546,7 221,9 285.118 9.358,7 20,22
30 10 7,92 746,1 4.374,4 187,7 147,2 437,4 133.609 3.507,5 26,67
- 20 12,7 736,6 4.264,8 298,7 2,393 234,4 426,5 209.779 5.507,0 26,49
762 30 15,9 730,2 4.187,3 371,6 291,8 418,7 258.895 6.801,8 26,39
Notas:
1 - A norma ANSI B.36.19 só abrange tubos até o diâmetro nominal de 12”.
2 - As designações “Std”, “XS” e “XXS” correspondem às espessuras denominadas “normal”, “extra forte”, e “duplo extra forte” da norma ANSI
B.36.10. As designações 10, 20, 30, 40, 60, 80, 100, 120 e 160 são os “números de série” (Schedule Number) dessa mesma norma. As
designações 5S, 10S, 20S, 40S e 80S são da norma ANSI B.36.19.
3 - As espessuras em mm indicadas na tabela são os valores nominais; as espessuras mínimas correspondentes dependerão das tolerâncias de
fabricação, que variam com o processo de fabricação do tubo. Para tubos sem costura a tolerância usual é + 12,5% do valor nominal.
4 - Nesta tabela estão omitidos alguns diâmetros e espessuras não usuais na prática. Para a tabela completa, contendo todos os diâmetros e
espessuras, consulte as normas ANSI B.36.10 e B.36.19.
5 - Os pesos indicados nesta tabela correspondem aos tubos de aço carbono ou de aços de baixa liga. Os tubos de aços inoxidáveis feríticos pesam
cerca de 5% menos, e os de inoxidáveis austeníticos cerca de 2% mais.
6 - Esses mesmos números representam também a vazão em I/seg. para a velocidade de 1 m/seg.
144
5.4 CONEXÕES PARA TUBULAÇÕES
o
3 - DERIVAÇÕES Tês normais 90
o
Tês de 45
Tês de redução
Peças em Y
Cruzetas
Cruzetas de redução
Selas
Colares
Derivações soldadas
Observações:
1 – quanto às conexões para mudança de diâmetro, considerar as indicações apresentadas no
item 5.4.5 página 152.
2 – quanto às conexões roscadas, considerar as roscas padrão NPT, norma ANSI B 2.1 indicada
na página 207.
145
5.4.1 Ligações entre Tubos
LIGAÇÕES ROSCADAS
LIGAÇÕES SOLDADAS
LIGAÇÕES FLANGEADAS
146
5.4.2 Identificação das Conexões
CONEXÕES ROSCADAS
147
5.4.3 Conexões Pré-Fabricadas - Curvas de Gomo
A espessura t será calculada pelas expressões abaixo, de modo que a pressão interna máxima Pm a qual
a curva estará submetida seja igual ou menor que a tensão admissível Sh do material da tubulação.
Sendo “ α ” = ângulo da curva / 2 x n, onde: n= número de soldas, teremos:
Sh ×E x (t − c) (t − c)
“ α ” < 22,5o com uma solda, Pm = ×
R2 (t − c) + 0,643 xtgα R2 (t − c)
(equação 61)
A - 106 Gr B 1.406 1.406 1.406 1.406 1.329 1.216 1.195 1.160 914 759 611 457 316 176 112 70
API - 5L Gr B 1.406 1.406 1.406 1.406 1.329 1.216 1.195 1.160 914 759 611 457 316 176 112 70
A - 135 Gr B 1.406 1.406 1.406 1.406 1.329 1.216 1.195 1.160 914 759 611 457 316 176 112 70
A – 333 Gr 6 1.406 1.406 1.406 1.406 1.329 1.216 1.195 1.160 914 759 611 457 316 176 112 70
API 5L x 42 1.406 1.406 1.406
API 5L x 42 1.476 1.476 1.476
API 5L x 42 1.547 1.547 1.547
A – 134 (285 C) 1.174 1.153
1.125
A – 134 (283 B) 963 914 1.083 1.026 935 921 914 787 675 569 457
872
A – 120 844 801
A – 671 – CA 55 1.286 1.286 1.244 1.209 1.139 1.040 1.019 1.012 850 717 590 457 316 176 112 70
A – 672 – A 55,C 55 1.286 1.286 1.244 1.209 1.139 1.040 1.019 1.012 850 717 590 457 316 176 112 70
A – 671 – CB 60,CC 60 1.406 1.371 1.329 1.286 1.216 1.111 1.090 1.083 914 759 611 457 316 176 112 70
A – 672 B 60, C 60 1.406 1.371 1.329 1.286 1.216 1.111 1.090 1.08 914 759 611 457 316 176 112 70
A – 671 – CB 70, CC 70 1.638 1.624 1.582 1.525 1.441 1.314 1.294 1.286 1.0 844 654 457 316 176 112 70
A – 672 – B 70, C 70 1.638 1.624 1.582 1.525 1.441 1.314 1.294 1.286 40 844 654 457 316 176 112 70
Temperatura do metal oC 38 93 149 204 260 316 343 371 1.0
399 427 454 482 510 538 566 593
148
5.4.4 Conexões Pré-Fabricadas - Bocas de Lobo
São fabricadas nas opções: tubo contra tubo, com anel de reforço e com ou sem nervuras
Para o reforço consulte o normograma e a tabela indicados nas páginas 150 e 151.
Para soldagem do anel de reforço considerar as restrições indicadas na página 225.
149
NORMOGRAMA REFERENCIAL PARA O REFORÇO DA BOCA DE LOBO
150
TABELAS COM OS COEFICIENTES “R” E “C” DO NORMOGRAMA
50 1,000 1,000 1,000 1,000 1,000 1,000 1,000 1,000 1,000 1,000 1,000 1,000 1,000 1,000
100 0,959 0,959 0,965 0,958 0,959 0,975 0,975 0,975 0,998 0,988 0,899 0,967 0,995 0,991
150 0,913 0,916 0,931 0,917 0,920 0,946 0,943 0,946 0,986 0,905 0,818 0,840 0,954 0,926
200 0,874 0,875 0,899 0,877 0,879 0,922 0,917 0,922 0,972 0,848 0,751 0,718 0,935 0,782
250 0,834 0,834 0,865 0,835 0,840 0,896 0,888 0,895 0,949 0,816 0,694 0,639 0,920 0,716
300 0,793 0,794 0,829 0,794 0,799 0,889 0,861 0,869 0,925 0,799 0,647 0,592 0,913 0,665
350 0,752 0,750 0,795 0,754 0,759 0,844 0,836 0,846 0,897 0,791 0,607 0,559 0,909 0,623
400 0,675 0,654 0,761 0,713 0,718 0,821 0,807 0,821 0,866 0,784 0,567 0,533 0,901 0,582
450 0,725 0,671 0,677 0,778 0,766 0,778 0,802 0,764 0,532 0,882
500 0,599 0,588 0,605 0,630 0,630 0,630 0,692 0,743 0,503 0,822
550 0,343 0,343 0,387 0,364 0,343 0,371 0,495 0,711 0,473 0,705
600 0,163 0,163 0,195 0,134 0,210 0,240 0,609 0,387 0530
151
5.4.5 Tabela para Seleção das Derivações
Tê biselado (forjado) 1
Tê roscado ou de encaixe 2
Meia luva roscada ou de encaixe 3
Tê de redução biselado forjado 4
Tê biselado soldado 5
Boca de lobo 6
Tê de redução biselado soldado 7
Tê de redução ou tê + redução rosada 8
Tê de redução ou tê + redução de encaixe 9
152
5.4.6 Flanges
TIPOS DE FLANGES
Para materiais, dimensões, quantidade de porcas e parafusos, ver páginas 212 e 213.
153
REFERENCIAIS NORMATIVOS DO ACABAMENTO DA FACE DE JUNÇÃO DOS FLANGES
A face do ressalto dos flanges pode ser especificada com seis acabamentos, conforme figura 3:
1) RANHURA STANDARD - Espiral contínua com passo de 0,8 mm e raio de 1,6mm na ponta da
ferramenta para os flanges até 12” de diâmetro nominal. Acima de 12” com passo de 1,2 mm e
raio de 3,2 mm.
154
PARÂMETROS PARA ESPECIFICAÇÃO DE FLANGES
- material do flange;
- tipo de flange;
- diâmetro nominal do tubo;
- Schedule do tubo;
- tipo de face;
- acabamento da face de junção;
- classe de pressão;
- norma do flange.
Notas:
1 - A norma ANSI B.16.5 define sete classes de pressão para os flanges designadas pelos
valores 150 PSI, 300 PSI, 400 PSI, 600 PSI, 900 PSI, 1500 PSI e 2500 PSI.
Para cada uma dessas classes de pressão, tem-se uma curva de interdependência entre a
pressão admissível e a temperatura de cada material, conforme Normograma indicado na página
150.
2 - A norma dimensional para os flanges de diâmetros < 24” de uso mais comum no Brasil é a
ANSI B.16.5.
3 – A norma AWWA é a especificada para flanges com diâmetros maiores que 24”.
4 - A espessura da parede do tubo deve ser especificada quando o flange utilizado for do tipo “de
pescoço” ou “de encaixe”.
5 – A rosca de flanges roscados deve ser especificada conforme um dos padrões BSP ou NPT.
7 – O material dos flanges soldados deve ter soldabilidade adequada ao P Number do tubo.
8 – Cordoalhas de cobre devem ser previstas para garantir a continuidade do potencial elétrico
em junções flangeadas, quando a junta de vedação dessas junções não for metálica.
155
NORMOGRAMA DE PRESSÕES ADMISSÍVEIS NOS FLANGES VERSUS TEMPERATURA
Kg
admissível
Pressão
2
Temperatura ºC
Aperto Residual - Visa combater o efeito da pressão interna Pi na tubulação tendendo a separar
os flanges.
Valor do aperto residual: na faixa de 1,5 a 2 x Pi.
Aperto Final – Visa compensar os efeitos de dilatação devido aos gradientes térmicos.
Valor do aperto final: ajustado na montagem.
156
5.4.7 Juntas para Flanges
“FIGURA 8”
As válvulas óculo tem emprego equivalente aos da figura 8, porém são aplicadas para diâmetro
de rede maiores que 750 mm.
157
5.4.9 Juntas de Expansão
158
5.5 VÁLVULAS
CONCEITUAÇÃO
As válvulas usadas para bloqueio, retenção, alivio ou controle de fluidos, são fabricadas com um corpo
abrigando um dispositivo de atuação no fluido circulante, e um castelo contendo o mecanismo de atuação
deste dispositivo. Esse castelo pode ser roscado diretamente ao corpo ou preso a ele por porcas de
união ou ainda aparafusado. As extemidades do corpo podem ser flangeadas, roscadas oupar asolda de
encaixe ou de topo.
A atuação das válvulas se faz por comando manual atrvés do uso de volantes ou alavancas, por uso de
força motriz externa por meio de cilindros pneumáticos ou motores elétricos, ou ainda utilizando a força
hidráulica do próprio fluido, como é o caso das válvulas de retenção.
De alívio: estas válvulas são angulares e usadas em sistemas de fluidos gasosos para alívio de pressão.
São acionadas pela pressão à montante, que ao alcançar um valor ajustado, ultrapassa o valor da força
calibrado por meio de uma mola de ajuste, descarregando o fluxo de gás, proporcionalmente aoaumento
da pressão. A bitola de conexão de entrada do fluido é sempre menor que a de saída e são fabricadas na
faixa de1” x 2” a 8” x 10”. O orifício de passagem do gás a ser descarregado é padronizado segundo a
norma API – RP 526, conforme indicado na página 98.
De segurança: idênticas às vávulas de alívio, porém usadas em sistemas de fluidos líquidos e de vapor.
As válvulas de alívio ou de segurança podem ser instaladas em tubulações ou em vasos de pressão.
159
REFERENCIAIS NORMATIVOS PARA OS DIMENSIONAIS DAS VÁLVULAS
Estes referenciais normatizam as dimensões construtivas das válvulas, fixam as condições de trabalho e
fixam também as condições dos testes de aceitação, conforme detalhado nas páginas 216 a 220.
Norma ANSI B 16.10 aplicável às válvulas flangeadas do tipo gaveta, globo e retenção em aço carbono,
aço forjado e ferro fundido nas classes de pressão de 150 PSI a 2500 PSI, com diâmetro até 24”.
Norma API – 6D aplicável às válvulas do tipo gaveta, esfera, macho e retenção em aço para oleodutos
nas classes de pressão de 150 PSI a 2500 PSI.
Norma API – 526 aplicável às válvulas de segurança, em aço, flangeadas nas classes de pressão de 150
PSI a 2500 PSI.
Norma API – 594 aplicável às válvulas de retenção do tipo wafer em ferro fundido nas classes de pressão
de 125 PSI a 250 PSI e em aço fundido nas classes de 150 PSI a 2500 PSI.
Norma API – 599 aplicável às válvulas do tipo macho, em aço, flangeadas ou para soldas de topo nas
classes de pressão de 150 PSI a 2500 PSI.
Norma API – 600 aplicável às válvulas do tipo gaveta, em aço, flangeadas ou para soldas de topo nas
classes de pressão de 150 PSI a 2500 PSI.
Norma API – 602 aplicável às válvulas do tipo gaveta, em aço de pequenos diâmetros.
Norma API – 604 aplicável às válvulas do tipo gaveta e macho, em ferro nodular, nas classes de pressão
de 150 PSI a 300 PSI.
Norma API – 609 aplicável às válvulas do tipo borboleta, em ferro fundido, na classe de pressão de 125
PSI e em aço fundido na classe 150 PSI.
As mais usuais no Brasil são 150 PSI, 300 PSI, 400 PSI, 900 PSI, 1500 PSI e 2500 PSI.
- quantidade / diâmetro;
- tipo da válvula;
- arranjo construtivo do castelo, roscado ou não;
- tipo de haste ascendente, com rosa interna ou com rosca externa, ver página 56;
- extremidade flangeada, roscada ou soldada;
- tipo de vedação, da haste e do castelo;
- norma dimensional e norma de material;
- norma de inspeção e teste;
- classe de pressão;
- diâmetro.
160
5.5.1 Recomendações para seleção de válvulas
VÁLVULA DE BLOQUEIO
Fluidos a que se
Perda de carga
Pode ser prova
ou com sólidos
fechamento de
Faixa de
sedimentação
Fluidos muito
corrosivos ou
Destina-se a
Fluidos com
muito tóxico
freqüente?
estanque?
operação
comando
de fogo?
ocupado
causada
remoto?
Permite
Espaço
destina
Tipo de
Custo
Tem
Válvula
Pressão Temperatura Diâmetro
Perda de carga
Pode ser prova
ou com sólidos
fechamento de
Faixa de
sedimentação
Fluidos muito
corrosivos ou
Destina-se a
Fluidos com
muito tóxico
freqüente?
estanque?
operação
comando
de fogo?
ocupado
causada
remoto?
Permite
Espaço
destina
Tipo de
Custo
Tem
Válvula
Pressão Temperatura Diâmetro
161
5.5.3 Dimensionamento de válvulas de alívio instaladas em redes (conforme W. Burger )
Para este caso adotar o procedimento indicado no Item C.3 da norma API-RP520 que define a
área do orifício “A” pela expressão A = F1 × A S / P1 , (equação 67)
onde:
2
área do orifício A: em pol
2
área exposta da superfície do vaso AS: em pe
pressão do alívio P1: pressão de ajuste + sobre-pressão + 14,7, em psia
Nota: valor mínimo recomendado pela API-RP 520 par o fator F1 = 0,01.
Calcular o orifício
2 2 2
área exposta das calotas: 2,61 x DE = 2,61 x 5,942 = 92,138 pe
2
área exposta do cilindro: π x DE x L =π x 5,942 x 21,981= 410,426 pe
2
área exposta total: 92,138 + 410,126 = 502,264 pe .
2
Orifício: 0,01× 502,264 ÷ 638 + 63,8 + 14,7 =0,187 pol orifício “E”, válvula 1”x 2”.
162
TABELA 1 CONSTANTE C’ PARA VAPORES E GASES
Referência:
dimensionamento e seleção de válvulas de segurança e alívio W.BURGER, página. 11.
GÁS ou VAPOR K C’ M
Acetaldeido 1,14 323 44,05
Ácido Acético 1,15 324 60,05
Acetileno 1,26 334 26,04
Ar 1,40 347 28,97
Amônia 1,31 339 17,03
Argônio 1,67 369 39,94
Benzeno 1,12 321 78,11
Butadieno 1,12 321 54,09
N-Butano 1,09 317 58,12
Isso-Butano 1,11 320 58,12
Dióxido de Carbono 1,29 337 44,01
Dissulfeto de Carbono 1,21 330 76,13
Monóxido de Carbono 1,40 347 28,00
Cloro 1,36 343 70,91
Etano 1,19 326 30,07
Etileno 1,24 332 28,05
Álcool Etílico 1,13 322 46,07
Cloreto Etílico 1,19 328 64,50
Freon II 1,14 323 137,37
Freon 12 1,14 323 120,92
Freon 114 1,09 317 170,93
Hélio 1,66 368 4,00
N-Heptano 1,05 313 100,00
N-Hexano 1,06 314 86,17
Hidrogênio 1,41 348 2,02
Cloreto de Hidrogênio 1,41 348 36,47
Sulfeto de Hidrogênio 1,32 340 34,08
Metano 1,31 339 16,04
Álcool Metílico 1,20 329 32,04
Butano Metílico 1,08 316 72,15
Cloreto Metílico 1,20 329 50,48
Gás Natural 1,27 335 19,00*
Nitrogênio 1,40 347 28,02
N-Octano 1,05 313 114,22
Oxigênio 1,40 347 32,00
N-Pentano 1,07 315 72,15
Fenol 1,30 338 94,00
Propano 1,13 322 44,09
Propileno 1,15 324 42,08
Dióxido Sulfuroso 1,29 337 64,06
Stireno 1,07 315 104,14
Tolueno 1,09 317 92,13
163
5.5.4 Válvulas de Controle
Funcionamento
Notas:
1 – O projeto de instalção da válvula deverá ser feito, conforme figura 9 na página 96.
2 – A conformidade destas válvulas deverá ser verificada segundo as normas:
- nível de ruído da válvula, Normas ISA 75.17 e IEC-60534-8-4;
- classe de vedação da válvula Norma ANSI / FCI 70-2;
- dimensional da válvula Norma ISA – RP 4.1;
- capacidade da válvula Norma ISA S75 – 01.
164
DIMENSIONAMENTO VÁLVULAS DE CONTROLE CONFORME NORMA ISA 75.01
Para o dimensionamento das válvulas de controle deverá ser calculado o coeficiente de vazão
3
CV, definido como a vazão em m /s que cria uma perda de carga de 1 bar atravessando a válvula
totalmente aberta.
2
Se ∆P for menor que Cf x ∆PS CV = 1,16 x q x G f ÷ ∆P (equação 68)
2
Se ∆P for maior ou igual que Cf x ∆PS CV = (1,16 x q ÷ Cf) x Gf ÷ ∆Ρ (equação 68a)
Ρ
∆Ρs = Ρ1 - 0,96 − 0,28 v x Pv (equação 69)
Ρ c
onde:
2 Q G× T
se ∆Ρ < 0,5 × Cf × Ρ1 → CV= × (equação 68b)
295 ∆Ρ(Ρ1 + Ρ2 )
2 Q× G× T
se ∆Ρ ≥ 0,5 × Cf × Ρ1 → CV= (equação 68c)
257 × Cf × Ρ1
onde:
165
TABELA 2 FATOR DE FLUXO CRÍTICO NA ABERTURA TOTAL
Tipo de Tamanho do Cfr
Fluxo Cf KC XT
Válvula Obturador d / D > 1,5
→
Para abrir 0,85 0,58 0,81 0,61
A
Para fechar 0,90 0,65 0,86 0,68
Série ←
2000 →
Para abrir 0,80 0,52 0,80 0,54
B
Para fechar 0,90 0,65 0,90 0,68
←
→
Para abrir 0,68 0,35 0,65 0,39
A
Para fechar 0,85 0,60 0,80 0,61
Válvula ←
Camflex →
Para abrir 0,70 0,39 0,70 0,41
B
Para fechar 0,88 0,62 0,87 0,65
←
0,90 0,70 0,86 0,68
A Sede dupla em V
Série 0,98 0,80 0,94 0,81
1000 0,80 0,31 0,80 0,54
B Sede dupla em V
0,95 0,73 0,94 0,76
←
Para Fechar 0,80 0,51 0,77 0,54
A
Para abrir 0,75 0,46 0,72 0,47
→
Globo
←
Para Fechar 0,80 0,52 0,80 0,54
B
Para abrir 0,90 0,65 0,89 0,68
→
REFERÊNCIA: Masoneilan Handbook for Control Valve Sizing Página 7.
166
EXEMPLO NUMÉRICO - CÁLCULO DO CV DE VÁLVULAS CONTROLADORAS DE PRESSÃO
Considerando:
fluido oxigênio
3
vazão 96.000 Nm / h
pressão de entrada 18,35 bar absoluto
pressão de saída 16,07 bar absoluto
∆Ρ( P1 - P2) 2,28 bar
o o
temperatura 40 C = 313 K
gravidade específica 1,105
obturador tipo “A” - série 1000
Calcular o CV da válvula
2
Verificação do fluxo: 0,5x C2f x P1= 0,5x0,9 x18,35=7,43. Como ∆Ρ=2,28<7,43, o fluxo é subcrítico.
Cálculo do CV: 96.000
×
313 × 1,105
= 683,
295 2,28 × (18,35 + 16,07 )
Verificação do CVi, instalado:
Esta verificação é feita aplicando-se a expressão CVi = CV × Fp (equação 70)
onde:
CVi coeficiente de vazão de válvula instalada
2 -0,5
Fp = [( K1 + K2) x (Cd / 890) + 1] fator de correção devido às reduções
2
Cd = CV ÷ d Cd: capacidade unitária da válvula
d: diâmetro da válvula em polegadas
2 2
K1=0,5 x [1- (d /Di) ] coeficiente de resistência devido a redução de entrada
2 2
K2=1,0 x [1- (d /Di) ] coeficiente de resistência devido a redução de saída
Di diâmetro interno do tubo em polegada
Exemplo numérico
Uma válvula de controle de diâmetro 10” com CV 581 instalada em rede de 16” e outra de
diâmetro 4” com CV 195 instalada em rede de 8”, podem substituir uma válvula de 12” om CV
683, instalada em rede de16”?
a
1 . verificação:
Quanto ao CV = 581 + 195= 776>683 OK.
a
2 . verificação:
Quanto à instalação da válvula de 10”
2
Cd: 581 ÷ 10 = 5,81
2 2
K1: 0,5 x [1- (10 /16) ] = 0,186
2 2
K2: 1,0 x [1- (10 /16) ] = 0,371
2 -0,5
Fp: [( 0,186 + 0,371) x (5,81 / 890) + 1] = 0,989
CVi : CV x Fp = 581 x 0,989 = 574,9
167
5.5.5 Válvulas Especiais - Tipo Selo d’Água
Aplicáveis em tubulações de gases de diâmetros iguais ou maiores que 500 mm, figura 4.
Tabela Dimensional do Selo d’Água para pressões até 1500 mm de coluna d’água.
Diâmetro
Diâmetro Espessura
Nominal do R L A B E d1 d2
Externo “e”
Tubo (mm) (mm) (mm) (mm) (mm) (pol) (pol)
(mm) (mm)
Principal
500 508,0 6 750 2.300 2.194 1.147 400 2 3
600 609,6 6 900 2.400 2.425 1.209 500 3 4
700 711,2 6 700 2.500 2.252 1.065 550 3 4
800 812,8 6 800 2.600 2.425 1.094 600 3 4
900 914,4 6 900 2.700 2.598 1.122 650 3 4
1.000 1.016,0 6 1.000 2.800 2.771 1.150 750 4 6
1.200 1.220,0 6 1.200 3.000 3.118 1.207 850 4 6
1.400 1.420,0 6 1.400 3.200 3.464 1.265 950 4 6
1.500 1.524,0 6 1.500 3.300 3.637 1.292 1.000 4 6
1.600 1.620,0 6 1.600 3.400 3.811 1.3.22 1.050 4 6
1.800 1.828,8 6 1.800 3.600 4.157 1.378 1.150 4 6
2.000 2.032,0 6 2.000 3.800 4.503 1.434 1.350 6 8
2.200 2.235,2 6 2.200 4.000 4.850 1.491 1.450 6 8
2.400 2.438,4 6 2.400 4.200 5.196 1.548 1.550 6 8
2.600 2.620,0 8 2.600 4.400 5.543 1.611 1.650 6 8
2.800 2.820,0 8 2.800 4.600 5.889 1.669 1.750 6 8
3.000 3.020,0 8 3.000 4.800 6.235 1.726 1.900 8 10
3.200 3.220,0 8 3.200 5.000 6.582 1.784 2.000 8 10
3.400 3.420,0 8 3.400 5.200 6.928 1.842 2.100 8 10
3.600 3.620,0 8 3.600 5.400 7.275 1.900 2.200 8 10
3.800 3.820,0 8 3.800 5.600 7.621 1.958 2.300 8 10
4.000 4.020,0 8 4.000 5.800 7.967 2.015 2.400 8 10
Nota: estas dimensões são básicas e apenas referenciais para o projeto do selo.
168
VÁLVULA ESPECIAIS PARA POLPAS
- válvula tipo diafragma: nesta válvula o bloqueio do fluido é processado através de um diafragma
flexível que é apertado contra a sede por meio de mecanismo externo resultando na compressão
do fluido e conseqüente paralização do fluxo.
- válvula tipo mangote: é uma variante da válvula diafragma tendo como mecanismo de atuação
um fluxo de ar comprimido gerando uma compressão circunferencial de fora para dentro do
mangote e consequentemente paralizando o fluxo.
São chamadas ventosas, de simples ou de duplo efeito. As de simples efeito são previstas para
liberação de fluxos de ar e as de duplo efeito para liberação e admissão de ar.
São providas de duas esferas de tamanhos distintos; a maior posicionada em uma câmara
provida de grande abertura e comprimida contra ela; a menor em uma segunda câmara provida
de um orifício. Esta esfera está levemente encostada neste orifício. Na hipótese de esvaziamento
da rede cria-se uma depressão e ambas as esferas são deslocadas de sua posição de repouso
permitindo a entrada de ar. Caso contrário durante o enchimento cria-se uma sobrepressão
provocando o retorno dessas esferas às suas posições originais, permitindo nesse deslocamento
a saída de ar até que o fluxo de água atinja o corpo da válvula quando então, cessa o movimento.
Como já citado os atuadores das válvulas remoto operadas podem ser cilindros pneumáticos ou
motores elétricos, ambos atuando nas válvulas por meio de posicionadores engrenados ou não,
previstos para processar movimentos rotativos de até 90º ou retilíneos correspondentes ao curso
total entre as posições de abertura total e fechamento pleno. Isto resulta nas posições
operacionais de válvula aberta, válvula fechada ou regulação contínua.
- tipo da válvula;
- torque máximo;
- tempo de fechamento / abertura;
- curso total entre as posições aberta e fechada;
- velocidade de operação;
- número de operações por hora / por dia;
- indicador de posição;
- tensão de comando;
- classe de proteção do motor;
- resistência de aquecimento contra condensação;
- pressão de ar comprimido;
- diâmetro das conexões de ar comprimido;
- conjunto lub-re-fil.
169
5.6 PURGADORES
PURGADORES MECÂNICOS
São do tipo “de bóia” e de “panela invertida” e operam por diferença de densidade.
PURGADOR DE BÓIA
Descrição funcional
Descrição funcional:
O vapor é dirigido à “panela invertida”, expulsando o volume de água nela contida, fazendo-a
flutuar e fechando a válvula de saída. A continuidade do fluxo de vapor provoca por sua
condensação o enchimento da panela, abrindo a válvula e liberando o fluxo decondensado.
170
PURGADORES TERMOSTÁTICOS
São do tipo de “expansão metálica” e “de fole” e operam por diferença de temperatura.
Descrição funcional
Funcionam pela diferença de temperatura que existe na mesma pressão, entre o vapor e o
condensado.
Ressalvas
171
PURGADORES TERMODINÂMICOS
Descrição funcional
O fluxo de vapor chegando ao purgador, no primeiro momento levanta o disco e é liberado para o
exterior. A seguir este fluxo provoca na parte inferior do disco baixa pressão, segundo Bernouilli
causando o fechamento. Esta condição permanecerá até que o vapor se condense por
resfriamento, quando então o fluxo de condensado será liberado.
Ressalva
- não deve ser usado quando a contrapressão do condensado ultrapassar 50% da pressão do
vapor.
Notas:
172
5.6.2 Comparativo entre os Tipos de Purgadores
Pressão
Capacidade Permite Resistência a Necessidade
máxima do Eliminação Perda de
Tipo máxima descarga golpes de de
vapor do ar vapor
2 kg/h continua aríete manutenção
kgf/cm
Quase
Termodinâmico 100 3.000 Não Sim Sim Regular
nenhuma
Tipos
Serviço Condições de trabalho Coeficiente de segurança
recomendados
Alta pressão
B 2
> 2Mpa
Média pressão = 2
Vapor saturado B–C 2
Mpa
Drenagem de Baixa pressão
C–B 3
tubulação de vapor < 0,2 Mpa
com retorno de Alta pressão
condensado B–C 2
> 2Mpa
Vapor Média pressão
C–B 2
superaquecido = 2 Mpa
Baixa pressão
C–B 3
< 0,2 Mpa
Drenagem de Pressões ≤ 0,1 MPa C 2
Vapor
tubulação de vapor
superaquecido ou
com descarga Pressões > 0,1 Mpa D 3
saturado
aberta
Aquecimento de
- - D 2
tubulações
Altas vazões Vazão constante A – B 2
≥ 4.000 kg / h Vazão variável A–B 4
Serpentinas de
tanques Vazão constante A–B 2
Médias e baixas
vazões < 4000 kg / h Vazão variável C–A 4
- purgador de bóia A
- purgador de panela invertida B
- purgador termostático C
- purgador termodinâmico D
173
5.7 SUPORTES DE TUBULAÇÃO
174
CLASSIFICAÇÃO QUANTO À SUSTENTAÇÃO DAS CARGAS
Suportes de mola com carga fixa – dispositivos que permitem movimento vertical através da ação
de alavancas. A capacidade do suporte é constante.
APLICAÇÕES:
Suportes de mola com carga variável – dispositivos em que a força de compressão da mola
aumenta à medida que aumenta o deslocamento, o que acarreta alteraçãoes no caregamento de
suportes vizinhos. Esta alteração deve ser limitada conforme discutido na análise funcional que se
segue.
176
5.8 DIMENSIONAMENTO DE TUBULAÇÕES
CÁLCULO DE DIÂMETROS
Neste caso, aplica-se a mesma expressão para fluidos líquidos, equação 8 porém a vazão deverá ser
previamente corrigida para as condições de pressão e temperatura do escoamento, aplicando a
expressão:
onde:
2
P: pressão de escoamento absoluta em kgf / cm
2
Pn: pressão normal em kgf / cm
3
V: vazão escoada em m / s
3
Vn: vazão normal em Nm / s
T: temperatura de escoamento em K
Tn: temperatura normal em K
No cálculo dos diâmetros a velocidade, função do fluido escoado deve seguir os referenciais:
177
EXEMPLO NUMÉRICO PARA O CÁLCULO DE DIÂMETROS DE TUBULAÇÕES DE LÍQUIDOS
Considerando:
Calcular o diâmetro
4 × 0,0083 100
dn = × = 2,86" diâmetro comercial adotado 2 ½” com di = 59,2 mm
π × 2,0 2,54
4 × 0,0083
Correção da velocidade: → v = 3,03 m / s
π × 0,05922
Como o valor calculado 3,03 m/s ultrapassa os 3,00 m/s sugerido como teto superior. o diâmetro
comercial adotado deverá ser reconsiderado para 3” com di= 77,9 mm.
Considerando:
fluido Oxigênio
2
pressão do escoamento 7,00 kgf / cm
temperatura de escoamento 30 ºC
3
vazão 10000 Nm / h
temperatura normal 20 ºC
2
pressão barométrica local 1,00 kgf / cm
2
pressão normal 1,03 kgf / cm
velocidade 15,0 m / s
Calcular o diâmetro
Cálculo do diâmetro:
4 × 1326,4 100
dn : × = 6,96" diâmetro comercial adotado 6” com di = 154,2 mm
π × 15 × 3600 2,54
4 × 1326,4
Correção da velocidade: → v = 19,78 m/s
π × 0,15422 × 3600
Como o valor 19,78 m/s é inferior aos 20 m/s sugerido como teto superior, o diâmetro comercial adotado
de 6” fica aceito.
178
CÁLCULO DA ESPESSURA DA PAREDE DOS TUBOS
A espessura será calculada conforme norma referencial ANSI / ASME B 31, aplicando a equação
21 citada na página 57.
Nesta equação os valores do coeficiente de eficiência de solda E deverão ser escolhidos conforme
abaixo:
E=1,00 - para tubos sem costura e com costura por solda de topo, totalmente radiografada.
E=0,90 - para tubos com costura por solda de topo, radiografia parcial.
E=0,85 - idem, sem radiografa, solda pelos dois lados.
E=0,80 - idem, idem, solda por um só lado.
Da mesma forma nesta equação os valores do coeficiente de redução Y, de acordo com o material e
temperatura, deverão ser escolhidos conforme abaixo.
Y=0,40 - para tubos de aço carbono e aços ferríticos, em temperaturas até 485 ºC.
Y=0,00 - para tubos de ferro fundido.
Convém relembrar que a equação 21 não poderá ser aplicada quando a expessura calculada ultrapassar
o valor do diâmetro externo do tubo dividido por 6 ou quando a pressão interna do projeto dividida pela
tensão admissível da temperatura for maior que 0,385.
Considerando:
Verificações
179
CÁLCULO DA PERDA DE CARGA
Resalvas
Notas:
- paraos valores da rugosidade relativa E, ver página 58.
- par aos valores da constante K, ver página 59.
- para os valores dos comprimentos equivalentes, ver página 59.
180
SEQÜÊNCIA DE CÁLCULO SUGERIDA PARA REDES CONDUTORAS DE FLUIDOS
GASOSOS
ρN × P × TN
Corrigir o peso específico do gás, aplicando a equação 11 ρ gas =
Z × PN × T
H: desnível geométrico em m
2
Pi: pressão absoluta inicial em kgf / m
2
Pr: pressão absoluta residual em kgf / m
L: comprimento da tubulação em m
di: diâmetro interno do tubo em m
v: velocidade de escoamento em m/s
f: fator de fricção
181
EXEMPLO NUMÉRICO PARA O CÁLCULO DA PERDA DE CARGA EM REDES DE LÍQUIDO
Considerando:
-6 5
Cálculo do Reynolds: 2,43 x 0,3334 / 1,007 x 10 = 8,05 x 10
0,0010 2,51
Cálculo do fator de fricção: 1/ f = −2 LOG + = 0,02
3,7 8,05 × 10 5
× f
50 + 17 2,43 2
∆P: 0,02 × × × 1000 = 1209,6 kgf /m2 ou 1,2096 mca
0,3334 2 × 9,81
Nota: o fator de fricção poderá também ser obtido através do Ábaco de Moody, indicado na
página 58 procedendo conforme indicado.
182
EXEMPLO NUMÉRICO PARA O CÁLCULO DA PERDA DE CARGA EM REDES DE GÁS
Considerando:
- fluido oxigênio
3
- vazão 100.000 Nm / h
2
- pressão de projeto 18,0 kgf / cm manométrico
- temperatura de escoamento 40 ºC
–6 2
- viscosidade dinâmica do oxigênio 2,16 x 10 m / s
- fator de compressibilidade 1,05
3
- peso especifico do oxigênio 1,429 kg / Nm
- comprimento do trecho entre a e b 400m
- diâmetro interno da rede 381mm
- desnível geométrico entre a e b 40m
2
- aceleração da gravidade 9,81 m / s
- material da tubulação ASTM A 106 Gr B
2
- pressão barométrica local 1,036 kgf /cm
-rugosidade equivalente 0,40 mm
3
- peso específico do ar 1,243 kg / N m
- temperatura de bulbo seco do ar 20 ºC
- velocidade de escoamento 15,1 m / s
- singularidade no trecho trecho retilíneo
7
Cálculo do Reynolds: 15,1× 0,381× 23,40 × 10 6 /2,16 = 6,23 x 10
0,0010 2,51
Cálculo do fator de fricção:1 / f = −2log + = 0,0198
3,7 6,23 × 10 7 x f
2 2
Pressão residual 189795,23 kgf / m = 18, 97 kgf / cm
2
Pressão residual manométrica 18,97-1,036 = 17,934 kgf / cm g
2
Cálculo da perda de carga 18,00 - 17,934 = 0,066 kgf / cm
183
5.9 CARGAS ATUANTES SOBRE AS TUBULAÇÕES
No ponto de vista estrutural cada trecho das tubulações deverá ser analisado como vigas
submetidas a vários carregamentos, a saber:
CARGAS PREDOMINANTES
CARGAS DIVERSAS
- sobrecargas evetuais;
- movimentos nos pontos extremos do trecho analisado;
- atrito nos suportes;
- reações hidráulicas decorrentes da movimentação dos fluidos nas conexões;
- reações de juntas de expansão;
- tensões decorrentes da montagem;
- desnivelamento entre suportes;
- desnivelamento entre flanges de vasos ou equipamentos e os flanges nas tubulações.
Observações:
Nas tubulações projetadas com diâmetros até 30” prevalecem as cargas decorrentes das
pressões internas e das dilatações.
No caso de diâmetros superiores geralmente conduzindo fluidos gasosos em baixa pressão,
prevalecem as cargas decorrentes dos pesos próprios e das dilatações.
184
5.10 VÃO ENTRE SUPORTES
O vão entre dois suportes estará adequado quando a tensão máxima de flexão no ponto de maior
momento fletor, for inferior à tensão admissível do material da tubulação, conforme indicado na
tabela da página 148, e a flecha máxima no meio desse vão for inferior à:
Aplicar as expressões
10 × L
- no caso de cargas concentradas e distribuídas Sv = [q × L + 2(Q + W )] (equação 75)
ZR
2
10 × q × L
- quando só existir cargas distribuídas Sv = , (equação 75a)
ZR
onde:
2
Sv = tensão máxima de flexão em kgf/cm
L = vão entre os suportes em m
q = soma das cargas distribuídas em kg/m
Q = soma das cargas concentradas em kg
W = sobrecarga aplicada no meio do vão em kg
3
ZR = momento resistente da seção transversal do tubo em cm
É usual considerar Sv igual ou meor que a relação LR /10, onde LR é o valor limite de resistência
o
do material. Para os tubos de aço carbono operando no limite de ata 30 C, o valor máximo da
2
tensão de flexão é de 350 kgf/cm .
Aplicar as expressões
3
Lembrar:
4 4
- momento de inércia I = π x (re – ri ) / 4 (equação 77)
- momento resistente: ZR= I / re. (equação 78)
185
EXEMPLO NUMÉRICO DE CÁLCULO DO VÃO ENTRE OS SUPORTES
calcular o vão entre os suportes principais “A” e “B” e a flecha do vão entre eles.
10 × 10,5
a tensão Sv, no tubo de 10” será: [120,4 × 10,5 + 2(53 + 100 ) ] = 323 kgf / cm2.
490
2
Como Sv < 350 kgf/cm o valor de 10,5m para o vão está adequado, apesar do carregamento
adicional gerado pelo tubo de 2”.
P × de 2
Para a tensão combinada deveremos ter Sv + Sl < Sh, onde: S I = kgf / cm .
4×t
48 × 27,3 2 2
Logo: SI = = 352 kgf / cm ∴ S v + SI = 323 + 352 = 675 kgf / cm .
4 × 0,93
Segunda verificação: como 1,86 < 10mm, a flecha está satisfatória e o vão adotado, aceito.
186
5.11 REAÇÕES HIDRÁULICAS
A força F exercida pelo fluido sobre uma curva é a resultante da soma vetorial das forças
decorrentes da pressão e da velocidade do fluido em escoamento. É calculada pela expressão
F = P1 × S1 + P2 × S 2 + µ × v1 + µ × v 2 , (equação 79)
onde
2
P1 / P2, pressões na entrada e na saída da curva em kgf /cm
S1 / S2 área na entrada e na saída da curva em cm2
v1 / v2, velocidade na entrada e na saída da curva em m/s
µ , unidade técnica de massa em kg x s /m
Considerando os dados abaixo e a figura 7, calcular a reação hidráulica.
o
diâmetro da curva 90 : 20”
raio da curva: 1,20m
3
vazão: 0,203 m /s
densidade do óleo: 0,85
∆p na curva: 0,60 mca
fluido: óleo
montagem da curva: vertical
2
pressão na entrada: 2,1 kgf /cm
P2 P1 2 P2 P1
h2 + = − J1 ou = − ∆P − h 2 .
γ γ γ γ
Q 0,203
v1 = v 2 = 2
= = 1,01 m / s
π×d 3,14 × 0,508 2
4 4
0,203
A força decorrente da velocidade vale: µ v 1 = µ v 2 = 850 × × 1,01 = 17,6 kgf
9,81
θ
F2
cujo ponto de origem corresponde com o centro do raio da curva indicado na figura 7, a resultante
das forças:
4272,6
tg θ = = 1,08 ∴ θ = 47o16`
3947,6
Conclusão: a resultante hidráulica atuando sobre a curva de 90º tem o valor de 5817 kg com o
ângulo de incidência anti horário de 47º 16´.
188
5.12 DILATAÇÃO TÉRMICA
A relação P / A (S) determina a tensão interna a qual o material estará submetido em consequência da
dilatação contida.
A relação ∆ / L (e) é designada como dilatação unitária.
Assim teremos:
189
LIRAS DE EXPANSÃO NORMOGRAMA DIMENSIONAL
2
Nota: esses referenciais são aplicáveis para aços com limite de resistência até 35 kgf/mm .
190
5.13 FLEXIBILIDADE DAS TUBULAÇÕES
A flexibilidade das tubulações é definida em função da capacidade de absorsão das dilatações térmicas,
as quais estarão submetiidas, por meio de deformações dos trechos que a compõem.
As tubulações serão ditas flexíveis, quando as tensões resultantes das dilatações térmicas forem
inferiores à tensão admissível do material especificado para atubulação.
Considerando o isométrico da figura 8 e os dados abaxo, calcular as tensões nos trechos L1, L2, L3 e L4.,
Comprimento 3 Dilatação
Lado Direção Sentido L
L (em pés) ∆=exL
L1 X + 15 3375 0,84
L2 Y + 10 1000 0,56
L3 Z - 20 8000 1,12
L4 X + 18 5832 1,008
Ec × D × ∆y 29 × 10 6 × 10,75 × 0,56
Ky = = = 211,0
48 (ΣL 3x + ΣL 3z ) 48 × 17207
191
Calcular as tensões máximas nos trechos L1, L2, L3 e L4.
Comparando os valores das tensões com o valor da tensão admissível 22955 psi, vê-se que a
tensão S3x no trecho L3 é superior a 22955, significando que este trecho está submetido a um
esforço acima do admissível.
Este fato impõe seja reprojetada a rota da tubulação e recalculada as tensões.
No novo arranjo indicado na figura 9, o comprimento total entre os extremos foi ampliado de 19,20
m para 22,20 m. Verificar o impacto nas tensões.
Figura 9 – Isométrico
Comprimento 3 Dilatação
Lado Direção Sentido L
L (em pés) ∆=exL
L1 x + 15 3375 0,84
L2 z + 5 125 0,28
L3 y + 10 1000 0,56
L4 z - 25 15625 1,40
L5 x + 18 5832 1,008
ΣL3x = 3375 + 5832 = 9207 ΣL3y = 1000 ΣL3z = 125 + 15625 = 15750
192
Cálculo dos pares
ΣL3x + ΣL3y = 9207 + 1000 = 10207
ΣL3x + ΣL3z = 9207 + 15750 = 24957
ΣL3y + ΣL3z = 1000 + 15750 = 16750
29 ×106 ×10,75×1,84
Kx = = 716 ;
48 ×10750
29 × 10 6 × 10,75 × 1,12
Kz = = 712,6
48 × 10207
Nesta nova configuração todas as tensões máximas são menores que a tensão admissível, de
onde se conclui que esta configuração está com flexibilidade adequada.
Notas:
1 - Na prática, não há necessidade de se calcular todas as tensões máximas; bastará calcular,
para cada lado, a maior tensão, que será a correspondente ao maior dos dois valores de K
relativos ao lado em questão, por exemplo para o lado L1 bastaria calcular S1z, porque se sabe
antecipadamente que Kz > Ky.
2 - Observar que, apesar de ter sido alterada a configuração, as dilatações totais permaneceram
as mesmas. É fácil de comprovar que os valores das dilatações totais permanecem sempre os
mesmos desde que não sejam alterados os pontos extremos de ancoragem, porque as dilatações
dos diversos lados se compensam.
3 - Para evitar engano nos sinais + ou - indicados no quadro das dilatações e necessários para os
cálculos de ∆ x , ∆ y e ∆ z convenciona-se um sentido geral para percurso dos trechos indicado
pelas setas na figura 9. Serão positivas as dilatações dos lados cujos sentidos de percurso
coincidirem com a orientação dos eixos coordenados e vice-versa. Na figura 9, são positivas as
dilatações ∆1, ∆2, ∆3, e ∆5, é negativa a dilatação ∆4,.
Como só interessam os valores absolutos das dilatações totais, pouco importa se o resultado da
soma algébrica for positivo ou negativo.
193
5.14 CÁLCULO DAS REAÇÕES NOS APOIOS DE ANCORAGEM
M5Y = C x S5z = 1,85 x 12816 = 23709 pol.x lb M5Z = C x S5Y = 1,85 x 2610 =4828 pol.x lb
2 × M 5z 2 × 4828 2 × M 5y 2 × 23709
RFY = = =536 lb RFZ = = =2634 lb
L5 18 L5 18
Da mesma forma a reação RFX na direção de L5, será calculada em função da tensão máxima S4Z
do trecho L4, teremos:
2 × M 4y 2 × 33.115
M4Y = C x S4X = 1,85 x 17.900 = 33115 pol.x lb RFX= = = 2649 lb
L4 25
Observar que as igualdades RAX=RFX , RAY=RFY , RAZ=RFZ são necessárias para garantir a
estabilidade do sistema. Notar também que os valores das reações e dos momentos nos
extremos podem impor alterações na configuração do traçado da rede, como opção única para
eventual redução de seus valores.
194
5.15 TANCAGEM
REFERENCIAIS NORMATIVOS
Considerando a figura 11 página 196, as normas AISC, API STD 650, ASME, e os dados:
3
- volume geométrico do reservatório20 m ;
2
- pressão interna 6,2 kgf / cm ;
- carga lateral 10 kgf a 2, 47m da base;
- solda: com eletrodo E70XX, segundo ASME;
- eficiencia da solda 1,00.
Calcular:
- dimensões construtivas;
- volumes das partes componentes;
- espessura das chapas dos tampos e do cilíndrico;
- metragem das chapas;
- base de apoio ;
- peso do conjunto.
195
Solução:
Observações:
1 - Considerou-se o fator de forma “M”= 1,54 calculado segundo o ASME, aplicando a expressão
0.5
M= 0,25 (3+(R/r) }. Para cálculo dos raios R e r, ver projeto do tampo na página 199.
3 – Lembrar que no caso de tanques não pressurisados, a pressão interna é obtida multiplicando-
se o peso especifico do fluido pela altura do fluido no tanque.
-do tampo: Deq = d2i + 4 × di (h + 0,57r ) = 2500 2 + 4 × 2500(35 + 0,57 × 250 ) = 2832 mm,
logo: → 2832 x 2832mm, # 12,5mm, com 98,00 kg / m2.
196
CÁLCULO DO PESO TOTAL DO TANQUE
2
peso do cilindro / tampos: 3,450 x 7,853 x 74,48 + 2 x 2,832 x 98,00= 3624,5 kg
peso dos acessórios + base, assumido como 10% do peso do tanque 362 kg, ver Nota 1
peso total do tanque 3986,5 kg
4000 2470 2 2
τ= + 2
= 6,84 kgf / cm << 1230 kgf/cm ⇒ ok
2 × π × 98,75 × 0,953 π × 98,75 x0,953
Cálculo da flambagem
DIMENSÕES DA BASE
saia da base
altura: 870 mm
diâmetro: 1250 mm
perímetro: π x 1,250 x 0,870 = 3,416 m
2
chapa: 870 x 3416mm, # 9,53mm, com 74,48 kg / m Detalhe 1
peso: 0,87 x 3,416 x 74,48 = 221,24 kg
Nota 1: como 221,24 kg é menor que 362 kg ⇒ OK
anel da base
diâmetro externo: 2700 mm
diâmetro interno: 1250 mm
2
chapa: 2700 x 2700mm # 9,53mm, com 74,48 kgf / m
2 2
peso: ( π x 2,70 ÷ 4 ) – ( π x 1,25 ÷ 4 ) x 74,48 = 335 kg
197
EXEMPLO NUMÉRICO PARA O CÁLCULO DO NÍVEL DE FLUIDO EM VASOS HORIZONTAIS
Solução:
dimensões construtivas
2
- comprimento do cilindro V = π × r 2 × L∴ L = 10 ÷ π x 1,25 → 2,037 m
2 2
- altura b do tampo ovóide V = ( 4 / 3 ) π x a x b∴ b = 5 x 3 ÷ (4 x π x 1,25 ) → 0,763m
3
tem-se a relação: 15m – 100
3
10m - X % → X = 66,6 % .
3 3
Com o volume de 12m , o cilindro conterá 12 x 0,666 = 7,992 m
2
Como o comprimento do cilindro é de 2,037 m a área molhada será 7,992 ÷ 2,037 = 3,923 m
2 2
Como a área da seção circular total do cilindro vale 4,908 m ( π x 1,25 ), concluímos que a área
2
seca será: 4,908 – 3,923 = 0,985 m .
Analisando a geometria
2
BC x OC / 2 ⇒ ( r x sen α x r cos α ) ÷ 2 ⇒ (r x sen α x cos α ) ÷ 2
198
PROJETO DOS TAMPOS TORRISFÉRICOS
Detalhe 2
1 - calcular AD
( )
2 - calcular AB − CD ÷ 2
Solução:
(
Calcular ED = AB − CD / 2 ) 487 mm.
Nota: à geratriz AB deverá ser acoplado o anel indicado no detalhe 2 com a dimensão h,
mencionada na página 196.
199
CAPÍTULO VI
203
6.5 TERMOS TÉCNICOS
- Diligenciadora: firma contratada pelo cliente para gerenciar compras e inspecionar materiais na
fábrica do fornecedor.
- Fábrica: oficina ou fábrica do fornecedor.
- Fornecedor: fabricante e/ou fornecedor de materiais ou serviço de mão de obra.
- Inspetora: firma contratada pelo cliente com intuito de exercer fiscalização e inspeção na obra.
- Cliente: firma responsável pela contratação da montagem.
- Montadora: firma responsável pela fabricação, pré-fabricação e montagem.
- Sistema de Utilidades: tubulações de água, gases, ar comprimido, e incêndio.
- Almoxarifado do Cliente: local de guarda de materiais sob a responsabilidade do cliente.
- Almoxarifado da Montadora: idem, porém sob a responsabilidade da montadora.
- Certificado de Qualidade de Material: registro dos resultados de ensaios, testes e exames,
exigidos pelas normas e realizados pelo fabricante do material.
- Chapas de Bloqueio: chapa de aço com a mesma especificação do material da tubulação,
soldada na extremidade da tubulação, usada para bloquear o fluido no teste de pressão.
- Contaminação: o fato de deixar em contato com as partes internas e faces dos flanges,
poeiras, partículas, pingos de solda, marcas digitais, oleosidades, graxas, partículas de tinta, etc.
- Cachorro: dispositivos soldados ou não à tubulação, usados temporariamente para se
conseguir a ajustagem entre as diversas partes a serem soldadas, e fixação desta, durante a
soldagem.
- Grauteamento: enchimento do espaço entre as bases do suporte metálico e a de concreto após
nivelamento da base dos suportes metálicos, com mistura de cimento, areia e aditivos.
- Inspeção no Fabricante: realizada para verificação dimensional e de materiais dos componentes.
- Inspeção de Embalagem: realizada para verificação dos quantitativos, conformidade de
materiais e estado geral.
- Inspeção de Recebimento: realizada segundo amostragem pré-estabelecida, para verificação
das características principais dos diversos materiais de tubulação.
- Spool: é o subconjunto de uma linha, formado pelo menos por uma conexão e um tubo, que é
pré-montado em oficina de campo (pipe shop).
- “Pipe-Shop”: oficina de campo da montadora nas instalações do cliente.
- Pré-Montagem: montagem de subconjuntos (spools) do sistema de tubulações no “pipe-shop”.
- Montagem: executada no local definitivo da tubulação.
- Procedimentos da Executante: documentos emitidos pela montadora dos serviços definindo os
parâmetros e as condições de execução de determinado serviço de construção, pré-montagem ou
montagem.
- Sobre-Comprimento: comprimento adicional deixado nas peças pré-fabricadas, visando
permitir eventuais ajustes no campo.
- Temperatura de Teste: temperatura do líquido de teste, obtida através da média de uma série
de medições efetuadas no reservatório. Para teste pneumático, é a temperatura do metal da
tubulação durante o teste.
204
6.6 FLUXOGRAMA DE MONTAGEM
205
6.7 INSPEÇÕES DE RECEBIMENTO
6.7.1 Tubos
CERTIFICAÇÃO DE MATERIAL
CERTIFICAÇÃO DIMENSIONAL
- diâmetro;
- circularidade em ambas as extremidades;
- chanfro;
- extremidades roscadas;
- estado da superfície;
- empenamento;
- estado do revestimento;
- perpendicularidade do plano de boca.
206
6.7.1.1 Roscas
Verificar o dimensional conforme o padrão. No caso da rosca NPT Norma ANSI B 2.1.
CONDIÇÃO DE ACEITAÇÃO
Eo = D - ( 0,05 D +1,1 ) P
L2 = ( 0,80 D + 6,8 ) P
t = 0,80 P
onde: D - diâmetro externo do tubo em polegadas.
P - passo da rosca em polegadas
Comprimento
Diâmetro Diâmetro Comprimento útil
de aperto
Diâmetro externo do Número de Passo Altura do médio da da rosca ( L2 )
manual ( L1 )
nominal do tubo ( D ) fios por (P) filete ( t ) rosca (E0)
tubo (pol.) (pol.) polegada (pol.) (pol.) (pol.) (pol.) fios (pol.) fios
207
6.7.2 Conexões
A aceitação das conexões passa pela certificação de material e dimensional.
CERTIFICAÇÃO DE MATERIAL
- deve ser informado o teor de carbono, manganês, silício, molibidênIo e cromo;
- deve ser adotado um código de cores para distinguir cada tipo de material, sendo a faixa-
identificadora pintada ao longo do comprimento de cada tubo;
- deve ser informado o “P Number” do material. Lembrar que o “P Number” da Norma ANSI B 31
refere-se à soldabilidade do material;
Verificar se todas as conexões estão identificadas com seguintes dados: tipo, especificação e
grau do material, diâmetro, classe de pressão ou espessura.
6.7.3 Flanges
A aceitação dos flanges passa pela certificação de material e dimensional.
CERTIFICAÇÃO DE MATERIAIS
- verificar se todos os flanges têm identificação estampada informando: tipo de flange, tipo de
face, especificação do material, grau, diâmetro nominal, classe de pressão, espessura e placa
(TAG) do instrumento (para flanges de orifício);
- verificar se todos os flanges estão embalados e acondicionados.
- verificar os certificados de qualidade de material de todos os flanges, em confronto com a norma
ASTM aplicável;
CERTIFICAÇÃO DIMENSIONAL
Verificar:
- o diâmetro interno;
- a espessura do pescoço;
- a altura e diâmetro externo do ressalto;
- a profundidade, tipo e passo da ranhura;
- a espessura da aba;
- o chanfro ou encaixe para solda, ou o tipo e o passo da rosca;
- o rebaixo para junta de anel.
Esta verificação deverá estar de acordo com as tolerâncias conforme tabelas 3 e 4. páginas 210 e 211.
Verificar o estado das roscas quanto a amassamentos, corrosão, rebarbas e proteção,o estado
dos revestimentos quanto à falhas ou falta de aderência, e a existência de trincas, dobras,
amassamentos bem como o estado geral da face quanto ao estado do ranhuramento, sem
mossas, e proteção.
208
6.7.3.1 Lotes de Flanges
Os flanges a serem submetidos à inspeção devem ser agrupados em lotes com o mesmo
diâmetro nominal e a mesma pressão. O tamanho do lote (quantidade de flanges) deve ser
definido pelo inspetor.
ACEITAÇÃO E REJEIÇÃO
209
TABELA 3 – TOLERÂNCIAS DIMENSIONAIS DE FLANGES
Esses referenciais de tolerância são aplicáveis aos flanges dos tipos: sobrepostos, roscados,
soltos e cegos.
210
TABELA 4 – TOLERÂNCIAS DIMENSIONAIS DE FLANGES
Esses referenciais de tolerâncias são aplicáveis aos flanges do tipo com pescoço.
Círculo + 1,6 mm
Excentricidade do círculo e do
0,4 mm máximo
ressalto
211
6.7.4 Parafusos e Porcas
A aceitação dos parafusos e porcas passa pela certificação de material e verificação dimensional.
CERTIFICAÇÃO DE MATERIAL
CERTIFICAÇÃO DIMENSIONAL
Verificar se todos os lotes estão identificados com as seguintes características: especificação, tipo
de rosca, tipo de porca, tipo de parafuso e dimensões conforme ANSI B 18.2.1.
Verificar, por amostragem conforme Norma ABNT 309, em cada lote, se as seguintes
características estão de acordo com as referências da Norma ANSI B 18.2.1:
212
TABELA 5 – DIMENSÕES DE PORCAS E PARAFUSOS PARA FLANGES
213
6.7.5 Filtros
Verificar se todos os filtros estão identificados por plaqueta de acordo com a codificação do
projeto.
Verificar, por amostragem conforme Norma ABNT 301, se as seguintes características estão de
acordo com as normas adotadas pelo projeto:
Verificar o estado geral da superfície principalmente das ranhuras, quanto à existência de mossa,
corrosão e se estão devidamente protegidas.
Verificar, por amostragem conforme Norma ABNT 301, as seguintes características de acordo
com as especificações adotadas pelo projeto:
214
6.7.7 Juntas de Vedação
Verificar se as juntas de vedação estão identificadas, com material, tipo, material do enchimento,
diâmetros, classe de pressão e padrão dimensional de fabricação.
Verificar em todas as juntas de vedação tipo anel o estado da superfície, quanto à corrosão,
amassamentos, avarias mecânicas e trincas.
Verificar, por amostragem conforme Norma ABNT 309, se as seguintes características da junta
estão de acordo com as normas adotadas pelo projeto:
- espessuras;
- diâmetro interno e externo;
- passo das juntas espiraladas ou corrugadas;
- espaçadores das juntas metálicas, diâmetro externo e espessura;
- todas as dimensões das juntas de vedação tipo anel e a dureza nas emendas, se houver.
Verificar se todas as juntas de expansão estão identificadas por plaqueta de acordo com a
codificação do projeto.
215
6.7.9 Válvulas
A aceitação das válvulas manuais passa pelas inspeções tipo “A” e tipo “B” .
Feita com base em desenhos e documentos aprovados pelo cliente para certificar se a válvula
está de acordo com a Especificação de Compra. Geralmente, são de fabricação em série,
dispensando a presença na fábrica do inspetor do cliente.
216
PROCEDIMENTOS PARA INSPEÇÃO DE RECEBIMENTO TIPO “A”
Documentação
- verificar se os desenhos e documentos enviados pelo fabricante e que servirão de base para a
inspeção, estão aprovados pelo cliente;
- relacionar os testes e inspeções aprovados para o equipamento, conforme o “Plano detalhado
de Inspeções e Testes”;
- fazer a análise dos relatórios e certificados enviados pelo fabricante, conforme descrito neste
procedimento.
Inspeção de quantidade
- verificar se todas as válvulas constantes na lista de materiais foram fornecidas.
-verificar as marcas de Identificação
- verificar se as marcações estão de acordo com o especificado.
Relatório dimensional
- verificar se as dimensões principais das válvulas constantes no relatório dimensional estão
conforme os desenhos e documentos aprovados.
Relatório de testes
- verificar se os mesmos foram realizados conforme ensaios citados na inspeção tipo “B”.
Relatório de pintura
- verificar o relatório de pintura, conforme especificado pelo cliente.
Inspeção de quantidade
Verificar, individualmente, se todas as válvulas constantes na lista de materiais foram fornecidas.
Marcas de Identificação
Verificar se as marcações na válvula estão de acordo com o especificado, observando:
- no volante da válvula: indicação do sentido de abertura;
- no corpo da válvula: indicação do sentido de fluxo, o diâmetro nominal, símbolo do fabricante e
classe de pressão.
Defeitos de Fundição
Verificar a existência de trincas, inclusão de areia, rebarbas de fundição ou defeitos semelhantes
nas peças fundidas. Não é permitido puncionamento, para sanar porosidades do corpo.
Acabamento
Verificar se existem defeitos de usinagem ou mau acabamento das peças de vedação, peças
rosqueadas, buchas e faceamento dos flanges.
Verificar se houve reparo de fabricação e em caso afirmativo checar a profundidade, a extensão e
a qualidade dos materiais empregados
As válvulas que tenham sofrido reparos por solda, não devem ser pintadas.
217
6.7.9.1 Inspeção Dimensional
Paralelismo Perpendicularismo
Verificar
- se a operação do volante é suave e se sua ligação com a haste é segura. Na operação de
abertura e fechamento verificar o sistema de vedação;
- a concentricidade do disco ou do cone de vedação nas válvulas tipo globo ou angular. Nestas, o
disco deve ser concêntrico em relação à sede e, quando totalmente fechadas, o disco deve
assentar perfeitamente na sede;
- se nas válvulas tipo gaveta o centro da cunha coincide com o centro da sede e se a área de
passagem do fluxo fica totalmente livre, quando a válvula está totalmente aberta. Neste tipo de
válvula, nenhuma parte do diâmetro de cunha deve ficar contida no diâmetro de passagem da
sede, quando esta se encontrar totalmente aberta.
218
6.7.9.3 Inspeção de reparos
Todos os reparos por solda devem ser examinados por líquidos penetrantes, partículas
magnéticas ou raios-X.
Estes reparos são classificados segundo a norma Norma ABNT P-NB-230, como indicado.
REPAROS SUPERFICIAIS
São aqueles que podem ser eliminados por esmerilhamento, sem necessidade de reparo por
solda, desde que seja mantida a espessura mínima especificada, conforme norma de fabricação
e que o fundo da cavidade tenha um raio três vezes maior que sua profundidade.
REPAROS MÉDIOS
São aqueles em que após a remoção da parte defeituosa resulte numa espessura de parede no
mínimo de 80% da espessura mínima especificada.
Esses defeitos devem ser reparados por solda.
REPAROS GRANDES
São aqueles em que após a remoção da parte defeituosa resulte numa espessura inferior a 80%
e superior a 20% da espessura mínima especificada.
Esses defeitos devem ser reparados por solda sendo as válvulas tratadas termicamente para
alívio de tensões.
RESALVAS
- Os reparos de aços austeníticos na clsse de pressão de 300 a 600 lbs, cujo tamanho ou
localização possam afetar a resistência e a corrosão, devem ser reaustenizados após a solda.
- Não devem ser aceitos reparos por martelamento.
- Não são permitidos reparos com soldas em válvulas forjadas
219
6.7.9.5 Teste hidrostático
Condição: o fluido utilizado para o teste hidrostático deve ser água limpa, isenta de óleo e à
temperatura ambiente.
Teste do corpo e da tampa “Castelo”: o teste deve ser feito com a válvula totalmente aberta, com
a pressão conforme tabela da norma P-NB-230, abaixo descrita.
2 2
Classe de pressão (lbf / pol ) Pressão de teste (kgf / cm )
150 30,0
300 77,0
600 105,0
Após a pressão atingir o valor indicado nesta tabela, manter por tempo suficiente para se
proceder à inspeção de toda a superfície do corpo e da tampa castelo. O tempo mínimo de
permanência da válvula sob a pressão de teste será de:
- 5 minutos para válvulas com diâmetros menores ou iguais a 8”
- 10 minutos para válvulas com diâmetros maiores ou iguais a 10”.
O teste deve ser feito com a válvula totalmente fechada e com uma das extremidades livre, para
que se possa fazer a inspeção. O teste deve ser feito com ar ou gás inerte e com a pressão de 5
2
kgf/cm conforme norma ABNT P-NB-230. Deve ser observado o lado correto em que se aplicará
a pressão. Para válvulas com duas superfícies de vedação, ambas devem ser ensaiadas
separadamente. As superfícies de assentamento devem estar limpas e isentas de óleo. Após
atingir o valor indicado, manter a pressão por um tempo suficiente para se fazer a inspeção de
toda a superfície de vedação. São tolerados os vazamentos, conforme indicado:
Nota: esses testes e o tempo de duração podem também ser executados em conformidade com
os referencias da norma API, especificação 6D, página 27 ano 2002.
Fazer o teste de faiscamento nas válvulas com revestimento interno de elastômeros ebonite,
vidro, teflon, epóxi, borracha a fim de detectar trincas, bolhas, arranhões ou descontinuidade.
Qualquer falha detectada deve ser reparada e após o reparo, executar novamente o teste.
220
6.8 PRÉ-MONTAGEM
- as dimensões das conexões deverão ser verificadas antes do corte dos tubos de modo que
eventuais ajustes possam ser feitos;
- as dimensões e os pesos das peças (spools) devem ser função da capacidade dos
equipamentos de transporte e, de elevação de carga;
RESSALVAS
- na armazenagem e manuseio de tubos e peças, cuidar para que não haja entrada de terra nos
tubos, e lesão nos revestimentos;
221
FIGURA 3 – REFERENCIAIS DE TOLERÂNCIA
222
6.9 PREPARAÇÃO E MARCAÇÃO DOS TUBOS
Preparação dos tubos: fazer sem desperdício, dando atenção à dimensão, material e espessura
dos tubos. As sobras devem ser identificadas.
EXEMPLO DE MARCAÇÃO
( sem escala )
CORTE DE TUBOS
São efetuados, mecanicamente ou por maçarico, passando por um acabamento por esmeril. No
caso de corte por maçarico deve ser assegurada a remoção completa das carepas de solda da
face dos chanfros e proximidades até que se perceba a exposição normal da superfície metálica
do tubo.
223
FOLGAS
Figura 4 - Folgas para Ligações Sobrepostas Figura 5 - Folga para Ligações Penetrantes
Figura 6 - Folga para Flanges de Encaixe Figura 7 - Folga para Flanges Sobrepostos
DOBRAMENTO DE TUBOS
224
6.11 MONTAGEM
O estado das superfícies das peças (spools), dos tubos e acessórios vindos da pré-montagem,
devem ser inspecionados quanto a avarias no transporte.
Os alinhamentos indicados na página 222 devem estar conforme ANSI B 31.3 figura 327.3.2.
Os desalinhamentos iguais ou inferiores a 1,5mm, a ajustagem deve ser a frio não havendo
necessidade de usinar ou esmerilhar a superfície interna para proporcionar a concordância.
A ajustagem até 2,0mm dos desalinhamentos pode ser feita por dois métodos. O primeiro
consiste em esmerilhar ou usinar a superfície interna de uma das extremidades ou de ambas,
com uma inclinação de no mínimo 1 para 4, tomando-se cuidado para que a espessura final não
seja inferior a 87,5% da espessura nominal do tubo ou acessório. Caso este recurso não possa
ser aplicado, é aceitável um segundo método, que consiste no martelamento a quente tanto para
aço-carbono como para aço-liga, sem necessidade de tratamento térmico desde que:
O desenvolvimento das chapas para as curvas em gomos deve atender à Norma ANSI B 31.3,
Item 306.3. As soldas de fabricação das curvas de gomo devem ser examinadas por radiografia
ou ultra-som, em toda sua extensão.
Na fabricação das bocas de lobo, o anel de reforço caso previsto, só deve ser montado após
conclusão e exame da solda executada entre os tubos de ligação, conforme “ANSI B 31.3 Figura
327.4.4D”.
O comprimento da derivação deve ser no máximo 150mm medidos a partir da geratriz superior do
tubo principal. A penetração do passe de raiz da solda entre os tubos, deverá ser inspecionada
visualmente. Após a conclusão da solda entre os tubos, deverá ser realizado novo exame com
líquido penetrante e só então montado o anel de reforço.
Não deve ser usado o aquecimento localizado em materiais especificados segundo ANSI B 31.3
com “P-number” P3, P4, P5, P6, P10A e P10B. Se isto for absolutamente necessário após o
aquecimento, esta área deve ser submetida a um tratamento térmico.
A espessura do “cachorro” não deve ultrapassar o maior dos valores; a metade da espessura do
tubo ou 5mm.
0
Devem ser dispostos inclinados em relação à direção longitudinal dos tubos de pelo menos 30 .
Devem ser de material similar ao do tubo, mesmo “P-number”. Caso isto não seja possível, deve
ser feito um revestimento, na região de contato com o tubo, com metal depositado e de
composição química compatível com o material do tubo. A espessura do revestimento deve ser
igual ou maior que a altura do cordão usado no ponteamento.
A quantidade de “cachorros” por junta soldada deve ser:
225
6.11.2 Flanges
Os flanges disponibilizados para montagem, devem ter suas faces protegidas contra choques
mecânicos e corrosão. Após a remoção desta proteção, devem ser examinadas criteriosamente e
só então liberados para montagem.
Salvo indicação em contrário, os flanges deverão ser montados no tubo, de maneira que os
planos vertical e horizontal que contém a linha de centro da tubulação dividam igualmente a
distância entre os furos dos parafusos do flange.
Quando usados flanges sobrepostos, devem ser soldados interna e externamente na tubulação,
de maneira que a extremidade do tubo fique afastada da face do flange de uma distância igual à
parede do tubo mais 3mm. A solda interna deve ser executada de maneira que a face do flange
não exija re-usinagem. No caso de uso de flanges de encaixe, a folga entre o extremo do tubo e a
face do encaixe deve ser de 1,5mm.
Os flanges de orifício devem ser montados com as tomadas posicionadas na tubulação, conforme
definido em projeto.
A solda interna dos tubos com flanges de orifício deve ter o reforço interno esmerilhado rente ao
tubo.
Flanges de aço acoplados com flanges de ferro fundido, devem ser montados com cuidado para
evitar que se danifique o flange de ferro fundido.
Não é permitido o acoplamento de flange de ressalto com flange de face lisa. Caso haja esta
necessidade, o ressalto deve ser removido por usinagem, e usada junta de face.
Os furos dos parafusos devem estar alinhados, independente de qualquer esforço e sem que
tenha sido inserido entre os flanges qualquer material que não seja a junta especificada; os
parafusos devem passar pelos furos livremente, após a linha estar totalmente soldada.
Os flanges devem ser apertados pelos parafusos de maneira uniforme e dentro dos limites
especificados. O aperto deve ser feito gradativamente e numa seqüência em que sejam
apertados parafusos diametralmente opostos. Não é permitido o uso de extensões nas chaves
para aperto dos parafusos dos flanges. No aperto, as porcas devem ficar completamente
roscadas no corpo do parafuso ou estojo. Quando se tratar de estojo, as porcas devem ficar a
igual distância das extremidades. Em nenhuma hipótese é permitido o ponteamento com solda
das porcas nos parafusos ou peças.
A tensão de aperto do flange, deve ser processada por igual pelos parafusos diametralmente
opostos, conforme indicado na figura, utilizando-se torquímetro ou medindo-se a extensão da
rosca do parafuso. Os parafusos e as porcas devem ser grafitados quando do aperto.
TENSÕES RECOMENDADAS PARA OS APERTOS DOS PARAFUSOS DOS FLANGES
As juntas de vedação definitivas das ligações flangeadas, devem estar de acordo com as
especificações de material do projeto de tubulação. No caso de juntas cortadas de lençóis, a
identificação do material do lençol deve ser transferida para cada junta cortada.
As juntas não metálicas devem estar limpas, sem sulcos, riscos, mossas ou quaisquer
deformações visíveis. Caso o diâmetro externo das juntas de vedação não esteja de acordo com a
ANSI B 16.5, Apêndice E, Figuras 3, 5 e 7, providenciar um anel de papelão com o diâmetro externo
correto dentro dos quais se encaixará a junta de vedação. Montar o conjunto assim formado na ligação
flangeada.
226
6.11.4 Juntas de Expansão
As juntas de expansão devem ser montadas de modo que não sejam submetidas a qualquer
esforço para o qual não foram projetadas.
227
6.12 INSPEÇÃO VISUAL E DIMENSIONAL EM SOLDAS
Caberá ao montador:
Nota: os critérios de execução e de aceitação de juntas soldadas serão feitos conforme Norma
API 1104 ou ANSI B 31.3, última edição.
228
6.12.1 Inspeção de Soldas
Serão inspecionados:
- as condições do chanfro;
- a preparação das máquinas e eletrodos;
- o alinhamento de tubo com tubo e folga;
- o término do passe da raiz;
- o termino da solda;
- a marcação das identificações do soldador e do inspetor interno.
Todos os preparativos e trabalhos da soldagem, bem como os parâmetros principais devem ser
anotados em ficha apropriada indicada na página 232 registrando:
- número da máquina de solda
- tipo e referência do eletrodo
- corrente elétrica / polaridade
- nome e número do soldador
- posição da solda
- espessura da parede
- folga da raiz.
INSPEÇÃO RADIOGRÁFICA
Serão inspecionadas somente as soldas de topo. As soldas de encaixe e de filete não serão
inspecionadas.
A inspeção será executada de acordo com a Norma ANSI B31.3 “SPOT EXAMINATION”. Os
pontos para radiografia serão definidos por amostragem aleatória e indicados no isométrico.
230
6.12.2 Defeitos de Solda
Classe A1 - Inaceitável qualquer inclusão cuja maior dimensão for maior que:
- para espessura menor que 10 mm 2,5 mm
- para espessura na faixa de 10 a 19 mm 5,0 mm
- para espessura na faixa de 20 a 60 mm 0,3 x espessura
- para espessura maior que 60 mm. 20 mm
Classe A2- Inaceitável qualquer inclusão cuja maior dimensão for maior que:
- para espessura menor que 10 mm 4,0 mm
- para espessura na faixa de 10 a 19 mm, 6,0 mm
- para espessura na faixa de 20 a 60 mm 0,5 x espessura
- para espessura maior que 60 mm. 30 mm
Classe A3 - Inaceitável qualquer inclusão cuja maior dimensão for maior que:
- para espessura menor que 10 mm 5,0 mm
- para espessura na faixa de 10 a 19 mm 7,0 mm
- para espessura na faixa de 20 a 60 mm 0,7 x espessura
- para espessura maior que 60 mm 50 mm
É inaceitável qualquer concentração de poros alinhados ou não se a soma dos diâmetros numa
extensão de soldagem de 12 x a espessura for maior que a espessura nas Classes A1 e A2 e
1,5 x a espessura na Classe A3, exceto se a separação entre dois poros for maior que 6 x o maior
deles na Classe A1, 4 x o maior deles na Classe A2 e 3 x o maior deles na Classe A3.
231
6.13 GUIA PARA SOLDAGEM COM ATMOSFERA PROTETORA
Material Gás
Aços não ligados e de baixa liga Argônio S
Aços inoxidáveis austeníticos AGAMIX SH – 02
Solda TIG Aços de alta liga não austeníticos Argônio S
Alumínio e suas ligas Argônio S
Cobre e suas ligas Argônio S
Titânio Argônio SR
Aços não ligados e de baixa liga AGAMIX SK 20
Aços de alta liga AGAMIX SK 02
Solda MIG - MAG Alumínio e suas ligas Argônio S
Cobre e suas ligas Argônio S
Titânio Argônio SR
Aços não ligados e de baixa liga Argônio S
Aços inoxidáveis austeníticos Argônio S
Aços de alta liga não austeníticos Argônio S
Proteção de raiz
Alumínio e suas ligas Argônio S
Cobre e suas ligas Argônio S
Titânio Argônio SR
232
6.15 LIMPEZA DAS TUBULAÇÕES
CONDIÇÕES GERAIS
O local para execução dos serviços de limpeza deverá ser limpo, ventilado, com boa iluminação,
protegido contra intempérie e entrada de estranhos.
Deverá possuir tomadas de energia elétrica, vapor, nitrogênio, ar comprimido, água potável,
bancadas apropriadas para limpeza dos tubos, tanques com dimensões suficientes para a
completa imersão dos tubos e dos “spools”, instalações para higiene do pessoal e lava olhos para
eventual emergência.
ETAPAS PROCESSUAIS
Etapa 3 - Limpeza inicial: efetuada por meio de processo químico ou simplesmente lavagem por
meio de jato de água. Neste caso a limpeza será executada do ponto mais alto para o mais baixo,
a fim de que o fluxo de água carregue todos os corpos estranhos existentes no interior das
tubulações.
Acessórios: - inspeção visual para se constatar, se há ou não necessidade limpeza. Caso haja,
desmontá-los totalmente e limpar os componentes com estopa embebida em
tricloroetileno, para remoção de óleo ou graxa.
Tubulações com diâmetros < 2”: limpeza por meio de um processo químico análogo ao utilizado
nas redes de oxigênio.
Tubulações com diâmetros > 2”: jateamento interno com areia padrão SA 1 ½”, sopro com ar
comprimido seco.
233
PARA TUBULAÇÕES E ACESSÓRIOS PREVISTAS PARA REDES DE OXIGÊNIO
a) Limpeza mecânica
Os tubos retos, curvas, derivações, reduções e peças, com diâmetros de 100 a 400 mm, deverão
ser limpos por jateamento abrasivo (com areia), o suficiente para que a superfície interna e
externa atinja o metal quase branco, padrão SA 2 ½.
Excluí-se aqueles componentes de aço inoxidável e metais não ferrosos.
Para tubulações com diâmetro < 100 mm, a limpeza deverá ser feita manual ou mecanicamente
com escovas metálicas, de aço inoxidável austenítico ou de bronze.
b) Desengraxamento
Retirar as peças e lavá-las em jato de água limpa até que todo componente alcalino seja
eliminado, e inspecioná-las. A operação deverá ser repetida, caso necessário.
Esta etapa será aplicada a todos os componentes das tubulações: tubos, peças, acessórios com
exceção daqueles recebidos limpos e selados no fabricante: válvulas, filtros, instrumentos, juntas
de expansão dos componentes de aço inoxidável ou de metais não ferrosos.
c) Decapagem
Retirar as peças e lavá-las em jato de água limpa até que todo componente ácido seja removido.
Para manter a concentração constante, a densidade deverá ser verificada e reforçada conforme
necessário.
d) Neutralização
e) Imersão em água
o
Imergir as peças, por um período de 10 minutos, em água aquecida a 50 Celsius.
Retirar as peças e lavá-las em jato de água potável.
f) Sopro do vapor
Soprar os componentes com jato de vapor para que carepas remanescentes nas paredes dos
mesmos se soltem.
234
g) Fosfatização
A limpeza com solvente clorado deverá ser realizada em todos os componentes das tubulações,
mesmos aqueles que tenham sido recebidos limpos e selados do fabricante. A limpeza com
solvente clorado deverá ser realizada com 1,1/1 tricloroetano (metil clorofórmio).
Observações -
Antes da limpeza deverá ser feita a análise do solvente utilizado para imersão dos componentes,
quanto à quantidade de hidrocarbonetos dissolvidos.
Para tal, utilizar instrumento aferido e calibrado e selecionar a amostra representativa do solvente.
Se a quantidade de hidrocarbonetos dissolvidos for maior ou igual a 20 ppm, o solvente será
considerado inadequado e substituído totalmente por solvente novo.
235
PROCEDIMENTO PARA LIMPEZA DE TUBOS E CONEXÕES COM SOLVENTE CLORADO
236
Etapa 5 - Selagem
A selagem dos tubos, peças e acessórios deve ser efetuada imediatamente após a limpeza,
porém só depois da autorização do inspetor credenciado ao cliente responsável pela limpeza. As
peças grandes terão suas extremidades vedadas por “caps” plásticos.
As peças pequenas e acessórios serão condicionadas em sacos de polietileno novos e limpos,
isentos de graxas e óleo.
Após a montagem dos spools e acessórios e antes da montagem das válvulas, filtros e
instrumentos, a tubulação deve ser soprada de modo a retirar as partículas de solda e qualquer
impureza depositada no interior da tubulação durante a montagem dos spools.
O sopro deve ser feito com nitrogênio puro, a velocidade de 30 m / s, de forma intermitente e
acompanhados por martelamento em toda extensão da tubulação, principalmente nas juntas
soldadas.
Observação:
No caso da fonte de nitrogênio ser uma tubulação existente, deve ser instalado um filtro de 80
micrômetros na tubulação de injeção de nitrogênio. No caso da fonte ser um caminhão tanque ou
garrafas, deve ser instalada na tubulação de injeção uma válvula controladora de pressão. Em
qualquer dos casos, a tubulação de injeção de nitrogênio deve estar devidamente limpa, sendo
necessário, portanto, que esta tenha sido desengraxada, decapada e lavada.
Atenção deva ser dada a proteção das extremidades dos tubos, para que frestas não ocorram
permitindo a penetração de partículas ou corpos estranhos nos mesmos.
Antes do início dessa limpeza, que tem por objetivo eliminar quaisquer sujeiras que porventura
tenham penetrado no interior dos tubos na montagem, deve ser assegurado a abertura total das
válvulas e a ausência das placas de orifício, purgadores e filtros, de modo a evitar
estrangulamentos que impeçam o escoamento normal das sujeiras. Precauções devem ser
tomadas para que as pressões do fluxo de limpeza sejam superiores às pressões de serviço da
linha.
Observações:
Para as redes de água, esta circulação levará o tempo necessário para ser obtido na saída, água
completamente limpa, garantida pela verificação de um filtro ou tela de 60 mesh colocada na
saída da linha.
Para as redes de ar comprimido e nitrogênio, esta circulação será feita por meio de sopro de ar
comprimido seco, o tempo necessário para que não sejam detectadas impurezas no filtro ou na tela de
60 mesh colocada na saída da linha.
237
6.16 TESTES
CONSIDERAÇÕES
O teste de pressão deve ser executado preferencialmente por sistemas de tubulações, ao invés
de tubulações individuais. A quebra de continuidade, através da instalação de raquetes para o
teste hidrostático, deve ser minimizada, juntando-se as tubulações e equipamentos passíveis de
se submeterem à mesma pressão de teste. Os equipamentos já testados e que não causem
dificuldades ao teste, podem ser re-testados simultaneamente com o sistema de tubulações
conectados aos mesmos. Os que ainda não foram testados, devem ser perfeitamente isolados do
sistema em teste.
A pressão de teste não deve exceder em nenhum ponto a pressão de teste permitida para tais
equipamentos.
Antes do teste, devem ser removidos todos os dispositivos que causem restrição ao fluxo, discos
de ruptura, válvulas de segurança e de alívio. Estes devem ser substituídos por peças provisórias.
Filtros provisórios devem ser instalados na entrada dos vasos, compressores, bombas e outros
equipamentos que possam ser prejudicados por detritos e devem ficar no sistema durante o teste
de pressão, limpeza, pré-operação e início da operação. Fica dispensada a instalação desses
filtros quando já constar do projeto à instalação de filtros permanentes.
Todas as válvulas devem ser sujeitas ao teste de pressão, inclusive as de bloqueio situadas nos
limites do sistema, que devem ser raqueteadas no flange a jusante do sistema.
As válvulas de bloqueio e de controle que tenham pressão de teste diferente de um lado e de
outro, devem ser testadas com o sistema de maior pressão, limitando-se o sistema com uma
raquete no flange da válvula.
As válvulas de retenção devem ser pressurizadas no sentido da abertura. Se isto não for possível,
travar a parte móvel na posição aberta. Todas as outras válvulas devem ser mantidas na posição
totalmente aberta.
As juntas de expansão, devem ser isoladas ou substituídas por carretel temporário. Quando
submetidas ao teste, devem ser protegidas por tirantes e suportes temporários.
Todos os suportes, pendurais, guias, batentes, devem ser ligados ao sistema de tubulações antes do
teste de pressão. Os suportes de mola devem ser travados durante o teste.
Deve ser instalado no mínimo um manômetro no ponto do sistema de maior elevação. Os
manômetros devem ser adequados à pressão de teste, de tal forma que, a leitura da pressão
esteja entre 1/3 e 2/3 da escala, e que as divisões sejam no máximo de 5% da pressão de teste,
com mostrador de diâmetro mínimo de 75 mm.
Todas as ligações devem ser deixadas expostas, sem isolamento, revestimento ou pintura, para
exame durante o teste. As tubulações enterradas adequadamente suportadas, devem ficar com
as ligações expostas, exceto as ligações enclausuradas em concreto que já tiverem sido testadas
previamente.
FATORES CONDICIONANTES
Nos pontos altos do sistema de tubulações e nos equipamentos, as válvulas de respiro devem
estar completamente abertas, para que o ar seja expulso, quando se encher os mesmos com
líquido de teste.
Não é permitido o martelamento das tubulações durante o teste de pressão.
O re-aterro de ruas, abertos para passagem de tubulações, somente poderá ser iniciado após o
teste de pressão e revestimento da tubulação.
238
TEMPERATURA DE TESTE
o o
Mínima de 10 C. Se inferior, o fluido de teste deve ser aquecido a 40 C .
FLUIDO DE TESTE
Ar, gás inerte ou água doce, não agressiva, isenta de hidrocarbonetos.
PRESSÃO DO TESTE
Hidrostático com temperatura maior que 340ºC → Pteste = 1,5 x P x (ST ÷ Sh )
Hidrostático com temperatura menor ou igual a 340ºC → Pteste = 1,5 x P
Pneumático em qualquer temperatura: Pteste = 1,5 x P, onde:
P: pressão de projeto;
ST: tensão admissível do material na temperatura do teste;
Sh: tensão admissível do material na temperatura de projeto.
CONSTATAÇÃO DE VAZAMENTOS
Despressurizar o sistema, abrir o suspiro e drenar as redes.
Nas tubulações verticais é recomendável reduzir o nível até 2 metros abaixo do local do reparo.
Secar o local do vazamento e proceder ao reparo.
Toda a tubulação reparada deve ser re-testada.
Após o teste, remoção dos bloqueios e reinstalação dos acessórios removidos, a tubulação deve
ser identificada como “Testada”.
Serão “Aceitas” como CONFORMES se construídas, verificadas e testadas com resultados
satisfatórios.
239
CAPÍTULO VII
VENTILAÇÃO INDUSTRIAL
- Fumos: partículas sólidas com diâmetro inferior a 10 microns condensadas após a volatilização
e geralmente oxidada, como óxido de chumbo e cloreto de amônio.
- Poeiras: partículas sólidas com diâmetro na faixa de 10 a 100 microns resultantes da
desintegração mecânica de materiais, como manuseio de carvão, varredura.
- Fumaça: partículas sólidas decorrentes da combustão incompleta, como a nicotina dos cigarros.
- Névoa: gotículas de líquido como spray de tinta, cerração, neblina, espirro humano.
Os agentes tóxicos podem ocorrer no estado sólido, líquido ou gasoso; no estado sólido ou no
estado líquido, apresentam-se finamente divididos e suspensos no ar como material particulado;
no estado gasoso são constituídos por gases e vapores. Esses vapores representam o estado
gasoso de materiais que são sólidos ou líquidos nas condições normais de pressão e
temperatura.
Uma das propriedades mais importantes desses agentes é a capacidade de mistura plena e total
com o ar atmosférico, tornando-se parte do mesmo.
A fixação dos limites de tolerância –TLV, para os poluentes do ar atmosférico na faixa desde
influência nula até nível de distúrbio no organismo humano é função de três fatores:
Primeiro – reação do organismo a ser restringida.
Segundo – concentração suportada pelo organismo
Terceiro – consequência no organismo se a concentração ultrapassar o limite permitido.
No Brasil esses limites são aqueles referenciados pelo “AMERICAN CONFERENCE OF
GOVERNMENTAL INDUSTRIAL HYGIENISTS – ACGIH”, complementado pelas normas
regulamentadoras do Ministério do Trabalho – NR. São eles:
TLV–TWA - fixa a concentração tolerável ao organismo para uma jornada de trabalho de oito
horas por dia e cinco dias por semana.
TLV–CEILING - fixa o valor máximo que não deverá ser alcançado em qualquer tempo da jornada
de trabalho.
243
O efeito combinado da velocidade do ar com as temperaturas de bulbo seco e de bulbo úmido do
ar também caracteriza uma condição insalubre (poluída) se resultar um valor que coincida com o
prescrito na norma regulamentadora NR 17, item 17.5.2. (B). Esse valor é lido na interseção da
reta que une a temperatura de bulbo seco com a temperatura de bulbo úmido, com a linha de
velocidade do fluxo de ar, usando os referenciais do diagrama mostrado na figura 2 abaixo.
AMBIENTAIS
TRABALHISTAS
244
7.4 CLASSIFICAÇÃO DOS VENTILADORES
CONFORME PRESSÃO
- radial reta,
- inclinado para trás;
- inclinado para frente;
- curva de saída radial.
.......
245
ARRANJO DA DESCARGA DE VENTILADORES CENTRIFUGOS
PEÇAS DE TRANSIÇÃO
Projetar as peças de transição para garantir as velocidades requeridas nas conexões de descarga
e de admissão de ar no ventilador, bem como nos respectivos dutos.
246
7.6 VENTILADORES TIPO BOOSTER
São máquinas
previstas para
promover a elevação
da pressão em redes
de gás, instaladas
conforme mostrado no
fluxograma ao lado.
Estes ventiladores
devem possuir selos
mecânicos de anel de
carbono com injeção
de nitrogênio, e
mancais anterior e
posterior, com
resfriamento a óleo,
transmissor de
vibração, junta de
expansão na sucção e
descarga, e damper de
controle na sucção.
PARTIDA DO BOOSTER
Parâmetros que habilitam a partida
Válvulas envolvidas
Instrumentação envolvida
247
Seqüencial de Partida
Regime Operacional
Para garantir a estabilidade do sistema em função das variações de vazão e das condições de
energia elétrica demandadas na partida e em regime, deve ser instalado um damper de
regulagem na conexão de sucção do ventilador, verificando se as palhetas do registro dirigem o
fluxo do ar no mesmo sentido de rotação do rotor.
Se o ventilador for de dupla entrada, os dampers deverão ser sincronizados de maneira a estarem
sempre em posições relativas equivalentes. Qualquer diferença de posição entre estes registros
resultará em fluxos de ar desbalanceados, desempenho deficiente do ventilador e carga
desbalanceada nos mancais.
248
7.8 SELEÇÃO DO TIPO DE VENTILADOR
EXEMPLO NUMÉRICO
Solução
249
7.9 DIMENSIONAMENTO DE VENTILADORES
Uma vez especificado o tipo do ventilador é necessário definir os valores dos parâmetros,
potência e velocidade de saída que são calculados aplicando-se as expressões:
Potência: N= Q x P x ρ ar / η x 74,6, (equação 84), onde:
N potencia em HP
3
Q: vazão em m / s
P: pressão diferencial em mca
3
ρ ar : peso específico do ar na temperatura em kg / m
2
Nota: lembrar que P em mmca ≡ kgf / m , e que P / ρ ar em mca
Velocidade de saída
vS = Pd × 4,044 , (equação 85), onde:
VS velocidade de saída em m/s
Pd pressão dinâmica em mmca.
A velocidade de saída é necessária para o dimensionamento da peça de transição referenciada
na página 246. A seção de um dos lados dessa peça coresponde à seção de insuflamento do
ventilador, escoando o fluxo de ar na velocidade de descarga, no exemplo valendo 11,07 m/s.
A seção do lado oposto será equivalente a do duto, sendo calculada conforme referenciado na
página 263, com a mesma velocidae selecionada para o duto.
EXEMPLO NUMÉRICO
3
Considerando um ventilador do tipo centrífugo de simples aspiração, com vazão de 3,5 m / s,
pressão dinâmica de 7,5 mmca, pressão diferencial de 80 mmca, η de 85%, pede-se calcular a
3
potência e a velocidade de saída do ar, admitindo ρ ar 1,1 kg/m .
Sendo 80 mmca ≡ 80 / 1,1 = 72,72 mca, vem:
potência N: 3,5 x 72,72 x 1,1 / 0,85 x 74,6 = 4,44 Hp ou 3,30 kw
velocidade de saída vS: 7,5 × 4,044 = 11,07 m/s
250
7.11 FOLHA DE DADOS - VENTILADORES CENTRÍFUGOS
251
7.12 TESTE DE ESTANQUEIDADE
OBJETIVO
Orientar e documentar o teste pneumático conforme norma API Standard 673 SE - 2002, Item
4.3.4.3.1 e onde aplicável, complementado pela norma Petrobrás N-1593, onde aplicável.
CAMPO DE APLICAÇÃO
Ventiladores que exijirem estanqueidade operacional, ou nos casos de solicitação contratual.
DESENVOLVIMENTO DO PROCEDIMENTO
“A carcaça deve ser pressurizada, com ou sem fechamento da passagem do selo, com a máxima
pressão de trabalho operacional - PMTA e mantida nessa condição pelo menos durante 30
minutos, quando será submetida ao teste com bolhas de sabão, para verificação de vazamentos”.
CONDIÇÃO PRÉ-DETERMINANTE
O ventilador deverá estar fixado em superfície plana e horizontal, por meio de parafusos alojados
nos furos existentes em sua base.
CONDIÇÃO DE CONFORMIDADE
O teste será considerado satisfatório quando nenhum vazamento for observado na carcaça ou
nas uniões.
CONDIÇÕES OPERACIONAIS PARA EXECUÇÃO DO TESTE
As cinco etapas do teste descritas a seguir deverão ser processadas com base nos pontos
indicados nas figuras 6 e 7, podendo os ventiladores estarem em qualquer arranjo ou posição
construtiva.
252
Etapa 1 - tamponar com chapa metálica os bocais de entrada, de saída e de selo do ventilador,
pontos “A”, ”B”, e “C” das figuras 6 e 7.
Tamponamento
Tubete
Analisador de
pressão
Figura 8
Etapa 4 - observar visualmente a formação de bolhas, no mínimo por 30 minutos, nos pontos:
Observações:
- a verificação da pressão aplicada deve ser feita através de manômetro calibrado e aferido,
recomendando-se o de coluna de água, devido à baixa pressão absoluta dos ventiladores;
- a solução formadora de bolhas deverá seguir a norma ASME Secção V, quando adquirida como
solução comercial, ou obtida da proporção 1 x 1 x 4,5 em volume de detergente ou sabão líquido,
glicerina e água.
Nota: nos ventiladores axiais, somente a Porta de Visita e as soldas intermediárias do tubo
externo serão testadas.
253
7.13 FILTRAGEM DE AR
Os filtros de ar são meios porosos construídos com material fibroso na forma de tecido, ou por
compactação, formando placas ou painéis, atuando por conseqüência da impactação direta,
inercial das partículas ou ainda pelo movimento browniano.
Aplicações recomendadas pela NB-10 para uso dos filtros Grosso G, Fino F e Absoluto A.
254
7.14 LAVADORES DE GÁS
Quando um gás entra em contato pleno com um liquido no qual ele seja solúvel, ocorrerá
transferência de massa do gás para o líquido proporcional à solubilidade do gás no líquido e ao
diferencial da concentração, conforme figura 9.
Nos casos onde o gás reage com uma substância química dissolvida no líquido ocorrerá a
chamada “absorção química” aumentando a eficiência da separação.
Após a dissolução, submete-se este fluido a um tratamento químico de acordo com o gás nele
dissolvido a fim de se obter um sal que será filtrado para remoção e destinação final do lodo.
FORMA CONSTRUTIVA
O processo acima referenciado é obtido nas “Torres de Lavagem”. Nelas o contato “gás/liquido” é
conseguido através da passagem em Contra Corrente dos fluidos através de um enchimento cujo
material e forma deverá garantir a maior área superficial de contato.
Existem substâncias que por afinidade química ou por forças de atração superficial de Van der
Waals são capazes de atrair e manter presas moléculas de gases. É o que se chama de
adsorção. Não ocorre nenhuma reação química.
Os materiais adsorvedores são: a alumina ativada, o carvão ativado, a bauxita e a sílica gel.
O quadro abaixo referencia a capacidade de adsorsão de vários gases pelo carvão ativado.
255
Poluente Índice Poluente Índice
Gás carbônico a Benzeno d
Monóxido de carbono a Tolueno d
Etileno a Ácido butílico d
Formaldeído b Ácido butírico d
Acetaldeido b Ozona d
Amônia b Tolueno d
Aminas b Odores corporais d
Butano b Tetracloreto de carbono d
Propano b Fumaça de cigarro d
Acetona c Cresol d
Acroleína c Desinfetantes d
Anestésicos c Gasolina d
Fumaça de óleo diesel c Fenol d
Odores animais c Odores hospitalares d
Gás sulfídrico c Terebentina d
Cloro c Perfumes, cosméticos d
Solvente c Cheiro caseiro d
Ácido acético d Smog d
Álcool d Álcool isopropílico d
- índice a desaconselhado
- índice b aceitável
- índice c regular
- índice d muito bom
FORMA CONSTRUTIVA
Os equipamentos de filtragem com carvão ativado, chamados de torres de enchimento constam
de colunas no interior das quais são colocadas camadas de carvão ativado com 15 a 90 cm de
espessura. O gás carreando o poluente, atravessa as camadas de adsorção numa velocidade de
10m/min para o caso de odores e 20 m/min para solventes e outras substancias.
Antes de ser admitido no filtro de carvão ativado, o fluido deve sofrer um tratamento preliminar
para retenção de partículas suspensas, redução da umidade relativa abaixo de 50% e
temperatura abaixo de 50º C.
Com o uso, o carvão ativado fica saturado, tornando-se necessário regenerá-lo, o que se
consegue submetendo-o à passagem de um fluxo de vapor de água.
Deverá haver dois leitos de carvão ativado, de modo que um fique operando enquanto o outro
estiver sendo regenerado.
APLICAÇÕES
256
7.15 TIRAGEM NATURAL - LANTERNINS
pede-se calcular:
- carga térmica;
- renovação do ar interno por hora;
- velocidade do fluxo de ar aquecido;
- área Ae de entrada do ar frio;
- área AS de saída do ar quente;
- dimensões do lanternim do tipo com calha, ver figura 10.
3
1) Volume do galpão V=CxLxH em m
3
2) Carga térmica Q=J÷V em kj / m x h
3) Número de renovações r = Q ÷ ∆T x cp por hora
257
Solução:
3
Cálculo do volume do galpão V: 42 x 185 x 21 = 163170 m
5 3
Cálculo da carga térmica Q: 942,12 x 10 ÷ 163170 = 577,38 kj / m x h
Cálculo das renovações de ar: 577,38 ÷ (20 x 1,30) = 22,2rph
2
Cálculo da área de saída do ar quente As: 22,2 x 163170 ÷( 0,75 x 3600 x 2,84) = 472,40 m
2
Cálculo da área por lanternin: 472,40 ÷ 6 = 78,73 m
Fazendo a dimensão “C” de descarga = 4 m, o comprimento “L” de cada lanternim será= 19,68 m
2
Assumindo As = Ae, teremos Ae = 472,40 m e admitindo uma entrada de ar em cada lateral do
galpão, vem:
2
Cálculo da área de entrada de ar em cada lateral: 472,40 ÷ 2 = 236,20 m
258
7.16 VENTILAÇÃO GERAL DILUIDORA
Como ventilação geral diluidora entendemos aquela que promove uma movimentação do fluxo de
ar interno a um ambiente, visando o conforto térmico de seus ocupantes ou a manutenção das
condições de integridade da propriedade e seus inclusos.
A ventilação geral diluidora, pode ser projetada em três sistemas operacionais, conforme o
posicionamento do conjunto moto ventilador em relação ao ambiente.
Há casos em que o sistema por exaustão se impõe, por exemplo na operação de sanitários e
cozinhas. Sendo negativa a pressão, haverá menor possibilidade dos gases se espalharem
desses recintos para os ambientes vizinhos.
Em outras situações, se impõe o sistema por insuflamento, por exemplo, no caso de recintos que
não podem ser contaminados pelo ar de ambientes adjacentes.A pressão positiva faz com que o
fluxo de ar seja sempre no sentido desse recinto para os adjacentes.
Neste contexto é importante determinar a vazão destes fluxos de ar que irão promover o conforto
térmico, a diluição ou a retenção de poluentes, conforme mostrado nos exemplos seguintes.
259
EXEMPLO DE CÁLCULO DE VAZÕES DE AR EM SISTEMAS GERAL DILUIDORES
o
Para fins de controle térmico, considerando os valores limitantes ∆t < 3 C e TE < 28 graus.
EXEMPLO 1 – Calcular o fluxo de ar necessário para garantir um ∆T= 3ºC em ambiente onde
ocorre dissipação térmica de 10 548 Kcal/h.
Solução:
3
- aplicar a relação vazão = DT / 0,288 x ∆t ou 10.548 / 0,288 x 3 = 2208 m / h,
onde DT significa dissipação térmica.
EXEMPLO 2 - Calcular o fluxo de ar em um ambiente com área de 20 x 10m e pé direito de 4m,
para uma taxa de renovação de 15 RPH.
Solução:
3
- aplicar a relação: vazão = volume x rph ou10 x 20 x 4 x 15 = 12000 m / h
o
EXEMPLO 3 – Calcular a vazão de ar a 25 C necessária para manter um ∆T= 10ºC em uma Casa
de Máquina com dois grupos diesel geradores de 450 KVa cada. O rendimento do gerador é de
92% e o do diesel 35%. Determinar também a vazão de ar a ser liberada do ambiente.
Solução:
- calcular a potência motriz: 450 x 0,850 / 0,92 = 415,7 Kw
- calcular o calor “Q1” irradiado pelo gerador: Q1=415,7 x 860 x 0,08= 28600 Kcal/h
- calcular o calor “Q2” irradiado pelo diesel: Q2= 0,03 x (415,7 / 0,35) x 860= 30643Kcal/h
- calcular a carga térmica dissipada: 28600 +30643= 59243Kcal/h
3
- calcular a vazão de ar insuflada: 59243 / (0,288 x 10)= 20571m /h
3
- calcular a vazão de ar de combustão 415,7 x 0,25 x 20 x 1,14= 2369 m /h
3
- calcular a vazão de ar a ser liberada do ambiente: 20571 – 2369 = 18202 m /h
Notas:
260
Para fins de pressurização, considerando o valor limitante TE ≤ t 28 graus.
EXEMPLO 6 – Calcular o fluxo de ar necessário para pressurizar o ambiente interno de uma sala
2
de máquinas com sobrepressão de 4,0 kgf / m , considerando a temperatura do ar de 30ºC, o
3 2
volume interno do ambiente de 53m e área de escape do fluxo de ar de 0,06 m .
3
Nesta temperatura o peso especifico do ar vale 1,1644 kg / m , conforme tabela indicada na
página seguinte.
Solução:
0,5
Aplicar a expressão (∆P x 2 x g / ρ ar ) , para determinar a velocidade de pressurização em m/s
0,5
- velocidade de pressurização: (4 x 2 x 9,81 / 1,1644) = 8,20 m/s.
2
Considerando a área de escape do ar com 0,06 m , teremos:
3
- vazão de ar requerida: 8,20 x 0,06 x 60 = 29,52 m /min;
- o número de renovações por hora será: (29,52 x 60) / 53 = 36.
ANÁLISE HIDRÁULICA
3
O ponto de trabalho de um moto ventilador operando com ar a 20º C, ρ = 1,2041 kg/m é:
3
vazão 708m /min, pressão diferencial 140 mmca, rotação 628 rpm, potência 35,5 hp, rendimento
62,2%. Com a instalação de um filtro com perda localizada de 20 mmca a pressão diferencial foi
3
alterada para 160 mmca acarretando redução de vazão para 680m /min. Determinar os novos
3
valores para a potência e para a rotação de modo que a vazão permaneça em 708 m /min.
Solução:
Aplicando a lei de semelhança hidráulica Q1, / Q2 = n1 / n2, teremos:
- nova rotação: 628 x 708 / 680 = 654 rpm
Lembrando que 160 mmca / 1,2041=132,8 mca, teremos:
- nova potência: (1,2041 x 708 x 132,8) / 0,622 x 60 x 74,6 = 40,6 Hp.
Conclusão
O tempo de saturação de 17 minutos, pequeno para a jornada de trabalho de oito horas sugere a
instalação de um Sistema Local Exaustor ao invés do Sistema Geral Diluidor.
261
7.17 DIMENSIONAMENTO DE DUTOS EM SISTEMAS GERAL DILUIDORES
O valor da pressão final que corresponderá à pressão diferencial do ventilador, será aquele
definido pela somatória das perdas de carga existentes no duto de admissão de ar, incluindo as
dos filtros, acrescida das perdas referentes ao ramal crítico, que é aquele que apresentar a perda
de carga com maior valor numérico.
A estas perdas deverão ainda ser adicionadas as perdas nas grelhas, difusores de insuflamento,
e se existente à sobrepressão do ambiente.
262
EXEMPLO
Nota: no sistema de ventilação geral diluidor é mais comum o uso de dutos retangulares,
configurando um arranjo construtivo em planta, como o abaixo indicado.
v × di 7 × 0,447 × 1,1644
Reynolds: ×ρ → = 195882
µ 0,000018648
fator de fricção “ f ”: 0,0185
L v2 25 72
perda de carga: f × × × ρ → 0,0185 × × × 1,1644 = 3,0 kgf / m 2 (3,0 mmca).
di 2g 0,447 2 × 9,81
263
Como corresponder o diâmetro calculado para o duto a uma seção retangular (ou quadrangular)
hidraulicamente equivalente?
Esta equivalência será obtida pela equação d = 1,265 8 (ab)5 /(a + b)2 , ou pelo uso do diagrama
abaixo, onde com base no “d” calculado, fixamos uma das dimensões “a”, por exemplo e temos a
outra.
264
COMPRIMENTOS EQUIVALENTES E COEFICIENTES DE PERDA DE CARGA “N”
265
7.18 VENTILAÇÃO LOCAL EXAUSTORA - DESPOEIRAMENTO
Estes sistemas se enquadram nos processos de exaustão de gases onde o fluxo gasoso provoca
um carregamento de massas de ar frio. Abordaremos os critérios de dimensionamento pelo
método do balanceamento estático.
A figura 13 mostra como variam as parcelas de energia em uma instalação local exaustora.
Vemos representado um captor ao qual o ar contendo vapores se dirige para o ponto “A”, entrada
do captor, em virtude da pressão negativa nele existente.
266
DIRETRIZES BÁSICAS PARA O PROJETO DOS CAPTORES
Nessas condições o sistema poderá ser hidraulicamente otimizado reduzindo o diferencial das
pressões estáticas nas junções ao valor de 3% da maior pressão.
267
Os cálculos devem ser ordenados de forma a caracterizar o trecho dimensionado e as condições
de equilíbrio. Os captores, as uniões, os ramais e os dutos principais deverão ser identificados.
Os captores pelas letras A1, A2, as uniões do trecho pelas letras U1,U2, os ramais de exaustão
pelas letras A1U1, A2U1, os trechos do duto exaustor pelas letras U1U2.
Elaborar o balanceamento calculando as perdas de carga nas coifas e nos dutos, considerando
os valores da perda de carga nas coifas e das velocidades recomendadas, conforme prescrito no
A.C.G.I.H.
Lembrar que no início da operação a massa de ar está em repouso, sendo necessário fornecer-
lhe uma energia para trazê-la da condição de repouso à condição de escoamento.
Essa energia chamada “Pressão de Velocidade” é definida pela expressão:
2
Vp = v x ρ / 2g. (equação 87).
o 2
Admitindo os valores do peso específico do ar a 20 C = 1,20 Kg, da gravidade = 9,81m/s e
2
lembrando que 1 kgf/m corresponde a 1mmca, podemos escrever:
2 2 2
Pressão de velocidade Vp = v x 1,2 / 2 x 9,81 Ξ v x 0,0619 ou = v /16,34.
Como a energia de velocidade cedida à massa de ar em repouso será constante durante o
processo, soma-se “um” no cálculo da pressão junto à coifa, ver Item 15 página 270.
No cálculo do fator de fricção, considerar o uso de chapas de aço ASTM-A 36 preta, com
2
rugosidade equivalente de 0,15 a 0,30 mm, espessura 1/8” (3,15mm), peso 25,20 kg/m , e os
valores da viscosidade dinâmica µ e o peso específico do ar atmosférico “ ρ ” determinantes do
número de Reynolds (Re = v x di x ρ / µ ) estão indicados na tabela abaixo.
3
Temperatura ºC ρ ( kg / m ) µ (kg / m x s)
0 1,2922 1,7780 x 10-5
10 1,2467 1,7708 x 10-5
20 1,2041 1,8178 x 10-5
30 1,1644 1,8648 x 10-5
40 1,1272 1,9118 x 10-5
50 1,0924 1,9588 x 10-5
268
Considerando essa seqüência sugerida, os cálculos necessários ao balanceamento serão feitos
com base nas equaçãoes:
Para o cálculo da perda de carga nas coifas, aplicar uma das expressões
- geral: ∆Pcoifa= (1+N) x VP. (equação 89)
Os valores de “N” a serem aplicados na equação 89 estão definidos no ACGIH.
Para o cálculo da pressão de velocidade VP usar a equação 87, página 268.
3
Para Coifas Receptoras e Processos Frios: Q= Px H x v em m /s, onde:
1,25 0,3 3
Para Coifas Receptoras e Processos Quentes: Q=1,7 x S x (H x ∆t ) em m /s, onde:
269
2
S: superfície quente em m ;
H: elevação da superfície quente acima do piso local em m;
o
∆t: diferencial de temperatura entre a superfície quente e o ar ambiente em C.
Como esses cálculos dimensionais são repetitivos e sujeitos a freqüentes correções visando
garantir a equalização das pressões, sugere-se o uso de planilha Excel com 17 colunas
preenchidas conforme indicado a seguir, observando a modelagem matemática aplicável.
Área em cm2
Compriment
Pressão de
Coeficiente
Velocidade
coifa (1+N)
Perda total
número de
velocidade
o linear do
carga nas
conexões
conexões
conexões
Perda de
Perda de
Perda de
Perda na
de perda
carga no
carga na
Pressão
Trecho
Trecho
Básica
m/min.
Tipo e
rede
duto
Principal
VP
Ramal
Duto
270
EXEMPLO NUMÉRICO
Balancear estaticamente os ramais A1U1 e A2U1, dimensionar o trecho U1U2, e calcular a pressão
na entrada do filtro manga de um sistema de despoeiramento, previsto para operar nas condições
que se seguem:
3
captor A1: coeficiente N = 1,37, vazão de captura 7,45 m / min.
3
captor A2: coeficiente N = 0,49 vazão de captura 9,95 m / min.
raio das curvas: ver nota página 272
trecho U1U2: 50,0 m com uma curva de 90º e uma junção 45º
trecho A1U1: 6,80 m com uma curva de 90º
trecho A2U1: 4,80 m com duas curvas de 90º e uma curva 45º
velocidade de transporte 900 m/min
2
pressão barométrica 1,00 kgf / cm
temperatura de bulbo seco 25ºC
3 3
peso específico 1,2041 kg / m a 20ºC (1,14 kg / m a 25ºC)
-5
viscosidade dinâmica 1,8178 x 10 kgf / m x s
Passo 3 determinar os valores de “K”: curva 90º Ø 102 mm = 2,048 (tabela pág. 274)
lançar na coluna 9 2,048
2
calcular ∆Ρ curva 90º 2,048 x 15 x 1,14 / 2 x 9,81 = 26,77 mmca
lançar na coluna 10 26,77 mmca
3
Passo 4 corrigir peso especifico 1,2041 x 1,00 x 293 / 1 x 1,03 x 298 = 1,14 kg/m
-5 4
calcular Reynolds 15 x 0,102 x 1,14 / 1,8178 x 10 = 9,59 x 10
calcular rugosidade relativa 0,30 / 102 = 0,0029
calcular fator de fricção (por Colebrook) f = 0,028
6,8 15 2
calcular ∆P no duto 0,028 x × × 1,14 = 24,40 mmca
0,102 2 × 9,81
lançar na coluna 11 24,40 mmca
calcular (26,77 + 24,40) = 51,17mmca
lançar na coluna 12 51,17 mmca
2
Passo 5 calcular a pressão de velocidade 15 x1,14/2x9,81=13,07 (pág. 269 Item 3)
lançar na coluna 13 13,07
calcular (1+N) x VP (1+ 1,37) x 13,07 = 30,97
lançar na coluna 15 30,97
CONCLUSÃO
A pressão no ponto U1 pelo circuito A1U1 é de 82,15mmca.
271
CÁLCULO DA REDE A2U1
3
Passo 1 lançar na coluna 4 9,95 m /min
lançar na coluna 6 900 m / min
lançar na coluna 7 4,80 m
lançar na coluna 8 2 curvas 90º e 1 curva 45º
lançar na coluna 14 0,49 m
Passo 3 determinar os valores de “K”: C 90º Ø118 mm = 1,432 e C 45º Ø118 mm = 0,716
2
calcular ∆Ρ curva 90º (1,432 x 15 x 1,14 / 2 x 9,81) x 2 = 37,44 mmca
2
∆Ρ curva 45º (0,716 x15 x 1,14 / 2 x 9,81) = 9,36 mmca
lançar na coluna 9 1,432 e 0,716
calcular 37,44 + 9,36 = 46,80mmca
lançar na coluna 10 46,80 mmca
3
Passo 4 corrigir peso especifico 1,2041 x 1,00 x 293 / 1 x 1,03 x 298 = 1,14 kg/m
-5 5
calcular Reynolds 15 x 0,118 x 1,14 / 1,8178 x 10 = 1,11 x 10
calcular Rugosidade Relativa 0,30 / 118 = 0,0025
calcular Fator de Fricção (por Colebrook) f = 0,026
4,8 15 2
calcular ∆P no duto 0,026 x × × 1,14 = 13,82 mmca
0,118 2 × 9,81
lançar na coluna 11 13,82 mmca
calcular 46,80 + 13,82 = 60,62mmca
lançar na coluna 12 60,62 mmca
2
Passo 5 calcular a pressão de velocidade 15 x 1,14 / 2 x 9,81 = 13,07
lançar na coluna 13 13,07
calcular (1+N) x VP (1 + 0,49) x 13,07 = 19,47
lançar na coluna 15 19,47
CONCLUSÃO
A pressão no ponto U1 pelo circuito A2U1 é de 80,09mmca. Como a diferença entre as pressões
dos ramais é de 2,50 % (< 3%), considera-se a junção equilibrada.
Nota: o raio de curvatura das curvas, definidor do fator “K”de perda, deve ser selecionado de
modo a assegurar um valor de perda de carga na conexão maior ou menor, compatível com a
necessidade de ajuste nos valores da pressão de equilíbrio na junção.
O passo seguinte será calcular a perda de carga no trecho condutor U1U2, cujo valor será
adicionado ao valor da pressão equalizada definida como “BÁSICA”, na junção U1.
272
CÁLCULO DA REDE U1U2
3
Passo 1 lançar na coluna 5 7,45 + 9,95 = 17,4 m / min
lançar na coluna 6 900 m / min
lançar na coluna 7 50 m
lançar na coluna 8 1 curva 90º e 1 junção 45º
Passo 3 determinar os valores de “K” curva 90º Ø156 mm = 3,368, junção 45º = 2,218
2
calcular ∆Ρ curva 90º 3,368 x 15 x 1,14 / 2 x 9,81 = 44,03 mmca
2
∆Ρ junção 45º 2,218 x 15 x 1,14 / 2 x 9,81 = 28,99 mmca
lançar na coluna 9 3,368 / 2,218
calcular 44,03 + 28,99 = 73,02
lançar na coluna 10 73,02 mmca
3
Passo 4 corrigir Peso Especifico 1,2041 x 1,0 x 293/ 1 x 1,03 x 298 = 1,14kg/m
-5 5
calcular Reynolds 15 x 0,156 x 1,14 / 1,8178 x 10 = 1,46 x 10
calcular Rugosidade Relativa 0,30 / 156 = 0,0019
calcular Fator de Fricção (por Colebrook) f = 0,025
50 152
calcular ∆Ρ no duto 0,025 x × × 1,14 = 104,73 mmca
0,156 2 × 9,81
lançar na coluna 11 104,73 mmca
calcular 82,15 + 104,73 + 73,02 = 259,47 mmca
lançar na coluna 12 259,47 mmca
lançar na coluna 16 259,47 mmca
CONCLUSÃO
273
7.19 COLETORES INERCIAIS - FILTROS MANGA
Estes coletores agregam baterias de “Mangas” em seu interior de modo tal que o fluxo de ar
poluído é forçado a escoar através destas mangas no sentido de fora para dentro, ficando o
particulado poluente retido no exterior da manga, figura 15.
A limpeza do particulado agregado na superfície externa da manga é processada pela injeção de
fluxo pulsante de ar comprimido em seu interior. Durante a injeção deste fluxo, a saída do ar limpo
dessas mangas em limpeza é bloqueada por uma válvula denominada “Popete”.
O residual de pó é descarregado ao receptáculo externo através de uma válvula rotativa.
Temperatura Resistência
Material
contínua instantânea tração abrasivos ácidos álcalis combustão
o o
Dacron 135 C 149 C MB MB B R Sim
o o
Nomex 204 C 260 C MB MB P B Não
o o
Polipropileno 66 C 93 C MB MB MB MB Sim
RELAÇÕES DIMENSIONAIS
3 3 2
área filtrante útil: vazão (m /min) ÷ taxa de filtragem (m /m ) x min
área filtrante total: área útil x (1,15 a 1,20)
número de mangas: área filtrante total ÷ área de pano da manga
área de pano da manga: π x diâmetro x comprimento da manga
dimensões sugeridas da manga: diâmetro 150mm, comprimento 4000mm
3 3
capacidade da válvula rotativa: vazão (m /min) x concentração de pó (mg/m )
mangas em limpeza simultânea 18 unidades
vazão de ar comprimido para 18 mangas 75 N l /min
vazão total de ar comprimido (total de mangas em limpeza ÷ 18) x 75
número de válvulas de bloqueio total de mangas ÷ mangas em limpeza
274
ESPECIFICAÇÃO DO FILTRO MANGA
3
vazão 272550m /h
número de compartimentos 06
compartimentos on-line 05
número de mangas / compartimento. 452
2
área filtrante total 4240 m
2
área filtrante útil 3634 m
temperatura dos gases 30 ºC
composição dos gases ar + material particulado
material particulado minério, sínter e finos
3
concentração de pó na entrada 700 mg / m
3
concentração de pó na saída 50 mg / m
3 2
taxa de filtragem 1,25 m / m x min
perda de carga (operação) 150 mmca
pressão de projeto 650 mmca
tipo jato pulsante
remoção das mangas pelo topo
velocidade de entrada 16 m/s
velocidade ascendente 1,0 m/s
velocidade saída 15 m/s
quantidade total de mangas 2260 + 452=2712
material das mangas feltro agulhado e chamuscado
características do material lavável e reutilizável
diâmetro das mangas 150mm
comprimento das mangas 4000 mm
DIMENSÃO DO FILTRO
comprimento 13620 mm
largura 11000 mm
altura 10000 mm
275
ESPECIFICAÇÃO DOS MATERIAIS CONSTRUTIVOS DO FILTRO MANGA
tamanho 12”
capacidade da válvula 44,2 kg / h com 30% de enchimento
aplicação descarga do filtro de mangas
material transportado minério, sinter e finos
temperatura de operação 180ºC
altura total 480 mm
bocal de entrada 01 com dimensão de 326 x 326 mm
bocal de saída 01 com dimensão de 326 x 326 mm
rotação 22 rpm
quantidade de válvulas 4
276
FLUXOGRAMA DE UM FILTRO MANGA
277
IMPLANTAÇÃO DE UM FILTRO MANGA
278
7.20 COLETORES CENTRIFUGOS - CICLONES
DESCRITIVO OPERACIONAL
A separação da partícula em suspensão no fluxo de ar, é realizada pela ação de uma força
centrifuga “Fc”, necessariamente superior ao peso “P” da partícula.
2
Sendo Fc = m x (v ÷ r) e P = m x g, define-se como coeficiente de separação “CS” a relação
2
v ÷ (g x r), onde “r” é a distancia da partícula ao eixo de rotação.
Existem dois tipos de ciclones:
Tipo A de alta eficiência para partículas menores ou iguais a: 60 micra.
Tipo B de baixa eficiência para partículas maiores que: 60 micra.
L1 → d x 0,375
S → d x 0,875
dd → d x 0,750
L2 → d x 1,500
L3 → d x 2,500
Perda de carga
12 × 1,250 × 2,500
∆P: 2
= 4,0 pol H2 O ou 102 mmca.
1× 2,500 × 3 5,002/3,53 × 3 8,338/3,53
279
CAPÍTULO VIII
SISTEMAS DE VÁCUO
BOMBAS DE ANEL LÍQUIDO
8.1 VÁCUO
A pressão atmosférica foi descoberta por Evangelista Torricelli (1608-1647) e na mesma época
Otto Von Guericke (1602-1686) inventou a “Bomba de Vácuo”, quando juntou duas calotas
esféricas, das quais havia retirado grande parte do ar do interior do vaso assim formado, e a cada
calota atrelou 30 cavalos que não conseguiram “quebrar” o vácuo formado.
A pressão absoluta mais baixa que é possível conseguir teoricamente com uma bomba de vácuo
de anel líquido é igual à tensão de vapor do líquido auxiliar utilizado, chamado líquido de selagem.
Para valores mais elevados, ejetores deverão ser previstos.
MEDIÇÃO DE VÁCUO
A medição de vácuo deverá ser feita com instrumentos calibrados. Geralmente interessa a
pressão absoluta e não o vácuo que é a diferença entre a pressão atmosférica local e a pressão
absoluta. Entretanto, como os vacuômetros mais comuns medem justamente vácuo, impõe-se
seja conhecida a pressão atmosférica local registrada por meio de barômetro.
Exemplos de vacuômetros
-3 2
Nota: 1 Torr = 1 mmHg = 1,333 mbar = 1,36 x 10 kg/cm
DETEÇÃO DE VAZAMENTOS
283
1 - Isolar o sistema usuário do vácuo com o sistema gerador de vácuo, conforme indicado abaixo.
3 - Fazer vácuo no equipamento de modo que a pressão absoluta esteja pelo menos ao redor de
1/3 da pressão atmosférica local.
Atingida a pressão desejada e sem desligar o sistema de vácuo, feche a válvula, isolando o
equipamento do sistema de vácuo.
5 - Medir o intervalo de tempo que a pressão levará para aumentar em 10 mmHg. Registrar esta
leitura pelo menos três vezes e tirar a média aritmética.
Se o valor calculado for maior que a vazão de não condensáveis de projeto, há excesso de fluzo
de ar no vazamento sendo necessário a localização das fontes causadoras.
Vazamentos pequenos são mais difíceis de localizar e requerem recursos especiais. Pode-se
aplicar “espuma” nos locais suspeitos e ver se as bolhas encolhem.
Às vezes em locais sem correntes de ar pode-se aplicar uma “chama de vela” próximo ao local
suspeito e verificar se ocorre deflexão da mesma.
Cuidados especiais devem ser tomados nos ambientes sujeitos à gases explosivos.
Em instalações de alto vácuo os equipamentos usuários devem ser pressurizado com Hélio e com
o uso de um detector de gás, o vazamento será identificado ainda que muito pequeno.
284
8.2 BOMBAS DE VÁCUO DE ANEL LÍQUIDO
CARACTERIZAÇÃO FUNCIONAL
A bomba de vácuo de anel líquido, figura 1 é constituída de um corpo cilíndrico, no qual estão
montados um ou dois rotores de palhetas radiais em um eixo excêntrico em relação ao corpo.
Bombas de médio vácuo de simples estágio possuem um rotor e bombas de alto vácuo de dois
estágios possuem dois rotores.
O líquido auxiliar geralmente água é movido pelos rotores formando um anel que gira
concentricamente ao corpo. Devido à excentricidade existente entre o corpo e os rotores, formam-
se células com volumes progressivamente crescentes e decrescentes, originando depressões e
pressões. O ar ou gás é assim aspirado e expelido pela bomba.
Torna-se necessário que durante o funcionamento da bomba, o líquido auxiliar venha a fluir
constantemente na entrada da bomba e descarregado junto com o ar ou gás aspirado.
CONSIDERAÇÕES TÉCNICAS
REFERENTE À MONTAGEM
Antes de proceder à instalação, nos conjuntos com acoplamento direto por meio de luva elástica,
deve-se verificar o perfeito alinhamento entre os eixos da bomba e do motor. Diferenças no
alinhamento provocam rápida danificação das partes elásticas do acoplamento além de possíveis
estragos na bomba. Quando a troca da luva elástica se fizer necessária, um extrator deverá ser
usado para sua substituição.
O mesmo cuidado é necessário quando os conjuntos forem acoplados por meio de polias e
correias. Os eixos do motor e da bomba devem situar-se em planos absolutamente paralelos.
Deve-se verificar se as correias não estão muito apertadas ou muito soltas, uma vez que, quando
muito soltas, devido ao escorregamento, sofrem rápido desgaste e diminuem a capacidade da
bomba. Quando muito esticadas, sobrecarregam o eixo da bomba e os mancais.
285
REFERENTE À TUBULAÇÃO
A tubulação não deve exercer esforço algum sobre a bomba nem ser apoiada sobre a mesma.
Entre os flanges das tubulações e os da bomba, devem ser aplicadas juntas adequadas para
evitar vazamentos. Instalar na tubulação de aspiração, um filtro para retenção de particulados e
uma válvula de retenção, para evitar que, em caso de uma parada acidental da bomba, o líquido
auxiliar venha a ser aspirado pelo sistema, onde está sendo efetuado o vácuo.
O diâmetro nominal dos flanges de sucção e recalque da bomba não determina o diâmetro das
respectivas tubulações. As mesmas deverão ser dimensionadas visando reduzir ao mínimo as
perdas de carga. Contudo, as tubulações nunca poderão ter diâmetros inferiores ao das
respectivas conexões.
Cuidado deve ser tomado para evitar a ocorrência e contrapressão no interior da bomba,
limitando a coluna de líquido no lado da descarga a 600 mm acima do flange de saída, e o trecho
horizontal a 3 m entre a linha de centro da bomba e a do separador de líquido, figura 2
Ressalva: se a bomba de vácuo operar com gases, deverá ser equipada com dispositivos de
vedação do tipo “selo mecânico”.
286
PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS
- encher a bomba com o líquido auxiliar (normalmente água) até o nível do eixo. Deve-se evitar
rodar a bomba a seco, mesmo por alguns segundos.
- movimentar o eixo com a mão para certificar-se de que não está preso. Se a bomba estiver
presa, tentar virar o eixo, aplicando uma chave de grifo no cubo da luva elástica ou encher a
bomba com solvente para remover as incrustações que dificultam o livre movimento dos rotores.
- verificar se o sentido de rotação seja o indicado pela seta: a rotação do eixo visto do lado do
motor, normalmente é no sentido horário.
- abrir a válvula situada na linha de aspiração.
- ligar o motor e abrir logo em seguida a válvula do líquido auxiliar. Ajustar a alimentação para
conseguir a melhor performance (ver item 7).
Fechar a válvula da linha do líquido auxiliar e em seguida, desligar imediatamente o motor elétrico
de acionamento.
FALHAS OPERACIONAIS
VERIFICAR
Problemas Vazamento Líquido de Insuficiência
Rotação Excesso Líquido Gaxeta Acoplamento
na Linha de Selagem Muito de Líquido de
Baixa de Selagem Desgastada Desalinhado
Sucção Quente Selagem
Falta de
Capacidade + + + +
Ruído
Excessivo + +
Potência
Absorvida + +
Excessiva
Super
Aquecimento + + +
Vibração +
Vazamento
da Gaxeta + +
287
8.3 CONSIDERAÇÕES OPERACIONAIS
A água de selagem deve ser limpa e livre de corpos estranhos em suspensão. Recomenda-se a
aplicação de um filtro tipo “Y” ou equivalente na tubulação de entrada da água de selagem na
bomba.
Pode ocorrer, que os gases aspirados sejam corrosivos, ou que estes, reagindo com o líquido de
selagem, tornem-se corrosivos. Em tais situações, deve ser sempre verificada a compatibilidade
dos materiais de construção, com estes gases ou líquidos de selagem.
Esta alimentação deve ser feita com o liquido o mais frio possível, pois, a temperatura do mesmo
afeta a performance da bomba, diminuindo-lhe proporcionalmente a capacidade e o vácuo
alcançado, quanto mais elevada ela for.
A bomba pode aspirar a sua própria água de selagem, caso a altura de sucção não exceda 1
metro, embora seja boa prática alimentá-la com uma coluna positiva de 3 a 4 metros.
288
Figura 3 – Dreno da Bomba de Vácuo
A quantidade de líquido de selagem deve ser controlada por intermédio de uma válvula de
regulagem tipo globo, montada entre a válvula de vedação do líquido e a sucção da bomba.
Depois de regulada a capacidade do líquido de selagem, a posição da válvula não deverá mais
ser alterada, assegurando-lhe assim, um fornecimento constante e uniforme de líquido à bomba.
A bomba não pode operar a seco mesmo que por breves instantes. A colocação de um funil,
figura 3 permitirá visualizar a saída do liquido e garantir que a bomba não esteja operando a seco.
FORMAÇÃO DO ANEL
289
8.5 CONFIGURAÇÕES DOS CIRCUITOS DO LÍQUIDO DE SELAGEM
1) Válvula de bloqueio
2) Filtro “Y”
3) Válvula de bloqueio do by-pass
4) Válvula de bloqueio da solenóide
5) Válvula solenóide - normalmente fechada
6) Válvula de bloqueio da solenóide
7) Válvula globo para regulagem do fluxo
8) Mano vacuômetro
9) Válvula de retenção
Notas:
4 - A válvula de retenção tem por finalidade garantir que nas partidas da bomba o nível não esteja
acima do plano do eixo.
290
ALIMENTAÇÃO DO LÍQUIDO DE SELAGEM COM RECIRCULAÇÃO PARCIAL
1) Válvula de bloqueio
2) Filtro “Y”
3) Válvula reguladora de fluxo
4) Válvula de bloqueio
5) Termômetro
6) Mano vacuômetro
7) Indicador de nível
8) Válvula de retenção
Notas:
291
ALIMENTAÇÃO DO LÍQUIDO DE SELAGEM COM TANQUE DE RECIRCULAÇÃO, EM
CIRCUITO FECHADO
1) Válvula de bloqueio
2) Válvula reguladora de fluxo
3) Manômetro
4) Termômetro
5) Válvula de bloqueio
6) Termômetro
7) Mano vacuômetro
8) Válvula de retenção
9) Indicador de nível
10) Válvula de bloqueio
Notas
1.- O resfriamento do líquido auxiliar é efetuado através de um trocador de calor, por meio de um
fluido refrigerante.
2.- Deverá ser previsto uma entrada para alimentação do líquido complementar (make up) para
garantir o nível constante e para reposição do líquido no circuito em caso de drenagem. O
overflow deverá ser localizado de tal forma a impedir que o líquido esteja acima do nível do eixo
quando a bomba estiver parada.
3.- O mano-vacuômetro tem por finalidade assegurar a adequada alimentação do líquido auxiliar,
a qual ocorre quando da marcação zero.
Ressalvas
2
- a perda de carga máxima permitida através do trocador de calor é no máximo de 0,2 kgf/cm .
- para perda de carga maiores, adotar o arranjo com recirculação forçada apresentado a seguir.
292
ALIMENTAÇÃO DO LÍQUIDO DE SELAGEM EM CIRCUITO FECHADO COM RECIRCULAÇÃO
FORÇADA POR INTERMÉDIO DE MOTO BOMBA
1) Válvula de bloqueio
2) Válvula reguladora de fluxo
3) Manômetro
4) Termômetro
5) Válvula de bloqueio
6) Termômetro
7) Mano-vacuômetro
8) Válvula de retenção
9) Indicador de nível
10) Válvula de bloqueio
Notas:
1 - Esta solução é adotada quando o trocador de calor aplicado no circuito oferece uma perda de
2
carga superior a 0,2 kg/cm .
3 - O overflow deverá ser localizado de tal forma a impedir que o líquido esteja acima do nível do
eixo, quando a bomba de vácuo estiver parada.
293
ALIMENTAÇÃO DO LÍQUIDO DE SELAGEM POR INTERMÉDIO DE UM TANQUE DE NÍVEL
CONSTANTE
Figura 8 – Bomba de Vácuo Água de Selagem Suprida por Tanque de Nível Constante
Legenda:
1) Válvula de bloqueio
2) Filtro “Y”
3) Mano-vacuômetro
4) Válvula de retenção
Notas:
3. A válvula de retenção tem por finalidade garantir que nas partidas o líquido não esteja
acima do plano do eixo.
4. A válvula de bóia instalada no tanque tem por finalidade assegurar a alimentação do fluído
auxiliar, mantendo o nível pré-estabelecido constante.
5. O nível do líquido auxiliar no tanque de alimentação não deverá exceder do plano do eixo
da bomba.
294
ALIMENTAÇÃO COM O SEPARADOR DIRETAMENTE MONTADO NA SAÍDA DA BOMBA, COM
RECIRCULAÇÃO PARCIAL DO LÍQUIDO
1) Válvula de bloqueio
2) Filtro “Y”
3) Válvula reguladora de fluxo
4) Termômetro
5) Mano-vacuômetro
6) Válvula de bloqueio
7) Válvula de retenção
Notas:
1. Esta solução aplica-se quando há pouco espaço disponível para a disposição do conjunto.
2. O líquido de selagem passa através da bomba e é recalcado no separador junto com o
gás aspirado. Uma parte desse líquido é drenado pelo overflow, cuja quantidade deverá
ser reintegrada com a adição de líquido frio (make up), sendo mantida dessa forma,
inalterado o volume do líquido que flui pela bomba.
3. O mano-vacuômetro tem por finalidade assegurar uma adequada alimentação do líquido
auxiliar, a qual ocorre quando da marcação zero. É bom aqui lembrar que quando o
ponteiro se encontrar no quadrante do vácuo, haverá deficiência de alimentação, quando
estiver no quadrante da pressão, haverá excesso.
295
8.6 CONSIDERAÇÕES DIMENSIONAIS
SITUAÇÃO 1 - aspirando gás seco com líquido auxiliar na temperatura = 60ºF (15,5ºC),
dimensionar uma bomba de anel líquido para succionar 25 libras de ar a 90ºF a uma pressão de
3” de Hg absoluto, sendo de 60ºF a temperatura da água de selagem.
Solução:
Aplicar a expressão S60 = Wg x 0,365 x (Tg + 460) ÷ (Mwg x P1) x 0,0283 x 60 (equação 94)
onde:
S60 vazão de ar succionado pela bomba em Nm3/h
Wg vazão mássica do gás em lb / h
o
Tg temperatura do gás em F
MWg peso molecular do gás
P1 pressão de sucção em pol de Hg
3
Aplicando vem: S60 = 25 x 0,365 x (90 +460) ÷ (29 X 3,0) x 0,0283 x 60 = 97,9 Nm /h
3
Capacidade da bomba = 97,5 Nm /h
Solução:
Aplicar a expressão S = S60 x (P1 – 0,52) ÷ (P1 – Pv) (equação 95)
onde,
3
S60 vazão da bomba com água de selagem a 60ºF em Nm /h
3
S vazão da bomba corrigida em Nm /h
P1 pressão de sucção em pol de Hg
Pv pressão de vapor de água a 50ºF em pol de Hg
Procedimento sugerido:
296
Solução:
Dimensione uma bomba de anel líquido para produzir o vácuo 3” pol de Hg a partir da pressão
3
atmosférica no prazo de 7 minutos, em uma câmara com o volume de 500 pe .
Solução:
Aplicar a expressão S = (2,3 x V ÷ t) x log (Patm ÷P1) x 60 x 0,0283, (equação 97)
onde:
3
S → vazão da bomba em Nm /h
3
V → volume do sistema em pe
t → tempo em minutos
Patm → pressão atmosférica inicial em pol de Hg
P1 → pressão de sucção em pol de Hg
3
Aplicando, vem: S = (2,3 x 500 ÷ 7) x log (29,92 ÷ 3) x 60 x 0,0283 = 278,6 Nm /h
Solução:
3
S = 500 x (3,3 – 3,0) ÷ 5,0 x 60 x 0,0283 = 50,94 Nm /h.
297
8.9 POTÊNCIA DA BOMBA DE VÁCUO
A potência elétrica de acionamento será maior, em torno de 50%, para compensação das perdas
hidráulicas na carcaça da bomba, na caixa cilíndrica da bomba, entre o fluxo de entrada e de
saída no rotor.
Exemplo
Calcular a potência do motor elétrico deacionamento de uma bomba de vácuo com capacidade de
278 Nm3/h pressão de sucção de 76,2 mmHg, pressão de descarga 760 mmHg.
Solução
298
GLOSSÁRIO DE FÓRMULAS
Pb = Pv + Pa. (equação 1)
UR = Pv / Pg (equação 3)
0,285
Pm = 3,5 x P1 x [r - 1] x Q, (equação 4 a)
(
Pm = 7 × P1 × r 0,143 − 1 x Q ) (equação 4 b)
(
Pm = 14 × P1 × r 0,0714 − 1 x Q ) (equação 4 d)
& ar = Pa x Po x Vo / Ra x To x P kg/h,
m (equação 5)
V = 5×Q , (equação 6 a)
V=3 Q, (equação 6 b)
P x Q / T= Pn x Qn / Tn, (equação 7)
0,5
d= [(4 x Q) / (π x v x 3600)] x (100 / 2,54), (equação 8)
2
v= (4 x Q) / (3600 x π x di ), (equação 9)
299
4
NPSHr = φ x ( n x Q ÷ H3 ) 4/3 x H (equação 19)
2
AMS = Pb – [∆P + hv + (v ÷2g) + NPSHr] (equação 20)
Re = v x d i / ν , (equação 22)
0,5
C= 9900 / [48,3+(Kr x de / t) ], (equação 25)
T= 2 x L / C, (equação 26)
h= C x v / g. (equação 29a)
h= 2 x L x v / g x t (equação 29b)
f = H x S x ( ρ - ρ1 ), (equação 35)
300
Z × (t 1 − t )
ho = H × ρ1 × , (equação 36)
1+ Z × t
ho
v = 2× g× , (equação 37)
ρ1
ho
Q0 = S 2× g× , (equação 38)
ρ1
5,1
0,029 × Q1,95 × ve × 0,95
d: , (equação 39)
∆P
A= W / 50 x P1 (equação 46)
Q = m x cp x ∆t (equação 47)
2π × K c × L × ( Ts − Ta )
Qt = (equação 48)
r kc
2,3log e +
ri re ( h + 0,9h r )
v 1 × t q1 + v 2 × t q2 + v n × t qn
tm = (equação 50)
v1 + v 2 + v n
Q = m x cp x ∆T , (equação 51)
301
KaV t dt
∫
q
= (equação 55)
L t f H − h
H= cp x t + W x hg (equação 56)
1/3
Vta = Vt x (Np / Nt) (equação 57)
1/3
L/G teste = L/G projeto x (Qt / Qpr) x (Np / Nt) (equação 59)
Sh ×E x (t − c) (t − c)
Pm = × (equação 61)
R2 (t − c) + 0,643 xtgα R2 (t − c)
Sh ×E x (t − c) (t − c)
Pm = × (equação 61a)
R2 (t − c) +1,250 xtgα R2 (t − c)
S h × E x (t − c ) R1 − R 2
Pm = × (equação 61b)
R2 R 1 − 0,5xR 2
t1 = P x D / 2 x Sh (equação 62)
2
F = (d + h) x π x P, (equação 63)
ρ
∆Ρ = ζ v2 (equação 64)
2
A = F1 × A S / P1 , (equação 67)
Q G× T
CV= × (equação 68b)
295 ∆Ρ(Ρ1 + Ρ2 )
Q× G× T
CV= (equação 68c)
257 × Cf × Ρ1
302
Ρ
∆Ρs = Ρ1 - 0,96 − 0,28 v x Pv (equação 69)
Ρ c
E = E q / di , (equação 72)
2 2
Pi − Pr L v2
=f× × ρ gas + H (ρ gas − ρ ar ) (equação 73)
Pi di 2g
10 × L
Sv = [q × L + 2(Q + W )] (equação 75)
ZR
2
10 × q × L
Sv = , (equação 75a)
ZR
4 4
I = π x (re – ri ) / 4 (equação 77)
F = P1 × S1 + P2 × S 2 + µ × v1 + µ × v 2 , (equação 79)
(P / A) / ( ∆ / L) = E, (equação 80)
303
Pst (pressão estática maior )
vcorrigida = vinicial (equação 86)
Pst (pressão estática menor )
2
Vp = v x ρ / 2g. (equação 87).
∆Ρ = K × v 2 × ρ / 2 × g . (equação 88)
-3
Pis = ( 10 ÷ 27) x P1 x S x ln (P1 ÷ Pd ), (equação 98)
304
CONVERSORES DE UNIDADES
PRESSÃO POTÊNCIA
2
kgf /cm x 0,9806 = bar Cv (cavalo-vapor) x 0,736 = kW
2 2
kgf / cm x 0,09806 = N/mm ou MPa kW (kilowatt) x 1,341 = hp
2
kgf / cm x 14,7 = psi hp (cv americano) x 0,746 = kW
kPa (kilopascal) x 0,01 = bar hp x 1,014 = cv
2 2
N/mm (Newton por mm ) x 1 = MPa TORQUE
2 2
N/mm ou MPa (megapascal) x 10,2 = kgf/cm kgf m (kilograma-força x 9,81 = Nm (Newton
metro) metro)
2
N/mm ou MPa x 145 = psi lbf ft (libra-força pé) x 1,36 = Nm
2
bar x 1,0198 = kgf/cm VELOCIDADE
2
bar x 0,1 = MPa ou N/mm m/s x 199,8 = ft / min
bar x 10,20 = mCA TEMPERATURA
O o
bar x 33,46 = ftWC C (grau Celsius) x 1,8 ] + 32 = F
o o
bar x 14,5 = psi F (grau Fahrenheit) - 32 ] x 0,555 = C
o
ftWC (pé de coluna de água) x 0,030 = bar K (Kelvin) - 273,2 = C
ftWC x 0,434 = psi CALOR
mCA (metro de coluna de x 0,098 = bar kcal / kg x 1,799 = BTU / lb
água )
mCA x 3,28 = ftWC kJ / kg x 4,187 = kcal / kg
2
psi x 0,0689 = kgf/cm VOLUME
2 3
psi x 0,00689 = N/mm ou MPa m (metro cúbico) x 1.000 =ℓ
3
mmHg (mm de coluna de x 1,33 = mbar (milibar) dm x 1 =ℓ
mercúrio ou torr) (decímetrocúbico)
InHg (pol. de coluna de x 33,86 = mbar ℓ (litro) x 0,26 = gal
mercúrio )
atm (atmosfera ) x 1,013 = bar gal (galão americano) x 3,78 =ℓ
2
atm x 1,033 = kgf/cm gal x 128 = oz.fl (onça
fluida)
atm x 760 = mmHg lgal (galão imperial) X 1,2 = gal
3
atm x 29,92 = inHg ft (pé cúbico) x 28,32 =ℓ
VAZÃO in x 2,54 = cm
ℓ / min (litro por minuto) x 0,264 = gpm ft x 12 = in
gpm (galão por minuto) x 3,785 = ℓ / min
3
m /h (metro cúbico por hora) x 4,4 = gpm
3
gpm x 0,227 = m /h
3
ft / min ou cfm x 28,32 = ℓ / min
3 3
m / kg x 3,467 = ft / lb
VISCOSIDADE
cSt (centistokes) x densidade = cP (centipoises)
Poise x 100 = cP
mPas (milipascal segundo ) x 1 = cP
2
m /s (metro quadrado por x 1.000.000 = cSt
segundo )
SSU (second Saybolt x 0,216 = cSt (*)
Universal)
SSF (second Saybolt Furol ) x 2,16 = cSt
Segundo Redwood 1 x 0,237 cSt
(standard )
o
E (grau Engler) x 7,45 cSt
Segundo copo Ford 4 x 3,76 cSt
PREFIXOS MÉTRICOS
(*) válido para viscosidade maiores que 260 SSU M (mega) = 1.000.000
MASSA da (deca) = 10
kg (kilograma) x 2,2 lb (libra) d ( deci) = 1/10
lb x 0,454 kg c (centi) = 1/100
oz (onça) x 28,35 g (grama) m (mili) = 1/1.000
lb x 16 oz µ (micro) = 1/1.000.000
305
BIBLIOGRAFIA
Ar Comprimido
Instalações Hidráulicas – Capítulo 10
Archibald Joseph Macintyre, 1982
Editora Guanabara
Bombeamento
Bombas e Instalações de Bombeamento
Macintyre, Archibal Joseph, 1980
Ed. Guanabara
Geradores de Vapor
Instalações Hidráulicas – Capítulo 9
Archibald Joseph Macintyre, 1982
Editora Guanabara
Resfriamento de Água
Instalações Hidráulicas – Capítulo 6
Archibald Joseph Macintyre, 1982
Editora Guanabara
Tubulações Industriais
Silva Teles, Pedro Carlos
Livros Técnicos e Científicos Editora S.A., 1982
Tabelas e Gráficos
Silva Teles – Editora Interciência,1991
Technische Strömungslehre
VOGEL-BUCHVERLAG
WÜRZBURG, 1984
306
ÍNDICE ALFABÉTICO
A
Aceitação de Torres de Arrefecimento, 135 e 137
Acoplamento Motor / Ventilador, 250
Água para Caldeiras, 89
Anéis de Reforço, 149
Ar de Combustão, 81
B
Bombas de Condensado de Vapor, 95
Bombas Escorvadas / Não Escorvadas, 37
Bombas Volumétricas, 41
Bpmbeamento em Terrenos Acidentados, 65
C
Caldeiras, 73
Calor Específico, 3
Capacidade de Compressores, 3
Cavitação, 54
Ciclones, 279
Circuito Pneumáticos 30
Classificação dos Vasos de Pressão, 195
Classificação dos Ventiladores, 245
Coeficientes de Material R / C, para Bocas de Lobo 151
Combustíveis, 79
Compressão do Ar, 3
Compressores, 7
Componentes Construtivos de Redes de Ar comprimido, 27
Componentes Construtivos de Redes de Fluidos Líquidos, 55
Componentes Construtivos de Torres de Arrefecimento, 105
Comprimentos Equivalentes em Sistemas de Ar Comprimido, 33
Comprimentos Equivalentes em Sistemas de Fluidos Líquidos , 59
Comprimentos Equivalentes em Sistemas de Ventilação, 265
Condensado em Sistemas de Ar Comprimido, 8
Condensado em Sistemas de Vapor, 94
Condições Operacionais dos Compressores, 6
Consumo de Combustíveis, 84
Constante” C” para Gases e Vapores, 163
Constantes Termodinâmicas Criticas, 166
Corrente de Partida de Motores Elétric,o 51
Corrente Nominal de Motores Elétricos, 50
Curvas Características de Bombas, 48
307
Curvas de Torque de Bombas, 50
Curvas de Válvulas de Controle, 164
Custo Operacional dos Compressores, 6
D
Damper de Controle de Vazão, 248
Descarga Livre Efetiva de Compressores, 3
Detecção de Vazamentos em Sistemas de Vácuo 283
Diagrama de Moody, 50
Dilatação Térmica, 189
Dimensional ANSI de Flanges, 153
Dimensional ANSI de Porcas e Parafusos, 213
Dimensional ANSI de Tubos, 143
Dimensional de Reservatórios, 15
Dimensionamento de Dutos de Ventilação, 262 / 267
Dimensionamento de Redes de Água 57
Dimensionamento de Redes de Ar Comprimido, 32
Dimensionamento de Redes de Vapor 93
Dimensionamento de Tubulações,,, 177
Dimensionamento de Válvulas de Alívio, 98/162
Dimensionamento de Válvulas de Controle, 97/165
Dimensionamento de Ventiladores, 119 / 250
Dimensionamento Estrutural de Reservatórios, 195
Dimensionamento Termo Hidráulico de Torres de Resfriamento, 117
Dimensionamento Volumétrico de Acumuladores, 6
Dimensionamento Volumétrico de Reservatórios, 16
Distribuição de Vapor, 91
E
Eficiência Volumétrica dos Compressores, 3
Eliminadoresde Gotas, 109
Enchimento de Torres de Arrefecimento, 109
Escala Ringelman, 85
Espessura da Parede de Tubos, 179
Espessura de Chapa para Curvas em Gomos, 148
Espessura de Isolantes Térmicos, 100
Estações Redutoras de Pressão, 96
F
Fator de Fluxo Crítico, 160
Fator de Forma “M”, 196
Fator “K” de Perda de Carga, 59
Filtros de Ar Comprimido, 18 / 255
Filtros Manga, 275
Flexibilidade das Tubulaçãoes, 191
Fluxograma de Filtros Manga, 277
Fluxograma de Sistemas de Arrefecimento de Água, 115
Fluxograma de Sistemas de Vapor, 92
308
Folhas de Dados de Bombas Centrífugas, 45
Folhas de Dados de Bombas Peristálticas, 56
Folhas de Dados de Cilindros Pneumáticos, 31
Folhas de Dados deTorres de Arrefecimento, 123
Folhas de Dados de Ventiladores, 251
G
Gases de Combustão, 82
Golpe de Aríete, 61
Grandezas Características em Sistemas de Bombeamento, 53
I
Inspeções de Recebimento de Conexões, 208
Inspeções de Recebimento de Filtros, 214
Inspeções de Recebimento de Flanjes, 208
Inspeções de Recebimento de Juntas, 215
Inspeções de Recebimento de Parafusos e Porcas, 212
Inspeções de Recebimento de Tubos, 206
Inspeções de Recebimento de Válvulas, 216
Inspeções de Solda, 229
Inspeções Dimencionais, 218
Inspeções em Caldeiras, 71
Interferência entre Torres, 112
Isolantes Térmicos, 99
L
Lanternim, 258
Lavadores de Gás, 86 /255
Limites de Tolerância, 243
Limpeza de Tubulações, 233
M
Materiais para Redes de Água, 56
Materiais para Redes de Ar Comprimido, 28
Materiais para Tubos, 142
Materiais para Válvulas, 159
N
Nível de Fluídos em Tanques Horizontais, 198
Norma Regulamentadora NR 13, 69
309
Normogramas para Vazão de Blow Down em Torres, 118
P
P. Numbers 144
Parâmetros Dimensionais de Torres de Arrefecimento, 116
Parâmetros Dimensionais para Ar Comprimido, 29
Perda de Carga em Coifas, 269
Perda de Carga em Tubulações, 180
Perda de Carga em Válvulas, 161
Potência de Bombas, 51
Potência de Compressores, 7
Pressão Absoluta, 3
Pressão Média nos Compressores, 6
Propriedades da Água Saturada / Vapor, 132
Propriedades Termo Dinâmicas do Ar Saturado, 130
Projeto de Tanques Torrisféricos, 199
Purgadores, 10 / 170
Q
Qualidade de Água para Caldeira 90
Qualidade do Ar 17
R
Reaões Hidráulicas, 187
Reações nos Apoios de Tubulações, 194
Recebimento de Bombas, 60
Recirculação entre Torres, 112
Regimes Operacionais de Compressores, 7
Reservatórios de Ar Comprimido, 14
Resfriamento de Compressores, 8
Rugosidade Relativa de Tubos, 58
S
Secadores Frigoríficos, 11
Secadores por Adsorção, 13
Seleção de Ventiladores, 249
Seleção de Torres de Arrefecimento, 122
Simbologia para Redes de Ar Comprmido, 21
Suportes de Mola, 175
T
Tabela para Seleção de Derivação entre Tubos, 152
Tanque de Alimentação Unidirecional (TAU), 64
Tanques de Expansão, 121
Temperatura Absoluta, 3
Temperatura de Bulbo Seco, 3
310
Temperatura de Bulbo Úmido, 3
Temperatura Efetiva, 244
Tensão de Aperto nos Parafusos de Flange, 226
Tensões Admissíveis para Tubos de Ac,o 148
Termos Técnicos Aplicaveis às Torres de Arrefecimento, 106
Termos Técnicos Aplicáveis na Montagem de Tubulações, 204
Testes de Estanqueidade em Ventiladores, 253
Testes de Faiscamento, 220
Testes de Vedação, 220
Testes em Torres de Arrefecimento, 111
Testes em Tubulações, 239
Tipos de Torres de Arrefecimento, 111
Tiragem, 87 /257
Traçado de Redes de Ar Comprimido, 20
Turbo Bombas, 41
U
Umidade Absoluta, 3
Umidade do Ar, 8
Umidade Relativa, 3
V
Valores H/H para Montagem de Tubulações , 203
Válvulas de Alívio 98 /162
Válvulas Tipo Selo D´Água, 168
Válvulas Redutoras de Pressão 97 / 165
Vãos entre Suporte,s 185
Vazão de Captura em Coifa,s 269
Velocidade Específica de Ventiladores, 249
Ventiladores do Tipo Booster, 247
311
ÍNDICE TEMÁTICO
CAPÍTULO I - AR COMPRIMIDO
1.1 CONSIDERAÇÕES TÉCNICAS, 3
1.2 COMPRESSORES, CLASSIFICAÇÃO DOS COMPRESSORES, 4
COMPRESSÃO ADIABÁTICA, 5
1.3 POTÊNCIA DE COMPRESSORES, CUSTO OPERACIONAL, 7
1.4 RESFRIAMENTO DE COMPRESSORES, 8
1.5 UMIDADE DO AR, CONDENSADO, 8
DISPOSITIVO DE DRENAGEM DE CONDENSADO, 10
1.6 SECADORES DE AR, 11
SECADORES DE AR POR ADSORÇÃO, 13
1.7 RESERVATÓRIOS DE AR, 14
1.8 TRATAMENTO DE AR COMPRIMIDO, 17
1.9 FILTROS DE AR, 18
1.10 PROJETO, 20
SIMBOLOGIA, 21
FLUXOGRAMA DE ENGENHARIA, 22
CASA DE MÁQUINAS, 24
ISOMÉTRICO GERAL, 26
COMPONENTES DAS REDES DE DISTRIBUIÇÃO, 27
ESPECIFICAÇÃO DE MARETIRAIS DOS COMPONENRES, 28
1.11 PARÂMETROS DIMENSIONAIS, 29
1.12 CIRCUITOS PNEUMÁTICOS, 30
FOLHA DE DADOS PARA CILINDROS PNEUMÁTICOS, 31
1.13 DIMENSIONAMENTO DE REDES, 32
SEQüÊNCIA DE CÁLCULOS, 32
COMPRIMENTOS EQUIVALENTES DAS CONEXÕES, 33
1.14 CÁLCULO DE DIÂMETROS E PERDA DE CARGA, 34
312
2.17 CAVITAÇÃO, 54
2.18 COMPONENTES DA REDE, 55
ESPECIFICAÇÃO DOS MATERIAIS DOS COMPONENTES, 56
2.19 PERDA DE CARGA, 57
2.20 CÁLCULOS DIMENSIONAIS, 60
2.21 INSPEÇÕES DE RECEBIMENTO DE MOTO BOMBAS CENTRÍFUGAS, 60
2.22 GOLPE DE ARIETE, 61
2.23 CÁLCULO DO GOLPE DE ARIETE, 62
2.24 RECURSOS PARA REDUZIR OS EFEITOS DO GOLPE DE ARIETE, 63
2.25 DIMENSIONAMENTO DO TANQUE DE ALIMENTAÇÃO UNIDIRECIONAL, 64
2.26 BOMBEAMENTO EM TERRENOS ACIDENTADOS, 65
314
CONEXÕES PRÉ FABRICADAS, 145
SELEÇÃO DAS DERIVAÇÕES, 152
FLANGES, 153
JUNTAS PARA FLANGES, 157
FIGURA 8 / VÁLVULAS ÓCULO, 157
JUNTAS DE EXPANSÃO, 158
5.5 VÁLVULAS, 159
CARACTERIZAÇÃO DAS VÁLVULAS, 159
REFERENCIAIS NORMATIVOS PARA OS DIMENSIONAIS DAS VÁLVULAS, 160
CLASSE DE PRESSÃO DAS VÁLVULAS, 160
RECOMENDAÇÕES PAR ACOMPRA DE VÁLVULAS, 160
RECOMENDAÇÕES PARA SELEÇÃO DE VÁLVULAS, 161
CÁLCULO DA PERDA DE CARGA EM VÁLVULAS DE REGULAGEM MANUAL, 161
DIMENSIONAMENTO DE VÁLVULAS DE ALÍVIO INSTALADAS EM REDE, 162
DIMENSIONAMENTO DE VÁLVULAS DE ALÍVIO INSTALADAS EM TANQUES, 162
VÁLVULAS DE CONTROLE, 164
DIMENSIONAMENTO DE VÁLVULAS DE CONTROLE, 165
5.6 VÁLVULAS ESPECIAIS TIPO SELO D´ÁGUA, 168
VÁLVULAS ESPECIAIS PAR POLPAS ABRASIVAS, 169
VÁLVULAS ESPECIAIS PARA ADMISSÃO E EXPULSÃO DE AR, 169
ATUADORES / POSICIONADORES DE VÁLVULAS REMOTO OPERADAS, 169
PURGADORES, 170
FATORES DE SELEÇÃO E DIMENSIONAMENTO DE PURGADORES DE VAPOR,172
COMPARATIVOS ENTRE OS TIPOS DE PURGADORES, 173
APLICAÇÕES DE PURGADORES, 173
5.7 SUPORTES DE TUBULAÇÃO, 174
ANÁLISE FUNCIONAL DE UM SUPORTE DE MOLA, 176
5.8 DIMENSIONAMENTO DE TUBULAÇÕES, 177
CÁLCULO DE DIÂMETROS, 177
CÁLCULO DA ESPESSURA DA PAREDE DOS TUBOS, 179
CÁLCULO DA PERDA DE CARGA, 180
5.9 CARGAS ATUANTES SOBRE AS TUBULAÇÕES, 184
5.10 VÃO ENTRE SUPORTES, 185
5.11 REAÇÕES HIRÁULICAS, 187
5.12 DILATAÇÃO TÉRMICA, 189
5.13 FLEXIBILIDADE DAS TUBULAÇÕES, 191
5.14 CÁLCULO DAS REAÇÕES NOS APOIOS DE ANCORAGEM, 194
5.15 TANCAGEM, 195
REFERENCIAIS NORMATIVOS, 195
CLASSIFICAÇÃO DOS VASOS DE PRESSÃO SEGUNDO NR 13, 195
VASO DE PRESSÃO – ANÁLISE ESTRUTURAL, 195
NÍVEL DE FLUIDO EM VASOS HORIZONTAIS, 198
PROJETO DOS TAMPOS OVÓIDES, 199