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Coordenação de Engenharia Mecânica

Relatório Final de Estágio

André dos Santos Bissolotti – nº 204804

FACENS/SP
2007
André dos Santos Bissolotti n°204804

Coordenação de Engenharia Mecânica

Relatório Final de Estágio

Relatório final de estágio apresentado à Faculdade de


Engenharia de Sorocaba – FACENS – como parte dos pré-
requisitos para obtenção do título de engenheiro mecânico.

FACENS/SP
2007

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Índice

1) Nome da faculdade.............................................................................................................5
2) Identificação do Estagiário.................................................................................................5
3) Identificação e caracterização da empresa..........................................................................5
4) Identificação do estágio....................................................................................................25
5. Descrição detalhada do estágio.........................................................................................26
5.1. Departamento de VED...............................................................................................26
5.2. Departamento de Vehicle Dynamics..........................................................................27
5.3. Atividades Realizadas................................................................................................33

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Índice de Figuras

Figura 1: Vista aérea do Campo de Provas de Tatuí – Ford.....................................8


Figura 2: Organograma do Campo de Provas........................................................13
Figura 3: Fluxograma de Processos........................................................................18
Figura 4: Fluxograma de testes de verificação e validação....................................19
Figura 5: Organograma do Departamento de VED.................................................26

Índice de Tabelas

Tabela 1: Abrangência do manual da qualidade.....................................................12


Tabela 2: Matriz de responsabilidade e autoridade.................................................16
Tabela 3: Atividades realizadas...............................................................................34

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1) Nome da faculdade

FACENS – Faculdade de Engenharia de Sorocaba

2) Identificação do Estagiário

Nome: André dos Santos Bissolotti Nº. 204804

Curso: Engenharia Mecânica Série: 5º ano Período: Integral

3) Identificação e caracterização da empresa

Ford Motor Company do Brasil Ltda

A “Ford Automotive Operations (FAO)” é uma empresa mundial e seus


negócios atendidos conforme suas necessidades nos mais diversos locais e em
grande escala. Trabalha direcionada ao desenvolvimento e a manufatura de
produtos com qualidade atendendo aos requerimentos de utilidade, segurança,
economia, performance e confiabilidade de forma que seus produtos e resultados
atendam a necessidade de seus clientes. O Desenvolvimento do Produto (PD) é a
organização FAO (Ford Automotive Operations), dedicada principalmente a
desenvolver automóveis, caminhões e componentes relacionados.

História da Ford

1903: em 16 de junho foi fundada a Ford Motor Company em Detroit, com


capital inicial de 28 mil dólares. Logo em seguida foi apresentado o 1º automóvel
Ford, o Modelo A com motor de 2 cilindros opostos colocados sob o banco, 8HP,
dusa marchas à frente e uma à ré e transmissão por corrente, tendo 1708
unidades fabricadas até o ano seguinte.

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1904 - foi aberta a 1ª fábrica da Ford fora dos Estados Unidos, em Ontário,
Canadá.

1908 - abertura da 1ª filial fora da América em Paris, França. No mesmo


ano foi apresentado o Modelo T, o primeiro veículo no qual Henry Ford pôde
introduzir suas idéias revolucionárias. Um veículo extremamente simples e
confiável de contrução robusta e baixo preço viria revolucionar o conceito do
automóvel, que deixava de ser um luxo para poucos e viria ser eleito o "Carro do
Século" . Com a introdução do Modelo T, a Ford se torna o maior fabricante norte-
americano de automóveis (mais de 15 milhões de unidades foram vendidas até o
encerramento de sua produção em 1927).

1913 - Henry Ford inicia os experimentos com o conceito de linha de


montagem móvel, que se efetivaria em 1914 e iria revolucionar a produção de
automóveis.

1919 - Criação da filial Brasileira, situada na Rua Florêncio de Abreu, no


centro de São Paulo, onde se iniciou a montagem de automóveis Modelo T e
caminhões Ford TT.

1927 - É apresentado o novo Modelo A que, com seu motor 4 cilindors de


40HP, proporcionava novos níveis de desempenho e imensa durabilidade. Um dos
veículos de melhor relção custo/benefício da história do automóvel. O popular
Fordinho no Brasil substituiu o Modelo T e trouxe novos recordes de vendas.

1953 - É inaugurada a nova fábrica da Ford no Brasil no bairro do Ipiranga


em São Paulo, montando automóveis americanos e europeus, caminhões, tratores
e ônibus, foi a mais moderna instalação industrial automobilística da época.

1964 - 17 de abril foi lançado nos Estados Unidos o Ford Mustang, o maior
fenômeno de vendas da história automobilística.

1967 - foi produzido o 1º carro brasileiro, o Galaxie 500, com motor V8 de


4,5 litros.

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1969 - é apresentado ao público o Ford Corcel, veículo destinado ao
mercado de carros médios, derivado do projeto da Willys-Overland, que recebeu
centenas de aperfeiçoamentos. É até hoje o veículo de maior produção da Ford
Brasileira. Foi lançado també o LTD, versão de luxo do Galaxie.

1973 - Deixa a linha de montagem o 1º Ford Maverick brasileiro. O


Maverick é hoje um marco entre os carros de alta performance no Brasil.

1983 - Descontinuado em janeiro o Landau, último remanescente da linha


Galaxie. Foi o último automóvel V8 fabricado no Brasil. Introduzido como modelo
1984 o Escort, carro mundial da Ford com motor de 4 cilindros 1,6L CHT.

1986 - Criação da Autolatina, joint-venture com a Volkswagen do Brasil.


Aquisição de 10% da Kia Motor Company.

1987 - Aquisição de 75% das ações da Aston Martin Lagonda.

1990 - Aquisição da Jaguar Cars, tradicional fabricante britânico de veículos


de alto luxo.

1995 - Iniciada a importação dos Estados Unidos da pick-up média ford


Ranger. Dissolução da Autolatina.

1996 - Início de produção do Ford Fiesta nacional. Joint Venture entre Ford
(90%) e Kia Motor Company (10%). Reinauguração da Fábrica de Motores e
Transmissões de Taubaté, para suprir a produção do Fiesta.

1997 - É lançado o Ford Ka e início da produção da pick-up Ford Courier.

1999 - Lançamento do novo motor Zetec RoCam nos veículos Fiesta, Ka e


Courier modelo 2000. Aquisição da Volvo Cars.

2000 - Lançamento do Ford Focus, um dos veículos mais premiados no


Brasil e no mundo.

2001 - Início das operações do Complexo Industrial Ford Nordeste, em


Camaçari (BA), com capacidade para produzir 250 mil veículos por ano, 850
7
veículkos por dia, 1 veículo a cada 80 segundos.

2003 - O lançamento do Ford EcoSport é o maior investimento da Ford no


segmento de SUVs no Brasil. A Ford EcoSport é hoje líder de vendas na sua
categoria.

Campo de Provas de Tatuí

Está localizado na rodovia SP 127 km 124, na cidade de Tatuí, no Estado


de São Paulo, distando aproximadamente 140 km da capital do Estado, com
acesso pela rodovia Castelo Branco – SP-280. A sua área total é de 4.665.000 m2,
sendo aproximadamente 12.200 m2 de área construída e sua altitude média é de
640 metros acima do nível do mar.

O Campo de Provas é uma área pertencente ao Departamento de


Engenharia do Produto da Ford Motor Company Brasil Ltda, destinada a realizar
testes de veículos, ensaios de desenvolvimento e homologações de carros e
caminhões, e seus componentes conforme determinado pelo requisitante do teste.

Figura 1: Vista aérea do Campo de Provas de Tatuí – Ford

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Marcos Históricos

1970 - Aquisição pela Ford da área atualmente destinada ao Campo de


Provas;
1978 - Início das atividades do Campo de Provas de Tatuí;
1980 - Início das atividades do Laboratório de Emissões;
1984 - Construção do atual prédio da Garagem Experimental;
1987 - Ford e Volkswagen se associam no Brasil e Argentina, criando-se a
Autolatina;
1995 - Término do “joint-venture” Autolatina;
2001 - Ampliação do Laboratório de Emissões, início da operação do
Dinamômetro para acúmulo de quilometragem e construção da Pista "Hill Section";
2002 - Modernização da Barreira de Impacto;
2003 - Obtenção da certificação ISO 14001.
2004 - O Laboratório de Emissões obtém a acreditação do INMETRO para
realização de ensaios de emissões de escapamento e evaporativas, consumo de
combustível e determinação de aldeídos segundo Normas brasileiras.
2004 - Obtenção da certificação ISO 9001:2000
2005 - A acreditação do Laboratório pelo INMETRO é extendida para
realização de ensaios de emissões conforme Diretiva Européia ECE 70/220.

Manual da Qualidade

Aprovação do Manual

Este Manual da Qualidade, emitido em 20/09/2004, descreve o sistema da


qualidade da Ford Motor Company Brasil Ltda. – Campo de Provas de Tatuí,
abrangendo os requisitos da norma NBR ISO 9001 (Dezembro/2000),
expressando o atual sistema em vigor.
Foi elaborado pela área da Qualidade e revisdao do e aprovado pelos
supervisores e Gerente do Campo de Provas.

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Escopo e Campo de Aplicação do Manual da Qualidade

O Campo de Provas de Tatuí é uma parte do Desenvolvimento do Produto


(PD) onde são executados a grande maioria dos ensaios de desenvolvimento e
homologações de veículos.
O Campo de Provas estabelece este manual da qualidade onde descreve a
política e o sistema da qualidade referente às suas operações. Este manual da
qualidade é o documento mais importante da estrutura do sistema da qualidade
atendendo os requerimentos aplicáveis da NBR ISO 9001 (Dezembro/2000).
Este manual suporta as operações de ensaios e serviços e dá base para
avaliações de 3ª parte da ISO 9001. Além do mais, é direcionado para:

 Fazer referência aos Procedimentos do Sistema da Qualidade e definir a


estrutura da documentação;
 Servir como base para que a administração com responsabilidade
executiva analise criticamente o Sistema da Qualidade;
 Citar a Política e os objetivos da qualidade e descrever o sistema da
qualidade;
 Definir a competência dos empregados que interagem com o sistema da
qualidade;
 Prover melhoria de controle das práticas relativas à gestão do sistema;
 Prover base documentada para auditorias do sistema da qualidade;
 Prover continuidade do sistema da qualidade e seus requisitos;
 Apresentar o sistema da qualidade a propósitos externos para demonstrar
conformidade com a norma de referência, quando autorizado;
 Demonstrar conformidade do sistema da qualidade com os requisitos da
qualidade;
 Aplicar a todas as áreas envolvidas com o escopo do sistema da qualidade.

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Controle e Administração do Manual da Qualidade

O Campo de Provas faz a cada três anos ou quando necessário, antes


desse período, uma revisão completa do Manual. O Representante da
Administração ou seu designado é o responsável pelo seu controle e realização
das revisões e deve aprová-lo em conjunto com os Supervisores e Gerente da
Planta.
O controle do original, emissão e revisões são executados de acordo com o
ítem Controle de Documentos deste Manual (Controle de Documentos), cabendo
as seguintes considerações:

 Aos itens deste manual correlacionados aos requisitos da norma de


referência, são apontados os procedimentos documentados.
 Sugestões que visam melhorar a eficácia e a eficiência do Manual da
Qualidade devem ser encaminhadas ao Representante da Administração
e/ou a área da Qualidade;
 Este manual, após aprovado, é disponibilizado na Intranet WEB Ford,
através das páginas: "Sistemas da Qualidade”, sendo considerado o meio
de distribuição;
 Especificamente para o manual, alterações de textos são identificadas
através da colocação de um traço vertical à margem esquerda do parágrafo
afetado, em atualização e revisão geral do manual estas identificações são
dispensadas;
 Registros de mudanças e emendas serão identificados sequencialmente
com seu motivo e responsáveis pela aprovação:

Abrangência do Sistema de Gestão da Qualidade

A abrangência deste Manual da Qualidade refere-se as atividades abaixo


relacionadas:

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Tabela 1: Abrangência do manual da qualidade.

Escopo e campo de aplicação

O Sistema de Gestão da Qualidade foi documentado e implementado, onde


o seu escopo é:
Realização de testes visando oferecer suporte técnico para diversas áreas
da empresa no desenvolvimento de veículos, carros e caminhões, e seus
componentes.

Diretrizes da Qualidade

Organograma

O Comitê Operativo da Planta tem responsabilidade e autoridade, através


da liderança do Gerente da Planta, para assegurar que a política e os objetivos da
qualidade da companhia são mantidos, entendidos e implementados em todos os
níveis da organização.

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Figura 2: Organograma do Campo de Provas

Papéis e Responsabilidades

No Campo de Provas de Tatuí os papéis, responsabilidades e autoridades


estão definidos, documentados e comunicados em todas as funções da Planta,
para assegurar que o Sistema de Gestão da Qualidade seja implementado
efetivamente.
As responsabilidades e objetivos de qualidade para todo o pessoal
mensalista estão documentados e são revisados anualmente quanto a
performance dos mesmos. As instruções de trabalho e as Folhas de Processos da
Qualidade (Quality Process Sheet - QPS) e documentos da qualidade em geral
definem as responsabilidades para o pessoal horista e mensalista

Gerente da Planta

O Gerente da Planta é subordinado à Diretoria de PD e tem responsabilidade e


autoridade para todos os aspectos de operações do Campo de Provas no que se
refere ao desempenho da planta é:

 Disponibilizar recursos conforme previsto;


 Estabelecer a política e os objetivos da qualidade;
 Conduzir as reuniões de análises críticas do Sistema da Qualidade;
 Monitoramento do desempenho da planta e indicar ações corretivas,
quando necessário;
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 Tomar ações visando o desenvolvimento geral.

Supervisor de Área

É subordinado ao Gerente da Planta e é responsável por :

 Promover direção, liderança e motivação, suportando os times e


engenheiros;
 Garantir que sua área seja competente e tenha recursos necessários para
atender os requisitos dos clientes;
 Assegurar o treinamento dos engenheiros e analistas;
 Suportar a implantação do Sistema da Qualidade em sua área;
 Zelar pela integridade e segurança dos funcionários, equipamentos e
utilidades;
 Participar na elaboração dos objetivos da qualidade e reuniões do Comitê
Operativo da Planta e de análise crítica do Sistema da Qualidade;
 Cascatear os objetivos da Qualidade e tomar ações corretivas quando
necessário.

Engenheiro do Produto e Analista

O Engenheiro do Produto e/ou o Analista de cada área tem como principais


atividades:

 Participar do desenvolvimento dos objetivos;


 Pesquisar, desenvolver, elaborar e treinar os funcionários em
procedimentos de ensaio, adotando as boas práticas de engenharia;
 Acompanhar e realizar os ensaios;
 Emitir relatórios;
 Realizar análise crítica das requisições de ensaio;
 Identificar ações de melhoria;
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 Zelar e estabelecer a melhor forma de utilização de equipamentos e
instrumentos de medição e aquisição de dados;
 Participar da análise de solução de problemas;
 Assegurar a correta instalação das máquinas e equipamentos, bem como a
segurança dos mesmos.

Encarregado

O Encarregado de área tem como principais atividades:

 Participar do desenvolvimento dos objetivos e coordenar a realização junto


ao time;
 Trabalhar junto com a equipe para identificar oportunidades de melhoria
contínua;
 Treinar novos membros nos processos através dos procedimentos, das
folhas de QPS e instrução de trabalho;
 Participar da análise de solução de problemas;
 Participar no desenvolvimento e implementação de planos para melhor
utilização de recursos e manutenção de materiais e eliminação de
desperdício;
 Coordenar e participar de rodízio dos membros dentro do time, para
proporcionar treinamentos e promover desenvolvimento dos empregados;
 Monitorar, em conjunto com o time, os resultados obtidos frente aos
objetivos estabelecidos, para definição e/ou identificação de ações de
melhorias;
 Controlar a calibração dos equipamentos de testes.

Controlador de testes

O controlador de testes está subordinado ao encarregado da área e é


responsável por:

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 Acompanhamento e realização dos ensaios;
 Preparação e instrumentação das amostras de testes;
 Manter, zelar, controlar e monitorar as amostras;
 Participar de reuniões dos times de trabalho, identificando melhoria nos
processos;
 Identificar, reportar e sugerir melhorias nos processos;
 Elaborar as Folhas Qualidade de Processos (Quality Process Sheet - QPS)
assegurando que as operações sejam realizadas com segurança.

Papéis e Responsabilidades

Tabela 2: Matriz de responsabilidade e autoridade

Legenda: ○ Colaborador
● Autoridade principal

Visão, Missão e Valores


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A Ford Motor Company é a líder mundial em produtos automotivos e
financeiros e em serviços.

Nossa visão:
Ser a empresa líder mundial, na avaliação do consumidor, em produtos e
serviços automotivos.

Nossa Missão:
Somos uma família global e diversificada, com um legado histórico de que
nos orgulhamos e estamos verdadeiramente comprometidos em oferecer produtos
e serviços excepcionais que melhorem a vida das pessoas.

Nossos Valores:
O cliente é prioridade nº 1.

Nós fazemos o que é certo para os nossos clientes, pessoal, meio ambiente
e a sociedade em geral.
Aprimorando tudo o que fazemos, oferecemos um retorno superior aos
nossos acionistas.

Objetivos da Qualidade

Os objetivos da Qualidade do Campo de Provas de Tatuí são definidos


anualmente pelo Comitê Operativo da Planta, composto pelo Gerente da Planta e
Supervisores das áreas, a partir da Política da Qualidade e dos objetivos
corporativos.
A evolução dos objetivos é analisada mensalmente quanto aos resultados
esperados, nas reuniões do Comitê Operativo, que acompanham a evolução e
tomam ações corretivas, se necessário.
Requisitos gerais

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Os macros processos são demonstrados através do fluxo abaixo onde
estão definidas as suas interações, bem como os processos de apoio que são
complementares e não são medidos.

Figura 3: Fluxograma de Processos

Diagrama do Processo

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Processo Nº 1 - Campos de Prova de Tatuí
Título do Processo: Testes de Verificação e Validação

Figura 4: Fluxograma de testes de verificação e validação

Planejamento da Realização do Produto


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O produto para o Campo de Provas de Tatuí é o ensaio realizado por este.
Todos os ensaios seguem procedimentos normalizados nacional ou
internacionalmente, ou procedimentos corporativos e ou requisitos do cliente. Os
processos necessários para a realização dos ensaios foram desenvolvidos e estão
descritos nos procedimentos do Sistema de Gestão da Qualidade.
Os ensaios são planejados e desenvolvidos para que sejam atendidas as
características referentes aos requisitos dos produtos da Ford Motor Company.
Quando adaptações ao processo de realização de determinados ensaios
são necessárias, as mesmas são validadas através de ensaios de correlação com
o campo, com outros Campos de Provas da Ford ou com outros laboratórios e
com aprovação do cliente.

Melhoria contínua

Em busca de constante desenvolvimento no que se refere à satisfação do


cliente, técnicas que buscam a Melhoria Contínua são largamente utilizadas por
toda a organização, tal como Projetos de 6-Sigma, 8D e outras metodologias
adequadas e dados disponíveis.
As melhorias podem ser identificadas por qualquer colaborador e área da
empresa e não somente nos processos de realização dos produtos.

Sistema de Gestão Ambiental

O Campo de Provas de Tatuí possui seu Sistema de Gestão Ambiental


documentado, assegurando a conformidade ambiental com os requisitos
específicos.
A estrutura da documentação utilizada esta dividida em níveis interligados,
descritos e apresentados abaixo:

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a) Manual do Sistema de Gestão Ambiental - descreve o histórico, a estrutura
organizacional e o Sistema de Gestão Ambiental;

b) Procedimentos Internos - especificam o que é feito para o atendimento aos


requisitos da Norma NBR ISO-14001, legislações e outros requisitos e definem as
responsabilidades pelas tarefas.

c) Instruções Internas - definem como uma atividade deve ser executada, de


forma a cobrir características específicas de cada uma das áreas, com um maior
nível de detalhamento. As Instruções Internas apresentam, adicionalmente, as
funções participantes na execução das tarefas. Nesse nível de documentação se
encontram também os demais documentos do Sistema de Gestão Ambiental
(desenhos, normas, especificações, instruções operacionais, QPS – Quality
Process Sheet) e Lição de Ponto Único;
d) Registros Ambientais - são a evidência do monitoramento executado, estando
vinculados as procedimentos internos/instruções internas/instruções operacionais,
conforme aplicável.

Procedimentos do Sistema de Gestão Ambiental

O Campo de Provas de Tatuí mantém os Procedimentos e Instruções


Internas documentados e implantados em consistência com a Política Ambiental e
requisitos da norma NBR ISO-14001, legislações e outros requisitos.
A elaboração, aplicação, distribuição e revisão dos procedimentos e das
Instruções Internas é de responsabilidade da área emitente, sob a coordenação do
Representante Ambiental da Gerência ou seu Designado, a fim de garantir perfeito
funcionamento do Sistema de Gestão Ambiental.

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Elementos ISO 14001

A Política Ambiental do Campo de Provas de Tatuí foi escrita e endossada


pela Alta Gerência. Esta Política se aplica direta ou indiretamente a todas as
atividades da Planta bem como a todo pessoal e fornecedores que trabalham
internamente, e está alinhada com a Política Ambiental da Ford Motor Company
(Carta Política Nº 17). A Política Ambiental local não se aplica ao produto, seu uso
e descarte.
A Política inclui um compromisso para com a melhoria contínua e a
prevenção da poluição, bem como para com o cumprimento regulamentar. A
Política será avaliada anualmente pela Alta Gerência, comunicada a todos os
empregados, e ficará disponível ao público afixada na portaria principal do Campo
de Provas.
A responsabilidade pela sua implantação na Planta foi delegada ao Gerente
do Campo de Provas e ocorre da seguinte forma:

a) O Gerente do Campo de Provas, através do Representante Ambiental da


Gerência, divulga o conteúdo da Política do Sistema de Gestão Ambiental.

b) A Gerência da Planta, através do Representante Ambiental da Gerência,


implanta na planta a Política do Sistema de Gestão Ambiental da seguinte forma:
b1) Todo empregado ao ser admitido recebe durante o período de integração,
o conhecimento da Política do Sistema de Gestão Ambiental, através de
palestra informativa;
b2) Anualmente se realiza uma campanha de reforço do conteúdo da Política
do Sistema de Gestão Ambiental;
b3) Verifica-se o grau de implantação da Política do Sistema de Gestão
Ambiental no chão de fábrica, através de Auditorias Internas nos prazos
definidos pelo cronograma de Auditorias;

c) As metas organizacionais estabelecidas para a Planta apresentam-se alinhadas


com as diretrizes do Sistema de Gestão Ambiental. A avaliação do grau de
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sucesso alcançado na obtenção das metas (portanto da implantação da Política) é
realizada como parte da Análise Crítica da Administração.

Política Ambiental

O Campo de Provas de Tatuí dedica-se a realização de ensaios de


desenvolvimento de veículos automotores e de seus componentes, utilizando
procedimentos corporativos, normas técnicas nacionais e internacionais e pessoas
treinadas e informadas sobre a interação de suas atividades com o meio
ambiente, gerando serviços que satisfazem as expectativas de seus clientes.
A Política Ambiental, as quais se subordinam todas as atividades da planta,
orienta esforços para a proteção do meio ambiente.
O Campo de Provas preocupa-se com todos os seus aspectos ambientais e
tem estabelecido os seguintes compromissos:

 Atender e, quando possível, exceder a todos os requisitos legais e


corporativos aplicáveis;
 Estabelecer e empenhar-se no melhoramento contínuo do sistema de
gestão ambiental;
 Encorajar a redução da geração de resíduos;
 Incentivar a prevenção da poluição do ar, água e solo;
 Implementar e revisar periodicamente os programas ambientais;
 Estabelecer o treinamento, conscientização e responsabilidade de todos os
empregados, contratados e prestadores de serviços da planta;
 Responder as questões de interesse da comunidade aplicáveis às nossas
atividades e proteger a Fauna e a Flora presentes nesta Planta.

Aspectos Ambientais

Os aspectos ambientais são identificados pela Equipe Multifuncional com


base nas atividades, processos ou serviços do Campo de Provas, os quais podem
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interagir com o Meio Ambiente e sobre os quais a Planta pode exercer controle ou
influência, de acordo com o procedimento corporativo FAP06-001 – Aspectos
Ambientais, Objetivos, Metas e Planos e o local PGE-04-03 - Identificação dos
aspectos, objetivos, metas e programas de gerenciamento ambiental.
Exemplos de processos ou serviços sobre os quais não se tem controle
são: o desenho do produto, uso do produto e a disposição final do produto.
Tais aspectos são identificados e classificados como significativos ou não
significativos. Os aspectos são classificados como significativos com base em
critérios definidos como: requisitos regulamentares, parte do plano de negócios,
representatividade de carga ambiental, e o potencial de liberação acidental.
Os aspectos ambientais e os aspectos ambientais significativos
identificados são documentados na matriz Form_TPG-026 - Análise dos Aspectos
Ambientais da Planta. Esta é revisada anualmente (ou antes, se for introduzido um
processo novo ou uma mudança de processo) e estabelece as bases para definir
objetivos e metas ambientais. Registros associados com a revisão dos aspectos
ambientais significativos são mantidos pelo Representante Ambiental da Gerência
(EMR) ou Engenheiro Ambiental designado.

Organização

O Comitê Operativo da Gerência tem responsabilidade e autoridade,


através da liderança do Gerente da Planta, de assegurar que a Política Ambiental
da Companhia seja efetivamente implementada em toda a organização.
O Comitê Operativo da Gerência, integrado pelo Gerente da Planta e pelos
Supervisores das Áreas que compõem o Campo de Provas, designa uma Equipe
Multifuncional, responsável de operar áreas chaves do Sistema de Gestão
Ambiental, apoiando o EMR no desenvolvimento e implementação do SGA. Esta
inclui uma representação de todas as áreas funcionais e de processo.
A representação típica inclui:

 Testes Especiais;
 Laboratório de Emissões;
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 Manutenção;
 Almoxarifado;
 Oficina;
 Engenharia;
 Representante Ambiental da Gerência (EMR);
 Protótipos;
 Rodagem;
 Dinamômetros;
 Recursos Humanos (Segurança / Serviço Médico / Alimentação /
Treinamento)

4) Identificação do estágio

O estágio foi realizado no Departamento de Engenharia de Produto da Ford


Motor Company do Brasil, com foco na área de VED – Vehicle Evaluation &
Development (Avaliação e Desenvolvimento de Veículos) a qual tem como
subáreas: NVH - Noise, Vibration & Harshness; VD - Vehicle Dynamics; P&FE -
Performance & Fuel Ecomomy; TVM – Total Value Management; e IC&V –
Infotainment, Comfort & Vision; o qual tem a função de avaliar e desenvolver
novas tecnologias a serem aplicadas nos veículos comercializados, buscando
sempre soluções lucrativas, porém que agreguem valor ao produto final.

A duração total do estágio foi de, aproximadamente, cinco meses, iniciado


em 16 de Julho de 2007 e encerrado em 14 de Dezembro de 2007. Foi cumprida
uma carga horária de 780 (setecentos e oitenta) horas de estágio supervisionado.

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VED
Gilberto Geri
Gerente

VD P&FE NVH IC&V TVM


Klaus Mello Artur Araújo Marcelo Macedo Paulo Martinez Edgard Heinrich
Supervisor Supervisor Supervisor Supervisor Supervisor

Figura 5: Organograma do Departamento de VED

5. Descrição detalhada do estágio

5.1. Departamento de VED

Durante o período de estágio no Campo de Provas de Tatuí, pôde-se


verificar que cada supervisor, nas diversas áreas de VED é responsável por
identificar as maiores necessidades e soluções de engenharia para garantir a
tomada de decisão correta e a melhoria do veículo.

Durante um lançamento de um novo veículo, o departamento de VED


recebe as especificações técnicas do departamento de Engenharia Avançada e os
atributos a serem atendidos. Após o recebimento dos veículos protótipo são feitas
baterias de testes, nos quais são feitas avaliações objetivas e subjetivas e as
devidas análises. Se as requisitos foram atendidos, o VED aprova o veículo e esse
vai para a linha de montagem, e se o veículo não for aprovado o VED é
responsável por desenvolver soluções de melhoria e trabalhar em conjunto com a
Engenharia Avançada.

26
5.2. Departamento de Vehicle Dynamics

O Departamento de Vehicle Dynamics é responsável por desenvolver as


características de ride, steering e handling dos veículos.

Ride

Definição: é a sensação de "sem distúrbios" que o motorista e os


passageiros tem quando andam com o veículo.

"Sem Distúrbios" pode ser definido como:

 Baixas vibrações no banco


 Baixas vibrações no assoalho
 Baixas vibrações no volante
 Baixo impacto em tiras de impacto (trilho de trem)
 Baixa aceleração vertical em lombadas
 Baixa aceleração transversal e longitudinal
 Sem bater o assoalho no piso

Motoristas normais também podem perceber por comforto de "ride" como:

 Qualidade do interior
 Ruídos conhecidos como "squeaks & rattles"
 Desempenho e ruído do motor
 Conforto dos bancos
 Estabilidade em curvas, por exemplo uma possível derrapagem do eixo
traseiro pode deteriorar a percepção de "ride"
 Visibilidade
 Ergonomia
 Ruído gerado pneu em contato na rodovia
 Esforço da direção
 Suavidade ao freiar

Procedimentos:

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Eventos contínuos – refere-se a dirigir em superficies que contenham distúrbios
ininterruptos. A designação de rodovia "lisa" inclue superf[icies que variam de
muito "lisa" com pequenas excitações até realmente "lisa" com distúrbios discretos
e pouco contínuo. A designação de rodovia rugosa inclue irregularidades na
superfície como "ondas" contínuas pequenas e/ou longas, ondulações e
"mergulhos" bem como distúrbios que resultam numa forte excitação do veículo.

Ride primário/Movimentação da carroceria – Movimentos de baixa frequência


do veículo devido a ondulações da pista. A intenção desta categoria é encobrir os
modos de rigidez da carroceria. Nela são avaliadas o quão são perceptíveis os
movimentos verticais, se o veículo está "conectado" ou "desconectado" da rodvia,
condiderando o movimento entre o eixo dianterio e traseiro e se as mudanças de
aceleração são suaves ou abruptas e ainda se existe uma movimentação lateral
que causa um inconfortável movimento da cabeça dos passageiros.
Ride secundário/Vibrações – Vibrações são causadas por vários tipos de
distúrbios da rodovia e são sentidos pelo motorista e passageiros por meio dos
bancos, volante, assoalho, controles, etc. É preciso considerar se o veículo está
"copiando" as irregularidades da rodovia diretamente ou são os pneus que estão
causando essa sensação ou se são os movimentos do motorista no banco. São
avaliadas também a harmonia entra as oscilações entre a carroceria, subframe,
suspensão, powertrain e os bancos que são sentidos pelo motorista e passgeiros.
Avalia-se também a harmonia das vibrações entre coluna de direção e volante
verificando se o veículo transmite uma sensação tátil da rugosidade e textura da
rodovia para os passageiros ou se parece se está andando numa superfície lisa
como um vidro.

Eventos Dicretos – são os distúrbios da rodovia que são separados por uma
distância suficiente para que o veículo tenha um comportamento antes do próximo
evento, tais como lombadas, trilho de trem, buracos, juntas de expansão, etc.
Impacto primário – refere-se ao modo de resposta da rigidez da carroceria ao
passar por ondulações e "mergulhos". Avalia-se se as ondulações causam uma
mudança repentina e abrupta aos ocupantes e se nos impactos, quando a
suspensão é submetida, é possível sentir ou ouvir através dos batentes quando se
ocorre um fim de curso na suspensão.

Impactos - Avalia-se a habilidade que o veículo tem de isolar os ocupantes do


veículo de um evento distinto da rodovia, como um buraco. É preciso sentir se
28
existe um amortecimento inicial abrupto ou se o veículo absorve o evento
suavemente, se existe um ruído ou ruídos que são associados ao impacto, se o
impacto causa uma rápida movimentação vertical da carroceria, se a vibração
continua após o impacto inicial e quanto tempo demora para a amplitude do
movimento se deteriorar.

Steering

Steering é definido como a capacidade do veículo de precisamente e suavemente


responder as manobras do motorista. É também o primeiro aviso de "cuidado"
para que o motorista saiba se algo de errado está ou vai acontecer, como por
exemplo se o veículo está derrapando numa curva. Quão mais rápido o problema
é sentido, maiores são as chances de o motorista corrigir a manobra.

A maioria dos motorista tendem a classificar um bom steering como:

 Baixo esforço
 Baixo raio de giro
 Baixo número de voltas no volante de batente-a-batente
 Ruídos de "knocking" (ruído da caixa ou coluna de direção)

Procedimentos

Manobras de estacionamento – referem-se a manobras realizadas em baixa


velocidade geralmente ao se estacionar o veículo numa vaga.

Esforços – são avaliados com o veículo parado e andando a velocidades baixas


verificando se os esforços são uniformes ou se há flutuações.

Retornabilidade – é a habilidade do sistema de direção em retornar o volante ao


centro em velocidades baixas e em ambas as direções à frente e à ré. Avalia-se se
o movimento de retorno é suave, uniforme e constante, o quão perto do centro o
volante se alinha sozinho, o quão rápido é esse retorno e se o volante for
esterçado até o fim para uma lado avaliar se o sistema tem a capacidade de
retornar ao centro sem auxílio do motorista.

Manobrabilidade – avalia-se a habilidade de se manobrar o veículo sem uma


29
espaço restrito. Considera-se quantos graus ou quantas voltas no volante são
necessárias para realizar manobras de estacionamento.

Controlabilidade em linha reta – refere-se às propriedades da direção (volante)


próximo ao centro e como essas características funcionam juntas para permitir ao
motorista um controle da direção preciso e confiável. Essas propriedades são as
reações do veículo e a força de retorno em pequenas correções da direção que
são necessárias para manter o veículo andando em linha reta.

Resposta – é a qualidade com que o veículo responde a um pequeno grau de giro


no volante dado pelo motorista próximo do centro. Considera-se o quanto o
veículo responde aos pequenos ângulos de esterço quando se está andando em
linha reta. Avalia-se em diversas velocidades se existe uma faixa de ângulo de
esterço em que parece que há pouca ou nehuma resposta do veículo (folga), se
esses pequenos ângulos de esterço são lineares e se o comportamento do veículo
é simétrico tanto para a direita quanto para a esquerda.

Percepção de "centro"/Torque ao "centro" – avalia-se se há uma sensação de


que o volante está ao centro com um acréscimo de ângulo de esterço mesmo com
rápidos desvios do centro, verificando se existe regiões em que se parece ter
folga, se o acréscimo de torque com baixo ângulo de esterço é fraco ou forte, se
esse acréscimo de torque é linear e uniforme e se é perceptível uma sensação de
força de atrito.

Modulação/Precisão – avalia-se a relação entre torque no volante, o ângulo de


esterço e a reação do veículo em situações que necessite de pouco ângulo de
esterço. Verifica-se se o retorno da direção e a reação do veículo se "encontram"
numa faixa do centro do volante ou se a direção parece "artificial" e falta uma
conexão do veículo com a pista.

Estabilidade em curva – é a propriedade da direção durante uma curva e como


essas características funcionam juntas para permitir ao motorista um controle da
direção preciso e confiável, estão inclusas nessas propriedades a reação do
veículo e o torque necessário do volante para conduzir o veículo na curva bem
como pequenas correções de direção para manter o veículo na direção desejada.
Isso também inclue propriedades da direção que auxiliam o motorista a retomar o
controle em linha reta.
30
Torque/Sensação de retorno – caracteriza a sensação de torque ao centro
quando se está contornando uma curva. Avalia-se se há claramente e bem
definido um acréscimo ou decréscimo de torque quando há um acréscimo ou
decréscimo de ângulo do volante numa curva, se possui uma característica linear,
se quando estamos contornando uma curva e fazendo pequenas correções no
volante, há mudanças de torque no volante. Verifica-se também se a direção
"transmite" a situação atual da pista.

Esforço em curvas - avalia-se o esforço necessário da direção para se manter


numa curva em diversas velocidades, se são esforços rasoáveis e confortáveis
nessa condições.

Retornabilidade em curvas – avalia-se a habilidade do sistema de direção em


retornar o volante ao centro em diferentes condições de curvas, se o movimento
de retorno é uniforme, suave e constante, o quão perto do centro o volante se
alinha sozinho.

Distúrbios da direção – refere-se às reações indesejáveis da direção do veículo


ou uma reação contrária da esperada pelo motorista.
Torque na direção – é o desvio da direção causado por uma aceleração ou
desaceleração. É avaliado se há variação de torque através das mudanças de
marchas mantendo-se em linha reta.

"Pull" - É avaliado se o veículo quando andando em linha reta tende a se desviar


de sua rota lateralmente. Nessa avaliação o veículo deve estar com a embreagem
desacoplada, o freio e o volante liberados.

Sensibilidade à imperfeições da pista no sentido longitudinal - avalia-se se o


veículo reage significamente a essas imperfeições saindo da rota, o quanto de
ângulo de volante é necessário para compensar esse distúrbio e quanto de torque
é necessário para se manter em linha reta.

Movimento Rotacional do Volante - é avaliado o movimento rotacional "kick-


back" do volante devido a irregularidades distintas como buracos e pista rugosa
assimétrica.

31
Desbalanceamento - avalia-se se a direção oscila torsionalmente e
constantemente em superficies lisas devido ao desbalanceamento dos pneus ou
uma variação de força.

Handling

Definição: é a habilidade que o veículo tem de ser guiado suavemente em


curvas, retas e transientes. A confiança que o veículo passa para o motorista é a
"chave" e a alta capacidade de fazer curvas que não é percebida pela maioria dos
motoristas.
Enquanto isso, manobras de pânico como uma mudança brusca de faixa "deve"
ter muita importância durante o desenvolvimento de modo a manter um
comportamneto extremamente seguro, ou em outras palavras o veículo deve ser
perdoável.

Os principais erros de Handling são:

 Instabilidade ao manter linha reta causados por ventos laterais, nível de


amortecimento da suspensão, variação de convergência, etc.
 "Bump steer" em retas e curvas.
 "Skate" do eixo traseiro em piso rugoso e principalmente em pista de terra.

Procedimentos:

Estabilidade em se manter reto – é a habilidade do veículo em andar em linha


reta sem intervenção do motorista. Também inclue as mudanças da carroçeria
durante acelerações. Neste item é preciso considerar o quão bem o veículo anda
em linha reta em piso liso sem correção direcional do motorista, os distúrbios
vindos do eixo traseiro, se o veículo se mantém em linha reta com distúrbios do
piso como ondulações e buracos, como o veículo se comporta com ventos
laterais, como a carroçeria se comporta em acelerações e a capacidade de tração
com o pedal de acelerador todo acionado.

Estabilidade em curvas – é a habilidade, qualidade e comportamento do veículo


numa situação de curva. Neste tem é avaliado se o veículo apresenta um
comportamento subesterçante consistente, confortável e previsível em todas as
condições ou muda em certas situações, como é a mudança de comportamento
32
(subesterçante ou sobresterçante) conforme se aproxima do limite (brusca ou
gradual?), como é o comportamento em curva se o pedal de acelerador for
acionado ou desacionado bruscamente, qual é a capacidade trativa em curva, se
comporta se o pedal de freio for acionado durante uma curva, qual a capacidade
de aderência lateral nos diversos tipos de pista, como a carroçeria se comporta
em curvas (rolagem), qual a amplitude de rolagem ( ângulo de rolagem).

Estabilidade transicional ou "lane change" – é a propriedade do veículo


controlar e estabilizar durante variados tipos de "lane change" ou uma manobra
similar. NOTA: este teste deve ser conduzido com numa pista segura por pilotos
experientes. Neste item é necessário avaliar se durante a manobra o veículo
transmite uma sensação estável e segura, no caso de uma derrapagem avalia-se
se a reação é abrupta, se durante o retorno para linha reta o veículo tende a
derrapar o eixo traseiro, o quanto de esterço foi necessário para realizar a
manobra, quanto e quão rápida é a reação do veículo quando é esterçado.

5.3. Atividades Realizadas

Atividade Área
Avaliação de ''Boom'' e ''Drumming'' de Ranger 3.0l diesel NVH
Pesquisa de TGWs e Verbatins sobre boom e drumming da Ranger NVH
Preparação do veículo (Ranger 3.0l diesel) e acompanhamento no NVH
teste de ''pass by noise''.
Preparação do veículo ''A-085'' para teste de pass by noise. NVH
Preparação da planilha de teste comparativo, entre watershield normal
de produção e watershield proposto, comparando nível de ruído de NVH
abertura e fechamento de portas do veículo ''A-058''.
Encarregado pelos testes de pass by noise de Ranger visando
comparar pneus com tela experimental e pneus normal de produção, NVH
com o intuito de avaliar o nível ruído gerado pelos pneus.
Construção da planilha de teste de ''Powertrain NVH'' de diversos
veículos, visando avaliar o nível de ruído gerado pelo sistema de NVH
powertrain de cada veículo.
Medições de ''vazamento'' de ruído pela coifa da caixa de direção de
NVH
aproximadamente 20 veículos Focus para projeto de Green Belt.

33
Avaliação de ar condicionado e capacidade de ventilação de diversos
IC&V
veículos.
Avaliação de ventilação e acesso aos comandos de diversos veículos. IC&V
Drive de suporte lateral dos bancos dianteiros de diversos veículos. IC&V
Drive de powertrain NVH de diversos veículos. NVH
Drive de ride confort de diversos veículos. VD
Participação de palestra de coxinização de powertrain na Fábrica de
VD
São Bernardo do Campo.
Apoio aos testes de ''lane change'' e ''slalom'' de diversos veículos. VD
Encarregado pela coleta, análise de dados e montagem do projeto de
VD
Green Belt do novo alinhador do Campo de Provas de Tatuí.
Aquisição de imagens para análise do veículo EcoSport 4x4. VD
Introdução ao software MINITAB. VD
Aquisição e análise de dados do projeto de Green Belt do ''V-Box'',
VD
utilizando a ferramenta MINITAB.
Auxílio no "tunning" de suspensão do veículo ''E-040''. VD
Acompanhamento do comparativo de desempenho de transmissão
P&FE
automática de diversos veículos.
Acompanhamento de avaliações de driveability. P&FE
Participação de treinamento de FMA – Failure Mode Avoidance. P&FE
Medição de área frontal de veículos. P&FE
Tabela 3: Atividades realizadas

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QUESTIONÁRIO A SER PREENCHIDO PELO ORIENTADOR DE ESTÁGIO NA
EMPRESA

Em entrevista com o Estagiário

Nome do Estagiário: André dos Santos Bissolotti Matrícula n.º 204804


Curso de Engenharia – Habilitação em Engenharia Mecânica
Série: 5º Período: Integral.

Nome da Empresa: Ford Motor Company do Brasil Ltda.


Endereço: Rodovia SP-127 Km 124 Bairro: Pederneiras
Cidade: Tatuí Estado: SP CEP: 182700-000
Telefone: (15) 3205-9731 Fax: (15) 3205-9710
Ramo da Empresa: Automotivo
Atividade da Empresa: Campo de Provas
Seção do Estágio na Empresa: Vehicle Evaluation & Development
Duração do Estágio: Período de: 16/07/2007 a 14/12/2007.
Tempo total do Estágio: 780 (setecentos e oitenta) horas
Supervisor ou Orientador de Estágio(s) na Empresa (Chefe imediato):
Nome: Klaus Palo de Mello CREA n.º 5062479508

I - PRINCIPAIS ATIVIDADES DE APRENDIZAGEM


(tarefas atribuídas ao estudante aprendiz - estágio, durante o período de Estágio)

1. O estágio vem se realizando na(s) seguinte(s) área(s):

35
Vehicle Evaluation & Development, dentre elas NVH, P&FE e VD.

2. Tarefas atribuídas ao Estagiário, durante a fase de realização do


Estágio:
Aprendizado das metodologias de desenvolvimento de NVH, P&FE e VD,
suportar diversas atividades em diferentes programas e ações, participar
ativamente de análises e coletas de dados, bem como de drives e
avaliações subjetivas, suportar desenvolvimentos de programas e de
projetos 6Sigma.

II - NÍVEL DE CONHECIMENTO
(medida em que os conhecimentos, demonstrados durante o período de Estágio
coincidem com os que deveria ter em decorrência da escolaridade).
Bom (X) Regular ( ) Ruim ( )

Observações: durante o estágio, foi observado um bom desempenho nas tarefas


executadas, bem como um bom relacionamento com as áreas onde os trabalhos
pertinentes ao estágio foram realizados.

III - INTEGRAÇÃO NA EMPRESA

1. Foi seguido, na fase inicial do estágio um esquema de ambientação/


adaptação?
Sim (X) Não ( )

2. Relacionamento com supervisor(es), colega(s) e grau de comparação:


Bom (X) Regular ( ) Ruim ( )

3. Qual é a atitude do Estagiário na Empresa?


Pró-ativo, com capacidade de rápido aprendizado das metodologias de
desenvolvimento, sempre demonstrando interesse e espírito colaborativo .

36
IV - CAPACIDADE DE APRENDIZAGEM

1. Capacidade de aprendizagem:
Boa (X) Regular( ) Ruim ( )

2. Independência (medida em que o Estagiário, com um mínimo de


supervisão e/ou assistência, é capaz de exercer as atribuições a si
conferidas durante o período de Estágio):
Bom (X) Regular ( ) Ruim ( )

3. Interesse (medida em que o Estagiário revelou interesse pelas


responsabilidades a si conferidas e o grau de freqüência com que
compareceu ao Estágio):
Bom (X) Regular ( ) Ruim ( )

4. Relatório (medida em que os relatórios, sobre as atividades de estágio


revelam conhecimentos técnicos, precisão, correção, cuidados na
apresentação e outros):
Bom (X) Regular ( ) Ruim ( )

V - CONCLUSÃO

1. O Estágio foi útil para o estudante?


Sim (X) Não( )

2. O Estágio foi útil para a Empresa?


Sim (X) Não( )
3. No caso das respostas serem negativas, que medidas podem ser
tomadas para a sua efetiva correção e continuidade:
____________________________________________________________

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4. O Estagiário passou a pertencer ao quadro de pessoal da Empresa, após
o encerramento do Estágio?
Sim (X) Não( )

5. Em caso positivo, em que nível e função foi admitido?


Analista do produto

VI – OBSERVAÇÕES

____________________________________________________________

Sorocaba, 14 de Dezembro de 2007.

_______________________________________
Supervisor ou Orientador de Estágio na Empresa
Nome: Klaus Palo de Mello
Supervisor de Vehicle Dynamics

VISTO
Coordenadoria de Estágios da FACENS

Em ____/____/ _____

38

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