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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA

ESCOLA POLITÉCNICA
COLEGIADO DO CURSO DE ENGENHARIA CIVIL

DANIEL BOMFIM ROCHA DOS SANTOS

DESENVOLVIMENTO DE SOFTWARE PARA


DIMENSIONAMENTO E ANÁLISE DE VIGAS BI-APOIADAS
DE CONCRETO PROTENDIDO

Salvador
2010
DANIEL BOMFIM ROCHA DOS SANTOS

DESENVOLVIMENTO DE SOFTWARE PARA


DIMENSIONAMENTO E ANÁLISE DE VIGAS BI-APOIADAS
DE CONCRETO PROTENDIDO

Monografia apresentada ao Curso de graduação


em Engenharia Civil, Escola Politécnica,
Universidade Federal da Bahia, como requisito
parcial para obtenção do grau de Bacharel em
Engenharia Civil.

Orientadora: Profª Tatiana Bittencourt Dumêt

Salvador
2010
SANTOS, Daniel Bomfim Rocha dos. Desenvolvimento de software para
dimensionamento e análise de vigas bi-apoiadas de concreto protendido. 102 f. 2010.
Monografia (Trabalho de Conclusão do Curso) – Escola Politécnica, Universidade Federal da
Bahia, Salvador, 2010.

RESUMO

Este trabalho visa o desenvolvimento de um software acadêmico para dimensionamento e


análise de vigas bi-apoiadas de concreto protendido. Inicialmente é feita uma conceituação
teórica de concreto protendido, visando o entendimento do desenvolvimento e uso do
aplicativo. Em seguida é apresentado o programa desenvolvido, mostrando as diversas
considerações, entrada de dados e análise dos resultados. Por fim é feito um dimensionamento
de uma viga pré-tracionada de concreto protendido, fazendo todos os cálculos manuais e
posteriormente utilizando o software, buscando uma análise comparativa dos resultados e
validação do programa. Os resultados obtidos pelo software foram bastante satisfatórios,
realizando em poucos segundos todos os cálculos para análise das tensões e do ELU de vigas
pré e pós-tracionadas de concreto protendido. O software foi desenvolvido na linguagem de
programação VBA do Excel.

Palavras-chave: Concreto, protensão, viga, pré-tração, pós-tração, programação.


SUMÁRIO
1. Introdução ................................................................ 7
1.1. Justificativa ........................................................................... 7
1.2. Objetivos ............................................................................... 7
1.3. Metodologia .......................................................................... 8
1.4. Interface software/usuário ..................................................... 8
1.5. Resultados esperados ............................................................ 9
2. Fundamentação teórica ......................................... 10
2.1. Propriedades geométricas ................................................... 10
2.1.1. Seção bruta .............................................................................................. 10
2.1.2. Seção homogeneizada ............................................................................. 13

2.2. Tensões atuantes na seção transversal ................................ 14


2.3. Tensões limites do concreto (NBR 6118, 2004) ................. 14
2.4. Estimativa da força de protensão - P∞,est ............................. 15
2.4.1. Protensão completa ................................................................................. 15
2.4.2. Protensão limitada ................................................................................... 16
2.4.3. Protensão parcial ..................................................................................... 16

2.5. Determinação da força Pi,est ................................................. 17


2.6. Características dos aços para armaduras ativas .................. 18
2.6.1. Designação dos aços de concreto protendido ......................................... 18
2.6.2. Resistências ............................................................................................. 18
2.6.3. Módulo de elasticidade ........................................................................... 19

2.7. Cálculo das perdas............................................................... 20


2.7.1. Perdas iniciais ......................................................................................... 20
2.7.2. Perdas progressivas posteriores .............................................................. 27

2.8. Verificação das tensões ....................................................... 30


2.8.1. Estado em vazio ...................................................................................... 30
2.8.2. Estado em serviço ................................................................................... 31
2.9. Procedimento de cálculo para verificação do ELU ............ 31
2.9.1. Verificação do ELU para momento fletor .............................................. 31
2.9.2. Verificação do ELU para cortante .......................................................... 35

3. Implementação do programa computacional ..... 38


3.1. Entrada de dados ................................................................. 39
3.1.1. Tipo de seção .......................................................................................... 40
3.1.2. Configuração do cabo de protensão ........................................................ 41
3.1.3. Configuração do ambiente ...................................................................... 42
3.1.4. Configuração do tipo de armadura .......................................................... 44
3.1.5. Considerações sobre as perdas ................................................................ 44

3.2. Processamento dos cálculos e geração de gráficos ............. 46


3.3. Verificação do ELS ............................................................. 50
3.4. Verificação do ELU ............................................................ 51
3.4.1. Momento fletor ....................................................................................... 51
3.4.2. Esforço cortante ...................................................................................... 52

4. Exemplo de cálculo ................................................ 54


4.1. Cálculos manuais ................................................................ 55
4.1.1. Propriedades geométricas ....................................................................... 55
4.1.2. Cálculo das tensões ................................................................................. 56
4.1.3. Determinação de P∞,est............................................................................. 56
4.1.4. Cálculo de Pi,est e Ap,ef ............................................................................. 56
4.1.5. Tensões limites do concreto .................................................................... 57
4.1.6. Cálculo das perdas iniciais ...................................................................... 57
4.1.7. Cálculo das perdas progressivas ............................................................. 59
4.1.8. Verificação das tensões ........................................................................... 63
4.1.9. Verificação do ELU para momento fletor .............................................. 65
4.1.10. Verificação do ELU para o cortante ..................................................... 67

4.2. Utilizando o software .......................................................... 68


4.2.1. Gráficos ................................................................................................... 69
4.2.2. Resultados ............................................................................................... 69
4.2.3. Verificação do ELS ................................................................................. 70
4.2.4. Verificação do ELU para momento fletor .............................................. 71
4.2.5. Verificação do ELU para esforço cortante.............................................. 71

4.3. Comparação dos resultados................................................. 72


5. Considerações finais .............................................. 73
Referências ............................................................. 75
Anexos .................................................................... 76
Anexo A ..................................................................................... 77
Anexo B...................................................................................... 79
Anexo C...................................................................................... 81
Anexo D ..................................................................................... 83
Anexo E ...................................................................................... 84
Anexo F ...................................................................................... 86
Anexo G ..................................................................................... 91
Anexo H ..................................................................................... 92
Anexo I ....................................................................................... 94
Anexo J ....................................................................................... 95
Anexo K ..................................................................................... 99
Anexo L .................................................................................... 101
Anexo M ................................................................................... 102
1. Introdução

1.1. Justificativa

O dimensionamento de uma peça de concreto protendido não constitui uma tarefa complicada,
porém é bastante trabalhosa, pois é um processo iterativo onde o projetista escolhe um tipo de
seção transversal, o tipo de protensão, a geometria do cabo, estima as perdas iniciais de
protensão e faz as verificações para o Estado Limite Último (ELU) e Estado Limite de
Serviço (ELS). Se a peça não atender a alguma das verificações feitas há a necessidade de
fazer algum tipo de alteração: tipo de seção, geometria do cabo, etc. Ainda tem-se que contar
com a boa experiência do projetista para uma boa escolha da seção transversal e as
estimativas das perdas totais por exemplo.

O desenvolvimento da informática possibilitou um grande avanço nas diversas áreas da


engenharia, porém nem todos têm acesso às diversas ferramentas computacionais existentes
no mercado, principalmente no meio acadêmico, para auxiliar na aprendizagem.

Diante deste cenário, a produção de um software simples e gratuito que poderá ser utilizado
pelo meio acadêmico é de grande importância para o auxílio nos diversos cálculos e
verificações feitas durante o projeto de uma peça de concreto protendido.

A utilização da programação em VBA no Excel tem a vantagem de possibilitar uma interação


entre a programação e a planilha de trabalho, ou seja, de criar um programa dentro de outro
programa, podendo utilizar a planilha como um banco de dados para auxiliar nas diversas
etapas de programação e interface com o usuário.

1.2. Objetivos

O objetivo deste trabalho consiste no desenvolvimento de um programa para


dimensionamento e análises de vigas bi-apoiadas de concreto protendido na linguagem de
programação VBA (Visual Basic for Applications) do Excel, servindo como instrumento

7
didático auxiliar da disciplina ENG120 – Estruturas de Concreto Armado III (Concreto
Protendido).

Os objetivos específicos são:


 Fazer um levantamento teórico das diversas etapas de cálculo;
 Apresentar as técnicas de programação utilizadas bem como uma apresentação
do software;
 Realizar um dimensionamento de uma viga bi-apoiada de concreto protendido;

1.3. Metodologia

Na primeira parte deste trabalho é feita uma breve revisão das diversas etapas para
dimensionamento e análise de uma peça de concreto protendido. Não é discutida nenhuma
conceituação teórica a fundo, pois estes conceitos já estão bastante difundidos nas diversas
literaturas existentes.

A segunda parte do trabalho consiste na programação em VBA e apresentação do software,


permitindo o dimensionamento de vigas bi-apoiadas de concreto protendido.

Na terceira parte do trabalho é feito um exemplo prático de um projeto de uma viga de


concreto protendido. Inicialmente são feitos todos os cálculos manuais e posteriormente
comparados com os resultados obtidos pelo software desenvolvido.

1.4. Interface software/usuário

O software possui uma interface amigável e com as seqüências lógicas das entradas de dados
e análises dos resultados.

A primeira parte do programa constitui a entrada de dados, ou seja, a escolha da seção


transversal (I, T etc.) e suas dimensões, o tipo de protensão a ser utilizado (pré-tração ou pós-
tração), nível de protensão (completa, parcial ou limitada) e demais dados necessários
(umidade do meio, abatimento do concreto, temperatura para diversos períodos do ano, tipo
de aço, etc).
8
Com a entrada de dados o software faz todos os cálculos automaticamente: propriedades
geométricas da seção, tensões limites, perdas iniciais e progressivas pertinentes, verificação
para o ELS no estado em vazio e em serviço e verificação do ELU para momento fletor e
esforço cortante.

Caso o usuário deseje fazer alguma alteração de algum dado de entrada, isto pode ser feito a
qualquer momento. Esta alteração é necessária quando a peça não atender a algumas das
verificações feitas, estiver superdimensionada, quando as perdas não foram bem estimadas ou
qualquer outra alteração a critério do projetista.

1.5. Resultados esperados

O software gerará resultados imediatos e detalhados na tela do computador bem como a


geração de gráficos de análise de tensões e de esforços atuantes.

Espera-se que este trabalho possibilite uma grande contribuição no auxílio à aprendizagem do
jovem projetista em concreto protendido. Porém, deve-se ter em mente que nada substitui o
bom conhecimento teórico/prático para a boa elaboração de qualquer projeto de engenharia.
No caso de concreto protendido, deve-se ter um bom conhecimento das diversas etapas
executivas e de vida útil a qual a peça será submetida.

9
2. Fundamentação teórica

Neste capítulo é feito um embasamento teórico abrangendo de forma geral as principais


etapas de dimensionamento e análises de uma viga de concreto protendido, tendo um
direcionamento voltado para a parte de programação.

2.1. Propriedades geométricas

2.1.1. Seção bruta

As propriedades geométricas da seção transversal são calculadas de acordo com o


procedimento apresentado a partir do esquema da Figura 1. Este tipo de seção será utilizado
para cálculo das propriedades geométricas de outros tipos de seções, como será explicado
posteriormente.

a) Variáveis adotadas b) Divisão da seção


Figura 1: Seção genérica para cálculo das propriedades geométricas.

hf1
A(1)  b f 1  h f 1  y (1) 
2
b f 1  bw c1
A(2)  c1   y (2)  h f 1 
2 3
hw  c1  c2
A(3)  bw  hw  c1  c2   y(3)  h f 1 
2
10
b f 2  bw 2  c2
A(4)  c2   y(4)  h f 1  c1  hw 
2 3
hf 2
A(5)  b f 2  h f 2  y (5)  h f 1  c1  hw  c2 
2
5
Ac   A(i) (1)
i 1

Onde:
A(i) é a área de concreto da i-ésima figura;
y(i) é a posição da linha neutra da i-ésima figura em relação à face inferior da seção;
Ac é a área de concreto total.

A posição da linha neutra elástica pode ser calculada pela relação entre o somatório do
produto de cada área pela posição de seu centróide e a área total, de acordo a equação abaixo:
5

 A(i)  y(i)
y inf  i 1
(2)
Ac

ysup  h f 1  c1  hw  c2  h f 2  yinf (3)

Onde:
yinf é a posição da linha neutra da seção transversal em relação à face inferior;
ysup é a posição da linha neutra da seção transversal em relação à face superior.

Momento de inércia:
A distância do centróide de cada figura ao centróide da seção pode ser determinada pela
diferença da posição do centróide desta figura pela posição do centróide da seção, ou seja:
yCG (i)  y(i)  yinf (4)
Esta equação será utilizada para cálculo do momento de inércia da seção utilizando o teorema
dos eixos paralelos.

Calculando o momento de inércia de cada seção, tem-se:


bf1  hf1³
I (1)   A(1)  [ yCG (1)]² (5)
12
(b f 1  bw )  c1 ³
I (2)   A(2)  [ yCG (2)]² (6)
36

11
bw  (hw  c1  c2 )³
I (3)   A(3)  [ yCG (3)]² (7)
12
(b f 2  bw )  c2 ³
I (4)   A(4)  [ yCG (4)]² (8)
36
bf 2  hf 2 ³
I (5)   A(5)  [ yCG (5)]² (9)
12
O momento de inércia da seção será a soma dos momentos de inércia de cada figura, ou seja:
5
I   I (i ) (10)
i 1

O módulo resistente elástico é calculado como a relação entre o momento de inércia e a


distancia entre o centróide da seção e a fibra mais tracionada ou comprimida, assim:
I
Winf  (11)
y inf

I
Wsup  (12)
y sup

O tipo de seção proposto pode ser utilizado para cálculo das propriedades geométricas de
diversas outras seções. Isto pode ser feito zerando alguns valores das dimensões da seção
conforme apresentado na Tabela 1.

Tabela 1: Tipos de seções utilizadas pelo programa e critérios para cálculos das propriedades
geométricas.
Seção 1: Seção retangular Seção 2: Seção trapezoidal
bf1 = 0 c2 = 0 hf1 = 0 hf2 = 0

hf1 = 0 hf2 = 0 hw = 0 bf2 = 0

c1 = 0 b =0
Seção 3: Seçãof2T c2 =4:0 Seção I
Seção
bf1 = 0 c2 = 0
c1 = 0
hf1 = 0
c2 = 0
c1 = 0 Seção 5: Seção genérica

Mantém todos os valores numéricos das dimensões

12
A subrotina computacional para cálculo das propriedades geométricas da seção bruta está
apresentada no Anexo C.

2.1.2. Seção homogeneizada

As propriedades geométricas da seção homogeneizada serão calculadas utilizando as


propriedades geométricas da seção bruta, incrementando a participação da armadura ativa,
conforme descrito a seguir.

Figura 2: Cálculo das propriedades geométricas da seção homogeneizada.

A presença da armadura de protensão na parte inferior (Figura 2) deslocará a posição da linha


neutra para baixo, esta nova posição será:
Ac  yinf  Ap ,eq  y p
y h,inf  (13)
Ac ,h

Ap ,eq  ( p  1)  Ap (14)

Ep
p  (15)
Ec

Ec  5600 f cj (16)

Ac ,h  Ac  Ap ,eq (17)

Onde:
fcj é a resistência à compressão do concreto aos j dias em MPa
Ec é o módulo de elasticidade do concreto (MPa)
Ep é o módulo de elasticidade da armadura ativa (MPa)
Ac,h é a área da seção homogeneizada

13
Assim, utilizando o teorema dos eixos paralelos, tem-se que o momento de inércia da seção
homogeneizada será:
I h  I  Ac  ( yinf  y h,inf )²  Ap ,eq  ( yinf  y p )² (18)

Os valores dos módulos resistentes elásticos serão calculados de forma análoga aos
apresentados nas Equações 11 e 12.

A implementação da sub-rotina computacional para cálculo das propriedades geométricas da


seção homogeneizada está apresentada no Anexo D.

2.2. Tensões atuantes na seção transversal

A tensão atuante na fibra mais externa de uma determinada seção transversal, produzida por
um carregamento p é calculada pelas equações a seguir.
M x, p
 inf, p  (19)
Winf

M x, p
 sup,p  (20)
Wsup

Onde:
 inf, p e  sup,p são as tensões atuantes nas fibras inferiores e superiores da seção

transversal, respectivamente;
Mx,p é o momento fletor atuante na seção x produzido pelo carregamento p.

2.3. Tensões limites do concreto (NBR 6118, 2004)

A máxima tensão de compressão atuante na seção transversal deve ser limitada a 70% da
resistência característica do concreto (fcj) prevista para a idade de aplicação da protensão, ou
seja:
 c,max  0,70  f cj (21)

A máxima tensão de tração do concreto deve ser limitada pela equação abaixo (utilizadas
somente para as combinações em que se deseja respeitar o estado limite de formação de
fissuras).

14
1,5  f ctj  Para seção retangular

 t ,max   (22)
1,2  f ctj  Para demais seções

f ctj  0,21 3 f cj2 (23)

2.4. Estimativa da força de protensão - P∞,est

O valor da força de protensão, P∞, corresponde àquele valor que deve permanecer após todas
as perdas de protensão, de modo a atender aos requisitos estabelecidos para uma estrutura ou
elemento estrutural durante toda a sua vida útil (HANAI, 2005).

De acordo Verríssimo (1998) o valor da força de protensão é estimado em função dos


seguintes parâmetros:
 Ações sobre a estrutura;
 Características dos materiais: resistência, módulo de deformação, etc;
 Dados geométricos da seção transversal pré-estabelecida para a peça;
 Dados estabelecidos da experiência ou pré-dimensionamento;
 Esforços devidos às cargas permanentes e variáveis;
 Grau de protensão estabelecido, em geral determinado pelas condições de utilização.

Com os quatros primeiros itens definidos, o próximo passo para definição do P∞,est é
estabelecer o grau de protensão.

2.4.1. Protensão completa

Na protensão completa não se admitem tensões normais de tração, a não ser em casos
excepcionais como o de combinações raras de ações, extremidades de peças protendidas com
aderência inicial e fases transitórias de execução.

a) Para as combinações freqüentes de ações deve-se respeitar o estado limite de


descompressão (ELS-D).
 inf,g1   inf,g 2  1   inf,q1  2   inf,q 2   inf,P  0 (24)

15
b) Para as combinações raras de ações deve-se respeitar o estado limite de formação de
fissuras (ELS-F).
 inf,g1   inf,g 2   inf,q1  1   inf,q 2   inf,P   t ,max (25)

O valor de  inf,P será aquele correspondente ao maior valor em módulo determinado pelas

Equações 24 e 25. Prossegue-se o cálculo de P∞ de acordo a Equação 29.

2.4.2. Protensão limitada

Admitem-se tensões de tração, porém sem ultrapassar o estado limite de formação de fissuras.

a) Para as quase-permanentes de ações deve-se respeitar o estado limite de descompressão


(ELS-D).
 inf,g1   inf,g 2  2   inf,q1  2   inf,q 2   inf,P  0 (26)

b) Para as combinações freqüentes de ações deve-se respeitar o estado limite de formação de


fissuras (ELS-F).
 inf,g1   inf,g 2  1   inf,q1  2   inf,q 2   inf,P   t ,max (27)

O valor de  inf,P será aquele correspondente ao maior valor em módulo determinado pelas

Equações 26 e 27. Prossegue-se o cálculo de P∞ de acordo a Equação 29.

2.4.3. Protensão parcial

Para as combinações freqüentes de ações deve-se respeitar o estado limite de abertura de


fissuras (ELS-W), com Wk=0,2mm.
S d ,uti  S g1  S g 2  1  S q1  2  S q 2  S P (28)

Sendo Sd,uti,, a solicitação de cálculo para verificação da fissura.

A abertura de fissuras pode ser calculada de acordo o item 17.3.3.2 da NBR 6118 (2004).
Porém neste trabalho não se irá entrar em detalhes no cálculo da abertura de fissura. Para o
caso de concreto protendido esta é calculada estimando um diâmetro inicial para a armadura
ativa e só se aplica para o caso de armadura ativa aderente (que não esteja dentro de bainha).

O valor de P∞ será determinado pela Equação 29.


16
P,est P,est  e p
 inf,P   (29)
Ac Winf

Onde ep é a excentricidade do cabo de protensão em relação ao centróide da seção transversal.

2.5. Determinação da força Pi,est

O valor da força Pi corresponde à forca de protensão inicial que após todas as perdas
(imediatas e progressivas) chega ao valor de P∞. Inicialmente é necessária a estimativa do
valor percentual da perda total (ΔParb). Segundo Hanai (2005), para que se tenha uma primeira
idéia, as perdas de protensão, excluídas as perdas por atrito dos cabos, são da ordem de 20 a
30%. Com a estimativa da perda total, realiza-se o cálculo da força de protensão inicial
estimada pela equação abaixo.
P ,eset
Pi ,est  (30)
1  Parb
Prossegue-se o cálculo da área de aço da armadura ativa estimada, de acordo a equação
abaixo.
Pi ,est
AP ,est  (31)
 Pi ,lim

O valor de  Pi . lim corresponde ao limite da força na armadura de protensão e é calculado de


acordo o item 9.6.1.2.1 da NBR 6118 (2004).

Tabela 2: Cálculo de  Pi . lim .

Tipo de protensão
Relaxação
Pré-tração Pós-tração
0,77  f ptk
 0,74  f ptk

Relaxação baixa (RB)  Pi ,lim    Pi ,lim  
0,85  f pyk
 0,82  f pyk

0,77  f ptk
 0,74  f ptk

Relaxação normal (RN)  Pi ,lim    Pi ,lim  
0,90  f pyk
 0,87  f pyk

Com a definição da área de aço estimado (Ap,est), determina-se o número de fios, cordoalhas
ou cabos e o valor da área de aço efetiva (Ap,ef) baseado em tabelas dos fabricantes ou de

17
acordo a NBR 7482 (2008) e NBR 7483 (2008) e a força de protensão inicial efetiva (Pi,ef).
Esta definição está apresentada no próximo item.

Pi ,ef  Ap ,ef   Pi ,lim (32)

2.6. Características dos aços para armaduras ativas

Os aços utilizados para protensão se caracterizam por sua elevada resistência e pela ausência
de patamar de escoamento. São classificados quanto à modalidade de tratamento em dois
tipos: Aços de relaxação normal (RN) e de relaxação baixa (RB).

Os aços de relaxação normal são aços retificados por um tratamento térmico que alivia as
tensões internas de trefilação, já os de relaxação baixa recebem um tratamento termomecânico
que melhora as características elásticas e reduz as perdas de tensão por relaxação.

As características dos fios e cordoalhas de protensão de acordo a NBR 7482 (2008), NBR
7483 (2008) e do fornecedor Belgo estão apresentadas no Anexo B.

2.6.1. Designação dos aços de concreto protendido

A designação genérica dos aços para a armadura ativa é da seguinte forma:

CP XXX YY

Onde XXX refere à resistência em kgf/mm² e YY à modalidade de tratamento (RB ou RN).


No final desta designação pode vir outras designações como tipo de fios (entalhados ou lisos),
diâmetro dos fios ou cordoalhas e quantidade de fios (para o caso de cordoalhas).

2.6.2. Resistências

As principais propriedades de resistências das armaduras ativas são a resistência característica


à ruptura (fptk) e o limite de escoamento (fpyk).

18
O valor de fpyk corresponde à tensão pela qual se tem uma deformação residual, após
descarga, de 0,2%.

2.6.3. Módulo de elasticidade

O módulo de elasticidade a ser utilizado, bem como o diagrama tensão x deformação, pode
ser fornecido pelo fabricante ou realizado através de ensaios específicos. Na falta destes dados
podem-se utilizar os seguintes valores:

Ep = 205000 MPa  Para fios


Ep = 195000 MPa  Para cordoalhas

As cordoalhas têm módulo de elasticidade menor, pois se trata de um módulo de deformação


aparente, que engloba certa acomodação de fios enrolados (HANAI, 2005). A NBR 6118
(2004) permite a adoção de um valor médio único de 200000MPa na falta de dados mais
precisos.

A Figura 3 apresenta o diagrama tensão x deformação simplificado da NBR 6118 (2004) que
pode ser utilizado para verificação dos estados limites de serviço e último.

ζs

fptk

fptd
fpyk
d

fpyd
d

Ep
 ( 0 00)
εpy εpy εuk
Figura 3: Diagrama
d tensão
k x deformação simplificado (NBR 6118, 2004).

Utilizando a Figura 3 se podem chegar às seguintes equações para verificação do estado limite
último (ELU):

19
 s  Ep  (   pyd ) (33)

f ptd  f pyd
 s  f pyd   ( pyd     uk ) (34)
 uk   pyd

2.7. Cálculo das perdas

Segundo Pfeil (1983) as perdas de protensão são todas as perdas verificadas nos esforços
aplicados ao cabo de protensão. Podem ser classificadas, quanto à época de ocorrência, em
dois grupos: perdas iniciais e perdas progressivas posteriores.

2.7.1. Perdas iniciais

São as perdas que ocorrem até um tempo imediatamente depois da transferência da força de
protensão ao concreto. São as perdas por atrito, por escorregamento da ancoragem, por
relaxação inicial do aço e por encurtamento elástico do concreto.

2.7.1.1. Perdas por atrito (ΔPatr)

Ocorre no caso de pós-tração em virtude do atrito entre o cabo e a bainha. Pode haver mesmo
no caso de cabos retilíneos, devido às ondulações que ocorrem no cabo. No caso de pré-tração
pode ocorrer perda por atrito localmente quando se utilizam desviadores para obtenção de
uma configuração geométrica não retilínea do cabo de protensão (cabo inclinado ou
trapezoidal).

São influenciadas basicamente por três fatores:


 Coeficiente médio de atrito entre o cabo e a bainha (μ)
 Configuração geométrica dos cabos, devido à variação angular do eixo do cabo (α)
 Desvios construtivos (K: coeficiente de perda por metro)

Desta forma, nos elementos estruturais com pós-tração, de acordo a NBR 6118 (2004), a
perda por atrito pode ser calculada pela Equação 35.

20

Px  Pi 1  e
     K x 
 (35)

Ou calculando a força em cada posição x por:

   K x 
 
P( x)  Pi  e (36)

No caso de cabo parabólico a abordagem será realizada conforme descrito a seguir.

Figura 4: Cabo de protensão parabólico.

Da Figura 4 se pode chegar a seguinte equação do segundo grau para o cabo, conhecendo-se
três pontos distintos (0; a), (L/2; 0) e (L; a):
2
4a  L
y  x   (37)
L²  2
A inclinação do cabo em uma determinada posição x será a derivada de y em relação a x, ou
seja:
dy 8a  L
 ( x)    x  
dx L²  2
Logo para x=0 tem-se:
4a
 ( x  0)  
L
Assim tem-se que:
8a  L 4a
   ( x)   (0)  L²   x  2   L

8 a  x
  L²
(38)

A Equação 38 permite o cálculo da variação angular em uma determinada posição x, para o


caso de cabo parabólico.

21
Para o caso de cabo parabólico retangular a variação angular será semelhante, exceto para a
posição a < x < L-a, onde a variação angular é constante e igual à variação angular na posição
“a”, conforme pode ser observado na Figura 5.

Figura 5: Cabo de protensão parabólico-retangular.

2.7.1.2. Perdas por escorregamento da ancoragem (ΔPanc)

As perdas por ancoragem ocorrem durante o encunhamento das cordoalhas, devido a um


recuo do cabo (δ), acarretando uma perda na força de protensão.

a) Pré-Tração
No caso de pré-tração um recuo “δ” do cabo de protensão acarreta uma perda dada pela
equação abaixo.

 Panc  E p  (39)
L pista

Onde Lpista é o comprimento da pista, conforme apresentado na Figura 6.

Figura 6: Pista de protensão (pré-tração).

b) Pós-Tração
No caso de pós-tração um recuo “δ” do cabo a uma diminuição da força de protensão de
forma progressiva até uma determinada distância “a” da extremidade da viga, mobilizando

22
força de atrito em sentido contrário àquele da operação de protensão. Pode-se calcular o valor
de “a” através da Equação 40, conforme apresentado da Figura 7.

A P
 (40)
Ep

A P A P

a) Protensão nos dois lados b) Protensão em um lado


Figura 7: Diagrama típico da tensão de protensão.

Neste caso é necessário que o valor de “a” não ultrapasse o meio do vão, em caso de vigas
protendidas nas duas extremidades, ou o comprimento “L”, para o caso de vigas protendidas
em uma extremidade.

Através da Equação 40 podem-se deduzir diversas equações para o cálculo de “a”, conforme
se encontra nas diversas literaturas, dependendo da geometria do cabo. Neste trabalho o valor
de “a” será calculado dividindo o comprimento da viga em vários elementos de comprimento
“ΔX”. Para cada posição será calculado “ΔAζP” e o valor de “δ” correspondente. O valor de
“a” será calculado interpolando linearmente entre o valor de “δ” imediatamente menor e
imediatamente maior ao “δ” informado.

Pode-se demonstrar que “ΔAζP” para cada posição x(i), pode ser calculado pela expressão
abaixo:

n 1
A P (n)  x    P (i)   P (i  1)  2   P (n) (41)
i 1

Onde Δx é constante.
23
A P (n)

Figura 8: Cálculo de ΔAζP(n).

Dividindo a viga em “m” partes (Figura 8) o valor de “ΔAζP (n)” será calculado variando “n”
de 1 até “m+1” para o caso de vigas protendidas em uma extremidade e até “m/2+1” para o
caso de vigas protendidas nas duas extremidades, neste caso, por simetria, os valores após o
meio da viga serão rebatidos dos iniciais. Para facilitar a programação o valor de “m” deverá
ser um número par.

Quando o valor de “a” ultrapassar o meio do vão, em caso de vigas protendidas nas duas
extremidades, ou o comprimento “L”, para o caso de vigas protendidas em uma extremidade,
ocorre o diagrama típico de tensões apresentados na Figura 9. Neste caso será calculado o
valor de ΔζP.

A P A P

a) Protensão nos dois lados b) Protensão em um lado


Figura 9: Diagrama típico da tensão protensão.

Neste caso pode-se calcular ΔζP de acordo a expressão abaixo:

  E P  A
 P  (42)
X

24
Onde:
 m 
A P   1  Vigas protendidas nas duas extremidades
A   2 
A m  1  Vigas protendidas em uma extremidade
 P

 L / 2  Vigas protendidas nas duas extremidades


X 
L  Vigas protendidas em uma extremidade

A sub-rotina computacional para cálculo das perdas por atrito e por acomodação das
ancoragens está apresentada no Anexo F.

2.7.1.3. Perdas por relaxação inicial do aço (ΔPri)

A perda por relaxação do aço é um fenômeno que ocorre com deformação constante e sua
intensidade pode ser calculada de acordo a expressão abaixo:

 t  t0 
0,15

 (t , t0 )   1000    (43)
 1000 
Onde:
 (t , t 0 ) é o coeficiente de relaxação do aço no instante t para protensão e carga
permanente mobilizada no instante t0;
 1000 é a relaxação de fios e cordoalhas, após 1000 h a 20ºC e para tensões variando
de 0,5 a 0,8 fptk, obtida em ensaios descritos na NBR 7484 (2009), não devendo
ultrapassar os valores dados na NBR 7482 (2008) e na NBR 7483 (2008),
respectivamente.

Como está se referindo às perdas iniciais t-t0 corresponderá ao tempo decorrente desde o
instante de tensionamento inicial do cabo até o momento de transferência da protensão para o
concreto (em horas). Desta forma a perda por relaxação pura do aço é dada por:
 Pr i   (t , t0 )   Pi (44)
Para efeito de projeto, os valores médios da relaxação para as perdas de tensão, referidas a
valores básicos da tensão inicial, de 50% a 80% da resistência característica fptk, estão
apresentados na Tabela 3.

25
Tabela 3: Valores de ψ1000 (%) (NBR 6118, 2004).
Cordoalhas Fios
σP Barras
RN RB RN RB
0,5fptk 0 0 0 0 0
0,6fptk 3,7 1,3 2,5 1,0 1,5
0,7fptk 7,0 2,5 5,0 2,0 4,0
0,8fptk 12,0 3,5 8,5 3,0 7,0
 Para tensões inferiores a 0,5 fptk, admite-se que não haja perda de tensão por relaxação.
 Para tensões intermediárias entre os valores fixados na tabela acima, permite-se a interpolação linear.
 Para o tempo infinito (t≥50 anos) pode-se considerar o valor de ψ∞ ≈ 2,5 ψ1000.

A sub-rotina computacional para cálculo das perdas por relaxação da armadura está
apresentada no Anexo H.

2.7.1.4. Perdas por encurtamento elástico do concreto (ΔPe)

a) Pré-tração
Ocorre no momento da liberação da armadura das ancoragens na cabeceira da pista,
transferindo a tensão do aço para o concreto que se deforma acarretando uma queda de tensão
na armadura. Segundo a NBR 6118 (2004) deve ser calculado em regime elástico
considerando-se a deformação da seção homogeneizada e o módulo de elasticidade do
concreto a considerar é o correspondente à data de protensão. Pode ser calculada através da
expressão abaixo:
 Pe   p   cp (45)

Pa Pa  e p M g  e p
2

 cp    (46)
Ah Ih Ih
Onde:
αp é a relação entre o módulo de elasticidade da armadura ativa e do concreto;
ζcp é a tensão inicial no concreto ao nível do baricentro da armadura de protensão;
Pa é a força ancorada (levando-se em conta as perdas por atrito, acomodação das
ancoragens e relaxação do aço);
ep é a excentricidade do cabo de protensão no meio da viga;
Mg é o momento devido ao peso próprio da viga (se a viga for totalmente apoiada Mg
= 0);
Ah e I são a área e o momento de inércia, respectivamente, da seção de concreto
homogeneizada.
26
b) Pós-tração
No caso de pós-tração só haverá perda por encurtamento elástico do concreto se houver
protensão sucessivas de cabos, pois a protensão de um cabo leva ao afrouxamento dos cabos
protendidos posteriormente.

A perda média por encurtamento elástico do concreto pode ser calculada através da equação
abaixo:

 n 1
 Pe ,méd      p   cp (47)
 2n 
Onde:
n é o número de cabo protendidos sucessivamente;
ζcp calculada pela Equação 46.

A sub-rotina computacional para cálculo das perdas por encurtamento elástico do concreto
está apresentada no Anexo G.

2.7.2. Perdas progressivas posteriores

São as perdas que ocorrem após a transferência da protensão para o concreto até o tempo
considerado infinito. São as perdas por relaxação posterior do aço e por retração e fluência do
concreto.

Estas perdas podem ser calculadas separadamente ou pelo processo simplificado ou


aproximado da NBR 6118 (2004), observando os critérios estabelecidos por esta norma para
utilização dos dois últimos processos.

2.7.2.1. Perdas por relaxação posterior do aço (ΔPr2)

Calculada de forma análoga às perdas por relaxação inicial do aço, lembrando que ζ p na
Tabela 3 corresponderá ao valor da tensão (ζp0) após a ocorrência das perdas iniciais.

27
2.7.2.2. Perdas por retração do concreto (ΔPcs)

A perda de tensão na armadura devida à retração do concreto ocorre devida ao encurtamento


do mesmo. Pode ser calculada pela expressão a seguir:

 Pcs  E p   cs (t , t 0 ) (48)

Onde  cs (t , t0 ) é a deformação por retração do concreto no instante (t,t0), calculado de acordo


o Anexo A da NBR 6118:2004 (Anexo A deste trabalho).

A sub-rotina computacional para cálculo da deformação por retração do concreto está


apresentada no Anexo E.

2.7.2.3. Perdas por fluência do concreto (ΔPcc)

O concreto sofre uma deformação lenta devido à compressão dada pelos cabos de protensão, o
que leva a perdas de tensão da armadura de protensão. Esta perda pode ser calculada pela
expressão abaixo:
 Pcc   p   (t , t0 )   c ,Po (49)

Onde:
 (t , t 0 ) é o coeficiente de fluência, calculado de acordo o Anexo A da NBR
6118:2004 (Anexo A deste trabalho);
 c, Po é a tensão no concreto ao nível do baricentro da armadura de protensão,

calculada de forma análoga à equação 58, porém substituindo Pa por P0.

A sub-rotina computacional para cálculo do coeficiente de fluência do concreto e das perdas


por retração e fluência estão apresentadas no Anexo E e G respectivamente.

2.7.2.4. Cálculo das perdas progressivas pelo processo simplificado

Este processo permite o cálculo das perdas progressivas totais levando em conta a interação
destas perdas. No entanto é necessário observar as diversas condições estabelecidas pela NBR

28
6118 (2004) para a utilização deste processo. Satisfazendo estas condições as perdas
progressivas podem ser estimadas através da equação abaixo.

 cs (t , t 0 )  E p   p   c, P 0 g   (t , t 0 )   Po   (t , t 0 )
 P (t , t 0 )  (50)
 p   c   p    p
Onde:
 (t , t0 )   ln 1  (t , t0 )  c  1  0,5   (t , t0 )  p  1   (t , t0 )

Ac Ap Ep
  1  e 2p  p  p 
Ic Ac Eci , 28

ρp: taxa geométrica de armadura.

7.7.2.5. Cálculo das perdas progressivas pelo processo aproximado

Este processo pode substituir o anterior desde que satisfeita as mesmas condições de aplicação
e que a retração não difira em mais de 25% do valor [-8x10-5φ(∞,t0)], ou seja:

0,75   cs  8 105   (t , t0 )  1,25   cs

Para aços de relaxação normal (RN) as perdas por relaxação podem ser estimadas pela
equação abaixo:

 p (t  , t 0 ) p
(%)  18,1    (t  , t 0 )  3   c, Po 
1, 57
(51)
 Po 47

Já para os aços de relaxação baixa:

 p (t , t0 ) p
(%)  7,4    (t , t0 )  3   c ,Po 
1, 07
(52)
 Po 18,7

Onde ζc,Po é dado em MPa.

A sub-rotina computacional para cálculo das perdas progressivas posteriores de acordo a NBR
6118 (2004) está apresentada no Anexo I.

29
2.8. Verificação das tensões

A verificação das tensões deverá ser realizada no estado em vazio, quando a peça está
submetida ao peso próprio e à protensão, estágio intermediário (transporte e içamento de
peças pré-moldadas) e no estado em serviço, quando a peça está submetida a todos os
carregamentos pela qual foi projetada (carregamento permanente, protensão e carga variável).

Para fazer a verificação das tensões é necessário utilizar a combinação de serviço satisfeita
para a estimativa de P∞,est. Neste trabalho só será realizada a verificação do estado em vazio e
do estado em serviço.

2.8.1. Estado em vazio

Para o estado em vazio as tensões devidas à protensão serão aquelas calculadas levando-se em
consideração as perdas iniciais.

ζsup,Po (x) ζsup,g1 (x) ζt (x)

ζinf,Po (x) ζinf,g1 (x) ζc (x)


Figura 10: Diagrama típico de tensões para o estado em vazio.
P0 P0  e p
 inf,Po   (53)
Ac Winf

P0 P0  e p
 sup,Po   (54)
Ac Wsup

Onde ep é positivo se localizado abaixo do centro de gravidade da armadura.

 t ( x)   t ,max
Verificação: 
 c ( x)   c ,max
Onde ζc,max e ζt,max dados pelas Equações 21 e 22 respectivamente.

30
2.8.2. Estado em serviço

Para o estado em serviço as tensões devidas à protensão serão aquelas calculadas levando-se
em consideração as perdas totais.
ζsup,P∞ (x) ζsup,g1 (x) ζsup,q1 (x) ζsup,q2 (x) ζc (x)

ζinf,P∞ (x) ζinf,g1 (x) ζinf,q1 (x) ζinf,q2 (x) ζt (x)


Figura 11: Diagrama típico de tensões para o estado em serviço.

Neste caso não deve haver tensões de trações na parte inferior da viga se a combinação
utilizada para determinação de P∞,est é relativa ao estado limite de descompressão.

Nas regiões próximas ao apoio podem ocorrer tensões de trações na parte superior da viga.
Estas tensões de tração devem estar inferiores às tensões de tração resistida pelo concreto.

2.9. Procedimento de cálculo para verificação do ELU

Os procedimentos de cálculos para análise do Estado Limite Último (ELU) em uma peça de
concreto protendido são essencialmente os mesmos adotados para concreto armado, devendo-
se levar em consideração que a armadura de protensão possui um alongamento prévio,
existente antes de considerar as ações externas (HANAI, 2005).

2.9.1. Verificação do ELU para momento fletor

O primeiro passo para verificação do ELU para momento fletor é conhecer o alongamento
prévio da armadura devido à protensão. Este alongamento é calculado imaginando o concreto
sem tensões em toda a seção transversal considerada, estado neutralizado, acrescentando-se as
solicitações adequadas.

31
Conforme a NBR 6118 (2004), o pré-alongamento deve ser calculado com base nas tensões
iniciais de protensão com base nos valores de cálculo e com a consideração das perdas na
idade t em exame. O pré-alongamento é calculado pela expressão abaixo.
Pnd
 Pnd  (55)
Ap  E p

Onde Pnd é equivalente a uma força externa aplicada no centro de gravidade da armadura que
anula as tensões no concreto em toda seção transversal considerada, calculada pela expressão
abaixo.
Pnd  Pd   p  Ap   Pd (56)

Pd Pd  e p
2

 Pd   (57)
Ac Ic

Pd   d  P (58)
Onde γd = 0,9 para o caso favorável de protensão (sempre para o caso de vigas bi-apoiadas).

O cálculo do momento fletor resistente será realizado por meio de processo iterativo, de
acordo os passos a seguir:

1. Arbitra-se um valor de tensão na armadura (σpd,arb), em geral entre fpyd e fptd.

2. Determina-se a posição da linha neutra, com a condição de equilíbrio das forças:

a) Para seção retangular:


 pd ,arb  Ap
x (59)
0,85  f cd  0,8  bw

b) Para seção T:
Caso a linha neutra encontra na mesa, o cálculo é feito de acordo a Equação 71, substituindo
bw por bf (largura da mesa comprimida). Caso a linha neutra se encontra na alma, o
procedimento para determinação da linha neutra é apresentado a seguir.

32
bf bf-bw bw
C1
x C2
LN
h = z1 + z2

Ap Ap1 T1 Ap-Ap1 T2
bw
Figura 12: Determinação da linha neutra para o caso de seção tipo T e linha neutra na alma.

Pela condição de equilíbrio das forças tem-se que:

(b f  bw )  h f  0,85  f cd
Ap1  (60)
 pr,arb
 pr,arb  ( Ap  Ap1 )
x (61)
0,8  bw  0,85  f cd

c) Para seção com largura variável:


bw2
C x
LN
h bwx

Ap T
bw1
Figura 13: Determinação da linha neutra para o caso de seção com largura variável.

Neste caso, de acordo a NBR 6118 (2004), a resistência do concreto (ζcd) a utilizar será
0,80fcd se bw2<bw1, caso contrário ζcd = 0,85fcd.

bw2  bwx   b  bw2  bw1   0,8  x 


Área de concreto comprimida: Acc     0,8  x   w2   0,8  x
 2   2h 
Através da equação de equilíbrio das forças, chega-se a seguinte equação do segundo grau:
 bw2  bw1   pd ,arb  Ap
   0,8  x   bw2  0,8  x   0
2
(62)
 2h   cd

33
3. Calcula-se a deformação adicional da armadura (Δεpd), correspondente às deformações
posteriores ao estado de neutralização, de acordo o diagrama de deformações:

x dp  x

 cd  Pd

Figura 14: Diagrama de deformações.

 Se a peça estiver no domínio 3: εcd = 3,5 0 00 e Δεpd < 10 0 00 :


dp  x
 pd  3,5  (63)
x
 Se a peça estiver no domínio 2: εcd < 3,5 0 00 e Δεpd = 10 0 00

4. Calcula-se a deformação total da armadura:  pd   Pnd   pd

5. Determina-se a tensão na armadura (ζpd,cal) através do diagrama tensão-deformação do aço.

6. Compara-se o valor de ζpd,cal com o valor de ζpd,arb . Se estiver estes valores estiverem
suficientemente próximos a solução convergiu, caso contrário voltar para o passo 1,
substituindo o valor de ζpd,arb pela esta nova tensão. Repetir todo processo até atingir a
convergência.

7. Calcula-se o momento resistente interno:


M int  Ap   pd  z (64)

M int   pd  Ap1  z1  ( Ap  Ap1 )  z 2  (65)

Onde z é o braço de alavanca: z  d p  0,4 x para o caso de seção retangular e

simplificadamente, a favor da segurança, para seção com largura variável. Para a


determinação de z1 e z2, consultar a Figura 12.

8. A condição de segurança está satisfeita se: Mint ≥ Md

34
Caso a condição de segurança não seja satisfeita deve-se utilizar armaduras passivas para
aumentar a resistência à flexão da peça. Mesmo que a condição de segurança seja satisfeita,
deve-se utilizar armadura passiva mínima, conforme a NBR 6118 (2004), apresentada na
Tabela 4.

Tabela 4: Valores de ρmin para armadura passiva para diferentes valores de fck e seção.

Valores de ρmin
Forma da seção
20 25 30 35 40 45 50
Retangular 0,150 0,150 0,173 0,201 0,230 0,259 0,288
T (mesa comprimida) 0,150 0,150 0,150 0,150 0,158 0,177 0,197
T (mesa tracionada) 0,150 0,150 0,153 0,178 0,204 0,229 0,255

2.9.2. Verificação do ELU para cortante

O tratamento do ELU no caso de solicitações tangenciais no concreto protendido é semelhante


ao do concreto armado.

Segundo Hanai (2005) a protensão longitudinal introduz nas peças de concreto tensões de
compressão que contribuem à redução das tensões principais de tração (que ficam mais
inclinadas em relação ao eixo da peça), de modo que as fissuras de cisalhamento configuram-
se com menor inclinação do que no caso de concreto armado.

2.9.2.1. Efeito de cabos inclinados

A Figura 15 ilustra como um cabo inclinado reduz o efeito da força cortante, produzindo uma
componente contrária da força cortante oriunda do carregamento externo.

Figura 15: Ilustração da redução da força cortante no caso de cabo inclinado (HANAI, 2005).

35
2.9.2.2. Influência da bainha na alma

De acordo a NBR 6118 (2004), no caso de concreto protendido, quando existirem bainhas
injetadas com diâmetro superior a bw/8 (ϕ > bw/8) a largura da viga resistente a considerar será
dada pela equação abaixo.

1
bw,ef  bw 
2
 (66)

Onde ϕ é o diâmetro da bainha.

2.9.2.3. Armadura mínima

A taxa de armadura transversal mínima para elementos lineares submetidos a força cortante é
dada pela equação abaixo.
Asw f
 sw   0,2  ctm (67)
bw  s  sen ( ) f ywk

f ctm  0,3  3 f ck2 (80)

Desta forma tem-se que a taxa de armadura mínima será dada por:

 Asw   0,06  3 f 2 
    ck   b  sen( ) (68)
 s  min  f ywk  w

2.9.2.3. Procedimento de cálculo da armadura transversal

O cálculo da armadura para esforço cortante será realizado de acordo a NBR 6118 (2004) e
será descrito a seguir.

a) Verificação da compressão diagonal do concreto


VSd  VRd 2

 f 
VRd 2  0,54  1  ck   f cd  bw  d  sen 2 ( )  [cot g ( )  cot g ( )] (69)
 250 
Onde,

36
α é a inclinação da armadura transversal em relação ao eixo longitudinal da peça;
θ é a inclinação da diagonal de compressão em relação ao eixo longitudinal da peça.

b) Cálculo da armadura transversal


VSd  Vc  Vsw (70)

Vc 0  0,6  f ctd  bw  d (71)

0,21  3 f ck2
f ctd  (72)
c

 M 
Vc  Vc1  1  0   2  Vc1 (73)
 M Sd 
Onde,
Vc é a parcela do esforço cortante resistida pelo concreto;
Vsw é a parcela do esforço cortante resistida pela armadura;
M0 é o momento de descompressão (momento que anula as tensões de tração
provocadas por MSd,max), calculado por:

 W 
M 0  Pd   e p  inf  (74)
 Ac 

A área de aço será calculada pela Equação 75.

 Asw  Vsw
  (75)
 s  0,9  d  f ywd  cot g ( )  cot g ( )   sen( )

A NBR 6118 (2004) permite o cálculo de área de aço de acordo dois modelos de cálculos
distintos:

 Modelo de cálculo 1
Permite a adoção dos seguintes valores:
θ = 45º
45º ≤ α ≤ 90º
Vc1 = Vc0

37
 Modelo de cálculo 2
Permite a adoção dos seguintes valores:
30º ≤ θ ≤ 45º
45º ≤ α ≤ 90º
Vc1 = Vc0 para VSd ≤ Vc0
Vc1 = 0 para VSd = VRd2

Para Vc0 < VSd < VRd2 deve-se interpolar linearmente. Assim tem-se:
 V  VSd 
Vc1  Vc 0  Rd 2 
 VRd 2  Vc 0 

3. Implementação do programa computacional

O software foi desenvolvido na linguagem de programação VBA (Visual Basic for


Applications) do Excel. O diagrama da Figura 16 mostra de forma simplificada os principais
passos para a elaboração do aplicativo.

INÍCIO

ENTRADA DE DADOS

PROCESSAMENTO DOS CÁLCULOS


E GERAÇÃO DE GRÁFICOS

VERIFICAÇÃO DO ELS E DO ELU

FIM

Figura 16: Diagrama simplificado para elaboração do software.

38
O programa foi desenvolvido de tal forma a permitir um maior entendimento e facilidade ao
usuário, através de ilustrações e gráficos, eliminando ao máximo o surgimento de dúvidas, até
mesmo para quem esteja utilizando o software pela primeira vez.

3.1. Entrada de dados

Não há nenhuma sequência lógica para entrada de dados. Para permitir uma maior facilidade
ao usuário, esta pode ser realizada a qualquer momento durante a configuração do problema.

A parte de entrada de dados permite ao usuário a configuração geral da viga de protensão,


como: tipo de protensão, nível de protensão, característica do concreto, tempo de transferência
da protensão, configuração do tipo de seção e visualização das propriedades geométricas,
configuração do cabo de protensão, local onde a peça está inserida, tipo de armadura de
protensão, considerações sobre as perdas, etc. A Figura 17 mostra a tela principal de entrada
de dados do problema.

Figura 17: Tela principal de entrada de dados.

No instante em que se está realizando a entrada de dados, o programa armazena os dados em


uma planilha auxiliar, que fica oculta no sistema. Desta forma o usuário poderá salvar o
projeto após fechar o programa, permitindo uma futura análise.
39
O carregamento g1 (kN/m) refere-se ao peso próprio da viga, que é calculado
automaticamente pelo programa.

Na parte superior esquerda da tela encontram-se cinco ícones: Seção, Cabo, Ambiente,
Armadura e Perdas, utilizados para configuração da seção transversal da peça, do cabo de
protensão, do ambiente onde a viga está inserida, da configuração da armadura de protensão e
as considerações sobre as perdas, respectivamente. A seguir, são mostradas e descritas as telas
referentes a cada um destes ícones.

3.1.1. Tipo de seção

Para a definição do tipo de seção o usuário poderá utilizar cinco tipos básicos de seção,
mostrados na parte superior da Figura 18. Ao clicar sobre cada ícone aparecerá a seção
correspondente na parte inferior esquerda e os dados da seção a ser preenchido no lado
direito.

Figura 18: Tela de tipo de seção.

Após entrar com os dados da seção o usuário poderá ver as propriedades da seção como
posição da linha neutra, momento de inércia, módulo elástico e área da seção transversal
40
clicando no ícone “Ver propriedades”. Esta tela de propriedades está apresentada na Figura
19.

Figura 19: Tela de propriedades da seção transversal.

3.1.2. Configuração do cabo de protensão

Refere-se ao segundo ícone da entrada de dados. Após clicar sobre este ícone aparecerá a tela
apresentada na Figura 20.

Figura 20: Tela para configuração geométrica do cabo de protensão.

Ao escolher cada tipo de cabo de protensão, no lado esquerdo da tela, aparecerão os dados
correspondentes no lado direito, para que o usuário possa realizar a configuração desejada.

41
Permite-se a utilização de cinco tipos de configuração para o cabo de protensão para o caso de
peças pós-tracionadas. Para peças pré-tracionadas permite-se a utilização de cabos retos,
inclinados e trapezoidal reto, visto que é praticamente impossível a configuração na prática de
cabos parabólicos na pré-tração. Desta forma as opções de escolha para cabo parabólico e
parabólico retangular ficarão inativas quando for selecionada a opção de “Pré-tração”, na tela
principal de entrada de dados, mostrada na Figura 17.

Estando as opções “Pós-tração” na tela principal de entrada de dados e “Cabo parabólico” ou


“Cabo parabólico retangular” na tela de configuração do cabo de protensão selecionadas e
posteriormente, na tela principal de entrada de dados, o usuário seleciona a opção de “Pré-
tração” o programa troca automaticamente a configuração do cabo de protensão para cabo
reto, exibindo a mensagem apresentada na Figura 21.

Figura 21: Mensagem de troca da configuração do cabo de protensão.

3.1.3. Configuração do ambiente

Nesta parte pode-se fazer a configuração do ambiente do local onde a viga estará inserida.
Esta configuração poderá ser realizada clicando no ícone “Ambiente” na tela principal de
entrada de dados. A Figura 22 mostra a tela de configuração ambiental.

42
Figura 22: Tela para configuração do ambiente de protensão.

Nesta etapa se permite a configuração da temperatura média mensal, o local de inserção da


viga de acordo a NBR 6118 (2004) e a classe de agressividade ambiental. Ao deixar o botão
“Temperatura constante” selecionado e digitar a temperatura referente ao mês de janeiro,
todos os outros campos de temperatura mudam para a temperatura deste mês.

Ao selecionar um tipo de agressividade ambiental não condizente com o tipo de protensão e o


nível de protensão (de acordo a NBR 6118, 2004) escolhidos na tela principal de entrada de
dados, ou vice-versa, o programa emite uma mensagem informando tal acontecimento. Por
exemplo, ao clicar em “OK” na tela apresentada na Figura 22 aparecerá a mensagem
apresentada na Figura 23. A sub-rotina computacional para verificação nível de protensão está
apresentada no Anexo M.

43
Figura 23: Mensagem informativa sobre o nível de protensão.

3.1.4. Configuração do tipo de armadura

Permite-se a configuração geral da armadura de protensão, conforme a tela apresentada na


Figura 24.

Figura 24: Configuração da armadura de protensão.

3.1.5. Considerações sobre as perdas

As configurações gerais sobre as perdas na protensão podem ser feitas pressionando o botão
“Perdas” na tela principal de entrada de dados. Permite ao usuário a definição das perdas
totais estimadas, escorregamento nas ancoragens, coeficiente de atrito médio entre a

44
cordoalha e a bainha de protensão (μ), desvios construtivos do cabo de protensão (K) e se o
cabo é protendido sucessivamente para o caso de peças pós-tracionadas. Pode-se também, a
critério do projetista, considerar o acréscimo de perdas iniciais ou posteriores, como mostra a
Figura 25.

Figura 25: Considerações sobre as perdas na protensão.

Nesta opção também se escolhem o método de cálculo das perdas progressivas posteriores:
Perdas calculadas individualmente ou pelo processo simplificado ou aproximado da NBR
6118 (2004). É necessário ficar atento às restrições desta norma quanto à utilização desses
dois últimos métodos de cálculo. No caso de escolha do processo aproximado o programa faz
a análise das relações entre a retração e afluência, conforme explicitado no item 7.7.2.5 deste
trabalho, mostrando uma mensagem de aviso, conforme pode ser visto na Figura 26.

45
Figura 26: Mensagem sobre inadequação do processo aproximado.

3.2. Processamento dos cálculos e geração de gráficos

Após a configuração do problema, ao pressionar o botão “Processar” o programa realiza todos


os cálculos necessários para a análise da peça e realiza a geração de gráficos para uma melhor
compreensão dos dados.

Na Figura 27 é apresentado o esquema geral para processamento dos cálculos utilizados


durante a elaboração e execução do programa.

INÍCIO

TENSÕES ATUANTES TENSÕES LIMITES DO


NA SEÇÃO TRANSVERSAL CONCRETO E ARMADURA

CÁLCULO DAS PERDAS CALCULAR P∞,est.

IMPRESSÃO DOS
DETERMINAR P∞,calc. RESULDADOS

FIM

Figura 27: Esquema geral executado durante o processamento dos cálculos.

46
Os gráficos gerados pelo programa são: perdas na protensão, excentricidade do cabo de
protensão, tensões atuantes na face superior e inferior da viga para o estado em vazio, tensões
atuantes na face superior e inferior da viga para o estado em serviço, esforços cortantes dos
diversos carregamentos e protensão, momentos fletores e envoltória de momento fletor
solicitante e resistente. Os quatros primeiros gráficos podem ser vistos no menu “Gráficos”,
apresentado na Figura 28.

Figura 28: Gráficos principais do programa.

Durante o processamento dos cálculos, na etapa de estimativa de P∞, pode ocorrer o caso em
que o cabo de protensão não esteja bem configurado, o que pode conduzir a uma não
eficiência do sistema de protensão ou simplesmente não poder estimar a força de protensão. O
primeiro caso ocorre quando o centro de gravidade (CG) do cabo de protensão está acima da
linha neutra da seção transversal, ou seja, tomando a excentricidade do cabo de protensão no
meio do vão como positivo quando está abaixo da linha neutra, esta situação ocorre quando a
excentricidade do cabo de protensão é menor que zero (ep < 0), desta forma o programa emite
uma mensagem informando sobre tal acontecimento, conforme pode ser visto na Figura 29.

47
Figura 29: Mensagem sobre o CG do cabo de protensão.

A impossibilidade de estimar a força de protensão ocorre quando o centro de gravidade da


armadura ativa se encontra na parte superior da viga e fora do núcleo central de inércia,
provocando tensões de tração na parte inferior da viga devido somente a protensão, desta
forma os cálculos conduziriam a uma força de protensão negativa, o que é irreal. Esta situação
1 ep
ocorre quando é satisfeita a inequação   0 e o programa emite uma mensagem
Ac Winf
apresentada na Figura 30.

Figura 30: Mensagem sobre a impossibilidade de determinar P∞,est.

Outra possibilidade de erro ocorre durante o cálculo do momento fletor resistente, quando o
processo iterativo apresentado no item 2.9.1 não apresenta convergência. Assim o programa
emite uma mensagem de erro informando sobre este evento, conforme Figura 31.

Figura 31: Mensagem de erro durante o cálculo mo momento fletor resistente.


48
Caso o P∞,est for muito diferente do P∞,est, isso ocorre quando as perdas não foram bem
estimadas inicialmente, há a necessidade de refazer novo processamento dos cálculos
considerando uma nova perda estimada.

O programa considera as perdas apresentadas na Tabela 5. Caso o usuário deseja acrescentar


mais alguma perda, isto poderá ser feito colocando um acréscimo de perdas iniciais e/ou
progressivas posteriores conforme explicado no item 3.1.5 deste trabalho.

Tabela 5: Considerações do software sobre as perdas.

Tipo de
Perdas iniciais Perdas progressivas posteriores
protensão

Por atrito (ΔPatr)*


Retração (ΔPcs2)
Nas ancoragens (ΔPanc)
Pré-tração Fluência (ΔPcc2)
Relaxação inicial da armadura (ΔPri)
Relaxação posterior da armadura (ΔPr2)
Encurtamento elástico do concreto (ΔPe)

Por atrito (ΔPatr) Retração (ΔPcs2)


Pós-tração Nas ancoragens (ΔPanc) Fluência (ΔPcc2)
Encurtamento elástico do concreto (ΔPe)** Relaxação posterior da armadura (ΔPr2)
(*) Neste caso somente será calculado quando o cabo for inclinado ou trapezoidal reto, onde há uma perda de
tensão pontual na armadura de protensão.
(**) A perda por encurtamento elástico do concreto para pós-tração só será considerada se houver a protensão
sucessiva de cabos.

As perdas por atrito para pré-tração serão desprezadas, pois durante a protensão as perdas que
porventura possam existir já estarão sendo contabilizadas na medição da força pelo
equipamento de protensão. Já as perdas por retração e fluência iniciais serão desprezadas, pois
a retração e fluência sofrida pelo concreto até o momento da protensão não teve nenhuma
influência no aço de protensão.

Os resultados gerais do processamento dos cálculos podem ser visualizados no menu


“Resultados”, apresentado na Figura 32.

49
Figura 32: Tela de Resultados.

O programa permite a exibição dos resultados em 11 seções diferentes ao longo da viga (10
subdivisões). Para cada seção analisada é mostrado os dados referente as perdas, momentos
fletores atuantes, excentricidade do cabo e tensão e força de protensão no tempo inicial e
infinito. Além desses resultados dependentes da seção outros também são mostrados como
estimativa da força de protensão, área da armadura de protensão calculada e efetiva, tensão e
força inicial e ancorada, influência do escorregamento (distância da extremidade da viga
correspondente ao limite em que não há mudança de tensão devido ao escorregamento nas
ancoragens) e alongamento do cabo de protensão.

A sub-rotina computacional para cálculo processamento dos cálculos está apresentada no


Anexo J.

3.3. Verificação do ELS

A verificação do ELS pode ser feita clicando sobre o menu “Verificação do ELS”, mostrando,
depois de processar os resultados, uma janela idêntica à da Figura 33.
50
Figura 33: Tela de Verificação do ELS.

Para cada seção escolhida o programa calcula as tensões atuantes e faz a verificação para o
estado em vazio e o estado em serviço, traçando para os dois casos os gráficos de tensões na
seção transversal estudada.

3.4. Verificação do ELU

3.4.1. Momento fletor

A verificação do ELU para momento fletor é feita clicando no menu “Verificação do ELU
para Momento Fletor”. O programa traça os gráficos de momento fletor para os diversos
carregamentos e calcula o momento fletor atuante e resistente para cada seção analisada. A
Figura 34 apresenta a tela de verificação do ELU para momento fletor.

51
Figura 34: Tela de Verificação do ELU para momento fletor.

Para se ter uma análise mais global é feito um gráfico de momento fletor solicitante (M Sd) e
resistente (MRd). É interessante notar como a curva de momento fletor resistente acompanha o
formato da geometria do cabo de protensão, indicando uma melhor eficiência no tipo de cabos
parabólicos.

Outros resultados mostrados são as diversas variáveis calculadas durante o cálculo do MRd
como: pré-alongamento, posição da linha neutra, domínio da peça, deformação adicional da
armadura e tensão na armadura de protensão.

A sub-rotina computacional para verificação do ELU para momento fletor está apresentada no
Anexo K.

3.4.2. Esforço cortante

A verificação do ELU para esforço cortante é feita clicando no menu “Verificação do ELU
para Cortante”. O programa traça os gráficos de esforços cortantes dos diversos
carregamentos externos e da força de protensão e calcula o esforço cortante atuante e

52
resistente para cada seção analisada. A Figura 35 apresenta a tela de verificação do ELU para
o cortante.

Figura 35: Tela de Verificação do ELU para cortante.

No caso de pós-tração o bw (largura da viga resistente a cortante) a utilizar será o bw,ef. O


programa calcula automaticamente este valor de acordo a Equação 66, porém este valor
poderá ser mudado, conforme indicado na Figura 35. Isto é permitido pelo programa pelo fato
de o projetista poder utilizar diversos cabos de protensão e de diversos fornecedores, podendo
calcular um bw,ef de acordo cada situação.

Tem-se a possibilidade de utilizar um dos dois modelos de cálculos para verificação do


cortante de acordo a NBR 6118 (2004): Modelo de Cálculo I e Modelo de Cálculo II. Para
ambos os modelos de cálculos o programa utiliza a inclinação da armadura transversal em
relação ao eixo longitudinal da peça igual a 90º (α=90º) e a inclinação da diagonal de
compressão em relação ao eixo longitudinal da peça igual 45º (θ=45º).

Com a definição do bw,ef, modelo de cálculo ou escolha do tipo de seção o software realiza
automaticamente a verificação da compressão diagonal do concreto e cálculo da área de aço.

53
A sub-rotina computacional para cálculo da área de aço para esforço cortante está apresentada
no Anexo L.

4. Exemplo de cálculo

Neste capítulo será realizado um dimensionamento de uma viga de concreto protendido, como
uma forma de validação do software. Inicialmente serão feitos todos os cálculos manualmente
e posteriormente utilizando o programa. Para tanto será proposto o seguinte problema: viga
pré-tracionada com seção e dados apresentados a seguir (Figuras 36 e 37).

7,5
5,0

45 20

5,0
7,5

8,75 7,5 8,75

Figura 36: Seção da viga (dimensões em cm).


Dados:
 fck = 45MPa fck,transf = 27MPa
 Cordoalhas CP 190 RB Ep = 195000 MPa
 Cordoalhas isoladas de Φ12,7mm
 Comprimento da Pista – Lpista = 50m
 Ψ1 = 0,4 Ψ2 = 0,3
 Peças com protensão interna e aderente
 Escorregamento das ancoragens: δ = 6mm
 Temperatura média anual = 18º C
 Abatimento (Slump) = 4cm
 Umidade relativa do ar: U = 40%
 Cimento CP II
 Tempo de transferência da protensão - t0 = 6 dias
 Idade do concreto para análise do estado em serviço - t∞ = 30 anos
 Classe de Agressividade Ambiental II
54
 Distância do CG da armadura à borda inferior = 5cm
 Estimativa das perdas totais = 25%

Carregamentos:
g1 = peso próprio; g2 = 3,5kN/m; q1 = 1,5kN/m; q2 = 1,5kN/m

Figura 37: Vista longitudinal da viga.

4.1. Cálculos manuais

4.1.1. Propriedades geométricas

3 7,5 Momento de inércia:

2 2 5,0 7,5  30³


I1   16875cm 4
12

8,75  5³ 8,75  5 
2
20 10 
45 1
I2    10    3919,3cm 4
36 2  3

2 2
5,0
25  7,5³
I3   25  7,5  18,75²  66796,9cm 4
3 7,5 12

I  I1  4I 2  2I 3  I  166145,8cm 4
8,75 7,5 8,75

Área de concreto: Ac  2  25  7,5  2  8,75  5  30  7,5  Ac  687,5cm²


Posição da linha neutra: y1 = y2 = 22,5cm
I 166145,8
Módulo elástico: W   W1  W2   7384,3cm ³
y 22,5

55
4.1.2. Cálculo das tensões

Peso próprio da viga: g1  pp  687,5  10 4  25  g1  1,719kN / m

1,719  6² 7,73  10 6
M g1   7,73kNm   1g1   2 g1   1047,4kN / m²
8 7384,3

3,5  6² 17,75  10 6
M g 2 g 3   15,75kNm   1g 2 g 3   2 g 2 g 3   2132,9kN / m²
8 7384,3

1,5  6² 6,75  10 6
M q1   6,75kNm   1q1   2 q1   914,1kN / m²
8 7384,3

1,5  6² 6,75  10 6
M q2   6,75kNm   1q 2   2 q 2   914,1kN / m²
8 7384,3

4.1.3. Determinação de P∞,est

Como a viga é pré-tracionada e se encontra em um ambiente com CAA II, a protensão


limitada é adequada a esta finalidade.
a) Combinação Quase Permanente (CQP)  ELS-D

 1g1  1g 2 Ψ  1q1 Ψ  1q 2  1P


 1P  1P
b) Combinação freqüente (CF)  ELS-F

 1g1  1g 2 Ψ  1q1 Ψ  1q 2  1P


 1P  1P
 Excentricidade do cabo de protensão: ep = 22,5 - 5 = 17,5cm.

P ,est P ,est P ,est P ,est


 1P P ,est

4.1.4. Cálculo de Pi,est e Ap,ef

Estimativa das perdas totais = 25%, logo:

Pi ,est Pi ,est

56
õ  P ,lim

4.1.5. Tensões limites do concreto

 c,máx

 t ,máx

 c,máx

 t ,máx

4.1.6. Cálculo das perdas iniciais

 Perdas por Ancoragem


δ
δ
ζ

 Perdas por Relaxação do Aço


ζ

Para cordoalhas de relaxação baixa (RB), tem se que para:


ζ
Ψ

ζ
Ψ

57
Ψ

ζ
ζ

 Perdas pelo Encurtamento Elástico do Concreto

 Homogeneização da seção transversal

ζ
ζ α ζ ζ
ζ
ζ

58
Tabela 6: Resumo das Perdas Iniciais Individuais.

TIPO DE PERDAS ∆σP (Mpa) ∆P (kN) ∆σP/∆σPi(%)


Ancoragem 23,4 2,34 1,61
Relaxação 34,2 3,43 2,36
Encurtamento Elástico 30,61 3,07 2,11
TOTAL 88,21 8,84 6,08

 Cálculo do Alongamento do Cabo de Protensão

4.1.7. Cálculo das perdas progressivas

 Perdas por Relaxação do Aço


ζ
ζ

ζ
Ψ

ζ
Ψ

ζ
Ψ ζ
ζ

ζ
ζ

 Perdas por Retração do Concreto


 Cálculo de ε

59
 Idade fictícia do concreto

 Espessura fictícia

Considerando a peça toda em contato com o ar:

ε ε ∞

ε ∞ ε ε
ε

ε ∞ ε ε

4 4
εcs t t0 εcs∞ s
t s
t0 4 292 10 0 19 10 3 48 10
4
ζPcs EP εcs t t0 195000 3 48 10 67 79MPa
Pcs 6 80kN
ζPcs 67 79
4 66
ζPi 1453 5
ζPcs 67 79
5 00
ζP0 1365 29

 Perdas por Fluência no Concreto


ζ α ζ

ζ ζ

 Cálculo da Fluência do Concreto -


60

 Idade fictícia do concreto – Cimento CP II

Pela Figura A.2 da NBR 6118 (2004):

ζ α ζ

ζ
ζ
ζ
ζ

 Cálculo das Perdas Progressivas pelo Processo Aproximado

Como , as perdas progressivas podem ser calculadas

pelo processo aproximado.


61
 Para aço de baixa relaxação, de acordo a NBR 6118 (2004), tem-se:

 P 2  0,1517  1365,29  207,17MPa


 P 2 207,17
  14,26%
 Pi 1453,5

P2  100,2 103  207,17  20,75kN

Tabela 7: Resumo das Perdas Progressivas.

TIPO DE PERDAS ∆σP2 (Mpa) ∆P2 (kN) ∆σP/∆σP0(%) ∆σP/∆σPi(%)


Relaxação 84,65 8,49 6,20 5,82
Retração 67,79 6,80 5,00 4,66
Fluência 84,49 8,47 6,19 5,81
TOTAL 236,93 23,76 17,39 16,29
Processo aproximado 207,17 20,75 15,17 14,26

Percebe-se que o cálculo das perdas progressivas individualmente e pelo processo aproximado
apresentou valores próximos, tendo este levado a valores ligeiramente menores. Para
verificação das tensões e do ELU para momento fletor e cortante serão utilizadas as perdas
progressivas calculadas pelo processo simplificado. Este, por ter dado valores menores de
perdas, leva a uma análise mais crítica das tensões nos apoios (para o estado em vazio e em
serviço) e no meio do vão (no estado em vazio), pois, com as perdas menores tem-se a uma
força de protensão maior o que pode haver problemas de tração na parte superior da viga.

Já para o estado em serviço no meio do vão a análise mais crítica seria com a utilização de
uma força de protensão menor (maiores perdas), pois levaria a uma situação mais crítica de
compressão na parte superior e tração na parte inferior da viga, o que seria ideal a utilização
das perdas progressivas calculadas individualmente.

Para a verificação do ELU a utilização de uma força de protensão menor também resulta em
uma situação de verificação mais crítica, pois com uma resultante de tração menor provoca
um momento resistente menor para a verificação do ELU para o momento fletor e diminui o
momento de descompressão levando, também, a uma verificação mais crítica do ELU para o
esforço cortante, pois diminui a capacidade do concreto de resistir ao cortante.

62
A Tabela 8 apresenta o resumo para as perdas totais e a Figura 38 o diagrama de tensão a o
longo do cabo para os instantes iniciais, de transferência e infinito.

Tabela 8: Resumo das Perdas Totais.

TIPO DE PERDAS ∆σP (Mpa) ∆P (kN) ∆σP/∆σP0(%) ∆σP/∆σPi(%)


Iniciais 88,21 8,84 - 6,08
Progressivas 207,17 20,75 15,17 14,26
TOTAL 295,38 29,59 - 20,34

σ (MPa)

1453,5 σPi
1365,29 σP0

1158,12 σP∞

6,0 x (m)
Figura 38: Diagrama de tensão ao longo do cabo.

4.1.8. Verificação das tensões

A seguir será feita a verificação das tensões para o estado em vazio e em serviço, nos apoios e
no meio do vão.

 Estado em vazio

 Nos apoios:
136 8 136 8 17 5
ζinf P0 4 4 5231 8kN m2
687 5 10 7384 3 10
136 8 136 8 17 5
ζsup P0 4 4 1252 2kN m2
687 5 10 7384 3 10

63
-1252,2 0 -1252,2 < 2268kN/m² OK!

5231,8 0 5231,8 < 18900kN/m² OK!

 No meio do vão:
-1252,2 1047,4 204,8 < 2268kN/m² OK!

5231,8 -1047,4 4184,4 < 18900kN/m² OK!

 Estado em serviço

 Nos apoios:
1 17 5
ζinf P∞ 4 4 kN m2
687 5 10 7384 3 10
11 2 11 2 17 5
ζsup P∞ 4 4 10 9kN m2
687 5 10 7384 3 10

-1061,9 0 0 0 0 -1061,9 < 3188,2kN/m² OK!

4437,1 0 0 0 0 4437,1 < 31500kN/m² OK!

 No meio do vão:
-1061,9 1047,4 2132,9 0,3.914,1 0,3.914,1 2665,9 < 31500kN/m² OK!

4437,1 -1047,4 -2132,9 -0,3.914,1 -0,3.914,1 714,3 < 31500kN/m² OK!

64
A viga passou em todas as verificações de tensões. Observam-se tensões de tração na parte
superior dos apoios nos estados em vazio e em serviço, porém estão abaixo da tração resistida
pelo concreto, não havendo, portanto, problemas de fissuração nesta região. Já no meio do
vão no estado em vazio houve uma desprezível tensão de tração na parte superior da viga e no
estado em serviço a seção está toda comprimida, o que é importante para não haver risco de
fissuras que possa prejudicar a armadura e também atende a combinação quase permanente de
carregamento.

4.1.9. Verificação do ELU para momento fletor

 Cálculo do pré-alongamento:
Pd Pd  e p ² 0,9 116,02 0,9 116,02 17,5²
 cPd      3443,5kN / m²
Ac I 687,5 10 4 166145,8 10 4

Pnd  Pd   p  Ap   Pd  0,9 116,02  5,19 1,002  3443,5 105  104,24kN

Pnd 104,24
 Pnd    5,33 0 00
Ap  E p 100,2 195000 10 3

1710
Arbitrando  Pd ,arb  f pyd   1487 MPa
1,15

Figura 39: Cálculo da posição da linha neutra.

Ap   Pd 100,2  10 2  1487
x   x  2,73cm
0,85  f cd  bw  0,8 45
0,85   25  0,8
1,4

 Cálculo da deformação total do aço.

65
Hipótese 1: Domínio 3:  cd  3,5 0 00

3,5  Pd
   Pd  39,62 0 00  10 0 00  Não OK
2,73 40  2,73

Hipótese 2: Domínio 2:  Pd  10 0 00

 cd 10
   cd  0,73 0 00  3,5 0 00  OK
2,73 40  2,73

Logo a deformação total do aço será:  Pd   Pnd   Pd  10  5,33  15,33 0 00

Para verificação da tensão inicial arbitrada será utilizado o diagrama tensão x deformação
simplificado da norma (NBR 6118, 2004), apresentado na Figura 40.
ζsd (MPa)

fptd=1652,2MPa
ζPd
fpyd=1487,0MPa

 ( 0 00)
εpyd=7,63 15,01 εuk=35
Figura 40: Diagrama tensão x deformação simplificado.

Logo a tensão correspondente à deformação de 15,01 0 00 será:


1652,2  1487,0
 Pd  1487,0   (15,33  7,63)  1533,5MPa
35  7,63
Recalculando a nova posição da linha neutra para esta nova tensão tem-se:
100,2  10 2  1533,5
x  2,81cm
45
0,85   25  0,8
1,4

 Cálculo da deformação total do aço.

Hipótese 1: Domínio 3:  cd  3,5 0 00

3,5  Pd
   Pd  46,32 0 00  10 0 00  Não OK
2,81 40  2,81

66
Hipótese 2: Domínio 2:  Pd  10 0 00

 cd 10
   cd  0,76 0 00  3,5 0 00  OK
2,81 40  2,81

Logo a deformação total do aço será:  Pd  10  5,01  15,01 0 00 . Essa deformação


corresponde a uma tensão de 1533,5MPa conforme calculado anteriormente. Desta forma a
solução já convergiu.

Braço de alavanca: z p  40  0,8  2,81 / 2  38,88cm

 M int  R p  z p  (100,2 1533,5 103 )  0,3888  59,74kNm

 M ext  1,4(7,73  15,75  6,75  6,75)  51,77kNm

Como M int  M ext  OK para a verificação de ELU para momento fletor.

4.1.10. Verificação do ELU para o cortante

Para a verificação/dimensionamento para o esforço cortante será utilizado o modelo de


cálculo I da NBR 6118 (2004).

 Esforços cortantes atuantes


 VP = 0 (cabo retilíneo)
 Vsk = (2,719+3,5+1,5+1,5)x6/2 = 27,66kN
 VSd = 1,4x27,66 = 38,72kN

 Verificação da biela comprimida


 45  45000
VRd 2  0,27  1    0,075  0,40  213,49kN
 250  1,4

VSd  38,72kN  VRd 2  213,49kN  OK

 Momento de descompressão (M0)


W1 7384,3
M 0  Pd  (e p  k 2 ) k2    10,74cm
Ac 687,5
e p  17,5cm
67
Pd   0,9  116,02  104,4kN

 M 0  104,4  (0,175  0,1074)  29,49kNm

 Cálculo da armadura transversal


0,21  3 45²
Vc 0  0,6   10 3  0,075  0,40  34,16kN
1,4
Como VSd > Vco, o cálculo da parcela do cortante resistida pelo concreto (Vc1), será calculada
por interpolação linear de acordo a Figura 41.

Vc1 (kN)

34,16

VSd (kN)
34,16 38,72 213,49
Figura 41: Cálculo de Vc1.

213,49  38,72
Interpolando, tem-se: Vc1  34,16   33,29kN
213,49  34,16

 M   29,49 
Vc  Vc1  1  0   33,29  1    52,25kNm
 M Sd   51,77 
Como Vc > VSd  Usar armadura mínima

A  0,3  3 45²
Área de aço mínima:  sw   0,2   7,5 (100)  1,14cm² / m
 w  min 500

4.2. Utilizando o software

Após a entrada de dados do problema (Item 3.1) de acordo os dados apresentados no início
deste capítulo e do processamento dos cálculos, chegou-se aos resultados apresentados a
seguir, nas Figuras 42 a 46.

68
4.2.1. Gráficos

Figura 42: Gráficos principais.

4.2.2. Resultados

Figura 43: Resultados gerais.


69
4.2.3. Verificação do ELS

Figura 44: Verificação das tensões nos apoios.

Figura 45: Verificação das tensões no meio do vão.

70
4.2.4. Verificação do ELU para momento fletor

Figura 46: Verificação do ELU para momento fletor.

4.2.5. Verificação do ELU para esforço cortante

Figura 47: Verificação do ELU para esforço cortante.


71
4.3. Comparação dos resultados

A seguir é feito um resumo dos dados obtidos dos cálculos manuais e do software, visando ter
uma idéia geral das discrepâncias dos resultados. Estes dados estão apresentados na Tabela 9
a seguir.

Conforme pode ser observado na Tabela 9, os resultados obtidos manualmente e pelo


software estão bem próximos, as pequenas discrepâncias ocorridas são devidas ao fato do
cálculo manual ter usado ábacos para cálculo da retração e fluência do concreto e à
aproximações sucessivas, enquanto o software utiliza equações, que são mais precisas e
armazena as variáveis com muito mais algarismos significativos.

Tabela 9: Comparação dos resultados dos cálculos manuais e software.


Cálculos Discrepância
Variáveis Software
Manuais (%)
Tensão limite da armadura - ζPlim (MPa) 1453,5 1453,5 0,0
Estimativa da força de protensão - Pi,est (kN) 130,0 130,0 0,0
Área da armadura ativa calculada (mm²) 89,40 89,44 0,0
Alongamento do cabo de protensão - ΔL (cm) 37,30 37,27 0,1
Resultados
Perdas iniciais totais 6,08 6,08 0,0
gerais
Perdas progressivas totais (individualmente) 16,29 16,20 0,6
Perdas progressivas totais (P. aproximado) 14,26 14,71 3,1
Valor da fluência - φ (t, t0) 3,642 3,6394 0,1
Valor de retração - εcs (t, t0) -3,48E-04 -3,4127E-04 2,0
Verificação Posição da LN - x (cm) 2,81 2,81 0,0
do Deformação total da armadura (‰) 15,33 15,27 0,4
momento Tensão na armadura de protensão 1533,5 1533,12 0,0
fletor Momento fletor resistente - MRd (kN.m) 59,64 59,72 0,1
VRd2 (kN) 213,49 213,49 0,0
Verificação
Momento de descompressão - M0 (kN.m) 29,49 29,32 0,6
do
cortante Vc (kN) 52,25 53,51 2,4
Área de aço - Asw/s (cm²/m) 1,14 1,14 0,0

72
5. Considerações finais

O processo de cálculo manual para dimensionamento e análise de vigas de concreto não é


nenhuma tarefa difícil, porém bastante trabalhosa, pois são várias etapas de cálculos para
realizar a estimativa da força de protensão, cálculo das perdas, verificação do ELS e do ELU.
Para chegar a estes cálculos é necessário inicialmente realizar diversas estimativas, como as
perdas totais da força de protensão e o tipo e dimensões da seção transversal para a viga. Se
com estas estimativas os resultados não forem satisfatórios se torna necessário realizar novos
cálculos considerando novos dados estimados a partir dos resultados anteriores. Verifica-se,
desta forma, que é necessário um bom conhecimento teórico e prático por parte do projetista
de concreto protendido.

O programa desenvolvido alcançou os resultados desejados, realizando em apenas alguns


segundos todos os cálculos necessários para a análise das tensões e do ELU para momento
fletor e esforço cortante de vigas bi-apoiadas pré e pós-tracionadas de concreto protendido. Os
resultados desta análise são vistos em tempo real na tela do computador para diversas seções
ao longo da viga. No exemplo prático de dimensionamento realizado neste trabalho, os
resultados obtidos do software foram bem próximos aos dos cálculos manuais.

Como a acessibilidade acadêmica aos softwares do mercado é bastante limitada, o software se


torna um recurso valioso e acessível a todos para auxílio nas diversas etapas de
dimensionamento de vigas bi-apoiadas de concreto protendido, tanto para correção dos
cálculos quanto ao estudo do comportamento dos resultados ao variar um determinado item,
avaliando diversas soluções possíveis, possibilitando, desta forma, uma grande contribuição
no auxílio à aprendizagem ao jovem projetista de concreto protendido.

O desenvolvimento de qualquer software permite não só uma contribuição quanto à parte de


programação como também é uma forma de promover um exercício prático da aplicação dos
conhecimentos envolvidos no tema. No caso de concreto protendido esta se torna uma
experiência gratificante, pois permite uma aplicação prática e genérica das diversas etapas
para o dimensionamento e análise de vigas bi-apoiadas.

73
Ao longo do desenvolvimento do aplicativo foram feitos vários ajustes nas telas, correções de
erros e incoerências dos dados de entrada, pois se verificou que, devido principalmente a este
último, ocorriam algumas inadequações de processamento dos cálculos. No intuito de facilitar
a correção desses erros, as elaborações das subrotinas computacionais eram feitas por partes,
onde se fazia a correção de todos os cálculos baseados em diversos exercícios práticos.

O software desenvolvido é grátis e disponível a todos (pode ser adquirido através do e-mail:
santosdbr@yahoo.com.br), porém seu uso e análise dos dados são de inteira responsabilidade
do usuário. Deve-se ter em mente que nada substitui o bom conhecimento teórico e prático
para uma boa elaboração de qualquer projeto de engenharia. No caso de concreto protendido
deve-se ter um bom conhecimento das diversas etapas executivas e de vida útil a qual a peça
será submetida.

74
Referências

ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 6118 –


Projeto de Estruturas de Concreto – Procedimento. Rio de Janeiro/RJ. 2004.

____. ABNT NBR 7482 – Fios de aço para estruturas de concreto protendido -
Especificação. Rio de Janeiro/RJ. 2008.

____. ABNT NBR 7483 – Cordoalhas de aço para estruturas de concreto protendido -
Especificação. Rio de Janeiro/RJ. 2008.

____. ABNT NBR 7484 – Barras, cordoalhas e fios de aço destinados a armaduras de
protensão - Método de ensaio de relaxação isotérmica. Rio de Janeiro/RJ. 2009.

DUMÊT, Tatiana Bittencourt. Notas de aula. ENG 120 – Estruturas de Concreto Armado III
(Concreto Protendido). Escola Politécnica – Universidade Federal da Bahia. 2010.

DUMÊT, Tatiana Bittencourt. Notas de Aula. ENG 118 – Estruturas de Concreto Armado I.
Escola Politécnica – Universidade Federal da Bahia. 2008.

HANAI, João Bento de. Fundamentos do Concreto Protendido: E-Book de apoio para o
curso de Engenharia Civil, São Carlos, 2005. Escola de Engenharia de São Carlos,
Universidade de São Paulo, 2005.

PFEIL, Walter. Concreto Protendido – Processos Construtivos/Perdas de Protensão. 2ª


Edição. Livros Técnicos e Científicos Editora S. A, Rio de Janeiro, 1983.

VERÍSSIMO, Gustavo de Souza; CÉSAR JR, Kléos M. Lenz; Concreto Protendido –


Fundamento Básicos. Viçosa, 1998. Departamento de Engenharia Civil, Universidade
Federal de Viçosa, Minas Gerais, 1998.

75
Anexos

76
Anexo A: Cálculo da fluência e retração do concreto

Ti  10
Idade fictícia: t     t ef (dias)
30

Onde:
 Ti: Temperatura média diária do ambiente (ºC).
 t ef é o período, em dias, durante o qual a temperatura média diária do ambiente, Ti, pode
ser admitida constante.
 α é o coeficiente dependente da velocidade de endurecimento do cimento. Na falta de
dados experimentais permite-se o emprego dos valores constantes da Tabela A.1.

Tabela A.1: Valores da fluência e da retração em função da velocidade de endurecimento do


cimento.
α
Cimento Portland (CP)
Fluência Retração
De endurecimento lento (CP III e CP IV) 1
De endurecimento normal (CP I e CP II) 2 1
De endurecimento lento (CP V-ARI) 3

2 Ac
Espessura fictícia: h fic  
u ar
Onde:
 γ: coeficiente que depende da umidade relativa do ambiente (U ) e pode ser
calculado pela equação:   1  e ( 7,80,1U ) (caso esteja na água γ=30).
Ac: Área da seção transversal da peça.
uar: Parte do perímetro externo da seção transversal da peça em contato com o ar.

Valor da retração: εcs (t,t0)

 cs (t , t0 )   cs  s (t )   s (t0 )

Onde:
 s(t) ou s(t0): Coeficiente relativo à retração, no instante t ou t0.
 t: é a idade fictícia do concreto no instante considerado, em dias;
 t0: é a idade fictícia do concreto no instante em que o efeito da retração na peça começa a
ser considerado, em dias.

 cs  1s   2 s (valor final da retração)

33  2h fic
2s  (com hfic em cm)
20,8  3h fic
 U U² 
 1s    6,16    10
4
 5cm < Slump < 9cm
 484 1590 
 U U² 
 1s  0,75    6,16    10
4
 Slump ≤ 4cm
 484 1590 
77
 U U² 
 1s  1,25    6,16    10
4
 Slump ≥10cm
 484 1590 
 A  40

3 2
 t   t   t 
   A   B   B  116h³  282h²  220h  4,8

s   3   100   100 
100
2 C  2,5h³  8,8h  40,7
 t   t   t   D  75h³  585h²  496h  6,8
   C   D  E 
 100   100   100 
 E  169h 4  88h³  584h²  39h  0,8
Onde h é a espessura fictícia em metros e t o tempo em dias (≥ 3 dias)

Valor da fluência φ(t,t0)

 (t , t 0 )   a   f  f (t )   f (t 0 )   d   d

 f c (t 0 ) 
 a  0,81    Coeficiente de fluência rápida
 f c (t  ) 
 f  1c   2c  Valor final do coeficiente de deformação lenta irreversível
1c  4,45  0,035 U  5cm < Slump < 9cm
1c  0,75  (4,45  0,035  U )  Slump ≤ 4cm
1c  1,25  (4,45  0,035  U )  Slump ≥10cm
42  h fic
 2c  (com hfic em cm)
20  h fic
 A  42h³  350h²  588h  113
 B  768h³  3060h²  323h  23
t²  At  B 
s  
t²  C t  D C  200h³  13h²  1090h  183
 D  7579h³  31916h²  35343h  1931

 d  0,4  Valor final do coeficiente de deformação lenta reversível.


t  t 0  20
d   Coeficiente de deformação lenta reversível.
t  t 0  70

78
Anexo B: Características dos fios e cordoalhas
Tabela B.1: Características dos fios com relaxação normal (NBR 7482:2008).
Diâmetro Área nominal Alongamento
Designação nominal da seção fptk (MPa) fpyk (MPa) após ruptura
(mm) (mm²) (%)
CP – 150 RN 8 8 1500 1280 6
50,3
CP – 160 RN 8 8 1600 1360 5
CP – 150 RN 7 7 1500 1280 6
38,5
CP – 160 RN 7 7 1600 1360 5
CP – 150 RN 6 6 1500 1280 6
28,3
CP – 160 RN 6 6 1600 1360 5
CP – 150 RN 5 5 1500 1280 6
19,6
CP – 160 RN 5 5 1600 1360 5
CP – 160 RN 4 4 1600 1360 5
12,6
CP – 170 RN 4 4 1700 1490 5

Tabela B.2: Características dos fios com relaxação baixa (NBR 7482:2008).
Diâmetro Área nominal Alongamento
Designação nominal da seção fptk (MPa) fpyk (MPa) após ruptura
(mm) (mm²) (%)
CP – 150 RB 8 8 1500 1350 6
50,3
CP – 160 RB 8 8 1600 1440 5
CP – 150 RB 7 7 1500 1350 6
38,5
CP – 160 RB 7 7 1600 1440 5
CP – 150 RB 6 6 1500 1350 6
28,3
CP – 160 RB 6 6 1600 1440 5
CP – 150 RB 5 5 1500 1350 6
19,6
CP – 160 RB 5 5 1600 1440 5
CP – 160 RB 4 4 1600 1440 5
12,6
CP – 170 RB 4 4 1700 1580 5

Tabela B.3: Características das cordoalhas de três fios para protensão (NBR 7483:2008).
Diâmetro Área Área Carga de Carga a 1% de Alongamento
Designação nominal aproxima mínima ruptura alongamento após ruptura
(mm) da (mm²) (mm²) (kN) (kN) (%)
CP 190 RB 3x3,0 6,5 21,8 21,5 40,8 36,7
CP 190 RB 3x3,5 7,6 30,3 30,0 57,0 51,3
CP 190 RB 3x4,0 8,8 38,3 37,6 71,4 64,3
CP 190 RB 3x4,5 9,6 46,5 46,2 87,7 78,9
CP 190 RB 3x5,0 11,1 66,5 65,7 124,8 112,3
3,5
CP 210 RB 3x3,0 6,5 21,8 21,5 45,1 40,6
CP 210 RB 3x3,5 7,6 30,3 30,0 63,0 56,7
CP 210 RB 3x4,0 8,8 38,3 37,6 78,9 74,4
CP 210 RB 3x4,5 9,6 46,5 46,2 96,9 87,2
CP 210 RB 3x5,0 11,1 66,5 65,7 137,9 124,1

79
Tabela B.4: Características das cordoalhas de sete fios para protensão (NBR 7483:2008).
Diâmetro Área Área Carga de Carga a 1% de Alongamento
Designação nominal nominal mínima ruptura alongamento após ruptura
(mm) (mm²) (mm²) (kN) (kN) (%)
CP 190 RB 9,5 9,5 56,2 54,9 104,3 93,9
CP 190 RB 12,7 12,7 100,9 98,6 187,3 168,6
CP 190 RB 15,2 15,2 143,4 139,9 265,8 239,2
3,5
CP 210 RB 9,5 9,5 56,2 54,9 115,3 103,8
CP 210 RB 12,7 12,7 100,9 98,6 207,0 186,3
CP 210 RB 15,2 15,2 143,4 139,9 293,8 264,4

Tabela B.5: Características dos fios para protensão (fornecedor Belgo).


Diâmetro Área Área Alongamento
fptk fpyk
Produto nominal nominal mínima após ruptura
(MPa) (MPa)
(mm) (mm²) (mm²) (%)
CP 145 RB L 9,0 63,6 62,9 1450 1310 6,0
CP 150 RB L 8,0 50,3 49,6 1500 1350 6,0
CP 170 RB E 7,0 38,5 37,9 1700 1530 5,0
CP 170 RB L 7,0 38,5 37,9 1700 1530 5,0
CP 170 RN E 7,0 38,5 37,9 1700 1450 5,0
CP 175 RB E 4,0 12,6 12,3 1750 1580 5,0
CP 175 RB E 5,0 19,6 19,2 1750 1580 5,0
CP 175 RB E 6,0 28,3 27,8 1750 1580 5,0
CP 175 RB L 5,0 19,6 19,2 1750 1580 5,0
CP 175 RB L 6,0 28,3 27,8 1750 1580 5,0
CP 175 RN E 4,0 12,6 12,3 1750 1490 5,0
CP 175 RN E 5,0 19,6 19,2 1750 1490 5,0
CP 175 RN E 6,0 28,3 27,8 1750 1490 5,0
L=Liso; E=Entalhado

Tabela B.6: Características das cordoalhas para protensão (fornecedor Belgo).


Diâmetro Área Área Carga de Carga a 1% de Alongamento
Produto nominal nominal mínima ruptura alongamento após ruptura
(mm) (mm²) (mm²) (kN) (kN) (%)
CP 190 RB 3x3,0 6,5 21,8 21,5 40,8 36,7 3,5
CP 190 RB 3x3,5 7,6 30,3 30,0 57,0 51,3 3,5
CP 190 RB 3x4,0 8,8 38,3 37,6 71,4 64,3 3,5
CP 190 RB 3x4,5 9,6 46,5 46,2 87,7 78,9 3,5
CP 190 RB 3x5,0 11,1 66,5 65,7 124,8 112,3 3,5
CP 190 RB 9,5 9,5 55,5 54,8 104,3 93,9 3,5
CP 190 RB 12,5 12,7 101,4 98,7 187,3 168,6 3,5
CP 190 RB 15,2 15,2 143,5 140,0 265,8 239,2 3,5

80
Anexo C: Implementação da sub-rotina para cálculo das propriedades geométricas
Sub Prop_Geom()
Dim a(5), y(5), ycg(5) As Single

'Leitura dos dados

'Restrições das dimensões da seção (TS: Tipo de seção)


If TS = 1 Then
bf1 = 0
hf1 = 0
C1 = 0
C2 = 0
hf2 = 0
bf2 = 0
per = 2 * (hw + tw)
End If

If TS = 2 Then
hf1 = 0
hw = 0
C2 = 0
hf2 = 0
bf2 = 0
per = bf1 + tw + 2 * ((bf1 - tw) ^ 2 / 4 + C1 ^ 2) ^ 0.5
End If

If TS = 3 Then
bf1 = 0
hf1 = 0
C1 = 0
C2 = 0
per = 2 * bf2 + 2 * (hw + hf2)
End If

If TS = 4 Then
C1 = 0
C2 = 0
per = 2 * (bf1 + bf2 - tw) + 2 * (hf1 + hf2 + hw)
End If

If TS = 5 Then
D1 = ((bf1 - tw) ^ 2 / 4 + C1 ^ 2) ^ 0.5
D2 = ((bf2 - tw) ^ 2 / 4 + C2 ^ 2) ^ 0.5
per = bf1 + bf2 + 2 * (hf1 + hf2 + hw + D1 + D2)
End If

'Áreas
a(1) = bf1 * hf1
a(2) = C1 * (bf1 - tw) / 2
81
a(3) = tw * (hw + C1 + C2)
a(4) = C2 * (bf2 - tw) / 2
a(5) = bf2 * hf2

'Altura do centro de gravidade de A(i)


y(1) = hf1 / 2
y(2) = hf1 + C1 / 3
y(3) = hf1 + (hw + C1 + C2) / 2
y(4) = hf1 + C1 + hw + 2 * C2 / 3
y(5) = hf1 + C1 + hw + C2 + hf2 / 2

'Cálculo da posicão da linha neutra


SomProd = 0
Som = 0
For j = 1 To 5
SomProd = SomProd + a(j) * y(j)
Som = a(j) + Som
Next j
yinf = SomProd / Som
ysup = hf1 + C1 + hw + C2 + hf2 - yinf

'Cálculo do momento de inércia


For j = 1 To 5
ycg(j) = y(j) - yinf
Next j

I1 = bf1 * hf1 ^ 3 / 12 + a(1) * ycg(1) ^ 2


I2 = (bf1 - tw) * C1 ^ 3 / 36 + a(2) * ycg(2) ^ 2
I3 = tw * (hw + C1 + C2) ^ 3 / 12 + a(3) * ycg(3) ^ 2
I4 = (bf2 - tw) * C2 ^ 3 / 36 + a(4) * ycg(4) ^ 2
I5 = bf2 * hf2 ^ 3 / 12 + a(5) * ycg(5) ^ 2
I = I1 + I2 + I3 + I4 + I5
area = Som
g1 = area * gama_conc / 10000

Winf = I / yinf
Wsup = I / ysup

e_p = yinf - y1 'Excentricidade do cabo de protensão no meio da viga

End Sub

OBS: Deve-se incluir na sub-rotina as partes referentes à entrada e saída de dados.

82
Anexo D: Implementação da sub-rotina para cálculo das propriedades geométricas da seção
homogênea e esforço cortante e momento fletor nas seções a serem analisadas

Sub Prop_Geom_H()

'Calculo da posicao da linha neutra


Ecj = 5600 * fcj ^ 0.5 'Modulo de elasticidade do concreto na idade j
alpha = Ep / Ecj
Ap_eq = (alpha - 1) * Ap 'Area de aco equivalente
Ach = Ap_eq + Ac
yh_inf = (Ac * yinf + Ap_eq * yp) / Ach
yh_sup = yinf + ysup - yh_inf

'Calculo do momento de inércia


Ih = I + Ac * (yinf - yh_inf) ^ 2 + Ap_eq * (yinf - yp) ^ 2

'Modulos elásticos
Wh_inf = Ih / yh_inf
Wh_sup = Ih / yh_sup

End Sub

Sub Calc_Cort(p, L) 'Momentos atuantes nas seções transversais


Dim V(11), x(j)

For j = 1 To 11
V(j) = p * L / 2 - p * x(j)
Next j

End Sub

Sub Calc_Mom(p, L, col) 'Momentos atuantes nas seções transversais


Dim M(j), x(j)

For j = 1 To 11
M = p * L / 2 * x(j) - p * x(j) ^ 2 / 2
Next j

End Sub

OBS: Deve-se incluir nas sub-rotinas acima as partes referentes à entrada e saída de dados
quando pertinentes.

83
Anexo E: Implementação da sub-rotina para cálculo dos coeficientes de retração e fluência
Sub Calcular_Fluencia_Retracao(fi_t_t0, epson_cs)
Dim t(12), deltaT(12)

'Variáveis adotadas
't(12): Temperatura de cada mês
'deltaT(12): Tempo de cada mês
'Cimento: Tipo de cimento utilizado
'U: Umidade relativa do ar
'Per: Perimetro da secao transversal
'Ac: Área de concreto
'Tzero: Tempo de transferenci a da protencao
'tinf: Tempo infinito para calculo de P infinito
'fc_0: fck de transferencia
'fck: fck do concreto
'Slump: Slump (abatimento) do concreto

If Cimento = "CP I" Then alpha = 2


If Cimento = "CP II" Then alpha = 2
If Cimento = "CP III" Then alpha = 1
If Cimento = "CP IV" Then alpha = 1
If Cimento = "CP V" Then alpha = 3

'Cálculo da espessura fictícia


gama = 1 + Exp(-7.8 + 0.1 * U)
hfic = gama * 2 * Ac / per

'Cálculo da idade fictícia


somat = 0
For j = 1 To 12
somat = somat + (t(j) + 10) / 30 * deltaT(j)
Next j
t_zero = alpha * somat * tzero / 365
t_inf = alpha * somat * tinf
'===========================Cálculo da fluencia=========================
fi_a = 0.8 * (1 - fc_0 / fck)
fi_1c = 4.45 - 0.035 * U
If Slump < 5 Then fi_1c = 0.75 * (4.45 - 0.035 * U)
If Slump > 9 Then fi_1c = 1.25 * (4.45 - 0.035 * U)
fi_2c = (42 + hfic) / (20 + hfic)
fi_finf = fi_1c * fi_2c
beta_d = (t_inf - t_zero + 20) / (t_inf - t_zero + 70)
h = hfic / 100
a = 42 * h ^ 3 - 350 * h ^ 2 + 588 * h + 113
B = 768 * h ^ 3 - 3060 * h ^ 2 + 3234 * h - 23
c = -200 * h ^ 3 + 13 * h ^ 2 + 1090 * h + 183
d = 7579 * h ^ 3 - 31916 * h ^ 2 + 35343 * h + 1931

beta_f0 = (t_zero ^ 2 + a * t_zero + B) / (t_zero ^ 2 + c * t_zero + d)


84
beta_finf = (t_inf ^ 2 + a * t_inf + B) / (t_inf ^ 2 + c * t_inf + d)

fi_t_t0 = fi_a + fi_finf * (beta_finf - beta_f0) + 0.4 * beta_d 'Coeficiente de fluencia


'==================================================================

'=========================Cálculo da retração===========================
'Cálculo da idade fictícia
somat = 0
For j = 1 To 12
somat = somat + (t(j) + 10) / 30 * deltaT(j)
Next j
t_0 = somat * tzero / 365
t_1 = somat * tinf

EPSON_CS1 = (-6.16 - U / 484 + U ^ 2 / 1590) * 10 ^ -4


If Slump <= 4 Then EPSON_CS1 = 0.75 * EPSON_CS1
If Slump >= 10 Then EPSON_CS1 = 1.25 * EPSON_CS1

EPSON_CS2 = (33 + 2 * hfic) / (20.8 + 3 * hfic)


epson_csinf = EPSON_CS1 * EPSON_CS2

a = 40
B = 116 * h ^ 3 - 282 * h ^ 2 + 220 * h - 4.8
c = 2.5 * h ^ 3 - 8.8 * h + 40.7
d = -75 * h ^ 3 + 585 * h ^ 2 + 496 * h - 6.8
E = -169 * h ^ 4 + 88 * h ^ 3 + 584 * h ^ 2 - 39 * h + 0.8

t0 = t_0 / 100
T1 = t_1 / 100
beta_s_t0 = (t0 ^ 3 + a * t0 ^ 2 + B * t0) / (t0 ^ 3 + c * t0 ^ 2 + d * t0 + E)
beta_s_tinf = (T1 ^ 3 + a * T1 ^ 2 + B * T1) / (T1 ^ 3 + c * T1 ^ 2 + d * T1 + E)

epson_cs = epson_csinf * (beta_s_tinf - beta_s_t0)


'==================================================================

End Sub

OBS: Deve-se incluir na sub-rotina as partes referentes à entrada e saída de dados.

85
Anexo F: Implementação da sub-rotina para cálculo das perdas por acomodação das
ancoragens e perdas por atrito.

Sub Perdas_Atr_Anc(y1, y2, yinf, L, XL, Lpista, sigma_i, Ep, d, mi, k, Lado, TP, CONFIG,
deltaSanc)

Dim x(101), alfa(101), sigmaPx(101), deltaAp(101), desloc(101), sigmaP0(101), y(101),


ecp(101)
Ndiv = 100
a = (y2 - y1) / 100

'Variáveis acessórias
If Lado = 1 Then lim = Ndiv + 1
If Lado = 2 Then lim = Ndiv / 2 + 1
'===================calcular x(i), alfa(i) e SigmaP(x)========================
deltaX = L / Ndiv
x(1) = 0

'Calcular x(i)
For I = 2 To Ndiv + 1
x(I) = x(I - 1) + deltaX
Next I
'========================== Calcular alfa(i) e y(i)=========================
alfa(1) = 0
If CONFIG = 1 Then
y(1) = 0
For I = 2 To Ndiv + 1
alfa(I) = 0
y(I) = 0
Next I
End If

If CONFIG = 2 Then
y(1) = y2 - y1
alfa0 = 2 * a / L
If Lado = 1 Then
For I = 2 To Ndiv + 1
If I <= Ndiv / 2 Then alfa(I) = 0
If I > Ndiv / 2 Then alfa(I) = 2 * alfa0
If I <= Ndiv / 2 Then y(I) = y2 - y1 - 2 * (y2 - y1) / L * x(I)
If I > Ndiv / 2 Then y(I) = 2 * (y2 - y1) / L * (x(I) - L / 2)
Next I
Else
For I = 2 To Ndiv + 1
alfa(I) = 0
If I <= Ndiv / 2 Then y(I) = y2 - y1 - 2 * (y2 - y1) / L * x(I)
If I > Ndiv / 2 Then y(I) = 2 * (y2 - y1) / L * (x(I) - L / 2)
Next I
End If
End If
86
If CONFIG = 3 Then
y(1) = y2 - y1
If Lado = 1 Then
For I = 2 To Ndiv + 1
alfa(I) = 8 * a * x(I) / L ^ 2
y(I) = 4 * (y2 - y1) / L ^ 2 * (x(I) - L / 2) ^ 2
Next I
Else
For I = 2 To Ndiv / 2 + 1
alfa(I) = 8 * a * x(I) / L ^ 2
y(I) = 4 * (y2 - y1) / L ^ 2 * (x(I) - L / 2) ^ 2
Next I
For I = Ndiv / 2 + 2 To Ndiv + 1
alfa(I) = alfa(Ndiv + 2 - I)
y(I) = 4 * (y2 - y1) / L ^ 2 * (x(I) - L / 2) ^ 2
Next I
End If
End If

If CONFIG = 4 Then
y(1) = y2 - y1
alfa0 = a / XL
If Lado = 1 Then
For I = 2 To Ndiv + 1
If x(I) <= XL Then alfa(I) = 0
If x(I) > XL And x(I) <= L - XL Then alfa(I) = alfa0
If x(I) > L - XL Then alfa(I) = 2 * alfa0
If x(I) <= XL Then y(I) = y2 - y1 - (y2 - y1) / XL * x(I)
If x(I) > XL And x(I) <= L Then y(I) = 0
If x(I) > L - XL Then y(I) = (y2 - y1) / XL * (x(I) - (L - XL))
Next I
Else 'Lado=2
For I = 2 To Ndiv + 1
If x(I) <= XL Then alfa(I) = 0
If x(I) > XL And x(I) <= L - XL Then alfa(I) = alfa0
If x(I) > L - XL Then alfa(I) = 0
If x(I) <= XL Then y(I) = y2 - y1 - (y2 - y1) / XL * x(I)
If x(I) > XL And x(I) <= L Then y(I) = 0
If x(I) > L - XL Then y(I) = (y2 - y1) / XL * (x(I) - (L - XL))
Next I
End If
End If

If CONFIG = 5 Then
y(1) = y2 - y1
alfaM = 2 * a / XL
If Lado = 1 Then
For I = 2 To Ndiv + 1
If x(I) <= XL Then alfa(I) = 2 * a * x(I) / XL ^ 2
87
If x(I) > XL And x(I) <= L - XL Then alfa(I) = alfaM
If x(I) > L - XL Then alfa(I) = 2 * a * (x(I) - (L - 2 * XL)) / XL ^ 2
If x(I) <= XL Then y(I) = (y2 - y1) / XL ^ 2 * (x(I) - XL) ^ 2
If x(I) > XL And x(I) <= L - XL Then y(I) = 0
If x(I) > L - XL Then y(I) = (y2 - y1) / XL ^ 2 * (x(I) - (L - XL)) ^ 2
Next I
Else
For I = 2 To Ndiv / 2 + 1
If x(I) <= XL Then alfa(I) = 2 * a * x(I) / XL ^ 2
If x(I) > XL And x(I) <= L - XL Then alfa(I) = alfaM
If x(I) > L - XL Then alfa(I) = 2 * a * (x(I) - (L - 2 * XL)) / XL ^ 2
If x(I) <= XL Then y(I) = (y2 - y1) / XL ^ 2 * (x(I) - XL) ^ 2
If x(I) > XL And x(I) <= L - XL Then y(I) = 0
Next I
'Rebater valores
For I = Ndiv / 2 + 2 To Ndiv + 1
alfa(I) = alfa(Ndiv + 2 - I)
y(I) = y(Ndiv + 2 - I)
Next I
End If
End If

'Calcular ecp(j)
For j = 1 To 101
ecp(j) = yinf - y1 - y(j)
Next j

'Calcular SigmaP(x)
If TP = 1 Then k = 0
sigmaPx(1) = sigma_i

If Lado = 1 Then
For I = 2 To Ndiv + 1
sigmaPx(I) = sigma_i * Exp(-mi * (alfa(I) + k * x(I)))
Next I
Else
For I = 2 To Ndiv / 2 + 1
sigmaPx(I) = sigma_i * Exp(-mi * (alfa(I) + k * x(I)))
Next I
For I = Ndiv / 2 + 2 To Ndiv + 1
sigmaPx(I) = sigmaPx(Ndiv + 2 - I)
Next I
End If

'=====================Calcular alongamento do cabo========================


If TP = 2 Then
area = 0
For I = 1 To lim - 1
area = area + (sigmaPx(I) + sigmaPx(I + 1)) / 2 * deltaX
Next I
88
If Lado = 2 Then area = 2 * area
alongamento = 1000 * area / Ep 'Alongamento do cabo de protensao (cm)
Else
alongamento = sigma_i / Ep * Lpista * 100 'Alongamento do cabo de protensao (cm)
End If

'======================Calcular deltaAp, desloc==========================


deltaAp(1) = 0
For j = 1 To lim
aux = 0
For I = 1 To j - 1
aux = aux + (sigmaPx(I) + sigmaPx(I + 1) - 2 * sigmaPx(j)) * deltaX 'deltaX=(x(i +
1) - x(i))
Next I
deltaAp(j) = aux
desloc(j) = 1000 * aux / Ep
Next j

If Lado = 2 Then 'rebater os valores


For j = Ndiv / 2 + 2 To Ndiv + 1
deltaAp(j) = deltaAp(Ndiv + 2 - j)
desloc(j) = desloc(Ndiv + 2 - j)
Next j
End If

'===================Calcular a(m) = aL interpolando========================


I=1
deltaSigma2 = 0

Do While desloc(I) < d


I=I+1
If I = lim Then Exit Do
Loop

If I = 1 Then
aL = 0
Else
If I = lim Then
aL = L
If Lado = 1 Then
deltaSigma2 = 2 * (d * Ep / 1000 - deltaAp(lim)) / L
sigmaPx_aL = sigmaPx(Ndiv + 1) 'Tensao correspontende a aL - sigmaPx_aL
Else
deltaSigma2 = (d * Ep / 1000 - deltaAp(lim)) / L
sigmaPx_aL = sigmaPx(Ndiv / 2 + 1) 'Tensao correspontende a aL - sigmaPx_aL
End If
Else
aL = x(I - 1) + (x(I) - x(I - 1)) * (d - desloc(I - 1)) / (desloc(I) - desloc(I - 1))
alfa_aL = alfa(I - 1) + (alfa(I) - alfa(I - 1)) * (d - desloc(I - 1)) / (desloc(I) - desloc(I -
1))
89
sigmaPx_aL = sigma_i * Exp(-mi * (alfa_aL + k * aL)) 'Tensao correspontende a aL
- sigmaPx_aL
deltaSigma2 = 0
End If
End If

'==========================Calcualar sigmaP0(x)========================
If TP = 1 Then 'Pre-tracao
deltaSPanc = Ep * (d / 1000) / Lpista
For I = 1 To Ndiv + 1
sigmaP0(I) = sigmaPx(I) - deltaSPanc
Next I
Else 'Pos-tracao
For I = 1 To lim
deltaSigma = 2 * (sigmaPx(I) - sigmaPx_aL) + deltaSigma2
If x(I) > aL Then deltaSigma = 0
sigmaP0(I) = sigmaPx(I) - deltaSigma
Next I
'Rebater sigmaP0(i)
If Lado = 2 Then
For I = lim + 1 To Ndiv + 1
sigmaP0(I) = sigmaP0(Ndiv + 2 - I)
Next I
End If
End If

deltaSanc = sigma_i - sigmaP0(1)

'Impressao dos resultados

End Sub

OBS: Deve-se incluir na sub-rotina a parte de entrada e saída dos resultados.

90
Anexo G: Implementação da sub-rotina para cálculo das perdas por encurtamento elástico
do concreto, retração e fluência

Sub Perdas_Elasticas(Ep, Ec, Ap, e_p, TP, Sa, Mg, N, deltaSe)

If VigaApoiada = true Then Mg = 0 'Viga totalmente apoiada

Pa = Sa * Ap / 100 'Força ancorada - kN*10


alfa = Ep / Ec
sigma_CP = Pa / Ah + Pa * e_p ^ 2 / Ih - Mg * e_p / Ih * 10 ^ 3

If TP = 1 Then
deltaSe = alfa * sigma_CP
End If

If TP = 2 Then
If ProtSucess = true Then 'Protensao sucessiva dos cabos
deltaSe = 0
Else
deltaSe = (N - 1) / (2 * N) * alfa * sigma_CP 'Perda média
End If
End If

End Sub

Sub Perdas_Retr_Fluen(Ep, Ec, e_p, Ap, Mg, epson_cs, fi_t_t0, S0, deltaScs, deltaScc)

If VigaApoiada = true Then Mg = 0 'Totalmente apoiada

P0 = S0 * Ap / 100 'MPa*cm2
alfa = Ep / Ec

'Perdas por retração do concreto


deltaScs = Ep * Abs(epson_cs)

'Perdas por fluência do concreto


SigmaC_P0 = P0 / Ah + P0 * e_p ^ 2 / Ih - Mg * e_p / Ih * 10 ^ 3
deltaScc = alfa * fi_t_t0 * SigmaC_P0

End Sub

91
Anexo H: Implementação da sub-rotina para cálculo das perdas por relaxação da armadura
Sub Perdas_Relax(sigma_i, fptk, t, t0, TP, TA, REL, TEMPO, deltaSr, fi_REL)
'Variáveis
'TP: 1-Pre-tracao; 2-Pos-tracao TA: 1-Fio; 2-Cordoalha
'REL: 1-RB; 2-RN Tempo=1: Para relaxação inicial; Tempo=1: Para relaxação posterior
'Cálculo de fi_1000
R = sigma_i / fptk
If TP = 2 And TEMPO = 1 Then
deltaP = 0
Else
If R <= 0.5 Then
fi_1000 = 0
GoTo a
End If
If R > 0.5 And R <= 0.6 Then
ri = 0.5
If TA = 1 Then
If REL = 1 Then
f1 = 0
F2 = 1
Else
f1 = 0
F2 = 2.5
End If
Else
If REL = 1 Then
f1 = 0
F2 = 1.3
Else
f1 = 0
F2 = 3.7
End If
End If
End If
If R > 0.6 And R <= 0.7 Then
ri = 0.6
If TA = 1 Then
If REL = 1 Then
f1 = 1
F2 = 2
Else
f1 = 2.5
F2 = 5
End If
Else
If REL = 1 Then
f1 = 1.3
F2 = 2.5
Else
92
f1 = 3.7
F2 = 7
End If
End If
End If
If R > 0.7 And R <= 0.8 Then
ri = 0.7
If TA = 1 Then
If REL = 1 Then
f1 = 2
F2 = 3
Else
f1 = 5
F2 = 8.5
End If
Else
If REL = 1 Then
f1 = 2.5
F2 = 3.5
Else
f1 = 7
F2 = 12
End If
End If
End If
If R > 0.8 Then
If TA = 1 Then
If REL = 1 Then
fi_1000 = 3
GoTo a
Else
fi_1000 = 8.5
GoTo a
End If
Else
If REL = 1 Then
fi_1000 = 3.5
GoTo a
Else
fi_1000 = 12
GoTo a
End If
End If
End If
fi_1000 = f1 + (R - ri) / 0.1 * (F2 - f1)
End If
a:
fi_REL = fi_1000 * ((t - t0) * 24 / 1000) ^ 0.15
deltaSr = fi_REL / 100 * sigma_i
End Sub
93
Anexo I: Implementação da sub-rotina para cálculo das perdas posteriores pelo processo
simplificado e aproximado da NBR 6118

Sub Perdas_NBR(Ep, Ec, Ap, e_p, Ac, Ic, SP0, Mg, fi_t_t0, epson_cs, fi_REL, REL, TPP,
deltaS_NBR1, deltaS_NBR2)

If VigaApoiada = True Then Mg = 0 'Totalmente apoiada

P0 = SP0 * Ap / 100
S_c_P0g = P0 / Ah + P0 * e_p ^ 2 / Ih - Mg * e_p / Ih * 10 ^ 3

'===========================Processo simplificado========================
alfa = Ep / Ec
eta = 1 + e_p ^ 2 * Ac / Ic
ro_p = (Ap / 100) / Ac
qsi = -Log(1 - fi_REL / 100)
qsi_p = 1 + qsi
qsi_c = 1 + 0.5 * fi_t_t0

deltaS_NBR1 = (epson_cs * Ep - alfa * S_c_P0g * fi_t_t0 - SP0 * qsi) _


/ (qsi_p + qsi_c * alfa * eta * ro_p)
deltaS_NBR1 = Abs(deltaS_NBR1)
'==================================================================

'==========================Processo aproximado=========================
If REL = 1 Then 'RB
deltaP_P0 = 7.4 + alfa / 18.7 * fi_t_t0 ^ 1.07 * (3 + S_c_P0g)
Else 'RN
deltaP_P0 = 18.1 + alfa / 47 * fi_t_t0 ^ 1.57 * (3 + S_c_P0g)
End If
deltaS_NBR2 = (deltaP_P0 / 100) * SP0
'==================================================================

End Sub

94
Anexo J: Implementação da sub-rotina para processamento dos cálculos
Sub Calcular_Pinf_e_Perdas()
Dim sigmaP0(11), sigmaPinf(11), incl(11), x(11), Vp_inf(11), Pinf_j(11)

ERRO = 0
'Calculos preliminares
Ec = 5600 * fck ^ 0.5
Ecj = 5600 * fckj ^ 0.5

'Momentos atuantes - kNm


Mg1 = G1 * L ^ 2 / 8
Mg2 = G2 * L ^ 2 / 8
Mq1 = q1 * L ^ 2 / 8
Mq2 = q2 * L ^ 2 / 8
Mg = Mg1 + Mg2

'Tensoes atuantes - kN/m2


Sinf_g1 = Mg1 / Winf * 10 ^ 6
Sinf_g2 = Mg2 / Winf * 10 ^ 6
Sinf_q1 = Mq1 / Winf * 10 ^ 6
Sinf_q2 = Mq2 / Winf * 10 ^ 6
Ssup_g1 = -Mg1 / Wsup * 10 ^ 6
Ssup_g2 = -Mg2 / Wsup * 10 ^ 6
Ssup_q1 = -Mq1 / Wsup * 10 ^ 6
Ssup_q2 = -Mq2 / Wsup * 10 ^ 6

'===========Tensoes limites do concreto - kN/m2=============


'Para fck
Sc_max = 0.7 * fck * 1000
St_max = 0.21 * fck ^ (2 / 3) * 1000
'Influencia do tipo de secao
If TS = 1 Then
St_max = St_max * 1.5
Else
St_max = St_max * 1.2
End If
'Para fckj
Scj_max = 0.7 * fckj * 1000
Stj_max = 0.21 * fckj ^ (2 / 3) * 1000
'Influencia do tipo de secao
If TS = 1 Then
Stj_max = Stj_max * 1.5
Else
Stj_max = Stj_max * 1.2
End If
'======================Tensoes limites da armadura - MPa===================
If TP = 1 Then
If REL = 1 Then 'RB
S1 = 0.77 * fptk
95
S2 = 0.85 * fpyk
Sp_lim = S1
If S1 > S2 Then Sp_lim = S2
Else 'RN
S1 = 0.77 * fptk
S2 = 0.9 * fpyk
Sp_lim = S1
If S1 > S2 Then Sp_lim = S2
End If
Else
If REL = 1 Then 'RB
S1 = 0.74 * fptk
S2 = 0.82 * fpyk
Sp_lim = S1
If S1 > S2 Then Sp_lim = S2
Else 'RN
S1 = 0.74 * fptk
S2 = 0.87 * fpyk
Sp_lim = S1
If S1 > S2 Then Sp_lim = S2
End If
End If

'===================DETERMINAR SIGMA Pinf ESTIMADO================


'NP: Nivel de protensao
If NP = 2 Then 'Protensao limitada
'Verificacao para o ELS-D
S_Pinf1 = Sinf_g1 + Sinf_g2 + fi2 * Sinf_q1 + fi2 * Sinf_q2
'Verificacao para o ELS-F
S_Pinf2 = Sinf_g1 + Sinf_g2 + fi1 * Sinf_q1 + fi2 * Sinf_q2 - St_max
S_Pinf = S_Pinf1
End If
If NP = 3 Then 'Protensao completa
'Verificacao para o ELS-D
S_Pinf1 = Sinf_g1 + Sinf_g2 + fi1 * Sinf_q1 + fi2 * Sinf_q2
'Verificacao para o ELS-F
S_Pinf2 = Sinf_g1 + Sinf_g2 + Sinf_q1 + fi1 * Sinf_q2 - St_max
S_Pinf = S_Pinf1
End If

'Verificar geometria do cabo de protensao


If e_p < 0 Then aq = MsgBox("O CG do cabo de protensao está acima do CG da seção de
concreto", Title:="Mensagem")

If (1 / Ac + e_p / Winf) <= 0 Then


aq = MsgBox("Impossível de estimar a força de protensão!!!" & Chr(13) _
& "Verifique a geometria do cabo de protensao!!!", Title:="Mensagem")
ERRO = 1
Exit Sub
End If
96
Pi_inf = S_Pinf / (1 / Ac + e_p / Winf) * 10 ^ -4
Pi_est = Pi_inf / (1 - deltaP / 100)

'================DETERMINAR Pi_ef ESTIMADO e Ap_ef===================


Ap_est = Pi_est / Sp_lim * 10 ^ 3
N_fi = Int(Ap_est / Ap1fi) + 1
Nfi_1.Show 'Exibe mensagem de confirmacao do Número de barras
Ap_ef = N_fi * Ap1fi
Pi_ef = Ap_ef * Sp_lim / 1000
Prop_Geom_H 'Executa a subrotina para calculo das propriedades geométricas homogenea

'========================= Calculo das perdas ========================


'Perdas iniciais
Perdas_Atr_Anc y1, y2, yinf, L, XL, Lpista, Sp_lim, Ep, d, mi, k, Lado, TP, CONFIG,
deltaSanc 'Perdas por Atrito e nas ancoragens

Perdas_Relax Sp_lim, fptk, tzero, 0, TP, TA, REL, 1, deltaSr, fi_REL 'Relaxação
deltaSri = deltaSr
Sa = Sp_lim - deltaSanc - deltaSri

Perdas_Elasticas Ep, Ecj, Ap_ef, e_p, TP, Sa, Mg, N_fi, deltaSe 'Elásticas
deltaSex1 = deltaP1 * Sp_lim / 100
SP0 = Sa - deltaSe - deltaSex1

'Perdas Progressivas posteriores


Calcular_Fluencia_Retracao fi_t_t0, epson_cs 'Subrotina para cálculo da Fluencia e retracao
'Verificar relacao entre retracao e fluencia
coef = -8 * 10 ^ -5 * fi_t_t0 / epson_cs
If TPP = 3 Then
If coef < 0.75 Or coef > 1.25 Then
aq = MsgBox("A relação entre fluência e retração está fora do intervalo normativo !!!" _
& Chr(13) & "Escolha outro processo de cálculo para as perdas progressivas !!!", _
Title:="Mensagem - Processo Aproximado")
End If
End If

Perdas_Relax SP0, fptk, tinf, tzero, TP, TA, REL, 2, deltaSr, fi_REL 'Perdas devido a
relaxaçao posterior da armadura
deltaSr2 = deltaSr
Perdas_Retr_Fluen Ep, Ec, e_p, Ap_ef, Mg, epson_cs, fi_t_t0, SP0, deltaScs, deltaScc
deltaSpp = deltaSr2 + deltaScs + deltaScc
deltaSex2 = deltaP2 * Sp_lim / 100
Perdas_NBR Ep, Ec, Ap_ef, e_p, Ac, Ic, SP0, Mg, fi_t_t0, epson_cs, fi_REL, REL, TPP,
deltaS_NBR1, deltaS_NBR2

If TPP = 1 Then deltaS_Post = deltaSpp


If TPP = 2 Then deltaS_Post = deltaS_NBR1
If TPP = 3 Then deltaS_Post = deltaS_NBR2
'Calcular sigmaPinf()
For j = 1 To 11
97
sigmaPinf(j) = sigmaP0(j) - deltaS_Post
Next j

'=============ESFORÇOS ATUANTES NA SEÇÃO TRANSVERSAL============


'Momentos atuantes nas secoes transversais
Calc_Mom G1, L 'Devido à carga permanente 1
Calc_Mom G2, L 'Devido à carga permanente 2
Calc_Mom q1, L 'Devido à carga variável 1
Calc_Mom q2, L 'Devido à carga variável 2
qt = 1.4 * (G1 + G2 + q1 + q2)
Calc_Mom qt, L 'Momento solicitante
'Cortantes atuantes nas secoes transversais
Calc_Cort G1, L 'Devido à carga permanente 1
Calc_Cort G2, L 'Devido à carga permanente 2
Calc_Cort q1, L 'Devido à carga variável 1
Calc_Cort q2, L 'Devido à carga variável 2

'Cortante devivo a força de protensao


For j = 1 To 11
'Calcular inclinacao do cabo
If CONFIG = 1 Then incl(j) = 0
If CONFIG = 2 Then
If j < 6 Then incl(j) = -2 * (y2 - y1) / 100 / L
If j >= 6 Then incl(j) = 2 * (y2 - y1) / 100 / L
End If
If CONFIG = 3 Then incl(j) = 8 * (y2 - y1) / 100 / L ^ 2 * (x(j) - L / 2)
If CONFIG = 4 Then
inc0 = (y2 - y1) / XL / 100
If x(j) <= XL Then
incl(j) = -inc0
aux2 = j
End If
If x(j) > XL And x(j) < (L - XL) Then incl(j) = 0
If x(j) >= L - XL Then incl(j) = inc0
End If
If CONFIG = 5 Then
If x(j) <= XL Then incl(j) = 2 * (y2 - y1) / 100 / XL ^ 2 * (x(j) - XL)
If x(j) > XL And x(j) < (L - XL) Then incl(j) = 0
If x(j) >= L - XL Then incl(j) = 2 * (y2 - y1) / 100 / XL ^ 2 * (x(j) + XL - L)
End If
'Calcular VP_inf
Vp_inf(j) = Pinf_j(j) * Sin(incl(j))
Next j

ELU_MF 'Subrotina para cálculos necessários para a verificacao do ELU


CalcularTensoes 'Calcula tensoes na parte suprior e infeior da viga para todas as seções e
'estado em vazio e em serviço
End Sub

OBS: Deve-se incluir na sub-rotina a parte de entrada e saída dos resultados.


98
Anexo K: Implementação da sub-rotina verificação do ELU para Momento fletor
Sub ELU_MF()

For j = 1 To 11
'=========================CÁLCULOS=========================
'Calculos preliminares
Ec = 5600 * fck ^ 0.5
alfa = Ep / Ec
dp = h - (dy + y1)

'Cálculo do pre-alongamento
Pd = 0.9 * (Ap * SP) 'MPa.cm2
S_Pd = Pd / Ac + Pd * e_p ^ 2 / Ic 'MPa
Pnd = (Pd - alfa * Ap * S_Pd) 'MPa.cm2
e_Pnd = 1000 * (Pnd / (Ap * Ep)) '/mil

'Cálculo do momento fletor resistente


Sarb = fpyd

40:
'Determinacao da posicao da linha neutra
If (TS = 1) Or (TS = 2 And bw2 = bw1) Then
xln = Sarb * Ap / (0.68 * (fck / 1.4) * bw) 'cm
End If

If (TS = 2) And (bw2 <> bw1) Then


If bw2 > bw1 Then Scd = 0.85 * fck / 1.4
If bw2 < bw1 Then Scd = 0.8 * fck / 1.4
bb = 2 * bw2 * h / (bw2 - bw1)
cc = Sarb / Scd * Ap * 2 * h / (bw2 - bw1)
dd = bb ^ 2 - 4 * cc 'delta
xln = (bb - dd ^ 0.5) / 2 / 0.8
End If

If TS = 3 Or TS = 4 Or TS = 5 Then
'LN na mesa
xln = Sarb * Ap / (0.68 * fck / 1.4 * bf)
'LN na alma
If 0.8 * xln > hf Then
Ap1 = (bf - bw) * hf * (0.85 * fck / 1.4) / Sarb
xln = Sarb * (Ap - Ap1) / (bw * 0.8 * 0.85 * fck / 1.4)
End If

End If

'Calculo do acrescimo de alongamento


delta_e = 3.5 * (dp - xln) / xln '/mil - Dominio 3
DOMINIO = 3
99
If delta_e > 10 Then 'Domínio 2
delta_e = 10
DOMINIO = 2
End If

epson = e_Pnd + delta_e 'Deformação total da armadura de protensao


'Verificar a tensao arbitrada
epson_pyd = 1000 * fpyd / Ep '/mil

If epson < epson_pyd Then


Scalc = Ep * epson / 1000
Else
Scalc = fpyd + (fptd - fpyd) * (epson - epson_pyd) / (epson_uk - epson_pyd)
End If

'Verificar erro de Sigma_Pd_arb (Sarb)


If Abs(Scalc - Sarb) > 0.1 Then
Sarb = Scalc
GoTo 40
End If

'Cálculo do momento interno resistente


If TS = 1 Or TS = 2 Or ((TS = 3 Or TS = 4 Or TS = 5) And (0.8 * xln <= hf)) Then
ba = dp - 0.4 * xln 'braço de alavanca
MRd = Ap * Scalc * ba / 1000 'kN.m
Else
z1 = dp - hf - (0.8 * xln - hf) / 2
z2 = dp - hf / 2
A1 = bf * hf
A2 = (0.8 * xln - hf) * bw
MRd = 0.85 * fck / 1.4 * (A1 * z1 + A2 * z2) / 1000
End If

End Sub

100
Anexo L: Implementação da sub-rotina para cálculo da área de aço para esforço cortante
Sub Calcular_Asw(Vsd, bw, ModeloDeCalculo, Vrd2, Vc0, M0, Msd, Vc, Aswmin, Asw)

'Calculos preliminares
Pinf = Sinf * Ap / 10 'kN
Msd = 1.4 * (p1 + p2 + p3 + p4) * L ^ 2 / 8 'kNm
M0 = 0.9 * Pinf * (e_p + Winf / Ac) / 100 'kNm
d = h - d_linha 'cm

Pi = 3.14159235354
alpha = alpha * Pi / 180
teta = teta * Pi / 180
av = 1 - fck / 250

'Cálculo de VRd2
If ModeloDeCalculo = 1 Then k1 = 0.5
If ModeloDeCalculo = 2 Then k1 = Sin(teta) ^ 2 * (1 / Tan(alpha) + 1 / Tan(teta))
Vrd2 = k1 * 0.54 * av * fck / 1.4 * bw * d / 10 'kN

'Cálculo de Vc1
fctd = 0.21 * fck ^ (2 / 3) / 1.4 'MPa
Vc0 = 0.6 * fctd * bw * d / 10 'kN
If ModeloDeCalculo = 1 Then Vc1 = Vc0
If ModeloDeCalculo = 2 Then
If Vsd < vco Then
Vc1 = Vc0
Else
Vc1 = Vc0 * ((Vrd2 - Vsd) / (Vrd2 - Vc0))
End If
End If
'Cálculo de Vc
k2 = 1 + M0 / Msd
If k2 > 2 Then k2 = 2
Vc = Vc1 * k2

'Cálculo da área de aço


Vsw = Vsd - Vc
k3 = (1 / Tan(alpha) + 1 / Tan(teta)) * Sin(alpha)
Asw = Vsw / (0.9 * d * fywk / 1.15 * k3) * 10
alpha = alpha * 180 / Pi
Aswmin = 0.06 * fck ^ (2 / 3) / fywk * bw * Sin(alpha * Pi / 180)
If Asw < Aswmin Then Asw = Aswmin

End Sub

101
Anexo M: Implementação da sub-rotina para verificação do nível de protensão utilizado nos
cálculos através do tipo de protensão e Classe de Agressividade Ambiental

Sub Verif_NP()

'Descrição das variáveis


'TP: Tipo de protensão => TP = 1 - Pre-tracao
'TP = 2 - Pos-tracao
'CAA: Classe de Agressividade Ambiental
'NP: Nível de protensão

If TP = 1 Then
If CAA = "II" Or CAA = "I" Then
NP_req = 2
Else
NP_req = 3
End If
End If
If TP = 2 Then NP_req = 2

If NP <> NP_req Then

If TP = 1 Then
If NP < NP_req Then
aq = MsgBox("O nivel de protensao para a CAA " & CAA & " e peças pré-tracionadas
deve ser completa", Title:="Mensagem")
End If

If NP > NP_req Then


aq = MsgBox("O nivel de protensao para a CAA " & CAA & " e peças pré-tracionadas
pode ser limitada", Title:="Mensagem")
End If
End If

If TP = 2 Then
If NP > NP_req Then
aq = MsgBox("O nivel de protensao para a CAA " & CAA & " e peças pós-tracionadas
pode ser limitada", Title:="Mensagem")
End If
End If

End If

End Sub

102

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