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Refrigeração Comercial com CO2

Introdução ao CO2
Introdução ao CO2
Visão histórica da aplicação do R744 na refrigeração:

Compressor CO2
Aprox. 1900
Pico na utilização do
CO2 como refrigerante
Proposta para usar o
CO2 como refrigerante
(Alexander Twining, Reinvenção da tecnologia do CO2
patente Britânica) (Gustav Lorentzen)

1850 1920 ----------1930 1960 1993

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Introdução ao CO2
Visão histórica da aplicação do R744 na refrigeração:
Compressor 2- estágios CO2, tipo
aberto acionado por motor a vapor para
aplicação naval. Comprimento total
aprox. 4 m (Atlas Steam)

Compressor CO2 tipo


Compressor CO2 tipo naval com 2-cilindros
Compressor CO2
naval com vertical modelo V-26.
com
3-cilindros Fabricado em diversas
2-cilindros
vertical. Instalado em capacidades.
vertical modelo
muitos navios
EC12.
modernos de
passageiros nos
Estados Unidos.

Compressores Carrier para CO2 - – 1933

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Introdução ao CO2 - Panorama 2014

> 60
www.shecco.com

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Introdução ao CO2
Quais as razões para utilizar os refrigerantes alternativos?

As razões para a substituição dos CFC/HCFC em favor dos


refrigerantes ecologicamente corretos, especialmente os refrigerantes
naturais, são:

 Eliminar os refrigerantes que


destroem a
Camada de Ozônio

 Eliminar os refrigerantes que


contribuem para o Aquecimento Global
(Efeito Estufa)

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Introdução ao CO2
Quais são os refrigerantes CFC’s & HCFC’s?

 CFC: Clorofluorcarbono
Composto químico de alto poder de destruição da Camada de Ozônio
(ODP), pois contém Cloro e Fluor e são poderosos Gases Estufa
Exemplo: R11, R12, R13 (ODP: 1,0; 0,82; e 1,0)

 HCFC: Hidroclorofluorcarbono
Composto químico de menor destruição da Camada de Ozônio (ODP),
pois contém Cloro, Fluor e Hidrogênio e são poderosos Gases Estufa
Exemplo: R22, R123 (ODP: 0,05 e 0,014)

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Introdução ao CO2

Quais são os refrigerantes HFC’s?

 HFC: Hidrofluorcarbono

Livre de cloro, composto químico com zero de ODP, pois possui apenas
Hidrogênio e Fluor e são poderosos Gases Estufa
Exemplos: R134a, R404A, R407C, R410A, R507 (ODP: 0,0)

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Introdução ao CO2
Quais são os refrigerantes NATURAIS?

 NATURAIS: Hidrocarbonetos, Amônia e Dióxido de Carbono


Livre de Cloro, compostos químicos com Zero ODP, pois possuem somente
Hidrogênio, Carbono, Oxigênio e Nitrogênio (ODP: 0,0), com baixo ou nenhum
efeito estufa.

Exemplos: R290, R600a, R717, R744

Aplicações dos refrigerantes NATURAIS


 R600a : Refrigeradores dométicos (no momento)

 R290 : Refrigeração comercial menor porte (no momento)

 R717 : Refrigeração industrial

 R744 : Refrigeração comercial e industrial

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Introdução ao CO2
Qual é o elemento químico dos CFC’s & HCFC’s
que causa a destuição do Ozônio?

 Cloro (Cl)

• Destruição do Ozônio significa aumentar a radiação UV que atinge a Terra!


• Os gases estufa causam elevação na temperatura média da Terra!

CRONOGRAMA DE REDUÇÃO E ELIMINAÇÃO DA PRODUÇÃO E CONSUMO DE HCFC’S

Referência: www.protocolodemontreal.org.br

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Protocolo de Montreal & Ações Governamentais

Referência: F-Gas regulation

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Introdução ao CO2
Refrigerantes R22 R404A R507A R134a R410A R407C R422D R427A R717 R744 R290 R1270

Substância
não não não não não não não não sim sim sim sim
Natural

Isceon Dióxido
Nome Comercial - - - - - - FX100 Amônia Propano Propileno
MO29 Carbono

Destruição
Camada Ozônio 0,05 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
(ODP)
Potencial
Aquecimento 1500 3780 3850 1300 1980 1525 2230 1830 0 1 3 3
Global (GWP)*

Inflamabilidade não não não não não não não não baixa não alta alta

Toxidade baixa baixa baixa baixa baixa baixa baixa baixa alta baixa baixa baixa

Tipo de óleo MO/AB/ MO/AB/ MO/AB/ MO/ MO/


POE POE POE POE POE MO/PAO POE
lubrificante MO+AB POE POE PAO/POE PAO/POE

HT / MT / HT / MT /
MT / LT
HT / MT / HT / MT / HT / MT / LT LT
Tipo de aplicação MT / LT MT / LT HT HT HT MT e LT (Sist.
LT LT LT (Sist. (Sist.
Indiretos)
Indiretos) Indiretos)

Equipamentos - Novos Novos Novos Novos Novos Existentes Existentes Novos Novos Novos Novos

* GWP baseado no IPCC III (EN378: 2008)

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Introdução ao CO2
Características do Dióxido de Carbono - R744 (I) :

 Refrigerante com zero potencial de ODP, como não contém Cloro


não destrói a Camada de Ozônio

 As pressões são de 4 a10 vezes maior do que o R22 ou R404A

 Composto de uma parte de Carbono e duas partes de Oxigênio

 Refrigerante puro; 100% natural; disponível na Natureza; com zero


de temperatura glide

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Introdução ao CO2
Características do Dióxido de Carbono - R744 (II) :

 O R744 deverá ser utilizado somente nos equipamentos novos.


Não usar o R744 para fazer retrofit nos equipamentos existentes
que utilizam refrigerantes sintéticos

 O R744 opera com uma pressão maior e requer cilindros,


manômetros, mangueiras, componentes, etc. especialmente
apropriados para tal aplicação

 O R744 é utilizado com óleo sintético POE (Polioléster), assim


como todos os refrigerantes HFC’s

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Introdução ao CO2

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Introdução ao CO2

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Introdução ao CO2
Características do Dióxido de Carbono - R744 (III) :

 O R744 tem um Ponto Triplo muito alto (@ -56,6°C) e facilmente


formará sólido (gelo seco) abaixo de 417 kPa.g (60 Psi.g)

 O R744 tem um Ponto Crítico muito baixo 7281 kPa.g (1057 Psi.g)
@ 31°C

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Introdução ao CO2

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Introdução ao CO2

Segurança !!!

 O ambiente de trabalho deverá ter uma boa circulação de ar

 Checar os vazamentos no sistema. As concentrações de


vazamentos não poderão exceder os limites prejudiciais à saúde

 Seguir os manuais de instalação dos fabricantes e respeitar as


normas & regulamentações de segurança

 Somente os técnicos treinados e autorizados deverão instalar,


operar e realizar manutenção nos sistemas de refrigeração
projetados com R744

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Características Termodinâmicas do CO2


Características Termodinâmicas do CO2

CO2
(Dióxido de Carbono - R744)

/ Substância 100% natural


/ Refrigerante classificado como não-tóxico e não- inflamável
/ Fonte disponível na atmosfera
/ Concentração no ar atmosférico é de aprox. 0,04% (volume) = 400ppm
/ Refrigerante puro – não há temperatura glide

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Características Termodinâmicas do CO2

CO2 parece ser igual aos outros


refrigerantes, mas …….

Referência: Technical University of Denmark. Coolpack

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Características Termodinâmicas do CO2

Ponto Crítico
(p = 73,6 bar, T = 31,1°C)

Ponto Triplo (p = 5,2 bar, T = 56,6°C)


Ponto Congelamento (@ 5,2 bar = -56,6°C)

Fase Sólida
Referência: Technical University of Denmark. Coolpack

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Características Termodinâmicas do CO2

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Características Termodinâmicas do CO2

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Características Termodinâmicas do CO2

O Ponto Triplo de uma substância é o valor de pressão e temperatura


onde os três estados (sólido, líquido e vapor) coexistem neste ponto
• O Ponto Triplo do CO2 é alto (-56,6°C)
• Os refrigerantes mais utilizados têm suas temperaturas no Ponto Triplo variando de
–77,7°C (R717) e abaixo…

O Ponto Crítico de um refrigerante é aquela temperatura e / ou


pressão acima da qual o mesmo não poderá mais ser liquefeito
• A Temperatura Crítica do CO2 é baixa (31,1°C)
• Os refrigerantes mais utilizados têm suas Temperaturas Críticas no intervalo de 72°C
(R404A) a 132,4°C (R717)

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Características Termodinâmicas do CO2

Refrigerante R134a R404A NH3 CO2

Substância Natural Não Não Sim Sim

Destruição da Camada de Ozônio (ODP) * 0 0 0 0

Potencial de Aquecimento Global (GWP) * 1300 3780 - 1

Ponto Crítico bar [psi] 40,7 [590] 37,3 [541] 113 [1640] 73,6 [1067]
°C [oF] 101,2 [214] 72 [162] 132,4 [270] 31,1 [87,9]
Ponto triplo bar [psi] 0,004 [0,06] 0,028 [0,41] 0,06 [0,87] 5,18 [75,1]
°C [oF] -103 [-153] -100 [-148] -77,7 [-108] -56,6 [-69,9]
Inflamável ou explosivo Não Não (Sim) Não

Tóxico Não Não Sim Não

* EN378: 2008

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Características Termodinâmicas do CO2


ºC kPa PSI
Exemplo da Relação de Ponto Crítico -56.57 417 60
compressão:
-50 582 84
Te= -30º; Tc= -10ºC
-45 732 106
-40 899 131
-35 1102 160
Pressão Sucção -30 1327 193 P. manomêtrica
-25 1582 230
Taxa Compressão =
-20 1869 271
1,85
-15 2190 318
Pressão Descarga -10 2548 370 P. manomêtrica
-5 2945 427
0 3384 491 Menor desgaste
5 3867 561 mecânico do
compressor e,
10 4399 638 consequentemente
maior vida útil!
15 4985 723
20 5625 816
25 6331 919
31.06 7281 1057 Temp Crítica

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Avaliação Comparativa dos Refrigerantes

Avaliação Comparativa dos Refrigerantes

Categoria dos Refrigerantes

As avaliações a seguir são focadas nas aplicações de MT e LT de supermercados


(NH3 e Hidrocarbonetos não são considerados)
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Avaliação Comparativa dos Refrigerantes
Eficiência Capac. Frig. Pressão Temp. GWP Grupo Compatib.
Refrigerante Relativa Relativa vs. R22
vs. R22 [%] Glide [100 a] Seg. Material
vs. R22 [%] [%]
MT  LT  MT  LT  SDT 45°C  [K] 
R134a 102 N/A 62 N/A 67 0 1300 A1 
R404A 118 3780
95 105 102 112 0.7 A1 
(R507A) (122) (3850)
R407A (F) 99 106 96 95 108 6.6 1990 A1 
R410A 95 94 140 145 157 < 0.2 1980 A1 

CO2  85  107 470 720 500 0 1 A1  Elastôm.


(transcrítico)

HFO1234yf ~ 98 N/A ~ 60 N/A ~ 66 0 4 A2L 


XP10 ~ 100 N/A ~ 65 N/A ~ 70 0 600 A1 
R32 N/A N/A N/A N/A 161 0 550 A2 
 Maior eficiência @ baixas temp. ambiente
 HFC, HFO - eficiência sazonal similar em climas moderados
- Condições referências EN12900  A2L  ligeiramente inflamável
 CO2:  A estabilidade térmica e química a longo prazo ainda
- MT (transcrít.): SST -7°C/tgc 35°C / 86bar não foi testada
- LT (subcrít. cascata): SST -32°C/SDT -5°C * GWP baseado no IPCC III (EN378: 2008)
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Avaliação Comparativa dos Refrigerantes

Não existe um “único refrigerante” ideal para todas as aplicações −


Devido às propriedades específicas:
/ Capacidade de refrigeração, níveis de pressão, limites de aplicação
/ TEWI (COP & GWP)
/ Classificação & requisitos de segurança, compatibilidade de
materiais, disponibilidade do refrigerante no mercado, custo, etc.

A solução com um único refrigerante não está disponível!

Referência: http://www.liebs.de/wollmilchsau2.jpg

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Aspectos de Segurança
na Aplicação do CO2

Aspectos de Segurança na Aplicação do CO2

Os refrigerantes são divididos em três grupos de acordo com a


reação provocada no corpo humano:

/ Cheiro forte e efeito tóxico agudo


Amônia, Dióxido de Enxofre, Cloreto de Metila

/ Nenhum cheiro particular ou efeito tóxico a curto prazo


Fluorocarbonos, Hidrocarbonos, Nitrogênio

/ Envolvidos diretamente no processo respiratório


Dióxido de Carbono, Água, Nitrogênio

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Aspectos de Segurança na Aplicação do CO2

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Aspectos de Segurança na Aplicação do CO2

/ O importante é saber que todos estes gases poderão matar uma pessoa pela
simples falta de oxigênio através do deslocamento do ar

/ Se um gás “asfixiante” for introduzido mecanicamente dentro de um ambiente


fechado, imediatamente o ar será deslocado e forçado a sair na mesma
proporção com que este gás está sendo forçado a entrar nesse ambiente

/ Um sistema de condicionamento de ar com vazamento no evaporador


introduziria, por exemplo, o R22 no ambiente e, conseqüentemente com o
aumento da pressão interna, o ar também seria forçado a sair desse ambiente
através das pequenas aberturas em torno das portas, janelas, etc.

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Aspectos de Segurança na Aplicação do CO2

Simulação do deslocamento do ar com um “gás Asfixiante”

100%

80%
Asfixiante
60%
Nitrogênio
40% Argônio
CO2
20% Oxigênio

0%

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Aspectos de Segurança na Aplicação do CO2

Efeitos da redução do Oxigênio no corpo humano

 21% - atmosfera normal

 16% - respiração forçada

 14% - locomoção forçada

 12% - pensamento confuso

 10% - náusea, vomito, colapso

 8% - perda da consciência

 6% - falha no aparelho respiratório

A atmosfera da Terra, por volume, consiste em aproximadamente 79,1% de


Nitrogênio, 20,9% de Oxigênio, 0,040% de Dióxido de Carbono (400ppm) e
pequenas quantidades de outros gases.

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Aspectos de Segurança na Aplicação do CO2

Questões de segurança

/ O Dióxido de Carbono não é somente um gás asfixiante, mas também um


agente narcótico; sendo o mais potente vasodilatador cerebral já conhecido

/ vasodilatador: é uma substância que aumenta o tamanho dos vasos


sanguíneos do corpo humano, alongando suas fibras musculares e,
conseqüentemente reduz a pressão sanguínea).

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Aspectos de Segurança na Aplicação do CO2

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Aspectos de Segurança na Aplicação do CO2

Código Ponto Código TLV / TWA


Refrigerante HAZCHEM Ebulição Segurança PERIGO (ppm)
(ºC) Ashrae
R744 2RE -78,5 A1 Asfixiante 5000

R410A 2RE -52,2 A1 Asfixiante em altas 1000


concentrações

R404A 2RE -46,8 A1 Asfixiante em altas 1000


concentrações

R507 2RE -46,7 A1 Asfixiante em altas 1000


concentrações

R407C 2RE -43,0 A1 Asfixiante em altas 1000


concentrações

R22 2RE -40,7 A1 Asfixiante em altas 1000


concentrações

R134a 2RE -26,2 A1 Asfixiante em altas 1000


concentrações

R717 2RE -33,4 B2 Tóxico por inalação 25

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Aspectos de Segurança na Aplicação do CO2


Vazamento CO2 em sala de máquina

Laboratório CO2 BITZER / SP

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Aspectos de Segurança na Aplicação do CO2

Menos da metade do valor


que causa a aceleração da
frequência respiratória

• Potencial de risco somente na sala de máquina (detector de vazamento)


• Risco muito baixo na área de vendas
Referência: Epta - ALL - CO2 SUPERMARKET REFRIGERATION SYSTEMS

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Aspectos de Segurança na Aplicação do CO2

Exemplo de monitoramento de CO2

Sensor de CO2

Sistema de
exaustão de ar

Referência: BITZER

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Aspectos de Segurança na Aplicação do CO2

Exemplo de monitoramento de CO2


Monitoramento de CO2 dentro e fora das
câmaras frigoríficas (alarme visual e sonoro)

Referência: Eletrofrio
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Aspectos de Segurança na Aplicação do CO2

/ Código de segurança Hazchem 2RE (utilizada na Austrália)


2 = gases não inflamáveis e não tóxicos
R = spray de água usado para conter o vazamento do refrigerante
E = evacuar a área em caso de vazamento

/ Devemos ter muito cuidado ao trabalhar com os refrigerantes, pois todos são
asfixiantes e podem também causar graves queimaduras por baixas temperaturas
em contato com a pele, olhos, etc

/ Ocorrendo um acidente com inalação de altas concentrações desses gases,


imediatamente deve-se remover a vítima para o ar fresco

/ Em caso de parada respiratória aplicar respiração artificial; dar oxigênio em


caso de dificuldade para respirar. Procurar auxílio médico se o desconforto
persistir.

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Aspectos de Segurança na Aplicação do CO2

/ Código de segurança Ashrae: A1 (A = gases não tóxicos; 1= gases não


inflamáveis), B2 (B= gases tóxicos; 2 = gases mais ou menos inflamáveis,
dependerá da sua concentração no ar)

/ TLV / TWA (Time Weight Average) = É a concentração média ponderada pelo


tempo de exposição para a jornada de 8h/dia, 40h/semana, à qual praticamente
todos os trabalhadores podem se expor, repetidamente, sem apresentar efeitos
nocivos

/ A principal diferença entre os refrigerantes está na sua temperatura de


evaporação. Em caso de vazamento, o contato do gás com a pele a –78,5ºC terá um
efeito muito mais grave do que com um refrigerante a – 40ºC

/ Devemos tomar muito cuidado para evitar o contato com qualquer refrigerante
líquido, principalmente com CO2!!!

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Aspectos de Segurança na Aplicação do CO2

Equipamentos de Proteção Individual


/ Ao trabalhar com equipamento que utiliza o CO2, devemos ter uma mudança de
cultura na maneira pela qual lidamos com os equipamentos de proteção individual

/ Tem sido por muito tempo uma prática aceitada pelo pessoal envolvido com o
setor de refrigeração, principalmente os que trabalham no campo, de usar qualquer
tipo de roupa durante o trabalho envolvendo os refrigerantes Fluorocarbonos.

/ Para se proteger dos ferimentos graves, devemos então seguir as


recomendações da Segurança do Trabalho e Saúde Ocupacional ao trabalhar com
os sistemas de refrigeração que utilizam o CO2 como fluido refrigerante.

/ As queimaduras criogênicas de baixa temperatura ocorrerão na pele em


contato com o Dióxido de Carbono líquido.

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Aspectos de Segurança na Aplicação do CO2

EPI’s necessários para trabalhar com o CO2:


/ Óculos de segurança
 Óculos de segurança com proteção lateral
 Utilizar lentes específicas durante o trabalho de solda oxiacetilênica e processos
correlatados

/ Calçados de segurança
 Botas de segurança de proteção ocupacional (a prova de água)
 Sapatos de segurança de biqueira de aço para manuseio de cilindros CO2

/ Roupas de segurança
 Calça comprida de algodão
 Camisa de manga longa de algodão ou macacão com manga longa (opcional)

/ Luvas de proteção
 Luvas de raspa de couro com palmas reforçadas

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Aspectos de Segurança na Aplicação do CO2


Comparação das Densidades dos refrigerantes
Densidade Vapor
Massa Densidade
Refrigerante Nome Comum @ 15°C@1atm
Mol Relativa
(101,3kPa.abs)
g/mol Ar = 1
kg/m3
R717 Amônia – NH3 17 0,72 0,595

R729 Ar 29 1,21 1,00

R744 Dióxido de Carbono - CO2 44 1,85 1,53

R290 Propano – C3H8 44 1,87 1,55

R600a Isobutano - C4H10 58 2,5 2,07

R410A R32/R125 72,6 3,07 2,54

R407C R32/R125/R134a 86,2 3,66 3,03

R22 Clorodifluorometano - CHClF2 86,5 3,67 3,03

R404A R143a/R125/R134a 97,6 4,15 3,43

R134a Tetrafluoroetano - CH2FCF3 102 4,36 3,61

R12 Diclorodifluorometano - CCl2F2 121 5,16 4,27

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Aspectos de Segurança na Aplicação do CO2

Dispositivos e Métodos de Proteção Individual

/ Todas as pessoas que trabalham ou estão envolvidas com sistemas de


refrigeração que utilizam CO2, devem se preocupar com suas próprias seguranças
e com as dos outros

/ O vazamento de CO2 dentro de um espaço confinado poderá ser fatal se a


pessoa estiver realizando serviços de manutenção no equipamento tais como:
substituição de um ventilador, válvula ou banco de resistência

/ Aqueles refrigerantes com densidades maiores do que o ar permanecerão nos


pontos mais baixos do ambiente. Todos estes gases podem matar uma pessoa. O
Dióxido de Carbono pode causar asfixia e morte em áreas confinadas e mal
ventiladas

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Aspectos de Segurança na Aplicação do CO2

Dispositivos e Métodos de Proteção Individual

/ Todas as salas de máquinas e outras áreas de trabalho que contenham gases


industriais necessitam ser bem ventiladas, incluindo o ar que também precisa ser
renovado regularmente

/ Devido à densidade do CO2 e dos possíveis efeitos letais de um vazamento, os


monitores de CO2 deverão ser instalados em todas as áreas onde o vapor de CO2
poderá acumular em grandes quantidades, ou afetar a equipe de funcionários do
estabelecimento ou o público em geral.

Curso CO2 – Abordagem Prática - Bitzer 52


Aspectos de Segurança na Aplicação do CO2

Os monitores de CO2 deverão ser instalados nas seguintes áreas:

 Salas de máquinas(fechadas), Rack-house,

 Câmaras de congelados e resfriados

 Salas de preparo

 Qualquer ambiente onde posso acumular o CO2 (ambientes fechados)

Os monitores de CO2 são instalados para acionar o sistema de exaustão de ar


e/ou alertar a equipe de funcionários / manutenção / gerência do estabelecimento
em caso de vazamento de CO2, o pessoal de manutenção deverá tomar as ações
necessárias para conter o vazamento do sistema.

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Aspectos de Segurança na Aplicação do CO2

Sensores de detecção de vazamento de CO2

/ O sensor de detecção de CO2 (monitor) deverá ser instalado o mais próximo


possível do piso, pois em caso de vazamento, o CO2 irá acumular no ponto mais
baixo do ambiente.

 O sensor de CO2 tem uma faixa de 1 – 10.000 ppm

 O sensor de CO2 é do tipo infravermelho

 Os limites de alarme do sensor de CO2 deverão ser de 500 – 9.000 ppm

 O tempo de resposta do sensor de CO2 deverá ser de 0 segundos

Curso CO2 – Abordagem Prática - Bitzer 54


Aspectos de Segurança na Aplicação do CO2

/ Recomenda-se também que o técnico responsável pela manutenção tenha


sempre em mãos um detector portátil para monitoramento do nível de CO2 nos
ambientes.

Referência: Instrutherm

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Aspectos de Segurança na Aplicação do CO2

Procedimentos de Emergência

/ Toda a equipe de manutenção deverá estar ciente dos procedimentos de


emergência para as premissas particulares onde a planta de CO2 estiver instalada.
O pessoal de manutenção deverá estar ciente sobre:

 Todas as saídas de emergências

 Kits de primeiros socorros

 Equipamento de segurança de combate ao incêndio

 Controles elétricos e de água

 Onde se localiza o equipamento de respiração autônoma

 Planos e procedimentos de evacuação da área afetada pelo vazamento

Curso CO2 – Abordagem Prática - Bitzer 56


Aspectos de Segurança na Aplicação do CO2

Conclusão sobre Segurança

/ Todos os gases industriais são perigosos


/ Os detectores de vazamentos de gases não devem somente ser utilizados para
refrigerantes inflamáveis ou tóxicos
/ Os sensores que medem o nível de Oxigênio também são recomendados
/ As avaliações de risco e análises de perigo são necessárias em todos os casos
/ A segurança na operação do sistema é necessária em todas as instalações
/ O CO2 é diferente dos outros gases...
/ ...mas ele não é mais ou menos seguro que os outros refrigerantes
/ O CO2 deve ser tratado com muita atenção e segurança

Quem semeia Segurança, colhe Qualidade de Vida!

Curso CO2 – Abordagem Prática - Bitzer 57

Sistemas Subcríticos com CO2


Sistemas Subcríticos com CO2
Tópicos principais
/ Definição dos ciclos de CO2
/ Sistemas com CO2
/ Comparação dos sistemas
/ Exemplo de sistemas
/ Controle do superaquecimento
/ Degelo
/ Temperaturas de operação
/ Trocadores de calor cascata (HX)
/ Controle de capacidade
/ Sistema de alimentação por recirculação de líquido

Curso CO2 – Abordagem Prática - Bitzer 59

Definição dos ciclos de CO2


Definição dos ciclos de CO2
O ciclo básico: Compressão e expansão de simples estágio

Curso CO2 – Abordagem Prática - Bitzer 61

Definição dos ciclos de CO2

Ciclo Subcrítico

Referência: Technical University of Denmark. Coolpack

Curso CO2 – Abordagem Prática - Bitzer 62


Definição dos ciclos de CO2

Resfriamento do gás
Controle de
Pressão

Ciclo Transcrítico

Referência: Technical University of Denmark. Coolpack

Curso CO2 – Abordagem Prática - Bitzer 63

Definição dos ciclos de CO2

Ciclo Transcrítico

Combinação
2 - Ciclos

Ciclo Subcrítico

Referência: Technical University of Denmark. Coolpack

Curso CO2 – Abordagem Prática - Bitzer 64


Sistemas Subcríticos com CO2 para
Refrigeração Comercial

HFC MT / CO2 DX LT Cascata - Híbrido (1)

R134a ou Trocador de CO2 DX LT


R404A DX MT Calor Cascata

Compressores MT
Esquema simplificado

Compressores LT

ETX

HX

Sistema
Secundário
Alternativo

Evaporadores MT Evaporadores LT

Curso CO2 – Abordagem Prática - Bitzer 66


Exemplos de sistemas com CO2

Sistema Híbrido
CO2 / R134a

Referência: Carrier

Curso CO2 – Abordagem Prática - Bitzer 67

Chiller H(F)C / Glicol Recirculado MT + CO2 DX LT (3)

Chiller
H(F)C
Trocador de
CO2 DX LT
Calor Cascata
CO2
R134a - 30°C/0°C
- 8°C/45°C
Esquema simplificado

Compressores LT
HX

CO2
Bombas Glicol 13 x 34 bar
HX

Glicol
Recirculado MT
- 4°C

Evaporadores MT

Evaporadores LT

Curso CO2 – Abordagem Prática - Bitzer 68


Exemplos de sistemas com CO2
Rack House

Rack LT: CO2 Rack HP: R134a

Referência: Eletrofrio

Curso CO2 – Abordagem Prática - Bitzer 69

Chillers H(F)C / Glicol Recirculado MT / CO2 DX LT (4)

Chillers
H(F)C
Trocador de
CO2 DX LT
Calor Cascata
Esquema simplificado

Compressores
HX LT

HX
Bombas Glicol
Glicol
Recirculado MT

Evaporadores MT Evaporadores LT

Curso CO2 – Abordagem Prática - Bitzer 70


Exemplos de sistemas com CO2

Rack LT: CO2

Rack House

Referência: Plotter-Racks Rack HP: R134a


Curso CO2 – Abordagem Prática - Bitzer 71

Chiller H(F)C / CO2 Recirculado MT + CO2 DX LT (2)

Chiller
H(F)C

CO2 DX LT
Trocador de
Calor Cascata
Esquema simplificado

Válvula Reg. Compressores LT


Pressão CO2
Tanque de CO2
HX

Bombas CO2

CO2
Recirculado
MT

Evaporadores MT Evaporadores LT

Curso CO2 – Abordagem Prática - Bitzer 72


Sistema de alimentação por recirculação de líquido

Coletor de líquido

Orifício Qmín

Descarga bomba

Tanque líquido

Tomada líquido

Válv. boqueio bomba

Orifício Qmáx

bomba

Referência: BITZER

Curso CO2 – Abordagem Prática - Bitzer 73

Características e questões de projeto


Características e questões de projeto

Materiais dos o-rings e guarnições apropriados com CO2


Elevada solubilidade do CO2 nos elastômeros. Possível fragilidade e
desintegração dos elastômeros (processo de-compressão)
/ Neoprene® (DuPont)
 Requer medidas especiais para evitar a desintegração

/ HNBR, Therban® (BayerAG)


Guarnições Teflon
/ Considerar características fluxo
Guarnições de metal, Swagelok®

Curso CO2 – Abordagem Prática - Bitzer 75

Controle do Superaquecimento (1)

Comparação do R134a e CO2

Curso CO2 – Abordagem Prática - Bitzer 76


Controle do Superaquecimento (2)

Comparação da entalpia de evaporação

Curso CO2 – Abordagem Prática - Bitzer 77

Controle do Superaquecimento (3)


/ Poderá ser feito através de uma válvula solenoide & termostato
(microprocessador) para controlar a injeção de gás quente na sucção

Curso CO2 – Abordagem Prática - Bitzer 78


Degelo
Degelo elétrico
Limitação da temperatura do degelo!
/ “Pump down” para evaporadores em degelo
Pequenos grupos em degelo (outros evaporadores em operação)
/ Com grandes grupos em degelo terá aumento significativo da
pressão de sucção após o degelo
/ Diferença de temp. reduzida nos evaporadores, perigo de
sobrealimentação de líquido
Formação desigual de gelo nos evaporadores deverá ser evitada
/ Poderá influenciar na medição do superaquecimento da sucção

Curso CO2 – Abordagem Prática - Bitzer 79

Temperaturas de Operação (I)

Na maioria dos casos, a observação da temperatura mínima de


operação é mais desafiante que a observação dos limites
máximos
/ Mínima temperatura do óleo > 20°C
/ Mínima temperatura de descarga > tc + 40K para operação
subcrítica
/ Máxima temperatura de descarga = 120°C* (140°C)
/ Mínimo superaquecimento sucção > 20K (15K)
/ Máximo superaquecimento sucção = 30K

* Obtida na superfície do tubo de descarga

Curso CO2 – Abordagem Prática - Bitzer 80


Temperaturas de Operação (II)
Instalação de um trocador de calor interno entre a linha de
líquido & linha de sucção − é recomendado!

Curso CO2 – Abordagem Prática - Bitzer 81

Temperaturas de Operação (III)


Seleção do trocador de calor interno (IHX):

/ Seleção para condições em carga total


/ Conferência das condições de mínima carga para seleção

Condições de mínima carga:

/ Checar a temperatura mínima de operação


/ Fluxo de massa reduzido
/ Relação superfície / fluxo de massa é aumentada
/ Menores velocidades
/ Queda de pressão reduzida
/ Risco de distribuição insuficiente => operação úmida!

Curso CO2 – Abordagem Prática - Bitzer 82


Trocador de Calor Cascata (HX)

Trocadores de calor cascata HX (I)

Curso CO2 – Abordagem Prática - Bitzer 84


Trocadores de calor cascata HX (II)
Trocadores de calor cascata:
Consideração de capacidade extra
/ 120 … 150 % ou (para 2 x HX) 2 vezes 60 … 75 % da capacidade
/ Instalação de válvulas de bloqueio e válvulas de segurança

Seleção dos dispositivos de expansão do evaporador


/ Válvulas de expansão eletrônica (EEV) com controle proporcional,
controle pulso ou motor de passo
/ Seleção cuidadosa dos orifícios

Controle
/ Minimizar as pulsações de pressão (número e diferença absoluta)
/ Minimizar o gradiente de temperatura (entrada de CO2 / saída HT)
/ Superaquecimento do gás de sucção no evaporador

Curso CO2 – Abordagem Prática - Bitzer 85

Trocadores de calor cascata HX (III)


/ Linha de remoção do vapor (flash gas): cota mínima de 400mm entre
o HX & nível de líquido no tanque

Linha de
flash gas
HX

Cota Tanque de
mín. 400mm líquido

Referência: BITZER

Curso CO2 – Abordagem Prática - Bitzer 86


Sistema de alimentação por
recirculação de líquido

Sistema de alimentação por recirculação de líquido

Vantagens (I)

 elevada eficiência do sistema

 redução do custo de operação

 menor energia consumida

 operam somente por poucas horas

 superfícies dos evaporadores são usadas eficientemente com boa


distribuição de refrigerante

 superfícies internas dos tubos ficam completamente “molhadas”

Curso CO2 – Abordagem Prática - Bitzer 88


Sistema de alimentação por recirculação de líquido

Vantagens (II)

 os compressores são protegidos do retorno de líquido pelo tanque

 a alimentação de refrigerante aos evaporadores não é afetada pela


flutuação da condição ambiente e da condensação

 o “flash gás” resultante das perdas de carga do refrigerante é removido no


tanque de baixa pressão antes de entrar nos evaporadores

 devido às condições ideais de entrada do vapor de sucção, há menos


manutenção e poucas avarias dos compressores

 a taxa de circulação de óleo nos evaporadores é reduzida em consequência


do baixo superaquecimento da descarga dos compressores e da
separação no tanque de baixa pressão

Curso CO2 – Abordagem Prática - Bitzer 89

Sistema de alimentação por recirculação de líquido

Possíveis desvantagens (I)

 em alguns casos, as cargas de refrigerante são maiores do que aquelas


usadas em outros sistemas

 as taxas de fluxo de refrigerante são mais elevadas aos evaporadores


devido aos diâmetros maiores exigidos nas linhas de sucção úmida e de
alimentação de líquido comparado às linhas de sucção e líquido em alta
pressão dos outros sistemas

 o isolamento da tubulação, que é custoso, normalmente é necessário em


todas as linhas de alimentação e retorno para impedir a condensação, a
formação de gelo, ou o ganho de calor

 o custo da instalação pode ser maior, particularmente para os sistemas de


menor porte ou aqueles que possuem menos de três evaporadores

Curso CO2 – Abordagem Prática - Bitzer 90


Sistema de alimentação por recirculação de líquido

Possíveis desvantagens (II)

 a operação da unidade de bombeamento também requer despesas extras,


embora sejam compensadas pela elevação da eficiência de todo o
sistema, mas as mesmas podem exigir manutenção

 as bombas às vezes têm problemas de cavitação devido ao baixo valor da


Carga Positiva Líquida de Sucção Disponível (NPSH – Net Positive
Suction Head)

 para sistemas de pequeno porte, o custo inicial para o bombeamento do


líquido poderá ser mais elevado do que para sistema convencional com
expansão direta

Curso CO2 – Abordagem Prática - Bitzer 91

Sistema de alimentação por recirculação de líquido

P/ Compressor (es)

Dos Evaporador (es)

Acumulador ou Tanque
de líquido Horizontal

Do Tanque
Líquido
Anti - Vortex

NPSHR
Mínima Carga
Bomba

P/ Evaporador (es)

Curso CO2 – Abordagem Prática - Bitzer 92


Sistema de alimentação por recirculação de líquido

Sistema MT – CO2 RL
Sistema LT – CO2 DX Trocador calor inter-estágio
(Evaporador estágio de alta)
Condensador Cascata
(Condensador estágio baixa)

Curso CO2 – Abordagem Prática - Bitzer 93

Sistema de alimentação por recirculação de líquido

Referência: BITZER

Curso CO2 – Abordagem Prática - Bitzer 94


Sistema de alimentação por recirculação de líquido

Trocadores calor Inter-estágio

Linhas entrada condensador CO2

Linhas drenagem líq. CO2

Ponto carga líquido

Visores líquido & isolamento térmico

Filtro de sucção

Compressores LT

Válvula esfera entrada bomba

Bomba líquido
Referência: BITZER

Curso CO2 – Abordagem Prática - Bitzer 95

Sistema de alimentação por recirculação de líquido

Coletor de líquido

Orifício Qmín

Descarga bomba

Tanque líquido

Tomada líquido

Válv. boqueio bomba

Orifício Qmáx

bomba

Referência: BITZER

Curso CO2 – Abordagem Prática - Bitzer 96


Sistema de alimentação por recirculação de líquido

Linha sucção R134a

Coletor sucção MT

Coletor sucção LT

VET Electronic R134a

Trocador calor da sucção CO2 com linha


líquido

Separador óleo

Pressostatos

Acumuladores de sucção
Referência: BITZER

Curso CO2 – Abordagem Prática - Bitzer 97

Sistema de alimentação por recirculação de líquido


Regulagem dos dispositivos de controle dos evaporadores

 Quando são utilizadas válvulas de expansão manual, recomenda-se partir


o sistema e abrir todas as válvulas e, posteriormente, ajustá-las até obter
um superaquecimento de aproximadamente 1K na saída de cada
evaporador

 Ao balancear os evaporadores, as válvulas solenoide deverão ser


desligadas dos circuitos já alimentados para forçar a entrada do líquido
através dos circuitos menos alimentados

Válvula
expansão
manual

Referência: BITZER

Curso CO2 – Abordagem Prática - Bitzer 98


Sistema de alimentação por recirculação de líquido

Referência: Catálogo Witt

Curso CO2 – Abordagem Prática - Bitzer 99

Sistemas Transcríticos com CO2


Sistema Transcrítico de CO2

Compressão simples estágio, expansão dois estágios e linha flash gas

1 - 2: Compressão
2 - 3: Remoção calor isobárico
3 - 4: Expansão isoentálpica do fluido alta – pressão
4: Separação das fases (líquido e vapor)
5 - 8: Expansão isoentálpica do vapor (flash gas)
6 - 7: Expansão isoentálpica do líquido Válvula de regulagem HP (HX)
7 - 1: Evaporação e superaquecimento isobárico Gas
Cooler
Ponto crítico
Pressão [bar]

Linha
Tanque flash gas
líquido
Compressor

Evaporador

Entalpia específica [kJ/kg]

Referência: Carrier

Curso CO2 – Abordagem Prática - Bitzer 101

Definição dos ciclos de CO2 (3)


120 Bar
Conceito com Dupla Expansão
40 Bar
40 Bar

Válvula Reg. Pressão HP  (HX)

 Resfriador
gasoso

Tanque de
Líquido

TXV
Evaporador
Compressor

 Controle de alta pressão é independente da TXV do evaporador − este conceito


permite o controle do superaquecimento útil
 Alívio de pressão no tanque permite utilizar componentes de baixa pressão

Curso CO2 – Abordagem Prática - Bitzer 102


Sistema Cascata CO2 DX MT / CO2 DX LT (1)

Gas Cooler / CO2 DX MT CO2 DX LT


Condensador
Trocador Calor
Cascata
Recuperação
Calor

Controle
HP
ETX

PR
Tanque CO2 HX
Esquema simplificado

ETX ETX

Evaporadores MT Evaporadores LT
Curso CO2 – Abordagem Prática - Bitzer 103

Compressores para aplicação com


CO2 Subcrítico
Linha de Produtos

Deslocamento Nominal

50 Hz

Curso CO2 – Abordagem Prática - Bitzer 105

Linha de produtos

Capacidade Nominal de Refrigeração


307
Baseado em
273
to = -35 °C
239 Δtoh = 20 K
205 tc = -5 °C
Q0 [kBTU/h]

171

136

102

68

34

Curso CO2 – Abordagem Prática - Bitzer 106


Compressores - Dados Técnicos

Pressão Máxima de Operação

Novo - série SL
MOP [psi]

Antigo - série HC
42
53 42
(769) (609)
30 25
(435) (362)

Descarga
Des Sucção

Curso CO2 – Abordagem Prática - Bitzer 107

Por que BITZER? – Características adicionais

Características do Compressor

Curso CO2 – Abordagem Prática - Bitzer 108


Por que BITZER? – Características adicionais

Adaptação à capacidade
/ Velocidade variável (via Inversor de Frequência)

 Faixa de velocidade padrão

 Série HC : 30 Hz .. 60 Hz

 Série SL : 30 Hz .. 70 Hz

 Operação Trans-síncrona:

 Reserva de motor limitada com R744


(exigência de torque constante)
 Para um torque constante acima de 50 Hz

 IF com transformador auxiliar


(Tensão de saída mais alta)

Curso CO2 – Abordagem Prática - Bitzer 109

Por que BITZER? – Características adicionais

Documentação e Serviços

/ Completa documentação disponível


 Manual „KP-120-5“

 Instrução de Operações „KB-120-6“

 Software

/ Serviços adicionais
 Suporte da Engenharia de Aplicação

 Treinamentos Técnicos

Curso CO2 – Abordagem Prática - Bitzer 110


Componentes para CO2

Componentes para CO2


Homepage da Air Liquide http://www.airliquide.com: Embora estas informações foram compiladas
do que a Air Liquide acredita ser fontes confiáveis, as mesmas deverão ser tratadas com extremo
cuidado. Pois, estas informações não cobrem todas as condições de concentração, temperatura,
umidade, impurezas e aeração. Portanto, recomenda-se que esta tabela seja usada para escolher
os possíveis materiais e que, posteriormente, uma investigação e testes mais extensos sejam
realizados sob as condições específicas de cada aplicação.

Material Compatibilidade

Metais

Alumínio, Bronze, Cobre, Aço


Satisfatório
Inoxidável

Satisfatório, mas risco de corrosão na presença de CO2 e/ou


Aços Ferríticos (ex. Aço Carbono)
umidade. Quebradiço com o frio.

Pláticos

Politetrafluoretano (PTFE) Satisfatório

Policlorotrifluoroetileno (PCTFE) Satisfatório

Polifluoreto de Vinilideno (PVDF)


Satisfatório
(KYNAR™)
Poliamido (PA) (NYLON™),
Satisfatório
Polipropileno (PPR)

Curso CO2 – Abordagem Prática - Bitzer 112


Componentes para CO2

Elastômeros

Borracha de Butil (isobutano -


Não recomendado, dilatação significativa.
isoprene) (IIR)

Borracha de Nitrilo (NBR),


Não recomendado, dilatação e perda de massa
Cloropreno, Clorofluorocarbonos
significativa através da extração ou reação química.
(FKM) (VITON™)

Silicone (Q) Aceitável, mas com forte taxa de permeação.

Aceitável, mas dilatação e perda de massa significativa


Etileno - Propileno (EPDM)
através da extração ou reação química.

Lubrificantes

Lubrificantes a base de
Satisfatório
Hidrocarboneto
Lubrificantes a base de
Satisfatório
Fluorocarbono

Curso CO2 – Abordagem Prática - Bitzer 113

Componentes para CO2


EXEMPLOS DE INCOMPATIBILIDADES COM CO2

Buna N Buna N

Fole do selo de vedação composto de Buna N – Bomba recirculação de líquido

Curso CO2 – Abordagem Prática - Bitzer 114


Componentes para CO2

EXEMPLOS DE INCOMPATIBILIDADES COM CO2

Viton Viton

Fole do selo de vedação composto de Viton – Bomba recirculação de líquido

Curso CO2 – Abordagem Prática - Bitzer 115

Componentes do sistema com CO2


BOMBAS HERMETICAS

Curso CO2 – Abordagem Prática - Bitzer 116


Componentes para CO2

 Todos os componentes devem ser compatíveis com os óleos POE &


refrigerante R744 (CO2)

 Compressores – Linhas de Descarga – Condensadores – Tanque de


Líquido – Filtros secadores – Linhas de Líquido

 Necessário componentes Alta Pressão! - 40Bar

 Evaporadores – Linhas de Sucção – filtros de sucção

 Necessário componentes Alta Pressão - 25Bar (dependerá do método de


degelo e das condições de aplicação)

Curso CO2 – Abordagem Prática - Bitzer 117

Componentes para CO2

 VÁLVULAS SOLENÓIDE

 Necessário maior MOPD


 Pode ser usada como
bloqueio ou como Válvula
Expansão pulsante

Curso CO2 – Abordagem Prática - Bitzer 118


Componentes para CO2

 VISORES DE LÍQUIDO

 Necessário maior Pressão


Trabalho
 Pode ser usado com pastilha
higroscópica para indicação
de umidade

Curso CO2 – Abordagem Prática - Bitzer 119

Componentes para CO2

 VISORES DE LÍQUIDO

 Não utilizar fita Teflon no


aperto do visor !!!!

 Alteração da composição
do Latão (Perda de Zinco)
 Fragilização e Ruptura

Curso CO2 – Abordagem Prática - Bitzer 120


Componentes para CO2

 FILTROS SECADORES

 Necessário maior Pressão


Trabalho

O elemento dissecante
absorve a água do Molecular Sieves nos A tela retém as
refrigerante sistemas CO2 partículas
(Molecular Sieves)
sólidas

Curso CO2 – Abordagem Prática - Bitzer 121

Componentes para CO2


 FILTROS SECADORES

Evitar o aprisionamento
CO2, utilizar válvula de
retenção paralela à válvula
de bloqueio.

Curso CO2 – Abordagem Prática - Bitzer 122


Componentes para CO2

 TRANSDUTORES DE PRESSÃO

 Necessário maior range de pressão


 Necessário alta confiabilidade
 Necessário alta grau de precisão

Transdutor de Pressão Carel – CO2


4 a 20mA (SPKT*C*)

Transdutor de Pressão Carel- CO2


0 a 5V Ratiométrico (SPKT**RO)

Curso CO2 – Abordagem Prática - Bitzer 123

Componentes para CO2

 VÁLVULAS DE EXPANSÃO MANUAL

 Válvula de expansão manual

Válvula de expansão manual


Hansen para CO2
Válvula expansão
manual Danfoss para
CO2

Curso CO2 – Abordagem Prática - Bitzer 124


Componentes para CO2

 VÁLVULAS DE EXPANSÃO ELETRÔNICA

 Válvulas de expansão eletrônica


 Válvulas de expansão pulsantes

Válvula de expansão eletrônica Carel

Curso CO2 – Abordagem Prática - Bitzer 125

Componentes para CO2

MPXPRO – VÁLVULAS DE EXPANSÃO ELETRÔNICA CAREL

E2V

• Compatível com qualquer balcão ou câmara


• Instalação extremamente simples e rápida
• 480 posições de aberturas diferentes
• Vida útil superior às normais válvulas termostáticas
• Ótima performance na utilização com CO2

Curso CO2 – Abordagem Prática - Bitzer 126


Componentes para CO2

MPXPRO + VÁLVULAS DE EXPANSÃO ELETRÔNICA CAREL

Curso CO2 – Abordagem Prática - Bitzer 127

Componentes para CO2

MPXPRO

O CÉREBRO DO SISTEMA

Curso CO2 – Abordagem Prática - Bitzer 128


Componentes para CO2

MPXPRO – CARACTERÍSTICAS DO HARDWARE (I)

• Monitoramento das temperaturas de ambiente e degelo


• Monitoramento e controle do superaquecimento
• Controle da solenóide
• Rotinas do ventilador
• Rotinas de degelo - tempo real
• Algoritmo com PID para o controle da válvula

Curso CO2 – Abordagem Prática - Bitzer 129

Componentes para CO2

MPXPRO – CARACTERÍSTICAS DO HARDWARE (II)

• Através de análise gráfica, é possível reduzir a quantidade


de degelos diários
• Conexão remota via internet
• Envio de alarmes via fax ou sms ( através do PlantVisor)

Curso CO2 – Abordagem Prática - Bitzer 130


Componentes para CO2
VÁLVULAS DE BLOQUEIO

 Remover a válvula schrader, se houver


 Para evitar o aprisionamento do CO2 em
qualquer ponto do sistema, recomenda-se
instalar uma válvula de retenção paralelo a
válvula.

Curso CO2 – Abordagem Prática - Bitzer 131

Componentes para CO2


VÁLVULAS DE SEGURANÇA

VÁLVULA DE
RETENÇÃO

VÁLVULA DE
RETENÇÃO

Curso CO2 – Abordagem Prática - Bitzer 132


Componentes para CO2

CONTROLES DE PRESSÃO E CONEXÕES

Os controles poderão ser do mesmo material utilizado com o R22, R404A, etc.

Tubo cobre ¼
Mangueira
Conexões de cobre

Sem válvulas Schrader

Curso CO2 – Abordagem Prática - Bitzer 133

Componentes para CO2

VÁLVULAS DE SEGURANÇA

 Não instalar nenhuma


tubulação após a válvula de
segurança, perigo de
congelamento (gelo seco –
CO2) no interior do tubo!

 Deverá ser válvulas para


gases criogênicos

 Deverá proteger o lado de


alta e baixa pressão do
sistema

Curso CO2 – Abordagem Prática - Bitzer 134


Componentes para CO2

VÁLVULAS DE SEGURANÇA
Aliviar a pressão nos possíveis pontos onde poderão aprisionar o CO2

A válvula de segurança
deverá ser montada
“firmemente”

Não usar válvulas schrader !!!


Curso CO2 – Abordagem Prática - Bitzer 135

Componentes para CO2

VÁLVULAS DE SEGURANÇA

Válvulas segurança CO2 instaladas no Rack Válvulas instaladas no lado de fora da


sala de máquina

Curso CO2 – Abordagem Prática - Bitzer 136


Componentes para CO2
 SEPARADORES DE ÓLEO

Separadores Centrífugos série COS:


(separador + pulmão de óleo)

Para selecionar os separadores de óleo,


precisamos saber os seguintes dados:

 Capacidade frigorífica (kW)


 Temperatura de evaporação (ºC)

Curso CO2 – Abordagem Prática - Bitzer 137

Componentes para CO2


 SEPARADORES DE ÓLEO
Seleção dos Separadores Centrífugos série COS:

Curso CO2 – Abordagem Prática - Bitzer 138


Componentes para CO2
 ÓLEOS LUBRIFICANTES PARA CO2

 Aplicação subcrítica: BSE60K


 Aplicação transcrítica: BSE85K

Ótima estabilidade térmica, miscível com o R744, compatível com os materiais do


sistema

Ambos os óleos são do tipo POLIOLÉSTER!


Os compressores BITZER são carregado com o óleo Polioléster BSE85K como
standard. O óleo BSE60K é opcional. Estes dois óleos são completamente miscíveis

Para aplicação em booster (sub e transcrítico) o óleo BSE85K deverá ser utilizado
como standard. Para maiores informações, consultar as fichas técnicas desses óleos

Curso CO2 – Abordagem Prática - Bitzer 139

Componentes para CO2


 PRINCIPAIS CUIDADOS COM OS ÓLEOS LUBRIFICANTES ÉSTER

 Os lubrificantes ésteres são higroscópicos (prontamente absorvem e retêm a


umidade da atmosfera), portanto o sistema deverá ser evacuado abaixo de 500
mícrons

 Uma bomba de vácuo não removerá eficazmente a umidade de um


lubrificante Éster – um filtro da linha de líquido/secador deverá ser utilizado
no sistema

 Nunca armazenar os óleos Ésteres em um recipiente plástico - usar sempre


um recipiente de vidro ou de metal

 Usar uma bomba de vácuo para transferir os lubrificantes Ésteres

Curso CO2 – Abordagem Prática - Bitzer 140


Componentes para CO2
 CARACTERÍSTICAS DOS ÓLEOS LUBRIFICANTES ÉSTER
 Isento de cera
 Baixo ponto de fluidez (pour point)
 Higroscópico: 10 vezes mais do que os óleos minerais

Absorção de umidade da Atmosfera POE


MO
1400
Quantidade Umidade - ppm

1200
1000
800
600
400
200
0
0 50 100 150 200 250 300
Tempo Exposição - horas

Curso CO2 – Abordagem Prática - Bitzer 141

Componentes para CO2


 SISTEMAS DE CONTROLE DE NÍVEL DE ÓLEO DO COMPRESSOR CO2

Para controlar o nível de óleo do cárter do compressor, recomenda-se utilizar controle


de nível de óleo ELETRÔNICO

TRAXOIL BITZER
MODELO TR3

Curso CO2 – Abordagem Prática - Bitzer 142


Componentes para CO2
 SISTEMAS DE CONTROLE DE NÍVEL DE ÓLEO DO COMPRESSOR CO2

Há três zonas de operação que são usadas para operação do TRAXOIL BITZER:

 A linha de 70% é a zona de operação normal para o nível de óleo e quando o nível de óleo
estiver nesta área uma luz verde acenderá
 Se o nível de óleo estiver abaixo da linha de 40% a luz amarela acenderá e depois de 10
segundos de retardo de tempo o óleo será injetado no cárter do compressor
 Se o nível de óleo estiver abaixo da zona vermelha uma luz vermelha acenderá e após um
retardo de tempo de 20 segundos o sinal de alarme será acionado. Este sinal poderá ser
utilizado no comando elétrico para desligar o compressor

Linha 70%
Linha 50%
Linha 30%

Figura 87: Zonas de operação do regulador nível de óleo eletrônico Traxoil TR3

Curso CO2 – Abordagem Prática - Bitzer 143

Componentes para CO2


Regulador de Nível de Óleo KRIWAN - INT280
Bobina elétrica - enclausurada

LED
Visor de óleo

Conexão elétrica

Flange compatível com furação


de cárter de 3 ou 4 parafusos

Alimentação de óleo 7/16”

Curso CO2 – Abordagem Prática - Bitzer 144


Componentes para CO2
 SISTEMAS DE CONTROLE DE NÍVEL DE ÓLEO DO COMPRESSOR CO2

Exemplo simplificado de equalização de óleo nos cárteres utilizando TRAXOIL /


INT280 BITZER.

TRAXOIL
/ INT-280

Curso CO2 – Abordagem Prática - Bitzer 145

Componentes para CO2


 VASOS DE PRESSÃO PARA SISTEMAS DE REFRIGERAÇÃO COM CO2

Os vasos de pressão são fabricados por diversos fabricantes, mas é muito importante
Especificar com cuidado o refrigerante, as pressões e as temperaturas.

 Os vasos de CO2 operam com altas pressões e baixas temperaturas


 As pressões máximas de projeto do lado de alta são limitadas a 4000kPa (40Bar) em
sistemas subcríticos
 Os vasos de pressão deverão ser protegidos com válvulas de segurança
 Os tanques de líquido com CO2 subcrítico deverão ser isolados para evitar condensação,
oxidação, etc
 Os tanques deverão possuir controle de nível (máximo e mínimo)
 Os tanque de líquido deverão possuir visores de líquido anti-congelantes para visualização
do nível de líquido

Curso CO2 – Abordagem Prática - Bitzer 146


Componentes para CO2
 VASOS DE PRESSÃO PARA SISTEMAS DE REFRIGERAÇÃO COM CO2

Tanque de líquido horizontal para CO2 subcrítico BITZER série K :

Maiores informações ver catálogo DP-321-2

Curso CO2 – Abordagem Prática - Bitzer 147

Componentes para CO2


 TROCADORES DE CALOR

Exemplo de aplicação com DX para baixa temperatura com CO2

Curso CO2 – Abordagem Prática - Bitzer 148


Componentes para CO2
 TROCADORES DE CALOR

Exemplo de aplicação com RL para média temperatura com CO2

Curso CO2 – Abordagem Prática - Bitzer 149

Componentes para CO2


 TUBULAÇÃO DE CO2

 Tubulação de cobre e de aço são usadas nos sistemas projetados para a aplicação
subcrítica e transcrítica

 Recomenda-se usar tubos de cobre sem costura ou tubos de liga de cobre com as
paredes mais grossas para as aplicações com o refrigerante R744

 Não usar tubos sujos, deformados ou descolorados (especialmente na parte


interna), pois a válvula da expansão ou os orifícios de diâmetros reduzidos podem
ser obstruídos com esses contaminantes

Curso CO2 – Abordagem Prática - Bitzer 150


Componentes para CO2
 PERDA DE CARGA NA TUBULAÇÃO DE CO2

 A perda de carga nas linhas de refrigerante reduz a eficiência do sistema. O


dimensionamento correto da tubulação baseia-se no mínimo custo e na máxima
eficiência. O cálculo da perda de carga é determinado através da mudança da
temperatura de saturação do refrigerante

 Tipicamente um sistema de refrigeração é dimensionado para uma perda de


carga de 1K ou menos para cada segmento de linha: descarga, sucção e líquido

Curso CO2 – Abordagem Prática - Bitzer 151

Componentes para CO2


 VELOCIDADES NA TUBULAÇÃO DE CO2

 A velocidade do fluido refrigerante na tubulação é importante para garantir o


retorno de óleo ao compressor, uma vez que uma pequena quantidade de óleo é
arrastada pelo refrigerante durante a compressão. Esta quantidade de óleo varia
em função da % fluxo de refrigerante, das condições de aplicação e também do
superaquecimento do gás de sucção
 Linhas de sucção = 5 a 6 m/s
 Linhas de líquido = não deverão exceder a 1 m/s
 Linhas de condensado = deverão ser feitas com o diâmetro maior possível para
ajudar na drenagem do CO2 líquido através do condensador
 Linhas de líquido (RL – recirculação de líquido) = Usar taxa de alimentação de
2:1
 Linhas de descarga = 10 a 12 m/s

Curso CO2 – Abordagem Prática - Bitzer 152


Componentes para CO2
TUBO DE COBRE SEM COSTURA – NORMA ASTM B 280
comprimento diametro espessura peso pressão máx pressão máx
mm mm (pol) mm kg/m kgf/cm2 lb/pol2
6000 9,52 (3/8) 0,76 0,186 71 1010
6000 12,70 (1/2) 0,89 0,294 62 882
6000 15,87 (5/8) 1,02 0,424 56 797
6000 19,05 (3/4) 1,07 0,539 49 697
6000 22,22 (7/8) 1,14 0,673 44 626
6000 28,57 (1 1/8) 1,27 0,971 38 540
6000 34,92 (1 3/8) 1,4 1,314 35 498
6000 41,27 (1 5/8) 1,52 1,692 30 427
6000 53,97 (2 1/8) 1,78 2,601 28 398
6000 66,67 (2 5/8) 2,03 3,674 26 370
6000 79,37 (3 1/8) 2,29 4,942 25 356
6000 92,07 (3 5/8) 2,54 6,367 23 327
6000 104,77 (4 1/8) 2,79 7,767 22 313

Fornecedor Eluma (tubo reto de cobre – liga 122 – têmpera dura ou mole)
Limpo internamente e tamponado com identificação (gravação) ao longo tubo

Curso CO2 – Abordagem Prática - Bitzer 153

Comissionamento, Serviço e
Manutenção com CO2
Comissionamento, Serviço e Manutenção com CO2

Principais tópicos

/ Ferramentas para trabalhar com CO2

/ Instalação da tubulação de refrigerante

/ Teste de pressão, desidratação e evacuação do sistema

/ Carga de refrigerante e partida do compressor

Curso CO2 – Abordagem Prática - Bitzer 155

Ferramentas para Trabalhar com CO2


Ferramentas para Trabalhar com CO2

/ Conjunto Manômetros igual para o R410A

/ Mangueiras que suportam pressões acima de (25 bar lado de baixa


pressão, 40 bar lado de alta pressão)

/ Bomba de vácuo de duplo estágio

/ Vacuômetro eletrônico (para medir nível de vácuo de 500 microns)

/ Termômetro, Sensor de CO2 portátil, Multímetro (amperímetro,


voltímetro, etc.)

Curso CO2 – Abordagem Prática - Bitzer 157

Ferramentas para Trabalhar com CO2

MANIFOLD

O MESMO PARA R410A


Lado Alta = 5500 kPa
Lado Baixa = 3500 kPa

Curso CO2 – Abordagem Prática - Bitzer 158


Ferramentas para Trabalhar com CO2

MANGUEIRAS DE SERVIÇO

Maior pressão de segurança e ruptura


/ SWP – 5500 kPa (800 psi)
/ Ruptura – 27,5 MPa (27500 kPa, 3900 psi)

Curso CO2 – Abordagem Prática - Bitzer 159

Ferramentas para Trabalhar com CO2

BOMBA DE VÁCUO

/ O poder higroscópico dos óleos POE exige boas técnicas de evacuação

/ Desidratação & evacuação nos níveis necessários é essencial, recomenda-


se um nível de vácuo menor que 500 µ

Curso CO2 – Abordagem Prática - Bitzer 160


Ferramentas para Trabalhar com CO2

VACUÔMETRO ELETRÔNICO

/ Recomenda-se vacuômetro digital


com escala em mícron de vácuo

Curso CO2 – Abordagem Prática - Bitzer 161

Ferramentas para Trabalhar com CO2

TERMÔMETROS

Termômetro digital Termômetro laser

Curso CO2 – Abordagem Prática - Bitzer 162


Ferramentas para Trabalhar com CO2

SENSOR CO2 PORTÁTIL

Recomenda-se que o técnico responsável pela manutenção


tenha sempre disponível um detector portátil para monitorar
o nível de CO2 nos ambientes

/ O sensor de CO2 deverá ter uma faixa de 1 – 10.000


ppm

Sensor de CO2 portátil

Curso CO2 – Abordagem Prática - Bitzer 163

Ferramentas para Trabalhar com CO2

DETECTOR VAZAMENTO CO2

/ Recomenda-se que o técnico responsável pela manutenção tenha sempre


disponível um detector de vazamento CO2 para detectar micro-vazamentos
no sistema

Curso CO2 – Abordagem Prática - Bitzer 164


Ferramentas para Trabalhar com CO2

ALICATE AMPERÍMETRO E MULTÍMETRO

Curso CO2 – Abordagem Prática - Bitzer 165

Ferramentas para Trabalhar com CO2

SOPRADOR TÉRMICO

Exemplo de aplicação:
Esquentar as tampas e carcaças dos filtros de sucção, filtros da linha de líquido, etc. para
evitar a condensação da água (umidade dentro do sistema) durante os serviços & manutenção
do sistema

Curso CO2 – Abordagem Prática - Bitzer 166


Ferramentas para Trabalhar com CO2

TORQUÍMETRO

Exemplo de aplicação:
Troca do filtro da linha de líquido, sucção, etc..

Curso CO2 – Abordagem Prática - Bitzer 167

Instalação da Tubulação de Refrigerante


Instalação da Tubulação de Refrigerante

Tubulação de cobre

/ selecionar corretamente a espessura de parede da tubulação


/ selecionar tubo de boa qualidade - selado nas extremidades & desidratado
 usar norma ASTM B280

/ tomar muito cuidado quando o tempo estiver muito úmido para evitar os
problemas com a umidade nos óleos POE
/ realizar as conexões o mais rapidamente possível para minimizar o ingresso
da umidade
/ usar Nitrogênio seco durante a soldagem para reduzir a contaminação
/ não purgar os sistemas com seu próprio refrigerante
 usar bomba de vácuo

Curso CO2 – Abordagem Prática - Bitzer 169

Instalação da Tubulação de Refrigerante


Segundo a norma Ashrae (Handbook 2006 – Refrigeration, chapter 2), são
considerados dois fatores para o cálculo básico da tubulação:
Perda de carga do fluido refrigerante
/ A perda de carga nas linhas de refrigerante reduz a eficiência do sistema. O
dimensionamento correto da tubulação baseia-se no mínimo custo e na
máxima eficiência. O cálculo da perda de carga é determinado através da
mudança da temperatura de saturação do refrigerante. Tipicamente um
sistema de refrigeração é dimensionado para uma perda de carga de 1K ou
menos para cada segmento de linha: descarga, sucção e líquido.

Velocidade de circulação do refrigerante na tubulação


/ A velocidade do fluido refrigerante na tubulação é importante para garantir o
retorno de óleo ao compressor, uma vez que uma pequena quantidade de
óleo é arrastada pelo refrigerante durante a compressão. Esta quantidade de
óleo varia em função da % fluxo de refrigerante, das condições de aplicação e
também do superaquecimento do gás de sucção.
Curso CO2 – Abordagem Prática - Bitzer 170
Instalação da Tubulação de Refrigerante
Velocidades recomendadas (ASHRAE – Handbook Refrigeration 2006 – Chapter 2)
Sistemas com Halogenados (R134a, etc) Linha Líquido
< 1,5 m/s

Linha Descarga Linha


Condensado
10...18 m/s
< 0,5 m/s

Linha Sucção
4,5...20 m/s

Curso CO2 – Abordagem Prática - Bitzer 171

Instalação da Tubulação de Refrigerante


Velocidades na tubulação de CO2

/ A velocidade do fluido refrigerante na tubulação é importante para garantir o


retorno de óleo ao compressor, uma vez que uma pequena quantidade de
óleo é arrastada pelo refrigerante durante a compressão. Esta quantidade
de óleo varia em função da % fluxo de refrigerante, das condições de
aplicação e também do superaquecimento do gás de sucção
/ Linhas de sucção = 5 a 6 m/s
/ Linhas de líquido = não deverão exceder a 1 m/s
/ Linhas de condensado = deverão ser feitas com o diâmetro maior possível
para ajudar na drenagem do CO2 líquido através do condensador
/ Linhas de líquido (RL – recirculação de líquido) = Usar taxa de alimentação
de 2:1
/ Linhas de descarga = 10 a 12 m/s
Curso CO2 – Abordagem Prática - Bitzer 172
Instalação da Tubulação de Refrigerante
Técnicas de Soldagem

O processo de soldagem (brasagem) da tubulação deve ser realizado sempre


com a passagem de nitrogênio através do tubos com uma pressão de aprox. 1 a
2psig. Assim evitaremos a formação dos resíduos (óxidos) de cobre
indesejáveis ao sistema.

O regulador de pressão é um aparelho


pneumático projetado para reduzir a
pressão do cilindro para uma pressão
definida de uso e mantê-la constante,
mesmo com grande variação na
pressão de entrada e na vazão de saída
do gás.

Curso CO2 – Abordagem Prática - Bitzer 173

Instalação da Tubulação de Refrigerante

Soldagem com fluxo de N2 Soldagem sem fluxo de N2

Brasagem resistente; isenta de vazamentos. Brasagem “fraca”; possibilidade de


Interior dos tubos isento de óxidos de cobre. vazamentos. Interior dos tubos com muito
óxidos de cobre.
Curso CO2 – Abordagem Prática - Bitzer 174
Instalação da Tubulação de Refrigerante
Técnicas de Flangeamento

/ é necessário utilizar um conjunto flangeador adequado


/ cortar corretamente a tubulação com cortador de tubo apropriado
/ substituir regularmente o disco de corte do cortador de tubo para assegurar um
corte “limpo” (→ sem amassar o tubo)
/ remover as rebarbas com escariador de tubo antes do flangeamento
/ alinhar corretamente o flangeador no tubo e aplicar óleo nas faces para facilitar
o flangeamento
/ tomar cuidado com o tamanho da flange para evitar trincas e vazamento de
refrigerante
/ utilizar porcas de boa qualidade
/ Os tubos de diâmetros superiores a 20mm (3/4”) devem ser soldados com
solda prata ou Phoscoper com 15% prata

Curso CO2 – Abordagem Prática - Bitzer 175

Instalação da Tubulação de Refrigerante


Exemplo de ferramentas

Escariador de tubo
Flangeador de tubo

Cortador de tubo

Curso CO2 – Abordagem Prática - Bitzer 176


Instalação da Tubulação de Refrigerante
Exemplo de tubos cortados

Faces amassadas devido à lâmina


“cega” do cortador de tubo

Rebarbas que devem ser removidas


pelo escariador de tubo

Tubo pronto para ser flangeado

Curso CO2 – Abordagem Prática - Bitzer 177

Instalação da Tubulação de Refrigerante


Exemplo de tubos flangeados

Flange OK Flange muito Flange muito Flange Flange com


pequena grande desalinhada rebarba

Curso CO2 – Abordagem Prática - Bitzer 178


Instalação da Tubulação de Refrigerante

Flange trincada

Falha típica do tubo de cobre quando a


espessura de parede é incorreta ou
flangeador inadequado.

Curso CO2 – Abordagem Prática - Bitzer 179

Teste de Pressão, Desidratação e


Evacuação do Sistema
Teste de Pressão, Desidratação e Evacuação
Técnicas de teste de pressão (vazamento) do sistema frigorífico (I)
/ o teste de vazamento deverá ser realizado com pressão de Nitrogênio (N2)
/ não se recomenda utilizar o próprio refrigerante do sistema
/ utilizar regulador de pressão no cilindro de Nitrogênio

/ o teste de vazamento deverá ser realizado no lado de baixa e alta pressão


do sistema, incluindo a tubulação e componentes
/ consultar sempre os fabricantes dos componentes do sistema para saber o
limite máximo de pressão e assim evitar danos de ruptura (por exemplo:
pressão máxima do fole do pressostato de baixa = 300 psig)
/ pressões máximas recomendadas para os compressores, por exemplo:
 LP = 19 bar / HP = 25 bar (R22, R134a, R404A, etc.)

 LP= 30 bar / HP = 53 bar (CO2 – subcrítico)


Curso CO2 – Abordagem Prática - Bitzer 181

Teste de Pressão, Desidratação e Evacuação


Técnicas de teste de pressão (vazamento) do sistema frigorífico (II)
/ para detectar o vazamento no sistema pressurizado poderá utilizar bolha /
sabão ou detector eletrônico do refrigerante correspondente

/ algumas normas recomendam deixar o sistema pressurizado com N2 por um


período mínimo de 24h e acompanhar sua estanqueidade
/ alguns equipamentos utilizam mistura de Nitrogênio + Halogenado e
testados com detector eletrônico sensível, entretanto a mistura é recuperada
e reutilizada
Curso CO2 – Abordagem Prática - Bitzer 182
Teste de Pressão, Desidratação e Evacuação
Técnicas de desidratação e evacuação do sistema frigorífico (I)
/ o método de desidratação por intermédio da evacuação utiliza simplesmente
a propriedade de relação pressão e temperatura de evaporação da água,
isto é, quanto mais baixa for a pressão feita no sistema, mais baixa será a
temperatura de evaporação da água, permitindo na maioria dos casos, na
temperatura ambiente, que a água se evapore e seja eliminada do sistema

/ as unidades usadas são milímetro de mercúrio e polegada de mercúrio


abaixo de uma atmosfera. Para vácuos profundos, a unidade comum é o
mícron. Abaixo seguem algumas comparações entre o mícron e outras
unidades de medidas:
 1 polegada de mercúrio = 24.500 mícrons de mercúrio

 1 polegada de mercúrio = 25,4 milímetros de mercúrio

 1 milímetro de mercúrio = 1.000 mícrons de mercúrio.

Curso CO2 – Abordagem Prática - Bitzer 183

Teste de Pressão, Desidratação e Evacuação


Unidades de vácuo Temperatura de Ebulição
de água
Pol. de Hg mm de Hg µ
Lb./pol2 Torr Hg °C °F

0,000 0 14,7000 760,000 - 100 212

15,000 380 7,4000 380,000 - 82 179

26,000 660 1,9000 100,000 - 52 125

27,000 684 1,4000 76,000 - 46 115

28,000 711 0,9500 76,000 - 46 115

28,000 711 0,9500 50,800 50800 38 100

29,000 735 0,4900 25,400 25400 26 79

29,200 740 0,4000 20,800 20800 22 72

29,800 755 0,0900 4,579 4579 0 32

29,990 - 0,0050 0,250 250 -31 -25

29,996 - 0,0020 0,097 97 -40 -40

29,999 - 0,0005 0,025 25 -51 -60

Curso CO2 – Abordagem Prática - Bitzer 184


Teste de Pressão, Desidratação e Evacuação
Técnicas de desidratação e evacuação do sistema frigorífico (II)
/ do ponto de vista prático, são necessárias pressões muito menores para
obter uma diferença de temperatura para a água em ebulição de forma a
obter uma transferência de calor. Pressões abaixo de 500 mícrons de Hg
são recomendadas para realizar uma boa desidratação no sistema frigorífico
/ utilizar uma bomba de vácuo (2-estágios)
 trocar o óleo a cada processo de evacuação

 conectar a bomba em vários pontos do sistema

/ utilizar vacuômetro eletrônico para medição do vácuo


 instalar o vacuômetro no ponto + distante da instalação

/ fazer a quebra do vácuo com Nitrogênio seco no mínimo 3 vezes quando o


vácuo atingir 500 microns de Hg para absorver a umidade que a bomba de
vácuo não consegue remover

Curso CO2 – Abordagem Prática - Bitzer 185

Teste de Pressão, Desidratação e Evacuação


Técnicas de desidratação e evacuação do sistema frigorífico (III)
/ o tempo necessário para a remoção da água e ar do sistema dependerá dos
seguintes fatores:
 dimensões do sistema

 quantidade de água (umidade) presente no sistema

 capacidade da bomba de vácuo a ser utilizada

 dimensões das linhas de conexões

 estanqueidade do sistema

/ algumas normas recomendam deixar o sistema evacuado (abaixo de 500


microns de Hg) por um período mínimo de 24h e acompanhar sua
estanqueidade

Curso CO2 – Abordagem Prática - Bitzer 186


Teste de Pressão, Desidratação e Evacuação

ATENÇÃO ! 
O compressor de refrigeração nunca deverá ser utilizado para
evacuação do sistema, além de não atingir o nível de vácuo
necessário poderá sofrer sérios danos. Recomenda-se sempre
utilizar uma bomba de vácuo compatível para essa função!!!

Curso CO2 – Abordagem Prática - Bitzer 187

Teste de Pressão, Desidratação e Evacuação


Técnicas de desidratação e evacuação

Curso CO2 – Abordagem Prática - Bitzer 188


Teste de Pressão, Desidratação e Evacuação
Técnicas de desidratação e evacuação

Curso CO2 – Abordagem Prática - Bitzer 189

Teste de Pressão, Desidratação e Evacuação


Técnicas de desidratação e evacuação

/ O CO2 é um refrigerante relativamente não reativo


/ O conteúdo de água aceitável nos sistemas de refrigeração com CO2 é muito
menor que em outros sistemas com refrigerantes sintéticos
/ “Todas” as reações com CO2 necessitam da água para ocorrer
/ Controlar o conteúdo de água nos sistemas com CO2 é muito importante e
necessário para evitar as reações químicas
/ Em qualquer refrigerante, a água, oxigênio, óleo, óxidos, contaminantes e
metais do sistema são os reagentes químicos mais importantes e, portanto,
devemos ter muito cuidado!

Curso CO2 – Abordagem Prática - Bitzer 190


Teste de Pressão, Desidratação e Evacuação
Técnicas de desidratação e evacuação

Se houver
presença de água
nos sistemas com
CO2, teremos uma
reação e formação
de ácido carbônico

Sua concentração
dependerá do
conteúdo de água

Ácido forte

Curso CO2 – Abordagem Prática - Bitzer 191

Carga de Refrigerante e Partida do Sistema


Carga de Refrigerante e Partida do Sistema

/ A carga através do cilindro deverá ser feita com um regulador de pressão

/ O teor de umidade recomendado nos óleos BES65K / BSE85K com CO2 é de


de no máx. *30 ppm H2O, porém pode-se utilizar até 50ppm, desde que seja
feita a carga inicial através do filtro secador do sistema e depois de 100h faça
a troca do filtro secador e também do óleo lubrificante.

/ NÃO carregar com o líquido até que a pressão interna esteja acima de 61
psi.g (acima do ponto triplo). A carga com líquido somente deverá ser feita no
tanque de líquido, ou na linha líquida, ou na linha de sucção úmida

/ O CO2 na fase líquida forma gelo seco em pressões abaixo de 61 psi.g . A


primeira carga deverá somente ser feita com vapor até que a pressão do
sistema estiver acima de 61 psi.g correspondente ao ponto triplo (- 56°C/ 61
psi.g ), a partir de então o sistema poderá ser carregado com líquido

Curso CO2 – Abordagem Prática - Bitzer 193

Carga de Refrigerante e Partida do Sistema

/ Recomenda-se primeiro realizar a partida do estágio de alta pressão para


garantir o resfriamento do intercambiador cascata, com isso o estágio de
baixa pressão poderá ser carregado com o R744

/ Os controles de pressão deverão estar pre-ajustados, assim como os


dispositivos de segurança do compressor (relés, pressostatos, disjuntores,
etc)

/ Todos os controles operacionais deverão ser testados antes de partir o


estágio de baixa pressão

/ Quando o estágio de alta pressão estiver operando de maneira segura,


então a carga de refrigerante no estágio de baixa poderá ser iniciada

Curso CO2 – Abordagem Prática - Bitzer 194


Carga de Refrigerante e Partida do Sistema

/ As válvulas de serviço possuem conexão de ¼” e podem ser conectadas


com mangueiras normais de serviço desde que estejam em boas
condições e suportam pressões de 580 psi.g ou mais
/ A mangueira ficará bem fria e mais frágil em baixas temperaturas. Também
ficará mais quebradiça e suas borrachas poderão ficar deformadas e
sujeitas à vazamentos nessas condições
/ Antes de começar, devemos usar luvas, camisa de manga longa e óculos
segurança com proteção lateral, pois qualquer imprevisto de vazamento
com CO2 líquido, podemos rapidamente agir evitando o perigo de
queimaduras provocadas por congelamento a -78°C
/ Na dúvida, usar tubo ¼ com flanges nas extremidades ao invés de
mangueiras. Deve-se tomar muito cuidado ao tocar no tubo para não se
queimar, pois o mesmo ficará muito frio

Curso CO2 – Abordagem Prática - Bitzer 195

Carga de Refrigerante e Partida do Sistema

O CO2 é fornecido em cilindro como


o da foto ao lado, de 25 a 45 Kg.
Para grandes quantidades o CO2
também poderá ser fornecido em
mini tanques equipados com bombas
de líquido que pode ser conectada
diretamente ao sistema. Porém,
nesse caso a pressão do sistema
deverá estar abaixo da pressão do
tanque.

Curso CO2 – Abordagem Prática - Bitzer 196


Carga de Refrigerante e Partida do Sistema

Seção pode ser isolada

Redutor de Pressão

Válvula Check

Válvulas de
segurança
Válvulas de segurança
fixadas na parede externa

Curso CO2 – Abordagem Prática - Bitzer 197

Carga de Refrigerante e Partida do Sistema

O R744 é um refrigerante de alta pressão!

Válvula de Retenção
(Check valve) atuando
como válvula de alívio
para evitar o
aprisionamento do
CO2 em determinados
pontos da instalação

Curso CO2 – Abordagem Prática - Bitzer 198


Conclusão sobre o Comissionamento

/ De certo modo o sistema é mecanicamente muito simples, mas exige um


amplo conhecimento referente ao seu comportamento sob certas
condições. O mais importante é saber como o sistema irá reagir com a falta
de energia elétrica, ou com uma falha no estágio de alta pressão que
deixará de refrigerar o trocador de calor cascata
/ O pessoal de manutenção precisa ter um conhecimento íntimo das
interdependências entre os sistemas de controle do estágio de alto e baixa,
assim como ser eficaz na manutenção e na conservação destes sistemas
/ O pessoal já deverá ter familiaridade com a operação, questões de
segurança e controle para se assegurar de que o sistema irá operar de
maneira segura e eficiente ao longo de sua vida útil

Curso CO2 – Abordagem Prática - Bitzer 199

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