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EN 12464-1
2017
Portuguesa
Luz e iluminação
Iluminação dos locais de trabalho
Parte 1: Locais de trabalho interiores
Lumière et éclairage
Eclairage des lieux de travail
Partie 1: Lieux de travail intérieurs
ICS HOMOLOGAÇÃO
91.160.10 Termo de Homologação n.º 30/2016, de 2017-02-10
ELABORAÇÃO
CT 155 (IPQ)
CORRESPONDÊNCIA EDIÇÃO
Versão portuguesa da EN 12464-1:2011 2017-02-15
CÓDIGO DE PREÇO
X015
Versão portuguesa
Luz e iluminação
Iluminação dos locais de trabalho
Parte 1: Locais de trabalho interiores
A presente Norma é a versão portuguesa da Norma Europeia EN 12464-1:2011, e tem o mesmo estatuto
que as versões oficiais. A tradução é da responsabilidade do Instituto Português da Qualidade.
Esta Norma Europeia foi ratificada pelo CEN em 2011-04-14.
Os membros do CEN são obrigados a submeter-se ao Regulamento Interno do CEN/CENELEC que define
as condições de adoção desta Norma Europeia, como norma nacional, sem qualquer modificação.
Podem ser obtidas listas atualizadas e referências bibliográficas relativas às normas nacionais
correspondentes junto do Secretariado Central ou de qualquer dos membros do CEN.
A presente Norma Europeia existe nas três versões oficiais (alemão, francês e inglês). Uma versão noutra
língua, obtida pela tradução, sob responsabilidade de um membro do CEN, para a sua língua nacional, e
notificada ao Secretariado Central, tem o mesmo estatuto que as versões oficiais.
Os membros do CEN são os organismos nacionais de normalização dos seguintes países: Alemanha,
Áustria, Bélgica, Bulgária, Chipre, Croácia, Dinamarca, Eslováquia, Eslovénia, Espanha, Estónia, Finlândia,
França, Grécia, Hungria, Irlanda, Islândia, Itália, Letónia, Lituânia, Luxemburgo, Malta, Noruega, Países
Baixos, Polónia, Portugal, Reino Unido, Republica Checa, Roménia, Suécia e Suíça.
CEN
Comité Europeu de Normalização
Europäisches Komitee für Normung
Comité Européen de Normalisation
European Committee for Standardization
Ref. nº EN 12464-1:2011 Pt
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Sumário Página
Preâmbulo nacional .................................................................................................................................. 2
Preâmbulo ................................................................................................................................................. 5
Introdução ................................................................................................................................................. 6
1 Objetivo e campo de aplicação ............................................................................................................. 7
2 Referências normativas ......................................................................................................................... 7
3 Termos e definições ............................................................................................................................... 8
4 Critérios do projeto de iluminação ...................................................................................................... 9
4.1 Ambiente luminoso .............................................................................................................................. 9
4.2 Distribuição de luminâncias ................................................................................................................. 9
4.3 Iluminância ........................................................................................................................................... 10
4.4 Grelha de iluminância........................................................................................................................... 13
4.5 Encandeamento..................................................................................................................................... 14
4.6 Iluminação no espaço interior .............................................................................................................. 16
4.7 Aspetos de cor ...................................................................................................................................... 17
4.8 Efeitos de cintilação e estroboscópico .................................................................................................. 18
4.9 Iluminação dos postos de trabalho com equipamento com ecrã de visualização (DSE)...................... 18
4.10 Fator de manutenção........................................................................................................................... 19
4.11 Requisitos de eficiência energética .................................................................................................... 20
4.12 Benefícios adicionais da luz natural ................................................................................................... 20
4.13 Variabilidade da luz ............................................................................................................................ 20
5 Lista de requisitos de iluminação ......................................................................................................... 21
5.1 Composição dos quadros ...................................................................................................................... 21
5.2 Lista de áreas interiores, tarefas e atividades ....................................................................................... 21
5.3 Requisitos de iluminação para áreas interiores, tarefas e atividades .................................................... 23
6 Procedimentos de verificação ............................................................................................................... 45
6.1 Generalidades ....................................................................................................................................... 45
6.2 Iluminâncias ......................................................................................................................................... 45
6.3 Indice de Encandeamento unificado UGR ........................................................................................... 45
6.4 Reprodução cromática e aparência de cores ......................................................................................... 46
6.5 Luminância da luminária ...................................................................................................................... 46
6.6 Programa de manutenção ..................................................................................................................... 46
Anexo A (informativo) Valores característicos do espaçamento dos pontos da grelha....................... 47
Anexo B (informativo) Desvio-A .............................................................................................................. 48
Bibliografia ................................................................................................................................................ 49
Índice de areas interiores, tarefas e atividade........................................................................................ 50
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Preâmbulo
A presente Norma EN 12464-1:2011 foi elaborada pelo Comité Técnico CEN/TC 169 "Light and lighting",
cujo secretariado é assegurado pelo DIN.
A esta Norma Europeia deve ser atribuído o estatuto de Norma Nacional, seja por publicação de um texto
idêntico, seja por adoção o mais tardar em dezembro de 2011, e as normas nacionais divergentes devem ser
anuladas o mais tardar em dezembro de 2011.
Este documento substitui a EN 12464-1:2002.
As principais alterações técnicas desta revisão são:
tem em conta a importância da luz natural: os requisitos de iluminação são aplicáveis de forma geral
independentemente de ser fornecida mediante iluminação artificial, luz natural ou uma combinação de
ambas;
especificação de uma iluminação mínima em paredes e tetos;
especificação de uma iluminância cilíndrica e informação detalhada sobre modelação;
a uniformidade da iluminância é conferida a tarefas e atividades;
a definição de "área de fundo" e especificações de iluminação para esta área;
a definição de grelha de iluminância em concordância com a EN 12464-2;
foram fixados novos limites de iluminância para as luminárias utilizadas com equipamento de exibição
visual (EEV), a descrição de ecrãs de exibição está de acordo com a ISO 9214-307.
Pode acontecer que alguns dos elementos do presente documento sejam objeto de direitos de propriedade. O
CEN (e/ou o CENELEC) não deve ser responsabilizado pela identificação de alguns ou de todos esses
direitos.
De acordo com o Regulamento Interno do CEN/CENELEC, a presente Norma deve ser implementada pelos
organismos nacionais de normalização dos seguintes países: Alemanha, Áustria, Bélgica, Bulgária, Chipre,
Croácia, Dinamarca, Eslováquia, Eslovénia, Espanha, Estónia, Finlândia, França, Grécia, Hungria, Irlanda,
Islândia, Itália, Letónia, Lituânia, Luxemburgo, Malta, Noruega, Países Baixos, Polonia, Portugal, Reino
Unido, República Checa, Roménia, Suécia e Suíça.
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Introdução
Uma iluminação adequada e apropriada permite que os indivíduos realizem as tarefas visuais de modo
eficiente e exato. O grau de visibilidade e conforto requerido num amplo âmbito de locais de trabalho está
regido pelo tipo e duração da atividade.
É importante que se sigam todas as secções desta Norma embora os requisitos específicos estejam tabulados
na lista de requisitos de iluminação (ver a secção 5).
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2 Referências normativas
Os documentos a seguir referenciados são indispensáveis à aplicação deste documento. Para referências
datadas apenas se aplica a edição citada. Para referências não datadas, aplica-se a última edição do
documento referenciado (incluindo as emendas).
EN 12193 Light and lighting – Sports lighting
EN 12464-2 Light and lighting – Lighting of work places – Part 2: Outdoor work places
EN 12665 Light and lighting – Basic terms and criteria for specifying lighting requirements
EN 13032-1 Light and lighting – Measurement and presentation of photometric data of lamps and
luminaires – Part 1: Measurement and file format
EN 13032-2 Light and lighting – Measurement and presentation of photometric data of lamps and
luminaires – Part 2: Presentation of data for indoor and outdoor work places
EN 15193 Energy performance of buildings – Energy requirements for lighting
EN ISO 9241-307 Ergonomics of human-system interaction – Part 307: Analysis and compliance test
methods for electronic visual displays (ISO 9241-307:2008)
EN ISO 9680:2007 Dentistry – Operating lights (ISO 9680 :2007)
ISO 3864-1 Graphical symbols – Safety colours and safety signs – Part 1: Design principles for
safety signs in workplaces and public areas
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3 Termos e definições
Para os fins da presente Norma aplicam-se os seguintes termos e definições da EN 12665:
3.5 claraboia
Abertura de luz natural no telhado ou numa superfície horizontal de um edifício.
3.9 janela
Abertura de iluminação natural praticada num elemento vertical, ou praticamente vertical, da envolvente
exterior de um compartimento.
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4.2.1 Generalidades
A Distribuição de luminâncias no campo de visão influência o nível de adaptação dos olhos que afeta a
visibilidade da tarefa.
Uma luminância de adaptação bem equilibrada é necessária para aumentar:
a acuidade visual (nitidez da visão);
a sensibilidade ao contraste (discriminação de diferenças de luminância relativamente pequenas);
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a eficiência das funções oculares (tais como acomodação, convergência, contração da pupila,
movimentos do olho, etc.).
A distribuição da luminância no campo de visão afeta também o conforto visual. Os aspectos seguintes
deverão ser evitados pelas razões indicadas:
luminâncias demasiado elevadas que podem dar lugar a encandeamento;
contrastes de luminância demasiado elevados que serão causa de fadiga devido à readaptação constante
dos olhos;
luminâncias e contraste de luminâncias demasiado reduzidas que resultarão num ambiente de trabalho
monótono e não estimulante.
Para criar uma distribuição de luminância bem equilibrada deve-se ter em conta as luminâncias de todas as
superfícies e serão determinadas pela refletância e a iluminação sobre essas superfícies. Para evitar
ambientes sombrios e para elevar os níveis de adaptação e conforto das pessoas nos edifícios, é altamente
desejável ter superfícies interiores claras e brilhantes particularmente as paredes e os tetos.
O projetista de iluminação deve considerar e selecionar os valores de refletância e iluminância apropriados
para as superfícies interiores baseando-se nas orientações referidas seguidamente.
NOTA 1: Admite-se que, nalguns locais como áreas de armazenamento com prateleiras, metalúrgicas, terminais ferroviários, etc.,
devido à dimensão, complexidade e limitações operacionais, os níveis de luz desejados sobre estas superfícies não serão facilmente
obtidos. Nestes locais, são aceitáveis níveis reduzidos dos valores recomendados.
NOTA 2: Em alguns locais interiores como escritórios, áreas educacionais, de saúde e átrios, corredores, escadas, etc., as paredes e
o teto necessitam de ser mais claros. Nestes locais, recomenda-se que as iluminâncias mantidas sobre a grande parte de superfícies
tenham os seguintes valores: > 75 lx com U0 ≥ 0,10 sobre as paredes e > 50 lx com U0 ≥ 0,10 sobre o teto.
4.3 Iluminância
4.3.1 Generalidades
A iluminância e a sua distribuição nas áreas das tarefas e nas áreas circundantes possuem um impacto
significativo na rapidez, segurança e conforto com que um determinado indivíduo perceciona e efetua uma
determinada tarefa visual.
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Todos os valores de iluminância especificados nesta Norma são iluminâncias mantidas que permitem a
satisfação das necessidades de conforto e desempenho visuais.
Todos os valores de iluminância mantidas e uniformidade dependem da definição de grelha (ver 4.4).
20 - 30 - 50 - 75 - 100 - 150 - 200 - 300 - 500 - 750 - 1000 - 1500 - 2000 - 3000 - 5000
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toda a área é uniformemente iluminada (U0 ≥ 0,40) a um nível de iluminância especificado pelo
projetista; se a área de tarefa for conhecida, o esquema de iluminação deve ser novamente projetado
para proporcionar as iluminâncias requeridas.
Se o tipo da tarefa não for conhecido, o projetista tem de assumir as hipóteses sobre as tarefas mais prováveis
e os requisitos das tarefas estabelecidos.
Legenda:
1 área de tarefa
2 evolvente imediata (faixa com uma largura de pelo menos 0,5 m em redor da área de tarefa dentro do campo
visual)
3 área de fundo (com pelo menos 3 m de largura adjacente à area circundante imediata dentro dos limites do espaço)
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lx lx
≥ 750 500
500 300
300 200
200 150
150 Etarefa
100 Etarefa
≤ 50 Etarefa
A Figura 1 apresenta a dimensão mínima da área circundante imediata em relação à área de tarefa.
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Células quadrangulares da grelha são preferíveis e o rácio entre o comprimento e a largura de uma célula da
grelha deve manter-se entre 0,5 e 2 (ver também a EN 12193 e EN 12464-2). A dimensão máxima da grelha
deve ser:
p 0,2 5log10 ( d ) (1)
onde:
p ≤ 10 m
d é a maior dimensão da área de cálculo (m); no entanto se o rácio do lado mais largo para o lado
mais curto é de 2 ou superior, o valor de d passa para a dimensão mais curta da área; e
p é a dimensão máxima da célula da grelha (m)
O número de pontos na dimensão relevante é dado pelo número inteiro mais próximo de d/p.
O espaçamento resultante entre os pontos da grelha é utilizado para calcular o número inteiro mais próximo
de pontos da grelha na outra dimensão. Isto irá conduzir a um rácio entre o comprimento e a largura de uma
célula de grelha de cerca de 1.
Uma banda de 0,5 m a partir das paredes é excluída da área de cálculo, excepto quando uma área de tarefa se
encontra dentro ou se estende para esta zona limite.
Uma dimensão apropriada da grelha deve ser aplicada às paredes e teto e uma banda de 0,5 m também
poderá ser aplicada.
NOTA 1: O espaçamento entre os pontos da grelha não deverá coincidir com o espaçamento entre as luminárias.
NOTA 2: A expressão (1) (proveniente de CIE x 005-1992) foi deduzida com base na suposição de que p é proporcional a log (d),
onde:
p = 0,2 m para d = 1 m;
p = 1 m para d = 10 m;
p = 5 m para d = 100 m.
NOTA 3: Valores típicos de espaçamento entre pontos da grelha são apresentados no Quadro A.1.
4.5 Encandeamento
4.5.1 Generalidades
O encandeamento é a sensação produzida por áreas brilhantes dentro do campo de visão, tais como
superfícies iluminadas, partes das luminárias, janelas e/ou clarabóias. O encandeamento deve limitar-se para
evitar erros, fadiga e acidentes. O encandeamento pode ocorrer como encandeamento desconfortável ou
perturbador. Nos locais de tarefa interiores o encandeamento perturbador não é normalmente um problema
importante se forem cumpridos os limites de encandeamento desconfortável.
O encandeamento causado por reflexões em superfícies especulares é habitualmente denominado por
reflexões veladas ou encandeamento por reflexão.
NOTA: é necessário prestar cuidados especiais para evitar o encandeamento quando a direção de visão se situa acima da
horizontal.
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0 , 25 L2
UGR 8 log
10 L p 2 (2)
B
onde:
LB é a luminância de fundo (em cd/m2), calculada como Eind × π-1, em que Eind é a iluminância
vertical indireta no olho do observador
L é a luminância (em cd/m2) das partes luminosas de cada luminária na direção do olho do
observador
ω é o ângulo sólido (em esterradiano) das partes luminosas de cada luminária no olho do
observador
p é o índice de posição de Guth para cada luminária individual relacionado com o seu
deslocamento da linha de visão
Todas as suposições efectuadas na determinação de UGR devem ser indicadas na documentação do projeto.
O valor UGR da instalação de iluminação não deve exceder o valor dado na secção 5.
Os valores limite recomendados da UGR formam uma série, cujos patamares indicam mudanças percetíveis
no encandeamento.
A série de UGR é: 10, 13, 16, 19, 22, 25, 28.
NOTA 1: As variações de UGR no interior de um compartimento podem ser determinadas utilizando as tabelas detalhadas para
diferentes posições do observador, conforme pormenorizado na publicação CIE 117-1995.
NOTA 2: Se o valor máximo UGR num determinado compartimento for superior ao valor limite do UGR dado na secção 5, deverá
ser fornecida informação sobre as posições apropriadas para os postos de trabalho no compartimento.
NOTA 3: Se o método tabular não for aplicável e a posição do observador e as direcções de visualização forem conhecidas, o valor
UGR pode ser determinado mediante a utilização da expressão (2). Todavia, poucos estudos têm sido efetuados para determinar a
aplicabilidade dos valores limites existentes. Limites para esta condição estão sob consideração.
Fontes brilhantes de luz podem causar encandeamento e podem prejudicar a visão dos objetos. Tal deve ser
evitado mediante, por exemplo, a blindagem adequada das lâmpadas e aberturas zenitais, ou a filtragem
adequada da luz natural excessivamente brilhante que atravessa as janelas.
Para as luminárias, devem ser aplicados os ângulos de proteção mínimos (ver Figura 2) no campo de visão e
referidos no Quadro 2 para as luminâncias das lâmpadas especificadas.
NOTA: Os valores apresentados no Quadro 2 não se aplicam a luminárias de iluminação indireta ou luminárias com um
componente descendente apenas montadas abaixo do nível normal dos olhos.
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Reflexões de elevada intensidade de brilho nas tarefas visuais podem habitualmente alterar a visibilidade das
tarefas de um modo prejudicial. As reflexões veladas e o encandeamento por reflexão podem ser evitados ou
minimizados adotando as seguintes medidas:
adequada disposição dos postos de trabalho em relação às luminárias, janelas e clarabóias;
acabamento mate das superfícies;
restrição da luminância das luminárias, janelas e clarabóias ;
paredes claras e tetos claros.
4.6.1 Generalidades
Para além da iluminação das tarefas deve iluminar-se o volume do espaço ocupado pelos indivíduos. Esta luz
é necessária para destacar os objetos, revelar texturas e melhorar a aparência dos indivíduos naquele espaço.
Os termos "iluminância cilíndrica média”, "modelação" e "iluminação direcional" descrevem as condições de
iluminação
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4.6.3 Modelação
A aparência geral de um espaço interior é reforçada quando as suas caraterísticas estruturais, as pessoas e os
objetos que contém, são iluminados de modo a que as suas formas e texturas sejam reveladas de forma clara
e agradável.
A iluminação não deverá ser demasiado direcional ou originará sombras fortes, nem deverá ser demasiado
difusa ou o efeito de modelação será totalmente perdido, resultando num ambiente luminoso monótono.
Sombras múltiplas causadas por iluminação direcional com origem em mais de uma posição deverão ser
evitadas, pois podem resultar num efeito visual confuso.
A modelação descreve o equilíbrio entre a luz difusa e a luz direccionada e deverá ser considerada.
NOTA 1: O quociente entre a iluminância cilíndrica e a iluminância horizontal num ponto é um indicador de modelação. Os pontos
da grelha para as iluminâncias cilíndrica e horizontal deverão coincidir.
NOTA 2: Para disposições uniformes das luminárias ou aberturas zenitais, um valor entre 0,30 e 0,60 é indicador de uma boa
modelação.
NOTA 3: A Luz natural é distribuída predominantemente na horizontal pelas janelas. Os benefícios adicionais da luz do dia (ver
4.12) podem compensar o seu efeito sobre os valores de modelação, e os valores de modelação da luz do dia podem ser alargados a
partir do intervalo indicado.
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A escolha de aparência de cor é uma questão psicológica, estética e do que se considera como natural.
A escolha dependerá do nível de iluminância, cor do compartimento e mobília, do clima circundante e da
aplicação. Em climas quentes uma aparência de cor de luz mais fria é habitualmente preferivel, enquanto em
climas frios a preferência é a de uma aparência de cor de luz mais quente.
Na secção 5, é fornecida para aplicações específicas, uma banda restritiva de temperaturas de cor adequadas.
Estas são aplicáveis para a luz natural assim como para a luz artificial.
4.9 Iluminação dos postos de trabalho com equipamento com ecrã de visualização (DSE)
4.9.1 Generalidades
A iluminação de postos de trabalho dotados de DSE deve ser apropriada para todas as tarefas realizadas no
posto de trabalho, por exemplo, leitura do visor, leitura de texto impresso, escrita em papel, trabalho com
teclado.
Para estas áreas os critérios e o sistema de iluminação devem ser escolhidos de acordo com o tipo de área,
tarefa ou atividade conforme a lista da secção 5.
Os reflexos no DSE e, nalgumas circunstâncias no teclado, podem causar encandeamento perturbador e
desconfortável. É, consequentemente necessário selecionar, posicionar e dispor as luminárias para evitar
reflexos de elevado brilho.
O projetista deve determinar a zona de posicionamento prejudicial e deve escolher o equipamento e
planificar as posições de montagem que não provoquem reflexos perturbadores.
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Quadro 4 – Limites de luminância média de luminárias que podem ser refletidas em ecrãs planos
Estado de luminância elevado do Ecrã de alta luminância Ecrã de luminância
ecrã L > 200 cd.m-2 média
L ≤ 200 cd.m-2
Caso A ≤ 3000 cd.m-2 ≤ 1500 cd.m-2
(polaridade positiva e requisitos
normais relativos à cor e detalhes da
informação mostrada, como se utiliza
no escritório, educação, etc.)
Caso B ≤ 1500 cd.m-2 ≤ 1000 cd.m-2
(polaridade negativa e/ou requisitos
elevados relativos à cor e detalhes da
informação mostrada, como se utiliza
para a inspeção de cor CAD, etc.)
NOTA: O estado de luminância elevado do ecrã (ver ISO 9241-302) descreve a luminância máxima da parte branca do
ecrã e este valor é disponibilizado pelo fabricante do ecrã.
Devem ser consideradas as condições específicas para painéis de luminância média se um ecrã de alta
luminância está destinada a funcionar a luminâncias abaixo de 200 cd.m-2.
Algumas tarefas, atividades ou tecnologias de ecrãs de visualização, particularmente ecrãs de alto brilho,
requerem um tratamento diferente de iluminação (por exemplo, limites de luminância mais baixos,
sombreamento especial, regulação gradual individual, etc.).
Em áreas de atividade industrial e artesanal os painéis são por vezes protegidos por um vidro adicional
frontal. Os reflexos não desejados sobre este vidro de proteção têm que ser reduzidos por métodos adequados
(como tratamento anti-reflexo, inclinação do vidro protetor ou por elementos sombreadores).
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Para os cálculos de iluminação natural, deverão ser tidos em consideração os efeitos de redução da
transmitância dos envidraçados devido ao depósito de poeiras e sujidade.
O projetista deve:
estabelecer o MF e anotar todos os pressupostos considerados no estabelecimento desse valor;
especificar o equipamento de iluminação adequado para o ambiente de aplicação; e
preparar um programa de manutenção detalhado que inclua a frequência de substituição de lâmpadas,
luminárias e os intervalos e os métodos de limpeza dos compartimentos e envidraçados.
O MF tem um significativo impacto na eficiência energética. Os pressupostos considerados no
estabelecimento do MF devem ser otimizados de forma a originar um valor elevado. Orientações para o
estabelecimento do MF para sistemas de iluminação artificial podem encontrar-se na publicação CIE 97-
2005.
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fenómenos, para além dos critérios de iluminação definidos na presente Norma, podem ser explicados pelas
denominadas iluminâncias "sem formação de imagem" e pela aparência da cor da luz.
As pessoas podem ser estimuladas e o seu bem-estar aumentado devido a: variações nas condições de
iluminação com alternância de iluminâncias mais elevadas, uma melhor distribuição de luminâncias, uma
maior gama de temperaturas de cor do que aquelas especificada nesta Norma, luz natural, e/ou soluções de
iluminação elétrica dedicadas. Os intervalos de variação recomendados estão ainda em estudo.
A coluna 4 apresenta os limites máximos de UGR (Unified Glare Rating limite, UGRl) que são aplicáveis à
situação listada na coluna 2.
A coluna 5 apresenta a uniformidade da iluminância mínima U0 sobre a superfície de referência para a
iluminância mantida indicada na coluna 3.
A coluna 6 apresenta os índices mínimos de reprodução cromático (Ra) (ver 4.7.3) para a situação listada na
coluna 2.
A coluna 7 apresenta os requisitos específicos para as situações enumeradas na coluna 2.
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Quadro 5.2 – Áreas gerais no interior de edifícios - Salas de descanso, sanitárias e de primeiros socorros
Tipo de interior, tarefa ou UGRL U0 Ra
N° ref. Requisitos específicos
atividade lx – – –
5.2.1 Cantinas, despensas 200 22 0,40 80
5.2.2 Salas de descanso 100 22 0,40 80
5.2.3 Salas para exercício físico 300 22 0,40 80
5.2.4 Vestuários, lavatórios, 200 25 0,40 80 Em cada banheiro individual se estes
quartos de banho, sanitários forem completamente fechados
5.2.5 Enfermaria 500 19 0,60 80
5.2.6 Salas para cuidados médicos 500 16 0,60 90 4000 K ≤ TCP ≤ 5000 K
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Quadro 5.4 – Áreas gerais no interior de edifícios – Salas de armazenagem, armazenagem a frio
Nº ref. Tipo de interior, tarefa ou UGRL U0 Ra
atividade Requisitos específicos
lx – – –
Quadro 5.5 – Áreas gerais no interior de edifícios – Áreas de armazenamento com prateleiras
Nº ref. Tipo de interior, tarefa ou UGRL U0 Ra
atividade Requisitos específicos
lx – – –
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Quadro 5.8 – Atividades industriais e artesanais – Cimento, artigos de cimento, betão, tijolos
Nº ref. Tipo de interior, tarefa ou UGRL U0 Ra
atividade Requisitos específicos
lx – – –
5.8.1 Secagem 50 28 0,40 20 As cores de segurança devem ser
reconhecidas
5.8.2 Preparação de materiais; 200 28 0,40 40
trabalho em fornos e
misturadoras
5.8.3 Trabalho genérico em 300 25 0,60 80
máquinas
5.8.4 Cofragem 300 25 0,60 80
Quadro 5.9 – Atividades industriais e artesanais – Cerâmica, telhas, vidro, artigos de vidro
Nº ref. Tipo de interior, tarefa ou UGRL U0 Ra
atividade Requisitos específicos
lx – – –
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Quadro 5.12 – Atividades industriais e artesanais– Produtos alimentares e indústria de alimentos de luxo
Nº ref. Tipo de interior, tarefa ou UGRL U0 Ra
atividade Requisitos específicos
lx – – –
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Quadro 5.30 – Locais de acesso público – Teatros, salas de concerto, cinemas, locais de entretenimento
Nº ref. Tipo de interior, tarefa ou UGRL U0 Ra
atividade – – – Requisitos específicos
lx
5.30.1 Salas de ensaio 300 22 0,60 80
5.30.2 Camarins 300 22 0,60 90 A iluminação junto a espelhos para
maquilhagem deve ser “livre-de-
encandeamento”. O encandeamento
perturbador deverá ser evitado nos
espelhos para maquilhagem.
5.30.3 Àreas de estar - 200 22 0,50 80 Iluminação ao nível do pavimento
manutenção, limpeza
5.30.4 Área do palco - aprestos 300 25 0,40 80 Iluminação ao nível do pavimento
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Quadro 5.37 – Instalações de cuidados de saúde – Compartimentos para uso geral (conclusão)
Nº ref. Tipo de interior, tarefa ou UGRL U0 Ra
atividade – – – Requisitos específicos
lx
5.37.3 Corredores: limpeza 100 22 0,40 80 Iluminância ao nível do
pavimento
5.37.4 Corredores: durante a noite 50 22 0,40 80 Iluminância ao nível do
pavimento
5.37.5 Corredores com utilizações 200 22 0,60 80 Iluminância ao nível da
múltiplas tarefa/atividade
5.37.6 Salas de dia 200 22 0,60 80
5.37.7 Elevadores, ascensores para 100 22 0,60 80 Iluminância ao nível do
pessoas e visitantes pavimento
5.37.8 Ascensores de serviço 200 22 0,60 80 Iluminância ao nível do
pavimento
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6 Procedimentos de verificação
6.1 Generalidades
Os critérios de projeto específicados que se enumeram nesta Norma devem verificar-se mediante os
seguintes procedimentos.
No projeto, calculos e medicão de iluminação, foram assumidas determinadas assunções, incluíndo o grau de
exatidão. Estas devem ser declaradas.
A instalação e o meio ambiente devem ser verificados de acordo com as assunções de projeto.
6.2 Iluminâncias
Quando se verifica a conformidade com os requisitos de iluminância, os pontos de medição devem coincidir
com qualquer ponto ou grelha utilizado na realização do projeto de iluminação. A verificação deve ser
realizada de acordo com os critérios das superfícies relevantes.
Para medições posteriores, devem ser utilizados os mesmos pontos de medição.
A verificação de iluminâncias que se referem a tarefas específicas deve ser medida no plano da tarefa.
NOTA: Quando se verifïcam as iluminâncias, deverá ter-se em consideração a calibração dos instrumentos de medição utilizados,
em conformidade com as lâmpadas e luminárias utilizadas com os valores fotométricos publicados, e as assunções do projeto feito
em relação ao fator de reflexão das superfícies, etc.
A iluminância média e a uniformidade devem ser calculadas e não devem ser menores do que os valores
específicados.
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Anexo A
(informativo)
Os valores típicos de espaçamento de pontos na grelha são dados no Quadro A.l baseados na fórmula (1) da
secção 4.4.
Quadro A.1 – Número recomendado de pontos da grelha
Comprimento da Distância máxima entre Numéro minimo de
zona pontos da grelha pontos da grelha
m m
0,40 0,15 3
0,60 0,20 3
1,00 0,20 5
2,00 0,30 6
5,00 0,60 8
10,00 1,00 10
25,00 2,00 12
50,00 3,00 17
100,00 5,00 20
NP
EN 12464-1
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Anexo B
(informativo)
Desvio-A
Desvio-A: Desvio nacional devido a regulamentos cuja alteração está, de momento, fora da competência do
membro do CEN/CENELEC.
Norma Europeia não sujeita a uma Diretiva UE
Esta Norma Europeia não está sujeita a nenhuma Diretiva da UE.
Na Dinamarca este Desvio-A prevalece sobre as disposições da Norma Europeia até que tenha sido retirada.
Dinamarca
Danish Building Regulations BR 08, publicada pela Danish Enterprise and Construction Authority
Relacionado com as secções 4, 5 e 6
De acordo com Danish Building Regulations BR 08, a utilização da DS 700 é obrigatória.
NP
EN 12464-1
2017
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Bibliografia
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p. 51 de 60
p. 52 de 60
p. 53 de 60
p. 54 de 60
p. 55 de 60
p. 56 de 60
p. 57 de 60
p. 58 de 60
p. 59 de 60
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