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Alcantaro Corrêa
Presidente da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina
Almir da Silva
Jairo Gayo
Renato Antonio Schramm
Florianópolis/SC
2010
É proibida a reprodução total ou parcial deste material por qualquer meio ou sistema sem o prévio
consentimento do editor. Material em conformidade com a nova ortografia da língua portuguesa.
Ficha catalográfica elaborada por Luciana Effting CRB14/937 - Biblioteca do SENAI/SC Florianópolis
S586m
Silva , Almir da
Matemática aplicada à mecânica / Almir da Silva, Jairo Gayo, Renato
Antonio Schramm. – Florianópolis : SENAI/SC, 2010.
73 p. : il. color ; 28 cm.
Inclui bibliografias.
CDU 51
Com acesso livre a uma eficiente estrutura laboratorial, com o que existe
de mais moderno no mundo da tecnologia, você está construindo o seu
futuro profissional em uma instituição que, desde 1954, se preocupa em
oferecer um modelo de educação atual e de qualidade.
É nesse contexto que este livro foi produzido e chega às suas mãos.
Todos os materiais didáticos do SENAI Santa Catarina são produções
colaborativas dos professores mais qualificados e experientes, e contam
com ambiente virtual, mini-aulas e apresentações, muitas com anima-
ções, tornando a aula mais interativa e atraente.
44 Seção 2 - Semelhança de
triângulos
32 Unidade de estudo 3
Equações
Competências
Conhecimentos
▪▪ Conjuntos numéricos.
▪▪ Operações com números decimais.
▪▪ Frações, potenciação e radiciação.
▪▪ Proporções e regra de três simples.
▪▪ Equações do 1º e 2º grau.
▪▪ Trigonometria.
▪▪ Geometria plana e espacial.
Habilidades
Atitudes
▪▪ Assiduidade.
▪▪ Proatividade.
▪▪ Relacionamento interpessoal.
▪▪ Trabalho em equipe.
▪▪ Cumprimento de prazos.
Seções de estudo
Seção 1
Conjuntos Numéricos
e Números Decimais
Os conjuntos numéricos são uma Estes números surgiram com a necessidade dos comerciantes e dos ban-
forma de classificar os números cos em representar dívidas e saldos negativos. Com este conjunto você
segundo algumas características pode efetuar o seguinte cálculo, 3 - 5 = - 2.
básicas, como propriedades e
complexidade. Classificando os
números você pode compreender
melhor suas aplicações na Mecâ- Conjunto dos Números Racionais, Q
nica.
Racional é todo número que pode ser escrito na forma de fração, a/b
sendo a e b Números Naturais e b diferente de zero.
Conjunto dos Números
Naturais, N Q={(a)/b |a,bεΝeb≠0}
-3 -2 -1 0 1 2 3
R Ѵ2 e π
Nessa imagem você tem a noção de sequência dos Números Reais, cada
ponto da reta representa um número e vice-versa. Para qualquer núme-
ro da reta, têm-se os números maiores que ele à direita e os menores à
esquerda.
Outra maneira de visualizar o Conjunto dos Números Reais é utilizando
o Diagrama de Venn, conheça-o a seguir:
N
Z
Q
R
Ir
Por meio do Diagrama de Venn você pode observar que os Naturais es-
tão contidos nos Inteiros, que por sua vez estão contidos nos Racionais
e os Reais englobam todos os Conjuntos.
}
(+1) . (+1) = (+1)
Sinais iguais, resultado positivo.
(-1) . ( -1) = (+1) {
(+1) ÷ (+1) = (+1)
( -1) ÷ ( -1) = (+1)
Potências de Base
}
(+1) . (-1) = (-1)
Sinais opostos, resultado
(-1) . (+1) = (-1) negativo.
{ (+1) ÷ (-1) = (-1)
(-1) ÷ (+1) = (-1)
negativa
(-3)2 =
Potenciação
(-3)3 =
Potenciação nada mais é do que a simplificação de uma série de multi-
plicações de fatores iguais, como você pode observar nos exemplos a
(-3)4 =
seguir:
(-3)5 =
2·2·2·2=2 4
X · X · X = X3
Observe a seguir algumas características desta operação: Quando uma potência possui ex-
poente negativo, inverte-se a base
(troca-se de posição o numera-
dor e o denominador), como nos
exemplos a seguir:
( )
3 -2 = 1
3
2
= 1
9
Índice ▪▪ divisões ou multiplicações;
▪▪ subtrações ou adições.
3
√8 Radical
( ) ( )
3
2
-3
= 2
3
3
= 8
27
Radicando Conheça um exemplo de expres-
são numérica:
( ) ( )
1
4
-1
= 4
1
1
= 4
Após conhecer os entes das raí-
zes, vamos aos exemplos:
2 - 3 · 42 =
2 - 3 · 16 =
2 - 48 =
- 46
√49 = 7
Quando o expoente é zero e a
base diferente de zero, o resultado
3
√-27 = -3
é sempre 1. Veja alguns exemplos:
3
√100 = 4,64...
Quando temos duas operações
70 = 1 com o mesmo grau/ordem, re-
35,980 = 1 solve-se primeiro a da esquerda.
(1/30) = 1 Vale destacar que algumas raízes Confira os exemplos a seguir:
(-88)0 = 1 não possuem resultado no Con-
√100 = 1 junto dos Números Reais, os ca- 45 + 25 · 3 ÷ 15 =
sos são:
00 = э 45 + 75 ÷ 15 =
▪▪ índice par e radicando nega- 45 + 5 =
tivo:
Radiciação 50
2
э
√-9= 1,34 - 89 · 0,125 + 2,89 =
Você pode dizer que a potencia-
ção possui duas operações inver-
4
э
√-625= 1,34 - 11,125 + 2,89 =
sas, uma é a radiciação e a outra é
6
√-64= э - 9,785 + 2,89 =
o logaritmo, veja o esquema apre- - 6,715
sentado a seguir:
▪▪ índice zero, 0:
Em alguns casos aplicados das ex-
pressões numéricas, é necessário
√8 = 2
3 0
э
√5=
resolver primeiro as adições e de-
23 = 8 0
√1= э pois as multiplicações. Para “bur-
log2 8 = 3 0
√-16= э lar” a ordem correta de resolução,
utiliza-se, portanto:
▪▪ parênteses ( );
O logaritmo é a operação que de- Expressões Numéricas ▪▪ colchetes [ ];
termina o expoente de uma po- ▪▪ chaves { }.
tência. Entretanto, esta operação
não será estudada nesta apostila, o Uma expressão numérica é uma
sequência de operações com Nú- Observe os exemplos:
objeto de estudo desta seção será
a radiciação que possui grande meros Reais que devem ser re- (45 + 25) · 3 ÷ 15 =
aplicação na área de Mecânica. solvidas obedecendo à seguinte 70 · 3 ÷ 15 =
ordem:
Confira a seguir os entes das ra- 210 ÷ 15 =
ízes: 14
2
5
Numerador
2
5 Denominador
25 ÷ 4 = 6 resto 1
25 = 6,25
4
Note que se você dividir a fração 1/2 obterá o número decimal 0,5. O
mesmo acontece para as frações 3/6, 5/10, 7/14 , assim essas frações
são ditas equivalentes.
1_ = 3 _ = 5 _ = 7_ = ...
2 6 10 14
Adição
3_ + 3 = 4 ÷2_ = 2
10 10 10 ÷2 5
7 3_ + 18 1 = 7 + 18 3 + 1_ = 25 4 = 26
4 4 4 4
Subtração
7_ - 5 = 2 ÷2_ = 1
8 8 8 ÷2 4
8 5 - 3 3 = 5 2
7 7 7
1 3 4 311
2 8 8 812
2 1 11
3 4 12 12 12
7 1 13
8 3 24 24 24
9 1 1
2 1 2 1
16 2 16 16 16
Multiplicação
1 3 1.3 3
.
2 4 2.4 8
1 7 9 31 9.31 279 23
2 .3 . 8
4 8 4 8 4.8 32 32
3 5 3 8 24
.
5 8 5 5 25
3 3 1 3
4 .
4 4 4 16
7 3 15 3 8 24 9 3 3
3 1 . 1 1
8 1 8 1 15 15 5 3 5
Seções de estudo
Seção 1
Razão Direta e Inversa
Para iniciar o estudo desta primei- Numa razão, o dividendo é denominado antecedente e o divisor, con-
ra seção, que tal recordar a suces- sequente.
são dos múltiplos de 6 e 8? Acom- Observação: O consequente deve ser diferente de zero.
panhe a seguir.
Aplicação 1
Aplicação 2
8 x 8.72 576
= ↔ × ⋅ 6 = 8.72 ↔ × = ↔×= ↔ × = 96
6 72 6 6
Porcentagem é a porção de
um dado valor que se deter-
Resposta: para executar o serviço o técnico necessitará de 96 horas. mina para cada 100 partes.
Quando você fala 12% de cer-
to valor, quer dizer que a cada
As regras de três são chamadas compostas quando existem mais de
100 partes desse valor toma-
dois pares de grandezas direta ou inversamente proporcionais, como se 12 partes.
apresentado na Aplicação 3 seguir.
Aplicação 3
A expressão doze por cento, que
se representa por 12%, denomi-
Um grupo de 30 operários, trabalhando 8 horas diárias, fundiu 4.000 kg na-se taxa de porcentagem.
de ferro em 10 dias. Quantos operários serão necessários para fundir Assim, na razão 15/10 a taxa de
6.000 kg trabalhando 15 dias por 6 horas? porcentagem é 15. Escreve-se
Dispomos os dados para determinar se a regra de três é direta ou inver- 15% e lê-se quinze por cento.
sa. Veja-os. Qualquer razão pode ser escrita
sob a forma de porcentagem, bas-
Operários horas/dia kg dias ta determinar a razão equivalente
30 8 4 000 10 cujo denominador seja 100. Ob-
serve atentamente as aplicações a
X 6 6 000 15
seguir.
Montamos as proporções invertendo aquelas em que a seta aponta em
sentido contrário.
Aplicação 1
30 6 4 000 15 1
. . x.6.4 000.15 30.8.6 000.10
x 8 6 000 10 a. Escrever a razão 5 sob a forma
14 400 000 de porcentagem.
x.360 000 14 400 000 x x 40
360 000
1 x 100.1
x x 20
5 100 5
Resposta: serão necessários 40 operários para fundir 6.000 kg de ferro.
Continue sua jornada de estudos, na próxima seção você estudará sobre ou seja, X corresponde a 20%.
porcentagem. Boa caminhada!
3
b. Escrever 4 na forma de por-
centagem.
3 × 3 ∗ 100 300
= ⇒×= ⇒×= ⇒ × = 75
4 100 4 4
Aplicação 2
peças porcentagem
3%
18
Aplicação 3
Aplicação 4 Aplicação 5
Salário Porcentagem
Valor porcentagem
15 600 100% 1 430 100%
14 352 x
X 106,5%
100.14∗352
100 14352
⇒
x ×= x ⇒92
×=
1515600
600 106,5.1430
⟹ ×=
100
O que o técnico pagou correspon-
⇒ × = 1 522,95
de a 92% do preço da máquina,
portanto, ele obteve de desconto
100% - 92% = 8%
Resposta: o novo salário do téc-
nico será de R$ 1.522,95.
Resposta: o técnico obteve de
desconto 8%.
Valor Porcentagem
340 85% ⟹
X 100%
100.340
×= ⇒ × = 400
85
Seções de estudo
Seção 1
Equações Polinomiais do 1º grau
Mas o que é equação? Você conhece o conceito? Equação: Equação é uma
Confira os exemplos de equações a seguir: sentença matemática aber-
ta que exprime uma relação de
igualdade. A palavra equação
2x + 8 = 0 tem o prefixo equa, que em la-
5x - 4 = 6x + 8 tim quer dizer “igual”.
3a - b - c = 0
ax + b = 0
ax = -b
ax = -b simplificando a com a 1x = -b
a a 1 a
x = -b
a
4x - 16 = 6x - 20
1º membro 2º membro
4x - 8 = 6x - 10
Veja que a incógnita representada pela letra x também é chamada de
Termos
Termosda
daequação
equação variável.
É importante lembrar que o Con- O que são raízes de uma equação? Ficou curioso? Então prossiga em
junto dos Números Inteiros é o seus estudos!
Conjunto Universo da equação.
Os elementos do Conjunto Verdade de uma equação são chamados Ra-
Os números -5 e 5, que satisfazem ízes da Equação.
a equação, formam o Conjunto
Para verificar se um número é raiz de uma equação, você deve obedecer
Verdade, podendo ser indicado
à seguinte sequência:
por: V = {-5, 5}.
Você pode concluir que: ▪▪ substituir a incógnita por esse número;
▪▪ determinar o valor de cada membro da equação;
▪▪ verificar a igualdade, sendo uma sentença verdadeira, o número
considerado é raiz da equação.
-3x = 5
4 6 Observação: na equação do 1º
grau o expoente da variável x é
igual a 1, na do 2º grau o expoente
da variável x do primeiro termo é 2
Inicialmente você deve extrair o mmc de 4 e 6, cujo valor é 12:
e do segundo termo é 1.
Confira os exemplos:
-3x = 5 -9x = 10 12 -9x = 10
x2 - 5x + 6 = 0
4 6 12 12 12
é uma equação do 2º grau com
simplificando 12 com 12 temos a = 1, b = -5 e c = 6.
6x2 - x - 1 = 0
Denomina-se equação do 2º grau na variável x toda equação da forma: Uma equação do 2º grau é dita
completa quando b e c são diferen-
tes de zero.
▪▪ x² - 10x = 0
(c = 0)
▪▪ 4x² = 0 Para o produto ser igual a zero,
(b = c = 0) basta que um dos fatores também
o seja.
Raízes de uma Equação do 2º grau Assim:
Aplicação 2 – Equação do
tipo x2 + c = 0
2ª propriedade: se
Determine as Raízes da Equação
4a 2 x 2 4abx 4ac 0
2a (a 0) Discriminante
2ax b b2 4ac
2º passo: passar 4ac para o 2º 2a 2a Denomina-se discriminante o
membro. radical b2 - 4ac que é representado
pela letra grega Δ (delta).
2a Condição: o discri-
minante é nulo Δ = 0. Aplicação 1 Aplicação 2
O valor de √Δ é nulo e a equação
tem duas raízes reais e iguais, as-
sim representadas: Determine dois Números Intei- Um número de dois algarismos
ros consecutivos tais que a soma é tal que, trocando-se a ordem
13 dos seus algarismos, obtém-se
b de seus inversos seja 42 . um número que o excede de 27
x' x' '
2a unidades. Determine esse núme-
Solução ro, sabendo-se que o produto dos
Representa-se um número por x, valores absolutos dos algarismos
3a Condição: o discriminante e por x + 1 o seu consecutivo. Os é 18.
é menor do que zero (Δ < 0) . seus inversos serão representados
O valor da √Δ não existe no 1 1 Solução
e
conjunto dos IR, não existindo, por x x 1 .
Representa-se um número por
portanto, raízes reais. As Raízes
10x + y, e o número com a or-
da Equação são Números Com-
Você tem então a equação: dem dos algarismos trocada por
plexos.
10y + x.
Dada a equação ax² + bx + c = 0,
Observe:
você terá os seguintes resultados: 1 1 13
e
▪▪ para (Δ > 0), a equação tem x x 1 42
Número:
duas raízes reais diferentes;
x y
▪▪ para (Δ = 0), a equação tem
Resolvendo-a:
duas raízes reais iguais; → 10x + y
▪▪ para (Δ < 0), a equação não y x
tem raízes reais. 1 1 13
e → 10y + x
x x 1 42
Agora que você conhece o de-
mmc = 42.x.(x+1)
senvolvimento da fórmula de Número com a ordem dos alga-
Bhaskara, chegou a hora de re- rismos trocada: 10y + x.
solver problemas do 2º grau. Boa
resolução!
24000 24000
400
x 5 x 60 x 60 x 300 x 2 5x
60 x 60 x x2 5x 300
Resolvendo-a: x 2
5x 300 0
24000 24000
400 Para resolver a equação você deve
x 5 x
aplicar a fórmula de Bhaskara,
dividindo ambos os membros por chegando ao resultado: x’ = 20
400 e x’’ = -15. Caso o resultado seja
negativo, você deverá descartá-lo.
60 60
1
x 5 x Resposta: nesse jantar estavam
presentes 20 pessoas.
retirando o mmc das frações, você
terá: x(x-5),
Na próxima seção você estudará
sobre a trigonometria. Até lá!
60 60(x 5) x(x 5)
x(x 5) x(x 5) x(x 5)
Seções de estudo
Seção 1
Teorema de Pitágoras
A palavra trigonometria quer di- A relação de Pitágoras diz: Na Mecânica o uso da relação de
zer medida do triângulo, ela surgiu Pitágoras pode ser aplicado em
devido à necessidade de cálculos Se o triângulo é retângulo, vários exemplos. Neste momento
para resolver problemas gerados então o quadrado da medida você aplicará determinando o diâ-
na Astronomia, Agrimensura e da hipotenusa é igual à soma metro de uma esfera que deve ser
Navegações. das medidas dos quadrados modelada na ponta de um eixo, as
dos catetos.
A relação de Pitágoras trata dos dimensões estão em milímetro.
cálculos que envolvem as relações
existentes entre os lados do triân- Dado um triângulo retângulo
gulo retângulo. cujos lados medem 3, 4 e 5 você
Dado o triângulo retângulo, ob- obterá: ø 72
serve atentamente os elementos 52 = 32+42. Realmente a igualdade
que o compõem. se concretiza, resolvendo, tem-se:
25 = 9+16
25 = 25
B Ao localizar o triângulo retângulo
você definirá o que deve ser cal-
culado, neste caso será necessário
calcular o raio da esfera.
A C 48
3 5
4
36
X
A, B, C – vértices do triângulo.
A – vértice que apresenta o ângu-
lo reto. Considerando que:
B e C – vértices que apresentam a = 5, b = 4 e c = 3 tem-se: Assim você terá o seguinte resul-
ângulos menores do que 900. a2 = b2 + c2 tado:
A+B+C – estes três vértices for- a2 = 42 + 32 a2 = b2 + c2
mam ângulos que somam 1800.
a2 = 16 + 9
AB e CD – estes segmentos rece-
a2 = 25 Substituindo no teorema:
bem o nome de catetos.
X2 = 482 + 362
BC – este segmento recebe o
Dessa forma você pode escrever a X2 = 2 304 + 1 296
nome de hipotenusa, é o maior
relação de Pitágoras, ou Teorema X2 = 13 600
lado do triângulo.
de Pitágoras, como: X=√13 600
a2 = b 2 + c 2 X = 116,62
Seção 3
Razões Trigonomé-
tricas no Triângulo
Retângulo
Figura 5 - Triângulos semelhantes
com lados correspondentes pro- A relação que existe entre os la-
porcionais e ângulos congruentes. AD AB 40
dos e os ângulos de um triângulo
Fonte: Senai (1975, P. 102). retângulo é chamada de razões
DE BC 20
trigonométricas do triângulo re-
40 30 40 70
tângulo. Algumas observações
35 20 35
são importantes para você com-
c. Se dois triângulos possuem os
preender melhor esse conceito,
lados correspondentes pro-
acompanhe-as:
porcionais, então eles são se- AD BC 40
melhantes. AE AC 32 ▪▪ lembre-se que o triângulo re-
40 30 40 70 tângulo recebe esse nome porque
32 24 32 56 tem um ângulo reto;
▪▪ os lados que formam o ângulo
de 90° recebem o nome de ca-
Aplicação 2 teto;
▪▪ o lado maior recebe o nome
Usando o conhecimento de seme- de hipotenusa;
lhança entre dois triângulos deter- ▪▪ a soma dos ângulos internos
mine o lado do triângulo df. de um triângulo qualquer, isto
Figura 6 - Triângulos semelhantes
inclui o triângulo retângulo, é
com lados correspondentes pro- igual a 180°.
porcionais
Fonte: Senai (1975, P. 102). Vamos estudar então as razões
entre os lados e os ângulos do tri-
Após conhecer as situações de ângulo?
semelhança de triângulos, que
tal colocar em prática por meio
de aplicações? Vamos lá, siga em
frente!
Você pôde verificar que existe um ângulo reto e dois ângulos agudos e
também que os lados do triângulo que foi formado são proporcionais.
Se tiver o ângulo x e mais o ângulo reto (90°), é possível determinar o
outro ângulo (y), pois você aprendeu que a somatória dos ângulos de um
triângulo qualquer é 180°.
Y°= 180°- (90° + X°)
Você pode também estabelecer uma relação entre os lados do triângulo
já que eles são semelhantes, observe a imagem:
Seções de estudo
Seção 1
Área e Perímetro de
Figuras Planas
Superfície Poligonal
A B
Número de Lados Nome do Polígono
3 Triângulo
4 Quadrilátero
5 Pentágono
6 Hexágono
7 Heptágono
C D
8 Octógono
9 Eneágono
Em que: A, B, C e D são os vér- 10 Decágono
tices do polígono, e AB, BD, DC 11 Undecágono
e CA são os segmentos que for- 12 Dodecágono
mam os lados do polígono.
15 Pentadecágono
20 Icoságono
Quadro 1 - Nomenclatura dos polígonos
ℓ ℓ=comprimento do lado
F C
Vértices: A, B, C, D, E, F.
Diagonais: AD, AE, AC, BF, BE, BD,
CF, CE. Perímetro do Retângulo
Perímetro de Figuras Para calcular o perímetro do retângulo você precisa utilizar a seguinte
fórmula:
Planas
Para medir uma superfície você deve compará-la com outra tomada
Aplicação 1 como unidade, na figura anterior foi utilizado um quadrado de 1 m de
lado.
O retângulo ABCD tem 10 quadrados, se cada quadrado tem 1 m de 0,000 000 345 km2 =
lado, então a medida da superfície ocupada por essa figura tem 10 m2. 0,000 034 5 hm2 =
Na Mecânica utiliza-se esse conhecimento para determinar a medida da 0,003 45 dam2 = 0,345 m2
superfície de chapas. Por exemplo, a quantidade de chapas necessárias
para confeccionar um baú da carroceria de um caminhão.
Quando ocorre a mudança de
unidade, a vírgula se desloca duas
Múltiplos e Submúltiplos do Metro Quadrado casas para a direita ou esquerda.
m2 1 m2 Metro quadrado U
1cm2
2
mm 2
0,000 001 m 2
milímetro quadrado
A b.h
Representação e Leitura
As unidades de medidas de área variam de 100 em 100, em vez de escre- Representando por A a área do
ver 54,3 dm2 é conveniente escrever 54,30 dm2. retângulo, por b a base e por h a
altura, tem-se:
2 . 3
A
Como b = ℓ 4
1cm2
A = b.h
h=ℓ
Triângulo equilátero
A=ℓ.ℓ
A=
h=4,7
3cm
Área do Paralelogramo
s T R T’ S≅R T
S
P U
U≅P U
A b.h
Área do Triângulo
5,8.4 ,7
A
2
A 11,13 cm2
Área do Losango
D.d d= 4cm
A
2
D= 12cm
12,4
A A 24 cm 2
2
Área do Trapézio
B b
A= b. h
h
A =(B+b).h
A = (B+b).h
b B 2
B+b
A B
Seja um polígono regular com números de lado maior do que quatro,
utilize o hexágono conforme figura a seguir. O hexágono pode ser divi- F C
dido em 6 triângulos equiláteros iguais (congruentes).
ap
E D
h = ap ℓ
P = 6ℓ
6..apótema
A como 6. P
2
Aplicação 1
Dados ℓ = 20 cm
Apótema = 24,14 cm
24,14
20 cm
r
Observe que ao abrir a circunferência você obterá 32 partes congruen-
tes, dos quais 16 constituem a área do círculo, usando a fórmula do
paralelogramo terá:
A = b.h como b = C e h = r temos: A = C.r mas, C = 2π.r assim:
2. .r .r
.r 2 Você sabe que a área do círcu-
A= 2 , simplificando temos: A 2
lo é dada pela fórmula A .r .
Como são dois círculos concên-
Lembrando: tricos, a área é a diferença entre as
▪▪ C = comprimento ou perímetro; áreas dos dois círculos.
A .R 2 .r 2 aplicando a pro-
d
▪▪ r = raio → r = 2 ; priedade distributiva, você terá:
▪▪ d = diâmetro.
A .(R 2 r2)
Aplicação 1
Aplicação 1
Determine a área de uma chapa de forma circular que apresenta um
diâmetro de 232,5 mm de diâmetro. Calcule a área de uma arruela ci-
líndrica plana que apresenta um
diâmetro externo de 76,2 mm e
d 232,5mm r 116,25mme 3,14 interno de 50,4 mm.
D = 76,2 mm
Aplicando a fórmula da área do círculo, tem-se:
R = 38,1 mm
d = 50,8
A .r 2 A .116,252 A 42 434,15625mm2 r = 25,4
A .(R 2 r2)
Observe que o resultado em milímetro quadrado é um número grande,
podendo ser transformado, por exemplo, para cm2. Desta forma ficaria A (38,12 25,4 2 )
com: A (1451,61 645,16)
A 2 532,253 mm 2
42 434,15625mm2 424,3415625cm2
DICA
Assim, sólido geométrico
Múltiplos e Submúltiplos do Metro Cúbico
espacial ou figura geo-
métrica espacial é todo
conjunto de pontos per- É comum na prática você se deparar com o cálculo de volume de sólidos
tencentes ao espaço, mas muito pequenos (como o volume de uma lata de óleo) ou muito grandes
que não estão no mesmo (como o volume de um navio), desta forma, assim como na unidade de
plano. área, precisa-se também de unidades menores ou maiores para que se
possam determinar esses volumes.
Unidade de Volume
Mudança de Unidade
Área e Volume
V Ab .h
Vamos planificá-lo:
b
c’
Base Inf.
c
Ab
Aplicação 1
cubo
Prisma de base hexagonal Prisma de base pentagonal
Cilindro
Área e Volume
d
d
h h
C=π.d
Área da base Ab .r 2
Volume V = Ab . h ⟹ V .r 2 .h
Determine o volume e a quantidade de área necessária para confeccio- Área lateral: AL = b . h , lembrar
2
nar uma lata de óleo que apresenta a forma de um cilindro circular reto que a altura relacionada se refere
com as seguintes dimensões: à altura do triângulo que forma a
face lateral.
Área total AT = somatória das áre-
d=80
as laterais.
Pirâmide
80
45
Sólido geométrico limitado por um polígono qualquer e por triângulos
que formam as suas laterais e que têm um vértice comum. O polígono
forma a base e os triângulos as suas faces laterais. As pirâmides se clas-
sificam de acordo com o polígono que forma a sua base. A altura da Área da base Ab = comprimento
pirâmide é o segmento de reta perpendicular à sua base. x largura ⟹ Ab = 80 x 45 ⟹
Ab = 3 600 mm2.
Apótema do triângulo que for-
ma a face lateral com aresta de
45 mm = 87,66 mm.
apótema h=altura
Apótema do triângulo que for-
ma a face lateral com aresta de
Apótema da base 80 mm = 81,18 mm.
Observe que neste caso você tem
duas faces com triângulos diferen-
tes, um cuja base é 45 mm e outro
cuja base é 80 mm.
Área da face lateral cujo triângulo
tem base igual a 45 mm:
Área da base
π.r2.h Ab r2.
Área total AT = somatório da área 3
das faces mais a área da base.
Área total
At = Ab + Af →
At = 3 600 + 5 219,55 → AT = AL + Ab → AT = .r.g + r2. → AT . .r.(g r )
At = 8 819,55 mm2
Volume
.r 2 .h
V
Volume 3
Ab.h Aplicação 1
V= →
3
3 600.78
V= → Determine a área lateral total e o volume de um cone que apresenta as
3 seguintes dimensões:
V = 93 600 mm3
→ V = 1.186,92 cm3
Sólido gerado pela seção de um
cone por um plano paralelo à sua
Esfera base em uma determinada altura
do cone, conforme demonstrado
na figura a seguir.
Você sabe o que é uma esfera? É um semicírculo que gira em torno do
seu eixo.
DICA
A esfera é o sólido geométrico limitado por uma superfície esférica
e formado por todos os pontos de sua superfície e o seu interior.
Área lateral
AL = , sendo;
B • R = raio da base maior do cone;
• r = raio da base menor;
• g = geratriz do cone;
Área da superfície esférica As 4. .r 2
• volume do tronco de cone;
4. .r 2
Volume da esfera Ve
3
Tronco de Pirâmide
Sólido gerado pela seção de uma pirâmide por um plano paralelo à sua
base em uma determinada altura da pirâmide. Veja a figura a seguir.
Base menor
Base maior
Área lateral AL: soma das áreas dos trapézios que formam as superfícies
laterais.
Área total: soma da área lateral com a área das bases.
AT AB Ab AL
h
V
3 ( AB Ab AB Ab )
Cilindro Pirâmide
Procuramos apresentar nesta unidade curricular os elementos necessários para que você pos-
sa utilizar os conhecimentos matemáticos de forma clara e objetiva. Os conteúdos abordados
são essenciais na sua vida profissional como técnico; frações, números decimais, regra de três,
porcentagem, cálculo de área e volume e muitos outros conhecimentos são indispensáveis
para que você se torne um profissional seguro e dedicado naquilo que faz.
Muitos desses conhecimentos você irá aperfeiçoar ao longo da sua vida profissional, portan-
to, dedique-se, o sucesso só depende de você.
Pratique, faça as coisas com carinho e quando não conseguir resolver um problema de qual-
quer área do conhecimento, peça ajuda, pois um profissional só se faz quando trabalha junto
com outras pessoas, ou seja, trabalha em equipe.
Um ótimo estudo.
▪▪ ______. Geometria IV. 1. ed. [S.I.]: SENAI, 1975. (Coleção Básica Matemática).
Bibliografia complementar
▪▪ SPINELLI, Walter; SOUZA, Maria Helena Soares de. Matemática comercial e financei-
ra. São Paulo: Ática, 1998. 239 p.