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Brasília-DF.
Elaboração
Atualização
Produção
APRESENTAÇÃO.................................................................................................................................. 4
INTRODUÇÃO.................................................................................................................................... 7
UNIDADE I
INTRODUÇÃO ÀS REDES INDUSTRIAIS....................................................................................................... 9
CAPÍTULO 1
HISTÓRICO E EVOLUÇÃO DAS REDES........................................................................................ 9
CAPÍTULO 2
CLASSIFICAÇÃO DAS REDES................................................................................................... 17
CAPÍTULO 3
VANTAGENS DAS REDES.......................................................................................................... 23
CAPÍTULO 4
INTEGRAÇÃO ENTRE REDES..................................................................................................... 28
UNIDADE II
INTRODUÇÃO AOS MEIOS FÍSICOS....................................................................................................... 31
CAPÍTULO 1
INTRODUÇÃO AOS MEIOS FÍSICOS.......................................................................................... 31
CAPÍTULO 2
PRINCIPAIS MEIOS FÍSICOS INDUSTRIAIS.................................................................................... 37
UNIDADE III
REDES INDUSTRIAIS............................................................................................................................... 57
CAPÍTULO 1
INTRODUÇÃO À REDE ASI........................................................................................................ 57
CAPÍTULO 2
REDE INDUSTRIAL HART............................................................................................................ 86
CAPÍTULO 3
REDE INDUSTRIAL PROFINET................................................................................................... 108
REFERÊNCIAS................................................................................................................................. 121
Apresentação
Caro aluno
Conselho Editorial
4
Organização do Caderno
de Estudos e Pesquisa
Provocação
Textos que buscam instigar o aluno a refletir sobre determinado assunto antes
mesmo de iniciar sua leitura ou após algum trecho pertinente para o autor
conteudista.
Para refletir
Questões inseridas no decorrer do estudo a fim de que o aluno faça uma pausa e
reflita sobre o conteúdo estudado ou temas que o ajudem em seu raciocínio.
É importante que ele verifique seus conhecimentos, suas experiências e seus
sentimentos. As reflexões são o ponto de partida para a construção de suas
conclusões.
Atenção
5
Saiba mais
Sintetizando
6
Introdução
Objetivos
»» Promover ao aluno um contato direto as redes industriais de campo mais
utilizadas no ambiente produtivo despertando sua atenção bem como
melhorando seus conhecimentos técnicos/científicos objetivando uma
visão crítica em projetos e análises para implementação da tecnologia
nesta área.
7
8
INTRODUÇÃO ÀS UNIDADE I
REDES INDUSTRIAIS
CAPÍTULO 1
Histórico e evolução das redes
Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=psfS2mKg2fM.
O aprimoramento deve ser constante a fim de cada vez mais transferir ao chão de
fábrica a autonomia e inteligência necessária para que cada vez mais os processos a
serem mais independentes e autônomos.
Histórico
9
UNIDADE I │ INTRODUÇÃO ÀS REDES INDUSTRIAIS
Eram máquinas tão complexas que poderiam ser operadas apenas por especialistas
e sua programação era feita por meio da inserção de cartões perfurados a qual a
máquina interpretava e executava a programação. Mediante a figura 2, podemos
visualizar uma imagem que ilustra os primeiros computadores digitais ENIAC (1946)
e UNIVAC (1951).
Figura 3. Sistema MultiUser e Terminal TELEVIDEO 925, início das redes de comunicação.
Terminal 4
Terminal 1 Terminal 3
Mainframe com
time-sharing OS
Terminal 2
Fonte: Imagem editada apostila Redes Industriais – M. R. Stemmer – S2i / DAS / UFSC. Acesso em: 11 fev. 2015.
10
INTRODUÇÃO ÀS REDES INDUSTRIAIS │ UNIDADE I
Dessa forma, por meio destas definições realizadas a partir da década de 1960
surgiram as primeiras técnicas de comunicação de dados.
A partir da década seguinte, nos anos de 1970, com o advento dos microprocessadores
houve uma evolução nos computadores de forma a tornarem muito mais baratos e por
consequência muito mais acessíveis. Dessa forma, caracterizando uma difusão no seu
uso. Algumas evoluções e características a partir de então:
11
UNIDADE I │ INTRODUÇÃO ÀS REDES INDUSTRIAIS
12
INTRODUÇÃO ÀS REDES INDUSTRIAIS │ UNIDADE I
Para minimizar estes custos foi introduzido o conceito de rede de comunicação digital
possibilitando:
»» opções de upgrades;
• Automação de processos
realizada a mais de 20
anos atrás utilizando
exclusivamente
CLPs(nascimento dos
semicondutores).
Fonte: Imagem editada apostila Redes Industriais INATEL – Professor Alexandre Baratella. Acesso em: 12 fev. 2015.
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UNIDADE I │ INTRODUÇÃO ÀS REDES INDUSTRIAIS
• Automação de processos
realizada a mais de 10 anos
atrás utilizando exclusivamente
CLPs.
Fonte: Imagem editada apostila Redes Industriais INATEL – Professor Alexandre Baratella. Acesso em: 12 fev. 2015.
Com o passar dos anos a automação foi evoluindo juntamente com o número de pontos
(número de elementos de entrada e saída) de uma aplicação. Para uma automação
centralizada isto começa a representar um problema, pois aumentando o número de
pontos aumenta-se também:
Para contornar estes problemas, foi realizado a descentralização das placas de entrada
e saída de um CLP, ou seja, foram retiradas do rack do CLP as placas que causam a
maior concentração de pontos do sistema, permanecendo apenas a fonte, a CPU e
também uma placa responsável por converter os dados que provém serialmente do
campo e disponibilizá-los para o CLP. Dessa forma, estava nascendo o conceito
Fieldbus, um sistema serial para a troca de dados entre o campo e o CLP. A Figura 6,
ilustra esta evolução na automatização de redes industriais.
14
INTRODUÇÃO ÀS REDES INDUSTRIAIS │ UNIDADE I
• Automação de
processos utilizando
CLP, situação de
atual.
Fonte: Imagem editada apostila Redes Industriais INATEL – Professor Alexandre Baratella. Acesso em: 12 fev. 2015.
Juntamente com este novo conceito de rede industrial também surgiram alguns
problemas com o crescente uso deste sistema. Como existiam vários fabricantes de
CLPs e milhares de fabricantes de dispositivos de entrada e saída fez-se necessário
criar uma padronização para as redes industriais.
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UNIDADE I │ INTRODUÇÃO ÀS REDES INDUSTRIAIS
Mesmo com estes padrões, não foi possível abranger todas as aplicações na indústria.
Mais tarde, então, foi criada a IEC 61784, com uma definição dos chamados “profiles”
e ao mesmo tempo foram corrigidas as especificações IEC 61158
Fonte: autor.
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CAPÍTULO 2
Classificação das redes
1 – Information
Layer
2 – Control
Layer
3 – Discrete Control
Fonte: autor.
Information Layer:
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UNIDADE I │ INTRODUÇÃO ÀS REDES INDUSTRIAIS
Control Layer:
O nível mais baixo, nível de controle discreto, se refere geralmente às ligações físicas
da rede ou o nível de I/O. Este nível de rede conecta os equipamentos de baixo nível
entre as partes físicas e de controle. Neste nível encontram-se os sensores discretos,
contatores e blocos de I/O.
Discrete control:
As redes com dados em formato de bits transmitem sinais discretos contendo simples
condições Open/Close. As redes com dados no formato de byte podem conter pacotes
de informações discretas e/ou analógicas e as redes com dados em formato de bloco
são capazes de transmitir pacotes de informação de tamanhos variáveis.
Assim, classificam-se as redes quanto ao tipo de equipamento a ela ligados e aos dados
que ela transporta. Então temos:
»» Redes de campo:
Subdivididas em:
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INTRODUÇÃO ÀS REDES INDUSTRIAIS │ UNIDADE I
19
UNIDADE I │ INTRODUÇÃO ÀS REDES INDUSTRIAIS
»» várias topologias;
»» padrões abertos;
Profibus
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INTRODUÇÃO ÀS REDES INDUSTRIAIS │ UNIDADE I
Isto faz do PROFIBUS a melhor e mais simples solução para uso em grandes plantas e
grandes aplicações.
DeviceNet
A DeviceNet tem como fundamento a rede CAN, desenvolvida pela BOSCH para
automação de veículos. O protocolo foi adotado na Europa do qual até hoje tem
boa aceitação para automação de máquinas que até hoje tem boa popularidade. No
entanto, pela falta de padronização nas camadas superiores do protocolo, sua aceitação
ficou bastante restrita. O protocolo DeviceNet definiu as camadas superiores por meio
da associação ODVA. Logo a seguir criou-se a associação CIA (CAN In Automation),
de origem europeia, que também definiu o protocolo de maneira completa.
AS-i
O padrão AS-i começou a ser desenvolvido em 1990 por uma associação de fabricantes
europeus, que se propôs a conceber uma rede de comunicação de baixo custo e que
atendesse o nível mais baixo da automação no campo. O término dos trabalhos
ocorreu em 1993. Posteriormente esse grupo foi desfeito e a tecnologia passou a ser
administrada por uma Associação Internacional (AS - International). A rede AS-i é um
sistema de sensores e atuadores de baixo nível. Normalmente, os sinais dos sensores e
atuadores dos processos industriais são transmitidos por meio de um grande número
de cabos. O sistema ASI permite a simplificação desse sistema de fiação e ligação,
substituindo o então sistema rígido de cabos por apenas um par de fios, que podem ser
usados por todos os sensores e atuadores. Eles são responsáveis pela alimentação dos
sensores/atuadores e pela transmissão dos dados binários de entrada e saída. A rede
foi concebida para complementar os demais sistemas e tornar mais simples e rápida a
conexão dos sensores e atuadores com os seus respectivos controladores.
HART
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UNIDADE I │ INTRODUÇÃO ÀS REDES INDUSTRIAIS
Profinet
Segundo a associação Profibus, os ciclos de inovação cada vez mais curtos para novos
produtos torna necessária a evolução contínua da tecnologia de automação. O uso da
tecnologia de redes de campo tem tido desenvolvimento significativo nos últimos anos.
Ela possibilitou a migração dos sistemas de automação centralizados para os sistemas
distribuídos. O Profibus, como líder global de mercado, tem estabelecido o padrão por
mais de 20 anos.
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CAPÍTULO 3
Vantagens das redes
Vimos nas secções anteriores que as redes industriais de campo são padronizadas
em níveis de hierarquias cada qual responsável pela conexão de diferentes tipos de
equipamentos com suas próprias características de informação.
Vimos também que um sistema Fieldbus é definido como uma rede digital, bidirecional
(de acesso compartilhado), multiponto e serial, utilizado para interligar os dispositivos
primários de automação (dispositivos de campo) a um sistema integrado de automação
e controle de processos.
»» diagnóstico;
»» controle;
»» funções de manutenção;
Em linhas gerais, podemos dizer que o sistema Fieldbus veio para substituir o controle
centralizado, quando quem era o elo principal da rede eram os CLPs, pelo distribuído.
A figura abaixo ilustra um sistema convencional e outro Fieldbus.
Fonte: <http://www.professores.uff.br/controledeprocessos-eq/images/stories/Aula12_Instrumen_Fieldbus.pdf>.
Acesso em: 16 fevereiro 2015.
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UNIDADE I │ INTRODUÇÃO ÀS REDES INDUSTRIAIS
Redução de hardware
Um sistema de rede industrial Fieldbus, o Fieldbus Foundation, por exemplo, usa
o padrão “Blocos de Função” para implementar a estratégia de controle. O Bloco
de função são funções de automação padronizadas. Muitas funções do sistema de
controle funcionam como entrada analógica (todas), as saídas analógicas (AO) e
controle Proporcional / Integral / Derivativo (PID) podem ser executados pelos
dispositivo de campo por meio da interligação dos Blocos de Função. A figura 9 ilustra
um comparativo de uma rede convencional e outra Fieldbus.
PID
AO
AI
AI
Controlador
PID
AI AO
AI
Tradicional
Fieldbus
Fonte: <http://www.smar.com/PDFs/catalogues/FBTUTCP.pdf>. Acesso em: 16 feveiro 2015.
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INTRODUÇÃO ÀS REDES INDUSTRIAIS │ UNIDADE I
Instalação
O Fieldbus permite a muitos dispositivos serem conectados com um único par de fios.
Isso resulta em cabos menores, barras de seguranças menores e gabinetes ordenados.
A figura 10 ilustra uma instalação de uma rede Tradicional e uma Filedbus.
Controlador
AI PID AO
Fieldbus
4 ~20 mA
PID
AO
AI
Cabeamento Tradicional 4 ~ 20mA; Cabeamento Fieldbus; Uma barreira
Uma barreira SI; Um cabo para cada SI; um cabo para muitos
equipamento dispositivos
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UNIDADE I │ INTRODUÇÃO ÀS REDES INDUSTRIAIS
CONTROLADOR
I/O do
SUBSISTEMA
FIELDBUS
Manutenção
CONTROLADOR
I/O do
SUBSISTEMA
FIELDBUS
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INTRODUÇÃO ÀS REDES INDUSTRIAIS │ UNIDADE I
Interoperabilidade
O Fieldbus Foundation é um protocolo aberto, isto significa que os fabricantes dos
produtos da Fieldbus Foundation estão capacitados para prover dispositivos que
funcionam em conjunto com dispositivos de outros fabricantes. Esta “habilidade para
operar dispositivos múltiplos, independente do fabricante, no mesmo sistema, sem a
mínima perda de funcionalidade” é chamado interoperabilidade.
»» fácil expansão;
»» padronizado etc.
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CAPÍTULO 4
Integração entre redes
Uma prática bastante utilizada nas redes Fieldbus é a integração entre diferentes tipos
de tecnologias. Como sabemos cada modelo de rede Fieldbus possui características
diferenciadas, tais como velocidade de tráfegos de dados, tipos de comunicação,
protocolo de comunicação etc.
Caso estes escravos AS-i possuíssem 4 entradas e 4 saídas cada, terremos um total de
31248 entradas e 31248 saídas.
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INTRODUÇÃO ÀS REDES INDUSTRIAIS │ UNIDADE I
Fonte: Imagem retirada artigo Redes Industriais: Evolução, Motivação e Funcionamento – Alexandre Baratella e Max Moura
Dias Santos. Acesso em: 18 fevereiro 2015.
29
UNIDADE I │ INTRODUÇÃO ÀS REDES INDUSTRIAIS
Outra aplicação, ainda seguindo a linha de redes de comunicação sem fio é apresentada
por meio da figura 14. Podemos visualizar uma rede industrial com interface de
comunicação para internet. Este tipo de configuração de rede facilita o monitoramento,
diagnósticos, manutenção remota, upgrade de softwares e firmwares, visto que se
utiliza uma infraestrutura de comunicação da internet para realizar estes serviços.
Fonte: http://www.cienciascontabeis.com.br/a-moderna-industria-4-0-e-a-contabilidade/.
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INTRODUÇÃO AOS UNIDADE II
MEIOS FÍSICOS
CAPÍTULO 1
Introdução aos meios físicos
Para que aconteça a troca de informações entre o controlador central de uma rede
industrial e seus escravos, tanto para as redes tradicionais aplicada no surgimento
deste conceito até as redes mais sofisticadas, é necessário um meio para que se
trafeguem as informações do sistema. A este meio de comunicação damos o nome de
meio físico.
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UNIDADE II │ INTRODUÇÃO AOS MEIOS FÍSICOS
»» Por luz → Meios que utilizam cabo de fibra ótica, emitindo feixes de luz
contendo a informação.
Podemos citar, dentre estes três meios físicos, os mais comuns encontrados em nosso
dia a dia como:
É o meio físico mais comum nas redes em geral. É utilizado em redes RS-232, RS-485,
Ethernet, dentre várias outras. Como o próprio nome diz, este cabo é composto por
vários fios enrolados em espiral, trançados um no outro. Isso acontece para diminuir o
ruído eletromagnético causado pela circulação de corrente elétrica nos cabos, de forma
que a comunicação aconteça sem perdas de informação. Podem existir vários tipos de
conectores para este cabo, como os DB-9, RJ-45, conectores circulares etc. A figura 15
ilustra o cabo.
Fonte: Imagem editada apostila Redes Industriais INATEL – Professor Júlio A.P. Azevedo. Acesso em: 20 fevereiro 2015.
»» baixo custo;
32
INTRODUÇÃO AOS MEIOS FÍSICOS │ UNIDADE II
Os cabos coaxiais vêm caindo em desuso, sendo cada vez menos utilizados. Entretanto,
ainda podem ser encontrados em várias aplicações, inclusive na transmissão de sinais
de alta frequência, como sinais de TV, ou em redes mais antigas. Os cabos coaxiais
são mais caros e permitem uma menor velocidade de comunicação que os cabos par-
trançado. Além disso, são mais suscetíveis a mau contato. São utilizados conectores
do tipo BNC nos cabos coaxiais. A figura 16 ilustra a estrutura interna e externa deste
cabo.
Fonte: Imagem editada apostila Redes Industriais INATEL – Professor Júlio A.P. Azevedo. Acesso em: 18 fevereiro 2015.
Permitem a transmissão de dados sem o uso de fios ou cabos ligados entre o Emissor e
o Receptor. Existem várias tecnologias que atuam nesta área e, em Redes Industriais,
é um tipo de rede ainda bastante nova. Exemplos dessas redes são wifi, bluetooth,
zigbee, WirelessHart, WiMax etc.
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UNIDADE II │ INTRODUÇÃO AOS MEIOS FÍSICOS
As vantagens da comunicação sem fio é justamente o fato dela não precisar de cabos.
O meio físico é o próprio ar, facilitando o acréscimo de novos dispositivos, bem como
a troca de suas posições. As desvantagens são as baixas distâncias alcançadas e o
preço de implementação, pois os equipamentos ainda são caros. A figura 17 ilustra
equipamentos utilizados neste meio.
RF mesh network
Plant Backbone
Handheld
✓ Modbus
✓ Ethernet
✓ 485 interface
✓ OPC
»» instalação simples;
»» custo baixo;
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INTRODUÇÃO AOS MEIOS FÍSICOS │ UNIDADE II
possibilidade de curtos-circuitos nos cabos desse tipo. Além disso, as fibras óticas
transmitem dados em altíssima velocidade (na velocidade da luz) o que permite um
alto tráfego de informações.
125 µm
62 µm
Fonte: Imagem editada apostila Redes Industriais INATEL – Professor Júlio A.P. Azevedo. Acesso em: 18 fevereiro 2015.
»» custo alto;
Sentido da transmissão:
»» simplex;
»» half-duplex;
»» full-duplex.
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UNIDADE II │ INTRODUÇÃO AOS MEIOS FÍSICOS
Modos de transmissão:
»» paralela;
»» serial;
»» síncrona;
»» assíncrona,
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CAPÍTULO 2
Principais meios físicos industriais
Como vimos no capítulo anterior, a camada física relativa aos meios físicos industriais,
se baseia em apenas três meios Elétricos, Sem Fios e por Luz. Dessa forma, os padrões
ou protocolos de comunicação podem ser aplicados de acordo com o meio escolhido
para a aplicação.
»» CAN → DeviceNet.
O nome completo para este padrão é TIA/EIA 485-A (que TIA se refere à
Telecommunications Industry Association e EIA Electronic Industries Aliance) é
o padrão de comunicação bidirecional mais utilizado em aplicações industriais e
sistemas de aquisição de dados. “RS” é a sigla para Recommended Standard (padrão
recomendado). Possui transmissão balanceada e suporta conexões multidrop, o que
permite a criação de redes com até 32 nós e transmissão à distância de até 1200 metros
por segmento. Por meio da inserção de repetidores, pode-se estender a distância de
transmissão. Este padrão suporta comunicação half-duplex, requer apenas dois fios
para a transmissão e recepção dos dados e possui boa imunidade a ruídos. Possui
características semelhantes ao padrão R$ 422, ou seja, trabalha com as mesmas
relações entre níveis lógicos e tensão DC em um barramento diferencial balanceado. A
figura 19 ilustram os níveis de tensão referente a uma comunicação RS-485 utilizando
transceptores DS485 e ST485.
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UNIDADE II │ INTRODUÇÃO AOS MEIOS FÍSICOS
5V
A
0V
Sinais referenciado
RO Vcc ao terra
5V
RE B B
5V 0V
A
0V 5V
GND
Sinal diferencial
A-B 0V
-5V
Fonte: Imagem editada apostila Redes Industriais INATEL – Professor Júlio A.P. Azevedo. Acesso em: 20 fevereiro 2015.
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INTRODUÇÃO AOS MEIOS FÍSICOS │ UNIDADE II
10000
5, 10, 20 % Jitter
1000
Cable Length - ft
Conservative
Characteristics
100
10
100 1K 10K 100K 1M 10M 100M
Data Rate - bps
39
UNIDADE II │ INTRODUÇÃO AOS MEIOS FÍSICOS
Podemos visualizar na figura 21 uma rede de conexão Hart multidrop com meio físico
RS-485. Esta rede é implementada pela SMAR.
Impedância para
fonte de Alimentação
Fonte de
Alimentação
Este padrão apresenta grande imunidade a ruído quando comparado com RS 232.
Isto se deve à transmissão diferencial que utiliza duas linhas para transmissão e duas
para recepção. Neste tipo de transmissão o nível lógico 0 é associado a tensão de 5
Vcc, enquanto o nível lógico 1 é associado à tensão - 5 Vcc. Encontramos em várias
aplicações, principalmente em interconexões de grande distância, o uso do padrão
R$ 422.
40
INTRODUÇÃO AOS MEIOS FÍSICOS │ UNIDADE II
O padrão não possui um conector definido para uso e é basicamente uma extensão do
RS-232 com sinal diferencial para transmissão e recepção de dados.
41
UNIDADE II │ INTRODUÇÃO AOS MEIOS FÍSICOS
Os sinais RTS e CTS são utilizados para controle do fluxo de dados, em transmissões
assíncronas estes sinais permanecem constantemente habilitados, entretanto, quando
o equipamento de transmissão de dados, é conectado a um dispositivo que permite
comunicação por meio de várias linhas simultâneas ou para dispositivos em que a
portadora não pode ser constantemente transmitida (por exemplo, rádio modems), o
sinal RTS é utilizado para habilitar a transmissão da portadora.
Nível lógico 0
- 15V
Start bit 1 0 0 0 0 0 1 0 Stop bit
Fonte: <http://www.sabereletronica.com.br/artigos/1645-comunicao-rs-232-noes-bsicas-parte-1>.
Acesso em: 21 fevereiro 2015.
42
INTRODUÇÃO AOS MEIOS FÍSICOS │ UNIDADE II
Dentre aos padrões apresentados, cabe ao projetista escolher qual é o tipo ideal de
configuração de sua rede, os recursos e características básicas dos padrões mais
utilizados RS-232 e RS-485 são mostrados no quadro abaixo.
Fonte: autor.
O protocolo CAN foi desenvolvido por Robert Bosh, em 1986 para aplicação na
indústria automobilística, com o objetivo de simplificar os complexos sistemas de fios
em veículos com sistemas de controle compostos por múltiplos microcontroladores/
microcomputadores para gestão do motor, sistema ABS, controle da suspensão etc.
A sua especificação base anunciava elevada taxa de transmissão, grande imunidade a
interferências eléctricas e capacidade de detectar erros.
43
UNIDADE II │ INTRODUÇÃO AOS MEIOS FÍSICOS
Nas redes CAN não existe o endereçamento dos destinatários no sentido convencional,
em vez disso são transmitidas mensagens que possuem um determinado identificador.
Assim, um emissor envia uma mensagem a todos os nós CAN e cada um por seu lado
decide, com base no identificador recebido, se deve ou não processar a mensagem. O
identificador determina também a prioridade intrínseca da mensagem, ao competir
com outras pelo acesso ao barramento.
Como o CAN é considerado um sistema de barramento série, bom para ligar em rede
subsistemas inteligentes, tais como sensores e atuadores. A informação transmitida
possui tamanho curto. Assim, cada mensagem CAN pode conter um máximo de 8
bytesde informação útil, sendo, no entanto, possível transmitir blocos maiores de
dados recorrendo a segmentação.
44
INTRODUÇÃO AOS MEIOS FÍSICOS │ UNIDADE II
1000
Bus lines assumed to
500 be na electrical
200 médium (e.g.twisted
pair)
Bit Rate 100
[kbps] 50
20
10
5
Fonte: Imagem editada apostila Meios Físicos INATEL – Professor Alexandre Baratella. Acesso em: 22 fevereiro 2015.
Em linhas gerais, o grande interesse pelo CAN por parte dos círculos da engenharia de
automação industrial reside em diversas das suas características, tais como:
»» capacidade multi-mestre;
»» capacidade multicast;
No CAN os sinais são transmitidos utilizando tensões diferenciais, derivando daí muita
imunidade ao ruído e tolerância a falhas que o caracterizam. As duas linhas de sinal
são designadas por ‘CAN_H’ e ‘CAN_L’. Um ‘0’ corresponde ao sinal CAN_H superior
ao CAN_L e como tal designado por bit “dominante”. A situação contrária, CAN_L
superior a CAN_H, corresponde a um bit “recessivo” ou ‘1’.
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UNIDADE II │ INTRODUÇÃO AOS MEIOS FÍSICOS
Onda de
Relógio
bits 0 1 1 0 0 0 1 1 0 1
Sinal NRZ
Sinal
Manchester
Fonte: Imagem editada apostila Meios Físicos INATEL – Professor Alexandre Baratella. Acesso em: 22 fevereiro 2015.
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INTRODUÇÃO AOS MEIOS FÍSICOS │ UNIDADE II
0 0 1 0 0 1
NRZ
Manchester
APM
Fonte: Imagem editada apostila Meios Físicos INATEL – Professor Alexandre Baratella. Acesso em: 22 fevereiro 2015.
47
UNIDADE II │ INTRODUÇÃO AOS MEIOS FÍSICOS
O padrão ethernet surgiu em 1972, nos laboratórios da Xerox com Robert Metcalfe.
Com uma rede que todas as estações compartilhavam do mesmo meio de transmissão,
um cabo coaxial; a configuração utilizada para esta conexão foi a de barramento,
utilizava uma taxa de transmissão de 2,94 Mbps.
No início este padrão era chamado de “Network Alto Aloha”, depois foi modificado
para “ethernet” para deixar claro que este padrão pode suportar qualquer computador
e para mostrar que pode ser desenvolvido fora de seus laboratórios. Metcalfe optou
pela palavra “ether” de maneira a descrever uma característica imprescindível do
sistema: o meio físico transporta os bits para todas as estações, como se acreditava
que acontecia com o éter, o meio que preenchia o universo e o espaço entre os corpos
celestes que propagava as ondas eletromagnéticas pelo espaço.
Benefícios agregados:
48
INTRODUÇÃO AOS MEIOS FÍSICOS │ UNIDADE II
»» Profinet.
Os possíveis meios físicos para o padrão Ethernet industrial pode ser visto pelo
Quadro 2.
Com a evolução das tecnologias e inteligência dos equipamentos utilizados nas redes
de comunicação industrial, surgiram cada vez mais fortes a demanda por maiores
49
UNIDADE II │ INTRODUÇÃO AOS MEIOS FÍSICOS
Cada vez mais os dispositivos estão atuando de forma mais inteligente e independente,
bombardeando o barramento de comunicação com informações em tempo real em
qualquer dispositivo inserido ao barramento de comunicação.
Como ainda, está tecnológica de meio físico é recente, é aplicada apenas para redes
Profibus DP ou Ethernet.
50
INTRODUÇÃO AOS MEIOS FÍSICOS │ UNIDADE II
Conversor
Cabo/Fibra –
Phoenix Contact
Receptor fibra –
HFBR-2528 –
Transmissor fibra Agilent
– HFBR-1528 –
Agilent
Ground
Ground NO CONNECT
Anode
VCC
Cathode
Ground Ground
V0
Ground
Ground Ground
Fonte: Imagem editada apostila Meios Físicos INATEL – Professor Alexandre Baratella. Acesso em: 23 fevereiro 2015.
51
UNIDADE II │ INTRODUÇÃO AOS MEIOS FÍSICOS
Fonte: <http://media.cirrusmedia.com.au/PT_Media_Library/Sliders/hart-diagram_300.jpg>.
Acesso em: 23 fev. 2015.
52
INTRODUÇÃO AOS MEIOS FÍSICOS │ UNIDADE II
Taxas de Erro → as redes sem fio apresentam uma taxa de erro de bit
(BER - Bit Error Rate) superior às redes com fio. No caso de um enlace
53
UNIDADE II │ INTRODUÇÃO AOS MEIOS FÍSICOS
de fibra ótica, o BER típico varia entre 10-8 e 10-9, em um enlace sem
fio, essa taxa cai na faixa de 10-4 a 10-6, sendo necessário, portanto, o
monitoramento constante dessas taxas e a adoção de mecanismos de
controle de colisão de dados a fim de garantir o envio e o recebimento
da informação.
Assim, como qualquer outro tipo de rede de comunicação de dados, as redes wireless
possuem alguns padrões de protocolos que tem como objetivo padronizar o ambiente
de atuação dos equipamentos e processos, os dados, transportados neste ambiente.
Podemos citar, por exemplo, alguns protocolos como:
»» Wi-Fi.
»» BLUETOOTH.
»» ZIG BEE.
»» WIRELESS HART.
»» ISA100.
»» WISA.
54
INTRODUÇÃO AOS MEIOS FÍSICOS │ UNIDADE II
Padrões Wireless:
High Latency
• ZigBee
• WISA
• BlueTooth
• 802.11
Low Latency
Padrão Utilizado na
Automação
Industrial
Low Date Rate High Date Rate
Fonte: <http://www.millennialnet.com/MillennialNet/media/Resources_Media/WhitePapers/WhitePaper_IntroductiontoWISA_
V2.pdf>. Acesso em: 24 fevereiro 2015.
O protocolo WISA (Wireless Interface for Sensors and Actuators) foi desenvolvido
especificamente para trabalhar com os sensores e atuadores (SA), principalmente
para as aplicações em que os demais protocolos não conseguem atender. O ponto forte
desse protocolo é o tempo de resposta, tendo uma latência menor quando comparada
com os demais.
<http://www.millennialnet.com/MillennialNet/media/Resources_Media/
WhitePapers/WhitePaper_IntroductiontoWISA_V2.pdf>
55
UNIDADE II │ INTRODUÇÃO AOS MEIOS FÍSICOS
<http://www.voltimum.pt/artigos/sensores-de-proximidade-sem-fios-abb>
Figura 29. Níveis de automatização de uma planta de alta densidade de máquinas de dispositivos
Amount of wires
in a plant
1
Plant Intranet or
Internet
10
Control Network
100
Fieldbus level
1.000
Machine-and
WISA – Wireless Interface to
Device Level
Sensors and Actuators
10.000
Fonte: <http://www.millennialnet.com/MillennialNet/media/Resources_Media/WhitePapers/WhitePaper_IntroductiontoWISA_
V2.pdf>. Acesso em: 24 fevereiro 2015.
56
REDES INDUSTRIAIS UNIDADE III
Com a grande tendência mundial de se automatizar as linhas de produção e
manufatura integrando-as em sistemas computadorizados, criou-se a necessidade
de se utilizar redes de comunicação, dedicada, para os sensores de proximidade e
atuadores.
CAPÍTULO 1
Introdução à Rede ASI
No mercado norte-americano, a AS-i Trade Organization (ATO) existe desde 1996. Por
meio da ATO, os seus membros podem submeter produtos AS-Interface para testes de
conformidade e certificação.
57
UNIDADE III │ REDES INDUSTRIAIS
Como a rede AS-i é direcionada para I/O, esta é uma rede do tipo mestre-escravo, ou
seja, haverá um controlador ou dispositivo mestre que gerenciará os comandos de
leitura e escrita para os nós escravos (sensores e atuadores).
Quadro 3, podemos visualizar algumas diferenças entre estes três tipos de versões:
Fonte: autor.
»» economia de hardware;
»» benefícios ao cliente;
59
UNIDADE III │ REDES INDUSTRIAIS
»» os dados trafegados na rede AS-i são limitados a quatro bits por escravo
que podem ser trocados a cada ciclo de varredura;
»» comprimento limitado até 100 metros sem repetidor, 300 metros com
repetidor e 900 metros com terminador e repetidor;
Mestre AS-i
O Mestre AS-i é o dispositivo que gerencia a rede. Esta pode ser uma placa para PC,
um módulo Scanner (cartão para PLC) ou Mini-PLC.
Se o Mestre for do tipo Mini-PLC, este pode trabalhar em Stand Alone ou conectada ao
PC via RS-232, RS422 e RS-485. O mestre do tipo Mini-PLC deve ser alimentado com
uma fonte de 24VDC e a fonte AS-i (30,5Vdc). Sua comunicação pode ser feita via RS
232, RS 422 ou RS485.
60
REDES INDUSTRIAIS │ UNIDADE III
Fonte:<https://support.industry.siemens.com/cs/#products?pid=516567&dtp=&mlfb=6GK7343-2AH00-0XA0&lc=it-WW>.
Acesso em: 26 fevereiro 2015.
Gateway
O Gateway é um adaptador de protocolos e serve para ligar a rede AS-i a redes de
nível mais alto do tipo DeviceNet ou Profibus DP. Este dispositivo é um nó da rede de
maior nível. A figura 32 ilustra um Gateway Devicenet/AS-i e outro Profibus/AS-i.
Devicenet/AS-i Profibus/AS-i
Fonte: https://www.bihl-wiedemann.de/en/products/as-interface-mastergateways/gateways/product-selector-gateways/s/
bwu1955.html e https://shop.murrelektronik.com/pt/Sistemas-I-O/MASI/Gateway-Profibus-DP-AS-i-1-Master-P24-56471.html.
Acesso em: 9 setembro 2019.
61
UNIDADE III │ REDES INDUSTRIAIS
Escravo AS-i
O Escravo é um dispositivo que transfere seus dados de entrada para o mestre e por
si só não tem autonomia para mudar os estados de saída, ficando dependente da rede
para acioná-las. Os Escravos podem ser:
»» sensores;
»» atuadores;
»» módulos de entrada;
»» módulos de saída;
»» módulos de entrada e saída;
O chip ASI é alimentado com 30,5Vdc e regula 24Vdc para periféricos. Se o consumo
de periféricos for >35mA deve se fazer um filtro com indutores e capacitores para
preservar a integridade do sinal. A Figura 33 e Figura 34 ilustram duas redes AS-i
implementadas com diferentes tipos de escravos pendurados no barramento.
Figura 33. Rede AS-i implementada com sensores (escravos) indutivo e fotoelétrico.
Fotoelétrico
Indutivo
VF
Unikon
Fonte Asi
Fonte: Imagem editada apostila Redes Industriais INATEL – Professor Júlio A.P. Azevedo. Acesso em: 26 fevereiro 2015.
62
REDES INDUSTRIAIS │ UNIDADE III
Figura 34. Rede AS-i implementada com módulos (escravos) para conexão de sensores.
Botoeira
Fonte: Imagem editada apostila Redes Industriais INATEL – Professor Júlio A.P. Azevedo. Acesso em: 26 fevereiro 2015.
O escravo AS-i possui uma memória não volátil EEPROM que armazena os seguintes
dados:
Endereço, ID, IO
00 01 0B
No momento em que o escravo é ligado à rede e o mestre verifica se os dados que estão
na EEPROM são iguais ao do programa aplicativo. Se não forem o mestre acusa o erro.
O endereço é um código de acesso que identifica a peça dentro rede. Este é gravado
na memória EEPROM com “0” (default) e pode ser alterado pelo mestre ou pelo
endereçador manual. O código I/O define a função de cada pino de dado, podendo ser
na entrada ou saída. Para isto existe uma tabela com todas as possibilidades.
Code D0 D1 D2 D3 Code D0 D1 D2 D3
0H E E E E 1H E E E S
2H E E E E/S 3H E E S S
4H E E E/S E/S 5H E S S S
6H E E/S E/S E/S 7H E/S E/S E/S E/S
8H S S S S 9H S S S E
AH S S S E/S BH S S E E
CH S S E/S E/S DH S E E E
EH S E/S E/S E/S FH Z Z Z Z
Fonte: autor.
63
UNIDADE III │ REDES INDUSTRIAIS
ID Dispositivo
0h Módulo I/O comum.
1h Sensores e atuadores comum.
2h Escravos com estrutura de telegrama estendido.
Fh Escravos com modos de operações especiais.
Fonte: autor.
Comunicação
Neste capítulo, será estudado as características físicas de uma rede AS-i que permitam
que seja possível estabelecer uma comunicação segura e robusta de forma a garantir a
integridade do sistema.
Para o caso específico da rede AS-i o meio físico deste sistema se dá por meio de
cabo Flat desenvolvido especialmente para este fim. Este modelo é um cabo flexível
de alta tensão e está em conformidade com as normas CENELEC ou DIN VDE 0291,
designado por H05VV-F2X1.5. Uma boa característica para este cabo, além das
demais, é seu custo relativamente barato e de fácil obtenção.
Revestimento
Azul “-“ 0 V
Marrom “+“
AS-i (-) AS-i (+)
24 V
Fonte: Imagem editada apostila Redes Industriais INATEL – Professor Júlio A.P. Azevedo. Acesso em: 27 fevereiro 2015.
64
REDES INDUSTRIAIS │ UNIDADE III
Como podemos visualizar por meio da figura 35 o cabo AS-i, que compõe o barramento
de comunicação da rede AS-i se dá por meio de cabo perfilado (contra inversão de
polaridade), não blindado com dois fios, o qual trafega dados e a alimentação para os
escravos da rede. Pode ser utilizado no formato cabo redondo ou Flat, dispensando
malha de aterramento.
O cabo tipo Flat é de borracha regenerativa para furos e tem formato especial que evita
a inversão de polaridade e tem classe de proteção IP-65.
Para a conexão de equipamentos ao cabo AS-i, não se faz necessário cortar ou decapar
o mesmo. Este procedimento em geral pode causar quedas de tensões indesejadas
e fontes em potenciais de mão contato nas conexões. Dessa forma, a conexão de
equipamentos na rede AS-i acontece de forma bastante interessante. O princípio
é bastante simples, o contato com os condutores internos é realizado por meio de
lâminas condutoras que penetram a capa isoladora de plástico regenerativo até os
filamentos de fios de cobre interno.
Além da alimentação disponível para os escravos por meio do cabo Flat amarelo, que
se tornou uma espécie de marca registrada do sistema AS-i, e que atende quase todos
os casos práticos, pode ser necessária alimentação suplementar para alguns escravos,
principalmente atuadores de maior potência. Nesse caso, um cabo preto adicional é
utilizado, com as mesmas características do primeiro, mas dedicado exclusivamente a
alimentação. Ele também faz uso da técnica de conexão segura descrita anteriormente
e é reservado para fornecer até 30 volts.
65
UNIDADE III │ REDES INDUSTRIAIS
Dentro destas exigências, outros cabos podem ser utilizados, possibilitando projetos
para casos específicos, como por exemplo, condução de correntes maiores ou
necessidade de cabos móveis.
Dessa forma, podemos listar algumas características importantes dos cabos Flat AS-i:
Comprimento do cabo
O comprimento máximo de um cabo do barramento AS-i é de 100 m sem o uso de
repetidores. No caso de serem utilizados os repetidores um comprimento máximo de
300 m é permitido.
66
REDES INDUSTRIAIS │ UNIDADE III
Exemplo:
50 metros do cabo amarelo e 5 tap-offs com 2 metros de cabo nos dá uma rede do
tamanho igual a: 50 + (2 x 5 x 2) = 70 metros.
Escravo
Escravo
Escravo Escravo
Segmento Segmento
Segmento
max. 100m max. 100m
max. 100m
Escravo
Escravo Escravo
Escravo
67
UNIDADE III │ REDES INDUSTRIAIS
Topologias
A topologia de rede do sistema AS-i é deixada a critério do usuário, o que simplifica o
seu projeto de modo geral. A restrição que deve ser observada é o limite máximo de
100 metros de comprimento para o cabo. É importante notar também que não são
necessárias impedâncias terminais, o que também simplifica a instalação.
Fonte: Imagem editada apostila Redes Industriais INATEL – Professor Júlio A.P. Azevedo. Acesso em: 27 fevereiro 2015.
Protocolo
A comunicação de uma rede AS-i é a transferência de dados, parâmetros e sinais de
controle provenientes do mestre para os escravos e de dados dos escravos para o
mestre.
68
REDES INDUSTRIAIS │ UNIDADE III
A rede AS-i é uma rede bastante rápida se comparada com as demais, pois seu tempo
de resposta com os 31 escravos é de aproximadamente 5ms (e 10ms para versão 2.1).
O método de acesso entre mestre / escravo é do tipo Cyclic Polling que consiste em
um chamado do mestre, uma pausa, a resposta do escravo e uma nova pausa.
Figura 39. Comunicação mestre e escravo, comunicação Polling, de uma rede AS-i.
Mestre Escravo
Resposta
Fonte: Imagem editada apostila Redes Industriais INATEL – Professor Júlio A.P. Azevedo. Acesso em: 28 fevereiro 2015.
Slave Answer
Fonte: Imagem editada apostila Redes Industriais INATEL – Professor Júlio A.P. Azevedo. Acesso em: 28 fevereiro 2015.
69
UNIDADE III │ REDES INDUSTRIAIS
TELEGRAMA
Mestre Escravo
Fonte: autor.
Exercício:
Solução:
70
REDES INDUSTRIAIS │ UNIDADE III
»» Pausa-Mestre= 45μs.
»» Pausa-Escravo= 45μs.
»» montagem do telegrama;
»» codificação Manchester;
O telegrama nada mais é do que um pacote de informações e possui duas formas, que
variam de acordo com o sentido de transmissão (sentido mestre-escravo ou escravo-
mestre). A figura 42 ilustra a transmissão no sentido Mestre – Escravo e a Figura 41
ilustra a transmissão no sentido inverso, ou seja, Escravo – Mestre.
Fonte: Imagem editada apostila Redes Industriais INATEL – Professor Júlio A.P. Azevedo. Acesso em: 28 fevereiro 2015.
71
UNIDADE III │ REDES INDUSTRIAIS
Fonte: Imagem editada apostila Redes Industriais INATEL – Professor Júlio A.P. Azevedo. Acesso em: 28 fevereiro 2015.
Abaixo temos alguns comandos que podem ser trocados em uma comunicação entre
mestre – escravo:
72
REDES INDUSTRIAIS │ UNIDADE III
0 0 1 0 0 1
NRZ
Manchester
II
APM
Fonte: Imagem editada apostila Redes Industriais INATEL – Professor Júlio A.P. Azevedo. Acesso em: 28 fevereiro 2015.
Exercício:
Identifique os endereços dos escravos e estado das entradas e saídas para as mensagens
abaixo:
73
UNIDADE III │ REDES INDUSTRIAIS
ST PB EB
Fonte: autor.
Solução:
O significado das mensagens trocadas na rede AS-i representadas podem ser vistas
pela figura 46.
Figura 46. Mensagens trocadas entre dispositivos em uma rede AS-i – Interpretação.
ST PB EB
Fonte: autor.
74
REDES INDUSTRIAIS │ UNIDADE III
Características funcionais
Características
O nome Actuator Sensor Interface representa o seu próprio conceito. É uma solução
simples e elegante para a integração de sensores e atuadores discretos em sistema
de controle de processos. Esta rede possui uma série de características, muitas
mencionadas e outras que podem ser vistas agora:
Meio de transmissão
76
REDES INDUSTRIAIS │ UNIDADE III
<https://www.youtube.com/watch?v=5XUaS6j8z_w>.
Modulação
77
UNIDADE III │ REDES INDUSTRIAIS
Limitações do AS-i
O AS-i foi conscientemente construído e otimizado para uso em aplicações abaixo dos
Fieldbuses. Sendo assim, algumas capacidades dos Fieldbuses de alto nível não podem
ser realizadas em AS-i. Algumas limitações devem ser conhecidas.
Padrões e regulamentações
78
REDES INDUSTRIAIS │ UNIDADE III
O monitor não interfere no tráfego de frames da rede, ele apenas monitora o tráfego,
utilizando-o para determinar o estado de segurança. Desta forma, máquinas e plantas
podem ser ajustadas a um estado seguro por meio das saídas do monitor de segurança.
79
UNIDADE III │ REDES INDUSTRIAIS
Fonte: https://w3.siemens.com.br/automation/br/pt/comunicacao-industrial/as-interface/pages/as-interface.aspx.
Aplicação
Neste capítulo, estaremos ilustrando algumas aplicações industriais nos quais foram
estabelecidos a rede AS-i como rede de controle e acesso.
Exemplo 1:
Figura 48. Planta de triagem de garrafas vazias da fábrica de cervejas Schneider, em Dortmund – Alemanha.
80
REDES INDUSTRIAIS │ UNIDADE III
Mais de 100 módulos digitais, cada um com quatro sinais de entrada digital para
ligação dos sensores distribuídos ao redor da planta com os controladores são
utilizados. Para a maior parte destes censores são compostos de sensores fotoelétricos
que garante a não existência de congestionamentos na linha. Dois mestres são usados
para cada controlador, o que significa que um total de oito linhas AS-Interface com
um comprimento máximo de cabo de 100 metros são suficientes para atender toda a
cablagem dos módulos I/O. Na figura 49, é mostrada outra vista das linhas de triagem
da fábrica de triagem de garrafas.
Figura 49. Linhas de verificação das garrafas da fábrica de cervejas Schneider, em Dortmund – Alemanha.
Maior usina de
triagem de garrafas
da Alemanha, que
cobre uma planta de
60x30 metros
dispostas em três
andares.
Um total de 8 linhas
AS-i, todos com um
comprimento
máximo de cabo de
100 metros, fornece
um completo
cabeamento para os
equipamentos de I/0.
81
UNIDADE III │ REDES INDUSTRIAIS
Exemplo 2:
Figura 50. Motor fabricado pela Volkswagen utilizando rede AS-i em sua linha de produção
em sua fábrica da Saxony.
Figura 51. Motor fabricado pela Volkswagen utilizando rede AS-i em sua linha de produção
em sua fábrica da Saxony.
As paradas são
controladas por
meio de
equipamentos
instalados que se
comunicam através
de rede AS-i.
82
REDES INDUSTRIAIS │ UNIDADE III
A configuração distribuída das funções de I/O, tais como a ligação dos sinais de
acionamento, desacionamento, parada etc., é realizada mediante aos comandos
realizados pela rede AS-i. Os interruptores controlados pelos leitores de códigos de
barras são responsáveis pela passagem controlada dos motores por meio das secções
individuais de produção do sistema de transporte circular.
Exemplo 3:
Figura 52. Máquina laser HSL2502 automatizada por meio de rede AS-i.
Uma das vantagens do novo conceito de automação para Trumpf é que soluções
específicas para clientes agora podem simplesmente ser incorporada aos projetos de
engenharia existentes. Graças a padronizado de interfaces I/O, foi possível instalar e
comissionar módulos durante a fase de pré-produção.
83
UNIDADE III │ REDES INDUSTRIAIS
Redução na
estocagem de peças
de reposição, graças
a componentes
padronizados.
Alteração da
configuração antes
de caixas
centralizadoras de
cabos de sensores
para módulos I/O
analógicos e digitais.
Outras aplicações:
Podemos visualizar por meio da figura 54 outras aplicações utilizando rede AS-i.
84
REDES INDUSTRIAIS │ UNIDADE III
Automatização de linha
de transporte de
processo de
fabricação de motores.
Automatização de silos
granulados.
Automatização
em módulos
Compactos para
aplicação em
Cervejarias.
http://www.as-interface.net/applications/factory-automation;
http://www.as-interface.net/applications/process-automation;
http://www.as-interface.net/news-events/videos/asi-video-zur-hmi-2010.
85
CAPÍTULO 2
Rede Industrial Hart
Introdução
Como bem sabemos, as empresas buscam reduzir os custos de operação, fornecer
produtos rapidamente e melhorar a qualidade do produto visando se manterem vivas
no atual ambiente competitivo as quais estão inseridas. O protocolo HART® (Highway
Addressable Remote Transducer) contribui diretamente para essas metas de negócios,
proporcionando economia de custos em:
»» comissionamento e instalação;
»» manutenção.
Este capítulo tem por objetivo fornecer aos alunos e usuários dos produtos
HART as informações necessárias para obter todos os benefícios da
instrumentação digital HART.
»» Teoria da Operação.
»» Aplicativos do setor.
86
REDES INDUSTRIAIS │ UNIDADE III
Modos de comunicação
Master-Slave Mode
»» transmissores;
»» atuadores; e
»» controladores.
Burst Mode
87
UNIDADE III │ REDES INDUSTRIAIS
20 mA
“1” “0”
“1”
“1” “0”
“1”
“0” “0”
“1”
4 mA
Time
»» ponto a ponto; ou
»» multiponto.
88
REDES INDUSTRIAIS │ UNIDADE III
Control System
Multiplexer or Other Host
Application
Barrier
Handheld Terminal
Field Device
Rede Multidrop
O modo de operação multidrop requer apenas um único par de fios e, se aplicável,
barreiras de segurança e uma fonte de alimentação auxiliar para fornecer energia
para até 15 dispositivos de campo. Todos os valores do processo são transmitidos
digitalmente.
Handheld Terminal
Field Devices –
Multidrop Network
89
UNIDADE III │ REDES INDUSTRIAIS
Comandos Hart
O conjunto de comandos HART fornece comunicação uniforme e consistente para
todos os dispositivos de campo, sendo enquadrados em três tipos de classes especiais:
»» universal;
»» prática comum; e
»» específica do dispositivo.
Comando Universal
»» unidades de medida;
»» etc.
Prática comum
Os comandos de prática comum são os tipos de comandos que normalmente
são implementados pelos fabricantes de dispositivos de comunicação HART,
mas não são uma regra.
Dispositivo específico
90
REDES INDUSTRIAIS │ UNIDADE III
Abaixo temos listados, como exemplos, alguns dos comandos HART acima
descritos.
Para que a comunicação entre mestre-escravo ocorra de forma correta, o mestre pode
aprender o endereço do dispositivo escravo emitindo um dos dois comandos abaixo
que fazem com que o dispositivo escravo responda com seu endereço das seguintes
maneiras:
91
UNIDADE III │ REDES INDUSTRIAIS
Device Description
Alguns aplicativos de host HART usam descrições de dispositivo (DD) para obter
informações sobre as variáveis e funções contidas em um dispositivo de campo
HART. O DD inclui todas as informações necessárias para que um aplicativo host se
comunique diretamente com o dispositivo de campo.
92
REDES INDUSTRIAIS │ UNIDADE III
»» flexibilidade operacional;
»» redução de custos.
»» comissionamento e instalação;
»» manutenção
93
UNIDADE III │ REDES INDUSTRIAIS
Fonte: https://www.sense.com.br/siter/familias/262.
94
REDES INDUSTRIAIS │ UNIDADE III
95
UNIDADE III │ REDES INDUSTRIAIS
Tag Message
Descriptor
Construction Materials
DeviceVariables
Serial Numbers
Damping
Date
Flexibilidade operacional
Como já mencionado anteriormente, o protocolo HART permite que dois mestres
(primário e secundário) se comuniquem com dispositivos escravos e forneçam
flexibilidade operacional adicional, ou seja, um sistema host permanentemente
conectado pode ser usado simultaneamente, enquanto um terminal portátil ou
controlador de PC está se comunicando com um dispositivo de campo, conforme
ilustrado abaixo.
Transmitter
Secondary Master
96
REDES INDUSTRIAIS │ UNIDADE III
O DDL HART estende a interoperabilidade para incluir informações que podem ser
específicas de um dispositivo específico. O DDL permite que um único configurador de
mão ou aplicativo host de PC configure e mantenha dispositivos de comunicação HART
de qualquer fabricante. O uso de ferramentas comuns para produtos de diferentes
fornecedores minimiza a quantidade de equipamentos e treinamento necessários para
manter uma planta.
»» fiação e instalação;
»» segurança intrínseca;
»» multiplexadores
97
UNIDADE III │ REDES INDUSTRIAIS
Cabeamento e Instalação
Fonte: https://www.automacaoindustrial.info/10-motivos-para-aplicar-a-tecnologia-wireless/.
A maioria das instalações está bem dentro do limite teórico de 3.000 metros (10.000
pés) para comunicação HART. No entanto, as características elétricas do cabo
(principalmente capacitância) e a combinação de dispositivos conectados podem afetar
o comprimento máximo permitido do cabo de uma rede HART. A tabela abaixo mostra
o efeito da capacitância do cabo e o número de dispositivos de rede no comprimento
do cabo, baseada em instalações típicas de dispositivos HART em ambientes não IS.
98
REDES INDUSTRIAIS │ UNIDADE III
Fonte: autor.
99
UNIDADE III │ REDES INDUSTRIAIS
Tanto as barreiras Zener quanto os isoladores podem ser usados para garantir
um sistema IS com dispositivos de comunicação HART, mas alguns problemas
adicionais devem ser considerados ao projetar o loop HART.
100
REDES INDUSTRIAIS │ UNIDADE III
»» O resistor de carga deve ter pelo menos 230 Ω (normalmente 250 Ω).
Além disso, o loop deve ser projetado para trabalhar até 22 mA (não apenas 20 mA)
permitindo assim que um dispositivo de campo que está relatando uma falha por uma
corrente de alto desempenho acima da faixa possa se comunicar normalmente, mesmo
em condição de alarme. A resistência em série para a mesma barreira Zener pode ser
tão alta quanto 340 Ω.
Qualquer resistência de cabo pode ser adicionada como uma resistência em série e
reduzirá ainda mais a tensão. Além disso, a fonte de alimentação da barreira Zener
também deve ser ajustada abaixo da tensão de condução da barreira Zener. Por
exemplo, uma barreira Zener de 28 V e 300 would tipicamente usada com uma fonte
de alimentação de 26 V.
Embora seja difícil atender aos dois requisitos mencionados acima para uma
rede usando barreiras de diodos de derivação, isso pode ser feito. A seguir,
estão duas possíveis soluções para o problema:
101
UNIDADE III │ REDES INDUSTRIAIS
102
REDES INDUSTRIAIS │ UNIDADE III
Fonte : autor.
Aplicações na indústria
Muitas empresas em uma ampla variedade de indústrias já perceberam as vantagens
de usar o protocolo de comunicação HART. Sendo assim, abaixo iremos descrever
algumas aplicações.
103
UNIDADE III │ REDES INDUSTRIAIS
Transmitters
Tanks
HART Field
Segundo dados extraídos do “Application Guide Hart HCF LIT 34”, uma aplicação
de tanque contendo 84 tanques de assentamento e leitos de filtro em um local muito
grande (mais de 300.000 m2) foram monitorados usando redes HART multidrop e
UTRs HART. Ao se utilizar nesta aplicação a arquitetura HART, foram necessários
apenas oito cabos para 84 tanques, com 10 a 11 dispositivos por “ramo”, permitindo
que mais de 70 “ramos” individuais de mais de 500 m fossem eliminados.
104
REDES INDUSTRIAIS │ UNIDADE III
Storage Tanks
105
UNIDADE III │ REDES INDUSTRIAIS
4 mA Pressure
Transmitters
I
Prw+
Vin
Magnetic
Flowmeter
4 mA
106
REDES INDUSTRIAIS │ UNIDADE III
Melhor diagnóstico
Radio Antennae
Standby RTU
Primary
RTU
Modbus Link
HART
Multiplexers
Transmitters
Transmitters
107
CAPÍTULO 3
Rede Industrial PROFINET
O conceito PROFINET é do tipo modular, que permite aos usuários escolher eles
próprios a funcionalidade em cascata. A distinção principal aqui é o tipo de troca de
dados. Essa distinção é necessária para satisfazer os requisitos rigorosos de velocidade
de transmissão de dados que existem para algumas aplicações.
»» interruptores;
»» válvulas solenoide;
»» válvulas pneumáticas;
»» acionadores;
»» codificadores de posição;
»» dispositivos de proteção;
»» robôs;
»» controles de soldagem;
»» componentes de rede.
108
REDES INDUSTRIAIS │ UNIDADE III
Figura 69. Diversas aplicações em qualquer setor imaginável podem utilizar-se do padrão
PROFINET.
Fonte: http://www.profibus.org.br/images/arquivo/brochura-profinet-port-544535a400f5d.pdf.
Fonte: https://www.profibus.com/.
109
UNIDADE III │ REDES INDUSTRIAIS
»» alta escalabilidade;
»» facilidade de instalação;
Sendo assim, são definidas as seguintes classes para facilitar a estruturação dos
dispositivos de campo PROFINET:
110
REDES INDUSTRIAIS │ UNIDADE III
Fonte: https://w3.siemens.com/mcms/distributed-io/en/profinet/ertec/pages/default.aspx.
111
UNIDADE III │ REDES INDUSTRIAIS
»» mecanismos de redundância.
Fonte: https://w3.siemens.com/mcms/industrial-communication/en/ie/industrial-ethernet-switches-media-converters/pages/
scalance-x-200-managed.aspx.
112
REDES INDUSTRIAIS │ UNIDADE III
Modelo de um dispositivo
Neste ponto da matéria solicito bastante atenção de você, meu caro aluno, pois
para que possamos entender o processo de endereçamento de dados em um Device
PROFINET, será necessária uma breve visão geral da modelagem de um dispositivo.
Para isso, a utilização de um modelo comum de dispositivo é o grande segredo para
obtermos uma visão uniforme dos devices e para o emprego compatível dos elementos
de estruturação dos dados de processo a serem trocados nas aplicações similares.
Este arquivo é composto, entre outras coisas, por uma “ilustração” do modelo
do dispositivo representado pelo DAP (Device Acess Point) e os módulos de
definição do tipo de família.
113
UNIDADE III │ REDES INDUSTRIAIS
Application profiles podem ser criados para uso global, por exemplo, para tecnologia
de acionamento, sendo que os dados de perfil são sempre mencionados utilizando o
número API a ele atribuído.
114
REDES INDUSTRIAIS │ UNIDADE III
115
UNIDADE III │ REDES INDUSTRIAIS
Durante a transmissão de dados entre dois dispositivos devemos nos atentar aos
seguintes fatores responsáveis pela taxa de atualização da comunicação:
Vale ressaltar ainda que, ao longo das mais diversas simulações e várias
implementações de campo UDP/IP, observou-se que são necessários
consideráveis tempos de execução para criar pacotes de dados em
Communication Stack padrão. Embora esses tempos de execução pudessem
ser otimizados, o UDP/IP-stack necessário para isso não seria mais um produto
padrão, mas sim uma solução proprietária. Essas circunstâncias levam a uma
definição para a transmissão de dados em tempo real com o PROFINET.
Introdução
Até aqui apresentamos uma descrição detalhada da modelagem, dos serviços e dos
caminhos de comunicação dos dispositivos de campo, trazendo assim, as informações
mais importantes e necessárias para entendermos o PROFINET. Com base nessas
informações, a seguir uma maneira lógica para configurar um sistema geral. Do
ponto de vista do PROFINET, os seguintes passos devem ser executados na ordem
mencionada.
116
REDES INDUSTRIAIS │ UNIDADE III
Engenharia de sistema
Devido ao protocolo DHCP (Dynamic Host Configuration Protocol) ter seu uso
difundido no mundo todo, o PROFINET dá aos usuários a opção de definir os
endereços via DHCP ou por meio de mecanismos específicos do fabricante. As opções
de endereçamento suportadas por um dispositivo de campo de I/O são estabelecidas
no arquivo GSD para o respectivo device.
Cada fabricante de controlador também fornece uma engineering tool para configurar
o sistema. Abaixo vemos o exemplo de uma ferramenta de engenharia PROFINET.
PROFINET
I/O Controller
Library of
devices
I/O Devices
Moduls of the
selected device
Fonte: https://www.felser.ch/profinet-manual/a_-_aufstarten.html.
117
UNIDADE III │ REDES INDUSTRIAIS
Ethernet IO-System
(100)
Name of the
IO-Controller
IP Adress of the
IO-Controller
Fonte: https://www.felser.ch/profinet-manual/c_-_controller.html.
118
REDES INDUSTRIAIS │ UNIDADE III
Inicialização do sistema
Um controlador sempre faz a inicialização do sistema após iniciar/reiniciar com
base nos dados de configuração. Isso acontece automaticamente do ponot de vista do
usuário. Durante a inicialização do sistema um controlador estabelece as ARs e Crs e
configura e parametriza o I/O em nível de processo, conforme necessário.
Troca de dados
Após completar com sucesso a inicialização do sistema, o controlador e os dispositivos
trocam dados de processo, alarme e dados acíclicos.
119
Para (não) Finalizar
A integração entre rede já existe há tempos tem-se mostrado uma grande solução as
quais tendem a agregar o que de melhor existe em cada tecnologia proporcionando
projetos cada vez mais completos, eficazes e de baixo custo.
120
Referências
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