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CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA – CNI
Conselho Nacional
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técnica
© 2012. SENAI – Departamento Nacional
A reprodução total ou parcial desta publicação por quaisquer meios, seja eletrônico, mecâ-
nico, fotocópia, de gravação ou outros, somente será permitida com prévia autorização, por
escrito, do SENAI.
Esta publicação foi elaborada pela equipe do Núcleo de Educação a Distância do SENAI de
Santa Catarina, com a coordenação do SENAI Departamento Nacional, para ser utilizada por
todos os Departamentos Regionais do SENAI nos cursos presenciais e a distância.
FICHA CATALOGRÁFICA
_________________________________________________________________________
S491f
Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. Departamento Nacional.
Fundamentos de documentação técnica / Serviço Nacional de
Aprendizagem Industrial. Departamento Nacional, Serviço Nacional de
Aprendizagem Industrial. Departamento Regional de Santa Catarina.
Brasília : SENAI/DN, 2012.
98 p. : il. (Série Telecomunicações).
ISBN 978-85-7519-565-9
CDU: 621.395:004.01
_____________________________________________________________________________
SENAI Sede
2 Gramática..........................................................................................................................................................................15
2.1 Acentuação gráfica......................................................................................................................................16
2.2 Separação silábica........................................................................................................................................18
2.3 Pontuação.......................................................................................................................................................21
2.4 Substantivo.....................................................................................................................................................23
2.5 Pronome..........................................................................................................................................................25
2.6 Preposição.......................................................................................................................................................28
2.6.1 Distinção entre preposição, pronome pessoal oblíquo e artigo..............................30
2.6.2 Locução prepositiva .................................................................................................................30
2.6.3 Combinação e contração da preposição...........................................................................31
2.7 Verbo.................................................................................................................................................................32
2.7.1 Elementos que estruturam a forma verbal ......................................................................33
2.7.2 Modos e tempos.........................................................................................................................35
2.8 Sujeito e predicado......................................................................................................................................35
2.8.1 Tipos de sujeito...........................................................................................................................36
2.8.2 Tipos de predicado....................................................................................................................38
2.9 Concordância verbal e nominal..............................................................................................................40
2.10 Regência verbal .........................................................................................................................................41
2.10.1 Verbos intransitivos ...............................................................................................................41
2.10.2 Verbos transitivos ...................................................................................................................41
2.10.3 Mudança de transitividade versus mudança de significado ..................................42
2.11 Reforma ortográfica .................................................................................................................................43
3 Redação Técnica..............................................................................................................................................................47
3.1 Definição.........................................................................................................................................................48
3.2 Tipos..................................................................................................................................................................48
6 Ferramentas da Qualidade..........................................................................................................................................81
6.1 Diagrama de causa e efeito......................................................................................................................82
6.2 Folha de verificação.....................................................................................................................................83
6.3 Diagrama de pareto.....................................................................................................................................83
6.4 Ciclo PDCA......................................................................................................................................................84
6.5 5W2h.................................................................................................................................................................86
6.6 Brainstorming.................................................................................................................................................86
Referências............................................................................................................................................................................91
Índice......................................................................................................................................................................................95
Introdução
Bons estudos!
Gramática
Pode parecer bobagem, mas falar e escrever errado provoca má impressão naqueles que o
escutam ou leem o que você escreve. E, como a primeira impressão geralmente é a que fica,
depois dará muito mais trabalho mudá-la. Nesse caso, o melhor a fazer é começar logo a apren-
der algumas dicas que o ajudarão a falar e escrever bem. Primeiramente, é importante salientar
que a gramática1 não é tão difícil quanto parece. A gramática1 é um estudo lógico, baseado em
algumas regras que não devemos infringir se pretendemos ser bem entendidos.
Nesta seção abordaremos alguns conteúdos importantes para a nossa aprendizagem, como
acentuação gráfica, separação silábica, pontuação, substantivos, pronomes, preposição, crase,
concordância nominal, concordância verbal, colocação do pronome, regência verbal e a nova
reforma ortográfica.
Acompanhe agora os principais objetivos que você deve atingir com o estudo deste conteúdo:
a) conhecer melhor as regras gramaticais;
b) aprender a utilizar as regras gramaticais no seu cotidiano, para falar e escrever;
c) identificar erros comuns na escrita.
Você é nosso convidado para fazer novas descobertas e somar ainda mais conhecimento
para o seu dia a dia de trabalho.
Apresentaremos ainda algumas dicas para facilitar a aprendizagem das regras gramaticais.
Fundamentos de documentação técnica
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Separação
de
Sílabas
Da - do
Fo - lha
Lu - a
Mariana Buôgo (2012)
CASOS E RELATOS
Aprovação
Antônio havia concluído um curso técnico em telecomunicações no SENAI-
-SC e estava tentando uma vaga de emprego em uma empresa de refe-
rência na área. Tinha passado para a segunda etapa da entrevista e estava
muito feliz por ter chegado até ali. Mas agora tinha um desafio e tanto pela
frente: nessa etapa do processo seletivo, precisava escrever uma redação
de no mínimo 20 linhas sobre o tema “Os avanços tecnológicos na área de
telecomunicações”.
Ele teve algumas dúvidas a respeito do conteúdo, sobre quais argumentos
usar, mas acima de tudo estava com medo de não conseguir se expressar
por meio da escrita. Porém, lembrava-se muito bem dos conteúdos de sua
apostila de português, na qual estudara sobre a gramática da nossa língua.
Com muita calma, Antônio conseguiu escrever uma redação muito boa,
pois possuía bons argumentos e um texto correto, de fácil compreensão.
Assim, foi aprovado e passou para a fase seguinte, dando um passo muito
importante em sua carreira profissional.
2 hiato oe, oi, ou, ua, ue, ui e uo, que podem ser considerados hiatos2 ou ditongos3. Veja
alguns casos a seguir:
Hiato é o encontro de duas
vogais pronunciadas em
sílabas diferentes. ca-e-ta-no ou cae-ta-no cá-ri-e ou cá-rie
É muito importante que fique claro que isso não ocorre em todos os vocábulos
em que há encontros de vogais. Existem aqueles em que claramente ocorre hiato,
como em di-a e su-a, e aqueles em que claramente ocorre ditongo, como em cai-
-xa e pei-to.
Ficou claro até aqui? Então vamos ver outras regras da separação silábica:
a) des, dis, trans, sub, sob...
Nunca uma sílaba terminará em consoante se a seguinte iniciar com vogal. A
consoante sempre se ligará à vogal subsequente. Exemplos:
su-ben-ten-di-do, sub-tí-tu-lo, tran-sal-pi-no, trans-pan-ta-nei-ra, hi-pe-ra-mi-
-go, hi-per-mer-ca-do, su-bal-ter-no, sub-mun-do;
b) aia, eia, oia, uia, aie, eie, oie, uie, aio, eio, oio, uio, uiu
Esses grupos sempre se formam assim: ditongo decrescente + vogal ou tri-
tongo + vogal, ou seja, as duas ou três primeiras letras ficam na mesma sílaba
enquanto a última se separa delas. O mesmo acontece se no lugar do i houver u,
como no nome próprio Cauê. Exemplos:
2 Gramática
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2.3 PONTUAÇÃO
Muitos alunos não prestam atenção aos sinais de pontuação ao redigir seus
textos, muitas vezes por pressa ou simplesmente por achar que não são impor-
tantes. Por vezes até por mero desconhecimento.
Saiba, porém, que os sinais de pontuação são importantíssimos em qualquer
texto escrito, e deixar de colocá-los pode fazer com que o texto fique sem sen-
tido, ou mesmo com um significado totalmente diferente daquele que o autor
pretendeu.
A seguir apresentaremos os sinais de pontuação que utilizamos na língua por-
tuguesa.
Dreamstime (2012)
Figura 3 - Pontuação
Fundamentos de documentação técnica
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Vírgula ( , )
A vírgula indica uma pausa respiratória e serve para mostrar separações bre-
ves de sentido entre termos da oração ou do período. É importante lembrar que
nunca se utiliza a vírgula para separar o sujeito do predicado ou o verbo de seus
complementos. Entre outros casos, utiliza-se a vírgula para:
a) separar as palavras com a mesma função sintática;
b) isolar o aposto;
c) isolar o vocativo;
d) isolar o adjunto adverbial;
e) separar a localidade da data (endereços);
f) marcar eliminação de verbos;
g) isolar o predicado;
h) separar as conjunções coordenativas adversativas e conclusivas deslocadas;
i) isolar elementos repetidos;
j) separar orações coordenadas;
k) separar o complemento do verbo;
l) separar orações adjetivas e explicativas;
m) separar orações adverbiais deslocadas.
Ponto-final ( . )
O ponto-final encerra a frase, exigindo uma pausa mais longa. Ele também é
empregado em abreviações como: Sr., V. Exa., pág., entre outras.
Ponto-e-vírgula ( ; )
O ponto-e-vírgula denota sempre uma separação mais ampla do que a vírgu-
la, mas não a ponto de encerrar o período. Veja algumas situações em que esse
recurso é utilizado:
a) em orações coordenadas que poderiam figurar em períodos separados;
b) para separar enumerações longas dentro das quais existam vírgulas;
c) para separar os considerandos de um decreto ou sentença, ou os diversos
itens enumerados de uma lei, decreto, regulamento, relatório etc.
Dois-pontos ( : )
Os dois-pontos anunciam e introduzem uma citação, uma enumeração ou
um esclarecimento. Você encontra esse recurso frequentemente nos jornais para
simplificar ou encurtar uma frase quando o segundo elemento estabelece situ-
2 Gramática
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2.4 SUBSTANTIVO
Ao falar de substantivo, você pode até pensar em algo estranho, ou achar que
nunca o usaria em seu dia a dia. Pois então saiba que o assunto de que vamos
tratar agora está muito mais presente em seu vocabulário do que você imagina.
Fundamentos de documentação técnica
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2.5 PRONOME
TU
EU ELE
SUA
SEU
Mariana Buôgo (2012)
NOSSO
Figura 4 - Pronomes
A partir de agora, vamos ver cada tipo de pronome que existe na língua por-
tuguesa.
a) Pronomes pessoais
Os pronomes pessoais designam as três pessoas do discurso. Conforme sua
função na frase, podem ser retos ou oblíquos. Retos são aqueles que funcionam
como sujeito da oração; já os oblíquos têm função de complemento (como obje-
to direto ou indireto). Acompanhe no quadro abaixo:
3ª pessoa eles, elas os, as, lhes, se eles, elas, si, consigo
Pronomes de tratamento
Normalmente nos dirigimos ao nosso interlocutor na 2a pessoa (tu, vós), mas
em determinadas situações utilizamos os pronomes de tratamento, que, por se-
rem de 3a pessoa, estabelecem certo grau de distanciamento e exigem o verbo
na 3a. Ex.: “Vossa Majestade dá licença?”
Veja abaixo os principais pronomes de tratamento:
a) Você, vocês (no trato familiar);
b) Senhor (sr.), senhora (sra.) (no tratamento de respeito);
c) Vossa Santidade (V. S.), para o papa;
d) Vossa Majestade (V. M.), para reis e imperadores;
e) Vossa Alteza (V. A.), para príncipes, arquiduques e duques;
f) Vossa Excelência (V. Exa.), para altas autoridades do governo e oficiais gene-
rais das Forças Armadas;
g) Vossa Senhoria (V. Sa.), para oficiais, funcionários públicos graduados e prin-
cipalmente na linguagem comercial.
Pronomes possessivos
São aqueles que indicam posse com relação às três pessoas do discurso. Ob-
serve o quadro abaixo:
1ª pessoa singular meu, minha, meus, minhas 1ª pess. plural nosso, nossa, nossos, nossas
2ª pessoa singular teu, tua, teus, tuas 2ª pess. plural vosso, vossa, vossos, vossas
3ª pessoa singular seu, sua, seus, suas 3ª pess. plural seu, sua, seus, suas
Pronomes demonstrativos
Os pronomes demonstrativos servem para situar seres e coisas em relação às
três pessoas do discurso, dentro de um espaço ou tempo. Veja o quadro a seguir:
Pronomes indefinidos
São os que designam a 3ª pessoa do discurso de modo vago, impreciso, inde-
terminado.
Exemplos: algo, alguém, ninguém, tudo, nada, todos.
Pronomes substantivos
É o pronome que substitui um substantivo.
Exemplo: Alguns se julgam melhores que os outros.
Pronomes adjetivos
É o pronome que acompanha um substantivo.
Exemplo: Meus amigos adoram esta casa.
Pronomes interrogativos
São pronomes empregados para se referir a pessoa ou coisa desconhecida em
uma pergunta direta ou indireta.
Exemplos: Que, quem, qual, quanto (Quantos passageiros desembarcaram?
Quem entrou neste vagão?).
Pronomes relativos
São os pronomes que representam termos já mencionados anteriormente:
que, quem, o qual, os quais, a qual, as quais, cujo, cuja, cujos, cujas, onde, quanto,
quanta, quantos, quantas.
Exemplo: Cortaram as árvores cujos troncos estavam podres.
Você há de concordar que, através dos exemplos que foram dados, ficou mais
fácil encontrar os pronomes em nossa comunicação cotidiana. Dessa maneira
Fundamentos de documentação técnica
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prática, fica mais prazeroso aprender as regras gramaticais. Então continue moti-
vado e siga para a próxima etapa para aprender ainda mais.
2.6 PREPOSIÇÃO
O a é:
a) Preposição: quando liga dois termos e estabelece relação de dependência
entre eles. Nesse caso o a é invariável.
Exemplos:
Fui a Roma.
Fomos a Roma.
b) Pronome pessoal oblíquo: quando substitui o substantivo.
Exemplo:
Nós a convidamos para uma festa.
(O a substitui Roberta, da frase: Nós convidamos Roberta para uma festa.)
c) Artigo: quando antecede o substantivo e o determina.
Exemplo:
A garota foi aprovada no concurso.
Quando um conjunto de duas ou mais palavras faz a ligação entre dois termos,
chamamos de locução prepositiva. Veja alguns exemplos:
a) Conseguimos vencer graças a Deus.
b) Ele estava acima de qualquer suspeita.
c) Os alunos resolveram o problema depois de muito esforço.
Acompanhe agora algumas das principais locuções prepositivas mostradas no
quadro a seguir:
2 Gramática
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2.7 VERBO
Eu roubo
Tu roubas
Ele rouba
Nós roubamos
Vós Roubais
Eles deixam
Figura 5 - Verbo
Dreamstime (2012)
Figura 6 - Sujeito
Exemplo: Pedro e Paulo são irmãos inseparáveis. (como núcleos, temos Pedro
e Paulo.)
c) Oculto: Neste caso, sabemos que o sujeito existe, porém não está explícito
na oração. A forma pela qual o reconhecemos é pela terminação verbal (de-
sinência).
Exemplo: Cheguei atrasado para o evento. (A terminação -ei provém da pri-
meira pessoa (eu) do pretérito perfeito do modo indicativo. Logo, sabemos que
se trata de um sujeito oculto referente à pessoa verbal já mencionada.)
d) Indeterminado: Ocorre quando o sujeito não está expresso e não podemos
reconhecê-lo nem pela terminação do verbo, nem pela identificação dos ele-
mentos aos quais o predicado se refere.
Há, portanto, duas regras específicas para reconhecermos os casos de ocor-
rência:
a) Quando o verbo está na terceira pessoa do singular acompanhado do
pronome “se” funcionando como índice de indeterminação do sujeito.
Exemplo: Precisa-se de funcionários competentes naquela empresa.
b) Quando o verbo está na terceira pessoa do plural.
Exemplo: Falaram mal de você na reunião.
e) Inexistente ou oração sem sujeito: Ocorre quando simplesmente
não existe um sujeito ao qual o predicado se refere. Especificamente neste
caso, há regras mais complexas que o determina.
a) Verbos que indicam fenômenos da natureza.
Exemplo: Está nevando muito na Suíça.
b) Verbo haver no sentido de existir.
Exemplo: Há muita corrupção na política.
c) Verbo fazer indicando tempo.
Exemplo: Faz dois meses que não o vejo.
d) Verbo fazer indicando fenômeno da natureza.
Exemplo: Fez noites frias no inverno passado.
e) Verbo ser indicando distância.
Exemplo: Daqui a Anápolis são sessenta quilômetros.
f) Verbo ser indicando tempo.
Exemplo: Já é noite.
Fundamentos de documentação técnica
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Leandro é competente
predicado nominal
Quadro 9 - Predicados
Fonte: SENAI DN
predicado verbal
predicado verbo-nominal
Ficou claro até aqui? A seguir vamos ver que, dentro de uma oração, seus ter-
mos precisam combinar entre si, isto é, elas têm de concordar umas com as outras.
Fundamentos de documentação técnica
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Você tem ideia do que seja concordância? De uma maneira bem simples, po-
demos dizer que concordância, que vem do verbo concordar, é uma combinação
estabelecida entre termos. No caso da concordância gramatical de uma língua,
significa que os termos de uma oração precisam combinar entre si. Cada língua
tem as suas próprias regras de concordância.
Regência
Verbal
b) Aspirar
Aspirar é transitivo direto no sentido de sorver, inspirar (o ar), inalar.
Exemplo: Aspirava o suave aroma. (Aspirava-o.)
Aspirar é transitivo indireto no sentido de desejar, ter como ambição.
Exemplo: Aspirávamos a melhores condições de vida. / Joana aspirava ao car-
go mais elevado da empresa.
c) Assistir
Assistir é transitivo indireto no sentido de ver, presenciar, estar presente, ca-
ber, pertencer.
Exemplos: Assistimos ao documentário.
Esse assunto não lhe assiste.
Essa lei assiste ao inquilino.
Admite-se também a construção com o objeto direto se tiver o sentido de so-
correr, aplicar curativo.
Exemplos: O médico assiste o doente
O médico assiste ao doente.
Para terminarmos este capítulo e aprendermos um pouco mais sobre como
escrever melhor, não podemos nos esquecer da última reforma ortográfica da
língua portuguesa, que entrou em vigor no Brasil em 2012. Vamos conhecer o
que mudou na nossa ortografia?
? AÊ FESSÔRA,
EU E OS BRÓDER TUDO,
TIPO ASSIM, NUM TAMO
ACHANO MANÊRO AS
PARADINHA DO NEW
PORTUGUÊIS!
Denis Pacher (2012)
d) Não se usa hífen quando o prefixo termina com uma vogal diferente daque-
la com que se inicia o segundo elemento. Exemplo: autoescola.
e) Usa-se o hífen se o prefixo terminar com a mesma letra com que se inicia a
outra palavra. Exemplo: micro-ondas.
f) Quando o prefixo terminar por vogal e o segundo elemento começa com
“s” ou “r”, não se usa hífen e essas consoantes devem ser duplicadas. Exem-
plo: contrarregra, ultrassom. Porém, com prefixos que acabam em “r” ou “s”,
aparece o hífen. Exemplo: “super-regra”. g) Não se usa mais acento para di-
ferenciar os pares pára/para, péla(s)/pela(s), pêlo(s)/pelo(s), pólo(s)/polo(s) e
pêra/pera.
g) Não se usa mais o acento das palavras terminadas em eem e oo(s). Exem-
plo: creem, veem, enjoo e voo. “Têm” e “vêm” (para demonstrar plural) e
“pôr” (para diferenciar o verbo) continuam valendo.
h) Não se usa mais o acento dos ditongos abertos éi e ói das palavras paroxí-
tonas (palavras que têm acento tônico na penúltima sílaba). Exemplo: ideia,
jiboia.
RECAPITULANDO
3.1 DEFINIÇÃO
Dreamstime (2012)
Figura 10 - Redação Técnica
3.2 TIPOS
Certificado
Como o próprio nome já especifica, é o documento que certifica alguma coisa
que a pessoa tenha realizado. Ele comprova que você participou de um curso, de
um treinamento, de um congresso etc. Os responsáveis pela emissão do certifica-
do são os organizadores do evento de que você participou.
CERTIFICADO
Quadro 12 - Certificado
Fonte: SENAI DN
Relatório
Tem por objetivo relatar informações sobre fatos relacionados a um aconteci-
mento, uma decisão, um projeto, uma atividade, uma pesquisa etc., para formali-
zar ou prestar contas. O texto deve ser claro, objetivo, informativo e conciso.
O relatório deverá responder aos seguintes questionamentos:
a) O quê?
b) Por quê?
c) Quem?
d) Onde?
e) Quando?
f) Como?
g) Quanto?
Currículo
A expressão curriculum tem o sentido de trajetória, curso ou carreira. Trata-
-se de um documento que utilizamos em geral quando nos candidatamos a uma
vaga de emprego.
Um currículo contém um conjunto detalhado de informações a respeito de
uma pessoa, incluindo pormenores da sua formação profissional e escolar, citan-
do os cursos realizados e destacando as habilidades do candidato, normalmente
respeitando a ordem cronológica na citação dos referidos dados.
Fundamentos de documentação técnica
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Objetivo
Gerente Administrativo da área de vendas
Histórico profissional
Comércio de Automóveis Duarte S/A
Cargo: Supervisor administrativo
Período: 1999 a 2003
Formação acadêmica
- Pós-graduação em Gestão Empresarial - Universidade Estadual
Católica (concluída em 2003)
- Graduação em Tecnologia em Gestão da Produção Industrial
(concluída em 1999)
Cursos complementares
Como encantar clientes
Logística aplicada
Idiomas
Inglês instrumental
Conhecimento de informática
SAIBA Para que seu currículo seja lido e analisado, faz-se necessário
uma carta de apresentação bem elaborada. Veja a seguir um
MAIS pouco mais sobre carta de apresentação.
Carta de apresentação
Trata-se de uma carta que apresenta o profissional e que, geralmente, acom-
panha o currículo enviado à empresa onde se pretende trabalhar.
3 redação técnica
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Prezado(a) Senhor(a)
De acordo com a indicação da Sra. Juraci Freitas, estou encaminhando
meu currículo para sua apreciação.
Há oito anos, trabalho na área de Recursos Humanos da empresa
Datashow&Computadores, desenvolvendo trabalhos de marketing.
Agradeço a atenção e coloco-me a disposição para prestar-lhes mais
Denis Pacher (2012)
esclarecimentos.
Atenciosamente,
João da Silva
CASOS E RELATOS
Oportunidade de emprego
Lendo o jornal hoje pela manhã, vi um anúncio de emprego para a área de
Telecomunicações. É Agenor, está na hora de conseguir uma colocação no
mercado de trabalho, pensei comigo. Essa empresa é referência no país e
por isso mesmo a vaga está bem concorrida. O primeiro critério de seleção
é uma carta de apresentação, que deve acompanhar um currículo. Ainda
bem que aprendi na apostila de Redação Técnica o que são esses tipos de
texto e como devo elaborá-los. Vou agora mesmo escrever minha carta de
apresentação e elaborar o meu currículo, não posso perder essa oportuni-
dade de emprego.
Compartilhar experiências com seus colegas pode ajudar a otimizar sua carta
de apresentação e seu currículo. Às vezes, mudanças simples podem dar grandes
resultados.
Requerimento
A palavra requerimento deriva do verbo requerer, que tem como função, de
acordo com seu sentido denotativo, solicitar, pedir, estar em busca de algo de
direito e, principalmente, que o que está sendo requerido seja deferido, ou seja,
aprovado.
Podemos fazer um requerimento a um órgão público, a um colégio, a uma
faculdade ou a uma infinidade de outros destinatários. Esse documento pode ser
escrito à mão ou digitado.
Pede deferimento
Florianópolis, 12 de março de 2012.
Elisa Ramos
Memorando
Como os demais gêneros textuais, o memorando apresenta uma finalidade
discursiva específica. Em termos conceituais, o memorando, também chamado
carinhosamente de “memo”, constitui um tipo de comunicação eminentemente
interna estabelecida entre as unidades administrativas de um mesmo órgão ou
empresa, abordando assuntos rotineiros.
Abaixo, listamos alguns itens que um memorando deve conter:
a) timbre da instituição;
b) número do memorando;
c) remetente;
d) destinatário (mencionado pelo cargo que ocupa);
e) indicação do assunto;
f) local e data;
g) corpo da mensagem;
h) despedida;
i) assinatura e cargo.
Memo nº 6/2012
Em 14 de março de 2012.
Para: Gerente de RH
De: Gerente de produção
Assunto: Atualização cadastral
Informo que a partir da data de hoje meu nome passará a ser Gabriela
de Souza Vasconcelos, por ocasião de meu casamento no último dia
10/03.
Obrigada
Gabriela de Souza Vasconcelos
Denis Pacher (2012)
SS-PL
C/c: Gerente de produção
Anexo: Certidão de casamento
Ofício
Trata-se de um documento utilizado exclusivamente pelos órgãos públicos.
Seu conteúdo é variado e sua linguagem deve ser simples e ao mesmo tempo
formal. Geralmente é apresentado em 2 (duas) vias, escrito em papel ofício e sem
rasuras.
Fundamentos de documentação técnica
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Ofício nº 18/2012
Florianópolis, 14 de março de 2012.
Excelentíssimo Senhor Prefeito:
O setor de Recuros Humanos do SENAI/SC, desta cidade, vem
realizando vários cursos de capacitação para seus servidores, visando melhoria
contínua em seus processos. Com isso necessitamos de uma verba comple-
Declaração
É um documento que atende a vários fins. Assemelha-se ao atestado, porém
não deve ser expedido por órgãos públicos. A declaração é um tipo de texto mui-
to ligado às situações cotidianas, que constitui-se num relato proferido por al-
guém em favor de outra pessoa, procurando evidenciar uma verdade em que se
acredita.
RECAPITULANDO
Este capítulo fará uma abordagem simplificada das normas técnicas que regem as teleco-
municações em geral, para que você se familiarize com os termos das normas e suas aplicações.
Para complementar, serão apresentados textos ou descritivos técnicos que as utilizam, refor-
çando seu entendimento. Ao finalizar este conteúdo, você terá subsídios para:
a) conhecer normas de telecomunicações e suas aplicações;
b) analisar documentos que estão dentro das normas exigidas.
A partir de agora, você é convidado a iniciar mais uma importante etapa da sua aprendiza-
gem. Embarque nessa trajetória e explore todas as fontes de conhecimentos aqui apresentadas.
Fundamentos de documentação técnica
58
As normas devem ser seguidas por qualquer organização que pretender exe-
cutar serviços ou desenvolver equipamentos para telecomunicações. No exem-
plo a seguir, extraído de dois itens de um memorial descritivo para execução
de serviços de manutenção na rede telefônica da Universidade Federal de Mato
Grosso (UFMT), nota-se a preocupação com os procedimentos corretos para rea-
lização dos serviços:
a) Serviço de reorganização de quadro telefônico, com dimensões de até
1,20 x 1,20 consiste em: retirar as fiações existentes e não utilizadas, exce-
dentes, passar novas fiações (fio jumper) de maneira a otimizar e aproveitar
melhor o espaço interno do quadro, esticando esses fios de forma organi-
zada pelos anéis guia etc., sem a necessidade de fornecimento de materiais
(UFMT, 2010).
b) Instalação de cabo CTP APL 50 x 100 com fornecimento do material
consiste: na instalação de cabo telefônico tipo CTP APL, na bitola 50, com
100 pares, através dos dutos subterrâneos que interliga um prédio a outros
sendo terminados em blocos BLI10 ou M10 (UFMT, 2010).
CASOS E RELATOS
Instalação de telefones
Em 1877, D. Pedro II ordena a instalação de linhas telefônicas interligando
o Palácio da Quinta da Boa Vista às residências dos seus ministros. Isso se
deu através dos serviços de montagem da Western and Brazilian Telegraph,
que inaugurava efetivamente a telefonia no Brasil. Naquele mesmo ano, o
sucesso do telefone já despertara o interesse do comércio e da indústria.
A firma Rodd & Chaves determinara a ligação de sua sede na atual Rua do
Ouvidor ao quartel do Corpo de Bombeiros. Foram instaladas várias linhas
telefônicas, a pedido do ministro de Estado dos Negócios da Agricultura,
para ligar o Ministério às repartições da Corte. Em 15 de novembro de 1879,
a primeira concessão para construir e explorar linhas telefônicas da capital
do Império foi concedida a Charles Paul Mackie. Entretanto, essa empresa
não chegou a ser organizada.
Fonte: Ministério das Comunicações (2012).
Fundamentos de documentação técnica
60
Como seria o mundo atual sem normas, com tantas tecnologias, serviços, en-
fim, um mundo globalizado? O que veríamos seria uma enorme variedade de ma-
neiras de executar uma tarefa, tornando difícil sua manutenção e a compatibilida-
de com outros serviços ou sistemas. Podemos perceber com isso que as normas
são a maneira encontrada pelo homem de buscar padrões preestabelecidos para
executar tarefas, atividades ou desenvolvimento de sistemas, sempre levando em
consideração a melhor forma de executá-los.
4 Visão Geral de Normas Técnicas e Textos Técnicos Aplicáveis à Instalação de Cabos
61
Dreamstime (2012)
Vamos ver algumas dicas para que você possa compreender os manuais e ou-
tras leituras técnicas que sejam necessárias em sua rotina, em especial os manuais
que você encontrar em língua inglesa.
a) Modo imperativo
Assim como na língua portuguesa, os manuais em inglês utilizam uma estru-
tura básica chamada modo imperativo. Esse modo é usado para dar conselhos,
ordens e – a parte que nos interessa – instruções.
Vejamos alguns exemplos de palavras/expressões usadas em manuais em in-
glês e em português:
Português Inglês
Faça Do
Instale Install
Verifique Check
Tenha cuidado Be careful
Abra Open
Encaixe Fit
Fundamentos de documentação técnica
62
Português Inglês
Os verbos do modo imperativo são utilizados no início das frases, dando orien-
tações ao leitor. Veja o exemplo:
Open the box. (Abra a caixa.)
Então, lembre-se, para identificar um verbo imperativo, ou seja, que dá orien-
tações, você deve procurar no início da frase. Sendo uma orientação positiva, no
caso da língua inglesa o verbo será a primeira palavra; se a orientação for negativa,
você encontrará o verbo auxiliar don’t antes do verbo imperativo. Veja o exemplo:
Don’t open the box. (Não abra a caixa.)
b) Prefixos e sufixos
Muitas vezes podemos aumentar o vocabulário que conhecemos apenas mu-
dando algumas partes das palavras. Uma forma muito comum de fazermos isso é
acrescentando prefixos e sufixos. Muitos prefixos e sufixos da língua inglesa são
parecidos com os que usamos em português.
Prefixos
Os prefixos são utilizados no início de uma palavra para modificar seu sentido.
Os prefixos mais comuns na língua inglesa são:
a) im_ ou in_: que transformam um adjetivo positivo em um adjetivo negativo.
Exemplos: Possible (possível) – impossible (impossível)
Perfect (perfeito) – imperfect (imperfeito)
b) il_: também transformam adjetivos positivos em adjetivos negativos.
Exemplos: Legal (legal) – illegal (ilegal)
Logical (lógico) – illogical (ilógico)
4 Visão Geral de Normas Técnicas e Textos Técnicos Aplicáveis à Instalação de Cabos
63
Inglês Português
Analogue Analógico
Answer Resposta
Audio conferencing Audioconferência
Broadcast Transmitir
Computer Computador
Delay Atraso
Error Erro
Firewall Parede de segurança
Frequency Frequência
Information Informação
International calling Ligação internacional
Internet Internet
Island Ilha
Local services Serviços locais
Long distance services Serviços de longa distância
Modulation Modulação
Network Rede
Protocol Protocolo
Radio Rádio
Signal Sinal
Telecommunication Telecomunicação
Transmission Transmissão
Videoconferencing Videoconferência
Wireless Sem fio
As palavras que vimos no quadro anterior são algumas mais comuns. Lembre-
-se de que você pode consultar dicionários e glossários na área para buscar mais
palavras ou termos que não conheça.
4 Visão Geral de Normas Técnicas e Textos Técnicos Aplicáveis à Instalação de Cabos
65
RECAPITULANDO
Para iniciar este estudo, é importante que você saiba que o mercado de trabalho vem exigin-
do, além de habilidades específicas e técnicas, profissionais que consigam trabalhar em equipe.
Mas o que é trabalho em equipe?
Num trabalho em equipe, pessoas se reúnem em busca de um mesmo objetivo. Nesse con-
texto, cada membro da equipe tem sua importância para a realização de uma determinada
tarefa ou trabalho. Como exemplos de trabalho em equipe, podemos citar os esportes coletivos
tais como o vôlei, o basquete, o futebol. Afinal, existe a união dos jogadores em busca de um
objetivo comum: a vitória.
Trabalhar em equipe contribui para a troca de experiências e conhecimentos, bem como
para enaltecer as qualidades individuais de cada um. Por isso, a comunicação se torna de suma
importância tanto para o relacionamento interpessoal como para alcançar os objetivos que as
organizações almejam. Afinal, as empresas necessitam cada vez mais de profissionais engajados
e motivados, indivíduos que troquem experiências e compartilhem ideias e conhecimentos.
Vamos conhecer alguns objetivos de aprendizagem deste capítulo? Acompanhe:
a) compreender o que é equipe e grupo;
b) compreender o que é comunicação;
c) entender o que são relações interpessoais;
d) entender as responsabilidades individuais e coletivas;
e) conhecer os fatores de satisfação no trabalho.
O estudo deste conteúdo irá contribuir muito para o seu processo de adaptação ao trabalho
em equipe. Você se ambientará com questões que facilitam a convivência sadia com os demais
colegas de trabalho.
Mantenha a concentração e mergulhe nesse mar de conhecimento.
Fundamentos de documentação técnica
68
Dreamstime (2012)
Figura 18 - Equipe
Será que existe alguma diferença entre grupos e equipes? Se você respondeu
que sim, acertou. Segundo Robbins (2005), um grupo pode ser compreendido
como dois ou mais indivíduos interdependentes e interativos, que se reúnem por
motivações e objetivos semelhantes.
Vamos imaginar que você pretende assistir a uma partida de futebol num es-
tádio. Logo você se reunirá a centenas de torcedores, muitos dos quais você não
conhece, porém todos têm um objetivo em comum: assistir ao jogo e torcer pelo
seu respectivo time. Esse é um exemplo de grupo.
No caso de uma equipe, podemos entender como um conjunto de indivíduos
comprometidos em realizar determinada tarefa ou trabalho pelo qual são coleti-
vamente responsáveis. Quer um exemplo?
Num time de futebol que esteja disputando um campeonato, o que os joga-
dores almejam é a vitória. Ou seja, cada jogador tem um papel fundamental na
busca da conquista. O goleiro precisa evitar os gols, os laterais têm de defender o
avanço dos adversários pelos lados, o técnico busca realizar a melhor estratégia
de jogo, e a função do atacante é manter uma posição ofensiva em busca do gol.
Ou seja, cada um tem sua especificidade, sua função e todos buscam um só obje-
tivo: vencer o adversário. Cada jogador conhece bem sua função e a dos demais
integrantes da equipe, o que não impede, no entanto, que um jogador em posi-
ção diferente do atacante, por exemplo, marque o gol. Isso é trabalho em equipe.
5 Trabalho em Equipe e Profissionalismo
69
Dreamstime (2012)
Figura 19 - Trabalho em equipe
CASOS E RELATOS
5.2 COMUNICAÇÃO
Ninguém vive isolado. Todos nós necessitamos nos comunicar, nos relacionar
com outros indivíduos e com seus ambientes por meio da comunicação.
Entende-se por comunicação o processo pelo qual informações são trocadas
entre indivíduos, através de um sistema comum de símbolos, sinais ou comporta-
mentos. É a transferência e compreensão de significados.
Segundo Chiavenato (2006), a comunicação é o ponto que liga as pessoas
para compartilharem sentimentos e conhecimentos. Toda a comunicação envol-
ve pelo menos duas pessoas. Uma pessoa que envia a mensagem e outra que a
recebe.
Com base no autor citado, podemos identificar cinco elementos presentes em
qualquer processo de comunicação:
a) Fonte ou emissor: a pessoa/coisa que emite a mensagem a alguém;
b) Transmissor ou codificador: é o equipamento que liga a fonte ao canal;
c) Canal: é a parte do sistema que separa a fonte do destino;
d) Receptor ou decodificador: é o que decodifica a mensagem para torná-la
compreensível ao destino;
e) Destino: é a pessoa, coisa ou processo para a(o) qual a mensagem é enviada.
5 Trabalho em Equipe e Profissionalismo
71
Ainda nesse processo podemos encontrar o “ruído”, que significa uma pertur-
bação indesejável que tende a distorcer a mensagem transmitida. Veja o exemplo
de uma ligação telefônica de um indivíduo a outro:
a) Fonte: a voz humana;
b) Transmissor: o aparelho telefônico;
c) Canal: a rede de fios que ligam um aparelho ao outro;
d) Receptor: o outro aparelho telefônico;
e) Destino: o ouvido humano;
f) Ruído: as linhas cruzadas, ruídos, interferências.
Ruído
b) comunicação de baixo para cima: a informação surge dos níveis mais bai-
xos para os mais altos da organização. Neste tipo de comunicação a admi-
nistração obtém um quadro mais nítido do trabalho, das realizações, pro-
blemas, planos e atitudes dos colaboradores, assim como recebe ideias dos
seus subordinados;
c) comunicação horizontal: informação compartilhada por pessoas do mes-
mo nível hierárquico. A comunicação informal possui várias funções impor-
tantes, pois permite o compartilhamento de informações, coordenação e
solução de problemas entre unidades, ajuda a solucionar conflitos, fornece
apoio social e emocional às pessoas.
d) comunicação informal: é menos oficial, como fofocas e rumores, reclama-
ções dos colaboradores sobre seus chefes, conversa das pessoas sobre seus
times favoritos, equipes de trabalho que falam aos colegas como devem
comportar-se.
Em organizações bem-sucedidas do mundo, a comunicação recebe priorida-
de. O gerente deve preparar sua equipe e proporcionar um sistema de comunica-
ção capaz de integrar os participantes, fortalecer a consonância e o desempenho,
assim proporcionando o treinamento e desenvolvimento do seu pessoal, bem
como otimizando a sua eficiência e eficácia (CHIAVENATO, 1994).
A comunicação é muito importante no ambiente organizacional e para a ma-
nutenção e sobrevivência de qualquer empresa. Uma boa comunicação deve
ser objetiva, clara, evitando-se assim os ruídos e os obstáculos que prejudicam a
mensagem e sua compreensão por parte do receptor.
Dreamstime (2012)
Somos responsáveis por qualquer decisão que tomamos, desde que em per-
feito juízo: da escolha de um prato para o almoço à escolha da carreira profissio-
nal, todo ser humano tem livre arbítrio. Mas o que é responsabilidade?
Existem dois tipos de responsabilidade: a responsabilidade individual e a res-
ponsabilidade coletiva. Mas, afinal, o que são?
A responsabilidade individual assegura ao indivíduo responder apenas pelos
seus atos, pelo que foi lhe confiado. Já a responsabilidade coletiva vai além disso,
visto que o indivíduo responderá pelos atos alheios quando esses atos foram de-
cididos por um grupo de pessoas responsáveis por executar determinada tarefa.
No ambiente de trabalho, respondemos pelos nossos atos quando estes são
inerentes de nossa função, todavia existe a possibilidade de esses atos serem res-
pondidos coletivamente. No ambiente organizacional, cada um tem sua parcela
de responsabilidade: uns responderam individualmente por seus atos, já em ou-
tras circunstâncias caberá à equipe responder perante o ato, mesmo se esse ato
tiver sido ocasionado por um indivíduo apenas.
5.6 MOTIVAÇÃO
Existem várias teorias acerca do tema motivação. Vamos ver três dessas teorias
nos tópicos seguintes. Vamos lá?
Auto
realização
Estima
Sociais
Fisiológicas
RECAPITULANDO
Anotações:
Ferramentas da Qualidade
Cada vez mais as organizações vêm buscando técnicas a fim de definir, mensurar e propor
soluções para problemas que vêm enfrentando. As ferramentas da qualidade visam a melhoria
dos produtos, dos serviços e dos processos das empresas. Portanto, vamos ver algumas das
ferramentas de qualidade mais utilizadas pelas organizações? Neste capítulo vamos conhecer:
a) conceitos sobre ferramentas de qualidade;
b) as principais ferramentas de qualidade.
Através das técnicas apresentadas aqui, você poderá garantir um diferencial em seu desem-
penho profissional e ainda se destacar no mercado de trabalho. Continue atento e acompanhe
o conteúdo deste capítulo.
Fundamentos de documentação técnica
82
Ausência
de apoio
pedagógico Profissionais Indefinição do
mal remunerados foco da
e desmotivados instituição
Ensino
Recursos Deficiente
Falta de incentivos audiovisuais Sistema de
governamentais inexistentes ensino arcaico
As folhas de verificação são formulários que têm por objetivo padronizar e ve-
rificar resultados de trabalho ou verificar e coletar dados. Segundo Vieira (2003),
algumas etapas são essenciais para a elaboração da folha de verificação, com o
intuito de fazer um levantamento da frequência com que os problemas ocorrem:
a) estabelecer o que será verificado;
b) período em que os dados serão coletados;
c) formulário de fácil entendimento;
d) captação de dados coerentes;
e) o responsável pela coleta de dados deve conhecer o assunto abordado.
Abaixo segue um exemplo de folha de verificação:
Observações:
Como preencher: marcar X nas disciplinas em que o aluno foi reprovado; Ano-
tar o nome do professor das disciplinas críticas. Objetivo:
a) obter dados sobre (a) disciplinas críticas na reprovação dos alunos e (b) nú-
mero de disciplinas nas quais o aluno foi reprovado;
b) traçar o perfil da problemática de repetência por série/turno/turma, visando
subsidiar o processo de solução para o alto índice de repetência.
O nome do ciclo PDCA refere-se às iniciais de plan, do, check e act (plane-
je, faça, verifique e aja). Esse método foi popularizado por Deming. A partir da
identificação de um problema ou de uma oportunidade de melhoramento, as vá-
rias fases, apresentadas a seguir, são cumpridas em sequência e continuamente
(CORRÊA; CORRÊA, 2005).
PLAN
Planeje
ACT
Identifique o
Aja
melhoramento e faça
Implemente o plano
um plano
CHECK DO
Verifique Faça
O plano está Teste o plano
funcionando
Denis Pacher (2012)
Marshall Junior et al. (2006, p. 89) explica as quatro fases que compõem o ciclo
PDCA:
6 Ferramentas da Qualidade
85
Planejamento
Execução
Verificação
Verificação das ações mês a mês até completar os 5 meses (prazo estipulado), com um aumento
de 25% nas vendas no quinto mês.
Ação corretiva
6.5 5W2H
6.6 BRAINSTORMING
qual todos falam seguindo uma ordem sequencial que percorra um círculo for-
mado. E o segundo método é conhecido por brainstorming não estruturado, em
que os participantes expõem suas ideias à medida que elas vão surgindo. Nesse
caso, corre-se o risco de que apenas alguns participantes deem ideias, inibindo
os demais.
CASOS E RELATOS
RECAPITULANDO
Anotações:
REFERÊNCIAS
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1994.
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VIEIRA, F. G. GQT: Gestão da Qualidade Total. São Paulo: Alínea, 2003.
MINICURRÍCULO Dos autores
Luciana Terra é formada em Letras Português/Inglês pela FAFIJA – Faculdade de Filosofia, Ciências
e Letras de Jacarezinho – PR em 1999, recebendo literatura plena em Letras. Fez cursos de Capa-
citação de Professores pela Secretaria Municipal e Estadual de Educação, onde trabalhou como
professora de inglês e português no período de 2000 a 2010. Atualmente trabalha como revisora
de textos em Florianópolis – SC.
Índice
G
Gramática 13, 15, 18, 19, 45
H
Hiato 20
I
Imperativo 35
Indicativo 34, 35
S
Subjuntivo 34, 35
SENAI – Departamento Nacional
Unidade de Educação Profissional e Tecnológica – UNIEP
Diana Neri
Coordenação Geral do Desenvolvimento dos Livros
Selma Kovalski
Coordenação do Desenvolvimento dos Livros no Departamento Regional
Beth Schirmer
Coordenação do Núcleo de Desenvolvimento
Luciana Effting
CRB14/937
Ficha Catalográfica
FabriCO
Design Educacional
Revisão Ortográfica, Gramatical e Normativa
Ilustrações
Tratamento de Imagens
Diagramação
i-Comunicação
Projeto Gráfico