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SÉRIE MINERAÇÃO

FUNDAMENTOS
DE MATEMÁTICA
SÉRIE MINERAÇÃO

FUNDAMENTOS
DE MATEMÁTICA
CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA – CNI

Robson Braga de Andrade


Presidente

Diretoria de Educação e Tecnologia - DIRET

Rafael Esmeraldo Lucchesi Ramacciotti


Diretor de Educação e Tecnologia

Júlio Sérgio de Maya Pedrosa Moreira


Diretor Adjunto de Educação e Tecnologia

Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial - SENAI

Robson Braga de Andrade


Presidente do Conselho Nacional

SENAI – Departamento Nacional

Rafael Esmeraldo Lucchesi Ramacciotti


Diretor-Geral

Júlio Sérgio de Maya Pedrosa Moreira


Diretor Adjunto

Gustavo Leal Sales Filho


Diretor de Operações
SÉRIE MINERAÇÃO

FUNDAMENTOS
DE MATEMÁTICA
© 2016. SENAI - Departamento Nacional

© 2016. SENAI - Departamento Regional de Minas Gerais

Livro Didático alinhado ao Itinerário Nacional v.04 (2015)


A reprodução total ou parcial desta publicação por quaisquer meios, seja eletrônico, mecânico,
fotocópia, de gravação ou outros, somente será permitida com prévia autorização, por escrito,
do SENAI.
Esta publicação foi elaborada pela equipe da Gerência de Educação Profissional SENAI de
Minas Gerais, com a coordenação do SENAI Departamento Nacional, para ser utilizada por
todos os Departamentos Regionais do SENAI nos cursos presenciais e a distância.

SENAI Departamento Nacional


Unidade de Educação Profissional e Tecnológica – UNIEP

SENAI Departamento Regional de Minas Gerais


Gerência de Educação Profissional - GEP
Núcleo de Educação a Distancia - NEAD

FICHA CATALOGRÁFICA

S474f
Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. Departamento Nacional.
Fundamentos de matemática / Serviço Nacional de Aprendizagem
Industrial. Departamento Nacional, Serviço Nacional de Aprendizagem
Industrial. Departamento Regional de Minas Gerais. Brasília: SENAI/DN, 2016.

92 p. il. (Série Mineração)


Inclui referências.

ISBN 9 788575 197172

1. Matemática. 2. Estatística. 3. Unidade de medida. 4. Mineração. I.


Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. Departamento Regional de
Minas Gerais. II Título. III. Série.

CDU: 51

SENAI Sede
Serviço Nacional de Setor Bancário Norte . Quadra 1 . Bloco C . Edifício Roberto
Aprendizagem Industrial Simonsen . 70040-903 . Brasília - DF . tel.: (0xx61) 3317-9001
Departamento Nacional Fax: (0xx61)3317-9190 . http://www.senai.br
Lista de ilustrações
Figura 1 -  Triângulo equilátero.....................................................................................................................................17
Figura 2 -  Divisão...............................................................................................................................................................20
Figura 3 -  Nome específico de cada número que compõem uma operação de divisão........................21
Figura 4 -  Passo a passo da divisão.............................................................................................................................21
Figura 5 -  Minério de ferro.............................................................................................................................................23
Figura 6 -  Propriedade das proporções.....................................................................................................................24
Figura 7 -  Empresas fictícias produtoras de ouro no Brasil................................................................................39
Figura 8 -  Gráfico de barras verticais..........................................................................................................................40
Figura 9 -  Gráfico de barras horizontal......................................................................................................................40
Figura 10 -  Produção de minério de ferro trimestral da Mineradora X..........................................................41
Figura 11 -  Produção anual de Agregados minerais do Brasil..........................................................................42
Figura 12 -  Moeda representando “Cara e Coroa”..................................................................................................43
Figura 13 -  Faces do dado..............................................................................................................................................43
Figura 14 -  Mudança de unidades de comprimento............................................................................................55
Figura 15 -  Conversão de unidade de área..............................................................................................................56
Figura 16 -  Conversão de unidade de volume........................................................................................................57
Figura 17 -  Área da garagem.........................................................................................................................................64
Figura 18 -  Retângulo......................................................................................................................................................64
Figura 19 -  Área do retângulo.......................................................................................................................................65
Figura 20 -  Área do quadrado.......................................................................................................................................65
Figura 21 -  Triângulo........................................................................................................................................................67
Figura 22 -  Triângulo equilátero...................................................................................................................................67
Figura 23 -  Triângulo isósceles.....................................................................................................................................67
Figura 24 -  Triângulo escaleno.....................................................................................................................................67
Figura 25 -  Classificação dos triângulos quanto às medidas dos ângulos...................................................68
Figura 26 -  Paralelogramo MPQN................................................................................................................................68
Figura 27 -  Definição dos lados do triângulo retângulo.....................................................................................69
Figura 28 -  Hexágono regular.......................................................................................................................................70
Figura 29 -  Trapézio..........................................................................................................................................................71
Figura 30 -  Trapézio ABCED...........................................................................................................................................72
Figura 31 -  Losango e retângulo circunscrito.........................................................................................................73
Figura 32 -  Circunferência e círculo............................................................................................................................73
Figura 33 -  Perímetro do campo de futebol............................................................................................................75
Figura 34 -  Perímetro de uma circunferência/círculo..........................................................................................75
Figura 35 -  Poliedro..........................................................................................................................................................76
Figura 36 -  Poliedros regulares.....................................................................................................................................76
Figura 37 -  Prisma.............................................................................................................................................................77
Figura 38 -  Paralelepípedo.............................................................................................................................................77
Figura 39 -  Paralelepípedo retangular.......................................................................................................................78
Figura 40 -  Cubo de lado a.............................................................................................................................................78
Figura 41 -  Cilindro...........................................................................................................................................................79
Figura 42 -  Componentes do cilindro........................................................................................................................80
Figura 43 -  Cilindro reto..................................................................................................................................................80
Figura 44 -  Cone................................................................................................................................................................81
Figura 45 -  Cone reto.......................................................................................................................................................82
Figura 46 -  Esfera...............................................................................................................................................................83
Figura 47 -  Bola..................................................................................................................................................................83
Quadro 1 - Múltiplos e submúltiplos do metro.......................................................................................................54
Quadro 2 - Múltiplos e submúltiplos do m2..............................................................................................................55
Quadro 3 - Múltiplos e submúltiplos do metro cúbico........................................................................................57
Tabela 1 - Quantidade de minério em toneladas, transportada por cada caminhão................................38
Tabela 2 - Produção anual de minério de ferro.......................................................................................................40
Tabela 3 - Produção de minério de ferro da Vale referente ao ano de 2014.................................................41
Tabela 4 - Reservas de níquel na crosta terrestre....................................................................................................48
Tabela 5 - Desempenho de cada um dos dois candidatos nas provas objetivas realizadas...................49
Sumário
1 Introdução ........................................................................................................................................................................13

2 Matemática básica..........................................................................................................................................................15
2.1 operações matemáticas............................................................................................................................16
2.1.1 Adição............................................................................................................................................16
2.1.2 Subtração......................................................................................................................................18
2.1.3 Multiplicação...............................................................................................................................18
2.1.4 Divisão...........................................................................................................................................20
2.2 Razão e proporção.......................................................................................................................................22
2.2.1 Razão..............................................................................................................................................22
2.2 2 Proporção.....................................................................................................................................23
2.3 Potenciação....................................................................................................................................................25
2.3.1 Propriedades fundamentais de potências .......................................................................25
2.3.2 Expoente igual a zero (0).........................................................................................................26
2.3.3 Potências de base 10................................................................................................................26
2.3.4 Expoente negativo....................................................................................................................26
2.4 Regra de três simples e composta.........................................................................................................27
2.4.1 Regra de três simples................................................................................................................27
2.4.2 Regra de três composta...........................................................................................................29
2.5 Porcentagem.................................................................................................................................................32

3 Estatística...........................................................................................................................................................................37
3.1 Coleta de dados (amostragem)..............................................................................................................38
3.2 Gráficos específicos/histogramas..........................................................................................................38
3.2.1 Gráfico de setores ou pizza.....................................................................................................39
3.2.2 Gráficos de barras......................................................................................................................40
3.2.3 Histograma...................................................................................................................................41
3.2.4 Gráfico de linhas.........................................................................................................................42
3.3 Probabilidade................................................................................................................................................42
3.3.1 Probabilidades em Espaços Amostrais Equivalentes....................................................43
3.4 Medidas de centralidade...........................................................................................................................45
3.4.1 Média aritmética........................................................................................................................45
3.4.2 Média aritmética ponderada.................................................................................................46
3.4.3 Mediana ........................................................................................................................................47
3.4.4 Moda...............................................................................................................................................48
3.4.5 Medidas de dispersão..............................................................................................................48

4 Unidades de medida.....................................................................................................................................................53
4.1 Sistema métrico decimal...........................................................................................................................54
5 Geometria básica............................................................................................................................................................63
5.1 Geometria plana...........................................................................................................................................64
5.2 Geometria espacial.......................................................................................................................76

Referências............................................................................................................................................................................87

Minicurrículo do autor......................................................................................................................................................89
Introdução

Prezado aluno,
Seja bem-vindo! Nesta Unidade Curricular de Fundamentos de Matemática, você terá a
oportunidade de conhecer ou aprimorar seus conceitos a respeito da Matemática.
Estudaremos as operações fundamentais: adição, subtração, multiplicação e divisão. Além
dessas operações, veremos as ferramentas matemáticas da razão, proporção e potenciação.
Para solucionar problemas em que uma das variáveis de um conjunto de dados é desconhe-
cida, você aprenderá sobre a regra de três, que pode ser simples ou composta.
Para analisar um conjunto de dados, você conhecerá os conceitos de estatística, em que
aprenderemos a expressar esses dados na forma gráfica. Estudaremos, também, as medidas de
centralidade: a moda, a mediana e a média.
Para compreendermos os valores de comprimento, de área e de volume, veremos o sistema
métrico decimal. No estudo desse sistema aprenderemos as unidades fundamentais dessas gran-
dezas, assim como seus múltiplos, submúltiplos e como se fazer uma conversão de unidade.
Além do sistema métrico, outro sistema bastante empregado é o sistema inglês. Nesse sis-
tema, conheceremos a unidade de comprimento denominada polegada e as maneiras de se
fazer a transformação dessa unidade do sistema inglês para o sistema métrico.
Por fim, veremos os conceitos da geometria básica, em que estudaremos as figuras planas
e espaciais. Dentro das figuras planas, serão estudadas as formas de se calcular os valores de
área e de perímetro. Para as figuras espaciais, você compreenderá as formas mais fáceis de se
calcular seus volumes.
Espero que você desfrute de todos os conteúdos apresentados nesta unidade e que possa
levar esses conhecimentos para seu cotidiano e para a sua trajetória durante o curso.
Matemática básica

Neste capítulo, você terá a oportunidade de conhecer ou aprimorar seus conceitos referen-
tes aos fundamentos de matemática.
Independentemente da sua área de atuação, a matemática sempre estará presente, por
exemplo em uma nota musical ou em complexas sondas espaciais, que podem ser representa-
das por expressões matemáticas.
O aprendizado da matemática é imprescindível para o bom desempenho de seu trabalho
ou área de estudo. Por isso, você aprenderá nesse capítulo conceitos relevantes sobre essa
ciência tão importante.
Aqui descreveremos as operações matemáticas de: adição, subtração, divisão e a multipli-
cação. O conhecimento dessas ferramentas é essencial para a compreensão da matemática.
Aprenderemos também sobre os conceitos e as aplicações de razão, proporção e potenciali-
zação. Discutiremos uma ferramenta extremamente útil para encontrar o valor de uma variável
desconhecida, diretamente ou inversamente proporcional: a regra de três.
Por fim, estudaremos a importância da média aritmética e ponderada. Esse artifício mate-
mático é aplicado para simplificar e entender um conjunto de dados matemáticos.
Pois bem, a Mineração, como qualquer outro segmento industrial, está repleta de cálculos,
por isso: some a vontade ao desejo de aprender, multiplique a atenção e subtraia a preguiça.
É hora de viajar no mundo da matemática!
@istockphoto.com/Wavebreakmedia
FUNDAMENTOS DE MATEMÁTICA
16

2.1 OPERAÇÕES MATEMÁTICAS

Ao fazer uma compra parcelada, pedir um desconto, fazer um investimento ou um financiamento, de-
paramo-nos com procedimentos matemáticos. Portanto, essa ciência está presente em nosso cotidiano.
A aritmética é o ramo da matemática que abrange os números e as operações passíveis de serem feitas
entre eles. Dentro dessas operações, destacam-se as quatro operações fundamentais da matemática:
• Adição;
• Subtração;
• Multiplicação;
• Divisão.

Para entendermos sobre essas operações matemáticas, vamos pensar em um produto que você queira
comprar, como um Tablet, por exemplo. Considere que o aparelho custe em torno de R$ 900,00 e possa
ser parcelado em até três vezes. Ou, se o pagamento for à vista, você ganhará um desconto de R$ 100,00.
Então, observe:
• Valor dividido em três vezes
R$ 900 = R$ 300,00 (divisão)
3
3 x R$ 300,00 = R$ 900,00 (multiplicação)
R$ 300,00 + R$ 300,00 + R$ 300,00 = R$ 900,00 (soma)
• Pagamento à Vista
R$ 900,00 – R$ 100,00 = R$ 800,00 (subtração)
Sendo assim, essa situação nada mais é do que a aplicação das 4 operações fundamentais da matemática.
Para entendermos melhor essas operações, iremos estudar cada uma delas separadamente.

2.1.1 ADIÇÃO

A adição é a primeira operação fundamental a ser estudada. Trata-se da combinação de dois ou mais
números, chamados parcelas, que resulta em um terceiro número, denominado soma.
Exemplo:
2 MATEMÁTICA BÁSICA
17

315 Parcela
+ 208 Parcela
523 Soma
315 + 208 = 523
Para as operações de adição, existem três propriedades que devem ser respeitadas para garantir a exe-
cução correta das operações matemáticas. As propriedades da adição são:
1. COMUTATIVA - Para todos os números pertencentes ao conjunto dos números Reais (R), temos:
a+b=b+a 4+3=3+4=7
2. ELEMENTRO NEUTRO - Há um elemento neutro pertencente ao conjunto dos números reais (R), de
modo que:
a+0=0+a=a 3+0=0+3=3
Esse número neutro é denominado de zero (0).
3. ASSOCIATIVA - Para todos os números pertencentes aos números Reais (R), temos:
(a + b)+ c = a + (b + c) (12 + 4) + 3 = 12 + (4 + 3) = 19
Exemplo:
• Três caminhões: a, b, c transportam 110, 130 e 145 toneladas de minério de ferro, respectivamente,
para uma mineradora. Qual a quantidade total de minério transportado?

110 + 130 + 145 = 385 toneladas

• Um triângulo equilátero é um tipo especial de polígono, em que todos os seus lados possuem a mes-
ma medida. Sabendo disso, qual o valor de a + b na Figura 1 a seguir.
3+
a
+

a+
10

8+b
Figura 1 -  Triângulo equilátero
Fonte: SENAI/MG, 2017.
FUNDAMENTOS DE MATEMÁTICA
18

10 + Y
a = 3 +Y
a+b
10 = b + 3
b=7
10 + a = 8 + b
10 + a = 8 + 7
10 + a = 15
a=5
a+b=5+7
a + b = 12

2.1.2 SUBTRAÇÃO

A operação aritmética de subtração, similar à operação de adição, trata da interação entre dois ou mais
números que resultam em um valor chamado resto ou diferença. Os números que se interagem podem ser
classificados como minuendo e subtraendo. Analisando a operação 225 – 13 = 212, ela pode ser represen-
tada da seguinte forma:
225 minuendo
- 13 subtraendo
212 resto ou diferença
Exemplo:
• Edilene nasceu no ano de 1984. Quantos anos Edilene terá no ano de 2050?
2050 – 1984 = 66
Resposta (66 anos)
• Marcelo trabalha em uma mineradora há 17 anos e exerceu durante esse tempo duas funções: a de
coordenador de produção e de gerente geral da planta. Sabendo que nos 8 primeiros anos ele traba-
lhou como coordenador, há quantos anos ele atua como gerente?
17 – 8 = 9 anos

2.1.3 MULTIPLICAÇÃO

A multiplicação é uma operação matemática que visa facilitar as operações de soma. Para que se possa
entender melhor esse conceito, pense em uma sala de aula que contenha 6 fileiras e que cada fileira conte-
nha 8 cadeiras. Quantos alunos podem estudar nessa sala?
Bom! Percebam que, se cada fileira contém 8 cadeiras, então temos:
8 + 8 + 8 + 8 + 8 + 8 = 48
2 MATEMÁTICA BÁSICA
19

Uma maneira de simplificarmos essa operação é utilizando a ferramenta da multiplicação, em que po-
demos contar o número de fileiras e multiplicar pelo número de cadeiras:
6 x 8 = 48
Desse modo, sendo a e b dois números reais, a multiplicação entre a e b é igual à adição de parcelas b.
a x b = b + b + b + ... + b
a e b são chamados de fatores e o resultado da multiplicação é o produto.
Similar à operação de adição, a multiplicação possui quatro propriedades fundamentais que regem a
operação. São elas:
1. COMUTATIVA A ordem dos fatores não alteram o produto, ou seja:
axb=bxa 3 x 4 = 4 x 3 = 12

2. ELEMENTO NEUTRO Existe um número, tal que qualquer número real multiplicado por ele é
sempre o próprio número, ou seja:
ax1=a 1x5=5
O número neutro é denominado de um (1).
3. ASSOCIATIVA A associação de dois fatores sempre resultará em um mesmo produto, ou seja:
(a x b) x c = a x (b x c) (2 x 4) x 5 = 2 x ( 4 x 5) = 40

4. DISTRIBUTIVA A multiplicação de números somados ou subtraídos seguem a seguinte regra:


a x ( b + c)= (a x b) + (a x c) 3 x ( 4 + 3) = (3 x 4) + (3 x3) = 21
a x ( b – c)= (a x b) – (a x c) 5 x (5 – 2) = (5 x 5) – (5 x 2) = 15

CURIOSI O número zero (0), quando utilizado como fator da multiplicação, resulta na anulação
DADES do produto, ou seja: 45 x 5 x 34 x 0 x 23 = 0

Exemplo:
Uma mineradora produz 40 quilos de ouro em uma semana de trabalho. Quantos quilos de ouro essa
mineradora produz em um ano? Considere que cada mês tem 4 semanas.
»» Sabe-se que o ano possui 12 meses e cada mês tem 4 semanas. Sendo assim:
12 x 4 = 48
»» Então, o ano tem 48 semanas.
»» Se em cada semana a mineradora produz 40 quilos de ouro, temos:
40 x 48 = 1920
»» Logo, a mineradora produz 1920 quilos de ouro por ano.
FUNDAMENTOS DE MATEMÁTICA
20

• O minério de ferro está sendo vendido no mercado internacional por um valor de R$ 200,00 a
tonelada. Se uma mineradora vende 100 toneladas por semana, qual o seu lucro bruto no final do
mês? Assuma que o mês tem quatro semanas.
»» Sabendo que a mineradora vende 100 toneladas por semana e em um mês vende:
100 x 4 = 400 toneladas
»» Se cada tonelada é vendida por R$ 200,00, temos:
400 x R$ 200 = 80 000
»» Essa mineradora fatura R$ 80.000,00 por mês.

2.1.4 DIVISÃO

A operação fundamental da divisão está presente em várias ações de nosso cotidiano. Para facilitar seu
entendimento, analise o seguinte caso:
• Nove amigos foram em um bar e consumiram várias comidas e bebidas distintas. No final da noi-
te, quando todos já estavam satisfeitos, o garçom trouxe a conta de R$ 828,00. Como cada um
dos amigos consumiu mais ou menos a mesma quantidade de refeição, quanto cada um deles
deverá pagar?
Para respondermos a essa pergunta, o primeiro passo é entender que cada um dos nove amigos deverá
pagar a mesma quantia.
Então, observe a Figura 2:

82-81=1 82-81=1
82’8 9 82’8 9
- 81 9x9=81
- 81 9x2=18
9 92
1 18
18 18-18=0
0
Figura 2 -  Divisão
Fonte: SENAI/MG, 2017.

A mesma operação pode ser representada da seguinte forma:


828 = 92
9
Portanto, cada amigo deverá pagar R$ 92,00 para o bar. A soma das partes que cada um pagou será o
total da conta R$ 828,00.
Cada posição da operação de divisão feita anteriormente possui um nome específico, conforme mostra
a Figura 3 a seguir.
2 MATEMÁTICA BÁSICA
21

828 9
81 92
18
18
0
Figura 3 -  Nome específico de cada número que compõem uma operação de divisão
Fonte: SENAI/MG, 2017.

As operações de divisão podem ser classificadas em: exata ou não exata. Para as divisões exatas, o resto
(R) da operação deve ser sempre zero. Se o resto for qualquer número diferente de zero, a divisão é definida
como não exata.

FIQUE O dividendo da operação de divisão deve ser sempre diferente de zero, ou seja, d ≠0.
ALERTA

Para transformarmos uma operação de divisão não exata para uma operação exata, devemos utilizar
o recurso dos números racionais como quociente da operação. Analise, na Figura 4, o passo a passo da
divisão:

8-5=3 82 5
-5 5x6=30
8’ 2 5 16
32
-5 5x1=5
- 30
1 32-30=2
3 02

82 5 - 82
5
5
5x4=20
-5 16,4
16,
32 - 32
30
- 30
020
Acrescentando o 0 020
é preciso incluir a
vírgula no Quociente
20 20-20=0
0
Figura 4 -  Passo a passo da divisão
Fonte: SENAI/MG, 2017.

Logo, 82 é igual a 16,4, ou seja: 16,4 x 5 = 82


5
Exemplo:
• Um funcionário recebe R$ 300,00 por semana. Quanto vale a hora desse funcionário, sabendo que ele
trabalha 8 horas por dia, de segunda a sexta-feira?
FUNDAMENTOS DE MATEMÁTICA
22

8 x 5 = 40 horas por semana


300 = 7,5
40
Esse funcionário recebe R$ 7,50 por hora de trabalho.
• Uma mineradora extrai 3000 toneladas de minério por mês. Sabe-se que somente 1/5 do minério
possui o mineral de interesse. Quantas toneladas do mineral de interesse são coletadas durante um
semestre?
3000 = 600 toneladas de mineral de interesse por mês
5
6 x 600 = 3600 toneladas de mineral de interesse por semestre

2.2 RAZÃO E PROPORÇÃO

O estudo da razão está relacionado a uma operação de divisão e o estudo da proporção trata da
comparação entre duas ou mais razões. Observe os exemplos a seguir.

2.2.1 RAZÃO

O Brasil é um dos maiores produtores de minério de ferro do mundo e, nos últimos anos, a produção
média anual desse minério foi de 390 milhões de toneladas.
A partir desse dado, para descobrirmos a quantidade média de minério produzida por mês no Brasil,
usaremos uma ferramenta matemática denominada razão. Sabendo que um ano tem 12 meses, pode-se
afirmar que a quantidade de minério produzida por mês no Brasil é de:

390.000.000
= 32,5 milhões de toneladas/mês
12

390.000.000
Ao escrever , estamos escrevendo a razão entre 39 000 000 e 12. Os números são
12
respectivamente denominados de antecedente e consequente.

390.000.000 - Antecedente
12 - Consequente

Sendo assim, a razão entre dois números, com o denominador diferente de zero, é o quociente da
operação de divisão.
Exemplos:
• Sabe-se que a densidade de um minério é a razão entre a massa do minério e seu volume. Se uma
pilha de minério de ferro possui 10 000 toneladas e um volume de 3125 m3, qual a sua densidade?
2 MATEMÁTICA BÁSICA
23

Massa
D=
Volume

10 000
D= D= 3,2 toneladas/m3
3125

• A densidade populacional pode ser definida como a razão da quantidade de pessoas que habitam
uma região pela área povoada por essas pessoas. Então, imagine uma cidade que ocupa uma área de
100 mil m2 e que possui 140 mil habitantes. Qual a sua densidade populacional?
N° pessoas
Dp=
área

140 000
Dp=
100 000

Dp= 1,4 pessoas/m2


Cabe ressaltar também as razões ditas equivalentes, ou aquelas que representam o mesmo valor:

Ex.: 3 , 6 , 12
4 8 16

Nesse caso 3 é a razão irredutível (forma mais simplificada de escrever a razão).


4

2.2 2 PROPORÇÃO

Analise os desenhos de um mesmo minério de ferro apresentado na Figura 5. Além do fato de serem
semelhantes, o que podemos dizer sobre eles?

Figura 5 -  Minério de ferro


Fonte: SENAI/MG, 2017.

De maneira bastante nítida, um minério possui dimensões maiores do que o outro. Mas vamos aprofundar
mais um pouco. Pegue uma régua e meça a altura e o comprimento do primeiro desenho e, em seguida, faça
o mesmo com o segundo. Agora, calcule a razão entre a altura e o comprimento das duas figuras.
Com isso, descobriremos que as razões da primeira e da segunda imagem são 1 e 3 , respectivamente.
2 6
FUNDAMENTOS DE MATEMÁTICA
24

Nesse contexto, podemos afirmar que esses minérios são equivalentes, ou seja, representam o mesmo valor.

1 3 Se dividirmos o numerador e o denominador por 3 o resultado será 1


= 2
2 6

Ao igualarmos duas ou mais razões equivalentes, o resultado é o que denominamos de proporções.


Para esse caso, dizemos então que 1 está para 2, assim como 3 está para 6.
As proporções possuem uma propriedade fundamental que deve ser respeitada:
• O produto entre os meios é igual aos produtos dos extremos, Figura 6.
a c
=
b d

a c
= axd=bxc
b d
Figura 6 -  Propriedade das proporções
Fonte: SENAI/MG, 2017.

Para o exemplo acima:


1 3
2 = 6 , temos 1x6 = 2x3 = 6
Exemplo:
• Uma empresa fabrica tratores para o segmento de mineração. A mineradora MS Iron Mine encomen-
dou 40 tratores para serem entregues em um curto prazo. A fábrica de tratores, então, começou a
produção em duas plantas distintas, A e B. Se para cada trator produzido na planta A corresponde a
3 tratores produzidos na planta B, quantos tratores cada planta produziu?
Considerando que a planta A produziu uma quantidade a de tratores e a planta B produziu b
tratores, temos:
a + b = 40
a =b
1 3
3a = b
Substituindo o resultado da proporção na primeira equação, temos:
a + b = 40 (como b=3a)
a + 3a = 40
4a = 40
a = 10
Conhecido o valor de a, podemos calcular o valor de b da seguinte maneira:
3a = b (sendo a = 10)
3 x 10 = b
b = 30
Sendo assim, a planta A produziu 10 tratores; e a planta B produziu 30 tratores.
2 MATEMÁTICA BÁSICA
25

2.3 POTENCIAÇÃO

A potenciação pode ser definida como um caso particular da multiplicação quando seus fatores são
todos iguais, por exemplo:
4 x 4 x 4 = 64
O produto dessa multiplicação pode ser expresso da seguinte forma: 43, em que 4 é denominado de
base e refere-se ao fator que está sendo repedido. O número 3 é chamado de expoente e indica a quanti-
dade de fatores da multiplicação. O resultado da operação de potenciação, 64, é denominado de potência.
Exemplos:
• 35 = 3 x 3 x 3 x 3 x 3 = 243
• 72 = 7 x 7 = 49
• 53 = 5 x 5 x 5 = 125
• 24 = 2 x 2 x 2 x 2 = 16
Nas operações que envolvem potências, podemos utilizar algumas propriedades para simplificar os
cálculos.

2.3.1 PROPRIEDADES FUNDAMENTAIS DE POTÊNCIAS

• Para multiplicação envolvendo potências de mesma base, conservamos a base comum e somamos os
expoentes dos fatores indicados:
an x am = a m+n.
Exemplo: 32 x 33 = 33+2 = 35 = 243
• Em uma divisão de potências de mesma base, conservamos a base comum e subtraímos os expoentes
dos fatores indicados:

bn = n - m , com b diferente de zero.


b
bm

Exemplo:
25 = 5 - 3 = 2 =
2 2 4
23

• Para se elevar uma potência a outro expoente, conservamos a base e multiplicamos os dois expoentes,
ou seja:
(cn)m = cn x m.
Exemplo:
(42)3 = 46 = 4096
FUNDAMENTOS DE MATEMÁTICA
26

2.3.2 EXPOENTE IGUAL A ZERO (0)

Qualquer número real, diferente de zero, elevado ao expoente 0 é igual a 1.


A0 = 1, se A ≠ 0, AЄR
Exemplos:
70 = 1
1000 = 1
250 = 1

2.3.3 POTÊNCIAS DE BASE 10

Potências cuja base corresponde ao número 10 são utilizadas para representar variáveis de alto valor
numérico em diversas áreas distintas, principalmente na física, na química e na astronomia.
A distância da Terra ao Sol ou mesmo a massa da Terra, por exemplo, podem ser escritos de maneira
simplificada empregando a potência de base 10.
• Distância Terra ao Sol
150.000.000 km = 150 x 106 km
• Massa da Terra
6 x 1024 kg

2.3.4 EXPOENTE NEGATIVO

Qualquer número real, diferente de zero, elevado a um expoente negativo é igual ao inverso do núme-
ro, elevado ao expoente positivo, ou seja:
1
D-m = ( ) m
D
Exemplos:

5 -2 = ` 5 j = 25
1 2 1

3 -3 = ` 3 j = 27
1 3 1

` 23 j = ` 23 j = 16
81
-4 4

Cabe ressaltar também que um número real elevado a um expoente ímpar resultará em uma potência
de mesmo sinal da base:
(2)3 = 2 x 2 x 2 = 8
(-2)3 = (-2) x (-2) x (-2) = -8
Quando temos um número real elevado a um expoente par, o seu resultado será sempre um número
real positivo.
(3)2 = (3) x (3) = 9
(-3)2 = (-3) x (-3) = 9
2 MATEMÁTICA BÁSICA
27

2.4 REGRA DE TRÊS SIMPLES E COMPOSTA

Agora que já aprendemos os conceitos de razão e proporção, vamos relembrar uma ferramenta muito
importante: A regra de três.

2.4.1 REGRA DE TRÊS SIMPLES


Regra de três simples é um método de cálculo que envolve duas grandezas diretamente ou inversamente
proporcionais para buscarmos soluções de problemas matemáticos.
Você sabe o que são grandezas diretamente ou inversamente proporcionais?
Imagine que você é dono de uma grande siderúrgica e necessita comprar certa quantidade de minério
de ferro. Você perceberá que quanto maior a quantidade de minério a ser comprado maior será o preço.
Então, podemos concluir que a quantidade de minério a ser comprado e o valor a ser pago por esse
minério são duas grandezas que variam de maneira dependente uma da outra, ou seja, são grandezas
diretamente proporcionais.
• Duas grandezas são diretamente proporcionais se o aumento ou a diminuição de uma delas propor-
cionar o aumento ou a diminuição da outra grandeza, na mesma proporção.
Imagine que você trabalha no processo de britagem do minério de ferro. No local, possui um britador
capaz de britar 3000 toneladas de minério em uma hora. Se a empresa comprar mais um britador, em
quantas horas os dois britadores serão capazes de britar 3000 toneladas de minério?
Se você pensou em 30 minutos, parabéns. É isso mesmo! Então, pode-se concluir que o aumento de
britadores para a quantidade fixa de minério leva a diminuição do tempo de britagem, ou seja, são duas
grandezas inversamente proporcionais.
• Duas grandezas são inversamente proporcionais se o aumento de uma delas proporcionar a
diminuição da outra grandeza, na mesma proporção.
Observe os exemplos a seguir e aprenda como montar uma regra de três simples.
Exemplos:
• Três caminhões são capazes de transportar 360 toneladas de minério. Para transportar 720 toneladas
de minério, quantos caminhões serão necessários?
Perceba que três caminhões transportam 360 toneladas de minério
3 360
Então, quantos caminhões serão capazes de transportar 720 toneladas:

3 360
Q 720
Aplicando a regra de três, temos:
360 Q = 3 x 720
360 Q = 2160
Q=6
FUNDAMENTOS DE MATEMÁTICA
28

6 (seis) caminhões serão necessários para transportar 720 toneladas.


• Uma dada siderúrgica comprou 12 000 toneladas de minério, pagando um valor de R$ 2.400.000.
Se essa empresa comprar mais 72 000 toneladas, qual o valor total pago pela compra do minério?

12 000 toneladas 2 400 000 reais pagos


72 000 toneladas R

Aplicando a regra de três simples, temos:


12 000 R = 72 000 x 2 400 000
12 000 R = 172800000000
R = 172800000000
12000
R = R$ 14 400 000
Então, o valor total pago será:
14 400 000 + 2 400 000 = R$ 16 800 000
• 5 homens conseguem construir uma mina subterrânea em 60 dias. Em quantos dias 20 homens, nas
mesmas condições, são capazes de construir uma mina subterrânea?
Perceba que 5 homens constroem a mina em 60 dias. Então, 20 homens devem gastar menos dias para
construir a mesma mina.

5 homens 60 dias

20 homens D

Sendo assim, o tempo e o número de homens são duas variáveis inversamente proporcionais, então:
5 x 60 = 20 x D
20 D = 300
D = 300
20
D = 15

20 homens gastarão 15 dias para construir uma mina subterrânea.


• Para extrair certa quantidade bauxita, foram gastos 15 caminhões de capacidade igual a 38 m3 de
minério de alumínio. Quantos caminhões de capacidade igual a 45 m3 serão gastos para conseguir a
mesma quantidade de bauxita extraída?
Note que 15 caminhões de 38 m3 foram gastos; logo, menos caminhões de 45 m3 devem ser gastos.
2 MATEMÁTICA BÁSICA
29

38 m3 15 caminhões

45 m3 C

Sendo assim, o número de caminhões e o volume são duas variáveis inversamente proporcionais. Veja:
38 x 15 = 45 C
570 = 45 C
C = 12,666666
Logo, serão necessários aproximadamente 13 caminhões para conseguir a mesma quantidade bauxita.

2.4.2 REGRA DE TRÊS COMPOSTA

A regra de três composta é uma ferramenta matemática de cálculo empregada para resolução de pro-
blemas que envolvem mais de duas variáveis. Vamos conhecer?
Imagine que você faz parte de uma equipe de 15 colaboradores que trabalham 9 horas por dia e, nesse
tempo, vocês são capazes de realizar a manutenção em 20 vagões de transporte de minério. E se a empresa
resolvesse diminuir a jornada de trabalho para 6 horas, mas incluísse 3 colaboradores a mais a sua equipe.
Qual seria o número de vagões que passariam por manutenção diária frente a essa nova realidade?
Para resolvermos esse problema, inicialmente devemos determinar quais grandezas são diretamente
ou inversamente proporcionais. Para isso, monte a tabela e agrupe as grandezas de mesma espécie na
mesma coluna.

COLABORADORES VAGÕES HORAS


15 20 9
18 Y 6

O problema trata de uma regra de três composta, pois relaciona três grandezas conhecidas. Para solu-
cionar o problema em questão, vamos avaliar cada grandeza em relação àquela que contém a incógnita,
ou seja, a que tem o Y.
Perceba que, se 15 operários consertam 20 vagões, 18 operários serão capazes de consertar um número
maior de vagões, ou seja, essas duas grandezas são diretamente proporcionais.
Utilizando o mesmo raciocínio, se 20 vagões são consertados em 9 horas, com um tempo menor, 6
horas, menos vagões serão consertados. Sendo assim, elas também são grandezas diretamente propor-
cionais.
Para ficar mais claro, vamos indicar as comparações feitas na tabela por setas. As que estão na mesma
direção indicam grandezas diretamente proporcionais; e setas em sentidos opostos indicam grandezas
inversamente proporcionais.
Nesse caso, todas as setas apresentam o mesmo sentido.
FUNDAMENTOS DE MATEMÁTICA
30

COLABORADORES VAGÕES HORAS


15 20 9
18 Y 6

Para montarmos a proporção correspondente, isolamos a grandeza desconhecida e invertemos as


razões correspondentes às grandezas inversamente proporcionais. Ao anarlisarmos o problema perce-
bemos que todas as grandezas são proporcionais, sendo assim, temos:

20 = 15 9
y 18 x 6
20 = 135
y 108
=
135Y 108x20
135Y = 2160
2160
135
=
Y 16
Portanto, serão consertados 16 vagões.

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Exemplos
• Uma frota de 10 caminhões é capaz de transportar 6000 toneladas de minério de ferro em 6 dias.
Quantos caminhões seriam necessários para transportar a mesma quantidade de minérios em 4 dias?

CAMINHÕES TONELADAS DE MINÉRIO DIAS


10 6000 6
X 6000 4
2 MATEMÁTICA BÁSICA
31

Perceba que um aumento no número de caminhões remete a uma maior quantidade de toneladas de
minério (diretamente proporcional), mas o aumento de caminhões corresponde a um menor número de
dias trabalhados (inversamente proporcional), logo:

CAMINHÕES TONELADAS DE MINÉRIO DIAS


10 6000 6
X 6000 4

Para montarmos a proporção correspondente, isola-se a grandeza desconhecida e inverte as razões


correspondentes às grandezas inversamente proporcionais. Assim, temos:

10 = 6000 4
x 6000 x 6
10 = 24000
x 36000
24000 X = 36000x10
24000 X = 360000
360000
X = 24000

X = 15

Serão necessários 15 caminhões.


• Em 15 dias 2 britadores são capazes de reduzir as partículas de 3000 toneladas de minério. Quantos
dias serão necessários para que 5 britadores consigam reduzir as partículas de 1000 toneladas?
O aumento da quantidade de britadores proporciona uma diminuição no tempo de britagem e no au-
mento das toneladas produzidas, então:

BRITADORES DIAS TONELADAS


2 15 3000
5 x 1000

15 = 5 3000
x 2 x 1000
15 = 15000
x 2000
15000X = 30000
30000
X = 15000

X=2
FUNDAMENTOS DE MATEMÁTICA
32

Serão gastos 2 dias para britar 1000 toneladas com 5 britadores.

Saiba mais sobre a regra de três composta, estudando o livro:


SAIBA
MAIS IEZZI, Nelson; DOLCE, Osvaldo; DEGENZAJN, David; PÉRIGO, Roberto. Matemática.
Volume Único. Atual. São Paulo, 2002.

2.5 PORCENTAGEM

Em seu cotidiano, uma palavra bastante falada nos meios de comunicação é a PORCENTAGEM. Para
compreender melhor o fundamento dessa palavra, considere um grupo de 100 pessoas em que 53 são
homens.
A razão entre o número de homens e o número total de pessoas é de 53 . Essa mesma razão pode
100
ser representada pela seguinte forma: 53% (lê-se 53 por cento). Nesse caso, a razão centesimal pode ser
chamada de porcentagem.
Portanto, 53% = 53 = 0,53
100
A expressão por cento vem do latim per centum, que quer dizer por um cento, ou seja, um número
dividido por cem. O símbolo % representa a expressão “por cento”.
Exemplo:
• Uma mineradora abriu um processo seletivo para uma vaga de nível técnico. Dos 35 candidatos
que tentaram a vaga, somente 28 foram selecionados para a segunda fase dos testes. Qual a
porcentagem de candidatos que foram para segunda fase do processo seletivo?
A razão entre o número de candidatos e o número de aprovados para segunda etapa foi de 28/35. Para
descobrir a porcentagem dessa razão, vamos dividir o numerador pelo denominador:
28 = 0,8
35
0,8 = 80 ou
100
80% foram para a segunda fase do processo seletivo.
• Uma mineradora notou que o minério de ferro extraído possuía 65% de impurezas. Em uma tonelada
de minério extraída, quanto de ferro é retirado?
Se 65% do minério corresponde a impurezas, 35% representa a porcentagem de ferro. Sabendo que
uma tonelada é igual a 1000 kg, temos:
1000kg 100%
M 35%
1000 x 35 = 100 M
M = 35000
100
2 MATEMÁTICA BÁSICA
33

M = 350 kg de ferro em uma tonelada de minério.


• Uma mineradora extrai 10.000 toneladas de minério de ferro por mês. Se a mineradora aumentar sua
capacidade em 8%, quanto de minério ela irá extrair?
Para resolver essa questão, podemos usar novamente a regra de três simples, em que:
10000 ton 100%
X 108%
100X = 10000 x 108
X = 1080000
100
X = 10800 toneladas de minério extraídos.

CASOS E RELATOS

Investigando o processo com o auxilio da matemática


Nos últimos meses a equipe de manutenção da empresa MinasMais SA, fabricante de calcário
dolomítico e calcítitico do estado de Santa Catarina, identificou a diminuição da vida útil de vários
itens que compõem o conjunto das correias transportadoras (rolos, tambores e correia). Falhas
estruturais também foram levantadas, como empenamento dos apoios, das treliças e dos suportes.
Para identificar os prováveis motivos do problema uma equipe técnica foi recrutada. No primeiro
momento a equipe relatou que para atender a uma nova demanda, a produção foi aumentada.
Entretanto, nenhum cálculo, para a verificação da capacidade dos transportadores de correia para
a mudança operacional, foi realizado. Provavelmente o motivo do problema tinha sido encontrado:
excesso de material.
Para ter certeza que esse era o verdadeiro motivo do problema, a equipe realizou um método
prático, por meio de medições simples e com auxílio da matemática básica, foi possível medir a
capacidade de material que estava sendo transportado e compar com a capacidade de projeto do
transportador.
Para aplicação desse método foi preciso apenas pesar o material que estava em um metro do
comprimento do transportador e medir a velocidade da correia. Todas as medidas de segurança
foram tomadas para que método fosse aplicado. Na primeira fase: o transportador foi parado
(Bloqueio elétrico); um metro da correia foi medido; o material presente nesse comprimento (um
metro de correia) foi coletado e pesado. O resultado da pesagem foi de 230 kg de material em um
metro de correia.
FUNDAMENTOS DE MATEMÁTICA
34

O segundo estágio do método foi a medida da velocidade de trabalho da correia . Essa etapa foi
feita com o auxilio de um equipamento chamado tacômetro, um instrumento eletrônico capaz
de medir a velocidade de um transportador. Com o transportador em movimento a parte móvel
do tacômetro foi colocada sobre a superfície da correia; a leitura da velocidade foi feita na tela do
equipamento. O resultado dessa etapa foi: 1,2 m/s (metros por segundo).
Com os resultados da pesagem e da velocidade de trabalho em mãos o seguinte cálculo foi
realizado:
Capacidade (C) = 3,6 x Pesagem (P) x Velocidade (V).
Logo:
C = 3,6 X 230kg X 1,2 m/s C = 993,6 t/h (toneladas por hora).
A capacidade medida foi de 993,6 t/h. Com essa informação, por meio de comparação, comprovou-se
o excesso de material nas correias, uma vez que, a capacidade projetada dos transportadores da planta
é de 850 t/h.
A partir desse resultado um conjunto de ações foi aplicado na solução do problema, incluindo
medidas para que esse tipo de erro não volte a acontecer.

RECAPITULANDO

Neste capítulo, estudamos os fatos fundamentais da matemática: a soma, a subtração, a multi-


plicação e a divisão.
Vimos os conceitos da razão e da proporção, da regra de três simples e composta e compreendemos
a potenciação assim como suas propriedades.
Enfim, vimos que as ferramentas matemáticas são utilizadas para descobrir o valor, buscando a
veracidade dos fatos por meio de técnicas precisas e exatas.
Vamos em frente!
Estatística

Após o estudo de algumas ferramentas básicas da matemática, iremos aprender os con-


ceitos de estatística.
Você já deve ter escutado notícias no rádio, na televisão ou na internet em que “a taxa de
desemprego está acima dos 15%”, que “menos de 5% dos brasileiros possui o hábito de ler
jornal diariamente”, ou mesmo que “o candidato à presidência Fulano de Tal tem mais de 45%
das intenções de votos”.
Mas, como é possível entrevistar toda a população brasileira para saber a porcentagem de
desempregados, de leitores e de intenções de votos?
Neste capítulo, iremos aprender que não é necessário entrevistar toda população brasileira
para obter uma determinada conclusão de um assunto qualquer. Alcançar esse tipo de conclu-
são é o objetivo da estatística.
Nesse contexto, quando uma mineradora afirma que em uma mina possui 75% de minério
de ferro, esse resultado é fruto de cálculos estatísticos.
Sendo assim, ao final dos seus estudos, você compreenderá que a estatística pode ser en-
tendida como um método de estudo de dados coletivos, cujas conclusões são traduzidas em
resultados numéricos.
Então, vamos conhecer melhor está esplêndida ferramenta, estudando todo conteúdo a seguir!
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FUNDAMENTOS DE MATEMÁTICA
38

3.1 COLETA DE DADOS (AMOSTRAGEM)

Uma mineradora possui uma frota de 14 caminhões que são utilizados para transportar o minério da
mina para ser beneficiado. Você é o técnico responsável por anotar a quantidade de minério de cada um
dos caminhões.

CAMINHÃO PESO (TON.) CAMINHÃO PESO (TON.)


1 120 8 120
2 118 9 115
3 117 10 116
4 121 11 117
5 116 12 118
6 119 13 119
7 121 14 121

Tabela 1 - Quantidade de minério em toneladas, transportada por cada caminhão


Fonte: SENAI/MG, 2017.

A coleta desses dados é denominada população estatística. Essa população pode ser definida como
conjunto de elementos que oferecem dados relevantes ao assunto estudado.
Quando a população estatística é muito vasta ou quando não se é possível a coleta de todos os elemen-
tos de uma população, retira-se desse universo um subconjunto chamado amostra.
Dessa forma, quando se deseja saber o teor de minério de ferro de uma mina, devem ser retiradas amos-
tras da região em análise e, em seguida, encontrar o teor de minério de ferro da mina.

3.2 GRÁFICOS ESPECÍFICOS/HISTOGRAMAS

Você já deve ter observado, em várias áreas do conhecimento, a apresentação de dados na forma de
ilustrações ou mesmo na forma de linhas dispostas em um plano. Essas ilustrações, que exibem conjuntos
de dados, são denominadas de gráficos.
Os gráficos são instrumentos de análise e interpretação de um conjunto de dados numéricos. A rápida
absorção e interpretação dos resultados dos valores estudados fazem dos gráficos uma importante ferra-
menta para diversas áreas da engenharia, saúde, mineração, política, economia, agricultura etc.
Neste tópico, estudaremos quatro principais representações gráficas:
• Gráfico de Setores ou Pizza;
• Gráfico de Barras – Verticais ou Horizontais;
• Histograma;
• Gráfico em Linhas.
3 ESTATÍSTICA
39

3.2.1 GRÁFICO DE SETORES OU PIZZA

Para explicar esse tipo de gráfico vamos imaginar que no ano de 2015, o Brasil tenha sido o décima
terceira maior produtor de ouro do mundo, produzindo 66 toneladas desse mineral. Dessa quantidade
produzida, para as empresas fictícias (Alfa, Beta e Gama), a mineradora Alfa era responsável por 29%, a
Beta era responsável por 22%, Gama produziu 17% e outras empresas correspondem a 20% da produção
brasileira de ouro.
O gráfico de setores é uma forma de representar os dados da produção de ouro no nosso país naquele
ano. O círculo é dividido em diferentes partes e os ângulos devem ser proporcionais às quantidades de
ouro produzido por cada mineradora.
O gráfico de setores, também conhecido como gráfico de “pizza”, é utilizado para comparar o valor de
cada parcela com o valor total da variável.

EMPRESAS PRODUTORAS DE OURO NO BRASIL

32% 29% ALFA


BETA
GAMA
OUTRAS MINERADORAS
17% 22%

Figura 7 -  Empresas fictícias produtoras de ouro no Brasil


Fonte: SENAI/MG, 2017.

Exemplo:
• Utilizando a Figura 7, e sabendo que o Brasil produziu, no ano de 2011, 66 toneladas de ouro, quantas
toneladas foram produzidos pela mineradora Beta?
Utilizando a regra de três, podemos encontrar a quantidade de ouro produzida pela mineradora.

66 toneladas 100%
Ton 22%
100 Ton = 22 x 66
100 Ton = 1452
1452
100
Ton = 14,52 toneladas de ouro
FUNDAMENTOS DE MATEMÁTICA
40

3.2.2 GRÁFICOS DE BARRAS

Para entendermos o gráfico de barras, vamos avaliar um exemplo hipotético, Tabela 2, da produção
anual de uma grande mineradora que chamaremos de X.

PRODUÇÃO ANUAL DE MINÉRIO DE FERRO


ANO QUANTIDADE (x106 Ton)
2012 309,0
2013 299,8
2014 319,2
2015 345,9
Tabela 2 - Produção anual de minério de ferro
Fonte: SENAI/MG, 2017.

Uma forma de representar os valores anuais da produção de minério de ferro da mineradora em ques-
tão, é por meio do gráfico de barras, podendo ser no formato vertical ou horizontal, como mostram as
Figuras 8 e 9.

MINÉRIO DE FERRO PRODUZIDO PELA MINERADORA X


350
340
330
2012
TONELADA (x106)

320
2013
310
2014
300
290
2015
280
270
2012 2013 2014 2015

ANO

Figura 8 -  Gráfico de barras verticais


Fonte: SENAI/MG, 2017.

2015

2014
ANO

2013

2012

270
2012
280
2013
300 2014
TO
N EL
AD 320 2015
A( 340
x10 6
)
360

Figura 9 -  Gráfico de barras horizontal


Fonte: SENAI/MG, 2017.
3 ESTATÍSTICA
41

FIQUE Devemos estar sempre atentos as siglas utilizadas para representar as unidades de
medidas, pois, o não entendimento delas pode gerar problemas operacionais e até
ALERTA acidentes.

3.2.3 HISTOGRAMA

Um tipo de representação gráfica bastante semelhante ao gráfico de barras verticais é o histograma.


Esse tipo de gráfico, em geral, é usado para representar os valores de uma variável quantitativa qualquer
em classes de intervalos determinados.
Para compreender melhor o histograma, veja a produção de minério de ferro da empresa X em 2014,
disposta nos gráficos 8 e 9. Para facilitar uma estimativa da sua produção anual, a empresa coleta, a cada 3
meses, a quantidade de minério produzida.
Observe a produção de minério de ferro da Mineradora X nos quatro trimestres do ano de 2014, Tabela 3.

TRIMESTRE QUANTIDADE (x106 Ton)


1° 71,1
2° 79,4
3° 85,7
4° 83,0
Tabela 3 - Produção de minério de ferro da Vale referente ao ano de 2014

A representação gráfica desses valores pode ser apresentada no histograma (Figura 10), a seguir.

90 85,7
79,4 83,0
80
71,1
70
60
TONELADA (x106)

50
40
30
20
10
0
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dec
Meses

Figura 10 -  Produção de minério de ferro trimestral da Mineradora X


FUNDAMENTOS DE MATEMÁTICA
42

3.2.4 GRÁFICO DE LINHAS

Segundo o Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), as substâncias minerais mais consumidas no


mundo são os agregados minerais para a construção civil, basicamente, a areia e a pedra britada.
O setor de agregados minerais é caracterizado por conter uma grande solicitação associada a baixo
custo relativo, principalmente à areia e brita, que atende a demanda da sociedade moderna e urbanizada,
tais como: construções de edifícios e casas, de saneamento, construção de rodovias, de ferrovias etc.
Para você entender melhor o potencial do mercado de agregados da construção civil, analise a estimativa
de sua produção anual apresentada em forma de gráfico de linhas na Figura 11.

900
807
800 768
731
695
700 666
637
610
600 583
529
TONELADA (x106)

509
489
500 451
469
445
425
390
400 358
316 331
300 273 281

200

100

0
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022
Ano

Figura 11 -  Produção anual de agregados minerais do Brasil


Fonte: SENAI/MG, 2017.

Você deve ter observado que cada ano está associado a um valor de produção de agregados minerais,
que resulta em um ponto no gráfico. Ao unir esses pontos por segmentos de reta, obtemos o chamado
gráfico de linhas.
Esse tipo de gráfico é extremamente útil quando se deseja representar uma variável em que os valores
variam no decorrer do tempo de maneira contínua.

FIQUE O nosso país está entre os cinco piores quando o assunto é estatística de acidente
do trabalho no mundo. Mudar essa realidade é dever de todos, por isso, informe-se
ALERTA quanto ao trabalho seguro e não faça parte desses números.

3.3 PROBABILIDADE

Quando jogamos uma moeda para o ar, ao cair no chão, ela poderá apresentar a face “cara” ou “coroa”
voltada para cima, conforme pode-se observar na Figura 12. Mas qual a real chance de cada um desses
eventos ocorrer?
3 ESTATÍSTICA
43

@istockphoto.com/EvilWata
Figura 12 -  Moeda representando “Cara e Coroa”

Para aprendermos a calcular esse e outros eventos, iremos estudar a teoria da probabilidade.
Ao considerar um experimento aleatório, como lançar um dado de seis faces, o conjunto de todos os
prováveis resultados é chamado de espaço amostral e pode ser indicado pela letra grega ômega (Ω).
No dado, como mostrado na Figura 13, o Ω é definido como: Ω= {1, 2, 3, 4, 5, 6}

@istockphoto.com/AlexLMX

Figura 13 -  Faces do dado

Indicamos o número total de elementos dentro de um espaço amostral como sendo n (Ω).
Dentro dos possíveis valores encontrados em um simples lançamentos de dados, o conjunto dos
resultados que lhe interessam é: P= {5, 6}. Esse subconjunto formado pelos valores desejados por você é
denominado evento de Ω.

3.3.1 PROBABILIDADES EM ESPAÇOS AMOSTRAIS EQUIVALENTES

Considere um espaço amostral Ω, formado por k pontos amostrais:


Ω = {a1, a2, a3, a4, ..., ak}
A probabilidade de cada um desses pontos amostrais ocorrer é definida como a probabilidade do even-
to, “pi”. Em que “i” pode assumir qualquer ponto amostral.
FUNDAMENTOS DE MATEMÁTICA
44

Se considerarmos que cada ponto amostral tem a mesma probabilidade de ocorrer, definimos o espaço
amostral como sendo equiprováveis. Assim, se p é a probabilidade de ocorrência de cada um dos valores
amostrais, pode-se definir que:
1
p=
K
Se lembrarmos do lançamento de um dado, a probabilidade de o resultado ser qualquer uma das faces
é de 1/6. Contudo, para calcularmos a probabilidade de um evento “E” formado por vários pontos amostrais
é dado por:
1 1 1 1
p= + + +...+
K K K K
Nesse contexto, se você desejar que o valor do lançamento de dado seja sempre maior que 4, a proba-
bilidade de isso ocorrer é:
1 1
p= + p= 1 + 1 p= 2 p= 1
K K 6 6 6 3
Exemplos:
• A empresa em que você trabalha sempre sorteia uma viagem para o exterior no final do ano. Sabendo
que todos os empregados podem participar e que a empresa tem 40 empregados, qual a chance de
você ser sorteado para a viagem?
Veja:
Ω = { 1, 2, 3, 4, 5, 6, ..., 40}
n(Ω) = 40
Então, a probabilidade de você ser sorteado é de:
p = 1/40 = 0,025 = 2,5%
• Seu amigo está sorteando uma rifa para a formatura. A rifa consta de 49 cupons, numerados de 1 a 49.
Para ajudá-lo, você decidiu comprar todas as rifas múltiplas de 6. Qual a chance de você ser sorteado?
Nesse caso:
Ω = { 1, 2, 3, 4, 5, 6, ..., 49}
Os números escolhidos por você são:
E = {6,12, 18, 24, 30, 36, 42 e 48}
Sendo assim, sua probabilidade de ganhar é:
1 1 1 1 1 1 1 1
p= + + + + + + +
K K K K K K K K
p= 1 + 1 + 1 + 1 + 1 + 1 + 1 + 1
49 49 49 49 49 49 49 49
p= 8
49
p= 8 p = 16,32%
49

CURIOSI O conceito de probabilidade surgiu no século XVII com o desenvolvimento da teoria


das probabilidades, proposta por Blaise Pascal e Pierre de Fermat, que surgiu com
DADES os estudos dos jogos de azar.
3 ESTATÍSTICA
45

3.4 MEDIDAS DE CENTRALIDADE

O próximo tópico a ser abordado é o conceito de medidas de posição, tais como:


• Média Aritmética ou Ponderada;
• Moda;
• Mediana.

3.4.1 MÉDIA ARITMÉTICA

Imagine 5 partículas de minério de diâmetros iguais a: 2mm; 2,35mm; 2,5mm; 2,75mm e 2,45mm.
Se todas as partículas fossem do mesmo tamanho, qual seria o diâmetro delas?
O diâmetro das partículas é a razão entre as somas dos diâmetros individuais de cada uma delas, dividida
pelo número de partículas relacionadas.

2 + 2, 35 + 2, 5 + 2, 75 + 2, 45
= 2, 41mm
5

O resultado da operação, 2,41 mm, é denominado de média aritmética. Podemos entender a média
aritmética, de dois ou mais valores de uma mesma variável, como sendo o valor de cada uma delas se todas
fossem iguais.
A média aritmética dos números X1, X2, X3, X4,..., Xn, indicado por X , é dado por:

X1 + X2 + X3 + X4 + ... + Xn
X= n

ou

/ n
i =1
Xi
X = n

Exemplos:
Numa mineradora, um diretor, um supervisor, e um operador de máquinas pesadas possuem salários
de R$ 10 000,00, R$ 5 600,00 e R$ 3 250,00, respectivamente. Qual é o salário médio desses funcionários da
mineradora?

10000 + 5600 + 3250


X = 3
X = R$6.283, 33
FUNDAMENTOS DE MATEMÁTICA
46

3.4.2 MÉDIA ARITMÉTICA PONDERADA

Um tipo bem clássico de média aritmética é a ponderada. Você conhece esse tipo de média?
Considere que em um laboratório existam 10 silos para armazenamento de certo aditivo utilizado na
produção mineral, e a capacidade dos silos são, respectivamente:
• 5 silos de 4 litros de aditivo
• 3 silos de 2 litros de aditivo
• 2 silos de 5 litros de aditivo
Qual a média de aditivos presentes nos silos desse laboratório?
A quantidade de aditivos de cada silo seria a razão da quantidade total de aditivos pelo número total
de silos.

^5x4h + ^3x2h + ^2x5h


X = 10

X = 3,6 litros de aditivos

O resultado de 3,6 é chamado de média aritmética ponderada dos litros de aditivos 4L, 2L e 5L, com
pesos de 5, 3 e 2, respectivamente.
A média aritmética ponderada dos números X1, X2, X3, X4,..., Xn com pesos P1, P2, P3, P4, ..., Pn, respectivamente,
é dada por:

^X1P1h + ^X2P2h + ^X3P3h + ^X4P4h + ... + ^XnPnh


X =
P1 + P2 + P3 + P4 + ... + Pn

ou

/ n
i= 1
XiPi
X =
/ n
i=1
Pi

Exemplos:
• Numa mineradora, dez operários têm um salário base de R$ 2000,00 mensais; doze recebem
R$ 1500,00 e oito operários têm salário de R$ 930,00 mensais. Qual é o salário médio desse operário?

^10x2000h + ^12x1500h + ^8x930h


X =
10 + 12 + 8

X = R$1514, 67
3 ESTATÍSTICA
47

• Em uma amostra de minério de ferro, 6 partículas possuem entre 3 e 3,5 mm de diâmetro, 4 partículas
de minério possuem de 2,5 a 3 mm, 8 partículas possuem de 2 a 2,5 mm e 7 partículas de minério
possuem de 1,5 a 2mm. Qual será o diâmetro médio das partículas analisadas?
Realize a média individual de cada classe de diâmetro.
3,0 – 3,5 mm

^3 + 3, 5h = 3,25mm
2

2,5 – 3,0 mm
^2, 5 + 3h = 2,75 mm
2

2,0 – 2,5 mm
^2, 0 + 2, 5h
= 2,25 mm
2

1,5 – 2,0 mm
^1,5 + 2, 0h
= 1,75 mm
2

Encontrando a média de cada classe, utilizaremos a média ponderada para encontrarmos a média das
partículas, que será:

^6x3, 25h + ^4x2, 75h + ^8x2, 25h + ^7x1, 75h


X =
6+4+8+7

X = 2, 43mm

O diâmetro médio para as partículas de minério seria de 2,43 mm.

3.4.3 MEDIANA

O níquel é um metal bastante empregado na produção de aços inoxidáveis e de superligas, tais como
inconel e ligas de cromoníquel. O níquel pode ser encontrado em pequenas quantidades na crosta terres-
tre em áreas bem definidas.
As reservas de níquel estão apresentadas na Tabela 4. Percebe-se que o país que contém a maior reserva
desse elemento é a Austrália.
FUNDAMENTOS DE MATEMÁTICA
48

PAÍS RESERVAS (T)


Rússia 6.000.000
Indonésia 3.900.000
Austrália 24.000.000
Canadá 3.700.000
Filipinas 1.100.000
Nova Caledônia 7.100.000
China 3.000.000
Colômbia 1.600.000
Brasil 6.700.000
África do Sul 3.700.000
Botswana 490.000
Tabela 4 - Reservas de níquel na crosta terrestre

Sejam x1 ≤ x2 ≤ x3 ≤ ... ≤xn os n valores ordenados de uma variável X, a mediana, indicada por Me, é o
valor central desse conjunto de valores.
Para que você possa entender melhor o conceito de mediana, observe os valores de reserva de níquel
da Tabela 4. Coloque todos os números de reserva em ordem crescente. Observe:
490.000 – 1.100.000 – 1.600.000 – 3.000.000 – 3.700.000 - 3.700.000 -3.900.000 – 6.000.000 – 6.700.000
– 7.100.000 – 24.000.000.
A mediana é o valor central dessa sequência, ou seja, o número de observações menores ou iguais a ela
é o mesmo do número de observações maiores ou iguais ela.
Sendo assim, a mediana no exemplo acima é igual a:
Me = 3.700.000 toneladas de reserva de níquel

3.4.4 MODA

A moda dos valores de uma variável qualquer, representada por Mo, é considerada como o conjunto de
ocorrências mais frequentes entre os valores observados. Ao analisar os valores da Tabela 4, percebemos
que o número de maior frequência é:
Mo = 3.700.000

3.4.5 MEDIDAS DE DISPERSÃO

Para preencher uma vaga de técnico, o departamento de recursos humanos de uma mineradora
realizou vários testes com os candidatos que foram selecionados: Amanda e Bernardo.
A Tabela 5 mostra o desempenho de cada um dos dois candidatos nas provas objetivas realizadas.
3 ESTATÍSTICA
49

CANDIDATOS
ASSUNTO
Amanda Bernardo
Conhecimentos de Informática 8,5 9,5
Conhecimento de Mineralogia 9,5 9,0
Conhecimento em Beneficiamento de minério 8,0 8,5
Conhecimento em Geologia 7,0 8,0
Conhecimento em Desenvolvimento de Mina e Lavra 7,0 5,0
Tabela 5 - Desempenho de cada um dos dois candidatos nas provas objetivas realizadas
Fonte: SENAI/MG, 2017

Os candidatos obtiveram a mesma nota média, igual a 8. Então, como proceder, cientificamente, para
escolher o candidato que obteve o melhor desempenho nessas avaliações?
Os desempenhos dos dois candidatos podem ser feitos por meio de ferramentas estatísticas que
calculam as medidas de dispersão: a variância e o desvio padrão.

Variância (σ2)

Uma medida que indica o afastamento dos elementos de uma amostra, em relação ao valor de sua
média aritmética, é a variância, representada por σ2. Essa medida pode ser definida como a média entre os
quadrados dos desvios dos elementos da amostra, ou seja:

2
/ n
i=1
(Xi - x) 2
v = n

(X1 - x) 2 + (X 2 - x) 2 + (X 3 - x) 2 + ... + (X n - x) 2
v2 = n
Considerando as notas dos dois candidatos, tem se:

(8,5 - 8) 2 + (9, 5 - 8) 2 + (8 - 8) 2 + (7 - 8) 2 + (7 - 8) 2
v2 (Amanda) = 5

(0, 5) 2 + (1, 5) 2 + (0) 2 + (- 1) 2 + (- 1) 2


v2 (Amanda) = 5
= 0,9

(9,5 - 8) 2 + (9 - 8) 2 + (8, 5 - 8) 2 + (8 - 8) 2 + (5 - 8) 2
v2 (Bernardo) = 5
(1, 5) 2 + (1) 2 + (0, 5) 2 + (0) 2 + (- 3) 2
v2 (Bernardo) = 5
= 2,5

Como o valor da variância (σ2) das notas da Amanda é menor que as do Bernardo, conclui-se que
Amanda teve um desempenho nas provas mais regular.
FUNDAMENTOS DE MATEMÁTICA
50

Desvio Padrão

Alguns inconvenientes podem surgir com os valores da variância que dificultam a interpretação dos
resultados. Por exemplo, se os elementos da amostra representam a distância de um ponto ao outro em
metros (m), a variância representará o resultado em metros quadrados (m2).
Por causa de dificuldades como essa, foi criado o desvio padrão, representado como σ. O desvio padrão
é caracterizado por ser a raiz quadrada da variância.
Calculando o desvio padrão das notas dos candidatos citados anteriormente, temos:

v = v2
v (Amanda) = 0,9 = 0,948
v (Bernardo) = 2, 5 = 1, 581
Como o desvio padrão (σ) das notas de Amanda é menor que o desvio padrão (σ) das notas de Bernardo,
pode-se concluir que Amanda teve um desempenho nas provas mais regular (mais próximo da média) do
que Bernardo.

SAIBA Aprofunde seus conhecimentos em medidas de dispersão, estudando o livro:


MAIS PAIVA, Manoel. Matemática. Volume único. Moderna. São Paulo, 2007.

CASOS E RELATOS

A importância da estatística no processo


No ano de 2011 a Terra Mineração SA, localizada no interior de Minas Gerais, anunciou a suspen-
são de suas operações de extração de ouro na região. A empresa, atuou por mais de 4 anos e, a
paralisação das atividades gerou a demissão de mais de 150 funcionários diretos e 90 indiretos.
O motivo da paralisação das atividades está no erro relacionado ao método estatístico associado
à prospecção. Nos primeiros seis anos, a empresa estimava retirar 874,584 mil toneladas de mi-
nério, com teor médio de 6,02 gramas de ouro por tonelada, o que significaria extrair, no período
de lavra, 5.265 quilos de ouro. Entretanto, nos 4 primeiros anos de operação a empresa produziu
49% do estimado.
Segundo a mineradora os métodos estatísticos empregados para análise dos dados geofísicos
e da quantificação de teores de minério aurífero formam precipitados. A empresa destacou
que a decisão de paralisação das atividades foi uma decisão difícil, mas depois de novos es-
tudos, com aplicação de métodos estatísticos corretos, não há viabilidade econômica para o
empreendimento.
3 ESTATÍSTICA
51

RECAPITULANDO

Você aprendeu neste capítulo alguns conceitos da estatística e as definições sobre população
e amostra, conhecimentos que são fundamentais para organizar e analisar fenômenos que
necessitam ser estudados durante todo o curso.
Vimos o conceito de vários tipos de gráficos, que são ilustrações que armazenam um conjunto
de dados matemáticos.
Estudamos os conceitos de probabilidade e as medidas de centralidade. Aprendemos também
que a média é um valor extremamente importante de um conjunto de dados e que esse valor
pode ser utilizado para representar todo o conjunto.
Por fim, estudamos as medidas de dispersão e a importância delas para complemento dos
valores da média.
Vamos continuar os estudos!
Unidades de medida

Depois de aprender os conceitos da estatística e dos fundamentos básicos da matemática,


iremos estudar os sistemas de medida e, a partir deles, aprenderemos a mensurar o compri-
mento, a área e o volume.
• Em nosso cotidiano, sempre temos que responder a perguntas, como:
• Qual a distância de sua casa à escola?
• Qual a capacidade desta garrafa térmica?
• Qual o tamanho desse terreno?
Essas situações do dia a dia podem ser respondidas empregando as unidades de medida.
No Brasil, adota-se o sistema métrico, cuja unidade fundamental é o metro (m). Nesse contexto,
aprenderemos os múltiplos e os submúltiplos dessa unidade fundamental.
Você irá estudar as medidas de comprimentos, as medidas de superfície e as medidas de
volume.
Quando pensamos nas perguntas feitas anteriormente, a distância da sua casa até a escola é
uma medida de comprimento; a capacidade da garrafa é uma medida de volume; e o tamanho
do terreno é uma medida de superfície.
Estudaremos também uma das principais unidades do sistema inglês, a polegada. Apren-
deremos a maneira de converter a unidade de polegadas para as unidades do sistema métrico.
Então, venha navegar nesta imensidão de informações!
@istockphoto.com/PavelRodimov
FUNDAMENTOS DE MATEMÁTICA
54

4.1 SISTEMA MÉTRICO DECIMAL

Para iniciarmos nosso estudo, devemos lembrar que medir uma grandeza significa compará-la com
outra medida da mesma espécie, ou seja, comparamos sempre a mesma unidade de medida.

Unidade de Comprimento

O metro (m) é a unidade fundamental do comprimento. Unidades maiores e menores a essa uni-
dade fundamental também foram criadas e denominadas como múltiplos e submúltiplos do metro,
respectivamente.

FIQUE O Sistema Internacional de Unidades utiliza o metro como unidade fundamental de


ALERTA comprimento.

@istockphoto.com/PavelRodimov

Os nomes dessas unidades de múltiplos e submúltiplos apresentam um prefixo que indica o número de
vezes que ela é maior ou menor do que o metro.
O Quadro 1 a seguir mostra os múltiplos e submúltiplos do metro.

VALOR NOME SÍMBOLO


1000 vezes o metro Quilômetro km
100 vezes o metro Hectômetro hm Múltiplos do Metro
10 vezes o metro Decâmetro dam
1 vezes o metro Metro m Unidade Fundamental
1/10 do metro Decímetro dm
1/100 do metro Centímetros cm Submúltiplos do Metro
1/1000 do metro Milímetro mm
Quadro 1 - Múltiplos e submúltiplos do metro
Fonte: SENAI/MG, 2017.

Para mudarmos uma unidade para outra, devemos deslocar a vírgula, para direita, quando for de uma
unidade superior para outra inferior, ou para a esquerda, quando for de uma unidade inferior para uma
superior.
Para facilitar a compreensão, analise a Figura 14 a seguir.
4 UNIDADES DE MEDIDA
55

Figura 14 -  Mudança de unidades de comprimento

Exemplos:
• Escrevam, em forma decimal, as seguintes medidas, exprimindo-as em metros:
a) 3km + 12 dm
3 000 m + 1,2 m = 3 001,2 m
b) 7 hm + 273 cm
700 m + 2,73 m = 702,73 m
c) 28 dam + 1 dm
280 m + 0,1 m = 280,1 m
d) 20 dm + 8 mm
2 m + 0,008 m = 2,008 m

CURIOSI O ponto mais alto do mundo se localiza no continente asiático e recebe o nome de
Monte Everest. Essa montanha está localizada a 8.848 m de altura em relação ao
DADES nível do mar.

Unidades de Superfície

Uma grandeza bastante conhecida que corresponde à medida de uma superfície é a área. No sistema
métrico decimal, o metro quadrado (m2) é a unidade de medida fundamental de uma área.
O metro quadrado também possui unidades múltiplas e submúltiplas, conforme mostra o Quadro 2 a
seguir.

NOME SÍMBOLO
Quilômetro Quadrado km2
Hectômetro Quadrado hm2 Múltiplos do Metro Quadrado
Decâmetro Quadrado dam 2

Metro Quadrados m2 Unidade Fundamental


Decímetro Quadrado dm 2

Centímetro Quadrado cm2 Submúltiplos do Metro Quadrado


Milímetro Quadrado mm2
Quadro 2 - Múltiplos e submúltiplos do m2.
FUNDAMENTOS DE MATEMÁTICA
56

A conversação de unidade de área é semelhante à vista nas unidades de comprimento. Contudo, para
transformar uma unidade superior para uma unidade inferior, deve-se deslocar a vírgula duas casas para
a direita. Para transformar uma unidade inferior para uma superior, você terá que deslocar a vírgula duas
casas para a esquerda.
A Figura 15 pode ser utilizada para esclarecer a conversão das unidades de área.

Figura 15 -  Conversão de unidade de área

Exemplos:
• Sabendo que a área do Estado de São Paulo é de 248 255 700 000 m2. Qual seria a área desse Estado
em km2?
Como iremos transformar metros quadrados em quilômetros quadrados, devemos deslocar a vírgula
seis casas para a esquerda, logo:
248 255 700 000 m2 = 248.255,7 km2
• Uma das unidades de medida agrária é o hectare, que corresponde a um hectômetro quadrado (hm2).
Sendo assim, quantos metros quadrados correspondem a 15 hectares?
Iremos transformar 15 hectômetros quadrados em metros quadrados, ou seja, devemos deslocar a
vírgula quatro casas para a direita, logo:
15,0 hm2 = 150 000 m2

Unidades de Volume

Você já deve ter escutado a célebre frase “dois corpos não podem ocupar o mesmo espaço ao mesmo
tempo”. Essa constatação foi evidenciada por vários físicos da antiguidade, principalmente Isaac Newton.
Essa afirmativa é facilmente compreendida quando se pensa no conceito de volume, que pode ser defi-
nido como a quantidade do espaço que é ocupada por um corpo qualquer. Logo, se um corpo ocupa uma
parte do espaço, outro corpo não poderá ocupar o mesmo espaço.
No sistema métrico decimal, o metro cúbico (m3) é a unidade de medida fundamental de um volume.
O metro cúbico também possui unidades múltiplas e submúltiplas, conforme mostra o Quadro 3.
4 UNIDADES DE MEDIDA
57

NOME SÍMBOLO
Quilômetro Cúbico km3
Hectômetro Cúbico hm3 Múltiplos do Metro Cúbicos
Decâmetro Cúbico dam 3

Metro Cúbico m3 Unidade Fundamental


Decímetro Cúbico dm 3

Centímetro Cúbico cm3 Submúltiplos do Metro Cúbicos


Milímetro Cúbico mm3
Quadro 3 - Múltiplos e submúltiplos do metro cúbico
Fonte: SENAI/MG, 2017.

As unidades desse sistema sempre será mil vezes maior que a unidade imediatamente inferior e mil vezes
menor que a unidade imediatamente superior. Para entender melhor esse sistema, observe a Figura 20.

Figura 16 -  Conversão de unidade de volume


Fonte: SENAI/MG, 2017.

Na mudança de uma unidade de volume do sistema métrico para outra unidade, a vírgula deve ser
deslocada três casas para esquerda ou para a direita, conforme a conversão de uma unidade inferior para
uma superior ou vice e versa.
Exemplo:
• Um tanque de flotação possui um volume de 430 dam3. Qual o volume desse tanque em dm3?
Como iremos transformar decâmetro cúbicos em decímetros cúbicos, devemos deslocar a vírgula seis
casas para a direita, logo:
430 dam3 = 430 000 000 dm3.
• Um britador é capaz de britar um volume de 43 000 000 000 mm3 de minério de ferro. Qual o volume,
em metros cúbicos, de minério de ferro o britador é capaz de britar?
Iremos transformar milímetros cúbicos em metros cúbicos, ou seja, devemos deslocar a vírgula nove
casas para a esquerda, logo:
43 000 000 000 mm3 = 43 m3

Unidades de Capacidade

Para mensurar o volume de líquidos e gases contidos em um recipiente, usam-se as unidades de capa-
cidade cuja unidade fundamental é o litro (L).
FUNDAMENTOS DE MATEMÁTICA
58

Como as outras unidades que já estudamos, o litro possui múltiplos e submúltiplos dos quais somente
a unidade submúltipla de mililitros (mL) apresenta alguma importância industrial e é bastante empregada.
A conversão de litros para mililitros é bastante simples e pode ser definida como:

1 L = 1000 mL

@istockphoto.com/PhotoTodos

As unidades de capacidade também podem ser convertidas facilmente em unidades de volume, basta
lembrar que:

1 L = 1 dm3
Nesse contexto, é fácil perceber que:
1L = 1000 mL
1dm3 = 1000 cm3
Logo:
1 mL = 1 cm3
Exemplo:
• Quantos litros possui uma garrafa de capacidade igual a 600 mL?
Podemos empregar uma regra de três simples para resolvermos esse problema.
1L 1000 mL
X 600 mL
1000 X = 600
600
X = 1000
X = 0,6 L
4 UNIDADES DE MEDIDA
59

• Um tanque de classificação de minério possui 5000 L de solução aquosa. Quantos metros cúbicos esse
tanque possui?
Sabendo que:

1 L = 1 dm3
1 m3 = 1000 dm3
Temos:
5000 L = 5000 dm3
5000 dm3 = 5 m3

Conheça os múltiplos e submúltiplos da unidade fundamental de capacidade, o


SAIBA litro, estudando:
MAIS BOSQUILHA, Alessandra; AMARAL, João Tomás. Minimanual compacto de
matemática: teoria e prática. 2. ed. Rideel: São Paulo, 2003.

Sistema Inglês

Você aprendeu o sistema métrico decimal, mas será que todos os países do mundo utilizam esse mes-
mo sistema?
Na verdade não. Em suma, os países de língua inglesa, principalmente a Grã-Bretanha, utilizam outro
sistema de medidas chamado Sistema Inglês de Medidas.
O sistema inglês possui diversas unidades para comprimentos, áreas, volumes e capacidade. Dentre
elas, podemos destacar como unidades de comprimentos a jarda e a polegada. Como unidade de área, as
jardas quadradas e a polegada quadrada; e, para o volume, podemos citar a unidade de gallon.
Neste capítulo, estudaremos somente a unidade de comprimento de polegadas, por apresentar diver-
sas aplicações industriais.

Unidade de Comprimento: Polegada

A unidade de comprimento polegada foi estabelecida pelo rei David I da Escócia, em 1150, que repre-
sentava o tamanho de seu dedo polegar. Atualmente, a polegada é definida como sendo 25,4 milímetros
de comprimento, se convertemos a unidade do sistema inglês para o sistema métrico.
Exemplos:
• Bernardo precisa apertar um parafuso sextavado de ¾ polegadas, contudo a suas ferramentas são
dadas somente em milímetros. Qual chave de boca ele deve utilizar?
Se Bernardo possui a chave em milímetros, temos que converter a polegada em milímetros. Sabendo
que uma polegada corresponde a 25,4 mm, temos:
FUNDAMENTOS DE MATEMÁTICA
60

1 pol 25,4 mm
¾ pol X
X = ¾ x 25,4
X = 19,05 mm

A chave de boca que deve ser utilizada é de 19 mm.


• Um britador consegue reduzir as partículas de minério em até 7 mm de diâmetro. Qual o diâmetro
das partículas de minério em polegadas?

1 po l 25,4 mm
X 7 mm
25,4 X = 7
X= 7
25, 4
X = 0,276 polegadas

As partículas terão um diâmetro de aproximadamente de 0,276 polegadas.

CASOS E RELATOS

História do Metro
O sistema métrico surgiu por volta de 1790 para preencher a necessidade de comunicação entre
povos e culturas distintas. Cada povo usava um sistema de unidades diferentes que, a princípio,
resultava em grande confusão e falta de comunicação entre os países. Por exemplo: o mesmo
comprimento era medido em lugares diferentes usando unidades de medida como as jardas,
palmos, pés, etc.
A fim de solucionar o problema, reformadores franceses fizeram uma comissão de cinco
matemáticos para a elaboração de um sistema padronizado. A comissão decidiu que a unidade de
medida de comprimento se chamaria metro e que corresponderia à décima milionésima parte da
distância do equador ao polo norte, medida ao longo do meridiano.
4 UNIDADES DE MEDIDA
61

A medida da distância entre o equador e o polo norte não era nada prática, então, em 1875, uma
comissão internacional de cientistas foi convidada pelo governo francês para reconstruir o sistema
métrico. Foi construída uma barra de liga de platina com irídio, com duas marcas, cuja distância
define o comprimento do metro. Para evitar a influência da temperatura, a barra é mantida a 0°C,
em um museu na Suíça.
A definição do metro não parou por aí, em 1983, cientistas usaram como base a velocidade com
que a luz se propaga no vácuo, definiram que o metro corresponde a 1/300.000.000 da distância
percorrida pela luz em um segundo.
Independentemente da definição do metro, essa unidade de medida fundamental é a base para
a criação de instrumentos de medida em geral, desde uma simples fita métrica até instrumentos
tecnológicos de alta precisão.

RECAPITULANDO

Você aprendeu neste capítulo sobre as unidades de medida do sistema métrico de comprimento,
de área, de volume e de capacidade. Vimos também como podemos transformar essas unidades
para seus múltiplos e submúltiplos.
Outro aspecto importante estudado neste capítulo foi como transformar as unidades de volume
para as unidades de capacidade, e que um litro corresponde a um decímetro cúbico.
Por fim, aprendemos sobre as unidades do sistema inglês, a polegada, e como se transforma a
polegada em um sistema métrico.
Antes de prosseguir com seus estudos, certifique-se de que domina bem todas as transformações
apresentadas.
Geometria Básica

No capítulo anterior, foram estudados os conceitos de unidades de medida e as formas


de conversões de unidades. Aprendemos que, dentro do sistema métrico decimal, existem
as unidades de comprimento, superfície e de volume.
Se pensarmos nas unidades de comprimento, percebemos que, por meio dos instrumen-
tos de medida: régua, paquímetros e trenas, podemos facilmente mensurar o seu valor.
Contudo, como podemos mensurar os valores de áreas e dos volumes de um plano ou
objeto qualquer?
Bom, nesse caso, precisaremos utilizar os conceitos da geometria plana e da geometria
espacial.
Neste capitulo, você aprenderá as formas de calcular as áreas das principais figuras planas,
tais como: o quadrado, o triângulo, o losango, o retângulo e outras. Além das áreas, estudare-
mos também as maneiras de mensurar os volumes de importantes figuras espaciais, dentre
elas estão: o cilindro, o esfera, o cone, o prisma, o cubo, além de outras.
A partir de agora, vamos conhecer um pequeno pedaço da geometria e reconhecer as
características das figuras e os sólidos geométricos mais comuns. Siga em frente!
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FUNDAMENTOS DE MATEMÁTICA
64

5.1 GEOMETRIA PLANA

Estudaremos neste tópico como calcular as áreas das principais figuras planas. Em geral, a área é definida
como um espaço de um plano bidimensional, ou seja, de uma superfície.
Para que você possa entender melhor a função de aprender cálculos das áreas, imagine um piso de
garagem que foi forrado por 325 cerâmicas de mesmo tamanho. Se considerarmos que cada cerâmica
seja representada por uma unidade U de área, podemos dizer que a área total da garagem é de 325 U.
O cálculo inverso é bastante utilizado pelos pedreiros em obras, para calcular a quantidade de pisos que
serão necessários para uma determinada área como a que é representada pela Figura 17.

Figura 17 -  Área da garagem

Retângulo

Retângulo é um paralelogramo que possui os ângulos internos congruentes e lados opostos iguais
entre si tal como está representado na Figura 18.

D A

C B
Figura 18 -  Retângulo
Fonte: SENAI/MG, 2017.

Sendo assim, os ângulos referentes aos vértices A, B, C e D são iguais a 90° e o lado representado pelo
segmento de reta AB é igual ao lado DC . De modo semelhante, o lado AD é igual ao lado BC .
5 GEOMETRIA BÁSICA
65

Para um retângulo de base b e uma altura h, Figura 19, a área pode ser definida como sendo o produto
da medida da base pela medida da altura h.

A h

Figura 19 -  Área do retângulo


Fonte: SENAI/MG, 2017.

A=bxh
Exemplo:
• Em um lote plano, será construído um galpão cuja área é de 72 m2. Sabendo que o galpão ocupará
uma área retangular e que o seu comprimento é de 12 metros, qual é o valor de sua largura.
Para resolvermos esse problema, lembre-se de que a área do retângulo equivale a:
bxh=A
b x h = 72
A base é o comprimento do galpão, e a altura é a largura, logo:
12 x h = 72
h = 72
12
h= 6 metros

Quadrado

O quadrado é um retângulo especial que possui todos os lados e os ângulos internos iguais, Figura 20.

D A

C B
Figura 20 -  Área do quadrado
Fonte: SENAI/MG, 2017.
FUNDAMENTOS DE MATEMÁTICA
66

Sendo assim, temos:


AB = BC = CD = AD

Como todo quadrado é um retângulo, a forma de calcular sua área é a mesma, o produto da base pela
altura:
A=bxh
b=h=L
A = L2

CURIOSI O quadrado é uma figura geométrica que pode ser classificada como um retângulo,
como um losango ou como um paralelogramo, dependendo da forma que essa
DADES figura é avaliada.

Exemplo:
• Em uma área retangular, será construído um escritório quadrado. Sabe-se que um dos lados do re-
tângulo possui o mesmo valor dos lados do quadrado e a área do retângulo equivale a duas áreas do
quadrado. Se a área do quadrado vale 36 m2, quanto vale o valor do outro lado do retângulo?
Repare que a área é de 36 metros quadrados, então o valor de L será:
L2 = 36
L= 36
L = 6 metros
Se a área do retângulo é o dobro da área do quadrado, temos:
b x h = 72
Substituindo um lado do retângulo por L:
b x L = 72
6 x b = 72
b = 72 b = 12 metros
6

Triângulo

Os triângulos são definidos como sendo um polígono de três lados, segundo a Figura 21.
5 GEOMETRIA BÁSICA
67

B A

Figura 21 -  Triângulo
Fonte: SENAI/MG, 2017.

Os triângulos podem ser classificados em três maneiras distintas:


• Triângulo equilátero: Triângulo que possui três lados iguais e ângulos internos iguais a 60°.

C B
Figura 22 -  Triângulo equilátero
Fonte: SENAI/MG, 2017.

Logo: AB = AC = BC
• Triângulo isósceles: Possui dois lados e dois ângulos iguais. Na Figura 23, os vértices A e C possuem
o mesmo ângulo.
A

C B
Figura 23 -  Triângulo isósceles
Fonte: SENAI/MG, 2017.

Logo: AB = BC ≠ AC
• Triângulo Escaleno: Apresentam todos os lados e ângulos internos distintos, como representado na
Figura 24.

C A
Figura 24 -  Triângulo escaleno
Fonte: SENAI/MG, 2017.

Logo: AB ≠ AC ≠ BC
FUNDAMENTOS DE MATEMÁTICA
68

Os triângulos também podem ser classificados de acordo com seus ângulos internos em:
• Acutângulo: Possuem os três ângulos internos menores que 90°.
• Retângulo: Possuem um dos ângulos igual a 90°.
• Obtusângulo: Possui um dos ângulos maiores que 90°.
A Figura 25 apresenta esses triângulos.

80°
a
b

120°
60° 40° c
A B

Acutângulo Reto Obtusângulo


Figura 25 -  Classificação dos triângulos quanto às medidas dos ângulos
Fonte: SENAI/MG, 2017.

FIQUE A soma dos ângulos internos de um triângulo devem somar 180°, e a soma dos
ALERTA ângulos internos de um quadrilátero devem somar 360°.

Considere o triângulo MNP de base b e altura, relativa à base, h. Se traçarmos uma reta r paralela à base
partindo de P e uma reta s paralela ao segmento PM, obteremos um paralelogramo MPQN, Figura 26.

S
r P Q

M b N

Figura 26 -  Paralelogramo MPQN


Fonte: SENAI/MG, 2017.

Percebe-se que a área do triângulo é a metade da área do paralelogramo, então:

bxh
A=
2

Logo, a área do triângulo é a metade do produto da medida da base pela altura.


5 GEOMETRIA BÁSICA
69

• Caso Especial – Triângulo Equilátero


A área do triângulo equilátero, como as dos outros triângulos, pode ser definida como o produto da
metade da medida da base (a) pela altura (h). Contudo, a altura desse tipo de triângulo é bem definida sendo:

3
h= a
2

Então:
axh
h=
2

Substituindo o valor de h, temos:

a 3
A= x a
2 2

a2 3
h=
4

• Caso Especial – Triângulo Retângulo


A área do triângulo retângulo pode ser definida como o produto dos catetos dividido por dois. Nos
triângulos retângulos, os lados do triângulo recebem nomes específicos. O lado oposto ao ângulo de 90°
é denominado de hipotenusa. A hipotenusa é o maior lado do triângulo. Os outros dois lados do triângulo
são chamados de catetos, Figura 27.

B
β hipotenusa(a)
cateto(c)

α
C A
cateto(b)
Figura 27 -  Definição dos lados do triângulo retângulo

Fonte: SENAI/MG, 2017.

Logo:
bxc
A=
2
FUNDAMENTOS DE MATEMÁTICA
70

Exemplo:
• A área de um triângulo equilátero vale 25 3 cm2. Quanto vale o lado do triângulo?

3
a2 4 = 25 3
a2 3 = 4 x 25 3
a2 = 100
a= 100
a = 10 cm
• O lado de um quadrado vale 4 mm. Qual o valor da área triangular formada pela diagonal e os lados
do quadrado?
Lembre que a área de um triângulo retângulo é:
axb
=A
2

4x4
=A
2

A = 8 mm2

Hexágono Regular

O hexágono regular é um polígono que possui seis lados de mesmo comprimento. Todo hexágono
pode ser dividido em seis triângulos equiláteros, Figura 28.

Figura 28 -  Hexágono regular


Fonte: SENAI/MG, 2017.

Assim, a área A de um hexágono regular de lado a é igual a seis vezes a área de um triângulo equilátero
de lado a.
Vamos lembrar que a área de um triângulo equilátero é:
5 GEOMETRIA BÁSICA
71

a2 3
A=
4

Logo, a área de um hexágono regular é:

a2 3
A=6x
4

3 a2 3
A=
2

Exemplo:
• A área de um hexagonal regular é de 64 3 m2. Qual o valor do lado do hexágono?

3 a2 3
A=
2

3 a2 3
= 69 3
2

3 a2 = 2 x 69
a2 = 138
3
a= 46 a = 6,78 m

Trapézio

O trapézio é um quadrilátero nótorio que possui dois lados paralelos de tamanhos diferentes que cor-
respondem as suas bases. A base maior é denominada de B e a base menor é chamada de b, Figura 29.

^b - Bh B ^b - Bh
2 2

Figura 29 -  Trapézio
Fonte: SENAI/MG, 2017.

Perceba que o trapézio pode ser dividido em um retângulo e dois triângulos retângulos. A base dos
triângulos podem ser definidas como ^b - Bh e a altura como sendo h, a mesma altura do trapézio.
2
FUNDAMENTOS DE MATEMÁTICA
72

Então, a área do trapézio equivale à somatória da área do retângulo e das áreas dos dois triângulos, ou seja:

^b - Bh
A=bxh+2x 2 xh
2
A = b x h + (B-b) x h
2
A = bh + Bh – bh
2 2
A= bh + Bh
2 2
(B + b) x h
A=
2
Logo, a área do trapézio é definida como sendo a metade do produto da soma da base maior com a
base menor pela altura.
Observe o exemplo abaixo representado na Figura 30.
• Dois irmãos herdam um terreno da seguinte forma e medida.

E D
BD = 20m
AB = 60m
BC = 16m

A B C
Figura 30 -  Trapézio ABCED
Fonte: SENAI/MG, 2017.

Qual a área desse terreno?


A área do trapézio pode ser definida como:
A = (b + B) x h
2
A = (60 + 76) x 20
2
A = (136) x 10
A = 1360 m2
Losango
Losango é um paralelogramo cujos lados e ângulos internos opostos entre si são congruentes. Além
disso, os lados opostos também são paralelos entre si.
Analise o losango da Figura 31. Se construirmos um retângulo de dimensões D e d circunscrito a esse
losango, pode-se notar que são formados oito triângulos retângulos congruentes. Dentre os triângulos
formados, quatro deles representam a área do losango. Sendo assim, conclui-se que a área do losango é a
metade da área do retângulo circunscrito.
Logo:
Dxd
A=
2
5 GEOMETRIA BÁSICA
73

Figura 31 -  Losango e retângulo circunscrito


Fonte: SENAI/MG, 2017.

Exemplo:
• Sabe-se que a área de um losango é de 36 m2. Se a diagonal menor (d) for 3, qual o valor da diagonal
maior (D)?
A área do losango é:
Dxd
A=
2

Dxd
36 =
2
36 x 2 = D x 3
3 x D = 72
D = 72
3
D = 24 m
Círculo

O círculo é definido como um conjunto de pontos que estão dentro de uma circunferência. A circunfe-
rência, por sua vez, é um conjunto de pontos pertencentes ao plano que, em relação ao ponto C qualquer,
possui a mesma distância. Tal distância comum ao ponto C é denominada de raio (r) e o ponto C é definido
como o centro da circunferência, tal como pode ser visto na Figura 32. A mesma relação pode ser feita para
o círculo.

r
C C

Circunferência Círculo

Figura 32 -  Circunferência e círculo


Fonte: SENAI/MG, 2017.
FUNDAMENTOS DE MATEMÁTICA
74

A área do círculo de raio (r) pode ser dada como:


A = πr2
Exemplo:
• Um Hexágono regular é inscrito dentro de um círculo de raio 3 . Qual a área entre o círculo e o
hexágono circunscrito?
Percebe-se que o hexágono regular é formado por 6 triângulos equiláteros e, nesse caso, o lado do
triângulo é igual ao raio do circulo. Logo, a área do hexágono é:

3a2 3
Ahex
2

3 32 3
Ahex
2

Ahex = 9 3.
2
A área do círculo pode ser calculada:

Aesf = πr2

Aesf = π 3 2

Aesf = 3 π

Logo, a área entre as figuras é:

Aesf - Ahex = Ar

Ar = 3 π - 9 3
2
Ar = 3 (2 π - 3 3 )
2

Cálculo de Perímetro

Um grande produtor rural quer cercar uma área quadrada com telas quadriculadas. Sendo o quadrado
de lado L, qual será a medida de tela que o produtor deverá comprar?
Sabendo que o quadrado tem quatro lados iguais, para passar um fio em cada lado do quadrado, o
produtor gastará 4 x L, ou seja, a medida do perímetro do quadrado.
O perímetro, então, é definido como sendo a medida do comprimento de um contorno, ou seja, em
figuras geométricas, será a somatório dos lados da figura.
Pensando agora em um campo de futebol retangular cujos lados medem 70 e 100 metros. Observando
a Figura 33, qual será o perímetro do campo?
5 GEOMETRIA BÁSICA
75

100m

70m

Figura 33 -  Perímetro do campo de futebol


Fonte: SENAI/MG, 2017.

Então:
P = 70 + 100 + 70 + 100 = 340 metros
• Caso Particular de Perímetro – Círculo
Se o perímetro é a soma dos lados das figuras geométricas, como podemos calcular o perímetro do círculo?
O perímetro de um círculo é o mesmo que calcular o comprimento da circunferência que está em seu
contorno, vejamos o exemplo representado pela Figura 34.

Circunferência Circunferência Aberta


Figura 34 -  Perímetro de uma circunferência/círculo
Fonte: SENAI/MG, 2017.

O perímetro de um círculo pode ser calculado como:


P = 2πr
Exemplo:
• Um quadrado de lado 9 metros apresenta o mesmo perímetro de um círculo. Qual é o raio do círculo?
Assuma o valor de π = 3.
O perímetro é a medida do contorno de uma figura qualquer. Para o quadrado, temos:

P = 4 x 9 = 36 m

Sabendo que o perímetro do círculo é 2πr, então:


2πr = 36
2 x 3 x r = 36
6r = 36
r = 36/6 r = 6 metros.
FUNDAMENTOS DE MATEMÁTICA
76

5.2 GEOMETRIA ESPACIAL

Neste próximo tópico, iremos estudar as figuras espaciais chamadas de sólidos geométricos. Os sólidos
geométricos podem ser classificados como poliedros.
Os poliedros são sólidos limitados por planos, denominadas de faces. O encontro de dois planos
adjacentes originam as arestas, que são segmentos de reta cujas extremidades são os vértices do
poliedro. Na Figura 35 é possível observar a existência de arestas e vértices.

Aresta

A E
D
F

C
Vértices
Figura 35 -  Poliedro
Fonte: SENAI/MG, 2017.

Aqui estudaremos os poliedros regulares. Um poliedro é regular quando suas faces são polígonos regu-
lares e congruentes e seus ângulos são iguais. Nessas condições, existem cinco poliedros regulares como
dispostos na Figura 36:

Tetraedro Hexaedro Octaedro Dodecaedro Icosaedro


regular regular regular regular regular
(cubo)

Figura 36 -  Poliedros regulares


Fonte: SENAI/MG, 2017.

Prisma

Imagine um polígono ABCD de cinco lados num plano α e um segmento de reta PQ que intercepta
esse plano no ponto Q. Se vários segmentos de reta paralelos e congruentes à reta PQ, cada uma
delas se iniciando nos vértices do polígono, podemos perceber a formação de um sólido chamado
prisma, Figura 37.
5 GEOMETRIA BÁSICA
77

E’

A’ D’
P

B’ C’

E
Q A D

α B C

Figura 37 -  Prisma
Fonte: SENAI/MG, 2017.

Para conceituar e exemplificar o prisma, foi utilizado um polígono de cinco lados, resultando em um
prisma pentagonal. Se em lugar do pentágono fosse utilizado um triângulo ou um quadrilátero, formaría-
mos um prisma triangular ou um prisma quadrangular.

• Paralelepípedo
O paralelepípedo é um prisma quadrangular que assume como base um paralelogramo qualquer, assim
as outras faces do prisma são também um paralelogramo. Sendo a base do prisma um retângulo, o parale-
lepípedo é chamado de retângulo.
Um paralelepípedo retangular especial é o cubo que possui as seis faces quadradas. A Figura 38 mostra
alguns tipos de paralelepípedo.

Paralelogramo
Retângulo
Quadrado

Retângulo

Quadrado

Paralelepípedo Paralelepípedo Paralelepípedo Cubo


oblíquo reto reto-retângulo

Figura 38 -  Paralelepípedo
Fonte: SENAI/MG, 2017.

Imagine um paralelepípedo de dimensões a, b e c, Figura 39. Em geral, o volume de um paralelepípedo


retângulo de dimensões a, b e c é dado pela fórmula:

V=axbxc
FUNDAMENTOS DE MATEMÁTICA
78

b
a
Figura 39 -  Paralelepípedo retangular
Fonte: SENAI/MG, 2017.

O volume de um paralelepípedo pode ser definido como sendo o produto da área da base (a x b) pela
altura (c = h).
V = Ab x h
Exemplo:
• Uma mineradora possui vários silos de armazenamento mineral com as seguintes dimensões: 12m x 4 m
x 10 m (comprimento x largura x altura). Sabendo que a empresa precisa armazenar 20 000 m3 de mineral,
quantos silos serão necessários?
Inicialmente, devemos calcular a capacidade volumétrica dos silos:
V = Ab x h
V = (12 x 4) x 10
V = 48 x 10
V = 480 m3
Então, a quantidade de silos necessários será:
Qs = 20000
480
Qs = 41,66666
Sendo assim, serão necessários 42 silos para armazenar o mineral.
• Cubo
Um tipo especial de paralelepípedo é o cubo, que possui todas as faces quadradas e arestas congruen-
tes. Assumindo um cubo de lado a, Figura 40, seu volume é igual a:
V Ab x h
V = a2 x a
V = a3

a
Figura 40 -  Cubo de lado a
Fonte: SENAI/MG, 2017.
5 GEOMETRIA BÁSICA
79

Exemplo:
• Uma mineradora quer construir uma banheira para concentração mineral de formato cúbico. Se essa
banheira deve conter 216000 litros de solução, quais serão as dimensões do cubo em metros?
Para encontrar as dimensões do cubo, precisamos achar o parâmetro a, ou seja, o lado do cubo:
V = a3
a3 = 216000
3
a= 216000

a = 60 dm
Transformando dm em m, temos:
60 dm = 6 m
Assim, o cubo terá os lados de 6 metros.

• Cilindro
Considere um círculo de raio r num plano α e um segmento de reta PQ que intercepta esse plano no
ponto Q. Se vários segmentos de reta paralelos e congruentes à reta PQ, cada uma delas se iniciando em
um ponto do círculo, podemos perceber a formação de um sólido chamado de cilindro, Figura 41.

O’ r
P

O r Q
α

Figura 41 -  Cilindro
Fonte: SENAI/MG, 2017.

O cilindro possui alguns elementos que o compõem. São eles:


• Base inferior (círculo de raio r);
• Base superior (círculo de raio r);
• Geratrizes: Segmento de retas paralelas ao segmento de reta, formado pelos pontos de centro das
duas bases (O e O’). As geratrizes (g) se iniciam e terminam na circunferência das bases, inferior e
superior (Figura 42).
FUNDAMENTOS DE MATEMÁTICA
80

O’ r
base

geratriz (g) g h

base r
O

Figura 42 -  Componentes do cilindro


Fonte: SENAI/MG, 2017.

O cilindro pode ser classificado mediante a inclinação da geratriz em relação às bases. O cilindro reto é
aquele em que a geratriz é perpendicular aos planos da base, como mostra a Figura 43.

O’ r

g=h

O r

Figura 43 -  Cilindro reto


Fonte: SENAI/MG, 2017.

Similar ao visto para os prismas, o volume do cilindro pode ser calculado da seguinte forma:
V = Ab x h

Sabemos que a área da base de um cilindro é um círculo, ou seja:


Ab = πr2

Então:
V = πr2 x h
Exemplo:
• A mineradora XMF – Minérios deseja construir uma estação de tratamento de água. Para tal, ela pre-
cisa construir um tonel cilíndrico em uma área quadrada 50 m x 50 m. Sabendo que o volume que o
tonel deverá conter é de 10 000 m3, qual será a altura do tonel?
5 GEOMETRIA BÁSICA
81

Sabendo que o lado do quadrado é de 50 m, é notório que o máximo diâmetro da base do cilindro será
50 metros. Assim, o raio do cilindro é de 25 m.
V = Ab x h

V = πr2 x h
V = π 252 x h
10000 = 625 π x h
10000 = h
625 r
h = 5,09
A altura do tonel será de aproximadamente 5 metros.

Cone

Seguindo o mesmo conceito do cilindro, imagine um círculo de raio r em um plano α e um ponto, V, fora
das dimensões do plano α. O conjunto de retas que saiam de V em direção ao círculo resulta em uma figura
geométrica denominada cone, Figura 44.

r
O
α
Figura 44 -  Cone
Fonte: SENAI/MG, 2017.

Os cones são formados por três elementos principais:


1- Ponto V, denominado de vértice do cone;
2- Círculo de raio r na base;
3- Segmentos de reta que saem da extremidade de V em direção à circunferência do círculo, denomi-
nados geratrizes (g).
Uma classe especial de cones são os cones retos. Observe a Figura 45 e analise o segmento VO (linha
tracejada). Perceba que esse segmento é perpendicular ao plano da base.
FUNDAMENTOS DE MATEMÁTICA
82

h g h

cone reto

Figura 45 -  Cone reto


Fonte: SENAI/MG, 2017.

O volume do cone pode ser calculado como:


V = Ab x h
3

Substituindo a área da base por πr2, temos:


V = rr x h
2

3
Exemplo:
• A MS-FerroMinas possui uma pilha de minério que estoca o minério extraído da mina. Essa pilha tem
formato cônico cujas dimensões são: altura é de 12000 mm e o diâmetro da base é igual a 8 metros.
Qual o volume de minério dessa pilha?
A pilha possui formato cônico, então:
V = Ab x h
3

V = rr x h
2

3
Perceba que 12000 mm correspondem a 12 metros e que o raio da base é igual a 4 metros, logo:
V = r4 x 12
2

3
V = 64 π
V = 201,06 m3
Assim, o volume da pilha é de aproximadamente 201 m3.

Esfera

Imaginemos um ponto O isolado no espaço e um segmento de reta r. Denomina-se de esfera de centro


O e raio r o universo de pontos P do espaço em que a distância OP seja menor ou igual a r, Figura 46.
5 GEOMETRIA BÁSICA
83

O
P1
P2

do,r < r

Figura 46 -  Esfera
Fonte: SENAI/MG, 2017.

Se pensarmos em uma bola de futebol, como a que está representada pela Figura 47, percebemos que
ela possui um centro O e raio r em que todos os pontos P quaisquer estão delimitados a uma distância
menor ou igual a r, ou seja, bolas, em geral, são exemplos clássicos de uma esfera.

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Figura 47 -  Bola

O volume da esfera pode ser calculado como sendo:


V = 4rr
3

3
Exemplo:
• Se aumentarmos 20% no raio de uma esfera, em quantos por cento seu volume será aumentado?
Sabemos que o volume da esfera é igual a:
V1 = 4 x π x r13
3
Se aumentarmos 20% do raio:
r2 = 1,2 r1
Logo o volume 2 é:
V2 = 4 x π x r23
3
V2 = 4 x π x (1,2r1)3
3
V2 = 4 x π x 1,73r13
3
FUNDAMENTOS DE MATEMÁTICA
84

Assim:
V2 x 100 = ΔV
V1
4
3 x r x 1, 73r13
ΔV = x 100
4
3 x r x r13

ΔV = 1,73 x 100
ΔV = 173
O volume da esfera terá um aumento de:
173 – 100 = 73%

Saiba mais sobre figuras espaciais, estudando o livro:


SAIBA
MAIS IEZZI, Nelson; DOLCE, Osvaldo; DEGENZAJN, David; PÉRIGO, Roberto. Matemática.
Volume Único. Atual: São Paulo, 2002.

CASOS E RELATOS

Dimensionamento de Tanque de Concentração de Minério


Para atender uma nova demanda, a MS-MINE Ltda. necessita realizar a construção de um novo
tanque de estocagem de um certo aditivo utilizado no seu processo.
O técnico Bernardo foi nomeado para dimensionar o novo tanque e relatar qual a melhor
forma para atender as seguintes condições de contorno:
• O tanque tem o formato de um prisma retangular que deve seguir as seguintes dimensões
a x 2a x h (largura x comprimento x altura);
• Volume útil do taque deve ser de 500.000 litros;
• A altura do tanque é de 10 m;
• A área que o tanque será colocado possui as seguintes medidas a x L
Bernardo sabia que um litro equivale a um dm3, que um metro era equivalente a 10 decímetros
e que o volume de um prisma podia ser calculado pela multiplicação da área da base (largura x
comprimento) pela altura. Sendo o Volume = 500.000 m³ ou 500 m³, largura = a, comprimento = 2a
e altura = 10 m, temos:
V = a x 2a x h
a x 2a x h = 500 000 dm3
2 a2 x 10 = 500 m3
2 a2 = 50
a2 = 25
a=5m
5 GEOMETRIA BÁSICA
85

A fim de garantir os 500 000 litros de capacidade, Bernardo concluiu que o tanque deveria possui
as seguintes dimensões: 5 m (largura) X 10 m (comprimento) x 10 m (altura).
Após dimensionar o tanque, Bernardo elaborou um relatório, comprovando os cálculos realizados
e a quantidade de material que deveria ser utilizada para a construção desse tanque.
Ao receber o relatório, a mineradora MS-MINE começou a execução das obras do tanque e
agradeceu o excelente trabalho realizado por Bernardo.

RECAPITULANDO

Neste capítulo, você aprendeu a importância dos cálculos das áreas e dos volumes de algumas
formas geométricas e espaciais.
Aprendemos que a geometria plana, além de tratar sobre as áreas das figuras, apresenta-nos
também a importância dos cálculos dos perímetros.
Esperamos que você tenha aproveitado ao máximo os conteúdos presentes neste livro, que
certamente serão necessários em sua caminhada pelo curso e em seu cotidiano.
Aproveito para parabenizar você por ter concluído com êxito esta etapa e lembre: “O trabalho e
o estudo dignificam o homem”.
Sucesso!
REFERÊNCIAS

BAIMA, Cesar. A matemática na prevenção de desastres naturais. O Globo. Rio de Janeiro, 28 jul.
2016. Disponível em: <http://oglobo.globo.com/sociedade/ciencia/a-matematica-na-prevencao-
de-desastres-naturais-16981638>. Acesso em: 22 jan. 2017.
BARRETO FILHO, Benigno; SILVA, Cláudio Xavier. Matemática: aula por aula: volume único. Ensino
médio. São Paulo: FTD, 2000.
BOSQUILHA, Alessandra; AMARAL, João Tomás do. Minimanual compacto de matemática: ensino
fundamental: teoria e prática. 2. ed. rev. São Paulo: Rideel, 2003.
DANTE, Luiz Roberto. Tudo é Matemática. 3a ed. 4 vols. São Paulo: Ática, 2008.
GEOVANNI, José Rui; BONJORNO, José Roberto. Matemática completa: 1a série. 2. ed. São Paulo:
FTD, 2005.3
IEZZI, Gelson et al. Matemática: volume único. São Paulo: Atual, 2002.
INSTITUTO BRASILEIRO DE MINERAÇÃO - IBRAM. Informações sobre a economia
mineral brasileira 2015. Brasília, set. 2015. Disponível em: <http://www.ibram.org.br/
sites/1300/1382/00005836.pdf>. Acesso em: 10 jan. 2017.
MALVEIRA, Linaldo. Matemática fácil. 6a série. São Paulo: Ática, 1993.
MATEMÁTICA DIDÁTICA. Operações aritméticas: adição. Disponível em: <http://www.
matematicadidatica.com.br/Operacoes-Aritmeticas-Adicao.aspx>. Acesso em: 22 jan. 2017.
PAIVA, Manoel. Matemática: volume único. São Paulo: Moderna, 2007.
Q.I EDUCAÇÃO. As quatro operações fundamentais. Disponível em: <http://www.qieducacao.
com/2010/09/as-quatro-operacoes-fundamentais-i.html>. Acesso em: 19 jan. 2017.
SARDELLA, Antônio; MATTA, Edison. Matemática: 5a série. São Paulo: Ática, 1981.
SMOLE, Kátia Stocco; DINIZ, Maria Ignez de Souza Vieira. Matemática: ensino médio. 6. ed. São
Paulo: Saraiva, 2010. 2 v.
MINICURRÍCULO DO AUTOR

MATHEUS HENRIQUE MOREIRA SOUZA


Especialista em Engenharia de Soldagem, pela Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG,
Engenheiro de Soldagem Internacional certificado pelo IIW (International Institute of Welding)
e Engenheiro de Materiais pelo Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais,
CEFET-MG. Atualmente é instrutor de formação profissional nos cursos técnicos do Serviço
Nacional de Aprendizagem Industrial - SENAI, onde ministra aulas e presta serviços relacionados
às áreas de engenharia de materiais e mecânica. Nesta instituição, exerceu também o papel de
autor no desenvolvimento do curso Técnico em Metalurgia EAD, nas Unidades Curriculares “Gestão
e Controle dos Processos de Soldagem” e “Tratamento Térmico dos Metais”.
SENAI – DEPARTAMENTO NACIONAL
UNIDADE DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA – UNIEP

Felipe Esteves Morgado


Gerente Executivo

Luiz Eduardo Leão


Gerente de Tecnologias Educacionais

Fabíola de Luca Coimbra Bomtempo


Coordenação Geral do Desenvolvimento dos Livros Didáticos

Catarina Gama Catão


Apoio Técnico

SENAI – DEPARTAMENTO REGIONAL DE MINAS GERAIS

Cláudio Marcassa
Diretor Regional do SENAI

Edmar Fernando de Alcântara


Gerente de Educação Profissional

Luciene Maria de Lana Marzano


Coordenação do Desenvolvimento dos Livros Didáticos

Sinara Badaro Leroy


Coordenação do Projeto

Matheus Henrique Moreira Souza


Elaboração

Douglas da Silva Adriano


João Paulo Faustino
Revisão Técnica

Douglas Adriano da Silva


Kênia Oliveira Chaves
Designer Educacional

Rodrigo Henrique de Lacerda


Fotografias, Ilustrações e Tratamento de Imagens
Carla Melo Silva
Sandro Aparecido e Silva
Saulo Boaventura Gontijo
Comitê Técnico de Avaliação

Thaís Souza do Amaral


Diagramação

Rosimar Sofia Tavares Duarte


Normalização

Daniela Theodoro
Revisão Ortográfica e Gramatical

istockphoto.com
Fotografias, Ilustrações e Tratamento de Imagens

i-Comunicação
Projeto Gráfico

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