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SÉRIE ELETROELETRÔNICA

COMUNICAÇÃO
ORAL E ESCRITA
SÉRIE ELETROELETRÔNICA

COMUNICAÇÃO
ORAL E ESCRITA
CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA – CNI

Robson Braga de Andrade


Presidente

DIRETORIA DE EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA - DIRET

Rafael Esmeraldo Lucchesi Ramacciotti


Diretor de Educação e Tecnologia

Julio Sergio de Maya Pedrosa Moreira


Diretor Adjunto de Educação e Tecnologia

SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL – SENAI

Conselho Nacional

Robson Braga de Andrade


Presidente

SENAI – Departamento Nacional

Rafael Esmeraldo Lucchesi Ramacciotti


Diretor Geral

Julio Sergio de Maya Pedrosa Moreira


Diretor Adjunto de Educação e Tecnologia

Gustavo Leal Sales Filho


Diretor de Operações
SÉRIE ELETROELETRÔNICA

COMUNICAÇÃO
ORAL E ESCRITA
© 2016. SENAI – Departamento Nacional

© 2016. SENAI – Departamento Regional de Santa Catarina

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mecânico, fotocópia, de gravação ou outros, somente será permitida com prévia autorização,
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Esta publicação foi elaborada pela equipe da Gerência de Educação e Tecnologia do SENAI
de Santa Catarina, com a coordenação do SENAI Departamento Nacional, para ser utilizada
por todos os Departamentos Regionais do SENAI nos cursos presenciais e a distância.

SENAI Departamento Nacional


Unidade de Educação Profissional e Tecnológica – UNIEP

SENAI Departamento Regional de Santa Catarina


Gerência de Educação e Tecnologia – GEDUT

FICHA CATALOGRÁFICA

S491c

Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. Departamento Nacional


Comunicação oral e escrita / Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial.
Departamento Nacional, Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial.
Departamento Regional de Santa Catarina. - Brasília : SENAI/DN, 2016.
146 p. : il. ; 30 cm. - (Série eletroeletrônica)

Inclui índice e bibliografia


ISBN 9 788550 501826

1. Língua Portuguesa. 2. Comunicação oral. 3. Internet. I. Serviço Nacional


de Aprendizagem Industrial. Departamento Regional de Santa Catarina II. Título.
III. Série.

CDU: 811.134.3(81)

SENAI Sede
Serviço Nacional de Setor Bancário Norte • Quadra 1 • Bloco C • Edifício Roberto
Aprendizagem Industrial Simonsen • 70040-903 • Brasília – DF • Tel.: (0xx61) 3317-9001
Departamento Nacional Fax: (0xx61) 3317-9190 • http://www.senai.br
Lista de ilustrações

Figura 1 -  Transformação dos símbolos até formarem os primeiros alfabetos ..........................................16


Figura 2 -  Processo de comunicação humana........................................................................................................17
Figura 3 -  Conceito de signo, significado e significante......................................................................................18
Figura 4 -  Linguagem coloquial...................................................................................................................................20
Figura 5 -  Análise interpretativa...................................................................................................................................30
Figura 6 -  Informações importantes para a estruturação de parágrafos......................................................36
Figura 7 -  Exemplo de mapa mental..........................................................................................................................37
Figura 8 -  Escrever exige técnica.................................................................................................................................38
Figura 9 -  Lupa....................................................................................................................................................................49
Figura 10 -  Laboratório de engenharia mecânica e industrial..........................................................................52
Figura 11 -  Esquema de dissertação-argumentativa...........................................................................................59
Figura 12 -  Estrutura de um relatório técnico e/ou científico...........................................................................64
Figura 13 -  Acidente de trabalho.................................................................................................................................70
Figura 14 -  Várias formas de encapsulamento de um microcontrolador - arduínos................................80
Figura 15 -  Modelo de ficha de resumo....................................................................................................................83
Figura 16 -  Estrutura de um trabalho acadêmico..................................................................................................87
Figura 17 -  Exemplo de sumário..................................................................................................................................89
Figura 18 -  Ícone dos navegadores.............................................................................................................................96
Figura 19 -  Exemplo de site de busca.........................................................................................................................97
Figura 20 -  Listagem de sites encontrados pela busca........................................................................................99
Figura 21 -  Arquivo pronto para fazer download.................................................................................................99
Figura 22 -  Janela de opções...................................................................................................................................... 100
Figura 23 -  Imagem do arquivo aberto pelo adobe reader............................................................................ 100
Figura 24 -  Exemplo de endereço eletrônico....................................................................................................... 104
Figura 25 -  Documento vazio do Word 2013........................................................................................................ 110
Figura 26 -  Exemplos dos ícones mais utilizados como ferramenta no Word.......................................... 111
Figura 27 -  Barra de inicialização rápida................................................................................................................ 112
Figura 28 -  Faixa de opções........................................................................................................................................ 112
Figura 29 -  Menu arquivo............................................................................................................................................. 113
Figura 30 -  Menu arquivo............................................................................................................................................ 114
Figura 31 -  Exemplo de guardar arquivos............................................................................................................. 115
Figura 32 -  Escolha da pasta onde o arquivo será salvo................................................................................... 116
Figura 33 -  Página inicial do Word............................................................................................................................ 117
Figura 34 -  Área de transferência............................................................................................................................. 117
Figura 35 -  Grupo fonte................................................................................................................................................ 118
Figura 36 -  Grupo parágrafo....................................................................................................................................... 119
Figura 37 -  Faixa de opções........................................................................................................................................ 119
Figura 38 -  Grupo tabelas............................................................................................................................................ 120
Figura 39 -  Grupo inserir ilustrações....................................................................................................................... 121
Figura 40 -  Inserir formas............................................................................................................................................. 122
Figura 41 -  Inserir gráficos........................................................................................................................................... 123
Figura 42 -  Menu design........................................................................................................................................... 124
Figura 43 -  Caixa de diálogo do bordas e sombreamento.............................................................................. 125
Figura 44 -  Menu layout da página........................................................................................................................... 125
Figura 45 -  Grupo configurar página...................................................................................................................... 126
Figura 46 -  Caixa de diálogo configurar página.................................................................................................. 126
Figura 47 -  Caixa de diálogo posição e quebra automática de texto.......................................................... 127
Figura 48 -  Barra de opções revisão......................................................................................................................... 127
Figura 49 -  Barra de opções exibição...................................................................................................................... 129
Figura 50 -  Barra de opções ferramentas de imagem....................................................................................... 129
Figura 51 -  Exemplo de um slide inadequado..................................................................................................... 136
Figura 52 -  Procedimento para abrir o PowerPoint........................................................................................... 139
Figura 53 -  Tela de abertura do PowerPoint......................................................................................................... 139
Figura 54 -  Primeira tela do PowerPoint vazia..................................................................................................... 140
Figura 55 -  Exemplos de slide de abertura e de conteúdo.............................................................................. 140
Figura 56 -  Escolha de um design para os slides no PowerPoint 2013......................................................... 141
Figura 57 -  Guia página inicial do PowerPoint 2013.......................................................................................... 141
Figura 58 -  Aplicação da formatação no slide.................................................................................................... 142
Figura 59 -  Como inserir imagens usando PowerPoint 2013......................................................................... 143
Figura 60 -  Formatar textos e slides usando o PowerPoint 2013................................................................... 144
Figura 61 -  Tipos de transições do PowerPoint 2013........................................................................................ 144
Figura 62 -  Como salvar arquivos usando o PowerPoint 2013...................................................................... 145

Quadro 1 - Conectivos......................................................................................................................................................42
Quadro 2 - Regras gerais de formatação de relatórios técnicos e/ou científicos........................................66
Quadro 3 - Exemplo de formulário de identificação.............................................................................................67
Quadro 4 - Tipos de técnicas..........................................................................................................................................76
Quadro 5 - Regras gerais de formatação de trabalhos acadêmicos................................................................90

Tabela 1 -  Modelo de tabela.........................................................................................................................................91


Sumário
1 Introdução.........................................................................................................................................................................13

2 Comunicação...................................................................................................................................................................15
2.1 Processo da comunicação.........................................................................................................................16
2.1.1 Feedback........................................................................................................................................18
2.2 Níveis de fala..................................................................................................................................................18
2.2.1 Linguagem padrão....................................................................................................................19
2.2.2 Linguagem coloquial................................................................................................................20
2.2.3 Gíria.................................................................................................................................................21

3 Técnica de intelecção de texto...................................................................................................................................25


3.1 Análise textual: etapa de preparação de compreensão do texto...............................................26
3.1.1 Visão global do texto................................................................................................................26
3.1.2 Identificação de ideias principais e secundárias do parágrafo..................................27
3.1.3 Identificação das inter-relações textuais...........................................................................28
3.1.4 Identificação de introdução, desenvolvimento e conclusão.....................................28
3.2 Análise temática...........................................................................................................................................28
3.3 Análise interpretativa..................................................................................................................................30

4 Parágrafo............................................................................................................................................................................35
4.1 Estrutura interna...........................................................................................................................................36
4.1.1 Tópico frasal.................................................................................................................................36
4.2 Unidade interna............................................................................................................................................40
4.2.1 Coerência .....................................................................................................................................40
4.2.2 Coesão ..........................................................................................................................................41
4.2.3 Concisão........................................................................................................................................42
4.3 Características dos parágrafos.................................................................................................................43
4.3.1 Características do parágrafo narrativo...............................................................................43
4.3.2 Características do parágrafo descritivo..............................................................................43
4.3.3 Características do parágrafo dissertativo..........................................................................44

5 Descrição...........................................................................................................................................................................47
5.1 Descrição de objeto.....................................................................................................................................48
5.2 Descrição de processo................................................................................................................................50
5.3 Descrição de ambiente..............................................................................................................................52

6 Dissertação........................................................................................................................................................................55
6.1 Técnicas de argumentação.......................................................................................................................56
6.2 Estrutura da dissertação............................................................................................................................58
6.2.1 Introdução da dissertação......................................................................................................59
6.2.2 Desenvolvimento da dissertação.........................................................................................60
6.2.3 Conclusão da dissertação.......................................................................................................60
7 Relatório técnico.............................................................................................................................................................63
7.1 Estrutura básica do relatório....................................................................................................................64
7.2 Tipos de relatório..........................................................................................................................................68
7.2.1 Relatório de atividade, ocorrência e estudos ou pesquisa.........................................68

8 Pesquisa.............................................................................................................................................................................73
8.1 Definição e finalidades da pesquisa......................................................................................................74
8.2 Métodos e técnicas da pesquisa.............................................................................................................75
8.3 Etapas...............................................................................................................................................................77
8.4 Fontes...............................................................................................................................................................78
8.4.1 Identificação das fontes: obras de referência, fontes bibliográficas........................78
8.5 Seleção e delimitação de temas.............................................................................................................79
8.6 Planejamento do trabalho........................................................................................................................81
8.7 Documentação..............................................................................................................................................83
8.7.1 Anotações e o uso de fichas...................................................................................................83
8.7.2 Resumos e seus tipos................................................................................................................84
8.8 Análise e seleção dos dados coletados................................................................................................85
8.9 Apresentação de resultados de pesquisas..........................................................................................87

9 Internet................................................................................................................................................................................95
9.1 História da internet......................................................................................................................................96
9.2 Navegadores..................................................................................................................................................96
9.3 Pesquisa...........................................................................................................................................................97
9.4 Download e gravação de arquivos........................................................................................................99
9.5 Direitos autorais (citações de fontes de consulta)......................................................................... 101
9.6 Normas de uso........................................................................................................................................... 103
9.7 Comunicação - correio eletrônico....................................................................................................... 104

10 Editor de texto............................................................................................................................................................ 109


10.1 Digitação de textos................................................................................................................................ 110
10.2 Menu arquivo........................................................................................................................................... 113
10.3 Guardar arquivos..................................................................................................................................... 115
10.4 Ferramenta página inicial.................................................................................................................... 116
10.5 Ferramenta inserir.................................................................................................................................. 119
10.6 Ferramenta design................................................................................................................................. 124
10.7 Ferramenta layout da página............................................................................................................. 125
10.8 Ferramenta revisão................................................................................................................................. 127
10.9 Ferramenta exibição.............................................................................................................................. 129
10.10 Ferramenta de imagem...................................................................................................................... 129

11 Editor de apresentações gráficas......................................................................................................................... 133


11.1 Apresentação........................................................................................................................................... 134
11.1.1 Gerenciamento do tempo – ferramentas de multimídias..................................... 135
11.2 Slide.............................................................................................................................................................. 138
11.2.1 Formatação............................................................................................................................. 141
11.2.2 Inserindo figuras e formas................................................................................................. 142
11.2.3 Salvando slides...................................................................................................................... 145

Referências

Minicurrículo dos autores

Índice
Introdução

Este é o Livro de Comunicação Oral e Escrita, ele tem por objetivo desenvolver fundamentos
técnicos e científicos relativos à comunicação técnica do profissional, bem como as capacidades
sociais, organizativas e metodológicas, de acordo com a atuação do profissional em eletrônica
no mundo do trabalho.
Aqui você estudará sobre a comunicação, tanto oral quanto escrita; conhecerá técnicas
de intelecção de texto e as características que distinguem os diferentes tipos textuais;
compreenderá aspectos importantes na elaboração de um relatório técnico; aprenderá quais
são os principais tipos de pesquisa e terá a oportunidade adquirir conhecimentos básicos de
informática.
Você, como futuro profissional em eletrônica, precisa saber se comunicar em diversos níveis
de linguagem, realizar trabalhos, emitir relatórios, realizar pesquisas, enviar e-mails, participar
de reuniões, entre tantas outras funções. É importante ter em mente que uma boa comunicação
é um dos pré-requisitos de um profissional de sucesso na atualidade.
Não basta apenas adquirir conhecimentos técnicos e ter experiência profissional em sua
área de trabalho. É preciso manter um bom relacionamento interpessoal e compreender as
pessoas. Certamente, isso é conseguido por meio de uma comunicação de qualidade. Então,
esmere-se no desenvolvimento dessa competência, vital para o seu desempenho pessoal e
profissional.
Comunicação

Você já refletiu sobre o porquê se comunica? Já percebeu que, quando fala ou escreve,
sempre há um objetivo em mente? Por exemplo, se você vê um colega correndo sobre um piso
molhado, qual será sua possível reação? Provavelmente dirá que ele precisa andar e não correr,
porque poderá cair e se machucar. Portanto, seu objetivo foi de alertar sobre um possível
perigo de acidente. Logo, o processo comunicativo não é apenas uma passagem de informação
linear e mecânica, mas sim uma cadeia comunicativa em que tanto o falante quanto o ouvinte
interagem.
Neste capítulo, você entenderá como o processo de comunicação se realiza e quais são os
elementos envolvidos nesse processo. Também compreenderá a diferença entre a linguagem
coloquial e a padrão, saberá em quais situações cada uma se aplica e conhecerá algumas gírias
bem como as transformações que aconteceram no decorrer dos anos.
Para tanto, ao final desse capítulo, você será capaz de:
a) aplicar os princípios e normas da linguagem culta na comunicação oral e escrita;
b) comunicar-se oralmente em diversos níveis hierárquicos;
c) comunicar-se de forma clara e objetiva;
d) comunicar-se por escrito em diversos níveis hierárquicos, inclusive por meio eletrônico.
Inicie seus estudos com dedicação e afinco porque a comunicação pode fazer a diferença
no seu desenvolvimento pessoal e profissional.
Bons estudos!
COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA
16

2.1 PROCESSO DA COMUNICAÇÃO

A comunicação é uma ferramenta de interação, de troca, de instrução e de desenvolvimento, que se


tornou uma atividade essencial para a vida em sociedade.
Nos primórdios da humanidade, quando ainda não havia a escrita, a comunicação era feita essencialmente
de forma oral.
Os primeiros registros históricos de um sistema de escrita datam de 4000 a.C. Inicialmente, os registros
escritos foram feitos por meio de desenhos que tinham o objetivo de reproduzir cenas do cotidiano,
conhecidos como escrita pictórica.

Pictografia – Atualmente, o pictograma tem sido usado na sinalização de locais


CURIOSI públicos, instruções, orientações e qualquer outro meio para transmitir informações
DADES tais como, placas de shoppings, aeroportos, mapas, infográficos e outros contextos
do cotidiano.

Observe, na figura, a seguir, a semelhança entre os símbolos encontrados e o processo evolutivo até o
alfabeto que se tem hoje.

A
Isadora Luisa Bertotto (2016)

Figura 2 -  Transformação dos símbolos até formarem os primeiros alfabetos


Fonte: adaptado de Sousa ([200-?])

Com o passar do tempo, esta forma de escrita também passou por modificações, tornando-se mais
complexa. A invenção da escrita possibilitou os registros históricos para as gerações futuras, pois surgiu
para expressar as diferentes necessidades comunicativas dos seres humanos.
Para que haja comunicação é fundamental que os interlocutores compartilhem conhecimentos e
conheçam as convenções que regem as situações sociais que participam.
A palavra comunicação vem do latim communicare, que significa ação de tornar algo comum a muitos,
ou seja, é uma ação em conjunto, portanto é um processo.
2 COMUNICAÇÃO
17

O processo de comunicação é composto por seis elementos:


a) emissor: pessoa que emite a mensagem;
b) receptor: pessoa que recebe (vê, ouve ou lê) a mensagem;
c) referente: contexto/situação/objetos ao(s) qual(is) a mensagem se refere;
d) mensagem: conjunto de informações transmitidas;
e) canal: meio empregado para transmitir a mensagem (telefone, ar, carta, livro rádio etc.)
f) código: conjunto de sinais, palavras ou gestos empregados na mensagem.
Para tornar a comunicação com qualidade é necessário entender como o processo de comunicação se
realiza.
Veja, na figura a seguir, um exemplo do fluxo do processo comunicativo.

Sinais

Gestos Sons

Palavra Escrita Cores

Palavra Falada Desenhos

Emissor Canal Receptor


(Locutor, falante Código (Interlocutor,
escritor etc.) Mensagem leitor, ouvinte etc.)
Patricia Marcilio (2016)

REFERENTE
Ideias, sentimentos,
conceitos...

Figura 3 -  Processo de comunicação humana


Fonte: SENAI (2016)

Nessa perspectiva, toda mensagem tem um objetivo predominante, que pode ser a transmissão de
informação, o estabelecimento puro e simples de uma relação comunicativa, a expressão de emoções e
outros. Há ainda, no processo comunicativo, o feedback. A seguir, você terá mais informações sobre esse
conceito.
COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA
18

2.1.1 FEEDBACK

Feedback é uma palavra inglesa composta pelos radicais feed (alimentar) e back (voltar), que significa
retorno ou retroalimentação.
De acordo com Chiavenato (2000), o conceito de feedback ou retroação “é um mecanismo segundo o
qual uma parte da energia de saída de um sistema volta à entrada”. Assim, entende-se por feedback a res-
posta que se dá a mensagem transmitida e, por meio dela, é possível identificar se de fato ela foi compre-
endida ou se é necessário repeti-la.
Até aqui, você aprofundou os conhecimentos sobre os processos comunicativos bem como o papel de
cada um dos elementos nesse processo. A partir de agora aprenderá que a língua falada apresenta níveis
diferentes, o que lhe proporcionará diferenciar a norma culta e a coloquial.

2.2 NÍVEIS DE FALA

No cotidiano, você convive com diversas situações e pessoas diferentes e para cada uma há a necessidade
de adequar a fala para que haja comunicação efetiva. Em casa, com a família, na escola com os amigos,
certamente a conversa é informal, descontraída, coloquial, diferente de uma conversa com a professora,
coordenadora ou o seu chefe, cujo cuidado com a linguagem formal é maior.
Para compreensão dos diferentes níveis da fala se faz necessário conhecer alguns conceitos: signo,
significante e significado.
Signo é um elemento representativo composto por dois aspectos básicos: o significado e o significante.
O significado é o conceito transmitido, a parte inteligível (mental) referente aos objetos ou coisas exteriores
e o significante é a parte perceptível, concreta, é a imagem que corresponde a uma sequência de sons (as
letras), caracterizado por sua natureza material.
Veja, no esquema, a seguir, a diferença entre significante e significado.

Significado Mental
Signo
Linguístico =
Significante Visual
Thinkstock ([20--?]), Patricia Marcilio (2016)

Substitui

Referente
(real)

Figura 4 -  Conceito de signo, significado e significante


Fonte: adaptado de Fiorin (2005)
2 COMUNICAÇÃO
19

Assim, ao ouvir a palavra CELULAR, você reconhece os sons que a formam e os identifica com a imagem
do CELULAR. Assim, temos:
a) Signo – celular.
b) Significado – o conceito mental sobre o aparelho eletrônico, portátil, que faz e recebe ligações e
acessa a internet.
c) Significante - relaciona-se à imagem visual correspondente à sequência de sons (letras).
Dessa forma, a língua é um conjunto de signos que constituem a linguagem oral ou escrita; no entanto,
a língua não é estática mas está sempre se transformando, se modificando.
Desde sua origem, no latim, a língua portuguesa já sofreu muitas alterações e o que antes era conhecido
por linguagem clássica e vulgar, hoje é considerada linguagem padrão e coloquial.

FIQUE O Latim dividia-se em clássico e vulgar. O clássico era falado pela elite dominante e
ALERTA pelos escritores e o, vulgar, por sua vez, era usado pelo povo comum.

Ainda convém lembrar que muitas das palavras (signos) da língua portuguesa têm sua origem no latim,
evidenciando, mais uma vez que, que a língua e seus significados transformam-se e evoluem com o tempo.

2.2.1 LINGUAGEM PADRÃO

A linguagem padrão é um conjunto de regras que estabelecem determinados usos da língua pertencente
à gramática normativa1. Para exemplificar, imagine os semáforos de uma cidade. Quando há muitos, o
trânsito fica truncado, lento. Porém, sem eles, não haveria segurança para os pedestres e os motoristas.
Thinkstock ([20--?])

1 É aquela que prescreve as regras, normas gramaticais de uma língua.


COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA
20

O mesmo ocorre com a língua, se for usada estritamente dentro das normas, principalmente na oralidade,
em que as pessoas chamam de “falar difícil”, provavelmente causaria confusão para alguns ouvintes. Já
na escrita, não ocorre o mesmo; escritores, juristas candidatos à concursos públicos e outros, procuram
escrever o mais correto possível, obedecendo àss regras gramaticais.
O uso da linguagem formal se aplica em diversas situações do cotidiano como, busca de um emprego,
a interlocução com autoridades, a comunicação midiática e outros. Nesses casos procura-se usar
adequadamente os plurais, as concordâncias e a uniformidade das pessoas do discurso. Também você,
futuro profissional em eletroeletrônica, ao escrever relatórios, respostas descritivas, apresentar trabalhos,
resultados, seminários e outros, também procurará usar a linguagem formal.
No universo profissional, dependendo da situação, é preciso comunicar-se de forma culta, principalmente
em reuniões de trabalho ou de negócios. Nesse contexto, além da norma padrão, em algumas circunstâncias
se usam termos técnicos para atingir maior aceitabilidade.

2.2.2 LINGUAGEM COLOQUIAL

É considerada coloquial a linguagem informal, ou seja, aquela do dia a dia, usada nos diversos
ambientes, tanto particulares como de trabalho. É uma linguagem, de certo modo, mais descontraída e
espontânea, sem a preocupação com as regras gramaticais. Outra característica da linguagem coloquial é
o uso constante de expressões populares, frases feitas, pronúncia simplificada e gírias.
Observe, a seguir, alguns exemplos de pronúncia simplificada na linguagem coloquial:
a) Tá – está;
b) Pra – para;
c) Num – em um;
d) Né – não é.
Thinkstock ([20--?]), Patricia Marcilio (2016)

GALERA, TÁ BOA A FESTA?


CLARO QUE TÁ!

Figura 5 -  Linguagem coloquial


Fonte: SENAI (2016)
2 COMUNICAÇÃO
21

No uso da linguagem coloquial também são permitidas as expressões chamadas de expressões da


fala ou de coloquialismos2. Alguns exemplos de coloquialismos são: calma aí, pega leve, se toca e vamos
maneirar.
A próxima característica do coloquialismo a ser estudada são as gírias, bastante comuns entre os jovens.

2.2.3 GÍRIA

A gíria é um estilo linguístico que está integrado à linguagem coloquial. Relacionada ao dia a dia de
muitos grupos sociais em especial os jovens, os esportistas ou pessoas da mesma profissão, a gíria destaca-
se para diferenciá-los, pois só os inseridos naquele contexto sabem o seu significado inicial, embora hoje,
já é bem difundida em outros contextos.
É importante salientar que a gíria é uma linguagem de uso passageiro e, ao entrar em desuso, a
mensagem pode se tornar incompreensível.
Por exemplo, na década de 60, era comum chamar o amigo de “chapa” e, para alguém que estivesse
apaixonado, se dizia que estava “gamado”. Na década de 70, se a situação estava ruim, se dizia “está russo” e
na década de 80 para um namoro não muito sério se dizia “rolo”. Thinkstock ([20--?])

Esses foram apenas alguns exemplos, hoje, porém, para as mesmas expressões há outras gírias,
comprovando ao que se disse que, pelo fato de a língua ser dinâmica, ela vai sendo substituída por outras
palavras ou expressões.

SAIBA Para ampliar seus conhecimentos sobre as gírias mais antigas até as atuais acesse o site:
MAIS http://www.maiscuriosidade.com.br/girias-dos-anos-60-aos-dias-atuais>.

2 Relativo ao discurso oral ou a um discurso espontâneo e informal.


COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA
22

A internet tem contribuído para que as gírias se proliferem e sejam aceitas rapidamente pelas pessoas.
Porém, com a possibilidade da comunicação rápida e em qualquer tempo e local, muitos erros podem
ser cometidos e trazer consequências desagradáveis, já que nem sempre elas são compartilhadas pelos
receptores o que gera problemas na comunicação.

CASOS E RELATOS

Diálogo entre dois colegas de turma depois da aula


- E aí, velho, beleza?
- Beleza parcerão! E aí?
- Ah velho, sussa! Tô indo lá na escola trocar uma ideia com o professor. O cara me deu uma nota
que...meu...
- Véio, aquele professor é o cara heim?
- Se liga. A prova tinha redação e o cara quer zoar o negócio, tá ligado?
- E daí? Tu não fez?
- Fiz, mas vô lá trocar uma ideia.
- Ê, já vai causar...
- Ah, velho, tô no meu direito!
- É, fica ligado. Se bombar sua mãe vai pesar na sua.
- Tô ligado.
- Mas aí, o que você errou na prova?
- Ah, mano... tinha que fazer uma redação sobre minhas férias. Daí eu escrevi que tinha ido pescar
com o meu pai e tal e terminei dizendo que isso é bom porque nós pega o peixe.
- Ué? E não foi isso?
- Ah, sei lá, velho. O professor falou que eu esqueci da gramática.
- Nossa!
- O professor deve ter brisado porque depois ele começou a falar que eu escrevi errado. Que não é
“nós pega o peixe” e sim “nós pegamos os peixes”.
- Que professor zoado!
2 COMUNICAÇÃO
23

Como você pôde ler, houve comunicação entre os adolescentes pois ambos pertencem ao mesmo
grupo, compreendendo assim, o sentido do diálogo.
Portanto, existem maneiras adequadas de se comunicar: no ambiente de trabalho, durante as reuniões
e na exposição de um relatório se usa a linguagem formal e com os colegas durante o almoço, no ônibus
voltando para a casa, em festas ou no horário do lanche, se usa a linguagem informal.

RECAPITULANDO

Nesse capítulo, você estudou o processo da comunicação e os seis elementos que o constituem:
emissor, receptor, mensagem, canal, código e referente; percebeu que a língua está em constante
transformação desde a escrita pictórica até os mais modernos meios de comunicação disponíveis
na atualidade.
Outros aspectos abordados foram os diferentes níveis da fala e que a comunicação pode seguir a
língua formal ou a coloquial, dependendo do contexto em que ela é emitida e interpretada pelo re-
ceptor. Você conheceu algumas gírias antigas, viu que estas também se transformam com o tempo.
Por outro lado, foram apresentadas situações em que é propício usar a linguagem formal e outras
em que se usa a linguagem informal.
Além disso, aprendeu as diferenças entre signo, significante e significado e percebeu que é impor-
tante conhecer esses conceitos para entender melhor o processo comunicativo.
Técnica de Intelecção de Texto

Neste capítulo, você estudará as técnicas de intelecção de textos. Você sabe a diferença
entre compreender e interpretar um texto? Muitas pessoas acreditam que é muito difícil ler e
interpretar, porque cada um interpreta o que lê, segundo suas próprias experiências, valores,
crenças e “filtros”. Neste capítulo, serão apresentados subsídios para que você possa, ao final do
seu estudo, ser capaz de:
a) interpretar dados, informações, ideias e terminologias de textos informativos e técnicos;
b) compreender e interpretar os textos adequadamente;
c) saber analisar dados dos diferentes tipos de textos;
d) identificar ideias principais e secundárias nos textos.
Muitos professores relatam que a maioria dos alunos têm dificuldades para extrair
informações essenciais de um texto e distingui-las das secundárias. Porém, o mundo do
trabalho tem exigido o desenvolvimento dessa capacidade e, para alcançá-la, é preciso saber
ler e interpretar com proficiência os textos.
A incapacidade de extrair informações essenciais de um texto afeta o desempenho de um
profissional. Por exemplo, se, ao ler um texto em que se descreve um problema de aritmética,
o aluno ou técnico não conseguir resolver a questão, é sinal que não houve proficiência na
interpretação. Portanto, o capítulo oferecerá subsídios que o ajudarão na tarefa de analisar,
interpretar e compreender os textos.
Bons estudos!
COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA
26

3.1 ANÁLISE TEXTUAL: ETAPA DE PREPARAÇÃO DE COMPREENSÃO DO TEXTO

A análise de um texto coloca você em um estado de reflexão e de atribuição de sentidos às palavras.


Segundo Marconi e Lakatos (2001, p. 23) “Analisar significa estudar, decompor, dissecar, dividir, interpretar.
[...] A análise desenvolve-se por meio da explicação, da discussão e da avaliação.” Compreender um texto
significa analisar o que realmente está escrito.

A pontuação interfere diretamente na compreensão e no sentido de um texto. Uma


CURIOSI vírgula colocada no lugar errado pode salvar ou condenar alguém. Veja: Não tenha
clemência! Não, tenha clemência! No primeiro exemplo, entende-se que não se deve
DADES perdoar ou impedir a condenação. Já no segundo exemplo, com a vírgula depois do
não, deixa claro para quem lê que alguém está pedindo para que o julgador tenha
clemência do condenado.

O primeiro procedimento para compreender um texto é uma leitura geral. Em seguida, deve-se verificar
os termos desconhecidos e os pontos que requerem maiores esclarecimentos e procurar solucioná-los.

SAIBA Para que amplie seus conhecimentos sobre a interpretação de um texto, leia o capítulo
MAIS III do livro: Análise de discurso, da Editora Pontes, escrito por Eni P. Orlandi.

Em leituras específicas, principalmente de textos mais longos e de cunho histórico, buscar informações
sobre o autor, sua vida, suas obras, formação e outros aspectos importantes, como a época em que o texto
foi escrito, tornará a leitura mais compreensível. Por último, é conveniente criar um esquema provisório
sobre o que foi dito, identificando as ideias principais e secundárias.

3.1.1 VISÃO GLOBAL DO TEXTO

Marconi e Lakatos (2001) apresentam algumas contribuições para fazer uma análise global de um texto.
Acompanhe.
a) Leia o texto duas vezes. A primeira serve para tomar contato com o assunto de forma geral e na
segunda para observar como o texto está desenvolvido.
b) Identifique a introdução e o objetivo do texto.
c) Conheça o sentido real de cada termo e o considere em relação ao contexto.
d) Sublinhe as ideias principais (tópicos frasais) de cada parágrafo.
3 TÉCNICA DE INTELECÇÃO DE TEXTO
27

e) Anote ao lado de cada parágrafo a ideia mais importante contida nele.


f ) Interprete as ideias apresentadas, fazendo uma comparação entre elas, tentando descobrir a que
conclusões o autor chegou.
g) Critique o texto como um todo e principalmente as conclusões.
Lembre-se de que fazer a análise crítica de um texto não significa desconsiderá-lo ou desqualificá-lo,
mas questionar o que foi dito e chegar às suas próprias conclusões.
Para que haja clareza na compreensão e interpretação de um texto faz-se necessário saber os conceitos
que o autor desejou transmitir. Para fazer um levantamento dos conceitos e termos fundamentais do
parágrafo, o ideal é fazer pesquisas em dicionários, enciclopédias, revistas, sites da internet ou outros. É
importante salientar que a compreensão só será efetiva se não ficar dúvida nas palavras, principalmente
de textos técnicos e científicos.

3.1.2 IDENTIFICAÇÃO DE IDEIAS PRINCIPAIS E SECUNDÁRIAS DO PARÁGRAFO

Existe um ponto importante para diferenciar qual é a ideia principal de um texto daquela que é
secundária. As ideias principais giram em torno do tema central, de um assunto-núcleo contida no texto;
a ela somam-se às secundárias, que são importantes quando confirmam com o tema central. As ideias
secundárias funcionam como atores coadjuvantes; cumprem, também, um papel imprescindível.
A clareza e a objetividade devem caracterizar a estrutura do texto para que as ideias nela contidas
possam atingir o propósito de sua mensagem. Tal propósito, por sua vez, pode ser alcançado através
de técnicas tais como, sublinhar as ideias principais ou fazer um esquema mental. Isso possibilita fixar a
atenção e selecionar o mais relevante.
Thinkstock ([20--?])

Essa aprendizagem tem grande valor, uma vez que permite melhorar a compreensão do texto, da
comunicação oral e a ter melhor domínio da linguagem através da expressão escrita com uma estrutura
mais coerente.
COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA
28

3.1.3 IDENTIFICAÇÃO DAS INTER-RELAÇÕES TEXTUAIS

Textos bem estruturados são aqueles em que o autor consegue transmitir a mensagem de modo claro
e que o leitor o compreenda ao ler. Para isso, muitas vezes, faz-se necessário inserir outros textos no texto
original usando-os como exemplo ou base. Essas inter-relações são importantes para que a análise do
texto, na sua totalidade, seja construída de modo eficaz.
Dessa forma, pode dizer que há uma ligação dialógica entre os textos e estas podem ser representadas
por citações, paráfrases1, trechos de reportagens, entrevistas e outros.
A cada pesquisa realizada, seus conhecimentos acerca do tema ficarão mais abrangentes pois terá
conhecimento de outros autores para fundamentar sua pesquisa.

3.1.4 IDENTIFICAÇÃO DE INTRODUÇÃO, DESENVOLVIMENTO E CONCLUSÃO

A introdução de um texto apresenta de maneira clara o assunto que será tratado e delimita o que
será abordado. Ela deve ser atraente e incentivar o leitor a continuar lendo o texto; é uma apresentação
sintetizada do tema e não deve ser muito longa.
O desenvolvimento é o corpo do texto cujas ideias do autor são argumentadas e fundamentadas.
Aborda o assunto sem rodeios, levantando proposições que levam a uma análise aprofundada do assunto
em questão.
A conclusão se identifica a posição do autor do texto, quer seja positiva ou negativa em relação ao
tema. A função básica do parágrafo conclusivo é reafirmar o que foi dito ao longo do texto, é o momento
de retomar o que foi escrito na introdução, fazer uma breve abordagem e propor uma intervenção.
Portanto, textos bem escritos são bem pontuais nessas três partes e facilmente são identificadas a
introdução, o desenvolvimento e a conclusão.
Até aqui você teve uma visão geral e abrangente de como se faz para compreender um texto na íntegra.
A seguir, estudará a finalidade da análise temática.

3.2 ANÁLISE TEMÁTICA

A análise temática tem por finalidade a compreensão profunda do texto. Nesta etapa não se discute,
apenas se faz descobertas e reflexões sobre o que foi apresentado no texto.

1 Comentário, explicação, interpretação ou tradução aproximada, procurando esclarecer um texto; o ato de transcrever a ideia geral
de um texto através de outras palavras; um texto que procura tornar mais claro e objetivo aquilo que se disse em outro texto.
3 TÉCNICA DE INTELECÇÃO DE TEXTO
29

O objetivo da análise temática [...] “é compreender a mensagem do autor através da percepção do tema,
da argumentação utilizada e da conclusão.” (ABBUD, [200-?]).
Observe as etapas que norteiam a análise temática:
a) identificar o tema ou assunto do texto;
b) compreender o tema e o problema levantado pelo autor;
c) entender o porquê e como o autor abordou o tema;
d) Identificar a tese2.
Para realizar a análise temática, é preciso inicialmente descobrir o que o texto fala, ou seja, identificar o
tema ou o assunto da obra, procurando captar a perspectiva de abordagem do autor.
Em seguida, deve-se compreender o tema e o problema que ”provocou” o autor a elaborar o texto.
Essas, são condições básicas para entender devidamente um texto.
A próxima etapa da análise temática é entender como o autor abordou o tema, como expôs a
problemática, que posição assumiu, que ideia defende, como comprova sua posição e o que ele deseja
demonstrar. É aqui, na introdução, que se identifica a tese do texto.
Além de identificar a ideia central, é preciso considerar as posições secundárias que complementam
o tema. Uma vez que estas etapas foram realizadas, é mais fácil a elaboração um resumo, esquema ou a
síntese do texto, por exemplo.

FIQUE O resumo de um texto é a síntese das ideias do autor do texto e não a mera reprodução
ALERTA de parágrafos.

Agora que você já compreendeu que na análise temática de um texto não se interfere no que o autor
apresentou, aprenda como fazer a análise interpretativa. Você sabe para que serve esse tipo de análise?
Siga em frente e descubra.

2 Proposição que alguém expõe propondo-se discuti-la ou defendê-la.


COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA
30

3.3 ANÁLISE INTERPRETATIVA

Existe uma relação direta entre análise e interpretação, pois não há interpretação sem análise. Interpretar,
em sentido amplo, é entender e posicionar-se a respeito do que está implícito no texto; é ler nas entrelinhas;
é explorar todas as ideias do autor contidas no texto.

Thinkstock ([20--?])
Figura 6 -  Análise interpretativa

Assim, ao fazer a análise interpretativa, é preciso fazer uma leitura analítica em que se formula um
raciocínio e se toma uma posição sobre o texto ou a mensagem.
Perceba a relevância de fazer análises coerentes lendo o casos e relatos a seguir.

CASOS E RELATOS

Erro de interpretação da mensagem


Paulo, técnico em eletrônica, recebeu um relatório da área de segurança e medicina do trabalho
apontando uma série de medidas que precisavam ser implementadas imediatamente no setor da
fábrica onde ele trabalhava. O documento dizia que todas as melhorias deveriam ser implementadas
o mais rápido possível, especialmente as que envolviam melhorias como automatização dos
processos.
Paulo, então, começou a fazer as solicitações de compra de tudo que seria necessário para fazer as
melhorias apontadas no relatório. Alguns dias depois, seu superior o chamou para uma reunião de
emergência.
3 TÉCNICA DE INTELECÇÃO DE TEXTO
31

O gerente estava furioso, porque o orçamento do setor havia estourado e que ele deveria ter
solicitado autorização e estabelecidos prioridades para que as medidas fossem implementadas
aos poucos e sem extrapolar o orçamento do setor.
Paulo aprendeu que é preciso tomar muito cuidado ao interpretar uma mensagem. O mais rápido
possível, não significa necessariamente, tudo no mesmo mês.

Como você pôde ler, é importante dialogar antes de tomar decisões e, mais importante ainda, é ter
certeza que compreendeu a mensagem para então fazer o que lhe foi solicitado.
Ao fazer a análise interpretativa faz-se necessário considerar dois aspectos essenciais: a coerência e a
profundidade do texto.
No que se refere à coerência, deve-se analisar até que ponto o autor alcançou de forma lógica os
objetivos propostos. Além disso, você deve verificar se o raciocínio foi eficaz ao defender a tese e se a
conclusão a que o autor chegou está fundamentada em argumentos sólidos e coerentes.
Os argumentos são muito importantes para convencer o leitor; sempre que uma opinião necessita de
defesa, o argumento vem em seu auxílio. Um bom argumento reforça a ideia central do texto e tende a
convencer o leitor da coerência apresentada por quem escreveu o texto.
Em seguida, deve observar a profundidade no desenvolvimento do tema e se ele contribui para o seu
conhecimento.
Concluída a análise temática, tornar-se mais fácil para o leitor elaborar um texto crítico com uma síntese
pessoal.
Para elaborar um texto crítico é necessário explorar, relacionar e revisar as principais partes do texto
base; aqui, a opinião é fundamental e lembre-se que ao analisar um texto, crítica e reflexivamente há a
necessidade de muita leitura.
Revise os conteúdos estudados neste capítulo lendo o recapitulando a seguir.
COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA
32

RECAPITULANDO

Nesse capítulo, você teve a oportunidade de refletir a respeito das técnicas de intelecção dos
textos. Aqui, você pôde perceber que interpretar um texto não é somente ler e decodificar letras e
palavras. É preciso compreendê-lo para poder abstrair dele o que o autor realmente quis apresentar
ao escrevê-lo.
A análise textual requer que você realize uma série de etapas, para então poder fazer uma análise
temática ou interpretativa. Na análise temática, você procura identificar qual é o assunto do texto
e qual a abordagem do autor. É na análise temática que se forma uma ideia global sobre o assunto
permitindo ler nas entrelinhas o que o autor não escreveu, mas deixou implícito.
Por outro lado, aprendeu que a análise interpretativa exige que o leitor tome uma posição sobre o
que leu e elabore uma síntese pessoal.
Na próxima etapa você conhecerá os pormenores dos textos estudando os parágrafos que o
compõem.
Parágrafo

Você sabe por que a grande maioria das pessoas têm dificuldades para elaborar bons
textos? Muitos acreditam que um parágrafo deve ter apenas cinco linhas e que uma redação
só pode ter três parágrafos. Saiba que isso não é verdade. Uma redação é composta por vários
parágrafos que dependem do desenvolvimento das ideias neles apresentados.
Além disso, você tomará conhecimento sobre tópico frasal bem como a coerência e coesão
que devem nortear os textos com parágrafos bem concatenados.
Ao final desse capítulo você será capaz de:
a) reconhecer a estrutura e os padrões dos parágrafos;
b) elaborar textos com parágrafos bem estruturados;
c) diferenciar as características dos parágrafos;
d) identificar o tópico frasal, a unidade interna e as etapas que compõem os parágrafos.
Aproprie-se desses conhecimentos e você aprenderá a escrever bons parágrafos para que
seus textos fiquem bem estruturados.
Bons estudos!
COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA
36

4.1 ESTRUTURA INTERNA

O texto é formado por parágrafos estruturados internamente, de modo progressivo que dão sequência
às ideias do autor. No início do parágrafo há a ideia central, também chamada de tópico frasal. Uma vez
identificado, ajuda a perceber a relevância do tema. Ao redor da ideia central, girarão as ideias secundárias
ou complementares, sempre em sequência coerente.
A seguir, você compreenderá de modo individualizado as principais características dos parágrafos, bem
como os tipos diferenciados desses microtextos, que, em um contexto maior, formarão o texto completo.

4.1.1 TÓPICO FRASAL

O tópico frasal é composto por um ou mais períodos iniciais que contêm a ideia central do parágrafo.
O parágrafo é um conjunto de períodos que apresentam uma ideia central, que é desenvolvida por ideias
secundárias. Segundo Faraco e Tezza (2010, p. 210) “[...] o parágrafo é uma subunidade de significado na
unidade maior do texto, em geral destacada graficamente do conjunto pela entrada da primeira linha.” Ele
expõe o pensamento que se quer passar, comprovado e reforçado pelos períodos subsequentes.
Como salientado, a ideia central é o tópico frasal, as ideias secundárias têm a função de comprovar o
que foi declarado no tópico frasal e a conclusão, objetiva concluir a ideia principal.
Observe, a seguir, algumas informações importantes na elaboração de parágrafos.

Parágrafo

Patricia Marcilio (2016)

Cada parágrafo deve O tópico frasal deve Um parágrafo deve ser


apresentar apenas uma ser composto por constituído por uma
ideia central (tópico frasal). uma ou mais orações. ideia central, ideais
secundárias e conclusão.
Figura 7 -  Informações importantes para a estruturação de parágrafos
Fonte: SENAI (2016)

Agora que você já compreendeu como estruturar um parágrafo, conheça as etapas que devem ser
seguidas para elaborá-los.
Primeiramente, é necessário organizá-los, ou seja, ter uma sequência lógica de ideias. Existem quatro
etapas básicas para se elaborar um bom parágrafo e, consequentemente, bons textos. Acompanhe:
1ª tenha um plano;
2ª ordene as ideias;
3ª organize e redija o texto;
4ª corrija.
4 PARÁGRAFO
37

1ª etapa
Normalmente há um tempo determinado para elaborar uma redação, portanto, distribua-o entre as
etapas. Identifique as características da redação, quem lerá seu texto (destinatário), objetivo do texto,
gênero do texto (narrativo, descritivo, conto, entre outros), tamanho do texto e critérios de avaliação.

2ª etapa
Para ordenar as ideias, faz-se necessário selecionar as principais informações, registrar os pensamentos,
fazer a associação das ideias, elaborar mapas mentais ou um roteiro, definir a ideia central e os argumentos
que serão empregados como ideias secundárias.
A figura, a seguir, apresenta um exemplo de um mapa mental cujas ideias são ordenadas e facilitam a
estruturação de seu texto.

Excesso de
passageiros

Transporte Poucos
público horários
Desrespeito às leis
de trânsito

Meios de Baixa
transporte qualidade
Motoristas sem Acidentes de
Motoristas
habilitação trânsito

Carros e Uso do carro por


caminhões

Patricia Marcilio (2016)


Motoristas apenas uma pessoa
Estradas
embriagados

Frota de caminhões
Poucas estradas Estradas mal antiga
pavimentadas conservadas

Figura 8 -  Exemplo de mapa mental


Fonte: SENAI (2016)

Note que a ideia central do mapa mental são os acidentes de trânsito e que os temas secundários são
os meios de transporte, estradas e motoristas. Os argumentos que podem ser empregados na elaboração
dos parágrafos sobre os motoristas são: desrespeito às leis de trânsito, motoristas sem habilitação e
embriagados. Sobre as estradas, os argumentos que podem ser empregados em um parágrafo são: poucas
estradas pavimentadas e mal conservadas. Outro parágrafo que pode ser elaborado é sobre os meios de
transporte apresentando argumentos, como: transporte público com poucos horários disponíveis, excesso
de passageiros e ônibus e trens de baixa qualidade. Em relação aos carros, os argumentos podem ser: frota
antiga dos caminhões e o uso dos carros por apenas uma pessoa.

3ª etapa
A partir dessa estruturação das ideias, é possível passar para a terceira etapa, que é a organização e
a redação do parágrafo. Elabore os parágrafos, contendo vários períodos explorando uma única ideia,
COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA
38

estabeleça a conexão entre os parágrafos, observe a pontuação e elabore uma introdução e uma conclusão
para ele.

4ª etapa
A quarta etapa é a revisão e correção do parágrafo. Para tanto releia o texto, reveja a pontuação, a
ortografia e evite rasuras.

Figura 9 -  Escrever exige técnica Thinkstock ([20--?])

Leia o casos e relatos a seguir, e perceba o quanto é importante estruturar bem os parágrafos pois, do
contrário, não haverá compreensão.

CASOS E RELATOS

Algumas pérolas
Em uma de suas aulas, a professora de comunicação oral e escrita de um curso técnico do SENAI
solicitou aos alunos que elaborassem uma redação sobre a importância da escola para o desen-
volvimento do conhecimento.
Ao ler uma das redações elaboradas por um dos alunos, deparou-se com o seguinte parágrafo:
“Desde sempre nós seres humanos necessitamos do saber, nos dias de hoje e sempre a escola foi e
é fundamental para o aprendizado e crescimento do indivíduo pois, ela nos enche de conhecimen-
tos e é dentro dela (é com educação) que aprendemos a ler e a escrever e iniciamos a comunicação,
sem saber quão importante será o uso correto desses aprendizados.”
4 PARÁGRAFO
39

Este parágrafo não contém uma unidade textual, não tem coerência, sua pontuação é inadequada
e não há uma ideia central.
Para auxiliar esse e outros alunos, a professora decidiu preparar algumas aulas sobre coerência e
coesão textuais. Em pouco tempo, os alunos passaram a elaborar bons parágrafos e a estruturar
bons textos.

Percebeu? O parágrafo escrito pelo aluno não apresentou pontuação adequada e as ideias ficaram
“soltas”, sem ligação eficaz e sem coerência. Para evitar esses problemas é importante seguir algumas
informações importantes.
Na introdução deve-se apresentar a tese, justificando ou fundamentando sua declaração.
Com base no mapa mental apresentado anteriormente, veja o exemplo de uma introdução que pode
ser empregada no texto.

Em 2013, o Brasil teve 47 mil mortes provocadas por acidentes de trânsito. E, por isso, é considerado pela Organização Mundial da
Saúde como o 33º país mais perigoso no mundo. Os principais aspectos que contribuem para que esse número aumente a cada ano
são a precariedade dos meios de transporte, o estado de conservação das estradas e motoristas mal preparados.

Além dessas etapas, outros aspectos devem ser observados:


a) ser claro;
b) ser fiel ao tema;
c) evitar frases e parágrafos muito longos;
d) evitar expressões pouco usuais, chulas, gírias e regionalismos;
e) manter-se atualizado para fornecer informações confiáveis;
f ) respeitar as regras de acentuação, pontuação, ortografia e concordância.

O ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio) em sua prova de redação, pede que o
CURIOSI candidato escreva um texto dissertativo-argumentativo e esse, vale 1000 pontos. No
DADES último ano, um porcentagem pequena dos quase 8 milhões de inscritos atingiu a
nota máxima.
COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA
40

Agora veja um exemplo de conclusão que pode ser elaborada a partir do mapa mental apresentado
anteriormente.

Se todas as pessoas respeitassem as regras de trânsito e compartilhassem seus veículos com colegas e amigos, haveria menos
automóveis circulando pelas ruas das cidades. Além disso, o respeito às regras de trânsito também tornaria este ambiente mais seguro
tanto para quem está no veículo quanto para os pedestres. Outros aspectos relevantes são a premente necessidade de investimentos
governamentais no transporte público de massa e na conservação e ampliação da malha viária. Se todos fizerem sua parte, possivelmente
o Brasil deixaria de amargar com o 33º lugar do mundo como o mais perigoso para se circular.

Como você pôde ler, a conclusão retoma a ideia inicial e propõe uma intervenção para o problema
abordado, nesse caso, as mortes causadas por acidentes de trânsito.

4.2 UNIDADE INTERNA

A unidade interna dos parágrafos amarram as ideias entre si; refere-se ao seu encadeamento lógico.
Para que o parágrafo tenha unidade é necessário que os períodos sejam bem escritos e bem pontuados.
Além disso a sequência de ideias, principais e secundárias, devem ser bem planejadas e organizadas de
modo objetivo. Para isso são necessários usar os recursos da coerência, coesão e concisão textuais.

4.2.1 COERÊNCIA

A coerência é responsável por dar sentido lógico ao parágrafo e por sua vez, ao texto. Ele precisa fazer
sentido para quem o lê e apresentar as ideias de forma lógica e sem contradições.
Para que um texto seja coerente a sequência de parágrafos deve ser bem elaborada.

FIQUE Um texto claro e conciso contém palavras selecionadas e frases bem construídas, sem
ALERTA ambiguidades, redundâncias, modismos ou palavras de baixo calão”
4 PARÁGRAFO
41

Um texto coerente deve respeitar algumas regras, como:


a) ser conciso, objetivo;
b) ser claro e empregando os termos adequados;
c) respeitar as normas linguísticas;
d) ser natural, evitando o emprego de termos rebuscados ou desconhecidos pelo público a que se
destina;
e) ser original;
f ) evitar o emprego de termos rudes;
g) ser elegante, evitando o emprego de figuras de linguagem.
Para construir um texto coerente, portanto, é preciso garantir que a articulação entre as ideias seja
estabelecida de modo adequado.

SAIBA Para saber mais sobre este assunto, leia o livro de Leonor Lopes Fávero: Coesão e
MAIS coerência textuais. Editora Ática, 2009.

Se o autor do texto conseguir inferir um sentido lógico entre as ideias e essas fizerem conexão entre si,
então houve coerência textual.
No entanto, não é somente a coerência que garante uma boa interpretação do texto, é necessário que
haja coesão, ou seja, uma sequência lógica entre as partes do texto.
A seguir, você aprenderá o que é a coesão textual.

4.2.2 COESÃO

Um texto coeso, apresenta harmonia e conexão entre os elementos que “[...] são as conexões gramaticais
existentes entre palavras, orações, frases, parágrafos e partes maiores de um texto.” (CEREJA e MAGALHÃES,
2013, p. 77).
Portanto, quando se estabelece uma relação entre os parágrafos do texto os leitores compreendem
com maior facilidade, por isso é importante selecionar bons conectivos para fazer a ligação entre as ideias,
pois, caso contrário, a compreensão ficará comprometida.
COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA
42

Visualize, na figura, a seguir, exemplos de conectivos que devem ser empregados de forma adequada
para que o texto tenha coesão.

FUNÇÕES DA CONEXÃO CONECTIVOS


e; além disso; não só... mas também; depois; finalmente; seguidamente; em primeiro lugar; em
ADIÇÃO seguida; por um lado... por outro; adicionalmente; ainda; do mesmo modo; pela mesma razão;
igualmente; também; de novo;...
porém; contrariamente; em vez de; pelo contrário; por oposição; ainda assim; mesmo assim;
OPOSIÇÃO
apesar de; contudo; no entanto; por outro lado;...
logo; pois; assim; por isso; por conseguinte; portanto; enfim; em conclusão; concluindo; em
CONCLUSÃO
suma;...
apesar de; ainda que; embora; mesmo que; por mais que; se bem que; ainda assim; mesmo
CONCESSÃO
assim;...

DÚVIDA talvez; é provável; é possível; provavelmente; porventura;...

CERTEZA é evidente que; certamente; decerto; com toda a certeza; naturalmente; evidentemente;...

pois; pois que; visto que; já que; porque; dado que; uma vez que; por causa de; posto que; em
CAUSA
virtude de; devido a; graças a;...

EXEMPLIFICAÇÃO por exemplo; exemplificando; isto é; tal como; em outras palavras; em particular;...

COMPARAÇÃO da mesma maneira; da mesma forma; como; similarmente; correspondentemente; assim como;...

Quadro 1 - Conectivos
Fonte: MACEDO (2016)

Como você pôde observar, há uma vasta quantidade de conectivos que podem ser usados para garantir
ao leitor uma sequência coesa de ideias.

4.2.3 CONCISÃO

Uma das qualidades de um bom escritor é escrever os parágrafos com poucas palavras para dizer
muito, ou seja, ser conciso. Se o parágrafo for mal pontuado ou for muito extenso, torna-se enfadonho1 e a
consequência é o deficit da compreensão deste.
Ser conciso não significa escrever pouco, mas evitar redundâncias e cortar o excesso sem comprometer
a eficácia da comunicação textual.

1 Monótono, desagradável e sem atrativo.


4 PARÁGRAFO
43

Portanto, concisão significa evitar a repetição de ideias e palavras e cortar informações desnecessárias
num dado contexto.
Até aqui, você viu a estrutura geral de um parágrafo, e como esses estabelecem a ligação para a clareza
de um texto. A seguir, estudará os diferentes tipos parágrafos e suas principais características.

4.3 CARACTERÍSTICAS DOS PARÁGRAFOS

Há várias maneiras de escrever textos e, dependendo do gênero, os parágrafos são constituídos. Quando
quiser narrar, contar uma história, certamente usará parágrafos narrativos; ao descrever pessoas, materiais,
relatórios e outros, poderá usar parágrafos descritivos; já para convencer alguém, argumentar, expor suas
ideias, usará parágrafos dissertativos.

4.3.1 CARACTERÍSTICAS DO PARÁGRAFO NARRATIVO

O parágrafo narrativo relata fatos reais ou fictícios, apresenta uma sequência de acontecimentos, utiliza
verbos geralmente no passado, e procura responder à questões essenciais: quem, o quê, onde, como e
quando.
Leia, a seguir, um exemplo de parágrafo narrativo.

Ontem, Paulo foi incumbido pelo professor Rodrigo para formar uma equipe e elaborar um folder para o curso técnico. Para executar
a tarefa, teria que convidar alguns colegas de turma. Antes, porém, fez uma lista com a tarefa de cada um. Assim, quando fosse convocar
os colegas, já teria em mãos tudo o que iriam precisar para confecção do folder. Combinaram o local para a execução do trabalho, na casa
de Paulo, e fizeram tudo de acordo com o que foi solicitado. O professor Rodrigo ficou surpreso com o resultado, e disse-lhes:
Parabéns, garotos! O folder ficou excelente.

Perceba que os parágrafos apresentam os personagens (quem), os fatos (o quê), o local (onde) e a marca
temporal (quando).

4.3.2 CARACTERÍSTICAS DO PARÁGRAFO DESCRITIVO

Ao elaborar um parágrafo descritivo é preciso ficar atento ao maior número de detalhes possível para
que o leitor possa imaginar as características do objeto, pessoa, ambiente ou processo que está sendo
descrito.
COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA
44

Leia, na sequência, os parágrafos descritivos de um texto.

O SENAI possui uma estrutura muito bem organizada. As salas são adequadas ao número de alunos e a climatização é eficaz. Além
disso, todas as salas possuem computador, data show e em algumas, lousa interativa, permitindo maior interação entre professores e
alunos.
Os laboratórios de informática são equipados com computadores modernos para que os educandos possam fazer pesquisas
rápidas, e os laboratórios de química oferecem o que há de mais inovador na área o que tem gerado mais matrículas à instituição pois,
nos dias atuais, os alunos querem qualidade e inovação.

Lendo essa descrição, você conseguiu imaginar como é a estrutura educacional do SENAI? Provavelmente
a imagem que você fez é diferente do autor do texto porque as projeções que se faz são sempre baseadas
nas próprias experiências. No entanto, quando a descrição oferece bastante detalhes fica mais fácil projetar
em sua mente o que está sendo descrito.
Por isso, ao descrever, é importante dar atenção ao maior número de detalhes possível, mas claro, sem
deixar o texto repetitivo e cansativo.

4.3.3 CARACTERÍSTICAS DO PARÁGRAFO DISSERTATIVO

Um parágrafo dissertativo apresenta argumentos que embasam o ponto de vista e ideias secundárias
que justificam a principal. A ideia principal apresenta o que há de mais importante no parágrafo e,
geralmente é a introdução. As secundárias (de apoio) fundamentam a ideia principal e têm por objetivo
desenvolver e concluir o parágrafo. Esse tipo de parágrafo precisa ter um tópico frasal (ideia principal) e o
desenvolvimento.
Leia a seguir um exemplo de um parágrafo dissertativo:

Agenda eletrônica, computador, internet, Ipad, celular, smartphone... Quem se lembra como era a vida antes de todos esses
equipamentos tecnológicos? Provavelmente, apenas os maiores de 25 anos responderam “sim” a esta pergunta. O avanço da tecnologia
e a facilidade trazida por ela é incalculável. Na década de 90, não seria possível comprar um celular sem desembolsar, no mínimo, dois
mil reais por aparelhos que tinham, apenas, a função de ligar e desligar. Hoje, não costumamos mais decorar números de telefone ou
datas comemorativas, o celular e a agenda eletrônica são capazes de fazer isso por nós. Em poucos anos surgiram aparelhos com câmera
e aplicativos simples, e logo depois surgiram os smartphones, que se conectam a internet e tem milhares de aplicativos.
4 PARÁGRAFO
45

Você pôde ler, no exemplo acima, que o parágrafo apresentou o ponto de vista acerca da revolução
tecnológica de modo claro e objetivo. Assim, ficou fácil perceber, em ordem cronológica, a evolução da
tecnologia.

FIQUE Ao escrever textos dissertativos, não inicie os parágrafos com marcas temporais
ALERTA consideradas clichês, tais como: hoje em dia, ultimamente, em pleno século XXI.

Outra dica importante é não elaborar parágrafos muito longos, porque eles podem confundir e dispersar
a atenção do leitor além de dificultar a transmissão das ideias de forma clara e objetiva.
Como você estudou até aqui, há muitas orientações sobre os parágrafos. Que tal, agora, recapitular todo
o capítulo?

RECAPITULANDO

Neste capítulo, você estudou alguns dos principais aspectos relacionados à elaboração de pará-
grafos; aprendeu que os parágrafos são constituídos por períodos e estes apresentam caracterís-
ticas diferentes, dependendo do tipo de texto a que se destinam, bem como o tópico frasal que é
expresso pela ideia central do parágrafo.
Observou que os parágrafos são microtextos e podem ter características descritivas, narrativas ou
dissertativas e que acompanham o tipo de texto que se está elaborando.
Além disso, percebeu que é importante ter coerência e coesão nos parágrafos pois, se não houver
unidade, não haverá compreensão.
Descrição

Na prática escolar e profissional, um dos tipos textuais muito comuns é o descritivo, que
faz o leitor conhecer e construir os detalhes dos objetos, seres, fatos e outros elementos
constituidores do texto, de forma organizada.
Você sabe como apresentar ao leitor os detalhes descritivos para que ele consiga formar
a imagem mental do que está sendo descrito? Você imagina em quais momentos terá que
elaborar textos descritivos na vida profissional?
Este capítulo apresentará as situações profissionais e pessoais em que terá que empregar o
texto descritivo. Abordará também algumas regras básicas para elaborar boas descrições bem
como fazer com que o leitor construa a imagem descrita tal qual ela é.
Ao final do capítulo você terá subsídios para:
a) identificar os diferentes tipos de descrição;
b) saber descrever o objeto ou o relatório para que o leitor consiga imaginá-lo na íntegra;
c) identificar as características desse tipo de texto;
d) saber descrever de modo objetivo, tanto textos quanto imagens;
e) elaborar textos descritivos técnicos.
O capítulo apresentará todos os tipos de descrições para que você as escreva na ordem e na
progressão que cumpram o objetivo a que se destina.
Bons estudos!
COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA
48

5.1 DESCRIÇÃO DE OBJETO

Sempre que você descreve com detalhes um objeto, uma pessoa ou uma paisagem está elaborando
uma descrição. Na descrição, são empregados verbos de ligação, que tal como o nome indica, têm a
função de ligar ou conectar o sujeito às suas características. Os principais verbos de ligação são: ser, estar,
permanecer, parecer, ficar, continuar e tornar.

SAIBA Para que amplie seus conhecimentos sobre os verbos de ligação, pesquise em:
MAIS Aprender e Praticar Gramática, Ferreira, Mauro. ed. FTD. 2011

A descrição técnica busca a objetividade. Os textos descritivos devem empregar uma linguagem clara
e direta, com sentido denotativo1. A descrição deve-se compor um retrato por meio de palavras, fazendo
com que o leitor perceba as principais características do que está sendo descrito sem confundi-lo com
nenhum outro.
A descrição pode ser feita de forma subjetiva e objetiva. Saiba a diferença entre elas.
a) Descrição objetiva: descreve, de forma clara e realista, objeto ou a pessoa. Este tipo de descrição
não apresenta juízo de valor, portanto emprega uma linguagem denotativa. Ex.: A placa-mãe de um
computador possui um formato retangular, com peças pequenas que se encaixam ao processador.
b) Descrição subjetiva: o texto descreve uma visão pessoal do autor, levando em conta seus sentimen-
tos e emoções. Este tipo de descrição emprega uma linguagem conotativa, ou seja, a palavra em seu
sentido figurado. Por exemplo: Perto do computador, vê-se bons livros de pesquisa, que parecem
refletir a incessante busca pelo conhecimento de quem os lê.
A descrição também pode ser física ou psicológica. Acompanhe.
a) Física: na descrição física, são fornecidas as características exteriores, que você pode ver ou sentir.
Normalmente, descreve-se os traços físicos do personagem, como altura, cor dos olhos, cabelos
e pele, formato do rosto, trajes e outros. Ex.: A professora de informática tem os olhos e cabelos
castanhos.

CURIOSI A descrição é um tipo de texto muito usado pelos escritores de textos literários pois,
DADES nessa tipologia predominam as descrições dos ambientes, personagens e paisagens.

1 Palavra no sentido real, sentido usual, próprio, não-figurado, de tal modo que tenha o mesmo significado para todos.
5 DESCRIÇÃO
49

b) Psicológica: na descrição psicológica, apresenta-se as características interiores (emocionais) do ser


descrito, ou seja, apresenta o modo de ser do personagem, seus hábitos, atitudes até a personali-
dade. Ex.: O professor de curso de eletrônica é um homem calado, sorri pouco e não gosta de brin-
cadeiras.

FIQUE No texto descritivo predomina a linguagem objetiva e em sua maioria não há a


ALERTA opinião do autor.

Ao descrever um objeto deve-se levar em conta a perspectiva espacial, ou seja, a relação do observador
em relação ao objeto descrito. Não se esqueça de analisar a forma, a cor, a dimensão, o peso, a textura, o
material, o brilho e a utilidade.
Leia, a seguir, a descrição de uma lupa.
Thinkstock ([20--?])

Figura 10 -  Lupa

A lupa é um instrumento óptico composto por um cabo com revestimento acrílico e uma lente de cristal, que possui a capacidade
para aumentar o tamanho das imagens. O comprimento do cabo é de 8 cm e a circunferência da lente é de 10 cm. A parte externa do
cabo é lisa, na cor preta. A parte interna é feita de aço inoxidável que circunda a lente, para fixá-la. A lente tem a capacidade de aumentar
em até 30 vezes o tamanho original do objeto observado por meio dela. Ela é lisa, transparente, sem riscos, manchas ou bolhas. Esse
instrumento é encontrado em várias lojas, especialmente em livrarias. Ela pode ser usada por qualquer pessoa tanto na vida pessoal
como na profissional.

Agora que você compreendeu como elaborar a descrição de um objeto, leia o casos e relatos, a seguir,
e perceba que há outra forma de descrição, a oral.
COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA
50

CASOS E RELATOS

Conhecendo um resistor
Marcos e André participam de uma aula sobre componentes eletrônicos e, ao saírem, conversam
sobre o que aprenderam:
- Marcos, quando o professor alertou que, para aprender eletrônica básica, é preciso prestar muita
atenção, pois existem variedades muito grandes de componentes nessa área, eu fiquei em alerta.
Você já imaginou se a gente trocar os resistores na hora de fazer uma manutenção elétrica?
- De fato, André! Hoje, na aula, conhecemos muitos modelos de resistores e cada um com um
símbolo diferente. Precisamos de alguma técnica para gravar tudo e não confundir as funções e os
valores de cada um.
- Verdade! Isso que estamos só na eletrônica básica, imagina quando chegarmos à avançada!
- André, a parte da aula que eu mais gostei foi a do código das cores, criado para facilitar a leitura
dos componentes. Já imaginou se as informações tivessem que ser impressas naqueles resistores
tão pequenos? Teríamos que usar uma lupa para lê-los.
- Sim, por isso existe o código das cores. Eu lembro das 12 cores, dentre elas dourado e prateado,
lembro também que cada cor tem um valor diferente e o branco tem o valor 9.
- Não podemos esquecer da informação que o professor deu, que as cores prateada e dourada
sempre ficam na última faixa.
- A descrição detalhada das cores e valores dos resistores ajudou bastante. Assim, na hora de
executar o projeto das lâmpadas de LED, vai facilitar, com certeza!
Assim, Marcos e André voltam para casa contentes, pois o professor descreveu nos mínimos
detalhes todos os componentes eletrônicos que usarão na próxima aula em que iniciarão o projeto
de iluminação sequencial com LEDs, usando os resistores.

Agora que você já conheceu como elaborar a descrição de um objeto, saiba como fazer a descrição de
um processo.

5.2 DESCRIÇÃO DE PROCESSO

A descrição de um processo é feita com o objetivo de apresentar o funcionamento de um aparelho,


procedimentos para fabricação de um determinado objeto ou mesmo um sistema de trabalho. Geralmente,
5 DESCRIÇÃO
51

em uma descrição de um processo, são apresentados aspectos como: procedimentos, aparelhos,


experiências, mecanismos, relatórios, fórmulas, entre outros.
Leia, a seguir, a descrição de como são fabricadas as modernas lentes de óculos.

No início, a resina ainda está líquida. A matéria-prima para a fabricação das lentes se chama monômero, que é importado e tem que
ser armazenado em câmaras frias onde as temperaturas variam entre dois e cinco graus abaixo de zero. Esse frio garante as características
químicas do produto e não deixa que ele estrague.
a) O líquido é misturado a outro produto químico, o catalisador, que lá na frente do processo vai acelerar a mudança do estado
líquido para o sólido, na etapa chamada de polimerização.

b) A mistura de resina e catalisador preenche os moldes.

c) As formas são organizadas em bandejas e transportadas dentro de carrinhos até um forno gigante. Lá, o processo é parecido
com o cozimento de um bolo.

d) As lentes ficam 20 h assando a uma temperatura de 80oC. Nesse momento, elas passam do estado líquido para o sólido e saem
do forno em forma de blocos.

e) Os blocos são retirados cuidadosamente com uma espátula e levados para uma sala quase sem luz. Nas bancadas, uma lâmpada
fluorescente realça qualquer imperfeição: riscos, manchas e bolhas.

f) As lentes defeituosas são descartadas. O trabalho de controle de qualidade dura um minuto para cada lente.

g) As lentes seguem, então, para uma sala especial onde é aplicada uma camada antirreflexo. Não pode ficar uma só poeirinha
sobre a lente. Por isso, os filtros funcionam 24 h para manter o ambiente livre de impurezas.

h) A camada antirreflexo tem a função de proteger os olhos da luminosidade e de radiações quando as pessoas ficam, por exemplo,
muito tempo em frente ao computador.

i) As lentes, ainda inacabadas, são embaladas com todo cuidado para não arranharem e seguem para laboratórios de todo o país,
onde são finalizadas e adequadas às receitas médicas.

j) Em equipamento de precisão, elas são cortadas.

k) O tamanho do corte é que vai determinar o grau da lente. As informações da receita do oftalmologista são transmitidas por
computador.

l) Em menos de um minuto, a lente está pronta para ser adaptada à armação escolhida.

m) O leitor ótico grava o desenho que deve ter a lente. O esmeril faz o corte seguindo também a programação do computador.

E assim nascem os mais variados modelos de óculos com lentes modernas e de qualidade. (DETERRE, 2012)

Note que a descrição desse processo possui uma breve introdução e um desenvolvimento que apresenta
todas as fases do processo em uma sequência lógica, e uma conclusão.
COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA
52

5.3 DESCRIÇÃO DE AMBIENTE

Neste tipo de descrição, o autor apresenta as características do lugar. Visualize a figura, a seguir, e leia a
descrição do laboratório de engenharia mecânica e industrial.

Thinkstock ([20--?])
Figura 11 -  Laboratório de engenharia mecânica e industrial

O laboratório mede 15 metros de largura e 30 de comprimento. Está localizado no segundo andar do prédio, ao lado da biblioteca
técnica da empresa. O local é de alvenaria, as paredes são recobertas por uma resina lisa e lavável na cor branca. O piso é revestido por
um artigo sintético emborrachado na cor azul clara. As portas são brancas e pintadas com tinta fosca. As janelas são de vidro, porém
possuem uma película escura, para evitar a incidência direta da luz solar.
Os equipamentos são todos de última geração e empregados para realizar testes e pesquisas na área mecânica e eletrônica. A parte
de baixo das bancadas é vazada, o que permite que mais equipamentos sejam colocados em um mesmo lugar. O ambiente possui um
sistema de refrigeração central, para evitar que objetos estranhos contaminem os equipamentos.
As pessoas que trabalham neste local também são obrigadas a usar uniformes brancos compostos por: sapato, calça, jaleco, touca,
óculos de segurança, luvas e protetor auricular. Neste espaço, trabalham apenas quatro pessoas, sendo um professor e três alunos
assistentes.

Como você pôde perceber, há três formas de elaborar os textos descritivos apresentados neste capítulo
e, possivelmente, serão utilizados por você, tanto na vida profissional quanto na vida pessoal.
5 DESCRIÇÃO
53

RECAPITULANDO

Você pôde aprender nesse capítulo que o texto descritivo é bastante usado na esfera profissional,
pois em diversas situações faz-se necessário descrever objetos, processos, ambientes, relatórios,
mecanismos, experiências, situações ou até mesmo pessoas.
Aprendeu que na descrição o autor deve apresentar o que está sendo descrito de forma clara para
que o leitor consiga vislumbrar mentalmente o objeto descrito.
Viu que o texto descritivo usa linguagem objetiva, sem rodeios e que os elementos descritivos são
dados selecionados com a finalidade de esclarecer os detalhes de maneira precisa.
Dissertação

Saber argumentar e defender um ponto de vista são essenciais para qualquer pessoa
nos mais diferentes contextos. Para que as argumentações sejam coerentes e eficazes são
necessárias algumas técnicas e essas serão apresentadas neste capítulo.
Você sabia que, para elaborar uma dissertação, é preciso ter bons argumentos para defender
ou refutar uma tese? Para isso, antes de começar a escrever é preciso ter um plano este capítulo
dará sugestões de como elaborar um roteiro ou um mapa mental.
Aprenderá que defender uma opinião com argumentos coerentes e adequados é o aspecto
mais importante do texto dissertativo, e você, futuro profissional em eletrônica, muitas vezes
terá que apresentar seu ponto de vista e ter bons argumentos para defender sua ideia. E, para
ajudá-lo nessa tarefa, ao final do capítulo, você será capaz de:
a) compreender a estrutura de uma dissertação;
b) identificar os diferentes tipos de argumentos para defender seu ponto de vista;
c) elaborar textos dissertativos claros e objetivos.
Aproprie-se de mais esse conhecimento e com certeza, escreverá excelentes dissertações.
Bons estudos!
COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA
56

6.1 TÉCNICAS DE ARGUMENTAÇÃO

A argumentação têm por objetivo convencer ou persuadir o leitor. Assim, é preciso formular hipóteses
sobre o tema a ser desenvolvido, escolher uma tese a ser defendida e arrolar argumentos que conquistem
a adesão de quem lê. Todos os textos dissertativos apresentam um ponto de vista sobre um determinado
tema.
Para formar um ponto de vista é necessário buscar informações, pesquisar, ler, analisar, sintetizar e for-
malizar o que se pretende fazer crer aos outros.
Em artigos de jornais facilmente se encontra a defesa do ponto de vista do autor que tem por objetivo
influenciar os leitores quanto aos conceitos ou opiniões emitidas.
Para elaborar um texto em que você terá que argumentar, é preciso ficar atento a algumas questões:
a) Que opinião será defendida no texto?
b) Que argumentos apresentará em defesa de sua opinião?
c) Quais as informações que sustentarão seus argumentos?
Tendo em mente essas reflexões, também é pertinente ficar atento para que os argumentos fiquem
claros e levem o leitor a seguir uma linha de raciocínio coerente. Observe que há muitas vantagens nos
textos argumentativos:
a) É um método através do qual o indivíduo pode avaliar os problemas que dizem respeito, à família,
negócios e à sociedade em que vive.
b) É um meio de criar hipóteses e experimentar conclusões.
c) É uma técnica de emitir argumentos e opiniões, com o objetivo de defender uma determinada
posição.
d) É um processo de análise crítica de todos os meios de intercâmbio de opiniões.
e) É um instrumento poderoso com aplicações proveitosas na vida individual e em sociedade.
Além das vantagens citadas, existem alguns tipos de argumentos que podem ser empregados:
a) argumento de autoridade: neste tipo de argumentação emprega-se citações de autores renoma-
dos no assunto para confirmar e dar veracidade ao ponto de vista apresentado pelo autor do texto;
b) argumento baseado no consenso: este tipo de argumento é empregado quando há proposições
evidentes por si mesmas, porém deve-se evitar os que são considerados carentes de bases científi-
cas;
c) argumento baseado em provas concretas: este tipo de argumentação deve vir apoiada em fatos
devidamente comprovados, como dados estatísticos, dados históricos entre outros;
d) argumento com base no raciocínio lógico: é o argumento empregado com base na lógica ba-
seado nas relações entre as proposições;
6 DISSERTAÇÃO
57

e) argumento da competência linguística: os argumentos empregados devem ser usados em situ-


ações de comunicação em que se emprega a língua formal, porque, como eles são empregados, dá
confiabilidade ao que se afirma;
f) argumento por causa e consequência: neste tipo de argumento, a tese ou conclusão é aceita por
ser uma causa (os motivos/os porquês) ou uma consequência (os efeitos) dos dados apresentados;
g) argumento por comparação: estabelece o confronto entre duas posições diferentes sobre o mes-
mo tema;
h) argumento por alusão histórica: este tipo de argumento relata fatos históricos para explicar acon-
tecimentos presentes.
Leia o casos e relatos, a seguir, e perceba a importância de pôr em prática os conhecimentos sobre as
técnicas de argumentação.

CASOS E RELATOS

Concurso de redação
As aulas de Comunicação Oral e Escrita sempre foram muito proveitosas para Miguel pois ele
costumava prestar muita atenção em tudo que a professora, dona Rita, explicava.
Para alguns alunos as aulas de produção textual eram motivo de desânimo visto que reclamavam
por não saber desenvolvê-las de acordo com as técnicas que dona Rita apresentava.
No entanto Miguel, que já gostava de escrever, incentivava os colegas a praticarem a escrita em
casa e também dava as mesmas dicas que a professora, que pedia que lessem revistas sobre
conhecimentos gerais e atualidades e que isso os ajudaria bastante na hora de escrever.
Na semana da comemoração do Dia do Trabalho, a turma do Curso Técnico participou de um
concurso de redações. Dona Rita explicou como seria e que haveria um prêmio para o Primeiro
colocado, um notebook. Miguel ficou entusiasmado. Fez pesquisas, leu matérias sobre o assunto
e escreveu sua dissertação usando as técnicas de argumentação que estudara. Além disso, usou
argumentos baseados em uma indústria, cuja principal função é o trabalho em eletrônica, pois já
haviam feito uma visita de estudos por lá.
Para sua felicidade foi classificado entre os três melhores e recebeu com alegria seu prêmio.
Depois, em entrevista para o jornal da cidade, quando lhe perguntaram sobre o texto que recebeu
a primeira colocação, ele disse:
-Usei as técnicas que Dona Rita nos ensinou nas aulas de Comunicação Oral e Escrita e foi muito
útil. Coloquei em prática, só isso!
COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA
58

Lembre-se que, em muitas ocasiões, precisará expor as ideias, opiniões e pontos de vista sobre
determinado tema. Por isso, mantenha-se atualizado, bem informado, tenha conhecimento do assunto
sobre o qual discorrerá e empregue argumentos capazes de convencer o leitor, caso contrário não terá
alcançado seu objetivo.

SAIBA Para ampliar seus conhecimentos sobre como elaborar textos dissertativos leia
o capítulo 10 do livro: Oficina de Texto. 2010, dos Autores Carlos Alberto Faraco e
MAIS Cristóvão Tezza, da editora Vozes.

Você estudou os principais tipos de argumentos, conheça, a partir de agora, a estrutura de uma
dissertação.

6.2 ESTRUTURA DA DISSERTAÇÃO

A dissertação é composta por partes essenciais: a introdução que é a tese ou ponto de vista (ideia
principal), o desenvolvimento e a conclusão.
Na introdução, deve-se apresentar, a tese (ponto de vista) e o caminho a ser seguido no texto.
No desenvolvimento, faz-se a explanação do seu ponto de vista, tentando convencer o leitor, além de
fornecer dados, citar exemplos ou opinião de especialistas.
Na conclusão, dá-se o desfecho ao texto, de forma coerente com os argumentos apresentados no
desenvolvimento.
Conheça, a seguir, algumas informações importantes para elaborar boas dissertações.
a) Use os verbos na terceira pessoa (ele, eles, elas, eles);
b) empregue uma linguagem formal;
c) obedeça às normas gramaticais;
d) não empregue gírias ou termos inapropriados;
e) empregue as palavras em seu sentido literal (não use o sentido figurado);
f ) elabore períodos objetivos, claros e breves;
g) pontue corretamente;
h) elabore parágrafos que tenham introdução, desenvolvimento e conclusão.
6 DISSERTAÇÃO
59

FIQUE Em dissertações, evite empregar expressões, como: eu acho; na minha opinião; do


ALERTA meu ponto de vista. Prefira empregar temos, como: convém observar; é bom lembrar;
é preciso considerar, entre outros, em 3ª pessoa.

Você teve a oportunidade de conhecer em linhas gerais a estrutura de uma dissertação. A seguir,
compreenda como elaborar cada uma das partes constitutivas de uma dissertação, que são a introdução,
o desenvolvimento e a conclusão.

6.2.1 INTRODUÇÃO DA DISSERTAÇÃO

A introdução deve apresentar de maneira direta, simples, clara e objetiva o assunto que será tratado
no texto, delimitando inclusive as questões que nele serão discutidas, bem como a tese a ser defendida
ou refutada e os principais argumentos que serão discutidos no texto. Segundo Infante (1998, p, 160), “[...]
a introdução encaminha o leitor, colocando-lhe a orientação adotada para o desenvolvimento do texto.
Atua, assim, como uma espécie de roteiro.”
A introdução pode ser composta por um ou mais parágrafos, apresentando a tese ou a ideia principal.
Importante lembrar que a introdução deve ser fiel ao tema que será desenvolvido na dissertação, pois
todo o texto que será elaborado no desenvolvimento depende do que foi escrito no primeiro parágrafo. A
introdução é o fio condutor do texto.
Observe, a seguir, um esquema de texto dissertativo.

Redação

Por quê?
Problema Opinião Argumentos Conclusão
Patricia Marcilio (2016)

Fato: algo aconteceu; Propor uma solução


Tese: verdade pessoal; Provas de que
verdade absoluta; ou intervenção
juízo de valor. a opinião é válida.
inquestionável. para o problema.

Figura 12 -  Esquema de dissertação-argumentativa


Fonte: adaptado de ENEM
COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA
60

Como você pode notar, seguindo o esquema, ficará fácil escrever uma dissertação. Lembrando que
esse tipo textual deve ser escrito em terceira pessoa, sendo deste modo, impessoal. Evite, na introdução
usar marcas temporais tais como: ultimamente, hoje em dia, nos dias atuais, em pleno século XXI, pois são
consideradas sentenças clichês1.

6.2.2 DESENVOLVIMENTO DA DISSERTAÇÃO

O desenvolvimento não é uma continuidade da introdução, apesar de terem uma relação íntima. Por
isso, evite iniciar o desenvolvimento com termos, como: dessa maneira, por causa disso, com isso, entre
outras.
No desenvolvimento, deve-se provar ao leitor o ponto de vista ou tese apresentada na introdução, por
meio dos argumentos que você escolheu para fazê-lo. Para tanto, empregue um dos tipos de argumentos
citados nas técnicas de argumentação.
Após a elaboração do desenvolvimento, é preciso elaborar a conclusão. Conheça mais esta etapa.

Thinkstock ([20--?])

Nas escolas de Ensino Médio e em vestibulares, a dissertação é o tipo de texto mais utilizado, pois exige
do autor um posicionamento frente à situações atuais.

6.2.3 CONCLUSÃO DA DISSERTAÇÃO

A conclusão é a última parte de um texto em que se condensa de forma sintética tudo aquilo que foi
dito no desenvolvimento. Aqui as ideias apresentadas pelo autor devem propor ou sugerir uma solução.
“[...] a conclusão deve expor claramente uma avaliação final do assunto discutido. Nessa parte, também se
podem fazer propostas de ação (que não devem adquirir ares de profecia).” (INFANTE, 1998, p. 160).

1 Expressões tão utilizadas e repetidas que se desgastaram e afastaram-se de seu significado original. Essa espécie de “preguiça
linguística”, que poupa esforços, inibe a reflexão e multiplica a passividade entre interlocutor e receptor, permeia todos os níveis da
linguagem.
6 DISSERTAÇÃO
61

CURIOSI Em provas de vestibulares, a conclusão da dissertação deve propor uma intervenção


ou proposta de solução para o problema abordado; caso o candidato não o faça,
DADES perde 25% da nota do texto.

Você pode iniciar a conclusão com expressões tais como: em virtude dos fatos mencionados, levando-
se em consideração esses aspectos entre outros, porém evite expressões como: para finalizar, concluindo,
para terminar, pois são redundantes.
Revise os conteúdos estudados neste capítulo lendo o recapitulando a seguir.

RECAPITULANDO

Neste capítulo foi estudado o texto dissertativo que é um tipo de texto muito utilizado pois, no
cotidiano, todos se deparam com situações que precisam ser fundamentadas e discutidas para
expor o ponto de vista.
Você estudou que as dissertações devem ser escritas de modo impessoal, em terceira pessoa, e que
não se deve usar clichês e marcas temporais e aprendeu que existem vários tipos de argumentos e
esses devem inserir de modo claro e objetivo seu ponto de vista.
O capítulo ofereceu sugestões para a conclusão de um texto dissertativo e também que devem
ser apresentadas propostas de intervenção para o problema abordado na tese e, se possível,
comprová-los com fundamentação lógica e convincente usando exemplos ou citações.
Relatório Técnico

Neste capítulo, você estudará como elaborar relatórios técnicos e/ou científicos e conhecerá
sua estrutura básica. Ao final deste capítulo, você será capaz de:
a) diferenciar documentos técnicos utilizados em ambientes industriais;
b) elaborar relatório técnico, com dados de orçamento, inclusive em meio eletrônico;
c) comunicar-se por escrito em diversos níveis hierárquicos, inclusive por meio eletrônico;
d) elaborar textos, inclusive técnicos;
e) elaborar atas de reunião, inclusive utilizando recursos computacionais.
Você sabe para que serve um relatório técnico? Será que você precisará elaborar esse tipo
de documento na sua atividade profissional na área de eletrônica? Será que esse é o único tipo
de relatório que existe?
Siga em frente com seus estudos e conheça a estrutura básica de um relatório técnico e os
outros tipos mais simples empregados na gestão das empresas.
Bons estudos!
COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA
64

7.1 ESTRUTURA BÁSICA DO RELATÓRIO

Um relatório, como o nome diz, é um relato, portanto é uma descrição do que se passou, o que aconteceu
e o que foi observado.
Geralmente as pesquisas científicas são apresentadas em relatórios técnico e/ou científicos. Um relatório
é o resultado de uma pesquisa e seu objetivo é “[...] dar às pessoas interessadas o resultado completo do
estudo, com pormenores suficientes e dispostos de modo a permitir que o leitor compreenda os dados e
determine para si a validade das conclusões.” (GOODE; HATT, 1979 apud MARCONI; LAKATOS, 2011, p. 217).
Um relatório técnico e/ou científico apresenta basicamente as mesmas características de um trabalho
acadêmico, porém a norma que estabelece seu padrão é a NBR 10719:2015, conforme pode ser visualizado
na figura a seguir.

Parte externa
{ Capa (opcional)
Lombada (opcional)

{
{
Folha de rosto (obrigatório)
Errata (opcional)
Agradecimentos (opcional)
Resumo na língua vernácula (obrigatório)
Lista de ilustrações (opcional)
Elementos Lista de tabelas (opcional)
pré-textuais Lista de abreviaturas e siglas (opcional)
Lista de símbolos (opcional)
Sumário (obrigatório)

Parte interna
Elementos
textuais { Introdução (obrigatório)
Desenvolvimento (obrigatório)
Considerações finais (obrigatório)

{
Referências (obrigatório)
Patricia Marcilio (2016)

Elementos
pós-textuais Glossário (opcional)
Apêndice (opcional)
Anexo (opcional)
Índice (opcional)
Formulário de identificação (opcional)

Figura 13 -  Estrutura de um relatório técnico e/ou científico


Fonte: adaptado de ABNT (2015)

Segundo a NBR 10719 (ABNT, 2015), na parte externa de um relatório técnico e/ou científico, pode-se
incluir a primeira capa com as seguintes informações: “[...] nome e endereço da instituição responsável;
número do relatório; ISSN (se houver), elaborado conforme a ABNT NBR 10525; título e subtítulo (se houver);
classificação de segurança (se houver).”
Os elementos pré-textuais obrigatórios, segundo a NBR 10719 (ABNT, 2015) são: folha de rosto, resumo
na língua vernácula e sumário.
7 RELATÓRIO TÉCNICO
65

No anverso da folha de rosto, na seguinte ordem, devem constar as seguintes informações:


a) nome do órgão ou entidade responsável que solicitou ou gerou o relatório;
b) título do projeto, programa ou plano que o relatório está relacionado;
c) título do relatório;
d) subtítulo, se houver, deve ser precedido de dois pontos, evidenciando a sua subordinação ao título.
O relatório em vários volumes deve ter um título geral. Além deste, cada volume pode ter um título
específico;
e) número do volume, se houver mais de um, deve constar em cada folha de rosto a especificação do
respectivo volume, em algarismo arábico;
f ) código de identificação, se houver, recomenda-se que seja formado pela sigla da instituição, indi-
cação da categoria do relatório, data, indicação do assunto e número sequencial do relatório na série;
g) classificação de segurança. Todos os órgãos, privados ou públicos, que desenvolvam pesquisa de
interesse nacional de conteúdo sigiloso, devem informar a classificação adequada, conforme a
legislação em vigor;
h) nome do autor ou autor-entidade. O título e a qualificação ou a função do autor podem ser incluídos,
pois servem para indicar sua autoridade no assunto. Caso a instituição que solicitou o relatório seja a
mesma que o gerou, suprime-se o nome da instituição no campo de autoria;
i) local (cidade) da instituição responsável e/ou solicitante;
j) ano de publicação, de acordo com o calendário universal (gregoriano), deve ser apresentado em
algarismos arábicos. (ABNT, 2015)
Já no verso, as informações que devem constar na folha de rosto seguem a seguinte ordem:
a) equipe técnica, elemento opcional, indica a comissão de estudo, colaboradores, coordenação geral,
entre outros. O título e a qualificação ou a função do autor podem ser incluídos, pois servem para
indicar sua autoridade no assunto;
b) dados internacionais de catalogação-na-publicação, elemento opcional, deve conter os dados de
catalogação-na-publicação, conforme o Código de Catalogação Anglo-Americano vigente. Os dados
internacionais de catalogação-na-publicação serão obrigatórios quando não utilizado o formulário
de identificação. (ABNT, 2015)
Assim como na apresentação de um trabalho acadêmico, o resumo na língua vernácula segue as normas
estabelecidas pela NBR 6028 e o sumário conforme a NBR 6027.

CURIOSI Em um relatório técnico e/ou científico não há a necessidade de se elaborar um


DADES resumo na língua estrangeira.
COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA
66

Os relatórios apresentam, após os elementos pré-textuais, a introdução, em que são descritos os


objetivos e as razões de sua elaboração. Por outro lado, o desenvolvimento detalha a pesquisa realizada e
as considerações finais.
O único elemento pós-textual obrigatório no relatório técnico e/ou científico são as referências, que
devem seguir as normas estabelecidas pela NBR 6023.
As regras de apresentação de um relatório técnico e/ou científico diferem um pouco do trabalho
acadêmico. Veja, no quadro, a seguir, as principais regras para formatar seu relatório.

ITEM ESPECIFICAÇÃO
Os elementos pré-textuais devem iniciar no anverso da folha, com exceção dos dados internacionais
Elementos pré-textuais
de catalogação na publicação, que devem constar no verso da folha de rosto.

Elementos textuais Devem ser digitados no anverso e verso das folhas.

Elementos pós-textuais Devem ser digitados no anverso e verso das folhas.

Margens Esquerda e superior: 3 cm; direita e inferior: 2 cm.

Preferencialmente tamanho 12, exceto para citações com mais de 3 linhas, notas de rodapé,
Tamanho da fonte
paginação, legendas, fontes das ilustrações, que devem ser em tamanho menor.

Espaçamento entre linhas Espaço entre linhas deve ser simples.

As folhas pré-textuais devem ser contadas, mas não numeradas. A numeração começa a constar
Paginação apenas a partir da introdução. Ela deve figurar no canto superior direito da folha a 2 cm da borda
superior.
Ilustrações (desenho, esquema, fluxograma, gráfico, mapa, entre outros) devem ter sua identificação
Ilustrações na parte superior, precedida da palavra designativa. Após a ilustração, na parte inferior, deve-se
indicar a fonte consultada.

Tabelas As tabeIas seguem os padrões estabelecidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Quadro 2 - Regras gerais de formatação de relatórios técnicos e/ou científicos


Fonte: adaptado de ABNT (2015)
7 RELATÓRIO TÉCNICO
67

Alguns relatórios técnicos e/ou científicos possuem um grau de classificação e segurança em função
das informações que nele podem estar contidas. A NBR 10719 apresenta um exemplo de um formulário
padrão. Veja um exemplo, no quadro, a seguir.

DADOS DO RELATÓRIO TÉCNICO E/OU CIENTÍFICO


Classificação de
Título e subtítulo segurança

Tipo de relatório
Data

Título do projeto/programa/plano

Autor(es)

Instituição executora e endereço completo

Instituição patrocinadora e endereço completo

Resumo

Palavras-chave/descritores

Edição Nº de páginas Nº do volume/parte Nº de classificação

ISSN Tiragem Preço

Distribuidor

Observações/notas

Quadro 3 - Exemplo de formulário de identificação


Fonte: adaptado de ABNT (2015)

Agora que você já aprendeu como elaborar um relatório técnico e/ou científicos, conheça os vários
tipos de relatórios.
COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA
68

7.2 TIPOS DE RELATÓRIO

Além dos relatórios técnico e/ou científicos, existem os que são elaborados por empresas para gerenciar
e acompanhar o desempenho de seus empreendimentos e tomar decisões de forma mais acertada.

FIQUE
ALERTA O relatório deve garantir que o gestor possa tomar uma decisão após a sua leitura.

Em princípio, um relatório tem por objetivo informar, ensinar, orientar ou relatar e, para tanto, deve
responder perguntas como:
a) O quê?
b) Por quê?
c) Quem?
d) Onde?
e) Quando?
f ) Como?
g) Quanto?
h) Quais as possíveis consequências?
Se o relatório atender as finalidades das questões apresentadas, certamente será significativo pois
apresentará, de forma objetiva, os resultados a que se destina.

7.2.1 RELATÓRIO DE ATIVIDADE, OCORRÊNCIA E ESTUDOS OU PESQUISA

Os relatórios servem também para descrever uma sequência de acontecimentos, como um acidente
de trabalho, detalhar passos de um procedimento e até mesmo evidenciar a satisfação dos funcionários
de uma empresa. Os relatórios gerenciais costumam ser acompanhados por gráficos, tabelas e estatísticas.
Eles podem ser classificados em relatórios de atividades, de ocorrências, de estudos e pesquisa. Antes de
conhecer mais detalhadamente cada um desses tipos de relatórios, leia o casos e relatos a seguir.
7 RELATÓRIO TÉCNICO
69

CASOS E RELATOS

Quantidade de acidentes na manutenção


Alcides é um técnico em eletrônica e trabalha em uma empresa que realiza manutenção em
eletrodomésticos. Ele e seus colegas são especialistas em realizar manutenções eletrônicas nas
máquinas de lavar roupa. Infelizmente, nos últimos meses, a empresa tem se surpreendido com o
volume de atestados médicos apresentados por seus funcionários.
João, que é o gerente da empresa, solicitou que Alcides elaborasse um relatório de ocorrências,
especificando os tipos mais comuns de acidentes que sua equipe sofre ao realizar seus trabalhos.
Para surpresa do gerente, os maiores volumes de acidentes, com afastamento de pelo menos um
dia, são os relacionados aos choques elétricos. O relatório também evidenciou que os funcionários
tinham os EPIs necessários, porém não os usavam sistematicamente por causa do desconforto e
pelo calor que sentiam nos dias mais quentes do ano.
O gerente, tomando ciência dos fatos, capacitou sua equipe e exigiu que todos passassem a usar
os EPIs sistematicamente.
Semanas depois, o gerente solicitou um novo relatório e pôde constatar que a incidência dos
acidentes dessa natureza reduziu em 90%.

Certamente você percebeu pela leitura do “casos e relatos” como um relatório de ocorrências permite
que o gestor tome decisões acertadas. No caso da equipe de manutenção, o problema com os choques
elétricos foi quase resolvido. Se não tivesse sido feito um relatório dessa natureza, provavelmente o gestor
não saberia com exatidão quais eram as principais causas dos acidentes e não teria tomado as medidas
necessárias.

SAIBA Para saber mais sobre como apresentar os resultados de uma pesquisa em um relatório,
leia o capítulo 7, do livro, Redação científica: como entender e escrever com facilidade,
MAIS de Gonzaga Ferreira.
COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA
70

Acompanhe, a seguir, as características dos três principais tipos de relatórios.


a) Relatórios de atividades: os relatórios de atividades geralmente são elaborados após a realização
de uma visita técnica ou mesmo sobre o desempenho de um setor de trabalho.
b) Relatórios de ocorrência: os relatórios de ocorrência são os que descrevem fatos acontecidos, como
reparos feitos em um equipamento ou de um acidente de trabalho.
c) Relatórios de pesquisa: os relatórios de pesquisa ou estudos são geralmente desenvolvidos após a
realização de um estágio.

Thinkstock ([20--?])

Figura 14 -  Acidente de trabalho

É importante salientar que ao redigir um relatório é preciso ser objetivo e claro. Para isso é necessário
ter muito conhecimento sobre o que está descrevendo ou sobre o que aconteceu e também colocar em
prática o que aprendeu sobre os parágrafos descritivos.

As unidades do SENAI possuem formulários específicos para apresentar os relatórios


CURIOSI de estudos e/ou de conclusão de estudos. Consulte sempre a sua unidade operacional
DADES para saber quais são os requisitos e a estrutura que este tipo de relatório deve possuir.

Os relatórios de ocorrência servem para relatar um determinado fato ou acontecimento em que são
apresentados o máximo de informações colhidas. Devem ser claros e objetivos, para que possam ser
facilmente compreendidos. Para que você possa elaborar um bom relatório de ocorrências, é preciso que
os dados coletados mais importantes sejam anotados. Lembre-se de que esse tipo de relatório precisa
identificar com clareza onde o fato analisado ocorreu e em que período.
Os relatórios também podem ser feitos em atas de reunião. As atas são documentos em que o relator
registra resumidamente as ocorrências e decisões que foram tomadas na reunião. As atas possuem
a característica de serem redigitas de tal maneira que não se possa realizar qualquer modificação. Elas
devem ser redigidas em parágrafo único, sem abreviações, com os números escritos por extenso e sem
rasuras.
7 RELATÓRIO TÉCNICO
71

Revise o assunto estudado neste capítulo lendo o recapitulando a seguir.

RECAPITULANDO

Neste capítulo, você teve a oportunidade de conhecer a estrutura básica de um relatório técnico e/
ou científico e como ele deve ser redigido e que, dependendo do tipo de informação apresentada
nesse documento, poderá ser muito útil para gerenciar e acompanhar o desempenho de seus
empreendimentos.
Além disso, você conheceu os outros tipos de relatórios que são classificados em relatórios de
atividades, de ocorrências e de estudo, e pesquisa. Estes tipos são mais comuns de serem
elaborados, porque auxiliam os gestores a tomar decisões acertadas.
Pesquisa

Quando você pretende comprar um produto, costuma pesquisar os preços? Tem o hábito de
procurar vídeos e informações sobre o produto na internet ou em livros e revistas? Se assim o for,
você está fazendo uma pesquisa, porém não segue uma sistemática rigorosa de investigação.
No decorrer deste capítulo, você estudará as diferenças entre a pesquisa que você faz no seu
dia a dia e uma pesquisa escolar, acadêmica e científica.
Aprenderá a fazer pesquisas em seu curso e, ao final deste capítulo, você será capaz de:
a) reconhecer diferentes tipos e metodologias de pesquisa, suas funções, normas aplicadas
e formas de apresentação de resultados;
b) elaborar documentação técnica;
c) pesquisar em diversas fontes, inclusive na internet;
d) utilizar técnicas de apresentação, inclusive em meio eletrônico;
e) elaborar textos, inclusive técnicos;
f ) disseminar informações, inclusive com recursos computacionais;
g) seguir legislação, normas e procedimentos;
h) manter-se atualizado;
i) ter capacidade de organização.
Como você notou, o estudo sobre a pesquisa é bem abrangente, mas tenha certeza que será
de muito valor para seu dia a dia.
Bons estudos!
COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA
74

8.1 DEFINIÇÃO E FINALIDADES DA PESQUISA

Apesar de haver uma vasta literatura sobre o que vem a ser pesquisa, muitos estudiosos não chegam a
um consenso sobre este conceito. A maioria dos autores afirma que a pesquisa é um processo que parte de
um problema e procura encontrar uma solução por meio de rigorosa investigação.
A partir de agora, será adotado o conceito de Ander-Egg (1978), que parece ser o mais completo e claro
“[...] a pesquisa é um procedimento reflexivo, sistemático, controlado e crítico, que permite descobrir novos
fatos ou dados, relações ou leis, em qualquer campo do conhecimento.” (apud MARCONI; LAKATOS, 2011,
p.1). Portanto, uma pesquisa tem por finalidade encontrar respostas a questões a partir da aplicação de um
método científico, para obter e desenvolver conhecimento.
Cervo, Bervian e Silva (2007, p. 58) apresentam um conceito de pesquisa que é aquela “[...] pesquisa, de
caráter inédito, que vise a ampliar a fronteira do conhecimento, que busque estabelecer novas relações
de casualidade para fatos e fenômenos conhecidos ou que apresente novas conquistas para o respectivo
campo de conhecimento.”
Esses autores afirmam que, além da pesquisa, existem outras fontes para se obter conhecimento e fazer
descobertas tais como a consulta bibliográfica e a documental.
Segundo a Organização Educacional Brasileira, pode-se citar alguns graus de complexidade das
pesquisas:

a) Trabalho de conclusão de curso: [...] consiste basicamente em pesquisa bibliográfica


para atualizar o estado da arte sobre determinado tema de interesse profissional para o
formando. [...]
b) Dissertação de mestrado (stricto sensu1): a apresentação de um projeto de pesquisa é
pré-requisito fundamental para o ingresso na pós-graduação [...] devendo-se obedecer
rigidamente aos prazos definidos para o exame de qualificação [...] e a defesa. [...]
c) Tese de doutorado: a apresentação de um projeto de pesquisa é pré-requisito
fundamental para o ingresso na pós-graduação [...] devendo-se obedecer rigidamente
aos prazos definidos para o exame de qualificação [...] e a defesa. [...] (CERVO; BERVIAN;
SILVA, 2007, p. 59).

A organização do Sistema Educacional Brasileiro ocorre por meio dos sistemas de


CURIOSI ensino da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. A Constituição
Federal de 1988 e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), instituída
DADES pela lei nº 9394, de 1996, são as leis que regem o sistema educacional brasileiro em
vigor.

1 É uma palavra de origem latina, que significa em sentido estrito. Por isso, os cursos stricto sensu têm por objetivo a produção de
dissertações e teses que formulem e comprovem teorias novas para o entendimento de fatos e de suas relações.
8 PESQUISA
75

No Brasil, também existem os cursos de pós-graduação (lato sensu2) em forma de especialização que
tem por objetivo formar especialistas para o mercado de trabalho. Um deles é o mestrado acadêmico, em
que o pesquisador faz uma profunda imersão na pesquisa. Já o mestrado profissional tem por objetivo que
o mestrando saiba localizar, reconhecer, identificar e, sobretudo, utilizar a pesquisa para agregar valor às
suas atividades profissionais (CERVO, BERVIAN e SILVA, 2007).
A partir de agora, você conhecerá os principais métodos e as técnicas empregadas em uma pesquisa
científica. Siga em frente com seus estudos e aproprie-se de mais esse conhecimento.

8.2 MÉTODOS E TÉCNICAS DA PESQUISA

Você sabe o que vem a ser método? Segundo Cervo, Bervian e Silva (2007, p. 27) o [...] método é a ordem
que se deve impor aos diferentes processos necessários para atingir um certo fim ou resultado desejado.”
Portanto, o método empregado em uma pesquisa deve ser detalhado, para que outros pesquisadores
realizem o mesmo experimento segundo o método descrito e obtenham o mesmo resultado. Segundo
esses mesmos autores, existem basicamente dois métodos de investigação: o científico e o racional.
O método científico parte de uma dúvida e quer descobrir a realidade dos fatos. Este método emprega
a observação, a descrição, a comparação, a análise e a síntese. O método racional procura interpretar a
realidade em relação a sua origem, natureza, destino e significado. Por isso, não tem por objetivo analisar
fatos reais ou fenômenos capazes de serem comprovados com experimentos.
Se o método é forma ou o procedimento empregado para realizar uma pesquisa, o que vem a ser técnica?
Segundo Cervo, Bervian e Silva (2007, p. 30) as técnicas são os “[...] procedimentos científicos utilizados por
uma ciência determinada no quadro das pesquisas próprias dessa ciência. ”

2 É uma palavra em Latim, que significa em sentido amplo. Por isso, são empregados em cursos de especialização.
COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA
76

Leia, no quadro, a seguir, os diversos tipos de técnicas empregadas em uma pesquisa científica e suas
características.

TÉCNICA CONCEITO CARACTERÍSTICAS


A observação pode assumir diferentes configurações:
a) observação assistemática: é informal e não emprega nenhuma
técnica ou instrumento;

b) observação sistemática: é estruturada e bem planejada com a


realização de anotações e controle do tempo de forma periódica;

c) observação não participante: o pesquisador é tanto observador


como espectador, porém não se envolve com o objeto da
Esta técnica consiste na
observação;
observação de um objeto,
Observação empregando os sentidos d) observação participante: o pesquisador se envolve com o objeto
físicos para dele obter um da observação, tornando-se parte dele;
conhecimento claro e preciso.
e) observação individual: muitas vezes, o pesquisador tem que
trabalhar sozinho, porque são destinadas à obtenção de títulos
acadêmicos;

f ) observação em equipe: é o tipo da pesquisa que é feita com mais


de um pesquisador participante com o mesmo objetivo; e

g) observação laboratorial: este tipo de técnica é empregado nos


laboratórios, livre de interferências internas.

Descrição É o registro cuidadoso do que foi observado e pesquisado.

Nesta técnica, compara-se dois termos (por exemplo: homem x mulher) com as mesmas propriedades ou
Comparação
características e dele se obtém as semelhanças e as diferenças.

No método racional, a análise é uma operação mental que consiste na composição do todo em tantas partes
quantas possíveis. Por outro lado, no método experimental, essa operação não é mental e pode ser feita em
Análise e síntese
laboratório.
Nota: a síntese é a reconstituição do todo pela reunião das partes decompostas pela análise.
Quadro 4 - Tipos de técnicas
Fonte: adaptado de Cervo, Bervian e Silva (2007)

Como você pôde notar no quadro, a técnica da observação é uma das mais empregadas na realização
de uma pesquisa científica. As técnicas aqui mencionadas são necessárias para elaborar um projeto de
pesquisa.
8 PESQUISA
77

8.3 ETAPAS

Para realizar uma pesquisa, é necessário que o pesquisador elabore inicialmente um projeto de pesquisa
que é a primeira etapa, para que, ao desenvolver sua pesquisa, não perca o foco e, por fim, não alcance os
objetivos pretendidos.
De acordo com Tomasi e Medeiros (2008, p. 4), “[...] um projeto de pesquisa compreende uma das fases
da pesquisa. É o começo dela.”

SAIBA Para ampliar seus conhecimentos sobre a ABNT (Associação Brasileira de Normas e
Técnicas), acesse o site: http://www.abnt.org.br/. Que oferece subsídios para referenciar
MAIS seus trabalhos.

Segundo a NBR 15287 (ABNT, 2011a) um projeto de pesquisa possui a estrutura apresentada a seguir.

PARTE EXTERNA
a) Capa (elemento opcional): porém, se for empregada, deve apresentar as seguintes informações:
nome da entidade para a qual deve ser submetido; nome(s) do(s) autor(es); título; subtítulo: se
houver, deve ser precedido de dois pontos, evidenciando a sua subordinação ao título; número do
volume: se houver mais de um, deve constar em cada capa a especificação do respectivo volume;
local (cidade) da entidade onde deve ser apresentado; ano de depósito (da entrega).
b) Lombada (elemento opcional).

PARTE INTERNA
a) Folha de rosto (elemento obrigatório): deve apresentar as seguintes informações: nome(s) do(s)
autor(es); título; subtítulo, se houver; número do volume, se houver mais de um, deve constar em
cada folha de rosto a especificação do respectivo volume; tipo de projeto de pesquisa e nome da
entidade a que deve ser submetido; nome do orientador, coorientador ou coordenador, se houver;
local (cidade) da entidade onde deve ser apresentado; ano de depósito (da entrega).
b) Lista de ilustrações, tabelas, abreviaturas, siglas e símbolos (elemento opcional).
c) Sumário (elemento obrigatório): deve ser elaborado de acordo com as regras estabelecidas na
ABNT NBR 6027:2003.
COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA
78

d) Elementos textuais (elemento obrigatório): aqui deve-se apresentar o tema do projeto, o


problema a ser abordado, a(s) hipótese(s), quando couber(em), bem como o(s) objetivo(s) a ser(em)
atingido(s) e a(s) justificativa(s). É necessário que sejam indicados o referencial teórico que o embasa,
a metodologia a ser utilizada, assim como os recursos e o cronograma necessários à sua consecução.
e) Elementos pós-textuais: referências (obrigatório); glossário, apêndices, anexos e índice (opcionais).
Certamente, caro estudante, se você seguir todas essas orientações das etapas e regras de uma pesquisa,
apresentará excelentes trabalhos.

8.4 FONTES

Como você já deve ter percebido, atualmente a Web - rede mundial de computadores - tem sido
uma excelente fonte de pesquisa nas mais diversas áreas do conhecimento. Você provavelmente está se
perguntando o que se pode procurar na mídia eletrônica? Incialmente é preciso saber procurar e encontrar
os sites mais confiáveis para realizar pesquisas científicas. As fontes mais confiáveis são aquelas cujos
endereços eletrônicos são das próprias bibliotecas, de revistas e jornais, ministérios, fundações, entre
outros. Esse assunto você estudará detalhadamente no capítulo Introdução à Informática.

Thinkstock ([20--?])

Outras fontes de pesquisa são os artigos disponíveis na mídia impressa. Nesta categoria, enquadram-
se os livros, as revistas, os jornais, os mapas, as fontes estatísticas, os documentos jurídicos, as fotografias
partituras, entre outras. Os documentos oficiais, geralmente, são uma das fontes mais confiáveis para se
obter dados.

8.4.1 IDENTIFICAÇÃO DAS FONTES: OBRAS DE REFERÊNCIA, FONTES BIBLIOGRÁFICAS

Todas as obras consultadas e citadas em um trabalho de pesquisa devem ser devidamente


referenciadas, conforme as regras estabelecidas na ABNT NBR 6023:2002. As indicações bibliográficas são
muito importantes para quem for ler seu trabalho pois elas são um embasamento teórico para conferir e
aprofundar ainda mais o conteúdo do trabalho.
8 PESQUISA
79

Segundo essa norma, os elementos gerais de apresentação de uma obra devem seguir uma sequência
padronizada, incluído as seguintes informações. Autor(es), título, edição, local, editora e data de publicação.
Conheça, a seguir, um exemplo de referência de um livro empregando a formatação e a ordem correta
dos dados.

CEREJA, William Roberto; MAGALHÃES, Thereza Cochar. Português: linguagens. 4. ed. São Paulo: Atual, 2013.

As referências devem ser alinhadas somente à margem esquerda, escritas em espaço simples e separadas
uma das outras por um espaço duplo. Os títulos das obras podem ser destacados empregando-se apenas
um dos recursos tipográficos como negrito, grifo ou itálico. Quando não houver indicação de autoria, o
elemento de entrada da referência será o próprio título da obra, destacado pelo uso de letras maiúsculas
na primeira palavra.
Se você consultar uma obra on-line, lembre-se de que ela deve ter credibilidade, portanto, os elementos
necessários para citar uma obra impressa devem ser os mesmos que os buscados na rede mundial de
computadores. A única diferença é que eles devem ser seguidos do endereço eletrônico e o dia de sua
localização. Leia, a seguir, um exemplo de uma obra consultada on-line.

ANDRADE, Maria Eurácia Barreto de. Alfabetização e letramento: o desvendar de dois caminhos possíveis. Jundiaí: Paco Editorial, 2011.
Disponível em: <http://editorialpaco.com.br/wp-content/uploads/2014/11/P%C3%A1ginas-de-Miolo_Alfabetiza%C3%A7%C3%A3o-
e-Letramento.pdf>. Acesso em: 23 dez. 2015.

Caso você tenha dúvidas sobre como elaborar uma referência, não deixe de consultar a NBR 6023.
Agora que você conheceu como elaborar referências, como realizar boas pesquisas e quais são as partes
constitutivas de um projeto de pesquisa, siga em frente para aprender como elaborar as principais etapas
da parte inicial do documento.

8.5 SELEÇÃO E DELIMITAÇÃO DE TEMAS

Você sabia que o título de uma pesquisa não corresponde ao tema? O título é a síntese do conteúdo da
pesquisa e o tema sofre um processo de delimitação e especificação, para torná-lo viável.

O tema é o assunto que se deseja estudar e pesquisar. [...] Escolher o tema significa
selecionar um assunto de acordo com as inclinações, as possibilidades, as aptidões
e as tendências de quem se propõe a elaborar um trabalho científico; encontrar um
objeto que mereça ser investigado cientificamente e tenha condições de ser formulado
e delimitado em função da pesquisa. (MARKONI e LAKATOS, 2011, p. 11).
COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA
80

Uma vez escolhido o tema da pesquisa, é preciso delimitá-lo, para que seja possível executar a
pesquisa. A delimitação determina até que ponto sua pesquisa se aprofundará no tema. Por exemplo, se
o tema for microcontroladores, e ele não for delimitado, você terá que pesquisar toda a história desse
equipamento, seu funcionamento, matérias-primas empregadas, sua aplicação em todos os segmentos
de mercado e suas perspectivas futuras. Como você pode perceber, a pesquisa ficará muito extensa e
dificilmente você conseguirá apresentar todas as informações sobre ele, portanto é preciso delimitá-lo.
O limite da pesquisa poderia ficar restrita à aplicação atual dos arduínos nas empresas que desenvolvem
protótipos de novos produtos da área eletrônica na região norte do estado de Santa Catarina.

Thinkstock ([20--?])

Figura 15 -  Várias formas de encapsulamento de um microcontrolador - arduínos

Lembre-se que o tema da pesquisa deve ser problematizado, ou seja, deve descrever o que se pretende
resolver. Para descrever o problema, deve-se questionar:

a) O problema pode ser enunciado em forma de pergunta?


b) Corresponde a interesses pessoais (capacidades), sociais e científicos, isso é, de
conteúdo e metodológicos? Estes interesses estão harmonizados?
c) Constitui-se o problema em questão científica, ou seja, relacionam-se entre si pelo
menos duas variáveis?
d) Pode ser empiricamente verificado em suas consequências? (SCHRADER, 1974, p. 20
apud MARCONI; LAKATOS, 2001, p. 104).

Uma vez respondidas essas questões, é preciso elencar as possíveis hipóteses. Uma hipótese é uma
provável resposta ao problema que se quer resolver. “Hipótese é o que se pretende demonstrar e não o
que já se tem demonstrado evidente, desde o tempo de partida.” (SEVERINO, 2002, p. 161). Portanto, uma
hipótese é uma suposição que poderá ser comprovada ou rejeitada.
A seguir, estude quais são as próximas etapas para elaborar um bom projeto de pesquisa.
8 PESQUISA
81

8.6 PLANEJAMENTO DO TRABALHO

Uma vez que o tema foi delimitado, o problema foi elaborado e as hipóteses arroladas. Agora você precisa
estabelecer os objetivos que se pretende alcançar com a pesquisa que será realizada. Inicialmente, elabora-se o
objetivo geral, que deve estar vinculado diretamente ao tema. O objetivo geral deixa explícito qual é o problema
a ser resolvido. Uma vez estabelecido o objetivo geral, é preciso elaborar objetivos específicos, que têm um
caráter mais concreto. Os objetivos específicos devem levar o pesquisador a alcançar o objetivo geral da pesquisa.
Em seguida, você precisa justificar a relevância da pesquisa, portanto, expõem-se de forma sucinta e
completa, as razões que tornam esta pesquisa importante. A justificativa não deve apresentar citações,
porque ela não é uma revisão da literatura.
A próxima etapa do projeto de pesquisa é o levantamento do referencial teórico, que será utilizado
como base e como fonte de consulta. A pesquisa nos referenciais teóricos pretende encontrar respostas
aos problemas formulados. Segundo Marconi e Lakatos (2001, p. 110), “A citação das principais conclusões
a que outros autores chegaram permite salientar a contribuição da pesquisa realizada, demonstrar
contradições ou reafirmar comportamentos e atitudes.”
Não esqueça de pesquisar em fontes fidedignas e artigos de autores renomados. Evite usar
conhecimentos disponibilizados na rede mundial de computadores sem identificar quem são os autores.
Pesquise o perfil de cada um e verifique se eles possuem credibilidade científica. Evite usar informações
disponibilizadas em blogs, facebook ou mesmo no Wikipédia, porque eles não são considerados como
fontes válidas e confiáveis. Não copie nada sem mencionar o autor, porque o uso de cópia sem referenciá-
la é plágio, e como tal, considerado crime.

SAIBA Para ampliar seus conhecimentos sobre o plágio e as suas penalidades, leia o artigo:
Plágio e a legislação penal brasileira, das autoras: Dayanne Estrêla da Costa Leite e
MAIS Nilvanete de Lima Alves Cabra. Disponível em: http://zip.net/bxthDq.

Outra etapa importante do projeto de pesquisa é a descrição da metodologia que será empregada para
desenvolvê-la. Aqui o pesquisador descreverá que tipo de pesquisa empregará: pesquisa teórica, empírica,
histórica, de campo, de laboratório, entre outros. Também deve-se mencionar que métodos e quais as
técnicas que serão empregadas para a realização da pesquisa.
Uma vez que ela foi definida, é preciso fazer um levantamento dos custos que a pesquisa terá ao longo
de sua execução. Esta etapa é crucial, porque, muitas vezes, ao realizá-la, o pesquisador descobre que não
tem os recursos necessários para desenvolvê-la. Além disso, é possível que pela extensão da pesquisa,
não tenha o tempo necessário para desenvolvê-la. Portanto, é preciso elaborar um cronograma detalhado.
Nele são descritas as etapas que serão realizadas e a estimativa de tempo que cada uma levará.
COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA
82

Plágio, considerado roubo ou cópia fraudulenta, não acontece apenas em artigos


CURIOSI publicados na internet. Muitos cantores, artistas, poetas e escritores são plagiados em
DADES seus trabalhos e obras de arte.

Leia o caso e relato, a seguir, e perceba a importância do projeto de pesquisa para a elaboração de um
trabalho de conclusão de curso.

CASOS E RELATOS

Falta de planejamento x perda de tempo


Augusto estava terminado seu Curso Técnico em Eletrônica e chegou a hora de desenvolver o
seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC). Como havia se identificado muito com os sistemas
eletrônicos, resolveu pesquisar tudo sobre esse assunto na biblioteca da escola.
Começou a escrever seu TCC e foram páginas e páginas de textos escritos, porém ele não sabia
como terminá-lo, porque tudo o que lia achava importante.
Ele procurou a professora de Comunicação Oral e Escrita para pedir uma orientação e a primeira
pergunta que ela fez foi: Onde está seu projeto de pesquisa?
Ele ficou desnorteado, porque não havia desenvolvido o tal projeto. A professora, então, resolveu
mostrar-lhe as orientações básicas de como elaborar um projeto e o auxiliou a desenvolvê-lo.
Para surpresa dele, depois que o projeto estava pronto, tudo ficou mais fácil e como já havia
pesquisado muito sobre o assunto, resolveu fazer um teste de laboratório na escola do SENAI para
ver se suas hipóteses eram reais ou não.
Com facilidade, conseguiu fazer os testes, escrever a fundamentação teórica e apresentar suas
conclusões sobre sua pesquisa.
Após essa experiência, Augusto percebeu que até para realizar uma pesquisa é preciso ter um
projeto. Foi um grande aprendizado.

Como mencionado anteriormente, uma das etapas da elaboração do projeto de pesquisa é a revisão
dos referenciais teóricos, ou seja, fazer a revisão da literatura. Acompanhe, a seguir, como fazer uma boa
pesquisa e registrar os dados coletados nesta etapa para posterior redação do trabalho científico.
8 PESQUISA
83

8.7 DOCUMENTAÇÃO

Antes de iniciar a redação da revisão da bibliografia, é preciso selecionar as obras que serão consultadas
e que se relacionam com o assunto a ser pesquisado. Uma vez que esse levantamento bibliográfico foi
realizado, elabora-se as fichas de resumo.
Para organizar suas leituras e registrar as informações mais importantes feitas na revisão da literatura,
uma das melhores formas é fazendo anotações em fichas de resumo, ou fichamentos. As fichas de resumo,
além de organizarem as informações, permitem que o pesquisador as encontre com facilidade. Elas tam-
bém servem para revisar, organizar e fixar o conteúdo.
Parece simples, mas elas são efetivas, porque são fáceis de revisar e são elaboradas com o mínimo de
palavras possível, mas que sejam relevantes para o assunto em estudo.
Quando se faz uma revisão da literatura já consolidada pela sociedade, é preciso fazer uma leitura atenta
do texto e a escolha do material que será usado como citação direta ou paráfrase.

8.7.1 ANOTAÇÕES E O USO DE FICHAS

As fichas de resumo servem para anotar as informações mais relevantes e que serão aproveitadas
posteriormente para desenvolver a fundamentação do seu trabalho científico. O trabalho científico é o
resultado da pesquisa realizada após o planejamento, ou seja, após ter sido elaborado o projeto de pesquisa.
Os elementos básicos de um fichamento são:
a) cabeçalho: contém o título da ficha, o tema do assunto abordado e a referência completa da obra
consultada;
b) corpo: neste espaço, registra-se o conteúdo e são anotadas as citações mais importantes para serem
empregadas posteriormente. (Lembre-se de anotar a página de onde a citação foi copiada). Analise
o material e elabore críticas sobre o que foi lido e registrado;
c) rodapé: local onde se encontra a obra que pode ser em uma biblioteca, um site, entre outros.
Visualize, na figura, a seguir, um modelo de ficha de resumo.

Cabeçalho
{ Tema
Referência completa

{
Resumo do assunto da obra
Corpo do texto Citações
Patricia Marcilio (2016)

Análise crítica
Local onde se encontra a obra
Rodapé
Observações

Figura 16 -  Modelo de ficha de resumo


Fonte: adaptado de Marconi e Lakatos (2001)
COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA
84

8.7.2 RESUMOS E SEUS TIPOS

Os resumos são instrumentos que permitem ao pesquisador selecionar as obras que merecem a leitura
completa do texto. Segundo Marconi e Lakatos (2001, p. 72), “[...] o resumo é a apresentação concisa e
frequentemente seletiva do texto, destacando-se os elementos de maior interesse e importância, isto é,
as principais ideias do autor da obra.” Segundo a NBR 6028, de 2003, os resumos podem ser divididos em:
indicativo, informativo e crítico.
a) Resumo indicativo: apresenta apenas os aspectos principais da obra consultada, sem, entretanto,
mencionar dados qualitativos e quantitativos. (FERREIRA, 2011). Neste tipo de resumo, emprega-se
frases curtas, sendo cada uma correspondente a um elemento importante da obra.
b) Resumo informativo: apresenta todas as informações importantes da obra consultada, dispensan-
do a leitura da obra original. Tem por objetivo informar o conteúdo e as principais ideias do autor.
Neste tipo de resumo, não é permitido emitir juízo de valor ou críticas. (MARCONI; LAKATOS, 2001).
Segundo a NBR 6028 (ABNT, 2003), os resumos informativos devem apresentar:
a) o problema pesquisado;
b) o material e os métodos empregados;
c) os principais resultados obtidos;
d) as conclusões a que o autor da obra chegou.
c) Resumo crítico: ao ler uma obra, o pesquisador registra em seu fichamento um julgamento sobre
otexto consultado. A crítica pode ser dirigida aos métodos empregados na realização da pesquisa, so-
bre o conteúdo apresentado, sobre a lógica exibida na demonstração e a forma como as ideias princi-
pais foram descritas. Normalmente, esse tipo de resumo é elaborado por especialistas, que têm alicerce
científico, entretanto sem juízo valorativo. (FERREIRA, 2011).
Um resumo apresenta o objetivo, o método, os resultados e as conclusões a que o pesquisador chegou
com a pesquisa. As frases devem ser afirmativas, concisas e em parágrafo único, jamais uma enumeração
de tópicos.
Na primeira frase, o autor da pesquisa deve apresentar o assunto e, em seguida, descrever a categoria
do tratamento que pode ser um estudo de caso, uma pesquisa de campo, entre outros.
O texto deve ser elaborado na terceira pessoa, empregando os verbos na voz ativa. O resumo de um
trabalho acadêmico pode conter de 150 a 500 palavras. Após o texto de resumo, deve-se incluir as palavras-
chave, separadas entre si por ponto final e finalizadas também por ponto.
Por outro lado, Ferreira (2011) destaca que há resumos técnicos que são feitos para serem apresentados
em seminários, congressos, entre outros. Este tipo de resumo pode ser publicado separado do trabalho de
pesquisa original, tendo que se sustentar isoladamente. Neste contexto, Severino (2002, p. 173) destaca
que o resumo apresenta um objetivo característico, ou seja:,
8 PESQUISA
85

[...] a finalidade específica de passar ao leitor uma ideia completa do teor do documento
analisado, fornecendo, além dos dados bibliográficos do documento, todas as
informações necessárias para que o leitor possa fazer uma primeira avaliação do texto
analisado e dar-se conta de eventuais contribuições, justificando a consulta do texto
integral.

Os resumos, assim como todo o texto de um trabalho acadêmico, devem ser escritos de forma
impessoal. Por isso, não se emprega frases como: eu aprendi...; nós selecionamos. Prefira elaborar frases
como: constatou-se que..., verificou-se que..., entre outras.
Geralmente o resumo é a última parte de um trabalho a ser elaborado, porque ele só pode conter
informações apresentadas no corpo do documento.
Agora que você já estudou como elaborar fichas, resumos e escolher boas obras para serem empregadas
em sua pesquisa, é preciso ainda compreender como fazer a análise e a seleção dos dados coletados. Siga
em frente e se aproprie de mais esse conhecimento.

8.8 ANÁLISE E SELEÇÃO DOS DADOS COLETADOS

Geralmente, os projetos de pesquisa pretendem responder a alguma questão, portanto são feitos
estudos de caso, a observação de um fato e o devido registro dos dados coletados. Uma vez que eles foram
coletados, é preciso analisá-los, para chegar a eventuais conclusões.
Em geral, e sempre que possível, os dados devem ser apresentados com medidas numéricas. A coleta
dos dados inicia com a aplicação do instrumento e das técnicas de pesquisa escolhidas na descrição da
metodologia do projeto de pesquisa.
Segundo Marconi e Lakatos (2011, p. 19), as principais técnicas de pesquisa para a coleta de dados são:
a) coleta documental;
b) observação;
c) entrevista;
d) questionário;
e) formulário;
f ) medidas de opiniões e de atitudes;
g) técnicas mercadológicas;
h) teses;
i) sociometria;
COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA
86

j) análise de conteúdo;
k) história de vida.
Uma vez que os dados foram coletados, eles devem ser classificados, fazendo-se sua seleção, codificação
e tabulação.
Na seleção, o pesquisador deve proceder a uma análise crítica, para verificar se não houve falhas ou
erros nos dados coletados. Na codificação, o pesquisador deve categorizar os dados, agrupando-os em
categorias e, na tabulação, são elaboradas tabelas ou gráficos com os dados coletados.
Observe que a próxima etapa do desenvolvimento da pesquisa é a análise e a interpretação dos dados
coletados. Segundo Marconi e Lakatos (2011, p. 21), a análise dos dados pode ser feita em três níveis:

Interpretação. Verificação das relações entre as variáveis independe e dependente, e


da variável interveniente (anterior à dependente e posterior à independente), a fim de
ampliar os conhecimentos sobre o fenômeno (variável dependente).
Explicação. Esclarecimento sobre a origem da variável dependente e necessidade de
encontrar a variável antecedente (anteriores às variáveis independente e dependente).
Especificação. Explicitação sobre até que ponto as relações entre as variáveis inde-
pendente e dependente são válidas (como, onde e quando).

Nesta etapa, o pesquisador procura encontrar respostas às suas dúvidas, estabelecendo as relações
entre os dados obtidos e as hipóteses formuladas no projeto de pesquisa. Já a interpretação dos dados
é a parte mais importante de uma pesquisa científica, porque nela são apresentadas as evidências que
confirmam ou rejeitam as hipóteses.
De acordo com Best (1972 apud MARCONI; LAKATOS, 2011), os principais aspectos que podem
comprometer o sucesso de uma investigação são:
a) confusão entre as afirmações e os fatos;
b) incapacidade de reconhecer as limitações;
c) tabulação descuidada ou incompetente;
d) procedimentos estatísticos inadequados;
e) erros de cálculo;
f ) defeitos de lógica;
g) parcialidade inconsistentes do pesquisador;
h) falta de imaginação.
Feitas a análise e a interpretação dos dados, é possível chegar a conclusões, que devem ser comparti-
lhadas com os demais. Lembre-se de que um conhecimento desenvolvido, se não for compartilhado, não
serve para nada. Conheça, na próxima seção, como apresentar os resultados de uma pesquisa.
8 PESQUISA
87

8.9 APRESENTAÇÃO DE RESULTADOS DE PESQUISAS

Toda pesquisa precisa ter seus resultados apresentados contendo dados relevantes, observados,
mensurados, descobertos e confirmados ou não pela pesquisa. As informações como justificativas e
conclusões deverão ser todas fundamentadas nos resultados da sua pesquisa.

FIQUE O pesquisador não pode eliminar da sua pesquisa os dados que contradizem suas
ALERTA hipóteses. Por isso, é necessário que ele os explique sendo ético e verdadeiro ao
apresentar suas descobertas.

Para apresentar os resultados de sua pesquisa, siga as orientações estabelecidas pela NBR 14724:2011,
que apresenta a estrutura básica de um trabalho acadêmico, como pode ser visualizado, na figura, a seguir.

Parte externa
{ Capa (opcional)

{
Lombada (opcional)

{
Folha de rosto (obrigatório)
Errata (opcional)
Folha de aprovação (obrigatório)
Dedicatória (opcional)
Agradecimentos (opcional)
Epígrafe (opcional)
Elementos
Resumo na língua vernácula (obrigatório)
pré-textuais
Resumo em língua estrangeira (obrigatório)
Lista de ilustrações (opcional)
Lista de tabelas (opcional)
Lista de abreviaturas e siglas (opcional)
Lista de símbolos (opcional)
Sumário (obrigatório)

{
Parte interna
Introdução
Elementos
Desenvolvimento
textuais
Considerações finais

{
Referências (obrigatório)
Patricia Marcilio (2016)

Elementos Glossário (opcional)


pós-textuais Apêndice (opcional)
Anexo (opcional)
Índice (opcional)

Figura 17 -  Estrutura de um trabalho acadêmico


Fonte: adaptado de ABNT (2011b)
COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA
88

Observe que a estrutura do trabalho acadêmico é composta pela parte externa e interna. Segundo a
NBR 14724 (ABNT, 2011b), na parte externa apenas a capa é um elemento obrigatório e deve conter as
seguintes informações dispostos na seguinte ordem:
a) nome da instituição (opcional);
b) nome do autor;
c) título;
d) subtítulo (se houver);
e) número do volume (se houver mais de um);
f ) local (cidade) da instituição onde o trabalho deve ser apresentado;
g) ano de depósito (da entrega).
Por outro lado, a parte interna de um TCC é composta por elementos pré-textuais, textuais e pós-
textuais. Os elementos pré-textuais são aqueles que antecedem o texto que auxiliam na identificação e
utilização do trabalho. A seguir, você conhecerá as informações que precisam constar apenas nos elementos
obrigatórios.
Na folha de rosto, devem ser apresentados os seguintes elementos e nesta ordem:
a) nome do autor;
b) título;
c) subtítulo (se houver);
d) número do volume (se houver mais de um);
e) natureza: tipo do trabalho (tese, dissertação, trabalho de conclusão de curso, entre outros) e objetivo
(aprovação em disciplina, grau pretendido, entre outros); nome da instituição a que é submetido;
área de concentração;
f ) nome do orientador e, se houver, do coorientador;
g) local (cidade) da instituição onde deve ser apresentado;
h) ano de depósito (da entrega).
Na folha de aprovação, devem constar:
a) nome do autor do trabalho;
b) título do trabalho e subtítulo (se houver);
c) natureza (tipo do trabalho, objetivo, nome da instituição a que é submetido, área de concentração);
d) data de aprovação, nome, titulação e assinatura dos componentes da banca examinadora e
instituições a que pertencem.
8 PESQUISA
89

CURIOSI A data de aprovação e as assinaturas dos componentes da banca examinadora devem


DADES ser incluídas somente após a aprovação do trabalho.

Outros dois elementos pré-textuais obrigatórios são o resumo na língua vernácula e o em língua
estrangeira, que devem ser elaborados conforme estabelece a ABNT NBR 6028:2003. Na próxima seção,
você conhecerá algumas informações importantes sobre como elaborar resumos de trabalhos acadêmicos.
O sumário é o último elemento obrigatório da parte pré-textual e deve ser elaborado de acordo com a
ABNT NBR 6027:2012.
Visualize e leia, na figura, a seguir, um exemplo de como deve ser elaborado um sumário segundo a NBR
6027 (ABNT, 2012).

1 INTRODUÇÃO

2 ARQUIVOS DE SISTEMA

3 TESTES DE PERFORMANCE E OCUPAÇÃO DE DISCO

3.1 Primeiro teste: ocupação inicial de disco


3.2 Segundo teste: escrita em disco
3.3 Terceiro teste: ocupação final de disco
3.3.1 Tempo de arquivo em disco
3.3.2 Tempo de deleção em disco

4 CONCLUSÃO
Patricia Marcilio (2016)

REFÊNCIAS
APÊNDICE A – FORMULÁRIO DE COLETA DE DADOS
ANEXO A – MANUAL DO PROGRAMA LINUX
Figura 18 -  Exemplo de sumário
Fonte: adaptado de ABNT (2012)

Observe que os títulos primários são escritos com letras maiúsculas e em negrito. Já os secundários
são escritos com letra minúscula e em negrito e as seções terciárias com letras minúsculas e sem negrito.
Apesar de constarem no sumário, as referências, anexos e apêndices não são numerados.
Os elementos textuais são compostos pela introdução, que apresenta os objetivos do trabalho e as
razões de sua elaboração; o desenvolvimento, contendo o detalhamento da fundamentação teórica, os
possíveis estudos de caso, pesquisa de campo, entre outros; e as conclusões a que o autor chegou.
COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA
90

Fazem parte dos elementos pós-textual as referências que devem ser elaboradas de acordo com a NBR
6023:2002.
Você sabe quais são as principais regras estabelecidas pela ABNT 14724 (ABNT, 2011b) para formatar um
trabalho acadêmico? Conheça, no quadro, a seguir, as principais regras.

ITEM ESPECIFICAÇÃO

Cor da fonte Preta, exceto para ilustrações.

Papel Branco ou reciclado no formato A4.

Margens Esquerda e superior: 3 cm; direita e inferior: 2 cm.

Preferencialmente tamanho 12, exceto para citações com mais de 3 linhas, notas de rodapé, paginação,
Tamanho da fonte
legendas, fontes das ilustrações, que devem ser em tamanho menor.
Espaço entre linhas deve ser 1,5, exceto as citações com mais de 3 linhas, notas de rodapé, paginação,
Espaçamento entre linhas
legendas, fontes das ilustrações e natureza do trabalho, que devem ser em tamanho menor.
Alinhado à esquerda, com algarismo arábico precedendo o título. Os títulos primários devem iniciar em
Indicativo de seção
folha ímpar, na parte superior da folha.
As folhas pré-textuais devem ser contadas, mas não numeradas. A numeração começa a constar apenas
Paginação
a partir da introdução. Ela deve figurar no canto superior direito da folha a 2 cm da borda superior.
Ilustrações (desenho, esquema, fluxograma, gráfico, mapa entre outros) devem ter sua identificação na
Ilustrações parte superior precedida da palavra designativa. Após a ilustração, na parte inferior deve-se indicar a
fonte consultada.

Tabelas As tabelas seguem os padrões estabelecidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Quadro 5 - Regras gerais de formatação de trabalhos acadêmicos
Fonte: adaptado de ABNT (2011b)

Como você pôde observar, existem regras para formatar um trabalho acadêmico, que, apesar de
parecer difícil, permite que o estudante e/ou pesquisador apresente seus trabalhos de forma ordenada
e padronizada. Em função da impressão causada pela redação e formatação do seu trabalho, seus pares
o conceituarão como tendo ou não capacidade para realizar pesquisas científicas. Um trabalho bem
formatado e com bom conteúdo passa a impressão de seriedade e profissionalismo. Portanto, não deixe
de caprichar na apresentação de seus trabalhos, quer na vida escolar como na profissional.

FIQUE Na folha de rosto e na folha de aprovação, a natureza do trabalho deve ser alinhada
ALERTA do meio da mancha gráfica para a margem direita.
8 PESQUISA
91

Veja, a seguir, um exemplo de uma tabela formatada de acordo com os padrões estabelecidos pelo IBGE.

TABELA - NÚMERO DE ESTABELECIMENTOS AGROPECUÁRIOS, PESSOAL OCUPADO, NÚMERO DE TRATORES E


EFETIVO DE BOVINOS, POR GRUPO DE DENSIDADE DO REBANHO BOVINO - BRASIL
Grupos de densidade do rebanho Número de Pessoal Número Efetivo de
bovino estabelecimentos ocupado de tratores bovinos
Total 5.834.779 23.273.517 652.049 127.643.292
Menos de 15 bovinos por km2 1.989.702 7.817.021 71.288 20.680.255
15 a menos de 30 bovinos por Km 2
1.298.248 5.549.210 125.569 25.039.93
30 a menos de 50 bovinos por Km 2
1.741.958 6.677.749 258.611 39.228.726
50 e mais bovinos por Km 2
804.871 3.229.537 196.581 42.695.218
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação dos Censos Econômicos, Censo Agropecuário.
Nota: Dados sujeitos a retificação.
Tabela 1 -  Modelo de tabela
Fonte: adaptado de IBGE (1993)

Você sabe a diferença entre quadro e tabela? Geralmente os quadros apresentam informações descritivas,
ou seja, informações qualitativas. Os quadros possuem todas as bordas fechadas, tanto as linhas verticais
como as horizontais. Já as tabelas apresentam números ou percentuais, ou seja, dados quantitativos. As
tabelas possuem apenas linhas horizontais, portanto sua configuração é aberta nas laterais internas e
externas.
A seguir, conheça como elaborar bons resumos para trabalhos acadêmicos.

RECAPITULANDO

Este capítulo dedicou-se a apresentar as principais definições, finalidades, métodos e técnicas de


pesquisa. Além disso, você também pôde constatar que um bom trabalho, ou pesquisa científica,
necessita de um planejamento inicial e que, quanto mais detalhado ele for, maiores serão as
chances de alcançar os objetivos pretendidos.
Percebeu, também, que a internet é uma excelente fonte de informações, porém é preciso saber
garimpar boas obras e bons referenciais teóricos. Viu que os trabalhos que se destacam são aqueles
que apresentam uma boa base documental, sempre apresentando as devidas citações.
COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA
92

O capítulo apresentou as normas da ABNT e mostrou que saber usá-las adequadamente dá crédito
ao autor do trabalho.
Conheceu técnicas de resumo e pôde perceber que este é um dos grandes atributos do pesquisa-
dor, quer seja para resumir obras consultadas, quer seja para elaborar trabalhos para serem com-
partilhados em sala de aula, seminários, entre outros.
Internet

Atualmente, as pessoas vivem cercadas por tecnologia em diversas áreas. Você já se deparou
com alguma situação em que gostaria de fazer algo usando o computador e não conseguiu
fazê-lo, porque não sabia como? Aprender a utilizar as ferramentas corretas para cada função
desejada ao usar o computador, torna o dia a dia mais ágil e produtivo.
Neste capítulo, você irá receber informações sobre como funciona o mundo da Internet,
ferramenta que nasceu no final da década de 60 e se tornou uma poderosa ferramenta de
comunicação mundial. Assim, ao final desse capítulo você será capaz de:
a) comunicar-se de forma clara e objetiva;
b) comunicar-se por escrito em diversos níveis hierárquicos, inclusive por meio eletrônico;
c) seguir legislação, normas e procedimentos;
d) disseminar informações, inclusive com recursos computacionais;
e) pesquisar em diversas fontes, inclusive na internet;
f ) manter-se atualizado;
g) ter comportamento ético;
h) manter relacionamento interpessoal;
i) ter empatia.
Você sabe como surgiu a Internet e de que forma ela nos ajuda nas atividades pessoais e
profissionais? Você recebe e envia e-mails diariamente? Sabe como encontrar as informações
de que necessita nesta maravilhosa biblioteca virtual? Sabe o que é plágio e como citar uma
obra consultada?
Bons estudos!
COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA
96

9.1 HISTÓRIA DA INTERNET

No final da década de 1960, em plena Guerra Fria, o Departamento de Defesa Norte Americano desejava
um sistema de comunicação militar entre seus centros para passar informações sobre um possível ataque
nuclear ou as suas bases militares. O pioneiro da Internet é o Sr. Paul Baran, que idealizou uma rede
semelhante a uma teia de aranha em que os dados pudessem circular pela melhor trajetória, podendo
esperar, caso alguma via estivesse obstruída (DUMAS, [2010?]).
Esta situação levou os EUA a criar a Agência de Projetos de Pesquisa Avançada (ARPA), que tinha por
objetivo desenvolver ideias e tecnologias novas, inclusive para lançar satélites, porque, em 1957, a União
Soviética já havia lançado o seu e eles ainda não. Por isso, antes da Internet se chamar assim, o primeiro
nome que recebeu foi ARPANET.
Em 1971, Ray Tomlinson criou o primeiro correio eletrônico do mundo. Nos anos seguintes, Lawrence G.
Roberts criou um software que permitia o uso de e-mail de forma ordenada, que passou a ser o instrumento
mais utilizado na rede mundial de computadores.
Outros países também criaram suas próprias redes, porém não existia uma linguagem que fizessem
com que todas elas se comunicassem. Em 1974, foi criado o protocolo TCP/IP, inventado por Robert Kahnet
e Vinton Cerf, que permitiu a conexão da Internet e a transmissão e recebimento de dados.
As mudanças mais significativas aconteceram entre as décadas de 1970 e 1980, e só nos anos 1990
é que a Internet se popularizou, oferecendo aos usuários a possibilidade de se comunicar, trabalhar e
pesquisar. Uma destas invenções foi o navegador, ferramenta esta que tornou o acesso às informações
mais fáceis.

9.2 NAVEGADORES

Um navegador é um programa que permite que você entre e navegue em páginas da web procurando
seus sites preferidos. Portanto, para poder visitar as páginas da internet você precisa ter um navegador para
acessá-las.
É importante que você tenha um bom antivírus instalado em sua máquina, porque muitos sites podem
conter ameaças escondidas e, quando você os acessa, pode infectar seu computador.
Os navegadores mais conhecidos são o Firefox, o Internet Explorer e o Chrome, porém existem outros
como o Safari, Opera, entre outros. Veja, na figura, a seguir, o ícone que aparece ao usuário para representar
estes três navegadores.
Patricia Marcilio (2016)

Figura 19 -  Ícone dos navegadores


Fonte: Google Chrome (2016); Mozilla Firefox (2016); Internet Explorer (2016)
9 INTERNET
97

Agora que você já sabe que precisa de um navegador para acessar um site na internet, já está apto a
conhecer outras ferramentas que auxiliam muito a vida do estudante em pesquisas e trabalhos.

9.3 PESQUISA

A internet hoje possuí um conjunto enorme de informação, sobre os mais varados temas e assuntos,
sejam eles atualidades ou conceitos históricos.
Você sabe como fazer uma boa pesquisa na internet?
Quando alguém vai a uma biblioteca, procura pelos melhores livros, pelos autores mais renomados,
pelos livros mais recentes, pelos dados mais atuais. O mesmo processo pode e deve acontecer na internet,
porém é preciso saber como encontrar as informações na grande rede mundial de computadores.
O primeiro procedimento é escolher um site de busca, que é um sistema que organiza a vasta informação
disponível. Existem muitos , porém um dos mais utilizados e que possui o maior número de informações
disponíveis é o Google, que se tornou hoje o site de busca mais acessado no mundo.
Uma vez que o site de busca foi escolhido, basta escrever as palavras-chave no campo “pesquisar”. Após
clicar em pesquisa, analise o resultado, porque nem sempre os primeiros sites indicados na lista são os mais
interessantes e confiáveis.

Espaço para digitar as


palavras-chave da pesquisa;
Patricia Marcilio (2016)

Clique aqui para


iniciar a pesquisa

Figura 20 -  Exemplo de site de busca


Fonte: Google (2016)

Segundo a revista Nova Escola (2005), os sites de busca “vasculham a web em segundos e trazem a
informação mais relevante segundo normas próprias.” Os critérios incluem a quantidade de acessos feitos
por outros internautas, bem como os fatores comerciais, pois muitos sites pagam para que apareçam entre
os primeiros 10 resultados.
COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA
98

Portanto, é importante ler com atenção e pesquisar a credibilidade do site acessado na área em que a
pesquisa estiver sendo feita. Também é importante verificar em que data determinado artigo ou informação
foi publicado e quem é o autor da informação ou responsável pela página. Também se recomenda que o
mesmo tema seja pesquisado em pelo menos três sites diferentes, para verificar se as informações conferem
e se podem ser usadas como fonte de consulta.

FIQUE Dê preferência a sites cujas extensões sejam: .gov (governamentais), .org (instituições
ALERTA sem fins lucrativos) e .edu (universidades), porque dão mais credibilidade à informação
publicada.

Outra recomendação muito importante para realizar uma boa pesquisa na internet é evitar o uso de
informações publicadas em blogs, porque o conteúdo publicado nele pode não ser da autoria do blogueiro1.
Você pode encontrar informações e livros valiosos em alguns sites interessantes, como:
a) http://www.scielo.br - biblioteca eletrônica com periódicos científicos brasileiros;
b) http://www.capes.gov.br - resumos de teses e dissertações apresentadas no Brasil desde 1987;
c) http://www.teses.usp.br - textos integrais de parte das teses e dissertações apresentadas na USP;
d) http://www.ebooksbrasil.com - livros eletrônicos gratuitos em diversos formatos.

Você sabia que o site Wikipédia pode ter seu conteúdo editado por qualquer pessoa?
CURIOSI Isso mesmo. Por isso, ele não é indicado como fonte de consulta para trabalhos
DADES escolares.

Agora que você já conheceu a história da internet e como realizar boas pesquisas, você irá estudar como
fazer o download de um arquivo e gravá-lo.

1 Pessoa que cria e mantém um blog na internet, sobre assuntos que gosta, porém nem sempre tem conhecimento suficiente para
garantir a autenticidade das informações.
9 INTERNET
99

9.4 DOWNLOAD E GRAVAÇÃO DE ARQUIVOS

A grande maioria dos dados, informações, artigos e reportagens disponibilizados na internet podem ser
baixados e gravados em seu computador. Por exemplo, se você encontrou um site que possui artigos que
lhe interessam e quer salvá-lo sem seu computador ou imprimi-los para mais tarde lê-los, poderá fazer o
download desses arquivos usando o navegador Firefox. Proceda da seguinte maneira:
1º Localize na internet, por meio de um site de busca, o artigo que lhe interessa.

Artigo selecionado

Patricia Marcilio (2016)


Figura 21 -  Listagem de sites encontrados pela busca
Fonte: Google (2016)

2º Clique sobre esse endereço e o artigo abrirá.

Clique aqui para fazer o


download
Patricia Marcilio (2016)

Figura 22 -  Arquivo pronto para fazer download


Fonte: Google (2016)
COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA
100

3º Após clicar no ícone de download, uma nova caixa de texto se abrirá.

Patricia Marcilio (2016)


Figura 23 -  Janela de opções
Fonte: Firefox (2016)

4º Após aberto o arquivo, você poderá salvá-lo em alguma pasta do seu computador.

Clique aqui para


salvar o arquivo

Patricia Marcilio (2016)

Figura 24 -  Imagem do arquivo aberto pelo adobe reader


Fonte: Adobe (2016)

5º Escolha uma pasta para salvar o arquivo, clicando em salvar como. Escolha a pasta e o arquivo estará
salvo em seu computador.
Você deve estar se perguntando se tudo que existe na internet pode ser copiado e salvo em seu
computador. Existem certos documentos que possuem direitos autorais e, por isso, ao serem copiados,
podem ser lidos, usados como fontes referenciais, porém todas as frases ou informações copiadas desses
artigos devem ser referenciados. Continue lendo e conheça mais sobre os direitos autorais.
9 INTERNET
101

9.5 DIREITOS AUTORAIS (CITAÇÕES DE FONTES DE CONSULTA)

A lei de regulamentos sobre o direito autoral é a Lei nº 9.610/98, que estabelece e regula o uso por
terceiros das obras artísticas, científicas e literárias, e ainda das bases de dados. Veja, a seguir, quais são as
formas que são consideradas como transgressão ao direito autoral.

[...] a transgressão ao direito autoral pode dar-se de várias formas, desde a simples
reprodução não autorizada de um livro por fotocópias até a comercialização de obras
originais, sem a permissão do autor. Uma das mais conhecidas formas de violação do
direito de autor é o plágio, que significa tanto assinar como sua obra alheia, como
também imitar o que outra pessoa produziu. O plágio pode dar-se de maneira total
(copiar ou assinar como sua toda a obra de terceiro) ou parcial (copiar ou dar como seus
apenas trechos da obra de outro autor) (NUCCI, 2012 apud MAGGIO, 2013).

Como você pode observar, copiar obras de outros autores fere o direito autoral, porém esta nova lei “[...]
fixa em 70 anos o prazo para que uma obra caia em domínio público, pondo fim à vitaliciedade do direito
garantido ao cônjuge sobrevivente.” (BRAGA, 1999).

SAIBA Para saber mais sobre este assunto, leia o artigo publicado em 2011 dos professores
Wenderson e Núbia, intitulado: Sociedade digital, direito e internet. O artigo está
MAIS disponível em: http://zip.net/bjtnlY>.

Ao elaborar seus trabalhos acadêmicos ou profissionais, respeite sempre os direitos autorais, para que
não lhe seja imputada uma sanção. Você sabia que se um trabalho de conclusão de curso for considerado
plágio2, pode perder seu título de técnico, bacharel, mestre entre outros? Portanto, leia, estude e crie seus
próprios textos e, se precisar, faça citações das obras consultadas.
As citações podem ser divididas em:
a) Citação direta: cópia literal de parte de um texto do autor consultado.
b) Citação indireta: texto reescrito, mas apresentando a ideia do autor consultado.
As citações diretas têm duas situações distintas de configuração.

2 Ação de utilizar conteúdo de outro autor, sem referenciá-lo devidamente.


COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA
102

Citação com até três linhas devem figurar entre aspas duplas e inseridas dentro do próprio texto. Veja, a
seguir, um exemplo de citação com menos de três linhas.

Como você pode observar, copiar obras de autores fere o direito autoral, porém esta nova lei “[...] fixa em 70 anos o prazo para que
uma obra caia em domínio público, pondo fim à vitaliciedade do direito garantido ao cônjuge sobrevivente.” (BRAGA, 1999).

Além do texto da citação vir entre aspas, ao final deve-se incluir entre parênteses o sobrenome do autor,
o ano e a página. Neste exemplo, a página não foi citada, porque é uma obra consultada na internet e não
tem a página indicada.

FIQUE Note que antes do texto citado há um colchete com três pontos ([...]) entre eles. Eles
servem para indicar que antes da fraseo texto original não foi citado por inteiro, ou
ALERTA seja, existia uma outro texto que foi suprimido (excluído) de parte da frase.

Já as citações diretas com mais de três linhas devem vir com recuo de 4 cm da margem esquerda, com
fonte menor que a do texto, sem aspas e com espaço simples entre linhas. Veja a seguir um exemplo de
uma citação com mais de três linhas.

[...] a transgressão ao direito autoral pode dar-se de várias formas, desde a simples reprodução não autori-
zada de um livro por fotocópias até a comercialização de obras originais, sem a permissão do autor. Uma
das mais conhecidas formas de violação do direito de autor é o plágio, que significa tanto assinar como
sua obra alheia, como também imitar o que outra pessoa produziu. O plágio pode dar-se de maneira total
(copiar ou assinar como sua toda a obra de terceiro) ou parcial (copiar ou dar como seus apenas trechos
da obra de outro autor) (NUCCI, 2012 apud MAGGIO, 2013).

Há ainda um outro tipo de citação, que é chamada de paráfrase. Ela é considerada dessa maneira
quando você consulta a obra de outro autor e, com suas palavras, reescreve a ideia dele. Apesar de ser um
texto novo, a ideia não é sua e como tal deve ser citada, inserindo-se após a ideia o sobrenome do autor e
o ano da obra consultada.
Não se esqueça de que os sobrenomes dos autores citados, quando figurados após a citação direta
ou paráfrase, devem estar dentro dos parênteses com letra maiúscula. Porém, se ele estiver citado antes
da citação e figurar fora do parêntese, então o sobrenome do autor é escrito apenas com letra maiúscula
inicial. Veja um exemplo, na figura, a seguir.
9 INTERNET
103

Um parágrafo é um conjunto de períodos que apresenta uma ideia central que é desenvolvida por ideias secundárias. Segundo Faraco
e Tezza (2010, p. 210) “[...] o parágrafo é uma subunidade de significado na unidade maior do texto, em geral destacada graficamente do
conjunto pela entrada da primeira linha.”

Quando a obra consultada mencionar outro autor, emprega-se a expressão apud que significa, citado
por.
Para saber mais sobre como elaborar citações, consulte a NBR 10520:202 da ABNT e tire suas dúvidas.

9.6 NORMAS DE USO

Você sabia que cada computador possui um IP, que é o endereço da máquina e pode ser localizado em
qualquer parte do mundo? Por isso, cuidado com o que você faz e acessa na internet, porque você pode ser
localizado por esse número.

FIQUE Os endereços IP são compostos por uma “[...] série de códigos (o endereço numérico
atribuído a cada computador conectado à rede), que são traduzidos em letras que
ALERTA compõem nomes identificáveis e memorizáveis.”

No ambiente profissional, muitos cometem equívocos por não compreenderem as normas de uso e/
ou conduta relacionados à utilização da internet e do e-mail. Tanto o e-mail como a internet disponibilizada
pela empresa não estão à sua disposição para realizar atividades pessoais. Por isso, as empresas têm todo
o direito de monitorar o que você faz no computador em seu horário de trabalho. “Na Sociedade Digital
as testemunhas são as máquinas e elas documentam as condutas, boas ou más, dos usuários.” (PECK, apud
PARIZOTTO, [200-?]).
Cereja e Magalhães (2013, p. 119) sugerem que um e-mail comercial observe alguns detalhes. Veja, a
seguir, as sugestões dadas por eles:
a) Preencher o campo Assunto com um resumo objetivo da mensagem.
b) Não usar abreviações ou emoticons3.
c) Não escrever textos somente com letras maiúsculas ou minúsculas; as maiúsculas podem dar a
impressão de agressividade, e as minúsculas, a de que a pessoa escreveu apressadamente.
d) Colocar um fechamento, empregando expressões como atenciosamente, cordialmente ou aguarda-
mos um breve retorno.

3 É uma representação gráfica de uma emoção feita por meio dos caracteres que estão à disposição no computador ou celular.
COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA
104

e) Escrever o nome e o cargo que ocupa na empresa.


Como você pode observar, usar a internet e os softwares requerem alguns cuidados. Não cometa deslizes
no seu ambiente profissional e pessoal. Use essas ferramentas poderosas com sabedoria e responsabilidade,
sendo que o mesmo vale para correspondências eletrônicas. A seguir, saiba como se comunicar usando o
correio eletrônico e outros aplicativos4 de comunicação on-line.

9.7 COMUNICAÇÃO - CORREIO ELETRÔNICO

Atualmente, a comunicação via rede mundial de computadores é muito rápida. Em segundos, é possível
enviar informações, vídeos, fotos, desenhos etc. para qualquer parte do planeta.
A grande maioria das pessoas que usa ou possui um computador ligado à internet tem um endereço
de e-mail. O endereço de e-mail nada mais é do que seu endereço no ambiente virtual. Para receber uma
carta em sua casa, você precisa informar o nome da rua, o número da casa, a cidade, o estado, o país e
o código de endereçamento postal (CEP). Na internet, você necessita do endereço de e-mail para que as
correspondências virtuais cheguem até você.
Para criar um endereço eletrônico, você precisa escolher um site, de preferência gratuito, para se
cadastrar e passar a receber as informações por este endereço. Veja, na figura, a seguir, um exemplo de
como pode ser criado um endereço eletrônico.

Patricia Marcilio (2016)

Figura 25 -  Exemplo de endereço eletrônico


Fonte: Google (2016)

Como você pode ver no exemplo da figura anterior, o endereço eletrônico do Pedro da Silva é pedro.
silva@gmail.com. Geralmente as pessoas usam seu nome para indicar o seu endereço eletrônico. Entretanto,
o final será o mesmo para todas as pessoas que usarem o mesmo site para enviar e receber e-mails. Veja
alguns exemplos de endereços de e-mails.
a) lucia@uol.com.br

4 São softwares desenvolvidos para facilitar a vida do usuário que precisa executar uma determinada ação.
9 INTERNET
105

b) pedro@net.com.br
c) joao@gmail.com
d) eliane@bol.com.br
Agora que você já sabe como criar uma conta de e-mail, conheça algumas ferramentas que possibilitam
a comunicação visual e por voz, usando a rede mundial de computadores.

CASOS E RELATOS

Comunicação eletrônica
Carlos teve hoje seu primeiro dia de aula no curso técnico em eletrônica, mas chegou em casa
um pouco desanimado. Sua irmã mais velha logo perguntou como tinha sido seu primeiro dia de
aula por perceber que ele estava cabisbaixo. Carlos comentou que as aulas foram ótimas e que os
professores tinham sido muito atenciosos com ele, porém estava muito preocupado com o fato de
que o professor Sérgio, coordenador do curso, passou uma lista para que todos os alunos colocas-
sem nela seus endereços eletrônicos, para que os professores pudessem encaminhar matérias de
leitura e comunicados com maior facilidade. Ele não escreveu nada na folha, pois não tinha esse tal
de endereço eletrônico.
Sua irmã prontamente respondeu que poderia auxiliá-lo e que, após o almoço, iria lhe explicar como
criar um e-mail, mostrando os primeiros passos para enviar e receber suas mensagens eletrônicas.
Depois desta informação, Carlos passou a contar com empolgação tudo que tinha aprendido em
seu dia, pois quando fosse ao curso novamente poderia colocar seu e-mail na lista também.

Para poder conversar com amigos ou colegas de trabalho, existem alguns aplicativos gratuitos que
podem ser instalados no seu computador, celular ou tablet. Por meio deles, é possível se comunicar com
mensagens de texto ou por chamadas de voz.
Para poder usar esses aplicativos, é preciso que você esteja conectado a uma rede de internet Wi-Fi ou
3G. Wi-Fi, ou wireless, é uma tecnologia de comunicação que não faz uso de cabos, ou seja, é uma rede
sem fio. 3G é uma tecnologia móvel de longo alcance que permite a transmissão de dados e voz a longas
distâncias.
COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA
106

No Brasil, um dos softwares mais usados pelos internautas para a troca de dados e mensagens
instantâneas por voz e videoconferências é o Skype. Para usá-lo, é preciso fazer o download5 desse software
em seu computador. Ele é gratuito e pode ser usado por qualquer pessoa que tenha acesso à rede mundial
de computadores.
Outra área da comunicação instantânea que se desenvolveu muito foi a comunicação via aplicativos.
Hoje, o mais utilizado no Brasil é o Whatsapp, que é usado para troca de mensagens de texto, vídeos, fotos
e áudios por meio de uma conexão da internet. Esse software é compatível com todas as principais marcas
e sistemas operacionais de smartphones6 do mundo.

CURIOSI Você sabia que a principal função dos aplicativos é facilitar sua vida? Eles são
DADES projetados para ajudar o usuário a executar várias tarefas diárias.

Como você pôde ver, a comunicação por meio da rede mundial de computadores é muito rápida e há
vários softwares que podem ser baixados gratuitamente pelos usuários. Porém, nem todos os softwares são
gratuitos. Continue seus estudos e compreenda quais são as normas de uso dos softwares que permitem
que você se conecte à rede mundial de computadores, edite textos, elabore planilhas eletrônicas e slides,
entre outros trabalhos.

RECAPITULANDO

Neste capítulo, você teve a oportunidade de conhecer melhor a história da internet, como
realizar pesquisas neste ambiente, como se comunicar pela rede mundial de computadores e,
principalmente, quais são as suas regras de uso.
Aqui, você também aprendeu como usar um navegador, fazer download e gravar arquivos em seu
computador. Outro aspecto estudado aqui foi a questão do plágio, que diz respeito aos direitos
autorais de quem elaborou a obra e como citar informações extraídas desses autores em seus
trabalhos acadêmicos e profissionais.

5 Transferência de arquivo e equivale a copiar um arquivo de um servidor remoto para um computador local.
6 Telefone celular inteligente que possui tecnologia avançada com programas que podem ser executados por um sistema
operacional, semelhante a um computador.
Editor de Texto

10

Neste capítulo, você conhecerá os editores de textos e suas funções mais importantes. Ao
longo da leitura desse livro didático, você deve ter percebido que, como futuro técnico em
eletrônica, precisará elaborar vários tipos de textos e, atualmente, a maioria deles é feito no
computador. Ao final desse capítulo, você terá subsídios para:
a) aplicar os princípios da informática básica na elaboração, formatação e arquivamento de
textos, tabelas, planilhas, gráficos, apresentações e pesquisa;
b) comunicar-se de forma clara e objetiva;
c) comunicar-se por escrito em diversos níveis hierárquicos, inclusive por meio eletrônico;
d) disseminar informações, utilizando recursos computacionais.
Você sabe o que é um editor de textos e quantos deles existem disponíveis no mercado? Sabe
como formatar um texto, inserir um gráfico, uma tabela ou então uma figura? Siga em frente
e se aproprie de mais esse conhecimento que fará uma boa diferença no seu desempenho
profissional.
Bons estudos!
COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA
110

10.1 DIGITAÇÃO DE TEXTOS

Atualmente, no universo profissional, muitas vezes é necessário elaborar vários tipos de textos, sendo
a maioria deles feita no computador. Existem vários editores de texto disponíveis no mercado, alguns
softwares gratuitos e outros proprietários, sendo os principais: o BrOffice Writer, AbiWord, o RoughDraft, o
WordGraph, o Microsoft Word. Um editor de texto nada mais é do que um programa criado para registrar
textos. O editor de texto mais conhecido é o Word, da Microsoft. Existem diversas versões desse programa,
porém, neste caso, será apresentada a versão 2013.
O Word é um software que permite que você digite seus textos com facilidade e rapidez. Ao abrir o Word
2013, um documento vazio aparecerá em sua tela, como pode ser visualizado, na figura, a seguir.

Barra de Inicialização
Rápida Barra de Título Faixa de Opções

Patricia Marcilio (2016)


Figura 26 -  Documento vazio do Word 2013
Fonte: Microsoft Office 2013 (2016)

Note que o programa apresenta ao centro uma folha em branco, tamanho A4 e nela você poderá digitar
seus textos, desenvolvendo seus trabalhos, inserir figuras, mudar o layout da página, alterar a margens,
formatar fonte e parágrafos, mudar o design, fazer referências e correspondências, bem como revisões e
exibições. Para realizar todas essas operações, você precisará usar a barra de títulos e a faixa de opções.

A digitação é uma habilidade que pode ser adquirida, quanto mais você exercitar,
CURIOSI começando com a digitação pequenos textos, ou mesmo letras de música que você
DADES goste, a sua agilidade em digitar aumentará.

Para facilitar ao usuário, todos os softwares da Microsoft, utilizam-se de ponteiros indicativos, alternados
de acordo com a movimentação do mouse e dependendo da função que que este ou aquele ícone (desenho
pequeno utilizado na informática para representar um software, pasta ou função do programa em uso). Ou
função representem nos softwares em uso.
10 EDITOR DE TEXTO
111

Na figura, a seguir, há alguns exemplos de como estas pontas podem ir se modificando, bem como
algumas funções respectivas.

É uma das mais comuns maneiras do ponteiro aparecer,


quando o usuário passa com o mouse sobre um
determinado ícone ou função do software.

Esse símbolo normalmente aparecer quando há um


hiperlink (ligação entre páginas), ou quando há algo a
ser executado, como um vídeo ou animação. Quando
este símbolo aparece, basta clicar apenas uma vez para
que a função seja executada.

O ponteiro surgirá desta forma sempre que o usuário


passar o mouse sobre a região da página em que pode
ser digitado o texto.

Um círculo girando em sentido horário aparecerá sempre


que o processador precisar de um tempo para processar
a ordem dada. É muito comum que esse elemento surja
enquanto um arquivo está sendo salvo.

Muito utilizado quando você clica para selecionar


tabelas ou imagens. Também muito útil quando se faz
necessário movê-las de lugar.

Aparece quando o mouse é posicionado nas


extremidades das tabelas, gráfico e imagens. Usado para
redimensionar tamanhos na diagonal, de acordo com a
necessidade do usuário.

Aparece quando o mouse é posicionado nas


extremidades das tabelas, gráfico e imagens. Usado para
redimensionar tamanhos na altura, de acordo com a
necessidade do usuário.
Patricia Marcilio (2016)

Aparece quando o mouse é posicionado nas


extremidades das tabelas, gráfico e imagens. Usado para
redimensionar tamanhos na largura, de acordo com a
necessidade do usuário.

Figura 27 -  Exemplos dos ícones mais utilizados como ferramenta no Word


Fonte: Microsoft Office 2013 (2016)
COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA
112

A percepção de que, dependendo da área do software em que você está, a ponteira indicativa do mouse
poderá variar, facilitando e muito seu trabalho para aprender as próximas funções.
Na barra de inicialização rápida, você tem acesso rápido a várias ferramentas disponíveis no Word
2013, como salvar, desfazer, repetir e até mesmo abrir um novo documento vazio. Nesta barra de títulos,
também existe a possibilidade de você personalizar as ferramentas de acesso rápido. Observe o exemplo.

Salvar Repetir

Abrir novo documento Personalizar a barra de


do Word. ferramentas de acesso

Patricia Marcilio (2016)


rápido.

Desfazer

Figura 28 -  Barra de inicialização rápida


Fonte: Microsoft Office 2013 (2016)

A faixa de opções contém as principais ferramentas deste programa e você tem acesso aos menus.
Eles possuem este nome justamente por trazerem opções de atividades que podem ser utilizadas para
resolver as mais diferentes situações: arquivo, página inicial, inserir, design, layout da página, referências,
correspondências, revisão e exibição. Veja, na figura, a seguir, um exemplo de uma faixa de opções.

Patricia Marcilio (2016)

Figura 29 -  Faixa de opções


Fonte: Microsoft Office 2013 (2016)

A partir da próxima seção, você terá oportunidade de conhecer as opções existentes em cada uma das
abas que estão na parte superior do programa. Inicialmente, será apresentado o menu ARQUIVO.
10 EDITOR DE TEXTO
113

10.2 MENU ARQUIVO

O Menu Arquivo é a primeira opção de menu da esquerda e traz algumas opções fundamentais para
a utilização deste programa. As principais ferramentas são: novo, abrir, salvar, salvar como, imprimir e
exportar. Acompanhe o exemplo.

A maioria destas funções são auto explicativas.


No tempo que você clica sobre elas, vai lendo
e entendendo como deve proceder para utilizar
cada uma.
Neste exemplo, está aberta a opção de impressão.

Patricia Marcilio (2016)


Figura 30 -  Menu arquivo
Fonte: Microsoft Office 2013 (2016)

Na função imprimir, é possível escolher a impressora que gostaria em que seu arquivo fosse impresso,
bem como a resolução da impressão, se será colorida ou em apenas uma cor, em escalas. O usuário poderá
definir também tamanho de papel e quantidade de cópias necessárias.
COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA
114

1 - Indica o número
de cópias.

2 - Indica as opções de
impressora em atividade.

3 - Indica a sequência de
páginas para impressão.

4 - Indica o tipo de papel.

Figura 31 -  Menu arquivo Patricia Marcilio (2016)


Fonte: Microsoft Office 2013 (2016)

À medida que você for utilizando o programa, irá cada vez mais se familiarizando com os componentes
do programa e poderá personalizar as ações e impressões para que fiquem pré-definidas com as
configurações mais utilizadas para anteder suas necessidades.
10 EDITOR DE TEXTO
115

10.3 GUARDAR ARQUIVOS

A função de guardar arquivos é exercida pelos comandos Salvar e Salvar Como. Confira como proceder
na figura que segue.

Patricia Marcilio (2016)


Figura 32 -  Exemplo de guardar arquivos
Fonte: Microsoft Office 2013 (2016)

A primeira vez que se guarda um arquivo, é importante utilizar a opção Salvar Como, pois ela lhe permite
escolher onde guardar o arquivo, podendo ser em seu próprio computador, em dispositivos móveis ou
mesmo o local à disposição na Internet. Clicando sobre a pasta procurar, abrirá uma janela, como a da
figura, a seguir.
COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA
116

Patricia Marcilio (2016)


Figura 33 -  Escolha da pasta onde o arquivo será salvo
Fonte: Microsoft Office 2013 (2016)

Escolha o local e destino, atribua um nome que facilite lembrar qual o conteúdo está dentro do arquivo
e clique sobre o botão salvar.

A organização quanto aos nomes dos arquivos e as pastas é muito importante para
FIQUE que sua vida digital torna-sese torne mais fácil, pois quando você precisar do arquivo
ALERTA novamente, será mais rápido encontrá-lo!

10.4 FERRAMENTA PÁGINA INICIAL

A página inicial é o segundo menu do programa. Nela estão contidos os ícones e funções mais utilizadas
pelos usuários deste programa. Para localizar melhor os recursos, eles estão divididos por áreas de
concentração. Observe a figura a seguir.
10 EDITOR DE TEXTO
117

Patricia Marcilio (2016)


Figura 34 -  Página inicial do Word
Fonte: Microsoft Office 2013 (2016)

ÁREA DE TRANSFERÊNCIA
A Área de Transferência compreende: copiar, colar e recortar. Veja a figura a seguir.
Patricia Marcilio (2016)

Figura 35 -  Área de transferência


Fonte: Microsoft Office 2013 (2016)

GRUPO FONTE
No grupo Fonte da Microsoft Office 2013, você pode aplicar várias formatações. Acompanhe.
a) Fonte: escolha o tipo de letra que deseja.
b) Estilo da fonte: escolha o tipo da letra - normal, itálico, negrito ou ambas.
COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA
118

c) Tamanho da fonte: escolha o tamanho da letra que deseja usar em seu texto.
d) Cor da fonte: escolha a cor que deseja para a fonte do seu texto.
e) Estilo de sublinhado: escolha se deseja que uma ou mais palavras fiquem sublinhadas.
f ) Efeitos: escolha se você deseja que o texto seja tachado (riscado), sobrescrito (escrito menor e acima
do tamanho normal da fonte, como m2 – note que o número 2 ficou pequeno e no lado superior do
m), subscrito (escrito menor e abaixo do tamanho normal da fonte, como CO2 – note que o número
2 ficou pequeno e no lado inferior do O.), sombra, contorno, relevo, baixo relevo ou versalete. Além
disso, você ainda pode escolher se todas as palavras sejam escritas com letra minúscula, intercalada
minúscula com maiúscula entre outras opções, além de poder realçar partes do seu texto com a cor
que você quiser.
Observe todos estes exemplos, na figura, a seguir.

Patricia Marcilio (2016)


Figura 36 -  Grupo fonte
Fonte: Microsoft Office 2013 (2016)

GRUPO PARÁGRAFO
No grupo Parágrafo, pode-se alinhar texto de forma justificada (alinhando a margem esquerda e
direita), somente alinhado à margem esquerda, centralizado ou alinhado à margem esquerda. Também
pode-se definir o recuo que o texto terá a partir da margem esquerda e direita, bem como estipular o
espaçamento antes e depois de cada parágrafo e ente as linhas em: simples, 1,5, duplo e outros.
10 EDITOR DE TEXTO
119

Neste grupo, também se encontra a ferramenta marcadores e marcadores de numeração, que têm
o intuito de colocar de forma automática um texto em tópicos. Cada vez que o Enter é pressionado, é
adicionada uma nova linha. Veja, na figura, a seguir, o grupo parágrafo.

Patricia Marcilio (2016)


Figura 37 -  Grupo parágrafo
Fonte: Microsoft Office 2013 (2016)

Sempre que você determinar como deve ficar o parágrafo, aparecerá um exemplo no campo visualização.
Neste grupo, você também poderá inserir marcadores, numerações automáticas e listas e sombrear o texto
com a cor que desejar.

GRUPO ESTILO
No grupo Estilo, é possível determinar se o texto será normal, citação, título primário, secundário, forte,
entre outros.
Em qualquer lugar do texto, é possível inserir tabelas, figuras, gráficos, cabeçalhos, entre várias outras
opções.

10.5 FERRAMENTA INSERIR

Na faixa de opões, com a guia que indica INSERIR, você pode incluir tabelas, figuras, gráficos, cabeçalhos,
entre outras opções que serão apresentadas a você. Observe.
Patricia Marcilio (2016)

Figura 38 -  Faixa de opções


Fonte: Microsoft Office 2013 (2016)
COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA
120

a) No grupo Páginas, você pode criar uma folha de rosto para seu trabalho (o software já traz alguns
padrões pré-estabelecidos). Poderá deixar uma página em branco entre um texto e outro, além de
poder realizar a quebra de páginas. A quebra de páginas e seções é muito importante para a inserção
da numeração em um trabalho escolar.
b) No grupo Tabelas, você poderá inserir uma tabela com o número de linhas e colunas que desejar. Ao
selecionar a quantidade, automaticamente o documento do Word apresentará a tabela conforme a
indicação, podendo expandir a quantidade de linhas ou colunas quando quiser.
Veja o exemplo na figura seguinte.

Escolha da quantidade
de linhas e colunas.

Patricia Marcilio (2016)

Figura 39 -  Grupo tabelas


Fonte: Microsoft Office 2013 (2016)

c) No grupo de Ilustrações, você poderá inserir imagens. Veja, na figura, a seguir, como realizar essas
operações em um documento do Word.
10 EDITOR DE TEXTO
121

Seleção de imagens do
seu banco de imagens.

Caminho para Seleione uma foto.


encontrá-las.

Patricia Marcilio (2016)


Aqui aparecerá o nome Ao clicar em inserir a foto
do arquivo escolhido. escolhida será inclusa no
seu documento Word.

Figura 40 -  Grupo inserir ilustrações


Fonte: Microsoft Office 2013 (2016)

Do mesmo modo que você pode buscar imagens em seu banco pessoal, também é possível inserir
imagens da Internet, além de poder inserir formas, como flechas, balões de diálogo, caixas de texto, entre
outras opções, abrindo a guia inserir formas. Veja um exemplo na figura, a seguir.
COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA
122

Opção de inserir
formas.

Ao clicar sobre qualquer


uma das formas dessa
aba, você poderá
inserí-las em seu
documento do Word.

Patricia Marcilio (2016)

Figura 41 -  Inserir formas


Fonte: Microsoft Office 2013 (2016)

Além dessa opção, você pode ainda inserir um SmartArt, que consiste em uma galeria de diagramas que
podem ser editados para tornar seu documento mais atraente, apresentando informações relevantes de
forma sucinta. Estes SmartArt são pré-formatados e podem ser inseridos clicando sobre a opção desejada.
Outra opção que essa ferramenta apresenta na guia de ilustrações é a inserção de gráficos. Para tanto,
basta clicar sobre essa guia e escolher o gráfico desejado, inserindo os dados necessários para demonstrar
o que se deseja. Observe, na próxima figura, um exemplo de inserção de gráfico.
10 EDITOR DE TEXTO
123

Escolha de gráficos.

Modelos de gráficos

Patricia Marcilio (2016)


Figura 42 -  Inserir gráficos
Fonte: Microsoft Office 2013 (2016)

d) No grupo Links, você ainda pode incluir links nos documentos do Word 2013 para ter acesso a outros
documentos na rede mundial de computadores ou a outras pastas do seu próprio computador. Eles
são conhecidos como hiperlinks. Também podem ser inseridos indicadores ou referências cruzadas,
que, ao clicar sobre eles, o levarão direto para um local específico do seu documento.
Nesta mesma aba, você poderá, de forma rápida, incluir um comentário em seu documento. Estes
espaços servem para incluir informações adicionais.
e) No grupo Cabeçalho e Rodapé, você poderá também incluir rodapé, cabeçalho e número de pá-
gina.
COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA
124

f ) No grupo Texto, você poderá inserir uma caixa de texto, para destacar algo importante. Também
pode usar o WordArt, para destacar algum título ou uma palavra. Outro recurso que esse grupo apre-
senta é a inserção de linhas de assinaturas, muito empregadas nas folhas de aprovação de trabalhos
acadêmicos. Além disso, você pode ainda inserir data e hora da última modificação no seu arquivo.
Essa ferramenta se atualizará automaticamente toda vez que você alterar algo em seu documento.
g) No grupo Símbolos, quando se trabalha com fórmulas e equações, é muito interessante ter habili-
tada a ferramenta equações e símbolos, que podem ser feitos tal como se fossem escritos à mão livre.

Lembre-se de usar a ferramenta WordArt com parcimônia, porque os trabalhos


FIQUE acadêmicos não admitem outro tipo de letra que não seja as convencionais, como
ALERTA a Arial, Calibri, Times New Roman, entre outras, porque são de fácil leitura e servem
como padrão.

Agora que você já compreendeu como inserir símbolos, tabelas, figuras, entre outros objetos, siga em
frente e conheça as ferramentas da aba DESIGN.

10.6 FERRAMENTA DESIGN

Sob esta denominação, você poderá escolher uma ferramenta padrão para o corpo do texto a ser
trabalhado no grupo Formatação do Documento.
No lado direito da página, existe o grupo Plano de Fundo da Página, possibilitando a colocação de
marca d’água, cor da página e bordas de página. Na figura, a seguir, você pode observar as ferramentas do
menu design.
Patricia Marcilio (2016)

Figura 43 -  Menu design


Fonte: Microsoft Office 2013 (2016)
10 EDITOR DE TEXTO
125

Para inserir uma borda em seu arquivo, clique sobre o ícone Bordas de Página e aparecerá uma janela
com as opções de bordas possíveis de serem utilizadas. Após a escolha, aparecerá do lado direito um
modelo de como ficará na página, e, clicando no botão OK, sua escolha será aplicada no arquivo.

Patricia Marcilio (2016)


Figura 44 -  Caixa de diálogo do bordas e sombreamento
Fonte: Microsoft Office 2013 (2016)

A cada informação nova sobre o programa, você vai se familiarizando mais com ele.

10.7 FERRAMENTA LAYOUT DA PÁGINA

O menu Layout da Página divide-se em três grupos: Configurar Página, Parágrafo e Organizar. Conheça as
principais funções de cada grupo na figura, que apresenta as especificidades de cada grupo na sequência.
Patricia Marcilio (2016)

Figura 45 -  Menu layout da página


Fonte: Microsoft Office 2013 (2016)
COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA
126

a) Grupo Configurar Página: possui orientações muito importantes para a configuração das páginas
do seu arquivo. Por isso, vale a pena conferir a função dos principais ícones. Primeiramente, veja a
figura a seguir.

Patricia Marcilio (2016)


Figura 46 -  Grupo configurar página
Fonte: Microsoft Office 2013 (2016)

O ícone Margens é o lugar onde você poderá definir em centímetros qual a margem, ou seja, o espaço
entre a borda da página e o início do seu texto. Você poderá utilizar modelos prontos ou personalizados.
Confira a opção de personalização na figura, a seguir.

Você pode alterar as margens


digitando o número de
centímetros que deseja utilizar,
ou usando as flechas para cima
e para baixo.

Na orientação, você terá a opção


de escolher a orientação do
papel, em formato de retrato
ou paisagem. Essa é uma das
opções para executar esta essa
tarefa. A a outra possibilidade
está logo ao lado da Margem.
Patricia Marcilio (2016)

Figura 47 -  Caixa de diálogo configurar página


Fonte: Microsoft Office 2013 (2016)
10 EDITOR DE TEXTO
127

O ícone Colunas é utilizado para desdobrar o texto em mais de uma coluna. Para utilizar esta função,
basta selecionar o texto, clicar sobre o ícone coluna e clicar sobre quantas colunas você deseja utilizar.
b) Grupo Parágrafo - serve como uma orientação de quantos centímetros devem ser os parágrafos do
texto, tornando-os padrão.
c) Grupo Organizar - é utilizado para organizar imagens junto ao texto da maneira que precisar, quan-
to à posição e quanto à quebra de texto. Cada ícone destas abas possui uma função específica, e caso
não se saiba qual ficará melhor, basta selecionar a imagem e ir testando. Observe o exemplo.

Patricia Marcilio (2016)


Figura 48 -  Caixa de diálogo posição e quebra automática de texto
Fonte: Microsoft Office 2013 (2016)

Essa ferramenta é muito importante para o visual do arquivo e você irá utilizá-la muito em seus trabalhos.
Existe ainda as opções da aba REVISÃO, que também são bastante usuais para fazer uma produção textual.
Acompanhe.

10.8 FERRAMENTA REVISÃO

Este menu têm funções para ajudá-lo na revisão textual, como o próprio nome já diz. Acompanhe, na
próxima figura, a divisão em grupos, que são: Revisão de texto, Idioma, Comentários, Controle, Alteração,
Comparar e Proteger.
Patricia Marcilio (2016)

Figura 49 -  Barra de opções revisão


Fonte: Microsoft Office 2013 (2016)
COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA
128

O ícone de correção ortográfica, que também aparece acima, tem a função de fazer uma varredura
do texto e apontar palavras que estejam escritas erradas, falta de acentuação ou mesmo problemas de
concordância na frase. Para utilizá-lo, basta clicar sobre ele e analisar as palavras uma a uma.

Sabia que nem todos os apontamentos de correção ortográfica feitos pelo Word
CURIOSI são pertinentes? Antes de aceitar a alteração, verifique se o que ele está apontado
DADES realmente procede ou é adequado.

Conheça uma situação que aconteceu com um aluno do curso técnico em eletrônica.

CASOS E RELATOS

Falta de atenção na digitação de textos no Word


Henrique é um aluno do curso técnico em eletrônica em uma unidade do SENAI e precisou elaborar
um relatório de uma visita técnica feita pela sua turma. O professor solicitou que o relatório tivesse
no máximo uma folha e que fosse digitado no Word. Uma das regras estabelecidas pelo professor
foi que o texto fosse claro e objetivo e, com no máximo, 5 erros ortográficos.
Como a visita havia sido feita recentemente, Henrique não teve dificuldades para elaborar o texto,
porém, ao digita-lo, observou que algumas palavras estavam destacadas em vermelho. Como ele
não sabia que o Word nem sempre acerta na correção ortográfica, aceitou todos os apontamentos
feitos pelo programa.
Quando Henrique recebeu o relatório corrigido pelo professor, ficou desapontado com a nota
que recebera. Questionou o professor sobre o que ele havia feito de errado, e ele apontou que
havia muitos erros de digitação e ortográficos. Henrique aprendeu que antes de aceitar quaisquer
alterações sugeridas pelo Word, é preciso ler analisá-las para verificar se as sugestão sugestões de
alteração é são pertinentes ou não.

Agora que você já sabe como formatar um texto e fazer sua correção, conheça as ferramentas da aba
EXIBIÇÃO.
10 EDITOR DE TEXTO
129

10.9 FERRAMENTA EXIBIÇÃO

Este menu possui recursos para personalizar o modo de exibição da página e é dividido em grupos que
possuem ícones que vão modificando ao gosto ou necessidade do usuário. Veja o exemplo deste menu na
figura seguinte.

Patricia Marcilio (2016)


Figura 50 -  Barra de opções exibição
Fonte: Microsoft Office 2013 (2016)

Os grupos são: Modos de exibição, Mostrar, Zoom, Janela e Macros.

Você sabia que, se o usuário não souber qual é a função de um determinado botão,
CURIOSI basta colocar a seta de navegação sobre ele, sem clicar, e aguardar um segundo que
DADES o próprio programa abre uma janela de orientação sobre qual a função daquela
ferramenta?

10.10 FERRAMENTA DE IMAGEM

Este menu apenas se torna visível no momento em que existe uma imagem no arquivo e a mesma
esteja selecionada. Suas funções também são divididas por grupos: Ajustar, Estilos de imagem, Organizar e
Tamanho. Observe o exemplo na próxima figura.
Patricia Marcilio (2016)

Figura 51 -  Barra de opções ferramentas de imagem


Fonte: Microsoft Office 2013 (2016)
COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA
130

Nesta aba, existem muitas opções interessantes para a personalização de imagens. Com a imagem
selecionada, você poderá experimentar cada uma das opções e, caso não goste, poderá voltar a ação,
usando o crtl+z ou mesmo a ferramenta voltar , que se encontra na parte superior direita da tela.

RECAPITULANDO

Nesse capítulo, você teve a oportunidade de conhecer o software Word 2013, a função que
desempenha como editor de textos e também suas aplicações no dia a dia.
Pôde conhecer também como este editor de textos está organizado e seus principais menus,
proporcionando aprendizagem significativa sobre as funções mais utilizadas do programa,
principalmente para a construção de trabalhos acadêmicos.
Quanto mais utilizar este programa em suas atividades, mais funções novas você descobrirá,
fazendo com que sua experiência no uso seja cada vez mais eficiente e aprimorada.
Editor de Apresentações Gráficas

11

Você já participou de alguma palestra em que o orador usou uma apresentação de slides
projetada de forma ampliada a partir de seu computador? Você sabe como isso pode ser feito?
Já teve a oportunidade de elaborar uma apresentação em slides?
Neste capítulo, você aprenderá a usar o editor de apresentações gráficas. Para tanto, ao final
desse capítulo você será capaz de:
a) aplicar os princípios da informática básica na elaboração, formatação e arquivamento de
textos, tabelas, planilhas, gráficos, apresentações e pesquisa;
b) utilizar técnicas de apresentação, inclusive em meio eletrônico;
c) utilizar técnicas de argumentação;
d) comunicar-se de forma clara e objetiva;
e) manter relacionamento interpessoal;
f ) ter empatia.
Na sua futura profissão, muitas vezes você será convidado a apresentar relatórios, propostas,
trabalhos, entre outros documentos, em reuniões para tomada de decisão.
Bons estudos!
COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA
134

11.1 APRESENTAÇÃO

Para preparar uma apresentação de slides, faz-se necessário começar com uma pesquisa objetiva sobre
o tema a ser apresentado e elaborar um resumo do que deverá ser falado durante sua apresentação,
desenvolver seus slides de forma clara e objetiva e treinar a apresentação, lembrando sempre que uma
apresentação é criada no intuído de expor uma ideia a alguém ou a um grupo de pessoas. Então, os slides
devem ser criados pensados em que vai vê-los e como uma orientação para quem apresenta.
Para isso, escreva no mínimo uma e no máximo três frases introdutórias, arrole os objetivos da
apresentação, cite a metodologia utilizada para realizar a pesquisa, descreva os resultados alcançados e a
que conclusões você chegou.

FIQUE Jamais deixe para o dia que antecede a apresentação para elaborar seus slides, porque
ALERTA isso fará com que você não tenha tempo para revisar o conteúdo que será abordado,
nem terá tempo para treinar.

Geralmente os trabalhos escolares são elaborados seguindo uma lógica de apresentação:


1º apresente o título de sua pesquisa e o nome(s) do(s) participante(s);
2º apresente o que fez você escolher o assunto de sua pesquisa (introdução);
3º apresente os objetivos da pesquisa, respondendo à pergunta: Por que eu fiz a pesquisa?
4º apresente que procedimentos ou metodologia você usou para realizar a pesquisa;
5º apresente o resumo do conteúdo pesquisado;
6º apresente os resultados a que você chegou;
7º apresente suas conclusões.
Esta organização permite que a pessoa ou grupo que assiste à apresentação entenda o processo de
elaboração do trabalho apresentado, identificando o começo, o meio e o fim.
10 EDITOR DE APRESENTAÇÕES GRÁFICAS
135

11.1.1 GERENCIAMENTO DO TEMPO – FERRAMENTAS DE MULTIMÍDIAS

Após elaborar o resumo de sua apresentação, prepare os slides e considere em média 1 a 2 minutos por
slide. Essa média permite que você explore oralmente o que está apresentado no slide.

O percentual de retenção de informações, por parte das pessoas, é 55% visual, 38%
CURIOSI vocal e 7% textual? Portanto, esmere-se na elaboração dos slides, de forma que a
DADES apresentação tenha conexão entre texto, imagens e falas.

Lembre-se de que os slides não foram elaborados para serem lidos e sim para servirem como orientação
para sua apresentação. Portanto, apresente apenas tópicos, ou organize sua apresentação por conceitos.
Veja, a seguir, algumas regras gerais para elaboração de slides:
a) inclua em todos os slides o título da apresentação;
b) inclua também subtítulos, quando achar necessário;
c) empregue letras minúsculas, exceto para os títulos;
d) não use letras muito pequenas, sendo que, em geral, é empregada uma fonte com tamanho superior
a 28;
e) cuidado com a escolha do tipo de letra, isto é, escolha letras de fácil leitura;
f ) evite a poluição dos slides, ou seja, não use mais do que duas cores;
g) use fundo escuro com letra clara, ou o inverso, para maior contraste, portanto, use fundos com
moderação;
h) evite abreviações;
i) evite erros ortográficos;
j) evite exageros nos efeitos de transição.
COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA
136

Veja, a seguir, um exemplo de um slide com alguns problemas, com excesso de imagens e tamanhos
reduzido das fontes.

D O
R A
ER

Patricia Marcilio (2016)


Figura 52 -  Exemplo de um slide inadequado
Fonte: Adaptado de Oliveira (2013)

Como você pôde observar na figura anterior, o slide está com excesso de informação, muito colorido e
sua fonte é pequena demais para ser lida com facilidade. Evite esse tipo de situação, elaborando seus slides
com clareza e objetividade, como será mostrado em sequência.

SAIBA Para ler mais sobre esse assunto, acesse o site do professor Reinaldo Polito. Lá você
encontrará uma série de artigos com informações valiosas sobre como fazer boas
MAIS apresentações, tanto orais quanto escritas. Acesse o site: http://zip.net/bxthZg.

Uma vez que o resumo foi elaborado e os slides confeccionados, é preciso treinar a sua apresentação para
verificar se o que foi programado ficará dentro do prazo que você tem para poder falar sobre sua pesquisa.
Sugere-se que primeiro você treine sozinho, de preferência na frente de um espelho, para que você possa
observar como se comporta durante sua apresentação. Apesar de parecer esquisita, esta técnica permite
que você corrija eventuais cacoetes e posturas inadequadas. (SHINYASHIKI, [201-?]).
10 EDITOR DE APRESENTAÇÕES GRÁFICAS
137

CASOS E RELATOS

Uma apresentação mal-sucedida


Sofia, aluna do curso técnico em eletrônica, precisou fazer uma apresentação para seus colegas
de turma. O tema que o professor solicitou para ser apresentado era sobre a NR 10, que trata da
segurança em instalações e serviços em eletricidade.
Como ela não tinha muito tempo, leu na noite anterior a NR e preparou os slides. O professor havia
determinado que a apresentação tivesse no máximo 10 minutos e que 5 seriam destinados à
arguição da plateia, para esclarecimentos de dúvidas.
Ela achou que estava tudo certo e que se sairia muito bem na apresentação, porém, ao chegar em
frente à turma, percebeu que estava muito nervosa e que não tinha domínio completo do assunto.
As palavras começaram a faltar e, por isso, passou a ler tudo o que estava escrito nos slides, sem
olhar para a plateia.
Como esta NR possui muitos detalhes, ela copiou praticamente tudo para os slides. Ela ficou
desconsertada quando o professor pediu que encerrasse sua apresentação, porque ultrapassara
em 50% o tempo destinado para ela. Ao chegar o momento da arguição, seus colegas, como ficaram
com muitas dúvidas, passaram a fazer várias perguntas e ela não conseguiu responder nenhuma
com total segurança. Sempre o professor precisava intervir nos argumentos que ela apresentava,
corrigindo-a. Sua apresentação foi um desastre, mas, ao mesmo tempo, um grande aprendizado.
Ela aprendeu que uma boa apresentação precisa de preparo, treino e principalmente dominar o
assunto.

Após treinar sozinho, faça sua apresentação para outra pessoa, para que ela avalie como foi seu
desempenho e lhe dê informações sobre oportunidades de melhoria e pontos em que você foi assertivo.
Antes da sua apresentação, não deixe de testar os equipamentos para verificar se estão em perfeito
funcionamento e organize o material que será utilizado na sua apresentação (fichas de resumo, folders,
maquetes, entre outros).
Veja, a seguir, alguns detalhes que você deve observar durante a sua apresentação:
a) antes de iniciar sua apresentação, cumprimente e agradeça a participação da plateia;
b) jamais leia o conteúdo que está na tela, porque a plateia lerá o texto mais rápido do que você falará;
COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA
138

c) durante sua explanação, empregue os mesmos termos que estão nos slides;
d) fale com motivação, seja positivo e firme nas suas considerações;
e) procure olhar para a plateia durante sua apresentação; evite olhar diretamente nos olhos das pes-
soas, porque elas poderão desconcertar você;
f ) olhe para todos os lados da sala, sempre na linha do horizonte, isso dará a impressão de que você
estará olhando para as pessoas, e elas se sentirão prestigiadas;
g) procure falar devagar e com boa dicção, porém observe para que sua apresentação não se torne
monótona;
h) alterne o tom de voz (às vezes, mais rápido, outras mais devagar, em outras com tom de voz mais alto
e outras mais baixo). Esta técnica prende com mais facilidade a atenção do seu público;
i) evite contar piadas ou assuntos que não se relacionam com o tema de sua apresentação;
j) encerre sua apresentação agradecendo a atenção;
k) coloque-se a disposição para responder a dúvidas ou eventuais questionamentos.

Lembre-se de que até um bom orador fica nervoso ao iniciar uma apresentação.
FIQUE A diferença entre ele e um orador inexperiente é que quem tem experiência sabe
ALERTA controlar seu medo. Por isso, usa os cumprimentos iniciais para respirar e se acalmar.
Use essa técnica e você se sairá bem nas suas apresentações.

Veja, a seguir, como elaborar seus slides usando o PowerPoint 2013, que faz parte do pacote Office.

11.2 SLIDE

O PowerPoint 2013 é uma poderosa ferramenta de apresentação de slides utilizada mundialmente,


que pertence também ao pacote de ferramentas do Office. Existem várias versões deste programa e, neste
material, os exemplos foram criados a partir da versão 2013.
10 EDITOR DE APRESENTAÇÕES GRÁFICAS
139

Para poder elaborar uma apresentação de slides, você precisa abrir o programa chamado PowerPoint.
Veja, na figura, como encontrar esse programa.

Clicar no
programa

Patricia Marcilio (2016)


Clicar em iniciar

Figura 53 -  Procedimento para abrir o PowerPoint


Fonte: Microsoft (2016)

Após abrir o programa, a tela a seguir se abrirá.

Arquivo em
branco

Patricia Marcilio (2016)

Figura 54 -  Tela de abertura do PowerPoint


Fonte: Microsoft office 2013 (2016)

Esta tela apresenta várias opções de formatação, porém geralmente se abre uma apresentação em
branco, porque nela se pode escolher o formato desejado, ou até mesmo personalizá-lo de acordo com a
necessidade.
COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA
140

Ao clicar sobre a opção de arquivo em branco, uma nova tela se abrirá. Observe a figura a seguir.

Escolha do layout do slide

Incluir novo slide

Patricia Marcilio (2016)


Figura 55 -  Primeira tela do PowerPoint vazia
Fonte: Microsoft office 2013 (2016)

A imagem, a seguir, aponta onde você poderá digitar seus textos, incluir imagens, filmes, fotos, entre
outros.
Para modificar a estrutura do slide, basta clicar sobre a opção leiaute e você poderá escolher de que
forma deseja que cada tela do slide seja estruturada.
Para incluir um novo slide em sua apresentação, basta clicar sobre a guia que indica novo slide, como
você pode observar na figura anterior. Veja, na figura, a seguir, como elaborar uma apresentação de slides
empregando alguns recursos, como design, inserir ilustras e digitar textos.
Patricia Marcilio (2016)

Figura 56 -  Exemplos de slide de abertura e de conteúdo


Fonte: SENAI (2016)
10 EDITOR DE APRESENTAÇÕES GRÁFICAS
141

Para escolher um design para seu slide, basta clicar na guia design, como demonstrado na figura, a seguir.

Guia design

Patricia Marcilio (2016)


Tema escolhido

Figura 57 -  Escolha de um design para os slides no PowerPoint 2013


Fonte: Microsoft Office 2013 (2016)

Um recurso muito utilizado nesta hora de escolha é ir deslizando o mouse sobre os modelos sem clicar
neles e o próprio software vai lhe mostrando como ficará sua apresentação com o uso do tema escolhido.
Neste momento, ele muda fontes e a localização dos conteúdos, porém isso pode ser alterado a qualquer
momento ao gosto do usuário.
Para incluir um novo slide, clique na barra inserir e um novo slide com o mesmo tema do design escolhido
se abrirá e nele você poderá incluir seu texto, figuras, entre outros.

11.2.1 FORMATAÇÃO

Uma etapa bem importante da construção de uma apresentação é a formatação, que nada mais é do
que modificar e padronizar, ao desejo do usuário, a fonte, a organização, as imagens que serão utilizadas,
entre outras opções.
No menu PÁGINA INICIAL, estão as opções mais utilizadas para formatar textos nos slides. Acompanhe
onde encontrar alguns desses recursos disponíveis.

Tipo de fonte Tamanho da fonte Inserir marcadores


ou numeração

Opção de negrito, itálico, Alinhamento do texto: centralizado,


sublinhado e sombreado justificado, alinhado a esquerda
Patricia Marcilio (2016)

ou a direita
Cor da fonte Inserir formas

Figura 58 -  Guia página inicial do PowerPoint 2013


Fonte: Microsoft Office 2013 (2016)
COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA
142

Com estes recursos, você poderá escolher a fonte, o tamanho, a cor, os destaques em negrito, itálico,
alinhamentos, tópicos e espaços entre linhas.
Observe, na sequência, como aplicar no seu slide essas formatações.

Tipo de fonte e tamanho

Título em negrito

Patricia Marcilio (2016)


Figura 59 -  Aplicação da formatação no slide
Fonte: Microsoft Office 2013 (2016)

Observe que a fonte escolhida para o texto foi a Cambria, tamanho 54 e destacado em negrito. Já o
nome do autor da apresentação está com o mesmo tipo de fonte, porém com tamanho 28 e sem negrito.
Observe que, ao lado do slide, aparecem, em tamanho menor, todos os slides que fazem parte de sua
apresentação. Isso permite que você veja quantos slides já foram criados e em que sequência estão.

11.2.2 INSERINDO FIGURAS E FORMAS

Partindo do princípio de que uma apresentação é feita para ser um suporte visual a quem faz uma
apresentação, as imagens, fotos, quadros e destaques precisam ter uma relação direta com o assunto
exposto, você aprenderá a inserir estas figuras em sua apresentação.
10 EDITOR DE APRESENTAÇÕES GRÁFICAS
143

Para incluir uma figura em seu slide, proceda da seguinte maneira: na mesma guia de inserir, há uma
opção chamada imagens, clique sobre ela e uma nova aba se abrirá diretamente na sua biblioteca de
imagens. Selecione a imagem, clique sobre inserir e ela automaticamente aparecerá no seu slide.

Guia inserir

Clicar na guia imagens

Imagem selecionada

Patricia Marcilio (2016)


Clicar em inserir

Figura 60 -  Como inserir imagens usando PowerPoint 2013


Fonte: Microsoft Office 2013 (2016)

Existe também a possibilidade da busca por imagens na internet, que complementem sua linha de
pensamento, e salvá-las na pasta que preferir em seu computador. Para relembrar como fazer este processo,
você poderá consultar o capítulo sobre internet.
COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA
144

Marcadores para dar ênfase aos tópicos e balões são ótimas opções para destacar e organizar ideias.
A figura, a seguir, aponta onde encontrar estes recursos no programa.

Escolher o tipo Mistura das a forma


Escolher Escolher a cor que
Mistura das
de marcador frações
a ser inserida a forma terá
frações

Patricia Marcilio (2016)


Tipo de marcador Inserir formas

Figura 61 -  Formatar textos e slides usando o PowerPoint 2013


Fonte: Microsoft Office 2013 (2016)

Todas estas opções apresentadas são de grande valia para desenvolver a parte visual de seu slide, desde
que utilizadas de forma clara, para enfatizar pontos importantes.
Você também pode preparar sua apresentação programando uma forma de aparição de cada novo
slide. Para tanto, deve escolher, na aba TRANSIÇÕES, a forma desejada. Veja, na figura, a seguir, os vários
modelos de transições que o PowerPoint 2013 oferece.
Patricia Marcilio (2016)

Figura 62 -  Tipos de transições do PowerPoint 2013


Fonte: Microsoft Office 2013 (2016)
10 EDITOR DE APRESENTAÇÕES GRÁFICAS
145

Depois que toda sua apresentação estiver elaborada, não esqueça de salvá-la.

11.2.3 SALVANDO SLIDES

A função de guardar arquivos é exercida pelos comandos Salvar e Salvar Como, que serão encontradas
dentro do menu arquivo, assim como nos outros programas do Office. Confira esse procedimento na
imagem, a seguir.

Figura 63 -  Como salvar arquivos usando o PowerPoint 2013 Patricia Marcilio (2016)
Fonte: Microsoft office 2013 (2016)

A primeira vez em que se guarda um arquivo é importante utilizar a opção Salvar Como, pois ela permite
escolher onde guardá-lo, podendo ser em seu computador, em dispositivos móveis ou mesmo na Internet,
clicando sobre a pasta procurar, como mostrou a imagem anterior.
Após escolha o local e destino, dê um nome que o faça lembrar qual o conteúdo do arquivo e clique
sobre o botão salvar. Assim, sua apresentação ficará armazenada no local escolhido por você.
Revise os conhecimentos estudados neste capítulo lendo o recapitulando a seguir.
COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA
146

RECAPITULANDO

Você concluiu o último capítulo dessa Unidade Curricular que explicou como elaborar apresentações
de trabalhos escolares e/ou profissionais. Foram apresentadas algumas informações importantes
sobre como estruturar uma apresentação e como se portar durante uma apresentação.
Foi possível compreender como criar slides, formatar, inserir formas, desenhos e fazer transições
durantes suas apresentações. Faça bom uso desse conhecimento e tenha sucesso em suas
apresentações!
REFERÊNCIAS

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possíveis. Jundiaí: Paco Editorial, 2011. Disponível em: <http://editorialpaco.com.br> Acesso em: 23
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SAVIOLI, Francisco Platão. Gramática em 44 lições. 32. ed. São Paulo: Ática. 2002.
MINICURRÍCULO DOS AUTORES

LILIAN ELCI CLAAS


Graduada em Pedagogia com habilitação em Supervisão Escolar, pós-graduada em Administração
de Recursos Humanos (FAE/UNERJ) e em Consultoria Empresarial (UFSC/SENAI). Participou de mais
de 1100 h/aula de capacitações e treinamentos empresariais em diversas áreas de formação técnica
profissional e de relacionamento interpessoal. Atua, desde 1988, com a formação e o desenvolvimento
de lideranças, melhoria das relações humanas, resolução de conflitos, melhoria nos métodos de
trabalho e no ensino correto de um trabalho. Atualmente, é instrutora no SENAI-SC, na unidade de
Jaraguá do Sul, ministrando as Unidades Curriculares de Comunicação Oral e Escrita, Metodologia
Científica, Metodologia da Pesquisa e Gestão de Processos. Desenvolve trabalho de Consultoria
Empresarial na área de gestão de pessoas e treinamento; orienta TCCs nos cursos Técnicos e de
Tecnologia. Atualmente é conteudista e realiza o Design Educacional de matérias didáticos para os
cursos técnicos presenciais e a distância do SENAI.

ROSEMARY APARECIDA SCHARF


Graduada em Letras – Português/Inglês e Literaturas, pela UNISC - Universidade de Santa Cruz do
Sul – RS, e pós-graduada em Práticas Pedagógicas da Língua Portuguesa e Inglesa, pelo Instituto
Sociedade Educacional Portal das Missões – RS. Participou de mais de 1500 h/aula em capacitações,
treinamentos educacionais, planejamento e letramento. Atuou, desde 1984, como professora de
Português e Inglês no Ensino Fundamental e Médio em escolas Municipais, Estaduais e Particulares.
Desenvolveu e implantou projeto-piloto na língua inglesa em escolas municipais. Ministrou aulas de
redação e gramática em curso pré-vestibular. Foi tutora no curso de Letras/licenciatura, na UNIASSELVI
– FAMEBLU (Centro Universitário Leonardo da Vinci). Desde 2011 ministra aulas preparatórias para
o ENEM e vestibulares para alunos no Ensino Médio e recuperação paralela em língua portuguesa
para Ensino Fundamental final. Atualmente, é professora de Produção de Textos no Ensino Médio do
Colégio Bom Jesus de Jaraguá do Sul – SC e, no SENAI –SC, unidade de Jaraguá do Sul, trabalha com
as disciplinas de LPL e Comunicação e Expressão, com ênfase nas produções textuais. Desenvolve
material didático e é revisora técnica e gramatical na área de EAD-SENAI- SC, Jaraguá do Sul.

ROSIMERI LIKES
Possui graduação em Administração com Habilitação em Sistemas de Informações Gerenciais pela
Faculdade UNIASSELVI (2006), possui especialização em Gestão de TI pela Faculdade Anhanguera
(2015) com projeto voltado para ambientes e tecnologias educacionais, atuando desde o ano
2000 nesta área. Tem experiência em treinamentos da área de Ciências da Informação, com ênfase
Tecnologias Educacionais, atuando principalmente nos seguintes temas: Informática Educacional,
Objetos de Aprendizagem e Formação do Professor para o uso de Tecnologia da Informação e
Comunicação (TIC). Atualmente trabalha na equipe de desenvolvimento de recursos didáticos do
SENAI Jaraguá do Sul, atuando como Designer Educacional e Conteudista da área de Informática,
Mestrado em Educação em curso pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná – PUC.
ÍNDICE

C
Coerência 11, 31, 35, 39, 40, 41, 45
Coesão 11, 35, 39, 40, 41, 42, 45
Comunicação 7, 11, 12, 13, 15, 16, 17, 18, 20, 22, 23, 27, 38, 42, 57, 82, 95, 96, 104, 105, 106, 151,
153
Conclusão 11, 28, 29, 31, 36, 38, 40, 42, 51, 57, 58, 59, 60, 61, 70, 74, 82, 88, 101

D
Descrição 11, 44, 47, 48, 49, 50, 51, 52, 53, 64, 75, 76, 81, 85
Desenho 51, 66, 90, 110, 149, 150
Desenvolvimento 11, 13, 15, 16, 25, 28, 31, 35, 38, 44, 51, 58, 59, 60, 66, 86, 89, 153
Dissertação 7, 11, 55, 57, 58, 59, 60, 61, 74, 88
Download 7, 12, 98, 99, 100, 106, 107

I
Internet 12, 19, 22, 27, 44, 73, 82, 91, 95, 96, 97, 98, 99, 100, 101, 102, 103, 104, 105, 106, 107, 115,
121, 143, 145, 150
Introdução 11, 13, 26, 28, 29, 38, 39, 44, 51, 58, 59, 60, 66, 78, 89, 90, 134

L
Língua 18, 19, 20, 21, 23, 57, 64, 65, 89, 149, 153
Linguagem 7, 11, 13, 15, 18, 19, 20, 21, 23, 27, 41, 48, 49, 53, 58, 60, 96, 149, 150

M
Mensagem 17, 18, 21, 23, 27, 28, 29, 30, 31, 103
Método 56, 74, 75, 76, 84

P
Pesquisa 12, 13, 28, 48, 64, 65, 66, 68, 69, 70, 71, 73, 74, 75, 76, 77, 78, 79, 80, 81, 82, 83, 84, 85,
86, 87, 89, 91, 96, 97, 98, 109, 133, 134, 136, 149, 150, 156
Plágio 81, 82, 95, 101, 102, 107
Projeto 50, 65, 67, 74, 76, 77, 78, 79, 80, 81, 82, 83, 85, 86, 149, 153, 157

R
Referência 12, 78, 79, 83
Relatório 7, 12, 13, 23, 30, 47, 63, 64, 65, 66, 67, 68, 69, 70, 71, 128, 149
Resumos 12, 84, 85, 89, 91, 98, 157

T
Tema 27, 28, 29, 31, 36, 39, 56, 57, 58, 59, 74, 78, 79, 80, 81, 83, 98, 134, 137, 138, 141
Tópico frasal 11, 35, 36, 44, 45
Trabalho acadêmico 7, 64, 65, 66, 84, 85, 87, 88, 90, 149
SENAI - DEPARTAMENTO NACIONAL
UNIDADE DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA – UNIEP

Felipe Esteves Morgado


Gerente Executivo

Luiz Eduardo Leão


Gerente de Tecnologias Educacionais

Fabíola de Luca Coimbra Bomtempo


Coordenação Geral do Desenvolvimento dos Livros Didáticos

Catarina Gama Catão


Apoio Técnico

SENAI – DEPARTAMENTO REGIONAL DE SANTA CATARINA

Mauricio Cappra Pauletti


Diretor Técnico

Selma Kovalski
Coordenação do Desenvolvimento dos Livros Didáticos

Lilian Elci Claas


Rosemary Aparecida Scharf
Rosimeri Likes
Elaboração

Morgana Machado Tezza


Rosemary Aparecida Scharf
Revisão Técnica

Morgana Machado Tezza


Coordenação do Projeto

Maristela de Almeida Pereira Martins


Design Educacional

Airton Júlio Reiter


Revisão Ortográfica e Gramatical

Isadora Luisa Bertotto


Patricia Marcilio
Fotografias, ilustras e Tratamento de Imagens

João Carlos Evaristo Guedes Nunes


Joel Nunes
Rhavi Gonçalves de Borba
Rosano Daniel Nunes
Sergio Andolfo
Comitê Técnico de Avaliação
Patricia Marcilio
Diagramação

Airton Julio Reiter


Normalização

Patricia Correa Ciciliano


CRB – 14.1230
Ficha Catalográfica

i-Comunicação
Projeto Gráfico

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