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NP

Norma EN 13492
2019
Portuguesa
Barreiras geossintéticas
Características requeridas para a utilização da construção de
estruturas de deposição de resíduos líquidos, estações de transferência
ou confinamento secundário

Géomembranes, gésosynthétiques bentonitiques


Caractéristiques requises pour l’utilisation dans la construction des sites d’évacuation
de résidus liquides, des stations de transfert ou enceintes de confinement secondaires

Geosynthetic barriers
Characteristics required for use in the construction of liquid waste disposal sites,
transfer stations or secondary containment

ICS HOMOLOGAÇÃO
59.080.70; 91.100.50 Termo Homologação n.º 59/2019, de 2019-03-11
A presente Norma substitui a NP EN 13492:2015 (Ed. 2)

ELABORAÇÃO
CT 4 (CITEVE)

CORRESPONDÊNCIA 3ª EDIÇÃO
Versão portuguesa da EN 13492:2018 2019-03-15

CÓDIGO DE PREÇO
X017

 IPQ reprodução proibida

Rua António Gião, 2


2829-513 CAPARICA PORTUGAL

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Preâmbulo nacional
À Norma Europeia EN 13492:2018 foi dado o estatuto de Norma Portuguesa em 2018-05-02 (Termo de
adoção n.º 601/2018 de 2018-05-02).
A presente Norma revê a NP EN 13492:2015 “Barreiras geossintéticas – Características requeridas para a
utilização da construção de estruturas de deposição de resíduos líquidos, estações de transferência ou
confinamento secundário”.
NORMA EUROPEIA EN 13492
EUROPÄISCHE NORM
NORME EUROPÉENNE
EUROPEAN STANDARD março 2018

ICS: 59.080.70; 91.100.50 Substitui a EN 13492:2013

Versão portuguesa
Barreiras geossintéticas
Características requeridas para a utilização da construção de estruturas de deposição de resíduos líquidos,
estações de transferência ou confinamento secundário

Geosynthetische Géomembranes, Geosynthetic barriers


Dichtungsbahnen gésosynthétiques Characteristics required for use
Eigenschaften, die für die bentonitiques in the construction of liquid
Anwendung beim Bau von Caractéristiques requises pour waste disposal sites, transfer
Deponien, Zwischenlagern l'utilisation dans la construction stations or secondary
oder Auffangbecken für des sites d'évacuation de containment
flüssige Abfallstoffe erforderlich résidus liquides, des stations
sind de transfert ou enceintes de
confinement secondaires

A presente Norma é a versão portuguesa da Norma Europeia EN 13492:2018 e tem o mesmo estatuto que
as versões oficiais. A tradução é da responsabilidade do Instituto Português da Qualidade.
Esta Norma Europeia foi ratificada pelo CEN em 2017-11-05.
Os membros do CEN são obrigados a submeter-se ao Regulamento Interno do CEN/CENELEC que define
as condições de adoção desta Norma Europeia, como norma nacional, sem qualquer modificação.
Podem ser obtidas listas atualizadas e referências bibliográficas relativas às normas nacionais
correspondentes junto do Secretariado Central ou de qualquer dos membros do CEN.
A presente Norma Europeia existe nas três versões oficiais (alemão, francês e inglês). Uma versão noutra
língua, obtida pela tradução, sob responsabilidade de um membro do CEN, para a sua língua nacional, e
notificada ao Secretariado Central, tem o mesmo estatuto que as versões oficiais.
Os membros do CEN são os organismos nacionais de normalização dos seguintes países: Alemanha,
Antiga República Jugoslava da Macedónia, Áustria, Bélgica, Bulgária, Chipre, Croácia, Dinamarca,
Eslováquia, Eslovénia, Espanha, Estónia, Finlândia, França, Grécia, Hungria, Irlanda, Islândia, Itália,
Letónia, Lituânia, Luxemburgo, Malta, Noruega, Países Baixos, Polónia, Portugal, Reino Unido, Republica
Checa, Roménia, Sérvia, Suécia, Suíça e Turquia.

CEN
Comité Europeu de Normalização
Europäisches Komitee für Normung
Comité Européen de Normalisation
European Committee for Standardization

Secretariado Central: Rue de la Science 23, B-1040 Brussels

 2018 CEN Todos os direitos de exploração sob qualquer forma e por qualquer meio reservados
mundialmente para os membros do CEN.

Ref. nº EN 13492:2018 Pt
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Sumário Página
Preâmbulo nacional .................................................................................................................................. 2
Preâmbulo europeu .................................................................................................................................. 5
Introdução ................................................................................................................................................. 6
1 Objetivo e campo de aplicação ............................................................................................................. 7
2 Referências normativas ......................................................................................................................... 7
3.1 Termos, definições e abreviaturas ........................................................................................................ 10
3.2 Abreviaturas ......................................................................................................................................... 11
4 Características e respetivos métodos de ensaio................................................................................... 12
4.1 Generalidades ....................................................................................................................................... 12
4.2 Tipos de aplicação ................................................................................................................................ 12
4.3 Características relevantes ..................................................................................................................... 14
4.4 Características relevantes para condições de utilização específicas..................................................... 22
4.5 Libertação de substâncias perigosas ..................................................................................................... 23
5 Avaliação e verificação da regularidade do desempenho (AVRD) ................................................... 24
5.1 Generalidades ....................................................................................................................................... 24
5.2 Ensaios de tipo ...................................................................................................................................... 24
5.3 Controlo da produção em fábrica (CPF) .............................................................................................. 27
Anexo A (normativo) Durabilidade das barreiras geossintéticas .......................................................... 36
A.1 Generalidades ...................................................................................................................................... 36
A.2 Envelhecimento às intempéries ........................................................................................................... 37
A.3 Produtos utilizados com uma vida útil inferior ou igual a 5 anos ....................................................... 39
A.4 Outras aplicações e vida útil de 25 e 50 anos ...................................................................................... 39
A.5 Ensaios de durabilidade na GBR-P ..................................................................................................... 45
A.6 Ensaio de avaliação em GBR-P e GBR-C ........................................................................................... 53
A.7 Ensaios de durabilidade em GBR-B .................................................................................................... 54
A.8 Ensaios de avaliação na GBR-B .......................................................................................................... 58
Anexo ZA (informativo) Relação entre a presente Norma e os requisitos essenciais do
Regulamento (UE) n.º 305/2011............................................................................................................... 60
ZA.1 Objetivo, campo de aplicação e características relevantes ................................................................ 60
ZA.2 Sistema de avaliação e verificação da regularidade do desempenho (AVRD) ................................. 62
ZA.3 Atribuição de tarefas de AVRD ........................................................................................................ 62
Bibliografia ................................................................................................................................................ 64
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Preâmbulo europeu
A presente Norma (EN 13492:2018) foi elaborada pelo Comité Técnico CEN/TC189 “Geosynthetics”, cujo
secretariado é assegurado pela NBN.
A esta Norma Europeia deve ser atribuído o estatuto de Norma Nacional, seja por publicação de um texto
idêntico, seja por adoção, o mais tardar em setembro de 2018, e as normas nacionais divergentes devem ser
anuladas, o mais tardar em dezembro de 2019.
Pode acontecer que alguns dos elementos do presente documento sejam objeto de direitos de propriedade. O
CEN (e/ou o CENELEC) não deve ser responsabilizado pela identificação de alguns ou de todos esses
direitos.
Este documento substitui a EN 13492:2013.
A presente Norma foi elaborada no âmbito de um mandato atribuído ao CEN pela Comissão Europeia e pela
Associação Europeia de Comércio Livre e vem apoiar requisitos essenciais da(s) Diretiva(s) UE.
No que se refere às relações com o Regulamento (UE) n.º 305/2011, consultar o Anexo informativo ZA que
constitui parte integrante desta Norma.
Em comparação com a edição anterior, foram introduzidas as seguintes alterações:
 a lista das referências normativas foi atualizada;
 foram adicionados três termos em 3.1;
 a lista de abreviaturas em 3.2 foi atualizada;
 o Quadro 1 em 4.3 foi modificado para cumprir com o mandato modificado M/386 (inclusão do
alongamento nas funções de separação e filtragem) a foi tecnicamente revisto, todas as características
codificadas “H” foram substituídas por “A”;
 figuras e legendas foram revistas;
 a Secção 5 “Avaliação da conformidade” foi anulada e substituída pela nova Secção 5 “Avaliação e
verificação da regularidade do desempenho (AVRD)”;
 foi retirado o Anexo A “Controlo da produção em fábrica - Esquema do controlo da produção em
fábrica”;
 o anterior Anexo B “Durabilidade” passou a ser o Anexo A, o qual foi totalmente revisto;
 o Anexo ZA foi atualizado de acordo com o novo modelo para cumprir os requisitos do RPC, os
exemplos para a marcação CE foram também retirados.
De acordo com o Regulamento Interno do CEN/CENELEC, a presente Norma deve ser implementada pelos
organismos nacionais de normalização dos seguintes países: Alemanha, Antiga República Jugoslava da
Macedónia, Áustria, Bélgica, Bulgária, Chipre, Croácia, Dinamarca, Eslováquia, Eslovénia, Espanha,
Estónia, Finlândia, França, Grécia, Hungria, Irlanda, Islândia, Itália, Letónia, Lituânia, Luxemburgo, Malta,
Noruega, Países Baixos, Polónia, Portugal, Reino Unido, República Checa, Roménia, Sérvia, Suécia, Suíça e
Turquia.
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Introdução
Este documento permite aos fabricantes descrever as barreiras geossintéticas com base em valores declarados
de características relevantes para a utilização prevista se ensaiadas de acordo com o método especificado.
Também inclui procedimentos para a avaliação e verificação da regularidade do desempenho (AVRD)
incluindo o controlo da produção em fábrica.
Este documento pode ser utilizado igualmente por projetistas, utilizadores finais e outras partes interessadas
como um instrumento para a definição das características relevantes apropriadas para especificações.
Ainda estão em estudo ensaios para algumas características não mandatadas que serão inseridos neste
documento quando esta for revisto.
O termo “produto” utilizado neste documento refere-se a barreiras geossintéticas, que incluem barreiras
geossintéticas poliméricas, barreiras geossintéticas argilosas e barreiras geossintéticas betuminosas.
Este documento faz parte de um conjunto de normas referentes aos requisitos das barreiras geossintéticas
quando utilizadas numa aplicação específica.
Casos particulares de utilização podem incluir requisitos de propriedades e métodos de ensaio adicionais, de
preferência normalizados, se tecnicamente relevantes e não forem divergentes das normas europeias.
O tempo de vida do produto deverá ser determinado, dado que a sua função pode ser temporária, como
estrutura ser provisória, ou permanente para todo o tempo de vida da estrutura.
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1 Objetivo e campo de aplicação


Este documento especifica as características das barreiras geossintéticas, incluindo barreiras geossintéticas
poliméricas, barreiras geossintéticas argilosas e barreiras geossintéticas betuminosas, quando utilizadas como
barreiras aos líquidos e camada de separação, na construção de estruturas de deposição de resíduos líquidos,
estações de transferência ou confinamento secundário para o armazenamento de resíduos líquidos num local
de eliminação de resíduos apenas, e os métodos de ensaio apropriados para determinar essas características.
A utilização prevista destes materiais é controlar a fuga de líquidos através da construção.
Este documento não se aplica a geotêxteis ou produtos relacionados, como definidos na EN ISO 10318-1.
Este documento estipula a avaliação e verificação da regularidade do desempenho (AVRD) do produto com
este documento incluindo procedimentos para o controlo da produção em fábrica.
Este documento define características a serem consideradas no que diz respeito à apresentação do
desempenho.
NOTA: Quando a água potável estiver ou puder vir a estar em contacto direto com o produto, o projetista pode também fazer
referência a outras normas relevantes, requisitos e/ou regulamentação.

2 Referências normativas
Os documentos a seguir referenciados seguintes são, no todo ou em parte, indispensáveis para a aplicação
deste documento. Para referências datadas, apenas se aplica a edição citada. Para as referências não datadas,
aplica-se a última edição do documento referenciado (incluindo as emendas).
EN 495-5:2013 Flexible sheets for waterproofing – Determination of foldability at low
temperature – Part 5: Plastic and rubber sheets for roof waterproofing
EN 1109:2013 Flexible sheets for waterproofing – Bitumen sheets for roof waterproofing –
Determination of flexibility at low temperature
EN 1110:2010 Flexible sheets for waterproofing – Bitumen sheets for roof waterproofing –
Determination of flow resistance at elevated temperature
EN 1296:2000 Flexible sheets for waterproofing – Bitumen, plastic and rubber sheets for
roofing – Method of artificial ageing by long term exposure to elevated
temperature
EN 1427:2015 Bitumen and bituminous binders – Determination of the softening point – Ring
and Ball method
EN 1844:2013 Flexible sheets for waterproofing – Determination of resistance to ozone –
Plastic and rubber sheets for roof waterproofing
EN 1849-1:1999 Flexible sheets for waterproofing – Determination of thickness and mass per unit
area – Part 1: Bitumen sheets for roof waterproofing
EN 1849-2:2009 Flexible sheets for waterproofing – Determination of thickness and mass per unit
area – Part 2: Plastic and rubber sheets
EN 12224:2000 Geotextiles and geotextile-related products – Determination of the resistance to
weathering
EN 12225:2000 Geotextiles and geotextile-related products – Method for determining the
microbiological resistance by a soil burial test
EN 12226:2012 Geosynthetics – General tests for evaluation following durability testing
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EN 12310-1:1999 Flexible sheets for waterproofing – Part 1: Bitumen sheets for waterproofing –
Determination of resistance to tearing (nail shank)
EN 12311-1:1999 Flexible sheets for waterproofing – Part 1: Bitumen sheets for roof
waterproofing – Determination of tensile properties
EN 12311-2:2013 Flexible sheets for waterproofing – Determination of tensile properties – Part 2:
Plastic and rubber sheets for roof waterproofing
EN 12447:2001 Geotextiles and geotextile-related products – Screening test method for
determining the resistance to hydrolysis in water
EN 13249:2016 Geotextiles and geotextile-related products – Characteristics required for use in
the construction of roads and other trafficked areas (excluding railways and
asphalt inclusion)
EN 13250:2016 Geotextiles and geotextile-related products – Characteristics required for use in
the construction of railways
EN 13251:2016 Geotextiles and geotextile-related products – Characteristics required for use in
earthworks, foundations and retaining structures
EN 13252:2016 Geotextiles and geotextile-related products – Characteristics required for use in
drainage systems
EN 13253:2016 Geotextiles and geotextile-related products – Characteristics required for use in
erosion control works (coastal protection, bank revetments)
EN 13254:2016 Geotextiles and geotextile-related products – Characteristics required for the use
in the construction of reservoirs and dams
EN 13255:2016 Geotextiles and geotextile-related products – Characteristics required for use in
the construction of canals
EN 13256:2016 Geotextiles and geotextile-related products – Characteristics required for use in
the construction of tunnels and underground structures
EN 13257:2016 Geotextiles and geotextile-related products – Characteristics required for use in
solid waste disposals
EN 13265:2016 Geotextiles and geotextile-related products – Characteristics required for use in
liquid waste containment projects
EN 14150:2006 Geosynthetic barriers – Determination of permeability to liquids
EN 14151:2010 Geosynthetics – Determination of burst strength
EN 14196:2016 Geosynthetics – Test methods for measuring mass per unit area of clay
geosynthetic barriers
EN 14414:2004 Geosynthetics – Screening test method for determining chemical resistance for
landfill applications
EN 14415:2004 Geosynthetic barriers – Test method for determining the resistance to leaching
CEN/TS 14416:2014 Geosynthetic barriers – Test method for determining the resistance to roots
CEN/TS 14418:2014 Geosynthetic Barriers – Test method for the determination of the influence of
freezing-thawing cycles on the permeability of clay geosynthetic barriers
EN 14575:2005 Geosynthetic barriers – Screening test method for determining the resistance to
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oxidation
EN 14576:2005 Geosynthetics – Test method for determining the resistance of polymeric
geosynthetic barriers to environmental stress cracking
EN 16416:2013 Geosynthetic clay barriers – Determination of water flux index – Flexible wall
permeameter method at constant head
EN ISO 527-1:2012 Plastics – Determination of tensile properties – Part 1: General principles (ISO
527-1:2012)
EN ISO 527-3:1995 Plastics – Determination of tensile properties – Part 3: Test conditions for films
and sheets (ISO 527-3:1995)
EN ISO 527-4:1997 Plastics – Determination of tensile properties – Part 4: Test conditions for
isotropic and orthotopic fibre-reinforced plastic composites (ISO 527-4:1997)
EN ISO 1133-1:2011 Plastics – Determination of the melt mass-flow rate (MFR) and melt volume-flow
rate (MVR) of thermoplastics – Part 1: Standard method (ISO 1133-1:2011)
EN ISO 1183-1:2012 Plastics – Methods for determining the density of non-cellular plastics – Part 1:
Immersion method, liquid pyknometer method and titration method (ISO 1183-
1:2012)
EN ISO 1183-2:2004 Plastics – Methods for determining the density of non-cellular plastics – Part 2:
Density gradient column method (ISO 1183-2:2004)
EN ISO 1183-3:1999 Plastics – Methods for determining the density of non-cellular plastics – Part 3:
Gas pyknometer method (ISO 1183-3:1999)
EN ISO 3696:1995 Water for analytical laboratory use – Specification and test methods
(ISO 3696:1987)
EN ISO 9863-1:2016 Geosynthetics – Determination of thickness at specified pressures – Part 1:
Single layers (ISO 9863-1:2016)
EN ISO 9864:2005 Geosynthetics – Test method for the determination of mass per unit area of
geotextiles and geotextile-related products (ISO 9864:2005)
EN ISO 10318-1:2015 Geosynthetics – Part 1: Terms and definitions (ISO 10318-1:2015)
EN ISO 10319:2015 Geosynthetics – Wide-width tensile test (ISO 10319:2015)
EN ISO 10773:2011 Clay geosynthetic barriers – Determination of permeability to gases
(ISO 10773:2011)
EN ISO 11357-6:2013 Plastics – Differential scanning calorimetry (DSC) – Part 6: Determination of
oxidation induction time (isothermal OIT) and oxidation induction temperature
(dynamic OIT) (ISO 11357-6:2008)
EN ISO 12236:2006 Geosynthetics – Static puncture test (CBR test) (ISO 12236:2006)
EN ISO 12957-1:2005 Geosynthetics – Determination of friction characteristics – Part 1: Direct shear
test (ISO 12957-1:2005)
EN ISO 12957-2:2005 Geosynthetics – Determination of friction characteristics – Part 2: Inclined
plane test (ISO 12957-2:2005)
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EN ISO 13438:2004 Geotextiles and geotextile-related products – Screening test method for
determining the resistance to oxidation (ISO 13438:2004)
ISO 34-1:2015 Rubber, vulcanized or thermoplastic – Determination of tear strength – Part 1:
Trouser, angle and crescent test pieces
ISO 11465:1993 Soil quality – Determination of dry matter and water content on a mass basis –
Gravimetric method
ASTM D696 Standard Test Method for Coefficient of Linear Thermal Expansion of Plastics
Between −30°C and 30°C with a Vitreous Silica Dilatometer
ASTM D1434 Standard Test Method for Determining Gas Permeability Characteristics of
Plastic Film and Sheeting
ASTM D4603 Standard Test Method for Determining Inherent Viscosity of Poly(Ethylene
Terephthalate) (PET) by Glass Capillary Viscometer
ASTM D5890 Standard Test Method for Swell Index of Clay Mineral Component of
Geosynthetic Clay Liners
ASTM D61411) Standard Guide for Screening Clay Portion and Index Flux of Geosynthetic Clay
Liner (GCL) for Chemical Compatibility to Liquids
ASTM D7409 Standard Test Method for Carboxyl End Group Content of Polyethylene
Terephthalate (PET) Yarns

3.1 Termos, definições e abreviaturas


Para os fins do presente documento aplicam-se os termos e definições constantes na EN ISO 10318-1, bem
como os seguintes.

3.1.1 produto
Barreira geossintética, incluindo barreira geossintética polimérica, betuminosa e argilosa.

3.1.2 barreira geossintética


Barreira com, pelo menos, um dos componentes feito de um polímero sintético ou natural, na forma de uma
folha, uma tira ou uma estrutura tridimensional, utilizada em contacto com o solo e/ou outros materiais em
aplicações geotécnicas e engenharia civil.

3.1.3 especificação do projeto


Qualquer documento que descreva o funcionamento, as funções, as condições específicas de utilização e os
valores exigidos para as propriedades do material da barreira geossintética.

3.1.4 resíduo líquido


Resíduo na forma líquida, incluindo águas residuais, mas excluindo misturas de líquidos-sólidos com
capacidade para serem manuseadas ou misturadas com resíduos sólidos para fins de armazenamento.

1)
http://www.astm.org/Standards/D6141.htm.
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3.1.5 estação de transferência


Local ou construção onde o resíduo líquido é armazenado com vista a posterior transporte e recuperação,
tratamento ou deposição noutro local.

3.1.6 confinamento secundário


Sistema de confinamento projetado para conduzir e armazenar fugas perigosas do sistema de
armazenamento.

3.1.7 impermeabilização da base


Material que forma a principal barreira para impedir a fuga pela base, dos líquidos retidos.

3.1.8 impermeabilização lateral


Material que forma a principal barreira, para impedir a fuga, pelos lados, dos líquidos retidos.

3.1.9 impermeabilização da cobertura


Material colocado por cima dos resíduos ou material contaminado para impedir a entrada de água e a saída
descontrolada de líquidos.

3.1.10 fluído
Gás, líquido e vapor na sua fase pura assim como as suas misturas.
[EN 764-1:2015+A1:2016, 04, 3.1.5]

3.1.11 material reprocessado


RWM
Material produzido através de um determinado processo, que permita a sua recuperação através do mesmo
processo que o produziu.
[EN 13249:2016-10, 3.1.3]

3.1.12 material após utilização


PCM
Material rejeitado por particulares ou por instalações comerciais, industriais e institucionais na qualidade de
utilizadores finais do produto, quando já não pode ser utilizado para os fins a que se destina.
NOTA 1 à secção: Incluem-se materiais de devolução da cadeia de distribuição.

[EN 13249:2016-10, 3.1.4]

3.1.13 material após fabrico


PIM
Material retirado do volume de resíduos, produzido durante o processo de fabrico.
[EN 13249:2016-10, 3.1.5]

3.2 Abreviaturas
Para os fins do presente documento aplicam-se as abreviaturas constantes na EN ISO 10318-1, bem como as
seguintes.
CWFT: classificação sem ensaios adicionais
EPDM: monómero de etileno propileno dieno
EVA: etileno vinil acetato
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FPO: poliolefina flexível


FPP: polipropileno flexível
GBR-P: barreira geossintética polimérica
GBR-B: barreira geossintética betuminosa
GBR-C: barreira geossintética argilosa
HP-OIT: alta pressão – tempo de indução da oxidação
OIT: tempo de indução da oxidação
PE-HD: polietileno de alta densidade
PE-LLD: polietileno linear de baixa densidade
PE-VLD: polietileno de muito baixa densidade
PVC-P: cloreto de polivinilo flexível

4 Características e respetivos métodos de ensaio

4.1 Generalidades
A principal função das barreiras geossintéticas utilizadas na construção de estruturas de deposição de
resíduos líquidos, estações de transferência ou confinamento secundário, é impedir o movimento de fluidos
através da construção e prevenir o lixiviado dos materiais armazenados ou impedir que os materiais
armazenados escoem para o meio ambiente. Isto inclui a utilização de uma barreira geossintética como
impermeabilização da base, lateral ou da cobertura. Neste documento não estão incluídos os danos que
possam surgir durante a instalação.

4.2 Tipos de aplicação

4.2.1 Generalidades
As funções principais das barreiras geossintéticas utilizadas na construção de estruturas de deposição de
resíduos líquidos são impedir ou reduzir o escoamento do líquido através da estrutura.

4.2.2 Aplicação 1: "barreira da base e dos taludes laterais"


Nestas aplicações a barreira geossintética é utilizada como barreira na base e/ou taludes laterais. Nem todos
os sistemas GBR podem ser aplicados na situação em que esta se encontra descoberta (à esquerda na Figura
1). A Figura 1 mostra uma secção transversal típica.
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Legenda:
1 nível do resíduo líquido
2 barreira geossintética
3 material de revestimento
4 proteção geossintética (opcional)
5 solo de fundação
Figura 1 – Barreira geossintética numa estrutura de deposição de resíduos líquidos
(esquerda: coberta; direita: descoberta)

4.2.3 Aplicação 2: “barreira de cobertura”


Nesta aplicação a barreira geossintética é utilizada como barreira para cobrir o resíduo líquido (cobertura
flutuante). Nem todos os sistemas GBR podem ser aplicados. A Figura 2 mostra uma secção típica.

Legenda:
1 barreira geossintética
2 nível do resíduo líquido
3 dispositivos flutuantes
4 solo de fundação
5 proteção geossintética (opcional)
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Figura 2 – Barreira geossintética como cobertura de estrutura de deposição de resíduos líquidos

4.2.4 Aplicação 3: “confinamento secundário do resíduo líquido”


Nesta aplicação, a barreira geossintética é utilizada como barreira na base e/ou lateral. Nem todos os sistemas
GBR podem ser aplicados para uma conceção descoberta. A Figura 3 mostra uma secção transversal típica.

Legenda: Legenda:
1 barreira geossintética 1 barreira geossintética
2 solo de fundação 2 solo de fundação
3 cobertura do solo 3 geossintético de proteção (opcional)
4 geossintético de proteção (opcional)
a) coberto b) descoberto
Figura 3 – Barreira geossintética numa estrutura de transferência de resíduos líquidos ou
de confinamento secundário

4.3 Características relevantes


As características, a sua relevância para as condições de utilização e os métodos de ensaio a serem utilizados
estão indicados no Quadro 1. A lista das características do Quadro 1 inclui as características relevantes para
as condições de utilização (A) (as características essenciais estão listadas no Quadro ZA.1), e as relevantes
para condições específicas de utilização (S). A indicação “” significa que a característica não é relevante
para aquela função.
Quando, para a mesma propriedade, devem ser fornecidos dados para mais do que uma função, deve ser
observada a seguinte ordem de classificação: A sobrepõe S, e S sobrepõe “”.
As funções e condições de utilização, correspondentes às características indicadas como “S” no Quadro 1,
são especificadas em 4.4.
Os desempenhos das características são apresentados com base nos resultados dos ensaios especificados
neste documento e, quando relevante, de acordo com 5.1.
Deverá ser fornecida informação sobre como realizar as juntas para uma boa funcionalidade.
Quando os produtos são unidos na fábrica, devem ser ensaiados à permeabilidade, e, se relevante, à
resistência das juntas, e os resultados fornecidos.
Cobertas em serviço Não cobertas em Métodos de ensaio Observações
serviço
N.º Propriedade a GBR-P GBR-B GBR-C GBR-P GBR-B GBR-P GBR-B GBR-C
ensaiara)
Propriedades
físicas

1 Espessura A A A A A EN ISO EN EN ISO Para produtos


9863-1 1849-1 9863-1 que não possam
ser ensaiados de
acordo com a
EN ISO 9863-1,
tais como os
complexos
GBR-P, é
aplicada a
EN 1849-2.

2 Massa por A A A A A EN EN EN
unidade de área 1849-2 1849-1 14196
Propriedades
hidráulicas
e métodos de ensaio a utilizar

3 Estanquidade A A A A A EN EN EN O líquido de
aos líquidos 14150 14150 16416 ensaio é a água.
Registar o valor
do índice de
fluxo para
GBR-C e
permeabilidade
para o GBR-P e
GBR-B.
NP

Permeabilidade
2019

4 A A S A A ASTM ASTM EN ISO


ao gás D1434 D1434 10773
(estanquidade
EN 13492

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aos líquidos)
Quadro 1 – Barreiras geossintéticas utilizadas na construção de estruturas de deposição de resíduos líquidos,
estações de transferência ou confinamento secundário – Funções, características relacionadas com as funções
Cobertas em serviço Não cobertas em Métodos de ensaio Observações NP

2019
serviço

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N.º Propriedade a GBR-P GBR-B GBR-C GBR-P GBR-B GBR-P GBR-B GBR-C
EN 13492

ensaiara)
5 Índice de   A     ASTM
expansibilidade D5890
Propriedades
mecânicas
6 Resistência à A A A A A PE-HD e PE-LLD EN EN ISO PE-HD e PE-LLD
tração EN ISO 527-3, 12311-1 10319 v = 100 mm/min
provete tipo 5 Registar a resistência à
FPO, PVC-P rotura em N/mm2
homogéneo FPO, PVC-P
EN ISO 527-3, homogéneo
provete tipo 5 v = 100 mm/min
(método de ensaio se o alongamento na
de referência) rotura é > 400 % a
equivalente à velocidade de ensaio é
EN 12311-2, 500 mm/min
Método B Registar a deformação
FPO, PVC-P à rotura em N/mm2
multicomponente FPO, PVC-P
EN12311-2 Método multicomponente
A (método de v = 100 mm/min
ensaio de Registar a resistência
referência) máxima à tração em
equivalente à N/50 mm
EN ISO 527-4; EPDM homogéneo
provete tipo 2; v = 100 mm/min
largura: 50 mm, se o alongamento na
EPDM homogéneo rotura é > 400 % a
EN 12311-2, velocidade de ensaio é
Método B 500 mm/min
EPDM Registar a deformação
multicomponente à rotura em N/mm2
EPDM
EN 12311-2,
multicomponente
Método A
v = 100 mm/min
Registar a resistência
máxima à tração em
N/50 mm
Cobertas em serviço Não cobertas em Métodos de ensaio Observações
serviço
N.º Propriedade GBR-P GBR-B GBR-C GBR-P GBR-B GBR-P GBR-B GBR-C
a ensaiara)
7 Alongamento A A A A A PE-HD e PE- EN EN ISO PE-HD e PE-LLD
LLD 12311-1 10319 Com comprimento de
EN ISO 527-3, referência (l0) 50 mm, v
provete tipo 5 = 100 mm/min
FPO, PVC-P Registar o alongamento
homogéneo na rotura
EN ISO 527-3, FPO, PVC-P
provete tipo 5 homogéneo
v = 100 mm/min
(método de ensaio
se o alongamento na
de referência)
rotura é > 400 % a
equivalente à velocidade de ensaio é
EN 12311-2, 500 mm/min
Método B Registar o alongamento
FPO, PVC-P na rotura
multicomponente FPO, PVC-P
EN 12311-2 multicomponente
Método A v = 100 mm/min
(método de ensaio Registar o alongamento
de referência) na tração máximo em
equivalente à EN %
ISO 527-4; EPDM homogéneo
provete tipo 2; v = 100 mm/min
largura: 50 mm, se o alongamento na
EPDM rotura é > 400 % a
homogéneo velocidade de ensaio é
EN 12311-2, 500 mm/min
Método B Registar o alongamento
na rotura
EPDM
EPDM
multicomponente
multicomponente
EN 12311-2, v = 100 mm/min
NP

Método A Registar o alongamento


2019

à força máxima em %.
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N.º Propriedade a GBR-P GBR-B GBR-C GBR-P GBR-B GBR-P GBR-B GBR-C

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ensaiara)
8 Punçoamento A A A A A EN ISO EN ISO EN ISO
estático 12236 12236 12236

9 Resistência ao S S S S S EN EN EN Este ensaio aplica-se à


rebentamento e 14151 14151 14151 GBR-C desde que esta
alongamento contenha uma barreira
geossintética
polimérica ou
betuminosa.

10 Resistência ao S S  S S EN 34-1 EN  Para a GBR-P utilizar a


rasgo 12310-1 ISO 34-1:2015, Método
B, provete anguloso
(Figura 2) sem o
entalhe e a uma
velocidade de
50 mm/min.

11 Atrito corte S S S S S EN ISO EN ISO EN ISO Para determinação da


direto 12957-1 12957-1 12957-1 resistência das ligações
internas da GBR-C,
poderá ser aplicada um
ensaio de cisalhamento
interno ou da casca
Cobertas em serviço Não cobertas em Métodos de ensaio Observações
serviço
N.º Propriedade a GBR-P GBR-B GBR-C GBR-P GBR-B GBR-P GBR-B GBR-C
ensaiara)
12 Atrito corte S S S S S EN ISO EN ISO EN ISO
inclinado 12957-2 12957-2 12957-2
Propriedades
térmicas
13 Comportamento S S  S S EN 495-5 EN 
a baixa 1109
temperatura

14 Expansão A   A  ASTM  
térmica D696

Durabilidade

15 Envelhecimento A A A A A EN EN EN De acordo com o


às intempéries 12224 12224 12224 Anexo A.

16 Degradação A A A A A EN EN EN De acordo com o


microbiológica 12225 12225 12225 Anexo A.

17 Oxidação A A A A A EN EN EN ISO Aplica-se a


14575 14575 13438 EN ISO 13438
elementos de geotêxtil e
fios de reforço do GBR-
C.
EN 14575 com as
condições de ensaio
declaradas no Anexo A
NP

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no presente documento.
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serviço

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N.º Propriedade a GBR-P GBR-B GBR-C GBR-P GBR-B GBR-P GBR-B GBR-C
EN 13492

ensaiara)
18 Fissuração por A  S A  EN  EN De acordo com o Anexo
agressão 14576 14576 A.
ambiental A EN 14576 é aplicável
a GBR-P com estrutura
amorfa.
Se a espessura da GPR-P
é superior a 0,5 mm e
inferior a 1,0 mm o
ensaio EN 14576 deve
ser realizado com a
mesma composição a
uma espessura entre 1,0
mm e 1,5 mm.
A estimativa da
durabilidade da
exposição dos
elastómeros
termoendurecidos, por
serem materiais amorfos,
não pode ser efetuada a
partir do ensaio de
fendilhação por agressão
ambiental (EN 14576),
devendo os ensaios ser
realizados de acordo com
a EN 1844 e avaliados
com as medições da
resistência à tração de
provetes de referência e
provetes de acordo com o
Anexo A.
Cobertas em serviço Não cobertas em Métodos de ensaio Observações
serviço
N.º Propriedade a GBR-P GBR-B GBR-C GBR-P GBR-B GBR-P GBR-B GBR-C
ensaiara)
19 Resistência A A A A A EN EN ASTM De acordo com o
química 14414 14414 D6141 Anexo A.
O ensaio da resistência
química deverá ser
realizado em linha com
as circunstâncias locais.
Deverá ser restrito a
uma avaliação do
substrato no qual o
material é colocado
e/ou produtos químicos
contidos.
20 Lixiviação A A A A A EN EN EN De acordo com o
(dissolução em 14415 14415 14415 Anexo A.
água)
21 Molhagem/   S      De acordo com o
secagem Anexo A.

22 Congelação/   S     CEN/TS De acordo com o


descongelação 14418 Anexo A.

23 Penetração de S S S S S CEN/TS CEN/TS CEN/TS De acordo com o


raízes 14416 14416 14416 Anexo A.
a)
O nível de confiança de 95 % corresponde ao valor médio menos (e/ou mais) um valor de tolerância (ver Anexo ZA, Quadro ZA.1, Notas da coluna). Tanto o valor
médio quanto o valor da tolerância são definidos pelo fabricante como representativos do desempenho do produto para a característica correspondente (estes dois
valores não são necessariamente baseados num cálculo estatístico).
NP

Relevância dos códigos:


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A: relevante para todas as condições de utilização


S: relevante para condições de utilização específicas
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“”: indica que a característica não é relevante para aquele produto.


NP
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Casos particulares de aplicação em locais específicos poderão incluir requisitos para propriedades adicionais
– preferencialmente normalizadas – métodos de ensaio, se forem tecnicamente relevantes e não entrarem em
conflito com normas europeias. O tempo de vida do produto deverá ser determinado, uma vez que a sua
função poderá ser temporária, como conveniência da construção, ou permanente, para o tempo de vida da
estrutura.

4.4 Características relevantes para condições de utilização específicas

4.4.1 Generalidades
Devem ser fornecidos os dados necessários com base nos requisitos de ensaio e métodos de ensaio descritos
neste documento para as funções e condições de utilização descritas como relevantes (ver Quadro 1) na
especificação do projeto.
A lista de características no Quadro 1 inclui as características relevantes para todas as condições de utilização
(A) (as características essenciais são listadas no Quadro ZA.1), e as características relevantes para condições
de utilização específicas (S). Estas condições de utilização específicas (S) estão indicadas em 4.4.2 a 4.4.10.
Se o produto em consideração é uma barreira multicomponente, o desempenho da GBR em questão deve
ditar as características listadas no Quadro 1.

4.4.2 Permeabilidade ao gás


São necessários dados sobre a permeabilidade ao gás quando existir risco para a saúde ou risco de segurança
devido ao gás que emana do solo resultante dos processos ambientais.
A decisão da inclusão ou não desta característica deverá ser tomada por uma pessoa adequadamente
qualificada.
Sempre que for utilizada uma GBR-C como único elemento de barreira ao gás, deve ser assegurada que esta
se mantém hidratada durante todo o período de utilização, para que mantenha as propriedades de barreira ao
gás.

4.4.3 Resistência ao rebentamento e alongamento


São necessários dados sobre a resistência ao rebentamento e alongamento em todas as aplicações onde ocorre
deformação multiaxial das barreiras geossintéticas, como resultado de assentamento, deformação em
situações previstas ou acidentais.

4.4.4 Resistência ao rasgo


São necessários dados sobre a resistência ao rasgo das barreiras geossintéticas poliméricas e betuminosas
quando forem aplicadas em taludes ou superfícies inclinadas, ou de outro modo expostas ao mesmo tipo de
tensões.

4.4.5 Características de atrito (ensaios em corte direto e em plano inclinado)


São necessários dados sobre as características de atrito em todas as aplicações onde poderá ocorrer
movimento diferencial entre o produto e os materiais adjacentes.
Além da informação das características de atrito, pode também ser importante a informação da resistência
interna da GBR-C na direção das suas tensões. O ensaio de corte (EN ISO 12957-1 e ASTM D6243) ou o de
descamação (EN ISO 13426-1 e EN ISO 13426-2 e/ou ASTM D6496 (para a GBR-C agulhada)) poderão ser
apropriados, em especial em taludes ou aplicações onde podem ocorrer tensões de corte (ou seja, durante a
instalação).
NP
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Poderão ser realizados ensaios específicos em obra, para determinar as características de atrito entre todos os
materiais utilizados.

4.4.6 Comportamento a baixa temperatura


São necessários dados sobre o comportamento a baixa temperatura para aplicações onde os produtos
poliméricos ou betuminosos possam ser expostos a baixas temperaturas, seja no armazenamento, construção
ou durante a utilização.
Os ensaios baseados em critérios simples de conforme/não conforme para um valor único de temperatura
poderão não ser apropriados para este objetivo.
É recomendado que as GBR-C pré-hidratadas não devem ser armazenadas ou instaladas em ambientes com
temperatura inferior a 0 °C.

4.4.7 Envelhecimento às intempéries


São necessários dados sobre a resistência ao envelhecimento, às intempéries (efeitos combinados de ciclos de
molhagem, alteração da temperatura e exposição aos raios ultravioleta) para aplicações em que a GBR-C vai
ser exposta ao envelhecimento às intempéries sem proteção (cobertura) adequada. As GBR-C devem ser em
geral cobertas com solo ou outro revestimento, no próprio dia da aplicação, ou antes de qualquer situação
que possa causar hidratação da componente argilosa.

4.4.8 Resistência aos ciclos de molhagem e secagem


São necessários dados sobre a resistência da GBR-C a situações repetidas de molhagem e secagem, quando
as condições de utilização sujeitarem o produto a esta sequência de ações.
A relação entre a permeabilidade à água da amostra exposta e de uma amostra não exposta não deve exceder
um fator de 5.

4.4.9 Resistência aos ciclos de congelação/descongelação


São necessários dados sobre a resistência da GBR-C à congelação/descongelação, quando as condições de
utilização sujeitarem o produto a esta sequência de ações.
A relação entre a permeabilidade à água da amostra exposta e de uma amostra não exposta não deve exceder
um fator de 5.

4.4.10 Resistência à penetração das raízes


São necessários dados sobre a resistência à penetração das raízes em todas as aplicações onde a barreira
geossintética está em contacto com solos com vegetação.

4.5 Libertação de substâncias perigosas


Os regulamentos sobre substâncias perigosas poderão exigir a verificação e declaração sobre libertação, e por
vezes respetiva quantidade, quando os produtos de construção abrangidos por esta Norma são colocados
nesses mercados.
Na ausência de métodos de ensaio harmonizados na Europa, a verificação e declaração da
libertação/quantidade deverá ter em conta as disposições nacionais do local em que o produto vai ser
utilizado.
NOTA: Encontra-se disponível uma base de dados informativa das disposições europeias e nacionais relativas às substâncias
perigosas na página da internet "Construção", no site EUROPA, acessível através de: http://ec.europa.eu/growth/tools-
databases/cp-ds.
NP
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5 Avaliação e verificação da regularidade do desempenho (AVRD)

5.1 Generalidades
A conformidade das barreiras geossintéticas, para utilização na construção de estruturas de deposição de
resíduos líquidos, estações de transferência ou confinamento secundário, com os requisitos deste documento
e com os desempenhos declarados pelo fabricante na DdD, deve ser demonstrada por:
 determinação do produto-tipo;
 controlo da produção em fábrica pelo fabricante, incluindo avaliação do produto.
O fabricante deve manter sempre o controlo global e deve dispor dos meios necessários para assumir a
responsabilidade pela conformidade do produto com o seu desempenho(s) declarado(s).

5.2 Ensaios de tipo

5.2.1 Generalidades
Todos os desempenhos relacionados com as características incluídas neste documento devem ser
determinados quando o fabricante pretender declarar os respetivos desempenhos, exceto se a norma
estabelecer disposições para declarar sem a realização de ensaios. (por exemplo, utilização de dados
previamente existentes, CWFT (classificação sem ensaios adicionais) e desempenho convencionalmente
aceite).
A avaliação realizada anteriormente de acordo com as disposições deste documento, poderá ser considerada
desde que sejam feitas para o mesmo ou para um método de ensaio mais rigoroso, sob o mesmo sistema
AVRD sobre o mesmo produto ou produtos de conceção, construção e funcionalidade semelhante, de tal
forma que os resultados sejam aplicáveis ao produto em questão.
NOTA: O mesmo sistema AVRD significa o ensaio de terceira parte [somente para produtos cobertos pelo sistema 1+, 1 e 3], sob a
responsabilidade de um organismo notificado de certificação de produto [somente para produtos cobertos pelo sistema 1+ e 1].

Para fins de avaliação, os produtos do fabricante poderão ser agrupados em famílias, onde se considera que
os resultados para uma ou mais características de qualquer produto dentro da família de produtos são
representativos dessas mesmas características para todos os produtos dentro da mesma família.
Os produtos poderão ser agrupados em diferentes famílias para diferentes características.
Deverá ser feita referência aos métodos de avaliação normalizados para permitir a seleção de uma amostra
representativa adequada.
Além disso, a determinação do produto-tipo deve ser realizada para todas as características incluídas na
norma para a qual o fabricante declara o desempenho:
 no início da produção de uma barreira geossintética nova ou modificada para utilização na construção de
estruturas de eliminação de resíduos líquidos, estações de transferência ou confinamento secundário
(exceto um membro da mesma família de produtos); ou
 no início de um método de produção novo ou modificado (quando pode afetar as propriedades
declaradas);
 ou devem ser repetidos para a(s) característica(s) apropriada(s), sempre que ocorram mudanças nas
barreiras geossintéticas, para utilização na construção de estruturas de deposição de resíduos líquidos,
estações de transferência ou confinamento secundário, na matéria-prima ou no fornecedor dos
NP
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componentes, ou no método de produção (sujeito à definição de uma família de produtos), que afetaria
significativamente uma ou mais das características.
Quando são utilizados componentes cujas características já foram determinadas, pelo fabricante do
componente, com base em métodos de avaliação de outras normas de produto, essas características não
necessitam de ser reavaliadas. As especificações desses componentes devem ser documentadas.
Poderá presumir-se que os produtos que ostentam a marcação regulamentar de acordo com especificações
europeias harmonizadas apropriadas tenham os desempenhos declarados no DdD, embora isso não substitua
a responsabilidade sobre as barreiras geossintéticas, para utilização na construção de estruturas de deposição
de resíduos líquidos, estações de transferência ou confinamento secundário para assegurar que barreiras
geossintéticas para utilização na construção de túneis e estruturas subterrâneas associadas como um todo são
fabricadas corretamente e os seus produtos componentes têm os valores de desempenho declarados.

5.2.2 Provetes, ensaios e critérios de conformidade


O número de amostras de barreiras geossintéticas, para utilização na construção de estruturas de deposição
de resíduos líquidos, estações de transferência ou confinamento secundário a ser ensaiadas/avaliadas deve
estar de acordo com o Quadro 2.
Quadro 2 – Número de amostras a ser ensaiadas e critérios de conformidade
Secção do Método de Número de ensaios/ Critério de
Característica
requisito avaliação amostras conformidade
Resistência à tração 4.3, Quadro 1 De acordo com 5 MD/5 CMD Não definido
4.3, Quadro 1
Punçoamento estático 4.3, Quadro 1 De acordo com 5 Não definido
(ensaio CBR) 4.3, Quadro 1
Estanquidade aos líquidos 4.3, Quadro 1 De acordo com 1 Não definido
(Permeabilidade à água e 4.3, Quadro 1
Índice de fluxo de água,
respetivos)
Alongamento 4.3, Quadro 1 De acordo com 5 MD/5 CMD Não definido
4.3, Quadro 1
Durabilidade 4.3, Quadro 1 De acordo com Ver Anexo A Ver Anexo A
e Anexo A 4.3, Quadro 1 e
Anexo A

5.2.3 Relatórios de ensaio


Os resultados da determinação do produto-tipo devem ser documentados em relatórios de ensaio. Todos os
relatórios de ensaio devem ser conservados pelo fabricante durante pelo menos 10 anos após a última data de
produção das barreiras geossintéticas para utilização na construção de estruturas de deposição de resíduos
líquidos, estações de transferência ou confinamento secundário às quais estão relacionados.

5.2.4 Resultados de terceira parte partilhados


O fabricante poderá usar os resultados da determinação do produto-tipo (de acordo com este documento)
obtidos por outra pessoa (por exemplo, por outro fabricante, como um serviço comum aos fabricantes ou por
um desenvolvedor de produto), para justificar a sua própria declaração de desempenho com relação a um
NP
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produto que é fabricado de acordo com a mesma conceção (por exemplo, dimensões) e com matérias-primas,
constituintes e métodos de fabrico do mesmo tipo, desde que:
a) os resultados são reconhecidos como válidos para produtos com as mesmas características essenciais
relevantes para o desempenho do produto;
b) para além de qualquer informação essencial para confirmar que o produto tem o mesmo desempenho
relacionado com as características essenciais específicas, a outra parte que realizou a determinação do
produto-tipo em causa ou o realizou, aceitou expressamente2) transmitir ao fabricante os resultados e o
relatório de ensaio a ser utilizado para a determinação do produto-tipo deste último, bem como
informações sobre as instalações de produção e o processo de controle de produção que podem ser
levados em conta para CPF;
c) o fabricante que utiliza os resultados de uma terceira parte aceita permanecer responsável pelo produto
possuindo os desempenhos declarados e ainda:
1) assegurar que o produto tem as mesmas características relevantes para o desempenho que o que foi
submetido à determinação do produto-tipo, e que não existem diferenças significativas entre as
instalações de produção e o processo do controlo da produção comparado com o utilizado para o
produto que foi submetido à determinação do produto-tipo; e
2) mantém disponível uma cópia da determinação do relatório de produto-tipo que também contém as
informações necessárias para verificar se o produto é fabricado de acordo com a mesma conceção e
com matérias-primas, constituintes e métodos de fabrico do mesmo tipo.

5.2.5 Determinação em cascata dos resultados do produto-tipo


Para alguns produtos de construção, existem empresas (muitas vezes denominadas “fabricantes de sistemas”)
que fornecem ou garantem o fornecimento de, com base num acordo3), alguns ou todos os componentes a
quem fabrica o produto acabado (referido abaixo como o “montador”) na sua fábrica.
Desde que as atividades para as quais tal fábrica de sistema é legalmente estabelecida incluam a
fabricação/montagem de produtos como a montagem, a fábrica de sistema poderá assumir a responsabilidade
pela determinação do produto-tipo em relação a uma ou várias características essenciais de um produto final,
o qual é posteriormente fabricado e/ou montado por outras empresas na sua própria fábrica.
Ao fazê-lo, a fábrica de sistemas deve apresentar um “produto montado” usando componentes fabricados por
ele ou por outros, para a determinação do produto-tipo e disponibilizar a determinação do relatório do
produto-tipo para as montadoras, ou seja, o fabricante real do produto colocado no mercado.
Para ter em conta tal situação, o conceito de determinação em cascata do produto-tipo pode ser levado em
consideração na especificação técnica, desde que sejam referidas as características para as quais um
organismo notificado de certificação de produto ou um laboratório de ensaio notificado intervenha, conforme
apresentado a seguir.
A determinação do relatório do produto-tipo que a fábrica de sistemas obtém em relação a ensaios realizados
por um organismo notificado e que é fornecida às montadoras poderá ser utilizada para objetivos de
marcação regulamentar sem que a montadora tenha que envolver novamente um organismo notificado para
proceder à determinação do produto-tipo das características essenciais já ensaiadas, desde que:

2)
A formulação de tal acordo pode ser feita por licença, contrato, ou qualquer outro tipo de consentimento escrito.
3)
Pode ser, por exemplo, um contrato, licença, ou outro tipo de acordo por escrito, que deverá conter disposições claras
respeitantes à responsabilidade e obrigações do fabricante do componente (fábrica de sistemas, por um lado, e o montador do
produto final, por outro).
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 a montadora fabrique um produto que usa a mesma combinação de componentes (componentes com as
mesmas características) e, da mesma forma, aquele para o qual a fábrica de sistemas obteve a
determinação do relatório de produto-tipo. Se este relatório é baseado numa combinação de componentes
que não representam o produto final como colocado no mercado e/ou não é montado de acordo com as
instruções da fábrica de sistemas para a montagem dos componentes, o montador precisa enviar o seu
produto acabado para a determinação do produto-tipo;
 a fábrica de sistemas notificou ao fabricante as instruções para o fabrico/montagem do produto e
orientação da instalação;
 o montador (fabricante) assume a responsabilidade pela montagem correta do produto de acordo com as
instruções de fabrico/montagem do produto e orientação de instalação que lhe são notificadas pela fábrica
de sistemas;
 as instruções para o fabrico/montagem do produto e instruções de instalação notificadas ao montador
(fabricante) pela fábrica de sistemas, são uma parte integrante do sistema do controlo da produção em
fábrica da montadora e são referidas na determinação do relatório do produto-tipo;
 o montador é capaz de fornecer evidências documentadas de que a combinação de componentes que
utiliza, e o seu modo de fabrico, corresponde àquele para o qual a fábrica de sistemas obteve a
determinação do relatório do produto-tipo (é necessário manter uma cópia do relatório de determinação
do produto-tipo da fábrica de sistemas);
 independentemente da possibilidade de remeter, com base no acordo assinado com o prestador de
serviços, para a responsabilidade e obrigações do mesmo sob o direito privado, a montadora permanece
responsável pela conformidade do produto com o desempenho declarado, incluindo a conceção e fabrico
do produto, que ele endossa na aposição da marcação regulamentar no seu produto.

5.3 Controlo da produção em fábrica (CPF)

5.3.1 Generalidades
O fabricante deve estabelecer, documentar e manter um sistema do CPF para garantir que os produtos
colocados no mercado cumprem com o desempenho declarado das características essenciais.
O sistema CPF deve consistir em procedimentos, inspeções e ensaios e/ou avaliações e a utilização dos
resultados para controlar matérias-primas ou outros materiais ou componentes recebidos, equipamento, o
processo de produção e o produto.
Todos os elementos, requisitos e disposições adotados pelo fabricante devem ser documentados de forma
sistemática na forma de políticas e procedimentos escritos.
Esta documentação do sistema do controlo da produção em fábrica deve assegurar uma compreensão comum
da avaliação da regularidade do desempenho e permitir a verificação dos desempenhos requeridos do
produto e o funcionamento eficaz do sistema do controlo da produção a controlar. O controlo da produção
em fábrica, portanto, reúne técnicas operacionais e todas as medidas que permitem a manutenção e o
controlo da conformidade do produto com os desempenhos declarados das características essenciais.
No caso de o fabricante utilizar resultados de produto-tipo partilhados ou em cascata, o CPF deve também
incluir a documentação apropriada, conforme previsto em 5.2.4 e 5.2.5.
NP
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5.3.2 Requisitos

5.3.2.1 Generalidades
O fabricante é responsável por organizar a implementação efetiva do sistema CPF de acordo com o conteúdo
deste documento de produto. Devem ser documentadas as tarefas e responsabilidades na organização do
controlo da produção e esta documentação deve ser mantida atualizada.
Deve ser definida a responsabilidade, a autoridade e o relacionamento entre o pessoal que gere, executa ou
verifica o trabalho que afeta a regularidade do produto. Isto aplica-se, em particular, ao pessoal que inicia
ações prevenindo a ocorrência de não conformidades nos produtos, ações em caso de não conformidades e
para identificar e registar problemas de regularidade de produtos.
O pessoal que realiza trabalho que afeta a conformidade de desempenho do produto deve ser competente
com base em educação, formação, qualificação e experiência apropriados para os quais devem ser mantidos
registos.
Em cada fábrica, o fabricante poderá delegar a ação a uma pessoa que tenha a autoridade necessária para:
 identificar procedimentos para demonstrar a regularidade do desempenho do produto em estados
apropriados;
 identificar e registar qualquer problema de não regularidade;
 identificar procedimentos para corrigir os problemas de não regularidade.
O fabricante deve elaborar e manter documentos atualizados que definam o controlo da produção em fábrica.
A documentação e os procedimentos do fabricante deverão ser apropriados ao produto e processo de fabrico.
O sistema de CPF deverá atingir um nível adequado de confiança na regularidade do desempenho do
produto. Envolve:
a) a preparação de procedimentos documentados e instruções relacionados com as operações do controlo
da produção em fábrica, de acordo com os requisitos da especificação técnica à qual é feita referência;
b) a implementação efetiva destes procedimentos e instruções;
c) o registo destas operações e seus resultados;
d) a utilização destes registos para corrigir quaisquer desvios, reparar os efeitos de tais desvios, tratar
qualquer problema de não conformidade resultante e, se necessário, rever o CPF para retificar a causa da
não regularidade do desempenho.
Quando ocorre subcontratação, o fabricante deve manter o controlo geral do produto e garantir que receba
todas as informações necessárias para cumprir as suas responsabilidades de acordo com este documento.
Se o fabricante tiver parte do produto concebido, fabricado, montado, embalado, processado e/ou etiquetado
por subcontratação, o CPF do subcontratado pode ser tido em conta, quando apropriado para o produto em
questão.
O fabricante que subcontratar todas as suas atividades não poderá em circunstância alguma passar as suas
responsabilidades para o subcontratado.
NOTA: Os fabricantes que possuem um sistema de CPF, em conformidade com a EN ISO 9001 e que se refere às disposições do
presente documento, satisfazem os requisitos de CPF do Regulamento (UE) n.º 305/2011.
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5.3.2.2 Equipamento

5.3.2.2.1 Ensaio
Todo o equipamento de pesagem e medição deve ser calibrado e inspecionado regularmente de acordo com
procedimentos, frequências e critérios documentados.

5.3.2.2.2 Fabrico
Todo o equipamento utilizado no processo de fabrico deve ser inspecionado e conservados regularmente para
garantir que a utilização, desgaste ou falha não causa inconsistência no processo de fabrico. As inspeções e
manutenções devem ser realizadas e registadas de acordo com os procedimentos documentados do fabricante
e os registos mantidos durante o período definido nos procedimentos de CPF do fabricante.

5.3.2.3 Matérias-primas e componentes


As especificações de todas as matérias-primas e componentes utilizados para a unidade de tratamento
secundário pré-fabricada devem ser documentadas, assim como o esquema de inspeção para garantir sua
conformidade. Caso sejam utilizados componentes fornecidos em kit, a comprovação do nível de
conformidade do componente deve ser a indicada na especificação técnica harmonizada adequada para esse
componente.

5.3.2.4 Rastreabilidade e marcação


Produtos individuais pré-fabricados devem ser identificáveis e rastreáveis no que diz respeito à origem da
produção do seu componente. Devem ser estabelecidos procedimentos documentados para garantir que o
processo relacionado com a afixação de códigos e/ou marcações de rastreabilidade é inspecionado
regularmente.

5.3.2.5 Controlos durante o processo de fabrico


A produção deve ser planeada e realizada sob condições controladas.

5.3.2.6 Ensaio e avaliação do produto


O fabricante deve estabelecer procedimentos para garantir que são mantidos os valores declarados das
características que declara. As características e meios de controlo são:
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Quadro 3 – Frequência mínima de ensaios de CPF para GBR-P


Característica Método de ensaio Frequência do ensaio Observações
Estanquidade aos EN 14150 Um por composição, mas Ensaiar apenas o produto de
líquidos não inferior a um ensaio menor espessura
(Permeabilidade à água) em cada cinco anosa
Resistência à tração EN 12311-2, Um por cada dia de 
EN ISO 527-1 produção
EN ISO 527-3
EN ISO 527-4
Punçoamento estático EN ISO 12236 Um por cada dia de 
produção
Alongamento EN 12311-2 Um por cada dia de 
EN ISO 527-1 produção
EN ISO 527-3
EN ISO 527-4
Durabilidade
 Espessura EN 1849-2 Um por cada dia de Para produtos que não podem
EN ISO 9863-1 produção ser ensaiados de acordo com
(ver também Anexo a EN ISO 9863-1, tais como
A) geotêxteis complexos
GBR-P, é aplicada a
EN 1849-2.
 Envelhecimento às EN 12224 Um por composição, mas Ensaiar apenas o produto de
intempéries (ver também Anexo não inferior a um ensaio menor espessura
A) em cada cinco anosa
 Degradação EN 12225 Um por composição, mas Ensaiar apenas o produto de
microbiológica (ver também Anexo não inferior a um ensaio menor espessura
A) em cada cinco anosa
 Oxidação EN 14575 Um por composição, mas Ensaiar apenas o produto de
(ver também Anexo não inferior a um ensaio menor espessura
A) em cada cinco anosa
 Fissuração por EN 14576 Um por cada 1 000 t de GBR-P Poliolefina apenas é
agressão ambiental (ver também Anexo produto ou por alteração submetida aos requisitos de
A) na composiçãoa) A.6
A EN 14576 é aplicável às
GBR-P com uma estrutura
amorfa
 Lixiviação EN 14415 Um por composição, mas Ensaiar apenas o produto de
(ver também Anexo não inferior a um ensaio menor espessura
A) em cada cinco anosa
a)
A “composição” inclui o tipo/fabricante de matéria-prima específica e o tipo e proporção usada de todos os aditivos ou outros
componentes.
NOTA: Quando o fabricante possui mais do que uma linha de produção no mesmo local os ensaios acima referem-se a “cada
linha de produção”.
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Quadro 4 – Frequência mínima de ensaios de CPF para GBR-B


Característica Método de ensaio Frequência do ensaio Observações
Estanquidade aos EN 14150 Um por composição, mas Ensaiar apenas o produto de
líquidos não inferior a um ensaio menor espessura
(Permeabilidade à água) em cada cinco anosa)
Resistência à tração EN 12311-1 Um por cada dia de 
produção
Punçoamento estático EN ISO 12236 Um por cada dia de 
produção
Alongamento EN 12311-1 Um por cada dia de 
produção
Durabilidade
 Espessura EN 1849-1 Um por cada dia de –
(ver também Anexo produção
A)
 Envelhecimento às EN 12224 Um por composição, mas Ensaiar apenas o produto de
intempéries (ver também Anexo não inferior a um ensaio menor espessura
A) em cada cinco anosa)
 Degradação EN 12225 Um por composição, mas Ensaiar apenas o produto de
microbiológica (ver também Anexo não inferior a um ensaio menor espessura
A) em cada cinco anosa)
 Oxidação EN 14575 Um por composição, mas Ensaiar apenas o produto de
(ver também Anexo não inferior a um ensaio menor espessura
A) em cada cinco anosa)
 Lixiviação EN 14415 Um por composição, mas Ensaiar apenas o produto de
(ver também Anexo não inferior a um ensaio menor espessura
A) em cada cinco anosa)
a)
A “composição” inclui o tipo/fabricante de matéria-prima específica e o tipo e proporção usada de todos os aditivos ou outros
componentes.
NOTA: Quando o fabricante possui mais do que uma linha de produção no mesmo local os ensaios acima referem-se a “cada
linha de produção”.
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Quadro 5 – Frequência mínima de ensaios de CPF para GBR-Cb),c)


Característica Método de ensaio Frequência do ensaio Observações
Estanquidade aos EN 16416 Um por 25 000 m2 ou na 
líquidos (Índice de alteração da composiçãoa)
fluxo da água)
Resistência à tração EN ISO 10319 Um por 20 000 m2 ou na 
alteração da composiçãoa)
Punçoamento estático EN ISO 12236 Um por 50 000 m2 ou na 
alteração da composiçãoa)
Alongamento EN ISO 10319 Um por 20 000 m2 ou na 
alteração da composiçãoa)
Durabilidade
 Oxidação EN ISO 13438 Um em cada cinco anos A EN ISO 13438 é aplicável
(ver também Anexo ou na alteração da a elementos geotêxteis e fios
A) composiçãoa) de reforço de barreiras
GBR-C
 Durabilidade A.4.6.2.1 Um em cada cinco anos Ensaiar apenas o produto
(ver também Anexo ou na alteração da argiloso de menor massa por
Estanquidade aos
A) composiçãoa) unidade de área.
líquidos
Se forem utilizados polímeros
no componente de argila,
ensaiar a estanquidade aos
líquidos sem o aditivo do
polímero.
Se forem utilizadas GBR-C
multicomponentes, ensaiar a
estanquidade aos líquidos de
GBR-C sem barreira
multicomponente.
a)
A “composição” inclui o tipo/fabricante de matéria-prima específica e o tipo e proporção usada de todos os aditivos ou outros
componentes.
b)
Se forem utilizados polímeros na bentonite, deve ser registado na DdD sob a estanquidade aos líquidos.
c)
Se a GBR-C possuir um revestimento, filme ou membrana em anexo e não tiver função de longo prazo ou não tiver sido
ensaiada a durabilidade, envelhecimento às intempérie ou propriedades de resistência química, deve ser claramente indicado
na DdD sob a durabilidade.
NOTA: Quando o fabricante possui mais do que uma linha de produção no mesmo local os ensaios acima referem-se a “cada
linha de produção”.

5.3.2.7 Produtos não conforme


O fabricante deve ter procedimentos documentados que especifiquem como devem ser tratados os produtos
não conformes. Todos esses eventos devem ser registados à medida que ocorrem e esses registos devem ser
mantidos pelo período definido nos procedimentos documentados do fabricante.
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Caso o produto falhe nos critérios de aceitação, devem ser aplicadas as disposições relativas aos produtos
não conformes, as ações corretivas necessárias devem ser imediatamente implementadas e os produtos ou
lotes não conformes devem estar isolados e devidamente identificados.
Uma vez corrigida a falha, deve ser repetido o ensaio ou verificação em causa.
Devem ser corretamente registados os resultados dos controlos e ensaios. A descrição do produto, a data de
fabrico, o método de ensaio adotado, os resultados dos ensaios e os critérios de aceitação devem ser
registados com a assinatura do responsável pelo controlo/ensaio.
Relativamente a qualquer resultado de controlo que não cumpra com os requisitos deste documento, devem
ser registadas as medidas corretivas tomadas para corrigir a situação (por exemplo, outro ensaio realizado,
modificação do processo de fabrico, eliminação ou reparação do produto).

5.3.2.8 Ação corretiva


O fabricante deve ter procedimentos documentados que instiguem ações para eliminar a causa de não
conformidades, de modo a prevenir a recorrência.

5.3.2.9 Manuseamento, armazenamento e embalagem


O fabricante deve ter procedimentos que forneçam métodos de manuseamento do produto e devem fornecer
áreas de armazenamento adequadas, evitando danos ou deterioração.

5.3.3 Requisitos específicos do produto


O sistema do CPF deve mencionar o presente documento e garantir que os produtos colocados no mercado
cumprem a declaração de desempenho.
O sistema do CPF deve incluir um CPF específico do produto, que identifique procedimentos para
demonstrar a conformidade do produto nas fases apropriadas, ou seja:
a) os controlos e ensaios a realizar antes e/ou durante o fabrico, de acordo com a frequência estabelecida no
plano de ensaio do CPF; e/ou
b) as verificações e ensaios a realizar nos produtos acabados de acordo com a frequência estabelecida no
plano de ensaio para os CPF.
Se o fabricante utilizar apenas produtos acabados, as operações descritas em b) devem levar a um nível
equivalente de conformidade do produto, como se o CPF tivesse sido realizado durante a produção.
Se o fabricante realizar a produção, as operações da alínea b) poderão ser reduzidas e parcialmente
substituídas por operações em a). Geralmente, quanto mais partes da produção são realizadas pelo fabricante,
mais operações em b) poderão ser substituídas por operações em a).
Em qualquer caso, a operação deve levar a um nível equivalente de conformidade do produto, como se o
CPF tivesse sido realizado durante a produção.
NOTA: Dependendo do caso específico, pode ser necessário realizar as operações referidas nas alíneas a) e b), apenas as
operações na alínea a) ou apenas as na alínea b).

As operações em a) referem-se aos estados intermediários do produto como nas máquinas de fabrico e seus
ajustes, equipamentos de medição, etc. Estes controlos e ensaios e a sua periodicidade devem ser
selecionados com base no tipo e composição do produto, no processo de fabrico e sua complexidade, a
sensibilidade das características do produto a variações nos parâmetros de fabrico, etc.
O fabricante deve estabelecer e manter registos que forneçam evidências de que a produção foi amostrada e
ensaiada. Estes registos devem mostrar claramente se a produção satisfez os critérios de aceitação definidos e
devem estar disponíveis durante, pelo menos, três anos.
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5.3.4 Inspeção inicial da fábrica e do CPF


Deve ser realizada uma inspeção inicial da fábrica e do CPF quando o processo de produção estiver
finalizado e a decorrer. Devem ser avaliados os documentos da fábrica e do CPF para verificar se os
requisitos de 5.3.2 e 5.3.3 são cumpridos.
Durante a inspeção, deve ser verificado:
a) que todos os recursos necessários para a obtenção das características do produto, referido no presente
documento, estão devidamente colocados e estão implementados; e
b) que são praticados os procedimentos do CPF de acordo com a documentação do CPF; e
c) que o produto está de acordo com a amostra do produto-tipo, para a qual a conformidade do desempenho
do produto com a DdD foi verificada.
Todos os locais onde é realizada a montagem final ou, pelo menos, o ensaio final do produto relevante,
devem ser avaliados para verificar se as condições de a) a c) existem e implementadas. Se o sistema do CPF
abrange mais de um produto, linha de produção ou processo de produção, e se verificar que os requisitos
gerais são cumpridos ao avaliar um produto, linha de produção ou processo de produção, então não é
necessário repetir a avaliação dos requisitos gerais ao avaliar o CPF para outro produto, linha de produção ou
processo de produção.
Todas as avaliações e seus resultados devem ser documentados no relatório de inspeção inicial.

5.3.5 Acompanhamento contínuo do CPF


O acompanhamento do CPF deve ser realizado uma vez por ano. O acompanhamento do CPF deve incluir
uma revisão do(s) plano(s) de ensaio do CPF e do(s) processo(s) de produção para cada produto, para
determinar se alguma alteração foi feita desde a última avaliação ou vigilância. Deve ser avaliado o impacto
de quaisquer mudanças.
Devem ser realizadas verificações para garantir que os planos de ensaio são implementados corretamente e
que o equipamento de produção é mantido e calibrado corretamente em intervalos de tempo apropriados.
Os registos de ensaios e medições realizadas durante o processo de produção e os produtos acabados devem
ser revistos para garantir que os valores obtidos ainda correspondem aos valores das amostras submetidas à
determinação do produto-tipo e que foram tomadas as ações corretas para produtos não conforme.

5.3.6 Procedimento para modificações


Se forem feitas modificações no produto, processo de produção ou sistema CPF que possam afetar qualquer
uma das características do produto declarado de acordo com este documento, todas as características para as
quais o fabricante declara o desempenho, que poderão ser afetadas pela modificação, devem ser sujeitas à
determinação do produto-tipo, conforme descrito em 5.2.1.
Quando relevante, deve ser realizada uma reavaliação da fábrica e do sistema CPF para os aspetos que
poderão ser afetados pela modificação.
Todas as avaliações e seus resultados devem ser documentados num relatório.

5.3.7 Produtos únicos, produtos de pré-produção (por exemplo, protótipos) e produtos produzidos em
quantidades muito pequenas
As barreiras geossintéticas para utilização na construção de estruturas de deposição de resíduos líquidos,
estações de transferência ou confinamento secundário produzidas como únicas, protótipos avaliados antes de
a produção total ser estabelecida, e os produtos produzidos em quantidades muito reduzidas, a (especificar)
por ano devem ser avaliadas do modo que se segue.
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Para avaliação de tipo, aplicam-se as disposições de 5.2.1, 3º parágrafo, juntamente com as seguintes
disposições adicionais:
 no caso de protótipos, os provetes devem ser representativos da produção futura prevista e devem ser
selecionados pelo fabricante;
 a pedido do fabricante, os resultados da avaliação de amostras de protótipo poderão ser incluídos num
certificado ou em relatórios de ensaios emitidos pela entidade de terceira parte envolvida.
O sistema do CPF de produtos únicos e produtos produzidos em quantidades muito pequenas deve garantir
que as matérias-primas e/ou os componentes são suficientes para a produção do produto. As disposições
sobre matérias-primas e/ou componentes devem apenas ser aplicados quando apropriado. O fabricante deve
manter registos que permitam a rastreabilidade do produto.
Para protótipos, quando a intenção é passar para a produção em série, a inspeção inicial da fábrica e do CPF
deve ser realizada antes que a produção já esteja em andamento e/ou antes que o CPF já esteja em prática. Os
seguintes itens devem ser avaliados:
 a documentação do CPF; e
 a fábrica.
Na avaliação inicial da fábrica e do CPF deve ser verificado:
a) que todos os recursos necessários para a obtenção das características do produto incluídas no presente
documento, estão disponíveis; e
b) que são implementados e praticados os procedimentos do CPF de acordo com a documentação do CPF; e
c) que existem procedimentos para demonstrar que os processos de produção da fábrica podem produzir um
produto em conformidade com os requisitos deste documento e que o produto será o mesmo que as
amostras usadas para a determinação do produto-tipo, para o qual a conformidade com este documento
foi verificada.
Uma vez estabelecida a produção em série, devem ser aplicadas as disposições em 5.3.
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Anexo A
(normativo)

Durabilidade das barreiras geossintéticas

A.1 Generalidades
A.1.1 Vida útil
As disposições e métodos de avaliação deste Anexo A têm como base o uso a que se destinam as barreiras
geossintéticas, como especificado no objetivo e campo de aplicação do presente documento e a sua vida útil
prevista em anos. Estas disposições têm como base o atual estado da arte, o conhecimento e a experiência
adquirida. A vida útil refere-se ao período durante o qual a barreira geossintética retém as propriedades
requeridas neste Anexo A, assumindo que é corretamente instalado, utilizado e objeto de devida manutenção.
Os ensaios descritos neste Anexo A não permitem a determinação de fatores de redução (como definido no
Eurocódigo 7, isto é, na série EN 1997). Os ensaios descritos neste Anexo A são ensaios de avaliação para
demonstrar a capacidade de um produto servir durante um certo período. A resistência de referência e a
residual, o alongamento de referência e o residual, o OIT (tempo de indução oxidativa) inicial e o residual, o
HP-OIT (OIT a alta pressão) inicial e o residual, o fluxo de água de referência e o residual, dos produtos
estudados neste Anexo A devem ser determinadas do mesmo modo e, quando aplicável, de acordo com a
EN 12226.
A vida útil não deve ser interpretada como garantia dada pelo fabricante, devendo ser tomada apenas como
um meio de seleção do produto adequado às condições de serviço e duração dos trabalhos.

A.1.2 Tipos de ensaios de durabilidade

A.1.2.1 Requisitos gerais


Os materiais e polímeros não mencionados neste Anexo A não são abrangidos pelo presente documento.
Salvo isenção especifica, todas as GBR devem satisfazer os requisitos de A.5 para os ensaios de tipo.

A.1.2.2 Requisitos para a repetição de ensaios


O produto inalterado deve ser ensaiado novamente após um intervalo máximo (frequência mínima de ensaio)
de acordo com os Quadros A.1, A.2 e A.3. O produto é considerado inalterado se a matéria-prima, a
tecnologia de produção, e o processo e a estabilização do produto não foram sujeitos a processos de alteração
significativos. Caso o produto tenha sido sujeito a processos de alteração significativa então deve ser
ensaiado nas mesmas condições de um produto novo.
A modificação significativa pode incluir qualquer um dos seguintes elementos:
 alteração na formula química (CAS No) do polímero e dos seus componentes e aditivos;
 redução da concentração de ingredientes ativos da matéria-prima do polímero;
 substituição de algum polímero por outro com a mesma formula química.
O produto poderá estar isento dos ensaios se o fabricante puder demonstrar por meio de avaliações regulares,
incluindo análises do processo e estabilizadores de longo prazo, que o tipo e eficácia de ingrediente ativo e é
mantido.
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A.1.3 Mecanismos de degradação


A durabilidade da barreira geossintética depende de vários mecanismos que causem degradação, ou seja,
redução das propriedades mecânicas ou hidráulicas. Estes mecanismos poderão ser resumidos como se indica
de seguida:
a) ataque, por exemplo, por oxidação acelerada por temperatura elevada, exposição aos raios ultravioleta,
ou tensões mecânicas repetidas e catalisadas possivelmente por produtos químicos, p. ex. metais
pesados;
b) ataque hidrolítico da barreira geossintética ou seus componentes/aditivos acelerado pela temperatura
elevada, condições ácidas e básicas;
c) solvência, ou seja, alteração nas propriedades químicas por absorção de líquidos químicos;
d) fissuração por agressão ambiental, isto é, rotura mecânica da barreira geossintética a tensões inferiores à
tensão de cedência;
e) ataque microbiológico, que inclui a ação de bactérias e fungos;
f) lixiviação dos componentes e aditivos solúveis da barreira geossintética, afetando direta ou indiretamente
as suas propriedades mecânicas ou a sua resistência a outras formas de degradação;
g) no caso de PVC-P, pela perda de plastificantes e por desidrocloração;
h) troca iónica do componente argiloso.

A.1.4 Utilização de material reprocessado


Os materiais reprocessados (RWM) poderão ser utilizados sem limitações, caso a matéria-prima original
obedeça aos requisitos deste Anexo A e não se formem grânulos no reprocessamento.
No caso da formação de grânulos no reprocessamento, o material reprocessado, proveniente da mesma
produção ou fonte, pode ser utilizado, caso o produto final satisfaça os requisitos do presente Anexo A.
NOTA: Os grânulos resultam de um processo térmico em que o polímero fundido é extrudido através de uma ranhura plana e
cortado de modo a formar os pequenos grânulos. Este processo pode afetar as propriedades do produto.

A.1.5 Materiais reciclados


Um produto contendo PCM (material pós-consumidor) ou PIM (material pós-industrial) poderá ser
considerado suficientemente durável apenas durante uma vida útil mínima de 5 anos, desde que não contenha
materiais biodegradáveis.

A.2 Envelhecimento às intempéries


A.2.1 Generalidades
Envelhecimento às intempéries é a degradação da barreira geossintética exposta à atmosfera sob condições
naturais de luz solar, precipitação, etc. É foto-oxidável por natureza e o principal estimulante é a radiação
ultravioleta. Os ensaios que fornecem uma medida da durabilidade da GBR exposta ao envelhecimento às
intempéries podem ser classificados como diretos ou indiretos, na sua relação com o processo de
envelhecimento às intempéries.
Os ensaios de envelhecimento às intempéries são necessários de acordo com A.4.6.1.2, exceto para
aplicações onde não há exposição do material de GBR à UV ou onde o material seja coberto dentro de três
dias após a sua colocação. Tal material de resistência limitada ao envelhecimento às intempéries deve ser
adequadamente protegido para transporte e armazenamento até ao ponto de aplicação.
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São apresentadas em A.4.6 regras específicas para GBR-C.

A.2.2 Ensaios diretos e ensaios acelerados


São utilizados dois tipos de ensaios, um ensaio direto e um ensaio acelerado. São utilizados ensaios com
tempo real de exposição para determinar os efeitos dos raios ultravioletas nos vários materiais de construção.
Estes ensaios poderão fornecer informação útil quanto à degradação dos materiais expostos, mas tem a
desvantagem de os períodos de ensaio serem demorados, em condições variáveis e incontroláveis. Tais
resultados poderão não ser representativos.
A alternativa é utilizar um método acelerado. Este envolve um ambiente controlado, em que o provete é
exposto a períodos alternados de raios UV e de pulverização com água. Este ensaio é descrito na EN 12224.
As variáveis principais neste tipo de ensaio são as seguintes:
 comprimento de onda e energia emitida pelas lâmpadas;
 temperatura da superfície do provete;
 frequência dos ciclos de exposição aos raios UV/pulverização com água;
 tempo total de exposição aos UV e tempo total de ensaio.
Todos estes fatores afetam os resultados obtidos e são definidos na EN 12224.
A relação entre o tempo de exposição no método de ensaio da EN 12224 e o tempo real de exposição à luz
solar numa localização em particular é um fator importante na avaliação dos resultados do ensaio. Os países
do Sul da Europa estão expostos a uma exposição anual de 3 GJ/m2 a 6 GJ/m2. Assume-se um valor médio de
4,5 GJ/m2. A exposição à radiação UV (radiação com um comprimento de onda < 400 nm) é de 6 % a 9 %
deste valor, ou 350 MJ/m2 por ano.
Na EN 12224, a exposição radiante é limitada a 50 MJ/m2, correspondente a um mês de verão no Sul da
Europa. Uma vez que o ensaio de radiação é de cerca de 40 W/m2 e deverá ser interrompido por uma hora em
cada seis, a duração normal do ensaio é de aproximadamente 430 h. Para simular efetivamente as condições
médias europeias em obra, para um período de um ano, o período de ensaio necessário seria de
aproximadamente de 3 000 h.
Comparações entre o envelhecimento às intempéries natural e o acelerado baseado na exposição radiante têm
sido no geral satisfatórias, apesar do erro, em casos específicos, poder exceder os 50 %. As temperatura,
altitude, humidade e equipamento utilizado nos ensaios de tempo real têm um efeito importante na
correlação.

A.2.3 Período de exposição

A.2.3.1 Generalidades
Podem ser identificadas três categorias de exposição. Estas são:
 aplicações onde, ou não há exposição à luz solar do material da barreira geossintética, ou o material é
coberto dentro de três dias de exposição. Assume-se que tal material de fraca resistência ao
envelhecimento às intempéries será adequadamente protegido para transporte com uma proteção
resistente aos UV e que tal proteção não será removida antes da aplicação. Tais aplicações incluem o
revestimento de túneis e outras estruturas subterrâneas. Não é requerido qualquer ensaio de
envelhecimento às intempéries para estas aplicações;
 aplicações onde há exposição limitada do material da barreira geossintética durante a construção por um
período máximo de um ano, mas em que o processo construtivo exige a sua cobertura, de modo a não
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haver exposição durante o seu uso normal ao longo da vida. Tais aplicações podem ser
impermeabilização nos aterros de resíduos sólidos e alguns reservatórios, barragens e canais. Para estas
aplicações ver A.2.3.2;
 aplicações onde a barreira geossintética será exposta durante o seu funcionamento ao longo da vida da
estrutura (assumida como 25 anos de vida útil). Estas aplicações incluem reservatórios, canais, barragens
e depósitos de resíduos líquidos, onde o dimensionamento não obriga à cobertura de proteção da barreira
geossintética. Para estas aplicações ver A.2.3.3.
Este método de avaliação estará alinhado com a EN 12226. No entanto, o método de ensaio de tração
apropriado a cada tipo de barreira está especificado no Quadro 1. O critério de aceitação é uma alteração não
superior a 25 % da resistência na rotura original e alongamento na rotura.

A.2.3.2 Requisitos para períodos de exposição inferiores a um ano


Os provetes de GBR-P devem ser ensaiados de acordo com EN 12224 a uma exposição radiante de 350
MJ/m2, durante um período estimado de 3 000 h. Os ensaios para avaliação e os critérios de aceitação devem
ser os especificados em A.2.3 para os materiais relevantes. A duração do ensaio deve ser registada nos
documentos.

A.2.3.3 Períodos de exposição superiores a um ano


Para exposição superior a um ano, o fabricante deve fornecer uma declaração de compromisso para um
determinado valor para a resistência ao envelhecimento às intempéries ao fim de 25 anos de vida útil. Esta
declaração deve ter suporte técnico.

A.3 Produtos utilizados com uma vida útil inferior ou igual a 5 anos
Qualquer GBR, para o qual este Anexo A não contenha ensaios de determinação, poderá ser considerado
suficientemente durável para uma vida útil até 5 anos, desde que não contenha materiais biodegradáveis e
seja utilizado:
a) em solos naturais com pH entre 4 e 9 (determinado de acordo com a ISO 10390); e
b) num solo com temperatura ≤ 25 °C.
Tal produto poderá conter PCM ou PIM.
A informação do produto deve indicar: “Previsto para durar 5 anos em solos naturais com 4 ≤ pH ≤ 9 e
temperaturas do solo ≤ 25 °C”.

A.4 Outras aplicações e vida útil de 25 e 50 anos


A.4.1 Generalidades
O produto GBR-B, que poderá consistir em polímeros virgens ou reprocessados ou uma combinação destes,
poderá ser considerado suficientemente durável em solos naturais com um pH entre 4 e 9 e uma temperatura
do solo ≤ 25 °C, desde que seja aprovado nos ensaios de material relevantes para a vida útil especificada.
Os diferentes tipos de GBR-P ou GBR-B podem ser produtos de componente único e produtos
multicomponentes consistindo na barreira polimérica e numa camada de tecido/geotêxtil.
A informação do produto deve indicar:
NP
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“Prevê-se que seja durável durante (especifique a vida útil, 25 ou 50 anos) em solos naturais com 4 ≤ pH ≤ 9
e temperaturas do solo ≤ 25 °C” com base nos resultados do método de ensaio (referência à secção relevante
e duração do ensaio de A.5)”.
Produtos multicomponentes:
No caso de uma GBR-P suportada por geotêxteis, a camada de barreira deve ser ensaiada separadamente, de
acordo com os procedimentos descritos para o tipo de polímero. A espessura da camada de barreira ensaiada
deve ser idêntica à espessura da camada de barreira no produto geotêxtil acabado.
O componente geotêxtil da GBR-P com suporte geotêxtil deve ser ensaiado quanto à sua durabilidade
separadamente, de acordo com a EN 13249, EN 13250, EN 13251, EN 13252, EN 13253, EN 13254,
EN 13255, EN 13256, EN 13257, EN 13265 (se aplicável). O componente de tecido deve satisfazer os
requisitos do Anexo A, de acordo com a EN 13249:2016, EN 13257:2016 e EN 13265:2016, durante o
período de vida útil adequado.
A GBR-P poderá ser produzida com uma camada interna coberta de ambos os lados com o polímero. A
GBR-P multicomponente deve então ser ensaiada quanto à sua durabilidade no produto acabado (com a
camada interna) e na menor espessura de acordo com os Quadros A.1 a A.4. Para estes ensaios, aplica-se o
seguinte princípio de preparação da amostra e do provete: amostra com 100 mm de largura por 250 mm, no
mínimo. Cortar um provete com 50 mm por 200 mm, no mínimo, do centro da amostra envelhecida. Devem
ser ensaiadas cinco amostras em ambas as direções. Adicionalmente, a durabilidade do próprio polímero será
ensaiada numa camada de barreira de composição e espessura idênticas, mas sem a camada interna, de
acordo com os Quadros A.1 a A.4. Ambas as amostras devem cumprir todos os requisitos do Anexo A para a
duração adequada do serviço.
Se a GBR-P multicomponente não pode ser produzida sem a camada interna e a sua camada interna for feita
de fibra de vidro e for mais leve que 80 g/m2, a avaliação da durabilidade será realizada apenas no produto
acabado e na menor espessura após os ensaios e requisitos dos Quadros A.1 a A.4. O produto acabado deve
cumprir todos os requisitos do Anexo A para a duração de serviço apropriada.
No caso de uma GBR-P multicomponente feita de PVC-P, o principal critério para a avaliação da
durabilidade do polímero é a perda de peso. As propriedades de tração do produto acabado poderão não
refletir completamente a durabilidade do polímero. O produto acabado deve cumprir todos os requisitos do
Anexo A para a duração de serviço apropriada.
Produtos que não sejam abrangidos pelos critérios acima não são cobertos por este documento.
GBR-B são produtos multicomponentes, para os quais o composto betuminoso e o reforço geotêxtil são
ensaiados separadamente, além de todo o sistema de camadas, de acordo com a seção relevante e duração do
ensaio de A.5.
No caso de uma GBR multicomponente, a informação do produto deve indicar:
“Prevê-se que o filme, revestimento ou membrana anexada dure (especifique a vida útil) em solos naturais
com 4 ≤ pH ≤ 9 e temperaturas do solo ≤ 25 °C com base nos resultados do método de ensaio” (referência à
secção relevante e duração do ensaio de A.5).
No caso de uma GBR-C com bentonite modificada com polímero, a informação do produto deve
adicionalmente declarar: “A bentonita contém um polímero.”
Para toda a GBR-C, a informação do produto deve indicar: “Para cobrir dentro de um dia após a instalação.”

A.4.2 Ensaios para GBR-P de tipo PE


A GBR-P de tipo PE é um copolimetro de tipo α-poliolefina e é classificada pela densidade da GBR-P final
de acordo com a série EN ISO 1183, como se segue:
NP
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 PE-HD: polietileno de alta densidade ≥ 0,940 g/cm3


 PE-LLD: polietileno linear de baixa densidade 0,919 g/cm3 a 0,939 g/cm3
Aplicam-se os seguintes métodos de ensaio:
 envelhecimento às intempéries (A.2);
 resistência à lixiviação (A.5.4);
 resistência à oxidação (A.5.5);
 fissuração por agressão ambiental (A.5.3).
A avaliação deve estar de acordo com A.6.2 e A.6.3. Os critérios de aceitação devem estar de acordo com
A.5.3 a A.5.5. Se não for viável o ensaio de tração para A.6.2, por exemplo, em produtos estruturados sem
uma extremidade lisa, então deve ser ensaiada uma amostra lisa da mesma formulação juntamente com o
produto estruturado. A amostra lisa é avaliada quanto à sua resistência na rotura residual e à deformação
nominal na rotura com base num comprimento de referência de 50 mm (A.6.2) e o tempo de indução
oxidativa restante da amostra estruturada para o tempo de indução oxidativa restante.
Não se aplicam a polímeros não cristalinos como PE-LLD ensaios de fissuração por agressão ambiental
(A.5.3). Mas podem existir produtos PE-LLD para aplicações especiais com densidades mais altas, como
0,939 g/cm3. Para esses produtos, o teor de aditivos pode ser maior. Neste caso, é obrigatório ensaiar a
resistência à fissuração por agressão ambiental de acordo com a EN 14576, de acordo com os requisitos de
A.5.3.
NOTA: O PE-VLD é considerado como tipo FPO e é tratado de acordo com A.4.3.

A.4.3 Ensaios para GBR-P tipo FPO


A GBR-P de tipo FPO é caracterizada pelo seu conteúdo de polímero e pela densidade da camada de barreira
de acordo com a série EN ISO 1183, como se segue:
 o principal componente de uma GBR-P tipo EVA é um polietileno modificado com acetato de vinil (VA)
com o teor de VA de 5 % a 20 % no EVA. A densidade está tipicamente no intervalo de 0,92 g/cm3 a
0,96 g/cm3. Os componentes restantes são polímeros e/ou pigmentos, estabilizantes e corantes
compatíveis e irão influenciar a densidade da camada de barreira;
 FPP é um copolímero de propileno flexível com etileno. O teor de polímero de FPP é tipicamente > 85 %
do polímero. A densidade está tipicamente no intervalo de 0,89 g/cm3 a 0,91 g/cm3. Os componentes
restantes são polímeros e/ou pigmentos, estabilizantes e corantes compatíveis e irão influenciar a
densidade da camada de barreira;
 o VLDPE é um polietileno linear de densidade muito baixa com uma densidade típica de 0,910 g/m3 a
0,918 g/cm3. Podem existir produtos VLDPE para aplicações especiais com densidades mais altas, como
0,918 g/cm3. Para estes produtos, o teor de aditivos pode ser maior e é obrigatório ensaiar a resistência à
fissuração por agressão ambiental de acordo com a EN 14576, de acordo com os requisitos de A.5.3.
Poderão existir produtos PE-VLD para aplicações especiais com densidades mais altas, como 0,918 g/cm3.
Para estes produtos, o teor de aditivos pode ser maior e é obrigatório ensaiara resistência à fissuração por
agressão ambiental de acordo com a EN 14576, de acordo com os requisitos de A.5.3.
Aplicam-se os seguintes métodos de ensaio:
 envelhecimento às intempéries (A.2);
 resistência à lixiviação (A.5.4);
NP
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 resistência à oxidação (A.5.5);


 fissuração por agressão ambiental (A.5.3).
A avaliação deve estar de acordo com A.6.2 e A.6.3. Os critérios de aceitação devem estar de acordo com
A.5.4 a A.5.5. Caso o ensaio de tração para A.6.2 não seja viável, por exemplo, para produtos estruturados
sem uma extremidade lisa, então deve ser ensaiada uma amostra lisa da mesma formulação juntamente com
o produto estruturado. A amostra lisa é avaliada quanto a sua tensão residual na rotura e para a tensão
nominal na rotura num comprimento de referência de 50 mm (A.6.2) e o tempo de indução oxidativa
restante, a amostra estruturada para o tempo restante de indução oxidativa.
O ensaio de fissuração por agressão ambiental (A.5.3) não se aplica a polímeros não cristalinos (PE-VLD).
No entanto, poderão existir produtos PE-VLD para aplicações especiais com densidades mais altas, como
0,939 g/cm3. Para esses produtos, o teor de aditivos pode ser maior. Neste caso, é obrigatório ensaiar a
resistência à quebra sob tensão ambiental de acordo com a EN 14576, de acordo com os requisitos de A.5.3.

A.4.4 Ensaios para GBR-P do tipo EPDM


O EPDM é um terpolímero feito de etileno (E), propileno (P), dieno (D) com o teor de terpolímero > 95 %
no conteúdo do polímero GBR-P. O "M" significa que a cadeia de carbono principal está totalmente
saturada. A vulcanização ocorre com a adição de enxofre. O produto contém os seguintes componentes:
 > 25 % EPD;
 > 25 % carbono negro;
 < 25 % enchimentos minerais;
 < 55 % carbono negro + enchimentos minerais.
Os restantes componentes são óleo e agentes de vulcanização.
Aplicam-se os seguintes métodos de ensaio:
 envelhecimento às intempéries (A.2);
 resistência à lixiviação (A.5.4);
 resistência à oxidação (A.5.5);
 fissuração por agressão ambiental (A.5.3).
A avaliação deve ser de acordo com A.6.2. Os critérios de aceitação devem ser de acordo com A.5.2, A.5.4 e
A.5.5.

A.4.5 Ensaios para GBR-P feitos de PVC-P


O principal componente de uma GBR-P tipo PVC-P é o PVC com conteúdo de plastificante, o qual se
encontra, tipicamente, no intervalo de 25 % a 35 % em massa.
Aplicam-se os seguintes métodos de ensaio:
 envelhecimento às intempéries (A.2);
 degradação microbiológica (A.5.2);
 resistência à lixiviação (A.5.4);
 resistência à oxidação (A.5.5).
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A avaliação deve ser de acordo com A.6.2 e A.6.4. Os critérios de aceitação devem ser de acordo com A.5.2,
A.5.4 e A.5.5.

A.4.6 Ensaios para barreiras geossintéticas argilosas (GBR-C)

A.4.6.1 Componentes geotêxteis de uma GBR-C

A.4.6.1.1 Durabilidade dos componentes geotêxteis de uma GBR-C


As matérias-primas típicas para os componentes geotêxteis da GBR-C são Polipropileno (PP) e Polietileno
(PE). Todas as matérias-primas utilizadas como componente geotêxtil devem satisfazer os requisitos do
Anexo B comuns às EN 13249:2016, EN 13257:2016 e EN 13265:2016 durante um período de vida útil
adequado. Deve ser ensaiado o componente geotêxtil sozinho. Se outros componentes forem usados numa
GBR-C, eles também devem ser ensaiados quanto à durabilidade de acordo com os requisitos do Anexo B
comuns às EN 13249:2016, EN 13250:2016, EN 13251:2016, EN 13252:2016, EN 13253:2016,
EN 13254:2016, EN 13255:2016, EN 13256:2016, EN 13257:2016 e EN 13265:2016.

A.4.6.1.2 Envelhecimento às intempéries de componentes geotêxteis de uma GBR-C


A GBR-C deve ser coberta com terra ou outro material dentro de 24 h ou mais cedo se o componente de
bentonite for suscetível de se hidratar. Para essas condições, o ensaio do envelhecimento às intempéries dos
componentes geotêxteis não é necessário.
Se a GBR-C não hidratar ou dessecar em condições específicas do local, poderá ser coberto após mais de
24 h. Se a GBR-C for fornecida com bentonite hidratada e não hidratar, dessecar ou encolher, poderá ser
coberta após mais de 24 h. Para estas condições, todos os componentes expostos devem satisfazer os
requisitos do Anexo B comuns às EN 13249:2016, EN 13257:2016 e EN 13265:2016 para o envelhecimento
às intempéries (Quadro A.1, outras aplicações).

A.4.6.2 Componentes argilosos de uma GBR-C

A.4.6.2.1 Durabilidade da argila de uma GBR-C


O ensaio de durabilidade é realizado na GBR-C final para 25 e 50 anos. (para GBR-C de múltiplos
componentes, ver A.4.6.3), este ensaio deve ser realizado na GBR-C antes da adição do revestimento, filme
ou membrana).
Para GBR-C contendo argila modificada com polímero este ensaio deve ser realizado numa GBR-C idêntica
no qual a argila não é modificada com polímero (mesmo teor de argila, usando o mesmo tipo de
componentes sintéticos, tecnologia de produção, etc.).
Descrição:
a) três ensaios numa massa similar (massa de um único provete < ± 5 % da média);
b) deve ser avaliado o teor em água da argila antes da instalação na célula de ensaio, pela ISO 11465;
c) líquido usado: CaCl2, 0,05 mol;
d) condições de pressão, carga de água como descrito na EN 16416;
e) pré-hidratação com água desionizada como descrito na EN 16416 até ser alcançado Fluxo constante;
f) seguir os princípios base da EN 16416;
g) avaliar e registar o fluxo [m3/(m2 × s)] a 10 °C;
h) critérios de fim;
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i) índice de fluxo constante (como descrito na EN 16416) e > 10 vezes o volume do fluxo através do
líquido de ensaio.
1) Devem ser determinados, pelo menos, três valores do índice de fluxo a intervalos regulares durante
um período de tempo não inferior a 24 h.
2) A relação entre o índice do fluxo de entrada e o índice do fluxo de saída deve estar entre 0,75 e 1,25
para as três últimas medições do fluxo consecutivas.
3) Aqui não deve existir nenhuma tendência consistente (aumentar ou diminuir) no índice de fluxo para
as três últimas medições consecutivas.
4) Nenhum dos três últimos valores do índice de fluxo calculado deve ser inferior a 0,75 vezes o valor
médio do índice de fluxo (registado), nem superior a 1,25 vezes esse valor médio.
NOTA: Volume poroso do provete = volume do provete (área × espessura) – volume de bentonite no provete (massa/densidade).

O critério de aceitação é um valor do fluxo registado inferior a 1 × 10-7 m3/(m2 × s) a 10 °C.


O ensaio de medição da livre dilatação da argila original e da argila após a permeabilidade (requisito após o
ensaio de permeabilidade ≤ 12 ml) deve ser realizado de acordo com a ASTM D5890.
A menor massa por unidade de área da GBR-C de uma série de produtos do mesmo processo produtivo e
mesmas matérias-primas, mas massas de argila diferentes que preencham os requisitos de durabilidade, deve
ser ensaiada e deve definir a durabilidade para os produtos com maior massa de argila.
Este ensaio deve ser repetido em cada cinco anos ou em cada alteração de formulação.

A.4.6.2.2 Envelhecimento às intempéries da argila de uma GBR-C


Não há requisitos porque a argila não é afetada pela exposição aos raios UV.

A.4.6.3 GBR-C multicomponente

A.4.6.3.1 Generalidades
Uma GBR-C multicomponente é uma GBR-C à qual está associado um filme, revestimento ou membrana.
 GBR-C laminada:
um produto GBR-C com pelo menos uma camada de filme ou membrana sobreposta e ligada ao GBR-C
por um adesivo geralmente sob calor e pressão;
 GBR-C revestida:
um produto GBR-C com pelo menos uma camada de uma substância sintética (tal como poliolefinas,
betuminosas ou outras) aplicada à GBR-C como um fluido e deixada solidificar.

A.4.6.3.2 Durabilidade do filme, revestimento ou membrana associado


No caso do filme, revestimento ou membrana associado contribuir para o desempenho a longo prazo do
produto total, deve ser ensaiada a durabilidade antes da combinação com a GBR-C. No caso de um
revestimento, deve ser ensaiado numa placa prensada do material de revestimento considerando as
dimensões da camada aplicada e o tipo de polímero seguindo A.5 e A.6.
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A.4.6.3.3 Envelhecimento às intempéries do filme, revestimento ou membrana associado


A GBR-C multicomponente deve ser coberta com terra ou outro material no mesmo dia útil (ou dentro de
24 h) ou antes, se o componente argiloso não hidratar. Para estas condições, não é necessário o ensaio de
envelhecimento às intempéries do componente barreira.

A.5 Ensaios de durabilidade na GBR-P

A.5.1 Introdução
Todos os ensaios para estabelecer a durabilidade das barreiras geossintéticas são realizados expondo
primeiro um provete a ambientes simulados e/ou acelerados sob condições controladas (o ensaio de
exposição) seguido de um ou mais ensaios físicos/mecânicos selecionados no provete exposto (o ensaio de
avaliação). Uma comparação dos resultados do ensaio de avaliação com aqueles obtidos do mesmo ensaio
numa amostra de controlo não exposta fornece tipicamente uma base para aceitabilidade. A única exceção a
esta regra é o ensaio de resistência à fissuração por agressão ambiental, que inclui exposição e avaliação num
único procedimento.
Os provetes para o ensaio de avaliação devem, em todos os casos, ser cortados das placas de ensaio expostas
após a exposição.
Para a avaliação da durabilidade da GBR-P, deve ser determinada a espessura de acordo com a secção
relevante do Quadro1.
Nos casos em que uma determinada barreira geossintética é fabricada numa variedade de classes que diferem
apenas uma da outra na espessura, é aceitável ensaiar apenas a classe com a menor espessura. No entanto, se
posteriormente for selecionado um grau mais espesso para cumprir o nível recomendado de desempenho de
durabilidade no ensaio relevante, esse grau de espessura também deve ser ensaiado.

A.5.2 Degradação microbiológica


Deve ser ensaiada uma amostra da GBR-P de acordo com a EN 12225. Os ensaios de avaliação e critérios de
aceitação devem ser os especificados em A.6 para o material relevante, de acordo com as subseções
relevantes.
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Quadro A.1 – Ensaio da degradação microbiológica e critérios de aceitação


Ensaio de avaliação e
25 anos vida útil 50 anos vida útil
critério de aceitação
Tipo PE
PE-HD Resistente sem ensaio Resistente sem ensaio
PE-LLD Resistente sem ensaio Resistente sem ensaio
Tipo FPO
PE-VLD Resistente sem ensaio Resistente sem ensaio
FPP Resistente sem ensaio a)
EVA Resistente sem ensaio Resistente sem ensaio
Elastómeros termoendurecíveis
EPDM De acordo com a EN 12225 De acordo com a EN 12225 A.6.2 ≥ 75 % de resistência à
tração residual na rotura e
tensão residual na rotura de
acordo com EN 12311–2,
método
Registar a fissuração da
superfície, procedimento
GM 16 adicionalmente
registar a resistência ao
rasgo, ISO 34-1 Método C,
amostra sem entalhe
Tipo PVC
PVC-P De acordo com a EN 12225 De acordo com a EN 12225 A.6.2 ≥ 75 % de resistência à
tração residual na rotura e
tensão residual na rotura de
acordo com EN ISO 527-3;
no caso de uma camada de
suporte geotêxtil também de
acordo com A.4.1
A.6.4
amostragem de acordo com
EN 1849-2 (modificada
usando 5 provetes)
Alteração na massa < 10 %
de acordo com a EN 1849–2
a)
“”: Parâmetros de ensaio ainda não definidos.
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A.5.3 Resistência à fissuração por agressão ambiental


Deve ser ensaiada uma amostra da GBR-P de acordo com a EN 14576 (ensaio de ponto único, 30 % de
resistência à tração e à temperatura de 50 °C).
Os provetes devem ser retirados na direção mais fraca de acordo com a medição da resistência à tração.
O relatório do ensaio deve indicar se qualquer falha obtida no prazo de 336 h (2 semanas) se deve ao
alongamento sem rotura: tal falha deve ser considerada como satisfazendo os requisitos.
No caso da GBR-P com uma espessura de ≤ 1,0 mm, o ensaio deve ser realizado num provete da mesma
formulação com uma espessura ≥ 1,0 mm.
No caso da GBR-P com superfícies texturizadas, o ensaio deve ser realizado num provete do mesmo material
com superfícies lisas. Esses provetes devem ser obtidos de uma das seguintes fontes:
 superfície lisa da GBR-P na fase fabrico de pré-texturização (se aplicável);
 um provete obtido de qualquer orla de soldagem, de superfície lisa, fornecida na extremidade do rolo;
 uma GBR-P lisa feita da mesma formulação que a utilizada para a GBR-P texturizada.
Quadro A.2 – Ensaio fissuração por agressão ambiental e critérios de aceitação
25 anos vida útil 50 anos vida útil
Tipo PE
PE-HD EN 14576 EN 14576
Tempo de falha médio de 5 provetes > 336 h Tempo de falha médio de 5 provetes > 336 h
Valor declarado e ensaiado Valor declarado e ensaiado
a)
PE-LLD Não relevante Não relevantea)
Tipo FPO
PE-VLD Não relevantea) Não relevantea)
FPP Não relevante b)
EVA Não relevante Não relevante
Elastómeros termoendurecíveis
EPDM Não relevante Não relevante
Tipo PVC
PVC-P Não relevante Não relevante
a)
A ser ensaiado se a densidade do produto final for > 0,939 g/cm3.
b)
“”: Parâmetros de ensaio ainda não definidos.

A.5.4 Resistência à lixiviação


Deve ser ensaiada uma amostra da GBR-P quanto à sua resistência à lixiviação por líquidos especificados, de
acordo com a EN 14415, Método A, com as seguintes modificações:
 o Método A será modificado: não é necessário mexer a água. Deve ser utilizada água de grau 3 de acordo
com EN ISO 3696. Mudança de água uma vez por semana até 28 dias de exposição, depois a cada 14 dias;
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 as temperaturas dos ensaios e as durações dos ensaios são apresentadas no Quadro A.3.
As condições específicas para os ensaios de avaliação e critérios de aceitação para os diferentes polímeros
são apresentadas no Quadro A.3.
Devem ser registados os resultados dos ensaios e avaliações, juntamente com quaisquer sinais visíveis de
degradação.
Quadro A.3 – Ensaio de resistência à lixiviação e critérios de aceitação
Ensaio de avaliação e
25 anos vida útil 50 anos vida útil
critério de aceitação
Tipo PE
PE-HD 28 dias em água a 80 °C 56 dias em água a 80 °C Baseado na EN 14415, mas
com modificações nas
Resistência à tração residual Resistência à tração residual
condições de ensaio
na rotura e do alongamento na rotura e do alongamento
mencionadas neste Quadro
residual na rotura ≥ 75 % residual na rotura ≥ 75 %
A.6.2 Ensaio de tração de
OIT a 200 °C > 40 min OIT a 200 °C > 25 min
acordo com o Quadro 1, em
alternativamente alternativamente CMD
HP-OIT residual a 320 min HP-OIT residual a 320 min A.6.3
Registar o índice de fluidez
de acordo com a
EN ISO 1133-1 antes e
depois dos ensaios de
lixiviação
PE-LLD 28 dias em água a 80 °C 56 dias em água a 80 °C Baseado na EN 14415, mas
com modificações nas
Resistência à tração residual Resistência à tração residual
condições de ensaio
na rotura e do alongamento na rotura e do alongamento
mencionadas neste Quadro
residual na rotura ≥ 75 % residual na rotura ≥ 75 %
A.6.2 Ensaio de tração de
OIT a 200 °C > 40 min OIT a 200 °C > 25 min
acordo com o Quadro 1, em
alternativamente alternativamente CMD
HP-OIT residual a 320 min HP-OIT residual a 320 min A.6.3
Registar o índice de fluidez
de acordo com a
EN ISO 1133-1 antes e
depois dos ensaios de
lixiviação
(continua)
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Quadro A.3 – Ensaio de resistência à lixiviação e critérios de aceitação (continuação)


Ensaio de avaliação e critério de
25 anos vida útil 50 anos vida útil
aceitação
Tipo FPO
PE-VLD 28 dias em água a 80 °C 56 dias em água a 80 °C Baseado na EN 14415, mas com
modificações nas condições de
Resistência à tração Resistência à tração
ensaio mencionadas neste Quadro
residual e do alongamento residual e do alongamento
residual na rotura ≥ 75 % residual na rotura ≥ 75 % A.6.2 Ensaio de tração de acordo
com o Quadro 1, em CMD
OIT a 200 °C > 40 min OIT a 200 °C > 25 min
A.6.3
alternativamente alternativamente
Registar o índice de fluidez de
HP-OIT residual a 320 min HP-OIT residual a 320
acordo com a EN ISO 1133-1
min
antes e depois dos ensaios de
lixiviação
FPP 28 dias em água a 80 °C Baseado na EN 14415, mas com
modificações nas condições de
Resistência à tração
ensaio mencionadas neste Quadro
residual na rotura e do
alongamento residual na A.6.2 Ensaio de tração de acordo
rotura ≥ 75 % com o Quadro 1, em CMD
Registar o índice de fluidez de
acordo com a EN ISO 1133-1
antes e depois dos ensaios de
lixiviação
EVA 90 dias em água a 80 °C 180 dias em água a 80 °C
Baseado na EN 14415, mas com
modificações nas condições de
Resistência à tração Resistência à tração
ensaio mencionadas neste Quadro
residual na rotura e do residual na rotura e do
alongamento residual na alongamento residual na A.6.2 Ensaio de tração de acordo
rotura ≥ 75 % rotura ≥ 75 % com o Quadro 1, em CMD
≥ 35 % de OIT inicial a ≥ 25 % de OIT inicial a A.6.3
200 °C 200 °C
Registar o índice de fluidez de
acordo com a EN ISO 1133-1
antes e depois dos ensaios de
lixiviação
Pretende-se usar a temperatura de
oxidação de início (OOT) como
um critério de aceitação
alternativo. Os critérios de
aceitação da OOT deverão ser
registados onde aplicável com
OOT > 160 °C para 25 anos de
vida útil e > 180 °C para 50 anos
de vida útil.
(continua)
NP
EN 13492
2019

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Quadro A.3 – Ensaio de resistência à lixiviação e critérios de aceitação (conclusão)


Ensaio de avaliação e
25 anos vida útil 50 anos vida útil
critério de aceitação
EPDM 28 dias em água a 80 °C 56 dias em água a 80 °C
Baseado na EN 14415, mas
com modificações nas
Resistência à tração residual Resistência à tração residual
condições de ensaio
na rotura ≥ 70 % na rotura ≥ 70 %
mencionadas neste Quadro
Alongamento residual na Alongamento residual na
A.6.2 Ensaio de tração de
rotura ≥ 80 % rotura ≥ 80 %
acordo com o Quadro 1 e
A.4.1 para produtos
multicomponentes
Deve ser registada a
fissuração da superfície,
procedimento GM 16
Registar a resistência ao
rasgo, procedimento de
acordo com ISO 34-1:2015,
Método C, amostra sem
entalhe
Tipo PVC plastificado
PVC-P 180 dias em água a 70 °C 360 dias em água a 70 °C Baseado na EN 14415, mas
com modificações nas
Alongamento residual na Alongamento residual na
condições de ensaio
rotura ≥ 75 % rotura ≥ 75 %
mencionadas neste Quadro
Registar a resistência à tração Registar a resistência à tração
A.6.2 Ensaio de tração de
residual na rotura residual na rotura
acordo com o Quadro 1 e
Alteração na massa ≤ 10 % Alteração na massa ≤ 10 % A.4.1 para produtos
multicomponentes
A.6.4 procedimento de
amostragem de acordo com a
EN 1296, alteração na massa
de acordo com a EN 1849-2

A.5.5 Resistência à oxidação/envelhecimento térmico


Deve ser ensaiada uma amostra da GBR-P quanto à sua resistência à oxidação, de acordo com a EN 14575,
com as seguintes modificações, conforme indicado no Quadro A.4:
As temperaturas de ensaio e as durações dos ensaios são dadas no Quadro A.4.
NOTA: Um método de autoclave está em desenvolvimento para a determinação da resistência à oxidação de poliolefinas. Quando
estiverem disponíveis dados suficientes para que isso seja aplicado a geotêxteis e produtos relacionados, pretende-se que este seja
incluído como um método alternativo numa revisão futura deste documento.

Os ensaios de avaliação e critérios de aceitação devem ser especificados para o material relevante:
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Quadro A.4 – Ensaio de resistência à oxidação térmica e critérios de aceitação


Ensaio de avaliação e
25 anos vida útil 50 anos vida útil
critério de aceitação
Tipo PE
PE-HD 90 dias a 80 °C 180 dias a 80 °C Baseado na EN 14575, mas
com modificações nas
Resistência à tração residual Resistência à tração residual
condições de ensaio
na rotura e do alongamento e do alongamento residual na
mencionadas neste Quadro
residual na rotura ≥ 75 % rotura ≥ 75 %
A.6.2
OIT a 200 °C ≥ 30 min OIT a 200 °C ≥ 15 min
Ensaio de tração de acordo
alternativamente alternativamente
com o Quadro 1, em CMD
HP-OIT residual a HP-OIT residual a
A.6.3
150 °C ≥ 320 min 150 °C ≥ 320 min
PE-LLD 90 dias a 80 °C 180 dias a 80 °C Baseado na EN 14575, mas
com modificações nas
Resistência à tração residual Resistência à tração residual
condições de ensaio
na rotura e do alongamento na rotura e do alongamento
mencionadas neste Quadro
residual na rotura ≥ 75 % residual na rotura ≥ 75 %
A.6.2
OIT a 200 °C ≥ 30 min OIT a 200 °C ≥ 15 min
Ensaio de tração de acordo
alternativamente alternativamente
com o Quadro 1, em CMD
HP-OIT residual a HP-OIT residual a
A.6.3
150 °C ≥ 320 min 150 °C ≥ 320 min
Tipo FPO
PE-VLD 90 dias a 80 °C 180 dias a 80 °C Baseado na EN 14575, mas
com modificações nas
Resistência à tração residual Resistência à tração residual
condições de ensaio
na rotura e do alongamento na rotura e do alongamento
mencionadas neste Quadro
residual na rotura ≥ 75 % residual na rotura ≥ 75 %
A.6.2
OIT a 200 °C ≥ 30 min OIT a 200 °C ≥ 15 min
Ensaio de tração de acordo
alternativamente alternativamente
com o Quadro 1, em CMD
HP-OIT residual a HP-OIT residual a
A.6.3
150 °C ≥ 320 min 150 °C ≥ 320 min
FPP 90 dias a 80 °C  Baseado na EN 14575, mas
com modificações nas
Resistência à tração residual
condições de ensaio
na rotura e do alongamento
mencionadas neste Quadro
residual na rotura ≥ 75 %
A.6.2
Ensaio de tração de acordo
com o Quadro 1, em CMD
(continua)
NP
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2019

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Quadro A.4 – Ensaio de resistência à oxidação térmica e critérios de aceitação (continuação)


Ensaio de avaliação e
25 anos vida útil 50 anos vida útil
critério de aceitação
EVA 90 dias a 80 °C 180 dias a 80 °C Baseado na EN 14575, mas
com modificações nas
Resistência à tração residual Resistência à tração residual
condições de ensaio
na rotura e do alongamento na rotura e do alongamento
mencionadas neste Quadro
residual na rotura ≥ 75 % residual na rotura ≥ 75 %
A.6.2
35 % de OIT inicial a 200 °C 25 % de OIT inicial a 200 °C
Ensaio de tração de acordo
com o Quadro 1, em CMD
A.6.3
Pretende-se usar a
temperatura de oxidação de
início (OOT) como um
critério de aceitação
alternativo. Os critérios de
aceitação da OOT deverão
ser registados quando
aplicável com OOT > 160 °C
para 25 anos de vida útil e >
180 °C para 50 anos de vida
útil.
Elastómeros termoendurecíveis
EPDM 90 dias a 80 °C 180 dias a 80 °C Baseado na EN 14575, mas
com modificações nas
Resistência à tração residual Resistência à tração residual
condições de ensaio
na rotura ≥ 60 % na rotura ≥ 50 %
mencionadas neste Quadro
Alongamento residual na Alongamento residual na
A.6.2
rotura ≥ 75 % rotura ≥ 75 %
Ensaio de tração de acordo
com o Quadro 1 e A.4.1 para
produtos multicomponentes
Deve ser registada a
fissuração da superfície,
procedimento GM 16
Registar a resistência ao
rasgo, procedimento de
acordo com ISO 34-1:2015,
Método C, amostra sem
entalhe
(continua)
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Quadro A.4 – Ensaio de resistência à oxidação térmica e critérios de aceitação (conclusão)


Ensaio de avaliação e
25 anos vida útil 50 anos vida útil
critério de aceitação
Tipo PVC plastificados
PVC-P 180 dias a 70 °C 360 dias em água a 70 °C Baseado na EN 14575, mas
com modificações nas
Alongamento residual na Alongamento residual na
condições de ensaio
rotura ≥ 75 %, registar a rotura ≥ 75 %, registar a
mencionadas neste Quadro
resistência à tração residual resistência à tração residual
na rotura na rotura A.6.2
Alteração na massa ≤ 10 % Alteração na massa ≤ 10 % Ensaio de tração de acordo
com o Quadro 1 e A.4.1 para
produtos multicomponentes
A.6.4
procedimento de amostragem
de acordo com a EN 1296,
alteração na massa de acordo
com a EN 1849-2

A.6 Ensaio de avaliação em GBR-P e GBR-C


A.6.1 Generalidades
As propriedades para avaliação das diferentes GBR são definidas em A.6.2 a A.6.5. Os critérios de aceitação
são definidos nos Quadros A.1 a A.4. Modificações nas normas de ensaio atuais são descritas nos Quadros
A.1 a A.4.

A.6.2 Avaliação por comparação de propriedades de tração


Os provetes obtidos de amostras expostas e não expostas devem ser ensaiados utilizando o método de ensaio
de tração adequado ao tipo de barreira geossintética, conforme especificado no Quadro 1 (ou A.1 a A.4) do
presente documento. Os critérios de aceitação para cada GBR-P são definidos nos Quadros A.2 a A.4. Para
GBR-C, os critérios de aceitação devem ser valores retidos de pelo menos 50 % da tração residual (nenhum
critério para alongamento).
O ensaio de tração para avaliação após o ensaio de durabilidade para o PVC-P e o tipo FPO da GBR-P deve
ser realizado a 100 mm/min.

A.6.3 Avaliação por comparação do tempo de indução da oxidação (OIT)


Para GBR em que a resistência à tração e o alongamento na rotura não são suficientes para a avaliação da
durabilidade devido à existência de estabilizadores que conferem resistência à oxidação. Serão também
realizadas avaliações dos ensaios seguintes como base de comparação do tempo de indução da oxidação
(OIT) dos provetes expostos e não expostos.
Três provetes extraídos das amostras expostas devem ser ensaiados de acordo com a ISO 11357-6 (OIT
normalizado). Os provetes devem ser retirados sobre toda a largura da amostra envelhecida, sempre que
possível. O critério de aceitação é um valor OIT como definido nos Quadros A.3 e A.4. Em alternativa pode
ser utilizado o OIT a alta pressão (HP-OIT) de acordo com a ASTM D5885.
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A.6.4 Avaliação por alteração da massa


As GBR devem ser avaliadas pela perda de massa (após secagem de acordo com os métodos de ensaio
apropriados, p. ex. as amostras devem ser previamente secas até que a perda de massa não exceda 0,1 % e só
depois feita a medição) de um provete individual de acordo com a EN ISO 9864, medida antes e após a
exposição. Os critérios de aceitação são definidos nos Quadros A.1 a A.4.

A.6.5 Avaliação por alteração da permeabilidade à água


Os provetes da GBR-C devem ser avaliados de acordo com a EN 16416 e ambos os valores da
permeabilidade à água, da amostra exposta e não exposta, devem ser registados (em unidades de fluxo). A
relação entre a permeabilidade da amostra exposta e a permeabilidade da amostra não exposta não deve ser
superior a 5.

A.7 Ensaios de durabilidade em GBR-B


A.7.1 Introdução
GBR-B são produtos feitos de um composto de betume modificado por um polímero reforçado com um
geotêxtil e revestido em ambos os lados com uma camada fina anti-adesiva (areia fina ou grânulos, talco,
fundível ou filme de libertação, não-tecido fino).
O composto betuminoso modificado com polímero é uma mistura de betume de petróleo e polímero
termoplástico:
 borracha termoplástica da família de tri-blocos SBS (linear ou radial ou uma mistura de) a uma razão
inferior a 20 %, para betume elastomérico;
 ou uma poliolefina termoplástica da família de polipropileno atáxico e/ou isostático e/ou alfa-poliolefina
amorfa, a uma razão inferior a 30 %, para betume plastomérico.
NOTA: O presente documento não abrange GBR-B em betume oxidado.

Todos os ensaios para avaliar a durabilidade das barreiras geossintéticas betuminosas são realizados por
exposição prévia de provetes a ambientes simulados e/ou acelerados em condições controladas (ensaio de
exposição), seguidos por um ou mais ensaios de propriedades físicas/mecânicas selecionadas (ensaio de
avaliação). A comparação dos resultados dos ensaios de avaliação com os obtidos a partir do mesmo ensaio
numa amostra de controlo, não exposta, é a base para a aceitação.
Os provetes para o ensaio de avaliação devem ser sempre cortados da amostra que foi exposta, no final da
exposição.
Para a avaliação da durabilidade a sua espessura deve ser determinada de acordo com a secção relevante no
Quadro 1.
Quando uma barreira geossintética betuminosa é fabricada com várias classes, que diferem umas das outras
apenas na espessura, é aceitável ensaiar apenas a classe de menor espessura.
Aplicam-se os seguintes métodos de ensaio:
 envelhecimento às intempéries (A.7.6);
 resistência à lixiviação (A.7.4);
 degradação microbiológica (A.7.2);
 resistência à oxidação/envelhecimento térmico (A.7.5).
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A avaliação deve estar de acordo com A.8.

A.7.2 Degradação microbiológica


Uma amostra da GBR-B devem ser ensaiadas de acordo com EN 12225.
A temperatura, humidade e duração do ensaio são apresentadas no Quadro A.5.
O ensaio de avaliação e critério de aceitação são apresentados no Quadro A.5 com as seguintes
modificações:
 os ensaios de tração do composto são realizados numa amostra de 60 mm × 20 mm × 2 mm a uma
velocidade de 300 mm/min.
Quadro A.5 – Ensaio de degradação microbiológica e critérios de aceitação
Ensaio de avaliação e
25 anos vida útil 50 anos vida útil
critério de aceitação
GBR-B Elastomérica e plastomérica
Composto Condições de ensaio e De acordo com a EN 12225 Composto elastomérico
e GBR-B requisitos para 50 anos de betuminoso:
16 semanas no solo com
vida útil também são válidos Ensaio de tração: < 50 %
95 % de humidade relativa a
para 25 anos de vida útil alteração no valor da
26 °C
resistência à tração e
alongamento na rotura
Composto plastomérico
betuminoso:
Temperatura do ponto de
amolecimento do anel e da
esfera: ≥ 130 °C, de acordo
com a EN 1427
GBR-B:
Ensaio de tração: < 25 %
alteração no valor da
resistência à tração e
alongamento na rotura na
direção do comprimento de
acordo com a EN 12311-1

A.7.3 Resistência à fissuração por agressão ambiental


As GBR-B não são sensíveis à fissuração por agressão ambiental.
Quadro A.6 – Ensaio de fissuração por agressão ambiental
25 anos vida útil 50 anos vida útil
GBR-B Elastomérica e plastomérica
Não relevante Não relevante
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A.7.4 Resistência à lixiviação


As GBR-B devem ser ensaiadas para a determinação da resistência à lixiviação para líquidos específicos de
acordo com a EN 14415, Método A com as seguintes alterações:
 Método A que será modificado: não é necessário agitar a água. Deve ser utilizada água de grau 3 de
acordo com EN ISO 3696. Mudar a água uma vez por semana até 28 dias de exposição, depois a cada 14
dias,
 temperatura e duração dos ensaios são apresentadas no Quadro A.7.
Os ensaios da avaliação e critério de aceitação são apresentados no Quadro A.7, com as seguintes alterações:
 para a medição da temperatura do ponto de amolecimento do anel e da esfera do composto, é necessário
aquecer os anéis e soldar suavemente 2 placas de composto para alcançar a espessura dos anéis;
 para alteração da massa do composto, envelhecer e pesar uma placa de 150 mm × 150 mm × 2 mm;
alternativamente, pode ser utilizado um disco de diâmetro de 60 mm × 2 mm.
Adicionalmente, qualquer sinal visível de degradação deve ser registado.
Critérios de ensaio para os diferentes compostos betuminosos e para o geotêxtil utilizado como reforço no
Quadro A.7. Quando for utilizado um véu de vidro apenas para fins de produção, não deve ser ensaiado.
Quadro A.7 – Ensaio de resistência à lixiviação e critérios de aceitação
Ensaio de avaliação e critério
25 anos vida útil 50 anos vida útil
de aceitação
GBR-B Elastomérica e plastomérica
Composto Condições de ensaio e 56 dias em água a 50 °C Composto betuminoso:
e GBR-B requisitos para 50 anos de Temperatura do ponto de
vida útil também são válidos amolecimento do anel e da
para 25 anos de vida útil esfera:
≥ 100 °C para elastomérico e
≥ 130 °C para plastomérico, de
acordo com a EN 1427
Alteração da massa de acordo
com a EN 1849-1: < 5 %
GBR-B:
Ensaio de tração: < 25 %
alteração no valor da
resistência à tração e
alongamento na rotura na
direção do comprimento de
acordo com a EN 12311-1
GTX-N Condições de ensaio e 28 dias em água a 80 °C de Ensaio de tração: < 50 % da
(poliéster) requisitos para 50 anos de acordo com a resistência à tração residual na
vida útil também são válidos EN 13249/EN 12447 direção do comprimento
para 25 anos de vida útil Deve ser avaliado o conteúdo
de terminais carboxil (CEG) de
acordo com a ASTM D7409 e
a massa molecular média (Mn)
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de acordo com a ASTM D4603


A.7.5 Resistência à oxidação/envelhecimento térmico
Deve ser ensaiada à resistência à oxidação, uma amostra de GBR-B, de acordo com a EN 14575 com as
seguintes alterações, indicadas no Quadro A.8.
As temperaturas e durações de ensaio são apresentadas no Quadro A.8.
Os ensaios de avaliação e critério de aceitação devem ser os especificados.
Quadro A.8 – Ensaio de resistência à oxidação térmica e critérios de aceitação
Ensaio de avaliação e critério de
25 anos vida útil 50 anos vida útil
aceitação
GBR-B Elastomérica e plastomérica
Composto Condições de ensaio e 180 dias a 70 °C Composto betuminoso:
e GBR-B requisitos para 50 anos de Temperatura do ponto de
vida útil também são válidos amolecimento do anel e da esfera
para 25 anos de vida útil ≥ 90 °C para elastomérico e
≥ 120 °C para plastomérico, de
acordo com a EN 1427
GBR-B:
Ensaio de tração: < 25 % alteração
no valor da resistência à tração e
alongamento na rotura na direção
do comprimento de acordo com a
EN 12311-1
Flexibilidade a baixa temperatura:
≤ -5 °C para elastomérico e
≤ 0 °C para plastomérico, de
acordo com a EN 1109
Resistência ao fluxo de calor a
temperatura elevada: ≥ 90 °C para
elastomérico e ≥ 110 °C para
plastomérico, de acordo com a
EN 1110
Permeabilidade à água de acordo
com a EN 14150
≤ 10-5 m3/(m2d)

A.7.6 Envelhecimento às intempéries


Deve ser ensaiada ao envelhecimento às intempéries, uma amostra de GBR-B, de acordo com a EN 12224
com as seguintes alterações, indicadas no Quadro A.9.
As temperaturas e durações de ensaio são apresentadas no Quadro A.9.
Os ensaios de avaliação e critério de aceitação devem ser os especificados, conforme os requisitos de
A.2.3.2.
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Quadro A.9 – Ensaio de envelhecimento às intempéries e critério de aceitação


Condições de
Ensaios de avaliação e critério de aceitação
envelhecimento
GBR-B Elastomérica e plastomérica
Composto De acordo com a Composto betuminoso:
e GBR-B EN 12224, 5 h UV a Temperatura do ponto de amolecimento do anel e da esfera ≥
50 °C seco /1 h água a 100 °C para elastomérico e ≥ 130 °C para plastomérico, de
25 °C acordo com a EN 1427
3 000 h GBR-B:
Ensaio de tração: < 25 % alteração no valor da resistência à
tração e alongamento na rotura na direção do comprimento de
acordo com a EN 12311-1
Flexibilidade a baixa temperatura no lado exposto:
≤ -5 °C para elastomérico e
≤ 0 °C para plastomérico, de acordo com a EN 1109
Resistência ao fluxo de calor a temperatura elevada: ≥ 100 °C
para elastomérico e ≥ 120 °C para plastomérico, de acordo com
a EN 1110

A.8 Ensaios de avaliação na GBR-B


A.8.1 Generalidades
As propriedades para avaliação das GBR-B são definidas em A.7. Os critérios de aceitação são definidos nos
Quadros A.5 a A.9. As alterações às normas de ensaio em vigor são descritas nos Quadros A.5 a A.9.

A.8.2 Avaliação por comparação das propriedades de tração


Os provetes das GBR-B retirados de amostras expostas e não expostas devem ser ensaiados de acordo com o
ensaio de tração especificado no Quadro 1, do presente documento. Os critérios de aceitação são definidos
nos Quadros A.5 a A.9.
Para o composto, os provetes são definidos em A.7.2. As especificações e critério de aceitação são definidos
nos Quadros A.5 a A.9.

A.8.3 Avaliação por alteração da massa


Os provetes das GBR-B devem ser avaliados pela perda de massa (após secagem de acordo com os métodos
de ensaio apropriados, p. ex. as amostras devem ser previamente secas até que a perda de massa não exceda
0,1 % e só depois feita a medição) de um provete individual de acordo com a EN 1849-1, medida antes e
após a exposição. Os critérios de aceitação são definidos no Quadro A.7.
Para a alteração da massa do composto, as dimensões dos provetes são definidas em A.7.4 e as
especificações e critério de aceitação são definidos no Quadro A.7.
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A.8.4 Avaliação da permeabilidade à água


Os provetes das GBR-B devem ser avaliados de acordo com a EN 14150 e devem ser medidos os valores da
permeabilidade à água após a oxidação térmica. As especificações são definidas no Quadro A.8.

A.8.5 Avaliação da resistência ao fluxo a temperaturas elevadas


Os provetes das GBR-B devem ser avaliados de acordo com a EN 1110, como definido em A.7 e as
especificações e critério de aceitação são definidas no Quadro A.8.

A.8.6 Avaliação da flexibilidade a baixa temperatura


Os provetes das GBR-B devem ser avaliados de acordo com a EN 1109, como definido em A.7. As
especificações e critério de aceitação são definidas no Quadro A.8.

A.8.7 Avaliação da temperatura do ponto de amolecimento do anel e da esfera


A temperatura do ponto de amolecimento do anel e esfera do composto deve ser avaliada de acordo com a
EN 1427, como definido em A.7. As especificações e critérios de aceitação são definidas nos Quadros A.7 a
A.9.
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Anexo ZA
(informativo)

Relação entre a presente Norma e os requisitos essenciais do Regulamento (UE)


n.º 305/2011
(Quando se aplicar a presente Norma como norma harmonizada nos termos do Regulamento (UE)
n.º 305/2011, os fabricantes e os Estados-Membros são obrigados por este Regulamento a utilizar este
Anexo.)

ZA.1 Objetivo, campo de aplicação e características relevantes


A prese Norma foi elaborada no âmbito do mandato M/107 “Geotextiles” alterado pelo mandato M/386
atribuído ao CEN e CENELEC pela Comissão Europeia (CE) e pela Associação Europeia de Comércio Livre
(EFTA).
Quando esta Norma for citada no Jornal Oficial da União Europeia sob o Regulamento (UE) n.º 305/2011
deve ser possível utilizá-la como uma base para o estabelecimento da Declaração de Desempenho (DdD) e
marcação CE, a partir da data do início do período de coexistência, como especificado no JOUE.
O Regulamento (UE) n.º 305/2011, tal como emendado, contém disposições relativas à DdD e à marcação
CE.
Quadro ZA.1 – Secções relevantes para barreiras geossintéticas
Produto: Barreiras geossintéticas como descrito no objetivo e campo de aplicação desta Norma
Utilização provável: Construção de estruturas de deposição de resíduos líquidos, estações de transferência
ou confinamento secundário
Secções da presente
Níveis e/ou
Norma relacionadas
Características essenciais classes Notas
com as características
limite
essenciais
Resistência à tração 4.3, Quadro 1  Valores registadosc):
GBR-P: N/mm2
kN/m
GBR-P multicomponentes:
N/50 mm
GBR-B: N/50 mm
GBR-C: kN/m
Alongamento 4.3, Quadro 1  Valores registadosc):
%
Resistência ao punçoamento 4.3, Quadro 1  Valores registadosc):
estático
kN
(continua)
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Quadro ZA.1 – Secções relevantes para barreiras geossintéticas (continuação)


Produto: Barreiras geossintéticas como descrito no objetivo e campo de aplicação desta Norma
Utilização provável: Construção de estruturas de deposição de resíduos líquidos, estações de transferência
ou confinamento secundário
Secções da presente Níveis
Norma relacionadas e/ou
Características essenciais Notas
com as características classes
essenciais limite
Estanquidade aos líquidos 4.3, Quadro 1  Permeabilidade à água
(Permeabilidade à água)
Valores registadosd):
GBR-P: (m3/m2/d)
GBR-B: (m3/m2/d)
GBR-C: (m3/m2/s)
Estanquidade ao gás 4.3, Quadro 1  Valores registados:
GBR-P: (m3/m2/d)
GBR-B: (m3/m2/d)
GBR-C: não aplicável
Durabilidade da GBR-P 4.3, Quadro 1  A declarar em
conformidade com a secção
 Espessura
relevante do Anexo A
 Envelhecimento às intempéries
 Degradação microbiológica
 Oxidação
 Fissuração por agressão
ambiental
 Lixiviação
Durabilidade da GBR-B 4.3, Quadro 1  A declarar em
conformidade com a secção
 Espessura
relevante do Anexo A
 Envelhecimento às intempéries
 Degradação microbiológica
 Oxidação
 Lixiviação
(continua)
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Quadro ZA.1 – Secções relevantes para barreiras geossintéticas (conclusão)


Produto: Barreiras geossintéticas como descrito no objetivo e campo de aplicação desta Norma
Utilização provável: Construção de estruturas de deposição de resíduos líquidos, estações de transferência
ou confinamento secundário
Secções da presente Níveis
Norma relacionadas e/ou
Características essenciais Notas
com as características classes
essenciais limite
Durabilidade da GBR-Ca),b) 4.3, Quadro 1  A declarar em
conformidade com a secção
 Oxidação
relevante do Anexo A
(m3/m2/s)
Valor do fluxo com CaCl2
(ver Anexo A)
Substâncias perigosas 4.5 
a)
Se os polímeros são utilizados na bentonite, deve ser indicado na DdD na característica estanquidade aos líquidos.
b)
Se um GBR-C for recoberto com um revestimento, filme ou membrana e não tiver função a longo prazo ou não tiver sido
ensaiado quanto à durabilidade, envelhecimento às intempéries ou propriedades de resistência química, isso deve ser
claramente indicado no DdD na característica da durabilidade.
c)
Registar o valor com tolerância “-”
d)
Registar o valor com tolerância “+”

ZA.2 Sistema de avaliação e verificação da regularidade do desempenho


(AVRD)
O(s) sistema(s) AVRD para produtos de barreira geossintética para utilização na construção de estruturas de
deposição de resíduos líquidos, estações de transferência ou confinamento secundário indicados no Quadro
ZA.1 pode ser encontrado na Decisão Delegada (UE) 2015/1958 da Comissão, de 1 de julho de 2015,
publicada no JOUE sob L 284/181 em 2015-10-30.
Às microempresas é permitido tratar os produtos abrangidos pelo sistema 3 AVRD coberto por esta Norma
de acordo com o sistema 4 AVRD, aplicando este procedimento simplificado com as suas condições,
conforme previsto no artigo 37.º do Regulamento (UE) n.º 305/2011.

ZA.3 Atribuição de tarefas de AVRD


O(s) sistema(s) AVRD dos produtos de barreira geossintética para uso na construção de estruturas de
deposição de resíduos líquidos, estações de transferência ou confinamento secundário, indicado no Quadro
ZA.1, é definido no Quadro ZA.2 resultante da aplicação das secções da presente Norma e doutras normas
nela indicadas. O objetivo das tarefas atribuídas ao organismo notificado deve ser limitado àquelas
características essenciais indicadas, se o forem, no Anexo III do mandato relevante e àquelas que o fabricante
pretenda declarar.
Tendo em conta os sistemas AVRD definidos para os produtos e as utilizações previstas, as seguintes tarefas
devem ser empreendidas pelo fabricante e pelo organismo notificado, respetivamente para a avaliação e
verificação da regularidade de desempenho do produto.
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Quadro ZA.2 – Atribuição das tarefas para AVRD de barreiras geossintéticas na construção de estruturas de
deposição de resíduos líquidos, estações de transferência ou confinamento secundário sujeitas ao sistema 2+
Tarefa objetivo da tarefa Secções da
AVRD a aplicar
Avaliação do desempenho Características essenciais do
do produto de construção Quadro ZA.1 relevantes para a
com base em ensaios utilização prevista declarada
(incluindo amostragem), 5.2
cálculo, valores tabelados ou
em documentação descritiva
do produto
Tarefas para o
Controlo da produção em Parâmetros relacionados com as
fabricante
fábrica (CPF) características essenciais do
5.3
Quadro ZA.1 relevantes para a
utilização prevista declarada
Ensaiar amostras recolhidas Características essenciais do
na fábrica de acordo com o Quadro ZA.1 relevantes para a
5.3
plano de ensaio utilização prevista declarada
documentado
Inspeção inicial da fábrica e Parâmetros relacionados com as
do CPF características essenciais do
Quadro ZA.1 relevantes para a
utilização prevista declarada,
nomeadamente a resistência à
tração, estanquidade aos líquidos 5.3 e 5.3.4
(permeabilidade à água, índice
de fluxo da água respetivo),
resistência ao punçoamento
Tarefas para o estático e alongamento.
organismo notificado Documentação do CPF.
de certificação para
o controlo da Acompanhamento contínuo, Parâmetros relacionados com as
produção em fábrica avaliação e aprovação do características essenciais do
CPF Quadro ZA.1 relevantes para a
utilização prevista declarada,
nomeadamente a resistência à
tração, estanquidade aos líquidos 5.3 e 5.3.5
(permeabilidade à água, índice
de fluxo da água respetivo),
resistência ao punçoamento
estático e alongamento.
Documentação do CPF.
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Bibliografia

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[2] EN 806-1 Specifications for installations inside buildings conveying water for
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[3] EN 1997 (todas as partes) Eurocode 7 – Geotechnical design
[4] EN 13361 Geosynthetic barriers – Characteristics required for use in the
construction of reservoirs and dams
[5] EN 13362 Geosynthetic barriers – Characteristics required for use in the
construction of canals
[6] EN 13491 Geosynthetic barriers – Characteristics required for use as a fluid
barrier in the construction of tunnels and associated underground
structures
[7] EN 13493 Geosynthetic barriers – Characteristics required for use in the
construction of solid waste storage and disposal sites
[8] CEN/TS 14417 Geosynthetic barriers – Test method for the determination of the
influence of wetting-drying cycles on the permeability of clay
geosynthetic barriers
[9] EN 15382 Geosynthetic barriers – Characteristics required for use in
transportation infrastructure
[10] EN 16993 Geosynthetic barriers – Characteristics required for use in the
construction of storage lagoons, secondary containment (above and
below ground) and other containment applications for chemicals,
polluted water and produced liquids
[11] EN 16994 Clay Geosynthetic Barriers – Characteristics required for use in the
construction of underground structures (other than tunnels and
associated structures)
[12] EN ISO 1133-2 Plastics – Determination of the melt mass-flow rate (MFR) and melt
volume-flow rate (MVR) of thermoplastics – Part 2: Method for
materials sensitive to time-temperature history and/or moisture
(ISO 1133-2)
[13] EN ISO 6427 Plastics – Determination of matter extractable by organic solvents
(conventional methods) (ISO 6427)
[14] EN ISO 9001 Quality management systems – Requirements (ISO 9001)
[15] EN ISO 11358-1 Plastics – Thermogravimetry (TG) of polymers – Part 1: General
principles (ISO 11358-1)
[16] EN ISO 13426-1 Geotextiles and geotextile-related products – Strength of internal
structural junctions – Part 1: Geocells (ISO 13426-1)
[17] EN ISO 13426-2 Geotextiles and geotextile-related products – Strength of internal
structural junctions – Part 2: Geocomposites (ISO 13426-2)
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[18] ISO 10390 Soil quality – Determination of pH


[19] ISO/TS 13434 Geosynthetics – Guidelines for the assessment of durability
[20] ASTM D1603 Standard test method for carbon black content in olefin plastics
[21] ASTM D4218 Standard test method for determination of carbon black content in
polyethylene compounds by the muffle-furnace technique
[22] ASTM D5596 Standard test method for microscopic evaluation of the dispersion of
carbon black in polyolefin geosynthetics
[23] ASTM D5885 Standard test method for oxidative Induction time of polyolefin
geosynthetics by high-pressure differential scanning calorimetry
[24] ASTM D6243 Standard Test Method for Determining the Internal and Interface Shear
Resistance of Geosynthetic Clay Liner by the Direct Shear Method
[25] ASTM D6496 Standard Test Method for Determining Average Bonding Peel Strength
Between Top and Bottom Layers of Needle-Punched Geosynthetic Clay
Liners
[26] M/107 – Mandate to CEN/CENELEC concerning the execution of standardization work for
harmonized standards on geotextiles – European Commission – 1996, modified by mandate M/386
(2006)

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