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Norma

NP
EN ISO 15330

Portuguesa
2013

Elementos de fixação
Ensaio de pré-carga para a deteção da fragilização por hidrogénio
Método das placas paralelas
(ISO 15330:1999)

Éléments de fixation
Essai de pré charge pour la détection de la fragilisation par l’hydrogène
Méthode des plaques parallèles
(ISO 15330:1999)

Fasteners
Preloading test for the detection of hydrogen embrittlement
Parallel bearing surface method
(ISO 15330:1999)

ICS HOMOLOGAÇÃO
21.060.10 Termo de Homologação n.º 323/2013, de 2013-11-22

CORRESPONDÊNCIA ELABORAÇÃO
Versão portuguesa da EN ISO 15330:1999 CT 9 (INEGI)

EDIÇÃO
novembro de 2013

CÓDIGO DE PREÇO
X005

 IPQ reprodução proibida

Instituto Português da ualidade


Rua António Gião, 2
2829-513 CAPARICA PORTUGAL
Tel. + 351-212 948 100 Fax + 351-212 948 101
E-mail: ipq@ipq.pt Internet: www.ipq.pt
Preâmbulo nacional
À Norma Europeia EN ISO 15330:1999, foi dado o estatuto de Norma Portuguesa em 1999-11-19 (Termo de
Adoção nº 1572/1999, de 1999-11-19).
A presente Norma (EN ISO 15330:1999) foi elaborada pelo Comité Técnico ISO/TC 2, “Fasteners” em
colaboração com o Comité Técnico CEN/TC 185 “Threaded and non-threaded mechanical fasteners and
accessories”, cujo secretariado é assegurado pelo DIN.
NORMA EUROPEIA EN ISO 15330
EUROPÄISCHE NORM
NORME EUROPÉENNE
EUROPEAN STANDARD setembro 1999

ICS: 21.060.10

Versão portuguesa
Elementos de fixação
Ensaio de pré-carga para a deteção da fragilização por hidrogénio
Métodos das placas paralelas
(ISO 15330:1999)

Verbindungselemente Éléments de fixation Fasteners


Verspannungsversuch zur Essai de précharge pour la Preloading test for the
Entdeckung von détection de la fragilisation par detection of hydrogen
Wasserstoffversprödung l’hydrogène embrittlement
Verfahren mit parallelen Méthode des plaques Parallel bearing surface
Auflageflächen parallèles method
(ISO 15330:1999) (ISO 15330:1999) (ISO 15330:1999)

A presente Norma é a versão portuguesa da Norma Europeia EN ISO 15330:1999, e tem o mesmo estatuto
que as versões oficiais. A tradução é da responsabilidade do Instituto Português da Qualidade.
Esta Norma Europeia foi ratificada pelo CEN em 1999-07-21.
Os membros do CEN são obrigados a submeter-se ao Regulamento Interno do CEN/CENELEC que define
as condições de adoção desta Norma Europeia, como norma nacional, sem qualquer modificação.
Podem ser obtidas listas atualizadas e referências bibliográficas relativas às normas nacionais
correspondentes junto do Secretariado Central ou de qualquer dos membros do CEN.
A presente Norma Europeia existe nas três versões oficiais (alemão, francês e inglês). Uma versão noutra
língua, obtida pela tradução, sob responsabilidade de um membro do CEN, para a sua língua nacional, e
notificada ao Secretariado Central, tem o mesmo estatuto que as versões oficiais.
Os membros do CEN são os organismos nacionais de normalização dos seguintes países: Alemanha,
Áustria, Bélgica, Dinamarca, Espanha, Finlândia, França, Grécia, Irlanda, Islândia, Itália, Luxemburgo,
Noruega, Países Baixos, Portugal, Reino Unido, República Checa, Suécia e Suíça.

CEN
Comité Europeu de Normalização
Europäisches Komitee für Normung
Comité Européen de Normalisation
European Committee for Standardization

Secretariado Central: Avenida Marnix 17, B-1000 Bruxelas

 1999 CEN Direitos de reprodução reservados aos membros do CEN

Ref. nº EN ISO 15330:1999 Pt


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Sumário Página

Preâmbulo nacional ................................................................................................................................. 2 


Preâmbulo ................................................................................................................................................ 5 
Nota de endosso ........................................................................................................................................ 5 
Introdução ................................................................................................................................................ 6 
1 Objetivo e campo de aplicação ............................................................................................................ 7 
2 Referências normativas ........................................................................................................................ 7 
3 Termos e definições .............................................................................................................................. 8 
4 Princípio ................................................................................................................................................ 8 
5 Dispositivo de ensaio ............................................................................................................................. 9 
5.1 Parafusos e pernos de rosca métrica .................................................................................................... 9 
5.2 Parafusos autoconformantes, parafusos auto-roscantes e parafusos autoperfurantes .......................... 10 
5.3 Parafusos com anilha cativa................................................................................................................. 11 
5.4 Porcas .................................................................................................................................................. 11 
5.5 Anilhas elásticas .................................................................................................................................. 11 
6 Amostragem .......................................................................................................................................... 12 
7 Procedimento de ensaio ........................................................................................................................ 12 
7.1 Lubrificação ......................................................................................................................................... 12 
7.2 Aplicação de pré-carga ........................................................................................................................ 12 
7.3 Ensaio de referência............................................................................................................................. 14 
7.4 Tempo para início do ensaio ................................................................................................................ 14 
7.5 Reaperto durante o ensaio.................................................................................................................... 14 
8 Avaliação do ensaio .............................................................................................................................. 14 
9 Relatório de ensaio................................................................................................................................ 14 
Bibliografia ............................................................................................................................................... 16 
Anexo ZA (normativo) Referências normativas a documentos internacionais e a sua
correspondência a documentos europeus .............................................................................................. 17 
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Preâmbulo
A presente Norma (ISO 15330:1999) foi elaborada pelo Comité Técnico ISO/TC 2 “Fasteners” em
colaboração com o Comité Técnico CEN/TC 185 “Threaded and non-threaded mechanical fasteners and
accessories”, cujo secretariado é assegurado pelo DIN.
A esta Norma Europeia deve ser dado o estatuto de uma Norma Nacional, seja por publicação de um texto
idêntico, seja por adoção, o mais tardar em março de 2000, e as normas nacionais divergentes devem ser
anuladas, o mais tardar em março de 2000.
De acordo com o Regulamento Interno do CEN/CENELEC, a presente Norma deve ser implementada pelos
organismos nacionais de normalização dos seguintes países: Alemanha, Áustria, Bélgica, Dinamarca,
Espanha, Finlândia, França, Grécia, Irlanda, Islândia, Itália, Luxemburgo, Noruega, Países Baixos, Portugal,
Reino Unido, República Checa, Suécia e Suíça.

Nota de endosso
O texto da Norma Internacional ISO 15330:1999 foi aprovado pelo CEN como norma europeia, sem
qualquer modificação.
NOTA: Referências normativas a Normas Internacionais estão listadas no Anexo ZA (normativo).
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Introdução
Quando o hidrogénio, sob forma atómica, penetra no aço, pode provocar perda de ductilidade ou de
capacidade para suportar cargas, fissuras (em geral fissuras submicroscópicas) ou roturas frágeis
catastróficas sob cargas aplicadas muito abaixo do limite elástico ou mesmo inferior à resistência normal
prevista, na conceção, para as ligas. Este fenómeno, frequentemente referido como rotura frágil retardada
induzida pelo hidrogénio, fissuração sob tensão pelo hidrogénio ou fragilização por hidrogénio, ocorre,
muitas vezes, em ligas que não apresentam perda significativa de ductilidade, quando ensaiadas à tração de
modo convencional. O hidrogénio pode ser introduzido durante o tratamento térmico, cementação gasosa,
limpeza, decapagem, fosfatação, revestimento eletrolítico e, em ambiente de funcionamento, em resultado de
reações de proteção catódica ou de corrosão. O hidrogénio pode também ser introduzido durante a
fabricação, por exemplo na conformação por laminagem, no trabalho mecânico por arranque de apara e na
furação, devido à falta do fluido de arrefecimento ou lubrificante, assim como durante as operações de
soldadura ou de brasagem.
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1 Objetivo e campo de aplicação


Esta Norma especifica um ensaio de pré-carga que é capaz de detetar a ocorrência de fragilização por
hidrogénio de elementos de fixação, à temperatura ambiente.
Este ensaio é aplicável a:
– parafusos e pernos de rosca métrica;
– parafusos autoconformantes;
– parafusos auto-roscantes;
– parafusos autoperfurantes;
– porcas;
– anilhas;
fabricados em aço e submetidos a tensões de tração.
O ensaio deve ser efetuado dentro de uma gama de temperaturas de 10°C a 35°C.
O ensaio é adequado apenas para controlo durante o processo de fabricação e poderá ser efetuado após
qualquer fase do processo. Não é considerado como um ensaio de controlo de receção. Permite avaliar as
diferenças ou modificações nas condições ou nas técnicas do processo de fabricação e determinar a eficácia
das diferentes fases do processo, e inclui os tratamentos de pré e pós-revestimento (desgaseificação), para
reduzir a quantidade de hidrogénio móvel nos elementos de fixação.
Este ensaio não iliba o fabricante ou o subcontratante da responsabilidade de impor e acompanhar um
controlo adequado do processo de fabricação.
NOTA: A possibilidade de detetar a fragilização por hidrogénio diminui significativamente se o ensaio for iniciado mais de 24 h
após a última fase do processo de fabricação. Portanto, em casos normais, este ensaio não é adequado para os ensaios de receção.

Uma atenção especial deve ser dada ao ensaio de referência da secção 7.3.

2 Referências normativas
Os documentos normativos seguintes contêm disposições que, através de referência neste texto, constituem
disposições desta Norma. Para as referências datadas, não se aplicam emendas ou revisões posteriores a
qualquer uma destas publicações. Contudo, as entidades interessadas nesta Norma são encorajadas a
investigar a possibilidade de aplicar as edições mais recentes dos documentos normativos abaixo indicados.
Para referências não datadas, aplica-se a última edição do documento normativo referenciado. Os membros
da ISO e da IEC mantêm registos das Normas Internacionais atualmente em vigor.
ISO 273:1979 Fasteners – Clearance holes for bolts and screws
ISO 2702:1992 Heat-treated steel tapping screws – Mechanical properties
ISO 7085:1999 Mechanical and performance requirements of case hardened and tempered metric
thread rolling screws
ISO 10666:1999 Drilling screws with tapping screw thread – Mechanical and functional properties
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3 Termos e definições
Para os fins desta Norma, aplicam-se os seguintes termos e definições:

3.1 Suscetibilidade à fragilização por hidrogénio


Característica de um elemento de fixação em aço para exibir uma rotura frágil devido à presença de
hidrogénio móvel e quando submetido a um grau significativo de tensão de tração e/ou a condições de
serviço adversas.
NOTA 1: Quando a suscetibilidade à fragilização por hidrogénio aumenta, a quantidade crítica de hidrogénio móvel que poderá
causar a rotura frágil diminui nitidamente.
NOTA 2: Após o processo de fabricação, a suscetibilidade à fragilização por hidrogénio não pode ser reduzida ou mudada para
uma condição de insusceptibilidade, mesmo através da realização de qualquer tratamento térmico pós-revestimento
(desgaseificação).

3.2 Risco de fragilização por hidrogénio


Risco de rotura que surge se os elementos de fixação em aço que apresentam uma suscetibilidade à
fragilização por hidrogénio absorverem hidrogénio e forem sujeitos a tensões de tração e/ou tensões de
tração residuais.
NOTA: O risco de fragilização por hidrogénio pode ser reduzido quando, nas fases relevantes do processo, o fornecimento de
hidrogénio é minimizado e/ou quando é efetuado um tratamento térmico pós-revestimento adequado para permitir efundir o
hidrogénio e/ou para capturar o hidrogénio irreversivelmente no aço.

3.3 Lote de fabricação


Quantidade de elementos de fixação de uma mesma designação, incluindo o grau, a classe de qualidade e as
dimensões, fabricada a partir de barras, arames, hastes ou produtos planos procedentes do mesmo
vazamento, processada através dos mesmos passos ou de passos semelhantes, ao mesmo tempo ou ao longo
de um período de tempo contínuo, através do mesmo tratamento térmico e/ou processo de revestimento, caso
exista.
O mesmo tratamento térmico ou processo de revestimento significa:
– para um processo contínuo, o mesmo ciclo de tratamento sem qualquer modificação da regulação;
– para um processo descontínuo, o mesmo ciclo de tratamento para cargas idênticas e consecutivas
(remessas);
NOTA: O lote de fabricação poderá ser dividido num número de remessas de fabricação para fins de processamento e depois
reagrupadas no mesmo lote de fabricação.

3.4 Remessa de fabricação


Quantidade de elementos de fixação idênticos do mesmo lote de fabricação processados em conjunto, de
uma só vez.

4 Princípio
O ensaio de pré-carga é efetuado em dispositivos de ensaio adequados. Os elementos de fixação são
submetidos a tensões na gama do ponto de cedência ou do binário de rotura, seja por aplicação de um binário
com uma porca conjugada (ou parafuso), ou por aparafusamento numa placa pré-roscada, ver Figuras 1 a 3.
São permitidos outros sistemas de carga e de fixação, desde que possa ser atingida a tensão requerida na
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gama do ponto de cedência ou do binário de rotura do elemento de fixação em causa. A tensão ou o binário é
mantido durante, pelo menos, 48 h. Após cada 24 h, os elementos de fixação são reapertados até à tensão ou
binário inicial e, ao mesmo tempo, é verificado se ocorreu uma rotura por fragilização por hidrogénio.

5 Dispositivo de ensaio
Conforme os diferentes tipos de elementos de fixação, devem ser utilizados diferentes tipos de dispositivos
de ensaio.

5.1 Parafusos e pernos de rosca métrica


Para parafusos e pernos de rosca métrica, devem ser utilizadas placas de aço endurecido com faces paralelas
e com um furo ou com furos múltiplos, perpendiculares às superfícies das placas, ver Figura 1.

Legenda:
1 placa superior
2 placa intermediária (para parafusos e pernos longos)
3 placa inferior
4 porca utilizada como cabeça
a
furo de passagem em conformidade com a ISO 273, série fina

Figura 1 – Dispositivo de ensaio para parafusos e pernos métricos


O aparelho para parafusos e pernos de rosca métrica é constituído por uma placa superior e uma inferior em
aço, ver Figura 1. A dureza das placas superior e inferior deve ser, no mínimo, de 45 HRC. As superfícies de
apoio devem ser retificadas, e a sua rugosidade não deve exceder Ra = 8 µm. A espessura de cada placa deve
ser, no mínimo, de 1 d (d é o diâmetro nominal da rosca). Os furos de passagem devem ter diâmetros dh em
conformidade com a ISO 273, série fina, e não devem ser chanfrados. A distância entre os furos de
passagem, L, deve ser, no mínimo, de três diâmetros (3 d).
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Aquando da realização do ensaio, um comprimento roscado livre de, pelo menos, 1 d deve ser submetido à
tensão, e não mais do que 5 filetes de rosca completos devem estender-se para além da porca. Para satisfazer
estes requisitos, uma ou mais placas de aço com faces paralelas e retificadas poderão ser usadas como
placa(s) intermédiária(s). A placa ou as placas intermédiaria(s) de reforço poderá(ão) ser fabricada(s)
noutro(s) grau(s) de aço e ter dureza(s) diferente(s) das durezas das placas superior e inferior.
Os parafusos e os pernos a ensaiar são pré-carregados à tração, por meio de uma porca conjugada. No caso
de pernos ou hastes roscadas, as porcas devem ser utilizadas em ambos os lados da(s) placa(s) de ensaio.
Quando os elementos de fixação são roscados com roscas de diferentes passos, a porca na rosca fina deve ser
considerada como a cabeça. A porca que representa a cabeça deve ser roscada à mão, até ficar firme na
extremidade da rosca correspondente.
No caso de um parafuso curto (l < 2,5 d), apenas deve ser utilizada uma placa com furos pré-roscados, na
qual o parafuso deve ser roscado diretamente, sem utilizar uma porca, e apertado contra a cabeça do
parafuso. A placa deve ter as propriedades conforme especificadas acima para a placa superior.
Para ensaiar parafusos sem qualquer superfície de apoio plana (p. ex., parafusos de cabeça de embeber,
parafusos de olhal, etc.), deve ser utilizada uma placa superior apropriada ou uma anilha sob a cabeça, ver
Figura 2.

Legenda:
1 placa superior com escareado
2 placa inferior

Figura 2 – Exemplo para um dispositivo de ensaio para parafusos sem qualquer superfície de apoio plana

5.2 Parafusos autoconformantes, parafusos auto-roscantes e parafusos autoperfurantes


O aparelho para parafusos autoconformantes, parafusos auto-roscantes e parafusos autoperfurantes é
constituído por uma placa em aço, com propriedades mecânicas conforme especificadas no ensaio
correspondente, respetivamente, na ISO 7085, ISO 2702 ou ISO 10666, mas que é pré-roscada, ver Figura 3.
Uma anilha apropriada de classe de dureza 300 HV poderá ser aplicada sob a cabeça do parafuso para
proteger a placa. A espessura mínima da placa deve ser de 1 d (d = diâmetro nominal da rosca). Todos os
outros requisitos são os mesmos que para os parafusos e pernos de rosca métrica, ver 5.1.
NOTA: Em vez de utilizar machos de roscar, a pré-roscagem pode ser realizada por via do acionamento dos parafusos a ensaiar
através de furos com diâmetros em conformidade com as Normas Internacionais correspondentes (ver acima), desde que a rosca do
parafuso tenha um comprimento suficiente para roscar completamente a rosca conjugada. Quando a rosca está completamente
gerada, o binário necessário para continuar o processo de acionamento é claramente reduzido e não é aumentado enquanto o
processo de aperto não for iniciado.
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Para o ensaio de parafusos compridos, uma ou mais placas em aço, com faces paralelas e superfícies
retificadas, poderão ser utilizadas como placas intermediárias. O diâmetro do furo de passagem nas placas
não deve exceder o diâmetro nominal da rosca em mais de 10 %.

Legenda:
1 placa intermediária (para parafusos compridos)
2 placa pré-roscada
a
d < dh ≤ 1,1 d

Figura 3 – Dispositivo de ensaio para parafusos autoconformantes, parafusos auto-roscantes ou parafusos


autoperfurantes

5.3 Parafusos com anilha cativa


O ensaio de parafusos com anilha cativa (ou incorporada ou imperdível) deve ser realizado utilizando o
aparelho adequado, tal como descrito em 5.1 ou 5.2.

5.4 Porcas
Deverá ser reconhecido que certas porcas poderão ser sujeitas a tensões de tração na zona da superfície de
apoio devido à sua expansão. Isto pode aplicar-se em porcas com flange ou em porcas com outras formas não
usuais, mas também em porcas comuns. Por conseguinte, o ensaio de porcas deve ser tido em consideração
por acordo entre o fabricante e o subcontratante.
O aparelho para o ensaio de porcas é o mesmo que o descrito em 5.1.

5.5 Anilhas elásticas


Várias anilhas elásticas devem ser empilhadas num parafuso-porca, de diâmetro nominal de rosca
correspondente ao diâmetro nominal das anilhas elásticas. As anilhas elásticas a ensaiar devem ser separadas,
umas das outras, por anilhas planas. As anilhas planas devem ter uma dureza maior do que as anilhas a
ensaiar e devem ter, no mínimo, 40 HRC.
As anilhas elásticas cónicas devem ser ensaiadas aos pares, tal como representado na Figura 4.
O conjunto deve ser apertado até ser gerada uma carga suficiente para achatar as anilhas elásticas.
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Figura 4 – Aparelho de ensaio para anilhas elásticas cónicas

6 Amostragem
Para o controlo durante o processo de fabricação, deve ser utilizado um plano de amostragem adequado, por
acordo entre o fabricante e a parte responsável por uma determinada fase do processo (p. ex. a pessoa
responsável pelo tratamento térmico de endurecimento ou pelo revestimento) ou entre departamentos
responsáveis de uma empresa. O plano de amostragem deve ser escolhido para cada remessa de fabricação.
As peças da amostra devem ser examinadas sem ampliação suplementar para as fissuras visíveis.

7 Procedimento de ensaio

7.1 Lubrificação
Os parafusos, pernos e porcas devem ser lubrificados antes de serem ensaiados, com vista a melhorar a
fiabilidade do ensaio.
NOTA: Com uma lubrificação adequada (por exemplo, óleo ou qualquer lubrificante sem enxofre), são obtidos coeficientes de
atrito mais uniformes. Além disso, a utilização de um lubrificante baixa a torção induzida, permitindo a obtenção de uma carga de
tração mais elevada.

7.2 Aplicação de pré-carga


Dever-se-á ter um grande cuidado quando se aplica este ensaio. Os elementos de fixação fragilizados
poderão romper repentinamente e causar lesões graves. Portanto, dever-se-ão providenciar ecrãs de proteção
ou outros equipamentos adequados, para evitar tais lesões.
A velocidade máxima de aperto deve ser de 0,33 s-1 (20 rpm).

7.2.1 Parafusos, pernos e porcas de rosca métrica


Os parafusos ou pernos de rosca métrica devem ser montados com as porcas associadas e apertados, com
uma chave dinamométrica adequada, até ao ponto de cedência. Apertar até ao ponto de cedência poderá ser
conseguido através de várias técnicas tais como:
– controlar o gradiente binário/ângulo ou
– apertar até um binário predeterminado e depois rodar de um ângulo predeterminado.
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As porcas utilizadas para o ensaio devem ser todas do mesmo lote de fabricação; poderão ser ou não
revestidas, mas devem ser todas idênticas.
As porcas devem ser montadas com parafusos conjugados e apertadas até ao ponto de cedência. Os parafusos
utilizados para o ensaio devem ser do mesmo lote de fabrico; poderão ter ou não revestimento, mas devem
ser todos idênticos.
A pré-carga deve ser aplicada em conformidade com o seguinte procedimento:
a) montar 5 parafusos em placas de ensaio e montar as porcas até que elas entrem em contacto com a
superfície da placa de ensaio;
b) apertar os conjuntos até ao ponto de cedência individual. O aperto poderá ser aplicado à porca ou à
cabeça do parafuso, segundo o critério do operador, mas o método deve ser uniforme no que respeita a
todos os elementos de fixação ensaiados;
c) registar os valores do binário de aperto no ponto de cedência dos cinco conjuntos de elementos de
fixação e calcular a média e a diferença entre o valor máximo e o valor mínimo. Se esta diferença for
inferior a 15 % do valor médio, o valor médio deve ser o binário de aperto de ensaio para a amostra
especificada (ver secção 6). Se a diferença entre o valor máximo e o valor mínimo for superior a 15 %,
todos os elementos de fixação definidos devem ser apertados até ao seu ponto de cedência individual;
d) apertar o número especificado de elementos de fixação até ao binário de aperto de ensaio ou até ao ponto
de cedência individual, em conformidade com os parágrafos a) a c).

7.2.2 Parafusos autoconformantes, parafusos auto-roscantes e parafusos autoperfurantes


Parafusos autoconformantes, parafusos auto-roscantes e parafusos autoperfurantes devem ser apertados com
uma chave dinamométrica a 90 % do valor menor dos binários de rotura observados nos ensaios de cinco
parafusos. Deve ser aplicado o procedimento seguinte:
a) atarraxar cinco parafusos (eventualmente com anilhas planas) na placa de ensaio até que a cabeça do
parafuso entre em contacto com a superfície da placa;
b) apertar os parafusos até ao seu binário de rotura individual e registar esses valores. Considerar o valor
mais baixo, multiplicando-o por 0,9 (90 %) para estabelecer o binário de aperto do ensaio da amostra
especificada, (ver secção 6). A diferença entre os binários de rotura máximo e mínimo para os cinco
parafusos não deve ser superior a 15 % do valor mínimo;
NOTA: Se a diferença for superior a 15 %, este ensaio poderá não ser capaz de detetar a fragilização por hidrogénio.

Se a forma da cabeça ou o elemento de acionamento (oco cruciforme, fenda, oco profundo) impedir que
o parafuso seja capaz de ser apertado até ao ponto de rotura, o binário de aperto do ensaio deve ser 90 %
do binário de rotura menor de acionamento.
c) apertar o número especificado de elementos de fixação até ao binário de aperto do ensaio, em
conformidade com o parágrafo b).

7.2.3 Anilhas elásticas


A pré-carga deve ser aplicada em conformidade com o seguinte procedimento:
a) montar as anilhas elásticas no parafuso de ensaio, tal como descrito em 5.5, e roscar a porca de ensaio até
que esta entre em contacto com a primeira anilha;
b) apertar o conjunto até que as anilhas elásticas fiquem achatadas.
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7.3 Ensaio de referência


A ocorrência de fissuras, cabeças separadas ou rotura de elementos de fixação, quando submetidos a tensão
ou durante o ensaio, não é necessariamente devida a fragilização por hidrogénio resultante de um processo de
revestimento. Um ensaio com elementos de fixação não revestidos (ensaio de referência) poderá ser
realizado e dará uma indicação se existirem outras etapas dentro do processo de fabricação que possam
causar a rotura frágil.
A amostragem para um ensaio de referência deve ser acordada entre as partes, tal como descrito na secção 6.
O procedimento de ensaio deve estar em conformidade com 7.2.1 a 7.2.3.

7.4 Tempo para início do ensaio


A sensibilidade do ensaio de pré-carga depende do tempo de início do ensaio. Portanto, este ensaio deverá
ser realizado o mais cedo possível, preferencialmente dentro de 24 h após a fase do processo de fabricação
que está sob investigação.
NOTA: Se a fragilização por hidrogénio pudesse ser facilmente descoberta, caso o ensaio fosse realizado imediatamente, o atraso
do início do ensaio por vários dias ou até mesmo de uma semana ou mais reduzirá consideravelmente a hipótese de deteção de
fragilização por hidrogénio.

7.5 Reaperto durante o ensaio


A duração mínima do ensaio deve ser de 48 h. O elemento de fixação deve ser reapertado, pelo menos, a
cada 24 h, para o binário ou carga de aperto originalmente aplicado. Se a perda de binário for superior a
50 %, pelo menos para um elemento de fixação, então o ensaio deve ser recomeçado com os mesmos
elementos de fixação.
Antes do fim do ensaio deve ser efetuado um reaperto final. Antes do reaperto final, os elementos de fixação
devem ser desatarraxados aproximadamente ½ volta, de modo a verificar se ocorreu ou não uma fratura na
zona de acoplamento da rosca.

8 Avaliação do ensaio
As peças devem ser examinadas a olho nu (sem ampliação suplementar) após o ensaio de pré-carga. Para
aprovação neste teste, não deve haver quaisquer fissuras ou rotura visíveis de qualquer um dos elementos de
fixação ensaiados.

9 Relatório de ensaio
O relatório de ensaio deve conter:
a) o número desta Norma, isto é ISO 15330;
b) a identificação da remessa ou do lote;
c) o número de elementos de fixação ensaiados;
d) o processo de fabricação investigado;
e) o número de operações de reaperto e os instantes em que foram efetuadas;
f) a duração do ensaio;
g) o número de elementos de fixação partidos ou manifestamente em mau estado, resultantes do ensaio de
referência, se realizado;
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h) o número de elementos de fixação partidos ou manifestamente em mau estado, resultantes do ensaio do


processo;
i) tempo decorrido entre o fim do processo de fabricação ou a fase do processo de fabricação e o início do
ensaio (se conhecido).
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Bibliografia

[1] ISO 95871) Metallic and other inorganic coatings – Pretreatments of iron or steel to
reduce the risk of hydrogen embrittlement.

1)
A publicar .
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EN ISO 15330
2013

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Anexo ZA
(normativo)

Referências normativas a documentos internacionais e a sua correspondência a


documentos europeus

A presente Norma inclui, por referência, datada ou não, disposições relativas a outras normas. Estas
referências normativas são citadas nos lugares apropriados do texto e a normas são listadas a seguir. Para
referências datadas, as emendas ou revisões subsequentes de qualquer destas normas só se aplicam à presente
Norma se nela incorporadas por emenda ou revisão. Para as referências não datadas, aplica-se a última
edição da norma referida (incluindo quaisquer emendas).

Publicação Ano Título EN Ano


ISO 273 1979 Fasteners – Clearance holes for bolts and EN 20273 1991
screws
ISO 2702 1992 Heat-treated steel tapping screws – EN ISO 2702 1994
Mechanical properties
ISO 7085 1999 Mechanical and performance requirements EN ISO 7085 1999
of case hardened and tempered metric thread
rolling screws
ISO 10666 1999 Drilling screws with tapping screw thread – EN ISO 10666 1999
Mechanical and functional properties

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