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Brasília-DF.
Elaboração
Produção
APRESENTAÇÃO.................................................................................................................................. 5
INTRODUÇÃO.................................................................................................................................... 8
UNIDADE I
INTRODUÇÃO AOS PROCESSOS DE FABRICAÇÃO E ÀS OPERAÇÕES DE CONFORMAÇÃO.................... 11
CAPÍTULO 1
INTRODUÇÃO AOS PROCESSOS DE FABRICAÇÃO................................................................... 11
CAPÍTULO 2
OPERAÇÕES DE CONFORMAÇÃO: LAMINAÇÃO E TREFILAÇÃO.............................................. 19
CAPÍTULO 3
PRINCIPAIS PROCESSOS DE CONFORMAÇÃO: EXTRUSÃO, FORJAMENTO E ESTAMPAGEM........ 27
UNIDADE II
FUNDIÇÃO........................................................................................................................................... 37
CAPÍTULO 1
FUNDIÇÃO.............................................................................................................................. 37
UNIDADE III
NOÇÕES BÁSICAS DE USINAGEM E USINAGEM CONVENCIONAL.......................................................... 49
CAPÍTULO 1
NOÇÕES BÁSICAS SOBRE USINAGEM...................................................................................... 49
CAPÍTULO 2
USINAGEM CONVENCIONAL: TORNEAMENTO E FRESAMENTO.................................................. 56
CAPÍTULO 3
USINAGEM CONVENCIONAL: FURAÇÃO, MANDRILAMENTO, BRUNIMENTO, ROSCAMENTO,
APLAINAMENTO....................................................................................................................... 85
UNIDADE IV
USINAGEM NÃO CONVENCIONAL...................................................................................................... 104
CAPÍTULO 1
INTRODUÇÃO....................................................................................................................... 104
CAPÍTULO 2
USINAGEM CONVENCIONAL: JATO ABRASIVO, JATO D’ÁGUA USINA, USINAGEM POR DESCARGA
ELÉTRICA, USINAGEM ULTRASSÔNICA.................................................................................... 108
CAPÍTULO 3
USINAGEM NÃO CONVENCIONAL: QUÍMICA, ELETROQUÍMICA, FEIXE DE ELÉTRONS, laser E
PLASMA................................................................................................................................ 129
UNIDADE V
METALURGIA DO PÓ........................................................................................................................... 149
CAPÍTULO 1
METALURGIA DO PÓ.............................................................................................................. 149
REFERÊNCIAS................................................................................................................................. 159
Apresentação
Caro aluno
Conselho Editorial
5
Organização do Caderno
de Estudos e Pesquisa
A seguir, apresentamos uma breve descrição dos ícones utilizados na organização dos
Cadernos de Estudos e Pesquisa.
Provocação
Textos que buscam instigar o aluno a refletir sobre determinado assunto antes
mesmo de iniciar sua leitura ou após algum trecho pertinente para o autor
conteudista.
Para refletir
Questões inseridas no decorrer do estudo a fim de que o aluno faça uma pausa e reflita
sobre o conteúdo estudado ou temas que o ajudem em seu raciocínio. É importante
que ele verifique seus conhecimentos, suas experiências e seus sentimentos. As
reflexões são o ponto de partida para a construção de suas conclusões.
Atenção
6
Saiba mais
Sintetizando
7
Introdução
Processos de fabricação são aplicáveis em todas as áreas de nossas vidas, tanto
que, muitas vezes, não percebemos ou pensamos sobre isso. Dos carros que
dirigimos, dos contêineres em que nossa comida chega, dos computadores, da
TV e de outros dispositivos que usamos, ferramentas elétricas, aquecedores,
condicionadores de ar, os canos que entregam a nossa água e a lista continua.
Essas coisas são todas feitas de componentes fabricados.
Você provavelmente não passa muito tempo pensando em quem faz os produtos
que preenchem sua casa. Mesmo que o seu negócio conte com os fabricantes, a
menos que você passe algum tempo em uma fábrica, provavelmente sabe pouco
sobre o trabalho diário envolvido. Na verdade, há vários tipos de processos
para os usos do fabricante, e eles podem ser agrupados em quatro categorias
principais: fundição e moldagem, usinagem, união e corte e modelagem.
Se os produtos que você está criando começarem como líquidos, é provável que
o fabricante use moldagem. Um tipo popular de moldagem é a fundição, que
envolve aquecer o plástico até que ele se torne líquido e, então, despejá-lo em
um molde. Quando o plástico esfria, o molde é removido, dando-lhe a forma
desejada.
Seria difícil fazer produtos como peças de metal sem o uso de algum tipo de
máquina. Os fabricantes usam ferramentas como serras, chapas e rodas rotativas
para alcançar o resultado desejado. Há também ferramentas que usam calor para
moldar itens. Máquinas a laser podem cortar um pedaço de metal usando um
feixe de luz de alta energia, e tochas de plasma podem transformar gás em plasma
usando eletricidade. As máquinas de erosão aplicam um princípio semelhante
usando água ou eletricidade, e máquinas de controle numérico computadorizado
introduzem a programação de computadores no mix de fabricação.
Ao lidar com chapas metálicas, o cisalhamento entra em jogo. O corte usa lâminas
de corte para fazer cortes retos em um pedaço de metal. Também conhecido
como corte, você verá muitas vezes o corte usado em alumínio, latão, bronze e
aço inoxidável. Outro processo de modelagem de metal está se desenvolvendo, o
8
qual usa compressão ou outro tipo de estresse para mover os materiais para
a forma desejada. Embora a formação seja frequentemente usada com metal,
ela também pode ser usada em outros materiais, incluindo plásticos.
Objetivos
»» Desenvolver uma visão ampla dos processos de fabricação mecânica,
permitindo que o aluno tenha compreensão dos fundamentos dos
principais processos de fabricação. Desta forma, o aluno será capaz
de interagir com os diversos níveis da cadeia produtiva, realizar
planejamento de fluxo de produção, atuar no controle de linhas de
produção e gerenciar a produção de uma unidade fabril.
9
» » Identificar os equipamentos e ferramentas utilizados em
conformações mecânicas dos metais.
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INTRODUÇÃO AOS
PROCESSOS DE
FABRICAÇÃO E ÀS UNIDADE I
OPERAÇÕES DE
CONFORMAÇÃO
CAPÍTULO 1
Introdução aos processos de
fabricação
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UNIDADE I │ INTRODUÇÃO AOS PROCESSOS DE FABRICAÇÃO E ÀS OPERAÇÕES DE CONFORMAÇÃO
Materiais de fabricação
Todos os produtos fabricados são feitos de algum tipo de material. Semelhante
à tolerância geométrica, as propriedades do material do produto manufaturado
final são de extrema importância. Portanto, aqueles que estão interessados em
fabricar devem estar muito conscientes sobre a seleção de materiais. Uma variedade
extremamente ampla de materiais está disponível para o fabricante atualmente.
Tipos de materiais
Os materiais podem ser classificados em três tipos básicos: metais, cerâmicos e
polímeros.
Metais
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INTRODUÇÃO AOS PROCESSOS DE FABRICAÇÃO E ÀS OPERAÇÕES DE CONFORMAÇÃO │ UNIDADE I
Cerâmicas
A cerâmica é muito dura e forte, mas tem falta flexibilidade tornando-a frágil.
As cerâmicas são extremamente resistentes a altas temperaturas e produtos
químicos. Cerâmica normalmente pode suportar ambientes mais brutais do
que metais ou polímeros. Cerâmicas normalmente não são bons condutores de
eletricidade ou calor.
Polímeros
Polímeros são macios e não tão fortes quanto metais ou cerâmicas. Polímeros
podem ser extremamente flexíveis. Baixa densidade e comportamento viscoso
sob temperaturas elevadas são características típicas do polímero. Polímeros
podem ser isolantes para eletricidade.
Tipos de processos
Este é um resumo dos processos de fabricação básicos e mais usados
atualmente na indústria. Qualquer um desses processos pode ser empregado
para produzir uma peça manufaturada. Além disso, lembre-se, ao decidir
como produzir itens manufaturados, que uma peça pode exigir um desses
processos para facilitar sua conclusão. Por exemplo, uma peça fundida pode
exigir alguma usinagem antes de se tornar o produto final. Ou, uma parte
pode ser produzida por um processo de metalurgia do pó e, em seguida, passar
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UNIDADE I │ INTRODUÇÃO AOS PROCESSOS DE FABRICAÇÃO E ÀS OPERAÇÕES DE CONFORMAÇÃO
Metalurgia do
Usinagem Fundição Soldagem Conformação
pó
Convencional Laminação
Furação Extrusão
Mandrilhamento Trefilação
Torneamento Forjamento
Fresamento Estampagem
Aplainamento
Re�ficação
Não
convencional
Jato Abrasivo
Jato d’água
Eletroerosão
Eletroquímica
Feixe de
elétrons
Laser
Plasma
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INTRODUÇÃO AOS PROCESSOS DE FABRICAÇÃO E ÀS OPERAÇÕES DE CONFORMAÇÃO │ UNIDADE I
Fundição
Fundição de metal pode ser usada para fazer peças com geometria complicada,
interna e externa. Com fundição, peças complexas podem ser feitas em um único
molde, pode-se produzir peças muito pequenas como joias, ou peças enormes
pesando várias centenas de toneladas, como componentes para máquinas muito
grandes. Embora a influência cuidadosa dos parâmetros de fundição e técnica
possa ajudar a controlar as propriedades do material; uma fundição de metal,
em geral, é o produto final que tende a conter mais falhas e ter menor resistência
e ductilidade em comparação com outros processos de fabricação, como a
conformação de metal.
Metalurgia do pó
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UNIDADE I │ INTRODUÇÃO AOS PROCESSOS DE FABRICAÇÃO E ÀS OPERAÇÕES DE CONFORMAÇÃO
Usinagem
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INTRODUÇÃO AOS PROCESSOS DE FABRICAÇÃO E ÀS OPERAÇÕES DE CONFORMAÇÃO │ UNIDADE I
Conformação mecânica
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UNIDADE I │ INTRODUÇÃO AOS PROCESSOS DE FABRICAÇÃO E ÀS OPERAÇÕES DE CONFORMAÇÃO
Soldagem
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CAPÍTULO 2
Operações de conformação:
laminação e trefilação
Introdução
Os processos de conformação mecânica modificam a geometria do material
quando uma forca é aplicada. Logo, as operações de conformação mecânica são
aquelas em que são aplicados esforços mecânicos nos metais, resultando em
uma mudança permanente em suas dimensões. Os esforços aplicados nesses
processos podem ser do tipo compressão, tração, dobramento, e têm que ser
aplicados sobre o material.
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UNIDADE I │ INTRODUÇÃO AOS PROCESSOS DE FABRICAÇÃO E ÀS OPERAÇÕES DE CONFORMAÇÃO
Trabalho a quente
Trabalho a frio
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INTRODUÇÃO AOS PROCESSOS DE FABRICAÇÃO E ÀS OPERAÇÕES DE CONFORMAÇÃO │ UNIDADE I
Laminação
Depois dos processos para obtenção do lingotamento contínuo, o aço é
transformado em placas, mesmo que elas estejam com um formato que
necessitarão passar por novos processos para uma melhor conformação de acordo
com seu uso. A obtenção de chapas é conseguida pelo processo da laminação.
Cilindro superior
Cilindro inferior
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UNIDADE I │ INTRODUÇÃO AOS PROCESSOS DE FABRICAÇÃO E ÀS OPERAÇÕES DE CONFORMAÇÃO
Laminação a quente
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INTRODUÇÃO AOS PROCESSOS DE FABRICAÇÃO E ÀS OPERAÇÕES DE CONFORMAÇÃO │ UNIDADE I
Laminador Laminador
Desbastador Tandem
PREPARAÇÃO DE PLACAS
LAMINAÇÃO A QUENTE
Laminação a frio
A laminação a frio é geralmente empregada quando as especificações do
produto exigem um bom acabamento superficial. Com esse processo é
possível produzir folhas e tiras com acabamento superficial e com tolerâncias
dimensionais superiores quando comparadas com as tiras produzidas
por laminação a quente. Este tipo de laminação é realizado à temperatura
ambiente ou próxima dessa, isto é, o material não precisa ser aquecido, o que
faz com que haja um aumento de dureza.
Cilindros
Horizontais Cilindros
Verticais
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UNIDADE I │ INTRODUÇÃO AOS PROCESSOS DE FABRICAÇÃO E ÀS OPERAÇÕES DE CONFORMAÇÃO
Trefilação
Trefilagem, ou Trefilação, é o processo de fabricação em que a matéria-prima
é estirada através de uma matriz em forma de canal convergente por meio de
uma força trativa aplicada do lado de saída da matriz. É o processo de fabricação
onde são formados arames, barras finas, tubos, entre outros. Existem muitas
aplicações para a trefilagem como: produção de fios elétricos, cabos, clipes de
papel, corda para instrumentos musicais e raio para rodas.
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INTRODUÇÃO AOS PROCESSOS DE FABRICAÇÃO E ÀS OPERAÇÕES DE CONFORMAÇÃO │ UNIDADE I
Caixa de aço
Matriz de da matriz
metal duro
garra Carro de
estiramento
Bancada de
estiramento
lubrificante
Retentor da matriz
Figura 6. Trefilação.
Detalhe
da fieira
Secção de Secção
entrada de saída
ɸ 2,00 mm
ɸ 9,52 mm
Trefilação a frio
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UNIDADE I │ INTRODUÇÃO AOS PROCESSOS DE FABRICAÇÃO E ÀS OPERAÇÕES DE CONFORMAÇÃO
São utilizadas, em geral, as tarrachas seguidas umas das outras e, aos poucos, o
diâmetro vai sendo reduzido sucessivamente. É desejável que o fio deslize com
menos resistência a uma velocidade constante com o objetivo de não deixar que
o fio fique preso, enfraqueça e quebre. Essa velocidade varia de acordo com o
material e a dimensão da redução.
Trefilação a quente
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CAPÍTULO 3
Principais processos de conformação:
extrusão, forjamento e estampagem
Extrusão
Na extrusão, um tarugo cilíndrico é colocado numa câmara e forçado através
de uma abertura de matriz por um pistão hidráulico. Essa abertura pode ser
circular ou de outro formato. A extrusão também pode ser indireta, hidrostática
ou por impacto. A extrusão também pode ser definida como um processo de
compressão indireta, pois são as paredes internas da ferramenta que provocam,
devido à reação à pressão do pistão, a ação de compressão sobre o tarugo.
Pré-aquecimento
das matrizes
Mesa de
Varões com 5 e 6 Corte em bilhetes Pré-aquecimento Prensa de arrefecimento,
(“logs”) para extrusão dos bilhetes extrusão Esticador
Embalagem
Anodização
Envelhecimento
Corte em Pré-preparação Inspeção
superficial final Entrega
dimensões Lacagem ao cliente
comerciais
Extrusão indireta
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UNIDADE I │ INTRODUÇÃO AOS PROCESSOS DE FABRICAÇÃO E ÀS OPERAÇÕES DE CONFORMAÇÃO
limitado, pois o êmbolo oco, para barras, ou esbelto, para tubos, não permite a
obtenção de produtos com seções reduzidas. Aqui, o acabamento superficial não
é tão bom. Na extrusão indireta, as matrizes são mais pesadas, é necessário fazer
furo e a força utilizada é menor que a do método direto.
Recipiente
Recipiente
Ram
Bilhete de
Morto trabalho
Extrusão direta
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INTRODUÇÃO AOS PROCESSOS DE FABRICAÇÃO E ÀS OPERAÇÕES DE CONFORMAÇÃO │ UNIDADE I
Recipiente
Mandril
Bilhete de trabalho
Morto
Extrusão lateral
Já na Extrusão Lateral, o material do tarugo é forçado através de abertura lateral
da câmara. Esse método consiste na extrusão sem que haja contato do material
com a superfície da câmara, o que reduz o atrito. Os eixos do punção e da peça têm
diferentes direções, em ângulo reto.
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UNIDADE I │ INTRODUÇÃO AOS PROCESSOS DE FABRICAÇÃO E ÀS OPERAÇÕES DE CONFORMAÇÃO
Recipiente
Ram
Forma extrudida
Morto
Fluido
Bilhete de trabalho
Vantagens
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INTRODUÇÃO AOS PROCESSOS DE FABRICAÇÃO E ÀS OPERAÇÕES DE CONFORMAÇÃO │ UNIDADE I
Desvantagens
Forjamento
O forjamento é uma operação de conformação mecânica que tem como objetivo dar
forma aos metais através de martelamento ou esforço de compressão. Acredita-se que
os forjamentos mais antigos tenham se iniciado em algumas regiões do Oriente Médio
8.000 a.C, onde ferro e bronze fundidos foram forjados pelo processo a quente, pelos
homens da antiguidade para produzir ferramentas manuais, instrumentos e armas,
como facas, adagas e lanças.
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UNIDADE I │ INTRODUÇÃO AOS PROCESSOS DE FABRICAÇÃO E ÀS OPERAÇÕES DE CONFORMAÇÃO
Forjamento a quente
Para que o forjamento seja bem sucedido, é necessário que todo o corpo esteja
a uma temperatura uniforme, que é conseguida através de fornos de câmara, de
indução e de atmosfera controlada, quando necessário.
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INTRODUÇÃO AOS PROCESSOS DE FABRICAÇÃO E ÀS OPERAÇÕES DE CONFORMAÇÃO │ UNIDADE I
As matrizes podem ser tanto abertas (livres) quanto fechadas, sendo que a
primeira é bastante utilizada para se consegui as dimensões necessárias à
segunda. Normalmente são necessárias várias etapas para se obter a peça final.
Estágio 1
Reaquecimento
indutivo Estágio 4
Tarugo
Deformado Estágio 2
Punção Estágio 3 Punção
Punção
Punção
Refundido
Matriz
Matriz Matriz Matriz
Matriz Superior
Matriz Superior
Peça Forjada
Tarugo Tarugo
Rebarba
Vantagens do processo:
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UNIDADE I │ INTRODUÇÃO AOS PROCESSOS DE FABRICAÇÃO E ÀS OPERAÇÕES DE CONFORMAÇÃO
»» Maior conformabilidade/forjabilidade;
Desvantagens do processo:
»» Geração de carepa;
Forjamento a frio
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INTRODUÇÃO AOS PROCESSOS DE FABRICAÇÃO E ÀS OPERAÇÕES DE CONFORMAÇÃO │ UNIDADE I
Estampagem
A estampagem é o processo de fabricação de peças, pelo corte ou deformação
de chapas. O processo de conformação de chapas é realizado geralmente a
frio, e compreende um conjunto de operações por meio das quais uma chapa
é submetida de modo a adquirir uma nova forma geométrica, plana ou oca.
Conformação de chapas é definida como a transição de uma dada forma de um
semiacabado plano em outra forma. Os processos de conformação de chapas
têm uma importância especial na fabricação de carrocerias automotivas e
componentes da indústria eletroeletrônica, na fabricação de peças de uso
diário (para-lamas, portas de carro, banheiras, rodas etc.).
Como desvantagem, destaca-se o alto custo ferramental, que só pode ser amortizado
se a quantidade de peças a produzir for elevada.
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UNIDADE I │ INTRODUÇÃO AOS PROCESSOS DE FABRICAÇÃO E ÀS OPERAÇÕES DE CONFORMAÇÃO
Operações de estampagem
Dobra: Consiste em obter uma peça formada por um ou mais dobras de uma
chapa plana. Para isto, é utilizada uma ferramenta denominada estampo de
dobra.
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FUNDIÇÃO UNIDADE II
CAPÍTULO 1
Fundição
Este tópico foi todo escrito baseado no livro Tecnologia Mecânica, volume II, de
Vicente Chiaverini e na apostila de Processo de Fabricação do Telecurso 2000
profissionalizante.
Teoria
A fundição é um processo de solidificação, o que significa que o fenômeno da
solidificação controla a maioria das propriedades da fundição. Além disso,
a maioria dos defeitos de fundição ocorre durante a solidificação, como a
porosidade do gás e o encolhimento da solidificação.
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UNIDADE II │ FUNDIÇÃO
Processo de fundição
As etapas de fundição que veremos são as que normalmente se seguem no
processo de fundição por gravidade em areia, que é o mais utilizado. O processo
de fundição ocorre nas seguintes etapas:
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FUNDIÇÃO │ UNIDADE II
da peça. São colocados nos moldes antes que eles sejam fechados para
receber o metal líquido.
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UNIDADE II │ FUNDIÇÃO
processo tem esse nome pelo fato da mistura com a qual o molde é feito manter
sua umidade original, quer dizer, não passar por um processo de secagem.
Todo tipo de metal pode ser utilizado. Os moldes são preparados, o metal
é vazado por gravidade, e as peças são desmoldadas durante rápidos ciclos
de produção. Após a utilização, praticamente toda a areia (98%) pode ser
reutilizada.
Vantagens:
4. oa estabilidade dimensional;
Desvantagens:
Fornos de fundição
Existem diversos tipos de fornos utilizados para fundir diferentes metais. O tipo de
forno de fundição a ser utilizado é determinado por alguns fatores: o tipo de metal
a ser fundido, a taxa de produção do metal fundido e a pureza desejada.
40
FUNDIÇÃO │ UNIDADE II
Entre os principais tipos de fornos utilizados para a fundição estão: Fornos Cubilô,
Fornos de Reverberação, Fornos de Crisol, Fornos Elétricos a Arco, Fornos Elétricos
por Indução, Fornos Elétricos por Resistência.
Forno Cubilot: Esse é o tipo de forno mais utilizado para produzir ferro fundido
cinzento.
Porta de carga
Carrinho de carga
Revestimento
Refratário
Caixa de
vento
Ar
Ventaneira
Bico de corrida
de escória
Calha de
corrida
de ferro
Portas de
limpeza
Panela
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UNIDADE II │ FUNDIÇÃO
Fornos de Cadinho (ou panela): Metais não ferrosos como bronze, latão,
alumínio e ligas de zinco normalmente são fundidos em fornos de panela.
Tipos de fundição
Em metalografia, como já vimos, a fundição é um processo em que um metal
líquido é de alguma forma entregue em um molde (geralmente por um cadinho)
que contém uma forma oca da forma pretendida. O metal é derramado no molde
através de um canal oco. O metal e o molde são então resfriados e a peça de metal
é extraída. Fundição é mais frequentemente usada para fazer formas complexas
que seriam difíceis ou não econômicas de fazer por outros métodos.
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FUNDIÇÃO │ UNIDADE II
Fundição em areia
Moldagem de gesso
Moldagem de casca
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UNIDADE II │ FUNDIÇÃO
misturada com uma resina para que possa ser aquecida pelo padrão e endurecida
em uma concha ao redor do padrão. Por causa da resina e da areia mais fina, ela
proporciona um acabamento superficial muito mais fino. O processo é facilmente
automatizado e mais preciso que a fundição em areia. Os metais comuns que
são moldados incluem ferro fundido, alumínio, magnésio e ligas de cobre. Esse
processo é ideal para itens complexos de pequeno a médio porte.
Carcaça de investimento
44
FUNDIÇÃO │ UNIDADE II
Esta é uma classe de processos de fundição que usa materiais padrão que
evaporam durante o vazamento, o que significa que não há necessidade de
remover o material padrão do molde antes da fundição. Os dois processos
principais são fundição com espuma perdida e fundição com molde completo.
45
UNIDADE II │ FUNDIÇÃO
Sob pressão
O processo de fundição sob pressão força o metal fundido sob alta pressão
em cavidades de molde (que são usinadas em matrizes). A maioria das peças
fundidas é feita de metais não ferrosos, especificamente ligas à base de zinco,
cobre e alumínio, mas peças fundidas de metal ferroso são possíveis. O método
de fundição sob pressão é especialmente adequado para aplicações em que
muitas peças de tamanho pequeno a médio são necessárias com bons detalhes,
uma qualidade de superfície fina e consistência dimensional.
46
FUNDIÇÃO │ UNIDADE II
Fundição centrífuga
Pequenas peças de arte, como joias, são frequentemente moldadas por esse
método usando o processo de cera perdida, pois as forças permitem que os
metais líquidos, bastante viscosos, fluam através de passagens muito pequenas e
em detalhes finos, como folhas e pétalas. Este efeito é semelhante aos benefícios
da fundição a vácuo, também aplicada à fundição de joias.
Fundição contínua
47
UNIDADE II │ FUNDIÇÃO
uma “pele” de metal sólido se forme sobre o centro ainda líquido, solidificando
gradualmente o metal a partir do exterior. Após a solidificação, o fio, como às vezes
é chamado, é continuamente retirado do molde. Comprimentos predeterminados do
cordão podem ser cortados por tesouras mecânicas ou maçaricos de oxiacetileno em
movimento e transferidos para outros processos de formação, ou para um estoque.
Os tamanhos de molde podem variar de faixa (alguns milímetros de espessura por
cerca de cinco metros de largura) a tarugos (90 mm a 160 mm quadrados) a lajes
(1,25 m de largura por 230 mm de espessura). Às vezes, esse processo é realizado
antes de ser cortado.
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NOÇÕES BÁSICAS DE
USINAGEM E USINAGEM UNIDADE III
CONVENCIONAL
CAPÍTULO 1
Noções básicas sobre usinagem
Corte
O corte é talvez o tipo mais familiar de processo de fabricação. Embora poucos de
nós tenham moldado polímeros ou formado metal, moldar o material cortando
faz parte da experiência cotidiana. Provavelmente, você já utilizou tesouras,
serras, lixas, cinzéis ou mesmo lixa em algum momento para remover material
indesejado. Todos estes são métodos mecânicos em que uma força é aplicada
através da ferramenta de corte (seja à lixa ou com a borda de metal de uma serra)
ao material, e um corte é feito em uma escala macroscópica ou microscópica.
Há várias razões para usar o corte como uma operação de fabricação secundária
na produção de um artefato em particular:
49
UNIDADE III │ NOÇÕES BÁSICAS DE USINAGEM E USINAGEM CONVENCIONAL
Processos de corte
50
NOÇÕES BÁSICAS DE USINAGEM E USINAGEM CONVENCIONAL │ UNIDADE III
Usinagem
Usinagem é um termo de fabricação que engloba uma ampla gama de tecnologias
e técnicas. Ele pode ser definido, de forma grosseira, como o processo de remoção
de material de uma peça de trabalho usando ferramentas mecânicas acionadas
por energia para moldá-lo em um projeto planejado. A maioria dos componentes
e peças de metal requer alguma forma de usinagem durante o processo de
fabricação. Outros materiais, como plásticos, borrachas e produtos de papel,
também são comumente fabricados por meio de processos de usinagem.
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UNIDADE III │ NOÇÕES BÁSICAS DE USINAGEM E USINAGEM CONVENCIONAL
As máquinas de soldar e queimar usam o calor para moldar uma peça de trabalho.
Os tipos mais comuns de tecnologias de usinagem de solda e queima incluem:
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NOÇÕES BÁSICAS DE USINAGEM E USINAGEM CONVENCIONAL │ UNIDADE III
»» Corte a jato de água: Este processo usa uma corrente de alta pressão
para cortar o material. Pó abrasivo pode ser adicionado ao fluxo de
água para facilitar a erosão. O corte por jato de água é normalmente
usado em materiais que podem sofrer danos ou deformação a partir de
uma zona afetada pelo calor.
Usinagem CNC
»» Altos ciclos de produção: Uma vez que a máquina CNC tenha sido
devidamente codificada, ela normalmente precisa de manutenção
mínima ou tempo de inatividade, permitindo uma taxa de produção
mais rápida.
53
UNIDADE III │ NOÇÕES BÁSICAS DE USINAGEM E USINAGEM CONVENCIONAL
Usinagem de precisão
Tipos de usinagem
54
NOÇÕES BÁSICAS DE USINAGEM E USINAGEM CONVENCIONAL │ UNIDADE III
3. Usinagem química
4. Usinagem eletroquímica
55
CAPÍTULO 2
Usinagem convencional: torneamento e
fresamento
Torneamento
Torneamento é uma forma de usinagem, um processo de remoção de material,
que é usado para criar peças rotacionais cortando material indesejado. O processo
de torneamento requer uma máquina de tornear ou torno, peça de trabalho,
fixação e ferramenta de corte. A peça de trabalho é de material pré-moldado presa
ao dispositivo, que, por sua vez, é acoplado ao torno, e permite girar em altas
velocidades. O cortador é tipicamente uma ferramenta de corte de ponto único que
também é presa na máquina, embora algumas operações façam uso de ferramentas
multipontos. A ferramenta de corte alimenta a peça de trabalho rotativa e corta o
material na forma de pequenos cavacos para criar a forma desejada.
Trajétorias da ferramento
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NOÇÕES BÁSICAS DE USINAGEM E USINAGEM CONVENCIONAL │ UNIDADE III
Ciclo de processos
Parâmetros de corte
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NOÇÕES BÁSICAS DE USINAGEM E USINAGEM CONVENCIONAL │ UNIDADE III
Operações
Durante o ciclo do processo, uma série de operações pode ser executada na peça
de trabalho para produzir a forma da peça desejada. Essas operações podem
ser classificadas como externas ou internas. Operações externas modificam o
59
UNIDADE III │ NOÇÕES BÁSICAS DE USINAGEM E USINAGEM CONVENCIONAL
Operações externas
Direção de alimentação
Ferramenta de torneamento
60
NOÇÕES BÁSICAS DE USINAGEM E USINAGEM CONVENCIONAL │ UNIDADE III
Profundidade
Rotação da peça de trabalho
Ferramenta de torneamento
Direção de alimentação
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UNIDADE III │ NOÇÕES BÁSICAS DE USINAGEM E USINAGEM CONVENCIONAL
Ferramenta de torneamento
Direção de alimentação
62
NOÇÕES BÁSICAS DE USINAGEM E USINAGEM CONVENCIONAL │ UNIDADE III
Operações internas
Peça de trabalho
Broca helicoidal
Rotação da Ferramenta
Direção de alimentação
Peça de trabalho
Ferramenta chata
Rotação da
Ferramenta
Direção de alimentação
63
UNIDADE III │ NOÇÕES BÁSICAS DE USINAGEM E USINAGEM CONVENCIONAL
Mandril
Rotação da
Ferramenta
Direção de alimentação
Torque
Rotação da Ferramenta
Direção de alimentação
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NOÇÕES BÁSICAS DE USINAGEM E USINAGEM CONVENCIONAL │ UNIDADE III
Equipamento
Cama – A cama do torno é simplesmente uma grande base que fica no chão ou em uma
mesa e suporta os outros componentes da máquina.
65
UNIDADE III │ NOÇÕES BÁSICAS DE USINAGEM E USINAGEM CONVENCIONAL
Revólver – Algumas máquinas incluem uma torre, que pode conter várias
ferramentas de corte e gira a ferramenta necessária para a posição de corte da peça
de trabalho. A torre também se move ao longo da peça de trabalho, alimentando
a ferramenta de corte no material. Enquanto a maioria das ferramentas de corte
são estacionárias na torre, ferramentas ao vivo também podem ser usadas.
Ferramentas ao vivo referem-se a ferramentas motorizadas, como moinhos,
brocas, alargadores e torneiras, que giram e cortam a peça de trabalho.
Ferramental
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NOÇÕES BÁSICAS DE USINAGEM E USINAGEM CONVENCIONAL │ UNIDADE III
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UNIDADE III │ NOÇÕES BÁSICAS DE USINAGEM E USINAGEM CONVENCIONAL
Materiais
Possíveis defeitos
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NOÇÕES BÁSICAS DE USINAGEM E USINAGEM CONVENCIONAL │ UNIDADE III
Fresamento
O fresamento é normalmente usado para produzir peças que não são axialmente
simétricas e possuem muitos recursos, como furos, ranhuras, bolsos e até
mesmo contornos de superfície tridimensionais. As peças que são fabricadas
completamente através de fresamento geralmente incluem componentes usados
em quantidades limitadas, talvez para protótipos, como fixadores ou suportes
personalizados. Outra aplicação do fresamento é a fabricação de ferramentas
para outros processos. Por exemplo, moldes tridimensionais são tipicamente
fresados. O fresamento também é comumente usado como um processo secundário
para adicionar ou refinar recursos em peças que foram fabricadas usando um
processo diferente. Devido às altas tolerâncias e acabamentos de superfície que
a fresagem pode oferecer, é ideal para adicionar recursos de precisão a uma peça
cuja forma básica já tenha sido formada.
Ciclo de processos
69
UNIDADE III │ NOÇÕES BÁSICAS DE USINAGEM E USINAGEM CONVENCIONAL
70
NOÇÕES BÁSICAS DE USINAGEM E USINAGEM CONVENCIONAL │ UNIDADE III
Parâmetros de corte
71
UNIDADE III │ NOÇÕES BÁSICAS DE USINAGEM E USINAGEM CONVENCIONAL
Rotação da ferramenta
Peça de trabalho
Profundidade
Axial de Corte
Direção de
alimentação
Fonte: CUMSTOMPART, (2018).
Rotação da ferramenta
Profundidade
Radial de Corte Peça de trabalho
Direção de
alimentação
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NOÇÕES BÁSICAS DE USINAGEM E USINAGEM CONVENCIONAL │ UNIDADE III
Operações
Rotação da ferramenta
Moinho de bolas
Superfície usinada
Peça de trabalho
Direção de
alimentação
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UNIDADE III │ NOÇÕES BÁSICAS DE USINAGEM E USINAGEM CONVENCIONAL
Rotação da ferramenta
Moinho Chamfer
Superfície usinada
Peça de trabalho
Direção de
alimentação
Rotação da ferramenta
Direção de
alimentação
Peça de trabalho
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NOÇÕES BÁSICAS DE USINAGEM E USINAGEM CONVENCIONAL │ UNIDADE III
Rotação da ferramenta
Broca helicoidal
Direção de
alimentação Peça de trabalho
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UNIDADE III │ NOÇÕES BÁSICAS DE USINAGEM E USINAGEM CONVENCIONAL
Rotação da ferramenta
Rotação da ferramenta
Rebaixo
Direção de
alimentação
Peça de trabalho
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NOÇÕES BÁSICAS DE USINAGEM E USINAGEM CONVENCIONAL │ UNIDADE III
Rotação da ferramenta
Escareador
Direção de
alimentação
Peça de trabalho
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UNIDADE III │ NOÇÕES BÁSICAS DE USINAGEM E USINAGEM CONVENCIONAL
Rotação da ferramenta
Alargador
Direção de
alimentação
Peça de trabalho
Rotação da ferramenta
Toque
Direção de
alimentação Peça de trabalho
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NOÇÕES BÁSICAS DE USINAGEM E USINAGEM CONVENCIONAL │ UNIDADE III
Equipamento
79
UNIDADE III │ NOÇÕES BÁSICAS DE USINAGEM E USINAGEM CONVENCIONAL
As fresadoras também podem ser classificadas pelo tipo de controle usado. Uma
fresadora manual requer que o operador controle o movimento do cortador
durante a operação de fresamento. O operador ajusta a posição do cortador
usando manivelas que movem a mesa, o selim e o joelho. As máquinas de
fresagem também podem ser controladas por computador e, nesse caso, elas
são chamadas de fresadoras de controle numérico computadorizado (CNC). As
fresadoras CNC movem a peça de trabalho e o cortador com base em comandos
que são pré-programados e oferecem precisão muito alta. Os programas escritos
são frequentemente chamados de códigos G ou códigos NC. Muitas fresadoras
CNC também contêm outro eixo de movimento além do movimento padrão
X-Y-Z. O ângulo do fuso e cortador pode ser alterado, permitindo que formas
ainda mais complexas sejam fresadas.
Ferramental
O ferramental necessário para fresamento é um cortador afiado que será
girado pelo fuso. O cortador é uma ferramenta cilíndrica com dentes afiados
espaçados ao redor do exterior. Os espaços entre os dentes são chamados de
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NOÇÕES BÁSICAS DE USINAGEM E USINAGEM CONVENCIONAL │ UNIDADE III
Um cortador que será usado em uma fresadora horizontal fará com que os
dentes se estendam ao longo de todo o comprimento da ferramenta. O interior
da ferramenta será oco para poder ser montado no mandril. Com esta forma
básica, ainda existem muitos tipos diferentes de fresas que podem ser usadas na
fresagem horizontal, incluindo as listadas abaixo.
»» De avião (helicoidal).
»» De forma aliviada.
»» De dente escalonado.
»» De ângulo duplo.
»» De extremidade plana.
»» De bolas.
»» Chamfer.
81
UNIDADE III │ NOÇÕES BÁSICAS DE USINAGEM E USINAGEM CONVENCIONAL
»» De cara.
»» Broca helicoidal.
»» Alargador.
»» Toque.
»» Carboneto.
»» Aço carbono.
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NOÇÕES BÁSICAS DE USINAGEM E USINAGEM CONVENCIONAL │ UNIDADE III
Materiais
»» Barra retangular.
»» Barra retangular.
»» Tubo retangular.
Possíveis defeitos
83
UNIDADE III │ NOÇÕES BÁSICAS DE USINAGEM E USINAGEM CONVENCIONAL
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CAPÍTULO 3
Usinagem convencional: furação,
mandrilamento, brunimento,
roscamento, aplainamento
Furação
Uma máquina de perfuração vem em muitas formas e tamanhos, desde pequenas
furadeiras elétricas manuais até modelos montados em bancada e, finalmente,
montados no piso. Eles podem executar operações diferentes de perfuração,
como escarear, rebaixar, fresar e escarificar furos grandes ou pequenos.
Como as máquinas de perfuração podem realizar todas essas operações, este
capítulo também abordará os tipos de brocas, furos e fórmulas de fábrica para a
configuração de cada operação.
Utilização
85
UNIDADE III │ NOÇÕES BÁSICAS DE USINAGEM E USINAGEM CONVENCIONAL
da furadeira são pelo furo maior que pode ser perfurado, a distância entre o eixo
e a coluna, e a distância vertical entre a mesa de trabalho e o fuso.
Características
1: Cabeçote fixo; 2: Conjunto de polias; 3: Motor elétrico; 4: Eixo (árvore); 5: Porta ferramenta (Mandril); 6:
Ferramenta (Broca); 7: Mesa ajustável; 8: Coluna e 9: Base.
Fonte: BORGES, (2018).
O conjunto de manga ou pena não gira, mas pode deslizar em seu rolamento em
uma direção paralela ao seu eixo. Quando a manga que transporta o fuso com uma
ferramenta de corte é baixada, a ferramenta de corte é introduzida no trabalho.
Quando é movida para cima, a ferramenta de corte é retirada do trabalho. A pressão
de alimentação aplicada à luva, à mão ou à potência faz com que a broca giratória
entre no trabalho alguns milésimos de polegada por revolução.
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NOÇÕES BÁSICAS DE USINAGEM E USINAGEM CONVENCIONAL │ UNIDADE III
Lubrificação
87
UNIDADE III │ NOÇÕES BÁSICAS DE USINAGEM E USINAGEM CONVENCIONAL
Alimentação manual
Fonte de energia
88
NOÇÕES BÁSICAS DE USINAGEM E USINAGEM CONVENCIONAL │ UNIDADE III
Principais movimentos
A – movimento de corte.
B – movimento de avanço.
Tipos de furação
Execução de um furo em material cheio, ou seja, que ainda não foi furado Execução de furo em material previamente furado.
Fonte: Jasinevicius (2018).
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UNIDADE III │ NOÇÕES BÁSICAS DE USINAGEM E USINAGEM CONVENCIONAL
Furação Broqueamento
Alargamento Furação
de Precisão Escalonada
Broca para furos profundos Broca de centrar Broca de sangrar discos ou recortar
Fonte: Jasinevicius (2018).
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NOÇÕES BÁSICAS DE USINAGEM E USINAGEM CONVENCIONAL │ UNIDADE III
Furadeira de coluna, usada para furos de até 25 mm de diâmetro, desaconselhável para furos
muito profundos.
Esse tipo de furadeira é muito versátil, e realiza operações de furação comuns ou trabalhos
em série mediante o emprego de gabaritos.
Furadeira de coluna, usada para abrir grandes furos devido ao seu grande peso e rigidez.
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UNIDADE III │ NOÇÕES BÁSICAS DE USINAGEM E USINAGEM CONVENCIONAL
Furadeira em série ou de árvores múltiplas, usada na fabricação em série por permitir executar
várias operações seguidas em uma peça.
Cada coluna possui um mandril em que permanece constantemente montada uma
determinada ferramenta, até a furação final de todas as peças com essa broca. Diversas
operações podem ser levadas a cabo em um mesmo orifício ou diversos orifícios podem ser
confeccionados em vários pontos de uma mesma peça.
Furadeira radial permite ao operador furar a peça em qualquer lugar sem precisar alterar a
posição de fixação da peça.
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NOÇÕES BÁSICAS DE USINAGEM E USINAGEM CONVENCIONAL │ UNIDADE III
Fixação de brocas
Ao fixar a broca o mais importante é ter certeza que ela esteja girando
concentricamente, caso contrário ela se quebrará facilmente durante o trabalho.
Fixação de brocas com cabo cônico:
a – Topo da árvore/porta-mandrilb – Orifício transversalc – Cabo do mandril
Fixação no cabedal boca-de-lobo com Prato de furar danificado pela broca. Fixação insegura de peças compridas.
grampo de aperto.
Fonte: Jasinevicius (2018).
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UNIDADE III │ NOÇÕES BÁSICAS DE USINAGEM E USINAGEM CONVENCIONAL
Retificação
Mandrilamento
Na usinagem, mandrilamento é o processo de ampliação de um furo que já foi
perfurado (ou moldado) por meio de uma ferramenta de corte de ponto único
(ou de uma cabeça de mandrilamento contendo várias ferramentas), como na
perfuração de um cano de uma pistola ou cilindro do motor. O mandrilamento é
usado para obter maior precisão do diâmetro de um furo e pode ser usado para
cortar um furo cônico. O mandrilamento pode ser visto como a contrapartida do
diâmetro interno ao torneamento, que corta os diâmetros externos.
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NOÇÕES BÁSICAS DE USINAGEM E USINAGEM CONVENCIONAL │ UNIDADE III
Máquinas-ferramentas usadas
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UNIDADE III │ NOÇÕES BÁSICAS DE USINAGEM E USINAGEM CONVENCIONAL
Tornos
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NOÇÕES BÁSICAS DE USINAGEM E USINAGEM CONVENCIONAL │ UNIDADE III
Brunimento
Brunimento é um processo de usinagem por abrasão utilizado em furos com o objetivo
de corrigir problemas tais como:
É um processo de alta precisão e rápida remoção de material, que pode ser realizado
nos mais diferentes tipos de materiais, como ferro fundido, aço temperado, aço
mole, bronze, latão, cromo duro, cerâmica, alumínio, entre outros.
97
UNIDADE III │ NOÇÕES BÁSICAS DE USINAGEM E USINAGEM CONVENCIONAL
Serramento
Uma serra é uma ferramenta que consiste em uma lâmina, arame ou corrente
resistente com uma borda dentada dura. É usado para cortar material, muitas
vezes madeira, embora às vezes metal ou pedra. O corte é feito colocando a borda
dentada contra o material e movendo-a com força para frente e com menos
força para trás ou continuamente para frente. Esta força pode ser aplicada
manualmente ou alimentada por vapor, água, eletricidade ou outra fonte de
energia. Uma serra abrasiva tem uma lâmina circular motorizada projetada para
cortar metal ou cerâmica.
Roscamento
Roscamento é o processo de criação de uma rosca para aparafusar a porca e o
parafuso. Mais roscas de parafuso são produzidas a cada ano do que qualquer
outro elemento da máquina. Existem muitos métodos de geração de threads,
incluindo métodos subtrativos (muitos tipos de corte e retificação de roscas,
como detalhado abaixo); métodos deformativos ou transformadores (laminagem
e moldagem; moldagem e fundição); métodos aditivos (como impressão 3D); ou
combinações dos mesmos.
Existem vários métodos para gerar roscas de parafuso. O método escolhido para
qualquer aplicação é escolhido com base em restrições – tempo, dinheiro, grau de
precisão necessário (ou não necessário), qual equipamento já está disponível, quais
compras de equipamentos poderiam ser justificadas com base no preço unitário
resultante da peça roscada (que depende de quantas partes estão planejadas) etc.
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NOÇÕES BÁSICAS DE USINAGEM E USINAGEM CONVENCIONAL │ UNIDADE III
roscas. Eles também podem ser cortados com um torno, tocar ou morrer . As
roscas laminadas são mais fortes que as roscas cortadas, com aumentos de 10%
a 20% na resistência à tração e possivelmente mais na resistência à fadiga e
resistência ao desgaste.
Os materiais são limitados a materiais dúcteis porque os fios são formados a frio.
No entanto, isso aumenta a resistência ao escoamento da rosca, o acabamento da
superfície, a dureza e a resistência ao desgaste. Além disso, materiais com boas
características de deformação são necessários para laminação. Esses materiais
incluem metais mais macios (mais dúcteis) e excluem materiais frágeis, como
ferro fundido. As tolerâncias são tipicamente ± 0,025 mm, mas tolerâncias tão
estreitas quanto ± 0,015 mm são alcançáveis. Os acabamentos de superfície
variam de 6 a 32 micro-polegadas.
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UNIDADE III │ NOÇÕES BÁSICAS DE USINAGEM E USINAGEM CONVENCIONAL
A formação de roscas é realizada usando uma torneira sem dedos, ou uma torneira
de rolo, que se assemelha a uma torneira de corte sem as flautas. Existem lobos
periodicamente espaçados ao redor da torneira que realmente fazem a rosca
se formando à medida que a torneira é avançada em um buraco de tamanho
adequado. Como a torneira não produz cavacos, não há necessidade de recuá-la
periodicamente para retirar os cavacos, o que, em uma torneira de corte, pode
obstruir e quebrar a torneira. Assim, a conformação de roscas é particularmente
adequada para rosquear furos cegos, que são mais difíceis de bater com uma
torneira de corte devido ao acúmulo de cavacos no orifício. Observe que o
tamanho da broca da torneira difere daquele usado para uma torneira de corte
e que um tamanho de furo preciso é necessário porque um furo levemente
subdimensionado pode quebrar a torneira. A lubrificação adequada é essencial
por causa das forças de atrito envolvidas, portanto, um óleo lubrificante é usado
em vez de óleo de corte.
100
NOÇÕES BÁSICAS DE USINAGEM E USINAGEM CONVENCIONAL │ UNIDADE III
Métodos aditivos
As peças roscadas têm potencial para serem geradas por meio de aditivo de fabrico
(impressão em 3D), da qual existem muitas variantes, incluindo a modelação
fundido deposição, a sinterização seletiva por laser, de metal laser de sinterizao
direta, fusão seletiva por laser, de electrões de fusão por feixe, em camadas
fabricação de objetos e estereolitografia. Para a maioria das tecnologias aditivas,
não faz muito tempo que elas emergiram do final do seu desenvolvimento histórico
em laboratório, mas a comercialização adicional está ganhando velocidade. Até
101
UNIDADE III │ NOÇÕES BÁSICAS DE USINAGEM E USINAGEM CONVENCIONAL
Aplainamento
O aplainamento é um processo de fabricação de remoção de material no qual
a peça retrocede contra uma ferramenta de corte estacionária produzindo uma
superfície plana ou esculpida. Aplainar é análogo a modelar. A principal diferença
entre esses dois processos é que, ao moldar a ferramenta, ela alterna entre a
peça estacionária. O movimento de aplanar é o oposto da modelagem. Tanto o
aplainamento quanto a modelagem estão sendo rapidamente substituídos por
fresamento.
O mecanismo usado para esse processo é conhecido como uma plaina. O tamanho
da plaina é determinado pela maior peça de trabalho que pode ser usinada. As
ferramentas de corte são geralmente de metal duro ou feitas de aço de alta velocidade
e se assemelham àquelas usadas no revestimento e torneamento.
Processo
Na modelagem, a ferramenta é colocada em posição com a peça de trabalho. A
ferramenta então se move repetidamente em uma linha reta enquanto a peça de
trabalho é incrementalmente alimentada na linha de movimento da ferramenta,
o que produz uma superfície plana, lisa e esculpida. Para peças moldadas, a
ferramenta retrocede através da peça de trabalho estacionária. As ferramentas são
geralmente inclinadas ou levantadas após cada golpe. Isso é feito hidraulicamente
ou manualmente para evitar que a superfície da ferramenta se lasque quando a peça
de trabalho se deslocar para trás.
102
NOÇÕES BÁSICAS DE USINAGEM E USINAGEM CONVENCIONAL │ UNIDADE III
Configuração e equipamento
103
USINAGEM NÃO UNIDADE IV
CONVENCIONAL
CAPÍTULO 1
Introdução
104
USINAGEM NÃO CONVENCIONAL │ UNIDADE IV
105
UNIDADE IV │ USINAGEM NÃO CONVENCIONAL
Essa podem ser classificada de acordo com a fonte de energia usada para gerar tal
ação de usinagem: mecânica, térmica, química e eletroquímica.
Usinagem mecânica
Usinagem térmica
106
USINAGEM NÃO CONVENCIONAL │ UNIDADE IV
Vantagens e desvantagens
Vantagens
Desvantagens
107
CAPÍTULO 2
Usinagem convencional: jato
abrasivo, jato d’água usina, usinagem
por descarga elétrica, usinagem
ultrassônica
Jato abrasivo
A usinagem de jato abrasivo é um processo de usinagem não tradicional
usado principalmente na usinagem de metais endurecidos. Neste processo
de usinagem, um fluxo de foco de partículas abrasivas é a força para colidir
com a peça de trabalho em alta velocidade. Essas partículas abrasivas de alta
velocidade removem o metal por fratura frágil ou erosão da peça de trabalho.
Princípio
Este processo de usinagem trabalha com o princípio básico da erosão abrasiva.
Se partículas abrasivas de alta velocidade baterem em uma peça de trabalho
dura ou frágil, remova algum metal da superfície de impacto. Esse processo de
remoção de metal ocorre devido à fratura frágil do metal e também devido ao
micro corte por partículas abrasivas.
Bico
Cerca de 2 V=200
Peça
de
trabalh
Fonte: Mechanicalbooster (2017).
108
USINAGEM NÃO CONVENCIONAL │ UNIDADE IV
Equipamentos
Alimentador abrasivo
Abrasivo
Bocal de corte
Câmara de usinagem
109
UNIDADE IV │ USINAGEM NÃO CONVENCIONAL
Funcionamento
Escape
Regulador
de pressão
Bico
Suporte de
mão
Suprimento
de gás Vibrador Válvula de Peça de trabalho
controle de pé
»» Este gás limpo é enviado para o secador, que absorve a umidade dele.
É usado para evitar a contaminação da água ou do óleo pela força
abrasiva.
110
USINAGEM NÃO CONVENCIONAL │ UNIDADE IV
Aplicação
Vantagens e desvantagens
Vantagens
Desvantagens
111
UNIDADE IV │ USINAGEM NÃO CONVENCIONAL
3. A vida útil do bico é limitada, portanto, ele precisa ser substituído com
frequência;
Jato d’água
A usinagem por jato d´água, também chamada de corte por jato d´água, é um
processo de usinagem não tradicional no qual o jato de água de alta velocidade
é usado para remover materiais da superfície da peça de trabalho. A usinagem
por jato de água pode ser usada para cortar materiais mais macios, como
plástico, borracha ou madeira. Para cortar materiais mais duros como metais
ou granito, um material abrasivo é misturado na água. Quando um material
abrasivo é usado na água para o processo de usinagem, ele é chamado de
usinagem de jato de água abrasivo.
Princípio de funcionamento
Materiais abrasivos
112
USINAGEM NÃO CONVENCIONAL │ UNIDADE IV
Peças principais
Reservatório
para tanque Válvula
Acumulador Controles
de água
Tanque
abrasivo
Bico
Jato de água
Unidade abrasivo
Bomba Intensificador hidráulica
Dreno e
Apanhador
1. Bomba Hidráulica
2. Intensificador Hidráulico
3. Acumulador
113
UNIDADE IV │ USINAGEM NÃO CONVENCIONAL
5. Válvula de Controle
7. Bocal
Funcionamento
A água a alta pressão é então passada para o bocal onde a energia de alta pressão
da água é convertida em energia cinética. Um jato de água de velocidade
muito alta (1000 m s) sai pelo bocal na forma de feixe estreito abrasivo, como
114
USINAGEM NÃO CONVENCIONAL │ UNIDADE IV
Este jato de água de alta velocidade quando atinge a superfície do metal remove
o material dele.
Vantagens
Desvantagens
»» Material muito grosso não pode ser usinado por este processo;
Aplicação
Os materiais usinados usualmente por jato de água (usinagem por jato de água
ou usinagem de jato de água abrasivo) são borracha, têxteis, plásticos, espuma,
couro, compósitos, azulejos, vidros de pedra, alimentos, papel de metais e muitos
mais.
A usinagem de jato de água abrasivo também pode ser usada para perfurar,
fresar bolsões, girar e fresar.
116
USINAGEM NÃO CONVENCIONAL │ UNIDADE IV
117
UNIDADE IV │ USINAGEM NÃO CONVENCIONAL
Idealmente, a usinagem por descarga elétrica pode ser vista como uma série de
quebra e restauração do dielétrico líquido entre os eletrodos. No entanto, deve-se
ter cautela ao considerar tal afirmação porque é um modelo idealizado do processo,
introduzido para descrever as ideias fundamentais subjacentes ao processo. No
entanto, qualquer aplicação prática envolve muitos aspectos que também precisam
ser considerados. Por exemplo, a remoção dos detritos do volume intereletrodos
é provavelmente sempre parcial. Assim, as propriedades elétricas do dielétrico
no volume intereletrodos podem ser diferentes de seus valores nominais e podem
até variar com o tempo. A distância intereletrodo, muitas vezes também referida
como gap de centelha, é o resultado final dos algoritmos de controle da máquina
específica utilizada. O controle de tal distância parece ser logicamente central para
este processo. Além disso, nem toda a corrente entre o dielétrico é do tipo ideal
descrito acima: a fenda pode ser curto-circuitada pelos detritos.
118
USINAGEM NÃO CONVENCIONAL │ UNIDADE IV
119
UNIDADE IV │ USINAGEM NÃO CONVENCIONAL
A corrente máxima durante uma descarga que o gerador fornece também pode
ser controlada. Como outros tipos de geradores também podem ser usados por
diferentes fabricantes de máquinas, os parâmetros que podem realmente ser
definidos em uma determinada máquina dependerão do fabricante do gerador.
Os detalhes dos geradores e sistemas de controle em suas máquinas nem sempre
estão facilmente disponíveis para seus usuários. Esta é uma barreira para
descrever inequivocamente os parâmetros tecnológicos do processo usinagem
por descarga elétrica. Além disso, os parâmetros que afetam os fenômenos
que ocorrem entre a ferramenta e o eletrodo também estão relacionados ao
controlador do movimento dos eletrodos.
120
USINAGEM NÃO CONVENCIONAL │ UNIDADE IV
Esses modelos dão o suporte mais autoritário para a alegação de que a usinagem
por descarga elétrica é um processo térmico, removendo o material dos dois
eletrodos por causa da fusão ou vaporização, juntamente com a dinâmica de
pressão estabelecida no diferencial por causa do colapso do canal de plasma. No
entanto, para pequenas energias de descarga, os modelos são inadequados para
explicar os dados experimentais. Todos esses modelos dependem de uma série
de suposições de áreas de pesquisa tão díspares quanto explosões submarinas,
descargas de gases e falhas de transformadores, portanto, não é surpreendente
que modelos alternativos tenham sido propostos mais recentemente.
Aplicações
Produção de protótipos
121
UNIDADE IV │ USINAGEM NÃO CONVENCIONAL
O furo pequeno usinagem por descarga elétrica é usado para perfurar fileiras
de furos nas bordas dianteira e traseira das pás da turbina usadas em motores
a jato. O fluxo de gás através desses pequenos furos permite que os motores
usem temperaturas mais altas do que seria possível. As ligas de cristal simples,
muito duras e de alta temperatura utilizadas nessas lâminas, tornam a usinagem
convencional desses orifícios com alta relação de aspecto extremamente difícil,
se não impossível.
O furo pequeno usinagem por descarga elétrica também é usado para criar
orifícios microscópicos para componentes do sistema de combustível, fiandeiras
para fibras sintéticas, como rayon, e outras aplicações.
122
USINAGEM NÃO CONVENCIONAL │ UNIDADE IV
Vantagens e desvantagens
»» Uma superfície muito boa pode ser obtida por caminhos de acabamento
redundantes;
123
UNIDADE IV │ USINAGEM NÃO CONVENCIONAL
Desvantagens incluem:
»» Overcut é formado;
124
USINAGEM NÃO CONVENCIONAL │ UNIDADE IV
Processo
125
UNIDADE IV │ USINAGEM NÃO CONVENCIONAL
Tipos
126
USINAGEM NÃO CONVENCIONAL │ UNIDADE IV
Aplicações
Como a usinagem de vibração ultrassônica não utiliza métodos subtrativos que
podem alterar as propriedades físicas de uma peça, como processos térmicos,
químicos ou elétricos, ela possui muitas aplicações úteis para materiais mais
frágeis e sensíveis do que os metais de usinagem tradicionais. Materiais usinados
usualmente usando métodos ultrassônicos incluem cerâmicas, carbonetos, vidro,
pedras preciosas e aços endurecidos. Esses materiais são usados em aplicações
ópticas e elétricas, onde métodos de usinagem mais precisos são necessários para
garantir precisão dimensional e desempenho de qualidade de materiais duros
e quebradiços. A usinagem ultrassônica é precisa o suficiente para ser usada na
criação de componentes do sistema microeletromecânico, como wafers de vidro
microestruturados.
Vantagens
A usinagem por vibração ultrassônica é um processo de fabricação não tradicional
exclusivo, pois pode produzir peças com alta precisão, feitas de materiais duros
e quebradiços, que geralmente são difíceis de usinar. Além disso, a usinagem
ultrassônica é capaz de fabricar materiais frágeis, como vidro e metais não condutivos,
que não podem ser usinados por métodos alternativos, como usinagem de descarga
elétrica e usinagem eletroquímica. A usinagem ultrassônica é capaz de produzir
peças de alta tolerância, porque não há distorção do material trabalhado. A ausência
de distorção não é devida à geração de calor do sonotrodo contra a peça de trabalho e
é benéfica porque as propriedades físicas da peça permanecerão uniformes durante
todo o tempo. Além disso, nenhuma rebarba é criada no processo, portanto, menos
operações são necessárias para produzir uma peça acabada.
Desvantagens
Como a usinagem por vibração ultrassônica é acionada por mecanismos de
microchip ou erosão, a taxa de remoção de material dos metais pode ser lenta
127
UNIDADE IV │ USINAGEM NÃO CONVENCIONAL
128
CAPÍTULO 3
Usinagem não convencional: química,
eletroquímica, feixe de elétrons, laser e
plasma
Usinagem química
Usinagem química é a remoção limpa de metal das áreas pré-descritas, sem
alterar a integridade ou propriedades do metal, por meio de um processo
fotoquímico. Este processo é usado principalmente na criação de pequenas
peças finas de metal de design complexo, sem queimaduras ou tensões nas
peças.
Princípio de funcionamento
Limpeza
129
UNIDADE IV │ USINAGEM NÃO CONVENCIONAL
Gravura
Desarquivamento
Eletroquímica
Usinagem eletroquímica é um método de remoção de metal por um processo
eletroquímico. É normalmente usada para produção em massa e para trabalhar
materiais extremamente duros ou difíceis de usinar por meio de métodos
convencionais. Seu uso é limitado a materiais eletricamente condutivos. A usinagem
eletroquímica pode cortar ângulos pequenos ou de formato estranho, contornos
ou cavidades intrincadas em metais duros e exóticos, como aluminetos de titânio,
Inconel, Waspaloy e ligas de alto níquel, cobalto e rênio. As geometrias externas e
internas podem ser usinadas.
130
USINAGEM NÃO CONVENCIONAL │ UNIDADE IV
131
UNIDADE IV │ USINAGEM NÃO CONVENCIONAL
Peça de trabalho
Vantagens
Desvantagens
132
USINAGEM NÃO CONVENCIONAL │ UNIDADE IV
Correntes envolvidas
No entanto, para uma maior taxa de avanço em uma área maior, mais corrente
seria usada. Assim como qualquer processo de usinagem, a remoção de mais
material mais rapidamente consome mais energia.
Instalação e equipamentos
Aplicações
»» Operações de afundamento;
»» Perfuração múltipla;
133
UNIDADE IV │ USINAGEM NÃO CONVENCIONAL
A ferramenta e a peça de trabalho são separadas por um espaço muito pequeno, isto
é, nenhum contato entre elas é feito. Para que se realize esse tipo de processo:
Feixe de elétrons
A usinagem por feixe de elétrons (UFE) é um processo em que elétrons de alta
velocidade concentrados em um feixe estreito são direcionados para a peça de
trabalho, criando calor e vaporizando o material. O UFE pode ser usado para corte
ou perfuração muito precisos de uma ampla variedade de metais. O acabamento de
superfície é melhor e a largura de corte é mais estreita do que a de outros processos
de corte térmico.
Processo
134
USINAGEM NÃO CONVENCIONAL │ UNIDADE IV
Equipamento
Laser
O corte a laser é uma tecnologia que usa um laser para cortar materiais,
normalmente usada para aplicações industriais, mas também está começando
a ser usada por escolas, pequenas empresas. O corte a laser funciona
direcionando a saída de um laser de alta potência mais comumente através
da ótica. A ótica laser e o CNC (controle numérico computadorizado) são
usados para direcionar o material ou o raio laser gerado. Um laser comercial
típico para cortar materiais envolveu um sistema de controle de movimento
para seguir um CNC ou um código Gdo padrão a ser cortado no material.
O raio laser é direcionado para o material que derrete, queima, evapora
ou é soprado por um jato de gás, deixando uma borda com um acabamento
superficial de alta qualidade. Os cortadores a laser industriais são usados
para cortar materiais de chapas planas, bem como materiais estruturais e de
tubulação.
135
UNIDADE IV │ USINAGEM NÃO CONVENCIONAL
Processo
O corte a laser para metais tem as vantagens sobre o corte a plasma por ser
mais preciso e usar menos energia ao cortar chapas metálicas; no entanto, a
maioria dos lasers industriais não consegue cortar a espessura maior de metal
que o plasma corta. Novas máquinas a laser operando em alta potência estão se
aproximando das máquinas de plasma em sua capacidade de cortar materiais
espessos, mas o custo de capital dessas máquinas é muito maior que o de plasma
máquinas de corte capazes de cortar materiais grossos, como chapas de aço.
136
USINAGEM NÃO CONVENCIONAL │ UNIDADE IV
Tipos
Um laser microjet é guiado por jato de água, no qual um feixe de laser pulsado é
acoplado a um jato de água de baixa pressão. Isto é usado para executar funções
de corte a laser enquanto usa o jato de água para guiar o raio laser, muito
parecido com uma fibra óptica, através da reflexão interna total. As vantagens
137
UNIDADE IV │ USINAGEM NÃO CONVENCIONAL
disso são que a água também remove detritos e resfria o material. Vantagens
adicionais sobre o corte a laser “seco” tradicional são altas velocidades de corte,
corte paralelo e corte omnidirecional.
Lasers de fibra são um tipo de laser de estado sólido que está crescendo
rapidamente dentro da indústria de corte de metal. Ao contrário do CO 2, a
tecnologia de fibra utiliza um meio de ganho sólido, ao contrário de um gás ou
líquido. O “laser de sementes” produz o feixe de laser e é amplificado dentro de
uma fibra de vidro. Com um comprimento de onda de apenas 1.064 micrômetros,
os lasers de fibra produzem um tamanho de ponto extremamente pequeno
(até 100 vezes menor em comparação ao CO 2), tornando-o ideal para o corte
de material metálico refletivo. Esta é uma das principais vantagens do Fiber
comparado ao CO 2 .
Métodos
Existem muitos métodos diferentes no corte usando lasers, com tipos diferentes
usados para cortar materiais diferentes. Alguns dos métodos são vaporização,
fusão e sopro, fusão e queima do derretimento, trincas térmicas, gravação, corte
a frio e corte a laser estabilizado.
Derreter e soprar
O corte por fusão e sopro ou fusão usa gás de alta pressão para soprar o material
fundido da área de corte, diminuindo bastante a necessidade de energia.
Primeiramente, o material é aquecido até o ponto de fusão, em seguida, um
jato de gás sopra o material fundido para fora, evitando a necessidade de elevar
ainda mais a temperatura do material. Materiais cortados com este processo são
geralmente metais.
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USINAGEM NÃO CONVENCIONAL │ UNIDADE IV
Rachaduras térmicas
Corte reativo
Configurações da máquina
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UNIDADE IV │ USINAGEM NÃO CONVENCIONAL
Pulsando
Lasers pulsados que fornecem uma explosão de energia de alta potência por um
curto período são muito eficazes em alguns processos de corte, particularmente
para perfurações, ou quando são necessários muitos pequenos orifícios ou
velocidades de corte muito baixas, pois, se um raio laser constante fosse usado,
o calor poderia chegar ao ponto de derreter toda a peça sendo cortada.
Os lasers de pulso duplo usam uma série de pares de pulsos para melhorar a taxa
de remoção de material e a qualidade do furo. Essencialmente, o primeiro pulso
remove o material da superfície e o segundo evita que o material ejetado adira
ao lado do furo ou corte.
Plasma
O plasma também é chamado de quarto estado da matéria (os outros três são os
estados sólido, líquido e gasoso, bem conhecidos). É gás ionizado consistindo
principalmente de íons positivos e elétrons (partículas negativas). Carga
elétrica, o plasma contém aproximadamente o mesmo número de partículas
com cargas positivas e negativas, portanto parece ser eletricamente neutro.
No entanto, devido à sua estrutura, conduz excelentemente eletricidade.
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USINAGEM NÃO CONVENCIONAL │ UNIDADE IV
O gás pode ser ionizado recebendo energia suficiente para que os elétrons de
valência (em palavras simples – elétrons na camada externa) sejam capazes de
se libertar dos átomos ou moléculas. Átomos com menos elétrons têm uma carga
positiva e são chamados de cátions (com elétrons “extras” são chamados ânions).
Quando a fonte de alimentação para, os cátions se combinam com os elétrons em
volta ao gás. A forma de energia mais comumente utilizada é a energia térmica.
Na tocha, há um bocal, do qual flui um fluxo de gás inerte ou ar. O bocal também
serve como cátodo. O ânodo pode ser o material, se é condutor, ou também pode
ser localizado na tocha. Um arco elétrico é criado entre os eletrodos, que aquece
o fluxo de gás a uma temperatura muito alta e parte do gás é posteriormente
convertido em plasma. A alta velocidade do fluxo de gás garante a remoção do
material fundido da área de corte.
Tochas de plasma geralmente são refrigeradas a água. O design básico tem várias
variantes. Além das tochas convencionais, também são usadas tochas duplas,
nas quais o gás secundário de proteção auxiliar flui em torno da corrente de
plasma e separa a área de corte da atmosfera, permitindo assim um corte mais
limpo. O gás auxiliar pode ser substituído por água, que, além de proteger a área
de corte, também pode resfriá-lo. Projetos especiais são usados para corte de
alta precisão de materiais mais finos etc.
O corte a plasma é o processo de corte mais rápido em aço carbono, alumínio ou aço
inoxidável.
O corte por plasma pode ser combinado com o jato de água ou oxi-combustível na
mesma peça.
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UNIDADE IV │ USINAGEM NÃO CONVENCIONAL
Corte a plasma pode ser usado para corte de precisão em material de bitola
até 6” de espessura de aço inoxidável. A marca de corte a plasma foi inventada
em1955, e nunca parou de desenvolver maneiras de tornar os cortadores de
plasma melhores e mais fáceis. As mais recentes inovações na automação do
processo de corte a plasma aumentam a produção com qualidade de corte mais
consistente sempre, independentemente do nível de habilidade do operador.
Arco plasma
Para o corte de arco, o plasma também pode ser definido como um fluxo de gás
aquecido eletricamente. O fluxo de gás é aquecido a uma temperatura tão alta que
se torna ionizado. O gás ionizado, por definição, pode trocar livremente elétrons
entre os átomos. Este movimento de elétrons é o que permite que o gás carregue a
amperagem de corte.
Uma tocha de plasma usa um bocal de liga de cobre para restringir a corrente
de gás ionizado para concentrar a energia em uma pequena seção transversal.
O princípio é o mesmo que usar uma lupa para concentrar a energia do sol para
criar calor intenso.
O gás que flui através do bocal também serve como um meio para remover
o metal fundido aquecido pelo gás ionizado. Aproximadamente 30% do gás
é realmente ionizado (sob condições ótimas), enquanto os 70% restantes da
corrente de gás são usados para remoção e resfriamento do material.
Gás
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USINAGEM NÃO CONVENCIONAL │ UNIDADE IV
Se o gás de plasma não for girado, os resultados serão um bisel em ambos os lados
do corte. Ao rodar o gás, o arco é distribuído uniformemente ao longo de um
lado do corte. Se o redemoinho estiver na direção reversa (CW para CCW), o lado
quadrado será alternado. À medida que o gás ionizado (arco de plasma) é girado,
o arco elétrico se une uniformemente à borda principal do corte. Esses múltiplos
pontos de fixação fornecem uma distribuição de energia mais uniforme através
da peça de trabalho. Esta equalização de poder de cima para baixo resulta em um
lado mais quadrado. O outro lado tem um bisel de 5 a 8 graus.
»» Eletrodo;
»» Bico.
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UNIDADE IV │ USINAGEM NÃO CONVENCIONAL
»» O arco piloto é soprado para fora do bocal pelo fluxo de gás e entra em
contato com a peça de trabalho;
Arco duplo
Um arco duplo é uma condição que permite que o bocal permaneça no circuito
de plasma. Como descrito acima, o bocal deve estar somente no circuito durante
a fase do arco piloto. Se deixado no circuito, o bocal receberá uma amperagem
de corte que irá destruí-lo.
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USINAGEM NÃO CONVENCIONAL │ UNIDADE IV
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UNIDADE IV │ USINAGEM NÃO CONVENCIONAL
Perfuração de altura inicial maior que a normal (perfuração em pé). Isso permite
que os respingos de perfuração percam o bico, reduzindo as chances de um arco
duplo. Este método de prevenção é o menos eficaz.
Pureza do gás
A pureza do gás é essencial para uma boa qualidade de corte e longa vida útil do
eletrodo. Requisitos mínimos de pureza para o nitrogênio a 99,995% e 99,5% para
o oxigênio. Se os níveis de pureza estiverem abaixo do mínimo recomendado, o
seguinte pode ocorrer.
Pressão de gás/fluxos
Cada bico é projetado para funcionar em uma corrente otimizada com base em
uma determinada pressão/fluxo de gás. Aumentar essa pressão pode resultar
em uma diminuição na vida útil do eletrodo. Isto é evidente por uma aparência
perfurada na inserção de tungstênio. Com nitrogênio, haverá um problema
com a partida da tocha. Se a tocha não iniciar em alta pressão, um arco piloto
de pulverização poderá ser observado. Onde a alta pressão do gás pode criar
problemas, o baixo fluxo de gás normalmente resultará em uma falha de arco
duplo.
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USINAGEM NÃO CONVENCIONAL │ UNIDADE IV
Água
Pureza da água
Kerf
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UNIDADE IV │ USINAGEM NÃO CONVENCIONAL
Tensão de arco
Depende de:
»» Corrente (amperagem);
»» Standoff;
»» Velocidade de corte.
Os gases necessários para a maioria das aplicações são gás de partida, gás de
proteção e gás de corte. Algumas situações exigem um segundo gás de proteção. Os
resultados variam com diferentes combinações de nitrogênio, oxigênio, ar, metano
e H-35 (uma combinação de 35% de hidrogênio – 65% de argônio). O gás argônio
é usado para marcação de plasma. O tipo e a espessura do material, a qualidade
do corte, a velocidade e o custo de produção são variáveis a serem consideradas ao
selecionar combinações de gás. Nem todos os gases são apropriados para algumas
aplicações e tochas. Consulte a literatura da sua tocha para mais informações.
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METALURGIA DO PÓ UNIDADE V
CAPÍTULO 1
Metalurgia do pó
Conceito
Metalurgia do pó (MP) é um termo que abrange uma ampla gama de maneiras em
que os materiais ou componentes são feitos de pós metálicos. Os processos de MP
podem evitar, ou reduzir muito, a necessidade de usar processos de remoção de
metal, reduzindo drasticamente as perdas de rendimento na fabricação e, muitas
vezes, resultando em custos mais baixos.
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UNIDADE V │ METALURGIA DO PÓ
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METALURGIA DO PÓ │ UNIDADE V
Histórico
A história da metalurgia do pó e a arte da sinterização de metal e cerâmica estão
intimamente relacionadas entre si. A sinterização envolve a produção de um
pedaço de metal sólido ou de cerâmica a partir de um pó inicial. Os antigos Incas
fabricavam joias e outros artefatos a partir de metais preciosos em pó, embora a
fabricação em massa de produtos de MP não tenha começado até meados ou final
do século XIX. Nestas primeiras operações de fabricação, o ferro foi extraído à
mão da esponja de metal após a redução e foi então reintroduzido como um pó
para fusão final ou sinterização.
Uma gama muito maior de produtos pode ser obtida a partir de processos
em pó do que da liga direta de materiais fundidos. Nas operações de fusão, a
“regra de fase” aplica-se a todos os elementos puros e combinados e determina
estritamente a distribuição das fases líquida e sólida que podem existir para
composições específicas. Além disso, é necessária a fusão de todo o corpo dos
materiais de partida para a formação de ligas, impondo assim restrições químicas,
térmicas e de contenção indesejadas na fabricação. Infelizmente, o manuseio
de pós de alumínio/ferro apresenta grandes problemas. Outras substâncias
que são especialmente reativas com o oxigênio atmosférico, como o titânio, são
sinterizáveis em atmosferas especiais ou com revestimentos temporários.
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UNIDADE V │ METALURGIA DO PÓ
O processo
A metalurgia do pó e o processo de sinterização geralmente consistem em três
etapas básicas: mistura de pó (pulverização), compactação de matriz e sinterização.
A compactação é geralmente realizada à temperatura ambiente, e o processo de
sinterização a temperatura elevada é normalmente conduzido à pressão atmosférica
e sob uma composição de atmosfera cuidadosamente controlada. O processamento
secundário opcional, como cunhagem ou tratamento térmico, geralmente segue para
obter propriedades especiais ou maior precisão.
Um dos métodos mais antigos, e ainda usado para fabricar cerca de 1Mt/ano de
componentes estruturais de ligas à base de ferro, é o processo de misturar pós
finos (<180 micrometros) de metal (normalmente ferro) com aditivos, como cera
lubrificante, carbono, cobre e/ou níquel, pressionando-os em uma matriz da forma
desejada e, em seguida, aquecendo o material comprimido (“parte verde”) em uma
atmosfera controlada para unir o material por sinterização. Isso produz peças
precisas, normalmente muito próximas das dimensões da matriz, mas com 5%-15%
de porosidade e, portanto, propriedades de aço subtrabalhadas. Existem vários
outros processos de PM que foram desenvolvidos nos últimos cinquenta anos. Esses
incluem:
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METALURGIA DO PÓ │ UNIDADE V
de tonelagem nos anos 1970-80. Em 2015, foi usada para produzir ~25.000 t/
ano de aço inoxidável e ferramentas, bem como partes importantes de superligas
para jatos motores.
Moldagem por injeção de metal. Aqui, o pó, normalmente muito fino (<25
microns) e esférico, é misturado com plástico ou aglutinante de cera próximo à
carga sólida máxima, tipicamente em torno de 65% vol e moldado por injeção para
formar uma parte “verde” da geometria complexa. Esta parte é então aquecida
ou tratada para remover o ligante (debinding) para dar uma parte “marrom”.
Esta parte é então sinterizada, e encolhe em aproximadamente 18% para dar
uma peça final complexa e 97% a 99% de densidade. Inventada na década de
1970, a produção aumentou desde 2000, com um volume global estimado em
2014 de 12.000 toneladas no valor de 1265 milhões de euros.
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UNIDADE V │ METALURGIA DO PÓ
Detalhes do processo
Embalagem
4: SINTERIZAÇÃO
1: METALURGIA DO PÓ
Etapas Complementares:
2: MISTURA • Impregnação
• Infiltração
• Usinagem/ Re�fica
• Tratamento Térmico
3: COMPACTAÇÃO Calibragem • Tratamento Superficial
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METALURGIA DO PÓ │ UNIDADE V
Para ilustrar o processo, tomemos uma peça cilíndrica reta, como um mancal. A
Figura 53 mostra um conjunto típico de ferramentas usadas para produzir essa
peça. O ciclo de compactação para esta peça segue os seguintes passos.
Matérias Primas
Mistura Compactação
UNIAXIAL ISOESTÁTICA
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UNIDADE V │ METALURGIA DO PÓ
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METALURGIA DO PÓ │ UNIDADE V
Coloração. Peças de MP ferrosas podem ser aplicadas em cor para proteção contra
corrosão. Vários métodos estão em uso para colorir. Um método comum para
escurecer as partes de MP ferroso é fazê-lo quimicamente, usando um banho de sal.
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UNIDADE V │ METALURGIA DO PÓ
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Referências
ARAÚJO, Tereza Denyse de. Propriedades dos Materiais. 2010. Disponível em:
<http://www.deecc.ufc.br/Download/TB793_Resistencia_dos_Materiais/resmatI_
aula04a.pdf>. Acesso em: 20 maio 2016.
CHIAVERINI, Vicente V. Tecnologia Mecânica. Volume II. 2. ed. São Paulo: Pearson
Education do Brasil, 1986b.
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REFERÊNCIAS
DALCIN, Gabrieli. Bortoli. Ensaios dos materiais. Santo Angelo: Uri, 2007.
DUTRA, Kaio; FREITAS, Valter. Tecnologia dos materiais. Salvador: Cepep, 2016.
160
REFERÊNCIAS
SOUZA, Sérgio Augusto de. Composição Química dos Aços. São Paulo: Edgard
Blücher, 2001.
161
REFERÊNCIAS
TODD, Robert. H.; ALLEN, D.ell K.; ALTING, Leo (1994). Manufacturing
Processes Reference Guide. Industrial Press Inc. pp. 175–179. 1994. ISBN
0-8311-3049-0.
162