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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO PIAUÍ

CAMPUS TERESINA CENTRAL


CURSO: ENGENHARIA MECÂNICA – VI MÓDULO
PROFESSOR: EDIVALDO FEITOSA PEREIRA FILHO
DISCIPLINA: ELEMENTOS DE MÁQUINAS I

RELATÓRIO DE VISITAS TÉCNICAS

Laysa Layara Pires de Carvalho (2020111BEMC0092)


Francisco Matheus Santos De Souza (2020111BEMC0262)
Jorge Luiz Floriano Lima (2020111BEMC0122)

Teresina/PI
Dezembro de 2023
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO………………………………………………………………………3
2. OBJETIVO…………………………………………………………………………...3
3. FIBRAPARK…………………………………………………………………………5
3.1. SOBRE A EMPRESA
3.2. SOBRE A VISITA
3.3 RELAÇÃO: VISITA E ELEMENTOS DE MÁQUINAS
4. AMBEV…………………………………………………………………………….10
4.1. SOBRE A EMPRESA
4.2. SOBRE A VISITA
4.3 RELAÇÃO: VISITA E ELEMENTOS DE MÁQUINAS
5. SOFERRO…………………………………………………………………………15
5.1. SOBRE A EMPRESA
5.2. SOBRE A VISITA
5.3 RELAÇÃO: VISITA E ELEMENTOS DE MÁQUINAS
6. CONCLUSÃO GERAL…………………………………………………………….21
7. REFERÊNCIAS ……………………………………………………………………21
1. INTRODUÇÃO

A disciplina de Elementos de Máquinas desempenha um papel


fundamental no campo da engenharia mecânica, proporcionando uma compreensão
aprofundada dos componentes essenciais que constituem sistemas mecânicos
complexos e uma exploração dos princípios teóricos e práticos por trás do design,
análise e seleção de materiais e elementos como engrenagens, molas, mancais,
eixos e outros dispositivos mecânicos. Além de promover a associação de
conhecimentos de diversas áreas como resistência dos materiais, dinâmica,
termodinâmica e análise estrutural.
A utilização de elementos de máquinas está presente em nosso cotidiano,
muitas vezes de forma imperceptível, mas desempenhando um papel essencial em
diversos aspectos da nossa vida. Dessa forma, percebe-se que seu uso vai muito
além das indústrias, eles estão presentes, por exemplo: nos veículos automotivos,
nos eletrodomésticos, nos eletrônicos e eletroportáteis, nas academias e seus
equipamentos, dentre outros.
Ademais, além de reconhecer a importância da disciplina e se seus
elementos, foi exposto conteúdos como seleção dos materiais, esforços sofridos,
propriedades dos materiais, tipos de desgaste e falhas, dentre outros.

2. OBJETIVOS
● Reconhecer e compreender o uso dos elementos de máquinas e dos
conteúdos estudados no chão de fábrica e nos diversos ramos industriais e
empresariais;
● Absorver experiências práticas do funcionamento da indústria;
● Avaliar problemas de segurança existentes;
● Abordar melhorias para crescimento da empresa;
● Desenvolver networking para com os associados da empresa de modo a
fixar-se melhor no ramo industrial.
VISITA FIBRAPARK
3. FIBRAPARK

3.1. SOBRE A EMPRESA

Dados da empresa:
CNPJ: 41.512.450/0001-40
Razão Social: MARCONE DE JESUS OLIVEIRA EMPREENDIMENTOS LTDA
Nome Fantasia: FIBRAPARK
Data Abertura: 06/08/1992
Natureza Jurídica: Sociedade Empresária Limitada (206-2)
Situção: ATIVA desde 11/11/2005
Tipo Unidade: MATRIZ
Enquadramento de Porte: EPP
Endereço : Quadra 03, Esplanada, Teresina, PI, CEP 64.039-660, Brasil

A empresa MARCONE DE JESUS OLIVEIRA EMPREENDIMENTOS


LTDA, também conhecida como Fibrapark ou Forte Fibra, é uma empresa
genuinamente piauiense responsável pela produção de diversos componentes em
fibra, como piscinas e brinquedos, assim como a construção de parques aquáticos.
Conta com uma gama de clientes nas redondezas do estado, bem como entrega em
todo Brasil. Desta forma, a empresa conta com diversos profissionais, como:
engenheiro mecânico (responsável técnico), administrador, vendedores,
supervisores, grafiteiros, motoristas e muito mais, entregando serviço e produtos de
qualidade e com segurança.

3.2. SOBRE A VISITA

A visita técnica foi realizada no dia 22 de setembro de 2023, pelos alunos


de algumas disciplinas do curso de engenharia mecânica, acompanhados pelos
professores Edivaldo Filho, Jayna Dionísio e José Wellitom, e recepcionados pelo
administrador da empresa que ficou responsável pela apresentação da mesma.
Iniciou-se a visita conhecendo alguns dos produtos produzidos pela
empresa, como os escorregas em formatos de animais, baldes e caixas d’água.
Após isso, conheceu cada estágio de produção da fábrica, iniciando pela moldagem
(onde são construídos os moldes com perfis disponíveis na área de soldagem),
posteriormente vimos a região de pintura e acabamento (na qual grafiteiros
desenham e pintam conforme pedido do cliente).

Figura 1: Produtos produzidos.

Figura 2: Etapa da moldagem.

Além disso, foi visto as etapas de aplicação do esmalte e do selante, a


aplicação da fibra de vidro e resina, a pintura externa de cada um dos materiais e o
teste de funcionamento.
A empresa também conta com uma área de oficina de soldagem, na qual
produzem a base e apoio para algum dos elementos, além de realizarem pequenos
cortes e dobramentos, e a escolha do perfil mais indicado, no qual encontra-se perfis
L e U, e tubos cilíndricos em diversas dimensões. Na empresa, também, existe uma
área de sistema de ar comprimido, visto que seu uso é imprescindível na aplicação
da fibra e dos esmaltes e pinturas; e uma área para carregamento, que conta com a
embalagem e isolamento de algumas peças e o carregamento de caminhões para
entrega.

Figura 3: Aplicação da fibra de vidro, resina e esmalte.

Figura 4: Sistema de ar comprimido instalado.

3.3 RELAÇÃO: VISITA E ELEMENTOS DE MÁQUINAS

Na Fibrapark, pode-se perceber a amplitude de uso dos elementos de


máquinas e sua grande variação. Com uma ementa bem ampla podemos perceber:
a importância da escolha dos materiais no uso da fibra para brinquedos aquáticos,
os tipos de compressão no dobramento e moldagem, a importância do
dimensionamento e inspeção de vasos de pressão no uso dos compressores.
Além disso, identificou-se o uso dos elementos de máquinas propriamente
ditos em alguns sistemas de funcionamento de brinquedos, como o balde de água,
com o uso do eixo e rolamentos. Assim como, nos caminhões destinados ao
carregamento e transporte.
Como pontos de melhoria que essa disciplina e as demais poderiam
propor para a empresa visitada seriam: melhor organização do local visando maior
segurança, uso constante de equipamentos de segurança, cálculos de carga e
projetos físicos para brinquedos e estruturas, dentre outros.

Figura 5: Exemplo do uso de elementos de máquinas.


VISITA AMBEV
4. AMBEV
4.1. SOBRE A EMPRESA

A Companhia de Bebidas das Américas - Ambev, fundada em 1998 pela fusão


da Companhia de Cervejaria Brahma (“Brahma”) e da Companhia Antarctica
Paulista Indústria Brasileira de Bebidas e Conexos (“Antarctica”). A empresa é uma
sociedade de capital aberto, constituída segundo as leis da República Federativa do
Brasil, e opera principalmente o negócio de cervejas, mas também apresenta
operações com refrigerantes não-alcoólicos e não-carbonatados.

4.2. SOBRE A VISITA

A visita técnica foi realizada no dia 25/09/2023 com início às 8:00 e término
por volta das 13:00, a ida à AMBEV foi marcada pelo professor Edvaldo Filho pela
sua experiência no local, e a ciência de que a atividade traria bons resultados para
os alunos ao conectarem conceitos aprendidos na matéria de Elementos de
Máquinas e no curso de Engenharia Mecânica como um todo com o que acontece
na prática em uma grande indústria.
Primeiramente foi mostrado etapas do processo de fabricação da cerveja,
desde o recebimento do grão maleável à embalagem do produto. De forma resumida
o grão primeiramente é armazenado os silos da AMBEV e redirecionado para os
moinhos, no qual o malte é quebrado por rolos húmidos se tornando um granulado
pastoso. Posteriormente levado aos tanques de mostura, divididos por duas
câmaras de temperaturas, responsáveis pela qualidade do malte por realizar a
ativação das proteínas principalmente a amilase e a betamilase.
Subsequente a isso o mosto é levado para filtros que, por meio de decantação
descartam a casca, e em seguida é levada a um aquecedor para finalmente chegar
nos tanques de fervura que retiram a proteína do mosto por coagulação a 100°C,
nos tanques de resfriamentos já na área fria a temperatura chega a 10°C para o
produto ser preparado para ser estocado nos tanques de fermentação a uma
temperatura de 16°C por 7,5 dias de forma que o mosto seja completamente
consumido.
Figura 6: Área fria

Decorrente a fermentação o mosto passa pela centrífuga para separar cerveja


de fermento, após isso para a maturação sendo estocada por 2 a 3 dias, filtro trap
para finalmente ser preparado para o envase.
Dessa forma, após o processo de fabricação das cervejas, o grupo foi
direcionado para a área PET, no qual foi apresentado máquinas responsáveis pela
fabricação das garrafas de refrigerantes na área denominada charoperia, são elas a
sopradeira, enchedora, rotuladora e empacotadora. Infelizmente não foi possível o
registro de todas as máquinas por normas da empresa.

Figura 7: Enchedora

Dando seguimento a visita, fomos direcionados a casa dos compressores, no


qual é formada pela central de controle e os maquinários que são 2 compressores
de parafuso que operam com amônia, 1 com pistão vertical, 2 compressores duplos
“em V” e um compressor centrífugo, todos, exceto os de parafuso operando com
CO2 com uma taxa de pureza acima dos 99.95%.
Por fim foi exibido a casa de caldeiras, as principais fontes de energia da
indústria, são composta por 4 unidades, sendo 2 à óleo com capacidade de 15000
kg/h de vapor, 1 à biomassa (20000 kg/h) e a última à gás com apenas 5000 kg/h de
vapor. Foi nos informado pelo professor Edvaldo Filho que apenas a caldeira
operando com biomassa satisfaz a indústria inteira, porém existe a necessidade de
outras por um possível manutenção ou problema, pois cada hora perdida de trabalho
poderia representar um grande prejuízo financeiro.

Figura 8: Caldeira a óleo


Além disso, quando se trata de combustível das caldeiras é dito que apenas
de bagaço de cana (biomassa) são gastos mais de R$400000,00 por ano, e um
dado importante é que a caldeira em questão é mais acionada, pois o custo do óleo
é ainda maior como combustível. Outrossim, foi nos orientando a respeito do
acionamento, da manutenção da válvula de segurança e do próprio vaso de
pressão, e os procedimentos de manutenção realizados para formulação de laudos
técnicos.

4.3 RELAÇÃO: VISITA E ELEMENTOS DE MÁQUINAS

Na visita da AMBEV notamos a presença de vários tópicos na prática, quando


em sala de aula não sai da folha de papel. Como é o caso dos vasos de pressão,
demonstrados pelas caldeiras, foi mostrado a válvula de segurança e a placa de
identificação da mesma, além de como realizar práticas como o acionamento e o
esvaziamento, além disso reforçado sobre os métodos preventivos e preditivos de
segurança e manutenção.
Também vale ressaltar todo o maquinário presente na área PET, como todas
são máquinas pesadas é necessário normas de segurança para cada uma delas.
Além disso, na casa dos compressores também é trabalhado com amônia(NH3), um
gás tóxico, agregando pontos nas normas de segurança.
Além do que foi trabalhado na disciplina Elementos de Máquinas, na visita foi
mostrado muitos equipamentos conectados a outras áreas, como o caso dos
compressores e evaporadores ligados à área de refrigeração.
VISITA SOFERRO
5. SOFERRO

5.1. SOBRE A EMPRESA

O grupo SOFERRO teve sua origem em 30 de setembro de 1986, com a


Madeireira Picos Ltda, criada para comercialização de madeira serrada para teto e
mais tarde, ferro para construção sendo estas atividades incorporadas pela
SOFERRO Ltda em 10 de janeiro de 1989, que tinha como objetivo o Comércio
Varejista de Material de Construção em Geral, porém inicialmente explorando as
atividades de sua antecessora: ferro para construção e metalúrgica e madeira
serrada para teto. A empresa se localiza na avenida dos expedicionários, 1001,
recanto das palmeiras, Teresina-PI, telefone para contato (86) 32187272.

CNPJ 23.622.228/0001-19

Nome da empresa SOFERRO LTDA

Fantasia nome SOFERRO

Inicio atividade data 1989-02-15

Natureza jurídica Sociedade Empresária


Limitada

Situação cadastral ATIVA desde 2005-09-24

Qualificação do responsável Sócio-Administrador

Capital social R$ 300.000,00

Porte da empresa MICRO

5.2. SOBRE A VISITA


A visita técnica foi realizada no dia 03/11/2023 por volta das 14:00.
Inicialmente fomos levados até uma sala para apresentações iniciais sobre o grupo
soferro, o engenheiro civil que acompanhou a visita, utilização dos epis e descrição
do setor de fabricação. Após isso, já dentro da fábrica, foi mostrado a mudança que
estava sendo feita no setor de recebimento de energia elétrica, sendo construído um
cubículo de medição e uma subestação aérea para receber energia em alta tensão
de modo a suprir melhor as necessidades da empresa para seu fornecimento.
O chão da fábrica é dividido em duas partes: a linha de produção e a área
de carregamento dos materiais prontos, porém nos foi mostrado apenas a linha de
produção; o espaço para esses processos se concentram em um galpão único e que
dispõe das torres de carregamento para a movimentação dos produtos. De acordo
com o instrutor, as manutenções dos maquinários são feitas de três em três meses.
A linha de produção é bastante diversificada em se tratando dos
maquinários presentes para os processos de conformação dos materiais:
dobramento, estampagem, soldagem, trefilamento; além de um pré moldado semi
automatizado para fazer treliças já concretadas que é um dos pontos fortes de
venda do grupo.
Primeiramente foi apresentado as estribadeiras responsáveis por fazer
todos os procedimentos de dobramento de acordo com o pedido do cliente. Estão
disponíveis três estribadeiras schnell com a maior de capacidade de 20T/dia
cortando aço até 8mm, e um operador para cada uma para plotar os comandos.
Além disso, também tem disponível uma dobradeira manual para processos mais
simples e rápidos para dobras de até 1”.
Também foi apresentado a máquina de conformação a frio para a
fabricação de telhas onduladas e trapezoidais, onde nela é introduzida uma chapa
de aço fina modelo 040 que vem comercializada em bobinas (nacional ou
importada), e que vai se deformando a medida de passa por rolos de diferentes
alturas até atingir o formato desejado. Está presente uma máquina que fabrica telas
para colunas com o princípio da soldagem para fixação dos nós presentes, são
feitas nos tamanhos 10x10 cm para os aços 5,0 ; 4,2 e 3,8 e 15x15 cm para os aços
4,2; 3,8 e 3,4.
Juntamente foi mostrado uma trefiladeira, outra máquina disponível chão
da fábrica para conformação a frio utilizada para redução da bitola de barras de
aços, no caso aço 1008, no seu funcionamento e que dispõe de três passes para
diminuição dessa bitola que vai do 6,5 mm até 4,08 mm; durante o processo de
trefilamento, o aço deixa a chamada carepa (resíduos pequenos e sólidos) utilizado
na metalurgia do pó, em testes de partículas magnéticas, jateamento, etc.
Por fim, foi exposto o mecanismo que faz o pré-moldado da treliça
concretada de modelos h8 e h12( refere-se a altura da treliça) e que pode suportar
até 250 kN/m2 para as de 3,6 m no que se refere às lajes de piso; sempre são
retirados corpos de provas para testes de qualidade.
Tratando-se dos problemas encontrados durante a visita técnica
destaca-se a falta de cercado ao redor de todos os maquinários para segurança de
pessoas que possam estar perto do local de funcionamento delas, o nível de limpeza
do pátio também se mostrou deficiente, faixas de sinalização para percurso seguro
também inexistentes, as travas dos ganchos das torres de carregamento já não
tinham mais, muitos dos produtos possuem pontas e arestas cortantes que não
estavam localizados de maneira segura de modo a manter distância de quem passa
por ali, a dispersão do cimento no molde para as treliças não estava sendo feito com
a utilização correta dos epis pois os operadores estavam mexendo no cimento com
as mãos nuas.

Figura 9: Estribadeira
Figura 10: Máquina e fôrma para o moldado

Figura 11: Dobradeira manual

Figura 12: Corpo de prova para teste de qualidade


Figura 13: Área de carregamento

Figura 14: Treliças concretadas

Figura 15: Estampagem das telhas


Figura 16: Trefiladeira

5.3 RELAÇÃO: VISITA E ELEMENTOS DE MÁQUINAS

Na visita a SoFerro, pode-se mais uma vez perceber diversos itens da


ementa da disciplina de elementos de máquinas, desde a escolha e uso de cada
material, tipo de deformação até mesmo os elementos propriamente ditos. Pode-se
também conhecer pontes rolantes, caminhão munck, esteiras de transporte e outras
máquinas importantes para a produção.
6. CONCLUSÃO GERAL

O presente trabalho permitiu aos alunos maiores conhecimentos a


respeito da Engenharia mecânica e seus diversos ramos de atuação, incentivando
assim, maior dedicação ao curso e ao mercado de trabalho. Além disso, pode-se
entender na prática a ementa da disciplina, e durante as três visitas realizadas
reconheceu-se e compreendeu-se o uso dos elementos de máquinas e dos
conteúdos estudados no chão de fábrica em 3 diferentes ramos.
As visitas permitiram ainda, absorver experiências práticas do
funcionamento da indústria, assim como a verificação de problemas de segurança e
melhorias que poderiam acontecer dentro da empresa, promovendo a oportunidade
de um networking para os alunos.

7. REFERÊNCIAS

GRUPO SOFERRO.A Soferro. Disponível em: https://gruposoferro.com.br/. Acesso:


11 de dezembro de 2023.

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