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NP

Norma EN 13172
2014
Portuguesa
Produtos de isolamento térmico
Avaliação da conformidade
Produits isolants thermiques
Évaluation de la conformité

Thermal insulation products


Evaluation of conformity

ICS HOMOLOGAÇÃO
91.100.60 Termo de Homologação n.º 185/2014, de 2014-10-21
A presente Norma substitui a NP EN 13172:2001 (Ed. 1)

ELABORAÇÃO
CT 16 (APCOR)
CORRESPONDÊNCIA
Versão portuguesa da EN 13172:2012 2ª EDIÇÃO
2014-11-14

CÓDIGO DE PREÇO
X010

 IPQ reprodução proibida

Rua António Gião, 2


2829-513 CAPARICA PORTUGAL

Tel. + 351-212 948 100 Fax + 351-212 948 101


E-mail: ipq@ipq.pt Internet: www.ipq.pt
Preâmbulo nacional
À Norma Europeia EN 13172:2012, foi dado o estatuto de Norma Portuguesa em 2012-05-02 (Termo de
Adoção nº 435/2012, de 2012-05-02).
NORMA EUROPEIA EN 13172
NORME EUROPÉENNE
EUROPÄISCHE NORM
EUROPEAN STANDARD janeiro 2012

ICS: 91.100.60 Substitui a EN 13172:2008

Versão portuguesa
Produtos de isolamento térmico
Avaliação da conformidade

Wärmedämmstoffe Produits isolants thermiques Thermal insulation products


Konformitätsbewertung Évaluation de la conformité Evaluation of conformity

A presente Norma é a versão portuguesa da Norma Europeia EN 13172:2012, e tem o mesmo estatuto que
as versões oficiais. A tradução é da responsabilidade do Instituto Português da Qualidade.
Esta Norma Europeia foi ratificada pelo CEN em 2011-12-09.
Os membros do CEN são obrigados a submeter-se ao Regulamento Interno do CEN/CENELEC que define
as condições de adoção desta Norma Europeia, como norma nacional, sem qualquer modificação.
Podem ser obtidas listas atualizadas e referências bibliográficas relativas às normas nacionais
correspondentes junto do Secretariado Central ou de qualquer dos membros do CEN.
A presente Norma Europeia existe nas três versões oficiais (alemão, francês e inglês). Uma versão noutra
língua, obtida pela tradução, sob responsabilidade de um membro do CEN, para a sua língua nacional, e
notificada ao Secretariado Central, tem o mesmo estatuto que as versões oficiais.
Os membros do CEN são os organismos nacionais de normalização dos seguintes países: Alemanha,
Antiga república Jugoslava da Macedónia, Áustria, Bélgica, Dinamarca, Espanha, Finlândia, França, Grécia,
Irlanda, Islândia, Itália, Luxemburgo, Noruega, Países Baixos, Portugal, Reino Unido, Suécia e Suíça.

CEN
Comité Europeu de Normalização
Europäisches Komitee für Normung
Comité Européen de Normalisation
European Committee for Standardization

Secretariado Central: Avenida Marnix 17, B-1000 Bruxelas

 2012 CEN Direitos de reprodução reservados aos membros do CEN

Ref. nº EN 13172:2012 Pt
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Sumário Página
Preâmbulo nacional .................................................................................................................................. 2
Preâmbulo ................................................................................................................................................. 6
1 Objetivo e campo de aplicação ............................................................................................................. 8
2 Referências normativas ......................................................................................................................... 8
3 Termos, definições, símbolos, unidades e abreviaturas ..................................................................... 8
4 Requisitos gerais .................................................................................................................................... 9
5 Requisitos do controlo de produção em fábrica – Tarefas do fabricante ........................................ 10
5.1 Generalidades ....................................................................................................................................... 10
5.2 Organização .......................................................................................................................................... 10
5.3 Manual da qualidade............................................................................................................................. 10
5.4 Inspeção e ensaio .................................................................................................................................. 11
5.5 Ações em caso de produtos não conformes .......................................................................................... 16
5.6 Manuseamento, armazenamento, embalagem e marcação dos produtos ............................................ 16
5.7 Rastreabilidade dos produtos ................................................................................................................ 16
5.8 Formação do pessoal ............................................................................................................................ 16
6 Ensaio de tipo inicial ............................................................................................................................. 17
Anexo A (informativo) Certificação da conformidade (não destinada à marcação CE) .................... 18
A.1 Organismos envolvidos no procedimento de avaliação da conformidade .................................... 18
A.2 Tarefas do organismo autorizado .................................................................................................... 18
A.3 Marca de conformidade .................................................................................................................... 23
Anexo B (informativo) Certificação da conformidade (para os produtos pertencentes às
classes de reacção ao fogo do âmbito do sistema 1)) ............................................................................... 25
B.1 Organismos envolvidos no procedimento de avaliação da conformidade .................................... 25
B.2 Tarefas do organismo autorizado ..................................................................................................... 25
Anexo C (informativo) Declaração de conformidade pelo fabricante (para os requisitos de
desempenho do âmbito do sistema 3)) ..................................................................................................... 30
C.1 Organismos envolvidos no procedimento de avaliação da conformidade .................................... 30
C.2 Tarefas do organismo autorizado .................................................................................................... 30
C.3 Marca de conformidade .................................................................................................................... 31
Anexo D (informativo) Declaração de conformidade pelo fabricante (para os produtos das classes
de reacção ao fogo do âmbito do sistema 4)) .......................................................................................... 32
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D.1 Marca de conformidade .................................................................................................................... 32


Anexo E (informativo) Guia para utilização do(s) anexo(s) .................................................................. 33
E.1 Marcação CE ..................................................................................................................................... 33
E.2 Certificação voluntária do produto ................................................................................................. 34
E.3 Resumo dos elementos que compõem os sistemas de avaliação da conformidade ...................... 34
Anexo F (informativo) Critérios de avaliação de não conformidade – Procedimentos a adoptar
em caso de reclamação ............................................................................................................................. 35
F.1 Reclamação relativa à declaração do produto ................................................................................ 35
F.2 Reclamação relativa a um lote .......................................................................................................... 36
Bibliografia ............................................................................................................................................... 37
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Preâmbulo
A presente Norma Europeia foi elaborada pelo Comité Técnico CEN/TC 88 "Thermal insulating materials
and products, cujo secretariado é assegurado pelo DIN.
A presente Norma Europeia deve receber o estatuto de Norma Nacional, quer através de publicação de um
texto idêntico quer por adoção, o mais tardar em julho de 2012 e todas as normas divergente devam ser
anuladas o mais tardar em julho de 2012.
Pode acontecer que alguns elementos do presente documento sejam objeto de direitos de propriedade
intelectual ou de direitos análogos. O CEN e/ou CENELEC não devem ser responsabilizados pela
identificação de algum ou de todos os citados direitos.
O presente documento substitui a EN 13172:2008.
O presente documento foi elaborado mediante um mandato concedido ao CEN pela Comissão Europeia e
pela Associação Europeia do Comércio Livre.
As principais alterações em relação à EN 13172:2008 são as seguintes:
a) O texto da secção 5.4.2 foi reorganizado e reformulado de forma a fazer uma distinção clara entre a
calibração (verificação da calibração) e as verificações internas do equipamento;
b) O texto da secção 5.4.5 foi reformulado de forma a fazer uma distinção clara entre o ensaio de tipo inicial
(ITT) e o controlo da produção em fábrica (CPF). Do mesmo modo, a utilização das estatísticas com vista
a reduzir as frequências de ensaio em caso de valores «seguros» foi alargada a outras características além
das dimensões;
c) O quadro A.1 foi dividido em dois quadros: o Quadro A.1. referente aos produtos de isolamento dos
edifícios, e o Quadro A.2 referente aos produtos para os equipamentos de edifícios e instalações
industriais. Foram feitas alterações nas frequências de ensaio aplicáveis às características referidas nos
quadros.
A presente Norma Europeia contém seis anexos informativos:
 Anexo A, Certificação da conformidade (não destinada à marcação CE);
 Anexo B, Certificação da conformidade (para os produtos pertencentes às classes de reacção ao fogo do
âmbito do sistema 1);
 Anexo C, Declaração da conformidade pelo fabricante (para os requisitos de comportamento referentes
ao sistema 3);
 Anexo D, Declaração da conformidade pelo fabricante (para os produtos das classes de reacção ao fogo
do âmbito do sistema 4);
 Anexo E, Directrizes sobre a utilização do(s) anexo(s);
 Anexo F, Critérios de avaliação de não conformidade – Procedimento em caso de reclamação.
A avaliação de conformidade dos produtos é necessária para poder proceder à marcação CE e à certificação
voluntária. O guia contido no Anexo ZA das normas dos produtos irá determinar qual ou quais dos anexos
acima mencionados devem ser utilizados para a marcação CE.
O Anexo E descreve como utilizar os anexos, em conjunto com o corpo principal da presente Norma, de
modo a cumprir com os requisitos para a certificação e/ou declaração de conformidade de um produto.
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Embora sejam de carácter informativo, a utilização desses anexos pelo fabricante faz com que eles adotam o
estatuto normativo. Quando um anexo é utilizado, é necessário seguir os requisitos que são mencionados no
texto desse anexo.
De acordo com o Regulamento Interno do CEN/CENELEC, a presente Norma deve ser implementada pelos
organismos nacionais de normalização dos seguintes países: Alemanha, Áustria, Bélgica, Bulgária, Chipre,
Croácia, Dinamarca, Eslováquia, Eslovénia, Espanha, Estónia, Finlândia, França, Grécia, Hungria, Islândia,
Irlanda, Itália, Letónia, Lituânia, Luxemburgo, Malta, Noruega, Países Baixos, Polónia, Portugal, Reino
Unido, República Checa, Roménia, Suécia, Suíça e Turquia.
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1 Objetivo e campo de aplicação


A presente Norma Europeia especifica os procedimentos e os critérios para a avaliação da conformidade de
um produto de isolamento térmico com as especificações europeias do produto correspondente.
Estão abrangidos pela presente norma: os produtos manufaturados para a construção, os produtos
manufaturados para o equipamento de edifícios e instalações industriais, os produtos instalados in situ na
construção, os produtos instalados in situ para o equipamento de edifícios e de instalações industriais, e os
sistemas compósitos para o isolamento térmico pelo exterior.

2 Referências normativas
Não se aplica.

3 Termos, definições, símbolos, unidades e abreviaturas


Para os fins da presente norma, aplicam-se os termos e as definições seguintes:

3.1 produto
Produto de isolamento térmico fabricado em condições presumivelmente uniformes em conformidade com
uma dada especificação, e colocado no mercado sob a mesma designação comercial.

3.2 controlo de produção em fábrica


Controlo permanente e interno da produção efetuado pelo fabricante ou um seu representante sob a
responsabilidade do próprio fabricante.
NOTA: O controlo da produção em fábrica compreende as operações técnicas bem como todas as medidas necessárias à
manutenção e à regulação da conformidade do produto em relação aos requisitos da norma de produto apropriada.

3.3 linha de produção


Conjunto de equipamentos que fabricam produtos mediante um processo contínuo

3.4 unidade de produção


Conjunto de equipamentos que fabricam produtos mediante um processo descontínuo

3.5 instalações/fábrica de produção


Todos os equipamentos de produção que se encontram no mesmo local e compreendendo todas as linhas e
unidades de produção

3.6 terceira parte


Organização ou entidade convencionada, suscetível de fornecer uma verificação ou uma aprovação de forma
independente.

3.7 ensaio presencial


Ensaio realizado pelo fabricante nas suas próprias instalações, sob controlo do representante do organismo
notificado.
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4 Requisitos gerais
A avaliação da conformidade envolve um fabricante, ou um fabricante em conjunção com um organismo
terceiro. O procedimento é exposto na norma de produto relevante ou é objecto de um acordo entre as partes:
deve incluir pelo menos as tarefas enunciadas no secção 5. As tarefas próprias da terceira parte e/ou do
fabricante devem ser realizadas em conformidade com os requisitos mencionados na secção 7 da norma de
produto que faz referência à presente norma e aos seus Anexos B, C, ou D para a marcação CE.
NOTA 1: O Anexo A está incluído para as necessidades da certificação voluntária de produto.

NOTA 2: O Anexo F está incluído com o intuito de descrever como se deve tratar uma reclamação (não entrando no campo de
aplicação de uma certificação voluntária, em que as regras do Anexo A são aplicadas).

O conteúdo da secção 5 é igualmente considerado com o acréscimo das disposições da EN ISO 9001 aos
requisitos da presente norma.
Para o ensaio de tipo inicial (ITT) e o controlo da produção em fábrica (CPF), cada linha de produção é
considerada separadamente.
Para o ensaio de tipo inicial (ITT) e o controlo da produção em fábrica (CPF), as unidades de produção que
utilizam o mesmo processo numa fábrica são consideradas em conjunto (como uma única linha de
produção).
Os produtos podem ser agrupados em grupos de produtos para as necessidades de declaração e de ensaios, e
para esse efeito, devem cumprir com o seguinte:
 devem ter o mesmo tipo de processo de fabrico, e devem provir da mesma família de matérias primas;
ter-se-á de estabelecer uma distinção entre a lã de vidro e lã de rocha e entre as espumas com diferentes
agentes de expansão;
 podem diferir unicamente em termos de aspetos, não influenciando as características requeridas na
norma de produto relevante;
 devem estar abrangidos por uma mesma norma relacionada com isolantes térmicos, da série EN 13162 à
EN 13171, por exemplo;
 os produtos que apenas diferem por algumas características podem ser agrupados em função das suas
características comuns;
 os produtos idênticos, excetuando no seu revestimento, e para os quais foi demonstrado que os diferentes
revestimentos têm o mesmo efeito sobre as características declaradas (no que diz respeito, por exemplo,
às características térmicas, os revestimentos estanques ao gás de alguns produtos em poliuretano) podem
ser agrupados.
Os produtos abrangidos por várias normas europeias podem ser agrupados unicamente para as necessidades
dos ensaios, desde que:
 tenham uma especificação de produção comum e desde que provenham do mesmo tipo de processo de
fabrico e da mesma família de matérias primas, por exemplo o vidro expandido para a EN 13167 e a
EN 14305.
As características que não fazem parte de um grupo devem ser objeto de um ensaio produto a produto.
Os produtos que não integram o campo de aplicação de uma norma do produto não podem ser agrupados
para as necessidades de declaração com produtos declarados no quadro desta Norma.
Caso um dos produtos do grupo responda aos requisitos da norma do produto, todos os produtos do mesmo
grupo devem ser considerados como satisfazendo os requisitos da norma de produto para as características
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consideradas. Se o mesmo produto não responder aos requisitos da norma do produto, o conjunto do grupo
de produtos deve ser considerado como não satisfazendo os requisitos da norma do produto.

5 Requisitos do controlo de produção em fábrica – Tarefas do fabricante

5.1 Generalidades
A presente secção especifica os requisitos do controlo da produção em fábrica, e com as quais o fabricante
deve estar em conformidade em cada fábrica onde opera.

5.2 Organização

5.2.1 Generalidades
O controlo da produção em fábrica deve ser executado em conformidade com um sistema baseado em
documentos escritos que devem fazer parte de um manual da qualidade.

5.2.2 Responsabilidade e autoridade


A responsabilidade, a autoridade assim como as relações que devem existir entre todo o pessoal encarregado
de dirigir, fazer cumprir ou verificar o trabalho afeto à qualidade devem estar definidas. Isto aplica-se em
particular ao pessoal que necessita de ter autonomia na organização e autoridade para:
a) empreender as ações necessárias para prevenir a fabricação de produtos não conformes;
b) identificar e registar qualquer problema relacionado com a qualidade do produto.

5.2.3 Representante da direção para o controlo da produção em fábrica


Em cada unidade de produção, o fabricante deve nomear um representante, que deverá conhecer e ter alguma
experiência no processo de fabrico do produto, para ser responsável pela condução e vigilância dos
procedimentos de controlo da produção em fábrica e assegurar que os requisitos explicitados na presente
norma sejam cumpridos de forma permanente.

5.2.4 Verificação pela direção


A direção deve proceder à verificação do sistema de controlo da produção em fábrica a intervalos
apropriados, de modo a assegurar-se da permanência da sua validade e eficácia. Deverão ser conservados
registos dessa verificação.

5.3 Manual da qualidade


A documentação e os procedimentos do fabricante devem ser os apropriados para a produção e para o
controlo do processo utilizado durante a fabricação do produto, devendo ser fornecidos no manual da
qualidade os seguintes detalhes:
a) os objetivos da qualidade, a estrutura da organização, as responsabilidades e a autoridade da gestão
relativamente à conformidade do produto;
b) os procedimentos que definem e permitem verificar as matérias primas e os outros constituintes;
c) o método de controlo da produção pelo fabricante bem como as outras técnicas, processos e ações
sistemáticas que devem ser utilizados;
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d) as inspeções e os ensaios que deverão ser efetuados antes, durante e após o processo produtivo, assim
como a frequência com a qual devem ser realizados (ver 5.4.) e os procedimentos para eventuais
ensaios de re-avaliação (ver 5.5);
e) os procedimentos para o manuseamento, armazenamento, embalagem, marcação e rotulagem do
produto (ver 5.6);
f) os procedimentos para a formação a receber por todo o pessoal afeto à qualidade (ver 5.8).

5.4 Inspeção e ensaio

5.4.1 Generalidades
As instalações, os equipamentos e o pessoal devem estar disponíveis para a condução dos controlos e dos
ensaios. O fabricante ou o seu mandatário pode sub-contratar, sob contrato, um prestador de serviços que
disponha das instalações, do equipamento e de pessoal para efetuar os controlos e ensaios em nome do
fabricante. O fabricante deve ser responsável pelo controlo, pela calibração e pela manutenção dos
equipamentos de ensaio, de medição e de controlo, sejam eles sua propriedade ou sejam arrendados pelo
fabricante a um subcontratado (prestador de serviços).
Os controlos e ensaios devem ser realizados por pessoal qualificado para a realização dessas tarefas com base
num ensino apropriado, de ações de formação e/ou da experiência.
Os equipamentos devem ser utilizados, de modo a que a incerteza da medição não exceda a capacidade da
medição requerida.

5.4.2 Equipamento de ensaio

5.4.2.1 Generalidades
Devem ser realizados ensaios que demonstrem a conformidade do produto acabado com a sua especificação
relevante, utilizando o equipamento de acordo com os métodos de ensaio referidos na norma do produto.
O fabricante deve garantir a capacidade contínua do equipamento de ensaio.
O equipamento de ensaio incluindo o software que o suporta devem ter capacidade para atingir a exatidão
preconizada pelos métodos de ensaio indicados na norma do produto.

5.4.2.2 Calibração
A leitura precisa do equipamento de ensaio deve ser garantida por uma calibração periódica. Todas as
calibrações devem ser rastreáveis em relação a amostras de referência (padrões) reconhecidas no plano
internacional, ou por defeito, no plano nacional.
Na ausência de tais amostras de referência, a base a utilizar nas calibrações deve estar documentada.
O fabricante deve definir os critérios de conformidade para cada peça do equipamento.
Os equipamentos devem ser calibrados:
 antes da primeira utilização;
 periodicamente a uma frequência descrita pelo fabricante que respeite as frequências mínimas
especificadas no Quadro 1;
 após qualquer reparação (ver 5.4.2.4);
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 para verificar os resultados de ensaio obtidos antes de colocar o equipamento fora de serviço. Caso os
controlos internos sejam suficientes (fluxímetro por exemplo), essa calibração já não será necessária.
Os equipamentos não indicados no Quadro 1 devem ser calibrados de acordo com os procedimentos
documentados do fabricante.
O fabricante deve avaliar os resultados de calibração e declarar os resultados dessas avaliações. Os registos
da calibração devem ser mantidos por um período de 10 anos.

5.4.2.3 Verificações internas do equipamento


Além da calibração rastreável, o fabricante deve efetuar verificações internas de modo a controlar a
estabilidade do equipamento. O fabricante deve definir critérios de conformidade para os resultados das
verificações internas. É recomendado que as verificações internas se realizem segundo frequências que
respeitam as frequências mínimas indicadas no Quadro 1.
Os equipamentos não indicados no Quadro 1 devem ser verificados de acordo com os procedimentos
documentados do fabricante. Os registos das verificações internas devem ser mantidos por um período de 10
anos.
Quadro 1 – Frequências mínimas de verificação e calibração dos equipamentos de ensaio
Calibração dos
Propriedades Verificação interna equipamentos de ensaio
Espessura Uma vez por mês a)
Massa Uma vez por mês a) Antes da primeira utilização
do equipamento e, a partir daí,
Propriedades mecânicas - anualmente
Propriedades térmicas b):
- fluxímetro Uma vez cada duas semanas
- placa quente protegida Uma vez por ano
a) Uma frequência inferior (uma vez cada 3 meses) poderá ser utilizada quando é verificada
estabilidade sobre um período de pelo menos um ano. Caso uma única medição indique uma
variação significativa, aconselha-se a regressar à frequência de uma vez por mês.
b) Para as características térmicas, uma parte da calibração deve consistir em comparar os resultados
de ensaio obtidos pelo fabricante com aqueles obtidos, para a mesma amostra, por um organismo
autorizado. O provete de referência a utilizar é o IRMM 440 que define o nível de condutibilidade
térmica no plano europeu.

5.4.2.4 Equipamento defeituoso


O equipamento que foi objeto de uma utilização ou de um manuseamento impróprio tendo conduzido a
resultados suspeitos ou que comprovou ser defeituoso ou fora dos limites especificados deve ser
imediatamente colocado fora de uso e assinalado como equipamento com defeito.
O fabricante deve avaliar se o equipamento defeituoso pode eventualmente por em causa a conformidade dos
produtos que tinham sido submetidos a ensaio com o auxílio desse equipamento. Esta avaliação deverá ser
registada.
Em caso de dúvida quanto à conformidade dos produtos, aplicar-se-á o enunciado na secção 5.5.
Após qualquer reparação do equipamento, deve ser repetida a calibração do mesmo antes de o por a
funcionar.
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5.4.3 Inspeção e ensaio de matérias-primas e outros constituintes


O fabricante deve assegurar-se de que as matérias-primas e outros constituintes são conformes aos seus
requisitos específicos. Nas necessárias verificações, os controlos efetuados pelo fornecedor assim como as
provas escritas de conformidade que tenham sido fornecidas devem necessariamente ser tidas em
consideração (habitualmente designadas por componentes certificadas pelo fornecedor ou matérias-primas
certificadas).
O fabricante deve assegurar-se que as matérias-primas e os outros constituintes são utilizados ou processados
apenas depois da verificação da conformidade com os requisitos especificados. Quando por necessidade
urgente de produção, o material é usado antes dessa verificação ser efetuada, o facto deve ser identificado e
registado de modo a permitir uma recolha, em caso de não conformidade.

5.4.4 Inspeção e ensaio durante a fabricação


A fim de fabricar produtos que sejam conformes com a sua especificação, o fabricante deve controlar o seu
processo e realizar inspeções e ensaios na forma descrita no manual da qualidade.

5.4.5 Ensaios do produto

5.4.5.1 Generalidades
Antes de colocar um produto no mercado, o fabricante deve garantir que seja realizado um ensaio de tipo
inicial conforme enunciado na secção 6.
O fabricante deve submeter a ensaio os produtos acabados conformes à norma de produto apropriada,
utilizando ensaios diretos e/ou indiretos, conforme se descreve na secção 5.4.5.3. Um ensaio é definido como
sendo a(s) medição(ões) realizada(s) numa amostra do produto utilizando um ou vários provetes, conforme
especificado na norma de ensaio ou norma de produto apropriada.
As amostras devem ser colhidas periodicamente em cada unidade (linha) de produção segundo o plano de
ensaio do fabricante. As frequências mínimas de ensaio, relativas às características visadas, em condições de
fabrico contínuo, são especificadas no anexo «Controlo da produção em fábrica» da norma de produto
apropriada. Para as características que são registadas automaticamente durante o processo de fabrico a uma
frequência superior à especificada no citado anexo, poder-se-á reduzir a frequência de ensaio.

5.4.5.2 Ensaios diretos


O ensaio direto deve ser aplicado em conformidade com o regime de ensaio especificado na norma de
produto.
A frequência de ensaios pode ser reduzida para os ensaios diretos utilizados em linhas/unidades de produção
bem estabelecidas, desde que as características em causa não sejam a reação ao fogo e a
resistência/condutibilidade térmica:
 Para uma dada característica onde se verifica um processo de produção bem controlado, poder-se-á
reduzir a frequência de ensaio, como descrito mais abaixo, seguindo a regra estatística apropriada;
 A frequência para os ensaios diretos não pode ser reduzida para menos de 10 % da frequência mínima
dada na norma de produto apropriada. A frequência, em nenhum caso, deve ser inferior a uma vez por
ano.
 O risco de falha num ensaio não pode ultrapassar 1,0 %. Para as tolerâncias dimensionais, o intervalo de
confiança deve ser de pelo menos 99 %; para todas as outras características, o nível de confiança deve ser
de pelo menos 50 %.
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Existem três casos distintos:


I) Para as características com classes declaradas – intervalo de tolerância T (intervalo de tolerância
unilateral para as características dimensionais em que um único intervalo de tolerância mais ou menos é
declarado, ou um intervalo bilateral, por exemplo, para as características dimensionais, em que é declarado
um intervalo de tolerância mais-menos.
Se podemos supor que os resultados de ensaio respondem à distribuição Gaussiana, aplicar-se-á então a
equação 1.
T2 ≥ (k 99/99 × s)2 (1)
onde:
T é o intervalo de tolerância para os resultados de ensaio obtidos sobre um período que não ultrapasse
3 anos
s é o desvio-padrão(tipo) estimado dos resultados de ensaio obtidos para um período que não
ultrapasse 3 anos
k é o fator correspondente ao número de resultados de ensaio, n, disponíveis sobre um período que
não ultrapasse 3 anos da frequência de ensaio reduzida
O Quadro 2 estabelece os fatores k correspondendo a um intervalo de tolerância bilateral de 99 % com um
nível de confiança de 99 % (99/99).

II) Para as características com valores limites - intervalo de tolerância unilateral


Se podemos supor que os resultados de ensaio respondem à distribuição Gaussiana, aplicar-se-á então a
equação 2 ou 3.

x – xD ≥ k 90/50 . s para os valores mínimos (2)

xD – x ≥ k 90/50 . s para os valores máximos (3)

onde:

x é a média dos valores medidos

xD é o valor declarado

s é o desvio-padrão(tipo) estimado dos resultados de ensaio obtidos para um período que não
ultrapasse 3 anos
k é o fator correspondente ao número de resultados de ensaio, n, disponíveis sobre um período que
não ultrapasse 3 anos da frequência de ensaio reduzida
O Quadro 2 estabelece os fatores k correspondendo a um intervalo de confiança de 90 % com um nível de
confiança de 50 % (90/50).
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Quadro 2 – Fatores k para os desvios-padrão estimados

Fatores k
Número de resultados
de ensaio n k 99,99 k 90,50
Intervalo unilateral a) Intervalo bilateral b) Intervalo unilateral c)
10 5,074 5,611 2,411
20 3,932 4,175 2,366
50 3,125 3,390 2,342
100 2,850 3,098 2,334
200 2,679 2,922 2,330
a) Aplicável para uma tolerância de tipo mais ou menos
b) Aplicável para tolerâncias de tipo mais-menos
c) Aplicável para valores limites
Para números de resultados de ensaio diferentes, ver a ISO 16269-6, Interpretação estatística dos dados – Determinação dos
intervalos estatísticos de dispersão.
NOTA: É aceitável uma interpolação linear.

III) Para as características em que os resultados de ensaio são expressos em termos de produto conforme/não
conforme, poder-se-á supor uma distribuição binomial. Para reduzir a frequência, o ensaio este deve
necessariamente ser efetuado em pelo menos 100 amostras diferentes, em distintos de dias de produção e
99 % devem conseguir passar no controlo.
A satisfação das condições de frequência de ensaio reduzida (I, II ou III).deve ser verificada em caso de
fracasso ou, pelo menos, uma vez por ano.

5.4.5.3 Ensaios indiretos


O ensaio indireto é um meio pelo qual uma dada característica pode ser avaliada a partir de ensaios
realizados para uma ou várias outras características com as quais foi estabelecida uma correlação. O ensaio
indireto pode também ser utilizado para reduzir a frequência do ensaio direto.
A correlação deve ser estabelecida por métodos estatísticos apropriados, por exemplo por análise regressiva
na base de ensaios preliminares adequados conduzidos por cada unidade (linha) de produção. Esta relação
deve ser verificada a intervalos definidos e após qualquer modificação suscetível de afetar a correlação.
Para cada procedimento de ensaio indireto utilizado num local de produção, devem ser especificados, para a
característica indireta, o plano de amostragem e os critérios de conformidade, considerando a correlação
existente entre as correspondentes características.
A utilização de ensaios indiretos deve conduzir pelo menos ao mesmo nível de confiança na característica
visada que aquele resultante da utilização de ensaio direto.
Em caso de litígio, deve ser utilizado o método de ensaio especificado na norma de produto para a
característica visada.

5.4.6 Estado da inspeção e ensaio


A conformidade ou não conformidade do produto com a sua especificação deve ser realizada por meio de
inspeções e ensaios cujos registos que evidenciem a conformidade do produto, a não conformidade do
produto ou se ele deve ser reclassificado.
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5.4.7 Registos da inspeção e ensaio (registos do fabricante)


Os resultados da inspeção e ensaio efetuados nos produtos acabados devem ficar inscritos nos registos do
fabricante. O registo deve conter a identificação do produto, a data e a hora de fabrico, e para cada
característica, os métodos de ensaio, os resultados dos ensaios, o nível requerido, o resultado do controlo
bem como o nome da pessoa que procedeu ao controlo.
Quando existem produtos que não satisfazem os requisitos da norma de produto, deverá constar no registo
uma nota que indica quais as medidas tomadas no sentido de corrigir essa situação.
Os registos do fabricante devem ser conservados durante pelo menos 10 anos.

5.5 Ações em caso de produtos não conformes


Quando o resultado de um ensaio ou o controlo de um produto não satisfaz, o fabricante é obrigado a actuar
de imediato para retificar as incorreções/anomalias. Em consequência, devem ser marcados os produtos que
não estão em conformidade com os requisitos da norma de produto. Quando as anomalias e deficiências
estiverem identificadas e corrigidas, o ensaio ou inspeção em causa deve ser prontamente repetido, como
descrito no manual da qualidade, para demonstrar que se procedeu à eliminação dos defeitos.
Na eventualidade de produtos terem sido entregues antes de ser conhecido o resultado da inspeção, o cliente
deve ser rapidamente notificado por escrito para prevenir qualquer consequência prejudicial ou danosa, e
dever-se-á conservar esta notificação.
Os produtos que não são conformes ao valor que o fabricante tinha a intenção de declarar para uma dada
característica devem poder ser requalificados para um valor inferior dessa característica, e deverão ser
posteriormente marcados em conformidade.

5.6 Manuseamento, armazenamento, embalagem e marcação dos produtos


Em conformidade com o manual da qualidade (ver 5.3), o fabricante deve:
1) possuir métodos para o manuseamento do produto para evitar a sua deterioração ou danificação ;
2) dispor de áreas de armazenamento apropriadas ou salas de armazenagem de forma a prevenir que os
produtos se deteriorem.
3) controlar os processos de embalagem, armazenamento, e da marcação do produto.

5.7 Rastreabilidade dos produtos


Os produtos individuais ou os lotes de produtos devem ser identificáveis e deve ser possível a rastreabilidade
dos mesmos em função da origem da sua produção.

5.8 Formação do pessoal


O fabricante deve estabelecer e manter os procedimentos necessários à identificação das necessidades em
formação, assim como deve assegurar a formação do pessoal efetivo na empresa cujas atividades afetam a
qualidade.
O pessoal afeto à realização de tarefas específicas deve ser qualificado tendo recebido formação adequada, e
deverá ter experiência que se adequa às tarefas que lhe foram incumbidas, de acordo com cada caso.
Os registos das ações de formação devem ser mantidos atualizados.
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6 Ensaio de tipo inicial


Antes de um produto ser colocado no mercado, o fabricante deve realizar um ensaio de tipo inicial no
produto para se assegurar da sua conformidade. Os ensaios de tipo iniciais para as características pertinentes
devem ser repetidos, caso sejam efetuadas modificações susceptiveis de afectar a conformidade dos
produtos.
Esses ensaios devem ser realizados conforme definido na norma de produto, por ensaios diretos. Um ensaio é
considerado como sendo o teste efetuado numa amostra do produto que se compõe por um ou mais provetes
de ensaio segundo as especificações da norma de ensaio ou norma de produto considerada.
Para necessidades de marcação CE, os ensaios de tipo iniciais de certas características devem ser realizados
por um organismo autorizado para esse fim (ver a norma de produto).
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Anexo A
(informativo)

Certificação da conformidade (não destinada à marcação CE)

NOTA: O presente Anexo serve para apoiar as normas relativas aos produtos de isolamento térmico. A norma é obrigatória,
quando utilizada para a avaliação da conformidade desses produtos. Por isso, o texto deste anexo é redigido na forma imperativa,
quando se julga apropriado.

A.1 Organismos envolvidos no procedimento de avaliação da conformidade


Os organismos externos seguintes podem ser envolvidos na avaliação da conformidade dos produtos segundo
a presente Norma:
1) o organismo de certificação que fornece uma certificação de conformidade;
2) o organismo de controlo encarregue das avaliações, emite recomendações sobre a aceitabilidade do
controlo da produção em fábrica pelo fabricante, efetua as auditorias subsequentes e seleciona as
amostras dos produtos a submeter a ensaio ;
3) o laboratório de ensaio que mede, examina, submete a ensaio, ou determina por qualquer outro meio, as
características ou as performances dos materiais ou dos produtos e procede à calibração dos
equipamentos.
NOTA: As funções desses três organismos podem ser exercidas pelo organismo de certificação ou por diferentes organismos. Caso
se trata de diferentes organismos, o organismo de controlo e/ou o laboratório de ensaio executam as suas tarefas/funções em nome
do organismo de certificação.

No presente Anexo, cada um desses organismos é designado por «organismo autorizado».

A.2 Tarefas do organismo autorizado


A.2.1 Generalidades
A secção A.2 especifica as tarefas atribuídas ao organismo autorizado no âmbito do procedimento de
avaliação da conformidade, bem como as obrigações que daí resultam para o fabricante.
Se é utilizado um sistema de qualidade certificado conforme a uma norma relativa aos sistemas de qualidade,
como por exemplo a EN ISO 9001, esta certificação deve ser tomada em consideração pelo organismo de
certificação de produto para os elementos que são comuns aos dois sistemas.

A.2.2 Inspeção inicial


A inspeção inicial deve determinar se as condições prévias em matéria de pessoal e de equipamento
permitindo assegurar uma produção contínua e controlada assim como o controlo respetivo da produção em
fábrica, respondem aos requisitos da secção 5.
Os resultados e recomendações da inspeção inicial devem ser registados num relatório de avaliação. Este
último deve evidenciar que foram avaliados todos os requisitos descritos na secção 5.
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A.2.3 Ensaio de tipo inicial (ITT)


Cada produto apresentado para a avaliação deve ser submetido ao ensaio pelo organismo autorizado,
conforme a norma do produto.
O ensaio de tipo inicial será realizado pelo organismo autorizado para todas as características declaradas pelo
fabricante. A quantidade de resultados de ensaios a determinar pelo organismo autorizado é de dois, exceto
para as características de reação ao fogo e de fluxo em compressão para as quais é necessário apenas um
ensaio.
Considerando que as características mecânicas requerem quatro resultados de ensaio (excetuando o fluxo em
compressão) e para responder aos requisitos do Anexo C que diz respeito aos ensaios de tipo iniciais (ITT),
será necessário após um ou dois anos proceder, além dos ITT’s, a ensaios por sondagem.
A colheita de amostras para o ensaio de tipo inicial deve ser realizada pelo representante do organismo
autorizado, em princípio aquando da inspeção inicial, e na presença do representante do fabricante. A
amostra deve ser retirada de produtos identificados, de acordo com a secção 5.4.6, como sendo conformes à
norma do produto (produtos acabados prontos a serem comercializados). A amostra deve ser colhida
aleatoriamente, representativa da produção normal e claramente identificada como sendo a amostra que será
efetivamente utilizada no ensaio. Compete ao representante do organismo autorizado registar as seguintes
informações:
1) o nome e o endereço do fabricante;
2) a descrição do produto;
3) a forma como o produto é identificado;
4) a marcação do produto pelo fabricante;
5) a dimensão do lote inspecionado;
6) as dimensões da amostra;
7) o local e a data da amostragem;
8) todas as informações necessárias relacionadas com o produto utilizado para os ensaios, inclusive a equipa
afeta à produção ou o período de produção e a linha/unidade de produção ou código de rastreabilidade.
Os registos devem ser aprovados e assinados pelo representante do organismo autorizado e pelo
representante do fabricante.
NOTA 1: Recomenda-se que a quantidade de produtos em armazém para a amostragem seja suficientemente importante para obter
uma amostra representativa para os ensaios requeridos.

Na ausência de especificação contrária, a amostra deve provir de quadro datas de produção diferentes e deve,
no caso de produtos manufaturados, cobrir a faixa de espessura declarada pelo fabricante. Deve ser
determinado, como definido pela norma de produto, um resultado de ensaio para as características
requeridas, utilizando os provetes provenientes de cada data de produção. Em relação às características de
reação ao fogo e às outras características que requerem somente um ou dois resultados de ensaio, devem ser
utilizados os provetes provenientes de uma ou mais das quatro datas diferentes de produção.
Todos os resultados de ensaio obtidos para cada característica devem ser melhores ou idênticos ao valor
declarado.
NOTA 2: Para as novas linhas/unidades de produção, aplicam-se os procedimentos de avaliação da conformidade normais. Para o
fabricante que inicia uma linha/unidade, idêntica em termos de performances do produto a uma linha/unidade existente, e para os
produtos /grupos de produtos existentes, pode ser estabelecido um acordo especial para propiciar o arranque prático da produção e
as performances do ITT, garantindo que os requisitos da avaliação da conformidade sejam concluídos num período inferior a 6
meses. Em todos os casos, o fabricante é inteiramente responsável pelos valores declarados.
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A.2.4 Acompanhamento contínuo

A.2.4.1 Generalidades
A produção deve ser submetida a um acompanhamento contínuo por um organismo de inspeção acreditado.
Este acompanhamento consiste em inspeções de rotina (ver A.2.4.2), ensaios por sondagem (ver A.2.4.3),
medidas adotadas em caso de não conformidade (ver A.2.4.4), e inspeções extraordinárias (ver A.2.4.5).
O representante do organismo de inspeção deve estar autorizado a entrar na fábrica, assim como no local ou
nos locais de armazenamento (lojas), a qualquer momento durante o horário de trabalho, para desempenhar
as tarefas de vigilância necessárias. Deve também ter acesso a toda a informação relacionada com o produto
e inclusive poder prestar o seu auxílio, particularmente durante a amostragem e ao longo dos ensaios.
O fabricante deve informar o organismo de certificação de qualquer modificação no sistema da qualidade
que está (ou poderia estar) diretamente relacionado com a conformidade dos produtos.

A.2.4.2 Inspeções de rotina


Devem ser realizadas inspeções de rotina para avaliar a conformidade contínua do sistema de controlo da
produção em fábrica com os requisitos da secção 5. Devem também ser considerados os registos do controlo
inicial e/ou as inspeções anteriores de rotina, para garantir que as alterações efetuadas ao sistema de controlo
da produção pelo fabricante são avaliadas.
Os registos das inspeções devem descrever de forma detalhada o estado do sistema de controlo da produção
em fábrica tal como existe à data da inspeção.
Ao longo de cada inspeção de rotina, devem ser examinados especificamente:
1) os resultados dos próprios ensaios do fabricante para garantir que:
a) os ensaios foram efetuados com a frequência determinada e que;
b) somente os produtos conformes à norma do produto foram colocados no mercado;
2) as ações corretivas apropriadas foram tomadas sempre que necessárias;
3) a calibração e a manutenção do equipamento de ensaio;
4) a marcação e rotulagem dos produtos.
Os resultados da inspeção de rotina devem ser registados no relatório da inspeção.
As inspeções de rotina devem ter lugar duas vezes por ano, salvo quando são efetuadas inspeções
extraordinárias suplementares conformes A.2.4.5. As inspeções de rotina devem ser planificadas para
assegurar que todas as funções do fabricante são avaliadas durante o período prescrito. As inspeções devem
visar refletir o desenvolvimento normal do trabalho na fábrica, e podem ser realizados sem nenhum aviso
prévio.

A.2.4.3 Ensaios por sondagem (amostras colhidas aleatoriamente)


Para os ensaios por sondagem, devem ser tiradas amostras a fim de verificar a sua conformidade com a
norma do produto. A colheita de amostras deve ser aleatória, em princípio no decurso de um controlo de
rotina à fábrica e as amostras devem ser representativas da produção normal. Caso seja acordado entre o
organismo autorizado e o fabricante, essas amostras podem ser colhidas noutro local que não o da própria
fábrica.
O representante do organismo autorizado deve assegurar-se que o fabricante está informado da colheita de
amostras, pois é ele o responsável pelo envio ao laboratório acreditado das amostras selecionadas, em boas
condições e sem prazos indevidos.
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Ensaios de sondagem devem ser realizados uma vez por ano para as características enumeradas no
Quadro A.1, referentes aos produtos de isolamento para a construção, e no Quadro A.2, para os produtos
para o equipamento dos edifícios e instalações industriais, exceto para a reação ao fogo e a temperatura
máxima de serviço (por exemplo da EN 14303 à EN 14309, EN 14313, EN 14314), em que a frequência
deve ser uma vez de dois em dois anos. O organismo autorizado deve escolher uma amostra para ensaios,
para cada grupo de produto (de cada fábrica).
Os ensaios por sondagem devem ser realizados para as características do Quadro A.1 e do Quadro A.2,
unicamente se tiverem sido declaradas.
Os ensaios devem ser realizados de acordo com a norma de produto apropriada, tendo em conta a quantidade
de medições necessárias para obter um resultado de ensaio.
Quando apropriado, deve ser estabelecida uma comparação entre os resultados dos ensaios de rotina do
fabricante, os resultados de ensaio com testemunha e os resultados de ensaios realizados pelo organismo
autorizado.

Quadro A.1 – Ensaios por sondagem a realizar em cada fábrica – Produtos de isolamento para edifícios
Característica Método de ensaio
Resistência térmica – EN 12667, Desempenho térmico de materiais e produtos de construção – Determinação da
Condutibilidade térmica resistência térmica pelos métodos de placa quente protegida e fluxometria de calor – Produtos de
resistência térmica elevada e média
e
EN 12939, Desempenho térmico de materiais e produtos de construção – Determinação da
resistência térmica pelos métodos de placa quente protegida e fluxometria de calor – Produtos de
resistência térmica elevada e média
Espessura EN 823, Produtos de isolamento térmico para aplicação em edifícios – Determinação da
espessura
ou
EN 12431, Produtos de isolamento térmico para aplicação em edifícios – Determinação da
espessura dos produtos de isolamento para piso flutuante
Reação ao fogo EN 13501-1, Classificação ao fogo dos produtos e elementos de construção – Parte 1:
Classificação a partir de dados de ensaios de reação ao fogo
Resistência à compressão EN 826, Produtos de isolamento térmico para aplicação em edifícios – Determinação do
comportamento em compressão
(se necessário)
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Quadro A.2 – Ensaios por sondagem a realizar em cada fábrica – Produtos para o equipamento de edifícios e de
instalações industriais
Característica Método de ensaio
EN 12667, Desempenho térmico de materiais e produtos de construção – Determinação da
resistência térmica pelos métodos de placa quente protegida e fluxometria de calor – Produtos de
resistência térmica elevada e média

Resistência térmica – EN 12939, Desempenho térmico de materiais e produtos de construção – Determinação da


Condutibilidade térmica resistência térmica pelos métodos de placa quente protegida e fluxometria de calor – Produtos de
resistência térmica elevada e média
e

pr CEN /TS 15548 -1, Produtos de isolamento térmico para o equipamento de edifícios e
Titulos destas normas em instalações industriais – Determinação da resistência térmica pelo método da placa quente
inglês protegida – Parte 1: Medições a temperaturas elevadas compreendidas entre 100 ºC e 850 ºC
ou
EN ISO 8497, Isolamento térmico – Determinação das propriedades relativas ao transfer de
calor em regime estacionário para os isolantes térmicos para condutas (ISO 8497: 1994)
Espessura EN 823, Produtos de isolamento térmico para aplicação em edifícios – Determinação da
espessura
ou
EN 13467, Produtos de isolamento térmico para o equipamento de edifícios e instalações
industriais – Determinação das dimensões, da esquadria e da linearidade das conchas isolantes
pré-formadas
Reação ao fogo EN 13501-1, Classificação ao fogo dos produtos e elementos de construção – Parte 1:
Classificação a partir de dados de ensaios de reação ao fogo.
Resistência à compressão EN 826, Produtos de isolamento térmico para aplicação em edifícios – Determinação do
comportamento em compressão
(se necessário)
Temperatura máxima de EN 14706, Produtos de isolamento térmico para o equipamento de edifícios e instalações
serviço industriais – Determinação da temperatura máxima de serviço
(se necessário) ou
EN 14707, Produtos de isolamento térmico para o equipamento de edifícios e instalações
industriais – Determinação da temperatura máxima de serviço das conchas isolantes
pré-formadas
Pequenas quantidades de cloro EN 13468, Produtos de isolamento térmico para o equipamento de edifícios e instalações
e verificação do PH industriais – Determinação das pequenas quantidades de iões de cloro, fluoreto, silicato e sódio
solúveis na água e medição do PH
(se necessário)

Resistência à difusão do vapor EN 12086, Produtos de isolamento térmico para aplicação em edifícios – Determinação das
de água propriedades de transmissão do vapor de água
ou
EN 13469, Produtos de isolamento térmico para o equipamento de edifícios e instalações
industriais – Determinação das propriedades de transmissão do vapor de água das conchas
isolantes pré-formadas
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A.2.4.4 Ações em caso de não conformidade


Casos identificados como não conformidade são:
a) defeitos verificados pelo organismo autorizado aquando das medições ou do processo do controlo da
produção em fábrica;
b) o fabricante que não respeitou os seus compromissos conforme A.2.4.2, impedindo assim o organismo
autorizado de realizar convenientemente as suas tarefas de vigilância;
c) um produto submetido ao ensaio que não atingiu o valor declarado para uma ou várias características
enumeradas no Quadro A.1 ou no Quadro A.2 segundo o caso. Para a resistência térmica e a
condutibilidade térmica, deve ser utilizado um procedimento estatístico simplificado – ver mais baixo.
Em caso de não conformidade, as ações seguintes são requeridas:
Nos casos a) ou b), o organismo de certificação deve pedir ao fabricante que corrija a não conformidade e
que informe da evolução da situação num prazo de quatro semanas. O organismo autorizado deve tomar
medidas complementares em função das circunstâncias específicas. Essas medidas podem consistir num
controlo extraordinário, particularmente quando se regista um erro ou falha numa inspeção de rotina, ou
ainda, o organismo certificado pode aceitar a prova escrita que comprova que o erro foi corrigido. Caso não
haja fundamentação da retificação, aplicar-se-á o que é dito na secção A.3.3.1.
No caso c), o organismo autorizado deve colher, no prazo de quatro semanas, uma nova amostra do respetivo
produto e executar imediatamente novos ensaios. Este novo ensaio significa a repetição de todos os ensaios,
para esse produto, conforme o quadro A. Caso, pela natureza do produto, algumas características não são
afetadas (nenhuma modificação do valor declarado) pelas modificações das características que não afetam o
valor declarado, essas características não devem ser submetidas a um novo ensaio.
Se os novos ensaios demonstrarem conformidade do produto com a norma, considera-se que o produto
cumpre a especificação. Se o produto falhar novamente um desses ensaios, considera-se que o produto não
satisfaz e não cumpre a especificação (ver A.3.3.3).

A.2.4.5 Inspeção extraordinária


As inspeções extraordinárias devem ser realizadas:
1) em caso de não conformidade (ver A.2.4.4) ;
2) quando a linha/unidade de produção foi interrompida durante mais de seis meses ;
3) em caso de alteração importante do procedimento de controlo da produção em fábrica, do processo de
fabrico ou do produto ;
4) a pedido de uma terceira parte com o acordo do organismo de certificação e do fabricante.
O campo de aplicação, o tipo e a escolha do momento em que se deve fazer uma inspeção extraordinária,
dependem das circunstâncias particulares (por exemplo, tipo de produto em causa e/ou condições de
produção).

A.3 Marca de conformidade


A.3.1 Generalidades
Para cada produto para o qual foi estabelecida a conformidade:
1) o fabricante está autorizado a utilizar a marca de conformidade a partir do momento em que recebe o
certificado de conformidade do organismo de certificação (A.3.2);
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2) a validade do sistema de certificação deve ser confirmada todos os anos;


3) o fabricante deixa de estar autorizado a utilizar a marca de conformidade caso por uma alguma razão, o
certificado de conformidade lhe tenha sido retirado (ver A.3.3);
4) o fabricante não está autorizado a fazer qualquer género de publicidade pelo facto de « ter apresentado
um pedido de marca de conformidade » para um determinado produto.
NOTA: Não se deve confundir esta marcação com a marcação CE. Para os requisitos da marcação CE, ver Anexo ZA.3 da norma
do produto considerado.

A.3.2 Certificado de conformidade


Quando a fábrica e o produto passam na inspeção inicial e os ensaios de tipo iniciais estão em conformidade,
respetivamente, com A.2.2 e A.2.3, o organismo de certificação deve entregar um certificado de
conformidade para o produto.
NOTA: Convém não confundir esta marcação com a marcação CE, entregue em conformidade com os requisitos da marcação CE
(ver Anexo ZA.3 da norma de produto considerado).

A.3.3 Anulação do certificado

A.3.3.1 Generalidades
Em caso de anulação de um certificado de conformidade, o organismo de certificação deve informar o
fabricante e publicar a informação de forma apropriada.

A.3.3.2 Falha do controlo de produção em fábrica


Se uma inspeção extraordinária, realizada pelas razões enumeradas em A.2.4.4 a) ou b), não tiver sido
conclusiva ou se o fabricante não satisfizer os requisitos, após ter sido submetido aos procedimentos
definidos na secção A.2.4.4, o organismo de certificação deve anular todos os certificados de conformidade
emitidos para toda a produção que esteja sujeita a esse esquema de certificação

A.3.3.3 Produto não conforme


Caso o produto não responda satisfatoriamente ao novo ensaio conduzido pelas razões enumeradas em
A.2.4.4 c), o organismo de certificação deve retirar sem demora o certificado de conformidade para o grupo
de produtos representado pelo produto ensaiado.
O ensaio de tipo inicial completo não é necessário em caso de perda de certificado para um grupo de
produtos em que alguns (cuja declaração não é modificada) são apresentados de novo para uma certificação
enquanto novo grupo num prazo de dois meses. O ensaio de tipo inicial deve incluir um único resultado de
ensaio das características submetidas a ensaio por sondagem para o produto (ver Quadro A.1 da presente
norma).
Caso, pela natureza do produto, algumas características não sejam afetadas (nenhuma modificação do valor
declarado) pelas modificações das características que não atingiram o valor declarado, essas características
não devem ser submetidas a um novo ensaio.
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Anexo B
(informativo)

Certificação da conformidade (para os produtos pertencentes às classes de


reacção ao fogo do âmbito do sistema 11))

NOTA 1: No quando da DPC, o presente Anexo e o Anexo C aplicam-se sempre conjuntamente.


NOTA 2: O presente anexo serve de apoio à normas relacionadas com os produtos de isolamento térmico. Quando o presente anexo
é utilizado para avaliar a conformidade desses produtos, é de carácter obrigatório. Por essa razão, o texto deste Anexo é redigido
na forma imperativa, quando apropriado.

B.1 Organismos envolvidos no procedimento de avaliação da conformidade


Além do fabricante, os organismos externos seguintes podem ser envolvidos na avaliação da conformidade
dos produtos segundo a presente Norma:
1) o organismo de certificação que fornece uma certificação de conformidade;
2) o organismo de controlo que procede às avaliações, emite recomendações sobre a aceitabilidade do
controlo da produção em fábrica pelo fabricante, realiza uma vigilância contínua do controlo da
produção em fábrica e seleciona as amostras dos produtos a submeter aos ensaios de tipo iniciais;
3) o laboratório de ensaio que mede, examina, submete a ensaio, ou determina por qualquer outro meio, as
características ou o desempenho dos materiais ou dos produtos, e procede à calibração do equipamento.
NOTA: As funções desses três organismos podem ser desempenhadas pelo organismo de certificação ou por diferentes organismos.
Se forem considerados diferentes organismos, o organismo de controlo e/ou o laboratório de ensaio desempenharão as suas funções
em nome do organismo de certificação.

O presente procedimento de avaliação da conformidade devem dizer respeito apenas aos laboratórios de
ensaio, organismos de controlo e organismos de certificação notificados pelos Estados-Membros do EEE e
citados na base de dados NANDO. Na presente norma, são designados sob o nome de «organismo
autorizado».

B.2 Tarefas do organismo autorizado


B.2.1 Generalidades
A secção B.2. especifica as tarefas que são da competência do organismo autorizado, no âmbito do
procedimento de avaliação da conformidade, assim como as obrigações que daí resultam para o fabricante.
Caso seja utilizado um sistema de qualidade certificado relativamente a uma norma de sistemas de qualidade,
como por exemplo a EN ISO 9001, esta certificação deve ser tomada em consideração pelo organismo de
certificação do produto para os elementos que são comuns aos dois sistemas.

1)
Sistema 1: consultar a DPC, anexo III.2 (i), sem ensaio por sondagem das amostras.
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B.2.2 Inspeção inicial da fábrica e do controlo de produção em fábrica


A inspeção inicial deve determinar se as condições prévias em termos de pessoal e de equipamento que
asseguram uma produção contínua e controlada assim como o respectivo controlo da produção em fábrica,
respondem às requisitos reportadas na secção 5.
Os resultados e recomendações da inspeção inicial devem constar de um relatório de avaliação. Este deve
atestar que foram avaliadas todas os requisitos referidos na secção 5.

B.2.3 Ensaio de tipo inicial


Cada produto apresentado para avaliação deve ser ensaiado pelo organismo autorizado, de acordo com a
norma do produto. Considerando o campo de aplicação do presente anexo, os ensaios de tipo iniciais só
devem incidir sobre as características Euroclasses de reacção ao fogo.
A colheita de amostra para o ensaio de tipo inicial deve ser realizada pelo representante do organismo
autorizado, em princípio aquando da inspeção inicial, e na presença do representante do fabricante. A
amostra deve ser retirada em produtos identificados, de acordo com a secção 5.4.6, como sendo conformes à
norma do produto (produtos acabados prontos a serem comercializados). A amostra deve ser colhida
aleatoriamente, representativa da produção normal e claramente identificada como sendo a amostra que será
efetivamente utilizada no ensaio. Compete ao representante do organismo autorizado registar as seguintes
informações:
1) o nome e o endereço do fabricante;
2) a descrição do produto;
3) a forma como o produto é identificado
4) a marcação do produto pelo fabricante;
5) a dimensão do lote inspecionado;
6) as dimensões da amostra;
7) o local e a data da amostragem;
8) todas as informações necessárias relacionadas com o produto utilizado para os ensaios, inclusive a
equipa afeta à produção ou o período de produção e a linha /unidade de produção ou o código de
rastreabilidade.
Os registos devem ser assinados pelo representante do organismo autorizado.
NOTA 1: A quantidade de produtos em armazém para a amostragem deve ser suficientemente relevante a fim de obter uma amostra
representativa para os ensaios exigidos.

Na ausência de especificação contrária, a amostra deve provir de quadro datas de produção diferentes e deve,
no caso de produtos manufaturados, cobrir a faixa de espessura declarada pelo fabricante. Deve ser
determinado, como definido pela norma do produto, um resultado de ensaio para as características
requeridas, utilizando os provetes provenientes de cada data de produção. Em relação às características que
requerem somente um resultado de ensaio, devem ser utilizados os provetes provenientes de uma ou mais das
quatro datas diferentes de produção.
Todos os resultados de ensaio obtidos para cada característica devem ser melhores ou idênticos ao valor
declarado.
NOTA 2: Para as novas linhas/unidades de produção, aplicam-se os procedimentos de avaliação da conformidade normais. Para o
fabricante que inicia uma linha/unidade, idêntica em termos de desempenho do produto a uma linha/unidade existente, e para os
produtos/grupos de produtos existentes, pode ser estabelecido um acordo especial para propiciar o arranque prático da produção e
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o desempenho do ensaio de tipo inicial, garantindo que os requisitos da avaliação da conformidade sejam concluídos num período
inferior a 6 meses. Em qualquer dos casos, o fabricante é inteiramente responsável pelos valores declarados.

B.2.4 Acompanhamento contínuo, verificação e aprovação do controlo da produção em fábrica

B.2.4.1 Generalidades
O controlo da produção em fábrica no que diz respeito aos parâmetros, equipamento, etc, para todas as
características pertinentes, mas em particular para as características de reacção ao fogo, deve ser submetido a
um acompanhamento contínuo, verificação e aprovação por um organismo de inspeção autorizado. Esse
controlo consiste em inspecções de rotina (ver B.2.4.2), medições adoptadas em caso de não conformidade
(ver B.2.4.3), e inspecções extraordinárias (ver B.2.4.4).
O representante do organismo de inspeção deve estar autorizado a entrar na fábrica, incluído o armazém, a
qualquer momento durante o horário de trabalho, para desempenhar as tarefas de vigilância necessárias.
Deve também ter acesso a toda a informação relacionada com o produto e deve ser-lhe prestada adequada
assistência, particularmente durante a colheita de amostras e ao longo dos ensaios.
O fabricante deve informar o organismo de certificação de qualquer modificação no sistema da qualidade
que está (ou possa estar) diretamente relacionado com a qualidade dos produtos.

B.2.4.2 Inspeções de rotina


Devem ser realizadas inspeções de rotina para avaliar a conformidade contínua do sistema de controlo da
produção em fábrica com os requisitos da secção 5. Devem também ser considerados os registos da inspeção
inicial e/ou as inspeções anteriores de rotina, para garantir que as alterações efetuadas ao sistema de controlo
da produção pelo fabricante são avaliadas.
Os registos das inspeções devem descrever de forma detalhada o estado do sistema de controlo da produção
em fábrica tal como existe à data da inspeção.
Ao longo de cada inspeção de rotina, devem ser examinados especificamente:
1) os resultados dos próprios ensaios do fabricante, para garantir que:
a. os ensaios foram efetuados com a frequência especificada e que;
b. somente os produtos conformes com a especificação do produto foram colocados no mercado;
2) se as ações corretivas apropriadas foram tomadas sempre que necessárias;
3) a calibração e a manutenção do equipamento de ensaio;
4) a marcação e rotulagem dos produtos.
Os resultados das inspeções de rotina devem ser registados num relatório de inspeção.
As inspeções de rotina devem ter lugar duas vezes por ano, salvo quando são efetuadas inspeções
extraordinários suplementares conforme B.2.4.4. As inspeções de rotina devem ser planificadas para
assegurar que todas as funções do fabricante são avaliadas durante o período prescrito. As inspeções devem
visar refletir o desenvolvimento normal do trabalho na fábrica, e podem ser realizados sem nenhum aviso
prévio.

B.2.4.3 Ações em caso de não conformidade


Casos identificados como não conformidade são:
a) defeitos verificados pelo organismo autorizado aquando do controlo da produção em fábrica;
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b) o fabricante que não respeitou os seus compromissos conforme B.2.4.2, impedindo assim o organismo
autorizado de realizar convenientemente as suas tarefas de vigilância.
Em caso de não conformidade, as ações seguintes são requeridas:
Nos casos a) ou b), o organismo de certificação deve pedir ao fabricante que corrija a não conformidade e
que informe da evolução da situação num prazo de um mês. O organismo autorizado deve tomar medidas
complementares em função das circunstâncias específicas. Essas medidas podem consistir numa inspeção
extraordinária, particularmente quando se regista um erro ou falha numa inspeção de rotina, ou ainda, o
organismo autorizado pode aceitar a prova escrita que comprova que o erro foi corrigido. Caso não haja
fundamentação da retificação, aplicar-se-á o que é dito na secção B.3.2.2.

B.2.4.4 Inspeção extraordinária


As inspeções extraordinárias devem ser realizadas:
1) em caso de não conformidade (ver B.2.4.3) ;
2) quando a linha/unidade de produção foi interrompida durante mais de seis meses ;
3) em caso de alteração importante do procedimento de controlo da produção em fábrica, do processo de
fabrico ou do produto ;
4) a pedido de uma terceira parte com o acordo do organismo de certificação e do fabricante.
O campo de aplicação, o tipo e a escolha do momento em que se deve fazer uma inspeção extraordinária
dependem das circunstâncias particulares (por exemplo, tipo de produto em causa e/ou produção).

B.3 Marca de conformidade


B.3.1 Generalidades
Para cada produto para o qual foi estabelecida a conformidade:
1) o fabricante está autorizado a utilizar a marca de conformidade a partir do momento em que recebe o
certificado de conformidade do organismo de certificação (B.3.2), e desde que o ensaio de tipo inicial e o
controlo da produção realizados pelo fabricante demonstram resultados aceitáveis, ou seja, a partir do
momento em que sejam preenchidos os requisitos para a marcação CE;
NOTA: Antes de apor a marcação CE, compete também ao fabricante estabelecer e assinar uma declaração de conformidade.

2) a validade do esquema de certificação tem que ser confirmada todos os anos;


3) o fabricante não poderá utilizar a marca de conformidade se o certificado tiver sido anulado por qualquer
motivo (ver B.3.3),
4) quando a marcação CE é exigida por lei, o fabricante não está autorizado a colocar o produto no
mercado antes de apor a marcação CE, tendo para isso completado, com sucesso, todas as ações
requeridas.

B.3.2 Certificado de conformidade


Quando a fábrica e o produto passam na inspeção inicial e nos ensaios de tipo iniciais em conformidade e
respetivamente com B.2.2 e B.2.3, o organismo de certificação deve entregar um certificado de
conformidade para o produto.
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B.3.3 Anulação do certificado

B.3.3.1 Generalidades
Em caso de anulação de um certificado de conformidade, o organismo de certificação deve informar o
fabricante e publicar essa informação de forma apropriada.

B.3.3.2 Falha do controlo de produção em fábrica


Se uma inspeção extraordinária, realizada pelas razões enumeradas em B.2.4.3 a) ou b), não tiver sido
conclusiva ou se o fabricante não satisfizer os requisitos, após ter sido submetido aos procedimentos
definidos na secção B.2.4.3, o organismo de certificação deve anular todos os certificados de conformidade
emitidos para toda a produção que esteja sujeita a esse esquema de certificação.
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Anexo C
(informativo)

Declaração de conformidade pelo fabricante (para os requisitos de desempenho


do âmbito do sistema 32))

NOTA 2: O presente Anexo serve de apoio à normas relacionadas com os produtos de isolamento térmico. Quando o presente
Anexo é utilizado para avaliar a conformidade desses produtos, é de carácter obrigatório. Por essa razão o texto deste Anexo é
redigido na forma imperativa, quando apropriado.

C.1 Organismos envolvidos no procedimento de avaliação da conformidade


Além do fabricante, os organismos externos seguintes podem ser envolvidos na avaliação da conformidade
dos produtos segundo a presente Norma:
1) o organismo de inspeção que seleciona as amostras dos produtos a submeter a ensaio (somente quando o
presente Anexo e o Anexo B são utilizados conjuntamente);
2) o laboratório de ensaio que mede, examina, submete a ensaio, ou determina por qualquer outro meio, as
características ou o desempenho dos materiais ou dos produtos, e procede à calibração do equipamento.
O presente procedimento de avaliação da conformidade devem dizer respeito apenas aos laboratórios de
ensaio, organismos de inspeção notificados pelos Estados-Membros do EEE e citados na base de dados
NANDO. Na presente norma, são geralmente designados sob o nome de «organismo autorizado».

C.2 Tarefas do organismo autorizado


C.2.1 Generalidades
A secção C.2 especifica as tarefas da responsabilidade do organismo autorizado, no âmbito do procedimento
de avaliação da conformidade assim como as obrigações que daí resultam para o fabricante.

C.2.2 Ensaio de tipo inicial


Cada produto apresentado para a avaliação deve ser ensaiado pelo organismo autorizado, conforme a norma
do produto em questão. As tarefas do organismo autorizado, para o ensaio de tipo inicial, estão limitadas às
características especificadas na secção ZA.2 da norma de produto.
Se o Anexo B se aplicar para a reacão ao fogo, a colheita de amostra para o ensaio de tipo inicial deve ser
realizada pelo representante do organismo autorizado, na presença do representante do fabricante. Se o
Anexo B não se aplicar, a colheita de amostra deve ser realizada pelo fabricante. A amostra deve ser retirada
de produtos identificados, de acordo com a secção 5.4.6, como sendo conformes à norma do produto
(produtos acabados prontos a serem comercializados). A amostra deve ser colhida aleatoriamente,
representativa da produção normal e claramente identificada como sendo a amostra que será efetivamente
utilizada no ensaio. Compete ao representante do organismo autorizado ou ao fabricante registar as seguintes
informações:
1) o nome e o endereço do fabricante;

2)
Sistema 3: consultar a DPC, Anexo III.2 (ii), segunda possibilidade.
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2) a descrição do produto;
3) a forma como o produto é identificado;
4) a marcação do produto pelo fabricante;
5) a dimensão do lote inspecionado;
6) as dimensões da amostra;
7) o local e a data da amostragem (colheita de amostra);
8) todas as informações necessárias relacionadas com o produto utilizado para os ensaios, inclusive a equipa
afeta à produção ou o período de produção e a linha/unidade de produção ou o código de rastreabilidade.
Os registos devem ser autorizados e assinados pelo representante do organismo autorizado ou pelo
representante do fabricante.
NOTA: A quantidade de produtos em armazém para a amostragem deve ser suficientemente relevante a fim de obter uma amostra
representativa para os ensaios exigidos.

A não ser que seja especificado de outro modo, a amostra deve ser retirada de quatro datas diferentes de
fabricação do produto e, para produtos manufaturados, deve cobrir a gama de espessuras declarada pelo
fabricante. Para cada característica exigida, deve ser determinado um resultado de ensaio, em provetes de
diferentes datas de produção. Para as características de reação ao fogo e para as outras características onde
apenas é exigido um resultado de ensaio, tal como definido na norma de produto, devem ser utilizados
provetes de uma ou mais das quatro diferentes datas de produção.
Para cada característica, todos os resultados de ensaio obtidos devem ser iguais ou melhores que os valores
declarados.

C.3 Marca de conformidade


C.3.1 Generalidades
Para cada produto em que a conformidade tenha sido estabelecida:

1) o fabricante poderá utilizar a marca de conformidade logo que o relatório do ensaio de tipo inicial tenha
sido emitido pelo laboratório notificado (ver C.2.2) e o controlo da produção seja corretamente efetuado
pelo fabricante ou seja, quando forem cumpridas as exigências da marcação CE;
NOTA: Antes de apor a marcação CE, compete também ao fabricante estabelecer e assinar uma declaração de conformidade.

2) o fabricante não poderá utilizar a marca de conformidade se as requisitos da presente Norma e as da


norma do produto deixarem se ser cumpridas;
3) quando a marcação CE for legalmente exigida, o fabricante não poderá colocar o produto no mercado
antes de apor a marcação CE, tendo para isso completado, com sucesso, todas as ações necessárias.

C.3.2 Declaração de conformidade


A partir do momento em que o produto satisfaz o ensaio de tipo inicial, de acordo com C.2.2, e que o
controlo da produção em fábrica é corretamente realizado, permitindo assim que os requisitos para a
marcação CE sejam cumpridos, o fabricante pode emitir uma declaração de conformidade do produto.
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Anexo D
(informativo)

Declaração de conformidade pelo fabricante (para os produtos das classes de


reacção ao fogo do âmbito do sistema 43))

NOTA: No âmbito da DPC, o presente Anexo e o Anexo C aplicam-se sempre em conjunto.

D.1 Marca de conformidade


Para cada produto para o qual foi estabelecida a conformidade:
1) o fabricante está autorizado a utilizar a marca de conformidade, a partir do momento em que sejam
preenchidos os requisitos contidos na presente Norma e na norma do produto considerada;
2) o fabricante deixa de estar autorizado a utilizar a marca de conformidade caso já não sejam mais
satisfeitos os requisitos da presente Norma e da norma do produto considerada;

3)
Sistema 4: consultar a DPC, anexo III.2 (ii), terceira possibilidade.
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Anexo E
(informativo)

Guia para utilização do(s) anexo(s)

E.1 Marcação CE
O sistema de atestação de conformidade para todos os produtos de isolamento térmico que tenham a
marcação CE deve incluir um sistema de controlo da produção em fábrica conforme os requisitos descritos
nas secções 4 e 5 da presente norma, bem como um ensaio de tipo inicial de acordo com as requisitos da
secçao 6 da presente Norma.
Para todos os produtos, é igualmente exigido o sistema de atestação da conformidade indicado no Anexo C
da presente Norma.
Dependendo da declaração da reação ao fogo e da natureza do próprio produto, encontram-se nos Anexos B
ou C ou D os requisitos adicionais do sistema de atestação das características de reação ao fogo.
Os sistemas de atestação de conformidade para a marcação CE acima referidos são exigidos pelo Anexo ZA
da norma de especificação do produto.
NOTA: O sistema de atestação da conformidade para a marcação CE conduzirá a uma declaração pelo fabricante, em todos os
casos em que a responsabilidade do organismo autorizado será limitada à emissão de um relatório de ensaio de tipo inicial para
algumas características. Apenas em alguns casos específicos, o organismo autorizado terá, adicionalmente, que certificar o produto
relativamente ao controlo da produção para todas as características relevantes mas, em particular, para as características de
reação ao fogo.

Quadro E.1 – Sistemas de atestação da conformidade para a marcação CE


Declaração
da reação Sistema de atestação da Anexo da presente norma
ao fogo conformidade
escolhida Devido à Devido a Devido à Devido a outras
reação ao outras reação ao características
fogo características fogo

* Produtos para os quais um estado A1,


claramente identificável no processo de A2,
produção resulta numa melhoria da
classificação da reação ao fogo (p. ex., adição B
de retardantes ou limitação da matéria C 1 3 B C
orgânica)

Produtos não cobertos por * A1,


A2,
B 3 3 C C
C
D
E
Produtos para os quais não é exigido ensaio de A1 a E 4 3 D C
reação ao fogo

Produtos da classe F F 4 3 D C

Produtos para os quais a reação ao fogo não é Nenhuma Nenhuma 3 Nenhuma C


declarada
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E.2 Certificação voluntária do produto


A avaliação da conformidade de um produto sujeito a uma certificação voluntária deverá incluir um sistema
de controlo da produção em fábrica de acordo com os requisitos descritos nas secções 4 e 5, assim como o
ensaio de tipo inicial (ITT) de acordo com os requisitos da secção 6 da presente norma e, adicionalmente,
com os requisitos do Anexo A.

E.3 Resumo dos elementos que compõem os sistemas de avaliação da


conformidade

Quadro E.2 – Resumo dos elementos que compõem os sistemas de avaliação da conformidade

Sistema de atestação da conformidade Mandatado


(Anexo III do Mandato M103 e emendas M126, M130 e - 1 3 4
M367)

Diretiva Produtos da Construção, Anexo III - III.2(i) sem ensaios de III.2(ii) segunda III.2(ii) terceira
amostras colhidas possibilidade possibilidade
sistema de atestação da conformidade aleatoriamente

Anexo da presente norma: A Ba) C D a)

Tarefas do fabricante:
Controlo de produção em fábrica + + + +
b
Ensaio do tipo inicial (ITT) - (-) (-) +
Ensaio de amostras (ver anexo da norma de produto relativo + + + +
às frequências mínimas de ensaio para o controlo de
produção em fábrica (FPC )
Declaração da conformidade do produto - + + +
Tarefas do organismo autorizado:
Inspeção inicial + + - -
Acompanhamento contínuo + + - -
b)
Ensaio de tipo inicial + + + -
Ensaios por sondagem (sobre amostras colhidas + - - -
aleatoriamente
Certificação do produto + +c - -
a)
Estes dois sistemas estão relacionados com as características da reação ao fogo.
b)
O exame inicial do tipo será realizado pelo organismo autorizado apenas para algumas características.
Para a marcação CE, o ITT será realizado pelo organismo autorizado para:
 resistência térmica/condutibilidade térmica e espessura;
 libertação de substâncias nocivas;
 libertação de substâncias corrosivas;
 tensão de compressão/resistência à compressão (para aplicações sob carga);
 absorção de água;
 reação ao fogo (para utilizações sujeitas a regulamentação da reação ao fogo, exceto se sistema 4);
Para outras características relevantes da marcação CE, o ITT será realizado pelo fabricante.
Para a certificação voluntária do produto, o ITT será adicionalmente efetuado pelo organismo autorizado para todas as outras
características declaradas pelo fabricante.
c)
Neste caso, a certificação do produto apenas respeita aos requisitos da marcação CE (isto é, sem ensaios de amostras colhidas
aleatoriamente).
+ a tarefa é relevante
- a tarefa não é relevante
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Anexo F
(informativo)

Critérios de avaliação de não conformidade – Procedimentos a adoptar em caso


de reclamação

F.1 Reclamação relativa à declaração do produto


F.1.1 Generalidades
São necessárias duas séries de regras diferentes: uma para as características térmicas declaradas com base em
dados estatísticos e outra para as características baseadas na declaração de valores-limites, classes ou níveis.
A parte queixosa deve solicitar a colheita, por um organismo acreditado, de uma amostra representativa, por
exemplo no mercado. Deve solicitar a esse organismo a elaboração de um relatório em que constarão a
identificação do produto, o local da compra, a data desta e o número de identificação da embalagem.
A amostra deve ser transportada para um laboratório de ensaios acreditado escolhido pela parte queixosa, de
modo a não sofrer deterioração significativa.
NOTA 1: Se a declaração do produto for estabelecida com base na certificação do produto, a primeira reclamação deverá
normalmente ser endereçada à terceira parte responsável pela certificação
NOTA 2: Se o fabricante concordar imediatamente com o queixoso e/ou com o organismo acreditado, não será necessário nenhum
ensaio complementar.

F.1.2 Reclamação relativa à resistência térmica ou à condutibilidade térmica declarada


Um laboratório de ensaios acreditado deve realizar quatro ensaios da resistência térmica ou da
condutibilidade térmica, de acordo com o procedimento descrito na norma de especificação do produto.
NOTA 1: Se for detetada uma falha durante a medição da espessura, antes da determinação das características térmicas, o ensaio
da condutibilidade térmica pode não ser pertinente e o procedimento a seguir deverá ser discutido entre as partes envolvidas.
NOTA 2: Se a norma de produto considerada especificar um método de envelhecimento, este deverá ser aplicado. No caso em que a
norma de produto especificar várias opções, o método a seguir deverá ser objeto de acordo entre as partes envolvidas. Para
provetes mais envelhecidos do que a norma de produto específica, deverão reduzir-se os patamares de envelhecimento tendo em
conta o facto que o envelhecimento acelerado ser suposto representar 25 anos de envelhecimento. Se o método de envelhecimento
utilizado para o ensaio de tipo inicial (ITT) for conhecido, este método poderá ser utilizado.

Os resultados dos quatro ensaios são expressos sob a forma R1, R2, R3 e R4 ou λ1, λ2, λ3 e λ4. A média R média
ou  e o desvio-tipo estimado, SR ou S, dessas quatro medições são calculados por meio das fórmulas de R
ou λ:
4
 i
 1 (F.1)
4

 i   
4
2

Sλ  1 (F.2)
3

Se RD  Rmédia - 0,44  SR ou D <  + 0,44  S, o produto deve ser considerado não-conforme.
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NOTA 3: O valor de 0,44 foi determinado por cálculo baseado na hipótese de que o risco do fabricante é inferior ou igual a 5 %
(para o fractile declarado 90 %).

Se o produto não satisfizer, o organismo acreditado deve informar o fabricante e a parte queixosa do facto.
Se o produto não responder aos requisitos exigidos, o fabricante deve aceitar repetir o procedimento descrito
em A.2.3 ou C.2.2 conforme o caso (salvo quando a amostragem deve ser realizada pelo organismo
autorizado) para o produto ou grupo de produtos considerado, efetuando um novo ensaio de tipo inicial a
efetuar no prazo de quatro semanas.
Se o fabricante recusar proceder a um novo ensaio de tipo inicial, aplicam-se os requisitos de A.3.1 3) ou
C.3.1 2).

NOTA 4: Ainda que baseado num método simplificado de verificação da declaração de conformidade pelo fabricante, este
procedimento segue o princípio da ‘abordagem’ 90/90 %.

Para os produtos de isolamento industriais e de equipamento de edifícios, devem ser adotados os


procedimentos relacionados com a declaração da condutibilidade térmica descritos em EN ISO 13787,
Thermal insulation for building equipment and industrial installations – Determination of the declared
thermal conductivity (ISO 13787:2003).

F.1.3 Reclamação relacionada com outras características


O laboratório de ensaios acreditado deve proceder a um controlo da(s) característica(s) relevantes. Se o
resultado for inferior ao valor declarado, considera-se que o produto não satisfaz.
Se o produto não satisfizer, o fabricante e a parte queixosa devem ser informados pelo organismo acreditado.
Se o produto não responder aos requisitos, o fabricante deve aceitar repetir o procedimento descrito em A.2.3
ou C.2.2, conforme o caso (salvo quando a amostragem deve ser realizada pelo organismo autorizado) para o
produto ou grupo de produtos considerado, efetuando um novo ensaio de tipo inicial no prazo de quatro
semanas.
Se o fabricante recusar proceder a um novo ensaio de tipo inicial, aplicam-se o enunciado nos itens A.3.1 3)
ou C.3.1 2).

F.2 Reclamação relativa a um lote


A amostra deve ser colhida de um lote como acordado entre as partes.
A amostra deve ser transportada para um laboratório de ensaios acreditado escolhido pela parte queixosa, de
modo a não sofrer deterioração significativa.

NOTA 1: Se o fabricante estiver imediatamente de acordo com o queixoso e/ou com o organismo acreditado, não é necessário
qualquer ensaio complementar.

O controlo do lote deve efetuar-se de acordo com os procedimentos descritos em F.1.1 e F.1.2.
A não-conformidade das características térmicas de um lote não se aplica normalmente senão ao lote
específico.

NOTA 2: Antes de começar os ensaios, poderá ser conveniente solicitar ao fabricante a documentação relativa à declaração.
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Bibliografia

EN ISO 9001 Quality management systems – Requirements


EN 13162 Thermal insulation products for buildings – Factory made mineral wool (MW)
products – Specification
EN 13163 Thermal insulation products for buildings – Factory made expanded polystyrene
(EPS) products – Specification
EN 13164 Thermal insulation products for buildings – Factory made extruded polystyrene foam
(XPS) products – Specification
EN 13165 Thermal insulation products for buildings – Factory made rigid polyurethane foam
(PU) products – Specification
EN 13166 Thermal insulation products for buildings – Factory made phenolic foam (PF)
products – Specification
EN 13167 Thermal insulation products for buildings – Factory made cellular glass (CG)
products – Specification
EN 13168 Thermal insulation products for buildings – Factory made wood wool (WW)
products – Specification
EN 13169 Thermal insulation products for buildings – Factory made expanded perlite board
(EPB) products – Specification
EN 13170 Thermal insulation products for buildings – Factory made products of expanded cork
(ICB) – Specification
EN 13171 Thermal insulation products for buildings – Factory made wood fibre (WF) products
– Specification
EN 14305 Thermal insulation products for building equipment and industrial installations –
Factory made cellular glass (CG) products – Specification
EN ISO 13787 Thermal insulation for building equipment and industrial installations –
Determination of the declared thermal conductivity (ISO 13787)

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