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Curso Técnico em Mecânica

Matemática Aplicada à Mecânica


Armando de Queiroz Monteiro Neto
Presidente da Confederação Nacional da Indústria

José Manuel de Aguiar Martins


Diretor do Departamento Nacional do SENAI

Regina Maria de Fátima Torres


Diretora de Operações do Departamento Nacional do SENAI

Alcantaro Corrêa
Presidente da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina

Sérgio Roberto Arruda


Diretor Regional do SENAI/SC

Antônio José Carradore


Diretor de Educação e Tecnologia do SENAI/SC

Marco Antônio Dociatti


Diretor de Desenvolvimento Organizacional do SENAI/SC
Confederação Nacional das Indústrias
Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial

Curso Técnico em Mecânica

Matemática Aplicada à Mecânica

Almir da Silva
Jairo Gayo
Renato Antonio Schramm

Florianópolis/SC
2010
É proibida a reprodução total ou parcial deste material por qualquer meio ou sistema sem o prévio
consentimento do editor. Material em conformidade com a nova ortografia da língua portuguesa.

Equipe técnica que participou da elaboração desta obra

Coordenação de Educação a Distância Design Educacional, Ilustração,


Beth Schirmer Projeto Gráfico Editorial, Diagramação
Equipe de Recursos Didáticos
Revisão Ortográfica e Normatização SENAI/SC em Florianópolis
Contextual Serviços Editoriais
Autores
Coordenação Projetos EaD Almir da Silva
Maristela de Lourdes Alves Jairo Gayo
Renato Antonio Schramm

Ficha catalográfica elaborada por Luciana Effting CRB14/937 - Biblioteca do SENAI/SC Florianópolis

S586m
Silva , Almir da
Matemática aplicada à mecânica / Almir da Silva, Jairo Gayo, Renato
Antonio Schramm. – Florianópolis : SENAI/SC, 2010.
73 p. : il. color ; 28 cm.

Inclui bibliografias.

1. Matemática - Estudo e ensino. 2. Equações. 3. Geometria 4.


Trigonometria. I. Gayo, Jairo. II. Schramm, Renato Antonio. III. SENAI.
Departamento Regional de Santa Catarina. IV. Título.

CDU 51

SENAI/SC — Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial


Rodovia Admar Gonzaga, 2.765 – Itacorubi – Florianópolis/SC
CEP: 88034-001
Fone: (48) 0800 48 12 12
www.sc.senai.br
Prefácio
Você faz parte da maior instituição de educação profissional do estado.
Uma rede de Educação e Tecnologia, formada por 35 unidades conecta-
das e estrategicamente instaladas em todas as regiões de Santa Catarina.

No SENAI, o conhecimento a mais é realidade. A proximidade com as


necessidades da indústria, a infraestrutura de primeira linha e as aulas
teóricas, e realmente práticas, são a essência de um modelo de Educação
por Competências que possibilita ao aluno adquirir conhecimentos, de-
senvolver habilidade e garantir seu espaço no mercado de trabalho.

Com acesso livre a uma eficiente estrutura laboratorial, com o que existe
de mais moderno no mundo da tecnologia, você está construindo o seu
futuro profissional em uma instituição que, desde 1954, se preocupa em
oferecer um modelo de educação atual e de qualidade.

Estruturado com o objetivo de atualizar constantemente os métodos de


ensino-aprendizagem da instituição, o Programa Educação em Movi-
mento promove a discussão, a revisão e o aprimoramento dos processos
de educação do SENAI. Buscando manter o alinhamento com as neces-
sidades do mercado, ampliar as possibilidades do processo educacional,
oferecer recursos didáticos de excelência e consolidar o modelo de Edu-
cação por Competências, em todos os seus cursos.

É nesse contexto que este livro foi produzido e chega às suas mãos.
Todos os materiais didáticos do SENAI Santa Catarina são produções
colaborativas dos professores mais qualificados e experientes, e contam
com ambiente virtual, mini-aulas e apresentações, muitas com anima-
ções, tornando a aula mais interativa e atraente.

Mais de 1,6 milhões de alunos já escolheram o SENAI. Você faz parte


deste universo. Seja bem-vindo e aproveite por completo a Indústria
do Conhecimento.
Sumário
Conteúdo Formativo 9 42 Unidade de estudo 4
Trigonometria
Apresentação 11
43 Seção 1 - Teorema de Pitá-
Sobre o autor 11 goras

44 Seção 2 - Semelhança de
triângulos

45 Seção 3 - Razões trigonomé-


12 Unidade de estudo 1 tricas no triângulo retângulo
Conceitos básicos

13 Seção 1 - Conjuntos numéri- 50 Unidade de estudo 5


cos e números decimais
Geometria plana e
15 Seção 2 - Operações e ex- espacial
pressões numéricas
18 Seção 3 - Frações
51 Seção 1 - Área e perímetro
de figuras planas
Seção 2 - Superfície e volu-
24 Unidade de estudo 2 60
me de sólidos geométricos
Razão e proporção

25 Seção 1 - Razão direta e


inversa Finalizando 71
26 Seção 2 - Proporções
28 Seção 3 - Porcentagem
Referências 73

32 Unidade de estudo 3
Equações

33 Seção 1 - Equações polino-


miais do 1º grau
36 Seção 2 - Equações polino-
miais do 2º grau
8 CURSO DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL
Conteúdo Formativo
Carga horária da dedicação

Carga horária: 30h

Competências

Aplicar ferramentas matemáticas para resolução de problemas em sistemas


mecânicos.

Conhecimentos

▪▪ Conjuntos numéricos.
▪▪ Operações com números decimais.
▪▪ Frações, potenciação e radiciação.
▪▪ Proporções e regra de três simples.
▪▪ Equações do 1º e 2º grau.
▪▪ Trigonometria.
▪▪ Geometria plana e espacial.

Habilidades

▪▪ Utilizar técnicas da matemática aplicada.


▪▪ Interpretar catálogos, manuais e tabelas técnicas.
▪▪ Realizar cálculos matemáticos necessários para o dimensionamento de equipa-
mentos e acessórios utilizados na Mecânica.

Atitudes

▪▪ Assiduidade.
▪▪ Proatividade.
▪▪ Relacionamento interpessoal.
▪▪ Trabalho em equipe.
▪▪ Cumprimento de prazos.

MATEMÁTICA APLICADA À MECÂNICA 9


Apresentação
Prezado aluno, seja bem-vindo à unidade curricular Matemática Aplica- Professores Almir da Silva,
da à Mecânica. Jairo Gayo e Renato
Antonio Schramm
Você sabia que a matemática é talvez a mais antiga das ciências hu-
manas? Se considerarmos que outros primatas, menos desenvolvidos,
Almir da Silva é especialista
também possuem noção de contagem, podemos dizer que utilizamos em Consultoria Empresarial
a matemática há muito tempo, desde os tempos das cavernas. Com o pela Universidade Federal de
passar dos anos e a evolução humana, a matemática se fez cada vez mais Santa Catarina. Graduado em
necessária nas diversas áreas do conhecimento humano. Atualmente, sua Matemática – Licenciatura &
aplicação vai desde o comércio até a indústria, passando por áreas como Bacharelado – pela Fundação
a tecnologia e o lazer. Universidade Regional de Blu-
menau. Atua há 28 anos no SE-
Neste curso técnico você verá que a unidade curricular de matemática
NAI Blumenau como instrutor e
se faz necessária, pois sua aplicação na área da Mecânica é muito ampla. especialista de Ensino na área
É impossível desenvolver peças e equipamentos mecânicos sem realizar de Mecânica, foi professor de
cálculos. Matemática da Rede Pública
A intenção deste material didático é desenvolver e relembrar conceitos Estadual do Estado de Santa Ca-
matemáticos que serão de fundamental importância para seu curso e sua tarina.
futura carreira profissional na Mecânica.
Jairo Gayo é especialista em
Matemática Computacional
Preparado para esta jornada? Bons estudos! pela Universidade Federal de
Santa Catarina e em Metodo-
logia do Ensino de Matemática
pelo Instituto Brasileiro de Pós-
Graduação e Extensão. Possui
graduação em Matemática – Li-
cenciatura & Bacharelado – pela
Fundação Universidade Regio-
nal de Blumenau. Atualmente
é professor tutor interno na
Uniasselvi, instrutor no SENAI
Blumenau e professor da Rede
Pública Estadual do Estado de
Santa Catarina.

Renato Antonio Schramm é


pós-graduado em Psicopedago-
gia pelo Instituto Catarinense
de Pós-Graduação. Graduado
em Matemática – Licenciatura
– pela Fundação Universidade
Regional de Blumenau. Atua há
22 anos no SENAI/SC como ins-
trutor e especialista de ensino
na área de Mecânica e como
professor de Cálculo nos cursos
Superior de Tecnologia do SE-
NAI Blumenau.

MATEMÁTICA APLICADA À MECÂNICA 11


Unidade de
estudo 1

Seções de estudo

Seção 1 – Conjuntos Numéricos e Núme-


ros Decimais
Seção 2 – Operações e Expressões
Numéricas
Seção 3 – Frações
Conceitos Básicos

Seção 1
Conjuntos Numéricos
e Números Decimais
Os conjuntos numéricos são uma Estes números surgiram com a necessidade dos comerciantes e dos ban-
forma de classificar os números cos em representar dívidas e saldos negativos. Com este conjunto você
segundo algumas características pode efetuar o seguinte cálculo, 3 - 5 = - 2.
básicas, como propriedades e
complexidade. Classificando os
números você pode compreender
melhor suas aplicações na Mecâ- Conjunto dos Números Racionais, Q
nica.
Racional é todo número que pode ser escrito na forma de fração, a/b
sendo a e b Números Naturais e b diferente de zero.
Conjunto dos Números
Naturais, N Q={(a)/b |a,bεΝeb≠0}

N = {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, Acompanhe a seguir alguns exemplos:


10, 11, 12, ...}

Q= { ... _ 31 , _ 21 , 05 , 21 , 103 , 112 ... }


Os Números Naturais foram os
primeiros utilizados pelo homem,
empregados na contagem de ali- Os Números Racionais têm seu correspondente decimal. Veja abaixo os
mentos, utensílios e pessoas. Sua números decimais correspondentes aos Racionais mostrados no exem-
forma primitiva não permite ob- plo anterior:
ter respostas negativas neste con-
junto de cálculos, tais como 3 - 5
e 3 ÷ 5. Por isso, surgiram outros Q = {...; - 3 ; - 0,5 ; 0 ; 2 ; 3,333... ; 5,5 ; ...}
conjuntos numéricos que você
conhecerá a seguir.

O Conjunto dos Números Racionais surgiu com a necessidade do ho-


mem de representar divisões não exatas, tais como, 3 ÷ 5 = 3 .
Conjunto dos Números 5
Inteiros, Z
Conjunto dos Números Reais, R
Z = {..., - 3, - 2, - 1, 0, 1, 2, 3, ...}
O Conjunto dos Números Reais engloba os Números Racionais, que
você conheceu anteriormente, e todos os outros números que não po-
dem ser escritos na forma de fração, os chamados Irracionais:

MATEMÁTICA APLICADA À MECÂNICA 13


Irracionais = {...; - sen (34o) ; √2 ; log 70 ; ...} = {...; - 0,559... ; 1,414... ;
1,845... ; ...}

R= { ... ; - 3 ; - sen ( 34° ) ; _ 21 ; 0 ; Ѵ2; log 70 ; 2 ; 103 ; 112 ; ...}

Uma forma interessante de apresentar os Números Reais é por meio da


Reta Real. Acompanhe a figura a seguir. :

-3 -2 -1 0 1 2 3

R Ѵ2 e π

Figura 1 - Reta Real

Nessa imagem você tem a noção de sequência dos Números Reais, cada
ponto da reta representa um número e vice-versa. Para qualquer núme-
ro da reta, têm-se os números maiores que ele à direita e os menores à
esquerda.
Outra maneira de visualizar o Conjunto dos Números Reais é utilizando
o Diagrama de Venn, conheça-o a seguir:

N
Z
Q
R
Ir

Figura 2 - Diagrama de Venn

Por meio do Diagrama de Venn você pode observar que os Naturais es-
tão contidos nos Inteiros, que por sua vez estão contidos nos Racionais
e os Reais englobam todos os Conjuntos.

14 CURSOS TÉCNICOS SENAI


Números Decimais Seção 2
Operações e Ex-
Os números decimais não são um conjunto numérico, mas uma forma pressões Numéricas
de escrever os números. Este sistema é a evolução natural do sistema
numérico indo-arábico. Trata-se de um sistema posicional, onde o alga- As operações com números de-
rismo vale não só por si, mas também pela sua posição. cimais e com Números Naturais
são básicas e possíveis de se resol-
ver com o auxílio de calculadoras
8 8.8 8 8,8 8 8 científicas e comuns. Portanto, o
próximo passo de estudos são as
Milésimo
operações no Conjunto dos Nú-
Centésimo
Décimo
meros Inteiros.
Unidade
Dezena Adição de Números
Centena
Unidade de Milhar
Inteiros
Dezena de Milhar
Quando dois números tiverem o
mesmo sinal, soma-se os valores
absolutos conservando o sinal.
No número acima foi utilizado apenas o algarismo 8, porém em cada Acompanhe os exemplos:
posição ele indica uma quantidade diferente. O 1º vale 80.000, o 2º vale
8.000 e assim por diante até o último que vale 0,008. O único que vale
8 é o que está imediatamente à esquerda da vírgula. Sendo assim, cada
(+50) + (+9) = (+59)
número é uma soma, confira a seguir:
(-30) + (-6) = (-36)

88.888,888 = 80.000 + 8.000 + 800 + 80 + 8 + 0,8 + 0,08 + 0,008


Quando os dois tiverem sinais
opostos, subtrai-se um do outro
mantendo o sinal do maior valor
O Sistema Internacional de Medidas utiliza a vírgula para separar a uni- absoluto. Observe os exemplos:
dade do décimo e o ponto para separar a unidade de milhar da centena.
Nos países de língua inglesa, que não utilizam o Sistema Internacional
de Medidas, essa notação é exatamente ao contrário, devido a isso as
(-86) + (+6) = (-80)
calculadoras vêm com ponto no lugar da vírgula para separar a unidade
do décimo. (-4) + (+34) = (+34)

Assim, as operações com os números decimais são facilmente resolvidas


com calculadoras, porém é importante tomar cuidado principalmente
com a vírgula, pois como colocado, nas calculadoras a vírgula deve ser Subtração de Números
representada por ponto e os pontos não são representados. Inteiros
Você finalizou os estudos da primeira seção da unidade de conceitos
básicos. Pronto para mais uma seção? Então siga em frente!
Para efetuar a subtração entre
Números Inteiros, basta inverter
o sinal do subtraendo e efetuar
uma adição. Confira os exemplos
a seguir:

MATEMÁTICA APLICADA À MECÂNICA 15


(+35) - (+32) = (+35) + (-32) = (+3) -32 = -3 · 3 = -9
(-42) - (-25) = (-42) + (+25) = (-17) (-3)2 = (-3) · (-3) = 9
-33 = -3 · 3 · 3 = -27
(-3)3 = (-3) · (-3) · (-3) = -27

Multiplicação e Divisão de Números Inteiros


Nesta operação, dizemos que a
A multiplicação e a divisão no Conjunto dos Números Inteiros possuem base de uma potência é negativa
as mesmas regras de sinais. Observe os exemplos: quando ela está entre parênteses,
caso contrário, quem está negativa
é a potência.

}
(+1) . (+1) = (+1)
Sinais iguais, resultado positivo.
(-1) . ( -1) = (+1) {
(+1) ÷ (+1) = (+1)
( -1) ÷ ( -1) = (+1)

Potências de Base
}
(+1) . (-1) = (-1)
Sinais opostos, resultado
(-1) . (+1) = (-1) negativo.
{ (+1) ÷ (-1) = (-1)
(-1) ÷ (+1) = (-1)
negativa

Para iniciarmos este tema, que tal


resolver as seguintes potências?
As regras de sinais aplicadas aos Inteiros também valem para todo o Con-
junto dos Números Reais.
(-3)1 =

(-3)2 =
Potenciação
(-3)3 =
Potenciação nada mais é do que a simplificação de uma série de multi-
plicações de fatores iguais, como você pode observar nos exemplos a
(-3)4 =
seguir:

(-3)5 =
2·2·2·2=2 4

X · X · X = X3

Você pôde observar nos resulta-


dos que quando o expoente é par
Na potenciação se utiliza uma notação da seguinte forma: o resultado é positivo, e quando o
expoente é ímpar o resultado tem
o mesmo sinal da base.
Expoente
2
4
Base Potências de Expoente
Negativo

Observe a seguir algumas características desta operação: Quando uma potência possui ex-
poente negativo, inverte-se a base
(troca-se de posição o numera-
dor e o denominador), como nos
exemplos a seguir:

16 CURSOS TÉCNICOS SENAI


▪▪ raízes ou potências;

( )
3 -2 = 1
3
2
= 1
9
Índice ▪▪ divisões ou multiplicações;
▪▪ subtrações ou adições.
3
√8 Radical

( ) ( )
3
2
-3
= 2
3
3
= 8
27
Radicando Conheça um exemplo de expres-
são numérica:

( ) ( )
1
4
-1
= 4
1
1
= 4
Após conhecer os entes das raí-
zes, vamos aos exemplos:
2 - 3 · 42 =
2 - 3 · 16 =
2 - 48 =
- 46
√49 = 7
Quando o expoente é zero e a
base diferente de zero, o resultado
3
√-27 = -3
é sempre 1. Veja alguns exemplos:
3
√100 = 4,64...
Quando temos duas operações
70 = 1 com o mesmo grau/ordem, re-
35,980 = 1 solve-se primeiro a da esquerda.
(1/30) = 1 Vale destacar que algumas raízes Confira os exemplos a seguir:
(-88)0 = 1 não possuem resultado no Con-
√100 = 1 junto dos Números Reais, os ca- 45 + 25 · 3 ÷ 15 =
sos são:
00 = э 45 + 75 ÷ 15 =
▪▪ índice par e radicando nega- 45 + 5 =
tivo:
Radiciação 50

2
э
√-9= 1,34 - 89 · 0,125 + 2,89 =
Você pode dizer que a potencia-
ção possui duas operações inver-
4
э
√-625= 1,34 - 11,125 + 2,89 =
sas, uma é a radiciação e a outra é
6
√-64= э - 9,785 + 2,89 =
o logaritmo, veja o esquema apre- - 6,715
sentado a seguir:
▪▪ índice zero, 0:
Em alguns casos aplicados das ex-
pressões numéricas, é necessário
√8 = 2
3 0
э
√5=
resolver primeiro as adições e de-
23 = 8 0
√1= э pois as multiplicações. Para “bur-
log2 8 = 3 0
√-16= э lar” a ordem correta de resolução,
utiliza-se, portanto:
▪▪ parênteses ( );
O logaritmo é a operação que de- Expressões Numéricas ▪▪ colchetes [ ];
termina o expoente de uma po- ▪▪ chaves { }.
tência. Entretanto, esta operação
não será estudada nesta apostila, o Uma expressão numérica é uma
sequência de operações com Nú- Observe os exemplos:
objeto de estudo desta seção será
a radiciação que possui grande meros Reais que devem ser re- (45 + 25) · 3 ÷ 15 =
aplicação na área de Mecânica. solvidas obedecendo à seguinte 70 · 3 ÷ 15 =
ordem:
Confira a seguir os entes das ra- 210 ÷ 15 =
ízes: 14

MATEMÁTICA APLICADA À MECÂNICA 17


Fração: A palavra fração 112,5 ÷ { 10 · [ 42 - (5 - 12)2] - 2,25 } = b. Um técnico tem uma barra de
vem do latim fracto, que 112,5 ÷ { 10 · [ 42 - (– 7)2] - 2,25 } = aço de 3 metros de compri-
quer dizer fragmento, parte, pe- mento que deve ser divida em
daço, de alguma coisa ou de um 112,5 ÷ { 10 · [ 16 - 49] - 2,25 } =
5 partes do mesmo compri-
conjunto. Como a matemática é 112,5 ÷ { 10 · [ - 33] - 2,25 } = mento. Qual é o comprimento
uma ciência exata, esse pedaço 112,5 ÷ { - 330 - 2,25 } = de cada parte?
é determinado de forma exata.
112,5 ÷ { - 332,25 } =
- 0,3386 Resposta: __________________
__________________________
Além disso, quando o resultado __________________________
de uma operação não é utilizado
em outra, duas operações podem Se você fizer uma análise do pri-
ser resolvidas simultaneamente, meiro exemplo onde foram dados
conforme apresentado no exem- os Números Naturais 48 e 4, ve-
plo a seguir: rifica-se que existe outro Número
Natural, o 12 sendo 48 = 12x4.
√169 · 10 + 28 ÷ 8 = Diz-se que 12 é o quociente de 48
13 · 10 + 256 ÷ 8 = por 4, dessa forma podemos re-
presentar assim:
130 + 32 =
162
48 = 12
Na próxima seção você estudará 4
os conceitos de frações presentes
nesta primeira unidade de estudo.
Boa leitura! Essa representação é chamada
de fração.

Seção 3 Na segunda situação em que fo-


Frações ram dados os Números Naturais
3 e 5, não existe um Número
Para iniciar o estudo desta seção, Natural que multiplicado por 5
que tal resolver as situações pro- reproduza 3. Assim, o resultado
postas a seguir? dessa divisão não é um Número
Natural. A forma de escrever essa
a. Deve-se distribuir 48 porcas,
divisão também é uma fração,
igualmente, para 4 técnicos re-
conforme apresentado a seguir:
alizarem o término da monta-
gem de uma máquina. Quantas
porcas receberão cada técnico?
3 = 0,6
5
Resposta: __________________
__________________________
__________________________

18 CURSOS TÉCNICOS SENAI


Uma fração indica em quantas partes iguais deve ser dividido um todo
e quantas dessas partes devem ser tomadas. Para compreender melhor,
observe a imagem a seguir:

2
5

A fração indica que o retângulo deve ser repartido em 5 partes iguais


e suas devem ser tomadas. O denominador indica em quantas partes
deve ser dividido o todo e o numerador indica quantas partes devem ser
tomadas.

Numerador
2
5 Denominador

Você pode também representar a fração por um número decimal. Imagi-


ne que um profissional da Mecânica precisou comprar 4 parafusos para
o cabeçote do motor de uma motocicleta, pagando por eles R$ 25,00, a
pergunta é: quanto custou cada parafuso?
Você sabe que a divisão não é um número exato e, portanto, o valor
de cada parafuso deverá ser representado por um número decimal, que
obteremos dividindo R$ 25,00 por 4. Acompanhe a divisão:

25 ÷ 4 = 6 resto 1

Se você continuar a divisão chegará ao resultado de R$ 6,25 que repre-


senta o preço de cada parafuso. Pode-se também representar essa divi-
são por uma fração, veja a seguir:

25 = 6,25
4

Dessa forma, você pode representar qualquer fração por meio de um


número decimal, mas para isso precisa dividir o numerador pelo deno-
minador. Além disso, você pode executar essa operação utilizando uma
calculadora, mas lembre-se que na calculadora a vírgula é representada
por um ponto. Que tal fazer um teste?

MATEMÁTICA APLICADA À MECÂNICA 19


25_ = 25 ÷ 4 = 6,25
4
16_ = 16 ÷ 5 = 3,2
4
4_
4 == 44÷÷ 33 == 1,33333333
1,33333333
43

Veja o que aconteceu na última divisão, a parte decimal é uma represen-


tação com infinitas casas decimais, denominamos essa divisão de dízi-
mas periódicas. As dízimas são incômodas, pois não permitem executar
as operações de somar, subtrair, multiplicar ou dividir, então é preferível
trabalhar com frações.
Siga em frente e conheça as operações com frações.

Operações com Frações

Você estudará a seguir as operações com frações. Pronto para iniciar?

Note que se você dividir a fração 1/2 obterá o número decimal 0,5. O
mesmo acontece para as frações 3/6, 5/10, 7/14 , assim essas frações
são ditas equivalentes.

1_ = 3 _ = 5 _ = 7_ = ...
2 6 10 14

Multiplicando ou dividindo os dois termos de uma fração por um número


diferente de zero, a fração obtida é equivalente à primeira.

No exemplo multiplicamos o numerador e o denominador da fração


1/2 por 3, obtendo assim a fração 3/6.
Se você dividir o numerador e denominador da fração 5/10 por 5, ob-
terá a fração 1/2, esta última operação é muito importante para adição e
subtração de frações, próximos assuntos desta seção.

20 CURSOS TÉCNICOS SENAI


Adição e Subtração de Fração

Você verá a seguir frações com denominadores iguais, siga em frente.

Adição

Na adição de fração, somam-se os numeradores e simplifica-se o resul-


tado, se possível. Confira a seguir dois exemplos:

3_ + 3 = 4 ÷2_ = 2
10 10 10 ÷2 5

7 3_ + 18 1 = 7 + 18 3 + 1_ = 25 4 = 26
4 4 4 4

Subtração

Já na subtração de fração, subtraem-se os numeradores e simplifica-se,


se possível, o resultado.
Veja os exemplos a seguir:

7_ - 5 = 2 ÷2_ = 1
8 8 8 ÷2 4

8 5 - 3 3 = 5 2
7 7 7

MATEMÁTICA APLICADA À MECÂNICA 21


Conheça agora frações com denominadores diferentes, acompanhe os
exemplos:

1 3 4 311
2 8 8 812
2 1 11
3 4 12 12 12
7 1 13
8 3 24 24 24
9 1 1
2 1 2 1
16 2 16 16 16

Observação: para você executar esta operação, transforme as duas fra-


ções em frações equivalentes com denominador 12.

Multiplicação e Divisão de Frações

Multiplicação

Para multiplicar frações você deve multiplicar os numeradores e deno-


minadores entre si. Confira a seguir os exemplos:

1 3 1.3 3
.
2 4 2.4 8

1 7 9 31 9.31 279 23
2 .3 . 8
4 8 4 8 4.8 32 32

22 CURSOS TÉCNICOS SENAI


Divisão

Já na divisão de frações você deve multiplicar a primeira invertendo a


segunda fração, conforme os exemplos a seguir:

3 5 3 8 24
.
5 8 5 5 25
3 3 1 3
4 .
4 4 4 16
7 3 15 3 8 24 9 3 3
3 1 . 1 1
8 1 8 1 15 15 5 3 5

MATEMÁTICA APLICADA À MECÂNICA 23


Unidade de
estudo 2

Seções de estudo

Seção 1 – Razão Direta e Inversa


Seção 2 – Proporções
Seção 3 – Porcentagem
Razão e Proporção

Seção 1
Razão Direta e Inversa
Para iniciar o estudo desta primei- Numa razão, o dividendo é denominado antecedente e o divisor, con-
ra seção, que tal recordar a suces- sequente.
são dos múltiplos de 6 e 8? Acom- Observação: O consequente deve ser diferente de zero.
panhe a seguir.

1. 6, 12, 18, ... 3 → Antecedente

2. 8, 16, 24, ... 4 → Consequente

Se você escrever em forma de fra- ou


ção cada termo da primeira suces- 12 : 2
são pelo seu correspondente na
segunda, obterá: ↑ ↑
antecedente consequente

a. Dessa forma podemos escrever a razão 3 para 4 assim: 3 ou 3:4 em


6 , 12 , 18
que 3 é o antecedente e 4 o consequente. 4
8 16 24

b. A razão 4 para 3 pode ser escrita assim: 4 ou 4:3 sendo que 4 é o


antecedente e 3 o consequente. 3
Simplificando cada fração, obtém-
se uma fração comum representa- Observe que as duas razões são inversas, dessa forma, o inverso de é
da pela fração 3 . 3 3 é 4
4 4
Dizemos então que essa fração é 4 3
.
a razão comum entre as duas su-
cessões. 3 4
Assim: . 1
5 3

Razão entre dois números da-


Duas razões são ditas inversas
dos é o quociente do primeiro
quando o produto entre elas
pelo segundo.
for igual a 1.

Assim, a razão entre 3 e 4 é Observações


3 = 0,75 Acompanhe!
4 Quando você relaciona grandezas, o antecedente e o consequente de-
vem ser da mesma espécie, veja o exemplo a seguir:
A razão entre 15 e 5 é
15 = 3
5 300m 300m
= =3
1000dm 100m
A razão entre 8 e 10 é
8 = 0,8
10 Você deve ter notado que o símbolo do metro (m) desapareceu.

MATEMÁTICA APLICADA À MECÂNICA 25


Mas nem sempre é assim, podem- Observe que se você multiplicar
se ter razões nas quais o antece- 100 km com 8 L 18.16 e 24.12 obterá como resul-
dente e os consequentes são gran- tado 288.
dezas diferentes. 100km
= 12,5 km/L Esta é a propriedade fundamental
8L das proporções.
a. Velocidade: distância pelo tem-
po Conhecendo esta propriedade
você pode calcular o termo des-
Acompanhe na próxima seção o conhecido de uma proporção.
estudo das proporções. Até mais. Veja a seguir:
600 km em 6 h

600km = 100 km/h


6h 24 40
Seção 2 = ↔ 24 . X = 40 . 6
6 X
Proporções ↔ X = 40,6 X = 10
24
b. Densidade demográfica: popu-
lação e área
Você sabe o que é proporção?
Ficou curioso? Então prossiga Grandezas Direta e In-
em seus estudos. versamente Proporcionais
3000 hab em 200 km 2
Ao abastecer um automóvel veri-
300 hab
15 hab / km 2
A equivalência entre duas ou ficamos que quanto mais gasolina
200 km 2 colocamos no tanque, maior será
mais razões é chamada de pro-
porção. Confira! o valor a ser pago. Se aumentar-
mos a grandeza combustível, a
outra grandeza preço aumenta
c. Massa específica: massa e vo- na mesma proporção, ou seja, as
lume grandezas variam no mesmo sen-
Extremo Meio tido. Dessa forma, ao analisarmos
18 12 as grandezas combustível e preço,
59,5 kg em 7 dm 3 = verificamos que elas são direta-
24 16
59,5 kg mente proporcionais.
8,5 kg / dm 3 Meio Extremo
7 dm 3
ou
d. Consumo médio: distância
Meio
pelo consumo
18 : 24 = 12 : 16

Para ir de Blumenau a Joinvil- Extremo O mesmo não acontece quando


le de carro, cuja distância é de temos um determinado serviço
aproximadamente 100 km, foi para executar. Se aumentarmos
consumido 8 litros de combus- o número de operários, o tempo
Lê-se: 18 está para 24 assim como para executar a tarefa será me-
tível. Determine a razão.
12 está para 16. nor, dessa forma, analisando as
duas grandezas, verificamos que
quando uma aumenta (neste caso
Em uma proporção o produto o número de operários), a outra
dos meios é igual ao produto grandeza diminui (neste caso o
dos extremos. tempo), dizemos então que elas
são inversamente proporcio-
nais.

26 CURSOS TÉCNICOS SENAI


Agora que você conhece os tipos de grandezas, que tal estudar regra de três?

Regra de Três Devemos colocar as grandezas da mesma espécie na mesma posição,


conforme exemplo a seguir:

Você já ouviu falar de regra de


Arco de R$
três? Siga em frente e conheça
serra
esta regra matemática.
6 288,00
Constituem regra de três os pro-
blemas que envolvem pares de 14 X
grandezas diretamente (regra de
três direta) ou inversamente (re-
gra de três inversa) proporcionais. Montamos as proporções.
As regras de três são ditas re-
gra de três simples quando en-
volvem somente dois pares de 6 288 288.14 4032
= ↔ × ⋅ 6 = 288.14 ↔ × = ↔×= ↔ × = 672
grandeza direta ou inversamente 14 X 6 6
proporcionais. Acompanhe os
exemplos a seguir: Resposta: os 14 arcos de serra custarão R$ 672,00.

Aplicação 1
Aplicação 2

Comprei 6 arcos de serra por R$


Um técnico em Mecânica comanda um setor com 8 máquinas que levam
288,00, quanto pagarei por 14 ar-
72h para executar determinado serviço, se ele utilizar somente 6 máqui-
cos iguais aos primeiros?
nas, qual será o tempo necessário para executar o mesmo serviço?
Observe que as grandezas (arco
Observe que as duas grandezas (máquinas e tempo) são inversamente
de serra e preço) são diretamente
proporcionais, pois diminuindo o número de máquinas, aumentaremos
proporcionais, pois quanto maior
a quantidade de horas. Acompanhe!
o número de arcos, maior será o
valor a pagar. Assim, temos uma
regra de três simples direta.

MATEMÁTICA APLICADA À MECÂNICA 27


Seção 3
máquinas horas
8 72
Porcentagem
6 X
Para iniciar o estudo desta seção,
Montamos as proporções invertendo uma delas: que tal conhecer o conceito de
porcentagem?

8 x 8.72 576
= ↔ × ⋅ 6 = 8.72 ↔ × = ↔×= ↔ × = 96
6 72 6 6
Porcentagem é a porção de
um dado valor que se deter-
Resposta: para executar o serviço o técnico necessitará de 96 horas. mina para cada 100 partes.
Quando você fala 12% de cer-
to valor, quer dizer que a cada
As regras de três são chamadas compostas quando existem mais de
100 partes desse valor toma-
dois pares de grandezas direta ou inversamente proporcionais, como se 12 partes.
apresentado na Aplicação 3 seguir.

Aplicação 3
A expressão doze por cento, que
se representa por 12%, denomi-
Um grupo de 30 operários, trabalhando 8 horas diárias, fundiu 4.000 kg na-se taxa de porcentagem.
de ferro em 10 dias. Quantos operários serão necessários para fundir Assim, na razão 15/10 a taxa de
6.000 kg trabalhando 15 dias por 6 horas? porcentagem é 15. Escreve-se
Dispomos os dados para determinar se a regra de três é direta ou inver- 15% e lê-se quinze por cento.
sa. Veja-os. Qualquer razão pode ser escrita
sob a forma de porcentagem, bas-
Operários horas/dia kg dias ta determinar a razão equivalente
30 8 4 000 10 cujo denominador seja 100. Ob-
serve atentamente as aplicações a
X 6 6 000 15
seguir.
Montamos as proporções invertendo aquelas em que a seta aponta em
sentido contrário.
Aplicação 1

30 6 4 000 15 1
. . x.6.4 000.15 30.8.6 000.10
x 8 6 000 10 a. Escrever a razão 5 sob a forma
14 400 000 de porcentagem.
x.360 000 14 400 000 x x 40
360 000

1 x 100.1
x x 20
5 100 5
Resposta: serão necessários 40 operários para fundir 6.000 kg de ferro.
Continue sua jornada de estudos, na próxima seção você estudará sobre ou seja, X corresponde a 20%.
porcentagem. Boa caminhada!
3
b. Escrever 4 na forma de por-
centagem.

ou seja, X corresponde a 75%.

28 CURSOS TÉCNICOS SENAI


c. Escrever 40% sob a forma de fração irredutível.

3 × 3 ∗ 100 300
= ⇒×= ⇒×= ⇒ × = 75
4 100 4 4

40% = 40 simplificando a fração, ou seja, dividindo numerador


100
e denominador pelo número 20 temos 2 .
5

Para resolver problemas envolvendo porcentagem, utiliza-se a regra de


três simples. Acompanhe as aplicações.

Aplicação 2

De um lote de 600 peças foi constatado que 3% estavam com defeito,


quantas eram as peças defeituosas?
Para resolver o problema se faz necessário verificar que as 600 peças
correspondem a 100%. 3% é a parte do todo que queremos calcular,
logo, ele corresponde a X.

peças porcentagem

600 100 3.600


600 100% ⟹ = ↔×=
x 3 100

3%
18

Resposta: foi constato que do lote 18 peças eram defeituosas.

Aplicação 3

Ao fazer a verificação de um lote de peças um técnico chegou à conclu-


são que 4% das peças apresentavam algum tipo de defeito de fabricação.
Sabendo-se que o total com defeito correspondia a 30 peças, qual era a
quantidade de peças do lote?
O problema consiste em calcular o quanto corresponde a 100% das
peças que é o total que se quer conhecer. Montando a representação, o
cálculo fica assim:

MATEMÁTICA APLICADA À MECÂNICA 29


4 4 30 30 30.100
30 ∗ 100
4% 30 ⟹ = x ⇒×= x 750

100100x × 4 4
100% X

Resposta: o lote de peças era composto de 750 peças.

Aplicação 4 Aplicação 5

Ao montar uma empresa um Uma empresa resolveu aumentar


técnico em Mecânica necessitou o salário de seus funcionários em
comprar uma máquina cujo valor 6,5%. Um técnico dessa empresa
de mercado era de R$ 15.600, ele recebia um salário de R$ 1.430,00,
a adquiriu por R$ 14.352, quantos com o aumento, qual será o valor
por cento de desconto obteve? do seu novo salário?

Salário Porcentagem
Valor porcentagem
15 600 100% 1 430 100%
14 352 x
X 106,5%
100.14∗352
100 14352

x ×= x ⇒92
×=
1515600
600 106,5.1430
⟹ ×=
100
O que o técnico pagou correspon-
⇒ × = 1 522,95
de a 92% do preço da máquina,
portanto, ele obteve de desconto
100% - 92% = 8%
Resposta: o novo salário do téc-
nico será de R$ 1.522,95.
Resposta: o técnico obteve de
desconto 8%.

30 CURSOS TÉCNICOS SENAI


Aplicação 6

Uma ferramenta foi comprada


com um abatimento de 15% cus-
tando R$ 340,00. Qual é o valor
real da ferramenta?

Valor Porcentagem

340 85% ⟹

X 100%

100.340
×= ⇒ × = 400
85

Resposta: o preço real da ferra-


menta é de R$ 400,00.

MATEMÁTICA APLICADA À MECÂNICA 31


Unidade de
estudo 3

Seções de estudo

Seção 1 – Equações Polinomiais do 1º grau


Seção 2 – Equações Polinomiais do 2º grau
Equações

Seção 1
Equações Polinomiais do 1º grau
Mas o que é equação? Você conhece o conceito? Equação: Equação é uma
Confira os exemplos de equações a seguir: sentença matemática aber-
ta que exprime uma relação de
igualdade. A palavra equação
2x + 8 = 0 tem o prefixo equa, que em la-
5x - 4 = 6x + 8 tim quer dizer “igual”.
3a - b - c = 0

Continue seus estudos conhecendo as equações do primeiro grau. Siga


em frente!

Equações do Primeiro Grau

A equação geral do primeiro grau é expressa pela forma:

ax + b = 0

Sendo que a e b são números conhecidos e a ≠ 0. Esta equação se resol-


ve de maneira simples: subtraindo b dos dois lados, obtemos:

ax = -b

Dividindo agora por a (dos dois lados), temos:

ax = -b simplificando a com a 1x = -b
a a 1 a
x = -b
a

Considere a equação: 2x - 8 = 3x -10.


A letra x representa a incógnita da equação, representa o termo desco-
nhecido que você deve calcular. Na equação acima a incógnita é x; tudo
que antecede ao sinal da igualdade é denominado 1º membro, e o que
o sucede, 2º membro.

4x - 16 = 6x - 20

1º membro 2º membro

MATEMÁTICA APLICADA À MECÂNICA 33


Qualquer parcela do 1º ou do 2º
membro é um termo da equação. Conjunto Universo é o conjunto de todos os valores que a incógni-
ta pode assumir. Este conjunto é indicado pela letra U maiúscula.

4x - 8 = 6x - 10
Veja que a incógnita representada pela letra x também é chamada de
Termos
Termosda
daequação
equação variável.

Conjunto verdade são todos os valores do conjunto U (universo)


que a incógnita pode assumir e que tornam a equação verdadeira.
Equação do 1º grau é toda
É indicado pela letra V maiúscula.
equação escrita na forma ax
= b, sendo a e b Números Ra-
cionais, com a ≠ 0 .
Acompanhe a seguir alguns pontos importantes em relação ao Conjunto
Verdade.
Conjunto Verdade e ▪▪ O Conjunto Verdade (V) está contido no Conjunto Universo (U),
Conjunto Universo de uma portanto, é um subconjunto de U.       
Equação   
V U

Considere o conjunto A = {0, 1,


2, 3, 4, 5} e a equação x + 2 = 5. ▪▪ Não sendo citado o Conjunto Universo (U), você deve considerar
como Conjunto Universo  o Conjunto dos Números Racionais (Q).
Observe que o número 3 do con-
junto A é denominado Conjunto
Universo da equação e o conjun- Q U
to {3} é o Conjunto Verdade
dessa mesma equação. ▪▪ O Conjunto Verdade é também conhecido por Conjunto Solução e
Acompanhe o exemplo a seguir: pode ser indicado por S.
▪▪ Determine os Números Intei-
ros que satisfazem a equação
x² = 25. Raízes de uma Equação

É importante lembrar que o Con- O que são raízes de uma equação? Ficou curioso? Então prossiga em
junto dos Números Inteiros é o seus estudos!
Conjunto Universo da equação.
Os elementos do Conjunto Verdade de uma equação são chamados Ra-
Os números -5 e 5, que satisfazem ízes da Equação.
a equação, formam o Conjunto
Para verificar se um número é raiz de uma equação, você deve obedecer
Verdade, podendo ser indicado
à seguinte sequência:
por: V = {-5, 5}.
Você pode concluir que: ▪▪ substituir a incógnita por esse número;
▪▪ determinar o valor de cada membro da equação;
▪▪ verificar a igualdade, sendo uma sentença verdadeira, o número
considerado é raiz da equação.

Veja alguns exemplos.

34 CURSOS TÉCNICOS SENAI


Aplicação 1

Verifique quais dos elementos do Conjunto Universo são raízes das


equações a seguir, determinando em cada caso o Conjunto Verdade.
 
Resolva a equação: 
x - 2  = 0, sendo U = {0, 1, 2, 3}.
Para x = 0 na equação x - 2  = 0 temos: 0 - 2 = 0  => -2 = 0.
Para x = 1 na equação x - 2  = 0 temos: 1 - 2 = 0  => -1 = 0.
Para x = 2 na equação x - 2  = 0 temos: 2 - 2 = 0  => 0 = 0.
Para x = 3 na equação x - 2  = 0 temos: 3 - 2 = 0  => 1 = 0.   
 
Você pode verificar que 2 é raiz da equação x - 2 = 0, logo V = {2}.
 
Resolva a equação: 2x - 5 = 1, sendo U = {-1, 0, 1, 2}.                               
Para x = -1 na equação 2x - 5  = 1 temos: 2 . (-1) - 5 = 1  => -7 = 1.
Para x = 0 na equação 2x - 5  = 1 temos: 2 . 0 - 5 = 1  => -5 = 1.
Para x = 1 na equação 2x - 5  = 1 temos: 2 . 1 - 5 = 1  => -3 = 1.
Para x = 2 na equação 2x - 5  = 1 temos: 2 . 2 - 5 = 1  => -1 = 1.
 
A equação 2x - 5 = 1 não possui raiz em U, logo V =  Ø.
 

Resoluções de uma Equação

Resolver uma equação consiste em realizar uma série de operações que


conduz a equações equivalentes cada vez mais simples e que permitem,
finalmente, determinar os elementos do Conjunto Verdade ou as Raí-
zes da Equação. Ficou claro?

Resolver uma equação consiste em determinar os valores da


incógnita que formam o Conjunto Verdade, pertencente ao
Conjunto Universo considerado na solução. 

Na resolução de uma equação do 1º grau com uma incógnita, você deve


aplicar os princípios de equivalência das igualdades (aditivo e multiplica-
tivo). Acompanhe as aplicações a seguir.

MATEMÁTICA APLICADA À MECÂNICA 35


Aplicação 1
ax2 bx c 0 onde a , b, c
Sendo U = Q resolver a equação 
ЄRea≠0

-3x = 5
4 6 Observação: na equação do 1º
grau o expoente da variável x é
igual a 1, na do 2º grau o expoente
da variável x do primeiro termo é 2
Inicialmente você deve extrair o mmc de 4 e 6, cujo valor é 12:             
e do segundo termo é 1.
       
Confira os exemplos:
-3x = 5 -9x = 10 12 -9x = 10
x2 - 5x + 6 = 0   
4 6 12 12 12
é uma equação do 2º grau com
simplificando 12 com 12 temos a = 1,  b = -5  e  c = 6.
6x2 - x - 1 = 0   

-9x = 10 ↔Multiplicamos a equação por (-1) é uma equação do 2º grau com


9x = -10 ↔ x = 10/-9 a = 6,  b = -1  e  c = -1.
7x2 - x = 0    
{ }
V = -10
y
  
é uma equação do 2º grau com
a = 7,  b = -1  e  c = 0.
x2 - 36 = 0        

Aplicação 2 é uma equação do 2º grau com


a = 1,  b = 0 e c = -36.
Sendo U = Q resolva a equação 2 .(x - 2) - 3 . (1 - x) = 2 . (x - 4).
As equações escritas na forma ax²
O + bx + c = 0 (forma normal ou
  primeiro passo é aplicar a propiedade distributiva da multiplicação:
forma reduzida de uma equação
2x - 4 - 3 + 3x = 2x - 8 ⟹ 2x - 4 - 3 + 3x - 2x = - 8 ⟹ 3x - 7 = - 8 do 2º grau na  variável x), a, b e c
são chamados de coeficientes.
x=1
3x = - 8 + 7 ⟹ 3
▪▪ a é sempre o coeficiente de  x²;
{ }
Como 1 f Q então V = 1 1 f Q então V = 1
3 3 3
{ } ▪▪ b é sempre o coeficiente de x,
▪▪ c é o coeficiente ou termo
independente.
 

Seção 2 Equações Completas e


Equações Polinomiais do 2º grau Incompletas

Denomina-se equação do 2º grau na variável x toda equação da forma: Uma equação do 2º grau é dita
completa quando b e c são diferen-
tes de zero.

36 CURSOS TÉCNICOS SENAI


Acompanhe os exemplos:

x² - 9x + 20 = 0   e -x² + 10x - 16 = 0 são equações completas.


sendo U = R.
   
Uma equação do 2º grau é dita incompleta quando b ou c é igual a Solução
zero, ou ainda quando ambos são iguais a zero. Veja os exemplos:
▪▪ x² - 36 = 0 Coloca-se inicialmente o x em
(b = 0) evidência:

▪▪ x² - 10x = 0
(c = 0)
              
▪▪ 4x² = 0 Para o produto ser igual a zero,
(b = c = 0) basta que um dos fatores também
o seja.
Raízes de uma Equação do 2º grau Assim:

Resolver uma equação do 2º grau significa determinar suas  raízes. Mas


o que é uma raiz? Você saberia responder?

Raiz é um Número Real que ao substituir a variável de uma


equação a soluciona, ou seja, torna a sentença matemática ver- Dessa maneira, você obtém duas
dadeira. raízes que formam o Conjunto
Verdade:
V = {0, 8}
Observe que o conjunto formado pelas raízes de uma equação é deno-
minado Conjunto Verdade ou Conjunto Solução. De modo geral, a equação do tipo

Resolução de Equações Incompletas

tem para x=0 soluções e 


Resolver uma equação significa determinar o seu Conjunto Verdade.
Na resolução de uma equação incompleta são utilizadas as técnicas da
fatoração e duas importantes propriedades dos Números Reais:
1ª propriedade: se
  

Aplicação 2 – Equação do
tipo x2 + c = 0
2ª propriedade:  se
 
Determine as Raízes da Equação

Aplicação 1 – Equação do tipo ax2+bx=0

Determine as Raízes da Equação


sendo U = IR.

MATEMÁTICA APLICADA À MECÂNICA 37


Solução 3º passo: adicionar b2 aos dois
membros. b b2 4ac
x
A equação tem duas raízes simé- 2a
tricas, sendo assim, o Conjunto
Solução é: 4a 2 x 2 4abx b 2 b2 4ac
Após desenvolver passo a passo a
Trinômio quadrado perfeito fórmula de Bhaskara, que tal ago-
V = {-6; +6} ra praticar? Vamos à aplicação!
   Resolução da equação:
De modo geral, a equação do tipo
x2 + c = 0 possui duas raízes re- 4º passo: fatorar o 1º elemento.

ais se for um número positi- 7x 2 13 2 0

vo, não tendo raiz real caso (2ax b) 2 b2 4ac


Sendo: a = 7, b = 13, c = -2.
seja um número negativo.
 
5º passo: extrair a raiz quadrada
dois membros. 13 132 4.7.( 20)
Resolução de Equações x
2.7
Completas 13 169 56
x
14
(2ax b) 2 b2 4ac
Para solucionar equações com- 13 225
x
pletas do 2º grau você utilizará a 2ax b b2 4ac 14
fórmula de Bhaskara. x
13 15
A partir da equação x2 + bx + c 14
= 0 , em que a, b, c  є IR, a ≠0 6º passo: passar b para o 2º mem-
você desenvolverá passo a passo a bro.     
dedução da fórmula de Bhaskara
(ou fórmula resolutiva). 13 15 2 1
x' x' x'
2ax b b 2
4ac 14 14 7
13 15 28
1º passo: multiplicar ambos os x'' x''
14 24
membros por 4a. x'' 2
7º passo: dividir os dois mem-
               
bros por
1
(4a).(ax 2 b x c) 0.(4a) Resposta: V = { 7 ; 2}

4a 2 x 2 4abx 4ac 0
2a (a 0) Discriminante
2ax b b2 4ac
2º passo: passar 4ac para o 2º 2a 2a Denomina-se discriminante o
membro. radical b2 - 4ac que é representado
pela letra grega Δ (delta).

4a 2 x 2 4abx 4ac Simplificar o 1º membro 2a.


b2 4ac
Assim, encontramos a fórmula
resolutiva da equação do 2º grau:

38 CURSOS TÉCNICOS SENAI


Agora você pode escrever a fór- Problemas do 2º grau
mula de Bhaskara da seguinte for- 42(x+1) + 42x = 13x.(x+1)
ma: 42x + 42x = 13x2 + 13x
13x2 - 71x - 42 = 0
Para resolução de problemas do
b 2º grau, você deve seguir as etapas
x
2a a seguir:
Aplicando a fórmula de Bhaskara
De acordo com o discriminante, ▪▪ estabeleça a equação ou sis- para resolver a equação você terá
temos três condições a considerar. tema de equações que traduzem
o problema para a linguagem -7
x’ = 6 e x’’= 13 .
matemática;
1a Condição: o discriminan-                                  
▪▪ resolva a equação ou o sistema
te é maior do que zero (Δ > 0). - 7
de equações; Observe que a raiz 13 não é uti-
O valor de √Δ é real e a equação
tem duas raízes reais diferentes, ▪▪ interprete as raízes encontra- lizada, pois não se trata de Núme-
assim representadas: das, verificando se são compatí- ro Inteiro.
veis com os dados do problema.
Resposta: os números pedidos
b b Observe agora a resolução de al- são, portanto, 6 e o seu consecu-
x' x''
2a 2a guns problemas do 2º grau. tivo 7.

2a Condição: o discri-
minante é nulo Δ = 0. Aplicação 1 Aplicação 2
O valor de √Δ é nulo e a equação
tem duas raízes reais e iguais, as-
sim representadas: Determine dois Números Intei- Um número de dois algarismos
ros consecutivos tais que a soma é tal que, trocando-se a ordem
13 dos seus algarismos, obtém-se
b de seus inversos seja 42 . um número que o excede de 27
x' x' '
2a unidades. Determine esse núme-
Solução ro, sabendo-se que o produto dos
                                Representa-se um número por x, valores absolutos dos algarismos
3a Condição: o discriminante e por x + 1 o seu consecutivo. Os é 18.
é menor do que zero (Δ < 0) . seus inversos serão representados
O valor da √Δ não existe no 1 1 Solução
e
conjunto dos IR, não existindo, por x x 1 .
Representa-se um número por
portanto, raízes reais. As Raízes
10x + y, e o número com a or-
da Equação são Números Com-
Você tem então a equação: dem dos algarismos trocada por
plexos.
10y + x.
Dada a equação ax² + bx + c = 0, 
Observe:
você terá os seguintes resultados: 1 1 13
e
▪▪ para (Δ > 0), a equação tem x x 1 42
Número:  
duas raízes reais diferentes;
x y
▪▪ para (Δ = 0), a equação tem          
Resolvendo-a:
duas raízes reais iguais; → 10x + y
▪▪ para (Δ < 0), a equação não y x
tem raízes reais. 1 1 13
e → 10y + x
        x x 1 42
Agora que você conhece o de-
mmc = 42.x.(x+1)
senvolvimento da fórmula de Número com a ordem dos alga-
Bhaskara, chegou a hora de re- rismos trocada:  10y + x.
solver problemas do 2º grau. Boa
resolução!

MATEMÁTICA APLICADA À MECÂNICA 39


Você tem, portanto, o sistema de y’ = 3 + 3 = 6 → simplificando os denominado-
equações: y’’ = -6 + 3 = -3 res, tem-se:    
    
6(x + 5) + 6x = x (x + 5)
{ 10y + x = 10x + y + 27
x.y = 18
1
2
Logo, o Conjunto Verdade do sis-
tema é dado por: V = {(3,6), (-6,
6x + 30 + 6x = x2 + 5x
x2 - 7x - 30 = 0
-3)}.

10y - y + x - 10x = 27 → 9y - 9x Para resolver a equação você deve


Desprezando o par ordenado de
= 27 troca-se os elementos do 1º aplicar a fórmula de Bhaskara,
coordenadas negativas que não
membro -9x + 9y = 27. obtendo os seguintes resultados:
satisfazem a solução do proble-
x’ = -3 e x’’ = 10.
Resolvendo o sistema, tem-se: ma, você terá o número 36 (x =
3  e y = 6).
Como a raiz negativa não é utili-
{ -9x + 9y = 27
x.y = 18 Resposta: o número procurado
é 36.
zada, pois não soluciona o proble-
ma, tem-se como solução: x = 10.

Dividindo ambos os membros da


Resposta: a 1ª torneira enche o
primeira equação por 9 você terá:
Aplicação 3 tanque em 10 horas e a 2ª tornei-
      ra, em 15 horas.

{-xx.y+ =y 18= 3 Duas torneiras enchem um tan-


                                          que em 6 horas. Sozinha, uma Aplicação 4
delas gasta 5 horas a mais do que
O próximo passo é isolar y na pri-
a outra. Determine o tempo que
meira equação:
uma delas leva para encher esse Num jantar de confraternização
    tanque isoladamente. seria distribuído, em partes iguais,
-x + y = 3  → y = x + 3 um prêmio de R$ 24.000,00 entre
os convidados. Como faltaram
Solução
5 pessoas, cada um dos presen-
Substituindo y isolado da primeira Consideremos x o tempo gasto tes recebeu um acréscimo de R$
equação na segunda você tem: para a 1ª torneira encher o tanque 400,00 no seu prêmio. Quantos
e x + 5 o tempo gasto para a 2ª convidados estiveram presentes
torneira encher o tanque. nesse jantar?
xy   =  18 Em uma hora, cada torneira en-
x(x + 3) = 18 che a seguinte fração do tanque:
x2 + 3x = 18 Solução
x2 + 3x - 18 = 0 Podemos representar por:
1a torneira 1 e 2a torneira 1
x x 5 24000
Em uma hora, as duas torneiras x
1
juntas encherão do tanque; ob-
Resolvendo a equação aplica- 6 o valor que cada um dos presentes
serve a equação correspondente:
se a fórmula de Bhaskara para receberia se não houvesse faltas.
encontrar os valores de x’ e x’’,
dessa forma você terá para x’ = 3 1 1 1
e x’’ = -6. 24000
x x 5 6
x 5
retirando o mmc das frações você
Substituindo os valores de x na o valor recebido por cada um dos
terá 6x.(x+5).
equação você determina y para presentes.
6( x 5) 6x x.( x 5)
cada um dos valores de x, assim
6 x.( x 5) 6 x.( x 5) 6 x.( x 5)
obterá: =
6(x 5) x.( x 5)
6 x.( x 5) 6 x.( x 5)

40 CURSOS TÉCNICOS SENAI


Você tem, então, a equação simplificando os denominadores
das frações, tem-se:

24000 24000
400
x 5 x 60 x 60 x 300 x 2 5x
                                                          
60 x 60 x x2 5x 300
Resolvendo-a: x 2
5x 300 0
   
24000 24000
400 Para resolver a equação você deve
x 5 x
aplicar a fórmula de Bhaskara,
dividindo ambos os membros por chegando ao resultado: x’ = 20
400 e x’’ = -15. Caso o resultado seja
negativo, você deverá descartá-lo.
60 60
1
x 5 x Resposta: nesse jantar estavam
presentes 20 pessoas.
retirando o mmc das frações, você
terá: x(x-5),
Na próxima seção você estudará
sobre a trigonometria. Até lá!
60 60(x 5) x(x 5)
x(x 5) x(x 5) x(x 5)

60x 60(x 5) x(x 5)


x(x 5) x(x 5)

MATEMÁTICA APLICADA À MECÂNICA 41


Unidade de
estudo 4

Seções de estudo

Seção 1 – Teorema de Pitágoras


Seção 2 – Semelhança de Triângulos
Seção 3 – Razões Trigonométricas no
Triângulo Retângulo
Trigonometria

Seção 1
Teorema de Pitágoras
A palavra trigonometria quer di- A relação de Pitágoras diz: Na Mecânica o uso da relação de
zer medida do triângulo, ela surgiu Pitágoras pode ser aplicado em
devido à necessidade de cálculos Se o triângulo é retângulo, vários exemplos. Neste momento
para resolver problemas gerados então o quadrado da medida você aplicará determinando o diâ-
na Astronomia, Agrimensura e da hipotenusa é igual à soma metro de uma esfera que deve ser
Navegações. das medidas dos quadrados modelada na ponta de um eixo, as
dos catetos.
A relação de Pitágoras trata dos dimensões estão em milímetro.
cálculos que envolvem as relações
existentes entre os lados do triân- Dado um triângulo retângulo
gulo retângulo. cujos lados medem 3, 4 e 5 você
Dado o triângulo retângulo, ob- obterá: ø 72
serve atentamente os elementos 52 = 32+42. Realmente a igualdade
que o compõem. se concretiza, resolvendo, tem-se:
25 = 9+16
25 = 25
B Ao localizar o triângulo retângulo
você definirá o que deve ser cal-
culado, neste caso será necessário
calcular o raio da esfera.

A C 48
3 5
4

36
X
A, B, C – vértices do triângulo.
A – vértice que apresenta o ângu-
lo reto. Considerando que:
B e C – vértices que apresentam a = 5, b = 4 e c = 3 tem-se: Assim você terá o seguinte resul-
ângulos menores do que 900. a2 = b2 + c2 tado:
A+B+C – estes três vértices for- a2 = 42 + 32 a2 = b2 + c2
mam ângulos que somam 1800.
a2 = 16 + 9
AB e CD – estes segmentos rece-
a2 = 25 Substituindo no teorema:
bem o nome de catetos.
X2 = 482 + 362
BC – este segmento recebe o
Dessa forma você pode escrever a X2 = 2 304 + 1 296
nome de hipotenusa, é o maior
relação de Pitágoras, ou Teorema X2 = 13 600
lado do triângulo.
de Pitágoras, como: X=√13 600

a2 = b 2 + c 2 X = 116,62

MATEMÁTICA APLICADA À MECÂNICA 43


Para conseguir a medida y você
deve multiplicar por dois o resul-
tado encontrado, pois é preciso o
diâmetro. Assim, a medida é: y =
233,24 mm.
Usando a relação de Pitágoras,
dados dois lados de um triângu-
lo retângulo você pode calcular a
terceira medida.

a. Se você tiver a medida dos dois


catetos pode determinar a me-
dida da hipotenusa.
a2 = b2 + c2

b. Se tiver a medida da hipotenu-


sa e mais a medida de um dos Figura 3 - Triângulos Semelhantes
catetos pode determinar o ou- Fonte: Senai (1975, P. 99).
tro usando as relações:
b2 = a2 - c2
Não há necessidade de verificar todas as condições de semelhança para
c2 = a2 - b2 chegar à conclusão que dois triângulos são semelhantes, podemos fazer
essa observação analisando as situações. Acompanhe as situações a
Vamos para a próxima seção? seguir.
Bons estudos!
a. Se dois triângulos têm dois ângulos correspondentes congruentes
(iguais), eles são semelhantes.
Seção 2
Semelhança de
Triângulos

Você sabe o que são figuras pla-


nas? Já parou para pensar?
As figuras planas semelhantes
são figuras que têm a mesma for-
ma, mas não necessariamente o
Figura 4 - Triângulos Semelhantes com Ângulos Congruentes
mesmo tamanho.
Fonte: Senai (1975, P. 101).
Já dois triângulos são ditos seme-
lhantes quando somente os valo-
res dos seus ângulos correspon-
dentes forem iguais e a medida
dos seus lados correspondentes
for proporcional.

44 CURSOS TÉCNICOS SENAI


b. Se dois triângulos possuem Aplicação 1
dois lados correspondentes
x 25
proporcionais e os ângulos x.20 25.16
Determine a razão de semelhança 16 20
compreendidos entre eles,
existente entre os lados do triân- 25.16
congruentes, então são seme- x x 20
gulo. 20
lhantes.

Seção 3
Razões Trigonomé-
tricas no Triângulo
Retângulo
Figura 5 - Triângulos semelhantes
com lados correspondentes pro- A relação que existe entre os la-
porcionais e ângulos congruentes. AD AB 40
dos e os ângulos de um triângulo
Fonte: Senai (1975, P. 102). retângulo é chamada de razões
DE BC 20
trigonométricas do triângulo re-
40 30 40 70
tângulo. Algumas observações
35 20 35
são importantes para você com-
c. Se dois triângulos possuem os
preender melhor esse conceito,
lados correspondentes pro-
acompanhe-as:
porcionais, então eles são se- AD BC 40
melhantes. AE AC 32 ▪▪ lembre-se que o triângulo re-
40 30 40 70 tângulo recebe esse nome porque
32 24 32 56 tem um ângulo reto;
▪▪ os lados que formam o ângulo
de 90° recebem o nome de ca-
Aplicação 2 teto;
▪▪ o lado maior recebe o nome
Usando o conhecimento de seme- de hipotenusa;
lhança entre dois triângulos deter- ▪▪ a soma dos ângulos internos
mine o lado do triângulo df. de um triângulo qualquer, isto
Figura 6 - Triângulos semelhantes
inclui o triângulo retângulo, é
com lados correspondentes pro- igual a 180°.
porcionais
Fonte: Senai (1975, P. 102). Vamos estudar então as razões
entre os lados e os ângulos do tri-
Após conhecer as situações de ângulo?
semelhança de triângulos, que
tal colocar em prática por meio
de aplicações? Vamos lá, siga em
frente!

MATEMÁTICA APLICADA À MECÂNICA 45


Figura 7 - Triângulos Semelhantes

Triângulos Retângulos Semelhantes

Se você tiver um ângulo qualquer poderá construir uma infinidade de


triângulos retângulos. Para que isso aconteça, você deverá, por um dos
lados do ângulo, traçar uma perpendicular, compondo um triângulo. Pa-
ralela à primeira perpendicular, pode-se traçar outras tantas quanto qui-
ser, formando assim uma infinidade de triângulos semelhantes.
Observe a figura a seguir:
AB AP BC
ou
AC AQ AC
PQ BC PQ
ou
AQ AB AP

Vamos estudar essas relações?


Observe e analise as figuras a se-
guir:

Figura 8 - Triângulos retângulos semelhantes.

Você pôde verificar que existe um ângulo reto e dois ângulos agudos e
também que os lados do triângulo que foi formado são proporcionais.
Se tiver o ângulo x e mais o ângulo reto (90°), é possível determinar o
outro ângulo (y), pois você aprendeu que a somatória dos ângulos de um
triângulo qualquer é 180°.
Y°= 180°- (90° + X°)
Você pode também estabelecer uma relação entre os lados do triângulo
já que eles são semelhantes, observe a imagem:

46 CURSOS TÉCNICOS SENAI


Se você conhece os ângulos e os lados do triângulo, poderá estabelecer
as seguintes relações:

Essas relações são denominadas


de razões trigonométricas e per-
mitem na Mecânica realizar uma
série de cálculos, para tanto você
deve visualizar o triângulo retân-
gulo nos problemas nos quais está
sen X ⁰ = medida do cateto oposto ou sen x = cat oposto envolvido.
medida da hipotenuza hipotenuza
Preparado para aplicar essas rela-
ções em situações do dia a dia da
cosseno X⁰ = medida do lado adjacente ou cos x = cat adjacente Mecânica? Então siga em frente!
medida da hipotenuza hipotenuza

tangente X⁰ = medida do lado oposto ou cos x = cat oposto Aplicação 1


medida do lado adjacente cat adjacente
Você recebeu a tarefa de usinar
uma peça conforme o desenho
Visualize os triângulos, eles são semelhantes, possuem o mesmo ângulo a seguir. Qual é o comprimento
x. Fazendo as relações que você acabou de conhecer, é possível identifi- da parte cônica para que deva ser
car que elas são sempre as mesmas. usinada?

Para resolver o problema você


1,5 3 4 ,5 6 deve encontrar a medida do com-
senx ... 0,6 primento do cone. Observe que
2,5 5 7,5 10
2 4 6 8 é possível retirar um triângulo re-
cos x ... 0,8 tângulo do desenho.
2,5 5 7,5 10
1,5 3 4 ,5 6
tgx ... 0,75
2 4 6 8

MATEMÁTICA APLICADA À MECÂNICA 47


Faz-se necessário encontrar a me- ▪▪ medida do cateto oposto = 20 mm;
dida X do desenho apresentado.
Para encontrar a medida solicitada
▪▪ medida do cateto adjacente = x;
você deve retirar alguns dados do ▪▪ ângulo conforme desenho = 25°.
problema, tem-se assim:
Medida PA = 50 10 A razão que relaciona o ângulo, o cateto oposto e o cateto adjacente é a
2 tangente, pode-se então usá-la para determinar a medida X.
Medida PA = 20 mm, pois na Me-
cânica a unidade mais utilizada é o
milímetro. catoposto 20 20
tg 25 o tg 25 o Tg 25 o
catAdjacen te x x

O valor da tangente de 25° você encontrará na tabela de tangente ou


utilizando uma calculadora científica.
tg 25° = 0,46631 , substituindo na fórmula temos:
20 20 20
0,466 = x ⟹ 0,466 = x ⟹ X = 0,466 ⟹ X = 43 mm
Portanto, você deve marcar sobre o eixo um comprimento de 43 mm
Para determinar a medida X, uti- para usinar o eixo.
liza-se uma das razões estudadas,
Resposta: o comprimento é de 43 mm.
assim é possível verificar os se-
guintes elementos:

48 CURSOS TÉCNICOS SENAI


Aplicação 2
catadjacen te
catAdjacente a2=b2+c2 → a2=252+422 →
cos 25 o a2= 625+1764 →a= √2389
hipotenuza
Uma escada está apoiada em um a ≈ 48,9 km
2
muro com dois metros de altura, cos 45 o
x'
formando com ele um ângulo de
45°, qual é o comprimento da es- Posteriormente, você deve deter-
cada? minar o ângulo. Para isso utilize a
você deve então encontrar o cos- razão tangente:
seno de 45° utilizando uma tabela
ou calculadora.
cos 45° = 0,707 25
tg C tgC 0,592
42
Assim, substituindo na fórmula:
tgC 30 o 45'
42
tgA tgA 1,68
2 2 25
0,707 x tgA 59 o 13'
x 0,707
x 2,83m

Preparado para mais uma unidade


Aplicação 3 de estudos? A próxima unidade
Lembre que você tem um triângu- tratará de um assunto bastante
lo retângulo entre o muro, o chão instigante, a geometria plana e es-
Observe o triângulo retângulo, ele pacial.
e a escada: representa a confluência de duas
Continue sua caminhada pelo
vias. Sua tarefa é unir o ponto A e
mundo da matemática. Bons es-
C, determinando a menor distân-
tudos!
cia entre esses dois pontos, bem
como o ângulo que forma com o
segmento AB e BC.

Que tal retirar os dados necessá-


rios para utilizar a razão correta?
Dados:
O primeiro passo é determinar a
▪▪ ângulo = 45°; distância utilizando a relação de
▪▪ medida da hipotenusa (com- Pitágoras:
primento da escada) = X;
▪▪ medida do cateto adjacente
= 2 m.
A razão que utilizaremos para de-
terminar o tamanho da escada é o
cosseno.

MATEMÁTICA APLICADA À MECÂNICA 49


Unidade de
estudo 5

Seções de estudo

Seção 1 – Área e Perímetro de Figuras


Planas
Seção 2 – Superfície e Volume de Sólidos
Geométricos
Geometria Plana e Espacial

Seção 1
Área e Perímetro de
Figuras Planas
Superfície Poligonal

A geometria plana é a parte da


A superfície poligonal corresponde à reunião de um polígono com o
matemática que estuda as rela-
seu interior. As superfícies poligonais podem ser cônicas ou convexas.
ções entre as figuras planas e as
figuras que têm duas dimensões:
comprimento e largura ou com-
primento e altura. Já a geometria
espacial se preocupa com o estu-
do dos objetos no espaço, ou seja,
estuda o objeto envolvendo três
dimensões: comprimento, largura
e altura.

Polígonos Superfície poligonal convexa


Superfície poligonal convexa
Superfície poligonal côncava
Superfície poligonal côncava
Figura 10 - Superfície Poligonal Figura 11 - Superfície Poligonal
Seja (A, B, C, D, ...) n pontos de
Convexa Côncava
um plano, com n ≥ 3, onde três
pontos consecutivos estão em
pontos distintos do plano, a união
desses pontos com segmentos de Os polígonos são classificados de acordo com o seu número (n) de la-
reta determina um polígono. dos, dessa forma eles recebem os nomes. Conheça a seguir as nomencla-
Observe a figura: turas dos polígonos.

A B
Número de Lados Nome do Polígono
3 Triângulo
4 Quadrilátero
5 Pentágono
6 Hexágono
7 Heptágono
C D
8 Octógono
9 Eneágono
Em que: A, B, C e D são os vér- 10 Decágono
tices do polígono, e AB, BD, DC 11 Undecágono
e CA são os segmentos que for- 12 Dodecágono
mam os lados do polígono.
15 Pentadecágono
20 Icoságono
Quadro 1 - Nomenclatura dos polígonos

MATEMÁTICA APLICADA À MECÂNICA 51


Diagonais de um
Polígono Quadrado Hexágono

P=4.ℓ P=6.ℓ
O segmento de reta que une dois
ℓ ℓ
vértices opostos de um polígono
é denominado de diagonal. No

polígono da figura a seguir você ℓ
visualizará 6 vértices e 7 diago- Triângulo eqüilátero Pentágono
nais.

P=

P= ℓ+ ℓ+ ℓ ℓ P=5.ℓ
0
60
P=3·ℓ
A B

ℓ ℓ=comprimento do lado

F C

Para determinar o perímetro de um polígono regular de n lados você


E D deve multiplicar o comprimento do lado pelo número de lados, P = n.ℓ

Vértices: A, B, C, D, E, F.
Diagonais: AD, AE, AC, BF, BE, BD,
CF, CE. Perímetro do Retângulo

Perímetro de Figuras Para calcular o perímetro do retângulo você precisa utilizar a seguinte
fórmula:
Planas

Muitas vezes na Mecânica o técni-


co é obrigado a determinar a me- P = a+b+a+b
dida do contorno de peças, como a
por exemplo, definir o compri- P=2a+2b
mento de uma barra retangular de
P=2(a+b)
alumínio para confeccionar o aro
de uma bicicleta. Para determinar b
essa medida você deve conhecer
como calcular o perímetro do aro.

Perímetro é a soma das medi- Perímetro da Circunfe-


das do contorno dos lados de rência
um polígono.
40
Assim como você determina o
perímetro de um polígono, tam-
Polígonos Regulares bém é possível determinar o pe-
rímetro ou comprimento de uma
circunferência. Esse conhecimen- Para determinar o comprimento
Acompanhe a seguir os tipos de to é muito utilizado na Mecânica de uma circunferência enrole um
polígonos regulares. para definir n medidas, como o fio em torno da circunferência e
comprimento do material utiliza- em seguida meça o comprimento
do para confeccionar os aros de do fio, assim você obterá o perí-
bicicletas, por exemplo. metro da circunferência.

52 CURSOS TÉCNICOS SENAI


Se dividir este comprimento pelo Aplicação 2
diâmetro você terá o número 3,14
que é denominado pela letra grega
pi (π). Determine o comprimento de uma circunferência de 5 mm de raio.

Assim, sempre que você dividir o C 2.5.3,14 C 31,4mm


comprimento de qualquer circun-
ferência pelo seu diâmetro obterá
como resultado o valor de pi. Aplicação 3

C Determine o comprimento de um tubo que tem um diâmetro de 12 mm



d para confeccionar uma roda de impulsão para cadeira de rodas. Essa
roda de impulsão deve ser de 56 cm de diâmetro externo.
Confira algumas observações para resolver esta aplicação!
Dessa forma você poderá obter o
comprimento da circunferência, Observações
para isso multiplica-se o diâmetro
▪▪ Para resolver este problema você deve primeiramente transformar as
por pi.
dimensões para uma mesma unidade, neste caso, transformar a dimen-
são 56 cm em mm.
C  d. ▪▪ Você também deve observar que o tubo tem um diâmetro de 12
mm, tomando como referência a linha média.

Como o diâmetro é duas vezes


d = 56
o raio, você pode determinar o
comprimento da seguinte forma: d = 560 mm C=d.π neste caso usamos para o diâmetro o dm
d m=560-12 C= dm. π
dm = 548 mm C=548 . 3,14
d  2r dm=diâmetro médio C=1720,2 mm ou C=172,02 cm
C  2r .

Medida de Superfície – Área


Que tal pôr em prática?

Para medir uma superfície você deve compará-la com outra tomada
Aplicação 1 como unidade, na figura anterior foi utilizado um quadrado de 1 m de
lado.

Qual é o comprimento de uma Unidade de área


circunferência cujo diâmetro
mede 6 cm?
DICA
C 6.3,14 O Sistema Internacional de Medidas escolheu para medida de área
o metro quadrado (m2), que é uma superfície unitária quadrangular
C 18,84cm de 1 metro de lado. A medida de uma superfície é chamada área da
superfície.

MATEMÁTICA APLICADA À MECÂNICA 53


A B DICA
Lê-se cinquenta e quatro de-
2
m címetros quadrados e 30 cen-
tímetros quadrados.
C D

1m2 Mudança de Unidade

0,345 m2 = 34,50 dm2 =


Aplicação 1 3 450 cm2 = 34 500 mm2

O retângulo ABCD tem 10 quadrados, se cada quadrado tem 1 m de 0,000 000 345 km2 =
lado, então a medida da superfície ocupada por essa figura tem 10 m2. 0,000 034 5 hm2 =
Na Mecânica utiliza-se esse conhecimento para determinar a medida da 0,003 45 dam2 = 0,345 m2
superfície de chapas. Por exemplo, a quantidade de chapas necessárias
para confeccionar um baú da carroceria de um caminhão.
Quando ocorre a mudança de
unidade, a vírgula se desloca duas
Múltiplos e Submúltiplos do Metro Quadrado casas para a direita ou esquerda.

A unidade fundamental é o metro quadrado, mas é comum na Mecâ-


nica trabalhar com unidades menores, por exemplo, o mm2, que é um Área dos Polígonos
submúltiplo do metro. Já na construção civil utiliza-se os múltiplos do
metro, por exemplo, o km2. Acompanhe o quadro a seguir.
Área do Retângulo
Símbolos Valores em m2 Nomes
km2 1.000.000 m2 Quilômetro quadrado Observe a figura a seguir, nela
Múltiplos

você tem um retângulo de 4 cm


hm2 10.000 m2 Hectômetro quadrado de altura e 9 cm de base, cuja área
é de 2 cm x 5 cm = 10 cm2.
dam2 100 m2 Decâmetro quadrado

m2 1 m2 Metro quadrado U

dm2 0,01 m2 Decímetro quadrado


Submúltiplos

1cm2
2

cm2 0,0001 m2 Centímetro quadrado


10

mm 2
0,000 001 m 2
milímetro quadrado

Quadro 2 - Múltiplos e submúltiplos do metro quadrado

A b.h
Representação e Leitura

As unidades de medidas de área variam de 100 em 100, em vez de escre- Representando por A a área do
ver 54,3 dm2 é conveniente escrever 54,30 dm2. retângulo, por b a base e por h a
altura, tem-se:

54 CURSOS TÉCNICOS SENAI


Área do Quadrado
b.h
A
2
O quadrado é um retângulo cuja base é igual à altura, assim a área pode
ser encontrada da mesma forma que o retângulo.
Triângulo equilátero

2 . 3
A
Como b = ℓ 4
1cm2
A = b.h
h=ℓ

Triângulo equilátero
A=ℓ.ℓ
A=
h=4,7
3cm

A área do quadrado A = 3.3, A = 9 cm2.


b=5,8

Área do Paralelogramo

Você já ouviu falar de paralelogramo? Visualize atentamente as figuras


a seguir.

s T R T’ S≅R T
S

P U
U≅P U

Se você cortar o triângulo direito do paralelogramo e colocar sobre o


lado oposto, ficará com um retângulo. Para calcular a área do paralelo-
gramo será utilizada a fórmula do retângulo.

A b.h

Área do Triângulo

Observe na figura que a área do triângulo é metade da área do retângulo,


assim a área do retângulo é A = b.h. Para calcular a área do triângulo
basta dividir por dois a área do retângulo. Veja a seguir.

MATEMÁTICA APLICADA À MECÂNICA 55


Substituindo na fórmula as medidas da página anterior, que estão em
cm, tem-se:

5,8.4 ,7
A
2
A 11,13 cm2

Área do Losango

Para calcular a área de um losango, deve-se partir da área de um retângu-


lo, pois conforme veremos na figura a seguir, o losango é formado por
oito triângulos iguais.
Como a área do retângulo é A = b.h, conforme a figura acima, tem-se
b = D e h = d.
A área do losango é:

D.d d= 4cm
A
2

D= 12cm

Substituindo as medidas do desenho você terá:

12,4
A A 24 cm 2
2

Área do Trapézio

Dado um trapézio qualquer para determinar a área, estabeleça o seguin-


te: ajustar outro trapézio igual ao primeiro em sentido inverso, nota-se
dessa forma que temos um paralelogramo.

B b

A= b. h

h
A =(B+b).h

A = (B+b).h
b B 2
B+b

56 CURSOS TÉCNICOS SENAI


Área do Polígono Regular

A B
Seja um polígono regular com números de lado maior do que quatro,
utilize o hexágono conforme figura a seguir. O hexágono pode ser divi- F C
dido em 6 triângulos equiláteros iguais (congruentes).
ap
E D

h = ap ℓ

P = 6ℓ

O apótema de um polígono regular é a distância do cen-


tro do polígono a qualquer um dos lados.

Observe que o paralelogramo contém 12 triângulos semelhantes dos


quais 6 constituem a área do hexágono.
Como a área do paralelogramo é dada por A = b.h, a área da figura é: A
= 6.ℓ.apótema.
Para determinar a área do hexágono você deve dividir a área da figura
por dois, o hexágono corresponde exatamente à metade do paralelogra-
mo da figura.

6..apótema
A como 6. P
2

Assim você poderá calcular qualquer área de qualquer polígono regular


desde que seja dada a medida do lado e do apótema.
Vamos aplicar?

Aplicação 1

Dada uma chapa de aço em forma de octógono, determine a área da


chapa.

Dados ℓ = 20 cm
Apótema = 24,14 cm
24,14

20 cm

A = P.ap ⟹ A = 8.10.24,14 ⟹ A = 965,60 cm2


2 2 2

MATEMÁTICA APLICADA À MECÂNICA 57


Área do Círculo Área da Coroa Circular
Denomina-se coroa circular a re-
Círculo é a região interna à circunferência. Para determinar a área do gião da figura plana formada entre
círculo você deverá dividi-lo em 16 partes iguais (congruentes). duas circunferências concêntricas,
conforme figura a seguir.

r
Observe que ao abrir a circunferência você obterá 32 partes congruen-
tes, dos quais 16 constituem a área do círculo, usando a fórmula do
paralelogramo terá:
A = b.h como b = C e h = r temos: A = C.r mas, C = 2π.r assim:
2. .r .r
.r 2 Você sabe que a área do círcu-
A= 2 , simplificando temos: A 2
lo é dada pela fórmula A .r .
Como são dois círculos concên-
Lembrando: tricos, a área é a diferença entre as
▪▪ C = comprimento ou perímetro; áreas dos dois círculos.
A .R 2 .r 2 aplicando a pro-
d
▪▪ r = raio → r = 2 ; priedade distributiva, você terá:

▪▪ d = diâmetro.
A .(R 2 r2)

Aplicação 1
Aplicação 1
Determine a área de uma chapa de forma circular que apresenta um
diâmetro de 232,5 mm de diâmetro. Calcule a área de uma arruela ci-
líndrica plana que apresenta um
diâmetro externo de 76,2 mm e
d 232,5mm r 116,25mme 3,14 interno de 50,4 mm.
D = 76,2 mm
Aplicando a fórmula da área do círculo, tem-se:
R = 38,1 mm
d = 50,8
A .r 2 A .116,252 A 42 434,15625mm2 r = 25,4
A .(R 2 r2)
Observe que o resultado em milímetro quadrado é um número grande,
podendo ser transformado, por exemplo, para cm2. Desta forma ficaria A (38,12 25,4 2 )
com: A (1451,61 645,16)
A 2 532,253 mm 2

42 434,15625mm2 424,3415625cm2

Na Mecânica é comum arredondar esse valor, pode-se assim utilizar a


área de 424,35 cm2.

58 CURSOS TÉCNICOS SENAI


50,8 mm
76,2mm

Acompanhe a seguir um resumo das fórmulas para cálculo das áreas


dos polígonos. Aproveite!

MATEMÁTICA APLICADA À MECÂNICA 59


Seção 2
Superfície e Volume
de Sólidos Geométri-
cos
Os objetos que você tem contato
em sua vida diária e na vida pro-
fissional ocupam uma porção do
espaço. Esses objetos são chama-
dos de sólidos geométricos es-
paciais.

DICA
Assim, sólido geométrico
Múltiplos e Submúltiplos do Metro Cúbico
espacial ou figura geo-
métrica espacial é todo
conjunto de pontos per- É comum na prática você se deparar com o cálculo de volume de sólidos
tencentes ao espaço, mas muito pequenos (como o volume de uma lata de óleo) ou muito grandes
que não estão no mesmo (como o volume de um navio), desta forma, assim como na unidade de
plano. área, precisa-se também de unidades menores ou maiores para que se
possam determinar esses volumes.

Para você saber a quantidade de


espaço ocupado por esse sólido é
necessário compará-lo com outro
tomado como unidade. O núme-
ro obtido é denominado de volu-
me do sólido geométrico.

Unidade de Volume

A princípio você pode adotar


qualquer sólido como unidade
de volume, na prática foi adotado
como volume unitário um cubo
cuja aresta mede 1 m de compri-
mento, assim a unidade de volume
é denominada metro cúbico m3 (3
dimensões da figura espacial). Os múltiplos e submúltiplos do metro cúbico são volumes dos cubos
Na prática você pode adotar qual- cuja aresta tem unidades múltiplas ou submúltiplas do metro.
quer sólido como unidade de vo-
lume. Para medir como unidade o
volume do cubo cuja aresta tem
um metro de comprimento, sur-
giu o metro cúbico m3, observe
a figura.

60 CURSOS TÉCNICOS SENAI


Representação e Leitura

As unidades de volume variam de 1.000 em 1.000, desta forma você


escreverá:
43,26 m3, mas é conveniente escrever 43,260 m3.
Lê-se: quarenta e três metros cúbicos e duzentos sessenta decímetros
cúbicos.

Mudança de Unidade

2,3456 m3 = 2 345,6 dm3 = 2 345 600 cm3

Observe que ao mudar de unidade para uma imediatamente inferior,


multiplica-se a medida inicial por mil até chegar à unidade solicitada.

x1000 x1000 x1000 x1000 x1000 x1000 x1000


km 3
hm 3
dam 3
m 3
dm 3
cm 3
mm3
:1000 :1000 :1000 :1000 :1000 :1000 :1000

Se partir de uma unidade menor


para uma unidade maior, deve-se
dividi-la por mil até chegar à uni-
dade solicitada.

Sólidos Geométricos – --------------------------------------- ------------------------------------------ -------------------------------------

Área e Volume

Em sua vida diária você se depa-


ra com vários objetos constituí-
dos de volume. Se você observar ------------------------------------------ --------------------------------------- --------------------------------
bem, verá que tudo que é constru-
ído pelo homem apresenta forma
definida, nesta unidade você es- Você estudará a seguir cada um desses sólidos e os elementos que o
tudará como calcular o espaço compõem. Bons estudos!
ocupado por esses sólidos, sua
formação, as principais figuras
que dão origem a eles, além de ve-
rificar que muitos são junções de Prismas
dois ou mais sólidos.
Você consegue identificar os no- São sólidos limitados por dois polígonos paralelos congruentes (iguais)
mes dos sólidos geométricos a se- que formam as suas bases e por tantos paralelogramos quantos forem
guir? Sua tarefa é escrever o nome os lados dos polígonos que formam a base. Eles podem ser classificados
de cada um deles. em retos ou oblíquos.

MATEMÁTICA APLICADA À MECÂNICA 61


Prisma reto Prisma obliquo

Observação: no prisma reto as arestas são perpendiculares à base e oblí-


quo quando são inclinadas em relação à base.
De uma maneira geral, para calcular o volume dos prismas multiplica-se
a área da base pela medida da altura, ou seja:

V Ab .h

Você estudará também as áreas das superfícies que formam as laterais e


suas bases, pois em muitas situações você será obrigado a dispor dessas
superfícies para construir um sólido qualquer, como por exemplo, na
construção da carroceria de um caminhão-baú, em que será necessário
determinar a quantidade de chapas para a sua construção.
Num prisma você encontrará as áreas das seguintes superfícies:

A seguir você analisará alguns prismas e os elementos que o formam.


Paralelepípedo retângulo – as bases e as laterais são paralelogramos.
Área da face – é a área de um
dos polígonos que forma uma
das laterais;

Área lateral – é o somatório


das áreas dos polígonos que
formam as laterais dos pris- arestas
mas;
a
Área da base – é a área do
polígono que forma a base;
Base
Área total – é a soma de to- c
das as áreas dos polígonos b
que formam o prisma.
Tem-se:
▪▪ aresta a = altura;
▪▪ aresta c = comprimento;
▪▪ aresta b = largura.

62 CURSOS TÉCNICOS SENAI


Observe que este polígono é formado por 6 faces que são paralelogra-
mos. Tem-se assim na face anterior as arestas a, b, c, desta forma é pos-
sível determinar as áreas que formam o paralelepípedo.

Vamos planificá-lo:

Área da base Ab = aresta c . aresta


Vamos planificá-lo c ⟹ Ab = c.b
Área da face frontal Af = aresta a
Ab
. aresta b ⟹ Af = a . b
Base Sup.
b’ Área da face lateral Al = aresta c’.
aresta a’ ⟹ Al = c’ . b’
Área lateral AL= 2(Af + Al)
Af Área total AT= 2(Ab + AL)
a a’ Al Af Al Al

b
c’
Base Inf.
c
Ab

Aplicação 1

Determine o volume e as áreas do paralelepípedo da figura a seguir:

Com esses dados você pode cal-


cular a área lateral e a área total.
Área lateral AL = 2(Af +
Al) ⟹ AL 2(288 + 192) ⟹
altura = 24 mm AL = 960 mm2
24
comprimento = 12 mm Área total AT = 2(Ab + AL)
⟹ AT = 2(96 + 960) ⟹
largura = 8 mm AT = 2 112 mm2
Volume V = comprimento x lar-
8 gura x altura ⟹
12
V = 12 x 8 x 24 ⟹
V= 8.064 mm3
Acompanhe a seguir alguns exem-
Área da base plos de prismas que fazem uso do
Ab = 12 x 8 ⟹ Ab = 96 mm2 mesmo raciocínio para a deter-
minação dos elementos que você
Área da face frontal calculou na Aplicação 1.
Af = 12 x 24 ⟹ Af = 288 mm2
Área da face lateral
Al = 8 x 24 ⟹ Al = 192 mm2

MATEMÁTICA APLICADA À MECÂNICA 63


Reto: quando o eixo que
o forma é perpendicular à
base.

Oblíquo: o eixo não é per-


pendicular à base.

cubo
Prisma de base hexagonal Prisma de base pentagonal

Cilindro

Sólido geométrico cuja base é um círculo. Assim como o prisma, os


cilindros se classificam em cilindro reto e oblíquo.

Cilindro reto Cilindro obliquo

Observação: o cilindro equilátero é caracterizado quando a altura do


cilindro for igual ao seu diâmetro.

Área e Volume

d
d

h h
C=π.d

Área da base Ab .r 2

Área lateral AL = C . h ⟹ AL = π.d.h


Área total AT = 2 Ab + AL

Volume V = Ab . h ⟹ V .r 2 .h

64 CURSOS TÉCNICOS SENAI


Aplicação 1 Área da base: de acordo com o
polígono que a forma.

Determine o volume e a quantidade de área necessária para confeccio- Área lateral: AL = b . h , lembrar
2
nar uma lata de óleo que apresenta a forma de um cilindro circular reto que a altura relacionada se refere
com as seguintes dimensões: à altura do triângulo que forma a
face lateral.
Área total AT = somatória das áre-
d=80
as laterais.

altura = 100 mm Volume V = Ab . h


h=100 3
diâmetro = 80 mm Aplicação 1

Determine o volume, a área to-


tal das faces e a área total de uma
2 2 pirâmide de base retangular que
Área da base Ab .40 Ab 5 024 mm ⟹ A = 5 024 mm2
b
apresenta as seguintes dimensões:
Área lateral AL = C . h ⟹ AL = π.80.100 ⟹ AL = 25 120 mm2
comprimento da base = 80 mm;
Área total AT = 2 Ab + AL ⟹ AT = 2 x 5 024 + 25 120 ⟹
largura da base = 45 mm;
AT = 35 168 mm2
.r 2 .h ⟹ V = 3,14.40².100⟹ altura = 78 mm.
Volume V = Ab . h ⟹ V
V = 502 400 mm3

Resposta: conforme solicitado, você deve utilizar para a fabricação de 78


uma lata, 35.168 mm2 de chapas para um volume de 502.400 mm3 de
óleo.

Pirâmide
80
45
Sólido geométrico limitado por um polígono qualquer e por triângulos
que formam as suas laterais e que têm um vértice comum. O polígono
forma a base e os triângulos as suas faces laterais. As pirâmides se clas-
sificam de acordo com o polígono que forma a sua base. A altura da Área da base Ab = comprimento
pirâmide é o segmento de reta perpendicular à sua base. x largura ⟹ Ab = 80 x 45 ⟹
Ab = 3 600 mm2.
Apótema do triângulo que for-
ma a face lateral com aresta de
45 mm = 87,66 mm.
apótema h=altura
Apótema do triângulo que for-
ma a face lateral com aresta de
Apótema da base 80 mm = 81,18 mm.
Observe que neste caso você tem
duas faces com triângulos diferen-
tes, um cuja base é 45 mm e outro
cuja base é 80 mm.
Área da face lateral cujo triângulo
tem base igual a 45 mm:

MATEMÁTICA APLICADA À MECÂNICA 65


Cone
45.87,66
Af = →
2
É o sólido gerado por um triângulo retângulo que gira em torno de um
Af = 1 972,35 mm2
de seus catetos.

Área da face lateral cujo triângulo


tem base igual a 80 mm: g
h
AL C= π.d
80.81,18
Af = 2 →
Af = 3 247,20 mm2 d

Área total das faces.


Área lateral
Atf = 1 972,35 + 3 247,20
AL =  .r.g g = geratriz
Atf = 5 219,55 mm2

Área da base
π.r2.h Ab r2.
Área total AT = somatório da área 3
das faces mais a área da base.
Área total
At = Ab + Af →
At = 3 600 + 5 219,55 → AT = AL + Ab → AT =  .r.g + r2. → AT . .r.(g r )
At = 8 819,55 mm2
Volume
.r 2 .h
V
Volume 3

Ab.h Aplicação 1
V= →
3
3 600.78
V= → Determine a área lateral total e o volume de um cone que apresenta as
3 seguintes dimensões:
V = 93 600 mm3

▪▪ diâmetro da base = 18 cm;


▪▪ altura = 14 cm.

66 CURSOS TÉCNICOS SENAI


Cálculo da geratriz: Aplicação 1
g =r +h
2 2 2

g2 = 92 + 142 Determine a superfície e o vo-


g2 = 81 + 196 lume de um depósito de gás em
g = √277 forma de esfera que apresenta um
g = 16,65 cm diâmetro de 8 m.
d=8m → r=4m
Área lateral AL =  .r.g → AL = 3,14 . 9 . 16,65 → AL = 470,529 cm2 Área da superfície esférica
As 4. .r 2 → As 4. .4 2 →
Área da base Ab r2. → Ab 9 2. → A = 254,34 cm2
b
As = 200,96 m2
Área total AT = AL + Ab → AT = 470,529 + 254,34 →
AT = 724,869 cm2 4. .r 2
Volume da esfera Ve →
.r 2 .h 3
Volume V 3
3
Ve = 4. .4 → Ve = 267,95 m3
3

.9 2.14 Volume do Tronco de


V
→ 3 Cone

→ V = 1.186,92 cm3
Sólido gerado pela seção de um
cone por um plano paralelo à sua
Esfera base em uma determinada altura
do cone, conforme demonstrado
na figura a seguir.
Você sabe o que é uma esfera? É um semicírculo que gira em torno do
seu eixo.

DICA
A esfera é o sólido geométrico limitado por uma superfície esférica
e formado por todos os pontos de sua superfície e o seu interior.

Área lateral
AL = , sendo;
B • R = raio da base maior do cone;
• r = raio da base menor;
• g = geratriz do cone;
Área da superfície esférica As 4. .r 2
• volume do tronco de cone;

4. .r 2
Volume da esfera Ve
3

MATEMÁTICA APLICADA À MECÂNICA 67


.h
V 2
3(R r2 R.r )

Tronco de Pirâmide
Sólido gerado pela seção de uma pirâmide por um plano paralelo à sua
base em uma determinada altura da pirâmide. Veja a figura a seguir.

Base menor

Base maior

Área lateral AL: soma das áreas dos trapézios que formam as superfícies
laterais.
Área total: soma da área lateral com a área das bases.

AT AB Ab AL

h
V
3 ( AB Ab AB Ab )

Acompanhe a seguir as fórmulas utilizadas para calcular o volume de


figuras espaciais. Aproveite!

68 CURSOS TÉCNICOS SENAI


Cubo Paralelepípedo Retângulo

Cilindro Pirâmide

Cone Tronco do Cone

Tronco da Pirâmide Esfera

MATEMÁTICA APLICADA À MECÂNICA 69


Finalizando

Procuramos apresentar nesta unidade curricular os elementos necessários para que você pos-
sa utilizar os conhecimentos matemáticos de forma clara e objetiva. Os conteúdos abordados
são essenciais na sua vida profissional como técnico; frações, números decimais, regra de três,
porcentagem, cálculo de área e volume e muitos outros conhecimentos são indispensáveis
para que você se torne um profissional seguro e dedicado naquilo que faz.

Muitos desses conhecimentos você irá aperfeiçoar ao longo da sua vida profissional, portan-
to, dedique-se, o sucesso só depende de você.

Pratique, faça as coisas com carinho e quando não conseguir resolver um problema de qual-
quer área do conhecimento, peça ajuda, pois um profissional só se faz quando trabalha junto
com outras pessoas, ou seja, trabalha em equipe.

Um ótimo estudo.

MATEMÁTICA APLICADA À MECÂNICA 71


Referências
▪▪ SENAI. Geometria: [S.I.: s.n.], 1975. 162 p. (Coleção Básica Matemática).

▪▪ ______. Geometria IV. 1. ed. [S.I.]: SENAI, 1975. (Coleção Básica Matemática).

Bibliografia complementar

▪▪ D’AMBRÓSIO, Nicolou; D’AMBRÓSIO, Ubiritan. Matemática comercial e financeira,


com complementos de matemática e introdução ao cálculo. 23. ed. São Paulo: Nacio-
nal, 1975. 287 p.

▪▪ RUBINSTEIN, Cléa et al. Matemática para o curso de formação de professores de 1a


a 4a série do 1° grau: 1. ed. São Paulo: Moderna, 1991. 429 p.

▪▪ SPINELLI, Walter; SOUZA, Maria Helena Soares de. Matemática comercial e financei-
ra. São Paulo: Ática, 1998. 239 p.

▪▪ SÓ MATEMÁTICA. Disponível em: <http://www.somatematica.com.br/>. Acesso em:


20 nov. 2009.

MATEMÁTICA APLICADA À MECÂNICA 73

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