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Norma

NP
EN 61439-1

Portuguesa
2014

Conjuntos de aparelhagem de baixa tensão


Parte 1: Regras gerais
(IEC 61439-1:2011)

Ensembles d’appareillage à basse tension


Partie 1: Règles générales
(CEI 61439-1:2011)

Low-voltage switchgear and controlgear assemblies


Part 1: General rules
(IEC 61439-1:2011)

ICS HOMOLOGAÇÃO
29.130.20 Termo de Homologação n.º 31/2014, de 2014-02-12
A presente Norma resulta da revisão da NP EN 61439-1:2011
(Ed. 1)

ELABORAÇÃO
CORRESPONDÊNCIA CTE 17 (IEP)
Versão portuguesa da EN 61439-1:2011
2ª EDIÇÃO
fevereiro de 2014

CÓDIGO DE PREÇO
X038

 IPQ reprodução proibida

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Preâmbulo nacional
À Norma Europeia EN 61439-1:2011 foi dado o estatuto de Norma Portuguesa em 2012-03-29 (Termo de
Adoção nº 378/2012 de 2012-03-29).
NOTA: Esta Norma contém cor. A impressão pode não reproduzir as cores apresentadas na versão eletrónica desta Norma.
NORMA EUROPEIA EN 61439-1
EUROPÄISCHE NORM
NORME EUROPÉENNE
EUROPEAN STANDARD outubro 2011

ICS: 29.130.20 Substitui a EN 61439-1:2009

Versão portuguesa
Conjuntos de aparelhagem de baixa tensão
Parte 1: Regras gerais
(IEC 61439-1:2011)

Niederspannungs- Ensembles d’appareillage à Low-voltage switchgear and


Schaltgerätekombinationen basse tension controlgear assemblies
Teil 1: Allgemeine Partie 1: Règles générales Part 1: General rules
Festlegungen (CEI 61439-1:2011) (IEC 61439-1:2011)
(IEC 61439-1:2011)

A presente Norma é a versão portuguesa da Norma Europeia EN 61439-1:2011, e tem o mesmo estatuto
que as versões oficiais. A tradução é da responsabilidade do Instituto Português da Qualidade.
Esta Norma Europeia foi ratificada pelo CENELEC em 2011-09-23.
Os membros do CENELEC são obrigados a submeter-se ao Regulamento Interno do CEN/CENELEC que
define as condições de adoção desta Norma Europeia, como norma nacional, sem qualquer modificação.
Podem ser obtidas listas atualizadas e referências bibliográficas relativas às normas nacionais
correspondentes junto do Secretariado Central ou de qualquer dos membros do CENELEC.
A presente Norma Europeia existe nas três versões oficiais (alemão, francês e inglês). Uma versão noutra
língua, obtida pela tradução, sob responsabilidade de um membro do CENELEC, para a sua língua
nacional, e notificada ao Secretariado Central, tem o mesmo estatuto que as versões oficiais.
Os membros do CENELEC são os organismos nacionais de normalização dos seguintes países: Alemanha,
Áustria, Bélgica, Bulgária, Chipre, Croácia, Dinamarca, Eslováquia, Eslovénia, Espanha, Estónia, Finlândia,
França, Grécia, Hungria, Irlanda, Islândia, Itália, Letónia, Lituânia, Luxemburgo, Malta, Noruega, Países
Baixos, Polónia, Portugal, Reino Unido, República Checa, Roménia, Suécia e Suíça.

CENELEC
Comité Europeu de Normalização Eletrotécnica
Europäisches Komitee für Elektrotechnische Normung
Comité Européen de Normalisation Electrotechnique
European Committee for Electrotechnical Standardization

Secretariado Central: Avenida Marnix 17, B-1000 Bruxelas

 2011 CENELEC Direitos de reprodução reservados aos membros do CENELEC

Ref. nº EN 61439-1:2011 Pt
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Preâmbulo da EN 61439-1:2011
O texto do documento 17D/441/FDIS, futura edição 2 da IEC 61439-1, preparado pelo SC 17D,
“Low-voltage switchgear and controlgear assemblies”, do IEC/TC 17, "Switchgear and controlgear", foi
submetido ao voto paralelo da IEC-CENELEC e foi aprovado pelo CENELEC como EN 61439-1:2011.
Devem aplicar-se as seguintes datas:
 data-limite até a qual a EN deve ser implementada a nível nacional
pela publicação de uma norma nacional idêntica ou por endosso (dop) 2012-06-23
 data-limite para a anulação das normas nacionais divergentes
com EN (dow) 2014-09-23
Esta Norma Europeia substitui a EN 61439-1:2009.
Esta Norma Europeia inclui as seguintes alterações técnicas significativas em relação à EN 61439-1:2009:
 revisão das condições de serviço na secção 7;
 várias alterações relativas aos métodos de verificação na secção 10;
 modificação da verificação de rotina relativa a distâncias de isolamento no ar e linhas de fuga (ver
secção 11.3);
 adaptação dos quadros do Anexo C e Anexo D aos requisitos revistos e métodos de verificação;
 mudança dos quadros do Anexo H para novo anexo N;
 novo Anexo O com orientações sobre a verificação de aumento de temperatura;
 novo Anexo P com um método de verificação da resistência suportável aos curto-circuitos (integração do
conteúdo da IEC/TR 61117);
 atualização das referências normativas;
 revisão editorial geral.
NOTA: Deverá notar-se que, quando uma referência datada à EN 60439-1 é efetuada noutra Parte da série EN 60439 relativa às
normas dos conjuntos ainda não transferida para a nova série EN 61439, a EN 60439-1 substituída ainda se aplica (ver também a
Introdução abaixo).

Pode acontecer que alguns dos elementos do presente documento sejam objeto de direitos de propriedade. O
CENELEC [e/ou o CEN] não deve ser responsabilizado pela identificação de alguns ou de todos esses
direitos.
Esta Norma Europeia foi elaborada no âmbito de um mandato atribuído ao CENELEC pela Comissão
Europeia e pela Associação Europeia de Comércio Livre e cobre os requisitos essenciais da(s) Diretiva(s)
CE.
Para a relação com a Diretiva CE ver Anexo ZZ informativo, que é uma parte integrante do presente
documento.

Nota de endosso da EN 61439-1:2011


O texto da Norma Internacional IEC 61439-1:2011 foi aprovado pelo CENELEC como Norma Europeia sem
qualquer modificação.
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Sumário Página
Preâmbulo nacional.................................................................................................................................. 2 
Preâmbulo da EN 61439-1:2011 .............................................................................................................. 4 
Nota de endosso da EN 61439-1:2011 ..................................................................................................... 4 
Introdução ................................................................................................................................................. 8 
1 Objetivo e campo de aplicação ............................................................................................................. 9 
2 Referências normativas ......................................................................................................................... 9 
3 Termos e definições ............................................................................................................................... 12 
3.1 Termos gerais ....................................................................................................................................... 12 
3.2 Unidades construtivas de um CONJUNTO .......................................................................................... 13
3.3 Conceção exterior dos CONJUNTOS .................................................................................................. 14
3.4 Partes estruturais dos CONJUNTOS .................................................................................................... 15
3.5 Condições de instalação dos CONJUNTOS......................................................................................... 17
3.6 Características da isolação.................................................................................................................... 17
3.7 Proteção contra os choques elétricos .................................................................................................... 19
3.8 Características ...................................................................................................................................... 21
3.9 Verificação ........................................................................................................................................... 24
3.10 Fabricante/utilizador ........................................................................................................................... 24
4 Símbolos e abreviaturas ........................................................................................................................ 25 
5 Características de interface .................................................................................................................. 25 
5.1 Generalidades ....................................................................................................................................... 25
5.2 Características estipuladas de tensão .................................................................................................... 25
5.3 Características estipuladas de corrente ................................................................................................. 26
5.4 Fator de simultaneidade estipulado (RDF) ........................................................................................... 27
5.5 Frequência estipulada (fn) .................................................................................................................... 28
5.6 Outras características ............................................................................................................................ 28
6 Informações............................................................................................................................................ 28 
6.1 Marcações para a identificação dos CONJUNTOS.............................................................................. 28
6.2 Documentação ...................................................................................................................................... 29
6.3 Identificação de dispositivos e/ou dos componentes ............................................................................ 29
7 Condições de utilização ......................................................................................................................... 30 
7.1 Condições normais de utilização .......................................................................................................... 30
7.2 Condições especiais de utilização ........................................................................................................ 31
7.3 Condições durante o transporte, a armazenagem e a instalação ........................................................... 32
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8 Requisitos de construção ...................................................................................................................... 32 


8.1 Resistência dos materiais e das partes ................................................................................................. 32
8.2 Grau de proteção assegurado pelo invólucro de um CONJUNTO ...................................................... 33
8.3 Distâncias de isolamento no ar e linhas de fuga .................................................................................. 34
8.4 Proteção contra os choques elétricos ................................................................................................... 36
8.5 Incorporação dos dispositivos de comutação e dos componentes ....................................................... 42
8.6 Circuitos elétricos internos e conexões................................................................................................ 44
8.7 Arrefecimento ...................................................................................................................................... 47
8.8 Terminais para condutores externos .................................................................................................... 47
9 Requisitos de desempenho ................................................................................................................... 48 
9.1 Propriedades dielétricas ....................................................................................................................... 48
9.2 Limites de aquecimento ....................................................................................................................... 49
9.3 Proteção contra os curto-circuitos e resistência suportável aos curto-circuitos ................................... 50
9.4 Compatibilidade eletromagnética (CEM) ............................................................................................ 51
10 Verificação da conceção ..................................................................................................................... 51 
10.1 Generalidades .................................................................................................................................... 51
10.2 Resistência dos materiais e das partes ............................................................................................... 53
10.3 Grau de proteção assegurado pelos CONJUNTOS ........................................................................... 57
10.4 Distâncias de isolamento no ar e linhas de fuga ................................................................................ 57
10.5 Proteção contra os choques elétricos e integridade dos circuitos de proteção ................................... 58
10.6 Incorporação dos dispositivos de comutação e dos componentes ..................................................... 59
10.7 Circuitos elétricos internos e conexões.............................................................................................. 59
10.8 Terminais para condutores externos .................................................................................................. 59
10.9 Propriedades dielétricas ..................................................................................................................... 59
10.10 Verificação do aquecimento ............................................................................................................ 62
10.11 Resistência suportável aos curto-circuitos ....................................................................................... 74
10.12 Compatibilidade eletromagnética (CEM) ........................................................................................ 80
10.13 Funcionamento mecânico ................................................................................................................ 80
11 Verificação de rotina .......................................................................................................................... 81 
11.1 Generalidades .................................................................................................................................... 81
11.2 Grau de proteção assegurado pelos invólucros .................................................................................. 81
11.3 Distâncias de isolamento no ar e linhas de fuga ................................................................................ 81
11.4 Proteção contra os choques elétricos e integridade dos circuitos de proteção ................................... 82
11.5 Integração de componentes incorporados .......................................................................................... 82
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11.6 Circuitos elétricos internos e conexões .............................................................................................. 82


11.7 Terminais para condutores externos ................................................................................................... 82
11.8 Funcionamento mecânico ................................................................................................................... 82
11.9 Propriedades dielétricas ...................................................................................................................... 82
11.10 Cablagem, desempenho e funcionamento operacional..................................................................... 83
Anexo A (normativo) Secção mínima e máxima dos condutores de cobre adequados à conexão
dos terminais para condutores externos (ver secção 8.8) ...................................................................... 93 
Anexo B (normativo) Método de cálculo da secção eficaz dos condutores de proteção no que
respeita às solicitações térmicas devidas às correntes de curta duração ............................................ 94 
Anexo C (informativo) Modelo de informação do utilizador ................................................................ 95 
Anexo D (informativo) Verificação da conceção ..................................................................................... 99 
Anexo E (informativo) Fator de simultaneidade estipulado .................................................................. 100 
Anexo F (normativo) Medição das distâncias de isolamento no ar e linhas de fuga............................ 109 
Anexo G (normativo) Correlação entre a tensão nominal da rede de alimentação e o impulso
de tensão suportável estipulado do equipamento .................................................................................. 114 
Anexo H (informativo) Corrente de funcionamento e potência dissipada dos condutores de cobre . 116 
Anexo I ..................................................................................................................................................... 116 
Anexo J (normativo) Compatibilidade eletromagnética (CEM) ........................................................... 120 
Anexo L (informativo) Distâncias de isolamento no ar e linhas de fuga na América do Norte .......... 130 
Anexo M (informativo) Limites de aquecimento na América do Norte ............................................... 131 
Anexo N (normativo) Corrente de funcionamento e potência dissipada das barras em cobre nuas . 132 
Anexo O (informativo) Recomendações relativas à verificação do aquecimento ................................ 135 
Anexo P (normativo) Verificação da resistência suportável aos curto-circuitos das estruturas dos
barramentos por comparação com uma conceção de referência submetida a ensaio por cálculo .... 140 
Bibliografia ............................................................................................................................................... 144 
Anexo ZA (normativo) Referências normativas a documentos internacionais e a sua
correspondência a documentos europeus ............................................................................................... 147 
AnexoZZ (informativo) Cobertura dos requisitos essenciais da Diretiva 2004/108/CE ...................... 151 
 
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Introdução
A finalidade desta Norma é harmonizar tanto quanto isso seja praticável, todas as regras e requisitos de
natureza geral aplicáveis aos conjuntos de aparelhagem de baixa tensão (CONJUNTOS) a fim de obter uma
uniformidade dos requisitos e verificação para os CONJUNTOS e evitar a necessidade de verificação de
acordo com outras normas. Todos esses requisitos para os vários CONJUNTOS normalizados que podem ser
considerados como de carácter geral podem assim ser reunidos nesta norma básica em conjunto com
assuntos específicos de grande interesse e aplicação, p. ex. aquecimento, propriedades dielétricas, etc.
Para cada tipo de conjunto de aparelhagem de baixa tensão, apenas duas normas principais são necessárias
para determinar todos os requisitos e todos os métodos de verificação correspondentes:
 esta Norma de base referenciada como “Parte 1” nas normas particulares cobre os diferentes tipos de
conjuntos de aparelhagem de baixa tensão;
 a norma particular aplicável a um CONJUNTO referenciada também a seguir como norma do
CONJUNTO aplicável.
Para que uma regra geral se aplique a uma norma particular do CONJUNTO, deverá ser ela seja citada
explicitamente e indicando o número da secção ou do parágrafo correspondente nesta Norma com a menção
“Parte 1” p.ex. “secção 9.1.3 da Parte 1”.
Uma norma particular do CONJUNTO poderá não requerer e por isso não mencionar uma regra geral
quando não é aplicável, ou poderá adicionar requisitos se a regra geral é considerada inadequada no caso
particular tratado mas ele não poderá ser introduzido nas divergências exceto se for dada uma justificação
técnica importante na norma particular do CONJUNTO.
Quando na presente Norma é efetuada uma nota remissiva a outra secção, a referência deve ser aplicada a
essa secção como emenda pela norma dos CONJUNTOS específica, onde aplicável.
Os requisitos desta Norma que são sujeitos a um acordo entre o fabricante dos CONJUNTOS e o utilizador
são enumerados no Anexo C (informativo). Esse plano facilita também o fornecimento das informações
sobre as condições de base e as especificações suplementares do utilizador a fim de permitir a conceção,
aplicação e utilização correta do CONJUNTO.
Para a nova reestruturada série da IEC 61439, são previstas as partes seguintes:
a) IEC 61439-1: General rules
b) IEC 61439-2:Power switchgear and controlgear ASSEMBLIES (PSC-ASSEMBLIES)
c) IEC 61439-3: Distribution boards (substitui a IEC 60439-3)
d) IEC 61439-4: ASSEMBLIES for construction sites (substitui a IEC 60439-4)
e) IEC 61439-5: ASSEMBLIES for power distribution (substitui a IEC 60439-5)
f) IEC 61439-6: Busbar trunking systems (substitui a IEC 60439-2)
g) IEC/TR 61439-0: Guidance to specifying ASSEMBLIES
Esta lista não é exaustiva; partes suplementares poderão ser elaboradas à medida das necessidades.
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1 Objetivo e campo de aplicação


NOTA 1: Nesta Norma, o termo CONJUNTO (ver 3.1.1) é utilizado para designar um conjunto de aparelhagem de baixa tensão.

Esta parte da IEC 61439 formula as definições e indica as condições de utilização, os requisitos de
construção, as características técnicas e os requisitos de verificação para os conjuntos de aparelhagem de
baixa tensão.
A presente Norma não pode ser usada de maneira isolada para especificar um CONJUNTO ou com o
propósito de determinar a conformidade. Os CONJUNTOS devem estar de acordo com a parte
correspondente da IEC 61439, a partir da Parte 2.
Esta Norma é aplicável a conjuntos de aparelhagem de baixa tensão (CONJUNTOS) apenas quando
requerido pela Norma dos CONJUNTOS aplicável, como se segue:
 CONJUNTOS cuja tensão estipulada não excede 1000 V em corrente alternada ou 1500 V em corrente
contínua;
 CONJUNTOS fixos ou móveis com ou sem invólucro;
 CONJUNTOS destinados a serem utilizados com equipamentos concebidos para a produção, o transporte,
a distribuição e a conversão de energia elétrica e o comando dos equipamentos consumindo energia
elétrica;
 CONJUNTOS concebidos para serem utilizados em condições especiais de utilização, por exemplo a
bordo de navios e de veículos sobre carris, desde que os requisitos específicos correspondentes sejam
cumpridos;
NOTA 2: Os requisitos suplementares para os CONJUNTOS a bordo de navios são cobertos pela IEC 60092-302.

 CONJUNTOS concebidos para o equipamento elétrico das máquinas, desde que os requisitos específicos
correspondentes sejam cumpridos.
NOTA 3: Os requisitos suplementares para os CONJUNTOS fazendo parte de uma máquina são cobertos pela série da
IEC 60204.

Esta Norma aplica-se a todos os CONJUNTOS quer sejam concebidos, fabricados e verificados
individualmente ou quer sejam completamente normalizados e fabricados em quantidade.
A fabricação e/ou a montagem poderá ser efetuada por um terceiro que não seja o fabricante de origem
(ver 3.10.1).
Esta Norma não se aplica a dispositivos individuais e a componentes independentes, como arrancadores de
motores, fusíveis interruptores, equipamento eletrónico, etc. que cumprem com as suas normas.

2 Referências normativas
Os documentos a seguir referenciados são indispensáveis à aplicação deste documento. Para referências
datadas apenas se aplica a edição citada. Para referências não datadas, aplica-se a última edição do
documento referenciado (incluindo as emendas).
IEC 60068-2-2:2007 Environmental testing – Part 2-2: Tests – Test B: Dry heat
IEC 60068-2-11:1981 Basic environmental testing procedures – Part 2-11: Tests – Test Ka: Salt mist
IEC 60068-2-30:2005 Environmental testing – Part 2-30: Tests – Test Db: Damp heat, cyclic
(12 + 12h cycle)
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IEC 60073:2002 Basic and safety principles for man-machine interface, marking and
identification – coding principles for indication devices and actuators
IEC 60085:2007 Electrical insulation – Thermal evaluation and designation
IEC 60216 (todas as Electrical insulating materials – Properties of thermal endurance
partes)
IEC 60227-3:1993 Polyvinyl chloride insulated cables of rated voltages up to and including
450/750 V – Part 3: Non-sheathed cables for fixed wiring
IEC 60245-3:1994 Rubber insulated cables – Rated voltages up to and including 450/750 V –
Part 3: Heat resistant silicone insulated cables
IEC 60245-4:1994 Rubber insulated cables – Rated voltages up to and including 450/750 V –
Part 4: Cords and flexible cables
IEC 60364 (todas as Low-voltage electrical installations
partes)
IEC 60364-4-41:2005 Low-voltage electrical installations – Part 4-41: Protection for safety –
Protection against electric shock
IEC 60364-4-44:2007 Low-voltage electrical installations – Part 4-44: Protection for safety –
Protection against voltage disturbances and electromagnetic disturbances
IEC 60364-5-52:2001 Low-voltage electrical installations – Part 5-52: Selection and erection of
electrical equipment – Wiring systems
IEC 60364-5-53:2001 Low-voltage electrical installations – Part 5-53: Selection and erection of
electrical equipment – Isolation, switching and control
IEC 60364-5-54:2002 Low-voltage electrical installations – Part 5-54: Selection and erection of
electrical equipment – Earthing arrangements, protective conductors and
protective conductors
IEC 60439 (todas as Low-voltage switchgear and controlgear assemblies
partes)
IEC 60445:2010 Basic and safety principles for man-machine interface, marking and
identification – Identification of equipment terminals, conductor terminations
and conductors
IEC 60447:2004 Basic and safety principles for man-machine interface, marking and
identification – Actuating principles
IEC 60529:1989 Degrees of protection provided by enclosures (IP code)1)
IEC 60664-1:2007 Insulation coordination for equipment within low-voltage systems – Part 1:
Principles, requirements and tests
IEC 60695-2-10:2000 Fire hazard testing – Part 2-10: Glowing/hot-wire based test methods –
glow-wire apparatus and common test procedure
IEC 60695-2-11:2000 Fire hazard testing – Part 2-11: Glowing/hot-wire based test methods –
Glow-wire flammability test method for end-products

1)
Existe uma edição 1.1 consolidada (2001) que inclui a IEC 60529 (1989) e a sua emenda 1 (1999).
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IEC 60695-11-5:2004 Fire hazard testing – Part 11-5: Test flames – Needle-flame test method –
Apparatus, confirmatory test arrangement and guidance
IEC 60865-1:1993 Short-circuit currents – Calculation of effects – Part 1: Definitions and
calculation methods
IEC 60890:1987 A method of temperature-rise assessment by extrapolation for partiality
type-tested assemblies (PTTA) of low-voltage switchgear and controlgear
IEC 60947-1:2007 Low-voltage switchgear and controlgear – Part 1: General rules
IEC 61000-4-2:2008 Electromagnetic compatibility (EMC) – Part 4-2:Ttesting and measurement
techniques –Electrostatic discharge immunity test
IEC 61000-4-3:2006 Electromagnetic compatibility (EMC) – Part 4-3: Testing and measurement
techniques – radiated, radio-frequency, electromagnetic field immunity test2)
IEC 61000-4-4:2004 Electromagnetic compatibility (EMC) – Part 4-4: Testing and measurement
techniques –Electrical test transient/burst immunity test
IEC 61000-4-5:2005 Electromagnetic compatibility (EMC) – Part 4-5: Testing and measurement
techniques –Surge immunity tests
IEC 61000-4-6:2008 Electromagnetic compatibility (EMC) – Part 4-6: Testing and measurement
techniques – Immunity to conducted disturbances, induced by radio-frequency
fields
IEC 61000-4-8:2009 Electromagnetic compatibility (EMC) – Part 4-8: Testing and measurement
techniques – Power frequency magnetic field immunity test
IEC 61000-4-11:2004 Electromagnetic compatibility (EMC) – Part 4-11: Testing and measurement
techniques – voltage dips, short interruptions and voltage variation immunity
tests
IEC 61000-4-13:2002 Electromagnetic compatibility (EMC) – Part 4-13: Testing and measurement
techniques – Harmonics and interharmonics including mains signalling at a.c.
power port, low-frequency immunity tests3)
IEC 61000-6-4:2006 Electromagnetic compatibility (EMC) – Part 6-4: Generic standards – Emission
standard for industrial environments4)
IEC 61082-1 Preparation of documents used in electrotechnology – Part 1:Rules
IEC 61180 (todas as High-voltage test techniques for low-voltage equipment
partes)
IEC/TS 61201:2007 Use of conventional touch voltage limits – Application guide
IEC 61439 (todas as Low-voltage switchgear and controlgear assemblies
partes)
IEC 62208 Empty enclosures for low-voltage switchgear and controlgear assemblies –
General requirements

2)
Existe uma edição 3.2 consolidada (2010) que inclui a IEC 61000-4-3 (2006) e a emenda 1 (2007) e a emenda 2 (2010).
3)
Existe uma edição 1.1 consolidada (2009) que inclui a IEC 61000-4-13 (2002) e a sua emenda 1 (2009).
4)
Existe uma edição 2.1 consolidada (2011) que inclui a IEC 61000-6-4 (2006) e a sua emenda 1 (2010).
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IEC 62262:2002 Degrees of protection provided by enclosures for electrical equipment against
external mechanical impacts (IK code)
IEC 81346-1 Industrial systems, installations and equipment and industrial products –
Structuring principles and reference designations – Part 1: Basic rules
IEC 81346-2 Industrial systems, installations and equipment and industrial products –
Structuring principles and reference designations – Part 2: Classification of
objects and codes for classes
CISPR 11:2009 Industrial, scientific and medical equipment – Radio-frequency disturbance
characteristics – Limits and methods of measurement5)
CISPR 22:2006 Information technology equipment – Radio disturbance characteristics –Limits
and methods of measurement
ISO 178:2001 Plastics – Determination of flexural properties
ISO 179 (todas as Plastics – Determination of Charpy impact strength
partes)
ISO 2409:2007 Paints and varnishes – Cross-cut test
ISO 4628-3:2003 Paints and varnishes – Evaluation of degradation of coatings – Designation of
quantity and size of defects, and of intensity of uniform changes in appearance –
Part 3: Assessment of degree of rusting
ISO 4892-2:2006 Plastics – Methods of exposure to laboratory light sources – Part 2: Xenonarc
lamps

3 Termos e definições
Para os fins da presente Norma, aplicam-se os seguintes termos e definições.

3.1 Termos gerais


3.1.1 conjunto de aparelhagem de baixa tensão
CONJUNTO
Combinação de um ou mais dispositivos de comutação em conjunto com controlo associado, medição,
sinalização, proteção, equipamento de regulação, com todas as suas interconexões elétricas internas e
mecânicas e partes estruturais.

3.1.2 sistema de CONJUNTO


Gama completa de componentes elétricos e mecânicos (invólucros, barramentos, unidades funcionais, etc.)
tal como definidos pelo fabricante de origem e podendo ser montados em conformidade com as instruções do
fabricante de origem com vista à fabricação de vários CONJUNTOS.

3.1.3 circuito principal (de um CONJUNTO)


Todas as partes condutoras de um CONJUNTO incluídas num circuito destinado ao transporte de energia.
IEC 60050-441:1984, 441-13-02

5)
Existe uma edição 5.1 consolidada (2010) que inclui a CISPR 11 (2009) e a sua emenda 1 (2010).
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3.1.4 circuito auxiliar (de um CONJUNTO)


Todas as partes condutoras de um CONJUNTO incluídas num circuito (diferente do circuito principal)
destinadas ao comando, à medição, à sinalização, à regulação e ao processamento de dados, etc.
NOTA: Os circuitos auxiliares de um CONJUNTO incluindo os circuitos de comando e os circuitos auxiliares de um dispositivo de
comutação.

[IEC 60050-441:1984, 441-13-02, modificada]

3.1.5 barramento
Um condutor de baixa impedância a que vários circuitos elétricos podem estar conectados separadamente.
NOTA: O termo “barramento” não pressupõe a forma geométrica, tamanho ou dimensão do condutor.

3.1.6 barramento principal


Barramento a que um ou vários barramentos de distribuição e/ou unidades de entrada e de saída podem ser
conectados.

3.1.7 barramento de distribuição


Barramento com uma parte conectada a um barramento principal e a partir do qual as unidades de saída são
alimentadas.
NOTA: Os condutores que estão conectados entre uma unidade funcional e o barramento não são considerados como fazendo
parte de um barramento de distribuição.

3.1.8 unidade funcional


Parte de um CONJUNTO compreendendo todos os elementos elétricos e mecânicos, incluindo dispositivos
de conexão, que contribuem para a execução de uma mesma função.
NOTA: Os condutores que estão conectados a uma unidade funcional mas que são externos a este compartimento ou invólucro
(p. ex. cabos auxiliares conectados a compartimentos comuns) não são considerados como fazendo parte de uma unidade funcional.

3.1.9 unidade de entrada


Unidade funcional através da qual a energia elétrica é normalmente fornecida ao CONJUNTO.

3.1.10 unidade de saída


Unidade funcional através da qual a energia elétrica é normalmente fornecida para um ou mais circuitos de
saída.

3.1.11 dispositivo de proteção contra curto-circuitos


DPCC
Dispositivo destinado a proteger um circuito ou partes de um circuito contra as correntes de curto-circuito
interrompendo-as.
[2.2.21 da IEC 60947-1:2007]

3.2 Unidades construtivas de um CONJUNTO

3.2.1 parte fixa


Parte consistindo em componentes montados e cableados num suporte comum e que é concebida para
instalação fixa.
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3.2.2 parte amovível


Parte consistindo em componentes montados e cableados num suporte comum e que é destinada a ser
removida totalmente do CONJUNTO e substituída mesmo que o circuito ao qual esta é ligada, esteja em
tensão.

3.2.3 posição conectada


Posição de uma parte amovível quando está totalmente conectada para a sua função normal de
funcionamento.

3.2.4 posição de removido


Posição de uma parte amovível quando ela se encontra no exterior do CONJUNTO e está separada mecânica
e eletricamente deste.

3.2.5 encravamento de introdução


Dispositivo impedindo a introdução de uma parte amovível num compartimento para o qual ela não foi
concebida.

3.2.6 conexão fixa


Conexão que é conectada ou desconectada por meio de uma ferramenta.

3.2.7 secção
Unidade de construção de um CONJUNTO entre dois separadores verticais sucessivos.

3.2.8 subsecção
Unidade de construção de um CONJUNTO entre dois separadores horizontais ou verticais sucessivos no
interior de uma secção.

3.2.9 compartimento
Coluna ou elemento de coluna fechado exceto para as aberturas necessárias para as interconexões, o controlo
ou a ventilação.

3.2.10 unidade de transporte


Parte de CONJUNTO ou um CONJUNTO completo que pode ser transportado sem ser desmantelado.

3.2.11 persiana
Parte que pode ser movida:
entre uma posição que permite engatar os contactos das partes removíveis ou extraíveis com contactos fixos,
e
 a posição em que esta se torna parte de uma tampa ou de uma separação blindada dos contactos fixos.
[IEC 60050-441:1984, 441-13-07, modificada]

3.3 Conceção exterior dos CONJUNTOS

3.3.1 CONJUNTO aberto


CONJUNTO consistindo numa estrutura que suporta o equipamento elétrico e as partes ativas do
equipamento elétrico acessível.
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3.3.2 CONJUNTO aberto de proteção frontal


CONJUNTO aberto com uma tampa frontal: as partes ativas poderão estar acessíveis a partir de outras partes
que não a frontal.

3.3.3 CONJUNTO fechado


Um CONJUNTO que é fechado em todos os lados com a possível exceção do lado da superfície de
montagem de forma a assegurar o grau de proteção definido.

3.3.4 CONJUNTO tipo armário


CONJUNTO fechado do tipo apoiado no chão, que poderá conter várias secções e subsecções ou
compartimentos

3.3.5 CONJUNTO do tipo multi-armário


Combinação de CONJUNTOS tipo armário mecanicamente ligados.

3.3.6 CONJUNTO tipo secretária


CONJUNTO fechado com um painel de controlo horizontal ou inclinado ou uma combinação de ambos, que
incorpora aparelhos e utensílios de controlo, medição, sinalização, etc..

3.3.7 CONJUNTO tipo caixa


CONJUNTO fechado, previsto para ser instalado na posição vertical.

3.3.8 CONJUNTO tipo multi-caixa


Combinação de CONJUNTOS tipo caixa mecanicamente ligados entre si, com ou sem um suporte comum,
as conexões elétricas passam entre duas caixas adjacentes através de aberturas nas faces contíguas.

3.3.9 CONJUNTO para fixação saliente em parede


CONJUNTO destinado a ser fixado sobre a superfície de uma parede.

3.3.10 CONJUNTO para fixação encastrada numa parede


CONJUNTO destinado a ser encastrado na superfície de uma parede, em que o invólucro não suporta a parte
da parede por cima.

3.4 Partes estruturais dos CONJUNTOS

3.4.1 estrutura de suporte


Estrutura fazendo parte de um CONJUNTO concebido para suportar vários componentes de um
CONJUNTO e um invólucro, se existir.

3.4.2 estrutura de montagem


Estrutura não fazendo parte de um CONJUNTO concebida para suportar um CONJUNTO.
3.4.3 placa de montagem
Placa concebida para suportar vários componentes e adequada para instalação num CONJUNTO.

3.4.4 armação de montagem


Armação concebida para suportar vários componentes e adequada para instalação num CONJUNTO.
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3.4.5 invólucro
Compartimento que fornece o tipo e o grau de proteção adequado para a aplicação pretendida.
[IEC 60050-195:198, 195-02-35]

3.4.6 tampa
Parte exterior do invólucro de um CONJUNTO.

3.4.7 porta
Tampa com dobradiças ou deslizamento.

3.4.8 tampa amovível


Tampa destinada a fechar uma abertura no invólucro exterior e que pode ser removida para efetuar
determinados trabalhos de manutenção e operações.

3.4.9 tampa de cobertura


Parte de um CONJUNTO que é utilizada para fechar uma abertura num invólucro externo e concebida para
ser fixada por parafusos ou meios análogos.
NOTA 1: Ela não é normalmente removida após a colocação em serviço do equipamento.
NOTA 2: A tampa de cobertura pode ser provida com entrada de cabos.

3.4.10 divisória
Parte de um invólucro de um compartimento separando este de outros compartimentos.

3.4.11 barreira
Parte assegurando a proteção contra contacto direto de qualquer direção habitual de acesso.
[IEC 60050-195:1998, 195-06-15, modificada]

3.4.12 obstáculo
Parte prevenindo o contacto direto involuntário, mas não prevenindo o contacto direto por uma ação
deliberada.
[IEC 60050-195:1998, 195-06-16, modificada]
NOTA: Os obstáculos são destinados a impedir um contacto fortuito com as partes ativas mas não um contacto fortuito por
contornamento deliberado do obstáculo. Eles são destinados a proteger pessoas qualificadas ou especializadas mas não são
destinados a proteger pessoas vulgares.

3.4.13 blindagem dos terminais


Parte blindando os terminais e assegurando o grau de proteção definido contra o acesso às partes ativas por
pessoas ou objetos.

3.4.14 entrada de cabos


Parte comportando as aberturas que permitem a passagem de cabos para o interior do CONJUNTO.

3.4.15 espaço protegido fechado


Parte de um CONJUNTO concebido para envolver componentes elétricos e que fornece proteção definida
contra influências externas e contacto com as partes ativas.
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3.5 Condições de instalação dos CONJUNTOS

3.5.1 CONJUNTO para instalação no interior


CONJUNTO que é concebido para ser utilizado em locais em que as condições de serviço normal para
utilizações interiores como especificado na secção 7.1 desta Norma, são cumpridas.

3.5.2 CONJUNTO para instalação no exterior


CONJUNTO que é concebido para ser utilizado em locais em que as condições de serviço normal para
utilizações exteriores como especificado na secção 7.1 desta Norma, são cumpridas.

3.5.3 CONJUNTO fixo


CONJUNTO concebido para ser fixo ao seu local de instalação, por exemplo no chão ou numa parede, e para
ser utilizado nesse lugar.

3.5.4 CONJUNTO móvel


CONJUNTO concebido para poder ser deslocado de um local de trabalho para outro.

3.6 Características da isolação

3.6.1 distância de isolamento no ar


Distância entre duas partes condutoras medida com um fio esticado ao longo do trajeto mais curto possível
entre essas duas partes condutoras.
[IEC 60050-441:1984, 441-17-31]

3.6.2 linha de fuga


Distância mais curta, ao longo da superfície de um material isolante sólido, entre duas partes condutoras.
[IEC 60050-151:2001, 151-15-50]
NOTA: A junção entre duas peças de material isolante é considerada parte da superfície.

3.6.3 sobretensão
Qualquer tensão com um valor de pico excedendo o valor de pico correspondente da tensão máxima em
regime permanente nas condições de funcionamento normal
[definição 3.7 da IEC 60664-1:2007]

3.6.4 sobretensão temporária


Sobretensão à frequência industrial de duração relativamente longa (vários segundos).
[definição 3.7.1 da IEC 60664-1:2007, modificada]

3.6.5 sobretensão transitória


Sobretensão de curta duração não excedendo alguns milissegundos, oscilatória ou não, geralmente
fortemente amortecida.
[IEC 60050-604:1987, 604-03-13]

3.6.6 tensão suportável à frequência industrial


Valor eficaz de uma tensão sinusoidal à frequência industrial que não provoca disrupção nas condições de
ensaio específicas.
[definição 2.5.56 da IEC 60947-1:2007]
NP
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NOTA: A tensão suportável à frequência industrial é equivalente à sobretensão temporária de curta duração definida na
IEC 60664-1.

3.6.7 tensão suportável ao choque


Valor de pico mais elevado de uma tensão de choque, de forma e polaridade prescritas, que não provoca
disrupção da isolação nas condições de ensaio específicas.
[definição 3.8.1 da IEC 60664-1:2007]

3.6.8 poluição
Qualquer adição de matéria estranha sólida, líquida ou gasosa, que pode originar uma redução da rigidez
dielétrica ou da resistividade da superfície da isolação.
[definição 3.11 da IEC 60664-1:2007, modificada]

3.6.9 grau de poluição (das condições ambientais)


Número convencional baseado na quantidade de poeiras condutoras ou higroscópicas, gases ionizados ou sal,
e na humidade relativa e na sua frequência de ocorrência resultando em absorção higroscópica ou
condensação de humidade levando à redução da rigidez dielétrica e/ou da resistividade superficial.
NOTA 1: O grau de poluição para o qual os materiais isolantes dos dispositivos e componentes são expostos poderá ser diferente
do que o do macroambiente onde os dispositivos ou os componentes são colocados devido à proteção fornecida por outros meios
tais como um invólucro ou por aquecimento interno para prevenir a absorção ou condensação de humidade.
NOTA 2: Para o propósito desta Norma, o índice de poluição é o de microambiente.

[definição 2.5.58 da IEC 60947-1:2007]

3.6.10 microambiente (de uma distância de isolamento no ar ou linha de fuga)


Ambiente envolvente da isolação que influencia particularmente o dimensionamento das linhas de fuga.
NOTA: O microambiente de uma distância de isolamento no ar ou de uma linha de fuga e não o meio ambiente do CONJUNTO ou
dos componentes determina os efeitos na isolação. O microambiente poderá ser melhor ou pior que o meio ambiente do
CONJUNTO ou dos componentes.

[definição 3.12.2 da IEC 60664-1:2007, modificada]

3.6.11 categoria de sobretensão (de um circuito ou num sistema elétrico)


Número convencional baseado na limitação (ou controlo) de valores de sobretensões transitórias presumidas
que ocorrem num circuito (ou num sistema elétrico com diferentes tensões nominais) e dependendo dos
meios utilizados para influenciar as sobretensões.
NOTA: Num sistema elétrico, a transição de uma categoria de sobretensão para outra mais baixa é obtida através de meios
apropriados cumprindo com os requisitos de interface, tais como um dispositivo de proteção de sobretensões ou de impedâncias
dispostas em série capazes de dissipar, absorver, ou desviar a energia associada ao pico de corrente, para o mais baixo valor de
sobretensão para a categoria de sobretensão desejada.

definição 2.5.60 da IEC 60947-1:2007]

3.6.12 descarregador de sobretensões


SPD
Aparelho concebido para proteger os aparelhos e utensílios elétricos das sobretensões transitórias elevadas e
para limitar a duração e frequência da amplitude da corrente de descarga.
[definição 2.2.22 da IEC 60947-1:2007]
NP
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3.6.13 coordenação do isolamento


Correlação das características dos isolamentos do equipamento elétrico com as sobretensões esperadas e as
características dos dispositivos de proteção de sobretensões por um lado, e por outro o microambiente
esperado e os meios de proteção da poluição.
[definição 2.5.61 da IEC 60947-1:2007, modificada]

3.6.14 campo não homogéneo (não uniforme)


Campo elétrico que não tem essencialmente um gradiente de tensão constante entre elétrodos.
[definição 2.5.63 da IEC 60947-1:2007]

3.6.15 rastejamento
Formação progressiva de caminhos condutores que são produzidos na superfície de um material isolante
sólido, devido aos efeitos combinados da tensão elétrica e da contaminação eletrolítica nessa superfície.
[definição 2.5.64 da IEC 60947-1:2007]

3.6.16 índice de resistência ao rastejamento


IRR
Valor numérico da tensão máxima em volts a que um material suporta 50 gotas de um líquido de ensaio
definido sem rastejamento.
NOTA: O valor de cada tensão de ensaio e o IRR deverão ser divisíveis por 25.

[definição 2.5.65 da IEC 60947-1:2007, modificada]

3.6.17 descarga disruptiva


Fenómenos associados com uma falha da isolação sob solicitação elétrica, e na qual a descarga curto-circuita
completamente a isolação, reduzindo a tensão entre elétrodos a um valor nulo ou quase nulo.
NOTA 1: Uma descarga disruptiva num dielétrico sólido produz uma perda permanente de rigidez dielétrica; num dielétrico
líquido ou gasoso, essa perda poderá ser temporária.
NOTA 2: O termo “escorvamento” é utilizado quando se produz uma descarga disruptiva num dielétrico líquido ou gasoso.
NOTA 3: O termo “contornamento” é utilizado quando se produz uma descarga disruptiva à superfície de um dielétrico num meio
líquido ou gasoso.
NOTA 4: O termo “perfuração” é utilizado quando se produz uma descarga disruptiva através de um dielétrico sólido.

3.7 Proteção contra os choques elétricos

3.7.1 parte ativa


Condutor ou uma parte condutora prevista para estar alimentada em serviço normal, incluindo o condutor
neutro mas, por definição, não um condutor PEN.
NOTA: Este termo não implica necessariamente um risco de choque elétrico.

[IEC 60050-195:1998, 195-02-19, modificada]

3.7.2 parte ativa perigosa


Parte ativa que pode provocar, em certas condições, um choque elétrico perigoso.
[IEC 60050-195:1998, 195-06-05]
NP
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3.7.3 parte condutora acessível


Parte condutora de um CONJUNTO, suscetível de ser tocada e que não é normalmente ativa, mas que poderá
tornar-se uma parte ativa perigosa em condições de falha.
[IEC 60050-826:2004, 826-12-10, modificada]

3.7.4 condutor de proteção


(identificação: PE)
Condutor previsto para fins de segurança, por exemplo proteção contra choques elétricos.
[IEC 60050-826:2004, 826-13-22]
NOTA: Como exemplo o condutor de proteção pode ser eletricamente conectado às seguintes partes:
 partes condutoras acessíveis;
 partes condutoras externas;
 terminal principal de terra;
 elétrodo de terra;
 ponto da alimentação conectado à terra ou ponto neutro artificial.

3.7.5 condutor neutro


N
Condutor eletricamente conectado ao ponto neutro e capaz de contribuir para a distribuição de energia
elétrica.
[IEC 60050-195:1998, 195-02-06, modificada]

3.7.6 condutor PEN


Condutor que combina ambas as funções de condutor de terra de proteção e de condutor de neutro.
[IEC 60050-195:1998, 195-02-12]

3.7.7 corrente de defeito


corrente resultante de uma falha de isolamento, do contornamento da isolação ou de uma conexão incorreta
no circuito elétrico.

3.7.8 proteção principal


Proteção contra os choques elétricos na ausência de defeito.
[IEC 60050-195:1998, 195-06-01]
NOTA: A proteção principal é destinada a impedir qualquer contacto com as partes ativas e geralmente corresponde à proteção
contra o contacto direto.

3.7.9 isolação principal


Isolação das partes ativas perigosas que assegura a proteção principal.
[IEC 60050-195:1998, 195-06-06]
NOTA: Este conceito não se aplica à isolação exclusivamente utilizada para fins funcionais.

3.7.10 proteção em caso de avaria


Proteção contra os choques elétricos em condições de primeiro defeito (por exemplo em caso de falha da
isolação principal).
NP
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[IEC 60050-195:1998, 195-06-02, modificada]


NOTA: A proteção em caso de avaria geralmente corresponde à proteção contra contactos indiretos. Essencialmente em caso de
falha da isolação principal.

3.7.11 muito baixa tensão


(MBT)
Qualquer tensão não excedendo o limite da tensão relevante especificada na IEC 61201.

3.7.12 pessoa qualificada


Pessoa com formação e experiência adequadas para lhe permitir perceber os riscos e evitar os perigos que
podem originar a eletricidade.
[IEC 60050-826:2004, 826-18-01]

3.7.13 pessoa instruída


Pessoa suficientemente informada ou supervisionada por pessoas qualificadas para lhe permitir perceber os
riscos e evitar os perigos que podem originar a eletricidade.
[IEC 60050-826:2004, 826-18-02]

3.7.14 pessoa vulgar


Pessoa que não é nem pessoa qualificada nem pessoa instruída.
[IEC 60050-826:2004, 826-18-03]

3.7.15 pessoa autorizada


Pessoa qualificada ou instruída que recebeu autorização para efetuar os trabalhos definidos.

3.8 Características

3.8.1 valor nominal


Valor de uma grandeza utilizada para designar e identificar um componente, um dispositivo, um
equipamento ou um sistema.
NOTA: O valor nominal é geralmente um valor arredondado.

IEC 60050-151:2001, 151-16-09

3.8.2 valor limite


Numa especificação de um componente, um dispositivo, um equipamento ou sistema, o maior ou menor
valor admissível de uma quantidade.
IEC 60050-151:2001, 151-16-10

3.8.3 valor estipulado


Valor de uma grandeza, utilizada para fins de especificação, correspondendo a um conjunto específico de
condições de funcionamento de um componente, um dispositivo, um equipamento ou sistema.
IEC 60050-151:2001, 151-16-08

3.8.4 características estipuladas


Conjunto dos valores estipulados e das condições de funcionamento.
IEC 60050-151:2001, 151-16-11
NP
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3.8.5 tensão nominal (de um sistema elétrico)


Valor aproximado de tensão utilizada para designar ou identificar um sistema elétrico.
IEC 60050-601:1985, 601-01-21, modificada

3.8.6 corrente de curto-circuito


Ic
Sobreintensidade resultante de um curto-circuito devido a um defeito ou a uma conexão errada num circuito
elétrico.
[IEC 60050-441:1984, 441-11-07]

3.8.7 corrente de curto-circuito presumida


Icp
Valor eficaz da corrente que circula quando os condutores de alimentação do circuito são curto-circuitados
por um condutor de impedância desprezível localizado o mais próximo possível dos terminais da
alimentação do CONJUNTO (ver 10.11.5.4).

3.8.8 corrente de corte limitada


Valor instantâneo máximo da corrente atingida durante a operação de abertura de um dispositivo de
comutação ou de um fusível.
NOTA: Este conceito é de particular importância quando o dispositivo de comutação ou o fusível funcionam de tal forma que o
pico de corrente presumido do circuito não é atingido.

[IEC 60050-441:1984, 441-17-12]

3.8.9 características estipuladas de tensão


3.8.9.1 tensão estipulada
Un
Tensão nominal mais elevada da rede elétrica em corrente alternada (eficaz) ou corrente contínua, declarada
pelo fabricante dos CONJUNTOS à qual o circuito principal ou os circuitos principais do CONJUNTO é/são
destinado(s) a serem conectado(s).
NOTA 1: Para os circuitos polifásicos, é a tensão entre fases.
NOTA 2: Os transitórios são ignorados.
NOTA 3: O valor da tensão de alimentação poderá exceder a tensão estipulada no interior dos limites das tolerâncias admissíveis
da rede.

3.8.9.2 tensão estipulada de funcionamento (de um circuito de um CONJUNTO)


Ue
Valor de tensão declarada pelo fabricante dos CONJUNTOS que, combinado com a corrente estipulada
determina a sua aplicação.
NOTA: Para os circuitos polifásicos, é a tensão entre fases.

3.8.9.3 tensão estipulada de isolamento


Ui
Valor eficaz da tensão admissível fixada pelo fabricante do CONJUNTO ao equipamento ou a parte dele,
caracterizando a capacidade de resistência (a longo termo) da sua isolação.
[definição 3.9.1 da IEC 60664-1:2007, modificada]
NOTA 1: Para os circuitos polifásicos, é a tensão entre fases.
NP
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NOTA 2: A tensão estipulada de isolamento não é necessariamente igual à tensão estipulada de funcionamento dos equipamentos
que é principalmente relacionada com as características funcionais.

3.8.9.4 tensão estipulada suportável ao choque


Uimp
Valor da tensão suportável ao choque declarada pelo fabricante dos CONJUNTOS caraterizando a
capacidade de resistência específica da isolação contra as sobretensões transitórias.
[definição 3.9.2 da IEC 60664-1:2007, modificada]

3.8.10 características estipuladas da corrente

3.8.10.1 corrente estipulada


Valor da corrente declarada pelo fabricante dos CONJUNTOS que um circuito pode transportar sem que o
aquecimento das diferentes partes do CONJUNTO exceda os limites especificados nas condições específicas.
NOTA: Para a corrente estipulada dos CONJUNTOS (InA) ver secção 5.3.1 e para a corrente estipulada de um circuito (Inc) ver a
secção 5.3.2.

3.8.10.2 corrente estipulada de pico admissível


Ipk
Valor de pico da corrente de curto-circuito declarada pelo fabricante dos CONJUNTOS, que pode ser
suportada nas condições especificadas.

3.8.10.3 corrente estipulada de curta duração admissível


Icw
Valor eficaz da corrente de curta duração, declarada pelo fabricante dos CONJUNTOS, que pode ser
transportada sem danos nas condições especificadas, definida em termos de corrente e tempo.

3.8.10.4 corrente estipulada de curto-circuito condicional


Icc
Valor da corrente de curto-circuito presumida declarada pelo fabricante dos CONJUNTOS à qual um
circuito protegido por um dispositivo de proteção contra os curto-circuitos pode resistir durante a duração
total de funcionamento (tempo de eliminação) desse dispositivo nas condições especificadas.
NOTA: O dispositivo de proteção contra os curto-circuitos poderá ser uma parte integrante do CONJUNTO ou uma unidade
separada.

3.8.11 fator de simultaneidade estipulado


RDF
Valor por unidade da corrente estipulada fixada pelo fabricante dos CONJUNTOS à qual os circuitos de
saída de um CONJUNTO podem ser carregados de maneira contínua e simultânea tendo em conta as
influências térmicas mútuas.

3.8.12 frequência estipulada


fn
Valor da frequência, declarado pelo fabricante dos CONJUNTOS que designa um circuito e ao qual se
referem as condições de operação.
NOTA: Pode ser atribuído a um circuito um certo número ou uma gama de frequências estipuladas ou ser estipulado para corrente
contínua e para corrente alternada.
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3.8.13 compatibilidade eletromagnética


CEM
NOTA: Para os termos e definições relacionadas com a CEM, ver as secções J.3.8.13.1 a J.3.8.13.5 do Anexo J.

3.9 Verificação

3.9.1 verificação da conceção


Verificação efetuada numa amostra de um CONJUNTO ou em partes de CONJUNTOS para mostrar que a
conceção cumpre com os requisitos da norma dos CONJUNTOS aplicável.
NOTA: A verificação da conceção poderá incluir um ou vários métodos equivalentes, ver secções 3.9.1.1, 3.9.1.2 e 3.9.1.3.

3.9.1.1 ensaio de verificação


Ensaio efetuado numa amostra de um CONJUNTO ou em partes de CONJUNTOS para verificar que a
conceção cumpre com os requisitos da norma dos CONJUNTOS aplicável.
NOTA: Os ensaios de verificação são equivalentes aos ensaios de tipo.

3.9.1.2 comparação da verificação


Comparação estruturada de uma proposta de conceção para um CONJUNTO ou partes de CONJUNTOS,
com a conceção de referência verificada por ensaio.

3.9.1.3 avaliação da verificação


Avaliação da conceção das regras de conceção ou dos cálculos aplicados a uma amostra de um CONJUNTO
ou a partes de um CONJUNTO para demonstrar que a conceção cumpre com os requisitos da norma dos
CONJUNTOS aplicável.

3.9.2 verificação de rotina


Verificação de cada CONJUNTO efetuada em curso e/ou depois de fabrico para confirmar que ele cumpre
com os requisitos da norma dos CONJUNTOS aplicável.

3.10 Fabricante/utilizador

3.10.1 fabricante de origem


Organização que efetuou a conceção original e a verificação associada de um CONJUNTO em conformidade
com a norma dos CONJUNTOS aplicável.

3.10.2 fabricante de CONJUNTOS


Organização tomando a responsabilidade pelo CONJUNTO final.
NOTA: O fabricante dos CONJUNTOS poderá ser uma organização diferente do fabricante de origem.

3.10.3 utilizador
Parte que vai especificar, adquirir, utilizar e/ou operar o CONJUNTO, ou alguém agindo em seu nome.
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4 Símbolos e abreviaturas
Lista alfanumérica dos termos com os seus símbolos e abreviaturas acompanhados da referência da secção
em que eles são utilizados pela primeira vez:
Símbolo/Abreviatura Termo Secção
IRR índice de resistência ao rastejamento 3.6.17
MBT muito baixa tensão 3.7.11
CEM compatibilidade eletromagnética 3.8.13
fn frequência estipulada 3.8.12
Ic corrente de curto-circuito 3.8.6
Icc corrente estipulada de curto-circuito condicional 3.8.10.4
Icp corrente de curto-circuito presumida 3.8.7
Icw corrente estipulada de curta duração admissível 3.8.10.3
InA corrente estipulada de um CONJUNTO 5.3.1
Inc corrente estipulada de um circuito 5.3.2
Ipk corrente estipulada de pico admissível 3.8.10.2
N condutor neutro 3.7.5
PE condutor de proteção 3.7.4
PEN condutor PEN 3.7.6
RDF fator de simultaneidade estipulado 3.8.11
SCPD dispositivo de proteção contra os curto-circuitos 3.1.11
SPD descarregador de sobretensões 3.6.12
Ue tensão estipulada de funcionamento 3.8.9.2
Ui tensão estipulada de isolamento 3.8.9.3
Uimp tensão estipulada suportável ao choque 3.8.9.4
Un tensão estipulada 3.8.9.1

5 Características de interface

5.1 Generalidades
As características do CONJUNTO devem assegurar a compatibilidade com as características estipuladas dos
circuitos às quais ele é conectado e com as condições de instalação e elas devem ser especificadas pelo
fabricante dos CONJUNTOS utilizando os critérios identificados nas secções 5.2 a 5.5.

5.2 Características estipuladas de tensão

5.2.1 Tensão estipulada (Un) (do CONJUNTO)


A tensão estipulada deve ser pelo menos igual à tensão nominal da rede elétrica.

5.2.2 Tensão estipulada de funcionamento (Ue) (de um circuito do CONJUNTO)


A tensão estipulada de funcionamento de qualquer circuito não deve ser inferior à tensão nominal da rede
elétrica à qual se destina a ser conectado.
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Se ela for diferente da tensão estipulada do CONJUNTO, a tensão estipulada de funcionamento apropriada
do circuito deve ser especificada.

5.2.3 Tensão estipulada de isolamento (Ui) (de um circuito de um CONJUNTO)


A tensão estipulada de isolamento de um circuito de um CONJUNTO é o valor da tensão para a qual as
tensões dos ensaios dielétricos e as linhas de fuga são referidas.
A tensão estipulada de isolamento de um circuito deve ser superior ou igual aos valores estabelecidos para
Un e para Ue para o mesmo circuito.
NOTA: Para circuitos monofásicos derivados de sistemas IT (ver IEC 60364-5-52), a tensão estipulada de isolamento deverá ser
pelo menos igual à tensão entre as fases da alimentação.

5.2.4 Tensão estipulada de resistência aos choques (Uimp) (do CONJUNTO)


A tensão estipulada de resistência aos choques deve ser superior ou igual aos valores indicados para as
sobretensões transitórias que ocorrem no ou nos sistemas elétricos para os quais o circuito é concebido para
ser conectado.
NOTA: Os valores preferenciais da tensão estipulada de resistência aos choques são os dados no Quadro G.1 do Anexo G.

5.3 Características estipuladas de corrente

5.3.1 Corrente estipulada de um CONJUNTO (InA)


A corrente estipulada de um CONJUNTO é menor do que:
 a soma das correntes estipuladas dos circuitos de entrada no interior do CONJUNTO funcionando em
paralelo;
 a corrente total que o barramento principal é capaz de distribuir na disposição particular do CONJUNTO.
Esta corrente deve passar sem que os aquecimentos das partes individuais excedam os limites especificados
na secção 9.2.
NOTA 1: A corrente estipulada de um circuito de entrada poderá ser inferior à corrente estipulada do dispositivo de entrada (de
acordo com a norma do dispositivo respetivo) instalado no CONJUNTO.
NOTA 2: Neste contexto, o barramento principal é um barramento individual ou uma combinação de barramentos individuais que
são normalmente conectados em serviço por exemplo por meio de um dispositivo de acoplamento de barras.
NOTA 3: A corrente estipulada do CONJUNTO é a corrente de carga máxima que o CONJUNTO pode distribuir e que não pode
ser excedida pela adição de unidades de saída suplementares.

5.3.2 Corrente estipulada de um circuito (Inc)


A corrente estipulada de um circuito é o valor de corrente que pode ser transportada por este circuito
carregado por si só, em condições normais de utilização. Esta corrente deve circular sem que o aquecimento
das diversas partes do CONJUNTO exceda os limites especificados na secção 9.2.
NOTA 1: A corrente estipulada de um circuito pode ser inferior às correntes estipuladas dos dispositivos (de acordo com a norma
do dispositivo respetivo) instalados nesse circuito.
NOTA 2: Devido à complexidade dos fatores que determinam as correntes estipuladas, não pode ser dado nenhum valor
normalizado.
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5.3.3 Corrente estipulada de pico admissível (Ipk)


A corrente estipulada de pico admissível deve ser superior ou igual aos valores indicados para o(s) valor(es)
de pico da corrente de curto-circuito presumida da ou das redes às quais o ou os circuitos são destinado a
serem conectados (ver também a secção 9.3.3).

5.3.4 Corrente estipulada de curta duração admissível (Icw) (de um circuito de um CONJUNTO)
A corrente estipulada de curta duração admissível deve ser superior ou igual ao valor eficaz presumido da
corrente de curto-circuito (Icp) em cada ponto de conexão do circuito à alimentação, (ver também a secção
3.8.10.3).
Diferentes valores de Icw para diferentes durações (p. ex. 0,2 s; 1 s; 3 s) poderão ser atribuídos ao
CONJUNTO.
Em corrente alternada, o valor da corrente é o valor eficaz da componente alternada.

5.3.5 Corrente estipulada de curto-circuito condicional de um CONJUNTO (Icc)


A corrente estipulada de curto-circuito condicional deve ser superior ou igual ao valor eficaz da corrente de
curto-circuito presumida (Icp) para uma duração limitada pelo funcionamento do dispositivo de proteção
contra curto-circuitos que protege o CONJUNTO.
Capacidade de corte e as características de limitação de corrente (I²t, Ipk) do dispositivo de proteção contra
curto-circuitos, devem ser especificados pelo fabricante dos CONJUNTOS, tendo em consideração os dados
fornecidos pelo fabricante dos dispositivos.

5.4 Fator de simultaneidade estipulado (RDF)


O fator de simultaneidade estipulado é o valor por unidade da corrente estipulada, fixada pelo fabricante do
CONJUNTO, à qual os circuitos de saída de um CONJUNTO podem ser carregados de forma contínua e
simultânea tendo em consideração as influências térmicas mútuas.
O fator de simultaneidade estipulado pode ser indicado:
 para grupos de circuitos;
 para um CONJUNTO completo.
O fator de simultaneidade estipulado multiplicado pela corrente estipulada dos circuitos deve ser igual ou
superior à carga presumida dos circuitos de saída. A carga presumida dos circuitos de saída deve ser tratada
pela norma dos CONJUNTOS aplicável.
NOTA 1: A carga presumida dos circuitos de saída pode ser uma corrente constante ou o equivalente térmico de uma corrente
variável (ver Anexo E)

O fator de simultaneidade estipulado é aplicável com o CONJUNTO funcionando à sua corrente estipulada
(InA).
NOTA 2: O fator de simultaneidade estipulado reconhece que as unidades funcionais múltiplas não são completamente
carregadas simultaneamente na prática ou que elas são carregadas de maneira intermitente.

Ver o Anexo E para mais detalhes.


NOTA 3: Na Noruega, a proteção contra as sobrecargas dos condutores não deve ser baseada apenas na utilização de fatores de
diversidade dos circuitos a jusante.
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5.5 Frequência estipulada (fn)


A frequência estipulada de um circuito é o valor da frequência para a qual as condições de funcionamento
são referidas. Quando os circuitos de um CONJUNTO são previstos para diferentes valores de frequência, a
frequência estipulada de cada circuito deve ser fornecida.
NOTA: A frequência deverá estar entre os limites especificados nas normas IEC relevantes para os componentes incorporados.
Salvo indicação em contrário do fabricante do CONJUNTO, os limites são assumidos com sendo 98 % e 102 % da frequência
estipulada.

5.6 Outras características


As características seguintes devem ser declaradas:
a) requisitos adicionais em função das condições de utilização particulares de uma unidade funcional (p. ex.
tipo de coordenação, características de sobrecarga);
b) grau de poluição (ver secção 3.6.9);
c) tipos de sistemas de ligação à terra para os quais o CONJUNTO é concebido;
d) instalação no interior e/ou no exterior (ver secções 3.5.1 e 3.5.2);
e) fixo ou móvel (ver secções 3.5.3 e 3.5.4);
f) grau de proteção;
g) destinado a ser utilizado por pessoas qualificadas ou vulgares (ver secções 3.7.12 e 3.7.14);
h) classificação da compatibilidade eletromagnética (CEM) (ver Anexo J);
i) condições particulares de utilização, se aplicável (ver secção 7.2);
j) conceção exterior (ver secção 3.3);
k) proteção contra os choques mecânicos, se aplicável (ver secção 8.2.1);
l) o tipo de construção – fixo ou em partes amovíveis (ver secções 8.5.1 e 8.5.2);
m) a natureza do ou dos dispositivos de proteção contra curto-circuitos (ver secção 9.3.2);
n) as medidas de proteção contra choques elétricos;
o) as dimensões externas (incluindo as projeções p. ex. pegas, tampas, portas), se necessário;
p) o peso, se necessário.

6 Informações

6.1 Marcações para a identificação dos CONJUNTOS


O fabricante dos CONJUNTOS deve fornecer cada CONJUNTO com uma ou mais placas de características,
marcadas de forma durável e localizadas num local de forma a ser visível e legível quando o CONJUNTO
está instalado e em funcionamento. A conformidade é verificada de acordo com o ensaio da secção 10.2.7 e
por inspeção.
As informações seguintes respeitantes ao CONJUNTO devem ser fornecidas na(s) placa(s) de características:
a) nome do fabricante do CONJUNTO ou a sua marca de fabrico (ver secção 3.10.2);
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b) designação de tipo ou número de identificação, ou quaisquer outros meios de identificação, permitindo


obter do fabricante do CONJUNTO as informações relevantes;
c) meios de identificar a data de fabrico;
d) IEC 61439-X (a parte específica “X” deve ser identificada).
NOTA: A norma do CONJUNTO aplicável poderá especificar onde a informação adicional deve ser colocada na placa de
características.

6.2 Documentação

6.2.1 Informação respeitante ao CONJUNTO


Todas as características de interface, de acordo com a secção 5, devem, onde aplicável, ser fornecidas na
documentação técnica do fabricante dos CONJUNTOS e fornecidas com o CONJUNTO.

6.2.2 Instruções de manipulação, de instalação, de funcionamento e de manutenção


O fabricante dos CONJUNTOS deve especificar, nos seus documentos ou catálogos, as condições, se
existentes, para a manipulação, a instalação, o funcionamento e a manutenção do CONJUNTO e do
equipamento contido no seu interior.
Se necessário, as instruções devem indicar as medidas que são de particular importância para que o
transporte, a manipulação, a instalação e o funcionamento do CONJUNTO se efetue de maneira correta e
apropriada. A colocação à disposição de informações detalhadas respeitantes ao peso é de particular
importância com vista ao transporte e à manipulação dos CONJUNTOS.
A localização e instalação correta dos meios de elevação e a dimensão dos cabos dos acessórios de elevação
devem ser dados na documentação do fabricante dos CONJUNTOS ou nas instruções sobre a maneira de
manipular o CONJUNTO, se aplicável.
As medidas a serem tomadas, se aplicável, no que respeita à CEM associada com a instalação, o
funcionamento e a manutenção do CONJUNTO devem ser especificadas (ver Anexo J).
Se um CONJUNTO especificamente destinado ao meio ambiente A é para ser utilizado no meio ambiente B
o seguinte aviso deve ser incluído nas instruções de funcionamento:
AVISO
Este produto foi concebido para o meio ambiente A. A utilização deste produto num meio ambiente B
poderá originar perturbações eletromagnéticas não desejáveis que poderão necessitar da tomada de medidas
adequadas por parte do utilizador.
Quando necessários, os documentos mencionados acima devem indicar a extensão e frequência de
manutenção recomendável.
Se o circuito não for óbvio do ponto de vista do arranjo físico dos aparelhos instalados, deve ser fornecida
informação adequada, por exemplo diagramas de cablagens ou quadros.

6.3 Identificação de dispositivos e/ou dos componentes


No interior do CONJUNTO, deve ser possível identificar os circuitos individuais e os seus dispositivos de
proteção. As placas de identificação devem ser legíveis, permanentes e adequadas ao meio ambiente físico.
Todas as designações utilizadas devem estar em conformidade com a IEC 81346-1 e a IEC 81346-2 e
idênticas às dos esquemas de circuitos que devem estar em conformidade com a IEC 61082-1.
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7 Condições de utilização

7.1 Condições normais de utilização


Os CONJUNTOS conformes com esta Norma são previstos para serem utilizados nas condições normais de
utilização indicadas abaixo.
NOTA: Se os componentes, por exemplo relés, equipamento eletrónico, são utilizados e não são previstos para essas condições,
deverão ser tomadas medidas apropriadas para assegurar um funcionamento adequado.

7.1.1 Temperatura do ar ambiente

7.1.1.1 Temperatura do ar ambiente para instalações no interior


A temperatura do ar ambiente não deve exceder + 40 ºC e a temperatura média durante um período de 24 h
não deve exceder +35 ºC.
O limite inferior da temperatura do ar ambiente deve ser de -5 ºC.

7.1.1.2 Temperatura do ar ambiente para instalações no exterior


A temperatura do ar ambiente não deve exceder + 40 ºC e a temperatura média durante um período de 24 h
não deve exceder + 35 ºC.
O limite inferior da temperatura do ar ambiente deve ser de -25 ºC.

7.1.2 Condições de humidade

7.1.2.1 Condições de humidade para instalações no interior


A humidade relativa do ar não deve exceder 50 % a uma temperatura máxima de + 40 ºC. Poderá ser
permitida uma humidade relativa mais alta para temperaturas mais baixas, por exemplo 90 % a +20 ºC.
Deverá ser tomada precaução com a condensação moderada que poderá ocasionalmente ocorrer devido a
variações na temperatura.

7.1.2.2 Condições de humidade para instalações no exterior


A humidade relativa poderá temporariamente atingir 100 % a uma temperatura máxima de + 25 ºC.

7.1.3 Grau de poluição


O grau de poluição (ver secção 3.6.9) refere-se às condições ambientais para as quais o CONJUNTO é
previsto.
Para os dispositivos de comutação e para os componentes no interior do invólucro, é aplicável o grau de
poluição das condições ambientais no interior do invólucro.
Para o fim de avaliar as distâncias de isolamento no ar e as linhas de fuga, são estabelecidos os quatro
seguintes graus de poluição no microambiente.
Grau de poluição 1:
Não há poluição ou só há poluição seca, não condutora. A poluição não tem influência.
Grau de poluição 2;
Apenas ocorre poluição não condutora, exceto ocasionalmente que poderá ser expectável que ocorra uma
condutividade temporária provocada pela condensação.
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Grau de poluição 3:
Presença de uma poluição condutora ou de uma poluição seca não condutora que se pode tornar condutora
devido a condensação.
Grau de poluição 4:
É produzida uma condutividade persistente causada por poeira condutora, ou pela chuva ou por outras
condições de humidade.
O grau de poluição 4 não é aplicável para um microambiente no interior de um CONJUNTO conforme com
esta Norma.
Salvo especificação em contrário, os CONJUNTOS para aplicações industriais são, em geral, destinados a
serem utilizados num ambiente com grau de poluição 3. Contudo, outros graus de poluição poderão
aplicar-se em função do microambiente ou de aplicações particulares.
NOTA: O grau de poluição do microambiente para o equipamento poderá ser influenciado pela instalação num invólucro.

7.1.4 Altitude
A altitude do local de instalação não deve exceder os 2000 m.
NOTA: Para os equipamentos destinados a serem utilizado a altitudes mais elevadas, poderá ser necessário ter em consideração a
diminuição da rigidez dielétrica, do poder de corte dos aparelhos e do poder de arrefecimento do ar.

7.2 Condições especiais de utilização


Onde existe uma qualquer condição especial de utilização, os requisitos particulares aplicáveis devem ser
respeitados ou devem ser feitos acordos particulares entre o utilizador e o fabricante dos CONJUNTOS. O
utilizador deve informar o fabricante dos CONJUNTOS da existência de tais condições de utilização
excecionais.
As condições especiais de utilização compreendem, por exemplo:
a) os valores de temperatura, de humidade relativa e/ou de altitude diferentes dos especificados na secção
7.1;
b) das utilizações nas quais as variações de temperatura e/ou de pressão do ar têm lugar tão rapidamente que
uma condensação excecional é suscetível de ocorrer no interior do CONJUNTO;
c) uma forte poluição do ar por poeira, fumos, partículas corrosivas ou radioativas, vapores ou sal;
d) uma exposição a campos elétricos ou magnéticos elevados;
e) uma exposição a condições climáticas extremas;
f) um ataque por fungos ou pequenos animais;
g) uma instalação em locais onde existe risco de incêndio ou explosão;
h) uma exposição a vibrações, choques fortes, ocorrências sísmicas;
i) uma instalação em condições tais que a capacidade de transportar corrente ou a capacidade de corte é
afetada, por exemplo os equipamentos incorporados em máquinas ou encastrados em paredes;
j) uma exposição às perturbações conduzidas ou radiadas diferentes das eletromagnéticas e às perturbações
eletromagnéticas nos ambientes diferentes dos descritos na secção 9.4;
k) as condições de sobretensão ou de flutuações de tensão excecionais;
l) as harmónicas excessivas na tensão de alimentação ou na corrente de carga.
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7.3 Condições durante o transporte, a armazenagem e a instalação


Deve ser feito um acordo especial entre o utilizador e o fabricante do CONJUNTO se as condições durante o
transporte, a armazenagem e a instalação, por exemplo as condições de temperatura e humidade, diferirem
das que são definidas na secção 7.1.

8 Requisitos de construção

8.1 Resistência dos materiais e das partes

8.1.1 Generalidades
Os CONJUNTOS devem ser construídos com materiais capazes de suportar as solicitações mecânicas,
elétricas e térmicas assim como as solicitações ambientais suscetíveis de serem encontradas nas condições de
utilização específicas.
A forma exterior do invólucro do CONJUNTO pode variar para se adaptar à aplicação e à utilização, vários
exemplos são dados na secção 3.3. Esses invólucros poderão igualmente ser construídos de diferentes
materiais p. ex. isolantes, metálicos ou uma combinação dos dois.

8.1.2 Proteção contra a corrosão


A proteção contra a corrosão deve ser assegurada pela utilização de materiais adequados ou por
revestimentos de proteção da superfície exposta, tendo em consideração as condições normais de utilização
(ver secção 7.1). A conformidade com este requisito é verificada pelo ensaio da secção 10.2.2.

8.1.3 Propriedades dos materiais isolantes

8.1.3.1 Estabilidade térmica


Para os invólucros ou as partes dos invólucros de materiais isolantes, a estabilidade térmica deve ser
verificada de acordo com a secção 10.2.3.1.

8.1.3.2 Resistência dos materiais isolantes ao calor e ao fogo

8.1.3.2.1 Generalidades
As partes dos materiais isolantes que são suscetíveis de serem expostas a solicitações térmicas resultantes
dos efeitos elétricos internos, e cuja deterioração poderá alterar a segurança do CONJUNTO, não devem ser
afetadas desfavoravelmente pelo calor normal (de funcionamento), por um calor anormal ou pelo fogo.

8.1.3.2.2 Resistência dos materiais isolantes ao calor


O fabricante deve demonstrar a conformidade seja por referência ao índice de temperatura da isolação
(determinada por exemplo pelos métodos da IEC 60216) seja pela conformidade com a IEC 60085.

8.1.3.2.3 Resistência dos materiais isolantes a um calor anormal e ao fogo devido aos efeitos elétricos
internos
Os materiais isolantes utilizados para as partes necessárias para manter em posição as partes transportadoras
de corrente e as partes suscetíveis de serem expostas a solicitações térmicas resultantes de efeitos elétricos
internos, e cuja deterioração poderá alterar a segurança do CONJUNTO, não devem ser afetadas
desfavoravelmente por um calor anormal ou fogo e devem ser verificadas com o ensaio ao fio incandescente
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da secção 10.2.3.2. Para o fim deste ensaio, um condutor de proteção (PE) não é considerado como uma
parte transportadora de corrente.
Para as pequenas partes (com dimensões da superfície não excedendo 14 mm × 14 mm), um outro ensaio
poderá ser efetuado (por exemplo o ensaio ao queimador em agulha de acordo com a IEC 60695-11-5). O
mesmo procedimento poderá ser aplicado por outras razões práticas quando o material metálico de uma parte
é importante em relação ao material isolante.

8.1.4 Resistência à radiação ultravioleta


Para os invólucros ou as partes dos invólucros de materiais isolantes que são destinadas a serem utilizadas no
exterior, a resistência à radiação ultravioleta deve ser verificada de acordo com a secção 10.2.4.

8.1.5 Resistência mecânica


Todos os invólucros e divisórias, incluindo os meios de encravamento e as dobradiças das portas, devem
possuir uma resistência mecânica suficiente para resistir às solicitações às quais são submetidos em
utilização normal e durante as condições de curto-circuito (ver também a secção 10.13).
O funcionamento mecânico das partes amovíveis, incluindo qualquer encravamento de introdução deve ser
verificado pelo ensaio de acordo com a secção 10.13.

8.1.6 Dispositivo de elevação


Quando requerido, os CONJUNTOS devem ser munidos de dispositivos adequados de elevação. A
conformidade é verificada pelo ensaio da secção 10.2.5.

8.2 Grau de proteção assegurado pelo invólucro de um CONJUNTO

8.2.1 Proteção contra os impactos mecânicos


O grau de proteção assegurado por um invólucro de um CONJUNTO contra os impactos mecânicos, se
aplicável, deve ser definido pelas normas do CONJUNTO aplicáveis e verificado em conformidade com a
IEC 62262. (ver secção 10.2.6).

8.2.2 Proteção contra os contactos com partes ativas, contra a penetração de corpos sólidos estranhos e
de água
O grau de proteção assegurado por um CONJUNTO contra os contactos com as partes ativas, contra a
penetração de corpos sólidos estranhos e de água é indicado pelo código IP em conformidade com a IEC
60529 e é verificado de acordo com a secção 10.3.
NOTA 1: Nos Estados Unidos (USA), no Canadá e no México, podem utilizar-se as designações de “tipo” do invólucro para
especificar o “grau de proteção” assegurado pelo CONJUNTO. Para as aplicações nos USA, é conveniente utilizar a designação do
tipo de invólucro apropriado especificado na NEMA 250. Para as aplicações no Canadá, é conveniente utilizar a designação do tipo
de invólucro apropriado especificado na norma CSA C22.2 Nº. 94.1 e 94.2. Para as aplicações no México, é conveniente utilizar a
designação do tipo de invólucro apropriado especificado nas NMX-J-235/1-ANCE y NMX-J-235/2-ANCE.

O grau de proteção de um CONJUNTO com invólucro deve ser pelo menos igual a IP 2X, após a instalação
em conformidade com as instruções do fabricante do CONJUNTO. O grau de proteção assegurado pela face
frontal de um CONJUNTO aberto à proteção frontal deve ser pelo menos igual a IP XXB.
Para os CONJUNTOS não sujeitos a uma inclinação/oscilação em condições normais de utilização, o grau de
proteção IP X2 não é aplicável.
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Para os CONJUNTOS para instalação no exterior sem proteção suplementar, o segundo número
característico deve ser pelo menos igual a 3.
NOTA 2: Para a instalação no exterior, a proteção suplementar poderá ser assegurada por um telhado ou análogo.

Salvo especificação em contrário, o grau de proteção indicado pelo fabricante do CONJUNTO aplica-se ao
CONJUNTO completo quando ele é instalado em conformidade com as instruções do fabricante do
CONJUNTO, por exemplo com obturação da superfície de montagem deixada aberta de um CONJUNTO,
etc.
Se um CONJUNTO não possui as mesmas características IP por todo, o fabricante do CONJUNTO deve
declarar as características IP para as partes distintas.
As diferentes características IP estipuladas não devem afetar a utilização prevista do CONJUNTO.
NOTA 3: Os exemplos incluem:
 face de serviço IP 20, outras partes IP 00.

 furos de drenagem na base IP XXD, outras partes IP 43.

Nenhum código IP pode ser dado se as verificações apropriadas não forem efetuadas de acordo com a secção
10.3.
No caso de CONJUNTOS com invólucro para instalação no exterior e no interior, destinados a serem
utilizados em locais em que existe uma humidade elevada e as temperaturas variam com uma grande
amplitude, as disposições adequadas (ventilação e/ou aquecimento, interior, furos de drenagem, etc.) devem
ser tidas em conta para impedir uma condensação nociva no interior do CONJUNTO. Contudo, o grau de
proteção especificado deve ser mantido ao mesmo tempo.

8.2.3 Grau de proteção das partes amovíveis


O grau de proteção indicado para os CONJUNTOS aplica-se normalmente à posição de conectado (ver
secção 3.2.3) das partes amovíveis.
Se o grau de proteção original não é mantido após a remoção de uma parte amovível, p.ex. através do fecho
de uma porta, um acordo deve ser estabelecido entre o fabricante do CONJUNTO e o utilizador respeitante
às medidas a tomar para assegurar a proteção adequada. As indicações fornecidas pelo fabricante do
CONJUNTO poderão tomar o lugar de tal acordo.
Quando são utilizadas persianas para permitir uma adequada proteção das partes ativas, elas devem ser fixas
de forma a prevenir a remoção não intencional.

8.3 Distâncias de isolamento no ar e linhas de fuga

8.3.1 Generalidades
Os requisitos aplicáveis às distâncias de isolamento no ar e às linhas de fuga são baseados nos princípios da
IEC 60664-1 e são destinados a assegurar uma coordenação do isolamento no interior da instalação.
As distâncias de isolamento no ar e as linhas de fuga dos equipamentos que fazem parte de um CONJUNTO
devem estar conformes com os requisitos da norma de produto aplicável.
Aquando da incorporação dos equipamentos no CONJUNTO, as distâncias de isolamento no ar e as linhas de
fuga específicas devem ser mantidas nas condições normais de utilização.
Para dimensionar as distâncias de isolamento no ar e as linhas de fuga entre circuitos distintos, devem
utilizar-se as características de tensão mais elevadas (tensão estipulada de resistência aos choques para as
distâncias de isolamento no ar e tensão estipulada de isolamento para as linhas de fuga).
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As distâncias de isolamento no ar e as linhas de fuga aplicam-se entre fases, entre fase e neutro e, exceto se
um condutor é conectado diretamente à terra, entre fase e terra e entre neutro e terra.
Para os condutores ativos nus e as conexões (por exemplo barramentos, conexões entre aparelhos e terminais
de cabos), as distâncias de isolamento no ar e as linhas de fuga devem ser pelo menos equivalentes às
especificadas para o aparelho às quais eles são diretamente associados.
Um curto-circuito inferior ou igual às características declaradas do CONJUNTO não deve reduzir de forma
permanente as distâncias de isolamento no ar ou as linhas de fuga entre os barramentos e/ou as conexões
abaixo dos valores especificados para o CONJUNTO. A deformação das partes do invólucro ou das
divisórias, as barreiras e os obstáculos internos devido ao curto-circuito não devem reduzir de forma
permanente as distâncias de isolamento no ar ou as linhas de fuga abaixo dos valores especificados nas
secções 8.3.2 e 8.3.3 (ver também a secção 10.11.5.5).

8.3.2 Distâncias de isolamento no ar


As distâncias de isolamento no ar devem ter um valor suficiente para satisfazer à tensão estipulada de
resistência aos choques (Uimp) declarada de um circuito. As distâncias de isolamento no ar devem ser tal
como especificadas no Quadro 1 exceto se um ensaio de verificação da conceção e um ensaio individual de
série da tensão estipulada de resistência aos choques é efetuado em conformidade com as secções 10.9.3 e
11.3, respetivamente.
O método de verificação das distâncias de isolamento no ar para as medições é dado no Anexo F.
NOTA: Nos Estados Unidos da América (USA) e no México, os códigos elétricos nacionais são utilizados para especificar as
distâncias de isolamento no ar mínimas. Nos USA, o código elétrico nacional NFPA 70, Secção 408.56 é aplicável. No México o
NOM-001-SEDE é aplicável. Para essas aplicações, é recomendado que as distâncias de isolamento no ar sejam escolhidas
utilizando o Anexo L, Quadro L.1 desta Norma. Para as aplicações no Canadá, as distâncias de isolamento elétrico mínimas são
especificadas no código elétrico canadiano, Parte 2 Normas de segurança do produto.

8.3.3 Linhas de fuga


O fabricante original deve escolher a ou as tensões estipuladas de isolamento (Ui) para os circuitos do
CONJUNTO a partir da ou das quais deve ser determinada a ou as linhas de fuga. Para qualquer circuito
dado, a tensão estipulada de isolamento não deve ser inferior à tensão estipulada de funcionamento (Ue).
Em todos os casos, as linhas de fuga não devem ser inferiores às distâncias de isolamento mínimas
associadas.
As linhas de fuga devem corresponder a um grau de poluição como especificado na secção 7.1.3 e ao grupo
de material correspondente à tensão estipulada de isolamento dada no Quadro 2.
O método de verificação das linhas de fuga para as medições é dado no Anexo F.
NOTA 1: Para os materiais isolantes de material não orgânico, por exemplo vidro ou cerâmica, que não possuem rastejamento,
não é necessário que as linhas de fuga sejam superiores às suas distâncias de isolamento no ar associadas. É conveniente, contudo,
ter em conta o risco de descarga disruptiva.
NOTA 2: Nos Estados Unidos da América (USA) e no México, os códigos elétricos nacionais são utilizados para especificar as
linhas de fuga mínimas. Nos USA, o código elétrico nacional NFPA 70, Secção 408.56 é aplicável. No México, é aplicável a
NOM-001-SEDE. Para essas aplicações, é recomendado que as linhas de fuga sejam escolhidas utilizando o Anexo L, Quadro L.2
desta norma. Para as aplicações no Canadá, as linhas de fuga mínimas são especificadas no código elétrico canadiano, Parte 2
Normas de segurança do produto.

Utilizando-se nervuras de 2 mm de altura mínima, a linha de fuga poderá ser reduzida, mas qualquer que seja
o número de nervuras, ela não deve ser inferior a 0,8 do valor do Quadro 2 e não deve ser inferior à distância
de isolamento no ar mínima associada. A largura mínima da base da nervura é determinada pelos requisitos
mecânicos (ver secção F.2).
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8.4 Proteção contra os choques elétricos

8.4.1 Generalidades
Os aparelhos e os circuitos do CONJUNTO devem ser dispostos de maneira a facilitar o seu funcionamento e
a sua manutenção, e ao mesmo tempo assegurar o grau necessário de segurança.
Os requisitos seguintes são destinados a assegurar que as medidas de proteção requeridas são asseguradas
após introdução de um CONJUNTO numa instalação conforme com a série da IEC 60364.
NOTA: As medidas de proteção geralmente aceites encontram-se na IEC 61140 e na IEC 60364-4-41.

Essas medidas de proteção que são particularmente importantes para um CONJUNTO são reproduzidas nas
secções 8.4.2 a 8.4.5.

8.4.2 Proteção principal

8.4.2.1 Generalidades
A proteção principal é destinada a impedir qualquer contacto direto com as partes ativas perigosas.
A proteção principal pode ser obtida quer por medidas apropriadas na construção do próprio CONJUNTO,
quer por disposições complementares a tomar durante a sua instalação; isso poderá requerer que o fabricante
do CONJUNTO forneça informações.
Um exemplo de medidas complementares a tomar é a instalação de um CONJUNTO aberto, sem outras
disposições, numa localização cujo acesso é reservado apenas a pessoal autorizado.
Quando a proteção principal é obtida por medidas durante a construção, uma ou várias das medidas dadas
nas secções 8.4.2.2 e 8.4.2.3 poderá ser escolhida. A escolha da medida de proteção deve ser declarada pelo
fabricante do CONJUNTO, se ela não for especificada na norma do CONJUNTO aplicável.

8.4.2.2 Isolação principal assegurada pelo material isolante


As partes ativas perigosas devem ser completamente recobertas por uma isolação que só possa ser removida
por destruição.
A isolação deve ser feita de materiais adequados capazes de resistir de forma durável às solicitações
mecânicas, elétricas e térmicas às quais a isolação poderá ser submetida em serviço.
NOTA: São exemplos, os componentes elétricos embebidos num isolante e os condutores isolados.

As tintas, vernizes e lacas sozinhas não são consideradas como satisfazendo os requisitos de isolação
principal.

8.4.2.3 Barreiras ou invólucros


As partes ativas isoladas por ar devem encontrar-se no interior de invólucros ou por trás de barreiras
assegurando pelo menos um grau de proteção IP XXB.
As superfícies superiores horizontais dos invólucros acessíveis com uma altura inferior ou igual a 1,6 m
acima da área de passagem devem fornecer um grau de proteção de pelo menos IP XXD.
As barreiras e os invólucros devem ser fixos solidamente no lugar e apresentar uma estabilidade e uma
durabilidade suficientes para manter os graus de proteção requeridos e a separação apropriada com as partes
ativas nas condições normais de utilização tendo em conta as influências externas relevantes. A distância
entre uma barreira condutora ou um invólucro e as partes ativas que elas protegem não deve ser inferior aos
valores especificados para as distâncias de isolamento no ar e as linhas de fuga na secção 8.3.
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Quando é necessário remover as barreiras ou abrir os invólucros ou remover partes dos invólucros, isso só
deve ser possível se uma das condições de a) a c) for completamente satisfeita:
a) Pela utilização de uma chave ou de uma ferramenta, isto é com qualquer ajuda mecânica para abrir a
porta, tampa ou para desbloquear um encravamento.
b) Após separação da alimentação das partes ativas, contra as quais as barreiras ou os invólucros asseguram
a proteção principal, o restabelecimento da alimentação é apenas possível após a reposição ou o fecho das
barreiras ou invólucros. Nos sistemas TN-C, o condutor PEN não deve ser isolado ou seccionado. Nos
sistemas TN-S, os condutores de neutro não necessitam de ser isolados ou seccionados (ver a
IEC 60364-5-53:2001, 536.1.2).
EXEMPLO: Por encravamento das portas com um seccionador de forma que elas só possam ser abertas quando o seccionador está
aberto e que não seja possível fechar o seccionador enquanto a porta estiver aberta, exceto com a ajuda de uma ferramenta.
NOTA: Na Noruega, o condutor neutro deve ser isolado ou desligado.

c) Quando uma barreira intermédia assegura um grau de proteção de pelo menos IP XXB impedindo o
contacto com as partes ativas, tal barreira não pode ser removida sem a ajuda de uma chave ou de uma
ferramenta.
8.4.3 Proteção em caso de defeito

8.4.3.1 Condições de instalação


O CONJUNTO deve incluir as medidas de proteção e ser adequado às instalações concebidas para estarem
de acordo com a IEC 60364-4-41. As medidas de proteção adaptadas para as instalações particulares (p. ex.
as vias férreas, os navios) devem ser sujeitas a um acordo entre o fabricante do CONJUNTO e o utilizador.
Quando a rede elétrica utiliza uma instalação de ligação à terra TT, uma das medidas seguintes deve ser
aplicada no CONJUNTO:
a) dupla isolação ou isolação reforçada das conexões de entrada, ou
b) proteção por dispositivo de corrente residual do circuito de entrada.

Estas disposições são sujeitas a um acordo entre o fabricante e o utilizador


8.4.3.2 Requisitos para os condutores de proteção para facilitar o corte automático da alimentação

8.4.3.2.1 Generalidades
Cada CONJUNTO deve possuir um condutor de proteção para facilitar o corte automático da alimentação
para:
a) proteção contra as consequências das avarias (p. ex. falha da isolação principal) no interior do
CONJUNTO;
b) pela proteção contra as consequências das avarias (p. ex. falha da isolação principal) nos circuitos
externos alimentados pelo CONJUNTO.
Os requisitos a serem cumpridos são dados nas secções que se seguem.
Os requisitos de identificação do condutor de proteção (PE, PEN) são dados na secção 8.6.6.

8.4.3.2.2 Requisitos para a continuidade do circuito de terra assegurando a proteção contra as


consequências dos defeitos no interior do CONJUNTO
Todas partes condutoras acessíveis do CONJUNTO devem ser conectadas entre si e ao condutor de proteção
da alimentação ou por um condutor de terra ao dispositivo de ligação à terra.
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Essas conexões poderão ser efetuadas quer por meio de conexões metálicas roscadas, quer por soldadura,
quer por outras conexões condutoras quer por um condutor de proteção separado.
NOTA: Para as partes metálicas do CONJUNTO em que são utilizados acabamentos resistentes à abrasão, por exemplo as placas
dos bucins com revestimentos polimerizados, a conexão à terra de proteção requer a remoção ou a penetração do revestimento.

O método de verificação da continuidade do circuito de terra entre as partes condutoras acessíveis do


CONJUNTO e o circuito de proteção é dado na secção 10.5.2.
Para a continuidade dessas conexões, aplicam-se os elementos seguintes:
a) Quando uma parte do CONJUNTO é removida, por exemplo para manutenção de rotina, os circuitos de
proteção (continuidade do circuito de terra) para o restante do CONJUNTO não devem ser interrompidos.
Os meios utilizados para a montagem das diversas partes metálicas de um CONJUNTO são consideradas
como suficientes para assegurar continuidade dos circuitos de proteção se as precauções tomadas
garantirem em permanência uma boa condutividade.
As condutas metálicas maleáveis ou flexíveis não devem ser utilizadas como condutores de proteção, a
menos que tenham sido concebidos para esse fim.
b) Para tampas, portas, placas de fecho e outras peças análogas, as conexões metálicas de parafuso e perno
roscado e as dobradiças metálicas utilizadas correntemente são consideradas como suficientes para
assegurar a continuidade na condição de nenhum equipamento elétrico exceder os limites da muito baixa
tensão (MBT) nem a elas seja fixo.
Se os aparelhos e utensílios com uma tensão excedendo os limites da muito baixa tensão estão fixados a
tampas, portas ou às placas de fecho, devem ser tomadas medidas adicionais para assegurar a continuidade
do circuito de terra. Essas partes devem ser munidas com um condutor de proteção (PE) cuja secção está em
conformidade com o Quadro 3 em função da corrente estipulada de funcionamento mais elevada Ie do
aparelho fixo ou, se a corrente estipulada de funcionamento desse aparelho fixo é inferior ou igual a 16 A,
uma conexão elétrica equivalente especialmente concebida e verificada para este propósito (contacto
deslizante, dobradiças protegidas contra a corrosão).
As partes condutoras acessíveis que não podem ser conectadas ao circuito de proteção pelos meios de
fixação do aparelho devem ser conectadas ao circuito de proteção do CONJUNTO por um condutor cuja
secção eficaz é escolhida de acordo com o Quadro 3.
Certas partes condutoras acessíveis de um CONJUNTO que não constituem um perigo
 seja porque elas não podem ser tocadas sobre grandes superfícies nem agarradas com a mão,
 seja porque elas são de pequena dimensão (cerca de 50 mm × 50 mm) ou estão localizadas de tal maneira
que qualquer risco de contacto com as partes ativas está excluído,
não necessitam de ser conectadas a um condutor de proteção. Isso aplica-se aos parafusos, aos rebites e às
placas sinaléticas. Também se aplica aos eletroímanes de contactores ou de relés, aos núcleos magnéticos de
transformadores, certas peças de disjuntores, ou equivalentes quaisquer que sejam as suas dimensões.
Quando as partes amovíveis comportam superfícies de suporte metálicas, essas superfícies devem ser
consideradas como suficientes para assegurar a continuidade de terra dos circuitos de proteção na condição
que a pressão exercida sobre elas seja suficientemente elevada.

8.4.3.2.3 Requisitos para os condutores de proteção assegurando a proteção contra as consequências


dos defeitos nos circuitos externos alimentados através do CONJUNTO
Um condutor de proteção no interior do CONJUNTO deve ser concebido de forma a ser capaz de suportar as
solicitações dinâmicas e térmicas mais elevadas resultantes das avarias nos circuitos externos nos locais de
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instalação e que são alimentados através do CONJUNTO. As partes condutoras da estrutura poderão ser
utilizadas como condutor de proteção ou como parte dele.
Exceto nos casos em que a verificação da resistência aos curto-circuitos não é requerida em conformidade
com a secção 10.11.2, a verificação deve ser efetuada em conformidade com a secção 10.5.3.
Em princípio, com exceção dos casos mencionados abaixo, os condutores de proteção no interior do
CONJUNTO não devem incluir o dispositivo de seccionamento (interruptor, seccionador, etc.).
Nos circuitos dos condutores de proteção devem ser autorizadas as conexões que possam ser removidas com
a ajuda de uma ferramenta e acessíveis apenas ao pessoal autorizado (essas conexões poderão ser necessárias
para certos ensaios).
Quando a continuidade pode ser interrompida por meio de conectores e tomadas e fichas de corrente, o
circuito de proteção só deve ser interrompido após os condutores ativos terem sido interrompidos e a
continuidade deve ser estabelecida antes dos condutores ativos serem reconectados.
No caso de um CONJUNTO contendo os elementos de construções, estruturas, invólucros, etc., feitos de
materiais condutores, o condutor de proteção, se previsto, não necessita de ser isolado dessas partes. Os
condutores dos dispositivos de deteção de defeitos sensíveis à tensão, incluindo os condutores que conectam
esses dispositivos a um elétrodo de terra separado devem ser isolados, quando especificado pelo fabricante.
Isto também se pode aplicar à conexão à terra do ponto neutro de um transformador.
A secção eficaz dos condutores de proteção (PE, PEN) num CONJUNTO ao qual os condutores externos são
destinados a ser conectados não deve ser inferior ao valor que é calculado com a fórmula indicada no Anexo
B utilizando a corrente de defeito mais elevada e a duração de defeito que poderá ocorrer tendo em conta a
limitação dos dispositivos de proteção contra os curtos-circuitos (SCPD) que protegem os condutores ativos
correspondentes. A resistência aos contra-circuitos é verificada de acordo com a secção 10.5.3.
Para os condutores PEN, os requisitos adicionais seguintes aplicam-se:
 a secção eficaz mínima deve ser de 10 mm2 para o cobre ou de 16 mm2 para o alumínio;
 o condutor de PEN deve ter uma secção eficaz que não seja inferior à que é requerida para um condutor
de neutro (ver secção 8.6.1);
 os condutores PEN não necessitam de ser isolados no interior do CONJUNTO;
 as partes estruturais não devem ser utilizadas como condutor PEN. Contudo, as calhas de montagem feitas
de cobre ou alumínio poderão ser utilizadas como condutores PEN;
Para os detalhes dos requisitos respeitantes aos terminais de conexão dos condutores de proteção externa, ver
a secção 8.8.

8.4.3.3 Separação elétrica


A separação elétrica dos circuitos individuais é destinada a impedir os choques elétricos por contacto com
partes condutoras acessíveis, que poderão ficar ativas por causa de um defeito na isolação principal do
circuito.
Para esse tipo de proteção ver o Anexo K.

8.4.4 Proteção por isolamento total


NOTA: De acordo com a secção 412.2.1.1 da IEC 60364-4-41, “isolamento total” é equivalente ao equipamento de classe II.

Para assegurar a proteção principal e a proteção em caso de defeito, para um isolamento total, os seguintes
requisitos devem ser cumpridos.
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a) Os aparelhos e utensílios devem ser completamente envolvidos por um material isolante equivalente a
uma dupla isolação ou isolação reforçada. O invólucro deve ter o símbolo que deve ser visível do
exterior.
b) O invólucro não deve ser perfurado em nenhum ponto por partes condutoras de tal forma que exista a
possibilidade de uma tensão de defeito ser trazida para fora do invólucro.
Isto significa que as partes de metal, tais como eixos de atuação que por razões de construção têm que ser
interpostos através do invólucro, devem ser isoladas das partes em tensão no interior ou exterior do
invólucro para a tensão estipulada de isolamento máxima e para a tensão estipulada máxima de resistência
aos choques de todos os circuitos do CONJUNTO.
Se um órgão de comando é fabricado de metal (quer seja ou não recoberto por material isolante), ele deve
ser provido de uma isolação concebida para a tensão estipulada de isolamento máxima e para a tensão
estipulada máxima de resistência aos choques de todos os circuitos do CONJUNTO.
Se um órgão de comando é principalmente fabricado de material isolante, todas as partes metálicas que
poderão tornar-se acessíveis na eventualidade de uma falha da isolação devem também ser isoladas das
partes ativas, para a tensão estipulada de isolamento máxima e para a tensão estipulada máxima de
resistência aos choques de todos os circuitos do CONJUNTO.
c) O invólucro, quando o CONJUNTO está pronto para funcionamento e conectado à alimentação, deve
fechar todas as partes ativas, partes condutoras acessíveis e partes pertencentes a um circuito de proteção
de tal maneira que não possam ser tocadas. O invólucro deve assegurar pelo menos um grau de proteção
IP2XC (ver a IEC 60529).
Se um condutor de proteção, prolongado até atingir o equipamento elétrico conectado do lado da carga do
CONJUNTO, deve passar através de um CONJUNTO em que as partes condutoras acessíveis são
isoladas, os terminais necessários para conectar os condutores de proteção externos devem ser previstos e
identificados por marcação adequada.
No interior do invólucro, o condutor de proteção e o seu terminal devem ser isolados das partes ativas e
das partes condutoras acessíveis da mesma maneira que as partes ativas são isoladas.
d) As partes condutoras acessíveis dentro do CONJUNTO não devem ser conectadas ao circuito de proteção,
isto é, elas não devem ser incluídas nas medidas de proteção que envolvem a utilização de um circuito de
proteção. Isto também se aplica a aparelhos e utensílios incorporados, mesmo que tenham um terminal de
conexão para um condutor de proteção.
e) Se as portas ou tampas do invólucro podem ser abertas sem a utilização de uma chave ou ferramenta,
deve ser prevista uma barreira de material isolante que irá dar proteção contra contactos involuntários não
apenas com as partes ativas acessíveis, mas também com as partes condutoras acessíveis que são apenas
acessíveis após a tampa ser aberta; esta barreira, contudo, não deve ser removível exceto com a utilização
de uma ferramenta.

8.4.5 Limitação da corrente de contacto permanente e das cargas elétricas


Se o CONJUNTO possui materiais que poderão apresentar uma corrente de contacto permanente e cargas
elétricas após ter sido colocado fora de tensão (condensadores, etc.), é necessária uma placa de aviso.
Os pequenos condensadores tais como os que são utilizados para a extinção de arco, para temporização da
resposta dos relés, etc., não devem ser considerados como perigosos.
NOTA: Um contacto fortuito não é considerado como perigoso se as tensões provenientes das cargas estáticas caem abaixo de
uma tensão de 60 V em corrente contínua em menos de 5 s após a desconexão da alimentação.
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8.4.6 Condições de funcionamento e de reparação

8.4.6.1 Dispositivos que podem ser utilizados ou componentes que podem ser substituídos por pessoas
vulgares
A proteção contra qualquer contacto com as partes ativas deve ser mantida quando se opera com os
dispositivos ou aquando da substituição de componentes.

O grau mínimo de proteção deve ser IP XXC. Aberturas maiores do que aquelas definidas pelo grau de
proteção IP XXC são autorizadas durante a substituição de certas lâmpadas ou elementos fusíveis.
8.4.6.2 Requisitos relativos à acessibilidade em serviço para as pessoas autorizadas

8.4.6.2.1 Generalidades
Para a acessibilidade em serviço por pessoas autorizadas, um ou mais dos requisitos das secções 8.4.6.2.2 a
8.4.6.2.4 devem ser cumpridos sujeitos a acordo entre o fabricante do CONJUNTO e o utilizador. Esses
requisitos devem ser complementares aos requisitos respeitantes à proteção principal especificados na secção
8.4.2.
Se as portas ou tampas do CONJUNTO podem ser abertas por pessoas autorizadas para desbloquear um
encravamento para aceder às partes ativas, o encravamento deve ser restabelecido automaticamente quando
se voltar a fechar a ou as portas ou substituir a ou as tampas.

8.4.6.2.2 Requisitos relativos à acessibilidade com vista a uma inspeção ou operações análogas
O CONJUNTO deve ser construído de forma que certas operações, sujeitas a um acordo entre o fabricante
do CONJUNTO e o utilizador, possam ser efetuadas quando o CONJUNTO está em serviço e em tensão.
Tais operações poderão ser:
 inspeção visual
 dos dispositivos de comutação e outros aparelhos e utensílios,
 das configurações e indicadores de relés e disparadores,
 das marcações e conexões dos condutores;
 regulação e rearmamento de relés, disparadores e dispositivos eletrónicos;
 substituição de elementos fusíveis;
 substituição de lâmpadas de sinalização;
 certas operações de localização de avarias, por exemplo medição de corrente e tensão com dispositivos
adequadamente concebidos e isolados.

8.4.6.2.3 Requisitos relativos à acessibilidade com vista a manutenção


Para permitir a manutenção acordada entre o fabricante do CONJUNTO e o utilizador numa unidade
funcional seccionada ou de um grupo seccionado de unidades funcionais do CONJUNTO, com unidades
adjacentes ou grupos em tensão, devem ser tomadas as medidas necessárias. A escolha depende de fatores
como condições de utilização, frequência de manutenção, competência do pessoal autorizado bem como das
regras locais de instalação. Tais medidas poderão incluir:
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 uma distância suficiente entre a unidade funcional ou grupo considerado e as unidades funcionais ou
grupos adjacentes. É recomendado que as partes suscetíveis de serem removidas para manutenção
tenham, tanto quanto possível, meios de fixação imperdíveis;
 a utilização de barreiras ou obstáculos concebidos e dispostos para proteger contra qualquer contacto
direto com os equipamentos nas unidades funcionais ou grupos adjacentes;
 a utilização de ecrãs para terminais;
 a utilização de compartimentos para cada unidade funcional ou grupo;
 a inserção de meios de proteção adicionais fornecidos ou especificados pelo fabricante do CONJUNTO.

8.4.6.2.4 Requisitos relativos à acessibilidade com vista a um prolongamento em tensão


Quando é necessário permitir um prolongamento futuro do CONJUNTO com unidades funcionais ou grupos
adicionais, enquanto o resto do CONJUNTO é mantido em tensão, os requisitos especificados na secção
8.4.6.2.3 aplicam-se, sujeitos a um acordo entre o fabricante do CONJUNTO e o utilizador. Esses requisitos
aplicam-se igualmente para a inserção e da conexão de cabos de saída adicionais quando os cabos já
existentes no local estão em tensão.
O prolongamento dos barramentos e a conexão de unidades adicionais à sua alimentação de entrada não deve
ser efetuada em tensão, exceto se a conceção do CONJUNTO o permitir.

8.4.6.2.5 Obstáculos
Os obstáculos devem impedir, quer seja:
 qualquer aproximação involuntária das partes ativas, ou
 qualquer contacto involuntário com as partes ativas dos equipamentos durante o seu funcionamento em
serviço normal.
Os obstáculos poderão ser removidos sem utilizar uma chave ou uma ferramenta mas eles devem ser fixos de
forma a impedir qualquer remoção involuntária. A distância entre um obstáculo condutor e as partes ativas
que ele protege não deve ser inferior aos valores especificados para as distâncias de isolamento no ar e as
linhas de fuga da secção 8.3.
Quando um obstáculo condutor é separado das partes ativas perigosas apenas por uma proteção principal, ele
constitui uma parte condutora acessível e as medidas de proteção contra os defeitos devem ser igualmente
aplicadas.

8.5 Incorporação dos dispositivos de comutação e dos componentes

8.5.1 Partes fixas


Para as partes fixas (ver secção 3.2.1), as conexões dos circuitos principais (ver secção 3.1.3) só devem ser
possíveis de conectar ou desconectar quando o CONJUNTO não estiver em tensão. Em geral, a remoção e a
instalação das partes fixas requer a utilização de uma ferramenta.
A desconexão de uma parte fixa deve necessitar da isolação do CONJUNTO completo ou de uma parte dele.
De forma a impedir um funcionamento não autorizado, o dispositivo de conexão poderá ser equipado de
meios para o manter numa ou mais das suas posições.
NOTA: Quando o trabalho nos circuitos em tensão é permitido, poderão ser necessárias precauções de segurança relevantes.
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8.5.2 Partes amovíveis


As partes amovíveis devem ser concebidas de maneira que o seu equipamento elétrico possa ser removido ou
conectado com segurança do circuito principal enquanto esse circuito estiver em tensão. As partes amovíveis
poderão ser munidas com um encravamento de inserção (ver secção 3.2.5).
As distâncias de isolamento no ar e as linhas de fuga (ver secção 8.3) devem estar de acordo durante a
passagem de uma posição para a outra.
Uma parte amovível deve ser equipada com um dispositivo que assegure que apenas pode ser removida e
inserida após o circuito principal ser desligado da carga.
De forma a prevenir uma operação não autorizada, as partes amovíveis ou a sua localização associada no
CONJUNTO poderão ser equipadas de meios de bloqueio de forma a mantê-las numa ou várias das suas
posições.

8.5.3 Seleção dos dispositivos de comutação e dos componentes


Os dispositivos de comutação e os componentes incorporados nos CONJUNTOS devem estar de acordo com
as normas IEC relevantes.
Os dispositivos de comutação e os componentes devem ser adequados para a sua aplicação particular no que
respeita à conceção externa do CONJUNTO (p. ex. aberto ou com invólucro), as suas tensões estipuladas, as
suas correntes estipuladas, as suas frequências estipuladas, a sua duração de vida, os seus poderes de fecho e
corte, a sua resistência aos curto-circuitos, etc.
A tensão estipulada de isolamento e a tensão estipulada suportável ao choque dos dispositivos instalados no
circuito devem ser superiores ou iguais ao valor da tensão correspondente estipulado para a esse circuito. Em
certos casos, a proteção contra sobretensões poderá ser necessária, p. ex. para os equipamentos da categoria
de sobretensão II (ver secção 3.6.11). Os dispositivos de comutação e os componentes cuja resistência aos
curto-circuitos e/ou o poder de corte são insuficientes para suportar as solicitações suscetíveis de ocorrerem
no local da instalação devem ser protegidos por meio de dispositivos de proteção limitadores de corrente, por
exemplo corta-circuitos fusíveis ou disjuntores. Quando se selecionam os dispositivos de proteção
limitadores de corrente para dispositivos de comutação incorporados, devem ser tidos em conta os valores
máximos admissíveis especificados pelo fabricante do dispositivo, tendo duplo cuidado com a coordenação
(ver secção 9.3.4).
A coordenação dos dispositivos de comutação e dos componentes, por exemplo coordenação dos
arrancadores dos motores com dispositivos de proteção contra os curto-circuitos, deve estar conforme com as
normas IEC relevantes.
NOTA: Recomendações são dadas na IEC/TR 61912-1 e IEC/TR 61912-2.

8.5.4 Instalação dos dispositivos de comutação e dos componentes


Os dispositivos de comutação e os componentes devem ser instalados e cableados no CONJUNTO em
conformidade com as instruções dadas pelo seu fabricante e de tal maneira que o seu bom funcionamento
não seja comprometido pelas influências mútuas, tais como o calor, os arcos elétricos, as vibrações, os
campos eletromagnéticos, que se produzem em uso normal. Nos casos de montagens eletrónicas, poderá ser
necessário separar ou isolar por blindagem todos os circuitos eletrónicos de tratamento de sinal.
Quando são instalados fusíveis, o fabricante de origem deve indicar o tipo e os valores estipulados dos
elementos fusíveis a utilizar.
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8.5.5 Acessibilidade
Os dispositivos de regulação e de rearmamento que devem ser manobrados no interior do CONJUNTO
devem ser facilmente acessíveis.
As unidades funcionais montadas sobre o mesmo suporte (placa de montagem, quadro de montagem), bem
como os seus terminais para condutores externos devem ser dispostos de maneira a serem acessíveis para a
montagem, a cablagem, a manutenção e a substituição.
Salvo acordo em contrário entre o fabricante dos CONJUNTOS e o utilizador, os requisitos de acessibilidade
seguintes associados aos CONJUNTOS montados no solo são aplicáveis:
 Os terminais, com exceção dos terminais dos condutores de proteção devem estar situados a pelo menos
0,2 m acima da base dos CONJUNTOS e, além disso, eles devem ser posicionados de forma tal que os
cabos lhe possam ser facilmente conectados.
 Os aparelhos indicadores que necessitam de ser lidos pelo operador devem ser posicionados a uma altura
compreendida entre 0,2 m e 2,2 m acima da base do CONJUNTO.
 Os órgãos de comando tais como pegas, botões de pressão ou órgãos análogos devem ser instalados a
uma altura tal que eles possam ser facilmente manobráveis; isso significa que em geral o seu eixo deve
encontrar-se a uma altura compreendida entre 0,2 m e 2 m acima da base do CONJUNTO. Os
dispositivos que raramente são utilizados, p. ex. menos do que uma vez por mês, poderão ser instalados a
uma altura até 2,2 m.
 Os órgãos de comando dos dispositivos de comutação de emergência (ver secção 536.4.2 da
IEC 60364-5-53:2001) devem ser acessíveis no interior de uma zona entre 0,8 m e 1,6 m acima da base
do CONJUNTO.
NOTA: Em alguns países, os códigos nacionais ou regulamentos poderão adicionalmente limitar a altura mínima e máxima.

8.5.6 Barreiras
As barreiras para os dispositivos de comutação de comando manual devem ser concebidas de forma que as
emissões de comutação não apresentem perigo para o operador.
Para minimizar o perigo aquando da substituição dos elementos fusíveis, devem ser instaladas barreiras entre
fases, a menos que a estrutura e localização dos corta-circuitos fusíveis tornem esta proteção desnecessária.

8.5.7 Sentido da manobra e indicação das posições de comando


As posições de funcionamento dos componentes e dos dispositivos devem ser claramente identificadas. Se o
sentido de manobra não está em conformidade com a IEC 60447, então ele deve ser claramente identificado.

8.5.8 Sinalizadores luminosos e botões de pressão


Salvo especificação em contrário na norma do produto aplicável, as cores dos sinalizadores luminosos e dos
botões de pressão devem estar em conformidade com a IEC 60073.

8.6 Circuitos elétricos internos e conexões

8.6.1 Circuitos principais


Os barramentos (nus ou isolados) devem ser posicionados de forma que não seja expectável a existência de
um curto-circuito interno. Eles devem ser dimensionados pelo menos em conformidade com a informação
relativa à resistência aos curto-circuitos (ver secção 9.3) e concebidos para resistir pelo menos às solicitações
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de curto-circuito limitados para o ou os dispositivos de proteção situados do lado da alimentação dos


barramentos.
No interior de uma secção, os condutores (incluindo os barramentos de distribuição) entre os barramentos
principais e o lado da alimentação das unidades funcionais bem como os componentes incluídos nessas
unidades poderão ser concebidos com base nos reduzidos esforços de curto-circuito que ocorrem no lado da
carga do respetivo dispositivo de proteção de curto-circuito dentro de cada unidade, na condição da
disposição dos condutores seja tal que em funcionamento normal um curto-circuito interno entre fases e/ou
entre fase e terra não seja expectável (ver secção 8.6.4).
Salvo acordo em contrário entre o fabricante do CONJUNTO e o utilizador, a secção eficaz mínima do
neutro num circuito trifásico e num circuito neutro deve ser:
 Para os circuitos com uma secção eficaz do condutor de fase até 16 mm2 inclusive, 100 % do das fases
correspondentes.
 Para os circuitos com uma secção eficaz do condutor de fase superior a 16 mm2, 50 % do das fases
correspondentes com um valor mínimo de 16 mm2.
É assumido que as correntes de neutro não excedem 50 % dos valores das correntes dos condutores de fase.
NOTA: Para certas aplicações que originem valores elevados de harmónicos homopolares (p. ex. harmónicos de gama 3), secções
eficazes maiores do condutor N poderão ser necessárias, uma vez que estes harmónicos das fases são adicionados no condutor N e
geram uma corrente de carga elevada a frequências mais elevadas. Estes requisitos são sujeitos a um acordo especial entre o
fabricante do CONJUNTO e o utilizador.

O condutor PEN deve ser dimensionado como especificado na secção 8.4.3.2.3.

8.6.2 Circuitos auxiliares


A conceção dos circuitos auxiliares deve ter em conta o sistema de terra e assegurar que um defeito à terra e
assegurar que um defeito entre uma parte ativa e uma parte condutora exposta não deve causar
funcionamentos intempestivos perigosos.
Em geral, os circuitos auxiliares devem ser protegidos contra os efeitos dos curto-circuitos. Contudo, um
dispositivo de proteção de curto-circuito não deve ser previsto se o seu funcionamento puder causar um
perigo. Em tais casos, os condutores dos circuitos auxiliares devem ser dispostos de tal forma que um
curto-circuito não seja expectável (ver secção 8.6.4).

8.6.3 Condutores nus e isolados


A conexão das partes transportadoras de corrente não deve sofrer alterações inadmissíveis devidas a um
aquecimento normal, ao envelhecimento dos materiais isolantes e às vibrações que ocorrem em
funcionamento normal. Em particular, os efeitos da dilatação térmica e dos choques eletromecânicos nos
casos de metais diferentes e os efeitos da resistência dos materiais às temperaturas atingidas, devem ser tidos
em conta.
As conexões entre as partes transportadoras de corrente devem ser estabelecidas por meios que assegurem
uma pressão de contacto suficiente e durável.
Se a verificação do aquecimento é efetuada com base nos ensaios (ver secção 10.10.2), a seleção dos
condutores utilizados no interior do CONJUNTO e as suas secções eficazes deve ser da responsabilidade do
fabricante de origem. Se a verificação do aquecimento é efetuada de acordo com as regras da secção 10.10.3,
os condutores devem ter uma secção eficaz mínima de acordo com a IEC 60364-5-52. Exemplos de como
adaptar esta Norma para as condições no interior de um CONJUNTO são indicados nos quadros do
Anexo H. Em aditamento a corrente admissível dos condutores, é escolhida tendo em conta:
 as solicitações mecânicas às quais o CONJUNTO poderá ser submetido;
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 o modo de colocação e de fixação dos condutores;


 o tipo de isolação;
 o tipo de componentes conectados (p. ex. aparelhagem em conformidade com a série da IEC 60947;
dispositivos ou equipamentos eletrónicos).
No caso de condutores maciços ou flexíveis:
 Eles devem ser definidos para pelo menos a tensão estipulada de isolamento (ver secção 5.2.3) do circuito
considerado.
 Os condutores entre dois pontos de conexão não devem ter junções intermédias, p. ex. com emendas ou
soldadura.
 Os condutores com apenas uma isolação principal não devem repousar sobre partes nuas ativas com
tensões a potenciais diferentes.
 O contacto dos condutores com arestas vivas deve ser impedido.
 Os condutores de alimentação dos aparelhos e utensílios e dos instrumentos de medição montados nos
painéis ou nas portas devem ser instalados de tal forma que nenhum estrago mecânico possa ser causado
aos condutores como resultado de um movimento desses painéis ou dessas portas.
 As conexões soldadas aos aparelhos e utensílios devem ser permitidas em CONJUNTOS apenas nos
casos em que os aparelhos são previstos para esse tipo de conexão e que é utilizado o tipo de condutor
especificado.
 Para os aparelhos e utensílios diferentes dos mencionados acima, os terminais soldados ou as
extremidades soldadas dos condutores cableados não são aceitáveis nas condições de vibrações fortes.
Nos locais em que ocorrem fortes vibrações em serviço normal, por exemplo nas dragas e nas gruas, nos
navios, nos equipamentos de elevação e nas locomotivas, é conveniente dar uma atenção particular à
fixação dos condutores.
 Geralmente, é conveniente que um só condutor seja conectado a um terminal, a conexão de dois ou vários
condutores a um só terminal é admissível apenas nos casos em que os terminais são concebidos para esse
efeito.
As dimensões da isolação sólida entre circuitos distintos deve basear-se no circuito com a tensão estipulada
de isolamento mais elevada.

8.6.4 Seleção e instalação de condutores ativos não protegidos para reduzir a possibilidade de curto-
circuitos
Os condutores ativos num CONJUNTO que não são protegidos por dispositivos de proteção contra os curto-
circuitos (ver secções 8.6.1 e 8.6.2) devem ser selecionados e instalados em todo o CONJUNTO de forma
que um curto-circuito interno entre fases ou entre fase e terra seja muito pouco provável. Exemplos de tipo
de condutores e requisitos de instalação são dados no Quadro 4. Os condutores ativos não protegidos
escolhidos e instalados como no Quadro 4 devem ter um comprimento total que não exceda 3 m entre o
barramento principal e cada SCPD.

8.6.5 Identificação dos condutores dos circuitos principais e auxiliares


Com exceção dos casos mencionados na secção 8.6.6, o método e a amplitude da identificação dos
condutores, por exemplo por disposição, cores ou símbolos, sobre os terminais aos quais eles são conectados
ou sobre a ou as extremidades dos condutores em si mesmo, é da responsabilidade do fabricante do
CONJUNTO e devem estar conformes com as indicações dos esquemas e desenhos da cablagem. Quando
apropriado, a identificação de acordo com a IEC 60445 deve ser aplicada.
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8.6.6 Identificação do condutor de proteção (PE, PEN) e do condutor neutro (N) dos circuitos
principais
O condutor de proteção deve ser facilmente distinguível pela sua localização e/ou marcação ou cor. Se for
utilizada a identificação por cor, esta deve ser apenas verde e amarela (duas cores) que é estritamente
reservada ao condutor de proteção. Quando o condutor de proteção é um cabo monocondutor isolado, deve
ser utilizada esta identificação por cor, preferencialmente ao longo de todo o seu comprimento.
Qualquer condutor de neutro do circuito principal deve ser facilmente distinguível por localização e/ou
marcação ou cor (ver a secção IEC 60446 onde o azul é requerido).
NOTA: Em certos países (p. ex. USA, Austrália, África do Sul) são requeridas outras cores para o condutor neutro.

8.7 Arrefecimento
Os CONJUNTOS podem ser equipados com um sistema de arrefecimento natural e/ou um sistema de
arrefecimento ativo (p. ex. arrefecimento forçado, climatização interna, permutador de calor, etc.). Se forem
necessárias precauções especiais no local de instalação para assegurar um arrefecimento adequado, o
fabricante do CONJUNTO deve fornecer as informações necessárias (por exemplo a indicação da
necessidade de existir um distanciamento entre as partes suscetíveis de impedir a dissipação de calor ou da
produção de calor por eles próprios).

8.8 Terminais para condutores externos

O fabricante do CONJUNTO deve indicar quando os terminais são adequados para a conexão de condutores
de cobre ou de alumínio, ou ambos. Os terminais devem ser de tal forma que os condutores externos possam
ser conectadas por um meio (parafusos, conectores, etc.) que assegure que a pressão de contacto necessária
correspondente ao valor estipulado da corrente e à resistência aos curto-circuitos dos aparelhos e utensílios e
do circuito seja mantida.
Na ausência de um acordo especial entre o fabricante do CONJUNTO e o utilizador, os terminais devem ser
capazes de acomodar os condutores de cobre desde a menor até à maior secção eficaz correspondentes às
correntes estipuladas apropriadas (ver Anexo A).
Quando são utilizados condutores de alumínio, o tipo, as dimensões e o método de terminação dos
condutores devem ser tais como previsto no acordo entre o fabricante do CONJUNTO e o utilizador.
Nos casos em que condutores externos destinados aos circuitos eletrónicos de baixo nível de corrente e de
tensão (menos de 1 A e menos de 50 V em corrente alternada ou 120 V em corrente contínua) devem ser
conectados a um CONJUNTO. O Quadro A.1 não se aplica.
O espaço disponível para a cablagem deve permitir uma conexão apropriada dos condutores externos do
material indicado e, no caso de cabos multipolares, permitir a propagação dos condutores.
NOTA 1: Nos Estados Unidos (USA) e no México, deverá ser utilizado o código elétrico nacional para determinar os requisitos de
curvatura mínima dos condutores. Nos USA, a norma NFPA 70, Secção 312 aplica-se. No México é aplicável a NOM-001-SEDE. No
Canadá, o espaçamento e as curvaturas dos cabos são prescritos no código elétrico canadiano, Parte 2 Norma C22.2 Nº.0.12,
Espaçamento e curvatura dos cabos nos invólucros para equipamentos de tensão estipulada até 750 V.

Os condutores não devem ser sujeitos a esforços que sejam suscetíveis de reduzir a sua esperança de vida
normal.
Salvo acordo em contrário entre o fabricante do CONJUNTO e o utilizador, nos circuitos trifásicos e neutros,
os terminais para o condutor neutro devem permitir a conexão dos condutores de cobre com uma secção
eficaz mínima:
 igual a metade da secção eficaz do condutor de fase, com um mínimo de 16 mm2, se a dimensão do
condutor de fase exceder 16 mm2;
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 igual à secção eficaz total do condutor de fase, se a dimensão deste último é menor ou igual a 16 mm2.
NOTA 2: Para condutores diferentes dos condutores de cobre, as secções mencionadas acima deverão ser substituídas por secções
de condutividade equivalente, o que poderá requerer terminais maiores.
NOTA 3: Para certas aplicações que originem valores elevados de harmónicos homopolares (p. ex. harmónicos de gama 3),
secções eficazes maiores do condutor N poderão ser necessárias, uma vez que estes harmónicos das fases são adicionados no
condutor N e geram uma corrente de carga elevada a frequências mais elevadas. Estes requisitos são sujeitos a um acordo especial
entre o fabricante do CONJUNTO e o utilizador.

Se os meios de conexão de entrada e saída do condutor de neutro, dos condutores de proteção e PEN são
previstos, estes devem ser dispostos na proximidade dos terminais dos condutores de fase associados.
NOTA 4: A IEC 60204-1 requer uma secção eficaz mínima do condutor de proteção e não permite a conexão do condutor PEN no
equipamento elétrico das máquinas.

As aberturas de entrada de cabos, as placas de cobertura, etc., devem ser concebidas para que, quando os
cabos estão devidamente instalados, as medidas indicadas de proteção contra contactos e o grau de proteção
sejam obtidos. Isto implica a seleção de dispositivos de entrada adaptados à utilização prevista pelo
fabricante do CONJUNTO.
Os terminais dos condutores de proteção externos devem ser marcados de acordo com a IEC 60445. Como

exemplo, ver o símbolo gráfico Nº 5019 da IEC 60417. Este símbolo não é requerido nos casos em que
o condutor de proteção externo é destinado a ser conectado a um condutor de proteção interior que está
claramente identificado pelas cores verde e amarelo.
Os terminais para a conexão dos condutores de proteção externos (PE, PEN) e as bainhas metálicas dos
cabos de conexão (condutores de aço, bainha de chumbo, etc.) devem, quando requerido, ser nus e, salvo
especificação em contrário, permitir a conexão de condutores de cobre. Um terminal separado de dimensão
apropriada deve ser fornecido para cada saída do condutor de proteção de cada circuito.
Salvo acordo em contrário entre o fabricante do CONJUNTO e o utilizador, os terminais para os condutores
de proteção devem permitir a conexão de condutores de cobre que possuam uma secção eficaz que depende
da secção eficaz dos condutores de fase correspondentes de acordo com o Quadro 5.
No caso de invólucros e de condutores de alumínio ou em liga de alumínio, deve ser dada uma atenção
particular ao perigo de corrosão eletrolítica. Os meios de conexão previstos para assegurar a continuidade
das partes condutoras com os condutores de proteção externos não devem ter nenhuma outra função.
NOTA 5: Poderão ser necessárias precauções especiais quando as partes metálicas do CONJUNTO, em particular as placas dos
bucins, quando uma superfície polida resistente à abrasão, por exemplo um revestimento pulverizado, é utilizada.

A identificação de terminais deve estar de acordo com a IEC 60445, salvo indicação em contrário.

9 Requisitos de desempenho
9.1 Propriedades dielétricas

9.1.1 Generalidades
Cada circuito do CONJUNTO deve ser capaz de resistir:
 às sobretensões temporárias;
 às sobretensões transitórias.
A capacidade de resistir às sobretensões temporárias e a integridade da isolação sólida são verificadas à
tensão suportável à frequência industrial e a capacidade da montagem suportar as sobretensões transitórias é
verificada pela tensão suportável aos choques.
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9.1.2 Tensão suportável à frequência industrial


Os circuitos do CONJUNTO devem ser capazes de suportar as tensões suportáveis à frequência industrial
apropriadas dadas nos Quadros 8 e 9 (ver secção 10.9.2.1). A tensão de isolamento estipulada de qualquer
circuito do CONJUNTO deve ser superior ou igual à sua tensão máxima de funcionamento.

9.1.3 Tensão suportável aos choques

9.1.3.1 Tensões suportáveis ao choque dos circuitos principais


As distâncias de isolamento entre as partes ativas e as partes destinadas a serem ligadas à terra, bem como as
distâncias entre pólos devem ser capazes de suportar a tensão de ensaio dada no Quadro 10 em função da
tensão estipulada suportável aos choques.
A tensão estipulada suportável aos choques para um valor dado da tensão estipulada de funcionamento não
deve ser inferior à que corresponde, no Anexo G, à tensão nominal da rede de alimentação do circuito no
local em que o CONJUNTO é destinado a ser utilizado, e à categoria de sobretensão apropriada.

9.1.3.2 Tensões suportáveis ao choque dos circuitos auxiliares


a) Os circuitos auxiliares que são conectados ao circuito principal e que funcionam à tensão estipulada de
funcionamento sem nenhum dispositivo de redução das sobretensões, devem estar de acordo com os
requisitos da secção 9.1.3.1.
b) Os circuitos auxiliares que não são conectados ao circuito principal poderão ter uma capacidade de
suportar sobretensões diferentes da do circuito principal. As distâncias de isolamento de tais circuitos –
em corrente alternada ou corrente contínua – devem ser capazes de suportar a tensão suportável aos
choques apropriada, em conformidade com o Anexo G.

9.1.4 Proteção dos dispositivos de proteção contra sobretensões


Quando as condições de sobretensão requerem que os dispositivos de proteção contra as sobretensões (SPD)
sejam conectados ao barramento principal, tais dispositivos devem ser protegidos para impedir as condições
de curto-circuito não controladas como especificado pelo fabricante do SPD.

9.2 Limites de aquecimento


O CONJUNTO e os seus circuitos devem poder transportar as suas correntes estipuladas nas condições
especificadas (ver secção 5.3.1, 5.3.2 e 5.3.3), tendo em consideração as características estipuladas dos seus
componentes, a sua disposição e aplicação, sem ultrapassar os limites indicados no Quadro 6, quando são
verificados em conformidade com a secção 10.10. Os limites de aquecimento dados no Quadro 6 aplicam-se
para as temperaturas médias do ar ambiente inferiores ou iguais a 35 ºC.
O aquecimento de um elemento ou de uma parte é a diferença entre a temperatura desse elemento ou dessa
parte medida em conformidade com a secção 10.10.2.3.3 e a temperatura do ar ambiente no exterior ao
CONJUNTO. Se a temperatura média do ar ambiente é superior a 35 ºC, os limites de aquecimento devem
ser adaptados a essa condição especial de utilização, de forma que a soma da temperatura ambiente e dos
limites de aquecimento individuais permaneça igual. Se a temperatura média do ar ambiente é inferior a
35 ºC, é permitida a mesma adaptação dos limites de aquecimento, sujeito a um acordo entre o utilizador e o
fabricante do CONJUNTO.
O aquecimento não deve causar estragos às partes condutoras de corrente ou às partes adjacentes do
CONJUNTO. Em particular, para os materiais isolantes, o fabricante de origem deve demonstrar a
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conformidade seja por referência ao índice da temperatura da isolação (determinado p. ex. pelos métodos da
IEC 60216) seja pela conformidade com a IEC 60085.
NOTA 1: Se os limites de aquecimento forem alterados para cobrir uma temperatura ambiente diferente, poderá ser necessário
modificar em conformidade a corrente estipulada de todos os barramentos, unidades funcionais, etc. O fabricante de origem deverá
especificar as medidas a serem tomadas, se existirem, de forma a assegurar a conformidade com os limites de aquecimento. Para
temperaturas ambiente iguais ou inferiores a 50 ºC, isto pode ser feito por cálculo, assumindo que o sobreaquecimento de cada
componente ou dispositivo é proporcional à perda de potência gerada nesse componente. Existem dispositivos onde a perda de
potência é praticamente proporcional a l2 e outros que têm perdas de potência praticamente constantes.
NOTA 2: Nos Estados Unidos (USA) e no México, os códigos elétricos nacionais são utilizados para especificar os aquecimentos
mínimos. Nos USA, a norma NFPA 70, Secção 110.14C é aplicável. No México é aplicável a NOM-001-SEDE. Para essas
aplicações, é conveniente que os aquecimentos sejam escolhidos utilizando o Anexo M, Quadro M.1 desta Norma. No Canadá, o
aquecimento máximo é prescrito no código elétrico canadiano, Parte 2, Normas de segurança dos produtos.

9.3 Proteção contra os curto-circuitos e resistência suportável aos curto-circuitos

9.3.1 Generalidades
Os CONJUNTOS devem ser capazes de resistir às solicitações térmicas e dinâmicas resultantes de correntes
de curto-circuito não excedendo os valores estipulados.
NOTA 1: As solicitações de curto-circuito poderão ser reduzidas pela utilização de dispositivos limitadores de corrente por
exemplo indutâncias, fusíveis limitadores de corrente ou outros dispositivos de comutação limitadores de corrente.

Os CONJUNTOS devem ser protegidos contra as correntes de curto-circuito por intermédio de, por exemplo,
disjuntores, fusíveis ou a combinação de ambos, que poderão estar incorporados no interior do CONJUNTO
ou colocados no exterior deste.
NOTA 2: Para conjuntos destinados a serem utilizados em sistemas IT (ver a IEC 60364-5-52), o dispositivo de proteção contra
curto-circuitos deverá ter um poder de corte suficiente em cada pólo à tensão composta para eliminar um duplo defeito à terra.
NOTA 3: Salvo especificação em contrário nas instruções de utilização e de manutenção do fabricante dos CONJUNTOS, os
CONJUNTOS que foram submetidos a um curto-circuito poderão não estar adaptados a uma recolocação em serviço posterior sem
uma inspeção e/ou uma manutenção por pessoal qualificado.

9.3.2 Informação respeitante à resistência suportável aos curto-circuitos


Para CONJUNTOS com um dispositivo de proteção contra os curto-circuitos (SCPD) incorporado na
unidade de entrada, o fabricante do CONJUNTO deve indicar o valor máximo permitido da corrente de
curto-circuito presumida nos terminais de entrada do CONJUNTO. Este valor não deve ser superior à ou às
características estipuladas (ver secções 5.3.3, 5.3.4 e 5.3.5). O fator de potência e os valores de pico
correspondentes devem ser os indicados na secção 9.3.3.
Se é utilizado um disjuntor com disparo temporizado como dispositivo de proteção contra os curto-circuitos,
o fabricante dos CONJUNTOS deve especificar a temporização máxima e a regulação correspondente à
corrente de curto-circuito presumida indicada.
Para CONJUNTOS cujo dispositivo de proteção contra os curto-circuitos não está incorporado na unidade de
entrada, o fabricante dos CONJUNTOS deve indicar a resistência suportável aos curto-circuitos de uma ou
mais das maneiras seguintes:
a) corrente estipulada de curta duração admissível (Icw) bem como a duração correspondente (ver secção
5.3.4) e corrente estipulada de pico admissível (Ipk) (ver secção 5.3.3);
b) corrente estipulada de curto-circuito condicional (Icc) (ver secção 5.3.5).
Para as durações não excedendo 3 s, a relação entre a corrente estipulada de curta duração e a duração
associada é dada pela fórmula I2t = constante, desde que o valor de pico não exceda a corrente estipulada de
pico admissível.
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O fabricante dos CONJUNTOS deve indicar as características dos dispositivos de proteção contra os curto-
circuitos necessários à proteção do CONJUNTO.
Para um CONJUNTO com várias unidades de entrada não suscetíveis de funcionarem simultaneamente, a
resistência suportável aos curto-circuitos pode ser indicada para cada uma das unidades de entrada em
conformidade com o acima.
Para um CONJUNTO com várias unidades de entrada suscetíveis de funcionarem em simultâneo e para um
CONJUNTO com uma unidade de entrada e uma ou várias unidades de saída para unidades de grande
potência, que possam contribuir para a corrente de curto-circuito, é necessário determinar os valores da
corrente de curto-circuito presumível em cada unidade de entrada, em cada unidade de saída e nos
barramentos com base nos dados fornecidos pelo utilizador.

9.3.3 Relação entre a corrente de pico e a corrente de curta duração


Para determinar as solicitações eletrodinâmicas, o valor de corrente de pico deve ser obtido através da
multiplicação do valor eficaz da corrente estipulada de curto-circuito pelo fator n. Os valores do fator n e o
fator de potência correspondente são dados no Quadro 7.

9.3.4 Coordenação dos dispositivos de proteção


A coordenação de dispositivos de proteção no interior do CONJUNTO com os que são utilizados no exterior
do CONJUNTO deve ser objeto de um acordo entre o fabricante dos CONJUNTOS e o utilizador. A
informação fornecida no catálogo do fabricante dos CONJUNTOS poderá tomar o lugar de tal acordo.
Se as condições de funcionamento requererem uma continuidade máxima de alimentação, as regulações ou a
seleção dos dispositivos de proteção contra os curto-circuitos no interior do CONJUNTO deverão ser, se
possível, fixas de tal forma que um curto-circuito que ocorrer em qualquer circuito de saída seja eliminado
pelo dispositivo de comutação instalado no circuito de saída sem afetar os outros circuitos de saída,
garantindo assim a seletividade do sistema de proteção.
Quando os dispositivos de proteção contra os curto-circuitos são conectados em série e são previstos para
funcionar simultaneamente para atingir o poder de corte em curto-circuito requerido (isto é proteção de
socorro), o fabricante dos CONJUNTOS deve informar o utilizador (p. ex. por uma etiqueta de aviso no
CONJUNTO ou nas instruções de funcionamento, ver secção 6.2) de que nenhum dos dispositivos de
proteção pode ser substituído por um outro dispositivo que não seja do tipo e de caraterísticas estipuladas
idênticas, uma vez que o poder de corte e a combinação total dos dispositivos poderá ser de outra forma
comprometida.

9.4 Compatibilidade eletromagnética (CEM)


Para os requisitos de desempenho ligados à CEM, ver a secção J.9.4 do Anexo J.

10 Verificação da conceção

10.1 Generalidades
A verificação da conceção é destinada a verificar a conformidade da conceção de um CONJUNTO ou de um
sistema do CONJUNTO com os requisitos da presente série de normas.
Quando os ensaios num CONJUNTO foram efetuados em conformidade com a série da IEC 60439, e os
resultados dos ensaios satisfaçam aos requisitos da parte correspondente da IEC 61439, não é necessário
repetir a verificação desses requisitos.
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A repetição das verificações de acordo com as normas de produto dos dispositivos de comutação ou dos
componentes incorporados no interior do CONJUNTO que devem ser escolhidos de acordo com a secção
8.5.3 e instalados de acordo com as instruções do fabricante não é requerida. Os ensaios nos dispositivos
individuais de acordo com as normas de produto respetivas não constituem uma alternativa às verificações de
conceção desta Norma para os CONJUNTOS.
Se são efetuadas modificações a um CONJUNTO verificado, as especificações da secção 10 devem ser
utilizadas para verificar se essas modificações afetam o desempenho do CONJUNTO. Novas verificações
devem ser efetuadas se um efeito adverso for provável.
Os vários métodos incluem:
 ensaios de verificação;
 comparação de verificação com uma conceção de referência ensaiada;
 avaliação da verificação, isto é, a verificação da aplicação correta dos cálculos e das regras de conceção,
incluindo o uso de margens de segurança apropriadas.
Ver Anexo D.
Quando existe mais do que método para a mesma verificação, estes métodos são considerados equivalentes e
a seleção do método apropriado é da responsabilidade do fabricante de origem.
Os ensaios devem ser efetuados numa amostra representativa de um CONJUNTO em bom estado de limpeza
e nova.
Os desempenhos do CONJUNTO poderão ser afetados pelos ensaios de verificação (p. ex. ensaio de
curto-circuito). Esses ensaios não deverão ser efetuados num CONJUNTO que é destinado a ser colocado em
serviço.
Um CONJUNTO que é verificado em conformidade com esta Norma pelo fabricante de origem (ver secção
3.10.1) e que é fabricado ou montado por um outro não deve ser submetido a novas verificações de conceção
de origem se todos os requisitos e instruções especificados e fornecidos pelo fabricante de origem são
satisfeitos. Quando o fabricante dos CONJUNTOS incorpora as suas próprias disposições não incluídas na
verificação do fabricante de origem, o fabricante dos CONJUNTOS é considerado como fabricante de
origem no que respeita a essas disposições.
A verificação da conceção deve incluir o que se segue:
1) Construção:
10.2 Resistência dos materiais e das partes;
10.3 Grau de proteção assegurado pelos invólucros;
10.4 Distâncias de isolamento no ar e linhas de fuga;
10.5 Proteção contra os choques elétricos e integridade dos circuitos de proteção;
10.6 Integração dos dispositivos de comutação e dos componentes;
10.7 Circuitos elétricos internos e conexões;
10.8 Terminais para condutores externos.
2) Desempenhos:
10.9 Propriedades dielétricas;
10.10 Verificação do aquecimento;
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10.11 Resistência aos curto-circuitos;


10.12 Compatibilidade eletromagnética;
10.13 Funcionamento mecânico
As conceções de referência, o número de CONJUNTOS ou de partes de CONJUNTOS utilizados para a
verificação, a seleção do método de verificação quando aplicável, e a ordem pela qual a verificação é
efetuada devem ser deixados à iniciativa do fabricante de origem.
Os dados utilizados, os cálculos efetuados e as comparações efetuadas no âmbito da verificação dos
CONJUNTOS devem ser registados relatórios de verificação.

10.2 Resistência dos materiais e das partes

10.2.1 Generalidades
As capacidades mecânicas, elétricas e térmicas dos materiais de construção e das partes do CONJUNTO
devem ser consideradas aptas para a verificação das características de construção e de desempenho.
Quando um invólucro vazio em conformidade com a IEC 62208 é utilizado e não foi modificado de uma
maneira podendo degradar os seus desempenhos, nenhum ensaio suplementar de acordo com a secção 10.2 é
requerido.

10.2.2 Resistência à corrosão

10.2.2.1 Procedimento de ensaio


A resistência à corrosão das amostras representativas dos invólucros de metal ferroso e das partes de
construção internas e externas de metal ferroso do CONJUNTO deve ser verificada.
O ensaio deve ser efetuado:
 num invólucro ou numa amostra representativa do invólucro com partes internas representativas no lugar
porta(s) fechada(s) como em uso normal, ou
 em partes do invólucro e partes internas representativas separadamente.
Em todos os casos, as dobradiças, os dispositivos de bloqueio e os meios de fixação devem ser igualmente
submetidos aos ensaios a não ser que eles tenham sido previamente submetidos a um ensaio equivalente e
que a sua resistência à corrosão não seja afetada pela sua aplicação.
Quando o invólucro é submetido ao ensaio, ele deve ser montado como em uso normal de acordo com as
instruções do fabricante de origem.
As amostras de ensaio devem ser novas e em condições limpas e devem ser submetidas ao ensaio de
severidade A ou B, como indicado nas secções 10.2.2.2 e 10.2.2.3.
NOTA: O ensaio de nevoeiro salino fornece uma atmosfera que acelera a corrosão e isso não implica que o CONJUNTO esteja
apto a uma atmosfera carregada de sal.

10.2.2.2 Ensaio de severidade A


Este ensaio aplica-se:
 aos invólucros metálicos para instalação no interior;
 às partes externas metálicas dos CONJUNTOS para instalação no interior;
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 às partes internas metálicas dos CONJUNTOS para instalação no interior e no exterior cujo
funcionamento mecânico normal poderá depender.
O ensaio consiste em:
6 ciclos de 24 h cada para o ensaio cíclico de calor húmido de acordo com a IEC 60068-2-30 (Ensaio Db) a
(40 ± 3) ºC e com uma humidade relativa de 95 %
e
2 ciclos de 24 h cada para o ensaio de nevoeiro salino de acordo com a IEC 60068-2-11; (Ensaio Ka:
Nevoeiro salino), à temperatura de (35 ± 2) ºC.

10.2.2.3 Ensaio de severidade B


Este ensaio aplica-se:
 aos invólucros metálicos para instalação no exterior;
 às partes externas metálicas dos CONJUNTOS para instalação no exterior.
O ensaio compreende dois períodos idênticos de 12 dias.
Cada período de 12 dias inclui:
5 ciclos de 24 h cada para o ensaio cíclico de calor húmido de acordo com a IEC 60068-2-30 (Ensaio Db) a
(40 ± 3) ºC e com uma humidade relativa de 95 %
e
7 ciclos de 24 h cada para o ensaio de nevoeiro salino de acordo com a IEC 60068-2-11; (Ensaio Ka:
nevoeiro salino), à temperatura de (35 ± 2) ºC.

10.2.2.4 Resultados a obter


Após o ensaio, o invólucro ou as amostras devem ser lavadas em água corrente da torneira durante 5 min,
enxaguadas em água destilada ou desmineralizada e depois sacudidas ou submetidas a uma corrente de ar
para eliminar as gotas de água. A amostra de ensaio deve de seguida ser armazenada nas condições normais
de utilização durante 2 h.
A conformidade é verificada por inspeção visual para demonstrar:
 que não existem traços de óxido de ferro, de fissuras ou de outra deterioração superior aos valores
admitidos na ISO 4628-3 para um grau de corrosão para um enferrujamento Ri1. Contudo, a deterioração
da superfície do revestimento de proteção é permitida. Em caso de dúvida no que respeita às pinturas e
aos vernizes, deve ser feita referência à ISO 4628-3 para verificar que as amostras estão conformes com a
amostra Ri1;
 que a integridade mecânica não foi afetada;
 que as juntas não estão danificadas;
 que as portas, dobradiças, dispositivos de bloqueio e de fixação funcionam sem esforço anormal.

10.2.3 Propriedades dos materiais isolantes

10.2.3.1 Verificação da estabilidade térmica dos invólucros


A estabilidade térmica dos invólucros fabricados de material isolante deve ser verificada pelo ensaio de calor
seco. O ensaio deve ser efetuado de acordo com a IEC 60068-2-2, Ensaio Bb, a uma temperatura de 70 ºC,
com circulação de ar natural durante um período de 168 h e com uma duração de recuperação de 96 h.
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As partes de utilização decorativa que não têm significado técnico não devem ser tidas em consideração para
este ensaio.
O invólucro, montado como em uso normal, é submetido a um ensaio numa estufa com uma atmosfera com a
composição e a pressão do ar ambiente e ventilada por circulação natural. Se as dimensões do invólucro não
são compatíveis com as da estufa, o ensaio deve ser efetuado numa amostra representativa do invólucro.
É recomendado utilizar uma estufa elétrica.
A circulação natural poderá ser assegurada por furos nas paredes da estufa.
O invólucro ou a amostra não devem apresentar rachadelas visíveis com uma visão normal ou corrigida sem
ampliação complementar e o material não se deve ter tornado pegajoso ou gorduroso, este aspeto é verificado
como se segue:
Com o dedo indicador enrolado num pano seco de tecido rugoso, a amostra é pressionada com uma força de
5 N.
NOTA: A força de 5 N pode ser obtida da maneira seguinte: o invólucro ou a amostra é colocada num dos pratos de uma balança
enquanto o outro prato é carregado com uma massa igual à massa da amostra mais 500 g. O equilíbrio da balança é de seguida
restaurado exercendo uma pressão vertical sobre a amostra com o dedo indicador enrolado num pano seco de tecido rugoso.

O tecido não deve deixar nenhum traço sobre a amostra e o material do invólucro ou da amostra não se deve
colar ao tecido.

10.2.3.2 Verificação da resistência dos materiais isolantes ao calor anormal e ao fogo devido aos efeitos
elétricos internos
Os princípios do ensaio ao fio incandescente da IEC 60695-2-10 e os detalhes dados na IEC 60695-2-11
devem ser utilizados para verificar a boa adaptação dos materiais utilizados:
a) nas partes dos CONJUNTOS, ou
b) nas partes retiradas dessas partes.
O ensaio deve ser efetuado num material com a espessura mínima utilizada para as partes em a) ou b).
Se um material idêntico com secções eficazes representativas como as partes que já cumprem com os
requisitos da secção 8.1.3.2.3 não é necessário repetir o ensaio. Ele é o mesmo para todas as partes que
previamente foram submetidas a ensaio de acordo com as suas especificações.
Para uma descrição do ensaio, ver o Anexo 4 da IEC 60695-2-11:2000. Os aparelhos e utensílios a serem
utilizado deve ser tal como descrito na secção 5 da IEC 60695-2-11:2000.
A temperatura da extremidade do fio incandescente deve ser como se segue:
 960 ºC para as partes necessárias para manter no lugar as partes em que circula a corrente;
 850 ºC para os invólucros destinados à montagem nas paredes ocas;
 650 ºC para todas as outras partes incluindo as partes necessárias para manter no lugar o condutor de
proteção.
Como alternativa o fabricante de origem deve fornecer os dados sobre a adequação dos materiais
provenientes do fornecedor do material isolante para demonstrar a conformidade com os requisitos da secção
8.1.3.2.3.
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10.2.4 Resistência à radiação ultravioleta (UV)


Este ensaio aplica-se apenas aos invólucros e às partes externas dos CONJUNTOS destinados a serem
instalados no exterior e que são fabricados com materiais isolantes ou com metais inteiramente recobertos de
material sintético. As amostras representativas de tais partes devem ser submetidas ao ensaio seguinte:
Ensaio UV de acordo com a ISO 4892-2 Método A, Ciclo 1 durante um tempo total de ensaio de 500 h. Para
os invólucros de materiais isolantes, a conformidade é verificada assegurando que a resistência à flexão (de
acordo com a ISO 178) e aos choques Charpy (de acordo com a ISO 179) dos materiais sintéticos apresenta
uma retenção mínima de 70 %.
O ensaio deve ser efetuado em seis amostras de ensaio de dimensão normal de acordo com a ISO 178 e em
seis amostras de ensaio de dimensão normal de acordo com a ISO 179. As amostras de ensaio devem ser
constituídas nas mesmas condições utilizadas para o fabrico do invólucro em causa.
Para o ensaio efetuado em conformidade com a ISO 178, a superfície da amostra exposta aos UV deve ser
rodada com a face para baixo e a pressão deve ser aplicada sobre a superfície não exposta.
Para os ensaios efetuados em conformidade com a ISO 179, nenhuma ranhura deve ser cortada da amostra e
o impacto deve ser aplicado sobre a superfície exposta.
Para o ensaio realizado em conformidade com a norma ISO 179 para materiais cuja resistência ao impacto
não pode ser determinado antes da exposição porque nenhuma rutura ocorreu, a rutura de um máximo de três
das amostras de ensaio expostas deve ser admissível.
Para estarem conformes, os invólucros fabricados de materiais inteiramente recobertos de materiais sintéticos
devem apresentar uma aderência do material sintético (de acordo com a ISO 2409) com uma retenção
mínima de categoria 3.
As amostras não devem apresentar fissuras ou deterioração visível com uma visão normal ou corrigida sem
ampliação suplementar.
Este ensaio não necessita de ser efetuado se o fabricante de origem puder fornecer os dados provenientes do
fornecedor do material sintético para demonstrar que materiais do mesmo tipo e da mesma espessura ou mais
finos estão conformes com este requisito.

10.2.5 Elevação
A conformidade dos CONJUNTOS com dispositivos de elevação é verificada pelos ensaios seguintes.
O número máximo de secções que o fabricante de origem permitir elevar em conjunto deve ser munido com
os componentes e/ou pesos para atingir um peso igual a 1,25 vezes o peso máximo para transporte. Com as
portas fechadas, ele deve ser elevado com os dispositivos de elevação específicos e da maneira definida pelo
fabricante de origem.
O CONJUNTO deve ser elevado de maneira suavemente partindo de uma posição imóvel, sem trepidações,
num plano vertical até uma altura ≥1 m e baixado de maneira suave a uma posição imóvel. Este ensaio é
repetido mais duas vezes após o que o CONJUNTO é elevado e suspenso durante 30 min sem nenhum
movimento.
A seguir a este ensaio, o CONJUNTO deve ser elevado de maneira regular e sem trepidações partindo de
uma posição imóvel até uma altura ≥1 m e depois movimentado de (10 ± 0,5) m horizontalmente e de
seguida baixado até uma posição imóvel. Esta sequência deve ser efetuada três vezes a uma velocidade
uniforme, cada sequência é efetuada em 1 min no máximo.
Após o ensaio, com as massas de ensaio colocadas no lugar, o CONJUNTO não deve apresentar fissuras ou
deformações permanentes, visíveis com uma visão normal ou corrigida sem ampliação suplementar, que
possam afetar qualquer uma das suas características.
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10.2.6 Impacto mecânico


Os ensaios de impactos mecânicos, quando são requeridos pela norma particular dos CONJUNTOS, devem
ser efetuados em conformidade com a IEC 62262.

10.2.7 Marcações
As marcações por moldagem, impressão, gravação ou procedimento análogo, incluindo etiquetas com
revestimento de plástico laminado, não devem ser submetidas ao ensaio seguinte.
O ensaio é efetuado esfregando manualmente a marcação durante 15 s com a ajuda de peça de tecido
previamente embebida em água e depois durante 15 s com uma peça de tecido previamente embebida numa
essência de petróleo.
NOTA: A essência de petróleo é definida como um solvente hexano com um conteúdo aromático máximo de 0,1 % em volume, um
índice Kauributanol de 29, um ponto inicial de ebulição de 65 ºC, um ponto final de ebulição de 69 ºC e uma massa volúmica de
cerca de 0,68 g/cm3.

Após o ensaio, as marcações devem ser legíveis com uma visão normal ou corrigida sem ampliação
suplementar.

10.3 Grau de proteção assegurado pelos CONJUNTOS


O grau de proteção assegurado em conformidade com as secções 8.2.2, 8.2.3 e 8.4.2.3 deve ser verificado em
conformidade com a IEC 60529; o ensaio poderá ser efetuado num CONJUNTO equipado representativo nas
condições indicadas pelo fabricante de origem. Nos casos em que é utilizado um invólucro vazio em
conformidade com a IEC 62208, uma avaliação da verificação deve ser efetuada para assegurar que não foi
efetuada nenhuma modificação exterior podendo originar uma deterioração do grau de proteção. Neste caso
nenhum ensaio adicional é requerido.
Os ensaios IP devem ser efetuados:
 com todas as coberturas e portas no lugar e fechadas como em serviço normal;
 num estado desligado, exceto indicação em contrário do fabricante de origem.
Os CONJUNTOS que apresentam um grau de proteção IP5X devem ser ensaiados de acordo com a categoria
2 da secção 13.4 da IEC 60529:1989.
Os CONJUNTOS que apresentam um grau de proteção IP6X devem ser ensaiados de acordo com a categoria
1 da secção 13.4 da IEC 60529:1989.
O dispositivo de ensaio para IP3X e para IP4X bem como o tipo de suporte para o invólucro durante o ensaio
de IP4X deve ser indicado no relatório de ensaio.
O ensaio de IP X1 poderá ser efetuado deslocando a caixa de drenagem e não efetuando a rotação do
CONJUNTO.
Para os ensaios de IP X1 a IP X6 efetuados num CONJUNTO, a penetração de água é admissível unicamente
nos casos em que o ponto de entrada é evidente e que a água esteja apenas em contacto com a estrutura do
invólucro num local em que não afete a segurança.
O ensaio de IP X5 é considerado como tendo falhado se uma quantidade prejudicial de poeira for visível no
equipamento elétrico no interior do invólucro.

10.4 Distâncias de isolamento no ar e linhas de fuga


Deve ser verificado que as distâncias de isolamento no ar e as linhas de fuga cumprem com os requisitos da
secção 8.3.
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As distâncias de isolamento no ar e as linhas de fuga devem ser medidas em conformidade com o Anexo F.

10.5 Proteção contra os choques elétricos e integridade dos circuitos de proteção

10.5.1 Eficácia do circuito de proteção


A eficácia do circuito de proteção é verificada pelas funções seguintes:
a) proteção contra as consequências de um defeito no interior de um CONJUNTO (defeitos internos) de
acordo com a secção 10.5.2, e
b) proteção contra as consequências de defeitos nos circuitos externos alimentados por intermédio do
CONJUNTO (defeitos externos) de acordo com a secção 10.5.3.

10.5.2 Continuidade do circuito de terra entre as partes condutoras acessíveis do CONJUNTO e o


circuito de proteção
Deve ser verificado que as diferentes partes condutoras acessíveis do CONJUNTO estão efetivamente
conectadas ao terminal do condutor de proteção externo de entrada e que a resistência do circuito não excede
0,1 Ω.
A verificação deve ser efetuada utilizando um instrumento de medição da resistência que seja capaz de
conduzir uma corrente de pelo menos 10 A (corrente alternada ou corrente contínua). Faz-se passar a
corrente entre cada parte condutora exposta e o terminal para o condutor de proteção externo. A resistência
não deve exceder 0,1 Ω.
NOTA: É recomendado limitar a duração do ensaio porque os equipamentos de baixa potência poderão ser afetados
negativamente pelo ensaio.

10.5.3 Resistência suportável aos curto-circuitos do circuito de proteção

10.5.3.1 Generalidades
A resistência suportável aos curto-circuitos deve ser verificada. A verificação poderá ser efetuada por
comparação com uma conceção de referência ou por ensaio como detalhado nas secções 10.5.3.3 a 10.5.3.5.
O fabricante de origem deve determinar a ou as conceções de referência que serão utilizadas nas secções
10.5.3.3 e 10.5.3.4.

10.5.3.2 Circuitos de proteção dispensados da verificação da resistência suportável aos curto-circuitos


Quando é previsto um condutor de proteção separado em conformidade com a secção 8.4.3.2.3, os ensaios de
curto-circuito não são requeridos se uma das condições da secção 10.11.2 é satisfeita.

10.5.3.3 Verificação por comparação com uma conceção de referência – Utilizando uma lista de
controlo
A verificação quando a comparação do CONJUNTO a verificar com uma conceção que já foi submetida aos
ensaios utilizando os pontos 1 a 6 e 8 a 10 da lista de controlo do Quadro 13 não mostrou nenhuma
divergência.
Para assegurar a mesma corrente admissível para a corrente de falha que circula entre as partes condutoras
acessíveis, a conceção, o número e a disposição das partes que asseguram contacto entre o condutor de
proteção e as partes condutoras acessíveis, devem ser devem ser as mesmas que são observadas na conceção
de referência sujeita a ensaio.
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10.5.3.4 Verificação por comparação com uma conceção de referência – Utilizando cálculos
A verificação por comparação com uma conceção de referência baseada nos cálculos deve estar conforme
com a secção 10.11.4.
Para assegurar a mesma corrente admissível para a corrente de falha que circula entre as partes condutoras
acessíveis, a conceção, o número e a disposição das partes que asseguram contacto entre o condutor de
proteção e as partes condutoras acessíveis, devem ser as mesmas que são observadas na conceção de
referência sujeita a ensaio.

10.5.3.5 Verificação por ensaio


A secção 10.11.5.6 é aplicável.

10.6 Incorporação dos dispositivos de comutação e dos componentes

10.6.1 Generalidades
A conformidade com os requisitos de conceção da secção 8.5 para a incorporação dos dispositivos de
comutação e dos componentes deve ser confirmada por inspeção do fabricante de origem.

10.6.2 Compatibilidade eletromagnética


Os requisitos de desempenho da secção J.9.4 para a compatibilidade eletromagnética devem ser confirmados
por inspeção ou, se necessário, por ensaios (ver secção J.10.12).

10.7 Circuitos elétricos internos e conexões


A conformidade com os requisitos de conceção da secção 8.6 para os circuitos elétricos internos e as
conexões devem ser confirmadas por inspeção do fabricante de origem.

10.8 Terminais para condutores externos


A conformidade com os requisitos de conceção da secção 8.8 para os terminais dos condutores externos deve
ser confirmada por inspeção do fabricante de origem.

10.9 Propriedades dielétricas

10.9.1 Generalidades
Para este ensaio, todos os equipamentos elétricos do CONJUNTO devem ser conectados com exceção dos
aparelhos e utensílios que, de acordo com as especificações aplicáveis, são concebidos para uma tensão de
ensaio inferior; os aparelhos e utensílios que absorvem corrente (p. ex. enrolamentos, instrumentos de
medição, dispositivos para supressão das tensões de choque) nos quais a aplicação da tensão de ensaio
causaria um fluxo de corrente, devem ser desconectados. Tais aparelhos e utensílios devem ser
desconectados num dos seus terminais a menos que eles não sejam concebidos para resistir à plena tensão de
ensaio, caso em que todos os terminais poderão ser desconectados.
Para as tolerâncias das tensões de ensaio e a seleção dos materiais de ensaio, ver a IEC 61180.
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10.9.2 Tensão suportável à frequência industrial

10.9.2.1 Circuitos principais, auxiliares e de comando


Os circuitos principais, os auxiliares e os de comando conectados ao circuito principal devem ser submetidos
à tensão de ensaio de acordo com o Quadro 8.
Os circuitos auxiliares e de comando, quer sejam em corrente contínua ou em corrente alternada, e que são
conectados ao circuito principal devem ser submetidos à tensão de ensaio de acordo com o Quadro 9.

10.9.2.2 Tensão de ensaio


A tensão de ensaio deve ter uma forma praticamente sinusoidal e uma frequência compreendida entre 45 Hz
e 65 Hz.
O transformador de alta tensão utilizado para o ensaio deve ser concebido de tal forma que, quando os
terminais de saída estão em curto-circuito após ajustamento da tensão de saída à tensão de ensaio apropriada,
a corrente de saída seja pelo menos igual a 200 mA.
Os relés de máxima corrente não devem disparar quando a corrente de saída é inferior a 100 mA.
O valor da tensão de ensaio deve ser a especificada nos Quadros 8 ou 9 segundo o apropriado com uma
tolerância autorizada de ± 3 %.

10.9.2.3 Aplicação da tensão de ensaio


A tensão à frequência industrial no momento de aplicação não deve exceder 50 % do seu valor total de
ensaio. Ela deve de seguida ser aumentada de maneira regular até ao seu valor total e mantida durante
5   s como se segue:
2
0

a) entre todas as partes ativas do circuito principal conectadas entre si (incluindo os circuitos de comando e
auxiliares conectados ao circuito principal) e as partes condutoras acessíveis, com os contactos principais
de todos os dispositivos de comutação na posição de fechados ou curto-circuitados por uma ligação de
baixa resistência;
b) entre cada parte ativa de potencial diferente do circuito principal e, as outras partes ativas de potencial
diferente e as partes condutoras acessíveis conectados em conjunto, com os contactos principais de todos
os dispositivos de comutação na posição de fechados ou curto-circuitados por uma ligação de baixa
resistência;
c) entre cada circuito de comando e auxiliar que não está normalmente conectado ao circuito principal e
 o circuito principal;
 os outros circuitos;
 as partes condutoras acessíveis.

10.9.2.4 Critérios de aceitação


Os relés de máximo de corrente não devem funcionar e não deve ocorrer nenhuma descarga disruptiva (ver
secção 3.6.17) durante os ensaios.
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10.9.3 Tensão suportável aos choques

10.9.3.1 Generalidades
A verificação deve ser efetuada por um ensaio ou pela validação das regras de conceção.
Em substituição do ensaio de tensão suportável aos choques, o fabricante de origem poderá efetuar, à sua
discrição, um ensaio de tensão equivalente em corrente contínua ou em corrente alternada, de acordo com a
secção 10.9.3.3 ou a secção 10.9.3.4.

10.9.3.2 Ensaio de tensão suportável ao choque


O gerador de tensões de choque deve ser regulado para a tensão de choque requerida com o CONJUNTO
conectado. O valor da tensão de ensaio deve ser tal como especificado na secção 9.1.3. A exatidão da tensão
de pico aplicada deve ser de ± 3 %.
Os circuitos auxiliares não conectados aos circuitos principais devem ser conectados à terra. A tensão de
choque de 1,2/50 μs deve ser aplicada ao CONJUNTO cinco vezes para cada polaridade a intervalos de 1 s
no mínimo como se segue:
a) entre todas as partes ativas de potencial diferente do circuito principal conectados entre si (incluindo os
circuitos de comando e auxiliares conectados ao circuito principal) e as partes condutoras acessíveis, com
os contactos principais de todos os dispositivos de comutação na posição de fechados ou curto-circuitados
por uma ligação de baixa resistência;
b) entre cada parte ativa de potencial diferente do circuito principal e, as outras partes ativas de potencial
diferente e as partes condutoras acessíveis conectados em conjunto, com os contactos principais de todos
os dispositivos de comutação na posição de fechados ou curto-circuitados por uma ligação de baixa
resistência.
c) entre cada circuito de comando e auxiliar que não está normalmente conectado ao circuito principal e
 o circuito principal;
 os outros circuitos;
 as partes condutoras acessíveis.
Para que o resultado seja aceitável, não deve ocorrer nenhuma descarga disruptiva involuntária durante os
ensaios.

10.9.3.3 Ensaio alternativo de tensão à frequência industrial


A tensão de ensaio deve ter uma forma praticamente sinusoidal e uma frequência compreendida entre 45 Hz
e 65 Hz.
O transformador de alta tensão utilizado para o ensaio deve ser concebido de tal forma que, quando os
terminais de saída estão em curto-circuito após ajustamento da tensão de saída à tensão de ensaio apropriada,
a corrente de saída seja pelo menos igual a 200 mA.
Os relés de máxima corrente não devem disparar quando a corrente de saída é inferior a 100 mA.
O valor da tensão de ensaio deve ser a especificada na secção 9.1.3 e no Quadro 10 segundo o apropriado
com uma tolerância autorizada de ± 3 %.
A tensão à frequência industrial deve ser aplicada uma vez, ao seu pleno valor, durante uma duração
suficiente para avaliar a amplitude, mas ela não deve ser inferior a 15 ms.
Ela deve ser aplicada ao CONJUNTO como indicado na secção 10.9.3.2 a), b) e c) acima.
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Para obter um resultado aceitável, os relés de máximo de corrente não devem funcionar e não deve ocorrer
nenhuma descarga disruptiva durante os ensaios.

10.9.3.4 Ensaio alternativo de tensão contínua

A tensão de ensaio deve ter uma ondulação negligenciável.


O transformador de alta tensão utilizado para o ensaio deve ser concebido de tal forma que, quando os
terminais de saída estão em curto-circuito após ajustamento da tensão de saída à tensão de ensaio apropriada,
a corrente de saída seja pelo menos igual a 200 mA.
Os relés de máxima corrente não devem disparar quando a corrente de saída é inferior a 100 mA.
O valor da tensão de ensaio deve ser o especificado na secção 9.1.3 e no Quadro 10 segundo o apropriado
com uma tolerância autorizada de ± 3 %.
A tensão contínua deve ser aplicada uma só vez para cada polaridade durante uma duração suficiente para
avaliar a amplitude, mas ela deve situar-se entre 15 ms e 100 ms.
Ela deve ser aplicada ao CONJUNTO como indicado na secção 10.9.3.2 a), e b) acima.
Para obter um resultado aceitável, os relés de máximo de corrente não devem funcionar e não deve ocorrer
nenhuma descarga disruptiva durante os ensaios.

10.9.3.5 Avaliação da verificação


As distâncias de isolamento no ar devem ser verificadas por medição ou por verificação das medições nos
desenhos de conceção utilizando os métodos de medição indicados no Anexo F. As distâncias de isolamento
no ar devem ser pelo menos 1,5 vezes os valores especificados no Quadro 1.
NOTA: O fator 1,5 respeitante aos valores do Quadro 1 é aplicado para evitar os ensaios de resistência suportável às tensões de
choque para verificar a conceção. Ele é um fator de segurança que tem em conta as tolerâncias de fabrico.

Devem ser verificados por avaliação os dados do fabricante do dispositivo de que todos os dispositivos
incorporados são adaptados à tensão estipulada de resistência suportável aos choques especificada (Uimp).

10.9.4 Ensaios dos invólucros de material isolante


Para os CONJUNTOS com invólucros de material isolante, deve ser efetuado um ensaio dielétrico adicional,
aplicando uma tensão de ensaio alternada entre uma folha metálica colocada sobre a superfície exterior do
invólucro nas aberturas e nas junções, e as partes ativas interconectadas e as partes condutoras acessíveis no
interior do CONJUNTO situadas perto das aberturas e das junções. Para este ensaio adicional, a tensão de
ensaio deve ser igual a 1,5 vezes os valores indicados no Quadro 8.

10.9.5 Pegas de manobras externas de material isolante


No caso de pegas feitas de ou cobertas por material isolante, deve ser efetuado um ensaio dielétrico,
aplicando uma tensão de ensaio igual a 1,5 vezes a tensão de ensaio indicada no Quadro 8 entre as partes
ativas e uma folha metálica enrolada à volta de toda a superfície da pega. Durante este ensaio, as partes
condutoras acessíveis não devem conectadas à terra ou a qualquer outro circuito.

10.10 Verificação do aquecimento

10.10.1 Generalidades
Deve ser verificado que os limites de aquecimento especificados na secção 9.2 para as diferentes partes do
CONJUNTO ou sistema de CONJUNTOS não serão excedidos.
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A verificação deve ser efetuada por um ou vários dos métodos seguintes (ver Anexo O para recomendações):
a) ensaios (secção 10.10.2);
b) dedução (a partir de uma conceção ensaiada) das características para variantes similares (secção 10.10.3);
c) cálculos, de acordo com a secção 10.10.4.2 para CONJUNTOS com um só compartimento até 630 A, ou
para CONJUNTOS até 1600 A de acordo com a secção 10.10.4.3.
Nos CONJUNTOS previstos para frequências estipuladas superiores a 60 Hz, a verificação do aquecimento
por um ensaio (secção 10.10.2) ou por dedução a partir de uma conceção análoga ensaiada à mesma
frequência prevista (secção 10.10.3) é sempre requerida.
A corrente admissível depende da corrente estipulada (ver secção 5.3.2) e do fator de simultaneidade
estipulado (ver secção 5.4).

10.10.2 Verificação por ensaio

10.10.2.1 Generalidades
A verificação por ensaio compreende as etapas seguintes:
a) Se o sistema de CONJUNTOS a verificar incluir muitas variantes, a ou as montagens mais desfavoráveis
do CONJUNTO devem ser escolhidas de acordo com a secção 10.10.2.2.
b) O CONJUNTO deve ser verificado por um dos métodos seguintes determinado pelo fabricante de origem
(ver Anexo O):
1) tendo em conta as unidades funcionais individuais, o barramento principal e de distribuição e o
CONJUNTO coletivamente em conformidade com a secção 10.10.2.3.5;
2) tendo em conta as unidades funcionais individuais separadamente e o CONJUNTO completo
incluindo os barramentos principais e de distribuição em conformidade com a secção 10.10.2.3.6;
3) tendo em conta as unidades funcionais individuais e os barramentos principais e de distribuição
separadamente bem como o CONJUNTO completo em conformidade com a secção 10.10.2.3.7.
c) Quando os CONJUNTOS submetidos ao ensaio são as variantes mais desfavoráveis de uma gama de
produtos mais larga, os resultados dos ensaios podem ser utilizados para estabelecer as características de
variantes análogas sem proceder a outros ensaios. As regras respeitantes a essas deduções são dadas na
secção 10.10.3.

10.10.2.2 Seleção da montagem representativa

10.10.2.2.1 Generalidades
O ensaio deve ser efetuado sobre uma ou várias montagens representativas carregadas de uma ou várias
combinações de cargas representativas escolhidas a fim de obter com uma exatidão razoável o aquecimento
mais elevado possível.
A escolha das montagens representativas a submeter aos ensaios é dada nas secções 10.10.2.2.2 e 10.10.2.2.3
e isso é da responsabilidade do fabricante de origem. O fabricante de origem deve ter em consideração na sua
escolha para o ensaio as configurações que devem ser objeto das deduções a partir das conceções já
ensaiadas de acordo com a secção 10.10.3.
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10.10.2.2.2 Barramentos
Para os sistemas de barramentos constituídos de secções retangulares únicas ou múltiplas de condutores, as
variantes que apenas diferem na redução de uma ou mais das seguintes variáveis:
 altura,
 espessura,
 quantidade de barras por condutor,
e que possuem
 a mesma configuração de barras,
 o mesmo espaçamento entre condutores,
 o mesmo invólucro,
 o mesmo compartimento de barramento (caso existam).
os barramentos cuja secção eficaz é a mais elevada devem ser selecionados como montagens representativas,
como mínimo para o ensaio. Para as características estipuladas das variantes dos barramentos mais pequenos
ou de outros materiais, ver a secção 10.10.3.3.

10.10.2.2.3 Unidades funcionais

a) Seleção de grupos de unidades funcionais comparáveis


As unidades funcionais destinadas a serem utilizadas a diferentes correntes estipuladas podem ser
consideradas como tendo um comportamento térmico similar e como constituindo uma gama comparável de
unidades, se preencherem as condições seguintes:
1) a função e o esquema de cablagem de base do circuito principal são os mesmos (p.ex. unidade de
entrada, arrancador inversor, cabo de alimentação);
2) os dispositivos são da mesma dimensão de estrutura e pertencem à mesma série;
3) a estrutura de montagem é do mesmo tipo;
4) a configuração mútua dos dispositivos é a mesma;
5) o tipo e a disposição dos condutores é a mesma;
6) a secção eficaz dos condutores do circuito principal no interior da unidade funcional deve ter uma
característica pelo menos igual à do dispositivo do circuito que apresenta as características mais
baixas. A seleção dos condutores deve ser como ensaiada ou em conformidade com a
IEC 60364-5-52. Exemplos de como adaptar esta Norma às condições no interior de um
CONJUNTO são dados nos quadros do Anexo H. A secção eficaz das barras deve ser como ensaiada
ou dada no Anexo N.
b) Seleção das variantes críticas como amostra externa de cada grupo comparável para ensaio
Para a variante crítica, as condições do compartimento (se aplicável) e do invólucro mais severo (no que
respeita à forma, à dimensão, à conceção das divisórias e à ventilação do invólucro) devem ser submetidas ao
ensaio.
A característica da corrente máxima possível é estabelecida para cada variante de uma unidade funcional.
Para as unidades funcionais contendo apenas um dispositivo, ela é a corrente estipulada do dispositivo. Para
as unidades funcionais que possuem vários dispositivos, ela é a corrente estipulada mais baixa de todas. Se
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uma combinação de dispositivos conectados em série é destinada a ser utilizada a uma corrente mais baixa
(p. ex. combinação de arrancadores de motores), é essa corrente mais baixa que deve ser utilizada.
Para cada unidade funcional, a potência dissipada é calculada ao valor máximo possível da corrente
utilizando os dados fornecidos pelo fabricante do dispositivo para cada dispositivo em conjunto com as
potências dissipadas dos condutores associados.
Para as unidades funcionais cujas correntes vão até 630 A, inclusive, a unidade crítica de cada gama é a
unidade funcional que apresenta a potência dissipada total mais elevada.
Para as unidades funcionais cujas correntes são superiores a 630 A, a unidade crítica em cada gama é a que
apresentar a corrente estipulada mais elevada. Isso assegura que os efeitos térmicos adicionais relacionados
com as correntes de Foucault e o deslocamento de corrente são tidos em conta.
A unidade funcional crítica deve pelo menos ser ensaiada:
 no interior do mais pequeno compartimento (se existir) previsto para essa unidade funcional; e
 com a variante mais desfavorável de separação interna (se existir) em relação à dimensão das aberturas de
ventilação; e
 com o invólucro com a potência dissipada por unidade de volume instalado mais elevada; e
 com a variante de ventilação do invólucro mais desfavorável no que respeita ao tipo de ventilação (natural
ou ventilação forçada) e da dimensão das aberturas de ventilação.
Se a unidade funcional puder ser configurada em diferentes orientações (horizontal, vertical), deve então
ensaiar-se a configuração mais desfavorável.
NOTA: Um ensaio adicional poderá ser efetuado de acordo com o fabricante de origem sobre as configurações e as variantes de
unidades funcionais menos críticas.

10.10.2.3 Métodos de ensaio

10.10.2.3.1 Generalidades
Três métodos de ensaio são indicados da secção 10.10.2.3.5 à secção 10.10.2.3.7, que diferem no número de
ensaios necessários e nas utilizações possíveis dos resultados de ensaio; uma explicação é fornecida no
Anexo O.
O ensaio de aquecimento nos circuitos individuais deve ser efetuado com o tipo de corrente para a qual eles
são previstos e à frequência de conceção. Qualquer valor conveniente da tensão de ensaio poderá ser
utilizado para originar a corrente desejada. As bobinas dos relés, dos contactores, dos disparadores, etc.
devem ser alimentados à sua tensão estipulada de funcionamento.
O CONJUNTO deve ser disposto como para uso normal com a montagem dos painéis, incluindo as placas
inferiores, etc. no lugar.
Se o CONJUNTO incluir corta-circuitos fusíveis, eles devem ser munidos para o ensaio com elementos de
substituição do tipo especificado pelo fabricante. As potências dissipadas nos elementos de substituição
utilizados para o ensaio devem ser indicadas no relatório de ensaio. A potência dissipada dos elementos de
substituição poderá ser determinada por uma medição ou em alternativa de acordo com as indicações do
fabricante dos corta-circuitos fusíveis.
As dimensões e a disposição dos condutores externos utilizados para o ensaio devem apresentados no
relatório de ensaio.
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O ensaio deve ter uma duração suficiente para que o aquecimento atinja um valor constante. Na prática, essa
condição é preenchida quando a variação de todos os pontos de medida (incluindo a temperatura do ar
ambiente) não exceder mais de 1 K/h.
Para encurtar o ensaio, se os dispositivos o permitirem, a corrente poderá ser aumentada durante a primeira
parte do ensaio e depois reduzida à corrente de ensaio especificada.
Quando um eletroíman de comando é alimentado durante o ensaio, a temperatura é medida quando o
equilíbrio térmico é atingido no circuito principal e no eletroíman de comando.
O valor médio das correntes de ensaio de entrada deve estar compreendido entre -0 % e +3 % do valor
previsto. Cada fase deve corresponder a ±5 % do valor previsto.
Os ensaios numa secção particular do CONJUNTO são admissíveis. Para que o ensaio seja representativo, as
superfícies externas às quais as secções suplementares poderão ser conectadas devem ser isoladas
termicamente com um painel impedindo qualquer arrefecimento excessivo.
Aquando do ensaio de uma unidade funcional no interior de uma secção ou no CONJUNTO completo, as
unidades funcionais adjacentes poderão ser substituídas por resistências de aquecimento se a sua corrente
estipulada não exceder 630 A e se a sua corrente estipulada não for verificada por ensaio.
Nos CONJUNTOS nos quais é possível que circuitos de comando ou dispositivos adicionais possam ser
incorporados, as resistências de aquecimento devem simular a potência dissipada desses elementos
adicionais.

10.10.2.3.2 Condutores de ensaio


Na ausência de informações detalhadas respeitantes aos condutores externos e às condições de utilização, a
secção eficaz dos condutores de ensaio externos deve ser escolhida considerando a corrente estipulada de
cada circuito conforme o seguinte:
a) Para os valores de corrente estipulada até 400 A inclusive:
1) os condutores devem ser cabos de cobre ou de fios isolados unipolares de secção eficaz como
indicado no Quadro 11;
2) tanto quanto possível, os condutores devem estar ao ar livre;
3) o comprimento mínimo de cada conexão temporária entre terminais deve ser de:
 1 m para as secções eficazes inferiores ou iguais a 35 mm2;
 2 m para as secções eficazes superiores a 35 mm2.
b) Para os valores de corrente estipulada superiores a 400 A mas inferiores a 800 A:
1) Os condutores devem ser cabos de cobre unipolares de secção eficaz como indicado no Quadro 12
ou barras de cobre equivalentes como indicado no Quadro 12 e como especificado pelo fabricante de
origem.
2) Os cabos ou as barras de cobre devem estar espaçados a aproximadamente a distância existente entre
os terminais. Os cabos múltiplos em paralelo num único terminal devem ser montados e dispostos
com um espaço de cerca de 10 mm entre eles. As barras múltiplas de cobre relativas a um mesmo
terminal devem ser separadas umas das outras por uma distância correspondente aproximadamente à
sua espessura. Se as dimensões indicadas para as barras não são adequadas aos terminais ou não
estão disponíveis, é permitido utilizar outras barras com as mesmas dimensões ± 10 % e superfícies
de arrefecimento da mesma dimensão ou mais pequenas. Os cabos ou as barras de cobre não devem
ser intercalados.
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3) Para os ensaios monofásicos ou polifásicos, o comprimento mínimo de qualquer conexão temporária


à alimentação de ensaio deve ser de 2 m. O comprimento mínimo até ao ponto neutro poderá ser
reduzido a 1,2 m, quando acordado com o fabricante de origem.
c) Para os valores de corrente estipulada superiores a 800 A mas inferiores a 4000 A:
1) Os condutores devem ser barras de cobre com as dimensões indicadas no Quadro 12 exceto se o
CONJUNTO é concebido apenas para uma conexão por cabos. Nesse caso, a dimensão e a
disposição dos cabos devem ser tal como especificado pelo fabricante de origem.
2) As barras de cobre devem estar espaçadas a aproximadamente a distância existente entre os
terminais. As barras múltiplas de cobre relativas a um mesmo terminal devem estar separadas umas
das outras por uma distância correspondente a aproximadamente à sua espessura. Se as dimensões
indicadas para as barras não são adequadas aos terminais ou não estão disponíveis, é admitido
utilizar outras barras com as mesmas secções ± 10 % e superfícies de arrefecimento da mesma
dimensão ou mais pequenas. As barras de cobre não devem ser intercaladas.
3) Para os ensaios monofásicos ou polifásicos, o comprimento mínimo de qualquer conexão
temporária à alimentação de ensaio deve ser de 3 m, mas ele pode ser reduzido a 2 m na condição de
que o aquecimento na extremidade da conexão não seja superior em mais de 5 K abaixo do
aquecimento no do meio da conexão. O comprimento mínimo até ao ponto de neutro deve ser de
2 m.
d) Para os valores de corrente estipulada superior a 4000 A:
O fabricante de origem deve determinar todos os elementos relevantes do ensaio, tais como o tipo de
alimentação, o número de fases e a frequência (se aplicável), as secções dos condutores de ensaio, etc. Estas
informações devem estar disponíveis no relatório de ensaio.

10.10.2.3.3 Medição das temperaturas


Devem ser utilizados termopares ou termómetros para a medição da temperatura. Para os enrolamentos, o
método de medição da temperatura por variação da resistência deve geralmente ser utilizado.
Os termopares e os termómetros devem ser protegidos contra as correntes de ar e a radiação de calor.
A temperatura deve ser medida em todos os locais em que um limite de aquecimento (ver secção 9.2) deve
ser observado. Uma atenção particular deve ser dada às junções dos condutores e aos terminais dos circuitos
principais. Para a medição da temperatura do ar no interior do CONJUNTO, vários dispositivos de medição
devem ser dispostos nos locais apropriados.

10.10.2.3.4 Temperatura do ar ambiente


A temperatura do ar ambiente deve ser medida por intermédio de pelo menos dois termómetros ou
termopares igualmente distribuídos à volta do CONJUNTO a cerca de metade da sua altura e a uma distância
de cerca de 1 m do CONJUNTO. Os termómetros ou os termopares devem ser protegidos contra correntes de
ar e as radiações de calor.
A temperatura ambiente durante o ensaio deve estar compreendida entre + 10 ºC e + 40 ºC.

10.10.2.3.5 Verificação do CONJUNTO completo


Os circuitos de entrada e os circuitos de saída do CONJUNTO devem ser carregados com as suas correntes
estipuladas (ver secção 5.3.2) que originem o fator de simultaneidade estipulado igual a 1 (ver secção 5.4 e
Anexo O).
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Se a corrente estipulada do circuito de entrada ou do sistema de barramentos de distribuição é inferior à soma


das correntes estipuladas de todos os circuitos de saída, então os circuitos de saída devem ser divididos em
grupos correspondendo à corrente estipulada do circuito de entrada ou do sistema de barramentos de
distribuição. Os grupos tal como são definidos pelo fabricante de origem devem ser formados de maneira a
atingir o aquecimento mais elevado possível. Devem ser formados grupos suficientes e os ensaios devem ser
pensados para incluir todas as variantes de unidades funcionais em pelo menos um grupo.
Quando os circuitos completamente carregados não distribuem exatamente a corrente total de entrada, a
corrente restante deve ser distribuída por meio de qualquer outro circuito apropriado. Este ensaio deve ser
repetido até que todos os tipos de circuitos de saída sejam verificados à sua corrente estipulada.
Uma modificação da disposição das unidades funcionais no interior de um CONJUNTO ou de uma secção
verificada poderá necessitar de ensaios adicionais uma vez que a influência térmica das unidades adjacentes
poderá diferir de maneira significativa.
NOTA: A secção 10.10.2.3.6 fornece um meio de ensaio de um CONJUNTO com um fator de simultaneidade inferior a 1 e menos
ensaios do que os especificados na secção 10.10.2.3.7.

10.10.2.3.6 Verificação tendo em conta as unidades funcionais individuais separadamente e o


CONJUNTO completo
As correntes estipuladas dos circuitos de acordo com a secção 5.3.2 e o fator de simultaneidade estipulada de
acordo com a secção 5.4 devem ser verificados em duas etapas.
A corrente estipulada de cada variante crítica da unidade funcional (ver secção 10.10.2.2.3.b)) deve ser
verificada separadamente em conformidade com a secção 10.10.2.3.7 c).
O CONJUNTO é verificado carregando o circuito de entrada à sua corrente estipulada e todas as unidades
funcionais de saída coletivamente com a sua corrente estipulada multiplicada pelo fator de simultaneidade.
Se a corrente estipulada do circuito de entrada ou do sistema de barramentos de distribuição é inferior à soma
das correntes estipuladas de todos os circuitos de saída, então os circuitos de saída (isto é, as correntes
estipuladas multiplicadas pelo fator de simultaneidade), devem ser divididos em grupos correspondendo à
corrente estipulada do circuito de entrada ou do sistema de barramentos de distribuição. Os grupos devem ser
formados de forma a atingir o aquecimento mais elevado possível. Devem ser formados grupos suficientes e
os ensaios devem ser pensados de forma a incluir todas as variantes de unidades funcionais em pelo menos
um grupo.
Quando os circuitos completamente carregados não distribuem exatamente a corrente total de entrada, a
corrente restante deve ser distribuída por meio de qualquer outro circuito apropriado. Este ensaio deve ser
repetido até que todos os tipos de circuitos de saída sejam verificados à sua corrente estipulada.
Uma modificação da disposição das unidades funcionais no interior de um CONJUNTO ou de uma secção
verificada poderá necessitar de ensaios adicionais na medida em que a influência térmica das unidades
adjacentes poderá diferir de maneira significativa.

10.10.2.3.7 Verificação tendo em conta as unidades funcionais individuais e os barramentos principais


e de distribuição separadamente bem como o CONJUNTO completo
Os CONJUNTOS devem ser verificados por uma verificação separada dos elementos normalizados a) a c)
selecionados em conformidade com as secções 10.10.2.2.2 e 10.10.2.2.3, e uma verificação de um
CONJUNTO completo d) nas condições mais desfavoráveis como detalhado abaixo:
a) Os barramentos principais devem ser ensaiados separadamente. Eles devem ser montados num invólucro
do CONJUNTO como em uso normal com todos os painéis e todas as divisórias que separam os
barramentos principais dos outros compartimentos, no lugar. Se o barramento principal tem junções, elas
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devem ser incluídas no ensaio. O ensaio deve ser efetuado à corrente estipulada. A corrente de ensaio
deve passar em todo o comprimento do barramento. Quando a conceção do CONJUNTO o permite, e
para reduzir as influências dos condutores externos sobre o aquecimento, o comprimento do barramento
principal no interior do invólucro para o ensaio deve ser no mínimo de 2 m incluindo pelo menos uma
junção quando os barramentos são extensíveis.
b) Os barramentos de distribuição devem ser submetidos aos ensaios separadamente das unidades de saída.
Eles devem ser montados no invólucro como em uso normal com todos os painéis e todas as divisórias
que separam o barramento dos outros compartimentos, no lugar. Os barramentos de distribuição devem
ser conectados ao barramento principal. Nenhum outro condutor, por exemplo conexões das unidades
funcionais, devem ser conectados ao barramento de distribuição. Para ter em conta a situação mais
desfavorável, o ensaio deve ser efetuado com a corrente estipulada e a corrente de ensaio deve passar em
todo o comprimento do barramento de distribuição. Se o barramento principal é declarado para uma
corrente mais elevada, ele deve ser alimentado por uma corrente adicional de forma a transportar a sua
corrente estipulada à sua junção com o barramento de distribuição.
c) As unidades funcionais devem ser submetidas aos ensaios individualmente. A unidade funcional deve ser
montada no invólucro como em uso normal com todos os painéis e todas as divisórias interiores no lugar.
Se ela pode ser montada em diferentes locais, deve ser utilizado o mais desfavorável. Ela deve ser
conectada ao barramento principal ou ao barramento de distribuição como em uso normal. Se o
barramento principal e/ou o barramento de distribuição (se existir) são declarados para uma corrente mais
elevada, eles devem ser alimentados por uma corrente adicional de forma a transportarem as suas
correntes estipuladas individuais aos pontos de junção respetivos. Este ensaio deve ser efetuado à corrente
estipulada da unidade funcional.
d) O CONJUNTO completo deve ser verificado efetuando o ensaio de aquecimento da ou das disposições
mais desfavoráveis possíveis em serviço e como definido pelo fabricante de origem. Para esse ensaio, o
circuito de entrada é carregado à sua corrente estipulada e cada unidade funcional de saída à sua corrente
estipulada multiplicada pelo fator de simultaneidade estipulado. Se a corrente estipulada do circuito de
entrada ou do sistema de barramentos de distribuição é inferior à soma das correntes estipuladas das
correntes de ensaio dos circuitos de saída (isto é, as correntes estipuladas pelo fator de simultaneidade),
então os circuitos de saída devem ser divididos em grupos correspondendo à corrente estipulada do
circuito de entrada ou do sistema de barramento de distribuição. Os grupos devem ser formados de forma
a atingir o aquecimento mais elevado possível. Devem ser formados grupos suficientes e os ensaios
devem ser pensados de forma a incluir todas as variantes de unidades funcionais em pelo menos um
grupo.

10.10.2.3.8 Resultados a obter


No fim do ensaio, o aquecimento não deve exceder os valores indicados no Quadro 6. Os aparelhos e
utensílios devem funcionar de maneira satisfatória nos seus limites de tensão especificados à temperatura
existente no interior do CONJUNTO.

10.10.3 Dedução das características para as variantes análogas

10.10.3.1 Generalidades
As secções seguintes definem como as correntes estipuladas das variantes podem ser verificadas por dedução
a partir de montagens análogas verificadas por ensaio.
Os ensaios de aquecimentos no ou nos circuitos, efetuados a 50 Hz são aplicáveis a 60 Hz para correntes
estipuladas inferiores ou iguais a 800 A. Na ausência de ensaios a 60 Hz para correntes acima de 800 A, a
corrente estipulada a 60 Hz deve ser reduzida a 95 % daquele a 50 Hz. Em alternativa, quando o
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aquecimento máximo a 50 Hz não excede 90 % do valor admissível, então a redução para 60 Hz não é
requerida. Os ensaios realizados a uma frequência particular são aplicáveis à mesma corrente estipulada às
frequências inferiores, incluindo em corrente contínua.

10.10.3.2 CONJUNTOS
Os CONJUNTOS verificados por dedução a partir de configurações análogas ensaiadas devem estar de
acordo com o seguinte:
a) as unidades funcionais devem pertencer ao mesmo grupo que a unidade funcional escolhida para o ensaio
(ver secção 10.10.2.2.3);
b) o mesmo tipo de construção que o utilizado para o ensaio;
c) as mesmas dimensões globais ou dimensões superiores às do ensaio;
d) as mesmas condições de arrefecimento ou condições superiores que as do ensaio (convecção forçada ou
natural, aberturas de ventilação idênticas ou maiores);
e) a mesma separação interna que para o ensaio ou uma separação reduzida (se existir);
f) a mesma potência dissipada que para o ensaio ou um valor menor na mesma secção;
O CONJUNTO que é verificado poderá compreender todos os circuitos elétricos do CONJUNTO verificados
anteriormente ou apenas uma parte deles. Montagem alternativa de unidades funcionais no interior do
CONJUNTO ou na secção comparável à variante submetida aos ensaios é autorizada desde que as
influências térmicas das unidades adjacentes não sejam mais severas.
Os ensaios térmicos efetuados nos CONJUNTOS trifásicos a 3 fios são considerados como representando os
CONJUNTOS trifásicos, 4 fios e monofásicos, 2 fios ou 3 fios desde que o condutor de neutro seja de uma
dimensão superior ou igual aos condutores de fase dispostos da mesma maneira.

10.10.3.3 Barramentos
As características estipuladas estabelecidas para os barramentos de alumínio são válidas para os barramentos
de cobre com as mesmas dimensões de secção e a mesma configuração. Contudo, as características
estipuladas estabelecidas para os barramentos de cobre não devem ser utilizadas para estabelecer as
características estipuladas dos barramentos de alumínio.
As características estipuladas das variantes que não são escolhidas para os ensaios de acordo com a secção
10.10.2.2.2 devem ser determinadas multiplicando a sua secção eficaz pela densidade de corrente de um
barramento de secção eficaz maior com a mesma conceção que tenha sido verificado pelo ensaio.

10.10.3.4 Unidades funcionais


Após ter submetido as variantes críticas de um grupo de unidades funcionais comparáveis (ver secção
10.10.2.2.3 a)) ao ensaio de verificação dos limites de aquecimento, as correntes estipuladas reais de todas as
outras unidades funcionais do grupo devem ser calculadas utilizando os resultados desses ensaios.
Para cada unidade funcional submetida ao ensaio, um fator de redução (corrente estipulada resultante do
ensaio dividida pela corrente máxima possível da unidade funcional, ver secção 10.10.2.2.3 b)) deve ser
calculado.
A corrente estipulada de todas as outras unidades funcionais não ensaiadas na gama deve ser a corrente
máxima possível da unidade funcional multiplicada pelo fator de redução mais baixo estabelecido para as
variantes submetidas ao ensaio na gama.
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10.10.3.5 Unidades funcionais – substituição de um dispositivo


Um dispositivo poderá ser substituído por outro dispositivo análogo de uma outra série diferente da utilizada
na verificação de origem, desde que a potência dissipada e o aquecimento final do dispositivo, quando é
ensaiado em conformidade com a norma de produto, seja idêntico ou mais baixo. Em complemento, a
configuração física no interior da unidade funcional e a característica da unidade funcional devem ser
mantidas.
NOTA: Em aditamento aos aquecimentos, outros requisitos são considerados, incluindo os requisitos de resistência aos curto-
circuitos, ver Quadro 13.

10.10.4 Verificação por cálculo


10.10.4.1 Generalidades
São fornecidos dois métodos de cálculo. Ambos determinam o aquecimento aproximado do ar no interior do
invólucro, que é originado pelas potências dissipadas de todos os circuitos, e comparam essa temperatura
com os limites para o equipamento instalado. Esses métodos diferem apenas na forma como a relação entre a
potência dissipada libertada e o aquecimento do ar no interior do conjunto é determinada.
Como as temperaturas locais reais das partes transportadoras de corrente não podem ser calculadas por esses
métodos, certos limites e margens de segurança são necessários e são incluídos.

10.10.4.2 CONJUNTO de um só compartimento com corrente estipulada inferior a 630 A


10.10.4.2.1 Método de verificação
A verificação do aquecimento de um CONJUNTO de um só compartimento com uma corrente total de
alimentação não excedendo 630 A e para frequências estipuladas até 60 Hz poderá ser efetuada por cálculo
se todas as condições seguintes são satisfeitas:
a) os dados da potência dissipada para todos os componentes incorporados estão disponíveis a partir do
fabricante desses componentes;
b) existe uma distribuição aproximadamente uniforme das potências dissipadas no interior do invólucro;
c) a corrente estipulada dos circuitos do CONJUNTO a verificar (ver secção 10.10.1) não deve exceder
80 % da corrente térmica convencional estipulada ao ar livre (Ith), se existir, ou da corrente estipulada (In)
dos dispositivos de conexão e dos componentes elétricos incluídos no circuito. Os dispositivos de
proteção dos circuitos devem ser escolhidos para assegurar uma proteção adequada dos circuitos de saída,
p. ex. os dispositivos de proteção térmica dos motores à temperatura calculada no CONJUNTO;
NOTA 1: Não existe nenhuma característica comum aplicável aos dispositivos de comutação e componentes elétricos que
represente o valor da corrente a ser utilizada aqui. Para verificar os limites de aquecimento, é utilizado o valor de corrente que
represente a corrente de funcionamento contínuo máxima que pode ser transportada sem sobreaquecimento. Esta corrente é, por
exemplo, a corrente de funcionamento estipulada Ie AC1 no caso dos contactores e a corrente estipulada In no caso dos disjuntores.

d) as partes mecânicas e o equipamento instalado são dispostos de tal forma que a circulação de ar não seja
impedida de forma significativa;
e) os condutores transportadores de correntes superiores a 200 A e os elementos de construção adjacentes
estão dispostos de tal maneira que as perdas de corrente de Foucault e de histerese sejam minimizadas;
f) a secção eficaz mínima de todos os condutores deve ter baseada em 125 % da corrente estipulada do
circuito associado. A seleção dos cabos deve ser em conformidade com a IEC 60634-5-52. Exemplos
sobre a forma de adaptar esta Norma para as condições no interior de um CONJUNTO são dados nos
quadros do Anexo H. A secção eficaz das barras deve ser conforme o ensaio ou como indicado no Anexo
N. Quando o fabricante dos dispositivos especifica um condutor com maior secção eficaz é esse que deve
ser utilizado;
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g) a variação do aquecimento em função da potência dissipada instalada no invólucro para os diferentes


métodos de instalação autorizados (p. ex. montagem encastrada, montagem à superfície), é:
 disponível através do fabricante do invólucro;
 determinada em conformidade com a secção 10.10.4.2.2; ou
 em conformidade com os critérios de desempenho e da instalação do fabricante dos equipamentos de
refrigeração no caso da integração de um arrefecimento ativo (p. ex. arrefecimento forçado,
climatização interna, permutador de calor, etc.).
As potências dissipadas efetivas de todos os circuitos incluindo os condutores de interconexão devem ser
calculadas com base nas correntes estipuladas dos circuitos. A potência dissipada total do CONJUNTO é
calculada adicionando as potências dissipadas dos circuitos tendo adicionalmente em conta o facto de que a
corrente de carga total é limitada à corrente estipulada do CONJUNTO. As potências dissipadas dos
condutores são determinadas por cálculo (ver o Anexo H).
NOTA 2: Existem dispositivos para os quais a potência dissipada é substancialmente proporcional a I2 e outros cujas potências
dissipadas são substancialmente constantes.
NOTA 3: Exemplo: Um CONJUNTO de um só compartimento com uma corrente estipulada de 100 A (limitada pelo barramento
de distribuição) é equipado com 20 circuitos de saída. A corrente de carga estipulada para cada circuito é de 8 A. A potência
dissipada eficaz total deverá ser calculada para 12 circuitos de saída carregados com 8 A cada um.

O aquecimento de um CONJUNTO é de seguida determinado a partir da potência dissipada total utilizando


os dados mencionados em g).

10.10.4.2.2 Determinação da capacidade da potência dissipada de um invólucro para ensaio


A potência dissipada deve ser simulada por meio de resistências aquecedoras que produzam um calor
equivalente à capacidade da potência dissipada prevista do invólucro. As resistências aquecedoras devem ser
distribuídas uniformemente por toda a altura do invólucro e instaladas em locais adequados no interior desse
invólucro.
A secção eficaz dos condutores conectados a essas resistências deve ser tal que uma quantidade apreciável de
calor não se escape do invólucro.
O ensaio deve ser efetuado em conformidade com a secção 10.10.2.3.1 à secção 10.10.2.3.4 e o aquecimento
do ar deve ser medido no topo do invólucro. As temperaturas do invólucro não devem exceder os valores
indicados no Quadro 6.

10.10.4.2.3 Resultados a obter


O CONJUNTO é verificado se a temperatura do ar determinada a partir do cálculo da potência dissipada não
exceder a temperatura do ar de funcionamento admissível declarada pelo fabricante dos dispositivos. Isso
significa para os dispositivos de comutação ou os componentes elétricos dos circuitos principais que a carga
contínua não excedeu a carga admissível à temperatura do ar calculada e não mais de 80 % da sua corrente
estipulada (ver secção 10.10.4.2.1 c)).

10.10.4.3 CONJUNTO de compartimentos múltiplos com corrente estipulada não excedendo 1600 A

10.10.4.3.1 Método de verificação


A verificação do aquecimento de um CONJUNTO de compartimentos múltiplos com uma corrente total de
alimentação não excedendo 1600 A e para frequências estipuladas até 60 Hz inclusive poderá ser efetuada
por cálculo em conformidade com a IEC 60890 se todas as condições seguintes são satisfeitas:
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a) os dados da potência dissipada para todos os componentes incorporados estão disponíveis a partir do
fabricante desses componentes;
b) existe uma distribuição aproximadamente regular das potências dissipadas no interior do invólucro;
c) a corrente estipulada dos circuitos do CONJUNTO a verificar (ver secção 10.10.1) não deve exceder
80 % da corrente térmica convencional estipulada ao ar livre (Ith), se existente, ou da corrente estipulada
(In) dos dispositivos de comutação e dos componentes elétricos incluídos no circuito. Os dispositivos de
proteção dos circuitos devem ser escolhidos para assegurar uma proteção adequada dos circuitos de saída,
p.ex., os dispositivos de proteção térmica dos motores à temperatura calculada no CONJUNTO;
NOTA 1: Não existe nenhuma característica comum aplicável aos dispositivos de comutação e componentes elétricos que
represente o valor da corrente a ser utilizada aqui. Para verificar os limites de aquecimento, é utilizado o valor de corrente que
represente a corrente de funcionamento contínuo máxima que pode ser transportada sem sobreaquecimento. Esta corrente é, por
exemplo, a corrente de funcionamento estipulada Ie AC1 no caso dos contactores e a corrente estipulada In no caso dos
disjuntores.

d) as partes mecânicas e o equipamento instalado são dispostos de tal forma que a circulação de ar não seja
impedida de forma significativa;
e) os condutores transportadores de correntes superiores a 200 A e os elementos de construção adjacentes
estão dispostos de tal maneira que as perdas de corrente de Foucault e de histerese sejam minimizadas;
f) todos os condutores devem ter uma secção eficaz mínima baseada na característica da corrente da unidade
funcional de acordo com a IEC 60634-5-52. Exemplos sobre a forma de adaptar esta Norma para as
condições no interior de um CONJUNTO são dados nos quadros do Anexo H. A secção eficaz das barras
deve ser conforme o ensaio ou como indicado no Anexo N. Quando o fabricante dos dispositivos
especifica um condutor com maior secção eficaz é esse que deve ser utilizado;
g) para os invólucros com uma ventilação natural, a secção eficaz das aberturas de saída de ar é pelo menos
1,1 vezes a secção das aberturas de entrada de ar;
h) não existem mais de três divisórias horizontais no CONJUNTO ou numa secção de um CONJUNTO;
i) para os invólucros com compartimentos com uma ventilação natural, a secção eficaz das aberturas de
ventilação em cada divisória horizontal é pelo menos 50 % da secção horizontal do compartimento.
As potências dissipadas eficazes de todos os circuitos incluindo os condutores de interconexão devem ser
calculadas com base nas correntes de carga máximas dos circuitos. A potência dissipada total do
CONJUNTO é calculada adicionando as potências dissipadas dos circuitos tendo adicionalmente em conta o
facto de que a corrente de carga total é limitada à corrente estipulada do CONJUNTO. As potências
dissipadas dos condutores são determinadas por cálculo (ver o Anexo H).
NOTA 1: Existem dispositivos para os quais a potência dissipada é substancialmente proporcional a I2 e outros cujas potências
dissipadas são substancialmente constantes.
NOTA 2: Exemplo: Um CONJUNTO de um só compartimento com uma corrente estipulada de 100 A (limitada pelo barramento
de distribuição) é equipado com 20 circuitos de saída. A corrente de carga estipulada para cada circuito é de 8 A. A potência
dissipada eficaz total deverá ser calculada para 12 circuitos de saída carregados com 8 A cada um.

O aquecimento de um CONJUNTO é de seguida determinado a partir da potência dissipada total utilizando o


método da IEC 60890.

10.10.4.3.2 Resultados a obter


O CONJUNTO é verificado se a temperatura do ar determinada na altura da montagem de cada dispositivo
não exceder a temperatura do ar ambiente admissível declarada pelo fabricante dos dispositivos.
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Isso significa para os dispositivos de comutação ou os componentes elétricos dos circuitos principais que a
carga em regime permanente não excedeu a carga admissível à temperatura do ar calculada e não mais de
80 % da sua corrente estipulada (ver secção 10.10.4.3.1 c)).

10.11 Resistência suportável aos curto-circuitos

10.11.1 Generalidades
A resistência estipulada aos curto-circuitos declarada deve ser verificada, exceto onde isenta, ver secção
10.11.2. A verificação poderá ser efetuada pela comparação através de uma conceção de referência (ver
secção 10.11.3 e 10.11.4) ou por ensaio (ver secção 10.11.5). Para a verificação o seguinte é aplicável:
a) Se o sistema de CONJUNTOS a verificar compreende uma série de variantes, a ou as disposições mais
desfavoráveis do CONJUNTO devem ser selecionadas, tendo em consideração as regras da secção
10.11.3.
b) As variantes do CONJUNTO selecionadas para o ensaio devem ser verificadas de acordo com a secção
10.11.5.
c) Quando os CONJUNTOS submetidos a ensaio constituem as variantes mais desfavoráveis de uma gama
mais alargada de produtos de um sistema de CONJUNTOS, então os resultados do ensaio podem ser
utilizados para estabelecer as características estipuladas dessas variantes sem ensaios adicionais. As
regras respeitantes a essas variações são dadas nas secções 10.11.3 e 10.11.4.

10.11.2 Circuitos de CONJUNTOS que são exceção à verificação da resistência suportável aos
curto-circuitos
A verificação da resistência suportável aos curto-circuitos não é requerida nos seguintes casos:
a) Para CONJUNTOS cuja corrente estipulada de curta duração admissível (ver secção 5.3.4) ou a corrente
estipulada de curto-circuito condicional (ver secção 5.3.5) não excedendo os 10 kA de valor eficaz.
b) Para CONJUNTOS ou circuitos de CONJUNTOS protegidos por dispositivos limitadores de corrente
com uma corrente de corte limitada não excedendo os 17 kA à corrente de curto-circuito presumida
máxima admissível aos terminais do circuito de entrada do CONJUNTO.
c) Para circuitos auxiliares dos CONJUNTOS destinados a serem conectados a transformadores cuja
potência estipulada não excede 10 kVA para uma tensão secundária estipulada que não é inferior a 110 V
ou 1,6 kVA para uma tensão secundária estipulada inferior a 110 V e cuja impedância de curto-circuito
não é inferior a 4 %.
Todos os outros circuitos devem ser verificados.

10.11.3 Verificação por comparação com uma conceção de referência – Utilização de uma lista de
verificação
A verificação pela aplicação das regras de conceção é efetuada por uma comparação do CONJUNTO a
verificar com uma conceção já submetida aos ensaios e utilizando a lista de verificações dada no Quadro 13.
Se um elemento identificado na lista de verificação não cumprir com os requisitos da lista de verificação e
seja marcado “NÃO”, um dos meios de verificação seguinte deve ser utilizado. (ver secções 10.11.4 e
10.11.5).

10.11.4 Verificação por comparação com uma conceção de referência – Utilização de cálculos
A avaliação da corrente estipulada de curta duração admissível de um CONJUNTO e dos seus circuitos por
cálculo e pela aplicação das regras de conceção deve ser entendida como uma comparação de um
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CONJUNTO a avaliar com um CONJUNTO ou um módulo de um CONJUNTO já verificado por ensaio. A


avaliação deve estar em conformidade com o Anexo P. Em adição, cada um dos circuitos do CONJUNTO a
avaliar deve satisfazer aos requisitos dos pontos 6, 8, 9 e 10 do Quadro 13.
Os dados utilizados, os cálculos efetuados e as comparações efetuadas devem ser registados.
Se pelo menos um dos requisitos indicados no Anexo P não é satisfeita então o CONJUNTO e os seus
circuitos devem ser verificados por um ensaio em conformidade com a secção 10.11.5.

10.11.5 Verificação por ensaio

10.11.5.1 Montagens de ensaio


O CONJUNTO ou as suas partes segundo o necessário para efetuar o ensaio, devem ser montados como em
uso normal. É suficiente submeter ao ensaio uma só unidade funcional se as outras unidades funcionais são
construídas da mesma forma. Similarmente, é suficiente submeter aos ensaios uma só configuração de
barramentos se as outras configurações de barramentos são construídas da mesma forma. O Quadro 13
assegura a clarificação no que respeita aos elementos que não necessitam de ensaios adicionais.

10.11.5.2 Execução do ensaio – Generalidades


Se o circuito de ensaio comporta corta-circuitos fusíveis, devem utilizar-se elementos de substituição com a
corrente máxima que os atravessa e, se requerido, do tipo indicado pelo fabricante de origem como sendo
aceitáveis.
Os condutores de alimentação e as conexões de curto-circuito requeridas para ensaiar o CONJUNTO devem
ter uma robustez suficiente para suportar os curto-circuitos e serem dispostas de forma a não introduzirem
esforços adicionais sobre o CONJUNTO.
Salvo acordo em contrário, o circuito de ensaio deve ser conectado aos terminais de entrada do CONJUNTO.
Os CONJUNTOS trifásicos devem ser conectados em trifásico.
Todas as partes do equipamento destinadas a serem conectadas ao condutor de proteção em serviço,
incluindo o seu invólucro, devem ser conectadas como se segue:
a) para CONJUNTOS adequados a serem utilizados em sistemas trifásicos a quatro fios (ver também a IEC
60038) com neutro à terra em estrela e marcados em conformidade, ao ponto neutro da alimentação ou a
um neutro artificial essencialmente indutivo permitindo uma corrente de defeito presumível de pelo
menos 1500 A;
b) para os CONJUNTOS também adequados a serem utilizados em sistemas trifásicos de três fios bem
como em sistemas trifásicos a quatro fios e marcados em conformidade, ao condutor de fase menos
provável de estabelecer arco com a terra.
Com exceção dos CONJUNTOS de acordo com a secção 8.4.4, a conexão mencionada em a) e em b) deve
compreender um elemento fusível constituído por um fio de cobre de 0,8 mm de diâmetro e de pelo menos
de 50 mm de comprimento, ou um elemento fusível equivalente para a deteção da corrente de defeito. A
corrente de defeito presumível no circuito do elemento fusível deve ser de 1500 A ± 10 %, com exceção do
que é indicado nas Notas 2 e 3. Se necessário, deve ser utilizada uma resistência que limite a corrente a esse
valor.
NOTA 1: Um fio de cobre de 0,8 mm de diâmetro funde a 1500 A, em aproximadamente metade do ciclo, a uma frequência
compreendida entre 45 Hz e 67 Hz (ou 0,01 s em corrente contínua).
NOTA 2: A corrente de defeito presumível poderá ser inferior a 1500 A no caso de pequenos equipamentos, de acordo com os
requisitos da norma de produto relevante, com um fio de cobre com um diâmetro mais pequeno (ver Nota 4) correspondendo ao
mesmo tempo de fusão como na Nota 1.
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NOTA 3: No caso de uma alimentação com neutro artificial, poderá ser aceitável uma corrente de defeito presumível menor,
sujeita a acordo do fabricante do CONJUNTO, com um fio de cobre de diâmetro mais pequeno (ver Nota 4) correspondendo ao
mesmo tempo de fusão como na Nota 1.
NOTA 4: A relação entre a corrente de defeito presumível no circuito do elemento fusível e o diâmetro do fio de cobre é indicada
no Quadro 14.

10.11.5.3 Ensaio dos circuitos principais

10.11.5.3.1 Generalidades
Os circuitos devem ser submetidos aos ensaios com as solicitações térmicas e dinâmicas mais severas que
poderão resultar das correntes de curto-circuito até aos valores estipulados para uma ou várias das condições
seguintes de acordo com as indicações do fabricante de origem.
a) Um CONJUNTO independente de um dispositivo de proteção contra os curto-circuitos. O CONJUNTO
deve ser submetido aos ensaios com a corrente estipulada de pico admissível e a corrente estipulada de
curta duração admissível para a duração especificada (ver secções 5.3 e 9.3.2 a)).
b) Um CONJUNTO incorporando um dispositivo de proteção contra os curto-circuitos no circuito de
entrada deve ser submetido à corrente de curto-circuito presumível de entrada durante um período de
tempo limitado pelo dispositivo de proteção contra os curto-circuitos de entrada.
c) Um CONJUNTO dependente de um dispositivo de proteção contra os curto-circuitos a montante deve
ser submetido a uma corrente de corte limitada do dispositivo de proteção contra os curto-circuitos
especificado pelo fabricante de origem.
Quando um circuito de entrada ou um circuito de saída comportam um dispositivo de proteção contra os
curto-circuitos que reduz o pico e/ou a duração da corrente de defeito, o circuito deve então ser submetido
aos ensaios que permitem ao dispositivo de proteção contra os curto-circuitos funcionar e interromper a
corrente de defeito (ver secção 5.3.5 corrente estipulada de curto-circuito condicional Icc). Se o dispositivo de
proteção contra os curto-circuitos contém um disparador de curto-circuito regulável, ele deve ser regulado
para o seu valor máximo autorizado (ver secção 9.3.2, segundo parágrafo).
Um circuito de cada tipo deve ser submetido ao ensaio de curto-circuito tal como descrito nas secções
10.11.5.3.2 a 10.11.5.3.5.

10.11.5.3.2 Circuitos de saída


Os terminais de saída dos circuitos de saída devem ser providos com uma conexão de curto-circuito
aparafusada. Quando o dispositivo de proteção no circuito de saída é um disjuntor, o circuito de ensaio
poderá incluir uma resistência shunt em conformidade com a secção 8.3.4.1.2 b) da IEC 60947-1:2007 em
paralelo com a reactância utilizada para regular a corrente de curto-circuito.
Para os disjuntores com uma corrente estipulada inferior ou igual a 630 A, um cabo de 0,75 m de
comprimento com uma secção eficaz correspondente à corrente térmica estipulada (ver os Quadros 11 e 12)
deve ser incluído no circuito de ensaio. Uma conexão inferior a 0,75 m poderá ser utilizada por iniciativa do
fabricante de origem.
O dispositivo de comutação deve ser fechado e mantido fechado da maneira normalmente utilizada em
serviço. A tensão de ensaio deve então ser aplicada uma vez e,
a) durante um tempo suficientemente longo para permitir ao dispositivo de proteção contra os curto-circuitos
na unidade de saída funcionar para eliminar o defeito e, em todos os casos, durante um período de tempo
que não seja inferior a 10 ciclos (duração da tensão de ensaio), ou
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b) nos casos em que o circuito de saída não possui um dispositivo de proteção contra os curto-circuitos, com
uma amplitude e uma duração como especificado para os barramentos pelo fabricante. Os ensaios dos
circuitos de saída poderão igualmente dar origem ao funcionamento do dispositivo de proteção contra os
curto-circuitos do circuito de entrada.

10.11.5.3.3 Circuito de entrada e barramentos principais


Os CONJUNTOS possuindo barramentos principais devem ser submetidos ao ensaio para verificar a
resistência suportável aos curto-circuitos dos barramentos principais e do circuito de entrada incluindo pelo
menos uma junção quando os barramentos são destinados a serem extensíveis. O curto-circuito deve ser
colocado de forma que o comprimento da barra principal incluída no ensaio seja de (2 ± 0,4) m. Para a
verificação da corrente de curta duração admissível estipulada (ver secção 5.3.4) e da corrente admissível de
pico estipulada (ver secção 5.3.3), essa distância poderá ser aumentada e o ensaio efetuado a qualquer tensão
conveniente desde que a corrente de ensaio seja igual ao valor estipulado (ver secção 10.11.5.4 b)). Quando a
conceção do CONJUNTO é tal que o comprimento dos barramentos a ensaiar é inferior a 1,6 m e o
CONJUNTO não é destinado a receber uma extensão, então o comprimento total do barramento deve ser
ensaiado, o curto-circuito é estabelecido na extremidade do barramento. Se um conjunto de barramentos é
composto de diferentes secções (no que diz respeito às secções, à distância entre barramentos adjacentes, ao
tipo e ao número de suportes por metro), cada secção deve ser ensaiada separadamente ou em conjunto,
desde que as condições acima sejam cumpridas.

10.11.5.3.4 Conexões a montante das unidades de saída


Quando um CONJUNTO contém condutores, incluindo barramentos de distribuição, se existentes, entre um
barramento principal e o lado da alimentação de saída das unidades funcionais que não cumpram com os
requisitos da secção 8.6.4, um circuito de cada tipo deve ser submetido a um ensaio adicional.
Um curto-circuito é obtido por conexões aparafusadas nos condutores conectando os barramentos a uma só
unidade de saída, o mais perto possível dos terminais de saída da unidade de saída do lado do barramento. O
valor da corrente de curto-circuito deve ser o mesmo que para os barramentos principais.

10.11.5.3.5 Condutor neutro


Se existir um condutor de neutro num circuito, ele deve ser submetido a um só ensaio de verificação da sua
resistência suportável aos curto-circuitos em relação ao condutor de fase mais próximo do circuito de ensaio
incluindo as eventuais junções. Devem aplicar-se os requisitos da secção 10.11.5.3.3 para as conexões de
curto-circuito entre fase e neutro.
Salvo acordo em contrário entre o fabricante de origem e o utilizador, o valor da corrente de ensaio no neutro
deve ser pelo menos 60 % da corrente de fase durante o ensaio em trifásico.
Não é necessário efetuar o ensaio se este é previsto para ser efetuado com uma corrente de 60 % da corrente
de fase e se o condutor de neutro é:
 da mesma forma e da mesma secção eficaz que o condutor de fase;
 fixo da mesma forma que os condutores de fase e com os pontos de fixação ao longo do comprimento do
condutor não maiores que os das fases;
 se a distância em relação à fase mais próxima (ou fases mais próximas) não é inferior à existente entre as
fases;
 se a distância em relação às partes metálicas à terra não é inferior à dos condutores de fase.
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10.11.5.4 Valor e duração da corrente de curto-circuito


Para todas as características estipuladas de resistência suportável aos curto-circuitos, as solicitações
dinâmicas e térmicas devem ser verificadas, no lado da alimentação do dispositivo de proteção especificado,
se existir, com uma corrente presumível igual ao valor da corrente estipulada de curta duração, da corrente
estipulada de pico admissível, da corrente estipulada de curto-circuito condicional especificada pelo
fabricante de origem.
Para a verificação de todas as características estipuladas de resistência suportável aos curto-circuitos (ver as
secções 5.3.3 a 5.3.5 inclusive), a corrente de curto-circuito presumida com uma tensão de ensaio igual a
1,05 vezes a tensão estipulada de funcionamento deve ser determinada a partir de um oscilograma de
calibração estabelecido curto-circuitando os condutores de alimentação do CONJUNTO por uma conexão de
impedância negligenciável colocada tão perto quanto possível da alimentação de entrada do CONJUNTO. O
oscilograma deve mostrar que existe um fluxo constante de corrente tal que é medível no instante
correspondente ao do funcionamento do dispositivo de proteção incorporado no CONJUNTO ou para a
duração especificada (ver secção 9.3.2 a)).
O valor da corrente durante a calibração é a média dos valores eficazes da componente alternada em todas as
fases. Quando os ensaios são efetuados à tensão máxima de funcionamento, a corrente de calibração em cada
5
0
fase deve ser igual à corrente estipulada de curto-circuito com uma tolerância de % e o fator de potência
0 , 00
 0 , 05
deve ter uma tolerância de .
Todos os ensaios devem ser efetuados à frequência estipulada do CONJUNTO com uma tolerância de
± 25 %, e o fator de potência correspondente à corrente de curto-circuito em conformidade com o Quadro 7.
a) Para um ensaio à corrente estipulada de curto-circuito condicional Icc, quer os dispositivos de proteção se
encontrem no circuito de entrada do CONJUNTO ou em qualquer outra parte, a tensão de ensaio deve ser
aplicada durante um tempo suficientemente longo para permitir aos dispositivos de proteção contra os
curto-circuitos funcionarem para eliminar o defeito e, em qualquer caso, durante um período que não seja
inferior a 10 ciclos. O ensaio deve ser efetuado a 1,05 vezes a tensão estipulada de funcionamento com as
correntes de curto-circuito presumíveis, do lado da alimentação do dispositivo de proteção especificado,
com um valor igual ao da corrente estipulada de curto-circuito condicional. Os ensaios a tensões
inferiores não são autorizados.
NOTA: Na África do Sul (ZA) o Código Elétrico Nacional SANS 10142-1, Secção 6.8, requer que a tensão de alimentação seja
igual a 1,1 vezes a tensão nominal quando a tensão estipulada de funcionamento é inferior ou igual a 500 V.

b) Para um ensaio à corrente estipulada de curta duração admissível e à corrente estipulada de pico
admissível, as solicitações dinâmicas e térmicas devem ser verificadas com uma corrente presumida igual
ao valor da corrente estipulada de curta duração admissível e da corrente estipulada de pico admissível
declaradas. A corrente deve ser aplicada para o tempo especificado durante o qual o valor eficaz da sua
componente alternada deve permanecer constante.
No caso de dificuldade do laboratório de ensaios em efetuar os ensaios de resistência suportável à corrente de
curta duração ou à corrente de pico à tensão máxima de funcionamento, é admitido efetuar os ensaios de
acordo com as secções 10.11.5.3.3, 10.11.5.3.4 e 10.11.5.3.5 a qualquer tensão adequada, com o acordo do
fabricante de origem, sendo a corrente atual de ensaio, neste caso, igual à corrente estipulada de curta
duração ou a corrente estipulada de pico. Isso deve ser indicado no relatório de ensaio. Se contudo, durante o
ensaio, ocorrer uma separação momentânea dos contactos no dispositivo de proteção eventual, o ensaio deve
ser repetido à tensão máxima de funcionamento.
Se for necessário, em função dos limites dos meios de ensaio, é permitida uma duração de ensaio diferente;
em tal caso, a corrente de ensaio devem ser modificadas em conformidade com a fórmula I2t = constante,
desde que o valor de pico não exceda a corrente estipulada de pico admissível sem o consentimento do
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fabricante e que o valor eficaz da corrente de curta duração não seja inferior ao valor estipulado em pelo
menos uma fase durante um período de pelo menos 0,1 s após o início de corrente.
O ensaio de resistência suportável à corrente de pico e o ensaio de resistência suportável à corrente de curta
duração poderão ser separados. Nesse caso, o tempo durante o qual que a corrente de curto-circuito é
aplicada para o ensaio de resistência suportável à corrente de pico deve ser tal que o valor I2t não seja maior
que o valor equivalente para o ensaio de resistência suportável à corrente de curta duração, mas não deve ser
menor do que três ciclos.
Se a corrente de ensaio requerida em cada fase não puder ser obtida, a tolerância de ensaio positiva poderá
ser excedida com o acordo do fabricante.

10.11.5.5 Resultados a obter


Uma deformação dos barramentos e dos condutores é admitida após os ensaios desde que as distâncias de
isolamento no ar e as linhas de fuga especificadas na secção 8.3 sejam cumpridas. Em caso de dúvida, as
distâncias de isolamento no ar e as linhas de fuga devem ser medidas (ver secção 10.4).
As características da isolação devem permanecer de forma que as propriedades mecânicas e dielétricas do
equipamento satisfaçam aos requisitos da norma do CONJUNTO aplicável. Nenhum isolador ou suporte do
barramento ou travessia de cabo se deve ter separado em vários bocados. Também não devem existir fissuras
nos lados opostos de um suporte nem rachadelas, incluindo a superfície, em todo o seu comprimento ou
largura do suporte. Se existir uma dúvida sobre a continuidade das propriedades da isolação do CONJUNTO,
deve ser efetuado um ensaio adicional à frequência industrial a duas vezes Ue com um mínimo de 1000 V em
conformidade com a secção 10.9.2.
Não deve haver a perda de partes utilizadas para a conexão de condutores e os condutores não se devem
separar dos terminais de saída.
Uma deformação dos barramentos ou da estrutura do CONJUNTO que comprometa a sua utilização normal
deve ser considerada como um defeito.
Qualquer deformação dos barramentos ou da estrutura do CONJUNTO que comprometa a inserção ou a
remoção normal das partes amovíveis deve ser considerada como um defeito.
A deformação do invólucro ou das divisórias internas, das barreiras e dos obstáculos devido ao curto-circuito
é admissível desde que o grau de proteção não seja afetado e que as distâncias de isolamento no ar e as linhas
de fuga não sejam reduzidas a valores que sejam inferiores aos especificados na secção 8.3. Adicionalmente
após os ensaios da secção 10.11.5.3 incorporando os dispositivos de proteção contra os curto-circuitos, o
equipamento ensaiado deve ser capaz de suportar o ensaio dielétrico da secção 10.9.2 a um valor de tensão
para a condição após o ensaio prescrito na norma dos dispositivos de proteção contra os curto-circuitos
aplicável para o ensaio de curto-circuito adequado, como se segue:
a) entre todas as partes ativas e as partes condutoras acessíveis do CONJUNTO, e
b) entre cada pólo e todos os outros pólos conectados às partes condutoras acessíveis do CONJUNTO.
Se os ensaios a) e b) acima forem efetuados, eles devem ser realizados com qualquer fusível substituído e
com qualquer dispositivo de comutação fechado.
O elemento fusível (ver secção 10.11.5.2), se existir, não deve indicar uma corrente de defeito.
Em caso de dúvida, deve ser verificado que os aparelhos e utensílios incorporados no CONJUNTO estão em
condições como prescrito nas especificações relevantes.
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10.11.5.6 Ensaios do circuito de proteção

10.11.5.6.1 Generalidades
Este ensaio não se aplica aos circuitos de acordo com a secção 10.11.2.
Uma fonte de ensaio monofásica deve ser conectada ao terminal de entrada de uma fase e ao terminal de
entrada do condutor de proteção. Quando o CONJUNTO é fornecido com um condutor de proteção
separado, deve ser utilizado o condutor de fase mais próximo. Para cada unidade de saída representativa,
deve ser efetuado um ensaio separado e realizado, por uma conexão aparafusada, um curto-circuito entre o
terminal de fase de saída correspondente dessa unidade e o terminal do condutor de proteção de saída
correspondente a esse circuito.
Cada unidade de saída ensaiada deve ser munida com o dispositivo de proteção previsto. Quando
dispositivos de proteção alternativos podem ser incorporados na unidade de saída, aquele que deve ser
utilizado é o que deixa passar os valores máximos da corrente de pico e I2t.
Para este ensaio, a estrutura do CONJUNTO deve ser isolada da terra. A tensão de ensaio deve ser igual a
1,05 vezes o valor monofásico da tensão estipulada de funcionamento. Salvo acordo em contrário entre o
fabricante de origem e o utilizador, o valor da corrente de ensaio no condutor de proteção deve ser pelo
menos 60 % da corrente de fase quando do ensaio trifásico do CONJUNTO.
NOTA: Na África do Sul (ZA) o Código Elétrico Nacional SANS 10142-1, secção 6.8, requer que a tensão de alimentação seja
igual a 1,1 vezes a tensão nominal quando a tensão estipulada de funcionamento é inferior ou igual a 500 V.

Todas as outras condições do ensaio devem ser análogas às das secções 10.11.5.2 a 10.11.5.4 inclusive.

10.11.5.6.2 Resultados a obter


A continuidade e a resistência suportável aos curto-circuitos do circuito de proteção não devem ser
notavelmente afetadas, quer esse circuito seja um condutor distinto ou a estrutura. Além de uma inspeção
visual, o resultado poderá ser verificado por medições com uma corrente da ordem da corrente estipulada da
unidade de saída relevante. A deformação do invólucro ou das divisórias internas, das barreiras e dos
obstáculos devido ao curto-circuito é admissível desde que o grau de proteção não seja afetado e que as
distâncias de isolamento no ar e as linhas de fuga não sejam reduzidas a valores que sejam inferiores aos
especificados na secção 8.3.
NOTA 1: Quando a estrutura é utilizada como condutor de proteção, as faíscas e os aquecimentos localizados nas junções são
permitidos, desde que a continuidade elétrica não seja comprometida e que as partes inflamáveis adjacentes não sejam inflamadas.
NOTA 2: A comparação das resistências, medidas antes e após os ensaios, entre o terminal do condutor de proteção de entrada e
o terminal do condutor de proteção de saída correspondente dão uma indicação da conformidade dessa condição.

10.12 Compatibilidade eletromagnética (CEM)


Para os ensaios de CEM, ver a secção J.10.12.

10.13 Funcionamento mecânico


Este ensaio de verificação não deve ser efetuado nos dispositivos (p. ex. disjuntor extraível) de um
CONJUNTO que já foram previamente submetidos a ensaios de tipo de acordo com a norma de produto que
lhes é aplicável exceto se o seu funcionamento mecânico é afetado pela sua montagem.
Para partes que necessitam de uma verificação por ensaio (ver secção 8.1.5), deve ser verificado o
funcionamento mecânico satisfatório depois da instalação do CONJUNTO. O número de ciclos de
funcionamento deve ser de 200.
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Ao mesmo tempo, o funcionamento dos encravamentos mecânicos associados a esses movimentos deve ser
verificado. O ensaio é considerado satisfeito se as condições de funcionamento dos aparelhos e utensílios,
dos encravamentos, do grau de proteção especificado, etc., não forem afetados e se o esforço necessário ao
funcionamento é praticamente o mesmo do que antes do ensaio.

11 Verificação de rotina

11.1 Generalidades
A verificação de rotina é destinada a detetar os defeitos dos materiais e da fabricação para assegurar o
funcionamento correto do CONJUNTO fabricado. Ela é efetuada sobre cada CONJUNTO. O fabricante dos
CONJUNTOS deve determinar se a verificação individual de série é efetuada durante e/ou após a fabricação.
Quando apropriado, a verificação individual de série deve confirmar que a verificação de conceção está
disponível.
A verificação individual de série não é necessária nos dispositivos e nos componentes independentes
incorporados no CONJUNTO quando eles são escolhidos em conformidade com a secção 8.5.3 e instalados
em conformidade com as instruções do fabricante dos dispositivos.
A verificação deve incluir as seguintes categorias:
a) Construção (ver secções 11.2 a 11.8):
1) grau de proteção assegurado pelos invólucros;
2) distâncias de isolamento no ar e linhas de fuga;
3) proteção contra os choques elétricos e integridade dos circuitos de proteção;
4) integração de componentes incorporados;
5) circuitos elétricos internos e conexões;
6) terminais para condutores externos;
7) funcionamento mecânico
b) Desempenho (ver secções 11.9 a 11.10):
a) propriedades dielétricas;
b) cablagem, desempenho de funcionamento e função.

11.2 Grau de proteção assegurado pelos invólucros


Uma inspeção visual é necessária para assegurar que as medidas prescritas para atingir o grau de proteção
declarado são respeitadas.

11.3 Distâncias de isolamento no ar e linhas de fuga


Quando as distâncias de isolamento no ar:
 são inferiores às do Quadro 1, deve ser efetuado um ensaio de resistência suportável aos choques de
tensão em conformidade com a secção 10.9.3;
 não são evidentes, por inspeção visual, serem superiores aos valores indicados no Quadro 1 (ver secção
10.9.3.5), a verificação deve ser efetuada por uma medição física ou por um ensaio de resistência
suportável aos choques de tensão em conformidade com a secção 10.9.3;
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As medidas prescritas respeitantes às linhas de fuga (ver secção 8.3.3) devem ser sujeitas a uma inspeção
visual. Quando uma inspeção visual não é suficiente, a verificação deve ser efetuada por uma medição física.

11.4 Proteção contra os choques elétricos e integridade dos circuitos de proteção


As medidas de proteção prescritas respeitantes à proteção principal e à proteção em caso de defeito (ver
secções 8.4.2 e 8.4.3) devem ser sujeitas a uma inspeção visual.
Os circuitos de proteção devem ser verificados por inspeção visual para assegurar que as medidas prescritas
na secção 8.4.3 são verificadas.
Deve verificar-se, por sondagem, o aperto correto das conexões por parafuso e das conexões roscadas.

11.5 Integração de componentes incorporados


A instalação e a identificação dos componentes incorporados deve ser efetuada em conformidade com as
instruções do fabricante do CONJUNTO.

11.6 Circuitos elétricos internos e conexões


Deve verificar-se, por amostragem, o aperto correto das conexões em particular as de parafuso e roscadas.
Os condutores devem ser verificados em conformidade com as instruções do fabricante do CONJUNTO.

11.7 Terminais para condutores externos


O número, o tipo e a identificação dos terminais devem ser verificados em conformidade com as instruções
do fabricante do CONJUNTO.

11.8 Funcionamento mecânico


A eficácia dos elementos de comando mecânico, dos encravamentos e dos bloqueios, incluindo os associados
às partes amovíveis, deve ser verificada.

11.9 Propriedades dielétricas


O ensaio de resistência à frequência industrial deve ser efetuado sobre todos os circuitos em conformidade
com a secção 10.9.2 mas com uma duração de 1 s.
Este ensaio não necessita de ser efetuado nos circuitos auxiliares:
 que são protegidos por um dispositivo de proteção contra os curto-circuitos cujas características não
excedam 16 A;
 se um ensaio de funcionamento elétrico foi efetuado previamente à tensão estipulada de funcionamento
para a qual os circuitos auxiliares foram concebidos.
Como alternativa, para os CONJUNTOS com proteção de entrada com características estipuladas até 250 A,
a verificação da resistência de isolamento poderá fazer-se por medição utilizando um dispositivo de medição
do isolamento com uma tensão de pelo menos 500 V em corrente contínua.
Neste caso, o ensaio é satisfeito se a resistência de isolamento entre os circuitos e as partes condutoras
acessíveis é de pelo menos 1000 Ω/V por circuito referido à tensão de alimentação desses circuitos em
relação à terra.
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11.10 Cablagem, desempenho e funcionamento operacional


Deve verificar-se que as informações e as marcações especificadas na secção 6 estão completas.
Em função da complexidade do CONJUNTO, poderá ser necessário examinar a cablagem e efetuar um
ensaio de funcionamento elétrico. O procedimento de ensaio e o número de ensaios depende da presença ou
não no CONJUNTO, de encravamentos, de sequências complicadas, etc.
NOTA: Em certos casos, poderá ser necessário efetuar ou repetir este ensaio no local antes da colocação em funcionamento da
instalação.
Quadro 1 – Distâncias mínimas de isolamento no ar a) (8.3.2)
Tensão estipulada de resistência Distância mínima de isolamento
suportável ao choque
Uimp
kV mm
≤ 2,5 1,5
4,0 3,0
6,0 5,5
8,0 8,0
12,0 14,0
a)
Baseadas em condições de campo não homogéneo e do grau de poluição 3.
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Quadro 2 – Linhas de fuga mínimas (8.3.3)


Tensão Linhas de fuga mínimas
estipulada mm
de Grau de poluição
isolamento 1 2 3
Ui
Grupo Grupo de material c) Grupo de material c)
Vb) de
material
c

I I II IIIa e I II IIIa IIIb


IIIb
32 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5
40 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,6 1,8 1,8
50 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,7 1,9 1,9
63 1,5 1,5 1,5 1,5 1,6 1,8 2 2
80 1,5 1,5 1,5 1,5 1,7 1,9 2,1 2,1
100 1,5 1,5 1,5 1,5 1,8 2 2,2 2,2
125 1,5 1,5 1,5 1,5 1,9 2,1 2,4 2,4
160 1.5 1.5 1.5 1,6 2 2,2 2,5 2,5
200 1,5 1,5 1,5 2 2,5 2,8 3,2 3,2
250 1,5 1,5 1,8 2,5 3,2 3,6 4 4
320 1,5 1,6 2,2 3,2 4 4,5 5 5
400 1,5 2 2,8 4 5 5,6 6,3 6,3
500 1,5 2,5 3,6 5 6,3 7,1 8,0 8,0
630 1,8 3,2 4,5 6,3 8 9 10 10
800 2,4 4 5,6 8 10 11 12,5
a)
1000 3,2 5 7,1 10 12,5 14 16
1250 4,2 6,3 9 12,5 16 18 20
1600 5,6 8 11 16 20 22 25
NOTA 1: Os valores de IRR referem-se aos valores obtidos de acordo com o método A da IEC 60112:2003, para o
material isolante utilizado.
NOTA 2: Valores retirados da IEC 60664-1, mas assegurando um valor mínimo de 1,5 mm.
a)
Uma isolação do grupo de material IIIb não é recomendada para um grau de poluição 3 acima de 630 V.
b)
A título excecional, para as tensões estipuladas de isolamento de 127, 208, 415, 440, 660/690 e 830 V, as linhas de
fuga correspondendo aos valores inferiores de 125, 200, 400, 630 e 800 V poderão ser utilizadas.
c)
Os grupos de materiais são classificados como se segue, de acordo com a gama de valores do índice de resistência ao
rastejamento (IRR) (ver secção 3.6.17):
 Grupo de material I 600 ≤ IRR
 Grupo de material II 400 ≤ IRR <600
 Grupo de material IIIa 175 ≤ IRR <400
 Grupo de material IIIb 100 ≤ IRR <175
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Quadro 3 – Secção do condutor de proteção de cobre (8.4.3.2.2)


Corrente estipulada de funcionamento Secção eficaz mínima do condutor de
Ie proteção
A mm2
Ie  20 Sa)
20 < Ie  25 2,5
25 < Ie  32 4
32 < Ie  63 6
63 < Ie 10
a)
S é a secção do condutor de fase (mm2).

Quadro 4 – Seleção de condutores e requisitos de instalação (8.6.4)


Tipo de condutores Requisitos
Condutores nus ou cabos unipolares com isolação Contacto mútuo ou o contacto com partes condutoras
principal, por exemplo cabos de acordo com a deve ser evitado, por exemplo pela utilização de
IEC 60227-3 separadores
Condutores unifilares com isolação principal e uma O contacto mútuo ou contacto com partes condutoras
temperatura máxima autorizada para utilização do é permitido onde não é aplicada pressão externa. O
condutor igual a pelo menos 90 ºC, por exemplo contacto com esquinas afiadas tem que ser evitado.
cabos de acordo com a IEC 60245-3, ou cabos O contacto com arestas vivas deve ser evitado.
termoplásticos isolados a PVC, resistente ao calor de Esses condutores só poderão ser carregados de tal
acordo com a IEC 60227-3 forma que a temperatura de funcionamento não seja
superior a 80 % da temperatura máxima permitida
para a utilização do condutor
Condutores com isolação principal, por exemplo
cabos de acordo com a IEC 60227-3, com uma
isolação secundária suplementar, por exemplo cabos
recobertos individualmente com mangas retrácteis ou
cabos colocados individualmente em condutas de
material plástico
Condutores isolados com um material com uma
resistência mecânica muito alta, por exemplo Sem requisitos adicionais
isolação de etileno tetrafluoretileno (ETFE), ou
condutores de dupla isolação com uma bainha
externa reforçada para utilizações até 3 kV, por
exemplo cabos de acordo com a IEC 60502
Cabos unipolares ou multipolares com bainha, por
exemplo cabos de acordo com a IEC 60245-4 ou a
IEC 60227-4
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Quadro 5 – Capacidade mínima dos terminais dos condutores de proteção de cobre (PE, PEN) (8.8)
Secção eficaz mínima do condutor de
Secção eficaz dos condutores de fase S
proteção correspondentes (PE, PEN) Spa)
mm2
mm2
S  16 S
16 < S  35 16
35 < S  400 S/2
400 < S  800 200
800 < S S/4
a)
A corrente do condutor de neutro poderá ser influenciada quando existem harmónicas importantes na
carga. Ver a secção 8.4.3.2.3.

Quadro 6 – Limites do aquecimento (9.2)


Aquecimentos
Partes dos CONJUNTOS
K
Componentes incorporados a) Em conformidade com os requisitos
correspondentes para os constituintes em si mesmo
ou, por defeito, com as instruções do fabricante f),
tendo em consideração a temperatura no interior do
CONJUNTO.
Terminais para condutores externos isolados 70 b)
Barramentos e condutores Limitados por f):
 a resistência mecânica do material condutor g);
 a influência eventual do material vizinho;
 o limite da temperatura admissível dos materiais
isolantes em contacto com o condutor;
 a influência da temperatura do condutor sobre os
aparelhos e utensílios que lhe são conectados;
 os contactos de ficha, natureza e tratamento da
superfície do material de contacto.
Órgãos manuais de comando:
 de metal 15 c)
 de material isolante 25 c)
Invólucros e painéis externos acessíveis:
 superfícies metálicas 30 d)
 superfícies isolantes 40 d)
Disposições particulares de conexão do tipo de Determinado pelo limite de temperatura dos
ficha e tomada componentes do equipamento relacionado do qual
faz parte e)
(continua)
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Quadro 6 – Limites do aquecimento (9.2) (conclusão)


Aquecimentos
Partes dos CONJUNTOS
K
NOTA 1: O aquecimento de 105 K está relacionado com a temperatura acima, na qual um recozimento do cobre é
suscetível de ocorrer. Outros materiais poderão apresentar um aquecimento máximo diferente.
NOTA 2: Os limites de aquecimento dados neste quadro aplicam-se a uma temperatura média do ar ambiente até 35 ºC
nas condições de utilização (ver secção 7.1). Durante a verificação, uma temperatura do ar ambiente diferente é admissível
(ver secção 10.10.2.3.4)
a)
O termo “componentes incorporados” significa:
 aparelhagem convencional;
 subconjuntos eletrónicos (isto é, pontes retificadoras, circuitos impressos);
 partes de equipamentos (isto é, reguladores, unidades estabilizadoras de alimentação, amplificadores
operacionais).
b)
O limite de aquecimento de 70 K é um valor baseado no ensaio convencional da secção 10.10. Um CONJUNTO
utilizado ou ensaiado nas condições de instalação poderá ter conexões cujo tipo, natureza e disposição não serão os
mesmos que os adotados para o ensaio, e um aquecimento diferente dos terminais poderá resultar e poderá ser
requerido ou aceite. Quando os terminais dos componentes incorporados são também os terminais dos condutores
isolados externos, o mais baixo dos limites de aquecimento correspondente deve ser aplicado. O limite de
aquecimento é o valor mais baixo do aquecimento máximo especificado pelo fabricante dos componentes e 70 K. Na
ausência de instruções do fabricante é o limite especificado pela Norma relativa ao componente incorporado, mas
não excedendo 70 K.
c)
Para os órgãos manuais de comando no interior do CONJUNTO que só são acessíveis depois da abertura do
CONJUNTO, por exemplo alavancas removíveis que não são utilizadas frequentemente, é permitido que os limites
de aquecimento sejam aumentados de 25 K.
d)
Salvo especificação em contrário, no caso de tampas e invólucros que são acessíveis mas que não necessitam de ser
tocadas em serviço normal, é permitido que os limites de aquecimento sejam aumentados de 10 K. As superfícies
externas e as partes situadas a mais de 2 m da base do CONJUNTO são consideradas como inacessíveis.
e)
É permitido um certo grau de flexibilidade no que diz respeito ao equipamento (por exemplo dispositivos
eletrónicos) com limites de aquecimento diferentes dos que são normalmente atribuídos à aparelhagem.
f)
Para ensaios de aquecimento de acordo com a secção 10.10, os limites de aquecimento devem ser especificados pelo
fabricante do CONJUNTO tendo em conta qualquer ponto de medição adicional e os limites impostos pelo
fabricante do componente.
g)
Assumindo que todos os outros critérios listados são satisfeitos, o aquecimento máximo para os barramentos e
condutores de cobre nu não deve exceder os 105 K.

Quadro 7 – Valores normalizados para o fator n a) (9.3.3)


Valor eficaz da corrente de curto-circuito
cos φ n
kA
I5 0,7 1,5
5 < I  10 0,5 1,7
10 < I  20 0,3 2
20 < I  50 0,25 2,1
50 < I 0,2 2,2
a)
Os valores deste Quadro representam a maioria das aplicações. Em locais especiais, por exemplo na vizinhança de
transformadores ou geradores, o fator de potência poderá atingir valores mais baixos, a corrente de pico de
corrente máximo presumível poderá tomar o valor limite em vez do valor eficaz da corrente de curto-circuito.
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Quadro 8 – Tensão de resistência suportável à frequência industrial para os circuitos principais (10.9.2)
Tensão estipulada de isolamento Ui Tensão de ensaio dielétrico Tensão de ensaio dielétrico b)
(entre fases c.a. ou c.c.) c.a. c.c.
V valor eficaz V
V
Ui ≤ 60 1000 1415
60 < Ui ≤ 300 1500 2120
300 < Ui ≤ 690 1890 2670
690 < Ui ≤ 800 2000 2830
800 < Ui ≤ 1000 2200 3110
a
1000 < Ui ≤ 1500 - 3820
a)
Apenas para corrente contínua.
b)
Tensões de ensaio baseadas na secção 6.1.3.4.1, terceira alínea, da IEC 60664-1.

Quadro 9 – Tensão de resistência suportável à frequência industrial para os circuitos


auxiliares e de comando (10.9.2)
Tensão estipulada de isolamento Ui Tensão de ensaio dielétrico
(entre fases c.a. ou c.c.)
c.a.valor eficaz
V
V
Ui ≤ 12 250
12 <Ui ≤ 60 500
60 <Ui Ver Quadro 8
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Quadro 10 – Tensões de ensaio de resistência suportável aos choques (10.9.3)


Tensão estipulada Tensões de ensaio e altitudes correspondentes durante o ensaio
de resistência
U1,2/50’ corrente alternada, valor de pico e corrente alternada eficaz
suportável aos
choques corrente contínua
Uimp kV kV
kV Nível Nível
1000 2000 1000 2000
do 200 m 500 m do 200 m 500 m
m m m m
mar mar
2,5 2,95 2,8 2,8 2,7 2,5 2,1 2,0 2,0 1,9 1,8
4,0 4,8 4,8 4,7 4,4 4,0 3,4 3,4 3,3 3,1 2,8
6,0 7,3 7,2 7,0 6,7 6,0 5,1 5,1 5,0 4,7 4,2
8,0 9,8 9,6 9,3 9,0 8,0 6,9 6,8 6,6 6,4 5,7
12,0 14,8 14,5 14,0 13,3 12,0 10,5 10,3 9,9 9,4 8,5

Quadro 11 – Condutores de ensaio em cobre para correntes estipuladas até 400 A inclusive (10.10.2.3.2)
Gama da corrente estipulada a) Secção eficaz do condutor b), c
A mm2 AWG/MCM
0 8 1,0 18
8 12 1,5 16
12 15 2,5 14
15 20 2,5 12
20 25 4,0 10
25 32 6,0 10
32 50 10 8
50 65 16 6
65 85 25 4
85 100 35 3
100 115 35 2
115 130 50 1
130 150 50 0
150 175 70 00
175 200 95 000
200 225 95 0000
225 250 120 250
250 275 150 300
275 300 185 350
300 350 185 400
350 400 240 500
a)
O valor da corrente estipulada deve ser superior ao primeiro valor da primeira coluna e inferior ou igual ao
segundo valor dessa coluna.
b)
Para facilitar os ensaios e com o acordo do fabricante, os condutores de ensaio de secções inferiores às
indicadas para uma corrente estipulada determinada, poderão ser utilizados.
c)
Qualquer um dos dois condutores especificados poderá ser utilizado.
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Quadro 12 – Condutores de ensaio em cobre para correntes estipuladas de 400 A até 4000 A (10.10.2.3.2)
Gama de corrente Condutores de ensaio
estipulada a)
Cabos Barras de cobre b)
A Secção eficaz Dimensões
Quantidade Quantidade
mm2 mm (W x D)
400 a 500 2 150 2 30 × 5
500 a 630 2 185 2 40 × 5
630 a 800 2 240 2 50 × 5
800 a 1000 2 60 × 5
1000 a 1250 2 80 × 5
1250 a 1600 2 100 × 5
1600 a 2000 3 100 × 5
2000 a 2500 4 100 × 5
2500 a 3150 3 100 × 10
3150 a 4000 4 100 × 10
a)
O valor da corrente estipulada deve ser superior ao primeiro valor e inferior ou igual ao segundo.
b)
As barras são assumidas como montadas com as suas faces longas (W) verticais. As montagens com as
faces longas horizontais poderão ser utilizadas se o fabricante o especificar. As barras poderão ser pintadas.
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Quadro 13 – Verificação da resistência suportável aos curto-circuitos pelas regras de conceção: lista de
verificação
Ponto
Aspetos a inspecionar SIM NÃO

1 É a característica de resistência suportável aos curto-circuitos de cada circuito
do CONJUNTO a avaliar inferior ou igual às da conceção de referência?
2 As dimensões da secção dos barramentos e das conexões de cada circuito do
CONJUNTO a avaliar são maiores ou iguais às da conceção de referência?
3 O espaçamento dos barramentos e das conexões de cada circuito do
CONJUNTO a avaliar é superior ou igual ao da conceção de referência?
4 Os suportes para os barramentos de cada circuito do CONJUNTO a avaliar são
do mesmo tipo, da mesma forma e do mesmo material e possuem o mesmo
espaçamento ou um espaçamento mais pequeno ao longo do comprimento do
barramento do que o da conceção de referência?
A estrutura de montagem dos suportes dos barramentos tem a mesma conceção
e a mesma resistência mecânica?
5 Os materiais e as propriedades dos materiais dos condutores de cada circuito do
CONJUNTO a avaliar são os mesmos que os da conceção de referência?
6 Os dispositivos de proteção contra os curto-circuitos de cada circuito do
CONJUNTO a avaliar são idênticos na sua fabricação, sua realização e tipo a
com as mesmas características de limitação ou com características superiores
(I2t, Ipk) baseados nos dados do fabricante dos dispositivos, e com a mesma
disposição como na conceção de referência?
7 O comprimento dos condutores ativos não protegidos, conformes com a secção
8.6.4, de cada circuito não protegido do CONJUNTO a avaliar é inferior ou
igual ao da conceção de referência?
8 Se o CONJUNTO a ser avaliado incluir um invólucro, a conceção de referência
incluía um invólucro quando foi verificada por ensaio?
9 O invólucro do CONJUNTO a avaliar é da mesma conceção, do mesmo tipo e
tem pelo menos as mesmas dimensões que as da conceção de referência?
10 Os compartimentos de cada circuito do CONJUNTO a avaliar são da mesma
conceção mecânica e têm pelo menos as mesmas dimensões que as da conceção
de referência?
“SIM” para todos os requisitos – nenhuma verificação adicional é necessária.
“NÃO” para um requisito qualquer – uma verificação adicional é necessária.
a)
Os dispositivos de proteção contra os curto-circuitos do mesmo fabricante mas de uma série diferente poderão ser
considerados equivalentes se o fabricante dos dispositivos declarar as características de desempenho idênticas ou
melhores de qualquer ponto de vista que as séries utilizadas para a verificação, por exemplo o poder de corte e as
características de limitação (I2t, Ipk) bem como as distâncias críticas.
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Quadro 14 – Relação entre a corrente de defeito presumida e o diâmetro do fio de cobre


Diâmetro do fio de cobre Corrente de defeito presumida no
circuito do elemento fusível
mm A
0,1 50
0,2 150
0,3 300
0,4 500
0,5 800
0,8 1500
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Anexo A
(normativo)

Secção mínima e máxima dos condutores de cobre adequados à conexão dos


terminais para condutores externos
(ver secção 8.8)
O Quadro A.1 seguinte aplica-se à conexão de um condutor de cobre por terminal.

Quadro A.1 – Secção eficaz dos condutores de cobre adequados à conexão dos
terminais para condutores externos
Corrente Condutores sólidos ou cableados Condutores flexíveis
estipulada
Secções eficazes Secções eficazes
min. máx. min. máx.
2 2
A mm mm
6 0,75 1,5 0,5 1,5
8 1 2,5 0,75 2,5
10 1 2,5 0,75 2,5
13 1 2,5 0,75 2,5
16 1,5 4 1 4
20 1,5 6 1 4
25 2,5 6 1,5 4
32 2,5 10 1,5 6
40 4 16 2,5 10
63 6 25 6 16
80 10 35 10 25
100 16 50 16 35
125 25 70 25 50
160 35 95 35 70
200 50 120 50 95
250 70 150 70 120
315 95 240 95 185
Se os condutores externos são diretamente conectados a aparelhos utensílios incorporados, as secções
eficazes indicadas nas especificações relevantes são aplicáveis.
Nos casos em que são necessários outros condutores de secções diferentes às indicadas neste Quadro, deve
ser feito um acordo especial entre o fabricante dos CONJUNTOS e o utilizador.
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Anexo B
(normativo)

Método de cálculo da secção eficaz dos condutores de proteção no que respeita


às solicitações térmicas devidas às correntes de curta duração

A fórmula seguinte deve ser utilizada para calcular a secção dos condutores de proteção necessária para
suportar as solicitações térmicas devido às correntes com uma duração da ordem dos 0,2 s a 0,5 s.

I 2t
Sp 
k
onde:

SP é a área da secção eficaz, em milímetros quadrados


I é o valor (eficaz) da corrente de defeito em corrente alternada para um defeito de impedância negligenciável que pode
fluir através de dispositivos de proteção, em amperes
t é o tempo de funcionamento do dispositivo de corte, em segundos
NOTA: Deverá ser tido em atenção o efeito de limitação da corrente pelas impedâncias do circuito e a capacidade de limitação
(integral de Joule) do dispositivo de proteção
k é o fator cujo valor depende do material do condutor de proteção, das isolações e de outras partes e da temperatura
inicial e final, ver Quadro B.1

Quadro B.1 – Valores de k para os condutores de proteção isolados não incorporados em cabos, ou
condutores de proteção nus em contacto com o revestimento dos cabos
Isolação do condutor de proteção ou revestimento dos cabos
XLPE
Termoplástico (PVC) EPR Borracha butílica
Condutores nus
Temperatura final 160 ºC 250 ºC 220 ºC
Fator k
Material do condutor:
Cobre 143 176 166
Alumínio 95 116 110
Aço 52 64 60
A temperatura inicial do condutor é assumida como sendo de 30 ºC.

Informações mais detalhadas são dadas na IEC 60364-5-54.


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Anexo C
(informativo)

Modelo de informação do utilizador

Este Anexo é destinado a servir de modelo para identificar os dados necessários do fabricante dos
CONJUNTOS e que deve ser fornecido pelo utilizador.
Este modelo é destinado a ser utilizado e desenvolvido nas normas dos CONJUNTOS relevantes.

Quadro C.1 – Pontos sujeitos a acordo entre o fabricante do CONJUNTO e o utilizador


Características Referência à Disposição normalizada b Opções listadas Requisito do
secção na Norma utilizador a
Sistema elétrico
Sistema de ligação à terra 5.6, 8.4.3.1, Norma do fabricante, TT / TN-C / TN-
8.4.3.2.3, selecionada para responder C-S / IT, TN-S
8.6.2, 10.5, aos requisitos locais
11.4
Tensão nominal (V) 3.8.9.1, 5.2.1, De acordo com as 1000 V em
8.5.3 condições de instalação corrente alternada
locais máx. ou 1500
V em corrente
contínua
Sobretensões transitórias 5.2.4, 8.5.3, Determinada pelo sistema Categoria de
9.1, elétrico sobretensão
Anexo G I / II / III / IV
Sobretensões temporárias 9.1 Tensão rede nominal + Nenhuma
1200 V
Frequência estipulada fn (Hz) 3.8.12, 5.5, De acordo com as Corrente
8.5.3, condições de instalação contínua/
10.10.2.3, locais 50 Hz/ 60 Hz
10.11.5.4
Requisitos adicionais de ensaio no local: 11.10 Norma do fabricante, de Nenhuma
cablagem, desempenho de funcionamento e acordo com a aplicação
função
Resistência suportável aos curto-circuitos
Corrente de curto-circuito presumível nos 3.8.7 Determinada pelo sistema Nenhuma
terminais da alimentação Icp (kA) elétrico
Corrente de curto-circuito presumível no 10.11.5.3.5 Máx. 60 % dos valores para Nenhuma
neutro as fases
Corrente de curto-circuito presumível no 10.11.5.6 Máx. 60 % dos valores para Nenhuma
circuito de proteção as fases
Requisito relativo à SCPD na unidade 9.3.2 De acordo com as Sim / Não
funcional de entrada condições de instalação
locais
(continua)
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Quadro C.1 – Pontos sujeitos a acordo entre o fabricante do CONJUNTO e o utilizador (continuação)
Características Referência à Disposição normalizada b) Opções listadas Requisito do
secção na Norma utilizador a)
Coordenação dos dispositivos de proteção 9.3.4 De acordo com as Nenhuma
contra os curto-circuitos incluindo as condições de instalação
informações relativas ao dispositivo de locais
proteção externo contra os curto-circuitos
Dados associados às cargas suscetíveis de 9.3.2 Nenhuma carga suscetível Nenhuma
contribuir para a corrente de curto-circuito de contribuir
significativamente
Proteção das pessoas contra os choques
elétricos de acordo com a IEC 60364-4-41
Tipo de proteção contra os choques elétricos 8.4.2 Proteção principal De acordo com as
– Proteção principal (proteção contra o regras de
contacto direto) instalação locais
Tipo de proteção contra os choques elétricos 8.4.3 De acordo com as Desconexão
– Proteção em caso de defeito (proteção condições de instalação automática da
contra o contacto indireto) locais alimentação/
Separação
elétrica/
Isolamento total
Ambiente da instalação
Tipo de localização 3.5, 8.1.4, 8.2 Norma do fabricante, de Interior/ Exterior
acordo com a aplicação
Proteção contra a penetração de corpos 8.2.2, 8.2.3 Interior (fechado): IP 2X IP 00, 2X, 3X,
sólidos estranhos e líquidos Exterior (min.): IP 23 4X, 5X, 6X
Após remoção das
partes amovíveis:
Como no caso de
uma posição
conectada/
Proteção reduzida
conforme a norma
do fabricante
Impacto mecânico externo (IK) 8.2.1, 10.2.6 Nenhuma Nenhuma
Resistência à radiação UV (aplica-se 10.2.4 Interior: Não aplicável Nenhuma
unicamente aos conjuntos de exterior, salvo Exterior: Clima temperado
especificação contrária)
Resistência à corrosão 10.2.2 Instalações interiores/ Nenhuma
exteriores normais
Temperatura do ar ambiente – Limite 7.1.1 Interior: -5 ºC Nenhuma
inferior Exterior: -25 ºC
Temperatura do ar ambiente – Limite 7.1.1 40 ºC Nenhuma
superior
Temperatura do ar ambiente – Média diária 7.1.1, 9.2 35 ºC Nenhuma
máxima
Humidade relativa máxima 7.1.2 Interior: 50 % a 40 ºC Nenhuma
Exterior: 100 % a 25 ºC
Grau de poluição (do ambiente da 7.1.3 Industrial: 3 1, 2, 3, 4
instalação)
(continua)
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Quadro C.1 – Pontos sujeitos a acordo entre o fabricante do CONJUNTO e o utilizador (continuação)
Características Referência à Disposição normalizada b) Opções listadas na Requisito do
secção Norma utilizador a)
Altitude 7.1.4 ≤ 2000 m Nenhuma
Ambiente CEM (A ou B) 9.4, 10.12, A/B A/B
Anexo J
Condições especiais de utilização (p.ex. 7.2, 8.5.4, Nenhuma condição especial Nenhuma
vibrações, condensação excecional, forte 9.3.3 Quadro de serviço
poluição, ambiente corrosivo, campos 7
elétricos ou magnéticos elevados, fungos,
pequenos animais, perigo de explosão,
fortes choques e vibrações, terramotos)
Método de instalação
Tipo 3.3, 5.6 Norma do fabricante Várias, p.ex. no
chão, montado na
parede
Fixo/ Móvel 3.5 Fixo Fixo/ móvel
Dimensões globais externas e massa 5.6, 6.2.1 Norma do fabricante, de Nenhuma
acordo com a aplicação
Tipo(s) de condutor externo 8.8 Norma do fabricante Cabos/ Canalização
pré-fabricada
Direção/ direções do condutor externo 8.8 Norma do fabricante Nenhuma
Material do condutor externo 8.8 Cobre Nenhuma
Secções eficazes e terminações dos 8.8 Como definido na Norma Nenhuma
condutores de fase externos
Secções eficazes e terminações dos 8.8 Como definido na Norma Nenhuma
condutores PE, N e PEN externos
Requisitos especiais de identificação dos 8.8 Norma do fabricante Nenhuma
terminais
Armazenagem e manuseamento
Dimensões e massa máximas das unidades de 6.2.2, 10.2.5 Norma do fabricante Nenhuma
transporte
Métodos de transporte (p. ex. empilhador, grua) 6.2.2, 8.1.6 Norma do fabricante Nenhuma
Condições ambientais diferentes das condições 7.3 Conforme as condições de Nenhuma
de utilização serviço
Informação de embalagem 6.2.2 Norma do fabricante Nenhuma
Configurações de funcionamento
Acesso aos dispositivos manobrados 8.4 Pessoas autorizadas/
manualmente Pessoas vulgares
Localização dos dispositivos manobrados 8.5.5 Facilmente acessível Nenhuma
manualmente
Secionamento dos elementos de equipamentos 8.4.2, 8.4.3.3, Norma do fabricante Individual/grupos/to
de instalação da carga 8.4.5.2 dos os tipos
Capacidades de manutenção e evolução
Requisitos relativos à acessibilidade em serviço 8.4.6.1 Proteção principal Nenhuma
para as pessoas vulgares; requisito para
manobrar dispositivos ou mudar os componentes
enquanto o CONJUNTO está em tensão
(continua)
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Quadro C.1 – Pontos sujeitos a acordo entre o fabricante do CONJUNTO e o utilizador (conclusão)
Características Referência à Disposição normalizada b) Opções listadas Requisito do
secção na Norma utilizador a)
Requisitos relativos à acessibilidade com vista a 8.4.6.2.2 Nenhum requisito relativo à Nenhuma
uma inspeção ou operação análoga acessibilidade
Requisitos relativos à acessibilidade para 8.4.6.2.3 Nenhum requisito relativo à Nenhuma
manutenção em serviço por pessoas autorizadas acessibilidade
Requisitos relativos à acessibilidade para extensão 8.4.6.2.4 Nenhum requisito relativo à Nenhuma
em serviço por pessoas autorizadas acessibilidade
Método de conexão das unidades funcionais 8.5.1, 8.5.2 Norma do fabricante Nenhuma
Proteção contra os contactos diretos com as partes 8.4 Nenhum requisito relativo à Nenhuma
internas em tensão perigosas durante a proteção durante a manutenção
manutenção ou atualização (p. ex. as unidades ou atualização
funcionais, os barramentos principais, os
barramentos de distribuição)
Corrente admissível
Corrente estipulada do CONJUNTO InA (amperes) 3.8.9.1, 5.3, Norma do fabricante de acordo Nenhuma
8.4.3.2.3, 8.5.3, com a aplicação
8.8, 10.10.2,
10.10.3, 10.11.5,
Anexo E
Corrente estipulada dos circuitos Inc (amperes) 5.3.2 Norma do fabricante de acordo Nenhuma
com a aplicação
Fator de simultaneidade estipulado 5.4, 10.10.2.3 Como definido na Norma RDF para grupos de
Anexo E circuitos/ RDF para
o CONJUNTO
completo
Rácio da secção eficaz do condutor neutro com os 8.6.1 100 % Nenhuma
condutores de fase: condutores de fase até 16 mm2
inclusive
Rácio da secção eficaz do condutor neutro com os 8.6.1 50 % Nenhuma
condutores de fase: condutores de fase acima de (min. 16 mm2)
16 mm2
a)
No caso de condições particularmente severas, poderá ser necessário que o utilizador especifique os requisitos mais rigorosos que
os desenvolvidos nesta Norma.
b)
Em certos casos a informação declarada pelo fabricante dos CONJUNTOS poderá tomar o lugar de um acordo.
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Anexo D
(informativo)

Verificação da conceção

Quadro D.1 – Lista das verificações de conceção a efetuar


Opções de verificação disponíveis
Ensaios Comparação Avaliação
Nº Características a verificar Secções com uma
conceção de
referência
1 Resistência dos materiais e das partes: 10.2
Resistência à corrosão 10.2.2 SIM NÃO NÃO
Propriedades dos materiais isolantes: 10.2.3
Estabilidade térmica 10.2.3.1 SIM NÃO NÃO
Resistência dos materiais isolantes a um calor 10.2.3.2 SIM NÃO SIM
anormal e ao fogo devido aos efeitos elétricos
internos
Resistência à radiação ultravioleta (UV) 10.2.4 SIM NÃO SIM
Elevação 10.2.5 SIM NÃO NÃO
Impacto mecânico 10.2.6 SIM NÃO NÃO
Marcação 10.2.7 SIM NÃO NÃO
2 Grau de proteção assegurado pelos invólucros 10.3 SIM NÃO SIM
3 Distâncias de isolamento no ar 10.4 SIM NÃO NÃO
4 Linhas de fuga 10.4 SIM NÃO NÃO
5 Proteção contra os choques elétricos e integridade 10.5
dos circuitos de proteção:
Continuidade efetiva entre as partes condutoras 10.5.2 SIM NÃO NÃO
acessíveis do CONJUNTO e o circuito de proteção
Resistência suportável aos curto-circuitos do 10.5.3 SIM SIM NÃO
circuito de proteção
6 Incorporação dos dispositivos de comutação e dos 10.6 NÃO NÃO SIM
componentes
7 Circuitos elétricos internos e conexões 10.7 NÃO NÃO SIM
8 Terminais para condutores externos 10.8 NÃO NÃO SIM
9 Propriedades dielétricas: 10.9
Tensão de resistência suportável à frequência 10.9.2 SIM NÃO NÃO
industrial
Tensão de resistência suportável aos choques 10.9.3 SIM NÃO SIM
10 Limites do aquecimento 10.10 SIM SIM SIM
11 Resistência suportável aos curto-circuitos 10.11 SIM SIM NÃO
12 Compatibilidade eletromagnética (CEM) 10.12 SIM NÃO SIM
13 Funcionamento mecânico 10.13 SIM NÃO NÃO
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Anexo E
(informativo)

Fator de simultaneidade estipulado

E.1 Generalidades
Todos os circuitos de um CONJUNTO são individualmente capazes de transportar a sua corrente estipulada
em conformidade com a secção 5.3.2 de maneira contínua mas, a corrente admissível de um circuito poderá
ser influenciada pelos circuitos adjacentes. A interação térmica pode dar lugar a uma transferência de calor
proveniente de ou com destino aos circuitos situados na proximidade. O ar de arrefecimento disponível para
um circuito poderá estar a uma temperatura muito superior ao ar ambiente em função da influência exercida
pelos outros circuitos.
Na prática, nem todos os circuitos situados no interior de um CONJUNTO transportam a corrente estipulada
de maneira contínua e simultânea. Numa aplicação particular, o tipo e a natureza das cargas diferem de
maneira importante. Certos circuitos serão estabilizados a partir das correntes de ligação e das cargas
intermitentes e de curta duração. Um certo número de circuitos poderá estar sujeito a cargas importantes
enquanto outros estão sujeitos a cargas ligeiras ou estão fora de tensão.
Por esse fato, não é necessário assegurar CONJUNTOS nos quais todos os circuitos possam funcionar de
maneira contínua ao valor da corrente estipulada e seria uma utilização ineficiente de materiais e recursos.
Esta Norma reconhece os requisitos práticos dos CONJUNTOS para atribuição de um fator de
simultaneidade estipulado como definido na secção 3.8.11.
Indicando um fator de simultaneidade estipulado, o fabricante do CONJUNTO especifica as condições de
carga “médias” para as quais o CONJUNTO é concebido. O fator de simultaneidade estipulado confirma o
valor por unidade de corrente estipulada à qual os circuitos de saída ou um grupo de circuitos de saída no
interior do CONJUNTO podem ser carregados de maneira contínua e simultânea. Nos CONJUNTOS para os
quais a totalidade das correntes estipuladas dos circuitos de saída funcionam ao fator de simultaneidade
estipulado excede a capacidade do circuito de entrada, o fator de simultaneidade aplica-se a qualquer
combinação dos circuitos de saída utilizados para distribuir a corrente de entrada.

E.2 Fator de simultaneidade estipulado de um CONJUNTO


O fator de simultaneidade estipulado de um CONJUNTO é especificado na secção 5.4. Para o CONJUNTO
tipo ilustrado na Figura E.1, os exemplos de multiplicidade de configurações de carga para um fator de
simultaneidade de 0,8 são dados no Quadro E.1 e ilustrados nas Figuras E.2 a E.5.

E.3 Fator de simultaneidade estipulado de um grupo de circuitos de saída


Em aditamento ao fator de simultaneidade estipulado para um CONJUNTO completo, o fabricante dos
CONUNTOS poderá especificar um fator de simultaneidade diferente para um grupo de circuitos
relacionados no interior de um CONJUNTO. A secção 5.4 especifica o fator de simultaneidade estipulado
para um grupo de circuitos de saída.
Os Quadros E.2 e E.3 fornecem exemplos de um fator de simultaneidade de 0,9 para uma secção e um
quadro de subdistribuição no CONJUNTO tipo ilustrado na Figura E.1.
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Entrada

D2a a D2d
Cada 100 A

Secção A Secção B Secção C Secção D

Unidade funcional – Corrente estipulada (In) indicada a)


a)
A corrente estipulada da unidade funcional (do circuito) no CONJUNTO poderá ser inferior à corrente estipulada do dispositivo.

Figura E.1 – CONJUNTO tipo


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Quadro E. 1 – Exemplos de cargas para um CONJUNTO de fator de simultaneidade estipulado de 0,8


Unidade funcional A1 B1 B2 B3 C1 C2 C3 C4 C5 D1 D2a D2b D2c D2d
Corrente (A)
Unidade funcional – corrente
estipulada (In) b 1600 800 400 400 630 200 200 200 200 400 100 100 100 100
(Ver Figura E.1)
Carga de Exemplo 1
1600 640 320 320 0 160 160 0 0 0 0 0 0 0
uma unidade Figura E2
funcional Exemplo 2
para um 1600 640 0 0 504 136 a 0 0 0 320 0 0 0 0
Figura E3
CONJUNTO
Exemplo 3
de fator de 1600 456 a 0 0 504 160 160 160 160 0 0 0 0 0
simultaneida Figura E4
de estipulado Exemplo 4
1600 0 0 0 504 160 160 136a 0 320 80 80 80 80
de 0,8 Figura E5
a)
Corrente de equilíbrio reportada ao circuito de entrada da carga e à sua corrente estipulada.
b)
A corrente estipulada de uma unidade funcional (do circuito) no CONJUNTO poderá ser inferior à corrente estipulada do dispositivo.

Entrada

D2a a D2d
Cada 100 A [0 A]

Secção A Secção B Secção C Secção D

Carga atual indicada para os valores entre parêntesis p. ex. 640 A.
Carga da secção do barramento indicada para o valor entre parêntesis p. ex. 320 A
Figura E.2 – Exemplo 1: Quadro E.1 – Carga de uma unidade funcional para um CONJUNTO de
fator de simultaneidade estipulado de 0,8
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Entrada

D2a a D2d
Cada 100 A [0 A]

Secção A Secção B Secção C Secção D

Carga atual indicada para os valores entre parêntesis p. ex. 640 A.
Carga da secção do barramento indicada para o valor entre parêntesis p. ex. 320 A
Figura E.3 – Exemplo 2: Quadro E.1 – Carga de uma unidade funcional para um CONJUNTO de fator de
simultaneidade estipulado de 0,8
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Entrada

D2a a D2d
Cada 100 A [0 A]

Secção A Secção B Secção C Secção D

Carga atual indicada para os valores entre parêntesis p. ex. 640 A.
Carga da secção do barramento indicada para o valor entre parêntesis p. ex. 320 A
Figura E.4 – Exemplo 3: Quadro E.1 – Carga de uma unidade funcional para um CONJUNTO de fator de
simultaneidade estipulado de 0,8
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Entrada

D2a a D2d
Cada 100 A [0 A]

Secção A Secção B Secção C Secção D

Carga atual indicada para os valores entre parêntesis p. ex. 640 A.
Carga da secção do barramento indicada para o valor entre parêntesis p. ex. 320 A
Figura E.5 – Exemplo 4: Quadro E.1 – Carga de uma unidade funcional para um CONJUNTO de fator de
simultaneidade estipulado de 0,8
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Quadro E.2 – Exemplo de carga de um grupo de circuitos (Secção B – Figura E.1) com um
fator de simultaneidade estipulado de 0,9

Barramento de distribuição
Unidade funcional B1 B2 B3
Secção B
Corrente (A)
Unidade funcional – Corrente
1440 a) 800 400 400
estipulada (In)
Carga – Grupo de circuitos
com um fator de
1440 720 360 360
simultaneidade estipulado de
0,9
a)
Corrente estipulada mínima para alimentar as unidades funcionais conectadas com um RDF (0,9).

Quadro E.3 – Exemplo de carga de um grupo de circuitos (Quadro de subdistribuição – Figura E.1)
com um fator de simultaneidade estipulado de 0,9

Unidade funcional D2 D2a D2b D2c D2d


Corrente (A)
Unidade funcional – Corrente
360 ª 100 100 100 100
estipulada (In)
Carga – Grupo de circuitos com
um fator de simultaneidade 360 90 90 90 90
estipulado de 0,9
a)
Corrente estipulada mínima para alimentar as unidades funcionais conectadas com um RDF (0,9).

E.4 Fator de simultaneidade estipulado e serviço intermitente


O calor dissipado dos circuitos construídos com componentes apresentando perdas por efeito de Joule é
proporcional ao valor eficaz real da corrente. Uma corrente eficaz equivalente representando o efeito térmico
da corrente intermitente real pode ser calculada pela fórmula indicada abaixo. Isso permite determinar a
corrente eficaz real equivalente térmica (Ieff) no caso de um serviço intermitente e cujo perfil de carga
admissível para um fator de simultaneidade estipulado dado. É conveniente ter cautela com as durações de
funcionamento > 30 min na medida em que os pequenos aparelhos poderão já ter atingido o equilíbrio
térmico.
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t1 Tempos de arranque da corrente I1


t2 Tempos de funcionamento da corrente I2
t3 Tempos de intervalo a I3 = 0
t1+t2+t3 Duração do ciclo
IEC 1857/11

Figura E.6 – Exemplo do cálculo do efeito térmico médio


Carga intermitente com arranque a 0,5 s

Duração de funcionamento relativa


IEC 1858/11
Figura E.7 – Exemplo de gráfico para relação entre o RDF equivalente e os parâmetros em serviço intermitente a t1 =
0,5 s, I1 = 7*I2 a diferentes durações de ciclo
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Carga intermitente

Duração de funcionamento relativa


IEC 1859/11
Figura E.8 – Exemplo de gráfico para relação entre o RDF equivalente e os parâmetros em serviço intermitente a I1 = I2
(sem sobreintensidade de arranque)
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Anexo F
(normativo)

Medição das distâncias de isolamento no ar e linhas de fuga6)

F.1 Princípios de base


As larguras X das ranhuras indicadas nos exemplos 1 a 11 seguintes aplicam-se essencialmente a todos os
exemplos em função do grau de poluição, como se segue:

Quadro F.1 – Largura mínima das ranhuras


Grau de poluição Valores mínimos da largura X das ranhuras
mm
1 0,25
2 1,0
3 1,5
4 2,5
Se a distância de isolamento no ar associada é inferior a 3 mm, a largura mínima da ranhura poderá ser
reduzida a um terço dessa distância de isolamento no ar.
Os métodos de medição das distâncias de isolamento no ar e das linhas de fuga são indicados nos exemplos 1
a 11 seguintes. Esses exemplos não diferenciam entre intervalos ou ranhuras ou entre tipos de isolações.
Além disso:
 qualquer canto é assumido como sendo curto-circuitado por uma ligação isolante de X mm de largura,
colocada na posição mais desfavorável (ver exemplo 3):
 quando a distância entre as arestas superiores de uma ranhura é superior ou igual X mm, uma linha de
fuga é medida ao longo dos contornos das ranhuras (ver exemplo 2);
 as distâncias de isolamento no ar e as linhas de fuga medidas entre partes que se movem em relação umas
às outras são medidas quando essas partes estão na sua posição mais desfavorável.

F.2 Utilização de nervuras


Por causa da sua influência na contaminação e o seu melhor efeito de secagem, as nervuras diminuem
consideravelmente a formação de correntes de fuga. As linhas de fuga podem então ser reduzidas a 0,8 vezes
o valor requerido, na condição de que a altura da nervura seja pelo menos de 2 mm, ver Figura F.1.

6)
Este Anexo F é baseado na IEC 60664-1:2007.
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Altura mínima
2 mm  

Largura mínima da
base segundo as
condições mecânicas
IEC 2054/08

Figura F.1 a) – Medição das nervuras

Condição: O caminho de linha de fuga inclui uma ranhura Regra: A distância de isolamento no ar e a linha de fuga são
de lados paralelos ou convergentes de qualquer medidas diretamente ao longo da ranhura como
profundidade com a largura menor que X mm. mostrado.

Figura F.1 b) – Exemplo 1

Condição: O caminho de linha de fuga inclui uma ranhura de Regra: A distância de isolamento no ar é a distância em linha
lados paralelos, de qualquer profundidade e igual reta. O caminho linha de fuga segue o contorno da
ou maior do que X mm. ranhura.

Figura F.1 c) – Exemplo 2

Condição: O caminho da linha de fuga inclui uma ranhura em Regra: A distância de isolamento no ar é a distância em linha
forma de V cuja largura é superior a X mm. reta. O caminho da linha de fuga segue o contorno da
ranhura mas “curto-circuita” a base da ranhura por uma
ligação de X mm.

Figura F.1 d) – Exemplo 3


Distância de isolamento no ar Linha de fuga
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Condição: O caminho da linha de fuga inclui uma nervura. Regra: A distância de isolamento no ar é o caminho mais curto
no ar por cima do topo da nervura. O caminho da linha
de fuga segue o contorno da nervura.
Figura F.1 e) – Exemplo 4

Condição: O caminho de linha de fuga inclui uma junção não Regra: O caminho da linha de fuga e da distância de
colada com ranhuras de largura inferior a X mm de isolamento no ar é a distância em linha reta indicada
cada lado. acima.
Figura F.1 f) – Exemplo 5

Condição: O caminho de linha de fuga inclui uma junção não Regra: A distância de isolamento no ar é a distância em linha
colada com ranhuras de largura igual a ou superior reta. O caminho da linha de fuga segue o contorno da
a X mm de cada lado. ranhura.
Figura F.1 g) – Exemplo 6

Distância de isolamento no ar Linha de fuga


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Condição: O caminho da linha de fuga inclui uma junção não Regra: O caminho da linha de fuga e da distância de
colada com, de um lado, uma ranhura de largura isolamento no ar é o indicado acima.
inferior a X mm e, do outro lado, uma a ranhura de
largura igual ou superior a X mm.
Figura F.1 h) – Exemplo 7

Condição: A linha de fuga através da junção não colada é Regra: A distância de isolamento no ar é o caminho no ar mais
inferior à linha de fuga por cima da barreira. direto por cima do topo da barreira.
Figura F.1 i) – Exemplo 8

Condição: A distância entre a cabeça do parafuso e a parede Regra: O caminho da distância de isolamento no ar e da linha
do alojamento, suficiente para ser tida em conta. de fuga é o indicado acima.

Figura F.1 j) – Exemplo 9


Distância de isolamento no ar Linha de fuga
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Condição: A distância entre a cabeça do parafuso e a parede Regra: A medição da linha de fuga efetua-se desde o parafuso
do alojamento, muito estreita para ser tida em à parede quando a distância é igual a X mm.
conta.
Figura F.1 k) – Exemplo 10

C’ Parte flutuante IEC 1506/05

A distância de isolamento no ar é a distância d + D A linha de fuga é também d + D


Figura F.1 l) – Exemplo 11

Distância de isolamento no ar Linha de fuga

Figura F.1 – Mediação das nervuras


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Anexo G
(normativo)

Correlação entre a tensão nominal da rede de alimentação e o impulso de tensão


suportável estipulado do equipamento2)

Este Anexo tem por objetivo fornecer as informações necessárias à escolha do equipamento para utilizar num
circuito de uma rede ou uma parte dela.
O Quadro G.1 fornece exemplos de correlação entre tensões nominais da rede de alimentação e a tensão
estipulada de resistência suportável aos choques do equipamento.
Os valores da tensão estipulada de resistência suportável aos choques dados no Quadro G.1 são baseados na
secção 4.3.3 da IEC 60664-1:2007. A IEC 60364-4-44:2007, Secção 443, fornece mais informações acerca
dos critérios para a seleção de uma categoria de sobretensão apropriada e acerca da proteção contra
sobretensões (se necessário).
Deverá ser reconhecido que o controlo de sobretensões com respeito aos valores do Quadro G.1 podem
também ser efetuados pelas condições da rede de alimentação tais como a existência de impedâncias ou de
cabos de alimentação apropriados.

2)
Este Anexo é baseado no Anexo H da IEC 60947-1.
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Quadro G.1 – Correspondência entre a tensão nominal da rede de alimentação e a tensão estipulada de resistência
suportável aos choques do equipamento
Valor Tensão nominal da rede de alimentação Valores preferenciais da tensão estipulada de
máximo da (≤ tensão estipulada de isolamento do equipamento) resistência suportável aos choques (1,2/50 µs)
tensão V a 2000 m
estipulada kV
de Categoria de sobretensão
funcionam
ento em IV III II I
relação à Nível de Nível do Nível de Nível
terra, c.a., entrada circuito carga proteçã
valor Corrente da de (aparelho, o
eficaz ou Valor eficaz alternada Corrente instalaçã distribuiç equipamen especial
c.c. em c.a. eficaz ou alternada o ão to)
Valor eficaz em corrente eficaz ou (entrada
V c.a. contínua corrente de
contínua serviço)
50 - - 12,5, 24, 1,5 0,8 0,5 0,33
25,
30, 42,
48
100 66/115 66 60 - 2,5 1,5 0,8 0,5
150 120/208 115, 120 110, 120 220-110; 4 2,5 1,5 0,8
127/220 127 240-120
300 220/380, 220, 230 220 440-220 6 4 2,5 1,5
230/400 240, 260
240/415, 277
260/440
277/480
600 347/600, 347, 380, 400 480 960-480 8 6 4 2,5
380/660 415, 440, 480
400/690, 500, 577, 600
415/720
480/830
1000 - 660 1000 - 12 8 6 4
690, 720
830, 1000
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Anexo H
(informativo)

Corrente de funcionamento e potência dissipada dos condutores de cobre

Os quadros seguintes fornecem os valores indicativos para as correntes de funcionamento dos condutores e
as potências dissipadas nas condições ideais no interior do CONJUNTO. Os métodos de cálculo utilizados
para determinar esses valores são dados para permitir o cálculo para outras condições.
Quadro H.1 – Corrente de funcionamento e potência dissipada dos cabos de cobre monocondutores com uma
temperatura admissível do condutor de 70 ºC (temperatura ambiente no interior do CONJUNTO: 55 ºC)
Disposição do Espaço de pelo menos
condutor uma vez o diâmetro do
cabo

Cabos monocondutores Cabos monocondutores Cabos monocondutores


numa calha de cabos sobre expostos ao ar livre ou colocados horizontalmente
um muro, correndo colocados sobre uma e separados ao ar livre
horizontalmente. esteira de cabos perfurada.
6 dos cabos 6 cabos
(2 circuitos trifásicos) (2 circuitos trifásicos)
carregados em contínuo carregados em contínuo
Secção Resistência Corrente de Potência Corrente de Potência Corrente de Potência
eficaz do funcionamento dissipada funcionamento dissipada funcionamento dissipada
do condutor a max por max por max por
condutor 20 ºC, Imaxb condutor Imaxc condutor Imaxd condutor
R20a A PV A PV A PV
mΩ/m W/m W/m W/m
mm2
1,5 12,1 8 0,8 9 1,3 15 3,2
2,5 7,41 10 0,9 13 1,5 21 3,7
4 4,61 14 1,0 18 1,7 28 4,2
6 3,08 18 1,1 23 2,0 36 4,7
10 1,83 24 1,3 32 2,3 50 5,4
16 1,15 33 1,5 44 2,7 67 6,2
25 0,727 43 1,6 59 3,0 89 6,9
35 0,524 54 1,8 74 3,4 110 7,7
50 0,387 65 2,0 90 3,7 134 8,3
70 0,268 83 2,2 116 4,3 171 9,4
95 0,193 101 2,4 142 4,7 208 10,0
(continua)
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Quadro H.2 – Corrente de funcionamento e potência dissipada dos cabos de cobre monocondutores com uma
temperatura admissível do condutor de 70 ºC (temperatura ambiente no interior do CONJUNTO: 55 ºC)
(conclusão)
Disposição do Espaço de pelo menos
condutor uma vez o diâmetro do
cabo

Cabos monocondutores Cabos monocondutores Cabos monocondutores


numa calha de cabos sobre expostos ao ar livre ou colocados horizontalmente
um muro, correndo colocados sobre uma e separados ao ar livre
horizontalmente. esteira de cabos perfurada.
6 dos cabos 6 cabos
(2 circuitos trifásicos) (2 circuitos trifásicos)
carregados em contínuo carregados em contínuo
Secção Resistência Corrente de Potência Corrente de Potência Corrente de Potência
eficaz do funcionamento dissipada funcionamento dissipada funcionamento dissipada
do condutor a max por max por max por
condutor 20 ºC, Imaxb condutor Imaxc condutor Imaxd condutor
R20a A PV A PV A PV
mΩ/m W/m W/m W/m
mm2
120 0,153 117 2,5 165 5,0 242 10,7
150 0,124 191 5,4 278 11,5
185 0,0991 220 5,7 318 12,0
240 0,0754 260 6,1 375 12,7
a)
Valores da IEC 60228:2004, Quadro 2 (condutores cableados).
b)
Capacidade admissível I30 para um circuito trifásico da IEC 60364-5-52:2009, Quadro B.52.4, col. 4 (Método de
instalação: ponto 6 do Quadro B.52.3). K2 = 0,8 (ponto 1 do Quadro B.52.17, dois circuitos).
c)
Capacidade admissível I30 para um circuito trifásico da IEC 60364-5-52:2009, Quadro B.52.10, col. 5 (Método de
instalação: Ponto F do Quadro B.52.1). Valores para secções eficazes inferiores a 25 mm2 calculados seguindo o
Anexo D da IEC 60364-5-52:2009. K2 = 0,88 (ponto 4 do Quadro B.52.17, dois circuitos).
d)
Capacidade admissível I30 para um circuito trifásico da IEC 60364-5-52:2009, Quadro B.52.10, col. 7 (Método de
instalação: Ponto G do Quadro B.52.1). Valores para secções eficazes inferiores a 25 mm2 calculados seguindo o
Anexo D da IEC 60364-5-52:2009. (K2 = 1).
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Imax = I30 x k1 x k2 Pv = I2max x R20 x1 + α x (Tc -20 ºC)


onde:
k1 Fator de redução da temperatura do ar no interior do invólucro em torno dos condutores
(IEC 60364-5-52:2009, Quadro B.52.14)
k1 = 0,61 para uma temperatura do condutor de 70 ºC, temperatura ambiente de 55 ºC
k1 para as outras temperaturas do ar. Ver o Quadro H.2
k2 Fator de redução para os grupos de mais de que um circuito
(IEC 60364-5-52:2009, Quadro B.52.17)
α Coeficiente de temperatura da resistência α = 0,004 K-1
Tc Temperatura do condutor

Quadro H. 3 – Fator de redução k1 para os cabos com uma temperatura admissível do condutor de 70 ºC
(extraída da IEC 60364-5-52:2009, Quadro B.52-14)
Temperatura do ar no interior do Fator de redução
invólucro em torno dos k1
condutores
ºC
20 1,12
25 1,06
30 1,00
35 0,94
40 0,87
45 0,79
50 0,71
55 0,61
60 0,50

NOTA: Se a corrente de funcionamento do Quadro H.1 é convertida para outras temperaturas do ar utilizando o fator de redução
k1, então também as potências dissipadas correspondentes devem ser calculadas utilizando a fórmula dada acima.
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Anexo I

(Vago)
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Anexo J
(normativo)

Compatibilidade eletromagnética (CEM)

J.1 Generalidades
A numeração das secções deste anexo está alinhada com a do corpo da norma.

J.2 Termos e definições


Para os fins do presente Anexo, aplicam-se os seguintes termos e definições.
(ver Figura J.1)

J.3.8.13.1 porta
Interface particular dos aparelhos e utensílios específico com o ambiente eletromagnético externo.

Porta do invólucro
Porta de sinal (cabo)
Porta de alimentação (c.a./ c.c.)
Aparelhos e
utensílios
Porta de terra funcional

Figura J. 1 – Exemplos de portas

J.3.8.13.2 porta de invólucro

Fronteira física dos aparelhos e utensílios através da qual os campos eletromagnéticos poderão radiar ou
poderão colidir com eles.

J.3.8.13.3 porta de terra funcional


Porta diferente da de sinal, controlo, ou porta de potência, destinada à conexão terra com propósitos
diferentes da segurança elétrica.

J.3.8.13.4 porta de sinal


Porta à qual um condutor ou cabo previsto para carregar sinais é conectado aos dos aparelhos e utensílios.
NOTA: Como exemplos podem-se citar os barramentos de dados, as redes de comunicações, as redes de controlo.

3.4 da IEC 61000-6-1:2005

J.3.8.13.5 porta de potência


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Porta à qual um condutor ou cabo transportando a potência elétrica primária necessária para o funcionamento
dos aparelhos e utensílios ou aparelhos associados é conectada aos aparelhos e utensílios.

J.9.4 Requisitos de desempenho

J.9.4.1 Generalidades
Para a maior parte das aplicações dos CONJUNTOS que entram no campo de aplicação desta Norma, dois
conjuntos de condições ambientais são tidos em consideração e são designados como se segue:
a) Ambiente A;
b) Ambiente B.
Ambiente A: referente a uma rede elétrica alimentada por um transformador de média ou alta tensão
dedicado a alimentar uma instalação de alimentação de fabricação ou local similar, e destinada a funcionar
nele ou na proximidade de localizações industriais, como descritas abaixo. Esta Norma aplica-se também aos
aparelhos e utensílios que são alimentados por bateria e destinados a serem utilizados em locais industriais.
Os ambientes envolvidos são industriais, quer interiores quer exteriores.
Os locais industriais são, em aditamento, caracterizados pela existência de um ou mais dos seguintes
exemplos:
 equipamentos industriais, científicos e médicos (ISM) (como definido no CISPR 11);
 conexões e desconexões frequentes de cargas indutivas ou capacitivas importantes;
 valores elevados de correntes e campos magnéticos associados.
NOTA 1: O ambiente A é coberto pelas normas CEM genéricas IEC 61000-6-2 e IEC 61000-6-4.

Ambiente B: referente às redes públicas de baixa tensão ou aparelhos e utensílios conectados a uma fonte
de corrente contínua que é destinada a assegurar interface entre os aparelhos e utensílios e a rede pública de
baixa tensão. Este ambiente aplica-se também aos aparelhos e utensílios que são alimentados por bateria ou
que são alimentados por uma rede de distribuição de energia de baixa tensão não pública e não industrial, se
esses aparelhos e utensílios são destinados a ser utilizados em locais descritos abaixo.
Os ambientes envolvidos são residenciais, comerciais e locais de indústria ligeira, quer interiores quer
exteriores. A seguinte lista, embora não abrangente, dá uma indicação dos locais que estão incluídos:
 propriedades residenciais, por exemplo casas, apartamentos;
 pontos de venda a retalho, por exemplo lojas, supermercados;
 locais profissionais, por exemplo escritórios, bancos;
 locais de divertimento recebendo público, por exemplo cinemas, bares, salões de dança; locais exteriores,
por exemplo estações de serviço, parques de estacionamento para viaturas, salas de jogos eletrónicos e
centros desportivos;
 locais para a indústria ligeira, por exemplo ateliês, laboratórios, centros de serviço.
Os locais que são caracterizados por serem alimentados diretamente a baixa tensão de uma rede pública são
considerados como residenciais, comerciais ou indústria ligeira.
NOTA 2: O ambiente B é coberto pelas normas CEM genéricas IEC 61000-6-1 e IEC 61000-6-3.

O ambiente A e/ou B para o qual o CONJUNTO é adaptado deve ser indicado pelo fabricante do
CONJUNTO.
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J.9.4.2 Requisitos de ensaio


Os CONJUNTOS são na maior parte fabricados ou montados à unidade, por incorporação de uma
combinação mais ou menos aleatória de dispositivos e componentes.
Nenhum ensaio de imunidade ou de emissão de CEM é requerido para os CONJUNTOS finais se as
condições seguintes são satisfeitas:
a) Os dispositivos e os componentes incorporados estão em conformidade com os requisitos CEM para o
ambiente especificado (ver secção J.9.4.1) como requerido pela norma do produto ou a norma CEM
genérica aplicável.
b) A instalação interna e a cablagem são efetuadas em conformidade com as instruções dos fabricantes dos
componentes e dos dispositivos (disposição respeitante às influências mútuas, cabos, blindagens e ligação
à terra, etc.).
Em todos os outros casos, os requisitos CEM devem ser verificados por ensaios de acordo com a secção
J.10.12.

J.9.4.3 Imunidade

J.9.4.3.1 CONJUNTOS não incorporando circuitos eletrónicos


Em condições de utilização normais, os CONJUNTOS que não incorporam circuitos eletrónicos não são
sensíveis às perturbações eletromagnéticas e, por isso, não necessitam de nenhum ensaio de imunidade.

J.9.4.3.2 CONJUNTOS incorporando circuitos eletrónicos


Os equipamentos eletrónicos incorporados nos CONJUNTOS devem estar de acordo com os requisitos de
imunidade da norma de produto ou da norma CEM genérica aplicável e devem ser adaptados ao ambiente
CEM específico indicado pelo fabricante dos CONJUNTOS.
Em todos os outros casos, os requisitos CEM devem ser verificados por ensaio de acordo com a secção
J.10.12.
Um equipamento que utilize circuitos eletrónicos nos quais todos os componentes são passivos (por exemplo
díodos, resistências, varistores, condensadores, descarregadores de tensão, bobinas de indutância) não
necessitam do ensaio de imunidade.
O fabricante dos CONJUNTOS deve obter do fabricante dos componentes e/ou dos dispositivos os critérios
de desempenho específicos do produto na base dos critérios de aceitação dados na norma de produto
aplicável.

J.9.4.4 Emissão

J.9.4.4.1 CONJUNTOS não incorporando circuitos eletrónicos


Para os CONJUNTOS que não incorporam circuitos eletrónicos, as perturbações eletromagnéticas só podem
ser geradas pelos aparelhos durante as operações de comutação ocasionais. A duração dessas perturbações é
da ordem de alguns milissegundos. A frequência, o nível e as consequências dessas emissões são
consideradas como fazendo parte do ambiente eletromagnético normal das instalações de baixa tensão. Por
isso, os requisitos relativos às emissões eletromagnéticas são considerados como satisfeitos e não é
necessária nenhuma verificação.

J.9.4.4.2 CONJUNTOS incorporando circuitos eletrónicos


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Os equipamentos eletrónicos incorporados nos CONJUNTOS devem estar de acordo com os requisitos de
emissão da norma de produto ou da norma CEM genérica aplicável e devem ser adequados ao ambiente
CEM específico indicado pelo fabricante dos CONJUNTOS.
Os CONJUNTOS incorporando circuitos eletrónicos (tais como alimentações elétricas de modo comutado,
circuitos incorporando microprocessadores com temporizadores de alta frequência) poderão gerar
perturbações eletromagnéticas contínuas.
Tais emissões não devem exceder os limites especificados na norma de produto aplicável, ou os requisitos da
IEC 61000-6-4 para o ambiente A e/ou da IEC 61000-6-3 para o ambiente B devem ser aplicados. Os ensaios
devem ser efetuados de acordo com os requisitos da norma de produto aplicável, se existir, ou de outra forma
de acordo com a secção J.10.12.

J.10.12 Ensaio para CEM


As unidades funcionais contidas nos CONJUNTOS que não preenchem os requisitos da secção J.9.4.2 a) e b)
devem ser submetidas aos seguintes ensaios, em função do que for aplicável.
Os ensaios de emissão e imunidade devem ser efetuados em conformidade com a norma CEM aplicável.
Contudo, o fabricante do CONJUNTO deve especificar qualquer medida adicional necessária para verificar
os critérios de desempenho dos CONJUNTOS se necessário (p.ex. aplicação de tempos de permanência).

J.10.12.1 Ensaios de imunidade

J.10.12.1.1 CONJUNTOS que não incorporam circuitos eletrónicos


Nenhum ensaio é necessário; ver secção J.9.4.3.1.

J.10.12.1.2 CONJUNTOS que incorporam circuitos eletrónicos


Os ensaios devem ser efetuados em função do ambiente aplicável A ou B. Os valores são dados no Quadro
J.1 e/ou J.2, exceto quando um nível de ensaio diferente é dado na norma de produto particular aplicável e
justificado pelo fabricante dos componentes eletrónicos.
Os critérios de desempenho devem ser indicados pelo fabricante do CONJUNTO baseado nos critérios de
aceitação do Quadro J.3.

J.10.12.2 Ensaios de emissão

J.10.12.2.1 Conjuntos que não incluem circuitos eletrónicos


Nenhum ensaio é necessário; ver secção J.9.4.4.1.

J.10.12.2.2 CONJUNTOS que incorporam circuitos eletrónicos


O fabricante dos CONJUNTOS deve especificar os métodos de ensaio utilizados; ver secção J.9.4.4.2.
Os limites de emissão relativos ao ambiente A são dados na IEC 61000-6-4:2006, Quadro 1.
Os limites de emissão relativos ao ambiente B são dados na IEC 61000-6-3:2006, Quadro 1.
Se o CONJUNTO incorpora portas de telecomunicações, os requisitos de emissão do CISPR 22 relevantes
para essas portas e para ambiente selecionado devem aplicar-se.
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Quadro J. 1.- Ensaio para imunidade CEM para o Ambiente A


(ver secção J.10.12.1)
Critério de
Tipo de ensaio Nível de ensaio requerido desempenho
c

Ensaio de imunidade às descargas ±8 kV/ descarga no ar


eletrostáticas ou ± 4 kV/ descarga ao contacto B
IEC 61000-4-2
Ensaio de imunidade aos campos
eletromagnéticos radiados
10 V/m na porta do invólucro A
IEC 61000-4-3 de 80 MHz a 1 GHz e 1,4 GHz
a 2 GHz
Ensaio de imunidade aos transitórios elétricos ± 2 kV nas portas de alimentação
rápido sem salva ± 1 kV nas portas de sinais incluindo os B
IEC 61000-4-4 circuitos auxiliares e a terra funcional
1,2/50 µs e 8/20 µs ensaio de imunidade às ± 2 kV (fase à terra) nas portas de
ondas de choques alimentação
IEC 61000-4-5 a) ± 1kV (entre fases) nas portas de B
alimentação
± 1kV (fase à terra) nas portas de sinais
Ensaio de imunidade às perturbações
10 V nas portas de alimentação, nas portas
conduzidas às frequências rádio elétricas A
de sinais e na terra funcional
IEC 61000-4-6 de 150 kHz a 80 MHz
Imunidade aos campos magnéticos à
frequência da rede 30 A/m b) nas portas do invólucro A
IEC 61000-4-8
Imunidade às cavas e às interrupções de 30% de redução para 0,5 ciclos B
tensão 60 % de redução para 5 e 50 ciclos C
IEC 61000-4-11 d) >95 % de redução para 250 ciclos C
Imunidade às harmónicas da rede
Sem requisitos
IEC 61000-4-13
a)
Para equipamento e/ou portas de entrada/saída com uma tensão estipulada em corrente contínua de 24 V
ou menor, os ensaios não são requeridos.
b)
Aplicável apenas aos aparelhos que comportam dispositivos sensíveis aos campos magnéticos.
c)
Os critérios de desempenho não dependem do ambiente. Ver Quadro J.3.
d)
Aplicável apenas às portas de alimentação da rede.
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Quadro J. 2.-Ensaio para imunidade CEM para o Ambiente B


(ver secção J.10.12.1)
Critério de
Tipo de ensaio Nível de ensaio requerido desempenho
c)

Ensaio de imunidade às descargas ± 8 kV/ descarga no ar


eletrostáticas ou ± 4 kV/ descarga ao contacto B
IEC 61000-4-2
Ensaio de imunidade aos campos
eletromagnéticos radiados
3 V/m na porta do invólucro A
IEC 61000-4-3 de 80 MHz a 1 GHz e 1,4 GHz
a 2 GHz
Ensaio de imunidade aos transitórios elétricos ± 1 kV nas portas de alimentação
rápido sem salva ± 0,5 kV nas portas de sinais incluindo os B
IEC 61000-4-4 circuitos auxiliares e a terra funcional
1,2/50 µs e 8/20 µs ensaio de imunidade às ± 0,5 kV (fase à terra) nas portas de
ondas de choques alimentação e de sinais com exceção das
IEC 61000-4-5 a) portas de alimentação da rede em que se B
aplica ± 1 kV (fase-terra) ± 0,5 kV (entre
fases)
Ensaio de imunidade às perturbações
3 V nas portas de alimentação, nas portas
conduzidas às frequências radioelétricas A
de sinais e na terra funcional
IEC 61000-4-6 de 150 kHz a 80 MHz
Imunidade aos campos magnéticos à
frequência da rede 3 A/m b) nas portas do invólucro A
IEC 61000-4-8
Imunidade às cavas e às interrupções de 30 % de redução para 0,5 ciclos B
tensão 60 % de redução para 5 ciclos C
IEC 61000-4-11 d) > 95 % de redução para 250 ciclos C
Imunidade às harmónicas da rede
Sem requisitos
IEC 61000-4-13
a)
Para equipamento e/ou portas de entrada/saída com uma tensão estipulada em corrente continua de 24 V ou menor,
os ensaios não são requeridos.
b)
Aplicável apenas aos aparelhos e utensílios que comportam dispositivos sensíveis aos campos magnéticos.
c)
Os critérios de desempenho não dependem do ambiente. Ver Quadro J.3.
d)
Aplicável apenas às portas de alimentação da rede.
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Quadro J. 3 – Critérios de aceitação na presença de perturbações eletromagnéticas


Critério de aceitação
Item (critério de desempenho durante o ensaio)
A B C
Sem modificações das Degradação temporária ou
características de Degradação
perda de desempenho que
funcionamento. temporária ou perda
Desempenho global requer a intervenção do
de desempenho que é
Funcionamento como operador ou uma
auto-recuperável
pretendido reiniciação do sistema a)
Degradação temporária ou
Degradação
Funcionamento dos perda de desempenho que
Sem maus temporária ou perda
circuitos de potência e requer a intervenção do
funcionamentos de desempenho que é
dos circuitos auxiliares operador ou uma
auto-recuperável a)
reiniciação do sistema a)
Sem alterações
visíveis na informação Desligar.
Alterações
do ecrã.
temporárias visíveis, Perda de desempenho do
Funcionamento de Apenas leves ou perda de ecrã ou informação errada.
ecrãs e painéis de flutuações na informação.
controlo Modo de operação não
intensidade de
Iluminação LED não permitida.
iluminação dos LED,
desejada Não auto-recuperável
ou leve movimento
dos caracteres
Erros no processamento
Distúrbios temporários
Comunicações e de informações.
nas comunicações,
Processamento de transferência de dados Perda de dados e/ou
com possíveis
informação e funções para dispositivos informações.
relatórios de erros dos
sensoriais externos sem
dispositivos internos e Erros nas comunicações.
distúrbios
externos
Não auto-recuperável
a)
Os requisitos específicos devem ser detalhados na norma de produto.
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Anexo K
(normativo)

Proteção por separação elétrica

K.1 Generalidades
A separação elétrica é uma medida de proteção na qual:
 a proteção principal (proteção contra os contactos diretos) é assegurada pela isolação principal entre as
partes ativas perigosas e as partes condutoras acessíveis de um circuito separado, e
 a proteção de defeito à terra (proteção contra os contactos indiretos) é assegurada:
 pela simples separação do circuito separado dos outros circuitos e da terra;
 por uma ligação equipotencial de proteção não ligada à terra de interconexão das partes expostas do
equipamento do circuito separado se mais de um elemento do equipamento é conectado a esse circuito
separado.
A conexão voluntária das partes condutoras acessíveis a um condutor de proteção ou a um condutor de terra
não é permitida.

K.2 Separação elétrica

K.2.1 Fonte de alimentação


A proteção por uma separação elétrica deve ser assegurada pela conformidade com todas os requisitos das
secções K.2.2 a K.2.5.

K.2.2 Fonte de alimentação


O circuito deve ser alimentado por uma fonte que assegure a separação por:
 um transformador de separação de circuitos, ou
 uma fonte de corrente assegurando um grau de segurança equivalente à do transformador de separação de
circuitos especificado acima, por exemplo um motogerador com os enrolamentos assegurando uma
isolação equivalente.
NOTA: A capacidade de resistir a uma tensão de ensaio particularmente elevada é reconhecida como um meio de assegurar o grau
de isolação necessário.

As fontes móveis de alimentação conectadas a uma rede de alimentação devem ser escolhidas em
conformidade com a secção K.3 (equipamentos de classe II ou isolação equivalente).
As fontes fixas de alimentação devem ser:
 quer selecionadas em conformidade com a secção K.3, ou
 de forma que a saída é separada da entrada e do invólucro por uma isolação que satisfaça às condições da
secção K.3; se uma tal fonte alimenta vários elementos de um equipamento, as partes condutoras
acessíveis desse equipamento não devem ser conectadas ao invólucro metálico da fonte.
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K.2.3 Seleção e instalação da fonte de alimentação

K.2.3.1 Tensão

A tensão do circuito separado eletricamente não deve exceder 500 V.

K.2.3.2 Instalação

K.2.3.2.1 As partes ativas do circuito separado não devem ser conectadas a um ponto qualquer de um outro
circuito ou à terra.
Para evitar o risco de defeito à terra, deve ser dada uma especial atenção à isolação de tais partes em relação
à terra, especialmente para os canos flexíveis e os cordões.
As disposições devem assegurar uma separação elétrica que não seja inferior à que existe entre a entrada e a
saída de um transformador de separação de circuitos.
NOTA: Em particular, a separação elétrica é necessária entre as partes ativas dos materiais elétricos como os relés, os
contactores, os interruptores auxiliares e qualquer parte de um outro circuito.

K.2.3.2.2 Os cabos flexíveis e os cordões devem ser visíveis em toda a parte do seu comprimento suscetível
de sofrer estragos mecânicos.

K.2.3.2.3 Para os circuitos separados, a utilização de cablagens separadas é necessária. Se a utilização de


condutores da mesma cablagem para circuitos separados e de outros circuitos é inevitável, os cabos
multicondutores sem revestimento metálico ou os condutores isolados em condutas isolantes, em
canalizações ou em calhas devem ser utilizados desde que a sua tensão estipulada não seja inferior à tensão
mais elevada suscetível de ocorrer e que cada circuito seja protegido contra as sobreintensidades.

K.2.4 Alimentação de um só elemento dos aparelhos e utensílios


Quando um único elemento dos aparelhos e utensílios é alimentado, as partes condutoras acessíveis do
circuito separado não devem ser conectadas ao condutor de proteção nem às partes condutoras acessíveis dos
outros circuitos.
NOTA: Se as partes condutoras acessíveis do circuito separado são suscetíveis de entrar em contacto, quer isso seja intencional ou
fortuito, com as partes condutoras acessíveis dos outros circuitos, a proteção contra os choques elétricos não depende mais
unicamente da proteção por separação elétrica mas das medidas de proteção às quais estas últimas partes condutoras acessíveis
estão sujeitas.

K.2.5 Alimentação de mais de um elemento dos aparelhos e utensílios


Se forem tomadas precauções para proteger o circuito separado contra os estragos e um defeito da isolação,
uma fonte de alimentação, cumprindo com a secção K.2.2, poderá alimentar mais de um elemento dos
aparelhos e utensílios desde que os requisitos seguintes sejam satisfeitos.
a) As partes condutoras acessíveis do circuito separado devem ser conectadas em conjunto pelos condutores
de ligação equipotencial isolados não ligados à terra. Tais condutores não devem ser conectados aos
condutores de proteção ou às partes condutoras acessíveis dos outros circuitos ou a qualquer parte
externa.
NOTA: Se as partes condutoras acessíveis do circuito separado são suscetíveis de entrar em contacto, quer isso seja de
maneira intencional ou fortuita, com as partes condutoras acessíveis de outros circuitos, a proteção contra os choques elétricos
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não depende mais unicamente da proteção por separação elétrica mas das medidas de proteção às quais estas últimas partes
condutoras acessíveis estão sujeitas.

b) Todas as tomadas de corrente devem ser munidas de contactos de proteção que devem ser conectados ao
sistema de ligação equipotencial assegurado em conformidade com o ponto a).
c) Exceto quando alimentam aparelhos de classe II, todos os cabos flexíveis devem possuir um condutor de
proteção destinado a ser utilizado como condutor de ligação equipotencial.
Deve ser assegurado que se dois defeitos afetando as partes condutoras acessíveis ocorrerem e que são
alimentados por condutores de polaridade diferente, um dispositivo de proteção deve cortar a alimentação
num tempo conforme os valores do Quadro K.1.
Quadro K. 1 – Tempos de corte máximos para os esquemas TN
U0a Tempos de corte
V s
120 0,8
230 0,4
277 0,4
400 0,2
>400 0,1
a)
Valores baseados na IEC 60038.

Para as tensões que estão dentro dos limites da gama de tolerância indicada na IEC 60038, o tempo de corte
apropriado à tensão estipulada aplica-se.
Para os valores intermédios de tensão, o valor imediatamente superior no quadro acima aplica-se.

K.3 Equipamentos de classe II ou isolação equivalente


A proteção deve ser assegurada por um equipamento elétrico dos seguintes tipos:
 Equipamento elétrico com dupla isolação ou uma isolação reforçada (equipamentos de classe II)
 CONJUNTOS com uma isolação total, ver secção 8.4.3.3.
Este equipamento é marcado com o símbolo .
NOTA: Esta medida é destinada a impedir a aparição de uma tensão perigosa nas partes acessíveis dos equipamentos elétricos
através de um defeito na isolação principal.
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Anexo L
(informativo)

Distâncias de isolamento no ar e linhas de fuga na América do Norte

Quadro L.1 – Distâncias de isolamento mínimas no ar


Tensão estipulada de Distância de isolamento mínimas no ar
funcionamento mm
V
Entre fases Fase à terra
a)
(150) 125 ou menos 12,7 12,7
a
(151) 126 - 250 19,1 12,7
251 - 600 25,4 25,4
a)
Os valores entre parêntesis são aplicáveis no México.

Quadro L.2 – Linhas de fuga mínimas


Tensão estipulada de Linhas de fuga mínimas
funcionamento mm
V
Entre fases Fase à terra
a)
(150) 125 ou menos 19,1 12,7
a)
(151) 126 - 250 31,8 12,7
251 - 600 50,8 25,4
a)
Os valores entre parêntesis são aplicáveis no México.

NOTA: Estes dados não constituem uma lista completa e exaustiva de todos os regulamentos específicos do mercado
norte-americano.
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Anexo M
(informativo)

Limites de aquecimento na América do Norte

Os limites de aquecimento autorizados na América do Norte são baseados nos aquecimentos admissíveis
para os dispositivos conectados (conectores de fios, cabos, disjuntores, etc.). Estes limites devem ser tidos
em conta de forma a manter um funcionamento correto e seguro da rede elétrica no seu conjunto. Estes
requisitos são dados pelo National Electrical Code, NFPA 70 (2002), Article 110.14-C, “Tenperature
Limitations”. Este documento é publicado pelo National Fire Protection Association, Quincy, Massachusetts,
USA. No México, estes requisitos são dados pela NOM-001-SEDE.
Quadro M.1 – Limites de aquecimento na América do norte
Partes dos CONJUNTOS Aquecimentos
K

Barramentos não revestidos 50

Barramentos revestidos 65

Terminais com exceção dos mencionados abaixo 50


Terminais para os dispositivos marcados para serem utilizados com os condutores 60
de temperatura admissível máxima de 90 ºC, na base de uma corrente admissível a
75 ºC
Terminais para os dispositivos com as características estipuladas de 110 A e 65
inferiores, com uma marcação para uma utilização com os condutores de
temperatura admissível de 75 ºC
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Anexo N
(normativo)

Corrente de funcionamento e potência dissipada das barras em cobre


nuas

Os quadros seguintes fornecem os valores para as correntes de funcionamento dos condutores e das potências
dissipadas nas condições ideais no interior do CONJUNTO (ver secções 10.10.2.2.3, 10.10.4.2.1 e
10.10.4.3.1). O presente anexo não é aplicável aos condutores verificados por ensaio.
Os métodos de cálculo utilizados para determinar os valores são dados para permitir o seu cálculo para outras
condições.
Quadro N.1 – Corrente de funcionamento e potência dissipada das barras em cobre nuas com uma secção eficaz
retangular, correndo horizontalmente e dispostas com seu maior lado vertical, frequência de 50 Hz a 60 Hz (temperatura
ambiente no interior do CONJUNTO: 55 ºC, temperatura do condutor 70 ºC)
Altura X Secção Uma barra por fase Duas barras por fase
espessura eficaz da
das barras barra (espaço = espessura das barras)

K3 Corrente de Potência K3 Corrente de Potência


funcionamento dissipada funcionamento dissipada
por por
condutor de condutor de
fase Pv fase Pv
mm x mm mm2 A W/m A W/m
12 × 2 23,5 1,00 70 4,5 1,01 118 6,4
15 × 2 29,5 1,00 83 5,0 1,01 138 7,0
15 × 3 44,5 1,01 105 5,4 1,02 183 8,3
20 × 2 39,5 1,01 105 6,1 1,01 172 8,1
20 × 3 59,5 1,01 133 6,4 1,02 226 9,4
20 × 5 99,1 1,02 178 7,0 1,04 325 11,9
20 × 10 199 1,03 278 8,5 1,07 536 16,6
25 × 5 124 1,02 213 8,0 1,05 381 13,2
30 × 5 149 1,03 246 9,0 1,06 437 14,5
30 × 10 299 1,05 372 10,4 1,11 689 18,9
40 × 5 199 1,03 313 10,9 1,07 543 17,0
40 × 10 399 1,07 465 12,4 1,15 839 21,7
50 × 5 249 1,04 379 12,9 1,09 646 19,6
50 ×10 499 1,08 554 14,2 1,18 982 24,4

(continua)
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Quadro N.1 – Corrente de funcionamento e potência dissipada das barras em cobre nuas com uma secção eficaz
retangular, correndo horizontalmente e dispostas com seu maior lado vertical, frequência de 50 Hz a 60 Hz (temperatura
ambiente no interior do CONJUNTO: 55 ºC, temperatura do condutor 70 ºC) (conclusão)
Altura X Secção Uma barra por fase Duas barras por fase
espessura eficaz da
das barras barra (espaço = espessura das barras)

K3 Corrente de Potência K3 Corrente de Potência


funcionamento dissipada funcionamento dissipada
por por
condutor de condutor de
fase Pv fase Pv
mm × mm mm2 A W/m A W/m
60 × 5 299 1,05 447 15,0 1,10 748 22,0
60 × 10 599 1,10 640 16,1 1,21 1118 27,1
80 × 5 399 1,07 575 19,0 1,13 943 27,0
80 × 10 799 1,13 806 19,7 1,27 1372 32,0
100 × 5 499 1,10 702 23,3 1,17 1125 31,8
100 × 10 999 1,17 969 23,5 1,33 1612 37,1
120 × 10 1200 1,21 1131 27,6 1,41 1859 43,5

I 2  k3
Pv   1    Tc  20º C 
kA
onde:

Pv é a potência dissipada por metro


I é a corrente de funcionamento
k3 é o fator de deslocamento da corrente
K m
k  56
é a condutividade do cobre,   mm 2
A é a secção eficaz da barra
α é o coeficiente de temperatura de resistência, α = 0,004 K-1
Tc é a temperatura do condutor

As correntes de funcionamento poderão ser convertidas para outras temperaturas do ar ambiente


no interior do CONJUNTO e/ou para uma temperatura do condutor de 90 ºC multiplicando os valores do
Quadro N.1 pelo fator correspondente k4 do Quadro N.2. Então, deve ser efetuado o cálculo das potências
dissipadas utilizando a fórmula dada acima em conformidade.
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Quadro N.2 – Fator k4 para diferentes temperaturas do ar no interior do CONJUNTO e/ou para os condutores
Temperatura do ar no Fator k4
interior do invólucro em
Temperatura do Temperatura do
torno dos condutores
ºC condutor de condutor de
70 ºC 90 ºC
20 2,08 2,49
25 1,94 2,37
30 1,82 2,26
35 1,69 2,14
40 1,54 2,03
45 1,35 1,91
50 1,18 1,77
55 1,00 1,62
60 0,77 1,48

Deve ser dada atenção ao facto que em função da conceção do CONJUNTO, podem aparecer temperaturas
ambientes e de condutores muito diferentes, em particular com correntes de funcionamento mais elevadas.
A verificação do aquecimento real nessas condições deve ser determinado por ensaio. As potências
dissipadas poderão de seguida ser calculadas pelo mesmo método que é utilizado para o Quadro N.2.
NOTA: Com correntes mais elevadas, as perdas por corrente de Foucault poderão ser importantes e não estão incluídas nos
valores do Quadro N.1.
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Anexo O
(informativo)

Recomendações relativas à verificação do aquecimento

O.1 Generalidades
Todos os CONJUNTOS geram calor em serviço. Assumindo como hipótese que a capacidade de dissipação
térmica no interior do CONJUNTO e para o CONJUNTO completo, funcionando à plena carga, excede o
calor total produzido, então o equilíbrio térmico será estabelecido; a temperatura será estabilizada a um
aquecimento superior à temperatura ambiente em torno do CONJUNTO.
A verificação do aquecimento tem como objetivo assegurar a estabilização das temperaturas a um valor que
não resulte em:
a) degradação ou envelhecimento significativos do CONJUNTO,ou
b) transferência de calor excessiva para os condutores externos, de forma que a capacidade de serviço dos
condutores externos e de todo o equipamento ao qual eles estão conectados, possa ser afetada, ou,
c) queimaduras em pessoas, operadores ou animais na vizinhança de um CONJUNTO nas condições
normais de funcionamento.

O.2 Limites de aquecimento


A seleção do método apropriado de verificação do aquecimento é da responsabilidade do fabricante. (ver
Figura O.1).
Todos os limites de aquecimento dados na Norma assumem que o CONJUNTO está localizado num
ambiente no qual as temperaturas ambiente e de pico médias não excedem 35 ºC e 40 ºC, respetivamente.
A Norma assume igualmente que todos os circuitos de saída de um CONJUNTO não estão carregados à sua
corrente estipulada simultaneamente. Este reconhecimento da situação de utilização prática é definido por
um “fator de simultaneidade estipulado”. Tendo em conta que a carga do circuito de entrada não excede a
sua corrente estipulada, a diversidade representa a proporção das correntes estipuladas individuais que todas
as combinações de circuitos de saída podem transportar de forma contínua e simultânea, sem o
sobreaquecimento do CONJUNTO. O fator de simultaneidade (carga assumida) é geralmente definido pelo
CONJUNTO completo, mas o fabricante poderá decidir especificar para grupos de circuitos, por exemplo, os
circuitos numa secção.
A verificação do aquecimento confirma dois critérios, como se segue:
a) cada tipo de circuito é capaz de transportar a sua corrente estipulada quando está incorporado no
CONJUNTO. Isto tem em conta o modo de conexão e de proteção do circuito no CONJUNTO, mas
excluindo qualquer efeito do aquecimento que poderá resultar dos circuitos carregados adjacentes.
b) não se produza qualquer sobreaquecimento do CONJUNTO completo quando o circuito de entrada está
carregado à sua corrente estipulada e sujeito à corrente máxima do circuito de entrada, qualquer
combinação dos circuitos de saída sujeita a uma carga contínua e simultânea igual à sua corrente
estipulada multiplicada pelo fator de diversidade estipulado aplicável ao CONJUNTO.
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Os limites de aquecimento no interior do CONJUNTO são da responsabilidade do fabricante, e são


determinados essencialmente de forma que a temperatura de funcionamento não exceda a capacidade de
longo termo dos materiais utilizados no interior do CONJUNTO. A Norma define os limites de aquecimento
nas interfaces entre o CONJUNTO e o “mundo exterior”, por exemplo, terminais de cabos e pegas de
manobra (Ver Quadro 6).
A verificação do aquecimento pode ser efetuada por ensaio, cálculo ou aplicação das regras de conceção
dentro dos limites definidos pela Norma. É permitido utilizar um método de verificação ou uma combinação
de métodos de verificação estabelecidos na Norma no sentido de verificar as características do aquecimento
do CONJUNTO. Isto permite ao fabricante escolher o método mais apropriado para cada CONJUNTO, ou
parte de um CONJUNTO, tendo em consideração os volumes, a construção, a flexibilidade da conceção, a
corrente estipulada e o tamanho do CONJUNTO.
Em aplicações típicas que envolvam alguma adaptação de uma conceção tipo, existe forte probabilidade de
que vários métodos sejam utilizados para cobrir vários elementos da conceção do CONJUNTO.

O.3 Limites de aquecimento


O.3.1 Generalidades
A Norma fornece orientações para a seleção de grupos de unidades funcionais comparáveis de modo a evitar
ensaios desnecessários. De seguida, a Norma detalha o modo de selecionar a variante crítica de cada grupo
para o ensaio. As regras de conceção são então aplicadas para atribuir características estipuladas aos outros
circuitos que são “termicamente análogos” à variante crítica sujeita a ensaio.
A presente Norma propõe três opções de verificação por ensaio.

O.3.2 Método a) – Verificação do CONJUNTO completo (10.10.2.3.5)


Se vários circuitos ou todos os circuitos do CONJUNTO são carregados simultaneamente, então o mesmo
circuito é apenas capaz de transportar a sua corrente estipulada multiplicada pelo fator de simultaneidade
estipulado (ver secção 5.4), devido à influência térmica dos outros circuitos. Assim, para verificar as
correntes estipuladas de todos os circuitos, é necessário um ensaio separado para cada tipo de circuito. De
forma a verificar o fator de simultaneidade estipulado, um ensaio adicional com cargas aplicadas
simultaneamente em todos os circuitos, deve ser realizado (ver métodos b) e c)).
De forma a evitar um grande número de ensaios que poderão ser necessários, a secção 10.10.2.3.5 descreve
um método de verificação onde apenas um ensaio é realizado com cargas aplicadas simultaneamente em
todos os circuitos. Porque com apenas um só ensaio não é permitido verificar separadamente as correntes
estipuladas e o fator de simultaneidade estipulado dos circuitos, é assumido que o fator de simultaneidade é
igual a um. Neste caso as correntes de carga têm o mesmo valor que as correntes estipuladas.
Este é um método prudente e rápido que permite obter um resultado aplicável a uma montagem particular do
CONJUNTO. Ele demonstra as características estipuladas dos circuitos de saída e do CONJUNTO no
decurso do mesmo ensaio. O circuito de entrada e os barramentos são carregados à sua corrente estipulada e,
tantos circuitos de saída num grupo quantos sejam necessários para distribuir a corrente de entrada, são
carregados à sua corrente estipulada individual, quando instalados num CONJUNTO. Esta situação não é
realista para a maioria das instalações, uma vez que os circuitos de saída não são normalmente carregados
com um fator de simultaneidade igual a um. Se o grupo de unidades funcionais sujeitas a ensaio não incluir
cada um dos diferentes tipos de circuitos de saída integrados no CONJUNTO, ensaios adicionais são
realizados considerando os diferentes grupos de circuitos de saída até que um de cada tipo seja ensaiado.
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Os ensaios efetuados desta forma necessitam de um número mínimo de ensaios de aquecimento, mas este
método de ensaio é mais desfavorável do que o necessário e o resultado obtido não pode ser aplicado a uma
gama de CONJUNTOS.

O.3.3 Método b) – Verificação tendo em conta as unidades funcionais individuais separadamente e o


CONJUNTO completo (10.10.2.3.6)
Com este método de ensaio cada variante crítica de um circuito de saída é ensaiada separadamente para
determinar a sua corrente estipulada e então é ensaiado o CONJUNTO completo com o circuito de entrada
carregado à sua corrente estipulada e o número de circuitos de saída necessário para distribuir a corrente de
entrada, igualmente carregados à sua corrente estipulada multiplicada pelo fator de simultaneidade. O grupo
sujeito a ensaio deverá incluir um circuito de saída de cada variante crítica a ser incorporada no
CONJUNTO. Quando na prática isto não for permitido, grupos adicionais são ensaiados até que todas as
variantes críticas do circuito de saída sejam consideradas.
Este programa de ensaio tem em conta a diversidade da carga dos circuitos de saída da maioria das
aplicações. Contudo, tal como indicado no método a), o resultado é aplicável apenas a uma configuração do
CONJUNTO específica sujeita a ensaio.

O.3.4 Método c) – Verificação tendo em conta as unidades funcionais individuais e os barramentos


principais e de distribuição separadamente bem como o CONJUNTO completo (10.10.2.3.7)
Este método de ensaio permite verificar o aquecimento dos sistemas modulares sem que seja necessário
submeter a ensaio cada combinação imaginável de circuitos. Os ensaios de aquecimento são realizados
separadamente para demonstrar as características estipuladas:
a) das unidades funcionais,
b) dos barramentos principais,
c) dos barramentos de distribuição,
d) do CONJUNTO completo.
Para verificar o desempenho do CONJUNTO completo, estes ensaios são então complementados por um
ensaio num CONJUNTO representativo no qual o circuito de entrada é carregado à sua corrente estipulada e
os circuitos de saída são carregados à sua corrente estipulada multiplicada pelo fator de simultaneidade.
Embora esta abordagem exija um maior número de ensaios do que os métodos a) e b), tem a vantagem de
verificar o sistema modular e não uma configuração específica do CONJUNTO.

O.4 Cálculo
O.4.1 Generalidades
A norma inclui dois métodos de verificação das características de aquecimento por cálculo.

O.4.2 CONJUNTO com um só compartimento com uma corrente estipulada inferior a 630 A
Um método muito simples de verificação do aquecimento que requer a confirmação de que a potência
dissipada total dos componentes e condutores do CONJUNTO não excede capacidade conhecida do
invólucro de potência de dissipada. O âmbito de aplicação deste método é muito limitado e todos os
componentes devem ser objeto de uma desclassificação de 80 % da sua corrente estipulada ao ar livre de
modo a que os pontos quentes não gerem nenhuma dificuldade.
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O.4.3 CONJUNTO com correntes estipuladas não excedendo 1600 A


A verificação do aquecimento é efetuada por cálculo em conformidade com a IEC 60890 com margens
adicionais. O âmbito de aplicação deste método é limitado a 1600 A, os componentes são desclassificados a
80 % da sua corrente estipulada ao ar livre ou menos e qualquer divisória horizontal deve ter, no mínimo,
uma superfície livre de 50 %.

O.5 Regras de conceção


A norma permite deduzir, em condições claramente definidas, as características estipuladas a partir das
variantes similares verificadas por ensaio prévio. Por exemplo, se a corrente estipulada de barramentos
constituídos por placas duplas foi determinada por ensaio, é aceitável atribuir uma corrente estipulada igual a
50 % dessa configuração submetida a ensaio, ao barramento constituído por placas únicas com a mesma
largura e espessura, quando todas as outras considerações são idênticas.
Em aditamento, a característica estipulada de todos os circuitos de um grupo de unidades funcionais
comparáveis (todos os dispositivos devem ser do mesmo tamanho e pertencer à mesma série) pode ser
determinada a partir de um único ensaio de aquecimento efetuado na variante crítica dentro de um grupo.
Um exemplo disto poderá consistir em submeter a ensaio um disjuntor de saída a uma corrente nominal de
250 A e determinar a sua corrente estipulada no CONJUNTO. Então, assumindo que o disjuntor do mesmo
tamanho está a ser considerado e as outras condições especificadas são satisfeitas, calcular a corrente
estipulada de um disjuntor de saída de corrente nominal de 160 A no mesmo CONJUNTO.
Por último, existem regras de conceção muito restritas em relação ao aquecimento, que permitem substituir
um dispositivo por um dispositivo análogo proveniente de uma outra série ou até mesmo de outra marca, sem
a necessidade de submeter a um novo ensaio. Neste caso, a configuração física deve ser essencialmente a
mesma, a potência dissipada e o aquecimento dos terminais do dispositivo de substituição, quando
submetidos a ensaio em conformidade com a norma do produto, não devem ser superiores às do dispositivo
original.
NOTA: Quando é considerada a substituição de um dispositivo, deverão ser considerados que todos os outros critérios de
desempenho, em particular aqueles que se referem com a capacidade de resistência aos curto-circuitos, estão em conformidade com
a Norma, antes que um CONJUNTO seja considerado verificado.
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Figura O.1 – Métodos do aquecimento


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Anexo P
(normativo)

Verificação da resistência suportável aos curto-circuitos das estruturas dos


barramentos por comparação com uma conceção de referência submetida a
ensaio por cálculo

P.1 Generalidades
O presente anexo descreve um método de avaliação de resistência suportável aos curto-circuitos das
estruturas dos barramentos de um CONJUNTO por comparação do CONJUNTO a avaliar com o
CONJUNTO já verificado por ensaio. (ver secção 10.11.5)

P.2 Termos e definições


Para os fins do presente anexo, são aplicáveis os seguintes termos e definições.

P.2.1 estrutura do barramento verificada por ensaio


TS ou SS
Estrutura cujas disposições e equipamentos são documentados por desenhos, nomenclaturas e descrições no
certificado de ensaio (Figura P.1).
Vista lateral

Legenda:
1 barramento 3 conexão dos barramentos
2 suporte 4 conexão dos equipamentos
a, b, I distâncias

Figura P.1 – Estrutura de barramento verificada por ensaio (TS ou SS)


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P.2.2 estrutura do barramento não verificada por ensaio


NTS ou NSS
Estrutura que necessita de verificação de resistência suportável aos curto-circuitos (Figura P.2).

Vista lateral

Legenda:
1 barramento
2 suporte
3 conexão dos barramentos
4 conexão dos equipamentos
a, b, I distâncias
Figura P.2 – Estrutura de barramento não verificada por ensaio (NTS ou NSS)

P.3 Método de verificação


A resistência suportável a curto-circuitos de uma estrutura derivada, isto é uma NTS/ NSS, é verificada a
partir de uma estrutura verificada por ensaio (TS/ SS) aplicando os cálculos de acordo com a IEC 60865-1 a
ambas as estruturas. A resistência suportável a curto-circuitos de uma NTS/ NSS é considerada como
verificada se os cálculos indicam que a NTS/ NSS não suporta solicitações mecânicas e térmicas superiores
às da estrutura verificada por ensaio.
NP
EN 61439-1
2014

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P.4 Condições da aplicação

P.4.1 Generalidades
As modificações dos parâmetros, tais como as distâncias de isolamento no ar entre barramentos, materiais
dos barramentos, secção eficaz dos barramentos e a configuração dos barramentos que se revelem
necessárias para o cálculo em conformidade com a IEC 60865-1 são admissíveis unicamente se as seguintes
condições forem respeitadas.

P.4.2 Valor de pico da corrente de curto-circuito


A corrente de curto-circuito poderá ser modificada apenas para valores inferiores.

P.4.3 Resistência térmica em curto-circuito


A resistência térmica em curto-circuito de uma NTS/ NSS deve ser verificada por cálculos de acordo com a
IEC 60865-1. O aquecimento calculado da NTS/ NSS não deve ser superior ao da TS/ SS.

P.4.4 Suportes dos barramentos


Não são permitidas modificações nos materiais nem nas formas dos suportes de um CONJUNTO verificado
por ensaio. Contudo, outros suportes poderão ser utilizados, mas devem ser previamente submetidos a ensaio
de resistência mecânica.

P.4.5 Conexões dos barramentos, conexões dos equipamentos

Os tipos de conexão dos barramentos e dos equipamentos devem ser previamente verificados por ensaio.

P.4.6 Configurações de barramentos angulares


A IEC 60865-1 é aplicável apenas às configurações de barramentos em linha reta. As configurações de
barramentos angulares poderão ser consideradas como uma série de configurações em linha reta quando os
suportes são fornecidos nos cantos (ver Figura P.3)
NP
EN 61439-1
2014

p. 143 de 151

Legenda:
1 barramento
2 suporte
4 conexão dos equipamentos
a, b, I distância entre suportes
Figura P.3 – Configuração de barramentos angulares com suportes nos cantos

P.4.7 Cálculos com atenção especial à oscilação dos condutores


Para os cálculos, em conformidade com a IEC 60865-1, na estrutura submetida a ensaio (TS/ SS), os valores
seguintes dos fatores Vσ, Vσs e VF devem ser utilizados:

Vσ = Vσs = VF = 1,0

onde:
Vσ é o rácio entre as solicitações dinâmicas e estáticas no condutor principal
Vσs é o rácio entre as solicitações dinâmicas e estáticas no condutor de derivação
VF é o rácio entre as forças dinâmicas e estáticas exercidas no suporte

Para o NSS,

Vσ = Vσs = 1,0 e
VF é calculado em conformidade com a IEC 60865-1, mas VF < 1,0 deve ser substituído por VF = 1,0.
NP
EN 61439-1
2014

p. 144 de 151

Bibliografia

IEC 60038 IEC standard voltages


NOTA: Harmonizada como EN 60038.

IEC 60050-151:2001 International Electrotechnical Vocabulary – Part 151: Electrical and magnetic
devices
IEC 60050-195:1998 International Electrotechnical Vocabulary – Part 195: Earthing and protection
against electric shock
IEC 60050-441:1984 International Electrotechnical Vocabulary – Chapter 441: Switchgear,
controlgear and fuses
IEC 60050-471:2007 International Electrotechnical Vocabulary – Part 471: Insulators
IEC 60050-601:1985 International Electrotechnical Vocabulary – Chapter 601: Generation,
transmission and distribution of electricity – General
IEC 60050-604:1987 International Electrotechnical Vocabulary – Chapter 604: Generation,
transmission and distribution of electricity – Operation
IEC 60050-826:2004 International Electrotechnical Vocabulary – Part 826: Electrical installations
IEC 60079 (todas as Explosive atmospheres
partes)
NOTA: Harmonizada na série EN 60079.

IEC 60092-302:1997 Electrical installations in ships – Part 302: Low-voltage switchgear and
controlgear as
IEC 60112:2003 Method for the determination of the proof and the comparative tracking indices
of solid insulating materials
NOTA: Harmonizada como EN 60112:2003 (não modificada).

IEC 60204 (todas as Safety of machinery – Electrical equipment of machines


partes)
NOTA: Harmonizada na série EN 60204.

IEC 60204-1 Safety of machinery – Electrical equipment of machines – Part 1: General


requirements
NOTA: Harmonizada como EN 60204-1.

IEC 60227-4:1992 Polyvinyl chloride insulated cables of rated voltages up to and including
450/750 V – Part 4: Sheathed cables for fixed wiring
IEC 60228:2004 Conductors of insulated cables
NOTA: Harmonizada como EN 60228:2005 (não modificada).

IEC 60417-SN:2011 Graphical symbols for use on equipment


IEC 60502-1:2004 Power cables with extruded insulation and their accessories for rated
voltages from 1 kV (Um = 1,2 kV) up to 30 kV (Um = 36 kV) – Part 1: Cables
for rated voltages of 1 kV (Um = 1,2 kV) and 3 kV (Um = 3,6 kV)
NP
EN 61439-1
2014

p. 145 de 151

IEC 60947 (todas as Low-voltage switchgear and controlgear


partes)
NOTA: Harmonizada na série EN 60947.

IEC 61000-3-2:2005 Electromagnetic compatibility (EMC) – Part 3-2: Limits – Limits for harmonic
current emissions (equipment input current ≤ 16 A per phase)
NOTA: Harmonizada como EN 61000-3-2:2006 (não modificada).

IEC 61000-3-3 Electromagnetic compatibility (EMC) – Part 3-3: Limits – Limitation of voltage
changes, voltage fluctuations and flicker in public low-voltage supply systems, for
equipment with rated current ≤ 16 A per phase and not subject to conditional
connection
NOTA: Harmonizada como EN 61000-3-3.

IEC 61000-3-5 Electromagnetic compatibility (EMC) – Part 3-5: Limits – Limitation of


voltagefluctuations and flicker in low-voltage power supply systems for equipment
with rated current greater than 75 A
IEC 61000-3-11 Electromagnetic compatibility (EMC) – Part 3-11: Limits – Limitation of voltage
changes, voltage fluctuations and flicker in public low-voltage supply systems –
Equipment with rated current ≤ 75 A and subjet to conditional connection
NOTA: Harmonizada como EN 61000-3-11.

IEC 61000-3-12 Electromagnetic compatibility (EMC) – Part 3-12: Limits – Limits for harmonic
currents produced by equipment connected to public low-voltage systems with
input current > 16 A and ≤ 75 A per phase
NOTA: Harmonizada como EN 61000-3-12.

IEC 61000-6-1 Electromagnetic compatibility (EMC) – Part 6-1: Generic standards – Immunity
for residential, commercial and light-industrial environments
NOTA: Harmonizada como EN 61000-6-1.

IEC 61000-6-2 Electromagnetic compatibility (EMC) – Part 6-2: Generic standards – Immunity
for industrial environments
NOTA: Harmonizada como EN 61000-6-2.

IEC 61000-6-3 Electromagnetic compatibility (EMC) – Part 6-3: Generic standards – Emission
standard for residential, commercial and light-industrial environments
NOTA: Harmonizada como EN 61000-6-3.

IEC 61082 (todas as Preparation of documents used in electrotechnology


partes)
NOTA: Harmonizada na série EN 61082.

IEC/TR 61117:1992 A method for assessing the short-circuit withstand strength of partially type-tested
assemblies (PTTA)
IEC 61140:2001 Protection against electric shock – Common aspects for installation and
equipment
NOTA: Harmonizada como EN 61140:2002 (não modificada).
NP
EN 61439-1
2014

p. 146 de 151

IEC 61241(todas as Electrical apparatus for use in the presence of combustible dust
partes)
NOTA: Harmonizada na série EN 61241.

IEC/TR 61912-1:2007 Low-voltage switchgear and controlgear – Overcurrent protective devices –


Part 1: Application of short-circuit ratings
IEC/TR 61912-2:2009 Low-voltage switchgear and controlgear – Over-current protective devices –
Part 2: Selectivity under over-current conditions
DIN 43671:1975 Copper busbars; design for continuous current
NP
EN 61439-1
2014

p. 147 de 151

Anexo ZA
(normativo)

Referências normativas a documentos internacionais e a sua correspondência a


documentos europeus

Os documentos a seguir referenciados são indispensáveis à aplicação deste documento. Para referências
datadas, apenas se aplica a edição citada. Para referências não datadas, aplica-se a última edição do
documento referenciado (incluindo as emendas).
NOTA: Quando uma publicação internacional é modificada por modificações comuns, indicado por (mod), aplica-se a respetiva
EN/HD.

Publicação Ano Título EN/HD Ano


IEC 60068-2-2 2007 Environmental testing – Part 2-2: Tests – Test B: EN 60068-2-2 2007
Dry heat
IEC 60068-2-11 1981 Environmental testing – Part 2: Tests – Test Ka: EN 60068-2-11 1999
Salt mist
IEC 60068-2-30 2005 Environmental testing – Part 2-30: Tests – Test EN 60068-2-30 2005
Db: Damp heat, cyclic (12 h + 12 h cycle)
IEC 60073 2002 Basic and safety principles for man-machine EN 60073 2002
interface, marking and identification – Coding
principles for indicators and actuators
IEC 60085 2007 Electrical insulation – Thermal evaluation and EN 60085 2008
designation
IEC 60216 Série Electrical insulating materials – Properties of EN 60216 Série
thermal endurance
IEC 60227-3 (mod) 1993 Polyvinyl chloride insulated cables of rated HD 21.3 S31) 1995
voltages up to and including 450/750 V – + A1 1999
Part 3: Non-sheathed cables for fixed wiring + A2 2008
IEC 60245-3 1994 Rubber insulated cables – Rated voltages up - -
to and including 450/750 V – Part 3: Heat
resistant silicone insulated cables
IEC 60245-4 (mod) 1994 Cables of rated voltages up to and including HD 21.3 S32) 1995
450/750 V and having cross-linked insulation – + A1 1999
Part 4: Cords and flexible cables + A2 2002
IEC 60364 Série Low-voltage electrical installations HD 60364 Série
IEC 60364-4-41 2005 Low-voltage electrical installations – Part 4-41: HD 60364-4-41 2007
(mod) Protection for safety – Protection against electric + corr. julho 2007
shock

1)
A HD 21.3 S3 é substituída pela EN 50525-2-31:2011
2)
A HD 22.4 S3 é substituída pela HD 22.4 S4:2004
NP
EN 61439-1
2014

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IEC 60364-4-44 2007 Low voltage electrical installations – Part 4-44: HD 60364-4- 2010
(mod) Protection for safety – Protection against voltage 444 2010
disturbances and electromagnetic disturbances + corr. julho
IEC 60364-5-53 2001 Electrical installations of buildings – Part 5-53: - -
Selection and erection of electrical equipment –
Isolation, switching and control
IEC 60364-5-54 2011 Low-voltage electrical installations – Part 5-54: HD 60364-5-54 2011
Selection and erection of electrical equipment –
Earthing arrangements and protective
conductors
IEC 60439 Série Low-voltage switchgear and controlgear EN 60439 Série
assemblies
IEC 60445 2010 Basic and safety principles for man-machine EN 60445 2010
interface, marking and identification –
Identification of equipment terminals, conductor
terminations and conductors
IEC 60447 2004 Basic and safety principles for man-machine EN 60447 2004
interface, marking and identification – Actuating
principles
IEC 60529 1989 Degrees of protection provided by enclosures EN 60529 1991
(IP Code) + corr. maio 1993
IEC 60664-1 2007 Insulation coordination for equipment within EN 60664-1 2007
low-voltage systems – Part 1: Principles,
requirements and tests
IEC 60695-2-10 2000 Fire hazard testing – Part 2-10: Glowing/ EN 60695-2-10 2001
hot-wire based test methods – Glow-wire
apparatus and common test procedure
IEC 60695-2-11 2000 Fire hazard testing – Part 2-11: Glowing/ EN 60695-2-11 2001
hot-wire based test methods – Glow-wire
flammability test method for end-products
IEC 60695-11-5 2004 Fire hazard testing – Part 11-5: Test flames – EN 60695-11-5 2005
Needle-flame test method – Apparatus,
confirmatory test arrangement and guidance
IEC 60865-1 1993 Short-circuit currents – Calculation of effects – EN 60865-1 1993
Part 1: Definitions and calculation methods
IEC/TR3 60890 1987 A method of temperature-rise assessment by CLC/TR 2002
extrapolation for partially type-tested assemblies 608903)
(PTTA) of low-voltage switchgear and
controlgear
IEC 60947-1 2007 Low-voltage switchgear and controlgear – EN 60947-1 2007
Part 1: General rules
IEC 61000-4-2 2008 Electromagnetic compatibility (EMC) – Part 4-2: EN 61000-4-2 2009
Testing and measurement techniques –
Electrostatic discharge immunity test

3)
A CLC/TR 60890 inclui a A1:1995 da IEC/TR3 60890 + corr. março 1988.
NP
EN 61439-1
2014

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IEC 61000-4-3 2006 Electromagnetic compatibility (EMC) – Part 4-3: EN 61000-4-3 2006
Testing and measurement techniques – Radiated,
radio-frequency, electromagnetic field immunity
test
IEC 61000-4-4 2004 Electromagnetic compatibility (EMC) – Part 4-4: EN 61000-4-4 2004
Testing and measurement techniques – Electrical
fast transient/burst immunity test
IEC 61000-4-5 2005 Electromagnetic compatibility (EMC) – Part 4-5: EN 61000-4-5 2006
Testing and measurement techniques – Surge
immunity test
IEC 61000-4-6 2008 Electromagnetic compatibility (EMC) – Part 4-6: EN 61000-4-6 2009
Testing and measurement techniques – Immunity
to conducted disturbances, induced by
radio-frequency fields
IEC 61000-4-8 2009 Electromagnetic compatibility (EMC) – Part 4-8: EN 61000-4-8 2010
Testing and measurement techniques – Power
frequency magnetic field immunity test
IEC 61000-4-11 2004 Electromagnetic compatibility (EMC) – EN 61000-4-11 2004
Part 4-11: Testing and measurement techniques
– Voltage dips, short interruptions and voltage
variations immunity tests
IEC 61000-4-13 2002 Electromagnetic compatibility (EMC) – EN 61000-4-13 2002
Part 4-13: Testing and measurement
techniques – Harmonics and interharmonics
including mains signalling at a.c. power port,
low frequency immunity tests
IEC 61000-6-4 2006 Electromagnetic compatibility (EMC) – Part 6-4: EN 61000-6-4 2007
Generic standards – Emission standard for
industrial environments
IEC 61082-1 - Preparation of documents used in EN 61082-1 -
electrotechnology – Part 1: Rules
IEC 61180 Série High-voltage test techniques for low-voltage EN 61180 Série
equipment
IEC/TS 61201 2007 Use of conventional touch voltage limits – - -
Application guide
IEC 61439 Série Low-voltage switchgear and controlgear EN 61439 Série
assemblies
IEC 62208 - Empty enclosures for low-voltage switchgear EN 62208 -
and controlgear assemblies – General
requirements
IEC 62262 2002 Degrees of protection provided by enclosures EN 62262 2002
for electrical equipment against external
mechanical impacts (IK code)
IEC 81346-1 - Industrial systems, installations and equipment EN 81346-1 -
and industrial products – Structuring principles
and reference designations – Part 1: Basic rules
IEC 81346-2 - Industrial systems, installations and equipment EN 81346-2 -
and industrial products – Structuring principles
and reference designations – Part 2:
Classification of objects and codes for classes
NP
EN 61439-1
2014

p. 150 de 151

CISPR 11 (mod) 2009 Industrial, scientific and medical equipment – EN 55011 2009
Radio-frequency disturbance characteristics –
Limits and methods of measurement
CISPR 22 - Information technology equipment – Radio EN 55022 -
disturbance characteristics – Limits and methods
of measurement
ISO 178 2001 Plastics – Determination of flexural properties EN ISO 178 2003
ISO 179 Série Plastics – Determination of Charpy impact EN ISO 179 Série
properties
ISO 2409 2007 Paints and varnishes – Cross-cut test EN ISO 2409 2007
ISO 4628-3 2003 Paints and varnishes – Evaluation of EN ISO 4628-3 2003
degradation of coatings – Designation of
quantity and size of defects, and of intensity of
uniform changes in appearance – Part 3:
Assessment of degree of rusting
ISO 4892-2 2006 Plastics – Methods of exposure to laboratory EN ISO 4892-2 2006
light sources – Part 2: Xenon-arc lamps
NP
EN 61439-1
2014

p. 151 de 151

Anexo ZZ
(informativo)

Cobertura dos requisitos essenciais da Diretiva 2004/108/CE

Esta Norma Europeia foi elaborada no âmbito de um mandato atribuído ao CENELEC pela Comissão
Europeia e pela Associação Europeia de Comércio Livre e o seu campo de aplicação cobre todos os
requisitos essenciais aplicáveis tal como figuram na secção 1 do Anexo I da Diretiva 2004/108/CE.
Esta Parte 1 da série da EN 61439 sozinha não garante presunção de conformidade com os requisitos
essenciais da Diretiva CEM sem a outra parte relevante da série (p. ex. a EN 61439-2 para interruptores de
potência e aparelhagens). Essas partes dos produtos evocam a aplicabilidade dos requisitos CEM da
EN 61439-1 para os conjuntos dentro do seu campo específico.
AVISO: Poderão ser aplicados outros requisitos e outras Diretivas UE ao(s) produto(s) abrangido(s) por esta
Norma.

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