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DESENHO TÉCNICO

MECÂNICO
DESENHO TÉCNICO
MECÂNICO
Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro
Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira
Presidente

Diretoria-Geral do Sistema FIRJAN


Augusto Cesar Franco de Alencar
Diretor

Diretoria Regional do SENAI-RJ


Roterdam Pinto Salomão
Diretor

Diretoria de Educação
Andréa Marinho de Souza Franco
Diretora
DESENHO TÉCNICO
MECÂNICO

Rio de Janeiro
2008
Desenho Técnico Mecânico
1ª. ed. 2003; 2ª. ed. 2008.
SENAI-Rio de Janeiro
Diretoria de Educação

Gerência de Educação Profissional Luis Roberto Arruda


Gerência de Produto Darci Pereira Garios

Ficha Técnica
Produção Editorial Vera Regina Costa Abreu
Coordenação Alda Maria da Glória Lessa Bastos
Revisão Técnica Ézio Zerbone
Revisão Editorial Taís Monteiro
Projeto Gráfico Artae Design & Criação
Editoração Conexão Gravatá Ltda.

Edição revista da apostila Desenho técnico mecânico


do convênio SENAI-RJ /MICHELIN, 2001.

SENAI - Rio de Janeiro


GEP - Gerência de Educação Profissional
Rua Mariz e Barros, 678 - Tijuca
20270-903 - Rio de Janeiro - RJ
Tel: (21) 2587-1323
Fax: (21) 2254-2884
http://www.rj.senai.org.br
Sumário

APRESENTAÇÃO................................................... 11

UMA PALAVRA INICIAL ........................................ 13

1 INTRODUÇÃO ...................................................... 17
Linguagem do desenho ........................................................... 19
Diferentes tipos de desenho .................................................... 19
Formatos padronizados de papel.............................................. 22
Legendas .............................................................................. 25
Linhas em desenho................................................................. 26

2 PROJEÇÕES ORTOGONAIS................................... 29
Sistemas de projeção ............................................................. 31
Projeções no primeiro diedro e no terceiro diedro ...................... 36
Vistas principais .................................................................... 38
Projeção do sólido envolvente no primeiro diedro ...................... 38
Projeção do sólido envolvente no terceiro diedro ...................... 39
Enquadramento das vistas no papel ......................................... 39
Uso dos esquadros ................................................................. 41
Cotagem ............................................................................... 42

3 PERSPECTIVA ...................................................... 47
Conceituação ........................................................................ 49
Perspectiva cilíndrica ortogonal ............................................... 50
Perspectiva cilíndrica oblíqua (cavaleira) .................................. 53
4 CORTES E SEÇÕES ............................................... 55
Cortes e seções .................................................................... 57
Execução do corte ................................................................. 57
Tipos de corte ....................................................................... 59
Seções transversais ............................................................... 61

5 VISTAS PARTICULARES ....................................... 63


Vistas particulares ................................................................. 65
Rotação do detalhe ............................................................... 65
Vistas parciais ....................................................................... 67
Rupturas ............................................................................... 70
Vistas auxiliares ..................................................................... 71

6 RUGOSIDADE ....................................................... 73
Características ...................................................................... 75
Avaliação da rugosidade ......................................................... 76

7 VAMOS PRATICAR? .............................................. 81


Projeções ortogonais .............................................................. 83
Cotagem ............................................................................... 87
Execução de projeções ortogonais........................................... 89
Faces inclinadas .................................................................... 100
Faces cilíndricas .................................................................... 125
Perspectiva ........................................................................... 131
Seções transversais ............................................................... 139
Vistas auxiliares ..................................................................... 147
Rugosidade ........................................................................... 152
Prezado aluno,
Quando você resolveu fazer um curso em nossa instituição, talvez não soubesse que, desse
momento em diante, estaria fazendo parte do maior sistema de educação profissional do país:
o SENAI. Há mais de 60 anos, estamos construindo uma história de educação voltada para o
desenvolvimento tecnológico da indústria brasileira e para a formação profissional de jovens e
adultos.
Devido às mudanças ocorridas no modelo produtivo, o trabalhador não pode continuar
com uma visão restrita dos postos de trabalho. Hoje, o mercado exigirá de você, além do domínio
do conteúdo técnico de sua profissão, competências que lhe permitam tomar decisões com
autonomia, proatividade, capacidade de análise, solução de problemas, avaliação de resultados
e propostas de mudanças no processo do trabalho. Você deverá estar preparado para o exercício
de papéis flexíveis e polivalentes, assim como para a cooperação e a interação, o trabalho em
equipe e o comprometimento com os resultados.
É também importante considerar que a produção constante de novos conhecimentos e
tecnologias exigirá de você a atualização contínua de seus conhecimentos profissionais,
evidenciando a necessidade de uma formação consistente, que lhe proporcione maior
adaptabilidade e instrumentos essenciais à auto-aprendizagem.
Essa nova dinâmica do mercado de trabalho vem requerendo que os sistemas de educação
se organizem de forma flexível e ágil, motivo esse que levou o SENAI a criar uma estrutura
educacional com o propósito de atender às novas necessidades da indústria, estabelecendo
uma formação flexível e modularizada.
Essa formação flexível tornará possível a você, aluno do sistema, voltar e dar continuidade
à sua educação, criando seu próprio percurso. Além de toda a infra-estrutura necessária a seu
desenvolvimento, você poderá contar com o apoio técnico-pedagógico da equipe de educação
dessa escola do SENAI para orientá-lo em seu trajeto.
Mais do que formar um profissional, estamos buscando formar cidadãos.
Seja bem-vindo!

Andréa Marinho de Souza Franco


Diretora de Educação
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Desenho Técnico Mecânico - Apresentação

Apresentação

A dinâmica social dos tempos de globalização exige dos profissionais atualização constante.
Mesmo as áreas tecnológicas de ponta vêm tornando-se obsoletas, em ciclos cada vez mais
curtos, trazendo desafios renovados a cada dia, e tendo como conseqüência para a educação a
necessidade de encontrar novas e rápidas respostas.
Nesse cenário, impõe-se a educação continuada, exigindo que os profissionais busquem
atualização constante durante toda a sua vida – e os docentes e alunos do SENAI/RJ incluem-se
nessas novas demandas sociais.
É preciso, pois, promover, tanto para os docentes como para os alunos da educação
profissional, as condições que propiciem o desenvolvimento de novas formas de ensinar e
aprender, favorecendo o trabalho de equipe, a pesquisa, a iniciativa e a criatividade, entre outros
aspectos, ampliando suas possibilidades de atuar com autonomia, de forma competente.
O curso de Desenho Técnico Mecânico objetiva levá-lo a compreender o desenho que se
apresente dentro das normas técnicas, bem como elaborar pequenos esboços seguindo estas
mesmas normas.

SENAI-RJ 11
12 SENAI-RJ
Desenho Técnico Mecânico - Uma palavra inicial

Uma palavra inicial

Meio ambiente...
Saúde e segurança no trabalho...
O que nós temos a ver com isso?
Antes de iniciarmos o estudo deste material, há dois pontos que merecem destaque: a
relação entre o processo produtivo e o meio ambiente; e a questão da saúde e segurança no
trabalho.
As indústrias e os negócios são a base da economia moderna. Produzem os bens e serviços
necessários e dão acesso a emprego e renda; mas, para atender a essas necessidades, precisam
usar recursos e matérias-primas. Os impactos no meio ambiente muito freqüentemente
decorrem do tipo de indústria existente no local, do que ela produz e, principalmente, de como
produz.
É preciso entender que todas as atividades humanas transformam o ambiente. Estamos
sempre retirando materiais da natureza, transformando-os e depois jogando o que “sobra” de
volta ao ambiente natural. Ao retirarem-se do meio ambiente os materiais necessários para
produzir bens, altera-se o equilíbrio dos ecossistemas e arrisca-se ao esgotamento de diversos
recursos naturais que não são renováveis ou, quando o são, têm sua renovação prejudicada pela
velocidade da extração, superior à capacidade da natureza de se recompor. É necessário, portanto,
fazer planos de curto e longo prazo, para diminuir os impactos que o processo produtivo causa
na natureza. Além disso, as indústrias precisam se preocupar com a recomposição da paisagem
e ter em mente a saúde de seus trabalhadores e da população que vive ao redor dessas indústrias.
Com o crescimento da industrialização e sua concentração em determinadas áreas, o
problema da poluição se intensificou. A questão da poluição do ar e da água é bastante complexa,
pois as emissões poluentes se espalham de um ponto fixo para uma grande região, dependendo
dos ventos, do curso da água e das demais condições ambientais, tornando difícil a localização
precisa da origem do problema. No entanto, é importante repetir que, quando as indústrias
depositam no solo os resíduos, quando lançam efluentes sem tratamento em rios, lagoas e
demais corpos hídricos, causam danos às vezes irreversíveis ao meio ambiente.

SENAI-RJ 13
Desenho Técnico Mecânico - Uma palavra inicial

O uso indiscriminado dos recursos naturais e a contínua acumulação de lixo mostram a


falha básica do nosso sistema produtivo: ele opera em linha reta. Extraem-se as matérias-primas
através de processos de produção desperdiçadores e que produzem subprodutos tóxicos.
Fabricam-se produtos de utilidade limitada que, finalmente, viram lixo, o qual se acumula nos
aterros. Produzir, consumir e dispensar bens desta forma, obviamente, não é sustentável.
Enquanto os resíduos naturais (que não podem, propriamente, ser chamados de “lixo”)
são absorvidos e reaproveitados pela natureza, a maioria dos resíduos deixados pelas indústrias
não tem aproveitamento para qualquer espécie de organismo vivo e, para alguns, pode até ser
fatal. O meio ambiente pode absorver resíduos, redistribuí-los e transformá-los. Mas, da mesma
forma que a Terra possui uma capacidade limitada de produzir recursos renováveis, sua
capacidade de receber resíduos também é restrita, e a de receber resíduos tóxicos praticamente
não existe.
Ganha força, atualmente, a idéia de que as empresas devem ter procedimentos éticos que
considerem a preservação do ambiente como uma parte de sua missão. Isso quer dizer que se
devem adotar práticas que incluam tal preocupação, introduzindo processos que reduzam o
uso de matérias-primas e energia, diminuam os resíduos e impeçam a poluição.
Cada indústria tem suas próprias características. Mas já sabemos que a conservação de
recursos é importante. Deve existir, então, uma crescente preocupação com a qualidade,
durabilidade, possibilidade de conserto e vida útil dos produtos. As empresas precisam não só
continuar reduzindo a poluição, como também buscar novas formas de economizar energia,
melhorar os efluentes, reduzir a poluição, o lixo, o uso de matérias-primas. Reciclar e conservar
energia são atitudes essenciais no mundo contemporâneo.
É difícil ter uma visão única que seja útil para todas as empresas. Cada uma enfrenta desafios
diferentes e pode se beneficiar de sua própria visão de futuro. Ao olhar para o amanhã, nós (o
público, as empresas, as cidades e as nações) podemos decidir quais alternativas são mais
desejáveis e, assim, passar a trabalhar com elas.
Infelizmente, tanto os indivíduos quanto as instituições só mudarão suas práticas quando
acreditarem que seu novo comportamento lhes trará benefícios – sejam estes financeiros, para
sua reputação ou para sua segurança.
Devemos ainda observar que a mudança nos hábitos não é uma coisa que possa ser imposta.
Deve ser uma escolha de pessoas bem-informadas a respeito de bens e serviços sustentáveis. A
tarefa é criar condições que melhorem a capacidade de as pessoas escolherem, usarem e disporem
de bens e serviços de forma sustentável.
Além dos impactos causados na natureza, diversos são os malefícios à saúde humana
provocados pela poluição do ar, dos rios e mares, assim como são inerentes aos processos
produtivos alguns riscos à saúde e segurança do trabalhador. Atualmente, os acidentes de
trabalho são uma questão que preocupa os empregadores, os empregados e os governantes, e
as conseqüências acabam afetando a todos.

14 SENAI-RJ
Desenho Técnico Mecânico - Uma palavra inicial

De um lado, é necessário que os empregados adotem um comportamento seguro no


trabalho, usando os equipamentos de proteção individual e coletiva; de outro, cabe aos
empregadores prover a empresa com esses equipamentos, orientar quanto a seu uso, fiscalizar
as condições da cadeia produtiva e a adequação dos equipamentos de proteção. A redução do
número de acidentes só será possível à medida que cada um – trabalhador, patrão e governo
– assuma, em todas as situações, atitudes preventivas, capazes de resguardar a segurança de
todos.
Deve-se considerar, também, que cada indústria possui um sistema produtivo próprio, e,
portanto, é necessário analisá-lo em sua especificidade, para determinar seu impacto sobre o
meio ambiente, sobre a saúde e os riscos que o sistema oferece à segurança dos trabalhadores,
propondo alternativas que possam levar à melhoria das condições de vida de todos.
Da conscientização, partimos para a ação: cresce, cada vez mais, o número de países,
empresas e indivíduos que, já estando conscientizados acerca dessas questões, vêm
desenvolvendo ações que contribuem para proteger o meio ambiente e cuidar da nossa saúde.
Porém, isso ainda não é suficiente... É extremamente necessário ampliar tais ações, e a educação
é um valioso recurso que pode e deve ser usado nessa direção. Assim, iniciamos este material
conversando com você sobre o meio ambiente, saúde e segurança no trabalho, lembrando que,
no seu exercício profissional diário, você deve agir de forma harmoniosa com o ambiente,
zelando também pela segurança e saúde de todos no trabalho.
Tente responder à pergunta que inicia este texto: meio ambiente, saúde e segurança no
trabalho – o que eu tenho a ver com isso? Depois, é partir para a ação. Cada um de nós é
responsável. Vamos fazer a nossa parte?

SENAI-RJ 15
Introdução

Nesta seção...

Linguagem do desenho

Diferentes tipos de desenho

Formatos padronizados de papel

Legendas

Linhas em desenho

1
Desenho Técnico Mecânico - Introdução

18 SENAI-RJ
Desenho Técnico Mecânico - Introdução

Linguagem do desenho

A necessidade de um tipo de linguagem que pudesse ser entendida em qualquer idioma


fez com que o homem criasse diversas técnicas gráficas, utilizando para isso as chamadas
projeções.
O caminho percorrido foi árduo, uma vez que não é simples a tarefa de se retirar a imagem
tridimensional do objeto no espaço e lançá-la no plano do papel – no qual há duas dimensões –,
mantendo, no entanto, as medidas reais de comprimento, largura e altura de todos os detalhes,
para uma eventual fabricação.
Na segunda metade do século XIX, pressionado pela Revolução Industrial, o desenho
técnico passou a ser usado por engenheiros e técnicos, com uma linguagem universal,
expressando e registrando idéias, assim como fornecendo dados necessários à produção de
produtos intercambiáveis.
O desenho técnico é usado na indústria, pelos engenheiros, técnicos e desenhistas, e é a
linguagem gráfica em que se expressam e registram as idéias e os dados para a construção de
máquinas e estruturas.
A importância deste desenho no processo industrial é tanta que mesmo quem nunca
venha a desenhar deve ser capaz de ler e interpretar corretamente o seu conteúdo. Daí a razão
pela qual, feito com instrumentos apropriados ou a mão livre – sob a forma de esboço –, ele é
regido por normas técnicas.

Diferentes tipos de desenho


O desenho, servindo de intermediário entre as pessoas que concebem um projeto e as que
intervêm na sua realização, encontra-se sob diferentes formas, em função do papel que deve
desempenhar e das pessoas que o utilizam.

SENAI-RJ 19
Desenho Técnico Mecânico - Introdução

a) Desenho de estudo preliminar


Apresenta-se sob a forma de esquema de funcionamento, esboço, diagrama ou anteprojeto,
e é da competência dos engenheiros de sala de desenho e dos seus colaboradores imediatos
(projetistas).

b) Desenho de definição
Estabelece-se a partir do desenho de estudo preliminar. O desenho de definição tem de
apresentar as exigências funcionais às quais a peça representada deve corresponder:
• Definição das formas funcionais (cuja precisão e exatidão determinam sua utilidade
funcional) com as indicações adequadas de tolerância de forma, que são indispensáveis.
• Definição da qualidade de acabamento da superfície (usinagem ou rugosidade) das faces
funcionais.
• Indicação das dimensões funcionais e das suas tolerâncias.
• Pormenorização relativa às qualidades da matéria constitutiva (matéria + tratamento
térmico).
• Outras exigências particulares (peso, por exemplo).

c) Desenho de definição do produto acabado


É idêntico ao desenho de definição, mas com detalhes suplementares (formas e definições
não-funcionais) necessários para definir o produto acabado.

d) Desenho de fabricação
Permite a realização das peças. É estabelecido pelos desenhistas da sala dos métodos.
• Desenho do conjunto ( projeto, desenhos de montagem).
• Desenhos de detalhes: cada peça está apresentada isoladamente (desenho de definição).

20 SENAI-RJ
Desenho Técnico Mecânico - Introdução

Como se desenvolve uma idéia que acaba pela


realização de uma máquina

IDÉIA

E N G E N H E I R O S - P R O J E T I S TA S

Desenho de estudo preliminar

SALA DE Desenhistas na sala de desenho


DESENHO
Desenhos de montagem + Dossiê da máquina*

número elevado pequeno número


de peças de peças

Desenhos de Desenhos de definição


definição do produto acabado

SALA DOS Desenhistas da sala dos métodos


MÉTODOS Desenhos de fabricação +
ordem de usinagem
fabricação metal desbastado,
moldado ou forjado
fabricação unitária
em série

TORNEIROS, FRESADORES, RETIFICADORES,


SERRALHEIROS, ETC...

peças acabadas

VERIFICAÇÃO

OFICINAS Peças verificadas

AJUSTADORES MECÂNICOS, ELETRICISTAS, ENCANADORES, ETC...

Máquina acabada

Após um período de ensaios e regulagens pelos TÉCNICOS

MÁQUINAS ACABADAS
que podem corresponder às necessidades

- Aviso de funcionamento
* -
-
Aviso de regulagem
Aviso de manutenção
- Instruções para pôr a máquina em
funcionamento
- Diagrama elétrico ou eletrônico
- Diagrama hidráulico ou pneumático
- Nomenclatura, etc.

SENAI-RJ 21
Desenho Técnico Mecânico - Introdução

Formatos padronizados
de papel
Os formatos de papel para a execução dos desenhos técnicos são os da série A, normatizados
pela ABNT, cuja base é o formato A0, constituído por um retângulo de 841mm x 1189mm ≅ 1 m2.
Mediante uma sucessão de cortes, dividindo-se em duas partes iguais os formatos, a partir do
A0, obtêm-se os tamanhos menores da série.

A4
A5
A1 A2
A3
1189

A0 594

A1 A1

841 841

O espaço de utilização do papel fica compreendido por margens, que variam de dimensão
dependendo do formato usado. A margem esquerda, entretanto, mede sempre 25mm, a fim de
facilitar o arquivamento em pastas próprias.

25
Margens

Leg.

22 SENAI-RJ
Desenho Técnico Mecânico - Introdução

Tabela
SÉRIE A

FORMATOS DIMENSÕES MARGENS

A0 841 X 1189 10

A1 594 X 841 10

A2 420 X 594 10

A3 297 X 420 10

A4 210 X 297 5

A5 148 X 210 5

O formato de arquivo é o A4. Para isso, as folhas são dobradas convenientemente, segundo
o esquema abaixo:

Formato A3
(297 x 420)
b

Formato A2 (420 x 594)

SENAI-RJ 23
Desenho Técnico Mecânico - Introdução

b
a

Formato A1 (594 x 841)

a
b

Formato A0 (841 x 1189)

24 SENAI-RJ
Desenho Técnico Mecânico - Introdução

Legendas
Toda folha de desenho deve possuir, no canto inferior direito, um quadro destinado à
legenda constante do mesmo, além do título do desenho e das indicações necessárias à sua
interpretação. Na legenda devem constar as seguintes indicações, além de outras julgadas
convenientes: nome da repartição, firma ou empresa, título do desenho, escalas, unidades
em que são expressas as dimensões, número da folha – para classificação e arquivamento –,
datas e assinaturas dos responsáveis pela execução, verificação e aprovação, indicação de
“em substituição de” ou “ substituído por”, quando for o caso.
Acima das legendas normalmente são colocadas as listas de peças, relações
suplementares, descrições de modificações etc.
Abaixo mostramos um exemplo de legenda e suas dimensões de comprimento e
largura nos diversos formatos de papel.

Quant. Denominações e observações Peça Material e dimensões

Data Nome
Des. Assinatura do chefe Firma
Cop. responsável
Visto
Em substituição de:
Substituído por:

Escala Título do desenho Número

Formatos L (mm) H (mm)

A0, A1 e A2 175 50

A2, A3 e A4 120 35

A4 e A5 90 25

SENAI-RJ 25
Desenho Técnico Mecânico - Introdução

Linhas em desenho
A linha é o elemento básico do desenho técnico, e o emprego de linhas diferentes serve
para fornecer uma melhor compreensão da peça a ser representada.

Classificação das linhas


Segundo a espessura:
Linha grossa – utilizada para representar contornos e arestas visíveis.
Linha média – utilizada para representar contornos e arestas não-visíveis.
Linha fina – utilizada para representar linha de centro, eixo de simetria.

Segundo o tipo:
Linha cheia – utilizada para representar contornos e arestas visíveis.
Linha tracejada – utilizada para representar contornos e arestas não-visíveis.
Linha traço-ponto – utilizada para representar linha de centro, eixo de simetria.

OBSERVAÇÃO:
Para obter uma linha nítida, temos de:
• Prestar atenção à obtenção de linhas regulares (comprimentos, espaços).
• Conservar uma espessura constante para a mesma linha nas diferentes vistas
representando a mesma peça.
• Zelar pela variedade de aspecto, diversificando a espessura das diferentes linhas e sua
intensidade. Em todos os casos, a linha deve ficar muito nítida e suficientemente opaca
(evite passar a borracha em um desenho executado a tinta). Quanto ao desenho feito a
lápis, a linha deve estar bastante acentuada.
• Zelar também pela obtenção de verdadeiras interseções e concordâncias.

26 SENAI-RJ
Desenho Técnico Mecânico - Introdução

Certo

Errado

SENAI-RJ 27
Projeções ortogonais
Nesta seção...

Sistemas de projeção

Projeções no primeiro diedro e no terceiro diedro

Vistas principais

Projeção do sólido envolvente no primeiro diedro

Projeção do sólido envolvente no terceiro diedro

Enquadramento das vistas no papel

Uso dos esquadros

Cotagem

2
Desenho Técnico Mecânico - Projeções Ortogonais

30 SENAI-RJ
Desenho Técnico Mecânico - Projeções Ortogonais

Sistemas de projeção
Em desenho técnico, chama-se projeção de um objeto a sua representação gráfica num
plano. Tendo o objeto três dimensões e o plano de representação somente duas, há necessi-
dade de um artifício técnico que possibilite tal operação. Os elementos fundamentais de uma
projeção são:

a) O observador
É a pessoa que vai analisar, interpretar ou desenhar o modelo. As ilustrações a seguir mostram
o observador vendo o modelo de frente, de cima e de lado, e a seta indica a direção em que o
observador está olhando o modelo.
O observador pode estar em três posições, em relação ao modelo.
• de lado
• de cima
• de frente

De cima

De lado

De frente

SENAI-RJ 31
Desenho Técnico Mecânico - Projeções Ortogonais

b) Modelo
É o objeto que vai ser representado em projeção. Ele deve ser estudado em todos os seus
detalhes.

c) Plano de projeção
É a superfície na qual se podem representar os objetos. São planos de projeção, por
exemplo, a folha de papel, a prancheta de desenho, a lousa etc. O plano de projeção pode estar
colocado em três posições básicas:

Plano horizontal
Plano vertical Plano lateral

Observação: O plano lateral também está na posição vertical. Porém, será chamado apenas
de lateral.

Projeção ortogonal do ponto

Plano de projeção
vertical

ão
j eç
P ro Linha projetante

Ponto A

Observador

32 SENAI-RJ
Desenho Técnico Mecânico - Projeções Ortogonais

Projeção ortogonal de
um segmento de reta

Plano de projeção
vertical

b
ão Linhas projetantes
j eç
P ro
a Segmento de reta

Observador

Plano de projeção
Projeção

a Linha projetante

Segmento de reta
B perpendicular ao plano

Observador

SENAI-RJ 33
Desenho Técnico Mecânico - Projeções Ortogonais

Projeção ortogonal de uma


superfície plana

Plano de projeção vertical

ão b
j eç Linhas projetantes
Pro
d
a
B Superfície plana
c
A D

Observador

Plano de projeção vertical

o b Linhas projetantes
e çã
oj
Pr
Superfície plana
a D

C
A

Observador

34 SENAI-RJ
Desenho Técnico Mecânico - Projeções Ortogonais

Projeção ortogonal de uma das


faces de um prisma retangular

Plano de projeção vertical

b
ão
j eç Linhas projetantes
P ro
a
d Prisma retangular
F
B
c
E
A H
D

G
C

Observador

A indústria usa em larga escala a projeção cilíndrica ortogonal, cuja característica principal
é que as superfícies dos objetos, paralelas ao plano de projeção, projetam-se com a mesma
forma e as mesmas dimensões, isto é, em verdadeira grandeza.

Projeção
cilíndrica
ortogonal

SENAI-RJ 35
Desenho Técnico Mecânico - Projeções Ortogonais

Projeções no primeiro diedro


e no terceiro diedro
Utilizando o sistema cilíndrico ortogonal, dividimos o espaço, por dois planos
perpendiculares, em quatro partes, chamadas de diedros.
Cada diedro possui dois planos de projeção – um vertical e um horizontal. Um objeto
colocado em qualquer diedro terá as suas projeções vertical e horizontal.

primeiro diedro

segundo diedro

quarto diedro
terceiro diedro

Como o objetivo é visualizar o objeto num único plano, é feita a chamada “EPURA”, ou seja,
a planificação do diedro.
Ao interpretar um desenho técnico, procure identificar, de imediato, em que diedro ele
está representado.

36 SENAI-RJ
Desenho Técnico Mecânico - Projeções Ortogonais

O símbolo ao lado indica que o desenho técnico


está representado no primeiro diedro. Este símbolo
aparece no canto inferior direito da folha de papel
dos desenhos técnicos, dentro da legenda.

Quando o desenho técnico estiver representado


no terceiro diedro, você verá outro símbolo:

Nesta planificação, o plano vertical permanece imóvel, enquanto o horizontal gira no


sentido dos ponteiros do relógio.

Projeções no Projeções no
terceiro diedro primeiro diedro

Plano horizontal Plano vertical


123456
123456
123456
123456
123456
123456
12345
12345
123456
123456
12345
12345 123456
12345
12345

Linha de
terra
Plano vertical Plano horizontal

12345
12345
12345
12345
12345 123456
123456
12345
12345 123456
123456
12345 123456
12345

A representação dos objetos no primeiro diedro é conhecida como “método alemão”, e no


terceiro, como“método americano”.
No nosso país, a “norma brasileira” número 8, que padroniza a execução dos desenhos
técnicos, admite a representação nos dois diedros.
A principal característica das projeções efetuadas nesses dois diedros é a disposição dos
elementos fundamentais. No primeiro diedro é o observador (no infinito), o objeto e o plano de
projeção. Já no terceiro é o observador, o plano de projeção e o objeto.

SENAI-RJ 37
Desenho Técnico Mecânico - Projeções Ortogonais

Vistas principais
As formas de alguns objetos necessitam, para uma exata visualização, de mais de duas
projeções. Por isso, o desenho técnico utiliza o chamado sólido envolvente, que é um
paralelepípedo composto pelos dois planos pertencentes aos diedros e mais outros quatro,
com o propósito de possibilitar seis projeções, em vez de duas somente.
As projeções nesses planos são chamadas de vistas ortogonais. São elas:
• VISTA DE FRENTE
• VISTA SUPERIOR OU DE PLANTA
• VISTA LATERAL ESQUERDA
• VISTA LATERAL DIREITA
• VISTA INFERIOR
• VISTA POSTERIOR
O objeto será colocado no interior do sólido envolvente, para se obterem as projeções.
Nesta ocasião, a vista de frente deve ser a principal. Esta vista, projetada no plano vertical,
que fica imóvel na planificação, reforça ainda mais sua escolha, para comandar a posição das
outras vistas. Por essa razão, quando se deseja obter as vistas ortográficas de um objeto, é
conveniente que se faça uma análise criteriosa do mesmo, a fim de que se eleja a melhor posição
para a vista de frente. Essa vista deve conter preferencialmente o comprimento da peça e o
maior número de detalhes.

Projeção do sólido envolvente


no primeiro diedro
ior
fer
In
r
rio
s te
Lateral
esquerd Po
a

te
en
Fr
ita
re
di
al
er
t
La

ior
p er
Su

38 SENAI-RJ
Desenho Técnico Mecânico - Projeções Ortogonais

Projeção do sólido envolvente


no terceiro diedro
Supe
r io r

Po st er io r Late
e s q u ral
erda

Frente Lateral direita

Infer
io r

Enquadramento das vistas


no papel
As vistas ortogonais devem ficar
dispostas harmoniosamente no papel, a fim
de facilitar a interpretação da forma do objeto
e possibilitar um lançamento oportuno de
suas medidas, visando à fabricação.
O enquadramento, então, vai exigir
uma escolha adequada da escala do desenho,
como também algum cuidado, para que não
falte nem sobre papel, por ocasião da
execução das projeções.
Inicialmente, comparam-se as dimensões de comprimento (c), largura (L) e altura (H) do
objeto, para a escolha da posição vertical ou horizontal do papel.
Exemplo: enquadramento efetuado num formato A4 (210 x 297).

SENAI-RJ 39
Desenho Técnico Mecânico - Projeções Ortogonais

a) Devido à predominância da altura, o papel ficará na posição vertical.

b) As dimensões úteis (entre margens) medirão 180 x 287.

a) enquadramento vertical b) enquadramento horizontal

H + L = 85 + 30 = 115 C + L = 60 + 30 = 90

ESPAÇOS ESPAÇOS

287 – 115 = 172 180 – 90 = 90


172 : 3 = 57 90 : 3 = 30

30 60 30 30 30
57
85

287

297
57
30
57

180

210

40 SENAI-RJ
Desenho Técnico Mecânico - Projeções Ortogonais

Uso dos esquadros


Veja a seguir algumas utilizações dos esquadros.

1. Traçar retas ligando dois 2. Traçar retas com ângulos definidos, com o auxílio
pontos quaisquer. da régua paralela ou do segundo esquadro.

3. Traçar retas verticais com o 4. Traçar retas paralelas em


auxílio da régua paralela. qualquer direção.

5. Traçar retas perpendiculares em


qualquer direção.

SENAI-RJ 41
Desenho Técnico Mecânico - Projeções Ortogonais

Cotagem
Por ocasião da fabricação é necessário fornecer ao operário a forma e as dimensões da peça
a ser fabricada. Estes dados, imprescindíveis à execução, servirão também para a verificação da
obra, através do chamado controle de qualidade.
As dimensões mostradas no desenho técnico recebem o nome de cotas, e a técnica de
lançá-las é chamada de cotagem ou dimensionamento.
A cotagem errada ou malfeita pode causar sérios prejuízos à produção de uma peça.
A disposição e a quantidade de cotas, no desenho, variam de peça para peça.
A linha de cota é fina-cheia e traçada sempre paralela à dimensão apresentada.
Nas extremidades da linha se colocam setas, com comprimento de 2 a 3mm e largura de
aproximadamente 1/3 desse comprimento.
Estas setas são limitadas por linhas finas-cheias, denominadas linhas de extensão, que ficam
ligeiramente afastadas do desenho.
A esta linha se acrescenta, por cima, o valor da dimensão em milímetros, normalmente, ou
em outras unidades, indicadas na legenda do desenho.
º
15
+

Seta

Linha de cota +3

Linha de extensão

Regras de cotagem
32
a) As cotas menores devem ficar no
interior das maiores, evitando-se, assim, o 20
cruzamento de linhas.

42 SENAI-RJ
Desenho Técnico Mecânico - Projeções Ortogonais

b) As cotas são expressas em milímetros, sem o símbolo respectivo. Caso se use outra
unidade de medida, o símbolo desta deverá ser indicado.

15
c) As linhas de centro da
circunferência podem ser usadas

14
como linhas de extensão, porém
nunca como linhas de cota.

d) As circunferências são cotadas pelos diâmetros de várias maneiras.

e) Os arcos de circunferências são cotados pelo raio. A linha de cota parte do centro e leva
seta somente numa extremidade.

f) O raio, cujo centro se encontra


fora dos limites do desenho, é indicado
por uma linha de cota quebrada.

SENAI-RJ 43
Desenho Técnico Mecânico - Projeções Ortogonais

g) O sinal indicado de diâmetro (φ) é usado na vista em que a cota não poderia ser
imediatamente identificada como um diâmetro.

h) Na cotagem em perspectiva
paralela, as linhas de extensão e de
cota devem estar paralelas aos eixos
perspectivados.

i) Para cotar em espaços reduzidos, são empregados os recursos abaixo:

7 5 5 5 10

j) Para a cotagem de ângulos, os


valores deverão ser dispostos de acordo
com o quadrante, em uma das formas
apresentadas na figura ao lado.

44 SENAI-RJ
Desenho Técnico Mecânico - Projeções Ortogonais

l) Na cotagem de peças com truncamento (corte) em bisel ou chanfradas, procede-se de


acordo com um dos exemplos dados abaixo.

10 x 10
3 x 45º

m) Quando se utilizam indicadores de cotagem, estes deverão estar inclinados a 30º, 45º
ou 60º, com a seta tocando o detalhe. A notação deve ser escrita na extensão horizontal do
indicador.

3 x 45º

n) Em algumas peças, a fim de auxiliar a


cotagem, são utilizados pontos resultantes
da interseção de duas linhas de construção
da peça.

SENAI-RJ 45
Perspectiva
Nesta seção...

Conceituação

Perspectiva cilíndrica ortogonal

Perspectiva cilíndrica oblíqua (cavaleira)

3
Desenho Técnico Mecânico - Perspectiva

48 SENAI-RJ
Desenho Técnico Mecânico - Perspectiva

Conceituação
Perspectiva é o desenho que mostra os objetos da maneira como eles são vistos na realidade.
A rigor, a visualização exata não é possível porque este desenho é feito a partir de um determinado
ponto de vista e lançado sobre uma superfície plana, enquanto a imagem real é tridimensional.
A perspectiva não é utilizada nas oficinas de fabricação porque deforma as superfícies e é
difícil de cotar. Além disso, a realização dessas perspectivas exige um trabalho longo e minucioso.
Elas são utilizadas nos catálogos dos construtores para as peças de reposição.
A figura abaixo apresenta um exemplo de uma perspectiva. Podemos dizer que a vista está
detalhada. Separa os diferentes componentes de um sistema de bielas de uma moto enquanto
se respeita a posição relativa de montagem.

SENAI-RJ 49
Desenho Técnico Mecânico - Perspectiva

Perspectiva cilíndrica
ortogonal
O sistema de projeção usado até agora foi o cilíndrico ortogonal, e o estudo da perspectiva
nesse sistema pode ser resumido na interpretação da figura a seguir.

Devido às várias inclinações que podemos dar ao cubo, obteríamos um número infinito de
perspectivas.
A perspectiva recebe o nome de monodimétrica quando os três eixos perspectivados
fazem, entre si, dois ângulos iguais e um diferente. No caso de os três ângulos formados pelos
eixos serem diferentes entre si, a perspectiva é chamada de anisométrica. Já quando os três
ângulos formados pelos eixos são iguais entre si, a perspectiva é chamada de isométrica.
A mais usada é a isométrica. Neste caso, as três faces sofrem a mesma deformação, isto
é, reduções iguais nos três eixos.
Como na perspectiva isométrica as reduções são iguais nos três eixos, utiliza-se o
chamado desenho isométrico, que é a figura obtida quando se passam para os eixos perspec-
tivados as medidas reais do objeto.

50 SENAI-RJ
Desenho Técnico Mecânico - Perspectiva

Para executar o desenho isométrico das peças, procede-se do seguinte modo:


a) Tendo as vistas principais de uma peça.

b) Parte-se de um ponto que representa o vértice frontal do sólido envolvente e traçam-se


os três eixos que farão entre si ângulos de 120°.

c) Em seguida constrói-se o para-


lelepípedo com as maiores dimensões
de comprimento, largura e altura,
segundo a visibilidade desejada para
os três planos.

d) Analisando as vistas ortogo-


nais, fazem-se cortes no sólido
envolvente de acordo com as formas
e dimensões dadas nas referidas vistas, adaptando, separadamente, cada vista no seu plano, até
que se tenha o objeto desejado.

SENAI-RJ 51
Desenho Técnico Mecânico - Perspectiva

Observação:
A perspectiva isométrica de circunferências e de seus arcos ocorre freqüentemente.
Como a circunferência pode ser inscrita em um quadrado, este, ao ser perspectivado,
transforma-se em um losango, que terá uma elipse inscrita. Traçam-se os eixos isométricos X, Y
e Z e marcam-se os lados do quadrado no eixo. Tem-se agora o losango, onde são indicados os
pontos médios dos lados E, F, G e H. Ligam-se os pontos A e C aos pontos médios. Com centro
nos vértices A e C, traçam-se os arcos GE e FH. Com centro nos pontos I e J, traçam-se os arcos
GF e EH, completando a elipse isométrica.

A técnica mencionada é a mesma, qualquer que seja o plano utilizado.

Observe que, para completar a perspectiva de um sólido, será necessário desenhar outra
circunferência, ou arco, na face paralela e oposta à primeira, já traçada. Esta outra circunferência
terá as mesmas dimensões e seus vértices serão isometricamente coincidentes, ou seja, serão

52 SENAI-RJ
Desenho Técnico Mecânico - Perspectiva

ligados por linhas paralelas a um dos eixos isométricos (como a linha que liga os pontos E e E’ na
figura a seguir, que é paralela ao eixo vertical).
As duas circunferências em perspectiva serão ligadas por linhas que compõem faces do
sólido (seriam como os lados de um cilindro); estas linhas são tangentes aos arcos que compõem
a circunferência, e para definir sua posição basta ligar os pontos de interseção entre os arcos
traçados e as diagonais maiores dos quadrados isométricos (pontos 1 e 2).

Perspectiva cilíndrica
oblíqua (cavaleira)
Projetantes
Na perspectiva cavaleira, uma das
faces da peça está localizada no plano de
frente – que deve ser paralelo a dois eixos
da peça –, e o observador afasta-se para o
infinito em uma direção inclinada em
relação a ele.
A sombra – seja na parede, seja no
chão – de uma peça iluminada pelo sol
α
possui o contorno de uma perspectiva
cavaleira.

SENAI-RJ 53
Desenho Técnico Mecânico - Perspectiva

O ângulo formado pelas projetantes com a horizontal é chamado ÂNGULO DAS


FUGITIVAS (α), e freqüentemente utilizam-se as medidas 30°, 45° e 60°.
A cotagem feita nas linhas projetantes tem seu comprimento reduzido segundo uma
certa razão, chamada de RAZÃO DE REDUÇÃO, e freqüentemente utilizam-se 2/3, 1/2, e 3/4.

Exemplo:
Sendo o ângulo das fugitivas de 45° e a razão de redução de ½, teremos:

α) da
a
tg tiv
c
X spe

.
r
id pe

co
ed da
a
(m di
e
M
β = 45º

De acordo com a necessidade de representação, o ângulo das fugitivas pode assumir


quatro posições diferentes.

β β

β β

54 SENAI-RJ
Cortes e seções

Nesta seção...

Cortes e seções

Execução do corte

Tipos de corte

Seções transversais

4
Desenho Técnico Mecânico - Cortes e seções

56 SENAI-RJ
Desenho Técnico Mecânico - Cortes e seções

Cortes e seções
Muitos objetos representados em vistas ortográficas não são facilmente interpretados,
devido ao aparecimento de detalhes internos, os quais são mostrados por linhas invisíveis.
Quando esses detalhes são importantes para a fabricação, é conveniente que se tornem
visíveis. Para isso, utiliza-se a técnica do corte, que é a representação do objeto na qual uma de
suas partes é supostamente cortada e removida. As vantagens dessa operação são mostrar
claramente as partes ocultas do objeto e facilitar a cotagem.

Execução do corte
Corta-se o objeto por um plano A

secante imaginário, mostrando-se na


vista ortográfica a sua trajetória, através
de uma linha grossa traço-ponto,
acompanhada de duas letras e setas, que
B
determinam a posição do observador.

SENAI-RJ 57
Desenho Técnico Mecânico - Cortes e seções

Remove-se a parte do objeto situada entre o observador e o plano secante.

Corte AB

A
B

A superfície secionada, chamada de seção, será hachurada e as demais linhas serão


mostradas, à exceção das invisíveis.

B Corte AB

A B

58 SENAI-RJ
Desenho Técnico Mecânico - Cortes e seções

Tipos de corte

Corte pleno ou total


É o executado em toda a extensão, longitudinal ou transversal, da peça.

B Corte AB

A B

Corte com desvio


O plano de corte não necessita ser contínuo. As mudanças de direção são interpretadas
na vista em que o plano incide ortogonalmente e as arestas dos desvios não são represen-
tadas na vista em corte.

Corte AB

SENAI-RJ 59
Desenho Técnico Mecânico - Cortes e seções

Meio corte
É aquele empregado no desenho de peças simétricas, onde metade aparece em corte e
metade em vista externa.

Corte AB

Corte parcial
É usado para mostrar apenas um detalhe da peça. No desenho, esse corte é delimitado por
uma linha fina sinuosa chamada “linha de ruptura”.

60 SENAI-RJ
Desenho Técnico Mecânico - Cortes e seções

Seções transversais
Em alguns casos, a única maneira segura de representar as formas das seções transversais
de determinados objetos é passar planos secantes perpendiculares aos eixos das seções e rebatê-
los, a fim de efetuar com precisão a cotagem.

A Seção A-A Seção A-A


2

A A

1
A

Jamais se cortarão longitudinalmente peças cheias, tais como: eixos, parafusos, porcas,
nervuras, rebites, chavetas, braços de polia, arruelas, etc..., até as situadas no plano
de corte. Não se cortam nervuras quando o plano estiver paralelo à sua maior face.

Corte A-A Corte A-A

A A A A

SENAI-RJ 61
Vistas particulares

Nesta seção...

Vistas particulares

Rotação do detalhe

Vistas parciais

Rupturas

Vistas auxiliares

5
Desenho Técnico Mecânico - Vistas particulares

64 SENAI-RJ
Desenho Técnico Mecânico - Vistas particulares

Vistas particulares
As vistas particulares servem para simplificar a representação das peças. A verdadeira forma
de uma superfície só é mostrada em vistas principais se esta superfície for paralela a um dos
planos de projeção.
Em muitos casos, entretanto, o objeto terá uma ou mais faces inclinadas, cuja forma
verdadeira, para a fabricação, é desejável ou necessário representar.
Quando isso ocorre, lança-se mão das chamadas vistas particulares, que são as projeções
em verdadeira grandeza, obtidas através de planos auxiliares de projeção.

Rotação do detalhe Detalhe


oblíquo

Quando certos deta-


lhes de uma peça ocupam
uma posição oblíqua em
relação ao plano de proje-
ção, o desenho da peça fica
deformado e confuso.

SENAI-RJ 65
Desenho Técnico Mecânico - Vistas particulares

A representação do detalhe está deformada e confusa, porque a projeção da peça foi feita
pelo rebatimento normal.
Nesses casos, para se conseguir maior clareza no desenho técnico, mudam-se as normas
que regulam o rebatimento normal.
Deve-se fazer a ROTAÇÃO DO DETALHE antes de se fazer o rebatimento. A rotação é feita
dando-se um giro no detalhe, até o eixo principal da peça, e depois é feito o rebatimento normal.
Desse modo, o detalhe fica representado sem deformação.

Detalhe oblíquo

Eixo principal

66 SENAI-RJ
Desenho Técnico Mecânico - Vistas particulares

Vistas parciais

Projeções oblíquas
Quando uma parte da peça não se projeta em verdadeira grandeza em um dos planos de
posição, pode-se escolher um plano oblíquo de projeção, paralelo ao detalhe que se quer em
verdadeira grandeza, para projetar apenas esta parte da peça.
Cada vista parcial é limitada, como no caso de um detalhe por uma linha cheia-fina traçada
a mão livre.
As vistas auxiliares são geralmente representadas de forma simplificada, em virtude da
conseqüente inclinação das demais linhas. Por isso são freqüentemente denominadas vistas
simplificadas ou parciais.

A
Vista A

a
Vista A

Vista B

c
A

Vista A

SENAI-RJ 67
Desenho Técnico Mecânico - Vistas particulares

Detalhes
Se uma peça apresenta só um detalhe particular, projeta-se unicamente esse detalhe.
Se a escala utilizada não permite uma representação clara de um detalhe, uma vista parcial
desse detalhe em uma escala maior facilita a cotação e a representação.
Uma vista parcial limita-se por uma linha fina traçada a mão livre.

70

22 9

φ20
φ14

φ9

Vista parcial do detalhe C

Corte A-A

O 2,5
2 furos

68 SENAI-RJ
Desenho Técnico Mecânico - Vistas particulares

Peças simétricas
As peças que apresentam planos de simetria podem ser representadas por uma meia
vista ou por um quarto de vista.
A vista limita-se às linhas de simetria, e na extremidade de cada uma dessas linhas traçam-
se duas pequenas linhas perpendiculares ao eixo de simetria.

Vista completa ½ vista ½ vista ¼ vista

Corte A-A

Parte da peça que deve


aparecer nas vistas

SENAI-RJ 69
Desenho Técnico Mecânico - Vistas particulares

Rupturas
Se uma peça possuir seções uniformes em uma ou em várias partes, não é necessário
representá-la completamente.
Desenham-se somente as formas essenciais, suprindo assim as partes cuja projeção não
proporcionaria informações complementares.
As partes que se conservam devem ser aproximadas umas das outras e limitadas por uma
linha cheia-fina.

Vistas completas Rupturas


φ22
φ10
φ20

φ30

20

115 5 15

70 SENAI-RJ
Desenho Técnico Mecânico - Vistas particulares

Vistas auxiliares
Para que caibam dentro de folhas-padrão para desenho, ou para que se simplifiquem
projeções, é possível – excepcionalmente – não dispor as vistas normalmente.
Neste caso, indica-se a direção de observação por uma seta marcada com uma letra
maiúscula, e a mesma letra deve designar a vista deslocada.

Vista A

Vista B

Vista C

B
C

SENAI-RJ 71
Rugosidade
Nesta seção...

Características

Avaliação da rugosidade

6
Desenho Técnico Mecânico - Rugosidade

74 SENAI-RJ
Desenho Técnico Mecânico - Rugosidade

Características
O desenho de uma peça define uma superfície geométrica sem defeitos de forma ou
rugosidade. Entretanto, a peça tem uma superfície que nunca é idêntica àquela definida no
desenho. O conjunto das pequenas irregularidades de uma superfície que se deseja caracterizar
define a rugosidade da superfície.
A rugosidade influi no comportamento das superfícies em várias de suas utilizações, como,
por exemplo: atrito, ajuste, desgaste, corrosão, aparência, resistência à fadiga, propriedades
óticas, escoamento de fluidos (paredes de tubos e dutos), superfície de medição (blocos-padrão,
micrômetros, paquímetros) e aderência de pintura.
Características do perfil:
a) Superfície real – superfície que limita um corpo, o qual resulta da fabricação.
b) Superfície geométrica – superfície ideal, prescrita no projeto, na qual não existem erros
de forma e acabamento. Exemplos: superfície plana; superfície cilíndrica; superfície
esférica.
c) Superfície efetiva – superfície obtida através de instrumentos analisadores de superfície.
d) Perfil da superfície – interseção da superfície real com um plano a ela perpendicular.
e) Irregularidades das superfícies – saliências e reentrâncias na superfície real.
f) Passo das irregularidades – média das distâncias entre as saliências mais pronunciadas
do perfil situadas num comprimento de amostragem.
g) Comprimento de amostragem (L) – comprimento, medido na direção geral do perfil,
suficiente para a avaliação dos parâmetros da rugosidade.
h) Linha média – linha paralela à direção geral do perfil, no comprimento de amostragem,
colocada de tal modo que a soma das áreas superiores, compreendidas entre ela e o perfil,
seja igual à soma das áreas inferiores.
i) Desvio aritmético (Ra) – média dos valores absolutos das áreas compreendidas acima
da linha média, num comprimento de amostragem.

SENAI-RJ 75
Desenho Técnico Mecânico - Rugosidade

Superfície efetiva

Superfície
geométrica

Avaliação da rugosidade
De acordo com a ABNT, a rugosidade é avaliada pelo desvio médio aritmético (Ra), ou seja:
a rugosidade de uma superfície é a média das áreas compreendidas acima da linha média, num
comprimento de amostragem.

y3
y2 y4 y5 y8 y9
y1 y10 y11 y 12 y13
y6 y7
dx

y1dx + y2dx + y3dx + y4dx + ...................yndx


Ra =
L

76 SENAI-RJ
Desenho Técnico Mecânico - Rugosidade

Simbologia
Para a indicação, nos desenhos, da rugosidade da superfície, sempre expressa em micro,
deve ser usado o símbolo da figura abaixo, com as proporções aproximadamente iguais à
indicada.

10

3 10

600
600

2,5

A indicação da rugosidade da superfície,


sempre expressa em micro, deve ser colocada
no interior do símbolo.

Para as indicações complementares, deve FRESAR

ser ampliada a linha do traço maior do símbolo. 2,5


Sobre essa linha será indicado o tipo de usina-
gem ou acabamento (exemplos: tornear,
retificar, jato de areia, polir, etc.). Abaixo da linha
horizontal será indicada a orientação prefe-
rencial dos sulcos, conforme mostra a tabela a
seguir.

SENAI-RJ 77
Desenho Técnico Mecânico - Rugosidade

Tabela de rugosidade das superfícies

RUGOSIDADE DAS SUPERFÍCIES


Normas de orientação TA B E L A 3
RELAÇÕES ENTRE TIPO DE TRABALHO E RUGOSIDADE
Rugosidade Ra µ m
Trabalhos
0 , 0 2 5 0,05 0,1 0,2 0,4 0,8 1,6 3 6 12 16 20 25

Rebarba - Corte com serra - Corte com chama


1234567890123456789012
1234567890123456789012
1234567890123456
1234567890123456
Torneamento - Fresa - Limadura
1234567890123456
Furação
1234567890123
1234567890123
1234567890123
1234567890123456789012345678
1234567890123456789012345678
Alisadura 1234567890123456789012345678
Alesadura
1234567890123
1234567890123
12345678901
12345678901
Limadura 12345678901
Retífica
1234567890123456789
1234567890123456789
1234567890123456789
1234567890123456
1234567890123456
Polimento 1234567890123456
12345678901234567890
12345678901234567890
Superacabamento (espelhamento)
12345678901234
12345678901234
Lustragem 12345678901234
12345678901234567
12345678901234567
Palhetagem
12345678901234567
12345678901234567890
12345678901234567890
Laminação a quente 12345678901234567890
1234567890123456789012
1234567890123456789012
Filtragem com areia
1234567890123456789012
123456789
123456789
Forjadura 123456789
1234567890
1234567890
Coagem em coquilha
1234567890
12345678901
12345678901
Coagem sob pressão 12345678901
123456789012
123456789012
Laminação, aplainamento e trefilagem a frio
123456789012
123456789012
123456789012
Extrusão 123456789012

123456789
123456789 Rugosidade
Rugosidade mais freqüente
123456789 menos freqüente

78 SENAI-RJ
Desenho Técnico Mecânico - Rugosidade

Rugosímetro para medição de rugosidade

Rugosímetro digital com registro


gráfico incorporado

Exemplos de impressões

Gráfico de curvas simples

Gráfico com áreas sombreadas

SENAI-RJ 79
Vamos praticar?

Nesta seção...

Projeções ortogonais

Cotagem

Execução de projeções ortogonais

Faces inclinadas

Faces cilíndricas

Perspectiva

Seções transversais

Vistas auxiliares

Rugosidade

7
Desenho Técnico Mecânico - Vamos praticar?

82 SENAI-RJ
Desenho Técnico Mecânico - Vamos praticar?

Projeções ortogonais
Exercício 1 – Complete as projeções ortogonais dos desenhos abaixo:

e
nt
fre
de
sta
Vi

nte
de fre
Vista

SENAI-RJ 83
Desenho Técnico Mecânico - Vamos praticar?

e
nt
fre
de
sta
Vi

e
nt
fre
de
sta
Vi

84 SENAI-RJ
Desenho Técnico Mecânico - Vamos praticar?

e
nt
fre
de
sta
Vi

e
nt
fre
de
sta
Vi

SENAI-RJ 85
Desenho Técnico Mecânico - Vamos praticar?

Vista de
frente

Vista de
frente

86 SENAI-RJ
Desenho Técnico Mecânico - Vamos praticar?

Cotagem
A ordem de execução a ser respeitada para realizar o desenho e a cotagem das projeções
ortogonais de uma peça é a mesma ordem respeitada por um operário executando a peça em
uma máquina-ferramenta.

Peça Fresada

D’
D
G B

E A

C
F

Exercício 1 – Execute o desenho na seguinte ordem:

O paralelepípedo.
1. A ranhura A
2. O entalhe B
3. O rasgo C
4. Os chanfros D e D’
5. O rasgo em “V” E
6. A ranhura F
7. Os furos G

SENAI-RJ 87
Desenho Técnico Mecânico - Vamos praticar?

Exercício 2 – Realize a cotagem da peça seguindo a ordem de execução proposta no exercício


anterior.

88 SENAI-RJ
Desenho Técnico Mecânico - Vamos praticar?

Execução de projeções
ortogonais
A ordem de execução a ser respeitada para realizar o desenho das projeções ortogonais
de uma peça é a mesma ordem respeitada por um operário executando a peça em uma máquina-
ferramenta.

Exercício 1 – Desenhe as projeções ortogonais utilizando a escala 1:1 e as vistas de frente,


de planta e lateral direita do 1º modelo de madeira (entregue pelo docente), adotando o seguinte
método :
a) Represente o paralelepípedo nas três vistas.
b) Remova o elemento número 1 e modifique a representação nas três vistas.
c) Remova o elemento número 2 e modifique a representação nas três vistas.
d) Proceda da mesma maneira no tocante aos outros elementos.

Desenhar, a seguir, as projeções ortogonais pedidas no Exercício 1.

SENAI-RJ 89
Desenho Técnico Mecânico - Vamos praticar?

90 SENAI-RJ
Desenho Técnico Mecânico - Vamos praticar?

Exercício 2 – Utilizando a perspectiva da


peça ao lado, complete o desenho das projeções
ortogonais e a cotagem.

SENAI-RJ 91
Desenho Técnico Mecânico - Vamos praticar?

Exercício 3 – Utilizando a perspectiva da peça abaixo, desenhe no espaço a seguir as


projeções ortogonais e a cotagem da peça.

40

92 SENAI-RJ
Desenho Técnico Mecânico - Vamos praticar?

Desenhar as projeções ortogonais conforme pedidas no Exercício 3.

SENAI-RJ 93
Desenho Técnico Mecânico - Vamos praticar?

Exercício 4 – Utilizando a perspectiva da peça abaixo, desenhe no espaço a seguir as


projeções ortogonais e a cotagem da peça.

94 SENAI-RJ
Desenho Técnico Mecânico - Vamos praticar?

Desenhar as projeções ortogonais conforme pedidas no Exercício 4.

SENAI-RJ 95
Desenho Técnico Mecânico - Vamos praticar?

Exercício 5 – Utilizando a perspectiva da peça abaixo, desenhe no espaço a seguir as


projeções ortogonais e a cotagem da peça.

31º

96 SENAI-RJ
Desenho Técnico Mecânico - Vamos praticar?

Desenhar as projeções ortogonais conforme pedidas no Exercício 5.

SENAI-RJ 97
Desenho Técnico Mecânico - Vamos praticar?

Exercício 6 – Desenhar, no espaço a seguir, utilizando a escala 1:1, as vistas – de frente, de


planta e lateral direita – do 2º modelo de madeira (fornecido pelo docente). Adote o método
seguinte:
a) Represente o paralelepípedo nas três vistas.
b) Cote o paralelepípedo.
c) Remova o elemento número 1 e modifique a representação nas três vistas.
d) Cote o elemento número 1.
e) Remova o elemento número 2 e modifique a representação nas três vistas.
f ) Cote o elemento número 2.
g) Proceda da mesma maneira no tocante aos outros elementos.

Observação: O passo-a-passo deverá ser acompanhado pelo instrutor.

98 SENAI-RJ
Desenho Técnico Mecânico - Vamos praticar?

Desenhar as projeções ortogonais conforme pedidas no Exercício 6.

SENAI-RJ 99
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Faces inclinadas
Antes de iniciar os exercícios sobre faces inclinadas, é necessário conhecer as informações
apresentadas a seguir.

a) A face da frente é inclinada e a seção de usinagem se encontra na vista de frente.

4
1 1
4

2
3 2
3

1 2 3 4

1 4
2
3

1. A posição da aresta na vista de planta é determinada pelas linhas verticais baixadas


desde os ângulos 1 – 2 – 3 – 4.
2. O comprimento de cada aresta é medido na vista lateral.
3. Ligam-se as extremidades das arestas na mesma ordem que a indicada na vista de frente.

100 SENAI-RJ
Desenho Técnico Mecânico - Vamos praticar?

b) A face lateral é inclinada e a seção de usinagem se encontra na vista lateral.

4 4
1 1

1. A posição de cada aresta na vista de planta é indicada pela distância, de cada ângulo, da
face traseira.
2. O comprimento é obtido na vista de frente.
3. Ligam-se as extremidades das arestas na mesma ordem que a indicada na vista lateral.

SENAI-RJ 101
Desenho Técnico Mecânico - Vamos praticar?

c) As faces inclinadas são de frente, lateral e traseira, e a seção de usinagem se encontra na


vista de frente.

1. A posição das arestas na vista de planta é determinada pelas linhas verticais baixadas
desde os ângulos 1 – 2 – 3 – 4.
2. O comprimento de cada aresta na vista de planta é determinado medindo-se a distância
das extremidades das arestas em relação à face traseira, na vista lateral, e transportando-as para
a vista de planta.

102 SENAI-RJ
Desenho Técnico Mecânico - Vamos praticar?

d) As faces inclinadas são as de frente, lateral e traseira, e a seção de usinagem se encontra


na vista de frente.

d4
d1

d2

d3

1. A posição das arestas na vista de planta é determinada medindo-se a distância das


arestas em relação à face traseira, na vista lateral, e transportando-as para a vista de planta.
2. O comprimento das arestas na vista de planta é determinado pelas linhas verticais
baixadas da vista de frente.

SENAI-RJ 103
Desenho Técnico Mecânico - Vamos praticar?

Agora, realize os exercícios.


Exercício 1 – Nos três desenhos abaixo, complete a vista de planta.

104 SENAI-RJ
Desenho Técnico Mecânico - Vamos praticar?

Exercício 2 – Servindo-se da peça de madeira desmontável e dos quatro desenhos em


perspectiva localizados abaixo, desenhe na próxima página as vistas de frente, de planta,
esquerda e direita.
Proceda de um detalhe para outro, obedecendo à ordem indicada numericamente em cada
perspectiva.

20

1
40

70
Frente
50

Frente
2

15

Frente

4
20
30

Frente

SENAI-RJ 105
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106 SENAI-RJ
Desenho Técnico Mecânico - Vamos praticar?

Exercício 3 – Utilizando a perspectiva abaixo, complete, na próxima página, as projeções


ortogonais da peça.

SENAI-RJ 107
Desenho Técnico Mecânico - Vamos praticar?

Completar as projeções ortogonais, conforme pedido no Exercício 3.

108 SENAI-RJ
Desenho Técnico Mecânico - Vamos praticar?

Exercício 4 – Utilizando a perspectiva abaixo, complete as projeções ortogonais e a cotagem


da peça.

SENAI-RJ 109
Desenho Técnico Mecânico - Vamos praticar?

Exercício 5 – Utilizando a perspectiva abaixo, complete, na próxima página, as projeções


ortogonais e a cotagem da peça.

110 SENAI-RJ
Desenho Técnico Mecânico - Vamos praticar?

Complete as projeções ortogonais conforme pedido no Exercício 5.

SENAI-RJ 111
Desenho Técnico Mecânico - Vamos praticar?

Exercício 6 – Utilizando a perspectiva abaixo, desenhe na escala 1:1 as projeções ortogonais


e a cotagem da peça. Realize o exercício na próxima página.

112 SENAI-RJ
Desenho Técnico Mecânico - Vamos praticar?

Desenhar as projeções ortogonais conforme pedido no Exercício 6.

SENAI-RJ 113
Desenho Técnico Mecânico - Vamos praticar?

Exercício 7 – Utilizando a perspectiva abaixo, desenhe, na escala 1:1, as projeções ortogonais


e a cotagem da peça. Realize o exercício na próxima página.

50

114 SENAI-RJ
Desenho Técnico Mecânico - Vamos praticar?

Desenhar as projeções ortogonais conforme pedido no Exercício 7.

SENAI-RJ 115
Desenho Técnico Mecânico - Vamos praticar?

Exercício 8 – Utilizando a perspectiva abaixo, desenhe, na escala 1:1, as projeções ortogonais


e a cotagem da peça. Na próxima página há um espaço para que você realize o exercício.

116 SENAI-RJ
Desenho Técnico Mecânico - Vamos praticar?

Desenhar as projeções ortogonais conforme pedido no Exercício 8.

SENAI-RJ 117
Desenho Técnico Mecânico - Vamos praticar?

Exercício 9 – Utilizando a perspectiva abaixo, desenhe, na escala 1:1, as projeções ortogonais


e a cotagem da peça. Realize o exercício na próxima página.

118 SENAI-RJ
Desenho Técnico Mecânico - Vamos praticar?

Desenhar as projeções ortogonais conforme pedido no Exercício 9.

SENAI-RJ 119
Desenho Técnico Mecânico - Vamos praticar?

Exercício 10 – Utilizando a perspectiva ao


lado, complete, na escala 1:1, as projeções
ortogonais da peça.

120 SENAI-RJ
Desenho Técnico Mecânico - Vamos praticar?

Exercício 11 – Utilizando a perspectiva abaixo, desenhe, na escala 1:1, as projeções


ortogonais e a cotagem da peça. Na próxima página há um espaço para que você realize o
exercício.

SENAI-RJ 121
Desenho Técnico Mecânico - Vamos praticar?

Desenhar as projeções ortogonais conforme pedido no Exercício 11.

122 SENAI-RJ
Desenho Técnico Mecânico - Vamos praticar?

Exercício 12 – Utilizando a perspectiva abaixo, desenhe, na escala 1:1, as projeções


ortogonais e a cotagem da peça. Realize o exercício na próxima página.

5
5

SENAI-RJ 123
Desenho Técnico Mecânico - Vamos praticar?

Desenhar as projeções ortogonais conforme pedido no Exercício 12.

124 SENAI-RJ
Desenho Técnico Mecânico - Vamos praticar?

Faces cilíndricas
Exercício 1 – Utilizando a 36

perspectiva ao lado, complete,

0 40
na escala 1:1, as projeções orto-
gonais e a cotagem da peça. 25

60
35

SENAI-RJ 125
Desenho Técnico Mecânico - Vamos praticar?

Exercício 2 – Utilizando a perspectiva


ao lado, complete na escala 1:1 as projeções 33
ortogonais e a cotagem da peça.

φ40
10 25 60

126 SENAI-RJ
Desenho Técnico Mecânico - Vamos praticar?

Exercício 3 – Utilizando a perspectiva ao


lado, desenhe na escala 1:1 as projeções
ortogonais e a cotagem da peça.

SENAI-RJ 127
Desenho Técnico Mecânico - Vamos praticar?

Exercício 4 – Utilizando a perspectiva


ao lado, desenhe na escala 1:1 as projeções
ortogonais e a cotagem da peça. 25

70

128 SENAI-RJ
Desenho Técnico Mecânico - Vamos praticar?

Exercício 5 – Utilizando a
perspectiva ao lado, desenhe na
escala 1:1 as projeções ortogonais
e a cotagem da peça.

19
67

SENAI-RJ 129
Desenho Técnico Mecânico - Vamos praticar?

Exercício 6 – Utilizando a
perspectiva ao lado, desenhe na
escala 1:1 as projeções ortogonais e
a cotagem da peça.

130 SENAI-RJ
Desenho Técnico Mecânico - Vamos praticar?

Perspectiva
Exercício 1 – Desenhe a perspectiva cavaleira dos cubos abaixo, tomando os ângulos de
fuga e as razões de redução indicados.

k=
0,
7
0,

7
k=

SENAI-RJ 131
Desenho Técnico Mecânico - Vamos praticar?

Exercício 2 – Desenhe a perspectiva isométrica de um cubo de 40mm de aresta, tomando


como referência as linhas traçadas abaixo.

132 SENAI-RJ
Desenho Técnico Mecânico - Vamos praticar?

Exercício 3 – Considerando as projeções ortogonais abaixo, desenhe (usando o espaço


disponível nas páginas 134 e 135) o seguinte:

a) A perspectiva isométrica na escala 1:1.


b) A perspectiva cavaleira na escala 1:1, sendo o ângulo de fuga de 30° e a razão de redução
de 0,8.

75

SENAI-RJ 133
Desenho Técnico Mecânico - Vamos praticar?

a)Execute aqui o item a do Exercício 3.

134 SENAI-RJ
Desenho Técnico Mecânico - Vamos praticar?

b)Execute aqui o item b do Exercício 3.

SENAI-RJ 135
Desenho Técnico Mecânico - Vamos praticar?

Exercício 4 – Considerando as projeções ortogonais abaixo, desenhe, em formato A3, o


seguinte:
a) A perspectiva cavaleira na escala 2:1, sendo o ângulo de fuga de 225° e a razão de redução
de 0,8.

Vista de frente Vista esquerda

Vista de planta

136 SENAI-RJ
Desenho Técnico Mecânico - Vamos praticar?

Exercício 5 – De um paralelepípedo retangular, foram retirados um prisma reto com base


triangular (Fig.1), outro paralelepípedo retangular (Fig. 2) e um prisma retangular oblíquo (Fig. 3).
Sabendo dessas informações, desenhe em formato A3 o seguinte:
a) As vistas de frente, de planta, lateral esquerda e a vista inferior, na escala 2:1.
b) A perspectiva isométrica na escala 2:1.

Fig. 1

Fig. 2

Fig. 3

SENAI-RJ 137
Desenho Técnico Mecânico - Vamos praticar?

Exercício 6 – Desenhe, utilizando a escala 3:1, em perspectiva cavaleira, o modelo de


madeira (fornecido pelo docente). Adote o seguinte método:
– Represente o paralelepípedo.
– Remova o elemento número 1 e modifique a perspectiva.
– Proceda da mesma maneira no tocante aos outros elementos.

138 SENAI-RJ
Desenho Técnico Mecânico - Vamos praticar?

Seções transversais
Exercício 1 – Complete os desenhos abaixo, indicando as áreas em corte.

Corte CC

Corte BB

Corte AA

C C

B B

A A

SENAI-RJ 139
Desenho Técnico Mecânico - Vamos praticar?

Exercício 2 – Complete os desenhos abaixo, indicando as áreas em corte.

Corte AA

A Corte AA

140 SENAI-RJ
Desenho Técnico Mecânico - Vamos praticar?

Exercício 3 – Complete os desenhos abaixo, indicando as áreas em corte.

Corte AA

Corte AA

SENAI-RJ 141
Desenho Técnico Mecânico - Vamos praticar?

Exercício 4 – Complete os desenhos abaixo, indicando as áreas em corte.

142 SENAI-RJ
Desenho Técnico Mecânico - Vamos praticar?

Exercício 5 – Repetir comando do exercício anterior.

SENAI-RJ 143
Desenho Técnico Mecânico - Vamos praticar?

Exercício 6 – Complete os desenhos abaixo, indicando as áreas em corte.

Corte BB Corte AA

144 SENAI-RJ
Desenho Técnico Mecânico - Vamos praticar?

Exercício 7 – Indique, na tabela abaixo, qual projeção ortogonal corresponde às


perspectivas 1, 2, 3, 4, 5 e 6.

1 2 3 4 5 6

SENAI-RJ 145
Desenho Técnico Mecânico - Vamos praticar?

Exercício 8 – Considerando a vista de frente e a vista lateral direita da peça abaixo, desenhe
a vista de planta em corte AA.

146 SENAI-RJ
Desenho Técnico Mecânico - Vamos praticar?

Vistas auxiliares
Exercício 1 – Complete os desenhos das vistas auxiliares abaixo.

SENAI-RJ 147
Desenho Técnico Mecânico - Vamos praticar?

Exercício 2 – Complete os desenhos das vistas auxiliares abaixo.

148 SENAI-RJ
Desenho Técnico Mecânico - Vamos praticar?

Exercício 3 – Analise a peça e desenhe abaixo, na escala 1:1, a vista de frente e os detalhes
necessários.

SENAI-RJ 149
Desenho Técnico Mecânico - Vamos praticar?

Exercício 4 – Considere a perspectiva da peça e desenhe abaixo, na escala 1:1, as projeções


ortogonais e a cotagem.

150 SENAI-RJ
Desenho Técnico Mecânico - Vamos praticar?

Exercício 5 – Observe o plano de simetria do suporte em perspectiva localizado abaixo.


Agora desenhe, em formato A4, suas vistas de frente, de planta e lateral esquerda, em corte total.
Utilize a escala 1:1.

SENAI-RJ 151
Desenho Técnico Mecânico - Vamos praticar?

Rugosidade
Exercício 1 – Marque a alternativa que se encaixa na afirmação abaixo:
“Trata-se da interseção da superfície real com um plano a ela perpendicular.”

a) Superfície real
b) Superfície geométrica
c) Superfície efetiva
d) Perfil da superfície
e) Irregularidade de superfície

Exercício 2 – De acordo com a ABNT, rugosidade de uma superfície é a média das áreas
compreendidas acima da linha média, num comprimento de amostragem.

( ) certo ( ) errado

Exercício 3 – O número escrito no símbolo de rugosidade em um desenho indica que


quanto maior ele for, menor a rugosidade.

( ) certo ( ) errado

Exercício 4 – Numere a segunda coluna (rugosidade em µ)de acordo com a primeira.

(1) Fresar de topo com carboneto ( ) 6,3 a 1,6

(2) Retificar com diamante ( ) 12,5 a 3,2

(3) Lapidar ( ) 50 a 0,8

(4) Bruto de estampagem ( ) 0,1 a 0,025

(5) Torneamento com aço rápido ( ) 0,8 a 0,1

152 SENAI-RJ

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